FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUVERAVA FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO ITUVERAVA 2014 ROSALVO OLIVEIRA FERREIRA TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Fundação Educacional de Ituverava. Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, para obtenção do título de bacharel em Administração em Gestão de Negócios. Orientadora: Profa. Aparecida Kanesiro. ITUVERAVA 2014 Msc. Lidiane ROSALVO OLIVEIRA FERREIRA TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Fundação Educacional de Ituverava. Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, para obtenção do título de bacharel em Administração em Gestão de Negócios. Ituverava, ____ de______________ 2014 Orientadora: _________________________________________. Profa. Msc. Lidiane Aparecida Kanesiro Examinador(a) _______________________________________. Prof. Msc. Rodrigo Ricardo Examinador(a) _______________________________________. Profa. Msc. Luciana Spimpolo Campos TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO1 FERREIRA, Rosalvo Oliveira2 KANESIRO, Lidiane Aparecida3 RESUMO: A participação do RH nas decisões estratégicas das organizações com reconhecido destaque no mercado, obteve um considerável avanço nos últimos anos. Investimentos em treinamento e desenvolvimento (T&D) passaram a ter prioridade dentro das empresas, e tornou sinônimo de modernidade e competitividade, com impactos que refletem na vida pessoal e profissional de cada indivíduo, desde o operacional ao mais elevado e bem sucedido executivo. O presente trabalho teve como objetivo analisar o processo de treinamento e desenvolvimento, bem como os benefícios obtidos na produtividade e possíveis avanços nas relações interpessoais nas organizações pesquisadas, para tanto foi desenvolvido um estudo descritivo, e pesquisa de campo com base na revisão bibliográfica, com dados coletados em três empresas da região da alta Mogiana, no estado de São Paulo, Brasil, por meio de questionários com vinte e duas questões mistas dirigidas ao RH das empresas X, Y e Z com grande representatividade regional . O resultado dessa pesquisa indica fortes tendências para uma corrente de preocupação das organizações em preparar o profissional para novos desafios e para a competitividade imposta pelo capitalismo existente no mundo, pela globalização e surgimento de novas tecnologias, portanto treinar, desenvolver, valorizar e manter profissionais bem qualificados é sem dúvida desafios a serem vencidos por um RH estratégico e moderno. Atualmente o mundo dos negócios está cada vez mais exigente, há que se identificar, colaboradores ágeis não só no sentido de fazer as coisas rápidas, mas para decidir e fazer com eficiência e eficácia. Para tanto, é preciso investir em treinamento, capacitando as pessoas para serem atuantes num mercado cada vez mais globalizado e competitivo. Palavras Chaves: Treinamento e Desenvolvimento, Recursos Humanos, Produtividade, Competitividade, Estratégia. TRAINING AND DEVELOPMENT AS A DIFFERENTIAL COMPETITIVE SUMMARY: The participation of the human resource in the strategic decisions of the organizations with the recognized prominence on the market has obtained a considerable advance in the last years. We have invested in training and development (T&D), which have priority in the companies, and it has become a modernity and competitivenesssynonym, with impacts that reflect in the people’s personal and professional lives, from the operational to the higher and successful executive. The aim of this paper is to analyze the training and development processes, as well as the benefit obtained in the productivity, and possible advances in the interpersonal relationship in some organizations. Therefore, it was developed a descriptive study and a field research with bibliography review with data collected in three companies in Alta Mogiana region, in São Paulo, Brazil, by means of questionnaires with twenty-two mixed questions led to the human resource of the companies X, Y and Z with big regional representative. The result of this research indicates strong tendencies to common worries of the organizations to prepare the professional to new challenges and to the competitiveness imposed by the capitalism which exists in the world, globalization and new technologies. Therefore, it is undoubtedly a big challenge to the strategic and modern human resource to train, develop, value and keep the professional wellqualified. Nowadays the business world is stricter and stricter, it is necessary to identify agile collaborators, not 1 Trabalho de conclusão de curso apresentado junto à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ituverava FFCL/FE para obtenção do título de Bacharel em Administração. 2 Acadêmico do Curso de Administração – Habilitação em Gestão de Negócios da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, Fundação Educacional de Ituverava-FE. 3 Profa. Msc. de Administração da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, Fundação Educacional de Ituverava-FE. to make things fast, but to make efficient and effective decisions. However, it is also necessary to invest in training, to become the employee more active to the more globalized and more competitive market. Keywords: Training and Development, Human Resource, Productivity, Competitive, Strategy. INTRODUÇÃO Atualmente a economia cresce significativamente, a indústria e o comércio seguem aumentando a oferta de produtos e serviços a seus consumidores, a área de produção comercial está se desenvolvendo ativamente (CHIAVENATO, 2010). Para se firmar como uma organização de destaque no cenário nacional ou internacional as empresas precisam investir em treinamento e desenvolvimento de seu pessoal, manter um quadro de funcionários bem treinados e preparados para o bom desempenho da função proposta, deixou de ser luxo dentro das organizações passando a ser parte essencial da estratégia de crescimento. Nos últimos anos, com o mercado cada vez mais globalizado e competitivo, investir nas pessoas se tornou o grande diferencial de organizações bem sucedidas e o RH deixou de ser apenas um departamento