! Pró-Reitoria de Graduação Curso de Biomedicina Trabalho de Conclusão de Curso II ! Acupuntura no tratamento de cefaléia Autor: Ângelo Oliveira Amaral Orientador:Misael Rabelo de Martins Custódio Brasília - DF 2014 ! ! ! ! ÂNGELO OLIVEIRA AMARAL ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DE CEFALÉIA ! ! ! ! ! ! ! ! Monografia apresentada ao curso de graduação em Biomedicina da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Biomedicina. ! Orientador: Misael Rabelo de Martins Custódio ! ! ! ! ! ! ! Brasília 2014 ! ! ! Monografia, de autoria de Ângelo Oliveira Amaral, intitulado “Acupuntura no tratamento de cefaléia” apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Biomedicina da Universidade Católica de Brasília, em 29 de maio de 2014, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: ! ! ! ! ! ! ___________________________________________ MSc. Misael Rabelo de Martins Custódio Orientador Educação física – UCB ! ! ! ! ! ! ! ___________________________________________ Prof. Patricia de Sousa Kanno Banca Examinadora Nutrição – UCB ! ! ___________________________________________ Esp. Wagner Costa de Oliveira Banca Examinadora Farmacia – UNIPLAC ! ! ! Brasília 2014 ! ! ! Resumo A medicina tradicional chinês (MTC) foi descoberta a mais de 2000 anos, e a crescente experiência da sociedade chinesa para obter a melhor forma de se prevenir e de se tratar doenças. A medicina tradicional chinesa visualiza-se o corpo através da energia chamada “qi” que move todo o universo e também nosso corpo. Junto com o mesmo, cultiva-se esta energia através das nossas atividades fisiológicas como alimentação, respiração, banho de sol, entre outras. O controle, desta energia, atesta com a interação dos conceitos “yin” e “yang” que rege a lei do universo. Tudo pode ser dividido entre dois aspectos de oposição, em exemplos, quente e frio, escuro e claro, direita e esquerda, dia e noite, apresentando tudo intrínseco em si. Quando esta simetria se perde as doenças aparecem. O processo de patologia no corpo através da MTC ocorre quando a harmonia existente entre os regentes do universo se encontram em desarmonia. Juntamente com o regentes do universo, a teoria dos cinco elementos faz parte dos principais fundamentos da MTC. Os 5 elementos são representados pela madeira, fogo, terra, metal e água. Esses elementos possui características individuais que se relaciona e influencia entre si. Esta ligação pode tanto gerar, interagir e contrariar. Outra teoria de muita importância para a base da MTC são os fundamentos dos meridianos que consiste em transportar o “qi” e o “xue” (sangue), para manter equilibro e a condutividade, resistindo às influências externas que possa nos prejudicar. Então, com o desenvolver da sociedade chinesa, os antepassados, perceberam que na superfície do corpo apresentava linhas e pontos que possuí efeitos terapêuticos ou que influencia no sistema do corpo, que interliga, assim, os outros fundamentos principais. Juntamente com esses fundamentos e as variadas técnicas existentes na medicina chinesa, manuseada para obter o controle energético, pode ser utilizada para tratar variados tipos de patologia, como dor muscular, paralisia facial, dores lombares, rinite alérgica, depressão, náuseas e vômitos, dor pós operatório, artrite reumatóide, insônia, stress, obesidade, reações adversas a radioterapia, dor generalizada pelo corpo, entre outras variadas patologias como a cefaleia. Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre o tratamento da acupuntura para cefaleia, baseando-se em 20 artigos científicos e estudos de caso, disponíveis em bancos de dados científicos reunidos no portal Capes (Biblioteca Virtual em Saúde). Muitos trabalhos, teve como conclusão a eficácia da técnica chinês em estabelecer um tratamento eficiente para esta patologia, mas ressalvou que em conjunto com o atendimento normal de médicos e remédios obtém uma resolução mais proveitosa, outros correlacionados a relaxamentos e massagens em paralelo ao atendimento de acupuntura como também a utilização concomitante com ervas medicinais. Outros trabalhos obteve resultados semelhantes ao placebo, mas que comprovaram a eficiência em demonstrar uma melhora significativa na qualidade de vida dos participantes. Apesar desses trabalhos, pode concluir que a acupuntura é bastante eficaz para o alívio e tratamento da dor de cabeça, e recomendado o encaminhamento de pacientes com esta síndrome para solucionar esta patologia acometida. ! Palavra chave: medicina tradicional chinês, energia, acupuntura, cefaleia. ! ! ! ! Abstract Traditional chinese medicine (TCM) was discovered over 2000 years , and the growing experience of Chinese society for the best way to prevent and treat diseases. Traditional Chinese medicine is visualized through the body energy called qi that moves the universe and also our body. Along with it, cultivates this energy through our physiological activities such as eating, breathing, sunbathing , among others. The control of this energy, attests to the interaction concepts of yin and yang the law that governs the universe. Everything can be divided into two aspects of objection examples, hot and cold, light and dark, right and left, day and night, with all intrinsic itself. When this symmetry is lost diseases appear. The disease process in the body by TCM occurs when the harmony existing between the rulers of the universe are in harmony. Along with the rulers of the universe, the theory of five elements is part of the main foundations of TCM. The 5 elements are represented by wood , fire, earth , metal and water. These elements has individual characteristics that relates to and influences each other. This connection can either generate, interact and counteract. Another theory of much importance to the base of TCM meridians are the foundation of which is to carry the qi and xue (blood), to maintain balance and conductivity, resisting external influences that can harm us. Then, with the development of Chinese society, the ancestors, they realized that the surface of the body showed lines and points that possess therapeutic effect or influence in the body system, which thus joining the other major foundations. Along with these fundamentals and the various existing techniques in Chinese medicine, handled for energy control, can be used to treat various types of pathology, such as muscle pain, facial paralysis, back pain, allergic rhinitis, depression, nausea and vomiting, pain after surgery, rheumatoid arthritis, insomnia, stress, obesity, adverse reactions to radiotherapy, widespread pain throughout the body, among other several diseases like headache. This paper aims to review literature on the treatment of acupuncture for headache, based on 20 scientific articles and case studies available in banks gathered scientific data in Capes ( Virtual Health Library ) portal. Many papers had as a conclusion the effectiveness of Chinese art in establishing an effective treatment for this disorder, but cautioned that in conjunction with normal medical care and medicine gets a more fruitful resolution, correlated to other relaxation and massage in parallel to the care of acupuncture as well as the concomitant use of medicinal herbs. Other studies found similar results to placebo, but which proved the efficiency demonstrate a significant improvement in quality of life of participants. Although these studies it can be concluded that acupuncture is very effective for the relief and treatment of headache, and recommended referral of patients with this syndrome affected to solve this pathology. ! Keyword: traditional chinese medicine, energy, acupuncture, headache. ! SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO!.............................................................7! 1.1 Fundamentos da MTC !............................................................8! 1.1.2 Teoria do 5 elementos!.............................................................................11! 1.1.3 Teoria dos meridianos !.........................................................................14! 1.1.4 Técnicas da MTC!....................................................................................17! 1.1.5 Cefaléia na MTC!.....................................................................................18! 1.2 Cefaléia!........................................................................................20! 1.2.1 Tipos de cefaléia e tratamento !..............................................................22! 2 OBJETIVOS!...............................................................25! 3 MATÉRIAS E MÉTODOS!..........................................26! 4 DESENVOLVIMENTO!...............................................27! 5 RESULTADO!.............................................................42! 6 CONCLUSÃO!............................................................47! REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS!............................48 7 ! 1 INTRODUÇÃO ! ! Com a abertura do comércio chinês, grande parte de sua cultura foi disseminada pelo mundo estimulando uma troca mútua de informações. Esta troca ampliou ainda mais o conhecimento existentes na medicina ocidental, juntamente com a Medicina Tradicional Chinesa (MTC), e acrescentou um ganho ainda maior na área da saúde humana. (ZHU MING, 2009, p.1). Este avanço possibilita pesquisar cientificamente a aplicabilidade da MTC no atendimento da medicina ocidental, que ajuda a desmitificar e a solucionar várias patologias decorrentes no mundo moderno. Com isso pôde visualizar a fisiologia do corpo de uma forma diferente, que torna assim a compreensão ainda mais profunda e detalhada do corpo humano. (MING, 2009, p.1). A MTC foi descoberta a mais de 2000 anos, que acrescenta experiências na sociedade chinesa para obter a melhor forma de se prevenir e de se tratar doenças. Sua ciência, apesar de nova aos olhos ocidentais, se baseia em observações clinicas em conjunto com conceitos holísticos representados pelas fisiopatologias do “zang-fu”, meridianos e tratamentos de acordo com seus diagnósticos, conhecido como “bianzheng” e “lunzhi”. (HUIHE et al., 2010,p.2). Os primeiros relatos da MTC na história, encontra-se, no período 770-221A.C com os relatos descritos pelo Imperador Amarelo (“huangdi’s”) e sua literatura chamada medicina clássica. Este conjunto de relatos do imperador é conhecido como “Neijing”, onde este termo se dá pelo início da medicina chinesa e sua farmacologia. Em conjunto com outros livros datados antes da Dinastia Han, conhecida como “Nanjing”, que forma a base da construção dessa medicina, e durante a Dinastia Han, datada em 206 A.C a 220 D.C, a MTC obteve grandes avanços na difusão da medicina chinesa por toda o pais e suas dinastias. (HUIHE et al., 2010,p.3). Após vários anos de estudo desta medicina, entre suas variadas dinastias, o Doutor Wang Qingren da Dinastia Qing (1644-1911) teve a atenção de analisar a anatomia e corrigir os erros impostos pelos seus predecessores, desenvolvendo e padronizando a base da MTC. Mas só com a unificação da china e a construção de sua república que objetivaram os avanços das pesquisas em cima de suas bases do 8 ! fundamento da MTC juntamente com a ciência moderna, pôde construir este conhecimento na forma como é atualmente. (HUIHE et al., 2010,p.3). O progresso no desenvolvimento desta nova área e seu avanço cultural pelo mundo, no Brasil encontram-se poucos registros de como se difundiu tal ciência. Mesmo assim, registra-se que após a chegada dos imigrantes chineses (1812) e japoneses (1908) que trouxeram enraizados a sua cultura, esta nova técnica teve dificuldade de se espalhar pelo país devido à existência da diferença de línguas, mantendo-se restrita à suas comunidades. Mas na década de 1950, através da recém-fundada Sociedade Brasileira de acupuntura e Medicina Oriental pelo fisioterapeuta naturalizada brasileiro Friedrich Johann Sapaeth, é que se ficou conhecido pelo país. (RIZZO, V.M. et al., 2010). Mesmo após a difusão pelo país, a medicina chinesa ainda encontra grande dificuldade de aceitação por apresentar obstáculo em se comprovar sua eficácia para alguns céticos, mas mesmo com tamanha desconfiança, esta visão está mudando com as realizações de pesquisas e artigos científicos que comprova sua exatidão. Essa desconfiança existe pelas diferentes formas de atuação e visualização do corpo humano. (TESSER, C.D. et al., 2008). ! 