Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Dicas Importantes do Curso Pré-Cálculo Técnicas de Estudo. Estudo em Grupo Comprometimento Assiduidade Dúvidas Pesquisa Monitoria Organização Tempo de Estudo Texto “SUGESTÕES PARA MELHOR ESTUDAR MATEMÁTICA” na página do DAMAT, no link: Como estudar Matemática? http://www.utfpr.edu.br/curitiba/estruturauniversitaria/diretorias/dirgrad/departamentos/matematica/ensino/Sugestoes_para_melhor _estudar_Matematica.pdf Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 01 Ministrante Prof. Dr. Raimundo Ronilson Leal do Rosário Material elaborado pelos professores: Prof. Dr. Raimundo Ronilson Leal do Rosário Profª. Drª. Silvana Heidemann Rocha SUMÁRIO Ementa 1 Introdução sobre Conjunto 2 Operações com Conjuntos Conteúdo 1.1 Noção de Conjunto 1.2 Formas de Representar um conjunto 1.3 Relação de Pertinência (∈, ∉ ) 1.4 Correspondência Biunívoca 1.5 Conjuntos Importantes 1.5.1 Conjunto Vazio 1.5.2 Conjunto Unitário 1.5.3 Conjunto Universo 1.6 Conjuntos Iguais 1.7 Conjuntos Disjuntos 1.8 Subconjuntos e Relação de Inclusão ( , ) 1.9 Conjuntos das Partes de um Conjunto 1.10 Par Ordenado 2.1 União ( ) 2.2 Interseção ( ) 2.3 Diferença ( ) c 2.4 Complementar ( ) 2.5 Produto Cartesiano ( ) 2.6 Propriedades das Operações com conjuntos 2.7 Partição de um Conjunto 3 Conjuntos Numéricos 3.1 Conjunto dos Números Naturais (ℕ) 3.2 Propriedades das Operações em ℕ 3.3 Conjunto dos Números Inteiros (ℤ) 3.4 Propriedades das Operações em ℤ 3.5 Conjunto dos Números Racionais (ℚ) 3.6 Propriedades das Operações em ℚ 3.7 Conjunto dos Números Irracionais (ℝ−ℚ) 3.8 Conjunto dos Números Reais (ℝ) 3.9 Conjunto dos Números Complexos (C) 3.10 Propriedades das Operações em C 4.1 Potenciação em ℝ e suas propriedades 4.2 Radiciação em ℝ e suas propriedades 4.3 Intervalos 4 Estudos dos Números Reais (R) 4.3.1 Operações com Intervalos 4.4 Módulo de um Número Real Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 01 1. Introdução sobre Conjunto 1.1 Noção de conjunto Conjunto é o agrupamento, classe ou coleção de elementos. 1.2 Formas de representar um conjunto Enumeração dos elementos Propriedades Diagrama Ex.: ={ ; ã Ex.: ={ , , } ê } Ex.: 1 2 4 3 5 1.3 Relação de pertinência (∈, ∉ ) É convencionado usar os símbolos ∈ e ∉ para relacionar elementos com conjuntos. Lê-se: “pertence” para o símbolo ∈ e “não pertence” para ∉. Ex.: Dado o conjunto P = { 1, 2, {1, 2}, {{5}} }, tem-se: 1 ∈P; 2 ∈P; {1, 2} ∈P; {{5}} ∈P; 5 ∉ P; {1}∉ P; {5} ∉ P. 1.4 Correspondência Biunívoca É o tipo de correspondência entre dois conjuntos no qual cada elemento do primeiro conjunto é relacionado a um único elemento do segundo conjunto, e vice-versa. M Ex.: N 1 2 A 3 C 4 B D 3 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 01 1.5 Conjuntos importantes 1.5.1 Conjunto Vazio ( ∅ ou {} ): é aquele que não possui elemento. Ex.: A = ou A = { }. Observação: O conjunto B = { } não é vazio, pois possui o elemento . 1.5.2 Conjunto Unitário: é aquele que possui um único elemento. Ex.1: { 3 } (Lê-se: O conjunto unitário formado pelo algarismo 3) Ex.2: { {5} } (Lê-se: O conjunto unitário formado pelo unitário 5). Ex.3: { {6, 7} } (Lê-se: O conjunto unitário formado pelo par não-ordenado 6 e 7). 1.5.3 Conjunto Universo ( ): é o conjunto ao qual pertencem todos os elementos do assunto sob análise Ex.: A equação ( − 3)( + 2) = 0 , tem os seguintes conjuntos soluções: = {3}, se =ℕ = {−2, 3}, se (conjunto dos números naturais); =ℤ (conjunto dos números inteiros); 1.6 Conjuntos Iguais Dois conjuntos A e B são iguais quando todo elemento de A pertence a B e todo elemento de B pertence a A. Em símbolos, tem-se: A=B x, x A x B Ex.: {0, 3, 10} = {0, 10, 3} = {3, 0, 10} = {3, 10, 0} = {10, 0, 3} = {10, 3, 0} Observações: O símbolo significa “para todo” ou “qualquer que seja”. Quando se escreve x , lê-se “para todo x ” , e refere-se a todos os elementos do conjunto universo em questão. 