pessoal para participar como parceiro nas estratégias de crescimento das empresas. Perceberam que o mercado está em constantes mudanças econômicas, tecnológicas, sociais, culturais, trazendo incertezas para todas as organizações, neste contexto, vê se a necessidade de investir em recursos como tecnologias e mão de obra qualificada, todos concordam que funcionários sem treinamento geram retrabalho e desperdício de tempo ou matéria prima. Diante do exposto, estabeleceu-se a seguinte pergunta: Como acontece a política de treinamento e capacitação humana nas empresas X, Y, Z e quais seus resultados sobre a utilização de talentos e a aplicação do aprendizado nas referidas organizações? Pensando nestas características, este trabalho se justifica pelo interesse de vivenciar práticas e investimentos em processos de treinamento nas empresas pesquisadas, visto que houve grande avanço no mercado empresarial brasileiro e desenvolveu-se tendências inovadoras, e tecnológicas, treinamento passou a ser visto como investimento e não gastos organizacionais. As organizações devem e podem investir no aprimoramento e aperfeiçoamento de seus colaboradores por meio de treinamentos e desenvolvimento profissional e pessoal, buscando deixar preparados para se deparar frente às inovações tecnológicas e as constantes mudanças do mercado de trabalho, aumentar o desempenho e melhorar as relações interpessoais dentro das organizações. Diante desse contexto o presente trabalho teve como objetivo analisar o processo de treinamento e desenvolvimento(T&D) bem como identificar os benefícios obtidos na produtividade e possíveis avanços nas relações interpessoais. Para tal, buscou se avaliar os procedimentos adotados pelas empresas pesquisadas na realização de treinamento com seus funcionários e também o grau de importância atribuído pelos gestores e por todo o departamento de RH das empresas X, Y, Z mediante aos programas de treinamento. TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO (T&D) O conceito de treinamento pode apresentar diferentes significados, como um meio para adequar cada pessoa a seu cargo e desenvolver a força de trabalho da organização, ou como uma forma para alavancar o desempenho do cargo. Quase sempre o treinamento tem sido entendido como um processo pelo qual a pessoa é preparada para desempenhar de maneira excelente as tarefas específicas do cargo que deve ocupar, conscientizando que formar, treinar, e desenvolver, representa um significativo enriquecimento humano (CHIAVENATO, 2010) O processo de desenvolvimento envolve 3 extratos que se superpõem: treinamento; desenvolvimento de pessoas e desenvolvimento das organizações. Treinamento é o processo de ensinar aos novos colaboradores as habilidades básicas que eles necessitam para desempenhar seus cargos, é a experiência aprendida que produz uma mudança em um indivíduo e que melhora sua capacidade de desempenhar um cargo, o treinamento é um processo de assimilação cultural a curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionados diretamente a execução de tarefas ou otimização do trabalho (MARRAS,2000). O treinamento produz um estado de mudança no conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes a cada trabalhador, uma vez que implementa ou modifica a bagagem particular de cada um. Segundo o autor acima citado, o treinamento e desenvolvimento(T&D) é um dos subsistemas mais importantes da área do RH uma vez que o ativo mais importante da empresa é o estoque de conhecimento. A maioria dos treinamentos visa à atualização e o aperfeiçoamento das habilidades técnicas dos funcionários. O treinamento técnico vem se tornando cada vez mais importante por conter novas tecnologias e novos modelos de estruturas organizacionais. Considera-se que o treinamento traz consigo a possibilidade de gerar significativos resultados para o funcionário e para empresa, levando-se em conta que um colaborador mais qualificado apresenta maior grau de motivação e maior produtividade na realização do trabalho. Dessa forma, pode-se inferir que a maior produtividade do empregado incidirá de forma efetiva nos resultados da organização (ROBBINS,2002 p, 469). Diante do cenário apresentado para o presente século a tendência é apresentar um diferencial no capital humano e intelectual da empresa, para isso as pessoas precisam de treinamento cada vez melhores e estruturados, buscando assim desenvolvimento pessoal e profissional a todo instante. “Treinamento é um processo de assimilação cultural à curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionados diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho. O treinamento produz um estado de mudança no conjunto de conhecimento habilidades e atitudes (CHA) de cada trabalhador, uma vez que implementa ou modifica a bagagem particular de cada um. Todos nós somos possuidores de uma bagagem de conhecimentos habilidades e atitudes referentes a nossa trajetória particular. Essa bagagem constitui o CHA individual que deve estar em uníssono com a posição ocupada numa estrutura organizacional e com as responsabilidades devidas. Eventuais diferenças ou carências de CHA em relação às exigências do cargo ocupado podem ser corrigidas por meio de treinamentos” (MARRAS,2000,p. 145). As pessoas são fundamentais para o desenvolvimento das organizações e cada funcionário, ou colaborador, conscientizado do compromisso com o ambiente empresarial que ele faz parte, pode e deve obter melhoria continua de seu trabalho e do crescimento da empresa, isso se dá por meio de possibilidades de novos treinamentos. Para Chiavenato (2010) treinamento é o processo de desenvolver qualidades nos recursos humanos para habilitá-los a serem mais produtivos e contribuir melhor para o alcance dos objetivos organizacionais. O propósito do treinamento é aumentar a produtividade dos indivíduos em seus cargos influenciando seus comportamentos. É papel do gestor de pessoas compreender e estimular o capital humano da empresa, proporcionando meios e oportunidades para criar e compartilhar conhecimentos, fato que se torna em vantagem competitiva, pois é fundamental o trabalho em conjunto. “Treinamento e