RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA

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Grupo Soares da Costa, SGPS, SA
RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE
SOCIAL CORPORATIVA
2013
RELATÓRIO E CONTAS 2013 ◊ GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SA
Relativamente à recomendação II.2.2 esclarecemos que o Conselho Fiscal tem relacionamento direto
com os serviços da empresa e com o auditor externo e intervém ativamente na contratação deste.
Entende-se, todavia, que, havendo dupla fiscalização, a do Conselho Fiscal e R.O.C. e a do auditor, é mais
adequado que sejam independentes entre si. O Conselho Fiscal pode, no entanto, avaliar o auditor
externo e, se o entender, propor a sua destituição. Refira-se, por fim, que a fiscalização é submetida à
apreciação da Assembleia Geral.
Cumpre ainda acrescentar que o auditor externo não tem limitação de âmbito, competindo-lhe, entre o
mais, a verificação do cumprimento dos procedimentos instituídos, propor a sua alteração ou revogação ou
a criação de novos procedimentos, bem como a observância do cumprimento das políticas remuneratórias.
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Relatório de Responsabilidade Social
Corporativa
Introdução
O relatório de Responsabilidade Social Corporativa do Grupo Soares da Costa é um anexo ao seu
relatório e contas anual. A quase totalidade da informação reportada diz respeito à área de negócios da
construção, que é a principal atividade do Grupo, englobando a maioria dos colaboradores. É também
nesta área de negócios que a informação disponível se encontra numa fase de maturidade que permite
o seu reporte e enquadramento.
Para uma melhor compreensão da informação apresentada, nomeadamente a que respeita aos indicadores
quantitativos, esta deve ser analisada em coerência com o âmbito descrito junto a cada um dos capítulos.
As iniciativas de responsabilidade social são uma parte importante da cultura do Grupo Soares da Costa,
nomeadamente no que respeita à vertente da responsabilidade social interna (iniciativas direcionadas
para colaboradores e familiares) sem, no entanto, descurar as ações de responsabilidade social externa
direcionadas para as várias comunidades nas geografias onde atuamos, bem como a gestão sustentável
dos impactes ambientais decorrentes das nossas atividades.
Assim, ao longo deste relatório, apresentamos os principais dados de desempenho quantitativo e qualitativo em matéria de responsabilidade social. Num primeiro capítulo é apresentado o desempenho social,
com destaque para a caraterização do capital humano que compõe a organização, as iniciativas de formação realizadas, os principais indicadores de saúde e segurança no trabalho e o envolvimento social da
Soares da Costa com os seus colaboradores, comunidade académica e comunidades envolventes.
No capítulo de desempenho ambiental apresentamos os indicadores de desempenho referentes ao
consumo de energia, emissões atmosféricas, consumo de recursos hídricos e materiais, produção de
resíduos e investimentos na preservação/ proteção ambiental.
Por fim, no capítulo sobre ética e responsabilidade social, damos conta das linhas de orientação para
uma atuação responsável que fazem parte das políticas de responsabilidade social da empresa e
apresentamos alguns dos principais impactes da nossa atividade.
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RELATÓRIO E CONTAS 2013 ◊ GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SA
1 - Desempenho Social
A Soares da Costa continua a ser um empregador relevante no mercado de emprego, contribuindo
ativamente para o emprego direto e indireto, tanto em Portugal como nas outras geografias onde tem
atividades.21 Este capital humano representa o principal ativo da Empresa, para o qual são desenvolvidas
várias iniciativas no âmbito da responsabilidade social interna e que procuram envolver e valorizar os
colaboradores.
Também no que respeita à responsabilidade social externa, direcionada para o envolvimento com as
comunidades onde desenvolvemos a nossa atividade, foram promovidas algumas iniciativas ao longo
do ano. Estas iniciativas inserem-se na Política de Responsabilidade Social Corporativa do Grupo de
envolver ativamente a empresa e os seus colaboradores com as comunidades locais, reconhecendo a
importância de o fazer de forma sustentada pelos objetivos empresariais da Soares da Costa.
1.1 CAPITAL HUMANO
Referente à área de negócio da construção, a empresa terminou o ano de 2013 com 3.783 colaboradores,
representando uma descida de 4% face ao ano anterior. A diminuição gradual do número de colaboradores
ao longo dos últimos anos (mais acentuada em 2012) está relacionada com a diminuição do volume de
trabalho no setor da construção, principalmente no mercado doméstico, implicando inevitavelmente uma
adaptação da estrutura operacional, dotando-a de maior flexibilidade e eficiência.
Colaboradores por Geografia (número)
Colaboradores por Género (número)
Em consequência desta adaptação, tem vindo a crescer o número de colaboradores que atuam no
mercado internacional, sendo já cerca de 78% do total (quando em 2012 este número representava
cerca de 72%), entre quadros contratados localmente e quadros mobilizados de Portugal para as
geografias onde operamos.
No que diz respeito à percentagem de colaboradores do género feminino, mantem-se o desequilíbrio
verificado ao longo dos anos (a percentagem de mulheres mantem-se na ordem dos 9%).
21
Âmbito: No que diz respeito ao desempenho social reportado neste relatório foram considerados dados de colaboradores, formação e
saúde e segurança relativos à área de negócio da construção e às diferentes geografias onde operamos.