4 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 01 1.7 Conjuntos Disjuntos Dois conjuntos A e B são denominados conjuntos disjuntos quando não possuem elemento comum. Ex.: A = {2, 4, 5} e B = {1, 3} são conjuntos disjuntos. Ex.: M = {números pares} e A = {2, 4, 5} não são disjuntos. 1.8 Subconjuntos e Relação de Inclusão ( , ) Um conjunto A é subconjunto de um conjunto B se, e somente se, todo elemento de A pertence também a B. Notação: ⊂ e lê-se “A está contido em B”. O símbolo ⊂ é denominado sinal de inclusão. Sua negação é ⊂ (lê-se: “não está contido”) Quando ⊂ também pode-se escrever ⊃ , que se lê “B contém A”. Ex.: Seja o conjunto A = {0, 1, 2, 3, 4}, tem-se: {2} ⊂ , pois 2 ∈ ; {0, 2} ⊂ , pois 0 ∈ {0, 5} ⊂ , pois 5 ∉ e 2∈ ; 1.9 Conjunto das Partes de um Conjunto Dado um conjunto A, o conjunto das partes de A (denotado por P(A) ) é o conjunto formado por todos os subconjuntos de A. Em símbolos, tem-se: P (A) = {X / X A }. Observação: O número de elementos de A, denotado por n(A), é igual a 2n(A) Ex.: M = { a, b, c} P (M) = { , {a}, {b}, {c}, {a,b}, {a,c}, {b,c}, {a,b,c} }, sendo o número de elementos de P (M) = 2n(M) = 23 = 8. 1.10 Par ordenado Um par ordenado, denotado por ( , ), consiste de dois elementos, e , dos quais um o é designado como primeiro elemento e o outro, , como segundo elemento. 5 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 01 2. Operações com Conjuntos 2.1 União ( ∪ ) Dados dois conjuntos A e B, a união de A e B (denotada por ∪ ) é o conjunto formado pelos elementos que pertencem a A ou a B. ∪ Ex.: = {−1, 0, 1, 2, 3} e ={ ; ∈ = {1, 3, 5}, então ∈ } ∪ = ........................................ 2.2 Interseção ( ∩ ) Dados dois conjuntos A e B, a interseção de A e B (denotada por ∩ )éo conjunto formado pelos elementos que pertencem a A e a B. ∩ Ex.: = {−1, 0, 1, 2, 3} e ={ ; ∈ ∈ } = {1, 3, 5}, então ∩ = .................................. 2.3 Diferença ( − ) Dados dois conjuntos A e B, a diferença entre A e B (denotada por − )éo conjunto formado pelos elementos de A que não pertencem a B. − Ex.: = {−1, 0, 1, 2, 3} e ={ ; ∈ ∉ } = {1, 3, 5}, então − = .................................. 6 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I 2.4 Complementar de B em relação a A ( Dados dois conjuntos A e B, tal que (denotado por ) ⊂ , o complementar de B em relação a A − . ) é o conjunto = Ex.: Aula 01 = {−1, 0, 1, 2, 3} e − = {1, 3}, então = ............................................ 2.5 Produto cartesiano ( × ) Dados A e B dois conjuntos não vazios. O produto cartesiano de A por B (denotado por × ; lê-se: A cartesiano B ou produto cartesiano de A por B) é o conjunto cujos elementos são todos pares ordenados (x, y), onde x pertence a A e y pertence a B. × Ex.: = { , 0, 1} e = {( , ); ∈ ∈ } = { , 3}, então × = {( , ), ( , 3), (0, ), (0, 3), (1, ), (1, 3)} 2.6 Propriedades das Operações com Conjuntos Sendo A, B e C três conjuntos quaisquer e U o conjunto universo, tem-se: i) A A A ii) A A iii) A U U iv) A A A v) A vi) A U A vii) A B B A (comutativa em relação à união) viii) ( A B ) C A ( B C ) = A B C (associativa em relação à união) 7 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 01 ix) A B B A (comutativa em relação à interseção) x) A ( B C ) ( A B ) C = A B C (associativa em relação à interseção) xi) A ( B C ) ( A B ) ( A C ) (distributiva da união em relação à interseção) xii) A ( B C ) ( A B ) ( A C ) (distributiva da intersecção em relação à união) xiii) A ( B C ) ( A B ) ( A C ) (distributiva da interseção em relação à diferença) C onde A C é o complementar de A em relação ao conjunto universo U. xiv) A A , xv) U C C U e C C xvi) ( A ) A xvii) A B A B C xviii) A B B C A C C C xix) ( A B) A B C (Primeira Lei de Morgan) n C n Ai AiC A1C A2C ... AnC i 1 i 1 Generalização: ( A1 A2 ... An ) C C C xx) ( A B ) A B C (Segunda Lei de Morgan) C n n Generalização: ( A1 A2 ... An ) Ai AiC A1C A2C ... AnC i 1 i 1 C C C C xxi) A B ( A B ) C xxii) A B A ( B ( A B) A ( A B) C C C xxiii) A B ( A B ) xxiv) A= A ( A B ) xxv) A= A ( A B ) xxvi) A ( A B ) ( A B ) 8 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 01 C xxvii) A= ( A B) ( A B ) xxviii) A B A C B C B C A C onde significa