política nacional de saúde mental e a reforma

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Saúde Mental para
Concursos de Enfermagem
Professor Alexandre Sampaio
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
MENTAL E A REFORMA PSIQUIÁTRICA
Falar em SAÚDE MENTAL
 Doença – Sujeito em primeiro plano
 Consideração das vissitudes, dos problemas do
cotidiano, do trabalho, da família, dos projetos e
anseios.
 SAÚDE MENTAL – Sujeito INTEGRAL

1
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
MENTAL E A REFORMA PSIQUIÁTRICA
Sobre o
MODELO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Consolidação da
REFORMA – Nova forma de cuidado
ser humano – com todas as esferas
que o integram:
Universo psicológico, biológico, social, cultural, dentre
outros.
A complexidade do
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL E
A REFORMA PSIQUIÁTRICA
 Movimento
da luta ANTIMANICOMIAL
 Criação
de diretrizes e estratégias em prol da REFORMA
PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA
 Crítica ao
modelo HOSPITALOCÊNTRICO
 EFETIVAÇÃO
DO MODELO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
2
Na reforma da assistência psiquiátrica, o modelo centrado no
hospital deve ser substituído por?
a) Unidades psiquiátricas de hospital geral;
b) Hospitais-dia e centro de atenção Psicossocial;
c) Modelo de internações hospitalares;
d) Modelo descentralizado;
e) Modelo de rodízio entre hospital e CAPS (Centro de
Atenção Psicossocial).
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL E
A REFORMA PSIQUIÁTRICA
O
MINISTÉRIO DA SAÚDE DEFINE:
 A reforma
psiquiátrica e o modelo de atenção psicossocial não se
constituem apenas pelo conjunto de mudanças políticas.
 Só se efetiva a partir de transformações de práticas, saberes,
valores culturais e sociais associados à saúde mental.
 Portanto, são orientados para um modelo de atenção
comunitário;
 Rede de atenção substitutiva à internação hospitalar e redução
progressiva dos leitos psiquiátricos.
3
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL E
A REFORMA PSIQUIÁTRICA
Dentre as várias iniciativas legais e normativas
instituídas para a concretização do modelo de atenção
psicossocial, destacam-se:
 DECLARAÇÃO DE CARACAS - 11/11/1990:
marca as reformas na atenção em saúde mental nas
Américas, enfatizando a reestruturação da assistência
psiquiátrica e a vigilância e defesa dos direitos humanos
das pessoas e em sofrimento psíquico;

POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL E
A REFORMA PSIQUIÁTRICA

Lei 10.216, de 06/04/2001: dispõe sobre a proteção e
os direitos das pessoas portadoras de transtornos
mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde
mental.

Lei 10.708, de 31/07/2003: institui o auxílio
reabilitação psicossocial, no valor de R$ 240,00
(duzentos e quarenta reais), para assistência,
acompanhamento e integração social, fora da unidade
hospitalar, de usuário cuja internação em hospitais ou
unidades psiquiátricas seja igual ou superior a dois anos
até a data da lei.
4
Os portadores de transtornos mentais dispõem de proteção e
direitos, conforme modelo assistencial em saúde mental vigente
no pais. São eles .
a) Acesso ao melhor tratamento, proteção contra abuso e exploração,
garantia de sigilo, acesso aos meios de comunicação, orientação sobre
sua doença e tratamento, Tratamento em ambiente terapêutico.
b) Acesso a um tratamento regular ou satisfatório, Proteção contra
violência e traumas, garantia de sigilo quando solicitado, acesso aos
meios de educação, orientação aos familiares sobre sua doença e seu
tratamento, tratamento em ambiente hospitalar.
c) Acesso a tratamento, proteção contra exploração, garantia de sigilo,
acesso aos meios de comunicação, orientação sobre o tratamento,
internação em ambiente terapêutico.
d) Acesso ao melhor tratamento, proteção contra exploração, garantia
de sigilo, acesso aos meios de comunicação, garantia de sigilo quando
solicitado, acesso aos meios educação, orientação aos familiares sobre a
doença e seu tratamento.
e) Acesso ao melhor tratamento, proteção daqueles que convivem com
pessoas que possuem transtornos mentais, garantia de sigilo, acesso
aos meios de comunicação, orientação parcial sobre a doença e seu
tratamento.
5
As unidades de internação destinadas aos pacientes com
transtornos mentais são indicadas quando.
a) As outras unidades estiverem fechadas.
b) Em casos graves, incompatíveis com outras formas de atenção.
c) Em casos moderados ou graves.
d) Em casos de surtos inesperados.
e) Em situação de risco psicótico.
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL E
A REFORMA PSIQUIÁTRICA
Portaria/GM nº 106, de 11/02/2000: cria os serviços
residências terapêuticos;
 Portaria/GM nº 336, de 19/02/2002: estabelece
diretrizes para o funcionamento dos Centros de Atenção
Psicossocial. Estes serviços passam a ser categorizados
por porte e clientela, recebendo as denominações de
CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPSi e CAPSad