1.1 Fundamentos da MTC ! ! Na medicina chinesa visualiza-se o corpo através da energia chamada “qi” que move todo o universo e também os seres humanos. Esta energia origina-se dos antepassados conhecida pelo termo “jing”, descrevendo energia herdada. Junto com o mesmo, cultiva-se esta energia através das atividades fisiológicas como alimentação, respiração, banho de sol, entre outras. É o “qi” que se mantém equilibrado e particularmente saudável, prevenindo contra doenças. (HUIHE et al., 2010,p.4). O controle do “qi” atesta com a interação dos conceitos “yin” e “yang” que rege a lei do universo. Tudo pode ser dividido entre dois aspectos de oposição, em exemplos, quente e frio, escuro e claro, direita e esquerda, dia e noite, apresentando tudo íntrínseco em si. O “yin” e “yang” são responsáveis pelo controle e equilíbrio do universo, que representa a interconectividade entre as oposições. O “yin” representa 9 ! frio, noite, quietude, parar de movimentar, já o “yang”, calor, rápido, quente, movimento. (HUIHE et al., 2010,p.14-15). Para o funcionamento adequado do corpo tem que existir uma dinâmica entre os dois termos, sempre obter e transformar. Um não existe sem o outro e ambos sempre interagem entre si, mantendo assim um equilíbrio no corpo. Quando esta simetria se perde as doenças aparecem. A harmonia que existem entre eles sempre estão se movendo e mudando, nunca estático. Este constante balanço mantém o corpo normal e quando se encontram desequilibrado os efeitos patológicos se manifestam. Estas constantes mudanças e movimentação geram uma transformação mútua entre ambos, visto que “yin” transforma em “yang” e vice versa, que mostra o curso para a doença como representado na figura 01. (HUIHE et al., 2010,p.16-17). No corpo os termos referido acima são divididos em vísceras “yin” e vísceras “yang” que se correlacionam para um funcionamento conjunto. As vísceras “yin” são representadas pelos órgãos do fígado, coração, baço, pulmão e rim, no “yang” a vesícula biliar, estômago, intestino grosso, intestino delgado, bexiga e triplo aquecedor. As vísceras “yin” são essas detalhadas por representarem o interior e não excreta energia vital. A “yang” representa o externo e transporte, mas, mesmo assim, cada órgão possui sua representação opositória dentro de si. Visto assim, a fisiopátologia do corpo é também representado pela teoria do “yin” e “yang”, tendo como a função pertencente ao “yang” e o “yin” com a matéria. Quando um deixa de dar suporte ao outro vemos que a vida chega ao fim. (HUIHE et al., 2010,p.17-18). O processo da doença no corpo através da MTC ocorre quando a harmonia existente entre os regentes do universo se encontram em desarmonia. Entretanto se divide entre duas funções: anti-patógeno e patógeno. O anti-patógeno pode ser classificado como sendo “yin” fluido e “yang” energia e o patógeno sendo como a doença manifestada pelo desequilíbrio de um regente ou de outro. Este transtorno indica que quando há a predominância de um há a manifestação do outro, por exemplo, excesso de “yang” leva a calor do “yin” ou que com o excesso de “yin” leva ao frio do “yang”. Também representado na figura 01. (HUIHE et al., 2010,p.18-20). ! ! 10 ! Figura 1 – Predominância e doenças do "yin" e “yang". ! ! Fonte: Fundamentals of traditional Chinese medicine, p.20 (2010). ! 11 ! 1.1.2 Teoria do 5 elementos! ! ! Juntamente com a teoria do “yin” e “yang”, a teoria dos cinco elementos faz parte dos principais fundamentos da MTC. Explica-se assim uma reorganização entre os principais elementos existentes, correlacionados com as emoções e seus órgãos. Os 5 elementos são representados pela madeira, fogo, terra, metal e água. Esses elementos possui características individuais que se relaciona e influência entre si. Exemplo: todas as ações são correlacionadas ao elemento madeira; todo calor, quente, ascensão de movimento, assemelham-se ao fogo; transmutação, geração e recebimento de ação são visto como terra; clareamento corresponde com o metal e no ato frio, úmido, movimentar para baixo, correlacionam-se com água. (HUIHE et al., 2010,p.22-25). Esses elementos se relaciona com suas vísceras, visto que a madeira corresponde ao fígado por se mostrar em ascensão, já o coração está ligado ao fogo por aquecer, o baço assemelha-se a terra por ter a característica de nutrir, o metal representa o pulmão por apresentar descendente e o rim ao elemento água, por governar. Então as mesmas influências e características representadas nos elementos também se apresentam nos órgãos. No quadro 01 podemos exemplificar estas correlações entre a natureza e o corpo humano. (HUIHE et al., 2010,p.22-25). Após esta análise, vimos suas representações existentes com o corpo humano, mas esta relação não funciona individualmente, e sim, se interliga entre si. Esta ligação pode tanto gerar, interagir e contrariar. O ato de gerar significa que encoraja, incentiva um elemento no outro. Já a integração limita e restringe e ao contrariar está limitando e neutralizando a influência entre os elementos. Então pode observar que a madeira promove o fogo, que incentiva a terra, que influencia o metal, que age na água e que volta para a madeira. A integração dos elementos se dá sobre a influência da madeira sobre a terra, que age sobre a água. A água age no fogo, que age no metal e volta para a madeira. Já a contrariação ocorre o inverso da integração, ocorrendo a paralisação dos elementos. Esta correlação pode ser vista na figura 2. (HUIHE et al., 2010,p.22-25). Este fundamento é a base para a compreensão das mudanças das vísceras em condições patológicas. Esta relação existente entre os elementos e os órgãos nos da uma compreensão melhor para entender qual órgão gera este transtorno ou 12 ! relacionar quem influencia e/ou produz uma estagnação no “qi”. Pode-se verificar também o motivo do desequilíbrio energético existente em pacientes saudáveis e assim identificar qual a causa, desde sua alimentação a fatores psicológicos, até mesmo a fatores externos que possa desenvolver este problema. (HUIHE et al., 2010,p.28-30). Então, para fazer um diagnóstico preciso, baseia-se na aplicabilidade da teoria dos 5 elementos, que correlaciona-se suas características, aos órgãos afetados. Simplifica-se que, o paciente apresenta um sabor azedo na boca pode diagnosticar como algum problema no fígado, outro paciente demonstra sudorese excessiva e amargo na boca pode verificar que o órgão do coração está com energia estagnada causada pelo excesso do fígado. Através dessas referências temos um diagnostico mais preciso que auxilia as várias formas de anaminese existentes na MTC. (HUIHE et al., 2010,p.28-30). Quadro 01-Os 5 elementos e os órgãos. Madeira Fogo Terra Metal Água Órgão fígado coração baçopâncreas pulmão rim Vísceras vesícula biliar intestino delgado estômago intestino grosso bexiga Sentido visão fala gustação olfato audição Tecido músculo vaso conjuntivo pele osso Secreção lágrimas suor saliva catarro urina Sentimento reatividade alegria reflexão ansiedade medo Estação primavera verão canícula outono inverno Clima vento calor umidade secura frio Cor verde vermelho amarelo branco escuro Sabor azedo amargo adocicado picante salgado Odor rançoso queimado perfumado cárneo pútrido Fonte: Fundamentals of traditional Chinesa medicine (2010). ! ! ! ! 13 Figura 2 – Fases do 5 Elementos. Fonte: Fundamentals of traditional Chinese medicine, p.24 (2010). ! 14 ! 1.1.3 Teoria dos meridianos ! ! Outra teoria de muita importância para a base da MTC são os fundamentos dos meridianos que consiste em transportar o “qi” e o “xue” (sangue), para manter equilibro e a condutividade, resistindo às influências externas que possa prejudicar. Juntamente com as outras teorias fundamentais da MTC, ajuda a detalhar melhor sua fisiopatologia e acontecimento no organismo, que auxilia cada vez mais no aprendizado da acupuntura e nas outras áreas de atuação pré-existentes na medicina chinesa. (DING. L., 1996,p.5). Existem duas teorias para a explicação da origem dos meridianos. Uma através das pedras “bian” e a outra de “qigong”: • As pedras de “bian” surgiram há muito tempo atrás, na idade da pedra, relata-se que os ancestrais chineses pressionava os locais de dor com pedras pontiagudas para obter um alivio previamente acometido. Então, com o desenvolver da sociedade, os antepassados, perceberam que na superfície do corpo apresentava linhas e pontos que possuí efeitos terapêuticos ou que influencia no sistema “zang-fu” (vísceras), que interliga, assim, aos outros fundamentos principais. (DING. L., 1996,p.6). • Já o “qigong” são praticas de movimentos corporais realizados pelos antigos taoístas, que apresenta uma sensação febril no decorrer dos exercícios, que aparenta ser a circulação do “qi” pelo corpo. Esta circulação decorria por um caminho específico conhecido como “daoqi” (guia do qi). Durante o percorrer da energia, fazia-se uma interligação entre os meridianos “Ren” para os meridianos “Du”, que significa todo movimento posteriores, em direção a coluna espinhal, descendo a linha mediana do corpo até o “dantian” (parte a baixo do umbigo). Estes meridianos controla respectivamente o “yin” do corpo, na parte anterior, e o “Du” o “yang” na face posterior. Este fenômeno também era conhecido como comunicação entre o “yin” e “yang”. (DING. L., 1996,p.5-7). Juntamente com estas teorias, os praticantes da medicina, na antiga China, desenvolveram este fundamento que considera, como a passagem do “qi” e do “xue” que circula pelo corpo. Os praticantes assemelhavam com redes de córregos e rios na superfície da terra, os rios maiores “jing” e os menores “luo”. Hoje em dia todos são chamados de meridianos que possuem como função, além de transporte do 15 ! sangue e da energia, distribuir o “jing”, auxiliar no sistema “zang-fu” e manter a atividade fisiológica em equilíbrio. (DING. L., 1996,p.8-10). O sistema de meridianos foi subtendido em duas classificações: regulares e os extras. Dentro dos regulares existem doze passagens formando a maior parte do total, e são divididos entre 3 yin da mão, 3 yang da mão, 3 yin do pé e 3 yang do pé, totalizando 12 meridianos que se relacionam com as vísceras e que se distribuem pelo tronco, cabeça, membros e área da face. Os extras são chamados de meridianos, "Du", "Ren", "Chong", "Dai", "Yinqiao", "Yangqiao", "Yinwei" e "Yangwei" e também se distribuem pela superfície do corpo, auxiliando no tratamento da MTC. A figura 03 mostra como os meridianos se organizam pelo corpo (DING.L., 1996,p. 11-14). Estas passagens possuem pontos distribuídos no delinear do meridiano que é utilizado para inserção de agulhas, que objetiva a cura para o paciente analisado. Nos relatos existentes no “Neijing” existiam 160 pontos. Com o desenvolvimento da medicina, hoje existem 361 pontos regulares sem contar com os bilaterais. Todos esses pontos estão vinculados com os sistemas de “zang-fu” para manter a energia circulando. (DING.L., 1996,p.17,42). ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! 16 Figura 3 – Os meridianos organizados pelo corpo. Fonte: <http://www.chinesemeridian.com/chinese.asp>, acessado dia 23 de outubro 2013. ! ! ! 17 ! 