Anais II Congresso Unificado 2016

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II CONGRESSO UNIFICADO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO FAMINAS-BH 2016
“O conhecimento a serviço da vida”
(Publicado como Separata da Revista Eletrônica Parlatorium – ISSN 1983-7437)
FAMINAS-BH
Bel. Lael Vieira Varella Filho – Diretor Presidente
Bel. Esp. Luciano Ferreira Varella – Diretor Administrativo e Financeiro
Bel. Luisa Ribeiro Varella – Diretora Executiva
Geraldo Lúcio do Carmo – Gerente Administrativo e Financeiro
Bel. Esp. Luciano Ferreira Varella – Diretor Geral
Prof. Ms. Everton Ricardo Reis – Diretor de Ensino
Prof. Drª. Ivana de Cássia Raimundo – Diretora Acadêmica
Bel. Esp. Andrea Fernandes Lameirinhas – Secretária Acadêmica
COMISSÃO ORGANIZADORA
Profa. Dra. Ivana de Cássia
Diretora Acadêmica
Profa. Ms. Sônia Maria Nunes Viana
Coordenadora de Extensão e Pós-Graduação
Josyanne Cristina Silva Honório
Assistente Administrativo – Extensão
Prof. Ms. André de Abreu Costa
Coordenador de Pesquisa
Profa. Dra. Patrícia Alves Maia Guidine
Coordenadora de Pesquisa
Profa. Ms. Tatiana Domingues Pereira – Coordenadora do Curso de Administração
Profa. Ms. Gustavo Oliveira Gonçalves – Coordenadora do Curso de Biomedicina
Profa. Ms Rosália Gonçalves Costa Santos – Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis
Prof. Ms. Vinicius de Araújo Ayala – Coordenador do Curso de Direito
Profa. Ms. Renata Lacerda Prata Rocha – Coordenadora do Curso de Enfermagem
Profa. Dr. Nancy Scárdua Binda – Coordenadora do Curso de Farmácia
Profa. Ms. Vanessa Patrocínio de Oliveira – Coordenadora do Curso de Nutrição
Profa. Dra. Alessandra Duarte Clarizia – Coordenador de Ensino do Curso de Medicina
Profa. Bel. Rubia Mara Pimenta de Carvalho – Coordenadora do Curso de Pedagogia
Profa. Esp. Liliane Maria de Fátima Ribeiro – Coordenadora do Curso de Serviço Social
Prof. Ms. Fabio Neves, de Miranda – Coordenador do Curso de Sistemas de Informação
Profa. Ms. Sandra Minardi Mitre – Coordenadora do Curso de Terapia Ocupacional
2
COMISSÃO CIENTÍFICA
Adirson Monteiro de Castro
Adriana Marcia Silveira
Adriana Nascimento de Sousa
Aldair Fernandes da Silva
Aline Bruna Martins Vaz
Amilton Campos
Ana Cecília de Godoy Gomes
Ana Cristina Nogueira Borges
André de Abreu Costa
André Mauricio Borges de Carvalho
Angélica Monica Andrade
Aniely Coneglian Santos
Antonio Marcos Souza
Argos Soares de Mattos Filho
Ariane Rocha Abergaria
Arno Nunes Ribeiro
Beatriz Martins Borelli
Camila França Campos
Cassia Aparecida de Oliveira
Celeste Magna Araujo Dantas
Celio José de Castro Júnior
Cintia Moreira Gonã Alves
Claudia Lopes Penaforte
Claudia Maria Correia Borges Rech
Claudia Ribeiro
Claudia Starling Bosco
Claudia Toscano Fonseca
Claudia Vasques Chique Gatto
Claudio Henrique Ribeiro da Silva
Claudiney Luis Ferreira
Cristian Kiefer Da Silva
Dalton Dittz Junior
Daniela Camargo Costa
Danilo Ferraz Cordova
Débora Cerqueira Calderaro
Dhionne Correia Gomes
Edson Moura da Silva
Eduardo Simoes Neto
Enilmar da Cunha de Carvalho
Evandro Bernardes de Oliveira
Evaristo Nunes de Magalhães
Eveline de Oliveira Silva
Fabio Neves de Miranda
Fabricio Veiga Costa
Felipe A. Silva Pires
Fernanda Batista
Fernando Gonçalves Coelho Júnior
Fernando Ribeiro Andrade
Flávia Helena Millard Rosa da Silva
Flávio Marcos Gomes de Araújo
Francielda Queiroz Oliveira
Frederico Oliveira Freitas
Geraldo Francisco de Oliveira
Gleison Assis Reis
Gleisy Kelly Neves Goncalves
Gleudson Silva de Aquino
Grazielle Dias
Guilherme de Almeida Santos
Gustavo Guerra Jacob
Gustavo Oliveira Gonçalves
Heber Augusto Lara Cunha
Hercilia Naiara Ferreira de Souza
Hilton Soares de Oliveira
Hyllo Baeta Marcelo Júnior
Hudson de Oliveira Cambraia
Humberto Ferreira Ianni
Inês Chamel José
Izabel Cristina da Silva Reis
Izabela Ferreira Gontijo de Amorim
Janaina Matos Moreira
Jean Pierre Machado Santiago
Jonas Thadeu de Almeida Sousa
Jordana Grazziela Alves Coelho dos Reis
Jose Gilberto de Brito Henriques
José Helvécio Kalil de Souza
Juliana Costa Liboredo
Juliana das Gracas Gonçaves Gualberto
Karine Silvestre Ferreira
Laerte Mateus Rodrigues
Leandro Hollerbach Ferreirra
Leonardo Augusto Silva Machado
Leonardo de Carvalho Starling
Leticia Fernanda Cota Freitas
Lilian Sipoli Carneiro Canete
Liliane Maria de FATIMA Ribeiro
lucas do Carmo Vitor
Lucas Lopardi
Luci Aparecida Nicolau
Lucia de Fatima Pais de Amorim
Lucia Helena de Angelis
Luciana de Paula Lima Gazzola
Luciana Rocha Brandao
Luciene Rodrigues Kattah
Luiz Carlos Panisset Travassos
Maísa Goncalves de Carvalho
Marcelo de Brito Brandao
Marcelo Jose de Oliveira Maia
Marcia Faria Moraes Silva
3
Maria Gabriela Reis Carvalho
Melina Rezende Dias
Miguel Mendes Filho
Milton dos Santos Silva
Monica Paiva Schettini
Nancy Scardua Binda
Nelson Ribeiro de Carvalho Júnio
Nibia Mariana Eleuterio
Orlando Aragão Neto
Patricia Alves Maia
Patricia de Moura Rocha
Paulo César Fonseca Furtado
Rafael Augusto de Morais A. Santos
Rafael Silva Guilherme
Rafael Teixeira de Mattos
Raphael Moreira Maia
Renata Esteves Furbino
Renato Sathler Avelar
Ricardo Lucio de Assis
Ricardo Luiz de Souza
Ricardo Luiz Fontes
Rodrigo Ferretjans Alves
Rogerio Monteiro Barbosa
Rogerio Saint´Clair Pimental Mafra
Rosália Gonã Alves Costa Santos
Rosana Costa do Amaral
Rosane Vieira de Castro
Rosemary Cipriano da Silva
Rosemary Torres de Oliveira
Rosilaine dos Santos Carvalhais
Rubia Mara Pimenta de Carvalho
Sabrina Alves Zamboni
Salvina Maria de Campos
Sandra Maria Ferreira Moizes
Sandra Minardi Mitre
Shigeru Ricardo Sekiya
Shirlei Barbosa Dias
Simone Gomes da Silva
Sonia Maria Nunes Viana
Sther Mendes Cunha
Thatiane Santos Ruas
Tatiana Domingues Pereira
Thiago Frederico Diniz
Thiago Penido Martins
Tiziane Rogerio Madureira
Valdete Gomes Ferreira
Vanessa Patrocínio de Oliveira
Vinicius de Araújo Ayala
Waldemar Roberto Savassi
Wanderley da Silva
Marcio Alexandre Hipólito
Marco Antônio Silva
Marcus Luiz Dias Coelho
4
Sumário
ATENÇÃO PRIMARIA: FRENTE AO COMBATE E ELIMINAÇÃO DA HANSENÍASE .......................... 12
MISSÃO DANDARA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA ................................................................... 13
USO DE PARACETAMOL PARA FECHAMENTO DE CANAL ARTERIAL ........................................... 14
PROTOCOLO DE RETIRADA DE GLICOCORTICOIDES.................................................................... 16
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA UBS JARDIM EUROPA,
NO BAIRRO VENDA NOVA ........................................................................................................... 18
INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN UMA DOENÇA DA ATUALIDADE: RELATO DE CASO ....................... 19
A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO NA MELHORIA DA QUALIDADE
DE VIDA DO TRABALHADOR CANAVIEIRO: O PAPEL DA MEDICINA DO TRABALHO ................... 21
IMPACTOS ANATÔMICOS, FUNCIONAIS E COMPORTAMENTAIS DO RESPIRADOR BUCAL ........ 23
ESTUDO DE CONDICIONANTES E CARACTERÍSTICAS DO TREINAMENTO CONTRA RESISTÊNCIA
NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE ................................................................. 24
DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM ESTUDANTES DE MEDICINA ....................................................... 26
CONHECIMENTO MÉDICO NA PREVENÇÃO DO SUICÍDIO ........................................................... 26
FATO OU PERCEPÇÃO: A DEPRESSÃO É REALMENTE O MAL DO SÉCULO? ................................ 29
PERSPECTIVAS E USO DO CANABIDIOL COMO UM AGENTE ANSIOLÍTICO ................................. 31
USO DA PSICOEDUCAÇÃO COMO UMA FERRAMENTA PROFILÁTICA ACESSÓRIA NO
TRATAMENTO DO TRANSTORNO BIPOLAR ................................................................................. 33
A IMPORTÂNCIA DO ÁCIDO FÓLICO NO DESENVOLVIMENTO CARDÍACO FETAL ....................... 35
UTILIZAÇÂO E APLICAÇÂO DE ANTICOAGULANTE EM CRIANÇAS ............................................... 37
USO DE CANNABIDIOL NO TRATAMENTO DE EPILEPSIAS DE DIFÍCIL CONTROLE ....................... 39
UMA REVISÃO SOBRE A SÍNDROME DE GUILLAIN BARRE E SEU PROGNÓSTICO EM CRIANÇAS 40
DEPRESSÃO INFANTIL: UMA ABORDAGEM PATOLÓGICA DOS ASPECTOS COGNITIVOS,
EMOCIONAIS E SOCIAIS. .............................................................................................................. 41
OS PRINCIPAIS PREDITORES PROGNÓSTICO NA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ ..................... 43
O TÉTANO EM NEONATOS: MEDIDAS PREVENTIVAS DA INFECÇÃO........................................... 45
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR EM CRIANÇAS:
DESAFIOS NA PRÁTICA CLÍNICA................................................................................................... 46
O USO E ABUSO DA FLUOXETINA POR MÉDICOS NÃO PSIQUIATRAS ......................................... 49
O IMPACTO DE DORT NA VIDA DO TRABALHADOR: UM ENFOQUE PARA LOMBALGIAS. .......... 50
VIGOREXIA: UM DISTÚRBIO PSICOPATOLÓGICO DA SOCIEDADE ATUAL ................................... 52
RESSIGNIFICANDO O NOVEMBRO AZUL: MOBILIZAÇÃO DAS LIGAS ACADÊMICAS PARA
PRODUÇÃO DEBATE CIENTÍFICO APÓS ESTÁGIO COM MÉDICO DE FAMÍLIA E COMUNIDADE .. 54
INTOXICAÇÃO POR SÍLICA NO AMBIENTE DE TRABALHO ........................................................... 56
O ESTRESSE COMO FATOR DESENCADEADOR DA GASTRITE CRÔNICA RESPOSTA FISIOLÓGICA
OU PSICOSSOMÁTICA? ................................................................................................................ 58
INFECÇÕES HOSPITALARES: FATORES ENVOLVIDOS E MÉTODOS DE PREVENÇÃO .................... 62
5
INCIDÊNCIA DE SÍNDROME GUILLIAN BARRÉ E SUA RELAÇÃO COM O ZIKA VÍRUS.................... 63
INFECÇÃO HOSPITALAR EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) NEONATAL: UMA REVISÃO
..................................................................................................................................................... 65
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA .. 66
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR EM CRIANÇAS:
DESAFIOS NA PRÁTICA CLÍNICA................................................................................................... 67
JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE: REFLEXÕES EM BUSCA DA EQUIDADE .......................................... 70
ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO
DO ÚTERO ................................................................................................................................... 72
SIMULAÇÃO DE ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS............................................................. 74
CÂNCER DE PRÓSTATA E SUAS DIFICULDADES ........................................................................... 75
DIFERENÇAS ENTRE A CIRURGIA ROBÓTICA E A CIRURGIA CONVENCIONAL ABERTA ............... 77
DOENÇAS PROSTÁTICAS – PREVENÇAO ...................................................................................... 79
EDEMA PULMONAR DE ALTITUDE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE AS CAUSAS, A
PATOGENIA, O TRATAMENTO E A PREVENÇÃO .......................................................................... 80
TRUVADA: APENAS MAIS UMA FORMA DE PROFILAXIA OU UM MARCO NA HISTÓRIA DA AIDS?
..................................................................................................................................................... 81
ESTUDO DE CONDICIONANTES E CARACTERÍSTICAS DO USO DO CITRATO DE SILDENAFILA
CONTRA A DISFUNÇÃO ERÉTIL E MANUTENÇÃO DE UMA FUNÇÃO SEXUAL SATISFATÓRIA ..... 83
O PAPEL DO PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PREVENÇÃO, DIAGNOSTICO E TRATAMENTO DA
SÍNDROME DE FOURNIER............................................................................................................ 85
ASSOCIAÇÃO ENTRE A HELICOBACTER PYLORI E O CÂNCER GÁSTRICO ..................................... 87
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA ........................................................................................... 89
ALTERAÇÕES ANATOMOPATOLÓGICAS GÁSTRICAS DECORRENTES DO USO CRÔNICO DOS
INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS (IBP) ................................................................................ 91
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA .............................................................................. 93
ACOMETIMENTO DA SÍNDROME DO CARPO EM CIRURGIÕES DENTISTAS ................................ 95
REJEIÇÃO AO TRANSPLANTE PENETRANTE DE CÓRNEA EM CERATOCONES.............................. 96
TUMOR MALIGNO DA BAINHA DOS NERVOS PERIFÉRICOS: RELAÇÃO COM
NEUROFIBROMATOSE DO TIPO 1 ............................................................................................... 98
ANOREXIA EM HOMENS: DIFICULDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS ............................. 100
TRANSTORNO DO PÂNICO-ASPECTOS PSICOSSOCIAIS E NEUROBIOLÓGICOS ......................... 102
O PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA PROMOÇÃO DE CIDADANIA AOS PORTADORES DE
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR .......................................................................................... 104
CONSIDERAÇÕES TERAPÊUTICAS NO TRANSTORNO DEPRESSIVO EM PACIENTES ONCOLÓGICOS
................................................................................................................................................... 106
IMPACTO DA SINDROME DE BURNOUT EM TRABALHADORES EM ÂMBITO HOSPITALAR:
REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................................... 108
6
O IMPACTO DA PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO SOB A PERSPECTIVA DA SAÚDE DO
TRABALHADOR .......................................................................................................................... 110
OBESIDADE: A EPIDEMIA DO SÉCULO ....................................................................................... 112
REVISÃO SOBRE OS EFEITOS DA POLUIÇÃO SONORA NA SAÚDE E NO COTIDIANO DAS
POPULAÇÕES ............................................................................................................................. 114
ABORDAGEM DO LINFEDEMA EM MEMBROS SUPERIORES APÓS LINFADENECTOMIA POR
CÂNCER DE MAMA .................................................................................................................... 116
ABORDAGEM DO TRATAMENTO DA PUBERDADE PRECOCE EM MULHERES ........................... 118
PRESCRIÇÃO DE BISFOSFONATOS PARA OSTEOPOROSE EM MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA:
INDICAÇÕES E CONFLITOS DE INTERESSE ................................................................................. 120
RELAÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO E HPV EM ADOLESCENTES: REVISÃO DE LITERATURA
................................................................................................................................................... 122
CANDIDÍASE VULVOVAGINAL: SINTOMATOLOGIA E OS FATORES DE RISCO............................ 123
RELAÇÃO ENTRE O USO DE CONTRACEPTIVO HORMONAL E O AUMENTO DA FREQUÊNCIA DOS
EPISÓDIOS DE CANDIDÍASE DE REPETIÇÃO ............................................................................... 125
RELEVÂNCIA DO PRÉ-NATAL NA PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA ..................................... 127
DEPRESSÃO PÓS-PARTO ............................................................................................................ 128
DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL ................................................................................. 129
ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTRÓGENOS NATURAIS E SINTÉTICOS E FENÔMENOS
TROMBOEMBÓLICOS ................................................................................................................ 131
DEPRESSÃO PÓS-PARTO: FATORES DE RISCO E OS IMPACTOS NA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ ......... 133
VACINAÇÃO CONTRA HPV: ADEQUANDO SUAS INCOERÊNCIAS .............................................. 135
INDUÇÃO DA FOLICULOGÊNESE APÓS TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE OVÁRIOS
CONGELADOS/DESCONGELADOS EM PERITÔNIO DE RATAS .................................................... 137
PROGESTERONA E PREVENÇÃO DO PARTO PREMATURO ........................................................ 139
RASTREIO DE TROMBOFILIAS ANTES DA PRESCRIÇÃO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS ........ 141
SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO E RESISTÊNCIA À INSULINA NA SÍNDROME METABÓLICA
................................................................................................................................................... 143
TABAGISMO NO DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO ................................ 145
TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE EM PACIENTES COM CÂNCER ......................... 146
ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS DURANTE A GESTAÇÃO E ABORTAMENTO ................................. 148
O ESTRESSE CRÔNICO E SUAS CONSEQUÊNCIAS NOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE ................... 150
PNEUMONIAS VIRAIS E BACTERIANAS: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS,
FISIOPATOLÓGICOS E TRATAMENTO ........................................................................................ 152
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS, VARIAÇÕES METEOROLÓGICAS E SUA INFLUENCIA SOBRE A
INCIDÊNCIA DE DENGUE ........................................................................................................... 155
A DICOTOMIA ENTRE O SUS IDEAL E REAL ................................................................................ 156
PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO: CONCEITO E ENFRENTAMENTO .............................. 157
7
IMPACTO DAS DOENÇAS OSTEOMUSCULARES RELACIONADAS AO TRABALHO (DORT) NA VIDA
DO TRABALHADOR. ................................................................................................................... 159
USO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE DO TRABALHADOR ..... 161
DEPRESSÃO EM IDOSOS: UMA DOENÇA NEGLIGENCIADA EM HOSPITAIS ............................... 163
UMA METANÁLISE ACERCA DA NICOTINA NA DOENÇA DE PARKINSON .................................. 164
SUICÍDIO: UMA ABORDAGEM PSICOSSOCIAL ........................................................................... 166
TRANSTORNO BIPOLAR: IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO CORRETO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
DE SAÚDE .................................................................................................................................. 167
AÇÃO DO INIBIDOR DO CO- TRANSPORTADOR DE SÓDIO- GLICOSE 2 NA PERDA DE PESO EM
PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 ........................................................ 169
DOENÇA RENAL CRÔNICA: IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE E SEUS
FAMILIARES ............................................................................................................................... 171
EMBOLIA GASOSA NA DOENÇA DA DESCOMPRESSÃO ............................................................. 172
RELATO DE CASO: DEMÊNCIA INDUZIDA PELO USO CRÔNICO DE ÁLCOOL ............................. 174
BIOMARCADORES ISQUÊMICOS NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS CORONARIANAS AGUDAS: O
PAPEL DA ALBUMINA ................................................................................................................ 176
HIPERTENSÃO ARTERIAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO ....................................................... 178
USO DA DIGOXINA NA TERAPÊUTICA DA INSUFICIÊNCIA CARDIACA ....................................... 179
USO DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES NO ESPORTE ................................................................ 181
A PROTEÍNA APELINA NA FORMAÇÃO DE MEMBRANAS EPIRRETINIANAS EM PORTADORES DE
DIABETES MELITUS TIPO 2 ........................................................................................................ 182
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE FUNGOS ENDOFÍTICOS
ASSOCIADOS À HEVEA BRASILIENSIS......................................................................................... 184
AVALIAÇÃO DE LÂMINAS DE COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA PREVIAMENTE DIAGNOSTICADAS
COMO ASCUS: COMPARAÇÃO INTRA E INTEROBSERVADORAS ............................................... 186
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS PLAQUETÁRIOS EM PACIENTES EM USO DE HEPARINA .................... 188
AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA DE IMPLANTES DE PAREDE UTERINA TOTAL INDUZIDOS
CIRURGICAMENTE NO PERITÔNEO DE RATAS, APÓS OOFORECTOMIA E ESTROGENIOTERAPIA
................................................................................................................................................... 190
INTERAÇÕES DELETÉRIAS NA ESTEROIDOGÊNESE EM DECORRÊNCIA DA SÍNDROME DO OVÁRIO
POLICÍSTICO............................................................................................................................... 192
AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DAS MÃOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE: REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................................................... 193
CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE E ACADÊMICOS DE MEDICINA ACERCA DAS
NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM AMBIENTES DE ATENDIMENTO À URGÊNCIA E/OU
EMERGÊNCIA ............................................................................................................................. 195
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS ............................................................................. 196
CRONOTANATOGNOSE: NOVAS PERSPECTIVAS DE MARCADORES DIAGNÓSTICOS DO
INTERVALO POST-MORTEM ...................................................................................................... 198
A INCLUSÃO DOS DEFICIENTES AUDITIVOS NO UNIVERSO EDUCACIONAL .............................. 200
8
ANÁLISE DO DELÍRIO COMO UM PROBLEMA DE ENFERMAGEM DE IDOSOS ADMITIDOS EM
SERVIÇO DE PRONTO SOCORRO: CORRELAÇÃO COM O DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
CONFUSÃO AGUDA ................................................................................................................... 201
MÉDICOS TAMBÉM ERRAM: UMA ABORDAGEM SOBRE OS ERROS MAIS COMUNS E SUAS
CAUSAS ...................................................................................................................................... 204
ERROS NA ÁREA DA SAÚDE: FATORES DESENCADEANTES DE GRANDES IMPACTOS
ECONÔMICOS ............................................................................................................................ 206
INIBIDORES DE APETITE............................................................................................................. 207
A CORRELAÇÃO DO USO CRÔNICO DO OMEPRAZOL COM ALZHEIMER ................................... 209
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E SUA EPIDEMIOLOGIA ........................................................ 211
TERAPIA GÊNICA E SUA APLICAÇÃO NO CÂNCER ..................................................................... 212
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMUNIDADES INDÍGENAS ........................................... 215
PCRC- AÇÃO EDUCATIVA EM ESCOLA PÚBLICA DE BELO HORIZONTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
................................................................................................................................................... 217
TELECONSULTA DE ENFERMAGEM: TECNOLOGIA IMPLEMENTADA COMO FERRAMENTA DE
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM REGIÕES GEOGRAFICAMENTE ISOLADAS........................ 218
SILICOSE: APRENDER PARA COMBATER AS DOENÇAS OCUPACIONAIS .................................... 219
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM HANSENÍASE: RELATO DE CASO. ....... 220
INFECÇÕES HOSPITALARES: REPENSANDO A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS... 221
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NOS CAMPOS DE REFUGIADOS ............................................. 223
TERMINOLOGIA EM SAÚDE....................................................................................................... 225
DIAGNOSTICO CLINICO LABORATORIAL DO PACIENTE PORTADOR DE ULCERA VENOSA E O
PAPAEL DA ENFERMAGEM ........................................................................................................ 227
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA O CUIDADO A PESSOAS PORTADORAS DE HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA ................................................................................................................. 228
AÇÕES DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE AOS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO
CIVIL: PREVENÇÃO DE SILICOSE ................................................................................................ 230
A INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE DIABÉTICO ....................... 232
SEGURANÇA DO PACIENTE: A FARMACOLOGIA A SERVIÇO DA PREVENÇÃO DE EVENTOS
ADVERSOS NA PRÁTICA ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM. ...................................................... 233
A ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA MASCULINO .................................. 235
O ENFERMEIRO E A PRESTAÇÃO DE CUIDADO AO PACIENTE PORTADOR DE DENGUE ........... 237
TESTE RÁPIDO: HIV POSITIVO, COMO DAR ESSA NOTÍCIA ........................................................ 239
DE QUE FORMA SE APRESENTA A AMBIÊNCIA NAS REDES DE ATENÇÃO Á SAÚDE NA PEDIATRIA
................................................................................................................................................... 241
PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO DA
REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. .................... 242
AÇÃO EDUCACIONAL “JUNTOS POR UM SOCORRO MELHOR” EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE
BELO HORIZONTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA! .................................................................... 244
9
DIFICULDADES NA IMPLANTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 246
ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE E DISLIPIDEMIA: REVISÃO DE LITERATURA .......................... 248
CAUSAS DE ABSENTEÍSMO DOS PROFISSONAIS ENFERMEIROS ............................................... 249
CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE A TÉCNICA DE INDUÇÃO DA HIPOTERMIA
TERAPÊUTICA NA TERAPIA INTENSIVA ...................................................................................... 251
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA APLICAÇÃO DE SHANTALA .................................................. 253
RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR ATRAVÉS DA MANIPULAÇÃO
DE DISPOSITIVOS INVASIVOS PELA ENFERMAGEM .................................................................. 255
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO INSERIDA EM UMA UNIDADE DE
SAÚDE DA FAMÍLIA.................................................................................................................... 257
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO PÓS OPERATÓRIO DE ADENOMA HIPOFISÁRIO
FUNCIONANTE – RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................... 259
A NECESSIDADE DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO EM SAÚDE À POPULAÇÃO
TRANSEXUAL: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA. ................................................................. 261
PEDICULOSE NO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE...... 263
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PERMANENTE NA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO .................... 264
ESTRATÉGIA DE APRENDIZADO EM ENFERMAGEM: JOGOS COMO MÉTODO DE
CONHECIMENTO DA TERMINOLOGIA E DOS CONCEITOS EM SERVIÇO DE SAÚDE .................. 265
DIMENSÕES DO CUIDADO DO ENFERMEIRO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA ................. 266
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL .................................................. 268
EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO AGENTE GERADOR DA QUALIDADE DE VIDA NOS IDOSOS...... 269
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR ................................... 270
BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE ........................................................................................................... 271
A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA NA GESTÃO DE QUALIDADE NOS SERVIÇO DE SAÚDE
PRESTADO ................................................................................................................................. 272
EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O ADOLESCENTE SOBRE AS DOENÇAS SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS (DST’S) ........................................................................................................... 273
O PAPEL DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR .... 275
FISIOPATOLOGIA ENDÓCRINA: MECANISMOS ENVOLVIDOS NA ACROMEGALIA .................... 277
CÂNCER DO PÊNIS: UMA DOENÇA QUE VEM ASSOMBRANDO O SEXO MASCULINO NOS DIAS
ATUAIS ....................................................................................................................................... 279
QUEDAS EM IDOSOS: PRINCIPAIS CAUSAS E COMO PREVENIR ................................................ 281
A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANCA PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM..................... 283
O IMPACTO DO ESTRESSE EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA ................ 284
A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE ANEMIA FERROPRIVA NA CRIANÇA .. 286
RISCO DE INFECÇÃO A MULHERES SUBMETIDAS AO PARTO CESARIANA ................................ 287
10
RELAÇÃO ENTRE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E FATORES DE RISCO PARA
DESENVOLVIMENTO DE DESORDENS METABÓLICAS EM ESTUDANTES DO 5° PERÍODO DO
CURSO DE NUTRIÇÃO DA FAMINAS-BH .................................................................................... 288
HÁBITOS E PRÁTICAS ALIMENTARES DE UM GRUPO OPERATIVO DE DIABETES COM FOCO NA
REEDUCAÇÃO ALIMENTAR, EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE, MG.
................................................................................................................................................... 290
AVALIAÇÃO DO PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE UNIVERSITÁRIAS ATRAVÉS DA BIOIMPEDANICA
TETRAPOLAR.............................................................................................................................. 292
ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO SENSORIAL DE UM MINIBOLO DE CHOCOLATE, A BASE DE
BIOMASSA DE BANANA VERDE, DESTINADO A DIETAS COM RESTRIÇÃO DE AÇÚCAR............. 294
ELABORAÇÃO E ACEITABILIDADE DE UM PÃO DE CENOURA, BETERRABA E BRÓCOLIS,
DESTINADO AO PÚBLICO INFANTIL ........................................................................................... 297
ANÁLISE DO PERFIL NUTRICIONAL DE TRABALHADORES DE UMA EMPRESA DE BUFFET DE BELO
HORIZONTE ............................................................................................................................... 300
COCAETILENO COMO BIOMARCADOR DO USO CONCOMITANTE DE COCAINA E ÁLCOOL ...... 302
A UTILIZAÇÃO DO ÁCIDO HIALURÔNICO COMO FORMA DE SELEÇÃO NO PROCESSO DE
INJEÇÃO INTRACITOPLASMÁTICA DE ESPERMATOZÓIDES (ICSI) EM REPRODUÇÃO HUMANA
ASSISTIDA .................................................................................................................................. 304
ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM PACIENTES PORTADORES DO HERPES ..................................... 306
PROPOSTA DE FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA: CREME PARA PÉS DIABÉTICOS ...................... 307
EDUCAÇÃO NO CÁRCERE: REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO FORMAL OFERECIDA NAS PRISÕES
................................................................................................................................................... 310
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM UMA EMPRESA NO RAMO DE MONTAGEM
INDUSTRIAL NA CIDADE DE ITABIRA/MG.................................................................................. 312
ESTUDO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO NA GESTÃO DA MANUTENÇÃO DE UMA
MINERADORA DE ITABIRA/MG ................................................................................................. 315
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ATENÇÃO PRIMARIA: FRENTE AO COMBATE E ELIMINAÇÃO DA HANSENÍASE
Lígia Dos Santos Cesarino
Fernanda Alves Dos Santos Carregal
Renata Ariane Gomes Andrade
Valéria Cristina Da costa
Rebeca Dos Santos Duarte Rosa (Orientador)
[email protected]
Palestra Magna:
O conhecimento a serviço da vida. Construindo Sucesso com Gratidão. Interpretação de exames
Laboratoriais pelo enfermeiro. "Introdução: A Hanseníase é uma doença crônica, infecto
contagiosa, causada por um microrganismo denominado Mycobacterium leprae, apresenta
afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos. A transmissão ocorre por
meio das vias aéreas superiores em contato com a pessoa infectada sem tratamento e não há
risco de transmissão por pacientes em tratamento. Identificar a atuação do enfermeiro e a
equipe de saúde da família no controle e eliminação da Hanseníase. Processo metodológico:
Trata-se de um estudo de revisão de literatura, os artigos utilizados para este trabalho foram
extraídos no banco de dados BVS (Biblioteca virtual da saúde), Portal da FIOCRUZ e MINISTÉRIO
DA SAÚDE como método de inclusão foram usados artigos do ano de 2010 a 2015 em português.
Revisão de literatura: A hanseníase é uma doença de notificação compulsória e dados divulgados
pelo Ministério da Saúde (BRASIL,2015) indicam que a taxa de detecção geral da doença foi de
12.14 por 100 mil habitantes em 2014, correspondendo a 24.162 casos novos. Na população
com menos de 15 anos houve registro de 1.793 novos casos. Uma das importantes estratégias
para a eliminação da doença, para diagnóstico precoce e melhoria na qualidade do atendimento
ao portador da hanseníase é a integração dos programas de controle na rede básica de atenção
a saúde, facilitando o acesso ao tratamento à prevenção de incapacidade e a diminuição do
estigma e da exclusão social. De acordo com Dias e Pedrazzani (2008) o profissional enfermeiro
tem uma importante atuação junto com a equipe de estratégia em saúde da família nas ações
ao combate a hanseníase, visando a melhoria do indivíduo, da família e da comunidade atuando
de forma efetiva e humana contribuindo em todo o processo como orientação, tratamento,
cura, reabilitação e reintegração social. Conclusão: Conclui-se que a atuação da equipe e o
enfermeiro na atenção básica desenvolve um trabalho de extrema importância nas ações
preventivas, promocionais e curativas, contribuindo para o controle da doença e eliminação
deste agravo que é considerado pelo Ministério da Saúde um problema de saúde pública.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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4.
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Enfermagem;Brasilia,2008.
BRASIL;Ministério da saúde: Guia para o controle da hanseníase. Brasilia,DF 2002
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MISSÃO DANDARA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA
Daniel dos Santos Fernandes
Natália Las Cazas Monteiro
Lúcia de Fátima Amorim (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A infância é um período do ciclo vital definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como
a fase que vai do nascimento a idade de 14 anos, 11meses e 29 dias. Na infância os indivíduos
estão em grande processo de desenvolvimento fisiológico e das funções cognitivas. No que diz
respeito as ações para garantia do crescimento e desenvolvimento saudável das crianças e
adolescentes destacam-se entre todos os pontos de atenção da Política Nacional de Atenção
Integrada a Saúde da Criança a promoção do aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de
vida; a prevenção de lesões não intencionais e a identificação de sinais de perigo à saúde da
criança. Entende-se que a manutenção do estado nutricional das crianças é uma forma de
possibilitar um melhor crescimento e desenvolvimento das mesmas. Então, uma vez que há uma
demanda por orientação e execução de ações de acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento das crianças na saúde pública, justificou-se a realização de um projeto de
extensão que visou atender famílias com alto Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) em busca de
realizar uma triagem pondero-estatural e nutricional a fim de otimizar o processo de
identificação dos riscos para a Atenção Primária em Saúde e assim encaminhar os pacientes para
o serviço das Unidades Básicas de Saúde, caso necessário. Deste modo, a triagem realizada pelo
projeto de extensão pode favorecer a vinculação do indivíduo ou dos núcleos familiares a rede
de atenção à saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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13
USO DE PARACETAMOL PARA FECHAMENTO DE CANAL ARTERIAL
Thays Ketlin Motta de Pinho
Marina Kusunoki Guerra
Luma Lorraine dos Reis Souza
Paula Geovanna Rocha Pontello
Lúcia de Fátima Amorim (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Embora a permeabilidade do canal arterial seja essencial para a circulação fetal, o seu
fechamento é imprescindível para a adaptação circulatória pósnatal. A persistência do canal
arterial (PCA) torna o recém-nascido vulnerável ao hiperfluxo pulmonar com fluxo arterial
sistêmico diminuído. O tratamento atual, com o uso de indometacina ou ibuprofeno, possui
muitas contraindicações, o que torna oportuna a proposta de uma terapêutica alternativa com
menos efeitos adversos. O objetivo dessa revisão é avaliar a eficácia do paracetamol como um
tratamento alternativo no fechamento do canal arterial. Na revisão foram utilizadas as bases de
dados PubMed, Scielo, Medline e Lilacs, com os descritores canal arterial, fechamento,
paracetamol. Selecionados seis artigos entre 2010 e 2016. Os resultados mostraram que em um
dos casos analisados houve associação da restrição do canal ainda na fase fetal e o uso de
paracetamol pela gestante. Nos casos relatados de prematuros nascidos com menos de 32
semanas ou com peso inferior a 1.500g foi descrito eficácia do uso do paracetamol para
fechamento do canal arterial. Na revisão atual foi relatado a eficácia do paracetamol utilizado
quando havia contraindicação ou refratariedade à terapia com ibuprofeno e indometacina.
Alguns artigos também compararam o paracetamol com a terapia com indometacina e revelou
uma mínima vantagem da indometacina para um tratamento eficiente. De acordo com a revisão
o paracetamol revelou-se como uma segura e bem sucedida alternativa para o tratamento da
PCA. Apesar de em alguns casos ser inferior ao tratamento atual, parece ser completamente
livre dos efeitos adversos associados geralmente com AINEs tradicionais. Conclui-se que o uso
de paracetamol se mostrou eficaz para o tratamento de PCA, mesmo com o relato, em alguns
estudos, de eficácia inferior às terapias já existentes. Há necessidade do desenvolvimento de
estudos com nível de evidência destinados a verificar a inclusão do paracetamol como agente
de primeira linha.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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em: 28 mar. 2016.
15
PROTOCOLO DE RETIRADA DE GLICOCORTICOIDES
Luis Eduardo Ribeiro Coelho
Clayton Augusto Assunção
Folmer Quintão Torres (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Os glicocorticoides, muito utilizados na prática clínica, são também potencialmente danosos aos
pacientes que os utilizam e por isso sua indicação deve ser criteriosa. Pelo risco já conhecido de
supressão das glândulas supra renais durante tratamentos prolongados com a medicação, já é
consenso na literatura que a utilização de corticosteroides deva ser feita pelo menor tempo
possível e sua retirada após o tratamento seja de maneira gradual. Objetivo: O presente artigo
tem como objetivo a produção de conhecimento sobre os riscos da utilização e da retirada dos
corticoides além de orientar o médico no reconhecimento desses problemas e fornecer um
direcionamento para a adequada suspensão do tratamento prolongado com corticoide.
Metodologia: Levantamento de informações através de revisão de literatura realizada na base
de dados online Scielo e em livros especializados. Não foram determinados períodos específicos
de publicação. As buscas foram realizadas em março e abril de 2016, através das palavras chave
CORTICOSTERÓIDES, SINDROME DE RETIRADA e SUPRESSÃO ADRENAL. Conclusão: Protocolos
atuais, embasados em estudos consagrados, aconselham que o desmame seja individualizado
para cada paciente na dependência do tempo de tratamento, da potência da droga, da doença
de base do paciente, entre outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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sistêmicos e síndrome de retirada em tomadores crônicos de corticosteróides. Rev. Assoc. Med.
Bras. [online]. 1998, vol.44, n.1, pp.69-74. ISSN 1806-9282. Disponível em:
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17
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA UBS JARDIM
EUROPA, NO BAIRRO VENDA NOVA
Amanda Schimith Costa
Isabelle Perez Ramirez Gonçalves
Ana Clara Chula Lara
Maísa Gonçalves (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O Brasil nos últimos anos vem sofrendo com epidemias que tem afetado em grandes proporções
a saúde da população. Dentre essas diversas epidemias a incidência crescente de pessoas
afetadas pela dengue transmitida através do mosquito Aedes aegypti. Existe uma grande
mobilização dos órgãos de saúde para enfrentar esse problema que provoca graves
consequências na vida das pessoas e nos orçamentos da saúde destinado a preservar a saúde
de população. Dentre as diversas ações que as Secretarias da Saúde - estadual e municipais, vem
desenvolvendo, pode-se ressaltar as ações preventivas através de campanhas, desenvolvidas
para esclarecer a população quanto aos cuidados para evitar a proliferação do mosquito. Outra
ação de destaque é o aparelhamento das Unidades Básicas de Saúde, para atendimento da
população afetada. Constitui objetivo do presente artigo, a simples pretensão de refletir sobre
o processo de organização das equipes de trabalho do programa Saúde da Família, no sentido
de perceber a possibilidade ou não, de conseguir alcançar os propósitos estabelecidos no plano
estratégico de uma UBS da regional Norte de Belo Horizonte, MG. Segundo dados da UBS, a
incidência de dengue na região é preocupante, atingindo, no mês de março, 36 casos
confirmados. Para o planejamento de ações de combate à dengue, o bairro foi mapeado
geograficamente em 6 setores. Em seguida foram formadas equipes para realizar os trabalhos,
que, em visita às famílias, além da observação, remendava medidas preventivas para evitar a
formação de focos. Para realizar os trabalhos as equipes encontraram diversas dificuldades, tais
como: acesso a todos os possíveis focos do mosquito, dificuldade de encontrar toda a família
presente na ocasião da visita, problema com as condições de limpeza e conservação de ruas,
praças e lotes vagos, que dependiam mais das ações do poder público e da comunidade como
um todo. O trabalho permitiu refletir que o problema da Dengue é um problema de toda
sociedade, e que mesmo as equipes locais de combate sejam competentes, não são suficientes
para um problema de tão grande proporção. É preciso investir em infraestrutura, para o bairro,
tais como redes de esgoto, bueiros para escoamento da água, limpeza e conservação de ruas,
praças, lotes vagos, bem como contínuo investimento em educação, pois uma população mais
informada compreende melhor a necessidade de colaborar com o poder público, na
implementação das políticas públicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Saúde:
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aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento. Simpósio: Condutas em enfermaria de clínica médica
de hospital de média complexidade - Parte 1
18
INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN UMA DOENÇA DA ATUALIDADE: RELATO DE CASO
Maria Clara Souza Schettini
Aurélio Leite Rangel Souza Henriques
Fernanda da Cunha Martins
Catarina Amorim Baccarini Pires
Lúcia de Fátima Pais de Amorim (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
INTRODUÇÃO: A doença celíaca (DC) é uma patologia autoimune que acomete o intestino
delgado dos indivíduos suscetíveis. Possui manifestações variadas, desde formas assintomáticas
até sintomas intraintestinais (forma clássica) ou extraintestinais. A forma clássica é definida
como uma síndrome de má absorção e decorre de hiperplasia das criptas e atrofia das
vilosidades intestinais. A DC é mais prevalente no norte da África, Europa, América do Norte e
sudeste asiático, por associar a presença de genótipos mais suscetíveis e o elevado consumo de
glúten. A fisiopatologia decorre de uma associação de fatores genéticos e ambientais.
Clinicamente cursa com dores abdominais, diarreia intermitente, perda ou estagnação do ganho
ponderal, palidez e intolerância a atividades físicas pela má absorção de ferro que leva a um
quadro anêmico e hematomas pela má absorção de vitamina K. Há possibilidade de uma baixa
absorção de vitamina D, predispondo o indivíduo portador da DC a um quadro de osteoporose
e osteopenia. A clínica na criança com idade entre o 6 e 24 meses é semelhante aos sintomas
clássicos associada à vômitos, baixo desenvolvimento neuropsicomotor, anorexia e
irritabilidade.
RESUMO DO CASO: KQW, masculino, 10 meses, internado em 3/3/16 com quadro de diarreia,
mais de três episódios de fezes líquidas ao dia, vômitos e distensão abdominal, edema
generalizado e emagrecimento. Nascido de parto normal, termo, peso não informado. Vacinas
atualizadas. Aleitamento exclusivo ao seio até o 4º mês. Mãe relata que sintomas atuais
iniciaram cerca de 15 dias após a introdução de fórmulas lácteas, diferentes farinhas e outros
alimentos. Internação prévia com 6 meses, por 15 dias, com o mesmo quadro tendo sido
utilizado antibióticos e hidratação venosa. Após alguns dias em casa, reiniciou com quadro de
diarreia e distensão abdominal. Exame físico: peso 8Kg, edemaciado, panículo adiposo
diminuído, tristonho, pálido +/4+, anictérico, acianótico. Abdome distendido, depressível,
timpânico, sem defesa, fígado a 3cm do rebordo costal direito, na linha hemiclavicular, atrofia
glútea. Demais aparelhos e sistemas sem alterações. RX de abdome sem alterações. Exame
laboratoriais: parasitológico de fezes negativo. Hemograma: anemia microcítica, hipocrômica
discreta. Anticorpo antiendomísio IgA 1:80 (VR 0); anticorpo antigliadina IgA 142 (VR: positivo
>10); anticorpo antigliadina IgG 302 (VR positivo >10); anticorpo antitransglutaminase tecidual
IgA 93 (VR positivo >10). Iniciada dieta de exclusão de glúten, reposição de vitaminas e ferro.
Atualmente em curva ascendente de ganho de peso, sorrindo, leve distensão abdominal, fezes
de consistência normal. Aguarda resultado da biópsia intestinal.
CONCLUSÃO: Lactente com história clínica e alterações ao exame físico compatíveis com o
diagnóstico de Doença Celíaca. O atraso no diagnóstico e no início da dieta de exclusão do glúten
poderia acarretar complicações graves.
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20
A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO NA MELHORIA DA
QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR CANAVIEIRO: O PAPEL DA MEDICINA DO
TRABALHO
Diego Araujo de Magalhaes
Kelly Cristina. Teixeira da Silva
Caique Antonio da Silva
Wallanns Resende Santos
Cláudia Vasques Chiavegatto (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
INTRODUÇÃO: A produção Agroindustrial requer trabalho árduo, braçal e também de máquinas,
sendo necessária a observação atenta das normas que visam à proteção dos trabalhadores. Não
raro, há um grande número de lesões relacionadas com o tipo de trabalho, respiratórias,
cutâneas e osteomusculares. Boa parte desses trabalhadores vivem em situação de miséria e
tem baixa escolaridade, não possuem condições adequadas de saneamento básico e
alimentação. As precárias condições de saúde e segurança, resultam em alta rotatividade.
Verifica-se então a necessidade de atividades de promoção e prevenção a saúde, que visem a
melhoria das condições de trabalho. OBJETIVO: Enfatizar a importância das atividades
ergonômicas do trabalhador canavieiro e os motivos de tantas disfunções. METODOLOGIA:
Revisão literária nas bases de dados SCIELO, Pubmed e MEDLINE, buscando artigos em
português e inglês entre 2004 e 2016. Os unitermos da pesquisa em português foram:
trabalhador; medicina; canavieiro, ergonomia. Em inglês foram: worker; medicine; sugarcane,
ergonomics. DESENVOLVIMENTO: O meio rural vem sofrendo uma pressão por competitividade.
Consequentemente há uma modificação no modo de trabalho: aumento da cobrança da
qualidade e produtividade, enquadrando as organizações em padrões mínimos de higiene e
segurança do trabalho. A agricultura é um dos segmentos econômico com mais desordens
osteomusculares, sendo a flexão de tronco por longo tempo, e movimentos repetitivos os
principais geradores de agressão. No estudo transversal de Silva (2005), trabalhadores de uma
usina sucroalcooleira citaram como principais riscos ergonômicos: exaustão (97%), esforço físico
elevado (88,9%) e postura errada (68,9%). Diversas ações são sugeridas para evitar esse risco
como: intervenções ergonômicas, melhoria dos processos laborais, da forma de organização do
trabalho, mecanização de atividades penosas, uso dos equipamentos de proteção (EPI´s). Não
raro, é pungente a resistência e negligência na adoção desses equipamentos. Apesar de
beneficiar as melhorias ergonômicas ainda são marcadas pela resistência dos veteranos, e não
disponibilização dos EPI’s pelas usinas sucroalcooleiras. CONCLUSÃO: É nítido o quanto a
situação do trabalhador brasileiro melhorou desde as leis trabalhistas. No entanto não se
observa o mesmo no âmbito agrícola, sobretudo naqueles profissionais menos escolarizados e
responsáveis pelo serviço braçal do campo. Neste aspecto há uma maior demanda de melhorias
nas condições de trabalho (fornecimento de EPI’s, melhores condições no ambiente de trabalho,
reeducação postural e habituais, dentre outras) e maior fiscalização dos órgãos competentes
para fazer cumprir os direitos dos indivíduos envolvidos. Algumas ações são necessárias com:
melhorar a qualidade dos equipamentos, reorganização dos insumos, maior capacitação,
investimento financeiro adequado e melhoria dos serviços ofertados.
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Pernambuco."" Prima Facie-Direito, História e Política 13.25 (2016): 01-23.
22
IMPACTOS ANATÔMICOS, FUNCIONAIS E COMPORTAMENTAIS DO RESPIRADOR BUCAL
Bruno Alves Rocha
José Pedro Dubois Mendes
Luciene Kattah (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A Síndrome do Respirador Bucal, que pode estar relacionada com obstruções nasais, hábitos
bucais inadequados ou fatores genéticos, é verificada quando a substituição da respiração nasal
por respiração bucal se dá durante um período prolongado (MARIMOTO, KAROLCZAK, 2012, v.
25, p. 2). De acordo com Menezes et al (2011), A sua duração prolongada pode ocasionar uma
série de repercussões nos contextos físico, psicológico e social pelas alterações estruturais e
funcionais do sistema estomatognático. Têm sido motivo de preocupação de profissionais de
várias áreas da saúde os problemas advindos dessa síndrome e a sua complexidade. A
metodologia utilizada para elaboração desse artigo de revisão bibliográfica constitui-se de
conteúdos consultados em meios eletrônicos como, PubMed e Scielo. A busca nos bancos de
dados foi realizada utilizando terminologias como: respirador bucal, respiração oral. Os critérios
de inclusão para os estudos encontrados foram a abordagem da síndrome de respiração bucal,
suas causas e impacto. A alteração do padrão respiratório pode repercutir na saúde geral do
indivíduo, portanto, não se restringe à ocorrência de distúrbios apenas de interesse ortodôntico.
O diagnóstico da respiração bucal deve ser feito na fase da anamnese, momento em que o
profissional, procura investigar transtornos associados à respiração bucal e ou patologias
concomitantes pela frequência da respiração bucal. Observa-se lábios hipotônicos, ressecados,
evertidos, palato estreito e profundo, boca entreaberta, arcada superior atrésica, más oclusões
com assimetria facial, mordida aberta e cruzada posterior, alterações da deglutição, sucção e
fonação. Salientando que não só alterações anatômicas e funcionais são observadas, como
também grandes alterações comportamentais que trazem prejuízo ao respirador bucal tendo
em vista o precoce desenvolvimento da síndrome acompanhando o indivíduo em sua fase de
formação e iniciação social, que pode ser acompanhada de: irritação, mau humor, sonolência,
inquietude, desconcentração, agitação, ansiedade, medo, depressão, desconfiança,
impulsividade e dificuldades de aprendizagem. A literatura é vasta em estudos que avaliam a
influência da função respiratória no crescimento e desenvolvimento craniofacial ( CHUNG LENG
MUÑOZ; BELTRI ORTA, 2014 ; DANIEL; TANAKA; ESSENFELDER, 2004; FRASSON et al., 2006;
LESSA et al., 2005). Mas uma revisão que observe o indivíduo como um todo considerando suas
alterações devido à variedade sistêmicas encontradas principalmente nas crianças respiradoras
bucais torna de suma importância abordagens como o diagnóstico, tratamento precoce e
multidisciplinaridade na equipe.
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ESTUDO DE CONDICIONANTES E CARACTERÍSTICAS DO TREINAMENTO CONTRA
RESISTÊNCIA NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE
Luiza jardim auarek
Natália Fernandes
Wanilde Mary Ferrari Auarek (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A osteoporose pode ser classificada como uma desordem esquelética caracterizada por massa
óssea reduzida, o que compromete a resistência óssea, e predispõem a um aumento do risco de
fraturas. O exercício físico, sobretudo, o treinamento contra resistência, pode contribuir no
processo de ganho e/ou manutenção da Densidade Mineral Óssea (DMO). O objetivo dessa
pesquisa é identificar, descrever e analisar, a partir de um estudo da literatura, alguns
condicionantes e características do treinamento contra resistência que influenciariam
beneficamente na prevenção e no tratamento da osteoporose. Metodologia: Revisão de
literatura. Desenvolvimento: O osso é um tecido vivo, vascularizado que necessita de nutrientes
essenciais, e tem como principais funções: sustentar e dar forma ao corpo. O osso tem uma
fisiologia dinâmica de deposição e de produção de DMO, tendo-se em vista o fato de os
osteoclastos absorverem e os osteoblastos de produzirem essa DMO. Quando se tem um
desequilíbrio nesse sistema pode acarretar em uma diminuição da DMO, a qual pode levar ao
desenvolvimento da osteoporose. Dessa forma, exercícios físicos podem ser benéficos no
processo de prevenção e tratamento da osteoporose, dentre eles, deve-se ressaltar o
treinamento contra resistência que promove um efeito osteogênico sob o osso, levando a
remodelagem e ao aumento de deposição de matriz óssea. Esse processo ocorre devido ao fato
de esse exercício gerar um estresse sob o osso, o que faz com que surja um potencial negativo
sob o local do osso que está sofrendo compressão, bem como produz também um potencial
positivo no restante do osso. Essa diferença de potencial gera uma corrente a qual aumenta a
atividade osteoblástica sob a extremidade negativa do osso, ou seja, sob aquela que sofre a
compressão devido ao exercício físico. Em relação ao exercício físico, diversos autores defendem
o treinamento contra resistência e seus efeitos na prevenção e tratamento da osteoporose.
Contudo, algumas pesquisas, revisadas no presente estudo, não apresentam consenso sobre as
adequações da intensidade, do volume e da frequência do treinamento ou não apresentam
comparação de resultados utilizando-se grupo de controle. Diante do exposto, o treinamento
contra resistência pode trazer benefícios à prevenção e ao tratamento da osteoporose, tendose em vista o fato de ele poder contribuir com o aumento/manutenção da DMO. No entanto, é
necessário que esse tipo de treinamento seja estudado de maneira mais criteriosa no sentido
de se identificar condicionantes e características adequadas ao aumento da DMO. Esse estudo
mais aprofundado, desse tipo de treinamento e de suas condicionantes, contribuiria para uma
melhor aplicabilidade do mesmo na prevenção e tratamento da osteoporose partindo-se de um
embasamento científico para sua recomendação.
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25
DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM ESTUDANTES DE MEDICINA
Letícia Lamas de Matos
Rodrigo Bastos Silva
Evaristo Nunes Magalhães (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No
sentido patológico, as emoções negativas são as mais frequentes, tais como: tristeza,
pessimismo e baixa autoestima, além de uma ansiedade extrema que a acompanha. Estudos
demonstram a correlação da depressão com alterações de níveis de determinados
neurotransmissores, como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina. Além disso, os sintomas
relacionados a depressão e ansiedade apresentam características diferenciais em diferentes
faixas etárias e uma nuance diversificada em cada um, possuindo assim uma individualidade
característica. Observa-se grande aumento de casos de depressão na sociedade atual,
especialmente sobre os jovens estudantes. Devido a esta ocorrência, centramos nosso estudo
nos estudantes de Medicina. O objetivo dessa pesquisa, foi a busca das causas e motivos pelos
quais os indivíduos em questão estão mais sujeitos a desenvolverem esse tipo de distúrbio e sua
prevalência. O método utilizado para a montagem da revisão foi a busca de artigos a partir das
bases de dados Scielo e Google Acadêmico. Os trabalhos foram analisados com base em nosso
enfoque. Qual seja, os problemas de ansiedade e depressão nos estudantes de medicina. Como
resultados, pudemos observar a maior prevalência da patologia em mulheres e os mais
acometidos são os alunos do segundo período do curso. Além disso, notamos que a decorrência
se dá na maioria das vezes por desgastes. Quais sejam: noites mal dormidas, distância das
famílias, matérias acumuladas, privação do lazer e contato direto com a morte, mas
principalmente, pela insatisfação com o curso. Diante desse cenário, concluímos que a patologia
possui grande influência sobre o indivíduo. Os transtornos causados pela doença pode chegar a
tal ponto do aluno pensar em suicídio. Em alguns casos até concretizá-lo. Por conseguinte, os
distúrbios associados a depressão e ansiedade estão mais presentes em estudantes do que na
população em geral.
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Contexto de formação e sofrimento psíquico de estudantes de medicina - João Brainer Clares de
Andrade, José Jackson Coelho Sampaio, Lara Maciel de Farias, Lucas da Ponte Melo, Dalmy
Pinheiro de Sousa, Ana Luisa Barbosa de Mendonça, Francisco Felinto Aguiar de Moura Filho,
Ingrid Sorensen Marinho Cidrão
Fatores associados a sintomas depressivos entre estudantes de medicina da UNILUS- Paula
Natalie Arraes Guedes Macedo, Luciana Loureiro Nardotto, Luiz Henrique Junqueira Dieckmann,
Yngrid Dieguez Ferreira, Barbara Arraes Guedes Macedo, Maria Aparecida Pedrosa dos Santos,
Mario Alfredo De Marco
CONHECIMENTO MÉDICO NA PREVENÇÃO DO SUICÍDIO
26
Agatha Marcela Andrade de Aguiar
Camila Antunes Azevedo
Rodrigo Ferretjans Alves (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O suicídio é um fenômeno complexo e ainda pouco compreendido, podendo ser considerado
um dos comportamentos humanos mais perturbadores e enigmáticos, trazendo sentimentos de
culpa, vergonha, medo e revolta. Devido ao estigma que envolve o tema há dificuldade em falar
sobre o assunto inclusive entre os profissionais de saúde, que, na maioria das vezes,
demonstram pouco preparo para abordar este tema com os pacientes. Todos os anos
aproximadamente um milhão de pessoas morrem devido ao suicídio em todo o mundo. Estimase que a grande maioria das pessoas que cometeu suicídio procurou ajuda médica antes do ato,
evidenciando que o médico tem papel central na abordagem e assistência dessas pessoas.