6
Qual serviço de saúde passa a ser regulamentado pela
portaria ministerial GM n.336, de 19 de fevereiro de
2002.
a)
b)
c)
d)
e)
Naps
Cecabps
Caps
Capis
Napis
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL E
A REFORMA PSIQUIÁTRICA
CAPS – CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL:
 Um dos principais dispositivos estratégicos na atenção
psicossocial às pessoas em sofrimento psíquico.
 São serviços de atendimento em saúde mental
substitutivos às internações psiquiátricos;
 Devem acolher pacientes com transtornos mentais,
estimular sua integração com a família e a comunidade
e apoiá-los em suas iniciativas de busca de autonomia.
7
(Prefeitura de Brumadinho/MG - Banca: Gestão de Concursos - Ano: 2013)
Os serviços públicos de saúde mental infanto-juvenis, segundo as diretrizes
operacionais da publicação do Ministério da Saúde Caminhos para uma
Política de Saúde Mental Infanto-Juvenil, devem seguir as seguintes
diretrizes operacionais em suas ações de cuidado, EXCETO:
a) Garantir que a ação do cuidado seja o mais possível fundamentada nos recursos
teórico-técnicos e de saber disponíveis aos profissionais, técnicos ou equipe atuantes
no serviço.
b) Desconsiderar, inicialmente, na fase aguda do processo de atenção, os responsáveis
pela criança ou adolescente a ser cuidado, sejam familiares, sejam agentes
institucionais até que se estabilize o processo.
c) Conduzir a ação do cuidado de modo a sustentar, em todo o processo, a condição da
criança ou do adolescente como sujeito de direitos e de responsabilidades.
d) Reconhecer aquele que necessita e/ou procura o serviço, seja criança, o adolescente
ou adulto que o acompanha, como portador de um pedido legítimo a ser levado em
conta.
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) resultaram de ações estratégicas e normatizações do
Ministério da Saúde, fundamentais para a organização da rede de atenção à saúde mental e para
mudar o cenário desta atenção no Brasil. Classifique os tipos de CAPS, associando a coluna B
com a A.
Coluna A – Tipos de CAPS
Coluna B - Classificação
I. CAPS I.
( ) Serviços para cidades de médio porte e atendem durante o dia clientela
adulta.
II. CAPS II.
III. CAPS III.
IV. CAPSi.
V. CAPSad
( ) Serviços para crianças e adolescentes, em cidades de médio porte, que
funcionam durante o dia.
( ) Serviços para cidades de pequeno porte, para cobertura para toda clientela
com transtornos mentais severos durante o dia (adultos, crianças e adolescentes
e pessoas com problemas devido ao uso de álcool e outras drogas).
( ) Serviços para pessoas com problemas pelo uso de álcool ou outras drogas,
geralmente disponíveis em cidades de médio porte. Funciona durante o dia.
( ) Serviços 24h disponíveis em grandes cidades, que atendem clientela adulta.
8






Assinale a opção que apresenta a sequência
CORRETA.
a) II – IV – I – V – III.
b) III – IV – II – V – I.
c) I – III – V – IV – II.
d) IV – I – III – II – V.
e) V – I – IV – II – III.
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços de saúde
municipais, abertos, comunitários que oferecem atendimento diário.
As alternativas abaixo expressam as funções do CAPS, EXCETO: (
Órgão: Prefeitura de São Sebastião da Amoreira/PR - Banca:
FUNTEF/PR - Ano: 2013)
a) prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, e oferecer
mais vagas para internações em hospitais psiquiátricos.
b) acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e
persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do
usuário em seu território.
c) promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por
meio de ações intersetoriais.
d) regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental
na sua área de atuação.
e) dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica.
9
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL E
A REFORMA PSIQUIÁTRICA
É um serviço de saúde aberto e comunitário, promotor
de vida que disponibiliza cuidado intensivo
personalizado
 Possui o objetivo de realizar o acompanhamento
clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao
trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e
fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL E
A REFORMA PSIQUIÁTRICA
Os serviços procuram dispor de operadores de diversas
categorias profissionais, muitas consideradas externas à
área da saúde, tais como: músicos, artistas plásticos,
artesãos, dentre outras, a depender da possibilidade de
cada serviço, de cada cidade ou da criatividade de cada
um.