1.1.4 Técnicas da MTC ! Após análise dos fundamentos da medicina chinesa, existe algumas técnicas mais utilizadas para manter o equilíbrio do “qi”. Na MTC existe várias formas e técnicas utilizadas para manipulação da energia. Podemos citar a auriculoterapia que consiste na aplicação de agulhas semipermanentes, sistêmicas ou sementes de mostarda em determinados locais. Esta terapia foi desenvolvida na China e aperfeiçoada na França que padronizou as regiões organizacionais perante o espaço auricular, chamado assim de micro-sistema. Esta técnica demonstra possuir células pluripotentes que contem informações de todo o organismo, que apresenta assim todas as vísceras reestruturadas na orelha. (KUREBAYASHI. L.F.S., et al., 2011). Outra técnica bastante semelhante é a craniopuntura de Yamamoto que utiliza agulhas sistêmicas da tradicional acupuntura, em determinadas regiões do crânio. Foi desenvolvida nos anos 60 pelo japonês Toshikatsu Yamamoto, médico e cientista, que se baseou na teoria do original dos 5 ponto do Ryodoraku. A técnica consiste no microssistema que existe no crânio, que espelha os órgãos do corpo, muito utilizado para tratamentos variados, similar a auriculoterapia. (SILVA,L. et al., 2011; YAMAMOTO, T., 1998). Outra área bastante utilizada é a fitoterapia chinesa. Relata-se desde os manuscritos "Neijing" do imperador amarelo, a utilização diversificada de ervas e vísceras de animais para tratamento. Hoje em dia pouco se utiliza as partes de animais por possuir uma abrangência muito grande de plantas medicinais descobertas pelo mundo, mas na china mantêm-se muitos padrões milenares. A ingestão se dá de variadas formas, através de chás, tinturas, cápsula com sua essência, entre outras. (LOBOSCO, M., 2005, p.15-17; WEGNER, F. et al., 2013). Hoje em dia vários fitoterápicos são comercializados em farmácias, como os calmantes, energéticos, entre outras. Uma erva muito empregado na MTC, e usado para diversos tratamento, e a Artemísia vulgaris, onde seu método terapêutico é conhecido como moxabustão. Sua aplicação consiste em aquecer pontos existentes nos meridianos para fins terapêuticos. A moxa pode ser empregada em várias técnicas, que vai desde aplicar sobre a pele, cones acessos diretamente sobre o 18 ! ponto ou como formato de bastão aproximando do local indicado. (LOBOSCO, M., 2005, p.15-17; WEGNER, F. et al., 2013). Mas a técnica mais representativa da MTC é a acupuntura que visa aplicar agulhas que estimula através de pontos específicos decorridos nos meridianos, conhecidos como acupontos. Esses pontos se relaciona com várias terminações nervosas, vasos sanguíneos, tendões e cápsulas articulares, dito em vários estudos relacionados à sua localização anatômica. As agulhas aplicadas podem ser de vários tamanhos e é composta de aço inoxidável. Sua manipulação e localização é que vai determinar a forma terapêutica a ser utilizada. Essas variadas áreas da MTC, pode ser utilizada para tratar variados tipos de patologia, como dor muscular, paralisia facial, dores lombares, rinite alérgica, depressão, náuseas e vômitos, dor pós operatório, artrite reumatóide, insônia, stress, obesidade, reações adversas a radioterapia, dor generalizada pelo corpo, entre outras variadas patologias como a cefaleia. (RIZZO, M.V. et al., 2010). ! 1.1.5 Cefaléia na MTC ! ! A cefaleia na Medicina Tradicional chinesa e bastante complexa na visão ocidental, diferentemente classificada da sociedade internacional de dor de cabeça, e tem como diagnostico a utilização de sua filosofia e fisiologia própria que consegui definir tal resolução. A cabeça situasse no ponto mais alto do corpo humano que passa certos meridianos que circulam o “qi” ou energia, através do sangue, e essa passagem por estes canais pode ocasionar um excesso de energia ou uma deficiência que resulta na doença. Os acupontos existentes, ajuda a desbloquear ou enriquecer este fluxo, após a um diagnostico detalhado e especifico. Os principais meridianos que passa pela cabeça são, “Shaoyang” ou vesícula biliar, “Taiyang” ou intestino delgado, “Yangming” ou intestino grosso e “Jueyin” ou fígado, responsáveis por desenvolver e tratar a patologia da dor de cabeça de acordo com o tipo de cefaleia e sua localidade. (SCHIAPPARELLI, P., et al., 2011). Com isso para melhor diagnosticar a síndrome e preciso definir quais órgãos e suas respectivas vias de energia estão afetados, por intermédio da analise dos pulsos e língua que representa todo o corpo. A causa da dor de cabeça e mais comum definida como a síndrome de excesso, algumas das síndrome são 19 ! conhecido no ocidente como enxaqueca, são elas (SCHIAPPARELLI, P., et al., 2011): • Fígado “Yang” nascente: De origem hereditária e genética. Tem como descrição bastante comum da enxaqueca como dor latente, as vezes em conjunto com enjoo, tontura e vomito, e com localidade temporal-frontal. • Fogo do fígado nascente: Dor de cabeça típica de jovens com dor intensa e latejante, descreve como explodindo a cabeça, problemas na visão, ansiedade, agitação, contração no colo do útero, tontura e zumbido. Localizado na região óculo-temporal. • Estagnação do "qi" do fígado: De origem emocional, ocasionado por acumulo de stress da vida cotidiana, são típicos de cefaleia tensional ou ataques esporádicos de enxaqueca, apresenta distúrbios no humor e problemas gástricos-intestinais. Localiza-se na cabeça semelhante a um capacete que vai ate a região cervical e dorsal. • Estagnação do Sangue: E localizada, aguda, estática, e semelhante a um esfaqueamento. Sua localização aparentemente apresenta localizada que pode generalizar para toda a cabeça. Possui características distintas presenças de círculos escuros sob os olhos que piora com o sofrimento e torna-se mais leve com o alivio. • Catarro-úmido: E a menos comum, mais frequentemente acarreta no oriente devido ao clima característico, possui uma dor maçante, não latente, uma sensação de peso na cabeça, confusão mental, desmaios, sonolência e dificuldade de concentrar. Localiza-se lobo frontal do cérebro, mas pode generalizar. (SCHIAPPARELLI, P., et al., 2011). Ja as síndromes de deficiência, e mais comum conhecermos como tensional, são elas (SCHIAPPARELLI, P., et al., 2011): • Deficiência do “qi”: Causados pela fraqueza, stress, excesso de trabalho, idade, pós-parto, hemorragias, desnutrição ou deficitária. Caracterizada por uma dor maçante que dura ao longo do tempo. Localiza-se frontal ou estendida pela cabeça. • Deficiência do Sangue: Causado pela alimentação inadequada, excesso de atividade mental, stress, choque emocional e hemorragias. Semelhante a anterior, mas mais forte com alteração na intensidade e decorre durante todo o 20 ! dia, e piora a noite. O local se estende ao longo da cabeça mas principalmente na vértice. • Deficiência "Yin" e “Yang” do rim: Acarreta devido ao excesso de trabalho, stress, fraqueza, doenças terminais, idade avançada, excessos sexuais e alguns abusos de substancias. Possui uma sensação de vazio e tontura, localizada no centro ou na região occipital da cabeça. (SCHIAPPARELLI, P., et al., 2011). Visto o diagnostico da cefaleia na MTC, muito autores e estudiosos, comprova que o diagnostico de enxaqueca e tensional se assemelha ao distúrbio do meridiano “Shaoyang”, mas com menor freqüência as vias do “Jueyin”. O tipo tensional e mais comum visualizado com problemas nos canais “Taiyang”. Esses estudos tem como objetivo mostrar a eficiência do diagnostico da medicina chinesa em correlação ao diagnostico instruído pela sociedade internacional de cefaleia e comprovar sua semelhança entre si. (SCHIAPPARELLI, P., et al., 2011). 1.2 Cefaléia ! ! É uma das doenças mais comuns da atualidade. Mais da metade da população sofre ou já sofreu este tipo de doença. Sua importância muitas vezes é subestimada pelos pacientes e os próprios médicos. É popularmente conhecida como “dor de cabeça”. E é classificada pela classificação internacional de doenças (CID) pelo código R51. (GOLDMAN. et al., p.2601 2004). A cefaleia possui uma característica dolorosa e sofrida, mas muitas vezes pode apresentar algo mais grave como tumor cerebral, hemorragias subaracnóides, meningite entre outras. Em situações crônicas o mais recomendado, é que se faça um diagnóstico rápido e preciso para melhor solucionar e tratar o paciente. (HARRISON. et al., p.91, 2006). Existem vários fatores que desenvolve esta queixa, mas frequentemente ocorre devido aos nociceptores periféricos em consequência de alguma reação a lesão tecidual, distensão visceral ou ativados em excesso. Pode se analisar várias considerações, desde o caráter da dor, local, duração, evolução da patologia, a causa, que aumenta ou diminui seu sintoma. O caráter é a descrição do paciente, em como ele está sentindo a dor, mas sua intensidade é de pouca importância para obtenção de um resultado. Já o local que o paciente indica o sintoma, é muito importante e informativo ao auxilio do médico, como por exemplo, de origem 21 ! extracraniana, inflamação, lesão dos seios paranasais e ai por diante. Outras considerações bastante utilizadas no diagnóstico são a duração e o tempo em que o paciente está sentindo a dor naquela intensidade. (HARRISON. et al., p.92-93, 2006). Outro fator muito condizente é a mastigação, pois esta causa um distúrbio neuropático do nervo trigêmeo, que tem como função o movimento e sensação facial, que com o excesso de estimulo pode ocasionar além da dor de cabeça, também as dores faciais. Essas dores faciais não são consideradas cefaleia. (HARRISON. et al., p.92-93, 2006). O termo cefaleia é descrito como a estimulação das fibras aferentes primárias que inerva os vasos das meninges. Existem várias formas de incitar estas fibras. As mais comuns são as mecânicas através de um tumor, irritação química correlacionado com a infecção do sistema nervoso central. Até mesmo o cérebro que é relatado como insensível ativa tanto diretamente com indiretamente essas fibras. (GOLDMAN. et al., p.2602 2004). Então, baseado no estímulo cerebral, podemos considerar como um controlador mestre que consegue ativar e desativar esta condição de dor. Tais sinais clínicos como fadiga, stress emocional, luzes brilhantes, sono excessivo, entre outros, desperta, através das regiões do cérebro, os vasos meninges ao qual se ligam aos nervos trigêmeos que, particularmente, em algumas pessoas, geram o estímulo às fibras que ocasionam o sintoma de dor. Então se pode ver que muitos casos estão relacionados dentro do cérebro, aos vasos e/ou químicos estimulantes. (GOLDMAN. et al., p.2602 2004). A cefaleia pode ser classificada em dois tipos: recorrente ou aguda de início recente. A recorrente são a tensional e a enxaqueca. Já a recente pode caracterizar, algumas, como coadjuvante relacionado a meningite, hemorragia intracraniana, tumor cerebral, glaucoma, arterite temporal. Ou correlacionadas a ações como concussões e atos sexuais. (HARRISON. et al., p.94-95, 2006). ! ! ! ! ! 22 ! 1.2.1 Tipos de cefaléia e tratamento ! ! A cefaleia de início recente possui várias características diferentes da recorrente e se um paciente apresenta esta queixa pode se correlacionar sempre com os exemplos citados acima. Esta dor aguda sempre corresponde com análises de um exame neurológico amplo e integralizado com exames de imagem para melhor diagnóstico. Outro ponto a se considerar é o estado psicológico que o paciente se encontra. Nota-se que aos pacientes depressivos pode ocasionar dores crônicas recorrentes ou que a dor pode gerar este estado alterado da psicologia. Após ressalva aos pontos importantes dessa dor aguda recente, apresenta-se os tipos mais grave dessa patologia (HARRISON. et al., p.94-95, 2006): ! • Meningite: Apresenta de forma aguda, juntamente com inflexibilidade na nuca e febre. • Hemorragia Intracraniana: Aguda e forte com rigidez na nuca e não aparenta febre. • Tumor cerebral: A cefaleia intensa é a principal queixa dos pacientes com tumor e sua dor chega a ser indefinida por possuir variações de cada paciente, mas associa com náuseas, vômitos e alguns apresentam insônia. Muitas dessas características assemelham-se com os sintomas da enxaqueca. • Arterite Temporal: Mais comum em pacientes idosos, se define como inflação das artérias que ataca a circulação extracraniana, causando a dor de cabeça. Outros sintomas que se pode ressaltar é o mal estar e mialgias. • Glaucoma: Relaciona-se com sintomas de náuseas e vômitos e uma forte dor cefálica. • Doenças sistêmicas: Essas doenças sempre se associam a cefaleia. Podemos detalhar doenças correlacionadas ao HIV, lúpulos eritematoso, hipertensão, doenças inflamatórias intestinais, tireóide de Hashimoto, entre outras. • Hipertensão intracraniana idiopática (pseudotumor cerebral): Dores cefálicas pela manhã e alguns podem apresentar dores ao movimento ocular. Outro 23 ! aspecto é o escurecimento das vistas temporário, perda do campo visual e é mais frequente em pacientes jovem do sexo feminino e obesas. • Tosse: Recorrente em homens apresentam particularidades após movimentos provisórios ao tossir, fazer força, espirrar ou abaixar o corpo. Muitos se correlacionam ao inicio de infecção respiratória. • Punção lombar: Ocorre após este procedimento. Explica-se que ao se levantar da conduta ocorre uma tensão nas estruturas de fixação do cérebro aos seios durais que são vulneráveis a dor. • Pós-concussão: Descrito após algum traumatismo craniano, acidentes automobilístico onde se relata o sintoma de tontura, vertigem e perda de memória, acompanhado de cefaleia. • Cefaleia do coito: Exclusivamente masculina, ocorre após o orgasmo, de início repentino e permanece enquanto durar o coito. (HARRISON. et al., p. 94-95, 2006). ! Esse tipo de cefaleia recente possui tratamentos diversificados, como por exemplo, procedimentos cirúrgicos, punção lombar para alívio, fármacos em decorrência ao sintoma abrangente e uso de analgésicos. A cefaleia recorrente ou crônica apresenta uma característica importante que é a facilidade no diagnóstico, visto após análise dos sinais e sintomas descritos pelo paciente. Mas ao aparentar dissociada aos sinais característicos da doença pode dificultar seu parecer médico, exigindo uma análise mais detalhada do caso. As cefaleias crônicas mais comuns são a tensional e a enxaqueca (HARRISON. et al., p.94-95, 2006): ! • Cefaleia Tensional: Também conhecida como cefaleia crônica, descreve como uma aflição bilateral, constritiva e em faixa. É muito descrita pelos pacientes como a existência de uma compreensão por tornos e/ou como uma rigidez na musculatura cervical posterior e sua duração pode variar dependendo de cada indivíduo. Atinge todas as idades e é muito comum em pessoas do sexo feminino. Pode apresentar em conjunto com algumas disfunções psicológicas, como depressão ou ansiedade. Muitos pesquisadores assemelham à enxaqueca, mas outros mantém suas individualidades. Isso ocorre pela falta 24 ! de informação sobre a base de sua fisiopatológia. O tratamento se dá através de relaxamento e por meios de analgésicos ou relaxantes musculares. • Enxaqueca: Mais comum das cefaleias crônicas, acomete cerca de 6% dos homens e 15% das mulheres. Seus sintomas são variados e se correlacionam aos mais comuns como náusea, fotofobia, tontura, vômitos, diarreia, vertigem, entre outros. Existe 3 teorias para descrever sua patogenia. A primeira tem como base sua mutação genética, exemplificando, a síndrome de MELAS que é causada por uma anomalia no gene mitocondrial que codifica a RNAt leu(UUR) que fica no nucleotídio 3243. Esta síndrome causa encefalomiopatia mitocondrial, acidose láctica e eventos parecidos com um acidente vascular encefálico. Outra mutação descrita como enxaqueca hemiplégica familiar (EHF), é a ocorrência de hemiparesia ou hemiplegia durante a enxaqueca causada pela mutação no gene CACNL1A4 localizado no cromossomo 14. A teoria vascular considera que a vasodilatação extracraniana e a vasoconstrição intracraniana e suas movimentações abruptas por si só não são as causadoras da enxaqueca, mas sim defende que a causa, em parte, origina do fluxo sanguíneo cerebral. Por último, a teoria neuronial que fala de uma depressão propagada significando o deslocamento lento da atividade cortical que libera potássio, precedida de uma atividade metabólica aumentada. Esta depressão pode originar de vários estímulos experimentais como traumatismo ou aplicação tópica de potássio. O tratamento da cefaleia crônica pode utilizar técnicas alternativas que variam desde acupuntura a hipnoses, como o uso de remédios. A terapia através de fármacos deve ser criteriosa devido à combinação de variados remédios, de acordo com o grau de intensidade da enxaqueca que varia de leve, moderado ou grave. Os remédios variam de combinações de analgésicos, medicamentos profiláticos, ! ! ! ! ! agonistas 5-HT e antagonistas 5-HT.(HARRISON. et al., p.95-100, 2006). 25 ! 2 OBJETIVOS ! ! Realizar uma revisão bibliográfica sobre o tratamento da acupuntura para Cefaleia. ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! 26 ! 3 MATÉRIAS E MÉTODOS ! ! Este trabalho foi desenvolvido baseando-se em 21 artigos científicos, estudos de caso, disponíveis em bancos de dados científicos reunidos no portal Capes (Biblioteca Virtual em Saúde). Serão selecionados artigos publicados entre os anos de 1999 a 2013 por ser os mais recentes e os únicos encontrados, localizados a partir das seguintes palavras chaves: acupuncture for chronic headaches (6), acupuncture tension type (6), acupuncture for headache (5), acupuntura para dor de cabeça (1), MTC for headache (3). ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! 27 ! 4 DESENVOLVIMENTO ! Estudos confirma a eficácia da acupuntura no tratamento e na prevenção da saúde. O trabalho realizado pelo COEYTAUX. R.R., et al., (2005), buscou comprovar a eficácia da acupuntura no tratamento da cefaléia. Para isso, formou-se um grupo de 74 pessoas recrutadas aleatoriamente na “Clinic ate the university of North Caroline (UNC)”, em um período de doze semanas. Este grupo foi dividido em dois subgrupos: um com 35 pacientes, que tiveram acompanhamento médico juntamente com a acupuntura, e outro com 39 pacientes, que só tiveram acompanhamento médico tradicional. Em ambos os grupos, cinco pessoas foram desligadas do estudo, por não darem continuidade ao atendimento. (COEYTAUX. R.R., et al., 2005). Para avaliar o impacto da dor de cabeça nas atividades diárias dos pacientes, foi entregue um questionário, o "Headache Impact Test (HIT)”, composto de seis perguntas que demonstra a visão do paciente sobre a cefaleia. O “HIT" serviu para medir a qualidade de vida relacionada à saúde (QoL), cuja pontuação varia de 36 pontos a 78 pontos, isso mostra que acima de 59 pontos, que indica o grande impacto na “QoL”. Juntamente com o questionário “HIT”, os pacientes tiveram que estimar, no mês anterior à inscrição, a gravidade da dor de cabeça com uma escala de zero a dez pontos, quanto maior a pontuação, maior a intensidade da dor. (COEYTAUX. R.R., et al., 2005). Já o estado de saúde foi avaliado pelo "Short Form 36 (SF36)”, versão 2.22 retirada da "Health Survey”, que consiste em dar pontuações aos devidos domínios: utilidade física, limitações da função, problemas físicos, dor, estado geral da saúde, vitalidade, funcionamento social e saúde mental. Em conjunto com o “SF-36”, foi entregue mais 21 itens para medir a depressão causada pela cefaleia. Todos os questionários foram reaplicados no período de seis semanas e, subsequentemente, no final de doze semanas. O tratamento se deu por agulhas aplicadas nos acupontos, não especificando quais pontos utilizados para cada sessão. Os resultados analisados mostra que o tratamento acompanhado somente pela atendimento médico não produz melhora significativa nos pacientes; porém, no tratamento médico acompanhado da acupuntura, foi observada uma melhora de onze pontos nos domínios assim analisados pelo "Short Form 36 (SF36)”. Com isso 28 ! conclui que há significativa melhora na qualidade de vida dos pacientes quando estes recebem atendimento médico em conjunto com a medicina tradicional chinesa. (COEYTAUX. R.R., et al., 2005). Outro trabalho realizado por MELCHART, D., et al., (2006), pretendeu investigar e correlacionar os diferentes resultados obtidos de pacientes submetidos a sessões de acupuntura para tratar variados tipos de cefaleia. O estudo foi realizado com 2022 pacientes, 80% mulheres, divididos conforme o tipo de cefaleia. Um grupo foi composto por 405 pacientes que apresentavam enxaqueca sem áurea; outro foi formado por 342 pacientes que tinham enxaqueca com áurea; mais um foi formado com 182 pacientes que sofriam de outros tipo de enxaqueca; outros 465 pacientes, que apresentavam episódio tensional de dor de cabeça, constituiram outro grupo; e, por fim, outro grupo foi formado por 521 pacientes com sintoma do tipo tensional, entre outros tipo de cefaleia, cada paciente apresentou mais de um tipo. Os resultados foram obtidos por meio de questionários adaptados da "German Society for the study of pain (DGSS)”, os quais inclui: "Pain Disability Index (PDI)", aspectos sensoriais e afetivos da dor, escala de depressão e uma versão alemã para o "Short form 36”, o mesmo utilizado no estudo descrito anteriormente. Os questionários foram novamente aplicados, uma vez após a primeira sessão, outra ao término do tratamento, e a última avaliação foi realizada após seis meses do término do estudo. Esses resultados foram correlacionados por "software" de dados, "SPSS" e o "chisaquare" e “ANOVA”. O atendimento de acupuntura foi realizado com agulhas nos acupontos espalhados pelo corpo, no estudo não há detalhes dos ponto utilizados no tratamento, e cada paciente teve no máximo quinze sessões durante o período da pesquisa. Os resultados encontrados em todos os tipos de dor de cabeça foram satisfatórios e obteve um desfecho relevante a todos os grupos. Mais da metade dos pacientes apresentou diminuição de 50% da dor. Pode-se se concluir que há uma melhora na dor dos pacientes submetidos ao acompanhamento da tradicional medicina chinesa. Mas o estudo ressalva que este efeito pode ser um placebo desconhecido. (MELCHART, D. et al., 2006). Já o estudo realizado na Alemanha, teve como premissa investigar os pacientes de acupuntura, que utiliza o seguro obrigatório de saúde, afim de avaliar a eficácia do atendimento. Foram selecionados 454.920 pacientes que apresentavam uma das três doenças crônicas escolhidas pelos pesquisadores. São elas: dor de 29 ! cabeça, dor lombar e osteoartrite. Além desse critério, a manifestação da doença deveria estar presente por pelo menos seis meses e o paciente não poderia ter feito anteriormente tratamento com acupuntura. Foi necessário também que o paciente tenha sido informado sobre o tratamento e ser segurado pelas empresas participantes. Todos os dados utilizados para realização do estudo foram coletados na autoridade reguladora dos fundos de doenças alemã, que exigi a guarda de todos os processos de tratamentos para serem analisados. Esses dados foram mesclados no programa MS-access. O tratamento se baseou na aplicação de agulhas sobre os acupontos, não foi detalhado quais pontos utilizados em cada sessão. Inicialmente cada paciente obteve seis sessões, e, caso fosse necessário, outras sessões de acupuntura eram prescritas ao paciente, que não ultrapassou o número máximo de quinze sessões. Do total dos pacientes analisados, poucos foram indicados à acupuntura. Dos indicados, 45% possuíam dor nas costas, 36% tinham dor de cabeça e outros 12% reclamavam osteoartrite. Desse total de pacientes avaliados, 12% relataram melhora significativa, 54% atribuíram como moderado, 16% como mínimo e 4% como ruim, 8% obtiveram reações adversas moderadas e 13 pacientes (0,003%) teve efeito colateral grave. Um dos pontos indicados pela baixa eficácia da acupuntura, relatado pelo ortopedista, foi o curto período de tempo que o médico teve com o paciente. Averiguo-se que o tratamento da MTC é bastante satisfatório para o atendimento de doenças crônicas, quando realizadas por terapeutas devidamente qualificados. (WEIDENHAMMER, W., et al., 2007). O trabalho do pesquisador WHITE, A.R., et al., (2000), teve como pesquisa o tratamento da acupuntura para episódios tesional de cefaleia. Esta análise teve por base um grupo de cinquenta pessoas, escolhidas aleatoriamente, que apresentavam este tipo de patologia. O total foi dividido em dois grupos (A e B). No grupo A, foi realizado atendimento com agulhas de acupuntura em quatro acupontos obrigatórios: dois deles é o vesícula biliar 20 e o intestino delgado 4, com mais quatro pontos opcionais na cabeça, pescoço e ombros, havendo mudanças de acordo com os sintomas de cada paciente. Já no grupo B, foi realizado um tratamento placebo semelhante a uma massagem aleatória sobre o corpo. Para obtenção dos dados foi realizado questionários semelhantes aos estudos anteriores acima dissertados, que modificou somente o período de aplicação. Os questionários foram preenchidos diariamente pelos pacientes inscritos, que indicava o nível da 30 ! gravidade da dor por meio de uma escala visual analógica. A escala mede o comprimento das escolhas, entre nenhuma ou inimaginável, que ligava de uma extremidade a outra. Os resultados apresentaram semelhanças em ambos os tratamentos, apesar de ser questionável o tempo curto do estudo de apenas três semanas, como também os pontos utilizados para cada paciente. Em conclusão da análise feita, a acupuntura não foi considerada melhor que o tratamento placebo para a prevenção da cefaleia tensional. (WHITE, A.R et al., 2000). Outra pesquisa semelhante ao trabalho citado acima, realizada