VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar PO PO - 283 TRÍADE PACIENTE X FAMÍLIA X EQUIPE: O EFEITO DO CUIDADO COLABORATIVO EM ONCOLOGIA: REVISÃO DE LITERATURA Natália Pires Pimentel São José dos Campos/SP, Hospital Pio XII Introdução: Trata-se de uma revisão de literatura sobre cuidado colaborativo em oncologia. O processo de morrer vem sofrendo um prolongamento, causando um sofrimento adicional para o paciente e seus familiares. Conversar com a família sobre o momento de vida que estão passando, doença e tratamento podem ajudar a equipe a compreender como essa experiência esta sendo vivenciada, para que a preservação da autonomia do indivíduo seja entendida como auxiliar do tratamento. Material e Métodos: Feita a busca na literatura sobre oncologia e cuidado colaborativo, foram analisados um artigo e uma dissertação do ano de 2009. Estes foram escolhidos devido às referências usadas pelos autores e o método utilizado. Na dissertação analisada, a pesquisa foi realizada com 120 pacientes adultos, pacientes da Clínica de Dor do Instituto Nacional de Câncer, no Rio de Janeiro. Nesta, foram feitos questionamentos relativos à qualidade da interação entre médicos, pacientes e seus familiares. Miceli (2009). O artigo considerado tem expressão na literatura de tanatologia e cuidados paliativos. Santos (2009). Resultados e Discussões: A partir do material avaliado, observou-se que uma relação de confiança e segurança é instaurada quando o profissional se compromete com a família e o paciente, quando ele entende que as famílias têm suas próprias idéias e crenças sobre a natureza da doença, determina o conhecimento que o paciente e/ou família têm sobre a doença, dá explicações ao paciente e à família: levando em consideração as necessidades, capacidade de compreensão e nível de ansiedade do paciente e familiar e reconhece as emoções destes. Dessa maneira, alguns padrões de conhecimento compõem o cuidado colaborativo: o Empírico, onde teorias e afirmações explicam ou predizem fenômenos biológicos, o Ético, visando não somente o que é certo, mas o que é bom para o paciente e sua família, o Conhecimento Pessoal, onde o autoconhecimento leva a uma maior aproximação do outro, e o Estético, expresso em atitudes do profissional como empatia, piedade, compaixão, amizade e humor. Conclusão: A abordagem colaborativa focaliza aspectos da determinação pessoal e a preservação da autonomia do indivíduo, compreendendo as preocupações do paciente e sua família, bem como seus valores, convidando o paciente e seus familiares a participarem da tomada de decisão e implementação dos cuidados. O comportamento do profissional durante o atendimento pode ser percebido pelos pacientes como fator tanto de melhora como de piora da dor, sendo o comportamento atencioso do profissional muitas vezes mais valorizado, até mesmo que a supressão da dor. Assim, as habilidades de comunicação propiciam um melhor ajuste psicológico à situação de doença e morte, melhorando a compreensão de informações complexas, auxiliando na tomada de decisões e redução da ansiedade. Palavras-chave: Oncologia; Cuidado Colaborativo. E-mail de contato: [email protected] 237