ou. xxix) A B e C D ( A C ) ( B D ) , xxx) A ( B C ) ( A B ) ( A C ) onde é o produto cartesiano. (distributiva do produto cartesiano em relação à união) xxi) A ( B C ) ( A B ) ( A C ) (distributiva do produto cartesiano em relação à interseção) xxxii) ( A B ) ( B C ) A C . onde significa e 2.7 Partição de um Conjunto Definição: Os subconjuntos A1, A2, ..., An formam uma partição do conjunto U se: i) Ai , i = 1, 2, ..., n ii) Ai Aj = , para i j (ou seja, Ai e Aj são conjuntos disjuntos), com j = 1, 2, ..., n. n iii) A i U i 1 Ex: U A1 A2 ... An A3 An-1 Em resumo: Uma partição de um conjunto U é uma coleção de subconjuntos não-vazios e disjuntos de U, cujas uniões são iguais a U. 9 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 01 3. CONJUNTOS NUMÉRICOS 3.1 Conjunto dos Números Naturais (ℕ) ℕ = {0, 1, 2, 3, 4, … } ℕ∗ = ℕ − {0} = {1, 2, 3, 4, … } 3.2 Propriedades das operações em ℕ i) ( + ) + = + ( + ) ii) + = + iii) + 0 = iv) ( ∙ ) ∙ = ∙ ( ∙ ) v) ∙ = ∙ vi) ∙ 1 = 1 ∙ = vii) ∙ ( + ) = ∙ + ∙ 3.3 Conjunto dos Números Inteiros (ℤ) ℤ = {… , −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, … } ℤ = {0,1, 2, 3, 4, … } = ℕ ℤ = {… , −3, −2, −1, 0} ℤ∗ = ℤ − {0} = {… , −3, −2, −1, 1, 2, 3, 4, … } ℤ∗ = {1, 2, 3, 4, . . } ℤ∗ = {… , −3, −2, −1} 3.4 Propriedades das operações em ℤ i) ( + ) + = + ( + ) ii) + = + iii) + 0 = iv) + (− ) = 0 v) ( ∙ ) ∙ = ∙ ( ∙ ) vi) ∙ = ∙ vii) ∙ 1 = 1 ∙ = viii) ∙ ( + ) = ∙ + ∙ 10 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 01 3.5 Conjunto dos Números Racionais (ℚ) ℚ= ; ∈ ℤ ∈ ℤ∗ ℚ = {} 3.6 Propriedades das operações em ℚ As oito propriedades em ℤ, e: ix) ∙ =1 3.7 Conjunto dos Números Irracionais (ℝ−ℚ) Os números irracionais são dízimas não-periódicas; isto é, são números com infinitas casas decimas, mas que não apresentam período. Ex.: √2 = 1,4142136 … 3.8 Conjunto dos Números Reais (ℝ) O conjunto dos números reais tem como elementos todos os números racionais e todos os números irracionais. 3.9 Conjunto dos Números Complexos (C) Pode-se definir o conjunto dos números complexos como o conjunto dos pares ordenados (x, y) de números reais para os quais estão definidas a igualdade, a adição e a multiplicação conforme abaixo. Tomando dois elementos (a, b) e (c, d) de R2, com R2 = RR, tem-se: i) igualdade: (a, b) = (c, d) a = c e b = d ii) adição: (a, b) + (c, d) = (a + c, b + d) iii) multiplicação: (a, b)·(c, d) = (a·c b·d, a·d + b·c) 11 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 01 Todo número complexo z = (a, b) pode ser escrito sob a forma algébrica z = a + bi, onde a unidade imaginária é definida como = 1 ou i 2 1 . É esse significado da unidade imaginária que justifica a definição da multiplicação, em C, como dada no item iii, anteriormente, pois: (a bi).(c di) ac adi bci bdi 2 ac bd (ad bc)i (ac bd , ad bc) Nos livros de engenharia, é usual denotar-se a unidade imaginária por j, obtendose, por exemplo, z a bj . Observações: O conjunto C dos números complexos não é igual ao conjunto R2, uma vez que, pela definição de conjuntos iguais, os elementos de C e de R2 não são os mesmos. Por exemplo: ( , ) ∈ C significa que a componente está sendo multiplicada pela unidade imaginária, ou seja, ( , ) é apenas uma forma de representar o número complexo Um número complexo = + + . pode ser representado, ainda, na forma trigonométrica ou forma polar, dada por z (cos i.sen ) ; bem como, na forma exponencial z .e i . Geometricamente, os números complexos são representados num plano denominado plano de Argand-Gauss que é, conceitualmente, diferente do plano cartesiano. 3.10 Propriedades das operações em C Sendo z1, z2 e z3 elementos de C, tem-se: (z1 + z2) + z3 = z1 + ( z2 + z3 ) (associativa aditiva) z1 + z2 = z2 + z1 (comutativa aditiva) z + (0,0) = z z + (-z) = (0,0) (z1∙z2)∙ z3 = z1∙(z2∙z3) (elemento neutro aditivo) (elemento simétrico ou inverso aditivo) (associativa multiplicativa) 12 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I z1 ∙ z2 = z2 ∙z1 (comutativa multiplicativa) z ∙(1,0) = z z∙ ( Aula 01 (elemento neutro multiplicativo) a b , 2 ) = (1,0) , com z = ( , ) 2 a b a b2 2 z1 ∙ ( z2 + z3) = z1 ∙ z2 + z1 ∙z3 ) (elemento inverso multiplicativo) (distributiva da multiplicação em relação à adição) 4 Estudos dos Números Reais (R) 4.1 Potenciação em ℝ e suas propriedades Propriedades de potenciação dos números reais. 