por ENDRES, H.G., et al., (2007), teve como intuito pesquisar a eficácia da MTC na cefaleia tensional, examinando 409 pacientes que apresentavam dez ou mais dias de dores de cabeça por mês ou menor/igual a um dia de enxaqueca, os participantes tiveram dez sessões num período de seis semanas. Divididas em dois grupos, um com 209 pacientes que receberam o atendimento adequado de acordo com o médico tradicional chinês, e o outro grupo com 200 participantes que receberam também tratamento da medicina chinesa, mas que apresentava pontos aleatórios de inserção. O primeiro grupo apresentou uma correlação fixa de pontos para cada indivíduo, juntamente com a complementaridade de acupontos adicionais para cada paciente, o que variava de acordo com a anamnese feita pelo profissional responsável. A inserção das agulhas tiveram uma profundada de 2-30mm com intuito de se estimular até achar o “Deqi”, que consiste na sensação radiante de estimulação, semelhante a um choque elétrico. No segundo grupo os pontos escolhidos foram diferentes aos aplicados no grupo um, evitando os pontos existentes nos meridianos. Nele a aplicação das agulhas foi na profundidade de 1-3mm, evitando assim a estimulação. Os dados captados foram realizados com uma série de questionamentos aplicados antes dos estudos e durante os procedimentos, que apresentou como diferencial as pesquisas anteriores e a utilização do "Von Korff Chronic pain”, o qual possui: a versão germânica do "Short form-12” para a medir a qualidade de vida; avaliação global do paciente de eficácia terapêutica em uma escala de um a seis, muito bom e ruim, respectivamente; e uso de medicamentos. Os resultados deram que 33% e 27% receberam alguma resposta, sendo que o grupo que foi realizado o tratamento corretamente teve uma resposta muito mais positiva que o segundo grupo. Conclui-se que se mostrou eficiente o tratamento de cefaleia tensional e que é nítido que a inserção incertas de 31 ! agulhas não provoca nenhum efeito positivo para amenizar a patologia. (ENDRES, H.G. et al., 2007). A pesquisa realizada por SUN, Y., et al., (2008), teve como objetivo mostrar a eficácia da MTC para tratar cefaleia crônica, fazendo o uso de revisão literária. Foi selecionado 31 artigos, a maioria dos estudos selecionados se baseou no verdadeiro tratamento com um efeito placebo. Como resultado a maioria dos artigos apresentou níveis elevados de satisfação em comparação ao placebo. Conclui-se que o tratamento da MTC se mostrou mais eficiente para minimizar os sintomas que o teste placebo, sendo melhor até mesmo que o uso de remédios. (SUN, Y., et al., 2008). O artigo publicado pelo "neuro epidemiology” e realizado pelos italianos GRANATO, A., et al., (2010), é semelhante a estudos anteriores aqui reunidos, por querer comprovar a eficiência da medicina chinesa em contraposição a um exame inerte, sem efeitos terapêuticos, a cefaleia. Reuniu-se um grupo aleatório de 2.317 pessoas, composto por estudantes da universidade e por pacientes que aparentavam dor de cabeça crônica e tensional, por num período de oito semanas. O tratamento foi realizado por meio de inserção de agulhas nos acupontos, não detalhados, e nos pontos de dor. Para o efeito inerte foram realizados massagem, fisioterapias e inserção de agulhas em pontos incertos. Os dados foram colhidos por questionamentos aplicados antes e durante o período de estudo. Nos resultados encontrados, no período de três meses, foi observada uma melhora na intensidade e na frequência em comparação ao consumo de analgésicos. Com a conclusão do estudo, nenhum dos outros tratamento foi tão eficiente como o observado com a acupuntura. Resultou na comprovação de uma evidente e positiva forma de se tratar a cefaleia sem a utilização de farmacos. (GRANATO, A. et al., 2010). Outro estudo realizado na Alemanha pelos profissionais JENA, S., et al., (2008), também buscou comprovar os benefícios da acupuntura no tratamento da cefaleia ao se investigar o cuidado normal existente no âmbito hospitalar. Num período aproximado de seis meses, 15.278 pessoas participaram do estudo e um grupo de 3.404 pacientes, que apresentavam cefaleia, foram randomizados (num período maior de doze meses, com sintomas recorrentes de dor de cabeça uma vez ou mais por mês, ser maior de dezoito anos, e consentir com a devida pesquisa) e divididos em dois grupos: um para o atendimento com acupuntura e outro para 32 ! controle. O restante de 11.874 pessoas foram incluídos no grupo da acupuntura não aleatório. O grupo, que foi atendido pela MTC, teve quinze sessões por um período de três meses em comparação ao grupo controle que foi tratado pelo procedimento normal. Aplicaram os formulários da "Short form 36” antes e três meses depois e outra vez no fim da pesquisa. Os dados obtidos, após o período de três meses, foram bastante satisfatórios, uma vez que foi observado uma diminuição nos números de dias que os pacientes se queixavam de dor de cabeça e na sua intensidade, o que resultou numa melhora na qualidade de vida. Em ambos os grupos, os resultados apurados se mantiveram por um período de três meses após a finalização do tratamento da acupuntura. Conclui-se, assim, que a MTC possui um resultado relevante e permanente no tratamento da cefaleia, sendo altamente viável e recomendado esta forma de tratamento. (JENA, S., et al., 2010). Um estudo realizado pelo centro de neurologia e neurocirurgia, em “Liverpool", LARNER, A.J., et al., (2005), buscou identificar as prioridades dos pacientes com dor de cabeça que procura tratamento pela medicina chinesa antes de procurar uma referência neurologica. Por um período de seis meses, foi investigados 115 pacientes com cefaleias variadas. No questionário, perguntou se já trataram com MTC para a dor de cabeça, quantas sessões realizadas e sua eficácia. Os que informaram não receber tal tratamento foram questionados se haveria interesse em realizar o procedimento e quais a suas razões de não ter procurado ainda ou de não querer ser tratado por acupuntura. O resultado apresentado foi: dos vinte pesquisados que já tinham realizado este tipo de atendimento quatorze foram por motivo de cefaleia, onze informaram que não ajudou em nada, três reportaram benefício. Dos 95 que não fizeram acupuntura, 69 afirmaram ter curiosidade em fazer, caso comprove sua eficácia. Quinze não expressaram interesse e onze comentaram que tem medo de agulhas. Três pacientes que teve o atendimento descreveu que tiveram 6 sessões no máximo, o que contraria estudos que relata a eficácia num período de doze sessões. Outros estudos relataram o mesmo resultado aqui encontrado. Mesmo com tais resultados, se houver a maior disponibilidade desse tratamento, maior será a demanda para a acupuntura, independente da fobia relacionada a agulhas. (LARNER, A.J., et al., 2005). Outro trabalho buscou identificar o benefício da MTC para tratamento de cefaleia tensional crônica ao comparar técnicas de relaxamento com treinamento 33 ! físico. Este estudo foi aplicado em um grupo de 90 pessoas, com idades que varia entre dezoito anos e 65 anos, que apresentavam dor de cabeça tensional crônica. Os questionários aplicados diferiram um pouco dos estudos anteriores, por apresentar uma escala visual de dor juntamente com um diário da dor, colhidos em diferentes momentos: quatro semanas antes; imediatamente após os atendimentos; e de três a seis meses após o término dos atendimentos. O tratamento de acupuntura foi realizado em trinta pacientes que tiveram agulhas inseridas nos acupontos padronizados, sendo que em determinados pacientes foi aplicados outros pontos extras, e todos os pontos foram inseridos na intenção de se achar a sensação do “deqi”, durante as sessões de acupuntura. A atividade física, praticada na clinica e em casa, foi coordenada por fiosioterapeutas de três clínicas diferentes. O tratamento foi realizado durante três meses com um grupo de trinta pessoas. Já a prática do relaxamento, aplicada também a um grupo de trinta pessoas durante dez sessões, foi executado por profissionais fiosioterapeutas com grande experiência na área. Após análise dos diários e escalas, conclui-se que o grupo que obteve o relaxamento apresentava um êxito maior no alívio da dor, mas não descartou que todos os grupo teve um efeito positivo para o tratamento dessa patologia. Um outro dado apontado na pesquisa foi que a utilização das três técnicas em conjunto resultaria em um ganho maior aos pacientes na luta contra tal patologia. (SODERBERG,E., et al., 2006). O estudo realizado pela universidade de centro medicinal, na Alemanha, compara o tratamento sozinho em casa com os atendimentos da MTC. Foi escolhido pacientes que apresentavam idade maior ou igual a dezoito anos, que apresentavam dor de cabeça primária e que sofria desta doença no mínimo duas vezes ao mês. A qualidade de vida foi medida por meio do "Short form 36”, realizado no início do estudo e, novamente, três meses após o fim da pesquisa. Este mesmo formulário foi utilizado para avaliar o custo beneficio deste tratamento. O estudo foi aplicado em 3.182 pacientes, divididos em dois grupos; um com 1.613 pessoas, tratadas pela MTC, e outro grupo de 1.569 pessoas utilizadas para controle ou tratadas na rotina de casa. Com a análise encontrada, que apesar de ter um custo financeiro mais elevado que o controle, pode-se afirmar que é um tratamento devidamente eficaz para solucionar esta patologia. E apesar de ter um custo maior, a técnica foi 34 ! recomendada por ser um tratamento mais viável financeiramente em comparação ao custo existente na rotina de cefaleia. (WITT, C.M., et al., 2007). Dando continuidade, o trabalho a seguir equiparou os diferentes diagnósticos existentes, entre os critérios estabelecidos pela Sociedade Internacional de Dor de Cabeça, com MTC para a patologia de cefaleia por meio de análises de dados. Foram utilizados 271 médicos especializados em dor de cabeça, tensional e crônica, sendo que todos os médicos envolvidos apresenta no mínimo 140 horas de treinamento em acupuntura e mais dois anos de experiência clínica na MTC, entre outras especificações exigidas para o comprimento do estudo. Foi coletado 1.042 dados de pacientes com esta doença: 633 pessoas apresentavam enxaqueca e outras 409 pessoas possuíam cefaleia do tipo tensional. Após análises dos profissionais participantes, a MTC apresentou de dois a quatro tipos de síndromes associadas a esta doença. Em geral encontra-se a estagnação do “qi" do fígado, fígado "yang" nascente e deficiência “qi” do baço. Na indicação da enxaqueca é mais comum a descrição do fogo nascente do fígado ou fígado yang nascente, e na cefaleia tensional percebe-se os termos relatados fleuma, deficiência de sangue, deficiência "yin" do rim e deficiência "yang" do rim. Essa análise pelos parâmetros da medicina chinesa se baseia em uma visão secundária ou da doença já instalada e se recomenda a descrição de um novo trabalho que visa o critério inicial da doença. (BOWING, G., et al., 2010) O próximo estudo investigou o atendimento placebo da acupuntura junto com o procedimento normal para tratar dor de cabeça do tipo tensional. Incluí no estudo 69 indivíduos que apresentavam cefaleia crônica e tensional, pacientes que apresentavam histórico de enxaqueca foram excluídos do critério de seleção. Neste estudo foi permitido o uso de medicamentos concomitante no decorrer da pesquisa, o que deveria ser comunicado. Com a confirmação e aceitação dos termos exigidos pelos pesquisadores, nas quarto semanas antes do início do estudo, foram realizados exames que confirmou a patologia e foi orientado a utilização de diários pessoais pelos pacientes. Tinha que relatar obrigatoriamente o consumo diário de analgésicos, intensidade da dor, local e duração dos surtos de dores e sua frequência. Além desses relatos, foi utilizado uma escala visual analógica, para medir as melhorias observadas durante os procedimentos. Como parâmetro de avaliar a qualidade de vida dos pacientes, tiveram que preencher "Nottingham 35 ! Health Prole", "Everyday-Life-Questionnaire", “Freiburg" e "Von Zerssen Depression Scale”. (KARST, M., et al., 2001). Para o tratamento placebo, com os olhos vendado, foram utilizadas agulhas diferentes das manipuladas em atendimentos normais de MTC, simulando uma perfuração na pele onde os pontos foram