Objetivando explanar o conhecimento médico necessário para prevenção do suicídio foi
realizada uma revisão narrativa utilizando bancos de dados tais como Scielo, Pubmed e Bireme.
Os termos de busca foram: manejo, suicídio, médico, abordagem, saúde mental, prevenção,
equipes de saúde mental, management of suicide, prevention of suicide, prevención. A busca
selecionou 63 artigos, dos quais foram selecionados 21 para compor a base referencial desse
trabalho. Os critérios de inclusão foram: língua portuguesa, espanhola ou inglesa, artigos
originais publicados em periódicos nacionais ou internacionais e guidelines propostos por
órgãos de relevância que tratavam sobre manejo do suicídio publicados nos últimos 15 anos. A
identificação dos pacientes em risco e a assistência prestada às pessoas que tentaram o suicídio
é uma estratégia fundamental na sua prevenção. Para identificar precocemente os pacientes
com maior chance de suicídio é necessário conhecer os fatores de risco, que incluem:
transtornos psiquiátricos, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e
abuso de outras drogas; doenças clínicas não psiquiátricas como HIV e câncer; e algumas
características sociodemograficas e psicossociais, como, sexo masculino, dinâmica familiar
conturbada, faixa etária entre 15 e 35 anos ou acima de 75 anos, extratos econômicos extremos,
baixa escolaridade, desempregados ou aposentados, dentre outros. A quantificação do risco
também deve incluir a avaliação do grau de intencionalidade do ato, com a identificação dos
pacientes com ideias de morte, pensamentos, desejo, intenção ou planos de suicídio, sendo que
a melhor forma de fazê-lo é questionando o paciente diretamente sobre o tema. Com isso, é
possível avaliar o risco de suicídio e planejar possíveis intervenções, como atuar nos pontos que
aumentariam as chances de o paciente de fato efetuar seus planos ou mesmo no que ele
apontaria como ponto de apoio. O suicídio é um problema de saúde pública prevenível e que
apresenta impactos sociais significativos. É essencial que a abordagem médica sobre o assunto
seja mais qualificada e desmitificada, o que poderá levar a um manejo mais preciso, usando o
conhecimento em favor da vida.
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FATO OU PERCEPÇÃO: A DEPRESSÃO É REALMENTE O MAL DO SÉCULO?
Rodolfo Neiva de Sousa
Marina Queiroz Sander
Izabela Lara Piana
Lucas Carvalho Neiva
Rodrigo Ferretjans Alves (Orientador)
Área: Medicina
INTRODUÇÃO: Nos dias atuais, tornou-se prática comum o diagnóstico de depressão para as
mais variadas formas de mal-estar psicológico. Muitos trabalhos, tanto científicos quanto de
cunho jornalísticos, referem-se a depressão como “o mal do século”. Esse jargão deriva da idéia
de que há uma epidemia de depressão na sociedade. De fato, estudos epidemiológicos
corroboram a idéia de que o número de casos diagnosticados cresce em escala acelerada.
OBJETIVO: Analisar o quanto desse crescimento é real e o quanto é apenas uma percepção
resultante de distorção do diagnóstico. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica
não sistemática nos bancos de dados Medline/Pubmed, Lilacs/SciELO. Usou-se descritores como
epidemiologia da depressão e DSM-V. DESENVOLVIMENTO: Levantamento feito pela OMS
(Organização Mundial de Saúde) indica que a depressão atinge mais de 120 milhões de pessoas
no mundo, sendo hoje uma das principais causas de incapacitação de pessoas para as atividades
profissionais e socias diárias. O Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSMV) estabelece os critérios para se caracterizar o transtorno depressivo maior, o que inclui
sintomas presentes por pelo menos duas semanas e que representam mudanças no
funcionamento prévio do indivíduo, como humor deprimido e perda de interesse ou prazer,
além alterações no apetite, no sono, retardo psicomotor, fadiga, sentimento de culpa,
concentração reduzida, ideação suicida, dentre outros. Contudo, o problema se torna complexo
a medida em que o ser humano é de uma complexidade quase incatalogável, o que abre uma
razoável margem de subjetividade na prática clínica. Com frequência, um simples quadro de
tristeza e desânimo tem levado profissionais de saúde a interpretar e diagnosticar de forma
variada os estados emocionais de seus pacientes. Muitas vezes, um diagnóstico de depressão é
encerrado mesmo quando um paciente ainda não reune o conjunto de sintomas clássicos, ou
não os apresenta em magnitude e duração suficientes, o que leva ao sobrediagnóstico. Além
disso, os novos ideais socioculturais da vida moderna preconizam categorias de valoração que
traçam metas e expectativas especulosas de ser e de ter, as quais muitas vezes podem levar a
um estado de frustação coletiva pela impossibilidade de alcançar elevados patamares. Esse
estado de frustração afeta diferentemente as pessoas, e as que se deixam abater em maior grau
ficam sujeitas a “patologização” de sua frustação, e o carater subjetivo da avaliação clínica
turbina as estatísticas diagnósticas. Alguns estudos indicaram que até 40% dos diagnósticos de
depressão nos grupos estudados não atendiam aos critérios do DSM-5. CONCLUSÃO: A doença
muitas vezes rotulada como o “mal do século” pode ter boa fração de sua reputação creditada
a uma falsa percepção do comportamento humano. Um dos maiores problemas dessa distorção
é que tanto os médicos prescrevem em excesso como a população também se automedica em
maior intensidade.
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30
PERSPECTIVAS E USO DO CANABIDIOL COMO UM AGENTE ANSIOLÍTICO
João Marcos Barcelos Sales
Rodolfo Oliveira Gonçalves Guimarães
Saney Mara da Silva
Tatiana Sá da Fonseca
Izabela Ferreira Gontijo de Amorim (Orientador)
Área: Medicina
A ansiedade é um transtorno de grande incidência na sociedade contemporânea, a qual
caracteriza-se por uma preocupação exacerbada por fatos corriqueiros, gerando tensão, medo
e depressão como consequência, culminando, assim, em uma perda da produtividade,
concentração e aumento dos níveis de estresse, interferindo negativamente nas relações
interpessoais. Com o intuito de erradicar, ou pelo menos atenuar os sintomas desse transtorno,
existem no mercado, fármacos que atuam no sistema nervoso central, controlando a atividade
ansiolítica, tendo como principal a classe dos benzodiazepínicos (BDZ), além de outras classes
como os barbitúricos e os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Esses
fármacos, entretanto, as vezes podem demonstrar uma eficácia limitada ou mesmo
apresentarem alta frequência de efeitos adversos, o que pode comprometer a adesão do
paciente ao tratamento. Assim, faz-se necessário, o interesse de pesquisas experimentais que
atuem em determinar o uso do canabidiol (CBD), composto da Canabis sativa, como um
tratamento alternativo dos transtornos de ansiedade (TA). Com isso, o presente trabalho, que
foi realizado por meio de artigos científicos das bases de dados SciELO, LILACS e Google
Acadêmico nas línguas inglesa e portuguesa, propõe abordar a possibilidade do uso do
canabidiol como tratamento alternativo para a ansiedade baseando-se em dados experimentais.
A principio os estudos foram feitos com animais, os quais obtiveram resultados bastante
positivos na comprovação do efeito ansiolítico do CBD, ademais, ainda provaram que esse
composto não atua nos receptores de benzodiazepina, como é o caso dos BZD’s, mas sim nos
receptores de serotonina (5-HT1A). Ao tentar comprovar esses efeitos em seres humanos, notase que ainda não se tem estudos suficientes pelo fato de o CBD, juntamente do
tetrahidrocanabinol (THC), fazer parte da Canabis sativa (maconha), que é considerada uma
droga ilícita. No entanto, na literatura encontra-se alguns experimentos com essa planta em
humanos, os quais, além de também comprovar o efeito ansiolítico, mostrou que essa erva
possui compostos que podem tanto induzir (THC) como atenuar (CBD) a ansiedade. Com base
no mencionado, percebe-se o grande potencial que o CBD pode ter como um novo agente
farmacológico no tratamento dos transtornos de ansiedade. Infelizmente, ainda não se sabe ao
certo se esse composto pode ou não trazer efeitos adversos para o paciente, pois esses estudos
são bastante escassos, pelo fato de usar um agente psicoativo ilícito, tornando um empecilho
para possíveis descobertas de impacto positivo à população. Diante disso, apesar das
dificuldades, torna-se imprescindível que, para solucionar esse problema, maiores
investimentos sejam direcionados a facilitar a ocorrência dessas pesquisas, visto o potencial que
seus resultados podem proporcionar.
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USO DA PSICOEDUCAÇÃO COMO UMA FERRAMENTA PROFILÁTICA ACESSÓRIA NO
TRATAMENTO DO TRANSTORNO BIPOLAR
Camila Lyra Silva
Ludialem Lacerda Martins
Guilherme Barbosa Azevedo
Igor Loureiro dos Santos
Evaristo Nunes de Magalhães (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
INTRODUÇÃO: O transtorno bipolar refere-se a um grupo de síndromes clínicas específicas, cuja
característica predominante envolve perturbações do humor acompanhadas de alterações
comportamentais e fisiológicas. Essas alterações podem ser provocadas por diversos fatores,
podendo eles serem genéticos ou ambientais. OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática da
literatura referente ao uso da psicoeducação como uma ferramenta profilática acessória no
tratamento do transtorno bipolar, identificando a prevalência, aspectos psicológicos, sinais e
sintomas e fatores de risco. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão bibliográfica nas bases de
dados eletrônicos Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Periódicos Eletrônicos de
Psicologia (PePSIC), MEDLINE e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nos idiomas português, inglês
e espanhol sem estabelecimento de período. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As taxas de nãoadesão ao tratamento do transtorno bipolar são altas, representando 47% em alguma fase do
tratamento ou 52% durante um período de dois anos. Isso gera, como consequência, um
aumento na frequência de episódios depressivos, hospitalizações e suicídios. Diferentes tipos
de intervenções, como psicoeducação, terapia cognitivo-comportamental (TCC) e terapia focada
na família são capazes de aumentar a adesão. Estudos clínicos randomizados mostraram
diferenças significativas entre os grupos que receberam essas intervenções e controle. No grupo
tratado com psicoeducação, houve redução significativa no número de recaídas e recorrências
da doença, aumento do tempo de aparecimento de sintomas hipomaníacos, maníacos,
depressivos e episódios mistos, além da diminuição do número e do tempo de permanência nos
hospitais. A psicoeducação permite que o paciente seja capaz de compreender as diferenças
entre as suas características pessoais e características do transtorno que precisa enfrentar. A
disso, o mesmo passa a conhecer detalhadamente as consequências e os fatores
desencadeantes e mantenedores dos problemas ou doença que apresenta. CONCLUSÃO: A
psicoeducação não só melhora a evolução dos pacientes, mas também é um alicerce para que
consigam enfrentar os seus medos, estigmas e baixa autoestima, promovendo a estabilização
do humor e diminuindo as internações hospitalares, além de contribuir para uma boa interação
social.
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34
A IMPORTÂNCIA DO ÁCIDO FÓLICO NO DESENVOLVIMENTO CARDÍACO FETAL
Fábio Duarte Silva
João Felipe Barbosa Couy
Alexandre Silva Rodrigues
Rodolfo Neiva de Souza Medicina
Folmer Quintão Torres (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Introdução: A preocupação com o feto durante o período gestacional é um dos maiores
objetivos da medicina nos dias atuais. O risco de doenças congênitas preocupa os profissionais
de saúde. Toda mulher que engravida, independentemente de sua faixa etária ou etnia, corre o
risco global de dois a três por cento de gerar uma criança com malformação congênita. O
incentivo ao pré-natal é imprescindível para que as futuras mães possam ser orientadas sobre
vacinas, alimentação, e demais cuidados durante a gestação, a fim de evitar doenças do feto,
que repercutirão por toda a sua vida, como malformações e cardiopatias congênitas. Objetivo:
Avaliar os benefícios do uso do ácido fólico usado antes e durante a gestação para prevenção de
cardiopatias congênitas. Metodologia: revisão bibliográfica, com pesquisa exploratória
descritiva de artigos publicados sobre o uso do ácido fólico na prevenção de cardiopatias
congênitas, a fim de verificar seus benefícios antes e durante a gestação. As bases de dados
pesquisadas foram informatizadas, Sciello, Google Acadêmico, Medline e BVS.
Desenvolvimento: Qualquer alteração durante o desenvolvimento embrionário, pode ser capaz
de gerar anomalias congênitas, cuja extensão poderá ser desde uma pequena assimetria, até
defeitos com maiores comprometimentos estéticos e funcionais. Dentre as doenças congênitas,
temos cardiopatias congênitas. Segundo dados da OMS, um por cento dos bebês nascem com
cardiopatias congênitas. O ácido fólico é um importante nutriente responsável pela
multiplicação celular. Predominantemente encontrado em alimentos como feijão, vegetais
verdes, legumes, o folato atua aumentando o volume de eritrócitos, alargamento do útero, e
principalmente para as gestantes, no crescimento da placenta e do feto. Está claro que o uso do
ácido fólico, na pré e peri concepção previne defeitos abertos do tubo neural. No que diz
respeito à cardiopatias congênitas, estudos recentes apontam para os benefícios, também na
prevenção de cardiopatias congênitas. Conclusões: O uso do ácido fólico para mulheres em
idade reprodutiva é de fundamental importância na prevenção de diversas doenças do feto. Os
benefícios na prevenção de defeitos do tubo neural já são indiscutíveis e com um amplo acervo
de estudos. No que diz respeito à prevenção de cardiopatias congênitas, estudos têm
demonstrado grande correlação quanto ao benefício do uso do ácido fólico, porém ainda não
há estudos conclusivos que permita dizer com a mesma precisão da prevenção de malformações
do tubo neural. Diante deste cenário, necessário se faz mais estudos sobre o tema a fim de que
essa correlação possa se tornar uma evidência, como foi comprovada com o fechamento do
tubo neural.
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36
UTILIZAÇÂO E APLICAÇÂO DE ANTICOAGULANTE EM CRIANÇAS
Diego Araujo de Magalhaes
Jose Antonio Lima Vieira
Caique Antonio da Silv
Rosieny Rufino Santos
Folmer Quintão Torres (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
INTRODUÇÃO: O uso de anticoagulantes orais em crianças tem aumentado nos últimos anos. Os
principais alvos são: tratamento de ventrículo único, aumento do uso de próteses valvares e
aumento do número de crianças com aneurismas gigantes devido a doença de Kawasaki.Os
anticoagulantes são medicamentos que têm como objetivo prevenir a formação de trombos
sanguíneo. Estão presentes basicamente as células do sangue e o fibrinogênio. A capacidade de
coagulação é um processo normal e necessário do corpo, impedindo assim o sangramento, uma
forma de defesa do nosso organismo evitando a perda de fluidos. O sangue pode coagular com
muita facilidade tendo em vista que o coágulo não se dissolve normalmente. A administração
dos anticoagulantes podem ser feitas tanto de forma oral ou subcutânea. Há uma necessidade
de ficar atento ao risco de hemorragias muito intensas, nesse caso exame como o RNI é de suma
importância. Os anticoagulantes orais mais utilizados em crianças são: Varfarina e
Acenocoumarol, inibidores da Vitamina K. OBJETIVO: Explicar a fisiologia da coagulação
sanguínea e a aplicação da anticoagulação na pediatria. METODOLOGIA: Revisão literária nas
bases de dados SCIELO, Pubmed e mediline, buscando artigos em inglês entre 2004 e 2016. Os
unitermos da pesquisa em inglês foram: pediatric; medicine; coagulation e anticoagulation.
Desenvolvimento: A coagulação sanguínea pode acontecer por via intrínseca ( que ocorre no
interior dos vasos sanguíneos),ou por via extrínseca (quando o sangue extravasa dos vasos para
os tecidos).Ambas podem convergir para uma via comum, ativando o fator X. Na via extrínseca,
o fator VII plasmático é ativado na presença de seu cofator tecidual , formando o complexo fator
VII ativado (FVIIa /Fator Tecidual), responsável pela ativação do fator X. Na via intrínseca, a
ativação do fator XII ocorre quando o sangue entra em contato com uma superfície que tenha
cargas elétricas negativas, há uma necessidade de outros componentes do plasma como: précalicreína e cininogênio. Após a ativação do fator X há a síntese de trombina e,
subsequentemente, síntese de fibrina. A recomendação para anticoagulação oral em crianças
deve inferir-se que a maioria dos médicos se baseiam de seu controle em sua experiência com
adultos. As indicações mais comuns para uso de AVK (anti vitamina k) incluem: profilaxia após a
cirurgia de Fontanela, próteses mecânicas e doença de Kawasaki. Conclusão; A anticoagulaçao
é de suma importancia para aprevençao primaria e secundaria de trombos. Varfarina se destaca
como principal medicamento, sendo o RNI a propedeutica de escolha. Ha uma grande limitação
nos estudos pediatricos devido ao alto risco de hemorragia. Idade, sexo, comorbidade, fatores
ambientais e geneticos são de suma relevancia para o sucesso da terapia.
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38
USO DE CANNABIDIOL NO TRATAMENTO DE EPILEPSIAS DE DIFÍCIL CONTROLE
Ana Carolina Fernandes
Maria Cecília Ferreira Rocha
Adriano Rodrigues
Sebastião Mendes
Folmer Quintão Torres (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O cannabidiol é um dos 60 componentes da planta Cannabis sativa, e se mostrou eficiente como
última escolha em crianças com epilepsias refratárias ao tratamento farmacológico tradicional,
tem como benefício ser altamente tolerável de baixa toxicidade além de não exercer efeitos
psicoativos e não causar alterações psicosensoriais. A suposta ação do CBD como
anticonvulsivante pleno foi subsequentemente comprovada em diversos trabalhos realizados
com diferentes modelos experimentais de indução de convulsões em roedores. Seu mecanismo
de ação é pela ligação nos receptores CB1, localizados na membrana pré-sináptica dos
neurônios. Estes receptores CB1 estão presentes tanto em neurônios inibitórios gabaérgicos
quanto em neurônios excitatórios glutamatérgicos. O cannabidiol age no receptor CB1 inibindo
a transmissão sináptica por bloqueio dos canais de cálcio (Ca2+) e potássio (K+) dependentes de
voltagem. Desta forma, acredita-se que o cannabidiol possa inibir as crises. Já o maior derivado
psicoativo da cannabis é o ∆-tetrahydrocannabinol que causa efeitos psicosensoriais e atua
como agonista parcial dos receptores CB1, estimulando-os. Para realização do presente estudo
foram revisados artigos que deveriam apresentar nível de significância de p<0,05, com
confiabilidade de 95% relacionada à margem de erro. Selecionaram-se artigos de 1999 a 2015,
as bases utilizadas foram PUBMED, COCHRANE,SCIELO e teve como método uma revisão
narrativa.
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39
UMA REVISÃO SOBRE A SÍNDROME DE GUILLAIN BARRE E SEU PROGNÓSTICO EM
CRIANÇAS
Gabriela de Assis Pessoa Barbosa
Folmer Quintão Torres (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A Síndrome de Guillain Barré (GBS) ou Poliradiculopatia Desmielinizante Aguda (PDA) foi descrita
pela primeira vez em 1916. A forma clássica se apresenta por uma manifestação não febril, pós
infecciosa, monofásica, de rápida e progressiva perda de força muscular, ascendente e simétrica
com arreflexia. Desde a erradicação da poliomielite é a principal causa de paralisa flácida aguda
em crianças. O objetivo do nosso trabalho é fazer uma revisão bibliográfica da literatura em base
de dados como o Pubmed, Google Scholar e Up to date com os descritores guillain barre
syndrome pediatric. Os artigos selecionados foram aqueles que se mostraram mais recentes, foi
dado preferência aos que se referiram a síndrome apenas em crianças e publicados em base
considerada de grande impacto como o Up to date. Este foi considerado a base de dados
médicos com maior impacto para a tomada de decisões clínicas instantâneas segundo a Klas,
empresa de pesquisa que mede o desempenho das tecnologias de saúde, mantendo se sempre
atualizado (4). Com a possível associação da Síndrome com o Vírus da Zika, e a epidemia deste
na américa latina, com expectativa do aumento do número de casos da GBS, podemos com o
nosso estudo retomar questões importantes para o manejo desses pacientes possibilitando a
melhor recuperação possível através de uma conduta baseada em evidências , visando o
desfecho normalmente favorável nessa faixa etária minimizando o impacto do longo tempo para
retorno a funcionalidade que também é altamente dependente do diagnóstico precoce,
tratamento correto e educação e colaboração dos envolvidos no processo.
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DEPRESSÃO INFANTIL: UMA ABORDAGEM PATOLÓGICA DOS ASPECTOS COGNITIVOS,
EMOCIONAIS E SOCIAIS.
Poliana Silva de Oliveira
Letícia Djelma Monteiro Alves de Lima
Evaristo Nunes Magalhães (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O presente trabalho aborda o tema depressão infantil, o qual demonstra os fatores indicativos
de depressão infantil, que é um transtorno de humor encontrado, sobretudo em crianças e
adolescentes, cuja faixa etária varia de 0 a 19 anos de idade, possuindo etiologia multifatorial,
sendo os mais prevalentes os fatores genéticos, ambientais, familiares, sociais, culturais,
educacionais em que a criança está inserida. Há uma associação de vários sintomas, em que o
humor irritável e a tristeza os mais sinais mais frequentes. O diagnóstico precoce é importante
nesse quadro, sendo necessário investigar os antecedentes e relacioná-los aos sintomas
apresentados pelo paciente. A depressão infantil é caracterizada por alterações cognitivas,
emocionais e comportamentais que podem trazer inúmeros prejuízos para a vida da criança. As
crianças deprimidas possuem tristeza, insônia, transtornos alimentares e de sono que podem
levar a criança a desenvolver problemas como o autismo. A dificuldade de concentração, a baixa
auto-estima, a sensação de culpabilidade excessiva, isolamento social, retraimento, falta de
expressão emocional, e abatimento são comuns nesse quadro, além do desinteresse pelas
atividades que antes eram de rotina. Entre os critérios existentes para diagnosticar a Depressão
Infantil, o de Poznanski e o Inventário de Depressão Infantil (CDI). Um tratamento adequado
deve ser multidisciplinar, envolvendo, psiquiatras e psicólogos. A ida à escola pode fazer parte
de uma mudança abrupta da rotina da criança e contribuir para o surgimento da depressão
infantil. A queda no rendimento escolar, o baixo desempenho escolar na maioria dos casos são
sintomas da depressão. Há no âmbito escolar o despreparo dos educadores para lidar com as
situações de distúrbio emocional de seus alunos. No âmbito familiar, situações de punição
verbal ou física, maus tratos, morte de parentes próximos, autoridade exacerbada dos pais,
separação de pais, nascimento de irmãos, podem desencadear sintomas depressivos nas
crianças. A fase mais crítica para o desenvolvimento desses traumas é dos seis meses de idade
até os 5 anos. Um ambiente familiar harmonioso é essencial para a manutenção de relações
saudáveis entre a família pois esta fornece uma base de proteção para desenvolvimento
psíquico humano saudável. Pode-se observar que a depressão existe não só durante a fase
adulta da vida, mas também na infância, podendo gerar problemas comportamentais e agravos
no desenvolvimento do ser humano. Apesar de o diagnóstico ser complexo, a família e a escola
são os principais fatores que influenciam no surgimento de distúrbios psicológicos na infância.
O uso de medicamentos atrelado à psicoterapia é fator determinante para o tratamento da
depressão infantil. Também é fundamental que exista um elo entre os médicos e os profissionais
da Psicologia, não limitando o tratamento do paciente apenas aos sintomas físicos, e sim
demonstrando uma preocupação com o interior do indivíduo.
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OS PRINCIPAIS PREDITORES PROGNÓSTICO NA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
Estevão Diniz Vasconcelos
Folmer Quintão Torres (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A síndrome de Guillain-Barré (SGB) é um conjunto de polineuropatias imunomediadas agudas,
caracterizadas por fraqueza muscular progressiva e ascendente, associada a perda dos reflexos
profundos e parestesias distais leves. As causas são de origem variada, entretanto admite-se
que a etiologia seja pós-infecciosa e/ou pós-cirúrgica, sendo que entre os agentes infecciosos
estão inclusos diversos tipos de vírus e bactérias. A incidência global é de aproximadamente 1 a
2 casos por 100.000 pessoas por ano. Entre as polineuropatias, a de maior incidência é a
chamada polirradiculoneuropatia aguda desmielinizante inflamatória (AIDP), seguida da
neuropatia axonal motora aguda (AMAN) e síndrome de Miller-Fisher (MFS). A SGB geralmente
apresenta bom prognóstico, onde 90% dos acometidos tem regressão do quadro, 75% se
recuperam totalmente, menos de 5% apresentam sequelas graves e a taxa de mortalidade é de
2 a 6%. Com relação a esse prognóstico, inúmeros fatores vêm sendo estudados com a intenção
de se definir a relevância desses para o estabelecimento de uma boa recuperação ou não do
acometido pela SGB. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi determinar quais são os fatores
preditivos para um mau prognóstico dessa síndrome. Para isso, foi realizada revisão
bibliográfica, em que o critério de inclusão foram os estudos dos últimos 10 anos a respeito do
prognóstico da Síndrome de Guillain-barré. Foram utilizadas bases de dados online como
Pubmed; Scielo; Lilacs; Biblioteca virtual de saúde; Capes e Google acadêmico, onde as palavraschave pesquisadas foram: “Síndrome de Guillain-barré” e “Prognóstico de Guillain-barré”.
Analisamos oito estudos a cerca do assunto com intuito de reunir as informações mais
importantes a respeito do prognóstico e quais fatores eram mais determinantes na evolução
negativa do paciente, servindo assim, como ferramenta clínica para rápida identificação do
grupo de risco, intervenção precoce e adequada, evitando desse modo que muitos desses
pacientes evoluam com sequelas e até mesmo óbito. Pôde-se perceber que inúmeros fatores
predizem uma evolução desfavorável do quadro, mas alguns eram comuns entre os estudos,
sugerindo maior prevalência e valor preditivo de uns em relação a outros. A partir de cálculos
foi possível identificar os que apresentam alta incidência e, portanto, valor preditivo maior. São
eles: Idade avançada, diarreia prévia, grau de deficiência neuromotora e envolvimento axonal.
Portanto, é possível dizer que a patologia aqui estudada, na maior parte dos casos apresenta
boa evolução, e que nos pacientes onde isso não acontece há presença de fatores comuns, e o
médico diante de um paciente que apresenta tais características deve prever uma evolução
desfavorável do mesmo e tomar as devidas precauções e ações, para garantia de um melhor
tratamento e sobrevida livre de doença.
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44
O TÉTANO EM NEONATOS: MEDIDAS PREVENTIVAS DA INFECÇÃO
Rizia Lopes
Daiane Taís Gomes de Oliveira
Luana Aparecida Sousa Morais
Maíra Enéias Barcelos
Beatriz Martins Borelli (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O tétano é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada pela bactéria Clostridium tetani
quando esta é introduzida no tecido através de uma solução de continuidade da pele ou mucosa.
O C. tetani é um bacilo Gram positivo, anaeróbio estrito encontrado contaminando o solo,
principalmente. Pode-se considerar que essa doença é uma desordem neurológica,
caracterizada pelo aumento do tônus muscular e espasmos decorrentes da ação da
tetanospasmina, proteína produzida pelo C. tetani, que realiza o bloqueio da liberação dos
neurotransmissores inibitórios, como glicina e ácido gama-aminobutírico, nos neurônios
motores, resultando no enrijecimento da musculatura. O tétano pode ser classificado como
generalizado, localizado, cefálico e neonatal. Dentre esses o tétano neonatal é uma infecção
com alta mortalidade. A forma de contaminação desses neonatos se dá por meio do coto
umbilical, por esporos deste bacilo no momento do nascimento. Com isso, a Organização
Mundial de Saúde indica o uso de doses de toxoide tetânico (TT) que é uma vacina aplicada em
grávidas com intuito de minimizar esse quadro de contaminação desses neonatos. A prevenção
é realizada no período pré-natal. Normalmente, o tétano neonatal acomete o recém-nascido
cuja mãe não realizou o exame pré-natal, não se vacinou contra o tétano (vacina antitetânica)
ou o parto ocorreu em residência. Antes do parto a mulher deve ter tomado pelo menos duas
doses da vacina e se caso a última tenha sido há mais de cinco anos deve tomar reforço. O
aparecimento dos sintomas ocorre em aproximadamente sete dias, podendo variar de dois a
vinte oito dias. O recém-nascido passa a apresentar choro constante, irritabilidade dolorosa dos
músculos seguida de rigidez, com piora do quadro clinica o recém-nascido deixa de chorar e
respira com dificuldade e as crises de apneia a ser constantes. Observa-se que a incidência de
tétano neonatal é definida conforme a assistência dada as gestantes. Em países
subdesenvolvidos onde a assistência é deficiente aumenta número de casos de tétano em
neonatos. Por outro lado, grávidas com bom nível socioeconômico e acompanhamento prénatal apresenta menores casos de tétano em recém-nascidos, porém se apresentarem sinais da
doença o diagnóstico não pode ser excluído.
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45
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR EM CRIANÇAS:
DESAFIOS NA PRÁTICA CLÍNICA
Igor Loureiro dos Santos
Guilherme Campos Oliveira
Bruno Baquião da Silva
Andrea Zeringota de Castro Machado
Rodrigo Ferretjans Alves (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
INTRODUÇÃO: Há alguns anos o transtorno de humor bipolar na infância era considerado raro,
todavia observa-se uma crescente incidência desta doença que está associada a graves
consequências como taxas alarmantes de suicídio, comportamentos de alto risco
(promiscuidade sexual e uso de drogas) e problemas escolares. O transtorno de humor bipolar
precoce se caracteriza pela presença de episódios alternados de humor (mania, hipomania e
depressão), os quais variam em intensidade, duração e freqüência, em indivíduos de 3 a 12 anos.
Comumente, estes não se enquadram nos critérios diagnósticos do DSM-V, todavia apresentam
constante instabilidade de humor com comprometimento da função global. A partir disso, vêse um grande desafio na instituição da melhor forma diagnóstica e tratamento que
proporcionam um bom desenvolvimento emocional e cognitivo da criança. OBJETIVO:
Apresentar uma discussão crítica dos achados de estudos recentes nesta nova área de pesquisa,
objetivando ampliar o conhecimento dos médicos e profissionais de saúde acerca do transtorno
e visando o reconhecimento e diagnóstico precoce, o que poderá contribuir para um melhor
prognóstico das crianças com transtorno bipolar. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão
narrativa da literatura nas bases de dados Scielo, Uptodate, Lilacs e PubMed, sendo selecionados
um total de 31 artigos do período de 1993 a 2015. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A criança com
transtorno bipolar precoce frequentemente apresenta ciclagem rápida e estados mistos, não
evidenciando claros episódios depressivos e maníacos. Alguns estudos propõem quatro
fenótipos da mania pediátrica: um restrito, dois intermediários e um amplo que, de um modo
geral, exibem características comumente apresentadas pelas crianças com este transtorno.
Entretanto, o seu diagnóstico é um grande dilema, visto que estas podem apresentar
diariamente diversas mudanças de humor e não se enquadrarem nos critérios diagnósticos do
DSM-V. O ponto de partida é a avaliação diagnóstica adequada com definição do tipo de
transtorno de humor bipolar que a criança apresenta (tipo I ou II). Além disso, é necessária a
análise de comorbidades psiquiátricas associadas e intensidade dos sintomas. O tratamento
farmacológico baseia-se no uso de estabilizadores de humor, como lítio, divalproato de sódio, e
antipsicóticos atípicos, como risperiodona. Embora o tratamento farmacológico melhore o
transtorno, a grande maioria das crianças segue com sintomas residuais, sendo essencial
complementar a farmacoterapia com intervenções psicossociais. CONCLUSÃO: Existe uma
grande escassez de evidências científicas na área, contudo propõe-se algumas intervenções
como terapia cognitiva comportamental focada na família e incentivo de maiores estudos que
avaliam melhor a eficácia dos medicamentos para esta população.
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48
O USO E ABUSO DA FLUOXETINA POR MÉDICOS NÃO PSIQUIATRAS
Sabrina Helena Evangelista Silva
Glenda Caroline Azevedo Santos
Stéphanie Paula Neris Nastas
Tássia Camila Barroso Pires
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A depressão é uma afecção que pode ser caracterizada por uma multiplicidade de sintomas
afetivos, instintivos e neurovegetativo, como tristeza, apatia, anedonia, déficit de atenção e
mutismo. (DALGALARRONDO, 2008). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de
350 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão, sendo uma doença de grande impacto
socioeconômico. A depressão ainda é subdiagnosticada e, quando corretamente diagnosticada,
é muitas vezes tratada de forma inadequada. É importante que o reconhecimento da depressão
e, ao menos, noções básicas de seu tratamento façam parte do conhecimento médico em sua
formação e prática clínica habitual. As drogas antidepressivas trouxeram um avanço no
tratamento e no entendimento de possíveis mecanismos subjacentes aos transtornos
depressivos. Atualmente, há diversas classes de antidepressivos, dentre elas, os inibidores
seletivos da receptação de serotonina, nesse contexto temos a fluoxetina. O propósito desse
artigo é verificar a prescrição e atuação da fluoxetina, no tratamento de quadros depressivos e
não depressivos. Avaliando os efeitos adversos, a dependência física e psíquica que pode causar
esse medicamento. Para isso realizou-se uma revisão integrativa de literatura, sendo
selecionados artigos em português e inglês, nas bases de dados PubMed, Scielo e JAMA e em
livros acadêmicos. Os descritores utilizados foram “fluoxetina”, “uso terapêutico”, “depressão”
e “abuso de antidepressivos”. A utilização e prescrição da fluoxetina além de tratar a depressão,
apresenta um intuito estético, o controle da ansiedade, melhoraria no sono e para o tratamento
não hormonal em mulheres no climatério. Questionam-se esses benefícios confrontando os
efeitos colaterais a médio e/ou longo prazo, enfatizando a relevância da orientação de um
médico psiquiátrico para um tratamento seguro e efetivo da depressão, já que o abuso de
prescrição da fluoxetina tem sido apontado como um problema de saúde pública.
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49
O IMPACTO DE DORT NA VIDA DO TRABALHADOR: UM ENFOQUE PARA LOMBALGIAS.
Orlando Pinto Gontijo Neto
José Lucas de Mattos André
Arthur Cavalieri Bastos
Guilherme Gonçalves Ribeiro
Claudia Chiavegatto (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
INTRODUÇÃO: MAENO et al (2006) define as doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho
(DORT) ou lesões por esforço repetitivo (LER) como danos relacionados a utilização excessiva do
sistema osteomuscular que leva a uma serie de sintomas como dor, fadiga, parestesia, sensação
de peso, quadros inflamatórios adquiridos em determinadas condições de trabalho. Os estudos
determinam como uma das questões mais preocupantes o aumento da prevalência dessa
doença no Brasil. A lombalgia, em particular, é uma das queixas principais dos consultórios
médicos, sendo que grande parte dela está relacionada com o trabalho. A fisiopatologia da
doença é basicamente devido ao esforço com altas cargas e posturas inadequadas e repetitivas.
O tratamento envolve medidas de suporte emocional, reabilitação física e medicação
sintomática. OBJETIVOS: Abordar inicialmente sobre as características gerais das DORT nas
atuais condições de trabalho de algumas profissões e sua prevalência. Discutir aspectos clínicos
e consequências na vida do trabalhador. METODOLOGIA: Foi realizado uma pesquisa no Pubmed
e Scielo utilizando os descritores DORT, LER e lombalgia ocupacional. DESENVOLVIMENTO:
Dentre as doenças osteoarticulares relacionadas ao trabalho, as DORT, especificamente as
lombalgias, são responsáveis por 15 a 20% de todas as notificações realizadas em relação a
doenças ocupacionais e aproximadamente 25% dos casos de invalidez prematura. (IGUTI,
Aparecida Mari; HOEHNE, Eduardo Luiz. 2003). Os fatores causais mais diretamente
relacionados com as lombalgias ocupacionais são os mecânicos, os posturais, os traumáticos e
os psicossociais. Dentre outros fatores de risco discutidos pelos estudos está o ritmo de trabalho
em que não existem pausas, uma cobrança excessiva na produção e cumprimento dos prazos, o
estresse no ambiente de trabalho e nas relações interpessoais e outras condições que
transformam o ambiente de trabalho em um lugar pouco propenso ao autocuidado do
trabalhador. O tratamento inclui repouso ou até mesmo afastamento do profissional, prescrição
de medicamentos indicados para a doença e encaminhamento para fisioterapia ou reabilitação
física, bem como acompanhamento psicológico, emocional e social afim de englobar todos os
prejuízos que a doença ocupacional possa causar, tendo como objetivo melhor a qualidade de
vida do trabalhador. CONCLUSÃO: A lombalgia ocupacional demonstra ser uma condição de alta
prevalência e morbidade para os trabalhadores de diversas áreas. A lombalgia ocupacional é
causa de aposentadoria precoce, absenteísmo do trabalho e redução na produção por parte do
trabalhador. O médico responsável pelo PCMSO de uma empresa deve manejar a promoção e
prevenção à saúde, de forma a diagnosticar precocemente casos de DORT e dessa forma
preservar a integridade do trabalhador.
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51
VIGOREXIA: UM DISTÚRBIO PSICOPATOLÓGICO DA SOCIEDADE ATUAL
Daniela Meireles Fróis
Tatiana de Sá Fonseca
Saney Mara da Silva
Evaristo Nunes Magalhães (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Desde os tempos dos grandes clássicos greco-romanos, a beleza era vista como algo de grande
importância para sociedade. Segundo a literatura, as deusas do Olimpo disputavam o posto da
mais bela, nesse cenário, a vencedora despertava a ira das demais. Apesar de passados os
séculos, atualmente, a beleza ainda é vista com clamor e a sociedade contemporânea tem
contribuído para que isso ocorra, uma vez que os meios de comunicação, tais como televisão,
redes sociais e rádio visam estereotipar a partir de propagandas, programas e citações
sensacionalistas que acabam sucumbindo ao indivíduo a necessidade de um “corpo ideal” diante
dos padrões colocados. Junto a isso, desencadearam-se uma série de transtornos relacionados
à aparência. Dentre esses transtornos, destacamos a Vigorexia. O distúrbio em questão
caracteriza essencialmente como uma doença de ordem psíquica que ocorre devido a uma
insatisfação constante com a imagem corporal que afeta principalmente os homens, levando-os
às praticas compulsivas de exercícios físicos. Tendo em vista a importância desse tema foi
elaborado um resumo com o objetivo de abordar os efeitos desse transtorno e propor sintomas
e tratamento recomendados. Para elaboração do resumo foi feito um levantamento
bibliográfico no Medline, PubMed e ISI, selecionando artigos referentes aos aspectos
psicopatológicos da doença e suas consequências. Isso delimita a importância do
reconhecimento dos sintomas e tratamentos referentes essa patologia. Os sintomas podem ser
apresentados pelo paciente a partir de sinais como: cansaço, inapetência, insônia, ritmo
cardíaco alterado mesmo em repouso, dores musculares, tremores, queda no desempenho
sexual, irritabilidade, depressão, ansiedade e desinteresse por atividades que não estejam
ligadas ao treinamento intensivo para atingir o que consideram ser o corpo perfeito. Além disso,
nota-se a importância do conhecimento sobre o assunto e propor um tratamento efetivo que
contenha uma equipe multidisciplinar, a qual envolva médico, psicoterapeuta, nutricionista,
preparador físico e professores de educação física. Não é necessário o abandono da prática de
exercícios físicos, mas torna-se necessário que ao realizá-los os profissionais da área envolvidos
devam passar as orientações necessárias. Somado a isso, uma terapia cognitiva
comportamental, fonte capaz de promover ao paciente a restauração da sua autoimagem e a
autoconfiança são fundamentais. Portanto, nota-se a importância do conhecimento desse
distúrbio psíquico o que abrange reconhecer os sintomas ocasionados e o melhor tratamento a
ser utilizado uma vez que é relevante esse assunto na sociedade atual.
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RESSIGNIFICANDO O NOVEMBRO AZUL: MOBILIZAÇÃO DAS LIGAS ACADÊMICAS PARA
PRODUÇÃO DEBATE CIENTÍFICO APÓS ESTÁGIO COM MÉDICO DE FAMÍLIA E
COMUNIDADE
Andrea Zeringota de Castro Machado
Jéssica Souza Pereira
Stefânia Tiradentes Ribeiro
Carina Rabelo Dias Teixeira
Lucas Leonardo Knupp dos Santos (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O currículo da FAMINAS-BH, adequado às diretrizes curriculares de 2014, possui o departamento
de MFC e disciplinas teórico-práticas do 1º ao 8º período com o enfoque na Atenção Primária à
Saúde. Nesse contexto, no 2º semestre de 2015, alunos do 7º período discutiam na Liga de
Cirurgia a elaboração de um evento vinculado ao Novembro Azul, com enfoque no rastreio
universal para prevenção do Câncer de Próstata. Concomitantemente, tiveram contato, na
prática diária com Médico de Família, seu preceptor, com conceitos de prevenção quaternária,
sobrediagnóstico e prática baseada em evidências. Dessa forma, conquistaram elementos de
análise e se motivaram a levar essa discussão à toda a comunidade acadêmica, o que ocasionou
a parceria das Ligas Acadêmicas: LACITRA (Liga Acadêmica de Cirurgia e Traumatologia) e
LAMFEC (Liga Acadêmica de Medicina da Família e Comunidade) sob supervisão da Coordenação
do Núcleo de Medicina de Família e Comunidade a realizar um debate, na forma de mesa
redonda, com a participação de representantes das Sociedades de Urologia e Medicina de
Família e Comunidade. O evento contou com 200 participantes e trouxe para as Ligas a
experiência positiva do diálogo, da prática baseada em evidências e dos paradigmas que ainda
permeiam a atuação médica, além de produção de revisão bibliográfica sobre o assunto. Os
urologistas defenderam a ideia de que a recomendação atual é escolher o paciente, que deve
ser triado por meio dos vários protocolos existentes, a partir de estudos da sociedade americana
e europeia e então adequá-los a esses protocolos. Já os médicos de família e comunidade
argumentaram que o rastreio de câncer de próstata não tem redução de mortalidade. Assim,
como modalidade de rastreio, PSA e toque não reduz mortalidade. No entanto, em alguns casos
se faz necessário. Portanto, o ensino médico alicerçado na Atenção Primária à Saúde, com
tutoria qualificada do Médico de Família estimula uma capacidade de reflexão e ressignifica uma
campanha no intuito de um cuidado individual, centrado na pessoa e também nas necessidades
da população.
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INTOXICAÇÃO POR SÍLICA NO AMBIENTE DE TRABALHO
Natália Peixoto de Azevedo
Fernanda Peret Paulino Barros
Thereza Christine Ranção
Izabela Lara Piana
Cláudia Vasques Chiaregatto (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A sílica ou dióxido de silício é um composto natural formado por oxigênio e silício, encontrado
na areia e em diversas rochas. A inalação da sua poeira está associada à silicose, uma doença
pulmonar fibrosante com evolução crônica, irreversível e progressiva. O diagnóstico baseia-se
na radiografia de tórax padrão OIT, e na contextualização da história ocupacional do paciente.
Em casos selecionados, a TCAR de tórax deve ser empregada. A silicose é de etiologia
ocupacional e passível de prevenção definitiva já que sua gênese e seu mecanismo
fisiopatogênico são bem estabelecidos. Entretanto, sua prevalência continua elevada devido à
dificuldade de se eliminar a exposição à poeira nos ambientes de trabalho. Assim, objetivou-se
alertar sobre os riscos da exposição à sílica no trabalho, revelar os setores econômicos de maior
exposição, bem como evidenciar formas de amenizar sua inalação. Para metodologia foi feita
uma revisão de literatura em que foram selecionados artigos científicos na biblioteca virtual
Scielo, utilizando o descritor: “silicose” e posteriormente leitura de todos os resumos disponíveis
para acesso online, completos em periódicos, com livre acesso, na língua portuguesa, de 2006 a
2015. Dos 21 artigos filtrados foram selecionados aqueles considerados mais relevantes ao tema
e que satisfaziam as expectativas dos autores; além dos Manuais do Ministério da Saúde. Nos
últimos anos, o aumento dos casos de silicose ocorreu pelo elevado índice de trabalhadores
autônomos e do setor informal, onde existe fragilização das organizações sindicais e ausência
de ações de proteção individual, ficando essas pessoas diretamente expostas ao pó de sílica.
Nos setores formais, existe uma vulnerabilidade quanto ao cadastramento das indústrias que
envolvem sílica, com desconhecimento do risco por parte dos trabalhadores e baixa priorização
do problema por parte dos sindicatos de trabalhadores, resultando em reduzido índice de
diagnóstico precoce. Milhares de casos são diagnosticados a cada ano em várias partes do
mundo, com predominância nos países em desenvolvimento onde a exposição à sílica é muito
frequente e não há um investimento adequado quanto à fiscalização e adequação nos
ambientes de trabalho. No Brasil, partir de 2004, a silicose foi definida como doença de
notificação compulsória no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Desta forma, o
controle da exposição ocupacional deve priorizar a eliminação da substância, a umidificação do
ar, a ventilação do ambiente, a limpeza e manutenção geral de máquinas, a limitação do tempo
de exposição ao pó de sílica, bem como o uso de EPI pelos trabalhadores. Alicerçado a isso, devese ressaltar a prioridade da promoção de medidas informativas na APS, como ações
educacionais nas equipes de saúde da família, e propostas de ações intervencionistas, seja
assistencial com auxilio dos ACS, que tem facilidade em reconhecer o paciente, bem como na
vigilância com sanitaristas.
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O ESTRESSE COMO FATOR DESENCADEADOR DA GASTRITE CRÔNICA RESPOSTA
FISIOLÓGICA OU PSICOSSOMÁTICA?
Gilberto Vivas Mendes Neto
Otávio Augusto Menezes de Oliveira
Júnio Mota Nascimento
Thaís de Figueiredo Machado
Evaristo Nunes Magalhães (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
INTRODUÇÃO: O estresse vem sido citado como um dos mais importantes problemas sociais e
de saúde, inclusive como fator precursor de inúmeras doenças. Acredita-se que estímulos
estressores sejam capazes de perturbar o equilíbrio dinâmico do organismo, desencadeando
distúrbios de diversas ordens, com consequentes lesões em órgãos e sistemas. Tais estímulos
são responsáveis por várias condições patológicas, principalmente sobre o sistema
gastrointestinal. OBJETIVO: Aprofundar os conhecimentos acerca do estresse, como ele
repercute sobre o sistema gastrointestinal e verificar sua relação com a gastrite crônica.
METODOLOGIA: Foi realizado uma revisão da literatura existente nas bases de dados Scielo,
PubMed, UptoDate e Cochrane, utilizando-se os descritores citados abaixo. Foram incluídos
artigos num período de 10 anos, sendo acrescentados trabalhos anteriores que fossem
relevantes ao tema abordado, nos idiomas português e inglês. RESULTADOS: O estresse
manifesta-se fisiologicamente através dos sistemas nervoso e endócrino, integrados entre si,
com repercussão sobre todo o organismo. Estímulos estressores perturbam o equilíbrio entre a
secreção ácida e a produção de protetores da mucosa no estômago. A perda desse equilíbrio
desencadeia irritação estomacal e consequente inflamação da mucosa gástrica, a gastrite.
Psicossomática traz uma visão do homem na sua totalidade, visto de forma integral, corpo e
mente em um único círculo, interrelacionados. Somatizar faz com que a mucosa gástrica perca
sua função de fronteira interna, de barreira, expondo o corpo ao desenvolvimento da gastrite.
CONCLUSÃO: O estresse pode desencadear a gastrite crônica de forma direta, por suas
alterações sobre os sistemas, ou indireta, através de mudanças de hábitos e psicosomatizações.
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Gastroenterite Associada a Não Higienização Das Mãos
Patrícia Jardim Milena Bittencourt
Adriano Paulo de Castro
Luisa Ferreira Arantes Medicina
Beatriz Martins Borelli (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A gastroenterite é uma patologia, com distribuição regular ao longo do ano, associada
principalmente aos maus hábitos de higiene, falta de saneamento básico e alimentos
contaminados, constituindo um dos mais importantes problemas de saúde pública de
repercussão mundial e de difícil resolução. A redução da ocorrência desta enfermidade envolve
a conscientização da sociedade em relação a educação sanitária e investimentos na
infraestrutura nos municípios. Essa patologia é uma inflamação aguda caracterizada pelo
comprometimento do sistema gastrointestinal, provocada por alguns vírus, bactérias e outros
parasitas que podem ser transmitidos de diversas formas. O objetivo do presente trabalho foi
determinar a relação entre a ocorrência de gastroenterites e a não higienização das mãos. Para
tal foi elaborado um questionário contendo 11 (onze) perguntas que correlacionavam a
ocorrência de gastroenterites com os hábitos de higiene pessoal. A entrevista foi realizada com
alunos e funcionários da Faculdade de Minas (Faminas - BH), no dia 28 de março de 2016,
totalizando 60 entrevistados. A prática da higienização das mãos reduz a flora microbiana
residente e a transitória, interrompendo a cadeia de transmissão de doenças, devendo ter
realizada continuamente para a manutenção da saúde. Foram entrevistas um maior número de
pessoas do sexo feminino que do sexo masculino. Os dados obtidos mostraram que a
higienização das mãos antes da utilização do sanitário que é pouco realizada em comparação
com quase 95% das pessoas que realizam essa higienização após sua utilização. Notou-se que
aproximadamente 80% dos entrevistados realizam a lavagem das mãos antes de alimentar-se.
Grande parte dos participantes possui conhecimento sobre a existência da doença e
aproximadamente 33% dos indivíduos apresentaram a patologia nos últimos 12 meses, sendo
que aproximadamente 3% foram hospitalizadas em decorrência da doença. No estudo
observou-se que independentemente do nível de escolaridade, muitos indivíduos não
conseguem identificar a importância da lavagem das mãos antes da utilização do sanitário. Além
disso, grande parte dos participantes também não possuem o hábito de realizar a higienização
das mãos antes das refeições. Com isso, nota-se ainda um elevado número de pessoas que
apresentaram alguma intercorrência gastrointestinal por decorrência dos maus hábitos de
higienização.
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INFECÇÕES HOSPITALARES: FATORES ENVOLVIDOS E MÉTODOS DE PREVENÇÃO
Igor de Oliveira Grossi Lamas
Isabella Cecília Moreira Muniz
Maurício R.B. do Nascimento Júnior
Raphael Alves Macedo
Beatriz Martins Borelli (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Infecção hospitalar é qualquer tipo de infecção adquirida após a entrada do paciente em um
hospital ou após a sua alta quando essa estiver diretamente relacionada com a internação ou
procedimento hospitalar, podendo manifestar-se inclusive após a alta. A infecção hospitalar
constitui a principal causa de morbidade e mortalidade em hospitais, gerando prejuízos aos
usuários, à comunidade e ao Estado. Diante disto, este artigo tem por objetivo determinar quais
os procedimentos e fatores envolvidos na incidência das infecções hospitalares e discutir as
ações necessárias para a prevenção e controle das infecções, afim de diminuir a incidência desse
problema no Brasil, já que ultrapassa a média mundial. Trata-se de um estudo de revisão de
literatura que baseou-se em artigos encontrados no Scielo, Bireme e Lilacs, com base os
descritores disponíveis no Descritores em Ciência da Saúde. Com base nos artigos analisados
observou-se que os principais procedimentos médicos associados à infecção hospitalar são:
cateterização venosa central, ventilação mecânica, cateterização vesical, já os principais fatores
relacionados à ocorrência de infecção são a esterilização inadequada de material hospitalar, uso
crescente de técnicas invasivas sem as devidas precauções para evitar a contaminação,
manuseio inadequado dos doentes internados, sem as técnicas corretas por parte dos
profissionais e antibioticoterapia excessiva. Concluiu-se que alterações no comportamento no
que diz respeito aos procedimentos adotados pelos profissionais da saúde contribuem para a
redução da incidência de infecção hospitalar.
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62
INCIDÊNCIA DE SÍNDROME GUILLIAN BARRÉ E SUA RELAÇÃO COM O ZIKA VÍRUS
Luisa Ferreira Arantes
Milena Bittencourt Trindade
Adriano Paulo de Castro
Larissa Landim Medicina
Luciene Rodrigues Kattah (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A Síndrome de Guillian-Barré (SGB) é uma neuropatia adquirida que acomete principalmente a
parte motora do indivíduo, podendo durar por dias ou até mesmo anos. Estudos desenvolvido
a partir de 2005, demonstram que a SGB é uma doença do sistema nervoso periférico
caracterizado clinicamente por fraqueza muscular que inicialmente acomete as porções distais
do membro, avançando de forma rápida até afetar a função muscular proximal (“paralisia
ascendente”). Esta Síndrome é desencadeada após processo infeccioso, e se caracteriza pela
produção de auto-anticorpos que começam a desmielinizar o axônio, causando graves
problemas. Histologicamente é evidenciada por inflamação e desmielinização das raízes
nervosas espinais e dos nervos periféricos. Recentemente no Brasil, a patologia causada pelo
Zica vírus apesar de parecer benigna ocasiona em casos mais graves o comprometimento do
sistema nervoso central e além disso, distúrbios imunomediado SGB, têm sido comumente
registrados. Na síndrome os reflexos profundos são perdidos cedo, mesmo nas regiões em que
se mantém a força. A progressão pode ser alarmantemente rápida, de modo que as funções
críticas, como a respiração, podem ser perdidas em alguns dias ou até mesmo em algumas horas.
Insuficiência respiratória, bem como dificuldade de deglutição e desregulação autônoma,
podem colocar a vida em risco na SGB. Desde o advento da vacinação contra a pólio, a SGB se
tornou a causa mais freqüente de paralisia flácida aguda no mundo todo. Recentemente o
Ministério da Saúde notificou um aumento significativo de casos da SGB associados ao Zika vírus
que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypt que também é transmissor de doenças como a
Dengue e a Chikungunya. O vírus Zika tem causado doença febril, acompanhada por discreta
ocorrência de outros sintomas gerais, tais como cefaléia, exantema, mialgia, edema e dores
articulares. Relatos recentes sobre indivíduos que contraíram Zica vírus e posteriormente, foram
acometidos pela síndrome, resultaram em estudos investigando a relação entre essas duas
patologias.
Dessa forma esse estudo utilizando como base de dados livros, artigos disponíveis nos bancos
de dados SciELO e Google acadêmico no período de de 2005 e 2016. Utilizaram-se como
descritores: Síndrome de Guillian Barré, Zica vírus e paralisia flácida, sendo selecionados artigos
disponíveis na íntegra. Assim, visou-se fazer uma revisão bibliográfica sobre a SGB e a infecção
por Zica vírus levantando uma possível correlação entre as mesmas. O que resultará em um
maior conhecimento sobre o assunto para o desenvolvimento de estudos aprofundados pelos
profissionais de saúde.