1) =1 2) =1 3) = 4) ∙ = 5) ∙ =( 6) : = 7) : = 8) ( ) = 9) = √ ) 4.2 Radiciação em ℝ e suas propriedades Propriedades de radiciação dos números reais. 1) √ = 2) √ = √ 3) √ = √ 4) √ ∙ ∙ = √ ∙√ ∙√ 13 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I = 5) Aula 01 √ √ 6) √ = √ 7) = ∙ √ 4.3 Intervalos Intervalo é um subconjunto dos números reais. Representação de Intervalos a) Limitados. Intervalos limitados Colchetes Desigualdades Geometricamente ] , [ Aberto { ∈ ℝ; aberto à esquerda < ≤ } fechado fechado à esquerda [ , [ b) Limitados superiormente ou inferiormente Colchetes Desigualdades Geometricamente ] − ∞, [ { ∈ ℝ; ≥ } ] , +∞[ 4.3.1 Operações com Intervalos Exercícios 14 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 01 4.4 Módulo de um Número Real Valor Absoluto Definição: Para todo ∈ R, o módulo de , denotado por x , é definido por x se x 0 x - x se x 0 De acordo com a definição anterior, para todo ∈ R, tem-se x 0 . 15 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 Ministrante Profª. Drª. Silvana Heidemann Rocha Material elaborado pela Profª. Drª. Silvana Heidemann Rocha Caro(a) estudante, Estas notas de aulas têm o objetivo de auxiliá-lo(a) na revisão de conteúdos básicos para o estudo do Cálculo Diferencial e Integral. No entanto, elas não o(a) dispensam de consultar livros. Caso você encontre erros de quaisquer tipos ou tenha sugestões a fazer, favor comunicar-me; assim, poderei aperfeiçoar o material. O conteúdo deste material pode ser usado por qualquer pessoa, desde que seja citada a fonte. Grata por sua colaboração e bom estudo. Profª Silvana Heidemann Rocha Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 SUMÁRIO 1 SISTEMAS DE COORDENADAS 1.1 SISTEMA UNIDIMENSIONAL OU SISTEMA LINEAR 1.1.1 Conceito e Representação 1.1.2 Comprimento de um Segmento Retilíneo Orientado 1.1.3 Distância entre Dois Pontos, no Sistema Linear 1.1.4 Vizinhança e Ponto de Acumulação, na Reta Real 1.2 SISTEMAS BIDIMENSIONAIS 1.2.1 Conceito, Tipos e Representações 1.2.2 Sistema Cartesiano Ortogonal ou Plano Cartesiano 1.2.2.1 Distância entre Dois Pontos, no Plano Cartesiano 1.2.2.2 Vizinhança e Ponto de Acumulação, no Plano Cartesiano 2 INTRODUÇÃO À RELAÇÃO BINÁRIA E À FUNÇÃO REAL DE UMA VARIÁVEL REAL (Conceitos) 3 RELAÇÃO BINÁRIA 3.1 DEFINIÇÃO, NOTAÇÃO E REPRESENTAÇÃO 3.2.DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO, IMAGEM DE UMA RELAÇÃO BINÁRIA 3.3 RELAÇÃO INVERSA 4 FUNÇÃO REAL DE UMA VARIÁVEL REAL 4.1 DEFINIÇÃO E NOTAÇÃO 4.2 DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO E IMAGEM DE UMA FUNÇÃO 4.3 FUNÇÕES IGUAIS 4.4 REPRESENTAÇÃO DE UMA FUNÇÃO 4.4.1 Diagrama de Venn 4.4.2 Gráfico 4.4.3 Função na Forma Explícita 4.4.4 Função na Forma Implícita 4.4.5 Função na Forma Paramétrica 4.5 CLASSIFICAÇÃO DE UMA FUNÇÃO 4.5.1 Função Injetora, Função Sobrejetora, Função Bijetora 4.5.2 Função Par, Função Ímpar 4.5.3 Função Periódica 4.6 OPERAÇÕES COM FUNÇÕES 4.6.1 Adição, Subtração, Multiplicação e Divisão 4.6.2 Multiplicação de uma Função por um Escalar 4.6.3 Composição de Duas Funções ou Função Composta 4.6.4 Inversão ou Função Inversa 4.7 GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO REAL DE UMA VARIÁVEL REAL 4.7.1 Conceito, Definição e Representação, no Plano Cartesiano 4.7.2 Sinais e Zeros de uma Função 4.7.3 Intervalos de Crescimento e de Decrescimento 4.7.4 Extremos Relativos e Extemos Absolutos 4.7.5 Translação e Reflexão de Gráfico 4.7.6 Função Algébrica, Função Transcendente, Função Elementar, Função Especial 17 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 18 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 1 SISTEMAS DE COORDENADAS Conceito: Sistemas de coordenadas são referenciais pelos quais se estabelece uma correspondência recíproca entre pontos geométricos e números reais. Esses sistemas são usados para investigação analítica (que procede por análise) de propriedades geométricas; por exemplo, determinar a equação de uma curva geométrica. 