A deputada Iracema Portella (PP-PI) pronuncia o seguinte discurso

Propaganda
A deputada Iracema Portella (PP-PI) pronuncia o
seguinte discurso:
Senhor presidente, senhoras deputadas e senhores
deputados,
Dia 27 de novembro celebramos o Dia Nacional de
Combate ao Câncer. A data foi criada em 1988 pelo
Ministério da Saúde com o objetivo de conscientizar
a população sobre a doença, os tipos de tratamentos
e, sobretudo, sobre a prevenção.
O câncer representa a segunda causa de morte no
Brasil, perdendo apenas para os óbitos por doenças
no coração. Estão previstos para 2013 cerca de 520
mil novos casos de câncer no nosso País.
As estimativas feitas pelo Instituto Nacional de
Câncer (INCA) para 2012 serão válidas também
para 2013. Segundo o INCA, são esperados um total
de 257.870 novos casos entre os homens e 260.640
entre as mulheres.
1
Ainda de acordo com o INCA, o câncer de pele do
tipo não melanoma, com 134 mil novos casos, é o
mais incidente na população brasileira, seguido
pelos tumores de próstata (60 mil), mama feminina
(53 mil), cólon e reto (30 mil), pulmão (27 mil),
estômago (20 mil) e colo do útero (18 mil).
No mundo, a cada ano, o câncer provoca cerca de 8
milhões de mortes. Estima-se que um terço dessas
mortes poderia ter sido evitado com mais prevenção,
detecção precoce e acesso aos tratamentos
existentes.
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100
doenças que têm em comum o crescimento
desordenado de células que invadem tecidos e
órgãos. Dividindo-se rapidamente, essas células
tendem a ser muito agressivas e incontroláveis,
determinando a formação de tumores malignos, que
podem se espalhar para outras regiões do corpo. As
causas de câncer são variadas, podendo ser externas
ou internas ao organismo, estando interrelacionadas.
2
Existem vários tipos de tratamentos que podem ser
feitos para combater o câncer. O principal é a
cirurgia, que pode ser empregada em conjunto com
radioterapia, quimioterapia ou transplante de medula
óssea. O médico vai escolher o tratamento mais
adequado de acordo com a localização, o tipo do
câncer e a extensão da doença.
Investir na prevenção é, certamente, uma medida
correta, e é por isso que são fundamentais as
campanhas públicas de esclarecimento sobre os
riscos do câncer e sobre a necessidade de se ter uma
vida saudável.
Existem fatores de risco que estão por trás de
diferentes tipos de tumor. O principal é o tabagismo.
O consumo de bebidas alcoólicas e de gorduras de
origem animal, dieta pobre em fibras, vida
sedentária e obesidade também devem ser evitados
para prevenir os tumores malignos. São raros os
casos de câncer que se devem apenas a fatores
hereditários.
3
O Brasil tem investido, ao longo dos últimos anos,
em ações e programas para prevenir e combater o
câncer. Um deles é o Programa de Mamografia
Móvel, do Ministério da Saúde, que tem por objetivo
ampliar a assistência de prevenção e diagnóstico do
câncer de mama no País. Os mamógrafos móveis
conseguem alcançar mulheres de regiões mais
carentes, por meio de unidades terrestres e fluviais,
como carretas e barcos.
Segundo o ministério da Saúde, esse esforço gerou
um aumento de 41% no número de mamografias
realizadas pelas mulheres brasileiras na faixa etária
recomendada no primeiro semestre de 2012 na
comparação com o mesmo período do ano anterior.
Campanhas como o Outubro Rosa, de
esclarecimento sobre o câncer de mama, e o
Novembro Azul, sobre o câncer de próstata,
também são importantes instrumentos nessa cruzada,
pois promovem uma mobilização intensa da
sociedade em torno do tema, além de ações como a
realização de mutirões de exames capazes de
detectar precocemente os tumores.
4
No plano legal, temos a Lei 12.732, sancionada no
ano passado pela Presidente Dilma Rousseff, que
fixa o prazo de até 60 dias para o tratamento de
tumores malignos no Sistema Único de Saúde. O
prazo começa a ser contado a partir do diagnóstico
da doença.
Vale lembrar ainda que a Lei 11.664/2008
estabelece que todas as mulheres têm direito à
mamografia a partir dos 40 anos. Cumprir a
legislação é um passo importantíssimo na luta contra
o câncer, assim como melhorar a qualidade do
atendimento no Sistema Único de Saúde.
Enfim, para o enfrentamento do câncer, são
imprescindíveis ações coordenadas em várias áreas
que incluam, por exemplo, educação em saúde em
todos os níveis da sociedade, promoção e prevenção
orientadas a diferentes grupos e segmentos da
população,
campanhas
permanentes
de
conscientização sobre o problema, além de
aprimoramentos na legislação e nos serviços
públicos de saúde do nosso País.
5
Só através desse conjunto de iniciativas, será
possível diminuir, a cada ano, as preocupantes
estatísticas do câncer no Brasil.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigada.
6
Download