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INFECÇÃO HOSPITALAR EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) NEONATAL: UMA
REVISÃO
Rodrigo Silva Bastos
Matheus Kuffner
Letícia Lamas de Matos
Suzi Cléia dos Santos Cochev
Beatriz Martins Borelli (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O objetivo do presente artigo foi a identificação, prevalência e determinação das formas de
controle dos microorganismos patogênicos em ambientes de terapia intensiva neonatal, com o
intuito de estratificar os reais riscos de contaminação dos pacientes usuários desse sistema. Por
se tratarem de unidades de terapia intensiva, é notório que tais neonatos estão criticamente
enfermos, o que atua diretamente em seu sistema imune; aumentando os riscos de
contaminação por esses microorganismos e uma consequente infecção nosocomial. Para a
elaboração do presente trabalho foram consultadas as bases eletrônicas de dados Scielo e
Google Acadêmico, assim como livros pertinentes ao assunto. Os resultados da presente
pesquisa revelaram que, diante do cenário das UTIs neonatais, os microrganismos mais
frequentemente associados às infecções foram: Staphylococcus coagulase-negativo, Escherichia
coli, Klebsiella spp., Staphylococcus aureus, Acinetobacter sp., Pseudomonas aeruginosa, entre
outros. Observou-se que as principais práticas adotadas para a minimizar a incidência de
infecções e controle das infecções foram: higienização das mãos, uso de luvas, esterilização
adequada dos equipamentos e instrumentais, limpeza, dentre outros. Sendo assim, podemos
concluir que as infecções nosocomiais envolvem não somente os neonatos, como também as
gestantes e os profissionais da saúde relacionadas às UTIs. Portanto, por meio de um processo
ativo, sistemático e contínuo de coleta, análise e interpretação de dados, como ocorre na
vigilância epidemiológica, este processo poderá ser detectado e a estratégia de intervenção
implantada com sucesso na redução e controle da infecção em unidades de terapia intensiva
neonatal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A INFECÇÃO NOSOCOMIAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL -João Victor Farias
da Silva, Ana Paula Rebelo Aquino Rodrigues – Cadernos de graduação
Infecção hospitalar em pediatria: Eduardo S. Carvalho, Silvia R. Marques-- Jornal de Pediatria
Copyright © 2001 by Sociedade Brasileira de Pediatria
Infecções neonatais hospitalares: Marisa Márcia Mussi-Pinhata, Suely Dornellas
Infecções hospitalares em uma unidade de terapia intensiva neonatal brasileira: vigilância de
quatro anos - Denise Von Dollinger BritoI; Cristiane Silveira de BritoI; Daiane Silva ResendeI;
Jacqueline Moreira do ÓI; Vânia Olivetti Steffen AbdallahII; Paulo Pinto Gontijo FilhoI -Microbiology Laboratory, Biomedical Science Institute, Federal University of Uberlândia,
Uberlândia, MG, Brazil llNeonatology Department, Uberlândia University Hospital, Federal
University of Uberlândia, Uberlândia, MG, Brazil
65
PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UNIDADES DE TERAPIA
INTENSIVA
Iago Alvim Andrade
Isabella Lopes Lusvarghi
Jomar Soares Migliorini
Gustavo Suzano Coelho Brito
Beatriz Martins Borelli (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A pneumonia é a infecção nosocomial mais comum em Unidades de Terapia Intensiva e possui
como forte aliado ao seu desenvolvimento a ventilação mecânica aplicada aos pacientes. Tal
patologia apresenta altos índices de letalidade para os pacientes. O desenvolvimento do
presente trabalho baseou-se no estudo acerca da prevalência de pneumonia associada à
ventilação mecânica (PAVM) em ambiente intra-hospitalar, essencialmente em UTIs, além dos
fatores dos riscos associados e o prognóstico dos pacientes analisados. O estudo foi conduzido
através de pesquisas realizadas no banco de dados da SciELO, utilizando como palavras chaves:
pneumonia, ventilação mecânica e unidade de terapia intensiva. A partir dos artigos
selecionados foram analisadas as causas da patologia, podendo ser originada por organismos
multirresistentes ou sensíveis à antibioticoterapia. Como resultado, foi observada uma
prevalência no desenvolvimento de pneumonia ocasionada por organismos multirresistentes. A
bactéria Staphylococcus aureus foi a responsável pela maioria dos casos de PAVM, seguida da
Pseudomonas aeruginosa. O elevado número de óbitos está intimamente associado à ventilação
mecânica, levando-se em conta o procedimento realizado pelos profissionais e o período no qual
o paciente foi submetido. Conclui-se que a PAVM determinou maiores tempos de ventilação, na
permanência no leito das UTIs, assim como elevação nas taxas de complicações adquiridas pelo
paciente. No entanto, a multirresistência bacteriana, principal causa da PAVM, não apresentou
relevância na morbidadepatológica, mas sim nos níveis de mortalidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pneumologia – Principios e Prática."
66
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR EM CRIANÇAS:
DESAFIOS NA PRÁTICA CLÍNICA
Igor Loureiro dos Santos
Guilherme Campos Oliveira
Bruno Baquião da Silva
Andrea Zeringota de Castro Machado
Rodrigo Ferretjans Alves (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
INTRODUÇÃO: Há alguns anos o transtorno de humor bipolar na infância era considerado raro,
todavia observa-se uma crescente incidência desta doença que está associada a graves
consequências como taxas alarmantes de suicídio, comportamentos de alto risco
(promiscuidade sexual e uso de drogas) e problemas escolares. O transtorno de humor bipolar
precoce se caracteriza pela presença de episódios alternados de humor (mania, hipomania e
depressão), os quais variam em intensidade, duração e freqüência, em indivíduos de 3 a 12 anos.
Comumente, estes não se enquadram nos critérios diagnósticos do DSM-V, todavia apresentam
constante instabilidade de humor com comprometimento da função global. A partir disso, vêse um grande desafio na instituição da melhor forma diagnóstica e tratamento que
proporcionam um bom desenvolvimento emocional e cognitivo da criança. OBJETIVO:
Apresentar uma discussão crítica dos achados de estudos recentes nesta nova área de pesquisa,
objetivando ampliar o conhecimento dos médicos e profissionais de saúde acerca do transtorno
e visando o reconhecimento e diagnóstico precoce, o que poderá contribuir para um melhor
prognóstico das crianças com transtorno bipolar. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão
narrativa da literatura nas bases de dados Scielo, Uptodate, Lilacs e PubMed, sendo selecionados
um total de 31 artigos do período de 1993 a 2015. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A criança com
transtorno bipolar precoce frequentemente apresenta ciclagem rápida e estados mistos, não
evidenciando claros episódios depressivos e maníacos. Alguns estudos propõem quatro
fenótipos da mania pediátrica: um restrito, dois intermediários e um amplo que, de um modo
geral, exibem características comumente apresentadas pelas crianças com este transtorno.
Entretanto, o seu diagnóstico é um grande dilema, visto que estas podem apresentar
diariamente diversas mudanças de humor e não se enquadrarem nos critérios diagnósticos do
DSM-V. O ponto de partida é a avaliação diagnóstica adequada com definição do tipo de
transtorno de humor bipolar que a criança apresenta (tipo I ou II). Além disso, é necessária a
análise de comorbidades psiquiátricas associadas e intensidade dos sintomas. O tratamento
farmacológico baseia-se no uso de estabilizadores de humor, como lítio, divalproato de sódio, e
antipsicóticos atípicos, como risperiodona. Embora o tratamento farmacológico melhore o
transtorno, a grande maioria das crianças segue com sintomas residuais, sendo essencial
complementar a farmacoterapia com intervenções psicossociais. CONCLUSÃO: Existe uma
grande escassez de evidências científicas na área, contudo propõe-se algumas intervenções
como terapia cognitiva comportamental focada na família e incentivo de maiores estudos que
avaliam melhor a eficácia dos medicamentos para esta população.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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69
JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE: REFLEXÕES EM BUSCA DA EQUIDADE
Isabella de Fátima Vilela
Karolayne Oliveira Gomes Lacerda
Pedro Luiz Teodoro Dutra
Ana Clara Ribeiro Araújo Paiva
Luciana de Paula Lima Gazzola (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Nos últimos anos, observou-se aumento expressivo das demandas judiciais que visam garantir
a prestação de serviços de saúde, assegurados constitucionalmente. Diante da postura
predominantemente concessiva dos pedidos por parte do Judiciário, a concretização e a
efetividade do direito à saúde têm beneficiado os indivíduos que ingressam em juízo, deixando
o Estado de fornecer assistência a outros milhares de brasileiros, em desrespeito à equidade,
um dos princípios doutrinários do SUS. Tal fato contribui para a ineficácia no acesso universal à
saúde, sendo objetivo do estudo avaliar as ações judiciais e suas intervenções no âmbito da
efetivação do direito à saúde e formulação de políticas públicas. Para tal, foram analisadas ações
judiciais paradigmáticas sobre pedidos de procedimentos não previstos pelo SUS, fornecimento
de medicamentos, disponibilização de leitos hospitalares, dentre outras pretensões
direcionadas ao Judiciário mineiro, bem como revisados artigos nas bases de dados online
Scielo, Conjur, Google Acadêmico e Biblioteca Virtual da AMMG. Notou-se que, além das
dificuldades processuais enfrentadas na análise dos pedidos, o Estado encontra-se em um
conflito de natureza distributiva, pois os recursos públicos destinados à saúde são escassos, o
que acaba por gerar inefetividade da jurisdição, prejudicando as políticas públicas do SUS por
dispêndios não planejados. Com crescentes demandas por assistência e diante de recursos
públicos limitados, a judicialização da saúde vem estabelecendo iniquidade entre os usuários do
sistema. O volume de decisões judiciais concessivas dos pedidos sobrecarrega a gestão do SUS,
mostrando-se evidente o conflito entre os sustentáveis argumentos da garantia do direito
individual à saúde e à vida e a esgotável fonte de recursos para efetivação do direito da
coletividade. Julgamentos de tais pedidos devem ser parcimoniosos, de modo a direcionar as
escolhas destinativas de recursos naturalmente escassos. Conclui-se que tratar a questão como
apenas uma divergência entre partes, quando, na verdade, o conflito irá atingir o coletivo, é um
dos deslizes de decisões judiciais que tratam de bens comuns. Torna-se relevante ir além da
relação processual entre os litigantes diretos, paciente e Estado, considerando-se, também, a
influência potencialmente nefasta da indústria farmacêutica e a contribuição da comunidade
científica aos debates. Precisa-se compreender que as relações sociais são dinâmicas e os
conflitos existentes carecem de soluções claras e justas, o que exige o exercício da visão a longo
prazo, o que ainda não se tornou um hábito. É fundamental a participação do médico nas
tomadas de decisões em políticas públicas de saúde, devendo o profissional se conscientizar da
responsabilidade social de sua prescrição, de modo a auxiliar na construção de limites à
judicialização excessiva e deletéria, em busca da equidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviçoscorrespondentes e dá outras providências, com alterações. Diário Oficial da União 1990.
17 p.
71
ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: PREVENÇÃO DO CÂNCER DE
COLO DO ÚTERO
Luma Lorraine dos Reis Souza
Marina Kusunoki Guerra
Thays Ketlin Motta de Pinho
Ana Carolina Souza Ameno
José Helvécio Kalil (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O câncer de colo do útero (CCU) é uma das neoplasias com maior incidência e taxas de
mortalidade entre as mulheres. O rastreamento do câncer de colo uterino tem sido executado
nas Unidades Básicas de Saúde e é fato que a descentralização do Papanicolaou facilitou o
acesso das mulheres ao exame. A efetividade da detecção precoce do CCU associada ao
tratamento da lesão intraepitelial, pode reduzir acentuadamente a incidência do câncer invasor,
impactando na diminuição das taxas de morbimortalidade. O alto potencial de prevenção e alta
taxa de cura se justificam pela evolução lenta da doença, com etapas bem definidas e facilidade
de detectar precocemente as alterações, viabilizando diagnóstico rápido e tratamento eficaz. O
presente estudo objetiva descrever e analisar o rastreamento para prevenção do câncer de colo
de útero na Atenção Básica no Brasil. Além de observar e identificar possíveis causas da não
redução significativa da mortalidade com o exame Papanicolaou em algumas áreas do Brasil.
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica a fim avaliar o acesso a serviços de atenção primária a
saúde além obter dados quanto ao rastreamento do CCU. Com o objetivo de reduzir as taxas de
morbimortalidade, o Ministério da Saúde do Brasil propõe o exame citológico do colo do útero
a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos para mulheres de 25 a 59 anos
de idade, ou que já tenham iniciado atividade sexual. O Papanicolaou é utilizado para detectar
lesões precursoras do CCU, devido à elevada acurácia e efetividade, além de rapidez e custo
relativamente baixo, considerando-se útil para uso em larga escala. O percentual de cobertura
do teste é influenciado pelo nível socioeconômico e idade, além das características dos serviços,
com destaque para a qualificação das equipes da atenção básica e os oportunos e adequados
procedimentos técnicos relacionados ao exame nos demais serviços do sistema de saúde. Para
combate efetivo, o Programa Nacional de Controle do CCU prevê o acesso aos diferentes
serviços para enfrentar cada fase da doença. O rastreamento do CCU em mulheres
assintomáticas é a iniciativa primordial do programa, sendo essencial a definição da populaçãoalvo, método e intervalo de rastreamento, além de meta de cobertura e infraestrutura nos três
níveis assistenciais, garantindo assim qualidade das ações. Apesar de ser uma das estratégias
públicas mais efetivas, verifica-se que a incidência e mortalidade permanecem desafiando as
medidas adotadas, sinalizando possíveis deficiências na oferta, no acesso ou na qualidade das
ações. Por fim, torna-se evidente que a atenção primária à saúde e a gestão municipal, conforme
a realidade local, são capazes de prover ações de prevenção para o CCU, resultando na
construção de uma rede eficiente de assistência ao diagnóstico precoce.
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SIMULAÇÃO DE ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS
Natália Las Cazas Monteiro
Thiago Alves da Silva
Cristiano Valério Ribeiro
Daniel dos Santos Fernandes (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O curso de medicina da FAMINAS BH é estruturado sob um currículo tradicional e traz a novidade
de uma metodologia de ensino fundamentada nas correntes andragógicas por meio do
treinamento de habilidades e simulação realística. A andragogia é a corrente de estudo que
descreve as formas de educação do homem na fase adulta, a palavra vem do grego andros
(homem) e logos (estudo). Deste modo, diferente da pedagodia que preconiza que a criança
aprende pelo esforço da repetição, o adulto aprende por meio da orientação para
aprendizagem, das experiências, da prontidão para aprender, do auto-conceito do aprendiz, das
necessidades de saber e da motivação. Na dinâmica deste método o aluno aprende a teoria nos
moldes tradicionais de ensino em sala de aula, na qual o professor repassa o saber que detém,
em seguida ele treina as habilidades relacionadas aquele conhecimento, na próxima fase em
que se encontra munido de conceitos e habilidades ele simula atendimentos em
robôs/manequins simuladores ou até mesmo com atores nos quais ele visa exercitar suas
capacidades. Assim, quando posteriormente estiver diante da experiência clínica, no internato
ou após formado, o aluno apresentará muito mais domínio da ciência, da técnica, do seu
comportamento e atitude, ofertando cuidados com maior grau de qualidade e segurança ao
paciente assistido. As situações de urgência e emergência, são críticas e geralmente culminam
em maiores erros da equipe multiprofissional de saúde. Esse fato deve-se a muitos fatores, mas
principalmente ao despreparo das equipes no que diz respeito ao conhecimento, treinamento
de habilidades e ao controle emocional necessários para estes atendimentos. Portanto, observase que mediante uma situação de urgência ou emergência dentro do limite de atendimento do
serviço representa um estresse considerável, contudo diante de uma situação na qual há um
aumento súbito e espontâneo da demanda por atendimentos, como em um acidente com
múltiplas vítimas ou uma catástrofe, situações em que o quantitativo de pacientes excede a
capacidade instalada de atendimentos do serviço, a situação é ainda pior. Nestes casos, está
instalada uma crise que precisa ser gerenciada pelo serviço, atualmente vários serviços tem se
organizado através da estruturação de planos de contingência que visam sanar as demandas
que representam estresse para os recursos instalados. Diante do exposto foi planejado um
Simulado de Atendimento a Múltiplas Vítimas na FAMINAS-BH cujo objetivo foi promover o
treinamento de habilidades e a formação de competências dos alunos de graduação de durante
o atendimento de situações de urgência e emergência mediante cenários de crise, neste caso
com múltiplas vítimas de um acidente no ambiente do Metrô BH. Além disso, aplicar habilidades
de comunicação e gerenciamento de crise inerentes a uma ocorrência de Acidente com
Múltiplas Vítimas.
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Teixeira INDO, Felix JVC. Simulação como estratégia de ensino em enfermagem: revisão de
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CÂNCER DE PRÓSTATA E SUAS DIFICULDADES
Daiane Taís Gomes de Oliveira
Luana Aparecida de Sousa Morais
Luana Aparecida de Sousa Morais
Daiane Taís Gomes de Oliveira
André Maurício Borges de Carvalho (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O câncer de próstata é o tumor que mais afeta a população masculina. O presente trabalho trata
– se de uma revisão bibliográfica com intuito de proporcionar uma visão sobre o diagnostico,
tratamento e a dificuldade que o homem encontra para realizar o exame preventivo de próstata.
A vergonha que o homem tem de ir ao médico e ser tocado pelo mesmo para realizar a
prevenção e ainda o medo de descobrir se está ou não doente. O diagnóstico deve ser baseado
em exames como a biopsia prostática. Existem várias formas de tratamento, que visa o bem
estar do paciente e o controle ou a cura da doença. O câncer é uma doença que se desenvolve
a partir de uma multiplicação anormal das células de algum tecido do corpo humano.
Normalmente, é assintomática no início e os sintomas só surgem em uma fase mais avançada,
quando a doença é descoberta. O grande dilema do assunto câncer de próstata é que a menor
parte da população masculina tem o hábito de procurar serviços de saúde, o que dificulta no
diagnóstico precoce da doença e, consequentemente, o seu tratamento. Além disso, a falta de
informação da maior parte da população sobre as possíveis consequências geradas pelo câncer
prostático e o preconceito cultural, desmotiva ainda mais o homem a fazer o exame. A próstata
é um órgão entre bexiga e pavimento pélvico, sendo atravessada pela parte inicial da uretra. É
uma glândula sexual exclusiva do sexo masculino, que produz liquido que está presente no
sêmen. Essa glândula esta passível a uma série de patologias. De acordo com o Instituto Nacional
de Câncer (INCA), no Brasil o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens
(atrás apenas do câncer de pele não melanoma). É considerado um câncer de terceira idade, já
que cerca de três quartos dos casos ocorre a partir dos 65 anos de idade. O aumento de
expectativa de vida, dieta rica em gordura e de origem animal e histórico familiar são fatores
que aumenta a incidência do câncer. Muitos homens resistem para realizar o exame de
prevenção, o toque retal é uma prática que pode provocar no homem o medo de ser tocado na
sua parte inferior. Aspectos relacionados à percepção ou não da crise da masculinidade, em
específico, produzem reflexos no campo da saúde, revelando dificuldades, principalmente, no
que se refere à promoção de medidas preventivas. A escolha do tratamento mais adequado
deve ser individualizada e definida após discutir os riscos e benefícios do tratamento com o
médico, tendo por objetivo delinear a extensão da doença, auxiliar na decisão terapêutica e
traçar um prognóstico para o paciente. O câncer de próstata é, sem dúvidas, uma doença grave
que deve ser prevenido, diagnosticado e tratado mais precoce possível. É necessário que a
população se posicione diante dessa causa e deixe esse preconceito de lado.
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2010; 11(2): 138-42"
76
DIFERENÇAS ENTRE A CIRURGIA ROBÓTICA E A CIRURGIA CONVENCIONAL ABERTA
André Vinícius Costa Carneiro Dourado
Helis Rejane Pereira Góis
Stéphanie Paula Neris Nastas
Rodolfo Neiva de Sousa Medicina
André Maurício Borges de Carvalho (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Há muitos anos, a tecnologia tem influenciado intensamente a Medicina: avanços na informática
médica tornam-se insubstituíveis, e em velocidade incontrolável. A cada dia é comum o uso de
prontuários eletrônicos, teleconsultas e outros artifícios que auxiliam e melhoram a qualidade
do atendimento médico. Da mesma forma ocorre no cenário da cirurgia robótica, o qual,
sucessivamente, ganha espaço nos hospitais de todo o mundo. A cirurgia supracitada
estabelece-se com objetivos explícitos: cirurgia minimamente invasiva com menor tempo de
operação, reduzindo os riscos durante o procedimento e melhorando a qualidade de vida no
período pós-operatório do paciente. Contudo, além das diversas vantagens sobre a cirurgia
convencional, o elevado custo é o maior fator limitador para a maior frequência dessas cirurgias.
A metodologia utilizada fundamentou-se em uma revisão de literatura em bases de dados
científicas, como SciELO e LILACS. Os descritores utilizados foram: “cirurgia robótica, Medicina
e informática médica”. Desde 2008, quando a cirurgia robótica chegou ao Brasil, segundo Ramos
et al. (2013), é aprovada para uso civil e comercial e, atualmente, é a mais empregada em
centros hospitalares no mundo todo. As cirurgias assistidas por robôs podem obter os mesmos
resultados operatórios das cirurgias abertas, valorizando, desse modo, cada vez mais a sua
funcionalidade. As vantagens das cirurgias robóticas existem em prol do maior bem-estar do
paciente e do médico-acompanhante, como precisão das técnicas cirúrgicas, diminuição da
perda de sangue durante a operação, redução das incisões e diminuição do tempo de cura e de
cicatrização, bem como, nomeadamente, caracterizam-se por permitirem: a realização de
procedimentos complexos de formas mais simples e menos invasivas; manobras e suturas
difíceis; visualização da operação com um aumento de até 12 vezes e em alta definição; redução
dos movimentos involuntários, como o tremor; postura mais confortável ao médico,
prolongando o seu descanso; e provoca menos processos traumáticos no paciente,
influenciando numa diminuição da dor em período pós-operatório. Por outro lado, as
desvantagens reportadas pela cirurgia robótica são consideráveis empecilhos, principalmente,
para a saúde pública brasileira, onde há falta de investimento: cada equipamento robotizado
vale mais de R$2 milhões e sua manutenção custa em torno de R$200 mil por ano. Destarte,
deve haver, de forma crescente, subsídios do Governo à implantação dessas máquinas cirúrgicas
nos hospitais públicos brasileiros e aos estudos da robótica em benefício da Medicina.
Outrossim, segundo Abdalla (2012), cabe ao médico exercer seu papel de conhecedor da
doença, do tratamento e aplicar o que há de melhor para assegurar ao paciente a manutenção
do seu bem-estar, convívio social digno e integridade da saúde. Fomentando, então, a
necessidade do médico em buscar os melhores métodos terapêuticos a favor do paciente, como
a utilização da cirurgia robótica.
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78
DOENÇAS PROSTÁTICAS – PREVENÇAO
Karla Cristina Sarmento
Lucas Oliveira Mendes
Rgério Sain´t Clair Pimentel Mafra
Igor Rocha de Miranda Ferreira Medicina
Rogério Sain´t Clair Pimentel Mafra (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A neoplasia prostática maligna (CaP) é o câncer mais frequente em homens e o segundo em
mortalidade no Brasil. Além do CaP, a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), que não é um câncer
é outra doença com elevada incidência em homens idosos. Essas doenças são normalmente
encontradas em homens com mais de 40 anos, e é a partir desta idade que se recomenda os
exames preventivos para o diagnóstico precoce. Os tratamentos para as neoplasias prostáticas
podem ser através de cirurgia, radioterapia e quimioterápicos. No caso da HPB o tratamento
pode ser medicamentoso ou cirúrgico. O prognóstico da HPB é favorável e a mortalidade
associada a ela é baixa, uma vez que metástase (propagação de células neoplásicas no corpo)
não se faz presente. O CaP, por outro lado, é um dos tipos de câncer que mais matam, quando
diagnosticado de forma tardia o prognóstico está intimamente relacionado com a metástase
aumentando as chances de óbito. A prevenção desse câncer esbarra numa dificuldade histórica
devido ao tabu associado a ela, o toque retal. Entretanto atualmente a prevenção é feita através
de exames de sangue (dosagem de PSA - antígeno específico da próstata) além da anamnese,
história clínica e outros exames complementares. Além da doença em si, outra preocupação
proveniente das doenças prostáticas é o estado psicológico do paciente. Por se tratar de um
componente do sistema reprodutor masculino que afeta a sensibilidade sexual, o paciente passa
a se preocupar com sua virilidade, além de questões relacionadas a continência urinária. Assim,
torna-se necessário estimular campanhas que visem a prevenção do câncer de próstata e HPB,
a fim de favorecer o prognóstico dos pacientes, e melhorar a qualidade de vida dos homens de
uma maneira geral. Esse trabalho mostra uma revisão sobre medidas educativas para
conscientizar sobre doenças prostáticas e sobre campanhas que foram feitas nos últimos anos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
Tweeting About Prostate and Testicular Cancers: What Are Individuals Saying in Their Discussions
About the 2013 Movember Canada Campaign?
79
EDEMA PULMONAR DE ALTITUDE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE AS CAUSAS, A
PATOGENIA, O TRATAMENTO E A PREVENÇÃO
Amanda Fagundes da Silva Ávila
Isabella Carvalho de Abreu
Fernanda Rocha Moreira
Luiza Jardim Auarek
Izabela Ferreira Gontijo Amorim (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Introdução: Edema Pulmonar de Altitude (EPA) é caracterizado acúmulo de liquido no espaço
intersticial. Na pratica de escalada o EPA tem se tornado cada vez mais incidente, devido,
principalmente, à falta de informação sobre as causas que levam ao seu aparecimento. Objetivo:
Essa pesquisa objeta elucidar: causas, patogenia, tratamento e prevenção do EPA. Metodologia:
Revisão bibliográfica de literatura específica. Desenvolvimento: O Oxido Nítrico é importante
para a manutenção do funcionamento fisiológico do sistema respiratório. Devido à sua ação
vasodilatadora, de forma direta sobre os vasos pulmonares, e indireta ao diminuir a oferta de
endotelina-1 (potente vasoconstritor). Um desequilíbrio nesse sistema pode desencadear no
EPA, que têm como causadores: hipertensão pulmonar, aumento da permeabilidade capilar
pulmonar e hipóxia. Os sinais abrangem taquipneia, taquicardia, cianose, tosse seca mucosanguinolenta e chiado em pelo menos um campo pulmonar. Diante desses sintomas, deve-se
fazer a descida imediata ou a inalação de oxigênio e o uso de nifedipina 10-20mg sublingual +
20mg de liberação lenta, seguindo essa dose a cada 6h. Para prevenir esse evento é necessário
subir lentamente a partir de 2500m ganhando altitude aos poucos, não mais do que 300 a 500m
por noite, até atingir 4000m. Conclusão: Conclui-se ser necessário maior conhecimento por
parte da população, sobretudo alpinistas, sobre os fatores desencadeantes da EPA. É necessário,
também, haver profissionais de saúde treinados nos locais de maior incidência, para que seja
possível uma reversão desse quadro em tempo hábil. Assim, deve-se fazer mais pesquisas
relacionadas a esse tema com maior divulgação de seus resultados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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80
TRUVADA: APENAS MAIS UMA FORMA DE PROFILAXIA OU UM MARCO NA HISTÓRIA DA
AIDS?
Marina Santana Carvalho
Thiago José Vieira Chaves
Anne Oliveira Sala Leite
Lucas Maciel Batalha Loures
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) acometeu, aproximadamente, 734 mil
pessoas no Brasil, segundo dados coletados pelo Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais,
em 2014. Apesar dos antirretrovirais serem disponibilizados pelo SUS, o índice de mortalidade
pela AIDS ainda é significante. Neste contexto, o medicamento TRUVADA® promete uma
profilaxia tanto pós-exposição (PEP) quanto pré-exposição (PrEP), sendo que enquanto a PEP
garante o tratamento do portador do HIV, a PrEP é capaz de proteger pessoas com alto risco de
infecção, como casais heterossexuais sorodiscordantes, usuários de drogas injetáveis e homens
que se relacionam sexualmente com outros homens. A questão é: será o TRUVADA® apenas
mais um fármaco que terá resultados pouco significativos ou um marco para o campo da
medicina? O presente trabalho tem por objetivo demonstrar a todos, especialmente aos
profissionais e estudantes da área da saúde, a possibilidade de sucesso do TRUVADA® na
profilaxia pré-exposição ao vírus HIV, no que diz respeito à mudança de conduta e garantia do
melhor prognóstico ao paciente susceptível a adquirir a AIDS. Uma pesquisa bibliográfica foi
realizada baseando-se em publicações das maiores sociedades científicas do mundo, como a
Science Translational Medicine e The Lancet, e das referenciadas entidades de promoção e
vigilância em saúde, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Ministério da Saúde (MS), totalizando dezesseis publicações,
dentre estas, as mais recentes divulgadas no meio científico, sendo sua maioria no ano de 2015.
O PROUD, desenvolvido no Reino Unido, e o Ipergay, desenvolvido na França e no Canadá, são
considerados os estudos-piloto da PrEP, sendo estudos isolados que forneceram a PrEP de
formas distintas, mas que obtiveram exatamente o mesmo nível de eficácia, apesar de suas
diferentes abordagens. Segundo McCormack S. (2015), no estudo PROUD, a taxa de novas
infecções pelo HIV foi de 1,3% ao ano no grupo PrEP e 8,9% no grupo controle, sendo que a
diferença entre os dois valores traduz uma eficácia de 86%. Já de acordo com Molina J. M.
(2015), no estudo Ipergay, a taxa foi de 0,9% no grupo de PrEP e 6,8% no grupo controle, com
uma diferença novamente traduzida a uma eficácia de 86%. Dessa forma, os resultados dos dois
estudos são semelhantes e mostram a significativa eficácia do TRUVADA® na PrEP. Entretanto,
não se sabe ao certo até que ponto a eficácia terapêutica é garantida e suficiente para a
implantação do TRUVADA® como política de saúde pública, uma vez que apesar de comprovada,
existe a necessidade de estudos consistentes sobre a adesão dos indivíduos à PrEP e sobre os
efeitos colaterais tardios do uso crônico do medicamento. Dessa forma, sendo responsável pela
garantia dos direitos e da saúde dos indivíduos com risco de exposição ao vírus HIV, assim como
pela busca de uma futura erradicação da AIDS, o TRUVADA® pode modificar o cenário da saúde
pública mundial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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82
ESTUDO DE CONDICIONANTES E CARACTERÍSTICAS DO USO DO CITRATO DE SILDENAFILA
CONTRA A DISFUNÇÃO ERÉTIL E MANUTENÇÃO DE UMA FUNÇÃO SEXUAL SATISFATÓRIA
Luiza Jardim Auarek
Clarissa Raquel da Silva Gomes
Luiza Jardim Auarek
Clarissa Raquel da Silva Gomes
Luciene Rodrigues Kattah (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
No Brasil, a prevalência de sintomas sexuais na população masculina com 40 anos ou mais é
elevada e pode afetar sua percepção de saúde e qualidade de vida. Diante disso, Organização
Mundial da Saúde (OMS) incorporou a atividade sexual como indicador de saúde pública,
considerando a saúde sexual como um importante parâmetro de avaliação física e mental,
sendo a disfunção erétil (DE) um dos problemas sexual mais incidente. Devido a essa alta
incidência, a busca por tratamento farmacológico aumentou significativamente. Surgiram
então, como tratamento farmacológico os inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5). De acordo
com Wright (2006), o Citrato de Sildenafila, comercializado pela indústria farmacêutica Pfizer
(Viagra®), foi o primeiro fármaco desta classe a ser liberado em 1998, e desde então se tornou
um dos medicamentos mais prescritos mundialmente. Diante desse contexto, foi realizada uma
busca sistemática em literatura especifica, nas bases de dados Scielo, e Up to Date com o uso
dos descritores: disfunção erétil, impotência, Sildenafil, com o objetivo de descrever a utilização
desse fármaco, e o seu mecanismo de ação. A DE é definida como a incapacidade de se obter e
manter uma ereção suficiente para uma função sexual satisfatória, e tem como consequência o
comprometimento do bem-estar e da qualidade de vida, bem como pode indicar a existência de
doenças subjacentes, sobretudo aquelas relacionadas ao sistema cardiovascular. O Sildenafil
vem sendo usado em casos de hipertensão arterial, coronariopatia e diabetes concomitante com
a disfunção erétil. Esse fármaco produz uma queda tanto da pressão diastólica como da sistólica
nas 4 primeiras horas após a sua ingestão. Pacientes com coronariopatia em utilização do
medicamento podem desenvolver arritmias cardíacas devido ao esforço físico ocasionado pela
relação sexual. A ação erétil do Sildenafil está associada ao aumento do influxo arterial e à
redução do efluxo venoso do corpo cavernoso, levando ao relaxamento da musculatura lisa das
artérias penianas e das trabéculas, acarretando maior ingurgitamento do corpo cavernoso. O
relaxamento da musculatura lisa resulta da diminuição do cálcio intracelular mediada pelo
acúmulo do segundo mensageiro, o monofosfato cíclico de guanosina (GMPc), cuja produção
decorre da ativação da guanil-ciclase pelo óxido nítrico produzido pelo estímulo das células
endoteliais, gerado pelo desejo sexual. O fator limitante deste processo é a degradação do GMPc
pela enzima fosfodiesterase 5 (PDE5), presente em altas concentrações nessas estruturas
penianas. O Sildenafil age como inibidor seletivo da fosfodiesterase tipo 5, que, não
metabolizado o GMPc, mantendo a ereção enquanto a (PDE5) não for inibida. Esse fármaco
possui mecanismo de ação eficiente para tratar a DE, porém, recomenda-se que seu uso seja
indicado por um médico que irá estabelecer se o medicamento é ou não apropriado ao paciente
devido à comorbidades previamente existentes.
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84
O PAPEL DO PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PREVENÇÃO, DIAGNOSTICO E TRATAMENTO
DA SÍNDROME DE FOURNIER
Márcio Mattos Ferreira
Vitor Felipe Dos Guimarães
Igor Miranda Rocha
Caio Bezerra de Menezes Fernandes
Beatriz Martins Borelli (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O artigo tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre a Síndrome de Fournier, assim
como informar como médicos e profissionais da área da saúde devem diagnosticar, avaliar e
tratar essa patologia. As informações de tal enfermo são de extrema importância devido sua
evolução muitas vezes rápida e com sequelas físicas e psicológicas. A Gangrena de Fournier é
uma infecção polimicrobiana causada por microrganismos aeróbios e anaeróbios que, atuando
de maneira sinérgica, determinam um fasciite necrotizante acometendo principalmente as
regiões genital, perineal e perianal.¹ A doença, embora ocorra principalmente em indivíduos do
sexo masculino na proporção de 10 para 1, não é restrita aos indivíduos jovens, afetando todas
as faixas etárias, com média das idades ao redor dos 50 anos.³ As culturas realizadas
demonstram, em média, a presença de quatro microrganismos por paciente.²Os
microrganismos mais frequentemente isolados entre os Gram negativos aeróbios são
Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Proteus mirabilis.¹² Atuando
de maneira sinérgica essas bactérias agem através de diferentes mecanismos contribuindo não
só para a gravidade mas também, para a rápida disseminação do processo.¹ Por outro lado, a
destruição tissular é promovida pela ação direta da hialuronidase, produzida por estreptococos,
estafilococos e bacteroides, sobre o tecido conjuntivo. ² A ação de outras enzimas como
estreptoquinases e estreptodornases produzidas por estreptococos agravam ainda mais a
destruição tissular.² Ao inibir a fagocitose os bacteroides impedem a destruição de
microrganismos aeróbicos.² A crepitação é produzida pela produção de hidrogênio e nitrogênio
por anaeróbios.² A apresentação da lesão nos pacientes com SF é bem variada. Inicia-se com
infecções cutâneas mínimas, sendo considerada a “ponta do iceberg” para a evolução da doença
nos locais afetados (CARDOSO, FERES, 2007, v. 40, p. 495). O fato de não ter o tecido integro
favorece disseminação de microrganismos facultativos. Microrganismos facultativos para este
local. Ao chegarem na lesão, as bactérias, que normalmente habitam a pele, tornam-se
patológicas por atuarem consumindo o oxigênio do tecido prejudicando seu metabolismo
(LOPES et al, 2014). Esse processo infeccioso através de uma endarterite obliterante leva à
trombose dos vasos cutâneos e subcutâneos e consequente necrose da pele da região
acometida.² O processo de evolução da doença pode estender da trombose, inflamação à
necrose do tecido. Conclui-se que os profissionais da saúde devem se informar sobre o
desenvolvimento da Síndrome de Fournier, visto que quanto antes diagnosticada e tratadas
maiores são as chances de melhor qualidade de vida, aumento da sobrevida ou cura do indivíduo
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86
ASSOCIAÇÃO ENTRE A HELICOBACTER PYLORI E O CÂNCER GÁSTRICO
Guilherme Campos Oliveira
Bruno Baquião da Silva
Guilherme Costa Rodrigues
Ludialem Lacerda Martins
Izabela Ferreira Gontijo de Amorim (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
INTRODUÇÃO: A infecção por Helicobacter pylori pode provocar diversas complicações
gástricas, tais como gastrite, úlceras pépticas e câncer gástrico (CG). No CG, em especial, muitos
fatores como infecções crônicas, o fumo do tabaco, dieta e obesidade são responsáveis por
agravar a patologia em questão. Dentre os cânceres, o gástrico é o quinto mais comum do
mundo e a terceira principal causa de morte por câncer. OBJETIVO: Estabelecer as principais
correlações entre as causas e consequências da afecção por H. pylori e o câncer gástrico.
METODOLOGIA: No presente trabalho, foi realizada uma revisão bibliográfica com base nos
seguintes bancos de dados bibliográficos: Biblioteca Virtual em Saúde-Scielo; ScientificElectronic
Library Online-Pubmed; e Lilacs, sem delimitação de período específico. A fim de identificar as
principais temáticas, utilizou como palavra-chave: “Helicobacter pylori” e “ Gastric Cancer”.
Utilizou-se como critério de escolha: artigos científicos escritos e publicados em inglês e
português, selecionando aqueles que abordam dados epidemiológicos, fisiopatologia,
intervenção diagnóstica, discussão de relato de caso, terapêutica e desfecho sobre o fenômeno.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: No contexto do trabalho foram abordados diversos aspectos
inerentes ao processo de infecção da bactéria, de sua colonização, de sua patogenia e as
possíveis consequências. Dentre os principais eixos abordados destaca-se: a perturbação da
homeostase gástrica; a principal causa da gastrite; a H. pylori como fator de risco para o câncer
gástrico; a patogênia da H. pylori; a inflamação induzida pela pelo patógeno; o diagnóstico; as
alterações histológicas da patologia; e o tratamento. CONCLUSÃO: Ressalta-se dessa forma, a
importância em promover e realizar pesquisas e estudos específicos, abordando novas medidas
de prevenção, bem como de tratamento contra o H. pylori, a fim de reduzir os indicadores de
infecção pela bactéria e, consequentemente, os índices de câncer gástrico na população
mundial.
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88
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA
Lucas Maciel Batalha Loures
Anne Oliveira Sala Leite
Thiago José Vieira Chaves
Marina Santana Carvalho
Izabela Ferreira Gontijo de Amorim (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A hiperplasia prostática benigna (HPB) vem se tornando cada vez mais importante na prática
médica, uma vez que sua incidência aumenta proporcionalmente à expectativa de vida; observase que em indivíduos com idade superior a 65 anos, sua prevalência gira em torno de 70% a 90%.
Além disso, a HPB vem sendo relacionada a sintomas do Trato Urinário Inferior, o que garante o
tratamento dos sintomas, a não progressão ou involução da doença. A incidência da HPB tem
aumentado nas últimas décadas, o que faz ser importante o conhecimento sobre o assunto e
dessa maneira, permitir a maior chance de se ter um diagnóstico precoce e garantir a sobrevida
de pacientes. Este trabalho tem por objetivo informar a população sobre a incidência da HPB,
explicar sua etiopatogenia e fisiopatologia, apontar ferramentas diagnósticas e esclarecer sobre
os tratamentos disponíveis. A metodologia empregada foi baseada em uma revisão
bibliográfica, a partir de uma análise qualitativa de artigos obtidos nas bases de dados Scielo e
Projeto Diretrizes, sendo selecionados onze artigos do ano de 2008 ao ano de 2015. O aumento
da idade e a presença dos testículos representam determinantes importantes para que ocorra
a HPB. A partir dos 30 anos de idade, pode se dar o inicio do crescimento da próstata e a
testosterona é considerada um dos responsáveis pelo crescimento prostático. Os testículos
secretam um conjunto de hormônios sexuais masculinos chamados de androgênios que
juntamente com os receptores de androgênios específicos (AR), controlam a proliferação e a
diferenciação celular da próstata. A testosterona age tanto nas células estromais quanto nas
células epiteliais. Ao entrar nas células estromais a testosterona é convertida em
diidrotestosterona – DHT – que é mais potente na transcrição dos fatores de crescimento. À
medida que envelhecem, os homens têm aumento nos níveis de estradiol no organismo. Estudos
comprovaram que o estradiol aumenta a expressão de receptores androgênicos, logo, com o
passar dos anos, os homens se tornam mais susceptíveis a ação da DHT. A HPB desenvolve-se
na zona transicional e central da próstata, localizando-se ao redor da uretra prostática e se dá
através de mecanismos fisiopatológicos que culminam ou em sintomas irritativos ou nos
Sintomas do Trato Urinário Inferior. Pacientes portadores de HPB são diagnosticados a partir de
uma avaliação clinica e laboratorial, tendo como aspectos que determinam o quadro clínico, a
sintomatologia, obstrução infravesical e o aumento do volume prostático. O tratamento de
pacientes diagnosticados com Hiperplasia Prostática Benigna inclui quatro vertentes:
observação, terapia medicamentosa, terapias pouco invasivas e tratamento cirúrgico. Por tudo
isso, o aumento da expectativa de vida do brasileiro leva a necessidade de maiores estudos
sobre doenças que aumentam sua incidência com a idade, e a Hiperplasia Prostática Benigna é
um exemplo destas patologias.
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90
ALTERAÇÕES ANATOMOPATOLÓGICAS GÁSTRICAS DECORRENTES DO USO CRÔNICO DOS
INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS (IBP)
Thainan Lopes Seara
Filipe Salvador Zinatelli Coelho
Izabela Ferreira Gontijo DE Amorim
Patricia Alves Maia Guidine (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Os inibidores da bomba de prótons (IBP) são fármacos que inibem a enzima H + /K+ - ATPase na
superfície secretora da célula parietal gástrica, sendo utilizados para suprimir a secreção ácida
da mucosa gástrica. São uma das classes de medicamentos mais prescritas no mundo,
combinando um alto nível de eficácia a uma baixa toxicidade. Tais fármacos demonstram
excelentes resultados no tratamento de doenças dispépticas, sendo drogas consideradas de
primeira escolha nessas condições. Entretanto, apesar dos IBPs serem efetivos no tratamento
das desordens gástricas, a supressão ácida induzida pelo uso crônico desses fármacos pode
induzir complicações. Assim, o presente trabalho tem por objetivo descrever as alterações
anatomopatológicas do estômago decorrentes do uso crônico dos IBPs. As bases de dados
SciELO, PubMed, DynaMed e Cochrane foram consultadas com o uso dos seguintes descritores:
“Inibidores da bomba de prótons”, “Lesões Gástricas”, “uso crônico dos IBPs”. Foram
selecionados 12 artigos, publicados entre 2006 e 2016, na língua portuguesa e inglesa. Estudos
apontam para a existência de uma relação entre o risco de câncer gástrico e o uso crônico de
IBPs. Em pacientes infectados por H. pylori, os IBPs induzem gastrite e progressão para gastrite
atrófica. Além disso, pode haver progressão da gastrite crônica do antro gástrico para uma
predominante no corpo gástrico, e esta mudança pode ser um fator de risco para o câncer
gástrico. Adicionalmente, o uso de IBPs está associado ao desenvolvimento de pólipos de
glândulas gástricas, os quais podem, raramente, se tornar displásicos. Tem sido demonstrado
que a supressão ácida prolongada leva ao aumento da prevalência da hiperplasia das células
tipo-enterocromafins (ECL), mais proeminente em indivíduos infectados pelo H. pylori, quando
comparado àqueles não infectados. Assim, percebe-se que as alterações decorrentes do uso
crônico dos IBPs podem desencadear repercussões clínicas importantes nos indivíduos
acometidos, interferindo diretamente no processo homeostático. Os fatores supracitados se
tornam ainda mais relevantes ao revermos dados epidemiológicos, que apontam o uso
deliberado dos IBPs por automedicação como um grande problema no Brasil, bem como o
desconhecimento de muitos profissionais da saúde dos potenciais problemas relacionados ao
uso indiscriminado e por longos períodos de tempo dos IBPs. Portanto, apesar destes fármacos
serem potentes inibidores da secreção ácida gástrica e, como tal, indispensáveis para a
prevenção e tratamento de doenças ácido-relacionadas, a inibição da secreção ácida produzida
por esta classe de medicamentos pode estar relacionada a alterações celulares que afetam a
funcionalidade gástrica, e assim, podem comprometer a qualidade de vida daqueles que os
utilizam.
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92
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA
Jéssica Souza Pereira
Stefânia Tiradentes Ribeiro
Andrea Zeringota de Castro Machado
Fernanda Ferreira Bicalho Moreira
Lucas Leonardo Knupp dos Santos (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O rastreio do câncer de próstata envolve diversas questões, que devem ser analisadas antes da
incorporação na prática clínica e como programa de saúde pública. O benefício esperado é a
redução de mortalidade. Os malefícios incluem resultados falso-positivos, ansiedade associada
ao sobrediagnóstico de câncer e danos resultantes do sobretratamento, que nunca evoluiriam
clinicamente. O evento Mesa Redonda com o tema: “Câncer de próstata - Rastreio ou não na
Atenção Primária” ocorreu na Faculdade de Minas (FAMINAS-BH), sob organização e parceria
das Ligas: LACITRA (Liga Acadêmica de Cirurgia e Traumatologia) e LAMFEC (Liga Acadêmica de
Medicina da Família e Comunidade) tendo como participantes: acadêmicos e especialistas em
Urologia e em Medicina de Família e Comunidade. O objetivo do evento e do estudo foi
promover a discussão sobre o rastreio do câncer de próstata que apresenta divergências entre
as sociedades médicas. Assim, diante dos questionamentos de se realizar ou não o rastreio
universal para o câncer de próstata, por meio de estudo de revisão bibliográfica, realizou-se uma
busca na base de dados: Pubmed e Scielo, de artigos entre o ano de 2009 a 2015, sendo essa
pesquisa realizada entre os dias 01 a 30 de novembro de 2015. E como resultado desse trabalho,
os médicos de família argumentaram a partir de um estudo americano (PLCO study), o (PSA +
toque retal) não reduziu a mortalidade, com acompanhamento por 11 anos. Desse modo,
consideram que o PSA e toque não se incluem como modalidade de rastreio. Por outro lado,
urologistas se posicionam a favor do rastreio, visto que, o estudo europeu (ERSPC study)
mostrou uma redução de 20% da mortalidade por câncer de próstata com o rastreamento (PSA)
durante 9 anos. E defendem ainda que a recomendação atual é seguir protocolos
individualizados para cada paciente. Portanto, com o término do evento, notou-se a importância
da prática médica baseada em evidências tanto na Atenção Primária a Saúde como também para
os futuros profissionais.
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ACOMETIMENTO DA SÍNDROME DO CARPO EM CIRURGIÕES DENTISTAS
Adriano Paulo de Castro
Larissa Marque Landim Luisa Arantes
Milena Bittencourt Trindade
Arno Ribeiro Nunes (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Introdução: Lesões por esforços repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados
ao trabalho (DORT), ainda permanecem sendo alvo de grande incidência em trabalhadores que
realizam movimentos repetidos extenuantes, tornando motivo de preocupação para
autoridades, uma vez, que tais acometimentos são considerados um problema de saúde pública.
Profissionais da área de saúde entre outros, estão sujeitos a acometimentos que prejudiquem
ou alterem o padrão de normalidade de sua saúde, como por exemplo, alteração no nervo
mediano do antebraço, levando a uma síndrome, conhecida como Síndrome do túnel do carpo.
Diante de tal situação, fundamentamos uma revisão bibliográfica de publicações acerca do
assunto. Objetivos: Compreender os motivos que tornam cirurgiões dentistas vulneráveis a essa
síndrome, e a importância de mecanismos que possam minimizar os efeitos ocasionados por tal
moléstia. Metodologia: Foi realizada a revisão de dez artigos publicados em bases de dados de
confiabilidade aceitável no meio acadêmico, como Google acadêmico e Scielo, no período de
Janeiro 2012 a março de 2016. Palavras chaves que foram utilizadas: Síndromes, nervo, carpo,
dentistas, cirurgiões. Resultados: Muitos profissionais, por desconhecerem a origem de tal
síndrome, desempenham suas atividades de forma inadequada, propicionando um quadro
favorável ao aparecimento dessa enfermidade. Cirurgiões dentistas têm sido os profissionais no
meio da saúde com maior índice dessa disfunção, sinalizando um desconhecimento sobre essa
patologia, ou desatenção durante as atividades realizadas. Conclusão: Após analise de
publicações, evidencia-se a necessidade de discussões relacionadas à Síndrome do Túnel do
Carpo, para possíveis alterações na forma de trabalho desses profissionais, buscando a redução
desse quadro patológico. Além disso, equipamentos com maior ergonomia, deveriam ser
produzidos no intuito de facilitar a postura desses profissionais para um melhor desempenho
de suas atividades. Incentivo da parte governamental, em divulgação dessa síndrome e formas
de evitar seu aparecimento, teria grande papel para alteração do quadro observado. Tanto o
governo quanto às entidades de classe de saúde deveriam estar interessadas na divulgação
desta patologia com a finalidade de melhorar a saúde destes profissionais
95
REJEIÇÃO AO TRANSPLANTE PENETRANTE DE CÓRNEA EM CERATOCONES
Camila Dias Medeiros
Aurélio Leite Rangel Souza Henriques
Janaína Miranda Guimarães
Mariane Vieira de Souza
Andre Mauricio Borges de Carvalho (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O ceratocone é uma doença degenerativa progressiva, não inflamatória, de etiologia
desconhecida que afeta a córnea. Caracteriza-se pelo afinamento, protrusão e astigmatismo
desta membrana, que adquire formato cônico e resulta em acentuada baixa da acuidade visual.
A doença tem início tipicamente no final da adolescência e os sintomas mais comuns são:
desconforto visual, cefaleia, fotofobia e troca frequente de lentes oculares. A classificação do
ceratocone pode ser feita tendo em conta a forma do cone e pela severidade da curvatura. O
tratamento depende da gravidade em que se encontra a doença. Casos leves são tratados
apenas com óculos e lentes de contato. Os intermediários podem ser tratados por meio de
procedimentos como o crosslinking de colágeno, a introdução de lente rígida ou o implante
cirúrgico de segmentos de anéis de ferrara ou corneano. Já os casos avançados, em que há
intolerância, adaptação ruim e má acuidade visual, são indicativos de cirurgia transplantaria da
córnea. Para a realização deste resumo foram utilizados sites de pesquisa como Scielo, PubMed
e UpToDate com as descrições: “rejeição ao transplante penetrante de córnea” e “ceratocone”.
O transplante de córnea ou ceratoplastia penetrante é o tratamento padrão para ceratocones
graves. A cirurgia substitui toda a córnea do paciente com ceratocone por uma saudável. Embora
o transplante de córnea seja a forma de transplante de tecido de mais sucesso, em razão do
privilégio imunológico da câmara anterior, a rejeição ocorre em mais de 90% dos transplantes e
continua a ser a maior causa de falência, mesmo considerando córneas não vascularizadas. A
rejeição ocorre quando o sistema imune não reconhece o novo órgão e passa a atacá-lo. Dessa
forma, a córnea se torna opacificada e edemaciada, já que o endotélio, responsável pela
manutenção da transparência, é lesado. A maioria dos episódios de rejeição ocorre no primeiro
ano após o transplante, mas podem ocorrer anos mais tarde. Os tipos de rejeição são divididos
em: epitelial, subepitelial, endotelial e não caracterizado. Há vários fatores de risco para tal:
idade menor do que 40 anos, neovascularização corneal, inflamação corneal preexistente,
suturas frouxas, trauma cirúrgico e maior duração. Os sinais de advertência são: vermelhidão,
sensibilidade à luz, diminuição da visão e dor. Se houver um diagnóstico precoce é possível
reverter à rejeição com o uso intensivo de corticoide tópico e outros medicamentos. Sendo
assim, apesar da alta taxa de sucesso do transplante corneano em ceratocones, há grande
possibilidade de rejeição desses. Alterações pós-cirúrgicas devem ser observadas a fim de
identificar rejeições e iniciar tratamento medicamentoso contínuo. Assim, é possível evitar a
falência da córnea saudável e obter melhora total do ceratocone.
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TUMOR MALIGNO DA BAINHA DOS NERVOS PERIFÉRICOS: RELAÇÃO COM
NEUROFIBROMATOSE DO TIPO 1
Helis Rejane Pereira Góis
André Vinicius Costa Carneiro Dourado
Glenda Caroline Azevedo Santos
Sabrina Helena Evangelista Silva
Izabela Ferreira Gontijo De Amorim (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Os tumores malignos da bainha dos nervos periféricos, também conhecidos como
Schwannomas malignos, são raros sarcomas de tecidos moles que surgem na proximidade de
um nervo periférico e respondem por cerca de 5 a 10% de todos os sarcomas dos tecidos moles,
com incidência de 1 a cada 100.000 pessoas. Afetam principalmente adultos com idade entre 20
e 50 anos, onde 10 a 20% dos casos ocorrem em crianças. Neurofibromatose do tipo 1 é uma
síndrome autossômica dominante, caracterizada por alterações do sistema nervoso central,
pele e osso (LONGHI et al., 2010). Realizou-se uma revisão integrativa de literatura, sendo
selecionados artigos em português e inglês, nas bases de dados PubMed e SciELO. Os descritores
utilizados foram “tumor nervos periféricos’’ e “neurofibrossarcoma’’ na SCIELO e “malignant
peripheral nerves tumor’’ na PubMed. Os tumores malignos da bainha de mielina estão
frequentemente associados à NF1, em 21 a 67% dos casos. Pacientes com essa doença tem uma
mutação em um alelo do gene supressor de tumor NF1, o que produz níveis elevados de
atividade do gene RAS. Essa mutação contribui para a formação de múltiplos tumores de nervos
periféricos, que mais comumente localizam-se no retroperitônio, no tronco e nas extremidades
do corpo, com a cabeça e o pescoço representando apenas 2-9% dos casos (ARSHI; TAJUDEEN;
JOHN, 2015). A NF1 representa um risco 4600 vezes maior de desenvolver estes tumores em
relação à população em geral, tratamentos prévios de radioterapia representam um segundo
fator de risco, sendo os pacientes diagnosticados após 15 anos do tratamento inicial (MARÇAL,
2010). A apresentação clínica da doença nas regiões de cabeça e pescoço é heterogênea, mas
pode envolver uma massa que cresce rapidamente, gerando como sintomas tosse ou rouquidão,
dor radicular ou parestesias e déficits neurológicos, dependendo da região anatômica envolvida
(ARSHI; TAJUDEEN; JOHN, 2015). Para o diagnóstico a ressonância magnética é o exame de
escolha, pois pode diferenciar tumores de tecidos moles de natureza neurogênica dos não
neurogênicos, o exame histopatológico do tumor revela alternância de áreas com alta densidade
celular e outras com baixa densidade celular e padrão em paliçada, as células malignas podem
ser fusiformes (em 80% a 85% dos casos) ou arredondadas, sendo que este pleomorfismo celular
dificulta o diagnóstico, cuja malignidade é sugerida por núcleos hipercromáticos, elevada
atividade mitótica, invasão vascular e dos tecidos envolventes e presença de áreas necróticas
(DIOGO et al., 2012). A cirurgia do tumor é o tratamento indicado, sendo a quimioterapia e
radioterapia usadas como adjuvantes (DIOGO et al., 2012). O prognóstico não é favorável, uma
vez que esses tumores tem uma taxa de recorrência de 20-40% após a ressecção cirúrgica e 75%
dos casos ocorrem nos primeiros dois anos, a metastização é frequente se dá principalmente
por via hematogênica. A presença de NF1 é um fator de mau prognóstico (MARÇAL, 2010).
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99
ANOREXIA EM HOMENS: DIFICULDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS
Ana Carolina de Paiva Sousa
João Marcos Barcelos Sales
Pietro Pellizzaro Lima
Luciene Rodrigues Kattah (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Os transtornos alimentares são perturbações no comportamento alimentar mais comuns na
adolescência e em mulheres, não excluindo, porém, as demais faixas etárias e gêneros. Entre
tais distúrbios, a anorexia é um transtorno no qual há uma busca excessiva pela magreza,
associada à recusa deliberada à alimentação e distorções da autoimagem corporal. Como
resultado, o corpo sofre alterações endócrinas e metabólicas desenvolvendo quadros
patológicos, chegando ao extremo enfraquecimento. A imagem anoréxica sempre foi atrelada à
figura feminina e a disparidade de acometimento entre os gêneros fez com que os casos em
pacientes masculinos fossem menosprezados. Diante disso, o presente trabalho, realizado por
meio de uma revisão bibliográfica com base de dados SciELO e Google Acadêmico, propõe uma
abordagem acerca da anorexia nervosa em homens, elucidando as peculiaridades no
comportamento dos anoréxicos do sexo masculino e fatores que podem desencadear esse tipo
de transtorno, bem como as dificuldades diagnósticas e terapêuticas inerentes ao quadro.