desenvolvimento são as aquisições sistemática de conhecimentos capazes de provocar, a curto ou longo prazo, uma mudança na maneira de ser e de pensar do indivíduo, por meio da internalização de novos conceitos, valores ou normas e da aprendizagem de novas habilidades” (VARGAS, 1996, p 127). As organizações exigem cada vez mais a qualificação profissional de seus colaboradores, experiências vividas com programas de estágios, menor aprendiz e primeiro emprego são importantes, mais a organização não pode se basear apenas nesses conceitos para cobrar de seus quadros funcionais uma evolução na qualidade e desenvoltura no exercício da função. Vargas (1996) define treinamento e desenvolvimento como “sendo experiências organizadas de aprendizagem, em um período definido de tempo, para aumentar a possibilidade de melhoria da performance no trabalho”. É preciso entender-se por desenvolvimento de recursos humanos um mix de treinamento, educação e desenvolvimento, considerado uma expressão mais completa. O treinamento tem que ser um esforço planejado e contínuo da organização para facilitar o entendimento e aprendizagem dos comportamentos funcionais de maneira eficiente e adequada. Treinamento pode ser entendido pelas organizações e seus colaboradores como um processo, e como todo processo há que se ter início, meio e fim, alguns autores defendem sua divisão em etapas pré-estabelecidas e continuas (VARGAS, 1996). Para Chiavenato (2010) Uma organização moderna que busca melhoria de seus produtos por meio de qualidade total, tem que ter bem definido e detalhado seu programa de treinamento e desenvolvimento (T&D), de forma que possam ser, planejados coordenados implementados, avaliados e melhorados em um processo contínuo. É necessário observar novos tipos de treinamentos para avançar no processo de qualidade, e implementar abordagens bem sucedidas de melhoria por todas as pessoas que fazem parte da organização. LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DE TREINAMENTO (LNT) Segundo Behmer (2002) são infinitas as possibilidades de programas de treinamentos, por isso é fundamental definir quais habilidades e competências precisam ser desenvolvidas no processo e qual é a urgência desse desenvolvimento, essa definição formará a base para o planejamento do treinamento e o diagnóstico é feito pelo que tecnicamente é denominado de levantamento de necessidades de treinamento. Todos os autores que debatem o assunto salientam que é primordial o treinamento para o desenvolvimento tanto das pessoas como das organizações. Por isso é importante os treinamentos com a evolução do negócio e suas respectivas etapas. Figura 1:Ciclo de Vida do Treinamento e Desenvolvimento. Embrionário Crescimento Maturidade Declínio Fonte: Behmer (2002) Embrionário: relativo ao negócio, etapa usada para difundir a filosofia da organização. Crescimento: treinamento orientado para real implantação do negócio, desenvolver habilidades. Maturidade: habilitação para a função, desenvolvimento gerencial e de supervisão, maior produtividade, menor custo, programas de trainees. Declínio: formação de sucessores, realocação de pessoas, alavancar novo ciclo com maior produtividade e controle dos custos, ou encerramento das atividades. Cada uma dessas etapas tem sua particularidade para que se possa ter um equilíbrio entre os custos e benefícios na implantação de processos de treinamentos, processos que devem ser estendido por todos os departamentos da organização, querer elevar o padrão de desenvolvimento dos colaboradores deve ser uma obsessão de todos os gestores. O RH da empresa deve estar atento a esses detalhes, e agir de modo estratégico diante de oportunidades de ser atuante, pois formação, maturidade experiência, caráter, contatos pessoais (networking), perfil educador e pesquisador, conhecedor de culturas diversas, e oferecer oportunidades de treinamento e aperfeiçoamento, lembrando sempre que faz parte da gestão do conhecimento a integração de todos no processo de aprendizagem. Segundo Chiavenato (2010) e Behmer (2002), existem diversos métodos para o levantamento de necessidades de treinamentos (LNT), dentre eles se destacam a avaliação do processo produtivo dentro da organização, localizando fatores críticos como produtos rejeitados, pontos fracos relacionados com desempenho pessoal a serem melhorados, custos elevados de produção. Quadro1: Tipos de Levantamento de Necessidades de Treinamento ENTREVISTA DE DESLIGAMENTO Realizada logo após o desligamento do funcionário, buscando identificar os reais motivos que levaram a sua demissão. ENTREVISTA COM Abordam as principais dificuldades de desempenhos de GESTORES sua equipe de trabalho ou de determinadas pessoas especificamente. ASSESSMENT CENTER Sistema estruturado para avaliar competências ou habilidades específicas de determinadas pessoas, por meio de consultorias que prestam relatórios das potencialidades e competências de cada pessoa. PESQUISA DE CLIMA Realizada periodicamente, identificando as percepções ORGANIZACIONAL dos funcionários sobre as condições do ambiente de trabalho. QUEDA DE Quando o desempenho está inadequado ou indesejável PRODUTIVIDADE sempre há oportunidade de elevá-lo, por isso deve se pesquisar os motivos da queda de produtividade e do baixo desempenho. INTRODUÇÃO DE NOVAS Necessidade de capacitação de pessoas para operar novos TECNOLOGIAS equipamentos, processos ou sistemas. ANÁLISE Diagnóstico organizacional, determinação da missão e ORGANIZACIONAL visão e dos objetivos estratégicos da organização. ANÁLISES DOS Determinação de quais os comportamentos, atitudes e RECURSOS HUMANOS. competências necessárias ao alcance dos objetivos organizacionais. ANÁLISES DOS CARGOS Exame dos requisitos exigidos pelos cargos, especificações e mudanças nos cargos. ANÁLISES DO Objetivos a serem utilizados na avaliação do programa de TREINAMENTO treinamento. Fonte: Chiavenato (2010) e Castro (2002). A retroação direta a partir daquilo que as pessoas acreditam serem necessidades de treinamentos na organização, as pessoas expõem clara e objetivamente que tipos de informação, competências habilidades e atitudes (CHA) elas necessitam para