10
PVC – PROGRAMA DE VOLTA PRA CASA
CONTEXTO HISTÓRICO E ARCABOUÇO TEÓRICO
 31
de julho de 2003: sancionada a Lei Federal 10.708 que institui o
De Volta para Casa
 31
de outubro de 2003: Portaria GM 2.077 que regulamenta a Lei
10.708
 Instituição
do auxílio-reabilitação psicossocial no valor de
R$240,00 aos pacientes egressos de longas internações psiquiátricas
(mínimo de dois anos ininterruptos de internação até o ano de 2003).
PVC – PROGRAMA DE VOLTA PRA CASA
O
PVC NÃO É UM PROGRAMA DE CONCESSÃO DE
BENEFÍCIOS. O BENEFÍCIO FAZ PARTE DO
PROCESSO DE REINSERÇÃO SOCIAL DAS
PESSOAS LONGAMENTE INTERNADAS EM HPs.
11
PVC – PROGRAMA DE VOLTA PRA CASA
“...com o dinheiro do PVC eu mandei fazer minha cozinha
planejada, comprei o fogão, comprei o microondas. Fui
comprando tudo, tudo. Agora eu já terminei e só falta uma
prestação do fogão, porque o quarto eu já paguei. Eu fiz
tudo isso sozinha. Tudo isso eu fiz sozinha.”
Heloísa Baracy - beneficiária
PVC – PROGRAMA DE VOLTA PRA CASA
“...E o dia em que fiquei mais feliz foi quando fui morar
fora. No terceiro dia que cheguei em casa, tinha uns
papéis no chão. Quando eu peguei era a conta da casa
para pagar no banco. Eu nunca tinha entrado num banco.
Aí, eu entrei na fila, daí eu olhava para as pessoas e não
sabia se chorava ou ria de felicidade, porque eu nunca
tinha pegado uma conta para pagar... Eu achei muito
bonito isso, eu fiquei feliz com isso.”
Heloísa Baracy - beneficiária
12
SRT – SERVIÇO RESIDENCIAL
TERAPÊUTICO
 Estratégia
do modelo de atenção psicossocial,
favorecendo a criação de novos serviços capazes de
darem suporte e atenção integral à pessoa com
transtorno mental.
 QUESTÃO CENTRAL - a moradia e o viver em
sociedade.
 Não são serviços de saúde, mas espaços de habitação;
 Devem possibilitar à pessoa em sofrimentos psiquico o
retorno (início) à vida social;
SRT – SERVIÇO RESIDENCIAL
TERAPÊUTICO
É
um espaço de reconstrução de laços sociais e afetivos
para aqueles cujas vidas encontravam-se confinadas ao
universo hospitalar.
 SRT – resgate da CIDADANIA
 Concilia num projeto de tratamento extra-hospitalar
tanto o aspecto de “proteção” e “assistência” quando o
retorno à vida na cidade e ao convívio social.
 ARTICULAÇÃO FUNDAMENTAL: Programa de
Volta para Casa e programa de redução de leitos
13
SRT – SERVIÇO RESIDENCIAL
TERAPÊUTICO
SRTs – LEGISLAÇÃO
 Portaria/GM nº 106/2000 - introduz os Serviços
Residenciais Terapêuticos no SUS,
 Portaria/GM nº 1220/2000 - que regulamenta a
Portaria/GM nº 106/2000, para fins de cadastro e
financiamento;
 Portaria/GM nº 246/2005 - que destina para o Distrito
Federal, os estados e os municípios, incentivo
financeiro no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para
implantação/implementação dos SRTs.
SRT – SERVIÇO RESIDENCIAL
TERAPÊUTICO
Entende-se como serviços residências terapêuticos
moradias ou casa, inseridas, preferencialmente, na
comunidade, destinadas a cuidar de pessoas com algum
tipo de transtorno mental, e que, a princípio, estiveram
internadas por longo período em hospitais psiquiátricos,
não possuindo laços sociais e vínculos familiares. As
casas devem estar fora do terreno do hospital, fazendo
valer a estratégia de ressocialização, que coloca em
evidencia a alta hospitalar, buscando uma integração na
sociedade para além dos limites do hospital
(Portaria/GM nº 106 de 11 de fevereiro de 2000).