indicados. Os acupontos utilizados em ambos os procedimentos foram os mesmo no decorrer de dez sessões, mas não informado. Os resultados encontrados não foram tão diferentes entre o verdadeiro e o placebo, assim como em estudos semelhantes selecionados pelos autores. Mas em fator de melhora na qualidade de vida descrita pelos questionários aplicados, ambas as técnicas se mostraram relevantes para tratar esta doença. (KARST, M., et al., 2001). Neste estudo, publicado em 2007, teve como fim relatar os experimentos que examinou tratamentos, por meio de técnicas orientais, incluindo a acupuntura, alunos do curso superior de enfermagem, em Santa Catarina, que apresentavam com dor de cabeça. A pesquisa foi desenvolvida durante os meses de outubro e novembro de 2004, com nove encontros semanais, com uma uma hora de duração para cada paciente. Os registros usados foi a auto-descrição no diário de dor, que apresentava os principais fatores como: intensidade, ocorrência e frequência, por um período de quarto semanas. O propósito era evidenciar a dor no seu modo físico, principalmente sua auto-percepção, e construir um ambiente seguro e favorável aos pacientes para que se sentissem mais à vontade. Todos os encontros foram gravados e transcritos juntamente com um prontuário individual. Outra tática utilizada nos encontros individuais e de grupo foi a focalização, que defini a habilidade de se concentrar uma sensação corporal, descrito no artigo como sendo ouvir o corpo e não a mente. Na técnica oriental foi utilizada a crânio-puntura, diferentemente dos artigos dissertados que utilizaram a acupuntura tradicional. Esta técnica da MTC foi escolhida por exigir poucas aplicações de agulhas em pacientes deitados ou sentados, o que a torna economicamente mais viável, e por apresentar maior agilidade nas sessões, o que gera menos transtorno ao paciente. Os quatro participantes inscritos descreveram uma melhora na dor em diferentes aspectos exigidos nos diários e registros realizados pelos pesquisadores, como também um aumento considerável no bem estar. Conclui-se então que esta estratégia, 36 ! selecionada para tratamento de dor de cabeça, é mais que adequada para implementação do alívio dessa patologia. (WINK, S., CARTANA, M. H. F., 2007). Já esta revisão teve por princípio mostrar, por meio de estudos, a funcionalidade da analgesia, utilizando para isso a acupuntura em triagem clínica. Este estudo reuniu as mais importantes pesquisas realizadas de 1970 até o ano de sua publicação, 2009, pela revista “The American journal of chinês medicine”. Várias patologias e condições foram vinculadas ao estudo para que se observasse a analgesia dos pacientes. São elas: analgesia utilizada na cirurgia, dor de cabeça, dor lombar, osteoartrose do joelho, enxaqueca e tensional, dor no ombro, dor no pescoço, alívio da dor relacionada ao câncer, dor lateral, epicôndilo, dor da articulação temporo-mandibular. Após as análises desses estudos, dissertados no artigo, pode ser entendido que a acupuntura é bastante indicada para o alívio de dor, mesmo encontrando alguns especialistas que argumentam que a técnica induz efeito placebo, por se desconhecer todo o mecanismo de ação da analgesia. Apesar de não se compreender como funciona, alguns estudos, que envolvem imagem, podem demonstrar diferentes vias na rede neural que se ativam entre as técnicas. No caso da cefaleia, poucos estudos demonstraram que o tratamento placebo pode ser altamente induzido, embora novas artigos indicam que o verdadeiro atendimento pode ter um ganho muito mais significativo para sua qualidade de vida em comparação ao falso procedimento e, também, em alguns casos, pode chegar a piorar o estado patológico do paciente por meio de procedimento errôneo assim estudado. Conclui-se então que a acupuntura apresenta bastante benefícios para vários tipos de doenças, o que demonstra uma estratégica altamente eficaz no alívio de dores. Ressalva, porém, que apesar de ser bastante limitado a visão do ocidente em relação a esta técnica, ela pode ser bastante abrangente para os tratamentos de diversas patologias, como e utilizada hoje em dia no Oriente. (LIN, J. G., CHEN, W. L., 2009). Outra revisão buscou investigar a técnica chinesa para tratar a dor de cabeça neurovascular e, com isso, analisar a situação atual do tratamento. Um total de dezesseis artigos e 1.535 casos foi incluso no estudo. Vários estudos com terapias complementares existentes na medicina chinesa foram levados em consideração, sendo elas: craniopuntura, ariculoterapia, eletroacupuntura e moxibustão. Os resultados encontrados com a análise dos artigos concluirão que, 37 ! apesar dos benefícios existentes na acupuntura tradicional, poucos estudos foram relatados. E muitos destes descreveram que os farmacos apresentavam uma solução melhor a curto e a médio prazo que a acupuntura tradicional, mas não desvalorizaram a sua eficácia. Outros estudos concluíram que o atendimento somente com a acupuntura tradicional tem menor valia isoladamente, sendo mais proveitosa a utilização em conjunto com as técnicas chinesas, mas que sua eficácia não tinha sido relatada por nenhuma literatura reunida pelos pesquisadores. Outras ressalvas às escolhas dos artigos apresentaram baixa qualidade, muitas técnicas da medicina chinesa, inclusas na MTC, não foram analisadas. A confiabilidade dos estudos selecionados foi baixa por apresentarem eficácia a curto prazo em suas avaliações. Tem insuma importância o período da doença, desde sua implementação até seu prognóstico. Os estudos selecionados apresentavam pouca quantidade de amostra, resultando em recomendação de estudos futuros afim de produzir um trabalho que possua grandes amostras randomizadas. (ZHAO. L., et al., 2011). O próximo artigo difere dos outros, por apresentar um relato de caso de uma menina de quinze anos que tinha tido pouquíssimas dores de cabeça do tipo tensional e que repentinamente começou a apresentar uma continua e forte dor de cabeça. No outono de 2007, surgiram as fortes dores de cabeça sem motivo aparente. A garota foi se consultar com seu médico, quando se averiguou 5-7 numa escala visual de dor e focada em uma parte do cérebro, não indicando nenhum fono ou fotofobia, nem náuseas. No exame físico foi notado, no pescoço, músculos um pouco tensos, mas sem grandes alterações. Com a mudança repentina, houve internação da paciente e foram pedidos exames de sangue, exame neurológico, tumografia computadorizada, ressonância magnética do cérebro e da coluna cervical e exames psiquiátricos. Os exames exigidos não aparentavam mudanças significativas e o exame psiquiátrico apresentou normalidade. Após análises dos exames, ela foi diagnosticada com cefaleia do tipo tensional. Encaminharam-na ao centro dinamarquês para dor de cabeça e trataram com o medicamento riboflavina acompanhado com fisioterapia. Por apresentar uma vida estressante, motivada por muitos problemas familiares, foi também encaminhado ao centro de gerenciamento de estress e readequar a paciente ao convívio social, voltando a sua vida normal. (ROSTED, P., et al., 2010). 38 ! Com o passar do tempo, ela voltou a procurar seu médico por causa do retorno da dor intensamente, e, com a análise, foi diagnosticada provisoriamente com distúrbio da articulação temporomandibular e foi encaminhada ao dentista. O dentista a diagnosticou como portadora do tipo tensional e ATM, por apresentar ternura no músculo da mastigação, no músculo do trapézio, no músculo cápitis, no levantador e no músculo da escápula. O tratamento utilizado foi a acupuntura em que agulhas foram aplicadas nos pontos E7 e E1 e E2, que se localiza na articulação temporomandibular. Já no pescoço foi aplicado agulhas nos pontos VB20 e VB21, situado no gargalo. Após aplicação foi encontrado o “deqi”, que foi estimulado ao se proceder seu giro no sentido horário e anti-horário, ficando in situ por cinco minutos. Por fim, se utilizando da mesma técnica, foram aplicados VC20 e ponto extra 6. Durante as outras sessões, foram relatados acréscimos de alguns pontos como o VC14 e ID16. Foram realizadas três sessões e mais nenhum complemento. No terceira sessão, houve uma melhora significativa na escala visual de dor, reduzida para 2-3, e, após seis meses, a paciente relatou algumas pontadas, porém ela foi tratada apenas com paracetamol. Com este relato, foi recomendada a utilização dessa técnica para tratamento da cefaleia tensional, mas com a ressalva de se proceder um exame físico cuidadoso, incluindo palpação nos músculos da mastigação em pacientes que persistirem na patologia e, por fim, foi aconselhado exame dental para causas inexplicáveis da dor. (ROSTED, P., et al., 2010). Neste trabalho, publicado em 2005, buscou-se comparar o procedimento de acupuntura normal, juntamente com o pouco atendimento na mesma técnica chinesa e um grupo controle, que não tinha atendimento pela medicina tradicional chinesa, para assim tentar comprovar seus efeitos. Os participantes dos três grupos, um total de 270 integrantes, foram selecionados por apresentarem cefaleia crônica tensional, de acordo com parâmetros da Sociedade Internacional de Dor de Cabeça. Todos eles sofrem dessa patologia, periódica ou frequentemente. Os grupos atendidos pela acupuntura receberam doze sessões por trinta minutos num período de oito semanas, sendo que o grupo normal foi atendido, pré-definindo o que consiste a aplicação de agulhas em três pontos básicos: VB20, VB21 e LR3; pontos adicionais recomendados e pontos de escolha individuais, de acordo com o sintomas, sendo eles: IG4, VC23, "Yin tang” ou “Tai yang”, E44, VB2, VG20, VG23, “Si shen cong", BL10, BL60 ou BL62, VG14 ou VG19, ID6, BP6 ou BP9, E36 ou E40, VC12, VB3, 39 ! SJ6, VB39, TA6, VB34, P7 e TA5, que varia de acordo com o paciente. Já o grupo que recebeu pouco atendimento da técnica chinesa teve aplicado superficialmente cinco pontos dos dez, bilateral e pontos aleatórios não existentes na MTC. O grupo controle não recebeu tratamento de acupuntura por um tempo de doze semanas. Todos os pacientes poderiam ser tratados com farmaco recomendado de acordo com as diretrizes alemãs. Todos os indivíduos selecionados foram orientados a preencher um diário num período de quatro semanas antes do início da pesquisa, doze semanas durante os atendimentos ou ausência dele e 21 a 24 semanas após o término do experimento, sendo também incluídos questionários nestes períodos. Os formulários aplicados são, a versão alemã do “pain disability index”, “Short form 36”, utilizados para medir a qualidade de vida em uma escala que avalia aspectos emocionais ligados à dor. As análises mostraram que os pontos básicos foram utilizados quase que 100% do total das sessões pelos profissionais aqui reunidos e que outros pontos apresentaram uma frequência de repetição menor. Comparado aos básicos, muitos dos médicos acupunturistas relataram a utilização de métodos diferentes para o tratamento da doença, mas o trabalho não julgou as variadas formas existentes. Em conclusão aos resultados encontrados pode-se definir que em comparação com o grupo controle a real técnica chinesa teve um efeito positivo substancial, mas em relação ao grupo de atendimento aleatório não se observou esta diferenciação. Ambos os tratamentos tiveram êxito em tratar a patologia, no entanto não se recomenda a utilização do protocolo mínimo para o tratamento dessa patologia. (MELCHART, D. et al., 2005). Neste outro estudo teve a intenção de investigar a eficiência e a tolerância da acupuntura em conjunto com "Tanacetum" para melhor qualidade de vida das mulheres com dores de cabeça crônica e enxaqueca. O "Tanacetum" é o nome popular da substância "Tanacetum parthenium". Conhecido e utilizado desde a antiguidade, possui diversas finalidades: baixar a febre, problemas menstruais, artrite, dor de cabeça, dor de dente, asma, dor de estômago e mordidas de insetos. A parte medicinal são as flores e folhas. A substância química ativa, que lhe confere suas propriedades medicinais, chama-se partenolídeo. Ela inibe a produção e secreção de histamina e prostaglandinas pelo organismo, cuja presença propicia estados inflamatórios, dolorosos e febris. Possui também uma ação relaxante na musculatura uterina, favorecendo o fluxo menstrual. Para o estudo, foram reunidas 40 ! 