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RELATÓRIO E CONTAS 2013 ◊ GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SA
Colaboradores por Volume de Negócios (número/milhões de Euros)
22
O gráfico anterior ilustra a evolução do capital humano da empresa em função do volume de negócios,
no mercado doméstico e internacional. Constata-se que em 2013 o mercado nacional representou
apenas 15% do volume de negócios mas tendo afetos 22% dos recursos humanos da empresa, enquanto
o mercado internacional representou 85% do volume de negócios que realizou com 78% dos recursos
humanos totais.
1.2 FORMAÇÃO
A formação profissional é uma técnica de desenvolvimento de recursos humanos que contribui ativamente para o desenvolvimento organizacional e para a criação de valor do negócio. Em 2013 registou-se
um total de 5.663 horas de formação.
Horas de Formação por tipo de Formação (horas)
22
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Âmbito: Área de negócio da construção.
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Deste total, 57% dizem respeito a formação na área de Gestão e Engenharia, áreas de extrema relevância para o core business da Empresa. É precisamente nesta área que se enquadram as Jornadas Técnicas
da Construção, uma iniciativa interna, organizada anualmente, de promoção e partilha do conhecimento
técnico e de experiências profissionais entre colaboradores. Em 2013 (o quarto ano de edição das jornadas em Portugal e o segundo ano da sua edição em Angola), vários quadros técnicos apresentaram
temas atuais e discutiram questões técnicas ligadas à atividade de construção.
No conjunto das duas iniciativas estiveram presentes cerca de 500 colaboradores. Em Portugal deu-se
especial destaque ao momento de internacionalização com dois temas centrais: Soares da Costa no
Mundo (apresentações sobre a consolidação da posição da empresa em Angola; o crescimento do mercado moçambicano e os primeiros passos da atividade da empresa no Brasil) e o potencial de exportação
do Grupo (com apresentações sobre a valorização de resíduos, a gestão do risco na Soares da Costa e a
capacidade técnica aplicada à resolução de problemas).
Já em Angola, as apresentações recaíram sobre muitos casos práticos da gestão da atividade neste país
(segurança, responsabilidade e boas práticas, construir nas províncias, regimes de empreitada, sistemas de gestão técnica centralizada e supervisão) e apresentação de projetos em execução pela empresa (Encostas Sambizanga, tecnologias de execução de obra: edifício AAA e Total – TTA2 Office Building).
À tendência de recurso a formadores internos na formação na organização, associa-se a valorização do
conhecimento interno, uma vez que a empresa dispõe de recursos tecnicamente habilitados e com competências pedagógicas desenvolvidas, além do importante conhecimento da nossa realidade de negócio, fundamental para a customização da formação. Em 2013, esta aposta foi mantida, nomeadamente
com a organização de ações de formação sobre MS Excel e SAP.
Horas de Formação por Volume de Negócios (horas por milhão de Euros)
23
Não obstante o decréscimo verificado nas horas totais de formação de 2013 (menos 2.453 horas que em 2012),
a análise comparativa com o volume de negócios da área de negócio da construção permite aferir o esforço
desenvolvido para a manutenção deste indicador, não existindo uma alteração significativa entre 2012 e 2013.
23
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Âmbito: Área de negócio da construção.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 ◊ GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SA
Destacam-se também as iniciativas formativas a propósito do novo regime de bens em circulação,
decorridas ao longo do ano. A adaptação de procedimentos e práticas a desenvolvimentos legislativos
continua a ser uma prioridade para a organização. Outro exemplo passou pela especialização de um
colaborador na área da soldadura, através da frequência de uma Pós- Graduação em Engenharia da
Soldadura, com o objetivo de adaptar a empresa à conformidade dos requisitos da marcação CE (norma
de qualidade que será obrigatória em Portugal, já a partir de julho de 2014).
No início de 2013, realizaram-se em Angola duas ações de formação de Inglês. Estas iniciativas tiveram
como objetivo desenvolver competências de comunicação neste idioma em dois grupos de formandos,
um da CLEAR Angola, e outro de colaboradores da Soares da Costa em Angola.
1.3 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
A gestão da saúde e segurança está implementada no universo das empresas que integram a Soares
da Costa. Embora existam diferentes sistemas de gestão, e consequentemente diferentes políticas de
atuação em cada empresa, no que respeita a este tema, os princípios subjacentes a estas políticas são
partilhados e têm em vista uma atuação cuidada e tendo como objetivo principal a redução dos índices
de sinistralidade.
Nas áreas de prevenção e segurança, as principais atividades são a identificação e implementação de medidas preventivas e de proteção da vida humana no exercício da atividade profissional, garantindo condições de
segurança, higiene e saúde no trabalho. Para além disso, todos os colaboradores têm acesso aos serviços de
saúde da empresa (nomeadamente de medicina do trabalho disponível na própria empresa).
Em 2013 verificaram-se 90 acidentes de trabalho, no universo de atuação da área de negócio da construção, menos 2% que no ano anterior, não se registando qualquer acidente mortal. Com a redução das
atividades desenvolvidas, o número de horas trabalhadas diminuiu bastante (cerca de 24% face ao ano
anterior), razão pela qual, mesmo diminuindo o número total de acidentes de trabalho, o índice de frequência aumentou ligeiramente em 2013.
