O bom remédio que cura tudo

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Brasil Seikyo - Edição 2193 - 31/08/2013 - pág. A4 - Os Encantos da Filosofia Budista - Para Iniciantes
Brasil Seikyo - Os Encantos da Filosofia Budista - Para Iniciantes
O bom remédio que cura tudo
“Vivemos uma época em que as pessoas
estão cheias de insatisfações.” Daisaku
Ikeda.
O que o mundo precisa é de uma força
que converta insatisfação em satisfação,
medo em coragem, desilusão em
sabedoria.
Recitar
Nam-myoho-rengue-kyo é essa força
poderosa!
E quanto tempo leva para essa
transformação acontecer? O Budismo
Nitiren ensina que transformação não é
uma questão de tempo mas de
DETERMINAÇÃO.
Faça sua vontade de vencer atingir o grau
máximo e cada Nam-myoho-rengue-kyo
recitado terá o brilho da eternidade e o
sabor da vitória — quanto mais recita, mais
quer recitar e mais propaga essa alegria
aos amigos. É tanta energia que cria ondas
que mudam a localidade, o país e o
mundo.
No Brasil, no dia 3 de março de 1993, o
presidente Ikeda falou do poder do
Daimoku aos brasileiros:
“É infalível: transformamos nossa vida
numa existência de felicidade indestrutível,
transbordante de boa sorte e invulnerável
a tudo. Tudo se torna prazeroso. Há
satisfação mesmo sem se ter fama ou
riqueza. Instante a instante os momentos
são de pleno contentamento. Tudo parece
belo e pleno de alegria. Vocês pensam no
bem-estar das pessoas não importa o que
estejam passando. É esse estado de mente
que vocês adquirem ao aprimorar a fé e
praticar o budismo” (BS, ed. 1.222, 17 abr.
1993, p. 4).
Vamos refletir juntos: se a descrição acima
é
o
benefício
de
recitar
o
Nam-myoho-rengue-kyo, então, é natural
que brote um desejo de fechar este jornal
e correr recitar mais um pouco, com mais
alegria, com mais confiança!
MIL VEZES MAIS. Quando você tem
vontade mesmo de mudar o destino e se
senta para recitar Daimoku “na certeza da
vitória”, cada instante se torna a eternidade
e sua força se multiplica por 10, por 1.000,
100 mil.
REGRAS. O buda não criou regras de
quantidade. Nitiren Daishonin, o sábio que
revelou o Nam-myoho-rengue-kyo ao
mundo, foi cuidadoso e não deixou
nenhuma instrução nas mais de mil
páginas de seus escritos sobre a
quantidade diária de Daimoku a ser
recitada.
Por quê? Porque cada pessoa é única e
respeitosamente o Buda quer que cada
um adote o Daimoku como prática
saudável na vida diária e por si crie seu
ritmo: isso é a demonstração de máximo
respeito ao indivíduo.
Giovani Prestes Arduini cavalcante (767742-1) / pág. 1.
Brasil Seikyo - Edição 2193 - 31/08/2013 - pág. A4 - Os Encantos da Filosofia Budista - Para Iniciantes
FÉ. O que mais importa não é a quantidade:
o que importa é a fé. Com forte fé, a
própria pessoa decide, se desafia e faz
essa ou aquela quantidade por dia. Por
isso, em vários escritos Daishonin reforça:
“fortaleça sua fé mais do que nunca”!
BEM-ESTAR
Com a fé fortalecida, cada Daimoku
recitado é fonte de bem-estar, alegria,
vigor mental, convicção e coragem.
Vamos ser sinceros: qualquer coisa feita
por obrigação ou para cumprir tabela não
dá prazer. Portanto, Daimoku deve ser
cada um melhor que o outro: fortalecer a
fé é sentir a cada recitação uma alegria
maior que a anterior. O mestre orienta em
duas frases:
a)
“Não
há
formalidades
rígidas
estabelecidas para o Gongyo nos escritos
do buda. O que importa é que o Gongyo
refresca e revigora nossa vida” (BS, ed.
1.219, 27 mar. 1993, p. 5).
b) “O fervor na oração não é determinado
pela quantidade nem pelo tempo de
recitação de Daimoku. No Gosho não há
nenhuma referência sobre a quantidade ou
tempo de recitação. O que Nitiren
Daishonin afirma é que uma única
recitação de Daimoku contém ilimitados
benefícios” (BS, ed. 1.816, 22 out. 2005, p.
A2).
O
mestre
ensina:
“Recitar
Nam-myoho-rengue-kyo com profunda fé,
mesmo que uma única vez tem o poder
infinito e vasto de revitalizar nossa vida.
Que surpreendentes benefícios teremos,
então, se continuarmos a recitar dia após
dia” (TC, ed, 533, jan. 2013, p. 50). No trecho
a seguir, o presidente Ikeda dialoga com
um jovem:
“Estudante: A primeira oração é realmente
importante, não é mesmo? Mas quando
não temos tempo de fazer o Gongyo da
manhã completo, tem problema virarmos
para o leste e fazermos apenas o
Daimoku?”