Muitos homens iniciam um quadro de anorexia devido à obesidade, uso de drogas, álcool,
problemas familiares, sobretudo com o pai, onde tentam não parecer fisicamente com o
progenitor. Um outro fator de risco é a homossexualidade . A anorexia ainda é vista como uma
doença feminina, o que leva à dificuldade do homem heterossexual em procurar ajuda, por não
admitir que está doente enquanto que, os homossexuais podem estar muito representados por
não apresentarem tal limitação . Em relação às complicações médicas, os pacientes masculinos
sofrem primeiramente com os problemas decorrentes da desidratação, fato que pode estar
relacionado ao maior percentual de gordura corporal feminino. Além disso, a perda óssea é mais
acentuada que nos pacientes femininos e há casos de perda de desejo sexual. Uma outra
diferença entre os gêneros relaciona-se ao fato dos homens fazerem menos uso de laxantes e
pílulas para emagrecimento que as mulheres, o que está possivelmente relacionado ao
metabolismo masculino, fazendo com que estes tenham mais facilidade de perder peso. Mesmo
com a dificuldade de diagnóstico, devido à limitação do distúrbio ao gênero feminino, ao fato
dos motivos que levam os homens a fazer dieta parecerem razoáveis e à própria negação à
doença, 10% dos pacientes anoréxicos já são homens, que inclusive movimentam blogs ""próana"" voltados para o público masculino. O número alerta para a necessidade de conhecimento
sobre a doença por parte dos profissionais de saúde para que esta, possa ser compreendida
também na esfera do gênero masculino, atentando-se às suas particularidades e desafios,
desviando das situações que possam levar ao subdiagnóstico. Dessa forma, com uma maior
conscientização do problema haveria também a otimização do tratamento, reduzindo as
complicações metabólicas e orgânicas, bem como os prejuízos psicológicos oriundos da anorexia
masculina.
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101
TRANSTORNO DO PÂNICO-ASPECTOS PSICOSSOCIAIS E NEUROBIOLÓGICOS
Gabrielle Luara Almeida de Jesus
Kelly Christina da Fonseca Meira
Amanda Dias Campos
Katye dos Passos Rodrigues
Evaristo Nunes de Magalhães (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade, caracterizada por crises sucessivas de
descontrole neurossomático e sensação de perigo que ocorrem de forma súbita e espontânea.
Assim, notam-se aspectos psicodinâmicos que envolvem estados de exacerbações fóbicas. Esse
transtorno é evidenciado pela hiperatividade do sistema nervoso autônomo simpático (SNAS),
frente a fatores desencadeantes e ameaças externas não explícitas. Há diversos fatores que se
relacionam com as causas dos ataques, como pré-disposição genética, convivência familiar,
escolar e social, com maior prevalência em mulheres. Para a realização do trabalho, foram
utilizados artigos encontrados no Google acadêmico e Pubmed relacionados à síndrome do
pânico, com intuito de descrever os aspectos psicossociais e neurobiológicos envolvidos com as
etiologias e complicações dessa patologia. As palavras utilizadas na pesquisa foram síndrome do
pânico, aspectos neurobiológicos e psicodinâmica, com seleção de artigos gratuitos. Para a
comprovação da síndrome, o Manual de diagnóstico e estatística-IV estabelece a associação de
no mínimo quatro sintomas em crises sucessivas: palpitação ou taquicardia; sudorese; tremor;
sensação de falta de ar; sensação de asfixia; dor ou desconforto torácico; náusea ou desconforto
abdominal; sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio; sensação de desrealização
ou despersonalização; medo de perder o controle ou enlouquecer; medo de morrer; parestesia;
calafrio e ondas de calor. A etiopatogênese dessa síndrome, de acordo com a visão médica, está
relacionada a alterações na síntese de neurotransmissores (NT), principalmente GABA e
serotonina. A produção inadequada dessas substâncias leva a informações e comandos
errôneos ao cérebro acionando o SNAS. Dessa maneira, esse transtorno para a medicina tende
a ser cronificado, sendo necessária a utilização de medicamentos, como Antidepressivos
Tricíclicos, Inibidores da MAO, Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e
Benzodiazepínicos durante toda a vida. Já para a orientação psicanalítica, o ataque de pânico
não é espontâneo, mas sim desencadeado por situação emocional e psicológica. Geralmente, os
pacientes apresentam personalidade retraída, evitando confrontações psíquicas e se afastando
do convívio social. Logo, várias técnicas são eficazes no tratamento, como psicoterapia (técnica
que expõe o paciente a situações temidas) e terapia cognitivo-comportamental. Para a
psicologia o transtorno de pânico tem cura, uma vez que o paciente deve confrontar aquilo que
acarreta insegurança. Já para a medicina, essa patologia não tem cura, pois é desencadeada por
alterações neuroquímicas, que funcionam como estímulos constantes para as crises. Torna-se
necessário a associação da psicoterapia e medicamentos para melhor eficácia. Isso permite que
o indivíduo controle a ansiedade e não desenvolva os ataques, possibilitando a inserção do
paciente na sociedade e na estabilização mental desse indivíduo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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103
O PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA PROMOÇÃO DE CIDADANIA AOS PORTADORES DE
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
Carla Cíntia Ferreira
Elisa Machado Heringer
Marcela Vasconcelos Apipe
Kesia de Souza Ruela
Humberto Ferreira Ianni (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O TDM é caracterizado por tristeza, perda de interesse ou prazer, sentimento de culpa ou baixa
autoestima, perturbação do sono ou apetite, cansaço e falta de concentração, entre outros;
prejudicando substancialmente a capacidade de lidar com a vida cotidiana, além disso, é um
notável problema de saúde global, causando impacto negativo na vida do indivíduo e de suas
famílias, e elevando a demanda dos serviços de saúde. Estima-se que 50% a 60% dos casos de
TDM não são detectados ou não recebem tratamento adequado. Este trabalho busca reunir
evidências sobre a abordagem da depressão pela Atenção Primária à Saúde (APS), baseando-se
em uma revisão bibliográfica realizada por meio de pesquisas às seguintes plataformas:
Pubmed, BVS e Scielo. Os seguintes descritores foram utilizados: APS, TDM, cidadania; dentre
os 43 artigos encontrados apenas 7 se enquadravam ao tema proposto, portanto foram
selecionados. Além de ser prevalente e subdiagnosticado, o TDM não se restringe à
sintomatologia, evidências mostram que esses pacientes utilizam os serviços médicos com
maior frequência, têm diminuição da produtividade e prejuízo da qualidade de vida quando
comparados a portadores de outras doenças crônicas. Há muitas opções efetivas para o
atendimento de TDM na APS, a simples abordagem inicial, ao se fazer uma boa escuta e permitir
que a pessoa exponha suas inquietações, é suficiente para lidar coma a maioria dos casos. A
cidadania é a condição de acesso aos direitos sociais e econômicos que permite que o cidadão
possa desenvolver todas as suas potencialidades, incluindo participação ativa, organizada e
consciente, da construção da vida coletiva, sendo assim promover assistência adequada no TDM
possibilita que o indivíduo exerça sua cidadania. Uma lei federal de 1999, relacionada com a
reforma dos serviços de saúde mental, sublinha que a população tem o direito de ser tratada na
comunidade. A Política Nacional de Saúde Mental menciona a formação e a supervisão de
profissionais de saúde geral em questões de saúde mental como uma prioridade estratégica
para a integração da saúde mental nos cuidados primários. Quando se trata de um provedor de
cuidados de saúde primários, existem dois requisitos fundamentais que devem orientar a
prática, o primeiro é o envolvimento centrando em uma comunicação de duas vias sobre o
contexto atual e o passado do indivíduo que podem causar impactos na sua saúde mental. O
segundo foca na intervenção, que vai além da prescrição apropriada da terapia farmacológica,
por meio da tomada de decisões compartilhadas sobre estratégias viáveis para solucionar os
variados sintomas. Nesse contexto observamos que o TDM é uma doença incapacitante e de
extrema relevância na vida de um número significativo de pessoas, por isso é essencial que a
APS tenha mecanismos efetivos de diagnóstico, abordagem e controle dessa doença,
promovendo assim saúde e garantindo que os indivíduos tenham capacidade plena de
exercerem seus papéis enquanto cidadãos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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105
CONSIDERAÇÕES TERAPÊUTICAS NO TRANSTORNO DEPRESSIVO EM PACIENTES
ONCOLÓGICOS
Victor Nascimento Brandão
Filipe Brito Ferraz da Silveira
Rômulo Pereira Pinto
Jussara Santos Souza
Humberto Ferreira Ianni (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O paciente oncológico apresenta-se atualmente com um amplo espectro de comorbidades
associadas à sua doença. Os avanços nas últimas décadas têm contribuído para o aumento da
esperança de vida das pessoas, realçando a necessidade de atentar a outros domínios do
sofrimento humano, nomeadamente os aspectos emocionais do adoecer. A depressão então se
faz como principal desordem psiquiátrica do paciente oncológico e sua identificação se faz
necessária para o tratamento adequado. Esse trabalho visa discutir as principais considerações
terapêuticas do quadro depressivo em pacientes oncológicos. Metodologia Foi realizado um
levantamento bibliográfico, utilizando-se as palavras-chave "oncology” “depression disorder”
“antidepressants”, nos indexadores JAMA, American Society of Clinical Oncology e Pubmed. Os
esquemas terapêuticos utilizados no tratamento da depressão em pacientes oncológicos devem
evitar drogas que poderão causar maior vulnerabilidade somática.¹ Por isso, é preciso haver
critério quanto à prescrição de antidepressivos a partir da análise de alguns fatores: a
possibilidade de ocorrerem síndromes especificas (tabela anexada) em associação com a
quimioterapia, os efeitos anticolinérgicos e arritmisantes dos tricíclicos, os efeitos pró-eméticos
dos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e os potenciais efeitos farmacocinéticos e
farmacodinâmicos na interação com outros fármacos.2 A sertralina, fluoxetina e paroxetina por
exemplo, reduzem a eficácia de determinados anti-neoplásicos e aumentam sua toxicidade.3 Em
contrapartida, os efeitos secundários dos antidepressivos podem também ser utilizados em
benefício do doente. Por exemplo, a mirtazapina, um antagonista dos receptores
serotoninérgicos pós-sinápticos (5HT2 e 5HT3), pode ser eficaz como analgésico adjuvante e
como antiemético, além de ter um efeito sedativo e de aumentar o apetite.4 As propriedades
analgésicas dos tricíclicos e dos inibidores da recaptação da serotonina e da norepinefrina (em
particular a duloxetina e a venlafaxina) estão bem documentadas.5 O psicoestimulante
(metilfenidato) constituem uma alternativa eficaz no tratamento da depressão na fase terminal
da doença oncológica. Estas substâncias têm um início de ação mais rápido que os
antidepressivos e aumentam a energia, a atenção e a concentração. Em doses relativamente
baixas melhoram o apetite, promovem uma sensação de bem-estar e contrariam a sensação de
fadiga e de falta de energia. Estão especialmente indicados em doentes graves, ou quando o
tempo de vida é limitado.6 Conclusão Não há consenso na terapêutica para a depressão em
pacientes oncológicos, embora estudos concluam que grande parte dos pacientes utilizam
antidepressivos com alto potencial de interação com quimioterápicos. Isso ressalta a
necessidade de critérios adequados para a escolha de antidepressivos a fim de evitar possíveis
efeitos adversos ou diminuição da eficácia de ambos os tratamentos.
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107
IMPACTO DA SINDROME DE BURNOUT EM TRABALHADORES EM ÂMBITO HOSPITALAR:
REVISÃO DE LITERATURA
Lucas Martins Costa
Carla Cíntia Ferreira
Elisa Machado Heringer
Laura Pires Lage
Claudia Vasques Chiavegatto (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O trabalho é uma atividade que pode ocupar grande parcela do tempo de cada indivíduo e do
seu convívio em sociedade. Porém a soma dos estressores que são condicionados pelo trabalho
podem causar problemas de naturezas diversas, como insatisfação pessoal ou exaustão que
implicam diretamente na saúde. Entre elas podem ser gerados transtornos mentais como
depressão, ansiedade, insônia, síndrome de Burnout (SB) entre outros. Esta última é descrita
por Trigo (2007) como consequência a prolongados níveis de estresse no trabalho e compreende
exaustão emocional, distanciamento nas relações pessoais e diminuição do sentimento de
realização pessoal e profissional. Tal síndrome está presente em diversos setores. Os
trabalhadores da área da saúde, em especial os que estão inseridos nas instituições hospitalares
estão expostos a determinadas situações de trabalho que os tornam particularmente
vulneráveis ao desenvolvimento da SB. (ROSA, 2005). O trabalho objetiva apresentar questões
relevantes sobre a SB e ainda conceituar, caracterizar e avaliar o seu impacto em âmbito
hospitalar. Foi realizada revisão bibliográfica através de buscas nas plataformas: PubMed, Scielo
e MedLine. Utilizando os seguintes descritores: Burnout Syndrome, Mental disorders e Hospital,
foram encontrados 48 artigos dos quais foram selecionados dez que se adequaram a proposta
estabelecida deste resumo. Rosa (2005) relata que o trabalhador que atua em ambiente
hospitalar é submetido a variados estressores ocupacionais que impactam diretamente na sua
qualidade de vida. Dentre os estressores podemos citar longas jornadas de trabalho, alta
exposição a riscos físicos e químicos, falta de reconhecimento pessoal e contato com o
sofrimento de terceiros. Barbosa (2007) caracteriza a SB em três conceitos: exaustão emocional,
a despersonalização e a realização pessoal. Carlotto (2011) concluiu que o perfil de
trabalhadores da área da saúde com mais riscos de apresentaram os sintomas de SB são
profissionais do sexo feminino, casados, com filhos e com 6 a 10 anos de experiência. Rossi
(2010) realizou uma comparação entre trabalhadores de unidades básicas de saúde e de setores
fechados de um hospital. Constatou-se que 80% de seus entrevistados da área hospitalar
apresentaram indicações de SB, contra 10% em profissionais de unidades básicas de saúde. Trigo
(2007) descreve que o desequilíbrio na saúde do trabalhador gera o absenteísmo, o que por sua
vez aumentará a demanda de licenças por auxílio-doença, reposição de funcionários, novas
contratações e treinamentos. Consequentemente há uma queda na qualidade dos serviços
prestados com aumento de custos. Conclui-se que os Transtornos mentais relacionados ao
trabalho são uma preocupação real em âmbito hospitalar. O SB tem implicações orgânicas e
psiquiátricas evidentes e apresentam efeitos negativos para a organização, para o indivíduo e
sua profissão.
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O IMPACTO DA PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO SOB A PERSPECTIVA DA SAÚDE
DO TRABALHADOR
André Vinícius Costa Carneiro Dourado
Diogo Lima Machado de Souza
Ana Carolina de Souza Ameno
Júlia Albernaz de Sousa Medicina
Claudia Vasques Chiavegatto (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O ruído é um agente físico presente tanto em ambientes laborais, quanto extralaborais,
caracterizado por sua distribuição universal. Todavia, quando este ruído produz uma perda
auditiva, denominada Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), torna-se um agravo à saúde.
Quando relacionada ao trabalho, deve ser notificada aos órgãos responsáveis, como doença de
notificação compulsória – SUS, independente do vínculo, enseja emissão de Comunicação de
Acidente de Trabalho (CAT) para os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). Segundo o Comitê Nacional de Ruído e Conservação Auditiva, a PAIR relacionada
ao trabalho é uma diminuição gradual da acuidade auditiva, decorrente da exposição
continuada a níveis elevados de pressão sonora. O ruído também pode ser causador de déficit
de atenção, ansiedade, distúrbio do sono, depressão, em caráter potencialmente irreversível.
Realizou-se uma revisão analítica de literatura em bases de dados científicas: SciELO, PubMed e
LILACS. Os descritores utilizados foram: “perda auditiva; ruído; e trabalho”. Estima-se que 25%
da população trabalhadora esteja exposta a ruído. Por outro lado, segundo Nelson (2005),
dentre os casos de adultos com deficiência auditiva, acredita-se que 16% estão associados com
a exposição ao ruído no local de trabalho, sendo explícita a relevância da atuação dos
profissionais de saúde nas ações promotoras e preventivas perante os trabalhadores brasileiros.
No Brasil, há normas regidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego que regulam diversos
âmbitos da saúde ocupacional, como o risco do tipo físico ao trabalhador, onde o ruído está
classificado. Para Silva et al. (2014), os trabalhadores mais suscetíveis são profissionais que
atuam em frigoríficos, operadores de máquinas pesadas, usineiros, siderúrgicos motoristas e
cobradores, caminhoneiros, comerciários e trabalhadores na área de saúde. Assim, como o
tempo de exposição e a intensidade do ruído são diretamente proporcionais ao dano causado
ao trabalhador, é evidente a necessidade da submissão das entidades empregatícias às normas
regulamentadoras vigentes. O trabalho faz com que o trabalhador não perca o desejo de
permanecer produzindo, além de ter a oportunidade de identidade e realização para construirse como sujeito psicológico e social (OLIVEIRA; LISBOA, 2009 apud SILVA et al., 2014), destarte,
a fim da minimização do problema de saúde pública em questão, concomitante à devida
fiscalização pelos órgãos responsáveis, os profissionais de saúde, principalmente os envolvidos
primariamente com a saúde do trabalhador, são essenciais para a prevenção dos riscos oriundos
do trabalho.
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111
OBESIDADE: A EPIDEMIA DO SÉCULO
Jomar Soares Migliorini
Paula Assumpção Dettogne
Luciene Rodrigues Kattah (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
INTRODUÇÃO: A obesidade é um grande distúrbio metabólico de alta prevalência que se
configura com um problema prioritário de saúde pública, acometendo cerca de 40% dos
indivíduos adultos do Brasil. Esta se apresenta como um grupo heterogêneo de condições com
múltiplas causas, abrangendo desordens ambientais, comportamentais, socioeconômicas e
genéticas. Tal comorbidade quando não abordada de maneira adequada se associa amplamente
a múltiplas doenças como cardiopatias, diabetes, dislipidemia e neoplasias. OBJETIVO: Abordar
as etiologias e doenças mais prevalentes associadas à obesidade, e formas de tratamento mais
eficazes que contribuem para redução do risco provocado por esta comorbidade.
METODOLOGIA: Foram utilizadas as bases de dados Scielo, PubMed, BVS e Uptodate, sendo
selecionados um total de 22 artigos do período de 1992 a 2006. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A
obesidade reflete da interação de fatores dietéticos e ambientais com uma predisposição
genética. Dentre fatores alimentares e ambientais, destacam-se a alta ingestão de lipídeos,
hábitos alimentares relativos ao consumo de número menor de grandes refeições e redução da
realização de atividades físicas. Há evidências que fatores genéticos se relacionam ao consumo
e gasto energético, bem como controle do apetite e comportamentos alimentares. Deste modo,
se relaciona a diversas doenças como diabetes, em que o organismo passa a desenvolver
resistência a insulina, favorecendo a hiperinsulinemia, aumento da lipogênese e
desenvolvimento da diabetes tipo II. Além disso, se associa a doenças cardiovasculares,
relacionando-se à hipertensão arterial sistêmica que favorece o incremento de placas
ateromatosas e consequentes danos cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio. Há,
ainda, uma grande incidência associada a neoplasias, estando mais prevalentes os cânceres do
colo uterino, mama, colo retal e próstata. O tratamento da obesidade baseia-se na redução da
massa gordurosa através de um balanço energético negativo. Para isso, é imprescindível a
realização de uma dieta hipocalórica associada à realização de exercícios físicos regulares e
mudança comportamental com o apoio de uma equipe multidisciplinar com médicos,
psicólogos, educadores físicos e nutricionistas. O tratamento medicamentoso envolve algumas
classes farmacológicas como antidepressivos, ansiolíticos e medicamentos como anfetaminas,
entretanto vêem apresentando altos índices de efeitos adversos. CONCLUSÃO: As mudanças
comportamentais são a base para a redução dos riscos provocados pela obesidade e bom
prognóstico do paciente obeso.
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113
REVISÃO SOBRE OS EFEITOS DA POLUIÇÃO SONORA NA SAÚDE E NO COTIDIANO DAS
POPULAÇÕES
Jefferson Marques Amorim Melo
Camilo Suarez Rodriguez Neto
Gabriel Silva de Carvalho Candido
Ruan Martins Bonzi
Luciene Rodrigues Kattah (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Atualmente a poluição sonora é um dos principais tipos de problemas ambientais existentes,
afetando a qualidade de vida da população, principalmente em grandes centros urbanos. O
ruído causa incômodos e danos à saúde humana de acordo com a idade, exposição e local de
moradia. Resultados de estudos sugerem que existe uma habituação aos barulhos por parte dos
indivíduos. No entanto, mesmo com a habituação, é possível observar danos fisiológicos e
psicológicos ao organismo. Além disso, alterações no ambiente urbano e a urbanização
contribuem para o problema, um exemplo dessas alterações é o trânsito excessivo de veículos.
Este trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica baseada em pesquisas e estudos, utilizando
como fonte a base de dados Scielo e objetivando demostrar como a população, a saúde humana
e a qualidade de vida são afetados pela poluição sonora. A partir dos estudos nos artigos
científicos base, verificou-se os elementos causadores de poluição sonora nos centros urbanos
e as doenças e alterações na homeostase com as quais se relacionam. Conclui-se que a poluição
sonora é um problema global que acomete principalmente as metrópoles e está relacionada às
perturbações psicológicas, situações de estresse e doenças cardiovasculares, como a
hipertensão. Ademais, esse tipo de poluição juntamente com a atmosférica forma o principal
fator de degradação ambiental na sociedade contemporânea.
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ABORDAGEM DO LINFEDEMA EM MEMBROS SUPERIORES APÓS LINFADENECTOMIA POR
CÂNCER DE MAMA
Helsany Camargos Costa
Igor Rafael Barbosa Costa
Juliana Luize Ladeira Estefani
Myriam Thays Rodrigues Maurício
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O linfedema constitui a principal morbidade decorrente da linfadenectomia por câncer de
mama, sua incidência após tratamento para câncer de mama varia de 2,4 a 56%. Ainda não
existe tratamento definitivo para essa condição. Dessa forma, o presente artigo de revisão tem
por finalidade abordar os tratamentos disponíveis atualmente para minimizar os efeitos do
lenfemeda, como por exemplo, linfoterapia, técnica de enfaixamento compressivo, Laser de
baixa potência, dentre outros. Para isso, foi realizado um estudo retrospectivo por meio de
revisão literária com artigos publicados no período de 2011 a 2015 nas bases de dados SciELO,
Pubmed, Google Acadêmico, buscando artigos publicados em inglês e português, que
abordassem o tratamento do linfedema. Foi também realizada uma pesquisa em livros didáticos
publicados a partir de 2009. Após a abordagem de todas as técnicas utilizadas para o
tratamento do linfedema, fica evidente o predomínio da linfoterapia.
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ABORDAGEM DO TRATAMENTO DA PUBERDADE PRECOCE EM MULHERES
Igor Loureiro dos Santos
Guilherme Costa Rodigues
Bruno Baquião da Silva
Ludialem Lacerda Martins
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A puberdade normal é um fenômeno biológico que compreende as mudanças morfológicas e
fisiológicas como forma, tamanho e função, resultantes da ativação dos mecanismos neurohormonais do eixo hipotalâmico– hipofisário - gonadal. Todavia, a antecipação cronológica
deste fenômeno, denomina-se puberdade precoce, que representa um grupo de doenças que
abrange desde as variantes normais do crescimento, favorecendo à adrenarca precoce e a
telarca precoce. A PPC (Puberdade Precoce Central), uma subdivisão da puberdade precoce, é
uma desordem rara, com incidência de 1:5.000-1:10.000. Contudo, fundamentado na
importância das diversas formas de tratamento que visam amenizar as consequências desta
patologia, busca-se entender qual o melhor tratamento para a puberdade precoce central e
periférica, descrevendo as formas de tratamento da puberdade precoce bem como seus
resultados, efeitos adversos e aquele que se apresenta com maior eficácia. Foi realizada uma
revisão bibliográfica nas bases de dados Scielo, Pubmed e BVS, além de uma pesquisa de busca
ativa com as palavras-chaves: “precocious puberty”, “normal puberty”,“diagnosis and treatment
of precocious puberty”, “treatment of precocious puberty by GH” e “treatment of precocious
puberty by GnRH”, sendo selecionados 23 artigos do período de 1991 a 2014. Existe um
consenso de que os análogos do GnRH determinam a diminuição da velocidade de progressão
ou mesmo a involução da maior parte das características puberais de pacientes com puberdade
precoce. Alguns pacientes sob tratamento com os análogos apresentam acentuada
desaceleração da velocidade de crescimento causada pela supressão dos efeitos dos esteróides
sexuais sobre o GH e o IGF-1. Porém, a experiência dos diversos grupos quanto à eficiência do
tratamento na recuperação da perda estatural é bastante discrepante. Quanto ao uso
combinado de análogos do GnRH e GH recombinante não existem, no momento, elementos que
confirmem o benefício da associação. Já o uso concomitante de análogos do GnRH e estrógeno
em baixa dose é uma proposta que apresenta resultados encorajadores para tentar minimizar a
desaceleração acentuada da velocidade do crescimento que ocorre em algumas pacientes.
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PRESCRIÇÃO DE BISFOSFONATOS PARA OSTEOPOROSE EM MULHERES NA PÓSMENOPAUSA: INDICAÇÕES E CONFLITOS DE INTERESSE
Bárbara Lacerda de Oliveira Faria
Clarissa Raquel da Silva Gomes
Filipe Salvador Zinatelli Coelho
Gabriela Persio Gonçalves
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Os bisfosfonatos são substâncias farmacológicas sintéticas análogas ao pirofosfato inorgânico,
com grande afinidade pelo cálcio, inibidores da atividade osteoclástica, e por esse motivo
amplamente usados para o tratamento da redução da densidade óssea (Osteoporose). No
entanto, dentro da perspectiva da Prática Baseada em Evidência, há muitos questionamentos a
respeito do seu uso. Primeiramente, no desfecho utilizado pelos estudos que avaliam
simplesmente a densidade óssea, enquanto que o importante para o paciente seria a redução
das fraturas. Além disso, há de se levar em consideração os efeitos colaterais importantes da
medicação (esofagite, úlcera esofágica, fibrilação atrial) em especial na população idosa, que já
sofre com a polifarmácia, quando já se sabe que a prevenção das fraturas é multifatorial, com
peso importante para os fatores ambientais, marcha, equilíbrio, tabagismo, alcoolismo e
exercício físico. Assim, objetiva-se estudar o real impacto do uso dos bisfosfonatos na prevenção
de fraturas e problematizar a influência da indústria farmacêutica nas recomendações de
tratamento. Diante disso, foi realizada uma revisão bibliográfica em fontes secundárias
(Uptodate e Dynamed) e primárias (Cochrane), buscando, principalmente, artigos isentos de
conflitos de interesse com a indústria farmacêutica. Nas revisões sistemáticas da Cochrane
(entidade sem apoio da indústria farmacêutica) de 2011, encontramos os seguintes resultados:
o exercício físico tem uma Redução Absoluta (RA) dos riscos de fraturas de 4 em 100 mulheres,
com um NNT (Número Necessário para Tratar), enquanto que o Alendronato em prevenção
secundária (mulheres pós menopausa, com osteoporose que já tiveram fratura) reduz na fratura
de vértebra: RA: 6/100, com NNT 20 e nas fraturas de quadril e fêmur: RA: 1/100, com NNT: 100.
O Alendronato na prevenção primária (mulheres com osteoporose que nunca tiveram fratura)
reduz na fratura de vértebra: RA: 2/100 NNT: 50, enquanto que nas fraturas de quadril e punho,
não apresentou resultados melhores que o placebo. Os resultados foram similares nas revisões
sistemáticas do Risendronato e do Ranelato de Estrôncio. Pode-se dizer, com base em evidências
científicas de qualidade, que os Bisfosfonatos podem ter benefício na redução de fraturas em
mulheres com osteoporose que já sofreram esse evento anteriormente, principalmente na de
vértebra (NNT: 20). Contudo, na fratura de quadril e punho, o exercício físico possui melhores
resultados (NNT:25 x NNT:100) e naquelas mulheres com osteoporose que nunca tiveram
fratura, os bisfosfonatos não previnem que esses eventos ocorram. Na prática médica, isso
significa que o peso dado ao uso da medicação é superior, frente à atuação dos outros fatores
de risco para fraturas, como avaliação da marcha e do equilíbrio, estímulo à atividade física,
cessação do tabagismo, além de trazer dados a mais a serem compartilhados com o paciente no
momento da pactuação do tratamento.
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5. WELLS, George et al. Risedronate for the primary and secondary prevention of osteoporotic
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6. WELLS, George et al. Alendronate for the primary and secondary prevention of osteoporotic
fractures in postmenopausal women. The Cochrane Library, ed. 9, 2011.
121
RELAÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO E HPV EM ADOLESCENTES: REVISÃO DE
LITERATURA
Ana Cecilia Lima Gonçalves
Emília Pires de Oliveira Costa
Luciene Rodrigues Kattah (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O câncer de colo uterino é uma neoplasia prevalente em mulheres com início precoce da
atividade sexual e multiplicidade de parceiros sexuais, o que se relaciona com o uso de
anticonceptivos orais, baixas condições econômicas e uso irregular de preservativo, visto que
este é um dos métodos de prevenção dos subtipos de alto risco do papiloma vírus humano
(HPV). Durante a adolescência ocorre a transformação da cérvice. Nesse processo as células
colunares podem sofrer metaplasia escamosa, sendo mais suscetível à infecção por agentes
patogênicos de transmissão sexual, como o HPV. Essa é a área em que aparece a parte das lesões
precursoras e carcinomas cervicais. Podem acontecer lesões intra-epiteliais de baixo
grau/neoplasia intra-epitelial grau I (NIC I), que refletem apenas a presença do vírus, e de lesões
intra-epiteliais de alto grau/neoplasia intra-epitelial graus II ou III (NIC II ou III), que são as
verdadeiras lesões precursoras do câncer do colo do útero. Sabendo-se que o HPV está
associado ao câncer cervical, um importante problema de saúde pública, foi criada uma vacina
para ser usada como forma preventiva, visto que ela estimula a resposta humoral e determina
proteção efetiva contra tipos específicos de HPV e impede o aparecimento de neoplasias intraepiteliais de alto grau. Ela previne infecções contra os subtipos 16 e 18, os mais agressivos, além
dos 6 e 8, responsáveis por lesões de baixo risco, como as verrugas genitais. As unidades básicas
de saúde fornecem tal proteção para meninas de 9 a 16 anos. De acordo com os estudos fica
evidenciado a importância do exame Papanicolau, pois este permite que sejam identificadas
lesões na fase intra-epitelial, que é a fase não invasiva, alem do treinamento de médicos para
este novo público gerado pela iniciação sexual cada vez mais precoce para que os adolescentes
tenham mais conhecimento sobre atitudes e práticas de prevenção.
122
CANDIDÍASE VULVOVAGINAL: SINTOMATOLOGIA E OS FATORES DE RISCO
Jessica Peixoto Temponi
Gabriela Cunha Silva
Maria Fernanda Coimbra Coury
Marco Tulio Oliveira Avelar
Beatriz Martins Borelli Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A candidíase vulvovaginal (CVV) é uma doença fúngica, causada principalmente pela Candida
albicans, sendo uma das principais queixas ambulatorias em consultas ginecológicas. Segundo
os artigos revisados, estima-se que no mundo, 75% das mulheres apresentam durante a sua vida
pelo menos um episódio de CVV. Devido à grande relevância e ocorrência dessa patologia, o
objetivo desse artigo é associar as leveduras aos sinais, sintomas e tratamentos. Além disso,
evidenciar os grupos de risco, apresentando a importância da prevenção e promoção da saúde.
A metodologia utilizada no presente artigo consiste em uma revisão bibliográfica que teve como
fonte de pesquisa as bases de dados a Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google
acadêmico e Lilacs. Foram selecionados artigos publicados entre maio de 2005 e agosto de 2014.
As manifestações clínicas observadas comumente na CVV é o prurido vaginal e corrimento
esbranquiçado com aspecto semelhante à nata de leite, seguidas de eritema, edema, ardência
e disúria, sendo mais acentuada no período pré-menstrual e pós relações sexuais (SIMÕES,
2005). Além disso, o uso de roupas íntimas justas ou sintéticas, evita a aeração nos órgãos
genitais e consequentemente aumenta a umidade na região vaginal e hábitos higiênicos
inadequados são predisposições para a ocorrência de CVV. Ademais, gestantes, portadores de
diabetes mellitus e imunodeficiências e uso de antibióticos de amplo espectro são fatores que
compõem o grupo de riscos para a candidíase vulvovaginal. O diagnóstico dessa infecção é
realizado por dados clínicos. Entretanto, essa prática é inadequada para um diagnóstico de
qualidade, necessitando assim, de realização de exames microbiológicos. Dessa forma, o
tratamento se torna mais adequado com a utilização de medicamento de via oral ou pomadas.
Um dos medicamentos mais conhecidos é o Fluconazol, onde sua eficácia passou a ser
questionada, visto ocorrência de teratogenia e resistência do fungo ao medicamento. Assim, O
presente artigo, demostrou a grande relevância de um conhecimento mais aprofundado sobre
essa patologia. Pois, segundos os dados epidemiológicos estudados, essa é uma doença de
saúde pública que, de certa forma, afeta a qualidade de vida pelos sinais e sintomas encontrados
nos enfermos. Além, disso, vale ressaltar que, se não atenuado esse quadro na gênese da sua
apresentação, a candidíase vulvovaginal pode evoluir de uma forma insidiosa e causar danos à
saúde da mulher.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 27, n. 5, maio 2005.
124
RELAÇÃO ENTRE O USO DE CONTRACEPTIVO HORMONAL E O AUMENTO DA FREQUÊNCIA
DOS EPISÓDIOS DE CANDIDÍASE DE REPETIÇÃO
Helis Rejane Pereira Góis
Tássia Camila Barroso
Stéphanie Paula Neris Nastas
Isabella Gaede Tolentino
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Dentre as várias patologias que podem acometer o sistema genital feminino tem-se as infecções,
como a Candidíase, doença cujo agente etiológico trata-se de um fungo dimórfico denominado
Candida albicans, responsável por infecções mucocutâneas e sistêmicas crônicas (HASHEM et al.
2015). A infecção por Candida está associada a fatores de risco, incluindo o aumento nos
estrogênios, sendo que o aumento da incidência de candidíase vaginal ocorre durante a
gravidez, durante a fase lútea do ciclo menstrual, uso de contraceptivos à base de estrogênios e
em pacientes que estejam realizando terapia de reposição hormonal, ou seja, quando os níveis
de estrogênio e progesterona são elevados (CLEMONS et al., 2004). Realizou-se uma revisão de
literatura no período de março a abril de 2016, sendo selecionados artigos em inglês, português
e espanhol nas bases de dados BVS, SciELO e PubMed. Foram utilizados os seguintes descritores:
""candidíase de repetição’’, ""candidíase recorrente’’ e ""candidíase contraceptivo’’ em
português e inglês, em ambas as bases. Os termos ""candida albicans anticoncepcionais’’ e
""candida albicans estrógenos’’ foram pesquisados na base de dados SciELO. A maioria das
infecções cujos agentes etiológicos são fungos nos seres humanos é provocada por fungos
oportunistas, como a Candida albicans; que, em condições normais, está presente no organismo
humano como comensal, sem causar qualquer patologia (CARDOSO, 2004), inclusive entre 25 a
75% dos indivíduos saudáveis podem apresentar Candida spp. (WILLIAMS et al., 1997 apud
ROSSI, 2011). Quando fatores predisponentes, fisiológicos, patológicos e mecânicos modificam
o relacionamento do hospedeiro com a sua microbiota natural, a doença se manifesta (ROSSI et
al., 2011). Quanto à epidemiologia, estima-se que a candidíase acometa três quartos das
mulheres adultas em algum período da vida sendo que cerca de metade delas terão dois ou mais
episódios da doença (CAMARGO et al., 2015). Existe uma relação entre a presença de
lactobacilos na vagina e a redução do desenvolvimento de candidíase vulvovaginal (LEÃO et al.,
2015). Os níveis de estrogênio parecem ser o principal fator hormonal implicado na
susceptibilidade à Candida albicans, pois essa levedura produz uma proteína de ligação ao
estrogênio e sabe-se que estrogênios de mamíferos e fitoestrogênios podem aumentar a sua
patogenicidade. Assim, verifica-se a existência de uma relação positiva entre entre o uso de
medicamentos contraceptivos hormonais e a frequência de episódios de candidíase de
repetição, por meio de uma revisão de literatura, e conclui-se que existe diferença entre a
contracepção hormonal combinada (estrogênio e progestagênio) e a contracepção com
progestagênio isolado, sendo a primeira mais relacionada aos episódios recorrente de
candidíase.
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CAMARGO, Kélvia Cristina de et al. Secreção vaginal anormal: sensibilidade, especificidade e
concordância entre o diagnóstico clínico e citológico. Revista Brasileira de Ginecologia e
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126
RELEVÂNCIA DO PRÉ-NATAL NA PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA
Camila Segal Cruz
Lorena Reis Augusto
Alessandra Duarte Clarizia (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A sífilis é uma doença infecciosa de evolução crônica causada pelo Treponema palladium e tem
o homem como único hospedeiro, transmissor e reservatório. Embora seja uma doença
conhecida e de abrangência mundial, é grande a proporção de gestantes infectadas que não são
sujeitas às ações terapêuticas em relação ao controle e prevenção da transmissão vertical. A
falha na assistência pré-natal e consequente falha no tratamento de gestantes pode ocasionar
um aumento no número de casos de sífilis congênita, os quais têm diagnósticos e tratamentos
muito mais complexos. O desenvolvimento do trabalho teve como objetivo relacionar falhas na
assistência pré-natal com a maximização da incidência de sífilis congênita, além de destacar os
procedimentos esperados e adequados para a prevenção de casos diante dos fatores de risco.
Foi realizada revisão nas bases de dados sciELO e LILACS, utilizando as palavras-chave sífilis
congênita, saúde materno-infantil, cuidado pré-natal e transmissão vertical e selecionados 12
artigos do período de 2011 a 2015. Apesar de a doença não ter restrição apenas às camadas
menos favorecidas, tem sido relacionada ao baixo nível socioeconômico e assim a um acesso à
saúde deficiente. Além disso, outra causa apontada para a incidência desse agravo é a
negligência nas consultas em que o protocolo não é aplicado da maneira satisfatória. Entendese que a oferta de serviços de assistência pré-natal altera o desfecho das gestações e se há
deficiência no sistema de assistência ofertado, seja por falta de consultas ou consultas
insuficientes, caminha-se para o aumento do número de casos de sífilis congênita. Foi concluído
assim, que os índices de incidência de sífilis congênita variam de acordo com a assistência que é
ofertada durante o pré-natal, o que sinaliza a importância deste. Durante esse período é de
fundamental importância o tratamento medicamentoso adequado da gestante, com finalização
de tratamento em tempo hábil anterior ao parto, assim como o tratamento concomitante do
parceiro.
127
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Carolina dos Santos Cruz
Marianne dos Santos Victória
Rogério Saint-Clair Pimenta Mafra (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O nascimento de um bebê principalmente quando se é o primeiro, acarreta em mudanças
fisiológicas e psicossociais na maioria das mulheres. Tais mudanças podem desencadear
distúrbios emocionais como a depressão pós-parto, transtorno mental de alta incidência. O
objetivo desse trabalho foi dissertar sobre a sintomatologia, os fatores de risco e a repercussão
desse transtorno psiquiátrico. Para a realização dessa revisão foram analisadas as bases de
dados do ScIELO, LILACS e Google Acadêmico entre os períodos de 2005 a 2015. Dessa forma,
percebe-se que os aspectos sociais, físicos e emocionais irão influenciar no desencadeamento
da depressão pós-parto, a qual poderá induzir repercussões negativas nas relações familiares.
Assim, a atenção paterna e o apoio familiar são importantes para prevenção do
desenvolvimento desse tipo de depressão. Ademais, esse transtorno psiquiátrico tem se
mostrado um problema de saúde pública, sendo necessário à sua identificação precoce, para
que o máximo das suas consequências sejam minimizadas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A.R.Arrais, M.A. Mourão, B. Fragalle- O pré-natal psicológico como programa de prevenção à
depressão pós-parto
128
DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL
Ana Luisa de Albergaria Lima Oliveira
Carina Peixoto Temponi Neves
Allonson Rodrigues Vieira Reis Sá
César Augusto da Silva
Daniel Moreira (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Doença Trofoblástica Gestacional (DTG) é uma complicação da gravidez causada por
diferenciação defeituosa do trofoblasto. Exemplos são mola hidatiforme, coriocarcinoma, tumor
trofoblástico do sítio placentário e tumor trofoblástico epitelióide. Baixa ingesta de
betacaroteno, história familiar e idade são fatores epidemiológicos (MORAES; MARCOLINO;
SILVA; FILHO; BRAGA, 2014). A mola hidatiforme completa (MHC) resulta da fertilização de
ovócito desprovido de núcleo por um espermatozoide que duplica seu genoma (STEVENS;
KATZORKE; TEMPFER; BIZJAK; FEHM, 2015). Sua incidência é de 1 a 1,5 por 2000 gestações no
ocidente. A cavidade uterina está expandida e o feto, cordão e membranas estão ausentes. Há
formação de vesículas, que são vilosidades coriônicas hidrópicas revestidas por trofoblasto
hiperplásico (MORAES; MARCOLINO; SILVA; FILHO; BRAGA, 2014). Clinicamente, observam-se
útero aumentado de volume, hiperêmese, níveis elevados de gonadotrofina coriônica (B-hCG) e
expulsão de vesículas (STEVENS; KATZORKE; TEMPFER; BIZJAK; FEHM, 2015). A mola hidatiforme
parcial (MHP) resulta da fertilização de ovócito haploide por dois espermatozoides, ocasionando
triploidia. Há feto, porém na maioria das vezes com anomalias incompatíveis com a vida
(CUNHA, 2012). Caracteriza-se por hidropisia de algumas vilosidades em meio a vilos normais
(ROBBINS E COTRAN, 2013). A Mola Invasora representa invasão do miométrio por vilosidades
molares, podendo haver perfuração (ROBBINS E COTRAN, 2013). Coriocarcinoma é a neoplasia
maligna trofoblástica mais comum. Caracteriza-se por massa tumoral necro-hemorrágica no
útero (ROBBINS E COTRAN, 2013). Em 50% dos casos, surge após MHC (SILVA; SILVA, 2010).
Tumor trofoblástico do sítio placentário corresponde a 0,2 a 0,4% dos casos de DTG. Há
sangramento vaginal e níveis pouco elevados de B-hCG (LOLINIÈRE; KHOMSI; FASHLAOUI;
DUBUISSON, 2014). Tumor trofoblástico epitelioide é raro e tem diferenciação em trofoblasto
intermediário coriônico, surgindo muitos anos após aborto, parto ou mola (ZHANG; SHI; CHEN,
2014). Em 12 a 30% dos casos, há associação entre DTG e hipertensão arterial (MAESTÁ;
PERAÇOLI; BORGES; RUDGE, 2003). Existe relação com hipertireoidismo devido à semelhança
estrutural entre a subunidade alfa da B-hCG e o TSH (ALMEIDA; CURI; ALMEIDA; VIEIRA,2011).
O tratamento para a mola hidatiforme completa é vacuoaspiração. Contracepção oral deve ser
utilizada logo após seu esvaziamento. Dosagens seriadas de B-hCG devem ser realizadas para
caracterizar cura ou DTG persistente (MAESTÁ; BRAGA,2012). Nos casos de neoplasias, realizamse procedimentos cirúrgicos e quimioterápicos. Foram utilizados 16 artigos, ano de 2003 a 2015,
encontrados no Scielo e PubMed, além do livro-texto de Patologia de Robbins e Cotran, 2013.
Palavras-chave: Doença Trofoblastica Gestacional; Mola Hidatiforme; Coriocarcinoma; Tumor
Trofoblástico do Sítio Placentário; Tumor Trofoblástico Epitelioide; Hipertireoidismo; Préeclâmpsia.
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130
ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTRÓGENOS NATURAIS E SINTÉTICOS E FENÔMENOS
TROMBOEMBÓLICOS
Amanda Dias Campos
Gabrielle Luara Almeida de Jesus
Daniela Meireles Fróis
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O estrógeno é um esteroide sexual feminino, podendo ser sintético ou natural, como o 17β
estradiol (produzido pelo ovário e pela supra-renal), estrona (produzido pelo ovário, supra-renal
e por conversão periférica) e estriol (produzido apenas pela placenta). Esse hormônio causa
alterações no sistema de coagulação, aumentando os fatores pró-trombóticos e diminuindo os
fatores anticoagulantes, o que predispõe ao desenvolvimento de fenômenos tromboembólicos.
Há situações em que esses fenômenos são favorecidos pelo aumento endógeno ou exógeno de
estrógeno, como uso de anticoncepcional, gravidez e Terapia Hormonal (TH). Para a elaboração
do resumo foram utilizados artigos relacionados aos estrógenos naturais e eventos
tromboembólicos e livros de Ginecologia, Obstetrícia e Patologia, no intuito de abordar os
mecanismos de ação hormonal e contrapor a crença de que estrógenos naturais são “bons” e
sintéticos são “ruins”. O estrógeno eleva os fatores VII, VIII, IX, X, XII, XIII e reduz os inibidores
naturais da coagulação (proteína S e antitrombina), resultando em um quadro de
hipercoagulabilidade, que consiste em um dos componentes da tríade de Virchow, juntamente
com a estase venosa e lesão endotelial e que comprovam a etiopatogênese da trombose. Esta
consiste na solidificação do sangue no interior dos vasos ou do coração de um indivíduo vivo,
podendo ocorrer fragmentação da massa sólida (trombo) e formação de êmbolos,
caracterizando o tromboembolismo. O desenvolvimento desse fenômeno encontra-se
aumentado com o uso de pílulas anticoncepcionais contendo estrógeno natural ou sintético
(sendo o mais utilizado o etinilestradiol), com incidência de tromboembolismo de 1525/100.000 mulheres por ano. O Qlaira®, por ser um anticoncepcional contendo estrógeno
natural (valerato de estradiol, pró-fármaco do 17β estradiol), induz a ideia de causar menos
alterações nos fatores de coagulação, pelo fato de o organismo já estar adaptado ao hormônio
endógeno. Porém, todos os tipos de estrógenos, sejam eles naturais ou não, possuem o mesmo
mecanismo de ação após caírem na corrente sanguínea, agindo nos mesmos receptores. Na
gravidez, as mudanças que ocorrem no perfil endócrino da mulher são fisiológicas, em que há o
aumento da glândula hipófise e liberação excessiva de três hormônios, incluindo o estrógeno
(estriol), no qual favorece a elevação do fluxo sanguíneo útero placentário, aumento dos fatores
I, II, VII, VIII, IX e X e diminuição da proteína S. A incidência de tromboembolismo nessa fase é
de 60/100.000 mulheres por ano. Já a TH, que é realizada pós-menopausa, pode ser feita através
da administração de fármacos contendo estrógenos naturais ou sintéticos, o que aumenta seus
níveis no organismo e torna-se também fator predisponente para o surgimento de
tromboembolismo, com incidência de 30/100.000 mulheres por ano. Portanto, a elevação tanto
de estrógenos naturais quanto sintéticos no organismo é responsável pelo aumento da
incidência de fenômenos tromboembólicos.
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132
DEPRESSÃO PÓS-PARTO: FATORES DE RISCO E OS IMPACTOS NA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ
Amanda Dias Campos
Katye dos Passos Rodrigues
Gabrielle Luara Almeida de Jesus
Kelly Christina da Fonseca Meira
Evaristo Magalhães (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A depressão pós-parto (DPP) corresponde a uma patologia de múltiplas causas, que tem início
no primeiro ano após o parto, principalmente entre a quarta e oitava semanas. Caracteriza-se
por um quadro severo e agudo, atingindo cerca de 10% das mulheres, e está associada a um
conjunto de sintomas, como choro constante, irritabilidade, oscilações de humor e insônia. Os
fatores de risco para o desenvolvimento da DPP resultam de uma combinação de fatores
biológicos, sociais e psicológicos. Dentre eles, destacam-se o histórico de transtornos afetivos
da mãe, não planejamento da gestação, nascimento prematuro do bebê, complicações no parto
e pouco suporte oferecido pelo parceiro ou por outras pessoas com quem a mãe mantém
relação. O desenvolvimento da criança está intimamente relacionado com os estímulos que
recebe de sua mãe nos primeiros meses de vida. A mãe suficientemente boa adequa o seu
comportamento no intuito de proporcionar ao filho uma estimulação apropriada,
caracterizando uma interação sincrônica. Na DPP esta interação transforma-se em assincrônica
e a genitora se mostra não responsiva afetivamente aos estímulos do bebê. Mães depressivas
mudam suas atitudes emocionais e modificam os signos que a identificavam como um “objeto
bom” para o filho, alterando assim a relação mãe-bebê. Elas tornam-se inseguras em suas
capacidades maternas e gastam menos tempo interagindo com o filho. Este, por sua vez, passa
a demonstrar expressões negativas, podendo apresentar retardos durante o desenvolvimento.
O diagnóstico da DPP é realizado normalmente por pediatras e médicos generalistas, pelo fato
de serem os responsáveis pelo acompanhamento do desenvolvimento primário infantil. Porém,
como não são profissionais de saúde mental e não possuem conhecimento aprofundado sobre
o assunto, o diagnóstico pode ser feito de forma inapropriada e tardia, levando ao agravamento
do quadro e dificultando o tratamento. O tratamento da DPP é estabelecido de acordo com a
gravidade da patologia, podendo ser utilizado a psicoterapia e/ou a farmacoterapia, que
envolvem paciente, família, médico e psicólogo. Os medicamentos mais utilizados são os
inibidores seletivos da receptação de serotonina (SSRI), pois apresentam baixa toxicidade e fácil
administração. A terapia psicológica busca promover a autoconfiança e aceitação da mãe.
Conclui-se que a falta de preparo psicológico da mulher em lidar com a gravidez e maternidade
é um dos principais fatores predisponentes da DPP. O estado depressivo desenvolvido logo após
a gestação pode afetar negativamente a díade mãe-bebê, tornando importante o diagnóstico
precoce para minimizar as alterações negativas na aprendizagem, interação social e
desenvolvimento emocional da criança. O tratamento medicamentoso faz-se necessário em
casos mais graves em que há presença de sintomas severos, já o psicólogo busca atender as
necessidades emocionais da mãe e minimizar ou eliminar os sintomas da DPP.
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134
VACINAÇÃO CONTRA HPV: ADEQUANDO SUAS INCOERÊNCIAS
Marcela Rodrigues Gondim
Aurélio Leite Rangel Souza Henriques
Filipe Brito Ferraz da Silveira
Maria Cláudia Miranda
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O Papilomavirus Humano (HPV) é composto por centenas de genótipos diferentes, sendo 15
associados às neoplasias maligna. Documenta-se uma maior prevalência dos tipos 6 e 11,
responsáveis por condilomas anogenitais, e dos tipos 16 e 18 envolvidos em casos de cânceres
de colo de útero. Esse estudo elucida os equívocos mais comuns e que afetam a adesão vacinal
que são: o público alvo da imunização e quantidade de doses ideais, quais os efeitos adversos e
teratogênicos e o abandono do preventivo por parte das pacientes vacinadas. A vacina está
disponível pelo Sistema Único de Saúde e é denominada vacina quadrivalente, por conferir
proteção contra quatro tipos virais (6, 11, 16 e 18). São aplicadas 3 doses intramusculares com
intervalos de 6 meses e 5 anos após a primeira. Entretanto, foi comprovado, que 2 doses são
eficazes e suficientes para a produção de anticorpos contra o vírus. Além disso, uma 3ª dose foi
relacionada a uma menor adesão à imunização pelos pacientes. Sabe-se que aplicar 2 doses
pode gerar maior economia aos cofres públicos por menor aquisição de mais doses da vacina.
Para o INCA, a adoção das vacinas anti-HPV não substitui o rastreamento do exame preventivo
(Papanicolau), já que não oferecem proteção para cerca de 30% dos casos de câncer do colo de
útero causados por outros tipos virais. Em ambos os sexos, a vacinação levará a uma redução do
número de infecções, porém ao analisar o custo-efetivo da imunização em homens, o gasto
público com as vacinas não justificaria sua disponibilização em massa para a prevenção de
algumas doenças, como exemplo o câncer de pênis, por ter baixa prevalência e, os homens já se
beneficiariam devido à vacinação em mulheres. O câncer de colo uterino, é a 3ª neoplasia
maligna mais frequente na população feminina e a 4ª causa de morte entre as mulheres no
Brasil, portanto, a imunização de mulheres deve ser tratada como prioridade para reduzir-se as
morbi mortalidades decorrentes dessas neoplasias. A vacina é muito segura, podendo conter
efeitos adversos leves. Há contraindicação à vacina em pessoas hiperssensíveis ao levedo. Em
gestantes, o mais indicado seria esperar o término da gestação para aplicar a vacina, pois mesmo
não havendo relatos de malformação congênita, os dados obtidos e os estudos realizados foram
insuficientes para enfatizar a segurança da vacina nestes casos. Conclui-se que é válido uma
elucidação dos principais rótulos equivocados inseridos na população, bem como educá-la sobre
a infecção e suas consequências, para assim levar a uma maior adesão à imunização. Além disso,
fica entendido que: a vacinação não ocasiona efeitos adversos graves e apenas 2 doses são
suficientes; uma necessidade da vacinação do sexo masculino é descartada
epidemiologicamente; não se deve negligenciar o preventivo, e que os estudos foram
insuficientes na comprovação do efeito teratogênico.
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136
INDUÇÃO DA FOLICULOGÊNESE APÓS TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE OVÁRIOS
CONGELADOS/DESCONGELADOS EM PERITÔNIO DE RATAS
Thiago José Vieira Chaves
Marina Santana Carvalho
Ivana Vilela Teixeira
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Um dos principais dilemas enfrentados pela medicina reprodutiva atualmente é a dificuldade de
preservação da capacidade reprodutiva feminina nas pacientes que têm seus ovários inativados
pelo uso da quimio ou radioterapia. Nestes casos a criopreservação ovariana serviria tanto como
fonte de reserva de oócitos para a preservação da função reprodutiva futura, bem como uma
alternativa à terapia hormonal. Um total de 30 ratas foram separadas em 3 grupos; sendo o
GRUPO I submetido à indução da foliculogênese com FSH após congelamento/descongelamento
e transplante dos ovários; GRUPO II indução ovulatória após transplante ovariano; GRUPO III
que teve, apenas, os ovários estimulados (controle). A análise histológica dos implantes
demonstrou um número semelhante de folículos em crescimento em todos os 3 grupos. O
GRUPO I apresentou um total de 4 folículos com desenvolvimento inicial, 8 com
desenvolvimento mediano e 13 folículos maduros; GRUPO II teve 7 folículos com
desenvolvimento inicial, 11 medianos e 10 maduros; e o GRUPO III teve 1 folículo inicial, 14
medianos e 16 maduros. Nossos resultados demonstraram que ovários
congelados/descongelados e transplantados para o peritônio respondem ao estímulo com FSH
de forma semelhante a ovários em sítio natural e em relação aos transplantados sem
congelamento. Estes resultados sugerem a possibilidade de se realizar este procedimento de
forma semelhante em mulheres submetidas a ooforectomia e criopreservação ovariana,
previamente a um tratamento quimioterápico mantendo a capacidade reprodutiva da paciente.
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138
PROGESTERONA E PREVENÇÃO DO PARTO PREMATURO
Camila Dias Medeiros
Maria Oliveira Santos
Yulle de Oliveira Martins
Andre Mauricio Borges de Carvalho (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A prematuridade ou parto prematuro (PP) é a principal causa de morbidade e mortalidade
neonatal e sua incidência continua em crescimento. O PP é definido por tempo de gestação
menor que 37 semanas e ocorre como consequência do aumento progressivo da excitabilidade
das fibras miometriais e da maior contratilidade uterina. Pode ser espontâneo, cuja etiologia é
multifatorial/desconhecida, ou eletivo, em que há interrupção da gestação devido a
complicações materno-fetais. Uma das principais formas de prevenção da prematuridade
discutidas atualmente é o uso de progesterona exógena em grupos específicos de gestantes. O
objetivo desta revisão é descrever a ação preventiva da progesterona na inibição de partos
prematuros. Para a realização deste resumo foram utilizados sites de pesquisa como Scielo,
PubMed e UpToDate com as descrições: “prevenção do parto prematuro” e “progesterona”.