Os restantes indicadores de saúde e segurança, apresentados na tabela seguinte, ilustram a melhoria
do desempenho nesta matéria.24
Indicadores de Saúde e Segurança
2011
2012
2013
Índice de Frequênciade Acidentes de Trabalho
(número de acidentes de trabalho por milhão de horas trabalhadas)
26,9
25,3
32,4
Índice de Frequênciade Doenças Profissionais
(número de doenças profissionais por milhão de horas trabalhadas)
1,8
2,5
0,4
Taxa de Absentismo
(número de horas perdidas totais por número de horas trabalháveis) x 100%
4,3
3,8
3,4
361,4
2.356,0
307,9
Índice de Gravidade
(número de dias perdidos por sinistralidade por milhão de horas trabalhadas)
No âmbito da Saúde e Segurança no Trabalho é de destacar que foi atribuído à Sociedade de Construções
Soares da Costa em 2013 uma menção honrosa no “Prémio MAPFRE Prevenir Melhor 2012”, uma iniciativa conjunta organizada pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e pela MAPFRE Seguros.
24
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◊
Nota: Em 2012 verificou-se a ocorrência de um acidente mortal em obra, justificando o aumento expressivo do índice de gravidade desse ano.
RELATÓRIO E CONTAS 2013 ◊ GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SA
1.4 ENVOLVIMENTO SOCIAL
Através da sua política de responsabilidade social corporativa, a empresa procura gerir o seu envolvimento com a comunidade, comprometida em desenvolver, implementar e monitorizar as suas ações em
todos os níveis da organização.
A Comunicação Interna é um instrumento essencial para que haja envolvimento e participação de todos
os colaboradores nas iniciativas, projetos e ações desenvolvidos. Procuramos dar a conhecer e partilhar
a mais diversa informação, tendo em consideração as diferentes áreas de negócio e os mercados onde
atuamos, de forma atual, rápida e clara para todos. A Educação e as iniciativas de Apoio Familiar continuam a ser pilares fundamentais da atuação da empresa em matéria de responsabilidade social corporativa, destacando-se também outras iniciativas desenvolvidas em 2013 nesta área:
92
◊
◊
Encontro de Quadros: como habitualmente, os quadros da empresa reuniram-se numa iniciativa de
partilha de informação e alinhamento de estratégia, com apresentações dos membros da Comissão
Executiva e de um convidado externo. Os encontros de quadros de 2013 reuniram colaboradores no
Porto, Luanda e Maputo (pela primeira vez).
◊
Newsletter: com o objetivo de fazer chegar informação relevante e atualizada sobre a atividade da
empresa a todos os colaboradores nas diversas geografias onde atuamos, manteve-se a distribuição
mensal da “Newsletter Colaboradores”. Esta informação é distribuída por via digital (email) a todos
os colaboradores e em papel a todos os colaboradores em obra, existindo ainda uma edição adaptada
para o mercado angolano.
◊
Atividades de Natal: Uma vez mais a época natalícia foi assinalada com a realização de vários lanches em
vários locais da empresa, permitindo o convívio entre os trabalhadores e contando com a presença dos
membros da Comissão Executiva, designadamente no estaleiro central (Parque Industrial da Rechousa),
na delegação de Lisboa e na sede do Grupo, no Porto. Também por muitas das obras e estaleiros
espalhados pelas diversas geografias foram realizados vários convívios alusivos a esta quadra. Ainda
durante a época natalícia, a Soares da Costa levou a cabo outras iniciativas de responsabilidade social
interna, distribuindo 261 cabazes de Natal, contendo bens alimentares, a alguns colaboradores e
oferecendo presentes de Natal aos filhos dos colaboradores com vínculo laboral a Portugal, até aos 10
anos de idade, inclusive (em 2013 ano foram entregues 372 brinquedos);
◊
Galardoados: A Soares da Costa homenageou, como é habitual, os seus colaboradores que
celebraram, ao longo deste ano, 25 ou 35 anos de trabalho no Grupo. Durante os vários lanches de
Natal, realizados em Portugal, foram distinguidos 121 colaboradores que, apesar de colaborarem em
diversas geografias, têm vínculo contratual em Portugal. Em 2013, também foram homenageados
(pelo segundo ano consecutivo) os 12 colaboradores angolanos, que ao longo de 2012, celebraram 25
anos de colaboração com a empresa, numa cerimónia realizada em Angola;
◊
Bolsas de Estudo: O programa de Bolsas de Estudo 2012/2013 atribuiu 71 bolsas a filhos de colaboradores com vínculo laboral a Portugal, das quais 69 bolsas de apoio social e 2 bolsas de ensino especial.
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Atribuição de Bolsas de Estudo (número)
◊
Protocolos: é uma área em contínuo desenvolvimento que tem como objetivo estabelecer protocolos
que visam atribuir benefícios/ condições especiais aos colaboradores e seus familiares no acesso a
vários produtos e serviços.
São também muitas as iniciativas de responsabilidade social desenvolvidas em Angola e Moçambique,
países onde a Soares da Costa está presente há largos anos, procurando atuar nas vertentes interna e
externa, por meio de apoio aos nossos colaboradores ou através do envolvimento com as comunidades
locais. Ao longo de 2013, destacaram-se as seguintes iniciativas:
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◊
◊
Atividades de promoção da saúde em Moçambique (no âmbito da obra de construção da nova ponte
de Tete): realização (bimestral) de palestras, exibição de filmes temáticos sobre vários temas, como
o VIH, tuberculose, higiene pessoal, malária, entre outros, com a presença da população local que
trabalha nesta empreitada. Estas palestras são realizadas por médicos e ativistas da área de saúde
(através de contrato com uma clínica local) e contaram em 2013 com um total de 1.173 participantes.