“Presidente Ikeda: Não. Nesse caso, fazer o
Daimoku já está bom.”
HUMANISMO. Percebam a grandiosidade
do mestre. É o caloroso incentivo de um
pai que aumenta a coragem e tira o peso
do coração do jovem. Certamente, o
estudante vai se desafiar e terá uma
prática sólida e constante.
MUITO MAIS DAIMOKU. Não há regra fixa
de tempo. Recite em abundância até seu
coração transbordar de satisfação — até o
ânimo da sua alma ficar mais forte que a
negatividade da sua realidade. Faça seu
melhor para e crie um ritmo diário
conforme sua necessidade, desejo e
decisão.
Bom senso e boa saúde
SENSACIONAL.
Se
um
único
Nam-myoho-rengue-kyo
contém
“ilimitados benefícios”, imagine recitar mais
um, e mais um, e mais um...
Num diálogo com médicos, o presidente
Ikeda orienta que a prática budista deve ter
bom senso e ser fonte de saúde e
bem-estar.
Giovani Prestes Arduini cavalcante (767742-1) / pág. 2.
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Mizota: Na SGI, é comum programar
reunião de recitação de dez horas de
Daimoku. Várias pessoas se reúnem numa
sala fechada e recitam durante um tempo
previamente
determinado.
O
questionamento não é sobre a recitação
do Daimoku, mas, do ponto de vista da
saúde, de que forma devemos avaliar a
recitação por longo período?
“Se recitar estas palavras [Daimoku] uma
vez, a natureza do buda de todos os seres
vivos será convocada e se juntará ao seu
redor” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, v.
V, p. 99). Ele afirma também que recitar
uma vez Daimoku contém benefícios
equivalentes a ler um volume inteiro do
Sutra de Lótus, recitar mil vezes equivale à
leitura de mil volumes.
Daisaku Ikeda: É uma questão muito
importante. Quais suas opiniões clínicas?
O mais importante é a disposição, o
entusiasmo, a seriedade e o forte desejo
de recitar Daimoku. Essa vigorosa
disposição gera imensa boa sorte.
Morita: A permanência na mesma posição
por longo tempo prejudica a circulação
sanguínea e pode causar embolia nos
membros inferiores. Isso acontece mesmo
sentado numa cadeira. A “síndrome da
classe econômica”, que ocorre nas viagens
aéreas de longa distância, acontece em
consequência dessa embolia.
Toyofuku: Ouvi de um otorrino que elevar a
voz por muito tempo pode causar danos
nas cordas vocais. Já ocorreram casos em
que pólipos surgiram em apenas um dia.
Kojima: Portanto, é necessário manter
alguns cuidados como intercalar intervalos
durante a recitação, movimentar as pernas,
não forçar a voz e beber líquidos.
Ikeda: O fervor na oração não é
determinado pela quantidade nem pelo
tempo de recitação de Daimoku. Nos
escritos não há nenhuma referência sobre
a quantidade ou o tempo de recitação. O
que Nitiren Daishonin afirma é que uma
única recitação de Daimoku contém
ilimitados benefícios.
Kojima: Ouvimos frequentemente as
pessoas comentarem que recitaram oito
ou dez horas de Daimoku.
Ikeda: Devemos tomar alguns cuidados
para não causar mal-entendidos em nossa
volta. Os vizinhos poderão pensar que é
fanatismo. Quando as integrantes da
Divisão Feminina estiverem participando
da recitação de Daimoku por longas horas,
os familiares ficarão preocupados: “Será
que hoje teremos comida na mesa?”
[Risos].
Morita: Se surgir esse tipo de situação, não
podemos dizer que estamos fazendo uma
prática adequada à vida diária.
Ikeda: Naturalmente, o desafio de recitar
Daimoku é louvável. Admiro e respeito
muito a seriedade e a devoção das
integrantes da Divisão Feminina. É
desnecessário dizer também que é mais
vantajoso recitar maior número de vezes
de Daimoku. Todo esse esforço retorna
para si mesmo em forma de boa sorte.
Porém, do ponto de vista da saúde,
Giovani Prestes Arduini cavalcante (767742-1) / pág. 3.
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devemos tomar o cuidado de não exagerar
nem forçar demasiadamente as condições
físicas. Eu penso dessa forma. Esta era
também a opinião do Toda Sensei.
Sei que há ocasiões em que certos
problemas requerem maior quantidade de
recitação de Daimoku. Mesmo nessas
situações, devemos tomar cuidado com as
condições de saúde. Contudo, nunca
devemos considerar a saúde como uma
justificativa para não recitarmos Daimoku. É
muito mais interessante orar com boa
disposição do que fazer dessa prática um
insuportável suplício.
Giovani Prestes Arduini cavalcante (767742-1) / pág. 4.
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