14
SRT – SERVIÇO RESIDENCIAL
TERAPÊUTICO
O
número de moradores - até no máximo oito.
 UNIDADE DE REFERÊNCIA - apoio
técnico/profissional de um CAPS, um ambulatório
especializado em saúde mental, uma equipe de saúde da
família (com apoio matricial em saúde mental), dentre
outros.
 O suporte deve ser de caráter interdisciplinar,
considerando a singularidade de cada um dos moradores,
objetivando a construção progressiva de autonomia nas
atividades da vida cotidiana e à ampliação da inserção
social.
SRT – SERVIÇO RESIDENCIAL
TERAPÊUTICO
MANUTENÇÃO DO SERVIÇO
 Realocação da AIH - Autorização de Internação
Hospitalar – recurso que proverá infra-estrutura e
acompanhamento necessários aos usuários, por meio de
sua rede de saúde mental.
 Portaria/GM nº 246/2005 - incentivo financeiro no
valor de R$ 10.000,00 para implantação/implementação
do serviço (reparos no imóvel, equipar a residência com
móveis, eletrodomésticos e utensílios necessários, etc).
 Contrapartida do Município
15
SRT – SERVIÇO RESIDENCIAL
TERAPÊUTICO
 Hoje,
contamos com 488 residências informadas, em
83 municípios de 18 estados, onde residem em torno de
2514 pessoas.
 Esses números são bastante significativos quando
pensamos na complexidade do modelo
hospitalocêntrico, e na dificuldade enfrentada quando
se pretende mudar um paradigma, como é o caso da
reforma psiquiátrica enquanto proposta instituinte,
contrapondo o modelo hospitalar.
16
Identificar a práctica
a luz dos resultados
Sentir e experimentar o
problema
Avaliar os
resultados das as
Imaginar a
ações
solução do
implementadas
Colocar em
problema
práctica as
soluções
imaginadas
Na fase de diagnóstico do processo de enfermagem em saúde
mental, compete ao enfermeiro: (Órgão: Prefeitura de General
Carneiro/PR - Banca: UNIUV - Ano: 2011)
a) Selecionar e organizar objetivos e identificar atividades.
b) Identificar padrões, analisar e sistematizar os dados.
c) Formular hipóteses e validar os objetivos com o cliente.
d) Estabelecer um contrato, coletar, validar e organizar dados.
e) Comparar respostas e resultados esperados.
17
O Sr. D.B.S. deu entrada no pronto-socorro com agitação
psicomotora intensa. Os familiares relataram que o mesmo havia
ingerido 10 comprimidos de Valium 5mg. Qual a conduta
imediata que deve ser tomada neste caso: (Órgão: Prefeitura de
Bananeiras/PB - Banca: EXAMES - Ano: 2012)
a) Puncionar acesso venoso e instalar hidratação venosa.
b) Verificar sinais vitais e observar lucidez.
c) Induzir vômitos.
d) Instalar sonda nasogástrica e fazer lavagem estomacal.
e) Instalar sonda nasogástrica e administrar leite a cada 2 horas
(Órgão: Prefeitura de Igarassú/PE - Banca: Fadurpe - Ano: 2012)
Para prevenir transtornos mentais, o enfermeiro deve
assistir:
a) os indivíduos dependentes de drogas.
b) os pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial.
c) as gestantes durante as consultas pré-natais.
d) os clientes das Residências Terapêuticas.
e) os pacientes cadastrados no Programa de Volta para Casa.
18
(Analista Judiciário - Enfermeiro - Órgão: Tribunal de Justiça/PE - Banca: FCC - Ano: 2007)
Durante uma crise convulsiva deve-se adotar os seguintes
procedimentos:
a) manter o indivíduo deitado, em decúbito lateral, com uma proteção
sob sua cabeça.
b) afastar ou acolchoar os objetos ao redor do paciente evitando
traumas.
c) não tocar na saliva de uma pessoa com crise convulsiva pois esta é
contagiosa.
d) segurar ao máximo os movimentos do indivíduo para que este não se
traumatize.
e) interpor, entre os dentes do indivíduo, uma proteção para evitar
ferimentos de boca e língua.
Drogas
Professor: Alexandre Sampaio
Saúde Mental
19