1.1 SISTEMA UNIDIMENSIONAL OU SISTEMA LINEAR 1.1.1 Conceito e Representação No sistema linear, um ponto pode mover-se livremente sobre a reta dos números reais, denominada simplesmente de reta real. A reta real representa geometricamente o espaço de dimensão um. A orientação positiva da reta é da esquerda para a direita, sendo O um ponto fixo sobre essa reta. O ponto O é denominado origem do sistema e a reta real orientada é denominada eixo. A distância de um ponto P à origem O é x vezes o comprimento adotado como unidade de medida na escala do eixo. Se P localiza-se à direita da origem, x é positivo. Se P localiza-se à esquerda da origem, x é negativo. Nessa correspondência entre o ponto P e o número real x, diz-se que: P tem coordenada (x); P é a representação geométrica ou gráfica do número real x; A coordenada (x) é a representação analítica de P; Há correspondência biunívoca entre ponto geométrico e número real; ou seja, a cada número real corresponde um e único ponto sobre o eixo, e a cada ponto sobre o eixo corresponde um e único número real. Geralmente escreve-se, juntos, o ponto P e sua coordenada x, assim: P(x). 19 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 A origem O tem coordenada 0 (zero) e o ponto A, correspondente à unidade de comprimento adotada (escala), tem coordenada 1. Ex.: 0 1 x O A P R 1.1.2 Comprimento de um Segmento Retilíneo Orientado Num sistema linear, o comprimento do segmento retilíneo orientado P1 P2 , determinado por dois pontos dados P1 ( x1 ) e P2 ( x 2 ) , é obtido, tanto em grandeza como em sinal, subtraindo-se a coordenada do ponto inicial P1 da coordenada da extremidade P2 . Assim: P1 P2 x 2 x1 1.1.3 Distância entre Dois Pontos, no Sistema Linear A distância d entre dois pontos dados P1 ( x1 ) e P2 ( x 2 ) é definida como o valor absoluto do comprimento do segmento retilíneo determinado por esses dois pontos. Assim: d P1 P2 x 2 x1 1.1.3 Ponto de Acumulação e Vizinhança, na Reta Real Um número a , com a R, chama-se ponto de acumulação do conjunto X, com X R, quando todo intervalo aberto ( a , a ), de centro em a , contém algum ponto x X , diferente de a ; onde > 0 é o raio do intervalo. Se a é ponto de acumulação à direita do conjunto X, então todo intervalo [ a , a + ), com >0, contém algum ponto de X diferente de a . Analogamente, se a é ponto de acumulação à esquerda do conjunto X, então todo intervalo ( a - , a ], com >0, contém algum ponto de X diferente de a . A condição “ a é ponto de acumulação de X” exprime-se simbolicamente por: 0, x X / 0 x a , 20 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I onde x a , equivalente a a < x < a + Aula 02 ou a - < x a < ou, ainda, a x (a , a ) , representa a vizinhança de raio do ponto a . Geometricamente, tem-se: X ( ) a R 1.2 SISTEMAS BIDIMENSIONAIS 1.2.1 Conceito, Tipos e Representações Um sistema bidimensional é um sistema no qual um ponto pode se mover livremente para todas as posições de um plano. Para localizar um ponto, num plano, é necessário um sistema de coordenadas. Os sistemas bidimensionais mais comuns são: o sistema cartesiano ortogonal, o sistema cartesiano oblíquo e o sistema de coordenadas polares. Em Cálculo Diferencial e Integral 1, o enfoque é dado ao estudo de relações e de funções caracterizadas sobre um sistema cartesiano ortogonal. Esse sistema é denominado, ainda, sistema de coordenadas cartesianas retangulares ou plano cartesiano. O sistema de coordenadas polares (ou sistema polar), o sistema cartesiano oblíquo e os sistemas tridimensionais de coordenadas são estudados em outras disciplinas. (a) Plano Cartesiano (b) Sistema de Coordenadas Polares Figura 1 – Exemplos de sistemas bidimensionais 21 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 1.2.2 Sistema Cartesiano Ortogonal ou Plano Cartesiano Esse sistema é formado por duas retas orientadas, denominadas eixos