◊
Também é de referir a celebração de um acordo com a Direção de Saúde de Tete (Moçambique) para
a distribuição de preservativos, de forma gratuita, pela população da obra, uma ação que conjuntamente com as atividades de promoção da saúde pretende ajudar a diminuir a incidência de doenças
sexualmente transmissíveis. Durante o ano de 2013 foram distribuídas 14.668 unidades.
◊
Apoio logístico e doação de materiais para a realização de um convívio-fraterno em Maputo, com a
participação de vários jovens e com a duração de três dias, que remeteu para a reflexão de temas
como a ação cívica, social e solidária;
◊
Transformação de dois contentores metálicos marítimos em bibliotecas, pela Soares da Costa Moçambique, SARL, instaladas nos centros cívicos das vilas de Mapai e Chicualacuala, promovendo a melhoraria
das condições de acesso à leitura, no seu aspeto didático e de formação e como forma de lazer;
◊
Apoio material e logístico pontual à Casa do Gaiato de Moçambique em Boane;
◊
Apoio material e logístico pontual à Fundação Gonçalo Silveira, ajudando na construção da “ESIL Escola Secundária Inácio de Loyola”;
◊
Oferta de uma máquina fotocopiadora à Escola Secundária da Ponta Gêa na cidade da Beira e, em
colaboração com a Fundação Vale, apoio à reabilitação dos edifícios existentes e à ampliação de um
outro edifício;
◊
Apoio a várias iniciativas de sensibilização/ alerta por altura da comemoração do Dia Mundial do VIH/
SIDA, na Suazilândia;
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◊
Donativos na ordem dos 31.000 USD (cerca de 23.335 Euros) e apoio em géneros a várias iniciativas realizadas em Angola, como: apoio às comemorações do mês da mulher (Sindicato Provincial da Mulher Sindicalizada); comemoração do 10 de junho (pela embaixada de Portugal) e comemoração do 1º de maio (apoio à Comissão Sindical); comemorações do 11º aniversário da Paz e 39º aniversário da Cidade do Soyo; 5ª Edição do
Jazz Mulher – JazzBello; Fundação Lwini; Baile da Amizade; Associação de Escuteiros de Angola - Agrupamento 188; Programa do Dia do Mineiro e Conselho Consultivo do MGM; Instituto Médio Politécnico do Sambizanga; Centro Acolhimento S. José (Soyo); Administração Comunal da Barra do Kwanza; Governo Nacional de
Proteção Civil e Bombeiros - Comando Provincial de Luanda; Movimento Nacional Espontâneo - Secretariado
Municipal do Cacuaco; Associação dos Descendentes e Amigos do 4 de fevereiro e Orfanato Mama Muxima;
◊
Instalação e disponibilização de um posto de vacinação junto ao estaleiro da empresa para a população da comunidade de Huije (em colaboração com a Direção Provincial de Luanda), prestando também
apoio de enfermagem;
◊
Apoio médico e de enfermagem aos cônjuges e filhos de colaboradores angolanos, no posto de saúde
do Estaleiro Central.
1.5 LIGAÇÃO À ACADEMIA
No âmbito das relações com a comunidade académica, a Soares da Costa realiza anualmente várias iniciativas que visam dar o contributo da empresa para a formação, em meio laboral, de jovens estudantes
e/ ou recém-licenciados.
Ao longo do ano, acolhemos em Portugal oito estágios curriculares, ligados a áreas técnicas da atividade
da empresa (Engenharia Civil, Topografia, Desenho de Projetos, Saúde e Segurança no Trabalho, Arquitetura, Condução de Obra e Qualidade e Ambiente).
Já em Angola, inseridos no Programa de Estágios, foram acolhidos seis estagiários (quatro de Engenharia
Civil, um da área de Recursos Humanos e um da área de Gestão de Empresas), todos integrados nos quadros
da Empresa no final do período de estágio. À semelhança do programa desenvolvido em Portugal, o tempo
dos estágios foi distribuído por várias áreas da empresa, para que os jovens estagiários tivessem oportunidade de conhecer os vários departamentos que dão suporte à área de produção. Com este programa, a Soares
da Costa abre as portas à comunidade académica angolana e aposta na formação de jovens quadros locais.
Por outro lado, numa parceria com o programa BEST/Inside View, do Instituto Superior Técnico, recebemos
nas nossas unidades de trabalho (obras e escritórios) alunos finalistas dos cursos de engenharia civil, engenharia do ambiente e arquitetura, que acompanharam os profissionais da empresa ao longo de uma jornada
de trabalho, com o objetivo de receberem uma formação prática complementar à sua formação académica.