As substâncias listadas na Classificação Internacional de Doenças, 10ª
Revisão (CID-10), em seu capítulo V, incluem:
•
álcool;
opioides (morfina, heroína, codeína, diversas substâncias sintéticas);
canabinoides (maconha);
sedativos ou hipnóticos (barbitúricos, benzodiazepínicos);
cocaína;
outros estimulantes (como anfetaminas e cafeína);
alucinógenos;
tabaco;
solventes voláteis.
•
•
•
•
•
•
•
•

Classificação das drogas do ponto de
vista legal:
•
Drogas Lícitas
•
Drogas Ilícitas
Drogas
20



Classificação das drogas:
Há diversas formas de classificar as drogas.
Existe uma classificação – de interesse didático –
que se baseia nas ações aparentes das drogas sobre
o Sistema Nervoso Central (SNC), conforme as
modificações observáveis na atividade mental ou no
comportamento da pessoa que utiliza a substância.

drogas DEPRESSORAS da atividade mental;

drogas ESTIMULANTES da atividade mental;

drogas PERTURBADORAS da atividade mental.

Com base nessa classificação, vamos conhecer as principais
drogas.
Classificação
21


Drogas depressoras
da atividade mental, essa
categoria inclui uma grande variedade de substâncias que
diferem acentuadamente em suas propriedades físicas e
químicas, mas que apresentam a característica comum de causar
uma diminuição da atividade global ou de certos sistemas
específicos do SNC.
Como consequência dessa ação, há uma tendência de ocorrer
uma diminuição da atividade motora, da reatividade à dor e da
ansiedade e é comum um efeito euforizante inicial e,
posteriormente, um aumento da sonolência.
22

Drogas estimulantes da atividade
mental são incluídas neste grupo as drogas
capazes de aumentar a atividade de
determinados sistemas neuronais, o que
traz como consequências um estado de
alerta exagerado, insônia e aceleração dos
processos psíquicos.
23
24

Drogas perturbadoras da atividade mental
neste grupo de drogas, classificamos diversas
substâncias cujo efeito principal é provocar
alterações no funcionamento cerebral, que
resultam em vários fenômenos psíquicos
anormais, entre os quais, destacamos os Delírios
e as Alucinações. Por essa razão, essas drogas
receberam a denominação de alucinógenos.

Em linhas gerais, podemos definir como,

Alucinação como uma percepção sem objeto, ou seja, a
pessoa vê, ouve ou sente algo que realmente não existe.

Delírio, por sua vez, pode ser definido como um falso juízo da
realidade, ou seja, o indivíduo passa a atribuir significados
anormais aos eventos que ocorrem à sua volta, por exemplo, no
caso do delírio persecutório, percebe, em toda parte, indícios claros
– embora irreais – de uma perseguição
25
 Importante:

O Ministério da Saúde do Brasil não
reconhece nenhum uso clínico dos
alucinógenos e sua produção, porte e
comércio são proibidos no território
nacional.
Esquizofrenia
26
Sintomas positivos:
Os sintomas positivos estão presentes com maior visibilidade na
fase aguda da doença e são as perturbações mentais "muito fora" do
normal, como que "acrescentadas" às funções psiquico-orgânicas do
indivíduo. Entende-se como sintomas positivos os delírios — ideias
delirantes, pensamentos irreais, "ideias individuais do doente que não
são partilhadas por um grande grupo “ , pensamento e discurso
desorganizado (confusão mental), elaboração de frases sem qualquer
sentido ou invenção de palavras; alterações visíveis do
comportamento, ansiedade excessiva, impulsos ou agressividade
constantes na fase de crise.
Delirium é uma síndrome caracterizada por
modificações transitórias do comportamento, do nível
de consciência e de alta prevalência entre idosos. São
cuidados de enfermagem ao paciente com delirium,
exceto:
a) Estimular a deambulação.
b) Estimular mobilidade.
c) Auxiliar a orientação temporal e espacial do paciente.
d) Detecção e tratamento de infecções.
e) Usar sempre cateteres e sondas.
27
Sintomas negativos
Os sintomas negativos são o resultado da perda ou
diminuição das capacidades mentais, "acompanham a
evolução da doença e refletem um estado deficitário ao
nível da motivação, das emoções, do discurso, do
pensamento e das relações interpessoais (não confudir
com esquizoidia",[4] como a falta de vontade ou de
iniciativa; isolamento social (não confundir com a
esquizoidia; apatia; indiferença emocional total e não
transitória; pobreza do pensamento.
São funções mais afetadas nos transtornos
psicopatológicos:
I. Inteligência e consciência.
II. Memória e linguagem.
III. Atenção e orientação.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas II está correta.
c) Apenas III está correta.
d) Apenas I e III estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.
28
Esquizofrenia Paranóide.
Predominam sintomas positivos como
alucinações e enganos, com uma relativa
preservação do funcionamento cognitivo e do afeto.
O início tende a ser mais tardio que o dos outros
tipos. É o tipo mais comum e de tratamento com
melhor prognóstico, particularmente com relação ao
funcionamento ocupacional e à capacidade para a
vida independente.
(Órgão: Prefeitura de Nova Tebas/PR - Banca: UNIUV - Ano: 2012)
Na esquizofrenia paranoide, os principais sintomas
estão listados, EXCETO:
a) Raiva;
b) Possível violência;
c) Alucinações auditivas;
d) Ideias delirantes de grandeza e perseguição;
e) Queixas hipocondríacas.
29
Esquizofrenia Catatônica.
Sintomas motores característicos são proeminentes, sendo os
principais a atividade motora excessiva, extremo negativismo
(manutenção de uma postura rígida contra tentativas de mobilização,
ou resistência a toda e qualquer instrução), mutismo, cataplexia
(paralisia corporal momentânea), ecolalia (repetição patológica, tipo
papagaio e aparentemente sem sentido de uma palavra ou frase que
outra pessoa acabou de falar) e ecopraxia (imitação repetitiva dos
movimentos de outra pessoa). Necessita cuidadosa observação, pois
existem riscos potenciais de desnutrição, exaustão, hiperpirexia ou
ferimentos auto-infligidos. O tratamento, portanto, é bem dificil.
Esquizofrenia Residual.
As condições para este tipo de esquizofrenia são:
Ausência de delírios, alucinações e comportamento
amplamente desorganizado ou catatônico
proeminentes; Existência de evidências contínuas
da perturbação, indicadas pela presença de
sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas
positivos como comportamento excêntrico, discurso
levemente desorganizado ou crenças incomuns.
30
Esquizofrenia Infantil
É um tipo raro de esquizofrenia (0,5% dos casos), não incluso
no DSM. Ocorre bem cedo na vida do indivíduo (os primeiros
problemas surgem entre os 6 e 7 anos de idade). É bastante severa,
tendo sintomas e disfunções mais intensas, além de um tratamento
mais difícil. Ainda não foi perfeitamente elucidado o mecanismo que
determinha a esquizofrenia infantil. Fatores ambientais não exercem