69 mulheres voluntárias, separadas em três grupos. O primeiro grupo com 22 pessoas acompanhados com a acupuntura por vinte sessões ao longo de dez semanas; o segundo grupo com 23 participantes que tiveram apenas o auxílio do “Tanacetum”; já o terceiro grupo foi tratado tanto com a erva medicinal como a técnica chinesa. Na acupuntura foram utilizados os seguintes pontos "Shuai Gu" (VB8), "Yang Bai" (VB14), "Bai Hui" (VG20), "Shen Men" (C7), "Xing Jian" (F2) e "He Gu" (IG4), pontos padronizados e utilizados em todas as sessões. Em todos os pontos foram encontrados os “de qi”. A erva medicinal foi colhida e as folhas lavadas e deixada de molho com uma solução de hipoclorito de sódio por cerca de dez minutos, para evitar contaminação bacteriana. Após a lavagem e a desinfestação, a erva foi secada em um forno com a temperatura de 45°C e depois foi armazenada, até o começo do experimento, a uma temperatura de 4°C. Ao transformar as folhas da planta em pó e, posteriormente, encapsuladas, elas foram e distribuídas aos pacientes. Estes foram orientados a ingerir uma cápsula antes de dormir, uma concentração de 150mg/dia, durante as mesmas dez semanas do primeiro grupo. No terceiro grupo tiveram o mesmo comprometimento e orientação dos dois grupos anteriores. Com a obtenção dos dados, foram utilizados os questionários "Short form 36”, “migraine disability assessment (MIDIAS)” e “visual analogue scale (VAS)”. Os resultados encontrados indicaram que o grupo que foi administrado com os dois tratamentos teve uma melhora na qualidade de vida, na MIDAS e na VAS do que os outros grupos, que tiveram tratamento individualizado. Concluíram-se que a técnica chinesa em conjunto com a erva medicinal apresenta uma combinação benéfica mais que satisfatória ao tratamento de mulheres com enxaqueca. (FERRO, E. C., et al., 2012). Publicado pela “military medicine”, este outro artigo objetivou mostrar a eficácia da medicina chinesa em aliviar e sanar a dores de cabeça crônica diária num âmbito muito frequente na população militarizada. Com 26 participantes, todos padece desse mesmo mal, foram tratados com a MTC. Foi executado doze sessões de trinta minutos durante oito semanas. As sessões apresentou padronizadas entre os pontos e em alguns destes foram inseridos um estimulador elétrico entre os pontos F3 e VB41 numa frequência de 1-3Hz. Este efeito teve por objetivo mover energia pelos meridianos. Todos os pontos foram agulhados, encontrando o “deqi”. Os questionários utilizados foram o “migraine disability assessment (MIDIAS)”, 41 ! "Short form 36”, "Headache Impact Test (HIT-6)”, "Beck Depression Inventory (BDIII)”, “visual analogue scale (VAS)” aplicados no início, durante e depois da finalização do experimento. As respostas, após análise por um período de doze semanas depois do estudo ser finalizado, apresentaram melhorias contínuas, chegando a conclusão de que há uma eficácia em todos os âmbitos analisados, como qualidade de vida, intensidade e depressão. Se comparados ao tratamento médico padrão, os efeitos colaterais tiveram uma incidência baixa. (PLANK, S., et al., 2009). Neste artigo publicado pela “Acupuncture in medicine”, no ano de 2005, mostrou os efeitos da acupuntura a laser para tratar cefaleia crônica tensional. Recrutaram-se cinquenta pacientes com esta doença, que foram divididos em dois grupos. O primeiro grupo recebeu a acupuntura a laser três vezes na semana, por dez sessões para cada paciente. O laser de baixa energia possui um comprimento de onda de 830nm e intensidade máxima de saída 39mW/cm. A intensidade utilizada nos atendimentos foi de 1.3J, produção de 100%, a modo contínuo. As utilizadas na vertical foram aplicadas com pressão. Tempo de exposição foi de 43 segundos em cada ponto. Os pontos aplicados bilateral e padronizados foi VB14, VB20, IG4 e P7. O segundo grupo foi tratado com a mesma técnica, mas não apresentava potência nenhuma. Os dados colhidos foram por meio de questionários aplicados antes e no decorrer do estudo, juntamente com a “visual analogue scale (VAS)”. A diferença, entre os grupos, foi significativa: foi percebida a diminuição correlacionada a intensidade e frequência nos grupo que receberam um tratamento placebo. Corroborando assim o benefício das novas áreas existentes na medicina tradicional chinesa para tratar esta patologia. (EBNESHAHIDI, N. S., et al., 2005). ! ! ! ! ! ! ! ! 42 ! 5 RESULTADO ! ! Após análise dos 21 artigos selecionados para esta revisão, podemos observar que a maioria relacionou o tratamento real de acupuntura com atendimento placebo, mas não deixou de assemelhar com outros tipos de tratamento, como também em comparação aos atendimentos padrões existentes em determinadas clínicas. Outros compararam os procedimentos com remédios e ai por diante. O Trabalho realizado por COEYTAUX. R.R., et al. (2005), verificou a eficiência da técnica chinesa em contraposição ao atendimento padrão das clínicas da cidade da Carolina do Norte e pode concluir que, em conjunto com o procedimento padrão, é possível obter uma resolução bastante positiva para aliviar e sanar tal patologia. Outro trabalho que teve o mesmo objetivo do artigo anterior foi realizado por JENA, S., et al., (2008), na Alemanha, cujo procedimento foi semelhante ao realizado pelo estudo anterior. A forma de medir a qualidade de vida dos pacientes, ou de captar os dados, e a modificação dos pontos a serem utilizados nas sessões não foram informados nos dois trabalhos. Mesmo assim resultaram em um procedimento mais eficaz que o normal. Os artigos que utilizaram a comparação entre o tratamento verdadeiro e o placebo, como WHITE, A.R., et al., (2000), que aplicou a determinado grupo um atendimento relaxante, utilizando-se de massagens aleatórias sobre o corpo como forma placebo de atendimento. Outro artigo que teve como base o mesmo raciocínio lógico foi o ENDRES, H.G. et al.,(2007), que, como placebo, o grupo selecionado para receber este tratamento teve pontos aleatoriamente aplicados e espalhados pelo corpo, sem seguir nenhum acuponto existente nos meridianos. Esses artigos resultaram em conclusões diferentes, sendo que o segundo trabalho apresentou um resultado positivo ao tratamento real utilizado em comparação ao não real e concluiu que usar pontos aleatórios não trás benefício nenhum ao paciente. Já no primeiro artigo ambos os tratamentos contiveram eficácia em aliviar esta dor e argumentou que o pouco tempo de tratamento, juntamente como os pontos aplicados em cada paciente, poderia resultar em tal conclusão. A pesquisa dos Italianos GRANATO, A., et al., (2010), também realizou a comparação entre os atendimentos reais em acupuntura e correlacionou tratamentos com massagem, fisioterapias e inserção de agulhas aleatórias fora dos acupontos 43 ! existentes. Não foram explanados os pontos utilizados na pesquisa nem a maneira de como as sessões ocorreram, apenas informando a técnica utilizada, que foi a tradicional acupuntura com inserção de agulha. Semelhante a este estudo, foi o realizado, na Suécia, por SODERBERG,E., et al., (2006), que comparou a tradicional técnica chinesa em contraposição aos treinamentos físicos e técnicas de relaxamento, visto que os treinamentos foram realizados tanto em clínica como em casa, por meio de exercícios orientados por fisioterapeutas. O mesmo que realizou as técnicas relaxantes. Em conclusão, o primeiro artigo mostrou resultado bastante satisfatório e recomendou o uso desse tratamento ao invés de consumo dos analgésicos. O segundo trabalho concordou com a eficácia da técnica. Ambos tratamentos resultaram significativas melhoras no alívio da dor, uma vez que o grupo que recebeu o relaxamento comprovou ter mais êxito no tratamento, mas ressaltou que o conjunto das técnicas poderia haver um ganho maior de exatidão em sanar a patologia. Outros estudos foram aqui desenvolvidos e teve como foco equiparar os tratamentos reais ao placebo, por KARST, M., et al., (2001). O que difere dos demais é que no atendimento não real, foram utilizados os mesmo acupontos que o grupo real de acupuntura recebeu, todavia não houve perfuração dos pontos e sim uma simulação ao inserir as agulhas. Os dados foram medidos de forma semelhante por meio de questionários realizados anteriormente, durante ou após as sessões. Podese analisar que os dois procedimentos tiveram conclusões semelhantes e apresentaram uma melhora no alívio da dor. Pode-se também argumentar que, apesar de as sessões se apresentarem padronizadas, cada caso difere de paciente para paciente, o que permite se obter assim uma prognóstico diferenciado, ou que tratar dor de cabeça, pode ser induzido, como argumentados pelos autores. Comprovando também as vantagens da técnica chinesa como alívio da dor de cabeça, o trabalho de MELCHART, D. et al., (2006), teve como princípio examinar os variados tipos de cefaleia e comprovar os benefícios da MTC. Apesar de apresentar diversos tipos de dores, como enxaqueca tensional e suas classificações, foi conclusivo com uma resolução positiva a diminuição de 50% da dor, relatados pelos pacientes, e, mesmo não compreendendo o mecanismo da técnica chinesa, eles ressaltaram que tanto pode existir um grande poder no acupontos e seus estímulos, como também um efeito induzido. 44 ! ! Um estudo bastante diferenciado, WEIDENHAMMER, W., et al., (2007), visou comprovar as qualidades da técnica oriental e investigar se as pessoa que utiliza o seguro obrigatório de saúde, existente na Alemanha, com o tratamento de dores lombares, cefaleia e osteoartrite. Foram analisados 454.920 processos de atendimentos, armazenados, conforme a lei alemã, pelo órgão regulador, correlacionados a tais sintomas. Apesar de ser considerada qualificada ao atendimento das patologias, o baixo rendimento no tratamento da osteoartrite foi atribuída ao pouco tempo existente entre o médico e o paciente, o que poderá trazer novos resultados mais satisfatórios. Semelhante a este estudo e com os mesmos resultados positivos, também realizado na Alemanha, por WITT, C.M., et al., (2007). Este trabalho comparou a acupuntura com o tratamento individual realizado nas residências dos pacientes. Além de encontrar os resultados benéficos em comparação ao tratamento em casa, pode-se ressaltar que, apesar do alto custo das sessões, a acupuntura é mais eficaz em solucionar a patologia. Já em comparação com a rotina hospitalar no tratamento da dor de cabeça, é muito mais viável este tratamento. Em Santa Catarina, um estudo realizado pela WINK, S., CARTANA, M. H. F., (2007), teve o objetivo de experimentar o tratamento da dor de cabeça por técnicas orientais. Essa técnica difere da tradicional, por ter a área de tratamento o crânio, chamada de crâniopuntura. Foi utilizado por ser mais prático nos atendimentos decorridos durante a pesquisa. Os quatro pacientes analisados neste trabalho relataram um alívio considerável e o aprovou com a adequação e a implementação do tratamento no ambiente de trabalho. Já o estudo de LARNER, A.J., et al., (2005), teve propósitos diferentes: analisar a procura dos pacientes pelo atendimento de acupuntura antes de eles irem buscar diagnóstico neurológico. Os dados demonstraram que, apesar de poucos pacientes afirmarem ter realizado tal tratamento, muitos não tiveram resultados benéficos com este atendimento no alívio da dor de cabeça. Os que relataram não ter procurado tal tratamento afirmaram que tem muito interesse em ser atendido pela acupuntura. Já a minoria relatou medo de agulhas e outros receios. Mesmo assim, o estudo concluiu que se houvesse uma grande disponibilidade e local, a demanda de tratamentos com a acupuntura contra a cefaleia ia aumentar, independentemente das fobias relatadas pelos pacientes. 