desenvolver melhor suas atividades. A visão organizacional no futuro, e a introdução de novas tecnologias e equipamentos, novos processos para produzir, novos produtos a serem lançados, exigem novas habilidades e competência, e destrezas deverão ser adquiridas pelas pessoas por meio de novos treinamentos. Levantamento das necessidades de treinamento (LNT), etapa em que a direção da organização define as prioridades a curto médio e longo prazo, quem treinar, para que treinar, onde treinar, com quem treinar, e como treinar, essa é a hora de ver com clareza as necessidades, o problema a ser tratado, as deficiências a serem corrigidas, o treinamento não pode ser produto do acaso, deve ser uma avaliação do que os colaboradores sabem e fazem, com o que realmente eles deveriam saber e fazer no seu espaço ocupacional dentro da organização. “É no momento de planejar as medidas corretivas e preventivas que a situação se torna específica e se delineiam as responsabilidades de T&D” ( BASTOS, 1995 p.145). Para Chiavenato (2010) a capacitação das pessoas na organização deve ser uma atividade contínua, constante e ininterrupta, buscando sempre aumento de desempenho, mesmo quando as pessoas já apresentam excelente desempenho, alguma orientação e melhoria das habilidades e competências sempre devem ser introduzidas ou incentivadas, e o treinamento funciona como o principal catalisador dessa mudança. Nesse conceito de Bastos (1995) encaixa-se perfeitamente a técnica do (5W2H) que mostra claramente a decisão quanto a estratégia de treinamentos. O QUE: Tema. QUEM: Público alvo, a quem se destina o treinamento. COMO: Conteúdo programático, Recursos didáticos, Metodologia. QUANDO: Duração/Carga horária. PORQUE: Necessidade/Objetivo. ONDE: Local. QUANTO CUSTA: Instrutor, Viagens, Material etc. O treinamento precisa dessa fase de questionamentos com argumentos baseados em fatos, deixando de ser uma questão de moda, costume, ou tendência para ser uma decisão técnica e objetiva visando o bem estar da organização. AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO Chiavenato (2010) é preciso saber se o programa de treinamento atingiu seu objetivo. A etapa final é a avaliação do programa de treinamento para verificar sua eficácia, isto é, para ver se o treinamento realmente atendeu as necessidades da organização, das pessoas e dos clientes. Como os programas de treinamento representam um investimento em custo, que incluem materiais, tempo de instrutor, perdas de produção enquanto os indivíduos estão sendo treinados, e não desempenhando seus cargos, requer um retorno razoável desses investimentos. Segundo Chiavenato (2010, p. 382-383), deve se avaliar o programa de treinamento quando este atende basicamente as necessidades para as quais ele foi proposto, algumas medidas se destacam nessa avaliação: CUSTOS: Qual o valor investido no programa de treinamento. QUALIDADE: Como o programa atendeu as expectativas. SERVIÇO: Se o programa atendeu as necessidades dos participantes. RESULTADO: Quais resultados o programa ofereceu. Essa avaliação do treinamento ajuda a fixar uma questão primordial para o RH que é, qual o objetivo do treinamento e se foi alcançado conforme o esperado inicialmente. Nicoletta (1998) apud Chiavenato (2002) afirmou que o autor Kirk Patrick sugere avaliação do treinamento em níveis distintos e são eles: Quadro 2:Tipos de Avaliação de Treinamento REAÇÃO É o teste do sorriso ou reação do aprendiz, mensura a satisfação dos participantes, quanto a experiência do treinamento, se o facilitador atraiu a atenção do grupo, se o participante gostou do exercício, se a sala é confortável, se recomendaria o treinamento a novos participantes. APRENDIZADO Avalia o treinamento pelo nível de aprendizagem, e se o participante adquiriu novas habilidades e conhecimentos e se mudou suas atitudes e comportamentos como resultado do treinamento. DESEMPENHO Avalia o impacto do trabalho por meio de novas habilidades de aprendizagem e adoção de novas atitudes que mudam o comportamento. Se não há mudanças de comportamentos então o treinamento não está surtindo os efeitos esperados pela organização. ROI Retorno do investimento, significa o valor que o treinamento agregou a organização em termos de retorno sobre o investimento feito, quanto foi investido, qual o tempo necessário para retorno já que as empresas são células concebidas para desenvolver papel social e agregar valor ao capital dos acionistas e proprietários. Fonte: Chiavenato (2010) e Castro (2002) O treinamento pode e deve proporcionar como resultados internos, melhorias na eficiência dos serviços, maior qualidade e produtividade, melhor atendimento ao cliente, inovação de produtos e serviços, eficácia nos resultados, valor agregado, e uma melhor qualidade de vida no trabalho. Externamente destacam-se maior competitividade organizacional, melhoria na imagem da organização, mais a empresa deve se preparar para enfrentar assédio de outras empresas aos seus colaboradores. Para Castro (2002), o processo de avaliação e validação dos programas de T&D, é uma ferramenta de tomada de decisão estratégica pra a alta gerência da organização, os recursos são escassos, e a necessidade de treinamento que produza contribuições mensuráveis à produtividade faz parte do processo decisório das empresas evoluídas e desenvolvidas. Em épocas de acirradas competição entre empresas, a globalização e a busca por conhecimentos, o RH não pode se omitir, ao contrário, deve participar efetivamente do processo de treinamento e desenvolvimento da organização, é papel dele fornecer conhecimento aos colaboradores, avaliar corretamente necessidades de treinamentos a curto médio e longo prazo, levando em consideração o princípio da continuidade da organização, pois as mudanças acontecem na velocidade do tempo na chamada era da informação. A avaliação pode ser feita em momentos diferenciados do processo de treinamento, deve se fazer a primeira avaliação ainda com o treinamento em andamento, aproveitando todo o envolvimento do funcionário com as técnicas de aprendizado, e como está reagindo mediante as execuções de treinamentos. De acordo com Chiavenato (2010, p. 385) há que se ter uma avaliação crítica sobre os resultados obtidos interna e externamente após treinamentos realizados, as organizações precisam desenvolver internamente resultados como: melhoria da eficiência dos serviços, aumento da eficácia dos resultados, criatividade e inovação nos produtos e serviços oferecidos no mercado, melhor qualidade de vida no trabalho (QVT), maior qualidade e produtividade, melhor atendimento ao cliente, aumento do valor agregado. Externamente os fatores de maior destaque são: maior competitividade organizacional, aumento do assédio aos colaboradores por outras organizações, melhoria da imagem da organização perante a sociedade. TENDÊNCIAS FUTURAS DE TREINAMENTOS E DESENVOLVIMENTO Devido a rapidez e constante mudanças tecnológicas, a falta de mão de obra para repor ausências de funcionários, e os altos custos para se contratar substitutos enquanto alguém se especializa em novos treinamentos, percebe-se uma significativa mudança de postura nas empresas em oferecer T&D. De acordo com a ASTD- Association Society for Training and Development, órgão que salienta as principais tendências em T&D são observados como destaques: APRENDIZAGEM COMO ESTRATÉGIA EMPRESARIAL:As organizações que aprendem bem e de maneira rápida e que posiciona o seu RH em um nível realmente estratégico conseguem desempenho de negócios muitos melhores que as organizações que não o fazem. E-LEARNING: A TI está derrubando tradicionais barreiras, custos horários e limites de sala de aula influenciando e expandindo fortemente as ações de treinamento.Uma solução que está sendo muito usada é a de treinamentos a distância, por meio de apostilas e cursos online de curta duração , dessa forma o colaborador não precisa se ausentar de seu posto de trabalho, algumas organizações estão incentivando seus funcionários a fazerem esses cursos fora de seu horário de serviço, para que o funcionário se interesse por tais treinamentos é oferecido recompensas financeiras como bônus no final do curso ou até mesmo pagamentos de horas extras de acordo com a carga horária do curso realizado. TREINAMENTO COMO CONSULTORIA DE DESEMPENHO: Ao invés de focar as atividades, aquilo que as pessoas fazem, o treinamento está focando os problemas de desempenho das pessoas, equipes e empresas, aos resultados alcançados. LIDERANÇA VALORIZANDO O ESTILO COACHING: A transição dos estilos e técnicos e fechados para uma atuação mais humana e participativa, está exigindo dos gerentes um forte investimento em curto conhecimento e disponibilização de liderança e coaching para suas equipes. Aspectos como diálogos face-a-face, convergências, o exercício de dar e receber retroação, discussão de fatores que prejudicam a carreira das pessoas, relacionamentos interpessoais e melhoria do desempenho estão em alta. Outro segmento que está se destacando na área de treinamentos de pessoal é a utilização de vídeos conferencias ou teleconferências, onde não há a necessidade de deslocamento do funcionário até o local de treinamento podendo ser realizado na própria empresa com horários diferenciados e coletivamente. Há que se destacar também as universidades corporativas, ou educação corporativa, a educação a distância, os cursos oferecidos por internet, e por intranet por grandes corporações, workshop, e o sistema de mentoring ou (mentor). MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de uma pesquisa descritiva, com estudo de caso, já que a proposta era analisar as técnicas de treinamento e desenvolvimento (T&D) que estão sendo aplicadas nas empresas na região da alta Mogiana, São Paulo, Brasil e como o RH se utiliza dessas novas técnicas para melhorar o resultado da organização e o relacionamento interpessoal. Como referencial teórico a pesquisa parte da análise da interação do treinamento e desenvolvimento(T&D) e de suas vertentes dentro de diferentes empresas, por meio de estudos de múltiplos casos. Foi enviado um questionário com 22 perguntas estruturadas e específica ao RH de três empresas da região da Alta Mogiana, SP, Brasil, à nível gerencial e como a aplicação de T&D dentro da organização, ajuda a desenvolver uma carreira baseada em conhecimento treinamento e desenvolvimento organizacional , profissional e pessoal. Partindo dessa pesquisa de caráter descritivo, qualitativa e quantitativa com questionário elaborado e indutivo com dados do ano de 2013, o trabalho proposto foi um estudo de caso envolvendo as empresas X, Y e Z e os mais variados aspectos sobre treinamento e desenvolvimento (T&D), a serem estudados. Conceitos de T&D, os levantamentos das necessidades de treinamento, modos de mensuração do treinamento, tendências futuras e inovações fizeram parte da estrutura do trabalho. ANÁLISE DE DADOS Foram analisados os dados e tabulados em quadros para que se evidenciassem as diferenças e semelhanças entre as empresas pesquisadas, tempo de atuação no mercado e setor de atuação e faturamento estão nessa demonstração subsequente. Quadro3:Caracterização das Empresas Pesquisadas EMPRESAS PESQUISADAS RAMO DE ATIVIDADES ANO DE FUNDAÇÃO FATURAMENTO MENSAL QUANTIDADE DE FUNCIONÁRIOS Empresa X Empresa Y Empresa Z Sucroalcooleiro 1975 Produtos de higiene e limpeza 1960 Componentes elétricos 1985 29 milhões 8 milhões de reais 33 milhões de reais 1900 360 diretos 120 indiretos 900 Fonte: Elaborada pelos autores Colaboraram com esse trabalho três empresas de diferentes setores da nossa região, uma do setor sucroalcooleiro por ser nossa região forte na produção de açúcar e etanol, uma que produz utensílios de limpeza com um mix de mais de trezentos e cinquenta produtos de limpeza e com distribuição em todo o território brasileiro, e outra que desenvolve componentes elétricos com reconhecido destaque e alto padrão de qualidade em seus produtos, junto essas empresas possuem um faturamento mensal de mais de 70 milhões de reais, e empregam diretamente cerca de 3160 funcionários diretos, sem avaliar os indiretos pois somente a empresa Y divulgou gerar 120 empregos indiretos, se levarmos em consideração as outras esse número subirá consideravelmente, o tempo de atuação das referidas empresas dá