1.6 “SOU CAPAZ”
O “Sou Capaz” é o programa de voluntariado corporativo da Soares da Costa, estando inserido na sua
estratégia de Responsabilidade Social Corporativa, e tem como vetores de atuação a Educação, a Saúde
e Segurança e o Ambiente. A missão deste projeto (de âmbito nacional e transversal a todos os colaboradores) é a promoção do bem-estar social dos segmentos mais desfavorecidos da população, pelo que o
seu maior objetivo é o de promover as condições necessárias para que qualquer colaborador possa participar em ações de solidariedade social (voluntariado), inclusive durante o horário normal de trabalho e
sem prejuízo da sua remuneração ou atividade:
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◊
Legião da Boa Vontade: colaborando, uma vez mais, com a Legião da Boa Vontade do Porto, realizaram-se este ano mais duas Rondas da Caridade onde os voluntários da Soares da Costa participaram
na preparação e distribuição de refeições aos sem-abrigo da região;
◊
Parte de Nós – Saúde: Intervenção, em parceria com o projeto “Parte de Nós” (promovido pela Fundação
EDP), na reabilitação das instalações do serviço de Hematologia do Hospital de Dia de Oncologia, integrado
no Hospital de Santo António no Porto. O projeto “Parte de Nós” tem como principais objetivos humanizar
as áreas oncológicas de vários hospitais do país, através da realização de obras, oferta de mobiliário,
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equipamento audiovisual e ainda doar equipamentos de vanguarda, que permitam a criação de centros
de excelência no tratamento oncológico, com vista, a aumentar a qualidade e o conforto destes espaços.
A Soares da Costa participou neste projeto disponibilizando uma equipa especializada de colaboradores,
que garantiram todos os trabalhos de reparação/ regularização, emassamento e pintura das paredes e
tetos das várias salas do espaço, para além dos trabalhos de raspagem, reparação e envernizamento dos
apainelados, aros e guarnições de madeira existentes (portas e janelas). Esta colaboração contou com
cerca de 480 horas de trabalho e a doação de alguns materiais necessários à realização dos trabalhos.
◊
Ecoponto Solidário: no âmbito deste projeto de doação voluntária de vários bens pelos nossos colaboradores, foram entregues em 2013 os seguintes materiais a instituições de solidariedade social,
em Portugal e Angola:
.
Recolha de sapatos novos ou usados, em colaboração com a empresa Botaminuto, que distribuiu
os sapatos angariados numa campanha nacional a várias instituições de solidariedade;
.
Recolha de tampinhas de plástico para entrega ao Centro Social de Gião (sediado em Santa Maria
da Feira) para posterior entrega para valorização; o valor obtido pela instituição através da valorização das tampinhas foi investido em equipamentos didáticos;
.
Participação na campanha “Papel por Alimentos”, promovida continuamente pelo Banco Alimentar
contra a Fome que, após a recolha do papel nas nossas instalações, o entregou a entidades gestoras de resíduos devidamente certificadas; o valor obtido pela entrega do papel foi convertido em
alimentos pelo Banco Alimentar;
.
Recolha de livros infantis não escolares em Portugal e posterior expedição e entrega por colaboradores voluntários da Soares da Costa aos orfanatos Mama Muxima e Betânia, localizados em Angola;
.
Recolha de telemóveis usados e respetivos acessórios com vista à sua reparação e reintrodução
em mercados menos desenvolvidos a preços reduzidos – campanha em colaboração com a empresa EMC-recycling; o valor obtido reverteu a favor da Fundação do Gil;
.
Recolha de bens alimentares a favor da associação de solidariedade social de apoio a crianças
OlharFuturo;
.
Recolha de brinquedos novos ou usados em bom estado, que foram doados às crianças apoiadas
pela Associação Nomeiodonada, em conjunto com vários brinquedos adquiridos pela empresa para
oferta aos filhos de colaboradores no ano anterior e não reclamados;
.
Recolha de pilhas e baterias usadas, a favor do Instituto Português de Oncologia, em parceria com
a Ecopilhas, entidade gestora destes resíduos.
Além das campanhas desenvolvidas internamente, a Soares da Costa colaborou também, através do
apoio em transporte e entrega, com a iniciativa “Um livro, uma criança, muitos hospitais”, que promove
a recolha de livros por particulares e empresas em Portugal para posterior distribuição em Angola. Em
2013 garantimos o transporte de mais de 8.700 livros.
Ainda no âmbito da responsabilidade social corporativa, a CLEAR – Instalações Electromecânicas
efetuou ainda a doação de sete televisores usados à instituição Aldeias de Crianças SOS de
Gulpilhares (Vila Nova de Gaia).
2 - Desempenho Ambiental
A gestão dos aspetos ambientais na Soares da Costa tem como objetivo constante a minimização dos
potenciais impactes negativos decorrentes das atividades de construção e da operação corrente das
unidades fixas das suas empresas.
Os princípios de atuação de uma gestão ambientalmente sustentável passam pela proteção e preserva-
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RELATÓRIO E CONTAS 2013 ◊ GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SA
ção ambiental e centram-se em quatro grandes linhas de orientação: otimização do consumo de materiais, redução dos consumos de energia e água, proteção da biodiversidade envolvente e minimização
dos impactes de emissões, efluentes e resíduos produzidos.
Além do cumprimento dos requisitos legais e operacionais em vigor, a empresa tem implementadas medidas
de minimização do risco ambiental dessas atividades, com vista à otimização do desempenho ambiental.25
2.1 ENERGIA E CLIMA
O decréscimo das atividades de construção em Portugal, as diferentes fases em que se encontram as
obras em curso, a sua tipologia e as iniciativas de sensibilização e gestão sustentável da energia resultaram nos últimos dois anos num decréscimo do consumo energético, independentemente da fonte de
energia considerada ou local de consumo.