A progesterona é um hormônio produzido pelos ovários, adrenais, corpo lúteo e placenta, cuja
função essencial é a manutenção da gestação. Este hormônio promove o relaxamento da
musculatura lisa de diversos órgãos, incluindo o útero gravídico, e parece possuir ação sobre o
amadurecimento cervical. Além disso, tem ação imunossupressora, bloqueando a ativação dos
linfócitos T; diminui a ação uterotônica da ocitocina e potencializa a ação dos beta-adrenérgicos
sobre seus receptores uterinos. A progesterona natural é usualmente administrada pela via
vaginal, com doses diárias variando de 100 a 200mg. Esta via apresenta mais facilidade, menos
efeitos colaterais, bem como melhor eficácia, uma vez que há aumento de sua concentração no
tecido alvo. Já a progesterona sintética, produzida a partir da progesterona natural é
administrada por via intramuscular, em que a dose habitualmente empregada é de 250 a 500
mg/semana. Os efeitos colaterais são comuns, restritos ao local, descritos como dor, prurido e
edema. Estudos prévios e evidências atuais demonstram que a prescrição profilática de
progesterona é uma importante estratégia na prevenção do nascimento prematuro em
pacientes com história prévia de PP espontâneo com anamnese bem registrada e aquelas que
apresentam colo uterino curto avaliado pela ultrassonografia transvaginal no 2º semestre de
gestação. No entanto, a progesterona exógena não demonstrou ser eficiente na prevenção de
PP em gestações gemelares. A indicação de progesterona em pacientes sintomáticas é
promissora, no entanto, há necessidade de mais estudos a respeito. Quando indicada,
preconiza-se a progesterona via vaginal entre a 24ª a 36ª semana de gestação, a depender dos
fatores de risco associados. Quanto à teratogenicidade e aos efeitos adversos da progesterona,
pode-se concluir que a maioria dos estudos epidemiológicos não indica maior freqüência de
malformações fetais. Dessa forma, conclui-se que existem benefícios quanto ao uso da
progesterona sintética e natural para prevenir o parto prematuro apenas em gestações únicas
com antecedente de PP e no colo curto.
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RASTREIO DE TROMBOFILIAS ANTES DA PRESCRIÇÃO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Fernanda Ferreira Bicalho Moreira
Marcos Vinicius de Oliveira Fernandes
Ravynne Gomes Baptista
Natalia Fernandes Paes
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Os contraceptivos hormonais atuam no sistema neuroendócrino levando a um bloqueio
gonadotrófico, permitindo evitar gestações não planejadas (planejamento familiar), e outros
benefícios como redução do fluxo menstrual. No entanto, os contraceptivos hormonais podem
ter efeitos adversos significativos, como fenômenos tromboembólicos. No mercado atualmente
encontramos dois tipos: combinadas (progesterona e estrógeno) ou compostas de
progestágenos exclusivos, que podem ser administradas via oral, anel vaginal, adesivo
transdérmico, implante subcutâneo e diu. Atualmente, é descrito na literatura que doses acima
de 50 µg de etinilestradiol podem aumentar em 2x o risco de trombose venosa profunda e os
contraceptivos combinados aumentam em 3x este risco. Considera-se homeostasia a
capacidade do organismo de impedir uma coagulação intensa, assim quando ocorre uma lesão
endotelial há ativação da cascata de coagulação que forma um tampão hemostático e deve-se
ativar os anticoagulantes naturais (proteínas C e S). O artigo teve como objetivo aprofundar os
conhecimentos sobre a relação existente entre os fenômenos tromboembólicos e a
contracepção hormonal, analisando a eficácia do rastreio de trombofilias dosando a proteína C
funcional, antes da prescrição de métodos contraceptivos, através de uma revisão bibliográfica
(Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde). Em relação aos contraceptivos
combinados, sabe-se que o etinilestradiol (estrogênio sintético) é capaz de aumentar fatores de
coagulação, reduzir anticoagulantes naturais e induzir resistência a proteína C, em relação ao
estrógeno natural (valerato de estradiol) acredita-se que ele também contribui para a
coagulação. Além do hormônio, acredita-se que a via de administração do contraceptivo, pode
intervir no desenvolvimento de fenômenos tromboembólicos, desta forma acredita-se que a via
oral, transdérmica e vaginal, contendo etinilestradiol e progestágenos, apresentem riscos
semelhantes, por atuarem sistemicamente e levarem a alteração na homeostasia. Sabe-se que
as trombofilias são uma tendência genética ou adquirida para trombose venosa e são capazes
de potencializar o efeito trombogênico do contraceptivo hormonal combinado. Desta forma,
para rastrear a presença de trombofilias, tem-se o exame da proteína C funcional que analisa se
há redução na produção da proteína C. Diante dos resultados encontrados, o rastreio para
trombofilias nas pacientes antes de prescrever anticoncepcional, pode ser feito através do
exame da proteína C funcional, ou através de uma anamnese (história familiar de fenômenos
tromboembólicos e fatores de risco). A partir da entrevista realizada pode-se adequar a paciente
nos critérios de elegibilidade para prescrição de métodos contraceptivos da OMS. Assim sendo,
não existem evidências favoráveis ao rastreamento de trombofilias antes da prescrição de
contraceptivos combinados, visto que não se enquadra nos critérios para ser considerado
rastreio, segundo a OMS.
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142
SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO E RESISTÊNCIA À INSULINA NA SÍNDROME
METABÓLICA
Maria Oliveira Santos
Yulle de Oliveira Martins
Camila Dias Medeiros
Marcela Rodrigues Gondim
Isabela Ferreira Gontijo de Amorim (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A síndrome do ovário policístico (SOP) é decorrente de uma alteração hormonal entre as
mulheres em idade reprodutiva, com incidência em torno de 4 a 12%. Seu diagnóstico é feito
pela presença de amenorreia (anovulação), hiperandrogenismo e ovários policísticos, além de
obesidade, dislipidemia e resistência à insulina (RI). O objetivo desse trabalho foi avaliar a
relação entre SOP, RI e síndrome metabólica (SM). Para isso foi realizado uma revisão de
literatura, na base de dados PubMed, Scielo e UptoDate utilizando os seguintes descritores:
síndrome metabólica, resistência à insulina, síndrome do ovário policístico e obesidade, sendo
utilizados 10 artigos do ano 2007 ao ano 2015. A causa da SOP ainda não é bem estabelecida,
mas suspeita-se que ocorra uma alteração na liberação pulsátil de gonadotrofina, de hormônio
lutenizante (LH) e folículo estimulante (FSH), nas funções ovariana e da supra-renal, além do
quadro de RI; sendo esse último relatado em 50 a 70% das mulheres com SOP, obesas com SM
e não obesas. A RI pode ser identificada pelo índice de HOMA, teste de tolerância oral à glicose
e teste de QUICKI. A insulina estimula a lipogênese, converte andostenediona em testosterona,
estimula a produção ovariana de androgênio devido ao aumento do LH e da proteína
carregadora do fator de crescimento semelhante à insulina (IGFB-1), suprime a globulina
ligadora de hormônios sexuais (SHBG), resultando em maior biosdisponibilidade de androgênio
no organismo, que junto com a leptina aumentam o hormônio liberador de GH o que favorece
a secreção de LH e não de FSH, com isso não há crescimento e maturação dos folículos ovarianos.
Estudos demonstram que a exposição de andrógenos intra-útero leva ao aumento da
lipogênese, acarretando um maior acúmulo de gordura, principalmente na região abdominal
(obesidade visceral/central). A hipertrofia dos adipócitos viscerais resulta na produção de
citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias, que alteram a ação do receptor de insulina.
Consequentemente, ocorre uma contínua liberação de ácidos graxos livres, que são captados e
metabolizados no fígado, resultando em maior produção hepática de glicose e estimulação das
células β-pancreáticas (insulina). Além disso, o hiperandrogenismo e elevada taxa de
testosterona acarreta maior expressão de receptores e redução da lipólise visceral. Somado a
isso, a obesidade já está associada à redução da ovulação, aumento de abortos e complicações
tardias na gestação, podendo, dessa forma, elevar o risco de in-fertilidade característica à
síndrome. Diante disso, conclui-se que há uma interação em entre RI, hiperandrogenismo e
obesidade, na qual um potencializa o outro na SOP. Torna-se importante, nesse contexto, o
acompanhamento e aconselhamento das portadoras dessa síndrome, quanto às possíveis
alterações que possam estar associadas, assim como as modificações dos hábitos de vida.
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144
TABAGISMO NO DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
Marina Kusunoki Guerra
Luma Lorraine dos reis Souza
Paula Geovanna Rocha Pontello
Thays Ketlin Motta de Pinho
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O câncer do colo do útero, também chamado de cervical é o terceiro tumor mais frequente na
população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de
mulheres por câncer no Brasil. Atualmente, aceita-se que a infecção persistente pelo HPV é o
fator de risco mais importante relacionado ao desenvolvimento das neoplasias intraepiteliais e
do carcinoma cervical. Com o objetivo de analisar a discrepância entre a frequência de mulheres
infectadas pelo HPV e aquelas que desenvolvem neoplasias, foram uma revisão bibliográfica,
uma dissertação de mestrado e um estudo caso-controle entre 200 7 a 2015 e dados do INCA,
que correlacionam o desenvolvimento do carcinoma com cofatores de desenvolvimento, dentre
eles o tabagismo, que é reconhecidamente carcinogênico, podendo causar neoplasias em
diferentes órgãos do corpo humano, inclusive no muco cervical. Diversas hipóteses são
postuladas em relação à maneira pela qual o tabagismo poderia induzir essas lesões cervicais,
não existindo, assim, mecanismo isolado que possa explicar a carcinogênese relacionada ao
cigarro. Um dos principais mecanismos de ação está associado à exposição direta do DNA das
células epiteliais cervicais, a concentrações elevadas desses carcinógenos, e potenciais efeitos
mutagênicos. Esses danos são sujeitos ao reparo natural do DNA e aos processos fisiológicos de
apoptose, entretanto, a exposição crônica a esses constituintes pode levar ao acúmulo de
mutações. Outra hipótese se refere ao papel do tabagismo na alteração imunológica, em análise
himunohitoquímica foi observado que a elevada concentração dos derivados do tabaco estaria
relacionada à redução das células de Langerhans e de linfócitos T helper no epitélio escamoso
de transformação da cérvice uterina. A redução provocada nessas células, importantes
mediadores da imunidade celular e humoral, poderia influenciar na aquisição e persistência da
infecção pelo HPV. Pelo exposto, pode-se observar que, embora haja diferenças individuais no
metabolismo das substâncias químicas e suscetibilidade genética individual, as mulheres
tabagistas apresentam risco aumentado no desenvolvimento de lesões cervicais. O tabagismo
funciona, dessa maneira, como cocarcinógeno, sendo o HPV a causa primária, que associado à
imunodepressão local causada pelo cigarro, pode levar à persistência da infecção viral. O
reconhecimento e controle dessa situação e dos fatores de risco podem evitar seu
desenvolvimento.
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145
TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE EM PACIENTES COM CÂNCER
Pietro Pellizzaro Lima
Ludialem Lacerda Martins
Camila Lyra Silva
Ivana Vilela
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A fertilidade e a sexualidade, bem como a qualidade de vida são importantes aspectos a serem
valorizados em sobreviventes de neoplasias malignas. As pacientes oncológicas apresentam
uma longa expectativa de vida proporcionada pelos tratamentos atualmente disponíveis. Os
efeitos da quimio e radioterapias antineoplásicas no futuro da fertilidade são matéria de estudos
e preocupações das pacientes e de seus familiares. Dentre alguns dos maiores efeitos colaterais
destas terapias se incluem a falência ovariana e a infertilidade. Os tratamentos com agentes
quimioterápicos, bem como com a radioterapia, estão associados com significante dano gonadal
em mulheres e homens. A magnitude da perda gonadal seguida aos agentes citotóxicos é droga
e dose dependentes e, em mulheres, este efeito ainda é fortemente influenciado pela idade em
que ela se encontra à época do tratamento. Várias pacientes não irão se tornar estéreis no
momento imediato ao tratamento, mas irão sofrer com as consequências de uma falência
ovariana prematura. O conhecimento dos riscos e probabilidades da queda da produção
hormonal ovariana causados por estas terapias é fator crucial para que pacientes e profissionais
assistentes discutam sobre opções que servirão melhor ao futuro das mesmas. Vários métodos
de preservação da função gonadal diante deste potencial efeito esterilizante do tratamento tem
sido considerados. Desta forma, o presente resumo visa contemplar algumas das alternativas
mais recentes para manutenção da função gonadal feminina. Para tal, foi feita revisão
bibliográfica nas bases de dados online da CAPS/MEC, Scielo e Pubmed. O congelamento de
embriões, a criopreservação oocitária e a criopreservação de tecido cortical ovariano estão
entre as mais recentes opções disponíveis para se preservar a fertilidade em pacientes
oncológicas. A escolha de qual método a ser utilizado dependerá de diferentes parâmetros: do
tipo e da urgência no tratamento, do tipo de tumor, da idade da paciente e da existência de
parceiro. O único método de preservação da fertilidade estabelecido, de acordo com o Comitê
de Ética da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (2005), é o congelamento de
embriões. A técnica de criopreservação de oócitos seria indicada para mulheres sem parceiro
fixo e que não desejem a utilização de esperma de doador, pois, para tal, não se faz necessária
a existência do gameta masculino. Para as pacientes que necessitem ser submetidas ao
tratamento quimioterápico imediato, a criopreservação de tecido ovariano é a única alternativa
possível. Conclui-se que o conhecimento das medidas de preservação da fertilidade em
pacientes oncológicas é necessário para um tratamento diferenciado, individualizado e menos
agressivo, focado igualmente na remissão neoplásica e na qualidade de vida da paciente.
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ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS DURANTE A GESTAÇÃO E ABORTAMENTO
Yulle de Oliveira Martins
Camila Dias Medeiros
Maria Oliveira Santos
Heber Augusto Lara Cunha (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A função tireoidiana consiste em secretar uma quantidade suficiente de T3 e T4, que são os
hormônios responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento humano, como também
controlam funções homeostáticas.Entretanto, distúrbios podem ocorrer levando alterações da
produção de T3 e T4, e estas,quando ocorrem durante a gravidez podem causar sérios riscos.O
estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre as relações entreas alterações tireoidianas
e o aborto, tendo como bases de dados o Scielo, PubMed, UpToDate e Google acadêmico,
usando como palavras chaves:tireóide, hormônios tireoidianos, sistema imune, gravidez e
aborto.Para a ocorrência de uma gestação normal, o sistema imune materno necessita
reconhecer os tecidos feto-placentários e disparar uma complexa resposta imunorregulatória.
Mecanismos envolvendo uma intrincada rede de comunicação através de citocinas, moléculas
e receptores de diferentes tipos celulares que compõem o sistema imune local, ou seja,
decidual, são responsáveis pela manutenção do microambiente e alorreconhecimento dos
tecidos feto-placentários. Nesse contexto, respostas imunes inadequadas podem estar
envolvidas com falhas no processo de implantação embrionária. Os distúrbios tireoidianos são
tambémcomuns em mulheres adultas em fase reprodutiva e isso se deve principalmente à
deficiência de iodo ou a alterações imunológicas. As repercussões da disfunção tireoidiana na
gestação são ainda maiores, tendo em vista as profundas alterações hormonais e imunológicas
que ocorrem neste período, bem como a dependência dos hormônios tireoidianos e do iodo
maternos evidenciada no feto. As alterações imunológicas da gravidez são iniciadas pela
placenta e pela passagem transplacentária de células fetais que são capazes de modular as
respostas imunológicas maternas locais e sistêmicas. Além disso, variações hormonais podem
alterar a ação dos linfócitos T, responsáveis pela resposta imune do organismo durante a
gravidez. Devido a essas alterações, ocorre aumento dos riscos durante a gestação, como parto
prematuro, desprendimento prematuro da placenta e aborto, principalmente no primeiro
trimestre. Logo, se faz necessário realizar o rastreamento gestacional para função tireoidiana.
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O ESTRESSE CRÔNICO E SUAS CONSEQUÊNCIAS NOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE
João Marcos Barcelos Sales
Pietro Pellizzaro Lima
Ana Carolina de Paiva Sousa
Rodolfo Oliveira Gonçalves Guimarães
Luciene Rodrigues Kattah (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Em condições normais, nosso organismo tende a manter-se em homeostase, que se dá por um
equilíbrio dinâmico. No entanto, fatores estressores atuam gerando um desequilíbrio nessa
homeostase (ocasionando estresse), a qual pode ser restaurada pelos mecanismos
homeostáticos. Chama-se estresse crônico a condição de desgaste do organismo, ou seja,
quando estes mecanismos não conseguem suprimir a ação dos fatores estressores. Assim,
tratando-se de estresse crônico, com ênfase no laboral, nota-se que, na área da saúde, esse
tema tem sido muito relevante, pois além de comprometer a saúde do profissional, também
pode ser um risco às pessoas por ele atendidas. Diante disso, esse trabalho, que foi baseado em
artigos das bases de dados digitais SciELO e Google Acadêmico e em livros didáticos, visa fazer
uma revisão de literatura, referente ao estresse crônico nos profissionais da saúde, além de
propor ações para minimizar os efeitos nocivos dessa condição. Por se tratar de profissionais da
saúde, o estresse crônico também pode levar à Síndrome de Burnout (ou do estresse
ocupacional), devido a sua grande necessidade do contato com o usuário do serviço. De acordo
com pesquisas, nota-se que o número de profissionais acometidos pela síndrome tem
aumentado a cada dia. Para o diagnóstico de Burnout, é necessário a avaliação de um conjunto
de sinais e sintomas envolvendo três fatores principais, sendo eles, desgaste emocional,
despersonalização e realização profissional. O diagnóstico desse problema geralmente é feito
por meio de um questionário auto-aplicativo, que possui duas partes, uma com questões que
avaliam dados demográficos dos participantes e outra que se dá pelo Inventário de Burnout Maslach inventory Burnout (MBI), o qual avalia as três áreas citadas anteriormente. Dentre as
consequências dessa síndrome, pode-se encontrar vários tipos de sintomas, como psíquicos,
físicos, defensivos e comportamentais. Diante do mencionado, percebe-se a gravidade do
problema, já que profissionais que visam promover a saúde podem acabar fazendo o papel
oposto. Com isso, é importante que ações preventivas e interventivas sejam tomadas. A
prevenção se dá principalmente diminuindo a ocorrência dos estressores, dos quais se destacam
a competição entre trabalhadores, a sobrecarga de tarefas e, sobre a área da saúde, a falta de
infraestrutura e material básico para o trabalho. Para os locais onde já se tem esse problema, é
imprescindível que intervenções sejam tomadas de imediato. Sugere-se então que, nesses
locais, sejam ministradas palestras, as quais abordem a gravidade tanto para o profissional
quanto para quem recebe sua assistência, incentivando práticas de reversão e prevenção do
quadro. Assim, com essas medidas a ocorrência do estresse crônico poderia ser evitada, e a
saúde ficaria ainda mais efetiva, tanto para o usuário quanto para o profissional.
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PNEUMONIAS VIRAIS E BACTERIANAS: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS,
FISIOPATOLÓGICOS E TRATAMENTO
Ruan Martins Bonzi
Gabriel Silva de Carvalho Candido
Jefferson Marques Amorim Melo
Camilo Suarez Rodriguez Neto
Beatriz Martins Borelli (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A pneumonia é uma infecção grave dos pulmões que ainda hoje acomete grande parte da
comunidade e causa altos índices de mortalidade, mesmo com avanços na terapia e diagnóstico,
podendo ser causada por diversos micro-organismos. No entanto, a maioria dos casos não
possui um agente etiológico definido com precisão, uma vez que pouco se sabe sobre os padrões
microbiológicos da comunidade atingida. Dentre os tipos de pneumonia, a viral é a
predominantemente adquirida na comunidade. Sabe-se também que o pneumococo é o germe
mais frequentemente observado na PAC (pneumonia adquirida na comunidade), em todas as
faixas etárias nos casos de pneumonias bacterianas. O objetivo deste trabalho será realizar uma
revisão bibliográfica sobre os principais vírus e bactérias implicados na gênese da pneumonia
adquirida na comunidade, fatores de riscos que favorecem a pneumonia, métodos preventivos,
etiologia, identificação da doença e tratamentos. Trata-se de um artigo acadêmico de revisão,
baseando- se em artigos previamente publicados e obtidos em bases de dados online.
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154
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS, VARIAÇÕES METEOROLÓGICAS E SUA INFLUENCIA
SOBRE A INCIDÊNCIA DE DENGUE
Thiago Castro Beraldino
Otávio Amarante Cunha Acipreste
Maisa Gonçalves de Carvalho (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A incidência de dengue depende de uma série de fatores socioeconômicos e climáticos, entre
elas a concentração populacional urbana, as condições de moradia e de saneamento básico,
temperatura e pluviosidade. Conhecimentos sobre os fatores que aumentam a incidência dos
casos desta doença poderão contribuir para um efetivo combate ao vetor, consequentemente
diminuindo os casos da doença, e até propiciar uma certa antecipação aos períodos que se
encontram um maior número de casos, devido a sazonalidade desta. A metodologia utilizada
para elaboração deste artigo de revisão bibliográfica constitui-se de conteúdos consultados em
meios eletrônicos como, Lilacs e Scielo. A busca de dados foi realizada utilizando terminologias
como: dengue, urbanização, alterações climáticas, Aedes aegypti, surto de doenças. Os critérios
de inclusão para os estudos encontrados foram as relações socioeconômicas e climáticas com a
incidência de casos de dengue. Dentre os conteúdos supracitados, há estudos direcionados
sobre a cidade de Belo Horizonte, correlacionando a dengue com variáveis meteorológicas e
realizando previsões acerca desta doença. Os estudos indicam que as cidades, devido ao grande
fluxo campo-cidade ocorridos nas últimas décadas, não conseguem oferecer níveis satisfatórios
de habitação e saneamento básico e uma grande parte de seus habitantes (cerca de 20%) vive
em favelas, invasões e cortiços, onde o abastecimento de água e a fiscalização acerca da
proliferação do vetor da doença são, na maioria dos casos, precários. Em relação às mudanças
climáticas, observa-se a existência de ciclos sazonais na incidência de casos da doença, onde os
valores máximos foram identificados próximos às estações quentes e chuvosas e, próximos às
estações frias e secas foi constatado um número mínimo de casos. No Brasil, estas estações
correspondem, respectivamente, ao verão e inverno. É possível reduzir a abrangência da
epidemia, melhorando o sistema de vigilância epidemiológica, melhorando o saneamento
básico nas áreas periféricas (principalmente o abastecimento de água e a coleta de lixo) e
principalmente, prever os períodos anuais onde ocorrem o maior número de casos da doença e
agir diretamente sobre o vetor, a fim de reduzir o número destes e, por consequência, preservar
a saúde da população.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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dados meteorológicos.
155
A DICOTOMIA ENTRE O SUS IDEAL E REAL
Anabely Amaral de Oliveira
Cássia Vasconcelos Spínola Saraiva
Bruna Francilene Silva Rodrigues
Ana Raquel Castro Pellozo Pallos
Carolina Nogueira Gil (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A criação da Constituição Cidadã, em 1988, foi um marco na história da saúde brasileira, na qual
a Reforma Sanitária de universalização da saúde iniciou com a criação do Sistema Único de
Saúde (SUS). O atual cenário político do SUS, no entanto, não condiz com as expectativas do
momento de sua criação. O não seguimento de seus princípios, dentre outros fatores, deram
início ao seu declínio. Este estudo de revisão bibliográfica tem como principal objetivo entender
quais os fatores relevantes que levaram ao declínio do SUS, e sugestionar possíveis mudanças através de uma nova Reforma Sanitária - para possibilitar um atendimento que garanta a
melhoria da qualidade de vida da população. Foi realizada uma revisão da literatura disponível
a cerca do assunto abordado. Dentre os estudos encontrados, foram selecionados seis artigos
para compor o trabalho, cujos resumos possuíam correlação com o tema. As palavras-chave
utilizadas para a pesquisa foram: SUS; atual política do SUS; reforma sanitária no SUS; reforma
sanitária e sustentabilidade na saúde. Os artigos escolhidos estavam dentro dos eixos temáticos
esperados. Esses foram questionados, relacionados e aplicados no atual trabalho.
Financiamento insuficiente, crescimento da demanda da atenção primária concomitante ao
decréscimo de sua qualidade, e ineficácia de alguns hospitais especializados; são alguns dos
relevantes fatores do atual declínio do SUS. Além disso, pode-se inferir que O SUS é uma
“Reforma Social incompleta”, dessa forma, surge o seguinte questionamento: será necessária
uma reforma da reforma ou uma contra reforma? Em ambos os casos é importante levar em
conta fatores de caráter estrutural e institucional. De uma forma geral, a sua recuperação
apresenta como finalidade tornar coletivo - e não individual - o seu consumo, o qual deve ser
sustentável, consciente e de qualidade. É possível e necessário aprofundar o modelo de gestão
de saúde e ampliar a democratização das ações do Estado. Investimentos na infraestrutura do
sistema, seguimento dos princípios existentes e responsabilidades macro e micro sanitárias
podem ser auxiliadores da nova reforma. Porém, para o avanço desta, serão necessárias
alianças, o que, infelizmente, pode demandar uma longa trajetória.
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questão? Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2011.
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156
PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO: CONCEITO E ENFRENTAMENTO
Lorayne Cardoso Gontijo
Marcela Vasconcelos Apipe
Késia de Souza Ruela
Claudia Vasques Chiavegatto (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O ruído é produzido por um sinal acústico aperiódico de diferentes frequências. Apresenta-se
como um som desagradável, de percepção subjetiva. A exposição intensa e contínua aos ruídos
é fator de risco à ocorrência de alterações estruturais na orelha interna. A perda auditiva
induzida por ruído (PAIR) tem origem na exposição prolongada ao ruído, com agressão do
epitélio sensorial da cóclea, gerando traumatismos dos entereocílios. Os sintomas englobam
hipoacusia, dificuldade de compreensão de fala, zumbido e intolerância a sons intensos. Pode
ocorrer ainda cefaleia, alterações do sono, vertigem, irritabilidade, problemas digestivos e
neurológicos. Esse trabalho objetiva ressaltar a gravidade da PAIR no contexto ocupacional, bem
como discutir sobre a prevenção desse agravo. Foi realizada uma revisão integrativa da
literatura, utilizando-se as palavras chave: “Perda auditiva; ruídos e Saúde do Trabalhador”.
Utilizadas as bases de dados Pubmed e LILACS; foram selecionados, ao final da análise dos
trabalhos obtidos, quatro artigos e três textos técnicos do Ministério da Saúde do Brasil. A PAIR
é do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva. O risco de PAIR elevase sobremaneira quando a média da exposição está acima de 85dB por mais de oito horas
diárias, presente no contexto de diferentes atividades laborais, como siderurgia, metalurgia,
gráfica, têxteis e vidraria. O diagnóstico inclui audiometria tonal por via aérea e óssea,
logoaudiometria e imitanciometria. Em relação ao tratamento é necessário considerar que a
PAIR é limitante, irreversível, mas não incapacitante; o acompanhamento de sua progressão e a
suspensão da exposição são medidas essenciais. Apesar da inegável associação com ambiente
laboral, a população mundial está exposta a ruídos intensos em diferentes contextos,
extraocupacionais, como, nos meios de locomoção, atividades de lazer, e uso de fones de
ouvido, de forma que nem toda perda auditiva tem relação com trabalho. Assim, anamnese e
ferramentas de higiene ocupacional devem compor uma investigação criteriosa. Diferentes
setores sociais devem estar engajados na prevenção da PAIR, visando à redução da incidência
/prevalência. É fundamental que o Estado, além de legislar, seja capaz de garantir a efetividade
das fiscalizações. Do componente patronal/ empresarial esperam-se ações que reduzam os
ruídos na fonte, na trajetória e no indivíduo, além de oferecer programas de educação
continuada. Assim, do trabalhador, é possível obter empoderamento que culmine no
envolvimento desses no planejamento e execução de ações preventivas. E finalmente, faz-se
necessário envolver o setor saúde, além da própria medicina do trabalho, a medicina de família
e comunidade é fundamental na realização que ações que promovam saúde, minorem riscos e
propiciem o diagnóstico precoce, otimizando assim o bem-estar e a saúde dos trabalhadores.
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158
IMPACTO DAS DOENÇAS OSTEOMUSCULARES RELACIONADAS AO TRABALHO (DORT) NA
VIDA DO TRABALHADOR.
Cibelle Silva Sampaio
Ana Cecilia de Lima Santos
Paula Scatolino Silva
Fernanda Maria Franco Castro
Claudia Vasques Chiavegatto (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
As doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT) se enquadram nos distúrbios
relacionados ao trabalho. Estima-se que seja a maior causa de afastamento por doença
ocupacional no mundo. A busca cada vez maior por metas nas diversas áreas de trabalho vem
gerando grande exaustão física e emocional dos profissionais, havendo assim uma tendência a
aumentar os casos de DORT. Entender a realidade do trabalhador brasileiro e observar as
repercussões que um afastamento pode gerar na vida de cada indivíduo é de grande importância
para se definir tratamento e abordagem adequados. Esse trabalho é uma revisão bibliográfica
realizada nas bases de dados PubMed e SciELO, selecionando quatro artigos dos anos de 2004 a
2011, através das palavras chaves “DORT; saúde; trabalhador”, em que se relacionava as
doenças osteomusculares desenvolvidas pelo trabalho e sua repercussão na vida dos
trabalhadores. O sistema econômico capitalista tornou o ambiente de trabalho competitivo. A
concentração e atenção do trabalhador para realizar suas atividades são cada vez mais
necessárias devido à pressão imposta pelas empresas. Isso contribui para a ocorrência de
doenças ocupacionais. As DORT apresentam-se como um grupo heterogêneo de casos clínicos,
caracterizados por dor crônica, que se manifesta principalmente no pescoço, cintura escapular
e membros superiores. Verifica-se, também, um índice elevado de transtornos psiquiátricos
decorrentes do estigma criado em torno dessas doenças. O paciente enfrenta, muitas vezes, o
afastamento do trabalho, o que significa perda econômica e perda da convivência com o
ambiente de trabalho que lhe é habitual. Por isso, apresentam depressão, ansiedade e angústia.
Para caracterizar um quadro clínico de DORT é necessário nexo causal entre a atividade do
trabalhador e os sinais/sintomas apresentados. Isso é feito por meio da anamnese ocupacional,
exame físico e vistoria do meio de trabalho. A conduta depende das estruturas anatômicas
acometidas. Os medicamentos utilizados são analgésicos e anti-inflamatórios e, em casos de dor
crônica, antidepressivos tricíclicos. São úteis também massagens locais, termoterapia,
acupuntura e fisioterapia. As condutas propostas necessitam também de uma abrangência para
além dos medicamentos e exercícios. Foram criados, então, Grupos de Ação Solidária,
envolvendo portadores dessas doenças como alternativa de engajamento social, de resistência
e de ações capazes de promover mudanças nas situações de trabalho. Atualmente, a ciência
vem buscando alternativas para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores; e entre elas
estão à criação e preparação de equipes transdisciplinares para uma abordagem global do
trabalhador e um diagnóstico precoce, a fim de melhorar sua qualidade de vida. O objetivo final
é o direito à saúde e à inclusão social a partir das garantias constitucionais e pautadas pela Lei
Orgânica da Saúde de 1990, a fim de que os trabalhadores ganhem vida e não a percam ao
ganhá-la.
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160
USO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE DO TRABALHADOR
Rodolfo Neiva de Sousa
Ana Raquel Castro Pellozo Pallos
Fábio Duarte Silva
Cássia Vasconcelos Spínola Saraiva
Claudia Vasques Chiavegatto (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
INTRODUÇÃO: O uso de defensivos agrícolas é uma prática disseminada em todo o mundo. Não
obstante à reconhecida utilidade desses defensivos, o manuseio e aplicação desses produtos
constitui atividade de alto risco devido à toxicidade. Dentre os riscos ocupacionais envolvidos,
destacam-se a aspiração acidental durante a aplicação, o contato com a pele, a ingestão, além
da contaminação de corpos d´água e da fauna silvestre. OBJETIVO: demonstrar riscos associados
aos defensivos e fragilidades dos mecanismos de controle. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão bibliográfica não sistemática nos bancos de dados Medline/Pubmed, Lilacs/SciELO. Os
artigos selecionados foram publicados em um período máximo de 30 anos. Os descritores
utilizados foram: agrotóxicos, intoxicação, acidente de trabalho. DESENVOLVIMENTO: A
Organização Mundial de Saúde estima que o número de acidentes ambientais e intoxicações
agudas na lavoura cheguem a 4 milhões por ano, o que pode levar a cerca de 220 mil mortes
por ano. Dados da Previdência Social apontam 14.988 acidentes de trabalho no setor agrícola
no Brasil em 2011. Estima-se também o número de intoxicações graves por ano em cerca de
5.600 casos, resultando em danos à saúde e afastamentos do trabalho. Em geral, esses
pesticidas são representados por organoclorados com efeito químico comprovado sobre vasta
gama de pragas. Os fatores associados à maior vulnerabilidade das populações rurais e ao
impacto ambiental do uso de agrotóxicos incluem: baixo nível de escolaridade no meio rural que
leva ao desconhecimento das consequências da exposição direta do produto; deficiência dos
órgãos de assistência técnica no campo para conscientização e treinamento; forte marketing
exercido pelas indústrias agroquímicas; uso de dosagens fora de especificações; inexistência de
trabalhos de monitoramento da saúde das populações mais vulneráveis; limitações do sistema
de saúde em áreas mais remotas para prevenir, diagnosticar e tratar os casos de intoxicação.
Muitos estudos elencam a falta de legislação adequada como um forte elemento responsável
por esse problema. Entretanto, percebe-se que o Brasil possui um sólido arcabouço de leis
voltadas para essa questão. São exemplos, a Consolidação das Leis do Trabalho, o Decreto Lei
5.452, que ampara o trabalhador rural, a NBR 9843, que dispõe sobre uso e armazenamento de
agrotóxicos e afins. O problema reside no descumprimento dessas normas. CONCLUSÃO: Uma
parte significativa dos trabalhadores desconhece os reais riscos associados a esses produtos e,
consequentemente, negligenciam algumas normas básicas indispensáveis à segurança no
trabalho. O uso de defensivos é relativamente seguro quando são adotadas boas práticas, tanto
em relação ao treinamento e qualificação dos aplicadores, quanto ao manuseio dos produtos e
uso adequado de equipamentos de proteção individual e coletiva. O maior problema de saúde
ocupacional, portanto, não se deve à inexistência de normas, mas à sua inobservância.
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DEPRESSÃO EM IDOSOS: UMA DOENÇA NEGLIGENCIADA EM HOSPITAIS
Sarah Pereira Alvarenga
Camila Henriques Coelho (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A depressão é o problema de saúde mental mais frequente em pessoas com mais de 60 anos.
De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, mais de 15% da população idosa apresenta
os sintomas clínicos da doença. A depressão é capaz de interferir em toda a vida pessoal e social
do idoso. Por ter sintomas aparentemente comuns para a faixa etária, como mudanças em seu
humor, sentimento de culpa, perda da autoestima, perda de apetite, falta de interesse em
atividades corriqueiras e distúrbios do sono, essa doença muitas vezes é negligenciada. De
acordo com Ballone, (2001) frequentemente se observa que o idoso deprimido passa por uma
importante piora de seu estado geral e por um decréscimo significativo de sua qualidade de
vida. A gravidade da situação reflete-se na alta prevalência de suicídio entre a população de
idosos deprimidos. Além disso, alguns sintomas comuns da depressão, como apatia, pouca
interatividade e cansaço podem ser confundidos com sintomas de outras doenças. E essa
confusão pode levar a tratamentos incorretos, que acabam levando a internações
desnecessárias. Sabe-se ainda, que internações prolongadas em hospitais, aumentam
significadamente a chance de o idoso desenvolver quadros de depressão. Isso porque a
diminuição do contato social, a quebra da rotina, a falta de atividade física e a tensão são
algumas das causas para o desenvolvimento da doença. Por esses motivos é de grande
importância que os hospitais e seus funcionários estejam preparados para atender esse paciente
da melhor forma possível. Identificando corretamente a doença e dando um tratamento
adequado para o idoso internado.
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UMA METANÁLISE ACERCA DA NICOTINA NA DOENÇA DE PARKINSON
Paula Costa Vieira
Aldo Luis Neto Pierrot Arantes
Jose Gilberto de Brito Henriques (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A Doença de Parkinson (DP) é a afecção mais prevalente entre as doenças definidas pelo
Parkinsonismo. É uma doença neurológica crônica e progressiva resultante da perda de
neurônios em áreas específicas do tronco encefálico, medula espinhal e regiões corticais. Essa
perda resulta em sinais e sintomas motores, sensitivos, cognitivos e autonômicos, ocasionados
principalmente pela deficiência da dopamina. Segundo dados do IBGE-CENSO 2010, há cerca de
200.000 indivíduos com doença de Parkinson no Brasil. A etiologia da DP é multifatorial, e
engloba fatores ambientais, genéticos e disfunções mitocondriais. Os atuais tratamentos da
Doença de Parkinson baseiam-se, em sua maioria, no controle dos sinais motores, porém podem
levar a efeitos adversos potencialmente graves, e exigem um aumento progressivo das doses
dos medicamentos. A metanálise foi realizada a partir de trabalhos realizados entre 2003 e 2013,
entre eles revisões bibliográficas e estudos caso-controle. De 12 estudos utilizados, 8
comprovaram a eficácia da nicotina no tratamento da doença de Parkinson. A nicotina atua em
receptores nicotínicos de acetilcolina (nAChRs) alterando vias de transdução intracelular,
principalmente a via do cálcio, levando a adaptações que podem reduzir ou até interromper o
dano neuronal acarretado pela DP. Em culturas primárias de neurônios corticais, a nicotina foi
capaz de evitar a toxicidade provocada por diversas substâncias, como glutamato e betaamilóide; resultados parecidos também foram constatados em neurônios dopaminérgicos da
substância negra ou do hipocampo, comprovando a proteção neuronal oferecida pela nicotina.
Dessa forma, a utilização da nicotina como prevenção e/ou tratamento da Doença de Parkinson
é uma opção terapêutica comprovada, e a ampliação do seu uso pode representar grande
avanço. No entanto, necessita-se de esforços no que se refere à especificidade dos fármacos
baseados na ativação dos receptores nicotínicos, já que os já testados, apesar de reduzirem a
sintomatologia da DP, causam nos pacientes toxicidade cardiovascular, vômitos, convulsões e
hipotermia.
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165
SUICÍDIO: UMA ABORDAGEM PSICOSSOCIAL
Ayrton Matos Paschke
Ana Letícia Pinto Guimarães
Chaira Binoti Fonseca
Kelline Novais
Evaristo Nunes de Magalhães (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Este artigo aborda o suicídio, um acontecimento complexo que ocorre entre a vida pessoal e a
coletiva de indivíduos, tendo diversos fatores como sua causa. Inicialmente, a suicidologia expõe
os aspectos e as formas que o suicídio é estudado atualmente, apontando as dificuldades e as
diferentes formas que a autodestruição é conceituada. Além disso, o artigo aponta os diferentes
graus que o suicídio se apresenta (primeiros graus de suicídio, graus intermediários e por fim,
graus extremos), levando em conta quais atitudes deverão ser tomadas pelos indivíduos e pela
sociedade frente a isso. Posteriormente, o suicídio é abordado na visão psicanalista, tendo como
base os estudos freudianos e em seguida, são expostas correlações entre o suicídio e fatores
como, diferenças de gêneros e nível socioeconômico. Para finalizar, a carta do integrante da
banda Nirvana, Kurt Cobain, é ilustrada no artigo, por ser referência no assunto desde a década
de 90.
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166
TRANSTORNO BIPOLAR: IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO CORRETO NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA DE SAÚDE
Ana Carolina Fernandes
Daniela Fróis
Luis Felipe Bortolan
Ellaine Santos
Humberto Ianini (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Transtornos mentais representam 13% de prevalência de doenças mundiais, e desses um dos
principais distúrbios mentais diagnosticados em todo o mundo é o transtorno bipolar, que
corresponde a 1,5% da população total. De acordo com DSM V, transtorno bipolar é uma
síndrome caracterizada por episódios de depressão onde a tristeza, apatia, perda de peso e
anedonia são predominantes e além de crises de mania cujo principal sintoma é o narcisismo e
delírios de grandeza, podendo simular um quadro esquizofrênico. É notório que ao
compreender esses quadros há necessidade de entender às diferenças de algumas situações em
que os eventos psíquicos parecem similares, por exemplo, entender que as diferenças entre
depressão e tristeza, baseiam-se numa análise referente à intensidade, tempo e à perda da
funcionalidade do indivíduo, que é mais acentuada nos quadros depressivos. Já para distinguir
mania do transtorno bipolar com esquizofrenia o que mais ajuda é o conteúdo dos delírios que
ocorrem em ambas. No entanto, nota-se que quando comparados com pacientes portadores de
esquizofrenia, os bipolares apresentam perfil de alterações cognitivas mais leves, permitindo
assim diferenças relacionadas ao prognóstico da doença e para anormalidades em circuitos
neuroanatômicos específicos. Diante desse quadro muitos diagnósticos são dificultados,
principalmente referente à atenção primária para os quais não há especialistas na área. Com
isso, há consequências no tratamento, sendo o mesmo realizado muitas vezes feito de forma
inadequada, tornando assim importante o cuidado referentes às medicações propostas aos
pacientes. Para elaboração do resumo ocorreu um levantamento bibliográfico no Medline,
Lilacs, PubMed e ISI, selecionando artigos relacionados áimportância do correto tratamento do
transtorno bipolar. O presente resumo tem como objetivo auxiliar o médico de Atenção Primária
a detectar um quadro de depressão bipolar e realizar o tratamento correto, visto que o uso de
antidepressivos tradicionais neste caso pode precipitar um episódio grave de mania. Além de
diminuir as necessidades de encaminhamento para especialistas, uma vez que o atendimento
com especialista pode demandar muito tempo, tornando-se inviável ao paciente que necessita
de tratamento imediato. Os estabilizadores do humor constituem a base do tratamento do
portador de TB, não só no tratamento profilático, como também nas fases agudas de depressão
e mania. Portanto torna-se essencial o diagnóstico correto de Transtorno depressivo bipolar, a
fim de prescrever o tratamento adequada para tal transtorno.
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AÇÃO DO INIBIDOR DO CO- TRANSPORTADOR DE SÓDIO- GLICOSE 2 NA PERDA DE PESO
EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2
Janaína Miranda Guimarães
Mariane Vieira de Souza
Camila Dias Medeiros
Aurélio Leite Rangel de Souza Henriques
Sarah Cristina Zanghellini Rückl (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Introdução: A hiperglicemia crônica em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 (DM2)
aumenta o risco de várias complicações e também mortalidade. Apesar da grande oferta de
drogas voltadas para o controle glicêmico, a maioria dos tratamentos farmacológicos leva ao
ganho ponderal. Desse modo, busca-se o desenvolvimento de novas drogas que não
apresentem este efeito adverso. Os inibidores do co-transportador de sódio-glicose 2 (SGLT-2)
formam uma nova classe de antidiabéticos orais usados em monoterapia ou em associação com
outros antidiabéticos orais ou insulina para o controle da glicose. Sua ação ocorre através do
bloqueio do SGLT2, um transportador de glicose expresso nas membranas luminais dos túbulos
proximais renais responsável por 90% da reabsorção de glicose nos rins. Dessa forma, o inibidor
de SGLT-2 diminui a reabsorção renal de glicose em 30% a 50% e ocorre excreção desta pela
urina através de diurese osmótica. Este fenômeno leva ao quadro de glicosúria resultando em
balanço energético negativo e perda de peso. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de
literatura. Utilizou-se a base de dados Pubmed com os seguintes descritores: perda de peso,
obesidade, Diabetes Mellitus tipo 2, inibidor do co-transportador de sódio- glicose 2. Além disso,
foram utilizados artigos citados nas referências bibliográficas dos trabalhos previamente
escolhidos. Resultados e discussão: Doze ensaios clínicos randomizados confirmaram o
emagrecimento de pacientes em uso de inibidor de SGLT-2 quando comparado ao tratamento
placebo. A perda ponderal contribui para a diminuição da hemoglobina glicada do paciente
portador de DM2, levando ao controle glicêmico. A partir da realização de ressonância
magnética e tomografia computadorizada em pacientes de estudos de longo prazo foi concluído
que o emagrecimento deveu-se à perda de gordura visceral. Além disso, houve diminuição da
pressão arterial sistêmica como consequência da diurese osmótica e do emagrecimento do
paciente. Um vantagem do inibidor de SGLT-2 é que ele independe da secreção de insulina ou
de sua resistência nos tecidos, resultando em baixo risco de hipoglicemia, o que o torna um
fármaco bastante atraente para ser usado no controle do DM2. Conclui-se que os inibidores de
SGLT-2 apresentam vantagens sobre os outros antidiabéticos já utilizados. É necessário o
desenvolvimento de maiores estudos para elucidar todos os seus efeitos benéficos e os
potenciais efeitos adversos em pacientes portadores de DM2.
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DOENÇA RENAL CRÔNICA: IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE E SEUS
FAMILIARES
João Felipe Barbosa Couy
Izabela Lara Piana
Fernanda Maria Franco Castro
Fábio Duarte Silva
Débora Cerqueira Calderaro (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A doença renal crônica (DRC) consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível das
funções renais. Em estágios avançados, os rins não conseguem manter a normalidade do meio
interno do paciente. De acordo com Oliveira, Guerra e Dias (2010), a DRC é dividida em seis
estágios funcionais conforme o grau de função renal do paciente, compreendendo desde a fase
zero onde estão incluídos os indivíduos que não apresentam lesão, mantendo a função do órgão
normal, porém se encaixam dentro do grupo de risco, até a fase cinco que inclui o indivíduo com
lesão e insuficiência dos rins terminal ou dialítica. O presente estudo consiste em um relato de
caso de um paciente: A. E. M., 66 anos, sexo masculino, policial civil aposentado, residente em
Belo Horizonte/MG, portador de Insuficiência Renal Crônica em tratamento dialítico há onze
anos, diabético e hipertenso. Nesse contexto, os primeiros sinais de comprometimento renal
surgiram em meados de 2002, após alterações em exames laboratoriais de rotina. Dois anos
após, apresentou edema pulmonar com hospitalização, evoluindo com insuficiência renal grave
e indicação de hemodiálise. Como complicações de suas doenças, apresentou também perda
total da acuidade visual por glaucoma e amputação de ambos os membros inferiores devido à
insuficiência vascular periférica. O paciente realiza hemodiálise três vezes por semana,
necessitando de auxílio dos familiares e transporte sanitário disponibilizado pela prefeitura da
cidade. Durante onze anos, o paciente realizou sessões de hemodiálise três vezes por semana
em um centro de nefrologia a cerca de 20,8 quilômetros de sua residência, o que desgaste na
rotina desta família. Somado a isso, como a realização da hemodiálise englobava cerca de sete
horas, nos dias em que eram realizadas, o tempo de permanência na residência era muito curto.
Em 2015, o paciente passou a ser atendido em um novo centro de hemodiálise a cerca de quatro
quilômetros da sua residência, sendo a frequência das sessões a mesma. Com esta alteração,
houve melhora na qualidade de vida do paciente. Assim, atualmente é possível permanecer mais
tempo em casa na companhia da família e realizar atividades de lazer. Dessa forma, conclui-se
o quanto a assistência ao doente renal crônico impacta na vivência do paciente e familiares,
exigindo um alto nível de mobilização e disciplina de todos. Observou-se que a frequência das
diálises, bem como local onde elas são feitas, interfere diretamente na qualidade de vida do
paciente.
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EMBOLIA GASOSA NA DOENÇA DA DESCOMPRESSÃO
Lincoln Augusto Rodrigues de Freitas
Fillype Canzian Baptista
Pedro Augusto Chaves Silva
Markus Thulio Alves Guimarães
Izabela Ferreira Gontijo de Amorim (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Patologia Geral Embolia gasosa (EG) é conceituada como gás dentro de estruturas vasculares do
corpo. Seu surgimento está associado a fatores como: procedimentos cirúrgicos, traumas,
inserção de cateteres entre outras. Porém, existem fatores, como a Doença da Descompressão
(DD) em mergulhadores, que também geram essa patologia. Os pacientes com EG podem
apresentar dispnéia, dor retroesternal e perda da consciência. Por estes sinais e sintomas serem
inespecíficos, a similaridade com outros quadros clínicos pode confundir a equipe médica.
Assim, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a
fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da EG na DD. Para isso, foi realizada uma pesquisa nas
bases de dados PubMed, Scielo, Lilacs e Portal Capes no período de 08/2015 a 03/2016. Os
artigos foram identificados pelas seguintes descritores: gas embolism, decompression and
pressure gradiente. Não houve restrição quanto à data de publicação dos artigos e idioma. Sabese que mudanças de pressão afetam a dissolução dos gases no sangue, sendo estes passíveis de
descompressão. Nesse contexto, as características físicas dos gases podem ser descritas em 4
leis físicas: 1) Lei de Boyle= A cada 10m de profundidade a pressão aumenta 1 atm e o volume
pulmonar diminui 50%. Assim, ascender sem expirar causa expansão súbita dos pulmões com
probabilidade de ruptura das paredes alveolares e de seus capilares; 2) Lei de Dalton= A medida
que um indivíduo mergulha, uma quantidade crescente de nitrogênio dissolve em seu sangue.
Nitrogênio em pressões parciais maiores alteram as propriedades elétricas das membranas
celulares do cérebro causando narcose; 3) Lei de Henry= Quantidades crescentes de nitrogênio
dissolvem e acumulam em componentes lipídicos dos tecidos. Quando uma quantidade crítica
de nitrogênio está dissolvida, subir rapidamente do mergulho pode fazer o nitrogênio retornar
à forma gasosa formando bolhas; 4) Lei de Charles= Ao regressar do mergulho, de forma
abrupta, os gases no pulmão se expandem e podem extravasar para o interior dos vasos
causando EG. Estes fenômenos promovem o aumento das micropartículas pró-inflamatórias
circulantes e resíduos de fosfatidilserina expostos no tecido vascular que promovem a agregação
de plaquetas e leucócitos às bolhas intravasculares, resultando em trombos e êmbolos que
interrompem o fluxo sanguíneo. O diagnóstico de EG pode ser realizado pelo ecocardiograma
transesofágico, doppler precordial e tomografia computadorizada, devendo associá-lo a uma
anamnese que questione o paciente sobre práticas de mergulho. O tratamento consiste na
utilização de anticoagulantes, oxigênio hiperbárico, terapia de infusão e barbitúricos. Por fim, o
mergulho em águas profundas deve ser monitorado e orientado sobre seus riscos, visto que a
emersão abrupta pode causar EG. Portanto, métodos de diagnóstico devem ser os mais sensíveis
e específicos possíveis para se obter êxito na confirmação dessa comorbidade e tratamento
adequado.
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RELATO DE CASO: DEMÊNCIA INDUZIDA PELO USO CRÔNICO DE ÁLCOOL
Guilherme Barbosa Azevedo
Ludialem Lacerda Martins
Camila Lyra Silva
Paula Neiva Batista
Rodrigo Ferretjans Alves (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Demência é uma condição clínica caracterizada pelo desenvolvimento de múltiplos déficits
cognitivos. Segundo do DSM-IV, o paciente pode apresentar comprometimento da memória,
perturbações cognitivas, como, afasia, apraxia e agnosia. Além disso, esses déficits causam
importante prejuízo no funcionamento social ou ocupacional, não sendo restrito a curso de um
delirium. O objetivo desse relato é descrever um caso novo, ressaltando a associação entre
demência e o uso crônico de álcool. Para isso, foi feito anamnese e análise do prontuário do
paciente ASV na Unidade Básica de Saúde Santo Antônio, na região norte de Belo Horizonte, no
dia 24 de março de 2016. ASV, 60 anos, sexo masculino, leucodérmico, aposentado, residente e
procedente de Belo Horizonte, alfabetizado até quarta série do ensino fundamental (sabe ler e
escrever), comparece à consulta, sem acompanhante, queixando de tosse produtiva, espirros
recorrentes, cefaleia frontal em pontada e desânimo, há mais de uma semana. Durante a
consulta o paciente apresentava desorientado em tempo e déficit cognitivo. Na história
pregressa, relatou fazer uso de tioridazida (100mg de 12/12h) e diazepam (10mg de 12/12h),
afirma também dificuldades para dormir e etilismo crônico. Nega tabagismo ou uso de drogas
ilícitas. No prontuário consta que há seis anos, teve traumatismo cranioencefálico decorrente
de uma queda sofrida quando estava alcoolizado e foi diagnosticado com demência induzida
pelo uso crônico de álcool. ASV não possui outras comorbidades clínicas, vive com a mãe e
esposa e possui três filhos, mas não mantém contato com eles. Assim, foi realizado o exame
físico que evidenciou desorientação em tempo, hálito cetônico e garganta, faringe e ouvidos
hiperemiados. Sem outras alterações. No exame do estado mental, apresentou alterações na
atenção (hipervigilante e hipotenaz), na memória (MEEM 11 pontos), na orientação alopsíquica,
na linguagem (taquifásico e logorréico), na volição (hipobulia) e no pensamento (dissociação).
O diagnóstico foi separado em quatro eixos: Eixo I, transtornos mentais específicos; Eixo II,
transtornos de personalidade e déficit intelectivo; Eixo III, doenças médicas gerais e Eixo IV,
problemas psicológicos e ambientais. Assim, ASV apresenta, no eixo I, demência, não apresenta
alterações no eixo II, no eixo III, rinossinusite aguda e no eixo IV, transtorno por uso de álcool.
Foi feito um plano terapêutico, com intervenções medicamentosas: claritromicina 500mg de
12/12h, tiamina 100mg/dia e multivitaminas em longo prazo, além de promover a retirada
gradual do diazepam e manutenção da tioridazina 100mg de 12/12h por 60 dias. Ele foi
encaminhado ao Caps e ao neurologista e foi solicitado exames da função hepática e radiografia
de tórax.
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BIOMARCADORES ISQUÊMICOS NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS CORONARIANAS
AGUDAS: O PAPEL DA ALBUMINA
Gilberto Vivas Mendes Neto
Thaís de Figueiredo Machado
Nicholas Almeida Sá
Otávio Rodrigues de Farias Neto
Daniel Ribeiro Moreira (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
INTRODUÇÃO: As doenças cardíacas de origem coronariana caracterizam-se por quadros clínicos
variáveis resultantes da diminuição do fluxo sanguíneo para o miocárdio por obstrução arterial,
geralmente aterosclerótica, resultando em isquemia e dor, podendo haver necrose
miocárdica1,2. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a variabilidade dos sinais e
sintomas torna necessários exames complementares, como ECG e dosagem sérica de
marcadores bioquímicos3. Atualmente, os marcadores utilizados na rotina são específicos para
necrose miocárdica2, principalmente a CK-MB. Entretanto, marcadores para detectar isquemia
do miocárdio, na fase pré-infarto, são mais interessantes e têm sido pesquisados nos últimos
anos. Até hoje, apenas um biomarcador teve utilidade comprovada para tais casos, a Albumina
Modificada pela Isquemia (AMI)4,5. O objetivo deste trabalho é realizar revisão da literatura
recente a respeito do uso e eficácia da AMI no diagnóstico das doenças coronarianas agudas
(DCA). METODOLOGIA: Foi realizada pesquisa nas bases de dados Scielo, PubMed e Bireme
utilizando como descritores os termos biomarcadores isquêmicos, síndrome coronariana aguda
e albumina modificada pela isquemia, assim como suas versões em inglês. Foram pesquisados
apenas artigos originais, nas línguas portuguesa e inglesa, publicados em revistas indexadas na
última década. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Foram selecionados 10 artigos, todos originais e
publicados em inglês, que abordam o uso da AMI, isolada e em combinação com outros
marcadores, no diagnóstico das doenças coronarianas agudas. Durante processos de isquemia,
são liberadas Espécies Reativas de Oxigênio (ERO) capazes de modificar a região N-terminal da
albumina, local de ligação a metais circulantes, gerando a AMI. Foi criado então o Teste ACB
(Albumin Cobalt Binding), que avalia a taxa de ligação entre a albumina e Cobalto injetado via
endovenosa. Devido à rápida degradação da AMI, o ACB deve ser realizado de preferência no
momento da admissão2,3,4,5,6,8,9,10. A AMI avaliada de forma isolada possui baixa
sensibilidade no diagnóstico de isquemia cardíaca, mas se associada à troponina e ECG
apresenta significativa elevação da sensibilidade (>90%), porém mantendo baixa
especificidade2,3,5,7,8,9,10,11. Seu diferencial está no Valor Preditivo Negativo (VPN), com
sensibilidade de 100% para exclusão de isquemia cardíaca em casos com valores baixos de AMI.