credibilidade ao trabalho por estarem no mercado a décadas. O modo de avaliação das referidas empresas estão demonstradas no quadro a seguir subdividido conforme as quatro etapas sugeridas na maioria das literaturas em estudo. Quadro4:Avaliação de treinamentos. EMPRESAS PESQUISADAS REAÇÃO APRENDIZAGEM COMPORTAMENTO ROI Empresa X Sim, para todos os tipos de treinamentos Não realiza Empresa Y Sim para todos os tipos de treinamentos Sim para todos os tipos de treinamentos Não Sim para todos os tipos de treinamentos Não Sim para todos os tipos de treinamentos Fonte: Chiavenato (2010) Empresa Z Sim para todos os tipos de treinamentos Sim para todos os tipos de treinamentos Não Não Pode-se observar que todas as empresas pesquisadas adotam o método de reação como avaliação de treinamentos, Kirk Patrick (1998)apud Chiavenato (2010) define que é possível avaliar o treinamento por meio do sorriso do aprendiz e pela satisfação dos participantes quanto as experiências do treinamento, a forma como foi a aplicação do facilitador, o ambiente da realização, e a recomendação do treinamento para novos participantes são formas de avaliações positivas. Quanto a aprendizagem as empresas Y e Z se preocupam com o nível de conhecimentos habilidades e atitudes adquiridas (CHA). Somente a empresa Y preocupa se de fato houve mudanças positivas no comportamento dos participantes, as empresas X e Z não consideraram importante ou não se preocuparam com essa avaliação pós treinamentos. O mesmo se aplica ao retorno sobre investimento o ROI, quanto foi investido e qual o tempo necessário para possível retorno financeiro à organização, o retorno social também fora considerado, já as empresas X e Z não utilizam o comportamento nem o ROI como forma de avaliação optando por outras que não foram estudadas no presente trabalho. Um fator que merece destaque embora não fosse objeto de pesquisa é o retorno social que a empresa Y oferece à nossa região, já que em grande parte de sua matéria prima é utilizado garrafas pet descartáveis, prestando um grande serviço ao meio ambiente. Segundo Castro (2002,p. 135) a avaliação e a validação de todo o processo de treinamento e desenvolvimento são vistas como ferramentas de análise e decisão estratégica, e promovem melhorias contínuas da qualidade, fornecendo informações para aperfeiçoar todos os estágios dos programas de T&D, todos esses mecanismos não podem ser observados como uma única etapa, ou final do processo, e sim como um processo interativo e contínuo. QUADRO 5:Levantamento das necessidades Empresa X Empresa Y Empresa Z PRÁTICAS DE TREINAMENTO A empresa oferece treinamentos para diversos cargos de acordo com as necessidades das áreas. COMPETÊNCIAS Principais habilidades avaliadas são disciplina e organização, trabalho em equipe, comprometimento com resultados. Treinamentos técnicos para operadores de máquinas, treinamentos comportamentais para melhorar o clima organizacional e relacionados a melhoria de gestão. Produtividade, objetividade, resultado, trabalho em equipe, criatividade. Todas as áreas de acordo com as necessidade, temos áreas administrativas como RH,TI,contabilidade, suprimentos vendas, financeiro,produção em áreas específicas. As competências a serem desenvolvidas são definidas de acordo com a função exercida, pois cada área e função tem uma necessidade diferente. Os treinamentos são realizados de acordo com as necessidades por meio de solicitações, aqueles que são mais comuns (treinamentos de rotina). LNT As necessidades treinamento são levantadas por meio avaliações desempenho, RH lideranças de Percebidas por meio de solicitações dos de funcionários e de também por parte dos e líderes e diretoria da empresa. Fonte:Elaborada pelos autores Sobre as práticas de treinamentos por se tratar de diferentes setores, há diversidade nas áreas de atuação, a empresa X treina de acordo com o surgimento das necessidades em cada uma de suas áreas de atuação. A empresa Y oferece treinamentos técnicos para operadores de máquinas, treinamentos para melhoria do clima organizacional e melhoria de gestão com cursos de curto, médio e longo prazo, empresa Z tem práticas mais específicas com treinamentos em TI por seguir normas de segurança em seus produtos, todas essas práticas estão relacionadas aos conceitos de Chiavenato (2010) sobre a necessidade de treinar e preparar o colaborador. As formas de mensuração de treinamentos são objetivamente e subjetivamente, as mais usadas são relatórios de produção, rotatividade, custos de produção, entrevistas e questionários, a empresa X mensura seus treinamentos de modo objetivo, já as empresas Y e Z mensuram de modo subjetivo conforme demonstração no quadro número cinco. Os tipos de resultados mensurados como hábitos de trabalho, absenteísmo, primeiros socorros e comunicação utilizados pela empresa X e Y são mais visíveis e perceptíveis, já na empresa Z são analisados novas habilidades, tomada de decisões, conflitos evitados, queixas resolvidas, são formas de mensuração que demonstram a atuação do RH como Staff atuando estrategicamente nas tomadas de decisão da empresa. Se trata da questão de análise objetiva, trata se de medir o impacto do treinamento nos resultados do negócio da organização em estudo, se os efeitos causados pós treinamento foram positivos, relatórios e evidencias físicas que comprovem a mudança, nas empresas em pesquisas houve ganho de produtividade, diminuição da rotatividade, diminuição de acidentes e melhoria no clima organizacional, já as análises subjetivas são melhorias que não ficam diretamente ligadas ao fator treinamento mas que tem impacto direto nos resultados operacionais, a percepção dos funcionários sobre a imagem da organização tem um considerado aumento, os funcionários passaram a se sentir parte do processo de mudança social, muitas empresas não tem a devida paciência para colher esses resultados que as vezes aparecem a longo prazo, as empresas X, Y,Z se utilizaram dos dois tipos de análises em suas avaliações. Quadro 6: Formas de mensuração de treinamentos EMPRESAS PESQUISADAS Empresa X FORMAS DE MENSURAÇÃO DE TREINAMENTO Objetivamenteanalises de relatórios de