coordenados, perpendiculares entre si. O ponto O, de intersecção entre os eixos coordenados, é denominado origem do sistema. Veja a figura 2, adiante. O eixo ⃗ ou, mais comumente, eixo x, é denominado eixo das abscissas; e o eixo ⃗ , ou eixo y, é o eixo das ordenadas. A orientação positiva do eixo x é para a direita, e a orientação positiva do eixo y é para cima. Os eixos coordenados x e y dividem o plano em quatro quadrantes, numerados no sentido anti-horário, conforme apresentado na figura 2, adiante. Sobre o eixo das abscissas e à direita de O, marca-se o ponto A, correspondente à unidade de comprimento do eixo x. Analogamente, sobre o eixo das ordenadas e acima de O, marca-se o ponto B, correspondente à unidade de comprimento do eixo y. Os segmentos OA e OB representam as escalas utilizadas no eixo x e no eixo y, respectivamente. Os segmentos OA e OB não necessitam ter exatamente a mesma medida, uma vez que x e y geralmente representam grandezas distintas; por exemplo, tempo e velocidade, tempo e deslocamento, lado e área, etc. Como, em Matemática, x e y são grandezas quaisquer, é usual adotar a mesma escala para ambos os eixos coordenados. Essa escala é denominada escala identidade. y II(-,+) I(+,+) 1 B 1 O III(-, -) A x IV (+,_) Figura 2 – Esquema de um Plano Cartesiano 22 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 No plano cartesiano, cada ponto P pode ser, inequivocamente, localizado mediante um par ordenado ( , ), onde é a abscissa de P e No par ordenado ( , ), e é a sua ordenada. não podem ser trocados de lugar, pois há uma relação de ordem no par. Os números reais e são denominados coordenadas retangulares de P. O módulo da abscissa ordenada representa a distância que P está do eixo e o módulo da representa a distância que P está do eixo . y Py O P(x,y) Px x Figura 3 – Localização de um ponto P, no plano cartesiano No plano cartesiano, para cada ponto distinto P, há um e apenas um par de coordenadas ( , ). Inversamente, qualquer par de coordenadas ( , ) determina um e apenas um ponto. Assim, no sistema cartesiano ortogonal, há uma correspondência biunívoca entre cada ponto geométrico e um par ordenado de números reais. A localização de um ponto por meio de suas coordenadas é denominada gráfico do ponto. Um gráfico de pontos é mais fácil de ser construído se for utilizado papel de coordenadas retangulares (papel quadriculado). Os pontos do plano cujas ordenadas são zero localizam-se sobre o eixo ,e os pontos cujas abscissas são zero localizam-se sobre o eixo . 23 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 1.2.2.1 Distância entre Dois Pontos, no Plano Cartesiano Exercício: Num plano cartesiano, localize dois pontos P1(x1, y1) e P2 (x2, y 2), onde x1, x2, y1 e y2 são números reais quaisquer, e determine a distância entre P1 e P2. Solução: y y Observação: Neste caso, tem-se: x O x O M No triângulo P1 MP2 tem-se: P1 M y 2 y1 e MP2 x 2 x1 . Atente-se ao conceito de distância entre dois pontos no sistema unidimensional, para não tomar, por exemplo, a distância entre P1 e M, dada pelo valor absoluto do comprimento do segmento orientado P1 M , como negativa; já que, neste caso, y 2 y1 0. É comum o erro P1 M y 2 y1 . Pelo teorema de Pitágoras, vem: 2 2 P2 P1 = P1 M + MP2 2 2 P2 P1 = y 2 y1 2 2 2 + x 2 x1 2 P2 P1 = ( x 2 x1 ) 2 + ( y 2 y1 ) 2 , pois a a 2 , a R. Fazendo d = P2 P1 , vem: d ( x 2 x1 ) 2 ( y 2 y1 ) 2 . 24 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 1.2.2.2 Bola aberta ou Vizinhança e Ponto de Acumulação, no Plano Cartesiano a) Bola aberta ou vizinhança, no plano cartesiano , com P0 (x0, y0) R2 e > 0. Chama-se bola aberta ou vizinhança de centro em P0 e de raio , denotada por B(P0, ), o conjunto de todos os pontos P( , ) R2 cuja distância até P0 é menor que , isto é, pelos pontos Sejam o ponto P0 e o número real P( , ) que satisfazem P P0 . Em símbolos, tem-se: B(P0, ) = {( , ) R2 / ( x, y ) ( x0 , y 0 ) } = { ( , ) R2 / ( x x0 ) 2 ( y y0 ) 2 } ) é o conjunto de todos os pontos internos à circunferência de centro em P0(x0, y0) e de raio . Geometricamente, no plano cartesiano, B(P0, Nesse caso: ( x, y ) ( x0 , y 0 ) = ( x x0 ) 2 ( y y 0 ) 2 b) Ponto de Acumulação, no Plano Cartesiano Seja X R2. Um ponto P0 ( x0 , y 0 ) , com P0 R2 e P0 não necessariamente pertencente a X, é dito um ponto de acumulação de X, se toda bola aberta de centro em P0 contiver pelo menos um ponto P ( x, y ) , com P X e P P0. Dizer que ( x0 , y 0 ) é ponto de acumulação de X significa dizer que existem pontos ( x, y ) de X, distintos de ( x0 , y 0 ) , tão próximos de ( x0 , y 0 ) quanto se queira. 