Eficiência Energética Roberto Lamberts Labeee-UFSC e CBCS Estrutura • Contextualização • Desafios • Visão de futuro Contextualização • A sociedade vem buscando uma melhora constante na qualidade de vida e demanda edificações cada vez mais confortáveis. • A indústria da construção desenvolve produtos para atender este mercado cada vez mais exigente. • Pouca atenção vem sendo dada a adequação de edificações aos climas locais fazendo com que os custos operacionais dos edifícios produzidos se elevem. • O consumo de energia aumenta e com ele os impactos ambientais da ampliação da geração de energia. + Consumo = + Geração • A eficiência energética das edificações é um dos indicadores de desempenho do edifício e é um dos requisitos sempre avaliados quando se fala em construções sustentáveis. • Os edifícios são responsáveis por parcela significativa do consumo de energia elétrica nacional, cerca de 45% entre os setores residencial, comercial e público. • A eficiência energética das edificações apresenta diversas vantagens: – reduzir o custo de operação; – reduzir a probabilidade de falta de energia; – reduzir a necessidade de investimentos do setor público em geração e transmissão; – ajudar as indústrias e os produtos nacionais a competirem no mercado mundial; – reduzir os impactos ambientais e sociais e reduzir o impacto no consumo de recursos naturais cada vez mais escassos. • Desta forma a eficiência energética ajuda a preservar o meio ambiente e proporciona às gerações futuras a capacidade de satisfazer as suas próprias necessidades. • Após a crise de energia de 2001 o Governo se conscientizou da importância do tema e estabeleceu um arcabouço legal para uma Política de Uso Racional de Energia. • Recentemente incluiu a eficiência energética no planejamento da expansão do sistema elétrico. • Níveis máximos de consumo de energia, ou mínimos de eficiência energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia fabricados ou comercializados no País, vem sendo estabelecidos, incluindo-se ai as edificações. • Hoje temos o Programa Brasileiro de Etiquetagem (INMETRO-PROCEL) que através da etiqueta informa ao consumidor a eficiência energética de mais de 100 produtos que variam de geladeiras a edifícios. ETIQUETAGEM DE EDIFICAÇÕES ENCE PROJETO ENCE EDIFÍCIO Desafios: • 5 Edifícios etiquetados em 2009 • 40 edifícios em avaliação • Voluntária-obrigatória • Residencial 2010 • Pro Copa Turismo Hoteis A • IN 01/2010 Min. Planejamento – Minimo B? • Oneração/ desoneração Desafios: • O número de edificações etiquetadas ou certificadas ainda é muito pequeno. • Precisamos transformar o mercado através de um maior engajamento de fabricantes, projetistas e do Governo. • O mercado necessita de projetos e produtos mais eficientes. • Observa-se que muito ainda pode ser feito para aumentar a eficiência energética das edificações construídas e por construir no Brasil. • A Indústria da Construção tem um papel fundamental na mudança deste cenário, mas precisa se atualizar e capacitar para atender ao mercado de forma mais eficiente. Visão de Futuro: • Observamos que os países desenvolvidos estão muito preocupados em transformar o seu mercado de edificações elevando rapidamente os níveis de eficiência. • O Brasil sendo um país em desenvolvimento e com muitos edifícios por construir, precisa de uma rápida evolução para evitar a perda de oportunidades. Visão de Futuro: • Até 2014 a etiquetagem de novos edifícios deveria ser obrigatória nas grandes metrópoles e em todos os prédios públicos (estes com eficiência mínima A ou B para dar o exemplo). • Em 2016, isto deveria ser a realidade em todo território nacional. • A etiquetagem permite que o consumidor opte por edifícios mais eficientes e isto leva a uma mudança no mercado. Visão de Futuro: • Em 2014 deveríamos estabelecer índices mínimos para eficiência energética de novas edificações e um plano de metas para sua rápida evolução. Deveríamos proibir a produção de edifícios ineficientes que custam muito para operar. Visão de Futuro: • A reforma de edificações existentes com o objetivo de elevar o seu nível de eficiência energética se apresenta também como uma estratégia bastante promissora e com um elevado potencial de impacto no consumo de energia nacional. • Em 2018 a etiquetagem das edificações existentes deveria ser obrigatória visando o estabelecimento de um programa nacional de reformas para elevação da eficiência energética do parque de edificações já construído. Visão de Futuro: • Para acompanhar a evolução do mercado precisamos criar um banco de dados público, com o consumo especifico em uso dos diversos tipos de edifícios nas diversas cidades brasileiras de forma a estabelecer referencias de comparação e acompanhamento da eficiência dos edifícios em uso no Brasil. Visão de Futuro: • Em 2022 deveríamos estar construindo apenas edifícios de consumo zero de energia - ZEB (Zero Energy Buildings) que apresentem uma máxima eficiência com geração de energia local através de energias renováveis. – – – – Edifícios adequados ao clima local, Equipamentos de altíssima eficiência, Usuários consciente do uso mais racional de energia Geração de energia renovável no próprio edifício • Mudar a lógica de planejamento energético pois o impacto de cada novo edifício seria mínimo no sistema elétrico. • Podemos inclusive pensar na construção de prédios que geram mais energia do que consumem no seu balanço anual. Visão de Futuro: • Para uma real transformação do mercado precisamos investimentos em pesquisa e desenvolvimento voltados para edificações eficientes, projetos demonstrativos de altíssima eficiência, capacitação e atualização de projetistas. • Precisamos capacitar consultores em simulação de consumo de energia para apoio na otimização dos projetos de novos edifícios. • Precisamos pensar nos limites de eficiência possíveis e introduzi-los no mercado através de uma lógica de custo total no ciclo de vida do edifício: Maiores investimentos na etapa de projeto e construção para minimizar os custos na etapa de operação e manutenção. Casa Eficiente – Florianópolis Casa Solar Flex – Soladecathlon Europe