produção, rotatividade de pessoal, custos de produção. TIPOS DE RESULTADOS MENSURADOS PRINCIPAIS RESULTADOS Empresa Y Subjetivamenteobservações, entrevistas e questionários. Objetivamenteanalises de relatórios de produção, rotatividade de pessoal, custos de produção. Hábitos de trabalho- Qualidade- perdas, absenteísmo, defeitos, acidentes, atrasos, primeiros faltas. socorros, e Tempo- tempo de comunicação. respostas, de processamento, de supervisão, de reuniões. Hábitos de trabalhoabsenteísmo, atrasos. Bom desempenho Retenção de talentos, nas atividades melhoria de treinadas, motivação competências, dos funcionários, melhoria de outros e incentivos a busca indicadores de de obter novos performance em geral. conhecimentos. Empresa Z Subjetivamente Observações Entrevistas e questionários. Novas habilidades, decisões tomadas, problemas resolvidos, conflitos evitados, queixas resolvidas. Melhoria de processos, rapidez, agilidade. Fonte: Elaborada pelos autores As competências analisadas nas empresas pesquisadas se destacaram trabalhos em equipes, produtividade, comprometimento com resultados, criatividade fatos que são relatados na revisão bibliográfica onde se evidencia que há necessidade de saber como treinar, quem treinar e quando treinar, Bastos esclarece essas necessidades e reforça a posição das empresas pesquisadas, que desenvolvem o treinamento em sua plenitude, diagnóstico, planejamento, execução, e avaliação. Resultados obtidos pela empresa X são melhoria no desempenho das atividades, motivação e busca por novos conhecimentos, na empresa Y retenção de talentos e melhoria das competências se destacam, enquanto que na Z busca se melhoria dos processos, rapidez e agilidade, e finalizando a análise a LNT, basicamente todas as empresas se utilizam de sugestões de funcionários e chefes de departamentos para levantamento das necessidades de treinamentos, o surgimento de novas técnicas de produção, inovações no mercado para definir treinamentos a curto médio e longo prazo, a empresa Z parece estar um passo a frente de X e Y por possuir planejamento e estrutura própria para realizar seus treinamentos. Como resultado de investimentos bem sucedidos em treinamento e desenvolvimentos pessoal, e fruto dessa postura de investimentos sucessivos das três empresas pesquisadas, as empresas Y e Z tem como retorno o certificado ISO 9000, e a empresa X já se encontra em fase final no processo de certificação. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Revisão bibliográfica do presente trabalho não apresenta grandes conflitos sobre a necessidade de treinar e desenvolver pessoas para o eficaz exercício da função proposta. Todas as empresas pesquisadas concordam e realizam diferentes treinamentos, cada qual de acordo com o CHA individual do colaborador e a necessidade imposta pelo cargo que a organização oferece ao profissional contratado. Renomados escritores mantém uma certa coerência sobre as diferentes maneiras na aplicação de T&D, e os fatores que colocam no campo de discussão são as alternativas de investimentos, como treinar, para que treinar e quando treinar. Os objetivos propostos no presente trabalho, e que se confirmaram no decorrer das pesquisas realizadas, é a preocupação das organizações em estudo em investir em T&D, pois todas elas atribuem melhorias na produtividade, no clima organizacional, na competitividade, e na redução de custos, por meio de mudanças comportamentais oriundas de processos de treinamentos, notou se também significativo avanço nas relações interpessoais de seus colaboradores nos três níveis hierárquicos. Dificuldade na obtenção de respostas ao questionário proposto faz do assunto uma fonte inesgotável de pesquisa, devido à imensa quantidade de empresas existentes na região da pesquisa, umas com grande participação e representatividade, outras com menos, mais todas com importância significativa no mercado regional, seria necessário um trabalho mais aprofundado com mais empresas para se afirmar estatisticamente a efetiva evolução no decorrer dos anos em porcentagem e quais as empresas que levantaram a bandeira da necessidade de T&D. Nas empresas X, Y, Z objetos da presente pesquisa com significativa participação e parcela de contribuição social na região, já que juntas empregam 3160 funcionários com faturamento mensal acima de R$70 milhões de reais mensais. Ficou nítida a preocupação do RH e dos gestores, em treinar e desenvolver atuais e futuros profissionais. O processo de treinamento e desenvolvimento é indispensável a todas as organizações e é destinado a elevar os padrões de desempenho e de conhecimento das pessoas no trabalho a ser realizado, ao capacitar pessoas as empresas fortalecem sua imagem no mercado, tornando se mais competitiva e atraente, as empresas X Y Z escolheram técnicas e recursos didáticos em harmonia com suas próprias culturas organizacionais, e de acordo com o público a ser treinado, sem perder de vista a real necessidade da organização. Apenas os métodos de treinamentos são diferenciados como ficou evidenciado na análise de dados, já que são de setores diversificados. Por esse motivo cada treinamento possui vertentes peculiares e com objetivos variados de acordo com seu setor de atuação, um ponto em comum entre os treinamentos propostos é a introdução de novas tecnologias e novos maquinários, sobre os levantamento das necessidades de treinamentos, todas as empresas seguem as tendências de mercado, a busca por novos produtos, a procura por produtividade e redução de custos, aumento de mark-share esses fatores são os que mais influenciam na decisão de novos treinamentos. Por dificuldades na quantidade de empresas dispostas a colaborar com o presente trabalho, fica a sugestão para trabalhos futuros, e como se trata de investimentos em treinamentos e não custos, seria ótimo que as empresas divulgassem seus valores investidos em T&D para acompanhamentos de evolução e modernidade na gestão do seu bem maior, que é o capital humano. REFERÊNCIAS BEHMER, I.S. O processo de treinamento. In: BOOG Gustavo e Magdalena. Manual de gestão de pessoas e equipes. Operações 3. Ed. São Paulo: Gente, 2002, p.121-134. BASTOS, O.P. M.. Diagnóstico e avaliação de T&D: processo de T&D. In: BOOG Gustavo. Manual de treinamento e desenvolvimento. 