Assim, o ACB pode ser utilizado nos serviços de urgência e emergência como critério de
identificação de pacientes com baixo risco para Infarto Agudo do Miocárdio
(IAM)2,3,5,7,9,10,11. CONCLUSÃO: Por ter baixa especificidade, a AMI não pode ser utilizada
isoladamente como critério diagnóstico da DCA; entretanto, possui valor preditivo negativo
significativo para IAM, reduzindo o número de admissões em serviços de urgência. Além disso,
permite a identificação de pacientes com alto risco de IAM quando associada a outros
biomarcadores, podendo prevenir necrose miocárdica.
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177
HIPERTENSÃO ARTERIAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Lara Thomé Barcellos
Maíra Enéias Barcelos
André Maurício Borges de Carvalho (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A hipertensão é uma doença do sistema cardiovascular crônica, não transmissível, altamente
prevalente, de alto custo social e grande impacto na morbimortalidade da população brasileira
e mundial1. É uma doença assintomática, cuja fisiopatologia compreende um desequilíbrio no
sistema renina-angiotensina por hiperatividade. Descrever a fisiopatologia da hipertensão
arterial, sua forma de diagnóstico e tratamento. Métodos: Pesquisa nas bases de dados Bireme,
SciELO, PubMed utilizando o unitermo Hipertensão Arterial Sistêmica e consulta ao site do
Ministério da Saúde (DATASUS). A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica
multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de Pressão Arterial (PA), ou seja,
resistência oferecida pelo endotélio à passagem de sangue no vaso. A HAS pode ser predisposta
por fatores genéticos, dislipidemias, sedentarismo, hábitos alimentares irregulares ou diabetes
mellitus. As doenças cardiovasculares são hoje um grave problema de saúde pública. Elas
representam a primeira causa de morte no país. As medidas não farmacológicas profiláticas e
ou auxiliares no tratamento da doença compreendem: evitar o etilismo, o tabagismo, praticar
atividades físicas regulares acompanhadas por um profissional, manter hábitos saudáveis de
alimentação e evitar o stress. Os anti-hipertensivos devem não só reduzir a PA, mas também os
eventos cardiovasculares fatais e não fatais, e, se possível, a taxa de morbimortalidade. Assim,
temos os principais grupos farmacológicos utilizados: Diuréticos, Inibidores adrenérgicos (alfa e
beta), Vasodilatadores diretos, Inibidores da enzima conversora de angiotensina, Bloqueadores
dos canais de cálcio, Bloqueadores do receptor de angiotensina II, Inibidores da renina. A HAS é
uma alteração cardiovascular que se não acompanhada pode trazer consequências irreparáveis
para a vida do portador, tendo em vista as complicações advindas dela. A profilaxia continua
sendo o melhor remédio para evitar sua evolução e a morbimortalidade por doenças
cardiovasculares. Assim, é importante o conhecimento do profissional de saúde como agente
identificador e orientador dos indivíduos na população para um efetivo controle.
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178
USO DA DIGOXINA NA TERAPÊUTICA DA INSUFICIÊNCIA CARDIACA
José Antonio Lima Vieira
Gabriela Martins Perez Garcia
Diego Araújo de Magalhães
Wallanns Rezende Santos
Folmer Quintão Torres (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A cardiologia, assim como qualquer campo que compõe a medicina, é edificada baseada em
formulação de diretrizes, sempre visando alcançar o máximo nível de credibilidade. Diante das
controvérsias pautadas acerca do uso da Digoxina em tratamento da IC, atrelado à alta adesão
terapêutica do fármaco, faz-se necessário a compreensão dos mecanismos fisiopatológicos, e
do tratamento da IC, com enfoque especial à aplicação clínica desse fármaco. A proposta do
trabalho volta ao entendimento do uso da Digoxina na terapêutica da IC, avaliando seus
aspectos farmacodinâmicos e farmacocinéticos, além de suas indicações e eficácia atrelados
ao risco versus benefício. Para isso, foram feitas revisões em artigos e revistas científicas dos
últimos 15 anos, segundo os descritores: Insuficiência Cardíaca, IC, Digoxina, terapêutica,
eficácia, indicações, efeitos adversos; utilizando as bases: medline, cochrane, Scielo. A
sociedade brasileira de cardiologia diz que a IC é uma síndrome clínica complexa de caráter
sistêmico, definida por disfunção cardíaca que ocasiona inadequado suprimento sanguíneo às
necessidades metabólicas tissulares, ou fazê-lo com elevadas pressões de enchimento. O
diagnóstico é definido através de exame clínico e exames específicos: radiografia de tórax e
eletrocardiograma, ambas com nível de evidência 1C, Almeida RA (2009). De acordo com
MACHADO, F. (2010), no tratamento da IC, a digoxina desacelera a frequência ventricular em
pacientes com ritmo sinusal, devido a retirada da estimulação simpática, e nos com fibrilação
atrial, aumentando o tônus parassimpático. Segundo FIGUEIREDO, E. (2010), a digoxina induz a
diurese em pacientes com IC e retenção de líquido, porque aumenta o DC e a hemodinâmica
renal, inibindo a reabsorção tubular de sódio e aumentando a secreção dos peptídeos
natriuréticos atriais. Um estudo feito pela RADIANCE, multicêntrico, prospectivo, randomizado,
concluiu que o uso de terapia com digoxina em pacientes com IC resultou em redução na
hospitalização, diminuiu os níveis sanguíneos de uréia e creatinina, aumento na FEVE, e melhora
na tolerância ao exercício. Em 2009, Georgiopoulou et al. Realizaram um estudo, tendo um
resultado que sugeria que a terapia com digoxina pode não ser benéfica para pacientes com IC
avançada com indicação de transplante cardíaco que receberam terapia médica ótima. Os
autores opinam que a digoxina deve ser usada com muita cautela nestes pacientes, por causa
dos riscos de efeitos adversos. As controvérsias permanecem, pois existem muitos fatores prós
e contra a utilização do fármaco. Tendo em vista a alta adesão da droga no tratamento da IC e
alta taxa de sucesso quando utilizado objetivando a melhora sintomática e em situações
específicas de cada doença base, a Digoxina deve continuar participando do cenário de
tratamento da IC, desde que aplicada de forma coerente pelos profissionais, quando houver
critério, seguindo as diretrizes mais atuais, adequando a dose à idade e à população tratada.
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180
USO DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES NO ESPORTE
Fernanda S Borges
Juliana G Dornela
Rogério Saint-Clair Pimenta Mafra (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Introdução: Os esteroides anabolizantes androgênicos são derivados sintéticos da testosterona
que são utilizados para tratamento de algumas doenças, como, deficiências hormonais,
osteoporose. O uso desses esteróides pelos atletas aumentou ao longo dos anos, apesar de
advertências sobre os seus efeitos adversos e da proibição do uso destas substâncias pelas
instituições que comandam os esportes1. Atualmente, esses esteroides estão sendo
empregados, de forma indiscriminada, para fins estéticos e de performance esportiva2.
Objetivo: Identificar os efeitos do uso de esteroides anabolizantes em praticantes de esportes.
Materiais e Métodos: Revisão literária que utilizou artigos publicados (1998 a 2013) nas bases
de dados Scielo, Pubmed, Lilacs. Utilizou-se os seguintes termos para a pesquisa: esteroides
anabolizantes, efeito colateral dos anabolizantes, anabolizantes no esporte, anabolic steroids in
sports. Discussão: Estudos analisados observaram que os anabolizantes melhoram o
desempenho atlético por aumentarem a massa muscular, através de: aumento da síntese
protéica, retenção de nitrogênio, inibição do catabolismo protéico e estimulação da
eritropoiese. Porém, há controvérsias entre alguns estudos quanto ao real aumento da força e
massa muscular. Constatou-se também que os anabolizantes ocasionam efeitos colaterais,
como, irritabilidade, agressividade, distração, depressão, amenorréia, acne, pêlos na face,
alteração vocal. Na puberdade fechamento das epífises ósseas, acarretando déficit do
crescimento pelo amadurecimento ósseo precoce. Além de impotência sexual, oligospermia,
atrofia testicular, redução da libido, alopecia, risco aumentado de tumor, danos hepáticos,
renais e cardiovasculares1,3,4. Conclusão: Necessidade de realização de estudos melhor
controlados metodologicamente relacionando o uso de anabolizantes e o aumento de massa
muscular. Entretanto, seus efeitos colaterais e danosos à saúde física e mental dos atletas estão
bem elucidados na literatura.
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181
A PROTEÍNA APELINA NA FORMAÇÃO DE MEMBRANAS EPIRRETINIANAS EM
PORTADORES DE DIABETES MELITUS TIPO 2
Aurélio Leite Rangel Souza Henriques
Camila Dias Medeiros
Janaína Miranda Guimarães
Mariane Vieira de Souza
André Maurício Borges de Carvalho (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
As membranas retinianas (ERM) são formações fibrovasculares decorrentes de
neovascularização e proliferação celular no epitélio retiniano, e ocorrem mais comumente em
pessoas acima dos 50 anos ou associada com outras patologias da retina como a retinopatia
diabética. As células geralmente envolvidas nesse processo são: miofibroblastos, astrócitos e
células gliais. Com a neovascularização e formação de colágeno pelas células supracitadas, a
membrana retiniana fica com aspecto esbranquiçado e mais engrossado, o que pode afetar a
visão do portador, e caso envolva a mácula, pode haver redução da visão, micropsia ou diplopias.
Comparou-se a prevalência das ERM em portadores de DM 2 através de um estudo retrospectivo
transversal organizado entre 2009 e 2010, onde avaliou-se fotografias de retinas de 1550
pacientes com DM 2. Nestes, 6,5% apresentavam ERM, mostrando ter uma pequena relação,
mas não totalmente desprezível. Nesse mesmo estudo, verificou-se que a prevalência de ERM
está mais associada com a idade, nefropatia diabética e cirurgia de catarata prévia. A proteína
Apelina foi identificada como um fator angiogênico de células endoteliais da retina. Sabe-se
também que esta, é fundamental para formação pós-natal dos vasos da retina e
desenvolvimento vascular embrionário. Testes com Apelina in vivo e in vitru comprovaram que
ela atua na angiogênese estimulando a proliferação e migração de novas células endoteliais. Já
em tumores, ficou claro que ela atua positivamente na neovascularização tumoral e sua sobreexpressão relacionou-se com aumento do tumor in vivo. Outro estudo investigou a correlação
da Apelina na formação de ERM após instalação da PDR (Retinopatia diabética proliferativa), e
ficou claro que a co-expressão de Apelina e VEGF em pacientes com ERM em decorrência de
PDR, atua de forma sinérgica na angiogênese e gliose. Análises de amostras de 12 pacientes com
PDR e ERM e 12 pacientes com ERM idiopática foram feitas através da reação em cadeia da
polimerase (PCR), imuno-fluorescência e imuno-histoquímica. Previamente 1,25 mg/0,05 ml de
bevacizumabe foi injetada na cavidade do vítreo, uma semana anterior à vitrectomia em 8
pacientes do grupo com PDR. Constatou-se que em todos pacientes com PDR houve alta
concentração de Apelina, já no grupo com EMR idiopático, apenas 33% dos pacientes do grupo
tiveram Apelina detectável, comprovando assim uma maior expressão da proteína em
portadores de PDR. Um fato marcante foi que pacientes com ERM com PDR e que tiveram
injeção prévia de bevacizumabe, a Apelina cursou com uma fraca coloração nas lâminas bem
como uma regressão de vasos de grande calibre e do tecido fibroglial. Conclui-se então que a
Apelina tem função primordial na neovascularização e formação de tecido cicatricial em
pacientes diabéticos portadores de ERM decorrente de PDR, podendo ser futuramente objeto
de estudo para terapias profiláticas ou curativas do ERM nesses pacientes.
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ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE FUNGOS ENDOFÍTICOS
ASSOCIADOS À Hevea brasiliensis
Amanda Fagundes da Silva Ávila
Elton Valane Passamani
Aline Bruna Martins Vaz (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Hevea brasiliensis é a melhor planta para a produção de látex e borracha natural do mundo. Esta
espécie é suscetível à várias doenças provocadas por fungos. O principal fitopatógeno que
acomete esta planta é o fungo Pseudocercospora ulei, que provoca extensos danos aos tecidos
vegetais e diminuição da produção de látex natural. Mesmo com grande importância
econômica, estudos sobre a diversidade de micro-organismos associados à H. brasiliensis ainda
são escassos. Sabe-se que nos tecidos vegetais existem micro-organismos simbióticos que
podem interagir e auxiliar na proteção das plantas contra patógenos, como por exemplo, os
fungos endofíticos. Ocasionalmente, estes fungos podem ser infectados por micovírus e essa
associação pode ser benéfica para o hospedeiro. Uma planta pode ser colonizada por mais de
uma espécie fúngica diferente ou por outros micro-organismos, como bactérias e vírus. Esses
micro-organismos residem no tecido vegetal e interagem continuamente com a planta
hospedeira, e, por isso, é possível que a planta interfira nos processos metabólicos dos microorganismos e vice-versa. A interação entre os micro-organismos endofíticos podem promover a
produção de metabólitos secundários e esse contato pode ocorrer através de moléculas
sinalizadoras, logo, um fungo pode sinalizar quimicamente outro fungo ou bactéria a produzir
um metabólito específico. Por exemplo, a interação entre o fungo Aspergillus nidulans e
Actinobacteria promove a ativação de genes do metabolismo secundário do fungo que, em
condições normais (temperatura ambiente em local úmido), não são expressos. Outro exemplo
é a relação simbiótica entre o vírus Curvularia thermal tolerance, o fungo endofítico ascomiceto
Curvularia protuberata e a planta Dichanthelium lanuginosum. A associação entre esses três
distintos organismos permite que a planta sobreviva em regiões de elevadas temperaturas. O
presente trabalho tem por objetivo avaliar a atividade antimicrobiana de extratos etanólicos de
fungos endofíticos infectados por vírus e isolados a partir de Hevea brasiliensis. Um total de 55
isolados de fungos endofíticos foram selecionados e identificados por meio do sequenciamento
da região do espaçador transcrito interno (ITSe e ITS2) e do gene 5.8S. Todos os isolados
pertencem às espécies Colletotrichum e Trichoderma. Estes fungos estão em processo de cultivo
para a extração dos metabólitos secundários. A atividade antimicrobiana será avaliada pelo
ensaio de difusão em disco e microdiluição em caldo utilizando as bactérias Escherichia coli,
Staphylococcus aureus, e as leveduras C. albicans e C. krusei.
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185
AVALIAÇÃO DE LÂMINAS DE COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA PREVIAMENTE
DIAGNOSTICADAS COMO ASCUS: COMPARAÇÃO INTRA E INTEROBSERVADORAS
Anne Oliveira Sala Leite
Lucas Maciel Batalha Loures
Natália Nitsa Pereira Silva
Ivana Vilela Medicina
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Realizou-se um estudo visando avaliar o grau de concordância intra e intercitopatologista nas
análises de lâminas de colpocitologias oncóticas previamente diagnosticadas como ASCUS e a
intensidade dessas discordâncias. Trata-se de um estudo transversal no qual foram analisadas
50 lâminas de colpocitologias oncóticas coletadas no mês de novembro de 2000 no município
de Contagem, previamente diagnosticadas como ASCUS. Elas foram analisadas e classificadas
por quatro citopatologistas, de acordo com as alterações propostas na primeira revisão de
Bethesda, em 1991 (normal, alteração atrófica, alteração inflamatória, sugestiva de lesão de
baixo grau, sugestiva de lesão de alto grau, sugestiva de carcinoma invasor, outros). Após a
primeira análise, as lâminas foram novamente numeradas, de maneira aleatória, e entregues
aos mesmos citopatologistas para um novo exame, utilizando-se os mesmos critérios. Foi
utilizado o teste de Kappa e sua especificação pontual, o Kappa ponderado, nas análises dos
resultados encontrados. Observaram-se graus bastante distantes de concordância intracitopatologista, variando de 7,8 a 74,47%, de acordo com o teste de Kappa. Quando foi instituído
um peso para cada grau de discordância, os valores desse teste apresentaram elevação,
passando de 16,1% para o citopatologista com menor grau de concordância a 81,08% para
aquele que havia obtido a maior concordância. Em relação às análises comparativas realizadas
entre observadores distintos, os valores obtidos foram de 50,65% para o Kappa e 63,4% para a
sua variação pontual. Esta presente avaliação confirma a existência de subjetividade nos laudos
de ASCUS, além de critérios imprecisos de um mesmo observador na formatação desses
achados.
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AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS PLAQUETÁRIOS EM PACIENTES EM USO DE HEPARINA
Isadora Orneles Luiz
Débora Ohasi Queiroz Soares
Anlles Viana Souza
Elba Cristina Chaves
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Muitos fármacos são capazes de desencadear a redução sérica de plaquetas, quadro este
conhecido como trombocitopenia ou plaquetopenia. Assim, os medicamentos que induzem a
trombocitopenia desencadeiam uma resposta imunológica na qual os trombócitos comportamse como expectadores inocentes. Nessa perspectiva, a plaqueta é lesada por fixação do
complemento após formação do complexo fármaco-anticorpo. Estima-se que 10-15% dos
pacientes em uso de doses terapêuticas de Heparina desenvolvam trombocitopenia e,
ocasionalmente, podem apresentar hemorragias graves ou agregações plaquetárias
intravasculares com trombose paradoxal. Sabe-se, também, que a maioria dos casos de
trombocitopenia por Heparina deve-se à ligação do complexo fármaco-anticorpo às plaquetas,
embora alguns possam ser secundários a uma aglutinação direta dos trombócitos por dito
anticoagulante. O agente agressor trata-se de um complexo formado entre a Heparina e o fator
plaquetário IV - uma proteína neutralizadora da Heparina derivada das plaquetas. A Heparina
de baixo peso molecular é menos imunogênica e causa menos plaquetopenia. No entanto, 80%
dos anticorpos gerados contra as Heparinas convencionais têm reação cruzada com as de baixo
peso molecular, de modo que apenas uma minoria dos pacientes com anticorpos pré formado
pode ser tratada com este produto. Percebe-se que a suspensão reverte tanto a
trombocitopenia quanto a trombose induzida pelo anticoagulante. O presente trabalho possui
como objetivo realizar um estudo preliminar para avaliar os níveis plaquetários seriados em
pacientes em uso do anticoagulante Heparina. Constitui-se de um estudo observacional no qual
foram avaliados vinte e cinco pacientes em uso de Liquemine SC ou Enoxiparina (dois em uso
profilático e seis em uso terapêutico) internados no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital
Mater Dei. Analisou-se parâmetros como doenças de base, idade, sexo, medicações utilizadas,
tipo e dose de Heparina e dosagem seriada de plaquetas. Vale ressaltar que considerou-se
plaquetopenia se dosagem de plaquetas menor que 100.000. O tempo médio de observação foi
de 6,45 dias (2-22 dias) e o presente estudou obteve como resultados sete pacientes que
evoluíram com redução sérica dos trombócitos. Observou-se que desses sete, seis utilizaram
Liquemine SC e um utilizou Enoxiparina. No primeiro grupo, cinco pacientes possuíam doenças
de base que poderiam justificar a plaquetopenia. Já no que se refere ao segundo grupo, o
paciente era plaquetopênico previamente ao uso de Enoxiparina. Diante do exposto, percebese que durante o período analisado, as plaquetopenias desenvolvidas com o uso de Heparina
não podem ser explicadas como efeito colateral exclusivo desse medicamento. Dessa forma, um
estudo com um número maior de pacientes está em andamento para confirmação dos
resultados.
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AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA DE IMPLANTES DE PAREDE UTERINA TOTAL INDUZIDOS
CIRURGICAMENTE NO PERITÔNEO DE RATAS, APÓS OOFORECTOMIA E
ESTROGENIOTERAPIA
Ivana Vilela Kalil
Bruno Baquião da Silva
Guilherme Costa Rodrigues
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Com o objetivo de avaliar o efeito da castração e da estrogenioterapia subsequente sobre
implantes de parede uterina total (endométrio, miométrio e serosa) induzidos cirurgicamente
no peritôneo parietal de ratas, 36 animais foram aleatoriamente divididos em três grupos.
Quatro fragmentos de parede uterina (4x4 mm) retirados do corno uterino esquerdo foram
implantados, dois de cada lado, na parede abdominal lateral nas ratas de todos os grupos. Um
mês após esses procedimentos, os implantes das ratas do grupo 1 foram excisados e as ratas
dos grupos 2 e 3 foram submetidas à ooforectomia bilateral. Dois meses após a castração, os
implantes das ratas do grupo 2 foram excisados e as ratas do grupo 3 receberam benzoato de
estradiol parenteral bisemanalmente durante 30 dias, quando, então, os implantes foram
removidos. No mesmo procedimento em que foram retirados os implantes induzidos nos
animais dos grupos 2 e 3, retirou-se também um fragmento de corno uterino (direito), o qual foi
examinado histologicamente no intuito de se comprovar o estado hormonal das ratas. Nesta
avaliação, os cornos uterinos direitos das ratas do grupo 2 se apresentavam atróficos e os do
grupo 3 com características de alto estímulo estrogênico. Ao exame histológico dos implantes,
glândulas de padrão endometrial foram raramente identificadas nos três grupos. Após a
ooforectomia, houve diminuição das células do estroma e do miométrio e ambos cresceram
após estrogenioterapia. Houve diminuição da neoformação vascular após a castração, apesar da
persistência dos focos de hemorragia antiga, que se tornaram mais proeminentes após o
estímulo hormonal. A presença de fibrose também foi observada mais frequentemente no
grupo 3. Apesar destas alterações identificadas na avaliação histológica dos implantes, não
foram observadas mudanças significativas na estrutura e tamanho dos mesmos quando foram
comparados os três grupos. As células do estroma endometrial sobreviveram no sítio de
implantação mesmo após a castração e mantiveram a capacidade de proliferação após estímulo
estrogênico.
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INTERAÇÕES DELETÉRIAS NA ESTEROIDOGÊNESE EM DECORRÊNCIA DA SÍNDROME DO
OVÁRIO POLICÍSTICO
Tiago Azevedo Duarte
Matheus Alvarenga Carvalho
Gustavo Augusto de Carvalho Ananias
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A síndrome do ovário policístico é uma das endocrinopatias mais comuns na mulher em idade
reprodutiva, atingindo de 5 a 10% deste grupo, sendo que é mais frequente nas que estão acima
do peso ideal. Com base nessa grande prevalência, o presente trabalho, o qual foi realizado por
meio de 3 artigos das bases de dados SciELO e Google Acadêmico, propõe abordar a patogênese
dessa doença, além das formas de diagnóstico e terapêutica. A patologia é definida como uma
união de hiperandrogenismo associado a anovulação crônica. Apesar de não totalmente
elucidada, sua patogenia advém de 3 alterações centrais: (1). Na esteroidogênese com o
aumento de testosterona e di-hidrotestosterona circulantes; (2). Hiperinsulinemia
desencadeada pelo aumento da resistência periférica à insulina. Esta situação leva a um
aumento do estímulo do Hormônio folículo estimulante (FSH) nas células da granulosa,
liberando moléculas capazes de fazer com que as células da teca produzam mais andrógenos
em resposta ao hormônio luteinizante (LH) e levar a um quadro de hiperandrogenismo, podendo
levar a consequências como hirsutismo, acne, seborreia, alopecia, distúrbios menstruais e
disfunção ovulatória com infertilidade. Associado a isso há também uma inibição da enzima
aromatase, que transforma testosterona em estrógenos; (3). Anormalidades do eixo
hipotálamo-hipófise-ovário devido a um aumento na frequência pulsátil de liberação do GnRh,
o que leva a uma maior produção de LH agravando o quadro de hiperandrogenismo descrito
acima e com a diminuição do FSH a maturação dos folículos ovarianos é prejudicada, levando ao
quadro de anovulação crônica. Essa doença pode ser diagnosticada a partir da avaliação do ciclo
menstrual e descoberta sintomas e sinais típicos do hiperandrogenismo, associado a um exame
complementar que pode ser laboratorial de dosagem de andrógenos no sangue ou radiológico
a partir da identificação da aparência policística do ovário por ultrassonografia. Existem várias
alternativas ao tratamento que seguem desde alterações no estilo de vida com uma dieta
balanceada e exercícios físicos regulares, até o farmacológico que pode ser com base no controle
hormonal com anticoncepcionais e antiandrógenos ou baseado na sensibilização periférica a
insulina de modo a criar um feedback negativo capaz de resolver a Hiperinsulinemia. Por ser
uma doença muito prevalente, seu conhecimento pelos profissionais da área, bem como sua
abordagem terapêutica é fator central para abordagem dos pacientes com essa patologia.
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AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DAS MÃOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE: REVISÃO
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Larissa Marques Landim
Eliane Costa
Luis Paulo Scarlise
Beatriz Martins Borelli (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A superfície das mãos apresenta uma microbiota associada podendo esta ser transitória ou
residente. A microbiota transitória localiza-se nas camadas mais superficiais da pele sendo
facilmente removida durante a higienização das mãos com água e sabão. Já a microbiota
residente está normalmente associada à epiderme, portanto mais profunda e mais difícil de ser
removida, sendo frequentemente associada às infecções cruzadas. Os profissionais de saúde
têm contato direto com o paciente, tendo as suas mãos como um importante instrumento de
trabalho. Dessa forma, é de suma importância a conscientização dos profissionais sobre a
correta higienização das mãos, e dos mecanismos básicos de transmissão das doenças
infecciosas na prevenção de infecções hospitalares. Sabe-se que a lavagem das mãos é uma
medida eficaz na prevenção da infecção cruzada, mas apesar de ser um procedimento simples
não se observa a total adesão por parte dos profissionais de saúde. Este artigo tem como
objetivo identificar os microrganismos encontrados nas mãos dos profissionais de saúde que
foram relatados na literatura, correlacionando-os com o controle de infecções hospitalares.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa, onde realizou-se a busca de
artigos nas bases de dados do Google acadêmico e da Biblioteca Virtual em Saúde, nos períodos
entre 2009 e 2015. Os estudos evidenciaram a presença de contaminação nas mãos dos
profissionais de saúde. Verificou-se a presença de bactérias como, cocos Gram-positivos:
Staphylococcus aureus meticilina resistente(MRSA), Staphylococcus aureus resistente à
oxacilina, Staphylococcus coagulase-negativo, Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium;
bastonetes Gram-negativos: Klebsiella pneumoniae, Enterobacter sp., Proteus mirabilis,
Citrobacter sp.; bastonetes Gram-negativos(BGN) produtores de beta-lactamase de espectro
ampliado (ESBL); bastonetes Gram-negativo não fermentadores (BGNNF); além de leveduras e
fungos filamentosos. Dessa forma, como as mãos são consideras um dos principais veículos
disseminadores de microrganismo no ambiente hospitalar ficou demonstrada a importância da
higienização das mesmas no controle da infecção cruzada. Concluiu-se que há necessidade de
se promover maior sensibilização do profissional de saúde sobre a importância da lavagem
correta e frequente das mãos como coadjuvante no controle de infecção hospitalar.
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CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE E ACADÊMICOS DE MEDICINA ACERCA
DAS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM AMBIENTES DE ATENDIMENTO À URGÊNCIA E/OU
EMERGÊNCIA
Emília Pires de Oliveira
Lorena Reis Augusto
Camila Segal Cruz
Ana Cecília Lima Gonçalves
Beatriz Martins Borelli (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Os ambientes de urgência e emergência, assim como outros locais de atendimento à saúde,
exigem dos profissionais que ali atuam comportamento adequado em relação às normas de
biossegurança. Conhecer quais são e a importância de aplicá-las é fundamental para que haja
seu cumprimento. Esse conhecimento é iniciado na graduação, e foi diante dessa necessidade
que fundamentamos um trabalho de revisão bibliográfica de publicações e uma aplicação de
pesquisa entre os acadêmicos de medicina acerca do assunto. O objetivo do presente trabalho
foi compreender as normas de biossegurança, sua importância, os níveis de aplicação e
conhecimentos dos envolvidos na área da saúde e dos métodos para a melhoria da
biossegurança principalmente dentro de ambientes de atendimento à urgência e emergência. A
pesquisa foi realizada pela consulta de artigos publicados nas bases de dados SciELO e Google
Acadêmico no período de 2007 a 2012. Foram utilizadas as seguintes palavras chaves:
biossegurança, conhecimento, acadêmicos, saúde, urgência e emergência. Além disso, foi
realizada a aplicação de questionário entre os acadêmicos de medicina da Faculdade de MinasBH do primeiro ao oitavo período composto por 10 perguntas objetivas. A análise dos resultados
levou em consideração o período cursado pelo aluno e se ele já possuía ou não formação em
outro curso na área da saúde. A maioria dos alunos que possuía curso superior tinha
conhecimento das normas de biossegurança, porém estes justificaram que no ambiente de
urgência e emergência a aplicação dessas normas se torna dificultada por fatores como grande
demanda de pacientes politraumatizados, com sangramentos e secreções que chegam com
necessidade de um atendimento rápido. Além disso, constatou-se que a naturalização das
práticas e a autoconfiança adquirida pelos profissionais muitas vezes leva à negligência. Sobre o
conhecimento durante o curso, observou-se que a construção de uma visão crítica acerca dos
procedimentos corretos é gradual. À medida que o aluno avança no curso e vive experiências
nos setores de saúde ele adquire maior entendimento a respeito dessas normas e suas
aplicações. De acordo com o estudo ficou evidenciada a importância da discussão de normas de
biossegurança dentro das universidades, não só nos cursos de medicina, mas em todos da área
da saúde. Além disso, os centros de atendimentos de urgência e emergência devem estar
devidamente estruturados com equipamentos de proteção individual e serviços de controle de
infecção. A oferta de cursos de aprofundamento em biossegurança para os profissionais desses
setores também tornaria mais eficiente a aplicação destas normas.
195
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS
Marcello Marrazzo Fernandes
Mellissa Aleixo Lara Thome Barcello
Paula Dettogne Medicina
Beatriz Martins Borelli (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Nas últimas décadas, a alimentação tem sido motivo de preocupação em todos os países, sendo
que, atualmente, um dos grandes desafios é adequar a produção de alimentos à demanda
crescente da população mundial. Atrelado a isso, as transformações no mundo contemporâneo
provocaram mudanças significativas na alimentação e nos hábitos alimentares dos seres
humanos, que passaram a usufruir cada vez menos da alimentação no universo doméstico. Essas
mudanças foram ocasionadas por fatores que perpassam a urbanização, a redução do tempo
para o preparo e/ou consumo do alimento, entre outros. Com isso ficaram mais evidentes os
problemas relativos à qualidade dos alimentos destinados ao consumo humano. Este estudo
teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre as doenças transmitidas por
alimentos. Para tal, foram consultadas as bases de dados Google acadêmico, Scielo e PubMed
selecionando artigo completos publicados entre os anos de 2001 e 2015. A partir dos artigos
selecionados observou- se que a contaminação biológica de alimentos é um problema de saúde
pública no Brasil, assim como em todo mundo. Cerca de duzentas doenças podem ser veiculadas
por alimentos. A contaminação dos alimentos é decorrente de falhas na cadeia produtiva e é
indicada pela presença de contaminantes biológicos como: bactérias patogênicas e suas toxinas,
vírus, parasitas e protozoários. Os resultados apresentados nos trabalhos mostraram que o nível
de contaminação é preocupante, o que ocasiona o surgimento de doenças transmitidas por
alimentos (DTA) e consequentemente os surtos de toxinfecções alimentares. As camadas menos
favorecidas da população são as mais afetadas pela contaminação alimentar, pelos hábitos
culturais de alimentação e necessidade de optar por produtos com menor preço, geralmente de
pior qualidade e maior contaminação. Recomenda-se a adoção de um programa de educação
sanitária para a conscientização da população quanto à importância da higienização de seus
alimentos.
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CRONOTANATOGNOSE: NOVAS PERSPECTIVAS DE MARCADORES DIAGNÓSTICOS DO
INTERVALO POST-MORTEM
Pietro Pellizzaro Lima
Ana Carolina de Paiva Sousa
João Marcos Barcelos Sales
Luciana de Paula Lima Gazzola (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A cronotanatognose, um dos objetos de estudo da tanatologia, é a disciplina que analisa as
alterações abióticas e transformativas que ocorrem após a morte em um organismo, a fim de
determinar a causa e o tempo decorrido após a morte. Os meios de determinação do intervalo
de tempo compreendido entre a morte e o exame cadavérico (post mortem interval ou PMI)
têm importância crucial para orientar investigações criminalísticas, embora apresentem alguma
subjetividade e grande dificuldade diagnóstica de se estabelecer, com exatidão, o momento
preciso do óbito. A estimativa do tempo decorrido após a morte de um indivíduo sempre
encontrou obstáculos na limitação da observação das alterações cadavéricas visíveis a olho nu
e a forte influência que estas sofrem de fatores condicionantes externos, como temperatura
ambiente, umidade e os mecanismos que resultaram na morte do sujeito. Dessa forma, o
presente estudo visa revisar as técnicas diagnósticas baseadas nos fenômenos cadavéricos
abióticos consecutivos e nos fenômenos transformativos destrutivos, bem como apresentar
novas informações e métodos de determinação do PMI que proporcionem maior especificidade
e valor preditivo de diagnóstico. Para tal, foram revisados artigos nas bases de dados online
Scielo, Pubmed, Google Acadêmico e Biblioteca virtual da AMMG, utilizando-se das palavras
chaves cronotanatognose, post mortem interval, determinação do tempo de morte, medicina
forense. As alterações conhecidas como abióticas são aquelas decorridas de alterações físicas
no organismo decorrente da morte, sendo subdivididas em fenômenos imediatos e
consecutivos. Os imediatos são utilizados para a determinação do estado vital, mas não do
tempo decorrido desde a morte. Já os consecutivos ocorrem à medida em que o tempo se passa
e, devido ao caráter gradual de seu aparecimento, é possível estimar o tempo decorrido após a
morte. Os fenômenos transformativos destrutivos ocorrem devido à destruição celular, seja esta
pelo próprio organismo ou por fatores externos. Já foram elucidados vários marcadores
celulares que têm sua concentração em determinadas cavidades alterada à medida em que se
passa o intervalo post-mortem, por mudanças celulares e de permeabilidade de barreiras
especiais. Dentre esses, descrevem-se novas perspectivas que consistem na variação de potássio
do humor vítreo e na análise do tempo de deterioração de marcadores genéticos, também
revelada como método de maior precisão para determinação do PMI quando comparada
àquelas em maior uso atualmente (análise subjetiva dos fenômenos consecutivos e destrutivos).
Conclui-se que a atualização contínua do médico legista com relação ao desenvolvimento dessas
novas técnicas contribui para a formação de um corpo probatório mais válido e coeso,
fornecendo dados objetivos e relevantes à investigação criminal.
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199
A INCLUSÃO DOS DEFICIENTES AUDITIVOS NO UNIVERSO EDUCACIONAL
Ellaine Santos Silva
Amanda Cristinne Malheiros Silva
Maria Eduarda Casasanta Caetano
Lucas Miranda de Carvalho Amorim
Rafael Silva Guilherme (Orientador)
[email protected]
Área: Ciências da Saúde
Em 1775, Charles Michel l’Epée fundou a primeira escola que considerava a língua de sinais
natural dos surdos porém, em 1880 a língua de sinais foi proscrita, por deliberação do Congresso
Mundial de Professores de Surdos, realizado em Milão, na Itália. Esse episódio em Milão
representa um grande marco negativo para os deficientes auditivos, só a partir dos anos 1960
então, a língua de sinais retorna ao cenário da educação. A trajetória escolar dos surdos no Brasil
é resultado de um processo recente iniciado na década de 1990. O objetivo deste trabalho é
abordar as principais dificuldades no processo de integração dos surdos no ambiente
educacional e apontar pontos chaves para que essa integração seja realizada com êxito. A
metodologia do trabalho se baseia em uma revisão de artigos atuais, utilizando as palavras
chaves “surdos”, “deficientes auditivos”, “escola”, “universidade”, “educação”. A constituição
de ambientes escolares bilíngues proporcionou a valorização da língua de sinais, identidade e
da cultura surda, que contribui para a participação da comunidade, no processo educacional e
na inserção de professores surdos no cotidiano das escolas especiais. Nesse processo de
integração escolar ocorreram falhas, tais como deficiências de linguagem, inadequação das
condições de estudo, falta de habilidades lógicas, problemas de compreensão em leitura,
dificuldade de produção de textos, dentre outras. Outras dificuldades característica é que os
estudantes surdos formam grupos heterogêneos, a tradução para LIBRAS é mais lenta em
relação à língua falada, ocorre quebra de contato visual nesse processo de tradução, dificultando
assim também a leitura labial se possível de ser realizada. Além disso, há a perda de informação
quando é preciso escolher entre olhar para o intérprete ou observar o professor enquanto este
manuseia um objeto em laboratório ou trabalha com imagens, por exemplo. O intérprete da
língua de sinais é de extrema importância, pois é uma ponte entre o aluno, o professor e o
conhecimento. Portanto, para que ocorra uma integração efetiva é necessário que os
estudantes com deficiência auditiva tenham capacidade para o desempenho das atividades
acadêmicas, ocorra envolvimento com os colegas, professores e um ambiente que permita essas
ações de acontecerem. Serviços de apoio ou programas de acompanhamento são necessários,
mas devem ser realizados de maneira que não reforcem o estigma da deficiência.
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200
ANÁLISE DO DELÍRIO COMO UM PROBLEMA DE ENFERMAGEM DE IDOSOS ADMITIDOS
EM SERVIÇO DE PRONTO SOCORRO: CORRELAÇÃO COM O DIAGNÓSTICO DE
ENFERMAGEM CONFUSÃO AGUDA
Daniel dos Santos Fernandes
Julia Vieira Campos
Luzimar Rangel Moreira
Eder Júlio Rocha de Almeida
José Helvécio Kalil de Souza (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Introdução: Estudo de coorte de caráter retrospectivo no qual foi analisada uma amostra
composta por 280 prontuários selecionados aleatoriamente na população de pacientes idosos
admitidos em um Serviço de Pronto Socorro de um Hospital Geral de grande porte no município
de Belo Horizonte (MG). Objetivo: Analisar o Delírio como um problema de Enfermagem
identificado em pacientes idosos admitidos em um serviço de urgência e emergência
propiciando a correlação conceitual deste com o Diagnóstico de Enfermagem: Confusão Aguda,
da NANDA I. Resultados: Incidência de 37% de idosos admitidos com Delírio no Pronto Socorro;
o processo de mapeamento cruzado evidencia que nos registros de enfermagem dos
prontuários analisados percebe-se a presença de fatores relacionados já descritos no corpo do
diagnóstico de Enfermagem Confusão Aguda os quais são: demência e insônia e também
mostram também a presença nos registros clínicos de fatores relacionados ainda não descritos
na taxonomia NANDA I, os quais são: Doenças Cerebrovasculares, Constipação, Infecção e
Distúrbios hidroeletrolíticos; o segundo processo de mapeamento que contemplou a análise da
comparação entre as características definidoras contidas nos registros de enfermagem do
prontuário e as descritas na NANDA I para o diagnóstico observou-se que os sinais ou sintomas
que designam Delírio nas evoluções de enfermagem dos prontuários analisados estão em sua
totalidade contidos na NANDA–I. Conclusão: O Delírio e a Confusão Aguda designam
clinicamente o mesmo estado, deste modo, entende-se que mediante a necessidade de
fortalecimento científico e padronização internacional da linguagem de Enfermagem, deve
utilizar o termo Confusão Aguda para descrever o Problema de Enfermagem designado pelos
estados hipoativo ou hiperativo de Delírio. Ainda espera-se que as discussões fundamentem a
tomada de decisão por parte dos enfermeiros nos serviços de urgência e emergência, de modo
que possam buscar a aplicação de melhores evidências na prática clínica.
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Carina Rabelo Dias Teixeira
Stefânia Tiradentes Ribeiro
Alcéa Carvalho Fúrforo
Bruna Chagas Rodrigues Bruno
Sônia Maria Nunes Viana (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O erro médico é consequência de uma série de fatores e é visto como uma falha individual por
desatenção e esquecimento. Seu conceito é usado de forma equivocada, uma vez que não está
relacionado apenas ao dano provocado pelo profissional médico, mas sim por qualquer
profissional da saúde. Trazer esta discussão para o período de formação do médico torna-se um
grande desafio, mas estratégico para garantir uma formação de consciência prevencionista, e
consequentemente, gerar a possibilidade de construir mecanismos de defesa para evitá-lo ou
diminuir seu impacto. Neste estudo, acadêmicas de medicina, através de uma revisão
bibliográfica na base de dados Scielo, Revista Saúde e Desenvolvimento e Revista Saúde, Ética &
Justiça, buscam abordar os erros mais comuns cometidos por profissionais gerais e médicos,
bem como suas principais causas. A partir disto, permite-se uma reflexão sobre a condição
humana de errar, as limitações do ser humano e a prestação de contas do médico, para si mesmo
e para a sociedade. Os erros médicos podem ser evitáveis ou podem ser inerentes à impotência
humana em situações que não estão ao seu alcance. Assim, a discussão sobre imprudência,
imperícia e negligência se faz necessária neste aspecto, já que os pacientes podem ser expostos
a riscos significativos, ocasionando danos irreversíveis. A complexidade da prática médica e das
inúmeras intervenções às quais os pacientes são submetidos são fatores relevantes para a
ocorrência de erros, corroborando para as proporções alarmantes e constituindo problema de
saúde pública. Cuidar de pessoas é algo delicado e exige dedicação e concentração, porém, os
médicos se comprometem com o cuidado, com o tratamento e a atualização científica,
enquanto a responsabilidade dos resultados é dividida entre o médico e o próprio paciente,
sendo diretamente dependente do mesmo. Dentre os erros mais frequentes estão os
relacionados às prescrições e à administração de medicamentos, incluindo dosagem, escolha,
via de administração, paciente a receber as drogas e interações. Muitos destes erros são
atribuídos à complexidade de procedimentos que exigem novas tecnologias, prescrições
ilegíveis e grande demanda de pacientes. Outros aspectos associados à origem de erros são
decorrentes de hospitais com recursos insatisfatórios, estresse gerado pela exaustiva jornada
de trabalho dos profissionais e baixas remunerações. Baseado nisto, a análise destas ocorrências
dentro do sistema contribui para a prevenção e para o desenvolvimento de medidas que
busquem a segurança do paciente. Estas medidas incluem a prevenção do erro médico na
graduação, criação de manuais de normas e rotinas de procedimentos, treinamentos contínuos
e educação continuada para reduzir os danos e a ocorrência de novos eventos. Com isso,
evidenciou-se que erros são acompanhantes inevitáveis da condição humana e ao serem
admitidos podem ser encarados como uma oportunidade de rever o processo e aprimorar a
assistência ao paciente.
204
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205
ERROS NA ÁREA DA SAÚDE: FATORES DESENCADEANTES DE GRANDES IMPACTOS
ECONÔMICOS
Lara Ferreira Freitas
Vitor Felipe Dos Guimarães
Luciene Rodrigues Kattah (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
Visando a universalidade, integralidade e equidade do atendimento aos usuários, o sistema de
saúde pública brasileiro foi considerado um dos melhores e mais completos dentre os sistemas
de saúde do mundo. Entretanto, devido a uma má gestão e intensa corrupção no governo
brasileiro, apresenta inúmeros erros em um caráter constante. Além de serem voltados poucos
esforços para a gestão do sistema, seja no âmbito financeiro, seja na política em geral, o pouco
destinado é muitas vezes através da má gestão supracitada, investido de forma errônea e,
principalmente, distribuído de forma desigual. Consoante ao fato, o presente artigo consiste em
uma revisão bibliográfica na perspectiva de entender e esclarecer o que seria um erro no
contexto geral, o significado dos erros na área medica, bem como evidenciar a situação
econômica do sistema de saúde no Brasil, a economia relacionada aos erros médicos e o impacto
destas sobre o sistema como um todo. Resultando na realidade de que os dados mais
alarmantes da questão referem a índices de erros na área da saúde considerados evitáveis.
Concluindo que tais erros são provenientes do Estado e das diferentes instituições de caráter
público ou privado, gerando uma reação em cadeia que acarreta em prejuízos ao usuário final
do sistema de saúde.
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206
INIBIDORES DE APETITE
Maria Fernanda Coimbra Coury
Marco Tulio Oliveira Avelar
Luciene Rodrigues Kattah (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A obesidade é uma doença multifatorial considerada um grande de desafio de saúde pública em
todo o mundo. Alimentação saudável e mudanças no estilo de vida são os primeiross passos
para o tratamento da doença, no entanto, em alguns casos não é suficiente, sendo necessários
outros métodos de intervenção, como o uso de inibidores de apetite. O número de obesos no
Brasil tem aumentado consideravelmente e por consequência, vem aumentando o consumo de
medicamentos relacionados a perda de peso. Sendo assim, o objetivo do presente artigo é
apresentar os principais inibidores de apetite comercializados no Brasil com foco central nos
anorexígenos, mostrando suas ações no organismo, suas reações adversas, além de esclarecer
qual é a regulamentação de venda hoje no país, já que este tipo de serviço vem sendo
negligenciado há algum tempo. A metodologia utilizada no presente artigo consiste em uma
revisão bibliográfica que teve como fonte de pesquisa as bases de dados a Scientific Electronic
Library Online (Scielo) e Lilacs. Foram selecionados artigos publicados entre 2000 e 2015. O
tratamento medicamentoso é utilizado no controle da obesidade quando esta não consegue ser
tratada pelos métodos tradicionais e quando o indivíduo apresenta outras doenças associadas
a ela. No entanto, a procura por esses fármacos parte muita das vezes de pessoas sem qualquer
indicação. Dentre os medicamentos, aparecem os moderadores de apetite com ação
estimulante no sistema nervoso central que leva a um aumento da saciedade, podendo dessa
forma, favorecer a perda de peso, porém se for utilizado de forma indiscriminada, seus riscos
podem superar seus benefícios e causar prejuízos à saúde do indivíduo. Outro medicamento
bastante utilizado é aquele que inibem a absorção de gordura, que não atuam no sistema
nervoso central, mas que devido seus efeitos colaterais são utilizados em menor escala. Assim,
o presente artigo, permitiu um maior esclarecimento a cerca de medicamentos reguladores de
apetite comercializados no país, mostrando suas ações no organismo e seus efeitos adversos.
Além de mostrar a regulamentação na venda dessa classe de fármacos existente hoje no Brasil,
onde o percentual de obesos tem crescido vertiginosamente, destacando ser indispensável sua
fiscalização, a fim de garantir a segurança sanitária desses produtos e proteger a população
evitando riscos à saúde.
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208
A CORRELAÇÃO DO USO CRÔNICO DO OMEPRAZOL COM ALZHEIMER
Marcela Rodrigues Gondim
Aurélio Leite Rangel Souza Henriques
Yulle de Oliveira Martins
Maria Oliveira Santos Medicina
Patricia Alves Maia Guidine (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
O Omeprazol pertence à classe de fármacos inibidores da bomba de prótons cuja função é inibir
o enzima ATPase-H+ /K+, sendo um dos fármacos com grande eficácia na supressão de HCl,
promovendo o tratamento de úlceras, da síndroma Zollinger-Ellison e da doença do refluxo
gastro-esofágico. Entretanto, seu uso crônico diminui a absorção de vitamina B12, aumentando
os níveis de homocisteína em portadores de demências. A vitamina em questão é a mais
complexa das vitaminas, contém um microelemento, o cobalto que, na B12 purificada, está
ligado a um grupo cianeto, o que lhe confere a denominação de cianocobalamina. Constitui um
cofator e uma coenzima em muitas reações bioquímicas, como síntese de DNA, síntese de
metionina a partir da homocisteína e conversão do propionil em succinil coenzima A, a partir do
metilmalonato. Os humanos são incapazes de sintetizá-la e, portanto, são completamente
dependentes da dieta para sua obtenção. A deficiência de vitamina B12, impede 5 - metil - THF
de ser convertido em 5, 10 metileno - THF, essencial para a síntese de nucleótidos. Além disso,
apresenta dois aspectos específicos: atrofia dos bulbos e tratos olfatórios e o encolhimento do
hipocampo. Os baixos níveis de nucleótidos podem resultar em má incorporação de nucleótidos
no ácido desoxribonucleico (ADN) de replicação e quebras cromossómicas, que podem facilitar
a lesão neuronal comum nos cérebros de pacientes. Dessa forma, a sua deficiência ocasiona
demências, como por exemplo o Alzheimer. O Alzheimer possui como marcadores patológicos
as placas senis e os emaranhados neurofibrilares. Já as placas senis são depósitos extracelulares
rodeados por terminações nervosas em degeneração e sua formação relaciona com
aparecimento de depósitos difusos de peptídeo B amiloide (BH4). Elas estão localizadas nos
lobos temporal, parietal, frontal, na amígdala, hipocampo e no córtex piriforme. A severidade
da demência está correlacionada mais com os fusos neurofibrilares do que com a presença das
placas senis. As lesões presentes no Alzheimer provocam perda neuronal e das sinapses nas
zonas subcorticais do cérebro. A perda neuronal colinérgica associada às manifestações do
Alzheimer ocorre no nível do núcleo basal de Meynert, que é o ponto de partida ascendente do
sistema colinérgico e assim, a diminuição do mesmo está relacionada às manifestações desta
patologia, já que a acetilcolina é um dos neurotransmissores importantes nos processos de
memória. Sendo assim, o uso crônico do omeprazol, que é um inibidor da bomba de prótons,
para o combate de patologias relacionadas ao trato gastrointestinal, pode acarretar a deficiência
da vitamina B12. Esta, por sua vez, causará alterações em regiões especificas do cérebro,
contribuindo assim, para o declínio cognitivo no processo do Alzheimer.
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210
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E SUA EPIDEMIOLOGIA
Marcello Marrazzo Fernandes
Mellissa Aleixo
Andre Mauricio Parada (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A parada cardiopulmonar ou parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a ausência de
atividade mecânica cardíaca, que é confirmada por ausência de pulso detectável, ausência de
responsividade e apneia ou respiração agônica, ofegante. O termo “parada cardíaca” é mais
comumente utilizado quando se refere a um paciente que não está respirando e não tem pulso
palpável. A reanimação cardiopulmonar (RCP) é definida como o conjunto de manobras
realizadas após uma PCR com o objetivo de manter artificialmente o fluxo arterial ao cérebro e
a outros órgãos vitais, até que ocorra o retorno da circulação espontânea (RCE). As manobras
de RCP constituem-se na melhor chance de restauração da função cardiopulmonar e cerebral
das vítimas de PCR. Este estudo teve como objetivo analisar os artigos em bases de dados
disponíveis pela internet, tais como PubMed, Scielo, Google acadêmico, referente a parada
cardiorrespiratória e sua epidemiologia. Trata-se de uma revisão bibliográfica. A pesquisa
resultou na consulta de artigos científicos completos publicados entre 2001 e 2015. Este estudo
enfocou no melhor entendimento a respeito da Parada Cardiorrespiratória, incluindo dados
sobre sua definição, manobras de ressuscitação e epidemiologia. É necessário um contínuo
treinamento e atualização dos conhecimentos e técnicas a respeito da PCR e suas manobras de
ressuscitação, e como se trata de um assunto de interesse público, sendo que qualquer pessoa
com um treinamento adequado pode ajudar nessas manobras, é importante que treinamentos
sejam disponibilizadas para a população, capacitando-a para ajudar qualquer pessoa que sofra
de PCR.
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TERAPIA GÊNICA E SUA APLICAÇÃO NO CÂNCER
Mayra Maria Resende Morais dos Santos
Cláudia Lopes Penaforte (Orientador)
[email protected]
Área: Medicina
A terapia gênica (TG) é um procedimento que envolve a modificação genética de células com o
objetivo de tratar doenças. Com a utilização de vetores virais ou não virais, a TG visa à correção
de disfunções no organismo através da transferência de material genético exógeno (transgene)
para um individuo com o intuito de corrigir ou eliminar as causas de doenças neoplásicas,
hereditárias e degenerativas. Grande parte dos ensaios clínicos de TG é realizada em pacientes
com neoplasias, em geral em estado avançado. O objetivo dessa revisão integrativa foi discutir
sobre os métodos da TG e suas aplicações no câncer. Foram realizadas buscas por artigos no
Pubmed, Scielo, BVS e Lilacs utilizando diferentes combinações de descritores. As publicações
foram selecionadas através da leitura dos títulos e resumos e aplicação de critérios para inclusão
e exclusão. Foram localizados 151 artigos e após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão,
31 publicações foram selecionadas. O câncer tornou-se um grave problema de saúde pública,
com uma alta taxa de mortalidade e com um prognóstico e sobrevida muito ruim. Estudos
demonstram que as neoplasias são doenças genéticas, onde uma mutação transforma um
protooncogene em oncogene, acelerando assim o processo de replicação celular, gerando então
o tumor. Esses tumores podem ser benignos ou podem sofrer metástase, que se propagam para
tecidos vizinhos através da corrente sanguínea ou linfática, podendo desencadear novo foco
tumoral. Os tratamentos atuais utilizados contra neoplasias demonstram resultados
satisfatórios, porém apresenta efeitos adversos, como a morte de células saudáveis que
circundam o tumor. Nesse contexto, existe a necessidade de novas estratégias para o
tratamento de neoplasias, onde se possam destruir apenas as células neoplásicas, como a TG.
Diversas estratégias de TG foram estudadas em associação ao tratamento convencional contra
neoplasias e a utilização de vírus oncolíticos, terapia de suicídio pró-droga, ativação do sistema
imune e a terapia antiangiogênica obtiveram respostas satisfatórias em ensaios clínicos e
experimentais e serão abordadas nessa revisão. Alguns medicamentos foram desenvolvidos em
estudos de TG e já são comercializados, por demonstrarem alta eficácia em ensaios clínicos.
Apesar dos resultados promissores na TG anticâncer, ainda são necessários muitos estudos na
busca de novas estratégias capazes de eliminar o surgimento e a eliminação de focos
metastáticos.
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214
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMUNIDADES INDÍGENAS
Cláudio Ramos Branquinho
[email protected]
Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador)
Área: Ciência e Saúde
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de acordo com o Censo de 2010,
no Brasil existem 896,9 mil indígenas em todo o território nacional. São 305 etnias e 274 línguas,
espalhadas por todo o território nacional. O maior número está concentrado na região Norte do
país (342,8 mil indígenas) e a menor na região Sul (78,8 mil). A tribo Yanomami, no estado de
Roraima é maior comunidade com 25,7 mil índios. Frente a isso, a assistência de enfermagem
tem sido deficitária. Além das condições precárias do serviço de saúde no país, existe a falta de
infraestrutura, o isolamento social e a incidência de doenças como a malária, isso vem
acarretando o desinteresse dos profissionais de saúde como um todo. Sendo assim, este estudo
visa identificar os desafios a serem enfrentados pelo enfermeiro na prestação de serviços de
saúde à população indígena, por meio de revisão bibliográfica. Foram analisadas publicações
sobre assistência de enfermagem nas comunidades indígenas, em artigos científicos, e na base
de dados eletrônicos da SCIELO, a partir dos seguintes descritores: Assistência à saúde,
Enfermagem, Saúde do índio. Foram considerados os trabalhados na língua portuguesa,
publicados no período de 2003 a 2015. Os achados mostram que a assistência de enfermagem
desenvolvida nas comunidades indígenas requer do profissional de enfermagem além da
graduação, experiência em obstetrícia e emergência entre outras. Ou seja, o profissional precisa
estar apto a atuar em diversas frentes de trabalho, visto que ele irá se deparar com todo tipo de
situação. São muitos os obstáculos encontrados, principalmente culturais e a distância
geográfica entre outros. As dificuldades culturais, por exemplo, decorrem da divergência entre
o tratamento de saúde convencional e a cura praticada pelo Pajé, líder espiritual da tribo, que
transcende o cuidado do homem branco. Isso requer do profissional enfermeiro a habilidade
para saber contornar ou aceitar as crenças, hábitos e costumes. Ele deve saber transitar e
manter o equilíbrio entre o que a comunidade pratica e o que ele acredita ser o mais indicado.