25 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 INTRODUÇÃO À RELAÇÃO BINÁRIA Considere a seguinte situação: “Num dia de frio, um jovem ou uma jovem está, despreocupadamente, tomando seu banho, na água bem quente; e o banheiro enchendo-se de vapor de água. A mãe, impaciente, bate periodicamente à porta: - Saia já desse banho. Já falei várias vezes: desligue o chuveiro!” Para o jovem ou a jovem, o importante é prolongar o seu prazer, num banho bem quente; mas para a mãe, a preocupação é outra: as faturas de energia elétrica e de água que deverão ser pagas, dentro em breve. Aqui, está sendo considerado um chuveiro elétrico. Uma situação como essa pode ser analisada do ponto de vista quantitativo, a exemplo de muitas outras situações quotidianas. Para uma análise quantitativa, primeiramente, liste as grandezas físicas envolvidas no problema em questão, com suas respectivas unidades de medida. Grandeza física, aqui, é tudo aquilo que pode ser medido, pesado ou comparado quantitativamente. No problema acima, tem-se, por exemplo, as seguintes grandezas físicas e suas unidades de medida: Potência do chuveiro (em watts), Temperatura da água (em ºC), Tempo que o chuveiro permanece ligado (em minuto), Vazão da água (em m3/minuto), Volume de água utilizada (em m3), Energia consumida (em kwh), Valor a ser pago pela energia consumida (em $), Valor a ser pago pela água utilizada (em $). Numa situação ideal, algumas dessas grandezas podem ser consideradas constantes e outras variáveis como, por exemplo: Grandezas constantes Potência do chuveiro Temperatura da água Vazão da água - Grandezas variáveis Volume de água Tempo que o chuveiro permanece ligado Energia consumida pelo chuveiro Valor pago pela energia consumida Valor pago pela água utilizada 26 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 É possível determinar um modelo matemático para representar essa situação. Nesse modelo, podem ser relacionadas diversas grandezas ou, no caso mais simples, apenas duas delas. Dentre as grandezas variáveis listadas anteriormente, pode-se relacionar duas delas; por exemplo: a energia consumida e o tempo em que o chuveiro permanece ligado; a energia consumida e o valor pago por essa energia; o volume de água utilizada e o tempo em que o chuveiro permanece ligado; o volume de água utilizada e o valor pago por esse volume de água . Em cada uma dessas relações, é preciso identificar qual é a variável dependente e qual é a variável independente, perguntando-se qual grandeza depende de qual. Por exemplo: a energia consumida depende do tempo em que o chuveiro permanece ligado, ou é o tempo em que o chuveiro permanece ligado que depende da energia consumida? Na relação entre a energia consumida e o tempo em que o chuveiro permanece ligado, a energia consumida depende do tempo em que o chuveiro permanece ligado. Nesse caso, o tempo é arbitrário (grandeza independente) e a energia consumida é a grandeza dependente. Na relação entre a energia consumida e o valor pago por essa energia, o valor pago pela energia depende da quantidade de energia que é consumida. Nesse caso, a energia consumida é a grandeza independente e o valor a ser pago é a grandeza dependente. Analogamente, o volume de água utilizada depende do tempo em que o chuveiro fica ligado e o valor a ser pago pela água consumida depende do volume de água que é utilizado. Em Matemática, no estudo das relações entre duas grandezas quantitativas, é usual representar, genericamente, a variável dependente por y, e a variável