2.ed. São Paulo: Makron Books, 1995,p.145. CHIAVENATO, I.. Treinamento In:___.Gestão de pessoas.3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 365-391. ____. Desenvolvimento de pessoas e de organizações In:___.Gestão de pessoas.3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p.393-430. CASTRO, A.P.de. Avaliação e validação do treinamento.In: BOOG Gustavo e Magdalena. Manual de gestão de pessoas e equipes. Operações 3. Ed. São Paulo: Gente, 2002, p.135152. COSTÁBILE, N. ¨Responsabilidade social começa a dar lucro¨. O Estado de São Paulo, caderno de economia, 17 de agosto de 1998. p. B 19 apud CHIAVENATO, I.. Treinamento In:___.Gestão de pessoas.3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 382-383. MARRAS, J. P.. Subsistemas de treinamento e desenvolvimento In:_____. Administração de recursos humanos. 3. ed. São Paulo: Futura. 2002, p 145-157. VARGAS, M. R. M. (1996). Treinamento e desenvolvimento: reflexões sobre seus métodos. Revista de Administração, 31(2), 126-136. ROBBINS, S.P.. Políticas e praticas de recursos humanos In:_____ Comportamento Organizacional. 9 ed. São Paulo. Pearson. 2002 pg. 469. APÊNDICE Função que exerce na empresa: _______________ Tempo de trabalho na empresa: _______________ Tempo de trabalho na função que exerce: _______ Faturamento anual da empresa: _______________ Quantos funcionários têm a empresa? __________ QUESTIONÁRIO 1. Quais são as práticas de Treinamento que a empresa oferece para seus colaboradores? Cargos/Funções Tipos de treinamentos Competências desenvolvidas 2. Qual o valor aproximado de investimento anual em Treinamento e Desenvolvimento feito pela sua organização? 3. Como é percebida a necessidade do treinamento de seus colaboradores? A empresa possui planejamento e estrutura para a sua realização? 4. Sua organização avalia a reação dos participantes aos programas de treinamento? ( ) Sim, para todos os tipos de treinamento ( ) Sim, para alguns treinamentos específicos ( ) Não Caso afirmativo, em que tipo de treinamento são aplicadas avaliações de reação? (Exemplos de resposta: treinamentos gerenciais, operacionais, oferecidos continuamente, oferecidos esporadicamente, programas especiais, programas piloto, treinamentos com alto investimento, treinamentos estratégicos, etc.) 5. Sua organização utiliza algum tipo de testes para avaliar a aprendizagem dos participantes? ( ) Sim, para todos os tipos de treinamento ( ) Sim, para alguns treinamentos específicos ( ) Não Caso afirmativo, em que tipo de treinamento são aplicadas avaliações de aprendizagem? 6. Que tipo de teste você utiliza para avaliar os conhecimentos adquiridos? ( ) Escritos ( ) Verbais ( ) Outro tipo: Especifique:_______________________________________________________ SIM NÃO 7. Os testes são aplicados imediatamente após a conclusão do programa? 8. Você utiliza um teste construído especificamente para seus programas? 9. São aplicados testes para avaliar o conhecimento prévio dos participantes? 10. Sua organização procura avaliar as mudanças de comportamento no trabalho apresentadas pelos participantes de programas de treinamento? ( ) Sim, para todos os tipos de treinamento ( ) Sim, para alguns treinamentos específicos ( ) Não Caso afirmativo, em que tipo de treinamento são aplicadas avaliações de mudança de comportamento? ___________________________________________________________________________ SIM NÃO 11. São utilizadas entrevistas de participantes? 12. São utilizadas entrevistas com os subordinados dos participantes? 13. São utilizadas entrevistas com os superiores dos participantes? 14. Em quanto tempo após a conclusão do programa de treinamento as mudanças de comportamento no trabalho dos participantes são medidas? ( ) 1 mês ou menos ( ) Entre 1 e 3 meses ( ) Entre 3 e 6 meses ( ) Entre 6 meses e 1 ano 15. Sua organização procura avaliar se os programas de treinamento estão trazendo os resultados esperados? ( ) Sim, para todos os tipos de treinamento ( ) Sim, para alguns treinamentos específicos ( ) Não Caso afirmativo, em que tipo de treinamento são aplicadas avaliações de mudança de comportamento? 16. De que forma os resultados são mensurados? ( ) SUBJETIVAMENTE (observações, entrevistas, questionários) ( ) OBJETIVAMENTE (análises de relatórios de produção, rotatividade de pessoal, custos de produção) 17. Que tipos de resultados são mensurados? ( ) OUTPUT (unidades produzidas, relatórios processados, estudantes graduados, Números de embarques) ( ) QUALIDADE (perdas, defeitos, acidentes, faltas) ( ) CUSTOS (variações no orçamento, custos unitários, custos operacionais, despesas de vendas) ( ) TEMPO (tempo de resposta, de processamento, de supervisão, de reuniões) ( ) HÁBITOS DE TRABALHO (absenteísmo, atrasos, primeiros socorros, comunicação) ( ) CLIMA (número de greves, reclamação de empregados, turnover, comprometimento) ( ) SATISFAÇÃO (satisfação no trabalho, dos clientes, lealdade dos empregados, confiabilidade) ( ) NOVAS HABILIDADES (decisões tomadas, problemas resolvidos, conflitos evitados, queixas resolvidas) ( ) DESENVOLVIMENTO (número de promoções, de aumentos, requisições de transferência, avaliações de desempenho) 18. Sua organização calcula o retorno sobre investimento dos treinamentos realizados? Um exemplo de retorno sobre investimento pode ser a taxa resultante da expressão: (incremento nas vendas após a realização de um treinamento – custos do treinamento) ÷ custos do treinamento x 100. ( ) Sim, para todos os tipos de treinamento ( ) Sim, para alguns treinamentos específicos ( ) Não 19. Sua organização utiliza algum outro método (que não a ROI) para calcular o retorno sobre investimento em T&D? ( ) Não ( ) Sim. Caso afirmativo, especifique: ______________________________________________________ 20. Como os resultados encontrados nos treinamento são utilizados por sua organização? 21. Quais os principais resultados que os treinamentos trazem para a organização? 22. Quais as principais competências sua organização busca desenvolver nos treinamentos? Obrigada pela colaboração!!!