Consumo Total de Energia em Portugal por tipo (gigajoules)
A maior parte deste consumo provém do abastecimento da frota ao serviço da empresa (automóveis e
equipamentos), que representa cerca de 40% do consumo total de 2013 (32.856 GJ), e que implica que a
fonte de energia mais utilizada seja o gasóleo (57% do consumo total). Em 2013, a redução do consumo
energético total foi de 32%, em virtude do decréscimo da atividade em Portugal e também da sensibilização para os consumos desta natureza.
Embora não significativo, verificou-se um ligeiro aumento (inferior a 1%) entre 2013 e 2012 no rácio
do consumo total de energia comparativamente ao volume de negócios. Como já referido, este tipo de
indicadores é fortemente influenciado pelo tipo de atividades desenvolvidas em obra e pelos estágios/
fases de desenvolvimento das obras/ atividades em cada momento.
25
Âmbito: O estágio de desenvolvimento/ implementação do Sistema de Gestão Ambiental apenas permite aferir, de forma fidedigna, os
indicadores ambientais decorrentes das atividades realizadas em Portugal. Desta forma, neste capítulo, apenas são apresentados dados relativos a Portugal, incluindo todas as unidades fixas de trabalho (escritórios e estaleiros), projetos em curso (excluindo ACE’s) e frota automóvel.
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RELATÓRIO E CONTAS 2013 ◊ GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SA
Consumo Total de Energia por Volume de Negócios (gigajoules por milhão de Euros)
26
Em 2013 o total de CO2 emitido foi de 3.438 toneladas, uma redução de cerca de 53% em relação ao ano
anterior; a maior parte destas emissões estão normalmente associadas ao consumo de eletricidade e às
viagens de colaboradores (avião e comboio).
Emissões Atmosféricas Totais por tipo (toneladas de CO 2)
É de referir, no entanto, que este decréscimo não deverá traduzir uma efetiva redução das emissões
atmosféricas da empresa ao longo do ano. De facto, apenas é possível apurar os dados referentes a
viagens de avião adquiridas em Portugal, quando em 2013 a grande maioria das viagens realizadas, em
resultado da crescente mobilidade dos quadros da empresa, foram adquiridas pela sucursal de Angola e
não monitorizadas pelo Sistema de Gestão Ambiental.
26
Âmbito: Consumo de energia total da área de negócio da construção em Portugal (incluindo todas as unidades fixas de trabalho (escritórios e estaleiros), projetos em Portugal (excluindo ACEs) e frota automóvel); o âmbito do volume de negócios considerado inclui a atividade da
construção em Portugal, excluindo ACEs.
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RELATÓRIO E CONTAS 2013 ◊ GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SA
Caso fosse possível apurar os dados de forma consolidada, seria expetável a manutenção das emissões
atmosféricas ou, possivelmente, um aumento das emissões decorrentes dessas viagens. É possível efetuar a mesma análise no gráfico seguinte, onde a comparação das emissões atmosféricas totais com o
volume de negócios traduz uma redução significativa.
Emissões Atmosféricas Totais por Volume de Negócios (toneladas de CO 2 por milhão de Euros)
27
No âmbito da proteção e preservação ambiental, a Soares da Costa desenvolveu várias iniciativas, com
vista à minimização de consumos energéticos, consumo de materiais, produção de resíduos e envolvimento com os colaboradores e comunidades envolventes, destacando-se:
◊
Dia Mundial do Ambiente: realização de uma “Campanha Ambiental 2013”, realizada ao longo de todo
o mês de junho e focando quatro temas distintos: consumo de eletricidade, produção de resíduos,
consumo de água e consumo de combustível associado à frota automóvel;
◊
Movimento ECO: a empresa associou-se uma vez mais ao “Movimento ECO – Empresas contra os
fogos”, uma iniciativa de proteção do património florestal nacional, à qual nos associamos desde
2008, divulgando através dos meios de comunicação internos e externos várias formas de sensibilização para este tema;
◊
Gestão Documental de Obras: o software de gestão documental de obras implementado em 2012
pela CLEAR funciona a partir de uma base de dados ligada um servidor de uma determinada organização, disponibilizando, desta forma, essa informação a todos os utilizadores da rede. Com esta ferramenta possibilita-se o desenvolvimento de uma base de dados digital sobre cada obra, facilitando a
circulação da informação e reduzindo os impactes associados ao consumo de papel e tintas;
◊
Energy Project of the Year: um dos projetos desenvolvidos pela CLEAR (projeto de eficiência energética,
implementado pela Galp Soluções de Energia em parceria com o ISQ) foi reconhecido com o título
de Western Europe Region - Energy Project of the Year de 2013 atribuído pela Association of Energy
Engineers (AEE), na qualidade de melhor projeto de eficiência energética da Europa Ocidental.
27
Âmbito: Emissões atmosféricas totais da área de negócio da construção em Portugal (incluindo todas as unidades fixas de trabalho
(escritórios e estaleiros), projetos em Portugal (excluindo ACEs) e frota automóvel); o âmbito do volume de negócios considerado inclui a
atividade da construção em Portugal, excluindo ACEs.
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RELATÓRIO E CONTAS 2013 ◊ GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SA
2.2 RECURSOS HÍDRICOS
Nos últimos anos verificou-se um decréscimo generalizado no consumo de água, fruto do decréscimo
das atividades em Portugal, como anteriormente referido. Porém, em 2013, verificou-se um consumo
total de 47.644 metros cúbicos, superior em cerca de 28% ao ano anterior.