independente por x, sem se preocupar com o que essas grandezas podem estar representando particularmente (se tempo, se volume, se área, etc). Assim, na relação entre energia consumida e tempo, a energia será representada por y e o tempo, por x. Já na relação entre valor pago e energia consumida, o valor pago será representado por y e a energia consumida, por x. 27 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 Utilizando-se diagramas, pode-se resumir essas duas situações, nominando-as de S e T, onde S e T representam as seguintes relações distintas: Tempo S Energia consumida (x) Energia consumida (y) x1 y1 x2 y2 xn yn T (x) Valor pago (y) y1 x1 x2 y2 xn yn Se a cada valor da variável independente x houver apenas um único correspondente valor da variável dependente y, então a relação é denominada função. Exemplo: A lei matemática y = x2, onde x R, y R, expressa que y é uma função de x, pois para cada valor real de x existe um único y em correspondência. No entanto, em y 2 = x, y não é uma função de x, mas x é função de y. Numa função, a lei matemática que associa x e y pode ser: uma função polinomial; uma função racional; uma função irracional; uma função trigonométrica circular; uma função exponencial; uma função logarítmica; uma função modular, dentre outras, dependendo da natureza do problema analisado. Em Cálculo Diferencial e Integral 1, serão estudadas apenas as relações entre duas grandezas e somente quando ambas assumem valores reais (o universo considerado é o conjunto dos números reais, tanto para a grandeza dependente como para a independente). A seguir, serão discutidos, de forma mais rigorosa do ponto de vista matemático, os conteúdos relação binária e função real de uma variável real. 28 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 3 RELAÇÃO BINÁRIA 3.1 DEFINIÇÃO, NOTAÇÃO E REPRESENTAÇÃO Definição: Dados dois conjuntos A e B, não-vazios, chama-se relação binária de A em B a todo subconjunto R de A×B. Em símbolos: R é relação binária de A em B R A × B. Observações: R, aqui, não é o conjunto dos números reais, mas o nome de uma relação entre os conjuntos A e B; A×B, como visto anteriormente, é um conjunto denominado produto cartesiano entre os conjuntos A e B; lê-se: A cartesiano B. Exemplos: Dados A = {2, 3, 4, 8} e B = {2, 3, 4, 5, 6, 7}, tem-se: a) A × B = { (2, 2),(2, 3),(2, 4), (2, 5), (2, 6), (2, 7), (3, 2), (3, 3), (3, 4), (3, 5), (3, 6), (3, 7), (4, 2),(4, 3), (4, 4), (4, 5), (4, 6), (4, 7), (8, 2), (8, 3), (8, 4), (8, 5), (8, 6), (8, 7) }. b) Seja R o conjunto de pares ordenados (x, y) A × B tal que x é divisor de y. Assim: R = {(x, y) A × B / x y} = {(2, 2),(2, 4), (2, 6), (3, 3), (3, 6), (4, 4)} é uma relação binária de A em B. Observação: x y lê-se: x divide y ou x é divisor de y. Em diagramas tem-se: A 2 R B 2 onde A é o conjunto de partida e B é o conjunto de chegada da relação R. 3 3 4 29 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 3.2 DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO, IMAGEM DE UMA RELAÇÃO BINÁRIA 3.2.1 Domínio de uma relação R, de A em B, é o conjunto D de todos os primeiros elementos dos pares ordenados pertencentes a R. Em símbolos: x D y , y B / ( x, y ) R . No diagrama anterior, D = {2, 3, 4} 3.2.2 Contradomínio de uma relação R, de A em B, denotado por CD, é o conjunto de chegada B. 3.2.3 Imagem de uma relação R, de A em B, é o conjunto Im de todos os segundos elementos dos pares ordenados pertencentes a R. Em símbolos: y Im x, x A / ( x , y ) R . No diagrama anterior, Im = {2, 3, 4, 6}. Observação: Decorre da definição que, numa relação R, de A em B, D A e Im B . 3.3 RELAÇÃO INVERSA Definição: Dada uma relação R, de A em B, o conjunto R 1 ( y, x) B A / ( x, y ) R é uma relação de B em A, denominada relação inversa de R. Note que se R é uma relação de A em B, então R 1 é um subconjunto de B × A. Em diagrama, tem-se: A R B A R -1 B x1 . . y1 x1 . . y1 x2 . . y2 x2 . . y2 30 Curso de Pré Cálculo Dif. Int. I Aula 02 Propriedades das Relações Binárias Inversas a) D(R-1) = Im(R) b) Im(R-1) = D(R) c) (R-1)-1 = R 31