qualquer influência sobre o aparecimento da doença, o que leva a crer
que a base dela é puramente genética. Características psicológicas
incluem falta de interesse, fraco contato pelo olhar, ecopraxia, ecolalia
, baixo QI e ourtas anormalidades.
Em relação aos problemas de saúde mental nas
crianças determine a opção incorreta.
a) Estima-se que 10 a 20% das crianças no mudo
apresentem algum transtorno psiquiátrico;
b) Os problemas mais estudados são os emocionais,
comportamentais e de dificuldade de atenção;
c) Os problemas de saúde mental estão relacionados à
competência social da criança;
d) A esquizofrenia infantil ocorre em média a cada 100 mil
nascimentos;
e) A competência social é preditora de ajustamento atual e do
futuro da criança e de ausência de psicopatologias.
31
Esquizofrenia hebefrênica ou desorganizado
A esquizofrenia hebefrénica é uma forma de esquizofrenia
caracterizada pela presença proeminente de uma perturbação dos
afetos; as idéias delirantes e as alucinações são fugazes e
fragmentárias, o comportamento é irresponsável e imprevisível; existem
freqüentemente maneirismos. O afeto é superficial e inapropriado. O
pensamento é desorganizado e o discurso incoerente. Há uma tendência
ao isolamento social. Geralmente o prognóstico é desfavorável devido ao
rápido desenvolvimento de sintomas "negativos", particularmente um
embotamento do afeto e perda da volição. A hebefrenia deveria
normalmente ser somente diagnosticada em adolescentes e em adultos
jovens.
F20.0x
F20.1x
F20.2x
F20.3x
F20.5x
-
295.30
295.10
295.20
295.90
295.60
Tipo
Tipo
Tipo
Tipo
Tipo
Paranóide
Desorganizado
Catatônico
Indiferenciado
Residual
32
Determine alguns subtipos de Esquizofrenia.
a) Catatônica, Desorganizada, Paranoide, indiferenciada,
Residual.
b) Retardada, Desorganizada, Indiferenciada e Hebefrênica.
c) Turgida, Retardada, Desorganizada e Paranoide.
d) Determinada, Catatônica, Paranoide e Infantil.
e) Remissiva, Catatônica, desorganizada e Paranoide.
(Prefeitura de Batatais/SP - Banca: CONSESP - Ano: 2012)
Um paciente agitado apresenta problemas do ponto de vista das necessidades
psicobiológicas afetadas: insônia, irritabilidade, tendência maior ao
alcoolismo e o tabagismo, agressividade, desalinho, taquicardia, sudorese,
angústia e emagrecimento. Do ponto de vista das necessidades psicossociais,
ele apresenta: uso de termos abusivos, alegria ou fúria, taquipnéia, fuga de
ideias, autoritarismo, ambivalência, onipotência e autossuficiência. Assinale
qual item não deve fazer parte da prescrição de Enfermagem para esse
paciente.
a) Prevenir acidentes.
b) Diminuir estímulos.
c) Incentivar visitas.
d) Estar alerta para a manipulação do paciente.
33
(Cargo: Enfermeiro SAMU - Órgão: Prefeitura de Araçatuba/SP - Banca: CONSESP - Ano: 2013)
Paciente apresentando agitação psicomotora, espasmos
musculares, sialorreia, perda dos sentidos, relaxamento dos
esfíncteres, com presença de urina na roupa, são sinais e
sintomas evidente de:
a) Crise de ausência.
b) Crise convulsiva.
c) Desmaio.
d) Taquicardia.
(Órgão: Prefeitura de Assaí/PR - Banca: UNIUV - Ano: 2011)
Elizabeth Kubler Ross descreve os estágios experimentados por alguns
pacientes nos momentos que antecedem sua morte. Ao identificar o
estágio de negação, no qual a pessoa não acredita que vai morrer, o
enfermeiro deve:
(
(
(
(
)
)
)
)
Contradizer diretamente o paciente.
Manter uma comunicação franca com ele.
Orientar o paciente de que tudo acabará sem sofrimento.
Ouvir com atenção o desabafo realístico sobre a doença.
34
Marque F (falso) e V (verdadeiro) e assinale a alternativa que
contém a sequência correta, de cima para baixo.
a) F, V, V e F;
b) F, F, V e V;
c) V, V, F e F;
d) V, F, V e F;
e) F, V, F e V.
Psicopatologias
Professor: Alexandre Sampaio
35
Bipolar
O que é?
O transtorno afetivo bipolar era denominado
até bem pouco tempo de psicose maníacodepressiva. Esse nome foi abandonado
principalmente porque este transtorno não
apresenta necessariamente sintomas psicóticos, na
verdade, na maioria das vezes esses sintomas não
aparecem. Os transtornos afetivos não estão com
sua classificação terminada.
Características:

O início desse transtorno geralmente se dá em torno
dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo
após os 70 anos. O início pode ser tanto pela fase
depressiva como pela fase maníaca, iniciando
gradualmente ao longo de semanas, meses ou
abruptamente em poucos dias, há também os quadros
mistos (sintomas depressivos simultâneos aos
maníacos) o que muitas vezes confunde, retardando o
diagnóstico da fase em atividade.
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(Órgão: Prefeitura de Sertãozinho/SP - Banca: VUNESP - Ano: 2012)
Síndrome neuroléptica maligna é uma emergência psiquiátrica
associada principalmente ao uso de antipsicótico. Os sinais e
sintomas observados incluem:
a) catatonia, hipolalia, ecopraxia e flacidez muscular.
b) alteração do nível de consciência, ecopraxia, hipotermia e
rigidez muscular.
c) agitação psicomotora, hipertermia, ecolalia e espasticidade
muscular.
d) alteração do nível de consciência, hipertermia, rigidez muscular
e instabilidade autonômica.
e) catatonia, hipotermia, espasticidade muscular e instabi- lidade
autonômica.
Tipos:



Aceita-se a divisão do transtorno afetivo bipolar em
dois tipos: o tipo I e o tipo II.
O tipo I é a forma clássica em que o paciente
apresenta os episódios de mania alternados com os
depressivos. As fases maníacas não precisam
necessariamente ser seguidas por fases depressivas,
nem as depressivas por maníacas. Na prática observase muito mais uma tendência dos pacientes a fazerem
várias crises de um tipo e poucas do outro, há
pacientes bipolares que nunca fizeram fases
depressivas e há deprimidos que só tiveram uma fase
maníaca enquanto as depressivas foram numerosas.
O tipo II caracteriza-se por não apresentar episódios
de mania, mas de hipomania com depressão.
37
Fase maníaca:

Tipicamente leva uma a duas semanas para
começar e quando não tratado pode durar meses.
O estado de humor está elevado podendo isso
significar uma alegria contagiante ou uma irritação
agressiva. Junto a essa elevação encontram-se
alguns outros sintomas como elevação da autoestima, sentimentos de grandiosidade podendo
chegar a manifestação delirante de grandeza
considerando-se uma pessoa especial, dotada de
poderes e capacidades únicas como telepáticas por
exemplo.
Fase depressiva:

É de certa forma o oposto da fase maníaca, o
humor está depressivo, a auto-estima em baixa
com sentimentos de inferioridade, a capacidade
física esta comprometida, pois a sensação de
cansaço é constante. As idéias fluem com
lentidão e dificuldade, a atenção é difícil de ser
mantida e o interesse pelas coisas em geral é
perdido bem como o prazer na realização
daquilo que antes era agradável.
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Exemplo de como um
paciente se sente ?
(Cargo: Analista Judiciário - Enfermeiro - Órgão: TRT 9ª - Banca: FCC - Ano: 2010)
De acordo com umas das recomendações do Manual de Prevenção do
Suicídio do Ministério da Saúde, em relação a um indivíduo que se
encontra sob risco de suicídio, o profissional da saúde deve:
a) emitir mensagens não verbais de aceitação e respeito, entendendo
os sentimentos da pessoa, demonstrando preocupação, cuidado e
afeição.
b) entender os sentimentos do indivíduo, demonstrando empatia,
porém, interrompendo-o frequentemente, a fim de que o paciente não
retorne ao pensamento suicida.
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c) expressar respeito pelas opiniões da pessoa e, por meio da forma
verbal e não verbal, demonstrar a trivialidade do problema que o
paciente vive, a fim de que este melhore seu estado emocional.
d) emocionar-se muito com a situação em que o paciente se encontra,
no intuito de estreitar e consolidar laços afetivos, com subsequente
auxílio.
e) procurar, de forma suave, doutriná-lo, enfatizando que tudo ficará
bem, mostrando com autenticidade os aspectos em que o paciente está
certo ou errado.
Generalidades:

Entre uma fase e outra a pessoa pode ser
normal, tendo uma vida como outra pessoa
qualquer; outras pessoas podem apresentar
leves sintomas entre as fases, não alcançando
uma recuperação plena. Há também os
pacientes, uma minoria, que não se recuperam,
tornando-se incapazes de levar uma vida
normal e independente.
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Qual a causa da doença?

A causa propriamente dita é desconhecida, mas
há fatores que influenciam ou que precipitem
seu surgimento como parentes que apresentem
esse problema, traumas, incidentes ou
acontecimentos fortes como mudanças, troca
de emprego, fim de casamento, morte de
pessoa querida.
Em aproximadamente 80 a 90% dos casos os
pacientes apresentam algum histórico famíliar
com transtorno bipolar.
Como se tratar ?

O lítio é a medicação de primeira escolha, mas não é
necessariamente a melhor para todos os casos.
Freqüentemente é necessário acrescentar os anticonvulsivantes
como o tegretol, o trileptal, o depakene, o depakote, o
topamax.
Nas fases mais intensas de mania pode se usar de forma
temporária os antipsicóticos. Quando há sintomas psicóticos é
quase obrigatório o uso de antipsicóticos. Nas depressões
resistentes pode-se usar com muita cautela antidepressivos. Há
pesquisadores que condenam o uso de antidepressivo para
qualquer circunstância nos pacientes bipolares em fase
depressiva, por causa do risco da chamada "virada maníaca",
que consiste na passagem da depressão diretamente para a
exaltação num curto espaço de tempo.
41
Observação:

Pacientes hipertensos sem boa resposta ao
tratamento de primeira linha podem ainda
contar com o verapamil, uma medicação muito
usada na cardiologia para controle da
hipertensão arterial que apresenta efeito antimaníaco. A grande desvantagem do verapamil
é ser incompatível com o uso simultâneo do
lítio, além da hipotensão que induz nos
pacientes normotensos.
Fim
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