45 ! O artigos de FERRO, E. C., et al., (2012) e EBNESHAHIDI, N. S., et al., (2005), têm os objetivos das pesquisas diferentes. Primeiro compara o tratamento tradicional chinês juntamente com ervas medicinais no tratamento de dores de cabeça em mulheres. Resultou em um tratamento bastante benéfico para solucionar esta patologia. Já no segundo trabalho, foi estudado a eficácia da recente acupuntura com laser, existente na MTC. O estudo comparou o atendimento a laser, com o tratamento ineficaz, ao não se utilizar potência alguma no laser. Indicou que os efeitos positivos encontrados foram satisfatórios, tanto para o tratamento como também para abranger as pessoas que se incomodam com a aplicação e fobia de de agulha. O trabalho produzido pelo PLANK, S., et al., (2009), foi pesquisada a eficácia do tratamento no âmbito militar. E revelou que mesmo aparentando um efeito colateral baixo, em alguns pacientes, pode-se concluir que as qualidades foram significativas em aliviar a dor. Outro trabalho desenvolvido por MELCHART, D. et al., (2005), teve o objetivo de detalhar o tratamento das sessões que utilizaram a técnica chinesa e comparar o atendimento entre um grupo de controle e um outro grupo que recebeu um atendimento pequeno e aleatório de acupuntura. Ambos os grupos, atendidos na MTC, obtiveram resultados positivos. Mas em comparação ao grupo controle, os autores não recomendam a prática da técnica menor e aleatória. Porque os pontos aleatórios se localizam próximos ao verdadeiro onde ocorre a estimulação, o que proporciona assim um tratamento verdadeiro, ou porque simplesmente os cinco pontos superficiais, utilizados neste grupo de menor atendimento, induziram uma solução de tratamento. Neste relato de caso, ROSTED, P., et al (2010), uma menina de quinze anos apresentava fortes dores de cabeça, devido a uma ATM tesional. A paciente, após intermináveis conclusões insatisfatória foi diagnosticada, por um dentista, que esta com ATM. Ele aplicou três sessões de acupuntura para sanar a dor. E foi possível averiguar que os três atendimentos com a técnica tradicional chinesa mostraram melhora significativa na dor, prolongando o alívio por até seis meses após o estudo. A paciente foi remediada com analgésicos após o retorno da dor. O autor recomendou que mesmo com esses benefícios é importante executar um exame físico mais cuidadoso. Nesse trabalho o BOWING, G., et al., 2010), visa definir, por meio da MTC, o complexo dos meridianos e sua circulação energética, o que ocasiona a dor de 46 ! cabeça. A pesquisa, em análise ao prontuários de pacientes, diagnosticou a causa da patologia. O estudo apresentou resultado ao que descreve de dois a quatro tipos de síndromes que , em geral, encontra-se a estagnação do “qi" do fígado, fígado "yang" nascente e deficiência “qi” do baço. No caso da enxaqueca é comum descrever como fogo nascente do fígado e fígado "yang" nascente e na cefaleia tensional encontra-se os termos relatados fleuma, deficiência de sangue, deficiência "yin" do rim e deficiência "yang" do rim. O trabalho apresentou resultado semelhante a literatura em descrever a causa da doença como um excesso, estagnação ou deficiência de energia em órgãos e meridianos característicos como o fígado, baço e rim. As revisões bibliográfica SUN, Y., et al., (2008), LIN, J. G., CHEN, W. L., (2009), e ZHAO. L., et al., (2011), tiveram por objetivo mostrar a eficácia da medicina tradicional chinesa em benefício ao alívio da dor de cabeça, bastante comum aos dias de hoje, que reuni literatura de artigos publicados em varias revistas e outras publicações exclusivas do jornal chinês de medicina. O primeiro artigo apresentou uma análise de 31 publicações, a maioria apresentou comparações do atendimento real ao placebo e concluiu positivamente a técnica para o tratamento de dor de cabeça. No segundo, foram reunidas publicações do jornal chinês de 1970 a 2009, vinculadas à analgesia para variadas doenças, entre as quais se inclui a cefaleia. Concluiu-se na eficácia deste tratamento e na ressalva de que o ocidente visualiza limitadamente o benefício e a abrangência do uso dessa técnica. E no terceiro estudo, com o mesmo objetivo e análise de artigos adversos, foi identificada a análise de amplas técnicas existentes na MTC, mas, apesar de encontrar artigos com resultados positivos à técnica tradicional, não foi muito eficaz em pesquisar artigos bons e capazes a ponto de beneficiar uma análise conclusiva positiva às outras técnicas, recomendando estudos mais randomizados e eficazes em esclarecer tais pontos. ! ! ! ! ! 47 ! 6 CONCLUSÃO ! ! Muitos trabalhos como de COEYTAUX. R.R., et al., (2005), SODERBERG,E., et al., (2006) e FERRO, E. C., et al., (2012), teve como conclusão a eficácia da técnica chinês em estabelecer um tratamento eficiente para esta patologia, mas ressalvou que em conjunto com o atendimento normal de médicos e remédios obtém uma resolução mais proveitosa, outros correlacionados a relaxamentos e massagens em paralelo ao atendimento de acupuntura e por ultimo ressalvou que a técnica em trabalho concomitante com a erva “Tanacetum” pode adquirir efeitos mais satisfatórios para o solução da doença. Outros trabalhos obteve resultados semelhantes ao placebo, mas que comprovaram a eficiência em demonstrar uma melhora significativa na qualidade de vida dos participantes, como o trabalho do KARST, M., et al., (2001), ja o MELCHART, D. et al., (2005), teve resultados semelhantes, mas ressalvou que não se recomenda utilizar a forma placebo como tratamento. O mesmo resultado encontrado no estudo do WHITE, A.R et al., (2000), que difere em não realizar o tratamento por tempo suficiente para obter um conclusão positiva. Ja os artigos do LARNER, A.J., et al., (2005) e ZHAO. L., et al., (2011), não teve conclusões satisfatórias, mas comento que a um aumento da procura por tal atendimento, em contraposição ao trabalho de revisão, que argumento a falta de estudos correlacionados as outra áreas existentes da MTC como forma de tratamento, ate mesmo, exclamou, que os estudos selecionados, para realização da revisão, como inadequadas para qualquer base de estudo. Apesar desses trabalhos, os outros artigos aqui selecionados, pode concluir que a acupuntura é bastante eficaz para o alívio e tratamento da dor de cabeça, e recomendado o encaminhamento de pacientes com esta síndrome para solucionar esta patologia acometida. Mas é possível ressalvar que, apesar do efeito satisfatório em sanar e aliviar a dor, novas pesquisas devem ser realizadas em outras áreas de tratamento existentes na medicina tradicional chinesa, que ainda é desconhecida pelo Ocidente, juntamente com a abrangência da utilização da técnica chinesa para tratamentos de outros patologias. ! ! 48 ! REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ! ! BÖWING, G.; ZHOU, J.; ENDRES, H.G.; et al. Differences in chinese diagnoses for migraine and tension-type headache: an analysis of the german acupuncture trials (GERAC) for headache. Cephalalgia, Alemanha, v.30, n.2, p. 224-232, 2009. ! COEYTAUX, R.R., KAUFMAN, J.S., KAPTCHUK, T.J., CHEN, W., MILLER, W.C., CALLAHAN, L.F., et al. A randomized, controlled trial of acupuncture for chronic daily headache. Acupuncture in medicine, v.23, n.4, p.196-199, 2005. ! COEYTAUX, R.R.; KAUFMAN, J. S.; KAPTCHUK, T.J.; et al. A Randomized, Controlled Trial of Acupuncture for Chronic Daily Headache. American Headache Society Published, Alemanha, v.45, p.1113-1123, 2005. ! DING, L. Acupuntura, Teoria do meridiano e Pontos de Acupuntura. 1ª ed. Roca Biomedicina. São Paulo: 1996. ! EBNESHAHIDI, N.S.; HESHMATIPOUR, M.; MOGHADDAMI, A.; EGHTESADIARAGHI, P. The effects of laser acupuncture on chronic tension headache. Acupuncture in medicine, Londres, v.23, n.1, p.13-18, 2005. ! ENDRESS, H. G.; BOWING, G.; DIENER, H-C.; et al. Acupuncture for tensiontype headache: a multicentre, sham-controlled, patient-and observer-blinded, randomised trial. J Headache Pain, Alemanha, v.8, p.306-314, 2007. ! FERRO, E.C.; BIAGINI, A.P.; SILVA, I.E.F.; et al. The combined effect of acupuncture and tanacetum parthenium on quality of life in women with headache: randomized stud. Acupunct Med, São Paulo, v.30, p.252-257, 2012. ! GOLDMAN, L.; AUSIELLO, D.; et al. Tratado de Medicina interna. 22ª ed. Elsevier. Rio de Janeiro: 2005. ! 49 ! GRANATO, A.; GRANDI, F.C.; STOKELJ, D.; et al. Acupuncture in tension-type headache. Neuroepidemiology, Itália, v.35, p.160-162, 2010. ! HARRISON, T.R.; KASPER, D.L.; BRAUNWALD, E.; et al. Medicina Interna. 16ª ed. Mc graw hill. Rio de Janeiro:2006. ! HUIHE, Y.; et al. Fundamentals of Traditional Chinese Medicine. 2ª ed. Foreign Languages Pres. Beijing: 2010. ! JENA,S.; WITT, C.M.; BRINKHAUS, B.; et al. Acupuncture in patients with headache. Blackwell Publishing Ltd Cephalalgia, Londres, v.28, p.969–979, 2008. ! KARST, M.; REINHARD, M.; THUM, P.; et al. Needle acupuncture in tension-type headache: a randomized, placebo-controlled study. Blackwell Science Ltd Cephalalgia, Londres, v.21, p.637-642, 2001. ! KUREBAYASHI, L.F.S.; GNATTA, J.R.; et al. Aplicabilidade da auriculoterapia com agulhas ou sementes para diminuição de estresse em profissionais de enfermagem. Rev Esc Enfermagem, USP, v.46, n.1, p.89-95, 2012. ! LARNER, A.J. Acupuncture use for the treatment of headache prior to neurological referral. J Headache Pain, Liverpool UK, v.6, p.97-99, 2005. ! LEI, Z.; YI, G.; WEI, W.; LI-JUAN, Y. Systematic review on randomized controlled clinical trials of acupuncture therapy for neurovascular headache. The Chinese Journal of Integrated medicine, China, v.17, n.8, p.580-586, 2011. ! LIN, J.G.; CHEN, W.L. Review: acupuncture analgesia in clinical trials. The American Journal of Chinese Medicine, Taiwan, v.37, n.1, p.1-18. 2009. ! LOBOSCO, M. Fitoterapia Chinesa: introdução à tradição e ao uso das plantas orientais. 1ª ed. Gráfica Palas Athena. São Paulo: 2005. ! 50 ! MELCHART, D., STRENG, A., HOPPE, A., BRINKHAUS, B., WITT, C., WAGENPFEIL, S., et al. Acupuncture in patients with tension-type headache: randomised controlled trial. Acupuncture in medicine, v.23, n.3, p.147-150, 2005. ! MELCHART, D.; STRENG, A.; HOPPE, A.; et al. The acupuncture randomized trial (ART) for tension-type headache- details of the treatment. Acupuncture in medicine, Alemanha, v.23, n.4, p.157-I65, 2005. ! MELCHART, D.; WEIDENHAMMER, W.; STRENG, A.; et al. Acupuncture for Chronic Headaches- An epidemiological study. American Headache Society Published, Alemanha, v.46, p.632-641, 2006. ! MING, Z. The Medical Classic of the Yellow Emperor. 3ª ed. Foreign Languages Press. Beijing: 2009. ! PLANK, S.; GOODARD, J. The effectiveness of acupuncture for chronic raily headache: an outcomes study. Military medicine, Johnstown-PA, v.174, n.12, p. 1276- 1281, 2009. ! RIZZO, M.V.; BECHARA, G.V. Acupuntura: bases científicas e aplicações. Ciência Rural, Santa Maria, v.31, n.6, p.1091-1099, 2001. ! ROSTED, P.; JØEGENSEN, A.; BUNDGAARD, M. Temporomandibular dysfunction can contribute to aggravation of tension-type headache: a case report. Acupunct Med, Londres, v.28, n.3, p.154-155, 2010. ! SCHIAPPARELLI, P.; ALLAIS, G.; ROLANDO, S.; et al. Acupuncture in primary headache treatment. Neurol Sci, Itália, v.32, Suppl 1, p.15-18, 2011. ! SILVA, L.; TAXOTO, A.N.; et al. Efeitos da craniopuntura de Yamamoto na osteoartrite de joelho: estudo de caso. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.18, n.3, p. 287-91, 2011. ! 51 ! SÖDERBERG, E.; CARLSSON, J.; STERNER-VITORIN, E. Chronic tension-type headache with acupuncture, physical training and relaxation training. Betweengroup differences. Blackwell Publishing Ltd Cephalalgia, Londres, v.26, p. 1320-1329, 2006. ! SUN, Y.; GAN, T. Acupunture for the management of chronic headache a systematic review. International Anesthesia Research Society, Durham-USA, v.107, n.6, p.2038-2047, 2008. ! WEIDENHAMMER, W.; MELCHART, D.; STRENG, A.; et al. Acupuncture for Chronic pain within the research program of 10 german health insurance funds-basic results from an observational study. Complementary Therapies in Medicine, Alemanha, v.15, p.238-246, 2007. ! WEGNER, F.; COSTA, A.D.; RIBEIRO, G.K.S.; et al. Moxabustão: uma revisão da literatura. Fiep bulletin, Cascavel-PR, v.83, artigo II, 2013. ! WINK, S.; CARTANA, M.H.F. Promovendo o auto-cuidado a pacientes com cefaléia por meio da perspectiva oriental de saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v.60, n.2, p.225-228, 2007. ! WITT, C.M.; REINHOLD, T.; JENA, S.; et al. Cost-effectiveness of acupuncture treatment in patients with headache. Blackwell Publishing Ltd Cephalalgia, Londres, v.28, p.334–345, 2008. ! WHITE, A.R.; RESCH, K.L.; CHAN, J.C.K.; et al. Acupuncture for episodic tension- type headach: a multicentre randomized controlled trial. Blackwell Science Ltd Cephalalgia, Londres, v.20, p.632-637, 2000. ! YAMAMOTO, T.; YAMAMOTO, H. Yamamoto New Scalp Acupuncture: YNSA. 1ª ed. Medical Tribune. Japão: 1998. !