Ou seja, ele deve permitir a prática cultural ou ministrar determinada medicação? Neste
contexto, a forma como o profissional de enfermagem assiste ao índio está relacionada à sua
percepção do processo cultural da tribo para que ele possa atuar de forma assertiva na
promoção da saúde e prevenção das doenças, desenvolvendo estratégias para o bem estar
coletivo da tribo. Apesar disso, entretanto, diversos autores relatam que os profissionais de
enfermagem, que se dedicam às comunidades indígenas, não medem esforços para o alcance
dos resultados pretendidos. Eles reforçam ainda que o maior desafio desse profissional é a
superação da falta de capacitação específica para lidar com o índio. Vê-se, então, a necessidade
de suprimento dessa lacuna, bem como de ações para educação constante do enfermeiro para
esse tipo de assistência, embasada em conhecimentos científicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/
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indígenas no Brasil. In: Coimbra Jr CEA, Santos RV, Escobar AL (Org.). Epidemiologia e saúde dos
povos indígenas no Brasil. Rio de Janeiro (RJ): Fiocruz: Abrasco, 2003. p. 13-47.
216
PCRC- AÇÃO EDUCATIVA EM ESCOLA PÚBLICA DE BELO HORIZONTE: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Miriã Micaela de Oliveira
Karine Veloso dos Santos
Aline Junia de Oliveira Anderson da Silva
Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador)
[email protected]
Saúde
Com a globalização, hábitos de vida inadequados, urbanização, alimentos industrializados, stress
do dia a dia, dentre outros fatores, temos como consequência, um crescente número de
indivíduos com Doenças Cardiovasculares¹. Essas doenças são as principais causas de morte se
não forem tratadas, podendo desenvolver uma Parada Cardiorrespiratória Cerebral (PCRC). A
American Heart Association, em seu protocolo, criou uma cadeia de atendimento de PCRC para
leigos, a fim de melhorar a sobrevida de clientes ou diminuir os óbitos². Pensando nisso, uma
faixa etária de grande relevância à aprendizagem do Suporte Básico de Vida (SBV); são os
adolescentes, pois os mesmos se encontram presentes em várias situações, e ainda podem atuar
como multiplicadores desses conhecimentos, seja em casa com seus familiares, no shopping,
nas festas e em outras atividades comuns nessa fase da vida. Considerando tais fatos,
empreendeu-se um relato de experiência de discentes de Graduação em Enfermagem, do oitavo
período da Faculdade de Minas (Faminas-BH), realizado em Outubro de 2015. A experiência
vivenciada se deu em uma visita previa em uma Escola Pública de Belo Horizonte - MG, para
conhecer o ambiente a ser trabalhado, a estrutura que poderia ser utilizada bem como o público
alvo. Em seguida, seria realizada uma ação de intervenção. Após estudo bibliográfico, foi
elaborado o projeto da ação educativa, em que 110 alunos se dirigiram para arquibancada da
quadra poliesportiva. Foi distribuído folder com o passo a passo dos primeiros socorros do PCRC
para leigos juntamente com uma pulseira com a frase “Juntos por um Socorro Melhor”. Em
seguida, demonstrou-se por meio de bonecos cada passo dos primeiros atendimentos às
vítimas. Após apresentação, os alunos foram divididos em grupos para realizarem as manobras
da PCRC e tirar suas dúvidas. Dos resultados obtidos desta vivência de ação de educação em
saúde, pode-se destacar a relevância de empoderar estudantes adolescentes acerca de um
atendimento qualificado que pode auxiliar na reanimação de vítimas. Portanto, verifica-se que
a ação educacional teve resultados positivos, uma vez que o público alvo da ação teve, interesse
em conhecer detalhadamente cada processo da cadeia de sobrevivência. Cabe relevar que a
ação não chamou atenção somente dos alunos, mas também dos professores, que procuraram
o grupo de acadêmicas de enfermagem para esclarecer dúvidas. Conclui-se que atividades como
esta devem ser fomentadas nos cursos de graduação em enfermagem uma vez que representam
uma oportunidade de aprendizado em relação a educação permanente para os futuros
enfermeiros e ainda constitui importante ferramenta para amenizar os agravos no Brasil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2.
3.
MANSUR, Antonio de Padua; FAVARATO, Desidério. Mortalidade por Doenças Cardiovasculares
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Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/abc/2012nahead/ aop05812.pdf>. Acesso em: 15
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@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2016.
217
TELECONSULTA DE ENFERMAGEM: TECNOLOGIA IMPLEMENTADA COMO FERRAMENTA
DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM REGIÕES GEOGRAFICAMENTE ISOLADAS
Beatriz Zacarias Ribeiro Ronaro Soares dos Santos
Bruno Vasconcelos Ferreira
Juliana Silveira Teixeira
Eder Júlio Rocha de Almeida (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
A teleconsulta de enfermagem foi instituída como extensão ao serviço de telemedicina,
regulamentado pela portaria nº 452, de 4 de Março de 2010. Surgiu como uma ferramenta de
apoio à estratégia de saúde da família em regiões geograficamente isoladas. O uso da
teleconsulta que é uma “segunda opinião formativa”, elaborada para os profissionais da saúde
através de uma plataforma web, tem como propósito oferecer consulta de enfermagem
especializada e orientações à distância. Perante o exposto nas linhas supracitadas, o intuito
deste trabalho é desvelar o perfil das teleconsultas realizadas em um serviço de
telemedicina.Trata-se de um estudo de caráter quantitativo documental retrospectivo realizado
em um centro de telemedicina. Embasando esta pesquisa, foram levantados 8 artigos e
periódicos em banco de dados digitais (BVS, Pubmed e Lilacs). Destes, apenas 3 foram
selecionados, e teve por critério de exclusão o período de publicação superior a cinco anos.
Foram analisados 1.673 teleconsultas, o período de corte foi de Janeiro a Dezembro do ano de
2014. As questões éticas foram contempladas por meio de um termo de concordância
devidamente assinado pela instituição em estudo.Um total de 1.673 teleconsultorias foram
solicitadas por enfermeiros: 65% estavam relacionadas à assistência e 35% eram dúvidas
educacionais, (Sendo que as dúvidas eram respectivamente as seguintes: 19% sobre vacinas; 9%
protocolos de enfermagem; 6% sobre questões éticas e 1% classificação de enfermagem).
Quanto à teleconsultorias relacionadas à assistência (n= 1.087), chama atenção o fato de que
29% das dúvidas eram sobre tratamento farmacológico (prescrição), apesar de não ser
permitida a prescrição de medicamentos por enfermeiros, exceto aqueles discriminados no
protocolo do município. Os outros tipos mais frequentes foram etiologia (19%), tratamento não
farmacológico (17%), eletrocardiograma (15%), estomaterapia (6%), saúde da criança (5%),
saúde da mulher (4%), infecção hospitalar (3%) e sobre centro cirúrgico (2%).Desde modo, é
possível considerar que o serviço de teleconsulta de enfermagem atende com êxito a maioria
das demandas geradas de diferentes municípios, incluindo os situados em áreas remotas. Além
disso, promove a educação permanente dos profissionais solicitantes, cooperando de forma
significativa para a melhoria do serviço prestado ao paciente. Também é possível destacar a
economia nos cofres públicos uma vez que o paciente não precisa ser referenciado a outras
cidades para atendimento com especialistas, já que as respostas das teleconsultas são realizadas
por profissionais habilitados por áreas e especialidade, resolvendo assim as diversas demandas
dos pacientes de áreas isoladas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
Brasil. Ministério da saúde. Gabinete do ministro. Portaria nº 402 de 24 de Março de 2010. Diário
Oficial da União, Seção 1, página 36. Brasília.
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Enfermagem A Portadores De Lesões Cutâneas Em Um Programa de Telessaúde: Relato Da
Experiência De Um Enfermeiro Teleconsultor Especialista Em Estomaterapia. In: IX Congresso
Nursing, 2012; p. 25-27
218
SILICOSE: APRENDER PARA COMBATER AS DOENÇAS OCUPACIONAIS
Thais da Silva Gomes Pereira
Jessica Ferraz Ribeiro
Camila Cristina Bonifácio da Silva
Pricilla Tairine de Santos Pio
Tiziane Rogerio (Orientador)
[email protected]
Área: Enferamgem
A silicose é uma doença respiratória causada pela inalação de poeira de sílica que produz
inflamação, seguida de cicatrização do tecido pulmonar. É uma das mais antigas doenças
provocadas pelo trabalho, sendo que atualmente, no Brasil, é a principal doença pulmonar de
origem ocupacional. É causada pelo acúmulo de poeira nos pulmões, pode causar uma fibrose
progressiva nos alvéolos pulmonares, o que leva a dificuldades respiratórias e baixa oxigenação
do sangue, provocando tontura, fraqueza e náuseas, e muitas vezes, incapacitando o
trabalhador. Diante disso, objetivou-se informar sobre as DPOC que mais afetam o trabalhador
da construção civil, alertar sobre os riscos pelo não uso de EPI`S, prevenir agravos respiratórios
que comprometem a saúde e o bem-estar do trabalhador da construção civil e apontar os riscos
da exposição contínua sem devida proteção. A metodologia foi desenvolvida através de uma
visita na Construtora Valle Ribeiro, localizada à Av. Afonso Pena 2770 - Funcionários – BH/MG,
no mês de maio de 2015, onde reunidos com os integrantes da CIPA (Comissão internada de
prevenção de acidentes) e do SESMET (serviço especializados em engenharia de segurança e
medicina do trabalho), levantamos as necessidades de uma atenção especializada voltada a
saúde do trabalhador da construção civil, visto que esses estão com um aumento significativo
de absenteísmo por causa de doenças respiratórias. Através das observações feitas e o diálogo
com a equipe do SESMT e da CIPA, conseguimos levantar os problemas de saúde vigentes
naquele ambiente e assim traçar metas de prevenção e promoção à saúde do trabalhador.
Sendo assim, através da visita observamos o fortalecimento da estratégia de atenção ligada aos
quadros de alta incidência de agravos à saúde dos trabalhadores na área de construção civil.
Levantando que há uma necessidade de se compreender ainda mais a importância da prevenção
contra agentes que comprometem a saúde. Entendemos também que a prevenção não deve
começar ou ser realizada apenas nas unidades de saúde, mas no ambiente em que todos estão
inseridos. Educar o cidadão, o profissional, dentro do seu ambiente é uma alternativa
interessante, já que os ensinamentos transmitidos podem ser assimilados de maneira prática e
aplicados de imediato.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Site ABC da Saúde. Saúde, o momento é de prevenção. Disponível em
http://www.abcdasaude.com.br/cancerologia/saude-o-momento-e-de-prevencao
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acesso em 10/03/2015).
Site Manual Merck. Doenças pulmonares de origem ocupacional. Disponível em
http://www.manualmerck.net/?id=64&cn=721&ss= (último acesso 11/03/2015).
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219
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM HANSENÍASE: RELATO DE CASO.
Thais da Silva Gomes Pereira
Camila Cristina Bonifácio da Silva
Jessica Ferraz Ribeiro
Pricilla Tairine de Santos Pio
Tiziane Rogerio (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
A Hanseníase é uma moléstia infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae (bacilo de
Hansen). A gravidade da doença é dada especialmente pelas incapacidades que produz, pelos
problemas psicossociais que acarreta e pela longa duração do tratamento da doença. Diante
disso, objetivou-se analisar e propor um plano de cuidados a uma adolescente portadora de
Hanseníase Multibacilar. Em outro momento foi realizado a investigação de enfermagem,
contendo o historio de Enfermagem e o exame físico realizado. A metodologia trata-se de um
estudo de caso qualitativo, cujo responsável legal, pela adolescente assinou o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, sendo os mesmos orientados quanto aos objetivos da
pesquisa. Este estudo foi desenvolvido em Abril a Maio de 2014, tendo como estratégia de
análise a padronização determinada pela Resolução 272/2002 do Conselho Federal de
Enfermagem, enfatizando as etapas de Investigação, Diagnósticos de Enfermagem,
Planejamento e as taxonomias NANDA/NOC/NIC. Diante da metodologia realizada o estudo do
caso permitiu maior entendimento no cuidado ao paciente portador de Hanseníase,
evidenciando que o atendimento individualizado possibilita resultados mais eficazes no
tratamento da doença. Demonstrou que a assistência de enfermagem prestada e respaldada
nas taxonomias NANDA NOC e NIC proporcionam um cuidado continuo de qualidade para
alcance da autonomia da saúde do paciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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220
INFECÇÕES HOSPITALARES: REPENSANDO A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Rusione Cristina Rodrigues de Meira Oliveira
Áurea de Oliveira
Shirlei Barbosa Dias
Priscila Regina Vasconcelos
Sônia Maria Nunes Vieira (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
As infecções hospitalares são iatrogenias decorrentes da hospitalização do paciente e que se
tornaram importante foco de atenção nas últimas décadas. A revolução tecnológica na
assistência à saúde trouxe aumento da expectativa de vida e possibilitou a sobrevivência de
muitos pacientes graves, porém outros desafios se estabeleceram: todos os procedimentos
invasivos que passaram a ser realizados levaram a indesejáveis complicações, dentre elas, as
infecções hospitalares. Foi necessário então repensar medidas de controle e prevenção
pertinentes, e para isso a necessidade de conhecer quais os fatores de risco envolvidos no
desenvolvimento das infecções cruzadas, sendo este considerado um grande problema de saúde
pública. O presente estudo tem por objetivo rediscutir a importância da higienização das mãos
como um processo essencial para a redução e controle das infecções hospitalares. O estudo se
baseia em uma revisão bibliográfica sobre a temática apresentada, para aprofundar o
conhecimento na área, utilizando literatura exploratória e seletiva. No Brasil, houve a
necessidade de constituir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar para reduzir os
riscos de ocorrência de infecção, a mesma é responsável por uma série de medidas como o
incentivo da correta higienização das mãos dos profissionais de saúde. A forma de transmissão
dos microrganismos geralmente se dá por contato direto de paciente para paciente, por meio
de um veículo inanimado contaminado, e um dos principais veículos de transmissão de infecção
cruzada são as mãos dos profissionais que ali atuam. A higienização correta das mãos é a forma
mais eficiente e econômica para a prevenção de infecções nosocomiais,devendo ser executada,
antes e após realizar qualquer procedimento/assistência ao paciente. Apesar do baixo custo, a
higienização das mãos é negligenciada e muitos estudos apontam uma baixa adesão por parte
dos profissionais de saúde a este importante protocolo. Para manter esta técnica e cuidado à
saúde mais efetivas, é importante instituir programas de educação continuada junto as
instituições hospitalares que perpetuem o seu comprometimento com a prática de higienização
das mãos, tentando assim aumentar a adesão dos profissionais de saúde. Conclui-se que toda a
equipe de saúde tem uma responsabilidade sobre a transmissão de infecções, mas os
profissionais de enfermagem, por serem considerados aqueles que têm um maior contato com
o paciente internado, deve manter a vigilância sobre as infecções, salientando que na formação
dos profissionais da enfermagem são feitas abordagens sucessivas que inclui conteúdos que
circundam essa problemática, e sem a execução correta dos procedimentos por quem presta os
cuidados, a infecção hospitalar continuará sendo um empecilho na qualidade da prestação dos
serviços de saúde. É necessário estimular a conscientização da equipe perante a segurança do
paciente e do próprio profissional no seu cotidiano hospitalar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Dissertação apresentada ao programa de Pós-graduação em enfermagem da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2004.
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terapia intensiva. Artes Médicas. 3 ed. Porto Alegre. 2001.
222
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NOS CAMPOS DE REFUGIADOS
Cláudio Ramos Branquinho
Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador)
[email protected]
Saúde e Pesquisa
Segundo dados da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), em
2014, o mundo testemunhou o maior êxodo humano forçado da história. Conflitos armados e
perseguições resultaram no deslocamento de milhares de civis oriundos principalmente da Síria,
e Afeganistão, que juntos totalizaram a marca de 59,5 milhões de pessoas. Diversos países,
incluindo o Brasil, acolheram cerca de 86% dos refugiados no mundo, em campos de refugiados,
como medida emergencial para atender às suas necessidades básicas de sobrevivência, que
incluem alimentação e abrigo. Entretanto, a vida nesses locais é permeada por diversas
dificuldades, que incluem a falta de infraestrutura e de condições adequadas para o
atendimento de saúde. Além disso, há de se considerar as diferenças culturais, idioma e a falta
de recursos. Frente a isso, este estudo visa identificar a atuação do enfermeiro na prestação de
serviços nos campos de refugiados. Trata-se de uma revisão bibliográfica, onde se analisou
artigos publicados, no período de 2006 a 2015, em língua portuguesa, sobre assistência de
enfermagem nos campos de refugiados. Foram utilizados os seguintes descritores: Enfermeiro,
Assistência de Enfermagem, Refugiados, na base de dados eletrônicos da SCIELO. Os autores
afirmam que a assistência de enfermagem desenvolvida nos campos de refugiados requer do
profissional capacitação e determinação para lidar com os diversos desafios que se apresentam
em função da miséria humana, associada às diferenças culturais, idioma e religião. Isso requer
do enfermeiro muita determinação para a obtenção dos resultados pretendidos. É preciso
planejar ações e executá-las contornando as crenças e costumes para, por exemplo, ministrar o
uso da medicação prescrita, incentivar a mudança de hábitos e dar continuidade ao tratamento
preconizado. Isso é necessário até que os refugiados consigam a repatriação. Neste contexto, o
enfermeiro, pela sua capacidade de perceber o ser humano como ser sóciobiopsicoespiritual,
alcança de forma mais amena, o seu objetivo. Afora isso, o enfermeiro já trás em si à própria
essência da profissão a habilidade de acolher. Assim mesmo diante dos desafios impostos,
consegue realizar assistência humanizada e programar ações para a promoção da saúde e bem
estar coletivo. Fica evidente que a enfermagem tem papel fundamental na assistência nos
campos. O enfermeiro se torna um elo fundamental entre o refugiado e as autoridades
envolvidas. Isso facilita a resolução dos problemas sociais e de saúde. Exemplos disso é quando
ele atua nos programas de assistência, além de ser o responsável por identificar grupos
vulneráveis, como os idosos, crianças e mutilados. Conclui-se que, apesar de todas as
dificuldades e barreiras encontradas, sem o atendimento da enfermagem, a vida no campo de
refugiados seria insustentável. Nesse sentido, recomenda-se a realização de ações de
sensibilização para que novos profissionais se interessem por esse novo segmento de atuação
profissional.
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224
TERMINOLOGIA EM SAÚDE
Carolina Sellera Felisbino Roza
Geisiane Duarte
Sara da Silva
Jamile Raydan
Tiziane Rogério (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
A Terminologia da Saúde tem o objetivo de padronizar e aperfeiçoar termos, conceitos e siglas
utilizados pelo Ministério da Saúde, favorecendo a recuperação, acesso, divulgação e
disseminação das informações institucionais na área de saúde. Aprender a terminologia em
saúde pode ser um desafio. A aprendizagem dos termos através dos jogos lúdicos pode ser
significamente maior, os apelos sensoriais podem ser multiplicados e isso faz com que a atenção
e o interesse do aluno sejam mantidos, promovendo a retenção da informação e facilitando a
aprendizagem. Portanto, toda atividade que incorporar a ludicidade pode se tornar um recurso
facilitador do processo de ensino e aprendizagem. Diante disso, objetivou-se desenvolver jogos
para possibilitar a aprendizagem e ensino das terminologias em saúde, proporcionando aos
alunos oportunidades de ampliar seus conhecimentos através de atividades lúdicas interativas
e de vivência, conhecendo as terminologias em saúde através de jogos dinâmicos e criativos. A
metodologia foi desenvolvida através da construção de cinco jogos, dentre eles quatro fixados
em: caça palavras, cruzada, criptograma e duplex, o quinto seria elaborado pelo grupo de forma
livre, e apresentado para os demais alunos da faculdade para aprendizagem das terminologias
em saúde. Fomos contemplados com a matéria semiotécnica, mas orientados a conter
interdisciplinaridade durante a construção dos jogos. Definimos que cada jogo abordaria uma
matéria da disciplina de semiotécnica. Sendo organizados respectivamente em: caça palavras –
cateterismo vesical de demora; duplex – banho de leito; criptograma – lavagem das mãos;
cruzada – sinais vitais; pescaria das terminologias – feridas. Realizou-se pesquisa sobre cada
tema dos jogos para melhor entendimento. Dando continuidade pesquisamos também em
dicionários de terminologias e artigos científicos termos que continham interdisciplinaridade
com as demais matérias estudadas no semestre, e correlação com o tema abordado em cada
jogo. Para confecção dos jogos foram utilizados programas de computador como Word e Excel
dentre outros. Entendemos que a utilização de jogos na intervenção do ensino e aprendizagem
ajuda a compelir o desenvolvimento do aluno fazendo com que ele aprenda. Através da
brincadeira, o aluno adquire conhecimento e torna-se um agente transformador.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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3.
4.
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226
DIAGNOSTICO CLINICO LABORATORIAL DO PACIENTE PORTADOR DE ULCERA VENOSA E O
PAPAEL DA ENFERMAGEM
Luciley Aurea da Costa
Claudia Rosane Pinto Braga
Lucas Miranda da Silva
Veronica Oliveira Leal
Fernanda Batista (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
A úlcera venosa representa um desafio para os profissionais de saúde, por ser um agravo
crônico. O processo patológico das úlceras possui origens distintas, contudo,
fundamentalmente, provêm de problemas vasculares profundos em que o aumento crônico da
pressão sangüínea intraluminal nos membros inferiores deforma e dilata os vasos, tornando as
microvalvas, no interior desses vasos, incompetentes para o efetivo retorno venoso,
ocasionando estase e edema persistente. Essa pressão constante e retorno venoso dificultado
comprometem as funções celulares, ocorrendo, então, necrose tecidual e ulceração da pele com
áreas de coloração enegrecida adjacentes ao leito da ferida, efeito do extravasamento de ferro
das hemácias. Trata-se de uma revisão bibliografica acerca do diagnostico clinico laboral do
paciente portador de ulcera venosa e o papel da enfermagem no qual foram avaliados 4
literaturas sobre os tema. As úlceras venosas acarretam impactos negativos sobre a qualidade
de vida dos pacientes, uma vez que causam dor em diferentes níveis, além de afetar a
mobilidade. Dessa forma, torna-se necessário a sistematização do cuidado a esses pacientes,
constituindo a avaliação da ferida fator determinante para a implantação de uma terapêutica
adequada (SILVA et al, 2009).De acordo com Silva e tal, (2007) o tratamento ativo das úlceras
venosas preconiza-se desde intervenções cirúrgicas até enfaixamento compressivo do membro
afetado, além de terapia tópica com produtos cicatrizantes e controladores de infecção
bacteriana associados à necessidade do repouso prolongado. A enfermagem atua na prevenção
e na avaliação do diagnóstico e do risco em pacientes com insuficiência venosa, fornecendo
apoio educacional e mental aos pacientes no manejo de seus cuidados. Este cuidado permeia
vários aspectos: o profissional realiza anamnese e exame físico; após detectar os possíveis
problemas, traça-se um plano de intervenções e posteriormente se analisam os resultados de
suas ações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
2.
3.
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227
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA O CUIDADO A PESSOAS PORTADORAS DE HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA
Marcelo de Souza Pimenta Rodrigues
Camila Cristina da Silva Jéssica Ferraz
Thaís Gomes da Silva
Angélica Mônica Andrade; Vanessa Oliveira (Orientador)
[email protected]
Área: Ciências Biológicas
Entre as definições de saúde, ressalta-se a sua evolução, em que atualmente tem sido
considerada como o completo bem-estar físico, mental e social1. É o estado daqueles cujas
funções orgânicas, físicas e mentais se acham em situação normal2 (p.584). Os bons hábitos
alimentares são essenciais para a manutenção da saúde e em relação à população portadora de
hipertensão arterial sistêmica (HAS) muitas questões podem ser levantadas, destacando duas
nesse momento: qual a importância da nutrição e de conhecimentos de produtos alimentares
que influenciam no controle da morbidade? Como o enfermeiro deve trabalhar a educação
nutricional de uma população com padrões alimentares tão diversificados? O controle
farmacológico da HAS e a baixa ingesta de sódio são protocolos já institucionalizados, mas o
conhecimento de produtos e níveis ainda é desconhecido pela população, tendo o enfermeiro
papel de educador nutricional para manutenção da saúde na HAS. Objetiva-se descrever o papel
do enfermeiro na educação alimentar e nutricional de pacientes portadores de HAS não apenas
na prática de bons hábitos alimentares, mas no conhecimento de produtos que contribuem no
insucesso do controle4. Para construção desse, foi realizada a revisão literária com base em
levantamento bibliográfico cujos temas educação nutricional, transição nutricional, hipertensão
e o papel da enfermagem na educação alimentar serviram como norteadores, e adequados para
apontar a importância do enfermeiro na educação alimentar de portadores de HAS do ponto de
vista teórico. Os danos à saúde em decorrência do consumo insuficiente ou excessivo de
alimentos não são novidade3, mas as mudanças no panorama econômico e demográfico
promoveram também a transição nutricional3, fazendo com que a má alimentação deixasse de
ser característica dos menos favorecidos, passando a todos os grupos, sendo responsável agora
pelo aumento da obesidade6, pela prevalência HAS de 22,3% a 43,9% na população e esta pela
alta frequência de internações hospitalares6. O enfermeiro é capaz de promover a educação
para adesão ao padrão dietético DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) que, além de
reduzir desenvolvimento de HAS, potencializa o efeito de orientações nutricionais para
emagrecimento e reduz o risco cardiovascular7. A prática de educação alimentar e nutricional
conceitua-se como a educação que visa melhorias do estado nutricional por meio da boa
alimentação em consonância com a Política Nacional de Promoção da Saúde/2006, redefinida
pela Portaria No 2446, de 11 de novembro de 20148, cuja alimentação adequada e saudável é
um dos temas prioritários. Concluímos que o enfermeiro tem papel muito mais importante na
promoção da saúde, na prevenção e no controle da HAS do que simplesmente de orientador de
bons hábitos alimentares. É um educador capaz de intervir na área alimentar, ponderando
aspectos econômicos e culturais envolvidos, modificando hábitos e a qualidade da dieta do
portador da HAS.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
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OMS/WHO. Constituição da Organização Mundial da Saúde. Disponível em
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-
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229
AÇÕES DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE AOS TRABALHADORES DA
CONSTRUÇÃO CIVIL: PREVENÇÃO DE SILICOSE
Marcelo de Souza Pimenta Rodrigues
Jéssica Ferraz
Camila Cristina da Silva
Thaís Gomes da Silva
Angélica Mônica Andrade(Orientador)
Fernando Ribeiro Andrade (Co-orientador)
Shirley Dias (Co-orientador)
[email protected]
Ciência Biológicas
De maneira generalizada, uma das concepções sobre educação e saúde é compreendida como
aquela cujas atividades se desenvolvem mediante situações formais de ensino-aprendizagem,
funcionando de forma agregada aos espaços das práticas de saúde1. Embora pareça um
conceito novo, a relação de educação em saúde se faz presente desde a segunda metade do
século XIX, direcionada às grandes famílias da época, e do início do século XX no combate as
pragas da época2. Entende-se hoje que a prática educativa em saúde vai além de apenas a
manutenção hábitos e comportamentos saudáveis, configurando-se em um processo de
transformação da consciência sobre os bons hábitos e comportamentos saudáveis1. Dentro
dessa nova perspectiva, o Enfermeiro assume o papel de educador, levando o conhecimento
para além das unidades de saúde e transformando a realidade de trabalhadores da construção
civil, em questão, expostos diariamente aos riscos da profissão3, dentre eles a silicose, agravado
pelo pouco conhecimento e descaso do uso de equipamento de proteção individual (EPI)
máscara4 que reduz o risco de doenças pulmonares ocupacionais (DPOs)5. O objetivo desse
estudo foi abordar o papel do enfermeiro na educação em saúde para a prevenção da silicose
relacionada à má prática laboral na construção civil. Para isso, realizou-se a revisão narrativa da
literatura tendo como norteador os temas educação em saúde, enfermagem na saúde do
trabalhador, silicose laboral e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) disponível em acervo
da instituição e banco de dados virtual, adequando-os para que pudessem ser descritos e
discutidos o papel do enfermeiro na educação para prevenção da silicose em pacientes da
construção civil sob a ótica contextual e teórica5, 6, 7, 8, 9. Os resultados encontrados mostram
uma prevalência de silicose na construção civil no Brasil de 23% atrás apenas de profissões em
que a exposição à sílica se dá em níveis considerais, como escultores de pedras e os cavadores
de poços no Ceará que utilizam jatos de areia em suas atividades10, apontando a importância
do trabalho do enfermeiro na educação dos trabalhadores e da população a respeito de riscos
do trabalho desprovido do EPI. A função educativa do enfermeiro ultrapassa os limites de
orientação, compreendendo o profissional como agregador de valores na prevenção e
promoção da saúde. Desenvolver oficinas educativas, fortalecer as redes e assistência e o
aprimoramento da equipe de saúde são tarefas que podem contribuir significativamente no
combate às DPOs, revelando também o papel precioso do enfermeiro na educação em saúde,
utilizando esta como instrumento agregante na prevenção e promoção de saúde3. Esse estudo
permitiu identificar que o papel do enfermeiro vai além do atendimento ao paciente no centro
de saúde, compreendendo a sua função de orientador/educador seja para o trabalhador
exposto à silicose na construção civil quanto para a comunidade, expondo a importância do EPI
mesmo durante as atividades laborais.
230
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10. Ribeiro, F. S. N. (coord.). (2010). O mapa da exposição à sílica no Brasil. Rio de Janeiro: UERJ,
Ministério da Saúde. 94p.
231
A INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE DIABÉTICO
Tamara Aires
Fernanda Alves dos Santos Carregal
Rafaela Dias Rodrigues
Lucia Helena de Angelis (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
A Diabetes Mellius é uma doença endócrina, relacionada a muitos fatores influenciados pelo
desequilíbrio entre a quantidade de insulina produzida pelo pâncreas e o funcionamento desta
quantidade de insulina. A consequência mais comum deste desequilíbrio é a hiperglicemia, que
pode com o decorrer do tempo gerar lesões ao coração, olhos, nervos, rins e até mesmo na rede
vascular periférica (FAEDA, 2006). Demonstrar a importância da atuação do enfermeiro ao
paciente com diabetes, e os conhecimentos utilizados pelo mesmo para promover a qualidade
de vida destes pacientes. O processo metodológico consistiu em uma revisão bibliográfica, que
permitiu uma visão mais ampla da temática. Utilizaram-se artigos científicos a partir do
descritor: enfermagem na Diabetes. Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos, de
língua portuguesa, retirados da base de dados da saúde (BVS). Resultados O enfermeiro
enquanto profissional próximo ao paciente pode usar a educação em saúde como objeto de
trabalho, tendo assim uma capacidade de controlar as complicações geradas pela doença e
proporcionar uma vida saudável ao mesmo. Além disso, o enfermeiro através da pratica de
educação em saúde transmite ao paciente diabético conhecimentos capazes de incentiva-lo a
mudar o estilo de vida. Segundo Rêgo (2006), destaca-se como intervenções de enfermagem o
cuidado à saúde, planejando formas que promova uma colaboração do paciente juntamente
com a equipe de enfermagem para prevenir as complicações advindas da doença. É importante
que de forma criativa e atraente o paciente seja educado sobre os novos hábitos de vida, que
deve ser tomado, já que ele tem participação ativa no controle da doença. De acordo com Becker
(2008), torna-se imprescindível a atuação do enfermeiro no âmbito individual e coletivo
garantindo-lhes um cuidado integral. O enfermeiro deve sempre buscar novos conhecimentos,
para que assim aprimore suas técnicas e disponibilize-os à população, promovendo assim a
saúde do indivíduo (FAEDA, 2006). Conclui-se com a realização deste trabalho que a educação
em saúde é uma estratégia eficaz para a atuação do enfermeiro na promoção da saúde,
prevenção e reabilitação dos pacientes que sofrem com o agravo da diabetes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
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2.
3.
RÊGO, Maria Aparecida Barbosa; NAKATANI, Adélia Yaeko Kyosen; BACHION, Maria Márcia.
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FAEDA, Alessandra; LEON, Cassandra Genoveva Rosales Martins Ponce de. Assistência de
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(REBEN), Brasília, v.59,n.6, p.60-70, mar. 2006.
BECKER, Tânia Alves Canata; TEIXEIRA, Carla Regina de Souza; ZANETTI, Maria Lúcia. Diagnósticos
de enfermagem em pacientes diabéticos em uso de insulina. Revista Brasileira de Enfermagem
(REBEN),Brasília, v.61, n.6, p.847-852, nov-dez.2008.
232
SEGURANÇA DO PACIENTE: A FARMACOLOGIA A SERVIÇO DA PREVENÇÃO DE EVENTOS
ADVERSOS NA PRÁTICA ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM.
Thaynara Magalhães de Souza
Thiago Frederico Diniz (Orientador)
[email protected]
Área da Saúde
A formação de conhecimento generalista é fundamental para as boas práticas da Enfermagem.
Entretanto o saber farmacológico pode ser de grande valia para a melhoria da qualidade na
assistência, visto que além de contribuir para a recuperação de ocorrências normais a patologia
do paciente, a equipe de enfermagem deve estar preparada para intervir em problemas
associados a pratica de administração de medicamentos. A temática segurança do paciente tem
se configurado com um dos pilares para a prática assistencial. Dentre as funções de maior
relevância no processo de trabalho das equipes de enfermagem, se destaca a administração de
medicamentos. Estudos demonstram que eventos adversos relacionados a essa práxis
interferem na segurança do paciente. A educação continuada associada a uma excelente base
sobre a farmacologia poderia resultar em uma diminuição gradativa de erros na administração
de medicamentos. As drogas utilizadas na terapêutica, são substâncias químicas que modulam
a atividade de células e tecidos e, seu mau uso, seja por imprudência ou imperícia, pode trazer
consequências graves causando efeitos deletérios ou até mesmo letais. Por tanto o objetivo
deste trabalho foi demonstrar que o aprofundamento do estudo da farmacologia poderá
resultar na prevenção de eventos adversos associados à prática de administração de
medicamentos. Para isso foi realizada uma revisão de literatura, contemplando materiais
publicados entre os anos de 2000 a 2015, no idioma português utilizando-se os descritores
“enfermagem”; “farmacologia”; “segurança do paciente”; “eventos adversos” e “educação
continuada”. O bom uso do saber farmacológico pode ser a melhor maneira para alcançar a
prevenção contra erros de administração de medicamentos. Entretanto a oferta de maiores
cargas horárias destinadas ao estudo da farmacologia em curso de graduação ou a pequena
oferta cursos de especialização na área podem se constituir fatores limitantes. Todavia, o
enfermeiro através da prática gerencial de educação continuada, pode alcançar de forma
satisfatória mudanças na prática assistencial de sua equipe. O Brasil tem buscado estar em
consonância com os preceitos e recomendação para a segurança do paciente propostas pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), visto que no país existem legislações específicas para
regulamentar a temática. De acordo com o manual exposto pelo COREN – SP e a REBRAEN – SP
no ano de 2011 uma estratégia eficiente para a diminuição de incidentes seria “Adquirir
conhecimentos fundamentais sobre farmacologia (indicações, contraindicações, efeitos
terapêuticos e colaterais, cuidados específicos sobre administração e monitoração de
medicamentos). Portanto, pode-se sugerir que para uma administração segura de
medicamentos, cabe ao Enfermeiro se atualizar constantemente às novas formas de
manipular/administrar um medicamento e assim atualizar e treinar toda a equipe de
Enfermagem a fim de evitar erros e enganos, com prejuízos ao paciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
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234
A ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA MASCULINO
Dijanira Paloma Rebeca Brandão
Elisângela Maria Carvalho
Gleisy Gonçalves (Orientador)
[email protected]
Ciências da Saude
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2016), câncer é o nome dado a um
conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células
que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. Tem causas
variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. O
câncer de mama é um tumor maligno que se inicia nas células do tecido mamário podendo
invadir os tecidos adjacentes ou se disseminar para outros órgãos. Esta patologia ocorre
principalmente em mulheres, mas os homens também podem desenvolver a doença. Segundo
estudos, o atraso no diagnóstico ocorre principalmente por baixa suspeita clínica, tanto dos
pacientes quanto dos profissionais de saúde. A doença apresenta prognóstico semelhante à
feminina quando comparados os mesmos estágios (FREITAS et al, 2008). Esse estudo tem como
objetivo ressaltar sobre o papel do profissional enfermeiro na abordagem do câncer de mama
masculino, a fim de promover o auto-cuidado e diminuição da incidência desta patologia. A
metodologia utilizada para elaboração deste estudo foi a pesquisa bibliográfica onde foram
usados artigos do Scielo publicados entre 2005 a 2015, encontrados a partir da busca pelas
seguintes palavras-chave: câncer de mama masculino, enfermagem, assistência de
enfermagem. O câncer de mama masculino é uma doença incomum, representando cerca de
1% de todos os cânceres de mama (NOGUEIRA, MENDONÇA, PASQUELLETE, 2014). O
diagnóstico é semelhante ao da mulher e pode ser realizado através de palpações (autoexame),
exames mais complexos como mamografia, ultrassons e o histórico clinico. Em nossa sociedade
sabemos que os homens ainda apresentam resistência no cuidado para com sua saúde. O
homem tem como característica cultural e social, procurar assistência à saúde somente em
situações de urgência ou em casos de uma doença já instalada, visando a saúde curativa e não
preventiva (RAMOS, RODRIGUES, SILVA, 2015). O profissional de enfermagem, nesse aspecto,
tem o papel fundamental de instruir esse homem a respeito do risco de ocorrência do câncer de
mama masculino, pois, ainda há a crença de que só acomete mulheres. A prevenção deve ser
estimulada, ensinando-o como realizar o autoexame, que é a principal ferramenta contra essa
patologia. Este procedimento tão simples pode trazer muitos benefícios a seu favor. Sendo
assim, o profissional enfermeiro possui extrema relevância no trabalho inserido dentro da
Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PNAISH) sendo um elo entre o homem
e os serviços de saúde, podendo atuar de forma educativa e interventiva na rede básica de
saúde, porta de entrada para o serviço. Sendo assim, conclui-se que o sucesso da prevenção e
promoção à saúde do homem está diretamente ligado ao ensinamento e encorajamento por
parte do profissional de enfermagem, proporcionando ao paciente a prevenção ou um melhor
prognóstico com a identificação precoce da doença
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236
O ENFERMEIRO E A PRESTAÇÃO DE CUIDADO AO PACIENTE PORTADOR DE DENGUE
Dijanira Paloma Rebeca Brandão
Elisângela Maria Carvalho
Gleisy Gonçalves (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
Dengue é uma doença viral infecciosa febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, a
depender de sua forma de apresentação. É transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e sua
disseminação é um dos principais problemas de saúde pública no mundo (LUPI, CARNEIRO e
COELHO, 2007). O enfermeiro tem papel fundamental no acolhimento, na classificação de risco
e no cuidado do paciente, pois é geralmente, o primeiro profissional a ter contato com o
indivíduo. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho é descrever a função do enfermeiro no
atendimento ao paciente portador de dengue. A metodologia utilizada para elaboração deste
estudo foi a pesquisa bibliográfica, sendo utilizado a base de dados Bireme e Scielo, onde foram
pesquisados trabalhos publicados entre 2005 a 2015, encontrados a partir da busca pelas
seguintes palavras-chave: dengue, enfermagem, assistência de enfermagem. A partir da análise
dos principais trabalhos encontrados, foi possível observar que o enfermeiro exerce função
importante na identificação dos sinais e sintomas e no trabalho preventivo dessa doença. A
assistência de enfermagem diante dos sintomas apresentados pelo paciente deve ocorrer
conforme o preconizado pelo Ministério da Saúde (2008) que estabelece protocolos de
atendimento específicos para a sintomatologia do paciente. Nos casos de febre, cefaleia, dor
retro-orbitária, mialgias e artralgias, os protocolos estabelece a execução de medidas
preventivas de agravo tais como uso de antitérmicos e analgésicos, orientação sobre a
hidratação e repouso do paciente a fim de promover condições para o sistema imunológico
combater o vírus. Em casos mais graves quando o paciente apresenta dor abdominal,
plaquetopenia, anorexia, náuseas e vômitos, sangramentos e sinais de choque, caracteriza-se
como dengue atípica e deve ser tratada em ambiente hospitalar. Nesse caso, a utilização de
hidratação por solução infundida diretamente na veia do paciente, torna mais efetiva a
prevenção de choque e hemorragia (MOREIRA, 2011). Nesse contexto, cabe ao profissional de
enfermagem coletar e registrar dados da forma mais detalhada possível no prontuário do
paciente, pois, a caracterização dos sintomas deverá ser fidedigna para garantir que a assistência
seja adequada. Esses dados são necessários para o planejamento e a execução dos serviços de
assistência de enfermagem. É importante que o enfermeiro realize todas as etapas da anamnese
e do exame físico para que não ocorra equívoco na classificação da Dengue e, posteriormente,
nos cuidados de enfermagem, que devem ser individualizados (DAHER,BARRETO e
CARVALHO,2013). Sendo assim, conclui-se que o enfermeiro tem papel fundamental em evitar
a propagação da dengue e no atendimento ao paciente com suspeita de dengue, seja na
identificação dos casos suspeitos, reconhecimento dos sinais associados à gravidade e/ou
monitoramento dos pacientes em acompanhamento ambulatorial e em internação, bem como
no trabalho preventivo desta patologia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
2.
Lupi,Omar; Carneiro, Carlos Gustavo; Coelho, Ivo Castelo Branco. Manifestações mucocutâneas
da dengue. Anais Brasileira de Dermatologia Rio de Janeiro Julho/Agosto 2007, v.82 n.4.
Brasil. Ministério da Saúde.Dengue: manual de enfermagem / Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde; Secretaria de Atenção à Saúde. – 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
64 p.: il.
237
3.
4.
Daher, Maria José Estanislau, Barreto, Bárbara Trindade do Bomfim, Carvalho, Silvia Cristina de.
Dengue: Aplicaçao do Protocolo de Atendimento Pelos Enfermeiros. Revista de Enfermagem
UFSM Setembro/Dezembro, 2013 v.3 n.3.
Moreira, Fernanda de Brito. Avaliaçao da Assistencia de Enfermagem ao Paciente Com Dengue
na Rede Municipal de Saude de Dourados/MS.
238
TESTE RÁPIDO: HIV POSITIVO, COMO DAR ESSA NOTÍCIA
Daniely Fernanda Gonzaga Ramos
Selma Maria Lopes Da silva
Tiziane Rogério Madureira (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
O Vírus da Imunodeficiência Humana é um vírus que infecta células específicas do organismo,
onde ele se aloja por um período até se manifestar. O ministério da saúde vem implementando
estratégias para ampliar o acesso ao diagnóstico de HIV, com isso introduziu nas redes o teste
rápido. Foi realizada revisão bibliográfica a respeito do tema no SCIELO, em portarias e outros
documentos do Ministério da Saúde e na literatura. O aconselhamento desempenha um papel
fundamental no pré-teste e no pós-teste, onde o profissional precisa estar bem preparado para
esclarecer dúvidas. O preparo emocional é necessário devido a nova metodologia de aplicação
do teste, que acabou reduzindo o tempo de reflexão do usuário, podendo ser benéfico ou não
esse resultado tão rápido de um diagnóstico que é para vida toda. O enfermeiro capacitado ou
profissional responsável por realizar o teste deve criar primeiramente um ambiente propício
com privacidade, manter sigilo, conquistar a confiança do usuário, decorrer sobre o assunto com
um linguajar compatível com o nível de conhecimento do mesmo, ter domínio técnico científico
da patologia, seus sinais e sintomas, medicações, fluxos e contra fluxo, encaminhamentos,
exames e se preparar para o apoio psicológico no resultado positivo. Faz parte do preparo do
profissional buscar conhecimento na literatura e o apoio da equipe multidisciplinar, como
psicólogo e farmacêutico, usar todos os recursos disponíveis na rede para dar um suporte de
qualidade e eficaz ao usuário nesse momento difícil do resultado positivo. É importante lembrar
o usuário sobre o sigilo e que existe tratamento, que esse resultado não é a morte, ressaltar
sobre o acompanhamento médico, as medicações, os cuidados na relação sexual, explicar bem
o fluxo que deverá percorrer, explicar sobre a janela imunológica, dar ênfase na repetição do
exame, e fazer a busca dos parceiros de contato para realização de teste nos mesmos. O
profissional deve aconselhar o usuário sobre a revelação do resultado, no intuito principalmente
de reduzir danos, sendo que a decisão de quando compartilhar seu diagnóstico ou não só cabe
ao mesmo, nesse momento é importante lembrar que o apoio da família pode ajudar no
tratamento. De acordo com Luz et al.27 (C), o processo de aconselhamento, especialmente no
que diz respeito ao HIV, tem como principais componentes: o apoio emocional; o apoio
educativo, que trata de informações sobre HIV/Aids e suas formas de transmissão, prevenção e
tratamento; além de avaliação de riscos que leva à reflexão sobre valores, atitudes e condutas,
incluindo o planejamento de estratégias de redução de risco. É função do profissional orientar
quanto aos grupos existentes de apoio na comunidade e as ONGS. Para que seja prestado um
atendimento integral e humanizado conforme preconiza os princípios do sistema único de
saúde, o profissional tem que ser manter ético, livre de preconceitos e atualizado em conceitos
literários.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
2.
Luz PM, Miranda KCL, Teixeira JMC. As condutas realizadas por profissionais de saúde em relação
à busca de parceiros sexuais de pacientes soropositivo para o HIV/AIDS e seus diagnósticos
sorológicos. Ciência Saúde Coletiva. 2010;15(1):1191-200.
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento Nacional de DST, AIDS e
Hepatites Virais. Manual de capacitação para profissionais de saúde utilizando testes rápidos.
239
3.
4.
5.
6.
(Coordenação Municipal de Saúde Sexual e atenção á DST/HIV e Hepatites Virais). Secretaria
Municipal de Saúde de BH 2014.
Brasil.Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde, Secretaria de Ação Social. A
disseminação da epidemia da Aids. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.
.Artigo:Ética na pesquisa com adolescentes que vivem com HIV/Aids. Cristiane Cardoso de Paula
1, Clarissa Bohrer da Silva 2, Bruna Pase Zanon 3, Crhis Netto de Brum 4, Stela Maris de Mello
Padoin 5. 2015. Disponível em: www.scielo.com.br . Acesso em 28/03/2016 ás 16:00.
Revista on line FEMINA Kátia Maria Denijké Feldmann1, Ellen Lima Santana Moreira2, Clécio Ênio
Murta de Lucena3, Victor Hugo Melo4. Como proceder quando uma gestante HIV positivo omite
seu status ao parceiro sexual? | Novembro/Dezembro 2012 | vol 40 | nº 6.
Portaria nº 29, de 17 de dezembro de 2013.
240
DE QUE FORMA SE APRESENTA A AMBIÊNCIA NAS REDES DE ATENÇÃO Á SAÚDE NA
PEDIATRIA
Daniely Fernanda Gonzaga Ramos
Tiziane Rogério Madureira (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
Ambiência é o tratamento dado ao espaço físico, entendido como espaço social, profissional e
de relacionamentos interpessoais, e deve proporcionar atenção acolhedora humana e
resolutiva. Faz parte do meio ambiente: forma, cor, textura, ventilação, temperatura,
iluminação, sonoridade e simbologia. Na pesquisa bibliográfica foram consultadas literaturas
referentes ao assunto em estudo, artigos publicados na base de dados Scielo, possibilitando que
o trabalho fosse fundamentado. Estudos mostram que crianças hospitalizadas sofrem alterações
emocionais e as redes são insuficientes em estrutura para atender a demanda específica que
requer a pediatria. O ambiente onde a criança é acolhida geralmente é frio, e voltado para
atender a patologia em si, deixando de lado a parte lúdica que a criança necessita como brincar,
aprender, descobrir e interagir com outras crianças, faltando também algo que a criança consiga
se familiarizar e se sinta um pouco em casa que é um ambiente considerado seguro e protegido.
Com isso o processo de recuperação pode se tornar tardio e frustrante, causando um trauma na
criança quanto á hospitalização. É devido a uma gama de fatores que colaboram para que essa
defasagem permaneça, como: falta de infra-estrutura, falta de capital, falta coresponsabilização por parte de gestores e profissionais, falta um planejamento adequado do
ambiente quanto á arquitetura, falta capacitação para os profissionais e materiais. O ambiente
que assiste a criança precisa ser estruturado com material apropriado, onde esse permita que
ela consiga se recuperar de sua patologia e ao mesmo tempo ela se sinta protegida e acolhida
sem se frustrar, para tal é necessário que a unidade disponha de um espaço para brincar,
brinquedos, cores nas paredes, lençóis coloridos, temas de personagens nos materiais, espaço
para colocar no seu leito itens que a faça lembrar de casa, espaço confortável e exclusivo para
acompanhante, uma televisão para passar desenhos, livros de literatura e de desenhar.
Ferramentas essas que auxiliam no decorrer do tratamento e recuperação do quadro. Para que
o compromisso firmado com a ambiência de fato se concretize, é imperativa adoção de formas
de cuidados mais humanizadas, tanto para os usuários quanto para os profissionais de saúde.
(²) Ainda é preciso avançar muito nesse aspecto que trata a ambiência, principalmente na
questão de arquitetura, onde as redes de atenção que são utilizadas para o atendimento da
população normalmente já estão prontas e não foram projetadas para tal finalidade, deixando
assim de obedecer normas e padrões de setores com peculiaridades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
2.
3.
4.
Revista da Escola de Enfermagem da USP. Vol.48 nº3 São Paulo Jun. 2014. Ambiência como
estratégia de humanização da assistência na unidade de pediatria: revisão sistemática.
Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção á Saúde. Política Nacional de Humanização.
Formação e Intervenção [Internet]. Brasília; 2010 [citado 2016 abr.06].
Ambiência: espaço físico e comportamento; Bestetti, Maria Luisa Trindade. Ver.bras.geriatr.
gerontol; vol 17 nº3 Rio de Janeiro jul/sep.2014.
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção á Saúde. Cartilha de Ambiência [Internet] . Brasília,
DF;2006 [acesso em Abr 2016].
241
PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO DA
REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Karine Veloso dos Santos
Aline Junia de Oliveira
Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras
Anderson da Silva
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
O câncer de mama é provavelmente, a neoplasia mais temida pelas mulheres, uma vez que a
seu acontecimento causa grande impacto psicológico, funcional e social, atuando
negativamente nas questões relacionadas à auto-imagem e à percepção da sexualidade (INCA
2014). O diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura do paciente, no
entanto, ainda hoje são encontradas pessoas que não se atentam quantos aos exames para uma
rápida detecção. Tem-se como objetivo relatar a experiência vivenciada com pacientes de uma
Unidade de Pronto Atendimento da região metropolitana de Belo Horizonte em relação à
prevenção do câncer de mama. Este estudo consiste em um relato de experiência de discentes
do curso de Graduação em Enfermagem, no sétimo período da Faculdade de Minas (FaminasBH), no mês de maio de 2015, como proposta do Trabalho Interdisciplinar Supervisionado. A
elaboração do projeto se deu através de duas visitas técnicas à unidade, onde a primeira foi para
conhecimento do fluxo e demanda dos pacientes. Posteriormente foram realizadas ações de
promoção em saúde voltadas para o público feminino acerca da importância e maneira
adequada de prevenir o câncer de mama. Para isto, foram utilizados panfletos auto-explicativos
acerca da temática e duas mamas de borracha divididas em quatro quadrantes que
possibilitavam a palpação (chamamos a mesma de mama amiga). Após a explicação acerca da
forma e período adequado para realização, as pacientes e acompanhantes eram convidadas a
realizarem o exame na “mama amiga” possibilitando que as mesmas sentissem a diferença da
mama sadia para a mama com alterações. Foi possível perceber que muitas mulheres presentes
na unidade, relataram não se auto-examinarem mensalmente, seja por falta de conhecimento
da importância ou da técnica adequada. Percebeu-se que, ações como esta podem ser realizadas
em outros níveis de atenção à saúde, e não apenas na primária, englobando assim um número
maior de pacientes que, apesar do INCA não estimular o auto-exame das mamas como
estratégia isolada de detecção precoce do câncer de mama, o recomenda como parte das ações
de educação para saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo podendo
consequentemente, instigar a mulher a cuidar de si mesma e manter vigilância para
rastreamento e diagnóstico precoce. Destaca-se a importância do profissional de enfermagem
estar envolvido em ações visando prevenção e promoção da saúde da população, uma vez que
a detecção precoce reduz a chance de mutilação da mama e consequentemente os gastos com
internações, sendo um grande benefício para ambas as partes: serviço de saúde e pacientes.
Conclui-se que este trabalho foi de extrema importância uma vez que permitiu ampliar os
olhares quanto às maneiras e locais de realizar ações voltadas para prevenção, possibilitando
deixar de lado práticas engessadas para dar lugar a novas formas de intervenção.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
PINHEIRO, Aline Barros et al.Câncer de Mama em Mulheres Jovens: Análise de 12.689
Casos.2013.
242
2.
3.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Câncer de mama: É preciso
falar disso. 2014.
MONTEIRO, Ana Paula de Sousa.Auto-exame das Mamas: Freqüência do Conhecimento, Prática
e Fatores Associados. 2003.
243
AÇÃO EDUCACIONAL “JUNTOS POR UM SOCORRO MELHOR” EM UMA ESCOLA PÚBLICA
DE BELO HORIZONTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA!
Karine Veloso dos Santos
Miriã Micaela de Oliveira
Anderson da Silva
Stephanie Eduarda Guimarães Martins
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
[email protected] [email protected]
Área: Enfermagem
Este resumo discorre sobre um relato de experiência de alunos de Graduação em Enfermagem,
do oitavo período da Faculdade de Minas (Faminas-BH), realizado em Outubro de 2015 como
proposta do Trabalho Interdisciplinar Supervisionado. Com o avançar dos anos, e
consequentemente com as evoluções decorrentes dos novos tempos, como alimentos
industrializados e hábitos de vida inadequados, além de vários outros fatores, temos atualmente
um grande número de pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares. Estas, quando não
tratadas adequadamente podem trazer resultados negativos à saúde do indivíduo, e um deles é
a parada cardiorrespiratória cerebral. A parada cardiorrespiratória cerebral significa a “cessação
abrupta das funções circulatória, respiratória e cerebral” (SOUZA; SILVA, 2013). Ao sofrer uma
parada cardiorrespiratória cerebral o indivíduo tem aproximadamente cinco minutos para que
lhe seja ministrada as primeiras manobras de ressuscitação cardiopulmonar cerebral, para que
tenha condições de sobrevivência. Quanto mais rápido forem ministrados esses procedimentos
maiores serão as chances de que o socorro tenha sucesso. Objetiva-se com este trabalho, relatar
a experiência vivenciada com alunos do ensino médio de uma escola pública de Belo Horizonte,
acerca dos primeiros socorros a serem prestados em vítimas de parada cardiorrespiratória
cerebral. A experiência se deu através de uma visita prévia a escola, a fim de conhecer o local e
perfil do público alvo para planejamento da intervenção. A Ação aconteceu em 19 de Outubro
de 2015, na quadra da escola, onde foram distribuídos folders com a imagem dos cinco passos
da cadeia de sobrevivência de parada cardiorrespiratória cerebral de acordo com a American
Heart Association. Em seguida, foi desenvolvida uma atividade lúdica encenando a parada
cardiorrespiratória cerebral e, mostrando o passo a passo que um leigo deve realizar,
reconhecendo a parada e prestando os primeiros socorros. Foram levados dois bonecos adultos
e um boneco bebê para que todos pudessem realizaras manobras de ressuscitação e também
retirar dúvidas sobre o assunto. Após isto, os alunos receberam pulseiras do tipo “abadá” com
o escrito “Juntos por um socorro melhor”, simbolizando desta forma, estar cientes da
importância de saber realizar as manobras de maneira correta. Através desta exitosa ação,
conseguiu-se levar aos alunos e professores da instituição, um conhecimento mais amplo a cerca
do tema tratado. Percebeu-se com isso a importância de ensinar as manobras de primeiros
socorros a todas as pessoas, desde crianças a idosos, teríamos com isso uma grande elevação
nas chances de sobrevivência de pacientes vítimas de parada cardiorrespiratória cerebral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
2.
SOUZA, StefannyFaunny Mota; SILVA, Glaydes Nely Sousa, 2013. Parada Cardiorrespiratória
Cerebral: Assistência De Enfermagem Após A Reanimação.
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010
para RCP e ACE., 2010.
244
3. Miyadahira, Ana Maria Kazue; et al. Ressuscitação Cardiopulmonar com a utilização do
Desfibrilador Externo Semi-Automático: Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. SãoPaulo,
2008.