Este aumento está diretamente relacionado com um dos projetos em curso (empreitada de construção do
Gasoduto Mangualde-Celorico-Guarda), que exigiu a realização de ensaios hidráulicos com largos consumos (da ordem dos 10.840 metros cúbicos). Os recursos hídricos utilizados para este fim acabaram por ser
devolvidos ao meio recetor no final dos ensaios realizados, pelo que se não o considerássemos como consumo efetivo, o consumo total anual seria de 36.804 metros cúbicos, cerca de 1,2% inferior ao ano anterior.
Consumo Total de Água por fonte (metros cúbicos)
Como decorre dos consumos apresentados, não consideramos que as atividades desenvolvidas tiveram um
impacto significativo no consumo de recursos hídricos, nem afetaram o meio ambiente envolvente, seja em
abaixamento dos níveis de lençóis freáticos, ou em alteração da capacidade dos ecossistemas vizinhos.
Apesar disso, o esforço de minimização é contínuo, passando por uma adequada gestão das atividades
em obra, com procedimentos estipulados pelos Sistemas de Gestão Ambiental implementados. Por
outro lado, apenas são utilizados recursos provenientes de fontes devidamente licenciadas, o que garante uma adequada monitorização e controlo.
Tal como se verifica o aumento total do consumo de água, a análise comparativa com o volume de negócios também reflete esse aumento, como expetável pelas razões acima descritas.
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Consumo Total de Água por Volume de Negócios (metros cúbicos por milhão de Euros) 28
2.3 MATERIAIS E RESÍDUOS
Na gestão do consumo de materiais, a Empresa procura agir tendo em vista dois princípios de atuação:
a minimização sustentada dos consumos de materiais utilizados na execução das obras e a redução
do consumo de materiais administrativos ou de suporte às atividades de escritório. O planeamento
da aquisição de materiais é feito tendo em conta dois critérios, a defesa do meio ambiente e razões
económicas, procurando a utilização mínima (e eficiente dos mesmos) e a garantia da qualidade da
execução da obra.
É ainda de referir a reutilização de diversos materiais em obra, originários das próprias atividades e,
sempre que seja viável do ponto de vista da execução das mesmas. Estas práticas ambientalmente
responsáveis permitem diminuir o consumo de materiais virgens e de resíduos encaminhados para
outros destinos.
No que respeita aos resíduos produzidos, a sua elevada produção e diversidade de tipologias requer
uma gestão cuidada, quer no sentido da sua minimização, quer da separação adequada e promoção de
um destino final que respeite os princípios da valorização, sempre que possível. Na gestão dos resíduos
produzidos, são seguidos vários procedimentos de separação e armazenamento temporário, de acordo
com as suas características (e em concordância com o estipulado pelos Sistemas de Gestão Ambiental),
sendo depois encaminhados para um destino final adequado, através de empresas externas, licenciadas
e contratadas para efetuar a gestão de resíduos, procedendo à sua recolha e transporte.
A tabela seguinte apresenta a produção de resíduos, catalogada de acordo com a designação da Lista
Europeia de Resíduos (LER), expressa em toneladas, entre os anos 2011 e 2013. A diversidade de
resíduos produzidos pelas atividades de construção, conduz a que aqui sejam apresentados apenas os
principais tipos de resíduos.
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Âmbito: Consumo de água total da área de negócio da construção em Portugal (incluindo todas as unidades fixas de trabalho (escritórios e estaleiros), projetos em Portugal (excluindo ACEs) ); o âmbito do volume de negócios considerado inclui a atividade da construção
em Portugal, excluindo ACEs.
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Código LER
Indicadores de Saúde e Segurança
2011
2012
2013
15 01 06
Mistura de embalagens
0,64
0,00
0,00
17 01 01
Betão
878,27
257,86
582,02
17 01 07
Mistura de betão, tijolos, ladrilhos, telhas e materiais cerâmicos
3.657,26
2.102,12
983,98
17 02 03
Plástico
44,66
19,17
16,88
17 03 02
Misturas betuminosas não abrangidas em 17 03 01
1.314,04
60,50
628,80
17 04 05
Ferro e Aço
294,06
202,39
63,07
17 04 07
Mistura de metais
19,27
5,36
52,54
17 05 04
Solos e rochas não abrangidos em 17 05 03
9.118,48
11,12
230,00
17 09 04
Mistura de Resíduos de Construção e Demolição (RCD)
314,02
183,73
56,47
20 03 01
Mistura de resíduos urbanos equiparados
53,67
5,13
37,22
28.152,00
7.093,01
2.337,72
43.846
9.940
4.989
Outros (incluindo RCD reutilizados)
Total (em toneladas)
Em 2013 consolidou-se a tendência decrescente da produção de resíduos, que neste ano se reduziu em
cerca de 50% relativamente a 2012. À semelhança de outros indicadores ambientais já referidos, estes
também são muito influenciados pelo decréscimo das atividades de construção em Portugal, pelas diferentes fases em que se encontram as obras em curso, pela sua tipologia e pelas iniciativas de sensibilização e gestão sustentável implementadas, o que não permite fazer uma comparação linear desta evolução.
Produção Total de Resíduos por Volume de Negócios (Toneladas por milhão de Euros)
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Os resíduos produzidos são enviados, quase na totalidade (99% em 2013), para destinos de reciclagem
e valorização. Em 2013 regista-se um aumento notável do destino de reciclagem, que decorre do código
R4, utilizado no caso de resíduos de metal. Os resíduos de metais, distribuídos por diferentes códigos
LER, assumem um valor significativo no total da produção de resíduos, cerca de 44%, decorrente da
venda de máquinas e equipamentos da empresa.
29
Âmbito: Produção total de resíduos da área de negócio da construção em Portugal (incluindo todas as unidades fixas de trabalho (escritórios e estaleiros), projetos em Portugal (excluindo ACEs) ); o âmbito do volume de negócios considerado inclui a atividade da construção em Portugal, excluindo ACEs.
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RELATÓRIO E CONTAS 2013 ◊ GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SA
A quantidade de resíduos perigosos produzidos mantém-se pouco significativa face ao total de resíduos
produzidos, representando menos de 1%.
Ao nível dos efluentes produzidos, há o registo dos efluentes industriais produzidos no estaleiro de São
Félix da Marinha, que em 2013 representou a emissão de 1.017 metros cúbicos. Todavia, devido à tipologia destes efluentes e, sobretudo, devido ao seu tratamento e monitorização, não se considera que
afetem significativamente quaisquer habitats, recursos hídricos e respetiva biodiversidade.
Produção de Efluentes – caudal da ETAR
(metros cúbicos)
2011
2012
2013
2.039
1.357
1.017
2.4 INVESTIMENTOS AMBIENTAIS
A maioria dos custos associados ao desempenho ambiental da empresa decorrem do acompanhamento ambiental em obra e da adoção de medidas de proteção ambiental inerentes à implementação dos próprios sistemas de gestão que privilegiam a proteção e preservação de meio ambiente, pelo que na cultura da Soares
da Costa estes são entendidos como investimentos na preservação ambiental, e não como custos.
Investimentos Ambientais por tipo (Euros)
Em 2013, foram investidos cerca de 372 mil Euros em ações e equipamentos de proteção e preservação
ambiental, dos quais cerca de 31% estão relacionados com a gestão de resíduos e efluentes e 48% com o
acompanhamento ambiental em obra.
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RELATÓRIO E CONTAS 2013 ◊ GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SA
Investimentos Ambientais por Volume de Negócios (Euros/ milhão de Euros)
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3 - Conduta Ética e Responsabilidade Social
Além da Visão, Missão e Valores pelos quais se rege, a Soares da Costa dispõe ainda de outros instrumentos de orientação para uma atividade responsável e sustentável, do ponto de vista ambiental, social e
ético. O Código de Conduta Empresarial estabelece um conjunto de normas éticas e princípios basilares
que devem nortear a atividade da Empresa, princípios esses que são complementados com os Princípios
de Negócio direcionados para a área da construção.
Para além disso, a Empresa dispõe ainda das Política de Sustentabilidade, Política de Responsabilidade
Social Corporativa, Políticas de Igualdade de Oportunidades e Respeito pela Diversidade, Política Ambiental, Política da Qualidade e Política de Prevenção, Segurança, Higiene e Saúde, cada uma estabelecendo orientações específicas em determinado âmbito de atuação.
A atuação da Soares da Costa em diferentes economias é um contributo positivo para o desenvolvimento
económico, ambiental e social das mesmas, quer pelos fluxos económicos diretos que decorrem dessas
atividades, quer pelos impactes económicos indiretos que origina.
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Âmbito: Total de investimentos ambientais da área de negócio da construção em Portugal (incluindo todas as unidades fixas de trabalho (escritórios e estaleiros), projetos em Portugal (excluindo ACEs) ); o âmbito do volume de negócios considerado inclui a atividade da
construção em Portugal, excluindo ACEs.
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RELATÓRIO E CONTAS 2013 ◊ GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SA
Principais Impactes
Criação de postos de trabalho diretos e indiretos
Aquisição de bens ou serviços locais
Construção de edifícios e infraestruturas várias
Assimilação de boas práticas pelos parceiros de negócio
Desenvolvimento económico de outros setores de atividade
Transmissão de know-­how no setor
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Consequências/Extensão
Os principais impactes decorrem do pagamento de salários a
colaboradores locais, garantindo a sua subsistência pessoal/
familiar e a promoção da melhoria da qualidade de vida destes
colaboradores.
Contribuição indireta para o desenvolvimento socioeconómico de
diferentes regiões onde opera, apoiando uma economia local estável
através da redução de custos associados à exportação de materiais
e, do ponto de vista ambiental, reduzindo os impactes associados ao
transporte destes materiais.
Ainda que representem um benefício económico direto para o Grupo,
as atividades de construção constituem igualmente benefícios
expressivos para sociedades envolventes proporcionando-­lhes uma
maior qualidade de vida e/ou o acesso a bens e serviços.
As boas práticas ao nível da gestão de aspetos da qualidade, do
ambiente, da saúde e segurança e da responsabilidade social são,
na maioria das vezes, assimiladas e replicadas pelos vários parceiros
envolvidos nas atividades.
O desenvolvimento das atividades da Soares da Costa acaba por
ter, em muitos países, um efeito de arrastamento no impulso ao
desenvolvimento de outros setores de atividade.
Existe um efeito de aprendizagem induzido em mercados onde a
empresa desenvolve atividades e onde não existia esse know-­how
especializado na comunidade local.
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