245
DIFICULDADES NA IMPLANTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM
Anderson da Silva
Stephanie Eduarda Guimarães Martins
Karine Veloso dos Santos
Miriã Micaela de Oliveira
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
No Brasil, a evolução da enfermagem como ciência vem se construindo ao longo da história,
com saberes advindo de outros saberes e um corpo de conhecimentos próprios capazes de dar
sustentação à prática assistencial (KRAUZER; et al 2015 ). Para tanto, a enfermagem precisa
implementar na prática a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), na metodologia
científica que vem sendo cada vez mais executada na prática. O Conselho Federal de
Enfermagem, na Resolução 358/2009, considera que a “Sistematização da Assistência de
Enfermagem, organiza o trabalho profissional quanto ao método, ao pessoal e aos instrumentos,
tornando possível a operacionalização do processo de Enfermagem”. Em seu artigo 1° resolve:
“O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os
ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem”. O
objetivo deste trabalho é verificar as dificuldades encontradas pelos enfermeiros na
implantação da SAE. Para realização deste estudo de revisão de literatura, primeiramente foi
feito um levantamento bibliográfico acerca da temática SAE, utilizando as bases de dados do
LILACS e BVS, para proceder à busca foram utilizados como palavras-chave: sistematização da
assistência de enfermagem e processo de enfermagem, na etapa seguinte foi selecionada as
referências bibliográficas de interesse para este estudo, considerando como critérios: abordar
no resumo do trabalho as dificuldades na implementação da SAE ou fatores que interferem
prejudicando a sua operacionalização. Em uma pesquisa realizada na Universidade Federal de
São Paulo no hospital escola desta instituição, demonstra que 58,5% das enfermeiras relataram
ter dificuldade em realizar o diagnóstico de enfermagem, 34,2% a evolução de enfermagem,
32,0%, o planejamento da assistência, 28,7% a coleta de dados, e 23,2% referiram dificuldade
na prescrição de enfermagem (TAKAHASHI; et al 2008). Para alguns pesquisadores os principais
fatores que dificultam a implantação da SAE são: a falta de conhecimento para a realização do
exame físico, a falta de conhecimento sobre o tema nas instituições de saúde, a falta de registro
adequado da assistência de enfermagem, conflito de papéis, dificuldades de aceitação de
mudanças, falta de credibilidade nas prescrições de enfermagem, carência de pessoal e falta de
estabelecimento de prioridades organizacionais (SILVA; et al 2013). Embora haja outros motivos,
citado em vários estudos, como dificultadores para a execução do processo de enfermagem,
questões de infraestrutura relacionadas, déficit de pessoal, falta de tempo, falta de apoio
administrativo, falta de recursos materiais, entre outros. Pode-se concluir que o conhecimento
da enfermagem para a realização da SAE é o motivo principal que leva estes profissionais a não
o executarem em seu cotidiano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
KRAUZER, Ivete Maroso; ADAMY, Edlamar Katia; ASCARI, Rosana Amaro; FERRAZ, Lucimare;
TRINDADE, Leticia de Lima; NEISS, Mariluci. Sistematização da Assistência de Enfermagem na
Atenção Básica: O Que Dizem Os Enfermeiros?. 2015.
246
2.
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Reso¬lução N° 358 de 15 de outubro de 2009. Dispõe
sobre a Sistematização da Assis¬tência de Enfermagem e a implementação do Processo de
Enfermagem em ambien-tes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de
Enfermagem e dá outras providências. Bra¬silia, DF: Conselho Federal de Enferma¬gem; 2009.
3. TAKAHASHI, Alda Akie; BARROS, Alba Lúcia Bottura Leite; MICHEL, Jeanne Marlene; SOUZA,
Mariana Fernandes. Dificuldades e facilidades apontadas por enfermeiras de um hospital de
ensino na execução do processo de enfermagem. Revista Enfermagem UNIFESP, São Paulo- SP.
2008.
4. SILVA, Vanessa Soares; FILHO, Euclides Sales Barbosa; QUEIROZ, Samia Mara Barros. Utilização
do Processo De Enfermagem As Dificuldades encontradas Por Enfermeiros. Revista Cogitare
Enfermagem, Fortaleza- CE, 2013.
247
ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE E DISLIPIDEMIA: REVISÃO DE LITERATURA
Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares
Marcos Roberto Leite Cardoso Anderson da Silva
Karine Veloso dos Santos
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
A globalização, o consumismo, a necessidade de prazeres rápidos e alimentação desequilibrada
favorecem o aparecimento de diversas patologias, dentre elas a obesidade. A mesma pode ser
considerada, como um maior armazenamento de gordura no organismo (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2006, p. 9). Devido a sua relação com várias complicações metabólicas, acrescenta-se
significativamente a incidência de outras doenças que podem trazer maiores riscos para a saúde.
Dentre as alterações relacionadas ao metabolismo lipídico, destaca-se a dislipidemia secundária
à obesidade, que consiste em alterações nos níveis séricos dos lipídeos e das lipoproteínas sob
a forma de hiper ou hipolipidemias, em função do aumento ou diminuição dos seus valores
sanguíneos (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2011, p. 1). Objetiva-se assim,
conhecer a associação entre obesidade e dislipidemia presente na literatura científica. Para
construção deste estudo, realizou-se uma revisão bibliográfica exploratória, que buscou
sistematizar o conhecimento divulgado sobre a temática no meio acadêmico. Foram
investigadas as bases de dados Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico.
Os descritores utilizados foram: obesidade e dislipidemias. Como critério de inclusão para a
busca e seleção de estudos, adotou-se: três artigos científicos publicados em português no
período entre 2006-2016, e como critério de exclusão: relatos de casos informais, textos não
científicos e artigos sem disponibilidade do texto na integra online. Dos resultados obtidos, pode
se destacar que a obesidade vem crescendo consideravelmente nos últimos anos na sociedade.
A doença tem influência significativa no metabolismo lipídico o que deve ser considerado como
importante fator na sua interpretação e tratamento. Contudo, secundário a obesidade, a
dislipidemia também pode ocasionar sérios problemas com alto risco para as doenças
cardiovasculares. O diagnóstico da dislipidemia é feito, principalmente, via laboratorial
medindo-se os níveis plasmáticos de colesterol total, lipoproteínas de baixa densidade,
lipoproteínas de alta densidade e triglicerídeos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA
E METABOLOGIA, 2016). Após a confirmação do diagnóstico, fazem-se necessárias algumas
mudanças de hábitos e estilo de vida do paciente, num esforço em realizar um tratamento de
acordo com suas demandas e necessidades, bem como, provocar melhorias em sua qualidade
de vida. Conclui-se que existe uma associação entre obesidade e dislipidemia, o diagnóstico via
exames laboratoriais auxilia a tomada de decisão do profissional de saúde, sendo que a partir
desses é capaz de realizar melhores intervenções para o usuário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
2.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderno de Atenção Básica. Obesidade, Brasília, n. 12, p. 9, 2006.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Saúde e Economia. Dislipidemia. n. 6, p. 1, out.
2011.
3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA. 10 Coisas que Você Precisa
Saber Sobre Dislipidemia. Rio de Janeiro, 2016.
248
CAUSAS DE ABSENTEÍSMO DOS PROFISSONAIS ENFERMEIROS
Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares
Anderson da Silva
Marcela Morais Fernandes
Elisângela Maria Carvalho
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
Na sociedade moderna, as pessoas vivem pressionadas, dentre outros fatores, por incertezas,
frustrações e medos, provocados por descréditos nos governos, instabilidade do mercado de
trabalho e dificuldades no exercício profissional, perante as constantes crises econômicas. Essas
pressões sociais acarretam, para o trabalhador, situações de estresse psíquico que
comprometem sua qualidade de vida. Uma instituição realmente responsável pelo trabalhador
deve oferecer condições que conduzam ao aumento da produtividade e que, ao mesmo tempo,
possibilitem o crescimento do grau de satisfação e de realização profissional. O atual mercado
de trabalho é caracterizado pela competitividade, agressividade, individualismo e pelo
consumismo. O ambiente competitivo requer dinamismo, esforço físico e psíquico, exigindo,
muitas vezes, habilidades além da capacidade do trabalhador, e o mesmo, para se manter no
mercado de trabalho, submete-se a tais exigências. Deste modo, surge o absenteísmo. De
acordo com Marques et al. (2015, p. 877) absenteísmo consiste na prática de um empregado
não comparecer ao trabalho. Deste modo, objetiva-se identificar as causas de absenteísmo dos
profissionais enfermeiros. Para construção deste estudo, realizou-se uma revisão bibliográfica
exploratória, que buscou sistematizar o conhecimento divulgado sobre a temática no meio
acadêmico. Foram investigadas as bases de dados Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e
Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram: absenteísmo, enfermagem do trabalho,
saúde do trabalhador e enfermeiros. Como critério de inclusão para a busca e seleção de
estudos, adotou-se: três artigos científicos publicados em português no período entre 2009 e
2015. Dos resultados obtidos, pode se identificar que o absenteísmo representa um problema
crítico para as organizações e administrações, pois possui múltiplos fatores que o torna
complexo e de difícil gerenciamento. Seu efeito negativo repercute diretamente na economia.
A ausência do trabalhador no ambiente de trabalho diminui a produção, reduz a qualidade da
assistência, além de gerar problemas administrativos (JUNKES; PESSOA, 2010). No trabalho dos
enfermeiros, o absenteísmo, constitui-se um fenômeno presente, com repercussões para a
qualidade da assistência prestada. Os enfermeiros estão em constante exposição aos riscos
ocupacionais, destacando-se os danos à saúde psíquica do trabalhador relacionado a longas
jornadas, ritmo intenso e excessivo de trabalho, turnos desgastantes, entre outros fatores
(BARBOSA; FIGUEIREDO; PAES, 2009). Conclui-se que são várias as causas de absenteísmo entre
os enfermeiros, e que o conhecimento das mesmas possibilita implementar medidas
preventivas que, certamente, irão refletir na melhoria do quadro de saúde dos trabalhadores,
reduzir o custo para a empresa e aumentar a produtividade e satisfação destes profissionais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
MARQUES, Divina de Oliveira; PEREIRA, Milca Severino; SOUZA, Adenícia Custódia Silva e; VILA,
Vanessa da Silva Carvalho; ALMEIDA, Carlos Cristiano Oliveira de Faria; OLIVEIRA, Enio Chaves
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876-882, set./out. 2015.
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JUNKES, Maria Bernadete; PESSOA, Valdir Filgueiras. Gasto Financeiro Ocasionado Pelos
Atestados Médicos de Profissionais da Saúde em Hospitais Públicos no Estado de Rondônia,
Brasil. Cacoal, p. 115-121, mai./jun. 2010.
3. BARBOSA, Mônica Arruda; FIGUEIREDO, Verônica Leite; PAES, Maione Silva Louzada. Acidentes
de Trabalho Envolvendo Profissionais de Enfermagem no Ambiente Hospitalar: Um
Levantamento em Banco de Dados. Ipatinga, v. 2, n. 1, p. 176-187, jul./ago. 2009.
250
CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE A TÉCNICA DE INDUÇÃO DA HIPOTERMIA
TERAPÊUTICA NA TERAPIA INTENSIVA
Maria José Rodrigues
Thiago Ubaldo Silveira de Mendonça
Gleisy Gonçalves (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
A hipotermia é definida como estado de anormalidade do ser humano, onde a temperatura está
abaixo do normal (BERNARDIS et al., 2009). A hipotermia induzida com fins terapêuticos é
conceituada como a diminuição controlada da temperatura corporal dos pacientes com
finalidade terapêutica pré-estabelecida (ANDRADE, 2001). Visando reduzir os riscos durante a
técnica de indução à hipotermia terapêutica (HT), quais são os cuidados de enfermagem
necessários durante esse procedimento? Apesar da alta eficácia da hipotermia em reduzir a
extensão do dano neurológico pós- parada cardiorrespiratória, a HT tem sido um tratamento
subutilizado nas unidades de terapia intensiva (WOLFRUM, 2008). Não se tem certeza sobre qual
a melhor técnica de resfriamento, quando iniciá-las, por quanto tempo se deve manter a
hipotermia para que se obtenham benefícios máximos e a menor taxa de complicações possíveis
e qual é a temperatura alvo ideal a ser alcançada. Identificar as evidências científicas disponíveis
sobre os cuidados de enfermagem durante a técnica de indução da HT. Neste estudo foi utilizada
como estratégia metodológica, a revisão integrativa da literatura, que nos permite a inclusão de
diversos estudos e apresenta forte influência na prática baseada em evidência. Foram
considerados os seguintes critérios de inclusão: Trabalhos publicados em língua portuguesa,
com os resumos disponíveis nas bases de dados eletrônicas Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências de Saúde; Literatura Internacional em Área: Enfermagem; e Scientific
Electronic Library Online, os seguintes descritores: Hipotermia, Hipotermia Induzida, Parada
Cardiorrespiratória e Cuidados de enfermagem. A hipotermia terapêutica com objetivo de
tratamento e recuperação neurológica é recomendado pelo Advanced Life Support Task Force
of the International Liaison Committee on Resuscitation, e faz parte do protocolo das diretrizes
do Advanced Cardiovascular Life Support (NORLAN, 2015). A enfermagem deve seguir um
roteiro/protocolo assistencial, onde são estabelecidos os cuidados: fase de preparação do
paciente, fase de indução à hipotermia e manutenção e fase de reaquecimento. Tal protocolo
garante segurança do paciente. Os cuidados envolvidos devem estar voltados para
monitorização do paciente, atentar para a pressão arterial média, controle glicêmico,
providenciar exames laboratoriais e de imagem periodicamente, posicionamento do
termômetro esofágico e controle do retorno da temperatura (RECH, 2012). A utilização desse
procedimento requer cuidados e aprimoramento profissional de toda a equipe, principalmente
da enfermagem, pois está em contato frequente com o paciente, sendo de sua responsabilidade
o gerenciamento do cuidado a fim de evitar e/ou minimizar complicações durante a técnica de
HT, além de identificar e comunicar alterações com o paciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
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coronary intervention. Crit Care Med. 2008;36(6):1780-6.
252
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA APLICAÇÃO DE SHANTALA
Maria Aparecida Ferreira Marques
Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras
Priscila Regina Vasconcelos,
Daphine Regina Soares de Souza Carvalho
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
O enfermeiro pode dispor de diversos recursos para aproveitar o potencial terapêutico gerado
pelo cuidado. Com esta pesquisa visualizamos a importância da massagem shantala como forma
diferente de expressar amor e aproximação entre binômio mãe-bebê e, consequentemente,
mais uma forma de cuidar. Percebemos que tem sido crescente a adesão a essas terapias, numa
época de crises existenciais e busca pelo transcendental, onde a enfermagem sensibilizou-se e
almejou construir uma alternativa de cuidado superior ao modelo biológico. Objetivou-se
identificar o conteúdo das publicações no que tange à técnica shantala e fornecer subsídios para
acadêmicos e enfermeiros em relação à aplicabilidade da mesma, como uma estratégia que
auxilie no aprimoramento do cuidado de enfermagem. Trata-se de uma revisão bibliográfica do
tipo exploratória, descritiva. Foram escolhidas 04 bibliografias acervo da Biblioteca Virtual de
Saúde e ScIELO, por contemplarem melhor o tema. Como critério de inclusão foi usado o idioma
Português com os seguintes descritores: Massagem, Relações Pais-Filho e Enfermagem. Como
critério de exclusão usou-se artigos em outros idiomas ou pagos e que não estavam disponíveis
na íntegra. A técnica da shantala iniciou-se em Kerala, no sul da Índia, sendo a então repassada
pelos monges, e posteriormente de mãe para filha. O médico obstetra francês Leboyer, em
1970, trouxe a prática de massagear bebês para o ocidente. A sequência da massagem estimula
diversos pontos do corpo e harmoniza e ativa todos os órgãos da criança, proporcionando
grandes benefícios como o equilíbrio fisiológico e a estimulação, permitindo o resgate da carícia,
maior interação, afetividade e vínculo, propiciando um crescimento biopsicossocial da criança
adequado. Entretanto os benefícios das terapias orientais permaneceram restritos as classes
mais favorecidas. Considerando como forma de humanização, o toque terapêutico através da
shantala, promove conforto para o neonato e influências diretas no sistema nervoso, alterando
os processos bioquímicos do organismo, como por exemplo: provoca diminuição da frequência
respiratória e aumento da expansibilidade da caixa torácica. Também é verificado melhora no
sistema circulatório e linfático, devido a ativação da circulação sanguínea local, dilatando os
vasos periféricos, promovendo um melhor aporte sanguíneo, e consequentemente diminuição
da frequência cardíaca, dentre outros parâmetros. A Shantala promove diversos benefícios
físicos, psíquicos e emocionais à criança, além de propiciar momentos de restabelecimento do
canal de comunicação entre mãe-bebê. Compreendeu-se que a shantala é um importante
instrumento de promoção à saúde de crianças, a qual pode ser inserida em todos os níveis de
atenção pela enfermagem. Entretanto, para que isso ocorra é necessário que os enfermeiros
abandonem o paradigma hospitalocêntrico e curativo, de caráter individualista, e passem a
realizar uma prática pautada na integralidade.
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254
RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR ATRAVÉS DA
MANIPULAÇÃO DE DISPOSITIVOS INVASIVOS PELA ENFERMAGEM
Maria José Rodrigues
Thiago Ubaldo Silveira de Mendonça
[email protected]
Gleisy Gonçalves (Orientador)
Área: Enfermagem
Introdução: A enfermagem é o grupo mais numeroso e que maior tempo fica em contato com o
paciente internado em hospitais (FAKIH, 2006). A natureza do seu trabalho, que inclui a
prestação de cuidados físicos e a execução de procedimentos diagnósticos e terapêuticos, a
torna um elemento fundamental nas ações de prevenção, detecção e controle da infecção
hospitalar. Desde o início, deve-se frisar que prestando uma assistência adequada e seguindo as
medidas de controle de infecção, contribuirá para diminuir o risco de adquirir e/ou disseminar
infecções (TURRINI et al., 2000). Justificativa: Sabe-se que quanto maior o tempo de
permanência dos dispositivos invasivos há um aumento na elevação das taxas de infecção
devido à contaminação intraluminal, infusão contaminada de fluidos e medicamentos e a
formação de biofilme. Estando os cuidados de enfermagem com os dispositivos venosos,
diretamente ligado a prevenção/ redução do risco de infecção relacionada a assistência à saúde
(OLIVEIRA et al., 2015), torna-se de grande importância o estudo dos meios e estratégias de se
prevenir a infecção através da manipulação desses dispositivos. Objetivo: Identificar as
evidências científicas disponíveis sobre os cuidados de enfermagem durante a técnica de
manipulação dos dispositivos invasivos. Metodologia: Neste estudo foi utilizada como recurso
metodológico, a revisão da literatura. Foram considerados os seguintes critérios de inclusão:
Trabalhos publicados em língua portuguesa, com os resumos disponíveis nas bases de dados
eletrônicas Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde; e Scientific Electronic
Library Online, utilizando as terminologias em saúde: Assistência de enfermagem, Infecção,
Assistência hospitalar, Segurança do paciente. Desenvolvimento: A enfermagem precisa estar
preparada cientificamente e gerencialmente. Como medida à prevenção de infecção,
recomenda-se a higienização das mãos, a seleção do cateter e sitio de inserção, preparo da pele,
estabilização do cateter, manter a permeabilidade da linha venosa, escolha da cobertura
adequada e retirada do cateter (REIS et al., 2013). Para minimizar as infecções hospitalares é
preciso que as instituições de saúde cumpram o seu papel social e melhorem a competência
técnico-científica dos seus trabalhadores, investindo na formação e atualização constante do
seu capital humano (PRISCILLA et al,.2011). Considerações finais: A utilização desses
procedimentos requer cuidados e aprimoramento profissional de toda a equipe, principalmente
da enfermagem, pois está em contato frequente com o paciente, sendo de sua responsabilidade
o gerenciamento do cuidado a fim de evitar e/ou reduzir os riscos de infecção, durante a
manipulação dos dispositivos invasivos, além de proporcionar segurança ao paciente. As ações
de enfermagem devem ser planejadas e desenvolvidas com base em saberem técnicos e
científicos, sustentados em princípios éticos e legais da profissão com vistas à prevenção de
infecção hospitalar
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256
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO INSERIDA EM UMA UNIDADE
DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Maria Aparecida Ferreira Marques
Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras
Maria do Carmo Balbino
Costa, Ciro Saul Xavier Garcia da
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
Sabe-se que o modelo de atendimento nas unidades básicas de saúde se apoia em dois ramos:
Estratégia de Saúde da Família (ESF) e o Atendimento a Livres Demandas. Embora a Estratégia
de Saúde da Família já usasse convencionalmente o “acolhimento” para organizar o fluxo dos
usuários, chega uma novidade: a classificação de risco; que não foi muito bem recebida por
alguns. Objetivou-se conhecer a classificação de risco na unidade de Estratégia de Saúde da
Família. Trata-se de um relato de experiência vivido no Centro de Saúde Santa Inês, na cidade
de Belo Horizonte. Realizou-se a visita técnica ao referido centro de saúde, entre os dias
01/02/2016 e 05/02/16, para fins de observar a aplicação do protocolo. O bairro Santa Inês está
na região leste de BH, possui uma área de 1,10 km² e abriga uma população de
aproximadamente 9.400 habitantes, com uma proporção da população acima de 65 anos de
idade em torno de 25%. Em torno de 87% da população vive em casas, 12,7% vive em
apartamentos, sendo que 97% da população é alfabetizada. Neste contexto observamos que a
classificação de risco vem aumentar a resolutividade. O protocolo de Manchester foi
desenvolvido com um perfil hospitalar, porém a classificação de risco é baseada neste protocolo
sendo adaptada para o centro de saúde. De acordo com o protocolo para classificação de risco
são contemplados 66 possíveis motivos de consulta, de forma em que após 4 ou 5 perguntas se
classifica o paciente em uma das 5 categorias de gravidade: A vermelha precisa ser vista pelo
médico o mais rápido possível, pois representa uma emergência; a laranja é muito urgente e
deve ser atendido com prioridade, o amarelo é urgente, o verde é pouco urgente, e o azul, não
é urgente. Esse sistema visa otimizar os fluxos assistenciais. Acompanhando a enfermeira de
estratégia de Saúde da Família, Ana Paula Lorenzzato, responsável pela Equipe 2 no Centro de
Saúde Santa Inês, pudemos observar que existe ainda certo descontentamento de alguns com a
implantação do sistema de classificação de risco. Apesar de a maioria já se haver adaptado ao
protocolo que foi implantado neste serviço dia 17/03/2014 a enfermeira relata que alguns
usuários reclamam por que chegaram mais cedo que outros e ainda não foram atendidos, em
detrimento daqueles que chegaram depois e já o foram. Concluímos que profissional de saúde
deve empoderarse de conhecimento científico, para classificar com segurança, de acordo com
o protocolo e com as necessidades de cada paciente. Visto que os critérios antes utilizados pela
atenção primária eram em suma bastante subjetivos, conclui-se que é imprescindível a utilização
do Acolhimento com Classificação de Risco, pois além de passar segurança para a equipe,
cumpre os princípios que regem o SUS, mantendo a equidade e priorizando os pacientes que
necessitam de atendimento rápido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
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pacientes em serviço de emergência: “Canadian Triage and Acuity Scale” (CTAS) [Tese]. Escola de
Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP). São Paulo; 2003.
258
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO PÓS OPERATÓRIO DE ADENOMA HIPOFISÁRIO
FUNCIONANTE – RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras
Maria Aparecida Marques
Ciro Saul Xavier Garcia da Costa
Karine Veloso dos Santos
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
Os tumores hipofisários, são ocorrências relevantes entre as complicações cerebrais. Neste
contexto, objetivou-se elucidar a importância da atuação do profissional enfermeiro no pósoperatório e destacar a relevância da atuação ativa do enfermeiro no pós-operatório de
adenoma hipofisário secretante. Trata-se do relato de experiência proporcionado pelo
acompanhamento da cirurgia realizada pela equipe do neurocirurgião Oscar Feo, em
15/06/2011, no hospital Santa Clara em Bogotá, Colômbia, e posterior acompanhamento do
paciente. Para embasamento científico realizou-se uma extensa pesquisa bibliográfica. Sabe-se
que cuidados de enfermagem na assistência ao paciente no pós-operatório são direcionados no
sentido de restaurar o equilíbrio homeostático, prevenindo complicações. O enfermeiro
procede com a avaliação inicial do paciente quando este é admitido na unidade. Esta avaliação
incluirá as condições dos sistemas neurológico, respiratório, cardiovascular e renal; suporte
nutricional e de eliminações; dos acessos venosos, drenos; ferida cirúrgica; posicionamento, dor,
segurança e conforto do mesmo. A evolução clinica satisfatória do paciente e a estabilização do
estado hemodinâmico são sinais de que a fase crítica do pós-operatório terminou e que será
transferido. Durante sua internação na unidade de cuidados intensivos deve-se orientar o
paciente, sempre que possível, sobre seu estado, a fim de prepará-lo para uma transferência ou
para sua permanência na unidade, diminuindo assim sua ansiedade. Acompanhou-se a cirurgia
do paciente J.P.T. 27 anos, diagnosticado com um micro adenoma hipofisário secretante. O
método eleito para a cirurgia em questão foi o acesso transesfenoidal, no pós-cirúrgico foi feita
a compensação do paciente na Unidade de Tratamento Intensivo com mensuração diária de
hormônios e eletrólitos. O emprego correto do processo de enfermagem com a utilização da
sistematização da assistência de enfermagem promovem a padronização do atendimento
prestado, otimizando o mesmo. A atenção do enfermeiro frente às preocupações do paciente
suas expectativas, medos e enfrentamentos, auxiliam em uma melhor adesão ao tratamento
proposto e na recuperação dos pacientes. Realizar o plano de cuidados com orientações para a
alta é de suma importância. Valorizar o que o paciente sabe e ser resolutivo, auxilia o vínculo
enfermeiro-paciente e colabora para a recuperação do mesmo. Com este estudo de caso
observamos a relevância do bom acompanhamento de enfermagem na recuperação do
paciente, na segurança com a qual o mesmo enfrenta o tratamento adicional e na firmeza do
grupo familiar em relação a resposta ás terapêuticas prescritas ao paciente. Pode-se perceber
que a presença e o envolvimento do enfermeiro neste caso é um diferencial importante para o
paciente, física e psicologicamente falando.
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260
A NECESSIDADE DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO EM SAÚDE À
POPULAÇÃO TRANSEXUAL: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA.
Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras
Priscila Regina Vasconcelos
Maria Aparecida Marques
Daphine Regina Soares de Souza Carvalho
Shirlei Barbosa Dias (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
Falar em transexualidade é novo e temos enfrentado o preconceito e a discriminação. É um
assunto que gera dificuldade em decorrência da inexperiência, déficit na formação, capacitação
e educação do profissional de saúde. A discriminação reafirma e possibilita compreender, que
os enfermeiros são reflexos dos valores socioculturais impostos pela sociedade heterossexual,
segundo Souza. Nesse contexto objetivou-se conhecer as necessidades em saúde da população
transexual; trazer ao meio acadêmico essa demanda, fomentando um campo de atuação; e
evidenciar as diferenças no tratamento da população transexual em confronto com os princípios
e diretrizes do Sistema Único de Saúde. Trata-se de um relato de experiência vivido no Instituto
Pauline Reichstul– Roda de conversa com transexuais no dia 18/01/2016. Estavam presentes
vinte e cinco homens e mulheres transexuais que nos expuseram as necessidades mais
abrangentes da população. Os avanços da ciência, da tecnologia e dos direitos à saúde
trouxeram, a uma parte da população, a oportunidade de amenizar conflitos com seu próprio
corpo. A cirurgia de adequação sexual traz algo muito maior: o fim de uma luta e o início de
grandes mudanças na vida da pessoa. Existe também entre a população transexual a prática da
auto administração de hormônios e justamente aqui sente- se a necessidade da atuação do
enfermeiro no atendimento em saúde à população transexual. Assim, ao o considerarmos o
profissional que permanece mais tempo ao lado da pessoa que busca atendimento em saúde, o
enfermeiro deve ser o facilitador na promoção do bem-estar biopsicossocioespiritual do
indivíduo. São muitas as demandas trazidas pela população GLBTT (Gays, Lésbicas, Bissexuais,
Travestis e Transexuais), desde as mais simples como uma consulta ao ginecologista para um
homem trans ou um exame de próstata a uma mulher trans; àquelas consideradas mais
complexas como a cirurgia de adequação sexual ou o acompanhamento a gestação de um
homem trans, de acordo com os relatos colhidos de atendidos pelo Instituto Pauline Reichstul.
O SUS define as diretrizes nacionais para o Processo Transexualizador nas unidades federadas,
respeitadas as competências das três esferas de gestão pela Portaria1.707, que considera a
orientação sexual e a identidade de gênero como fatores determinantes e condicionantes da
situação de saúde, não apenas por implicarem práticas sexuais e sociais específicas, mas
também por expor a população GLBTT a agravos decorrentes do estigma, dos processos
discriminatórios e de exclusão que violam seus direitos humanos, dentre os quais os direitos à
saúde, à dignidade, a não discriminação, à autonomia e ao livre desenvolvimento da
personalidade. Conclui-se que informação, capacitação e aproximação com esta população
poderão ajudar na efetivação dos direitos humanos e no cumprimento das diretrizes do SUS no
que tange à saúde da população GLBTT.
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PEDICULOSE NO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
Carolina Sellera F. Roza
Francielle Natalie Torres
Iracilda Rodrigues Caetano
Daniela de Almeida Dias do Santos
Tiziane Rogério (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
Crianças em idade escolar constituem um grupo propenso à pediculose. As crianças infestadas
podem apresentar baixo desempenho escolar por dificuldade de concentração, consequência
do prurido contínuo e distúrbios do sono. Em casos mais graves, as crianças podem desenvolver
anemia devido à hematofagia do piolho. O controle efetivo das ectoparasitoses é um desafio
para a saúde pública, por causa da alta contagiosidade, do manejo inadequado, da negligência
tanto da população como dos profissionais de saúde. Diante disso, objetivou-se desenvolver
medidas preventivas da pediculose na comunidade escolar do município de Belo Horizonte,
discutindo medidas de prevenção e o combate aos piolhos de modo educativo, e transmitir à
comunidade escolar o conhecimento adquirido durante as atividades do projeto. A metodologia
foi desenvolvida através de visita em uma das Unidades Municipais de Educação Infantil- UMEI,
sediada no Bairro São Paulo, município de Belo Horizonte. Foram desenvolvidas atividades
lúdicas, para 180 crianças com média de idade entre 1 a 6 anos que envolveram conversa
informal sobre o tema. Elaborado “A trilha do Piolho”, um jogo de perguntas e respostas sobre
a pediculose. No término das atividades educativas, foram distribuídos para as crianças e
professores panfletos educativos e Kits, enfatizando o tratamento. Acreditamos que este
trabalho permitiu auxiliar e recomendar outras medidas de atuação na escola para atenuar o
número de infestações, estimulando os professores a ensinar alunos e pais, a utilizar do pente
fino e a catação, evitando assim o uso desordenado de substâncias químicas de combate ao
piolho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
2.
3.
4.
5.
ALENCAR, R.A.; SILVA, S.; MADEIRA, N.G.; Avaliando o conhecimento, a prática e a atitude da
população em pediculose. In: XLI CONGRESSO SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINATROPICAL,
p.30, 2005, Florianópolis.
CONCEIÇÃO, J. A. N. Saúde escolar: a criança, a vida e a escola. São Paulo, SP: Sarvier, 1994.
Heukelbach J, Oliveira FAS, Feldmeier H. Ectoparasitoses e Saúde Pública no Brasil: desafios para
controle. Cad Saude Publica. 2003 set/out; 19(5): 1535-540.
MARCONDES, C. B. Entomologia: Médica e veterinária. São Paulo: Atheneu, 2001.
BRASIL,Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Glossário Eletrônico 25 set 2008.
Disponível em: http://bvsms2.saude.gov.br
263
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PERMANENTE NA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO
Fernanda Alves dos Santos Carregal
Rafaela Dias Rodrigues
Marlene Rosa dos Santos
Lígia dos Santos Cesarino
Angélica Mônica Andrade (Orientador)
[email protected]
Sáude e Educação
O Ministério da Saúde do Brasil apresenta a Educação Permanente como aprendizagem no
trabalho, em que o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e do
trabalho. Deve-se ter como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações,
da gestão setorial e do controle social em saúde. Torna-se fundamental a questão da educação
permanente como compromisso com o crescimento pessoal e profissional do enfermeiro,
visando a melhorar a qualidade da prática profissional. O objetivo do presente estudo consiste
em descrever o papel da educação permanente na atuação da enfermagem na perspectiva
coletiva e individual. O processo metodológico traduziu-se em uma revisão narrativa de
literatura com o intuito de investigar e obter informações sobre a temática. Segundo Cullum
(2010), o enfermeiro está em constante processo educativo na sua prática. Neste contexto, é
imprescindível que tenha consciência desse fato. No desenvolvimento de suas ações deve
conter a reflexão crítica, a curiosidade, a criatividade e a investigação. Destaca-se a educação
permanente do indivíduo, que desenvolve a habilidade de aprender a aprender. O
desenvolvimento da educação permanente leva o profissional enfermeiro à competência, ao
conhecimento e a atualização, que são componentes necessários para garantir a sobrevivência,
tanto do profissional quanto da própria profissão. De acordo com Giovanella (2012) a Política
Nacional de Educação Permanente é uma estratégia proposta pelo Ministério da Saúde com a
finalidade de formar e capacitar profissionais da saúde para atuarem efetivamente com as
necessidades populacionais. É indispensável a criação e adoção de políticas públicas educativas
que contribuam positivamente para a promoção da saúde visando ao bem-estar individual e
coletivo. É necessária a adoção de mecanismos estratégicos que incentive a participação dos
profissionais envolvidos com a educação permanente, fazendo com que os mesmos
desenvolvam suas atividades de maneira eficiente, planejada e contínua, através de programas
adequados as reais necessidades de sua clientela. Conclui-se com a realização deste trabalho
que o enfermeiro deve estar apto para acompanhar os avanços tecnológicos e atualizações
constantes de informações no âmbito da saúde. É preciso que a conscientização do processo
educativo se inicie na vida acadêmica, mediante um ensino mais problematizador.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
2.
3.
CULLUM,Nicky;CILISKA,Donna;HAYNES,Brian;MARKS,Susan.Enfermagem
baseada
em
evidências.Rio Grande do Sul:Artmed,2010.
GIOVANELLA, Lígia; ESCOREL, Sarah; LOBATO, Lenaura de Vasconcelos Costa; NORONHA, José
Carvalho; CARVALGO, Antônio Ivo. Políticas e Sistema de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz,
2012.
Ministério da Saúde (BR). Educação Permanente em Saúde. Mudanças na formação de
graduação. Profissionalização e escolarização. Brasília (DF): 2004.
264
ESTRATÉGIA DE APRENDIZADO EM ENFERMAGEM: JOGOS COMO MÉTODO DE
CONHECIMENTO DA TERMINOLOGIA E DOS CONCEITOS EM SERVIÇO DE SAÚDE
Andreia Vilela dos Santos
Elida Augusta Silva Lage
Diane Patrícia Silva Leite
Ana Carolina Nunes
[email protected]
Angélica Mônica Andrade (Orientador)
Área: Enfermagem
Introdução: O trabalho aborda a importância do lúdico para o processo de
ensino/aprendizagem. Na Enfermagem, a falta de uma linguagem que possibilite a definição e
descrição de sua prática pode comprometer seu desenvolvimento como ciência. A
aprendizagem da terminologia em saúde é vista por muitos estudantes como um grande desafio,
sendo necessária uma abordagem sistemática, contínua e inovadora no período de graduação.
Objetivo: Relatar a experiência da construção de uma atividade lúdica como facilitador na
aprendizagem das terminologias em saúde. Metodologia: Relato de experiência de construção
de um produto referente à disciplina Trabalho Interdisciplinar Supervisionado (TIS) desenvolvido
no curso de graduação em enfermagem da FAMINAS-BH, no segundo semestre de 2015.
Resultados: No desenvolvimento do TIS, os alunos se organizaram em grupos para a elaboração
e apresentação de jogos, do tipo “passatempo”, voltados para a área de terminologia em saúde.
Cada grupo construiu cinco jogos: Cruzadas Diretas; Duplex; Criptograma; e a estratégia
metodológica livre que deveria ser um jogo de escolha do grupo. Todos buscavam abranger
todas as disciplinas estudadas no período, e para a construção da interdisciplinaridade, foi
abordado o tema “O cuidado da enfermagem à pessoa portadora de insuficiência renal crônica
– IRC”. Essa escolha justifica-se por a IRC constitui atualmente um problema de saúde pública
mundial e requer a interdisciplinaridade para seu manejo. Para elaboração das atividades
propostas foram utilizados levantamentos bibliográficos através das bases de dados em
plataformas eletrônicas (BVS, Scielo) e portais online para criação dos jogos. O quinto jogo
escolhido pelos acadêmicos foi um jogo de tabuleiro nomeado de Corrida do Kidney que foi
confeccionado em EVA colorido e também, dois pinos e um dado, sendo necessária a
participação de dois jogadores. Para o andamento do jogo de tabuleiro, haviam três cores de
carta: verde, vermelho e amarelo, totalizando 21 perguntas com abordagem interdisciplinar,
dispostas em uma mesa no local da apresentação. O jogo iniciava com o lançamento de um dado
e quem tirasse o número maior seria o primeiro a jogar e quem chegasse primeiro no final da
corrida era o ganhador. Durante a apresentação dos jogos para um público externo, ficou
evidente o interesse das pessoas presentes em participar e interagir com a atividade proposta,
sendo relatado ser uma maneira interessante para o estímulo do aprendizado a certa das
terminologias em saúde. Conclusão: O trabalho contribuiu para interação tanto entre o grupo
quanto entre os docentes e demais discentes da instituição. A criação de atividades lúdicas
promove e desenvolve a aprendizagem de modo significativo bem como estimula a criação de
novo conhecimento. Desperta o desenvolvimento de habilidades e capacidades cognitivas e
apreciativas específicas que possibilitam a compreensão e intervenção do indivíduo nas
questões sociais e culturais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1. COSCRATO, Gisele; PINA, Juliana Coelho; MELLO, Débora Falleiros.Utilização de atividades
lúdicas na educação em saúde: uma revisão integrativa da literatura.Acta Paul Enferm, São Paulo,
v. 23, n. 2, p. 257-63, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/ revistas/ape/paboutj.htm.>
Acesso em: 21/abr./2015.
265
DIMENSÕES DO CUIDADO DO ENFERMEIRO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Andreia Vilela dos Santos
Priscilla Maria Diniz Silva
Terezinha de Jesus
Elida Augusta Silva Lage
Angélica Mônica Andrade (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
Introdução: Desde a criação do Programa Saúde da Família (PSF) em 1994, atualmente
denominada Estratégia Saúde da Família (ESF), o enfermeiro tem tido fundamental participação.
A ESF considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserção
sócio-cultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção e o tratamento de doenças e a
redução de agravos. Possui um trabalho multiprofissional composto por, no mínimo, médicos,
enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Sabe-se que o
enfermeiro possui uma gama de atribuições de extrema relevância para a implementação desta
estratégia para reorganização Atenção Primária à Saúde. O Objetivo: Descrever a atuação do
enfermeiro na ESF, considerando seu papel fundamental na assistência integral aos indivíduos.
Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, em que foi realizado um
levantamento bibliográfico por meio das bases de dados em plataformas eletrônicas e portal do
Ministério da Saúde. Resultados: O enfermeiro atua na ESF integrando as dimensões do cuidado
assistência, ensino, gestão, investigação e participação política. O enfermeiro possui funções
bem definidas e de caráter essencial, tais como: realização de assistência integral em todas as
fases do desenvolvimento humano, planejamento, gerenciamento, supervisão e coordenação,
desenvolvimento e avaliação de ações que correspondam às necessidades da comunidade,
sendo necessárias estratégias de investigação, de atualização constante e de pesquisa. Ademais,
o enfermeiro realiza consultas de enfermagem, solicitação de exames complementares,
prescrição de medicações conforme os protocolos municipais, visitas domiciliares (fundamental
na ESF), além de capacitação da equipe de saúde com articulação dos diversos setores
envolvidos na prevenção de agravos e promoção da saúde. O enfermeiro também realiza ações
para o incentivo a participação social da comunidade. Em especial, destaca-se que a ESF é um
espaço privilegiado para a prática do ensino e nesse cenário o enfermeiro utiliza a educação em
saúde como forma de cuidado, atendendo a população de forma individual e coletiva, sendo
capaz de desenvolver ações de promoção e proteção de saúde, devido ao processo de
assistência de enfermagem e características do seu saber centrado em um modelo holístico,
humanizado e contextualizado. Conclusão: Considera-se que o enfermeiro contribui e atua com
relevância na ESF, na construção de um modelo assistencial que permite maior vínculo com a
comunidade, desenvolvendo sua autonomia, ganhando mais espaço e identidade profissional
por meio do seu trabalho diversificado. Deve ser um agente de mudança e transformação,
incentivando o trabalho em equipe, o planejamento das ações e a resolução dos problemas que
emergem em meio à comunidade pelo qual é responsável. É importante fortalecer a promoção
da saúde através de práticas de educação em saúde na tentativa de transformar condutas e
comportamentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
2.
Brasil. Portaria GM/MS nº 648 de 28 de março de 2006.
Ministério da Saúde (BR). Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo
assistencial. Brasília, 1997.
266
3.
PEREIRA, Rafael Alves et al. Atuação do Enfermeiro na Participação Social: Estratégias para
Educação em Saúde. Revista Científica FAEMA, v.5, n.2, p. 139-155, 2014. Disponível em:
<http://www.faema.edu.br/revistas/index.php/Revista-FAEMA/article/view/246/182. >. Acesso
em: 20/ago/2015.
267
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL
Fernanda Alves dos Santos Carregal
Rafaela Dias Rodrigues
Lígia dos Santos Cesarino
Marlene Rosa dos Santos
Angélica Mônica Andrade (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem.
Segundo Lobosque e Silva (2013), a assistência em saúde mental dentro da atenção primária
deve ser permeada por atividades multicêntricas, incluídas nos diversos programas de cuidados
em saúde e voltados diversos grupos populacionais, sujeitos ou não a riscos e vulnerabilidades.
O problema da prevalência crescente das perturbações mentais, a nível global, com custos
sociais e econômicos avultados, não pode ser resolvido com estratégias ou intervenções
centradas apenas no indivíduo. O objetivo do presente estudo consiste em descrever ações do
enfermeiro voltadas a pacientes portadores de transtorno mental. A metodologia da pesquisa
traduziu-se em uma pesquisa bibliográfica com intuito de compreender e investigar conteúdos
científicos sobre a temática. É imprescindível ter em consideração que atuação em Saúde
Mental não está restrita à Psiquiatria, envolve outros setores e toda equipe multidisciplinar.
Segundo Kantorski (2012), as atribuições do enfermeiro nos serviços de saúde mental estão em
mudanças significativas relacionadas à qualidade da atenção, sendo a adequada formação
profissional fundamental para a execução plena das políticas do setor de saúde mental. Ainda
existe uma predominância de um modo de cuidado mais centrado no modelo clínico, porém os
profissionais reforçam a necessidade de estabelecer outras formas de cuidado a essas pessoas,
partindo-se da comunicação, da escuta atenta e da relação comprometida como complemento
de um cuidado mais técnico. Destaca-se a necessidade do enfermeiro atuar não só na doença,
sendo necessária a atuação da enfermagem em conjunto com a família. É importante se atentar
para as preocupações dos familiares em relação à sintomatologia do paciente para orientá-los
quanto ao seu tratamento medicamentoso como estratégia para a integração social dos
pacientes. Lobosque e Silva (2013) afirmam que a educação permanente em saúde tem como
ferramenta a reflexão crítica sobre a prática cotidiana dos serviços de saúde, possibilitando
mudanças nas relações, nos processos, nos atos de saúde e nas pessoas. Destaca-se também a
educação em saúde, que pode ser realizada em ação individual (consulta de enfermagem) e
coletiva para a pessoa em sofrimento psíquico e sua família, a fim de promover a autonomia e
a corresponsabilidade pelo tratamento entre a pessoa em sofrimento psíquico e, quando
possível, à família e o profissional de saúde. Conclui-se com a realização deste trabalho que o
enfermeiro desempenha um papel fundamental na perspectiva dos agravos, sendo necessário
enfrentar as dificuldades para atuar com autonomia. "LOBOSQUE, Ana Marta; SILVA, Celso
Renato. Saúde mental marcos conceituais e campos da prática. Belo horizonte: Conselho
Regional de psicologia, 2013.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
KANTORSKI, Luciane Prado; OLIVEIRA,Lilian Cruz Souto; ANTONACCI,Milena Hohmann; JÚNIOR,
Sidnei Teixeira; ALVES,Poliana Farias. Avaliação dos centros de atenção psicossocial na
perspectiva dos entrevistadores. Journal of Nursing and Health,2012.
268
EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO AGENTE GERADOR DA QUALIDADE DE VIDA NOS IDOSOS
Rafaela Dias Rodrigues Fernanda Alves dos Santos Carregal
Tamara Aires
Fernanda Fernandes Saldanha Coimbra
Angélica Mônica Andrade (Orientador)
[email protected]
Educação em Saúde
Introdução: A humanidade vem passando por uma transição demográfica nas quais sociedades
em que predominavam a população jovem estão sofrendo inversões de padrões aumentando
de forma significativa o número de idosos (SILVA, 2012). Os serviços que contribuem para a
promoção de uma qualidade de vida para os idosos ainda é um desafio tornando-se essencial
que os profissionais de saúde compreendam sua complexidade e magnitude atuando em prol
da promoção em saúde da terceira idade. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é abordar
a educação em saúde como ferramenta para promover a qualidade de vida nos idosos.
Metodologia: A metodologia traduziu-se em uma revisão narrativa de literatura, com busca de
artigos na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com o intuito de aprofundar os
conhecimentos acerca do tema investigado. Desenvolvimento: O processo de envelhecer com
qualidade de vida é consequência do viver com autonomia para a execução de suas funções o
que beneficia a independência do idoso no contexto sócio econômico e cultural (SOUZA, 2016).
Como meio de promover a qualidade de vida de vida na terceira idade pode-se afirmar que a
atividade física está entre os principais fatores por apresentar efetividade como melhora da
saúde, no bem estar emocional e facilidade de contatos sociais. A educação em saúde é de suma
importância para a promoção do envelhecimento ativo, uma vez que as especificidades da
velhice podem ser adaptáveis a uma vida saudável e ativa prevenindo doenças e aprimorando
atividades cognitivas e sociais. O enfermeiro deve propor ações inovadoras atendendo os idosos
de forma integral, ressaltando o diálogo como aspecto fundamental do profissional. Também é
necessário analisar o contexto em que cada paciente se encontra construindo, junto de idosos,
ações para retomar a saúde (RODRIGUES, 2007). As ações educativas podem originar de diversas
metodologias ativas como grupos educativos, teatros, de incentivo a atividades físicas e
mudanças de hábitos alimentares com o intuito de compartilhar saberes melhorando a
autoestima e confiança do grupo. Conclusão: As ações de educação em saúde possibilitam
melhorar a qualidade de vida na terceira idade. Contudo, as ações de saúde devem ser
condizentes com as necessidades dos idosos para que os mesmos possam realizar e obter
pontos positivos na sua saúde potencializando assim a promoção a saúde do idoso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
2.
3.
SOUZA, Wanusa Grasiela Amante; PACHECO, Wladja Nara Sousa; MARTINS, Josiane de Jesus;
BARRA, Couto Carvalho; NASCIMENTO, Eliane Regina Pereira: Educação em saúde para leigos no
cuidado ao idoso no contexto domiciliar. Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 35, no . 4, de
2006.
SILVA, Ana Carolina; TEIXEIRA, Tatiane Gomes: Velhice e Longevidade: Desafios Atuais e Futuros.
revista Kairós. São Paulo.2009.
RODRIGUES, Rosalina Aparecida Partezani; MARQUES, Sueli; FABRÍCIO, Suzele Cristina Coelho;
CRUZ, Idiane Rosset: Política nacional de atenção ao idoso e a contribuição da enfermagem.
Enferm, Florianópolis, 2007.
269
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR
Rafaela Dias Rodrigues
Fernanda Alves dos Santos Carregal
Tamara Aires
Fernanda Fernandes Saldanha Coimbra
Angélica Mônica Andrade (Orientador)
[email protected]
Infecção Hospitalar
Introdução: As infecções hospitalares constituem um sério problema de saúde pública no Brasil
e no mundo. São causas importantes de morbidade e mortalidade relacionadas a pessoas que
se submetem a algum tipo de procedimento clínico-cirúrgico como forma de tratamento. O
enfermeiro é uma chave importante para o controle das infecções hospitalares, através de ações
para detecção e prevenção da saúde individual e coletiva (SILVA, 2001). Objetivo O objetivo
consiste em conhecer a atuação do enfermeiro no controle da infecção hospitalar e suas ações
de controle. Metodologia: Foi realizada busca na literatura de estudos existentes sobre a
infecção hospitalar, tendo um enfoque descritivo com uma ampla análise de casos com o intuito
de verificar o que está sendo realizado no ambiente hospitalar em relação ao controle de
infecção. Resultados: Na assistência à saúde, o indivíduo deve ser visto como um ser integral,
que não se fragmenta para receber atendimento em partes. As infecções hospitalares são
multifatoriais, e toda a problemática de como reduzir as infecções, intervir em situações de
surtos e manter sob controle as infecções dentro de uma instituição, deve ser resultado de um
trabalho de equipe (UGÁ, 2007). O enfermeiro opera com um papel de extrema importância,
pois o mesmo atua em contato direto com o paciente, sendo necessários cuidados e atividades
que visem à segurança do paciente, ressaltando a higienização de mãos antes e após contato
com o cliente, uso de EPIs (equipamento de proteção individual) que consiste em um aparato
com o intuito de proteger o profissional á riscos capazes de ameaçar a sua segurança e saúde,
além da higiene do ambiente que atuam como medidas destinadas a evitar infecções cruzadas.
Além disso, o enfermeiro deve inspecionar a correta aplicação de técnicas assépticas, avaliar e
orientar a implantação de medidas de isolamento e introduzir medidas de prevenção da
disseminação de micro-organismos, sendo um elo entre os setores hospitalares disseminando
ações de prevenção ao controle hospitalar e atuar junto a vigilância sanitária e epidemiológica
a fim de identificar problemas relacionados à infecção hospitalar elaborando medidas corretivas
e preventivas para uma melhora da qualidade e segurança a ser oferecida para os pacientes.
Conclusão: Finalizando é de suma importância que todos os profissionais de saúde atuem em
prol da diminuição das infecções através de ações conjuntas, sendo o enfermeiro capacitado
para atuar no controle e na prevenção, em todas as suas interfaces, tanto nas ações preventivas
como as de controle, atuando diretamente com o paciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
SILVA, A. L. Aspecto ético no Controle de Infecção. In: MARTINS, M. A. Manual de infecção
hospitalar, epidemiologia, prevenção e controle. Rio de Janeiro: MEDSI, 2001.
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Saúde Coletiva, julho-agosto, v. 12, n. 4, Rio de Janeiro, 2007.
270
BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE
Angélica Cristina Duarte Gonçalves
Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma importante ferramenta
metodológica de trabalho que abrange funções e normas internas. Usada corretamente,
favorece o reconhecimento do profissional enfermeiro no âmbito da assistência direta e indireta
ao paciente. Neste contexto, este estudo tem como objetivo relatar sobre os benefícios da
Sistematização de Assistência de Enfermagem para o cuidado ao cliente. Por meio da SAE é que
se estabelece as etapas que devem ser seguidas para melhor prestação de serviços a toda
clientela da área de saúde. Além disso, permite ao enfermeiro avaliar a qualidade da assistência
prestada por meio das metas estabelecidas. Entretanto, após quase sete anos da legislação que
obriga a implantação da SAE nas instituições de saúde, pouco se tem de resultado. Assim, esse
estudo se justifica para alertar os enfermeiros sobre a necessidade de realizar a implementação
da sistematização da assistência de enfermagem. Dessa forma, será possível o desenvolvimento
de uma nova cultura que fortaleça a realização pessoal e profissional dos enfermeiros e,
paralelamente, resulte numa assistência mais qualificada e segura para os usuários. Optou-se
por desenvolver uma investigação bibliográfica, a partir de base de dados tais como a Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Área: Enfermagem, que fossem publicados nos últimos 5 anos,
em língua portuguesa, utilizado palavras chaves Sistematização da Assistência de Enfermagem,
enfermeiro, autonomia. Os resultados mostram as inúmeras vantagens que a SAE traz aos
serviços de enfermagem. No âmbito da assistência ao paciente, direciona e organiza o trabalho,
favorece a visibilidade profissional e a participação efetiva no cuidado e nas tomadas de decisão,
proporcionando um trabalho individualizado acerca das necessidades de cada um. Acredita-se
que ao estimular o debate em diversos formatos, esteja-se contribuindo de maneira efetiva com
a profissão, visto que auxilia os enfermeiros a desenvolverem a SAE de acordo com suas
realidades. Os desafios, entretanto, são inúmeros. Um deles refere-se inclusive à falta de
aceitação e cumprimento da legislação vigente pelo próprio enfermeiro. Porém, a despeito de
qualquer dificuldade, é necessário e urgente que os enfermeiros, percorram esse caminho para
que a realidade posta seja modificada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
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5.
ALCANTARA, M. R. et al. Teorias de Enfermagem: A Importância para a Implementação da
Sistematização da Assistência de Enfermagem. Rev Cie Fac Edu Mei. Amb. v. 2, n. 2: 115-132,
mai-out, 2011. Disponível em: http://www.faema.edu.br/revistas/index.php/RevistaFAEMA
/article/ view/99/78. Acesso em 14/03/2016
Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução nº 272/2002, Dispõe sobre a Sistematização
da Assistência de Enfermagem - SAE - nas Instituições de Saúde Brasileiras.Disponível
em:http://www.portalcofen.com.br
FIGUEIREDO, R. M. et al. Caracterização da produção do conhecimento sobre sistematização da
assistência de enfermagem no Brasil. Rev.Esc.Enferm USP. v.40, n.2, p.299-303, 2006.
FULY, P.S.C.; LEITE, J.L.; LIMA, S.B.S. Correntes de pensamento nacionais sobre sistematização da
assistência de enfermagem. Rev. Bras. Enferm. Brasília, v. 61, n. 6, dez 2008.
TANNURE, M. C.; GONÇALVES, A.M.P. SAE, Sistematização da Assistência de Enfermagem: Guia
Prático. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
271
A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA NA GESTÃO DE QUALIDADE NOS SERVIÇO DE SAÚDE
PRESTADO
Angélica Cristina Duarte Gonçalves
Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
A assistência à saúde está consideravelmente mais qualificada nas últimas décadas em função
da adoção de novos processos e ferramentas administrativas, realização de pesquisas científicas
e utilização das novas tecnologias. Identificou-se que muitos cuidados não estavam sendo
executados de maneira satisfatória, tanto no aspecto técnico quanto ético e humano. Acreditase que isso aconteça porque ainda não foi implantado um processo de avaliação da qualidade
do cuidado prestado. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo identificar a
relação da importância da auditoria com a gestão de qualidade. Considerando a complexidade
do setor saúde, é apresentado o cenário atual das instituições, conceitos do segmento e análise
e relevância da aplicabilidade da auditoria como ferramenta de gestão. É necessário avaliar
todos os processos envolvidos no sistema de saúde por meio das ações propostas pela auditoria.
O tema se justifica por alerta sobre a necessidade da realização da auditoria que é um processo
de avaliação sistemática da qualidade dos cuidados da assistência prestada, com isso os clientes
serão beneficiados com a probabilidade de receber uma assistência de melhor qualidade a partir
de um serviço oferecido de maneira mais segura e eficaz. A metodologia utilizada foi a revisão
bibliográfica, por meio de artigos disponíveis nas bases de dados Literatura Latino-Americana e
do Caribe em Área: Enfermagem, tendo como método de inclusão os artigos de periódicos
nacionais, sendo publicados nos últimos 10 anos, sendo utilizado os descritores auditoria de
enfermagem, gestão de qualidade, qualidade da assistência à saúde e cuidados de enfermagem.
Os resultados deixam claro que a utilização da auditoria como uma ferramenta de gestão deve
contemplar as exigências pertinentes ao processo tais como planejar, monitorar, avaliar as ações
e serviços de saúde, intensificar a capacitação e treinamento permanente de todos os
envolvidos. Deve-se enfatizar a sua principal função educadora e não apenas a fiscalizadora e a
punitiva, pois o serviço da auditoria pode ser visto como um processo educativo no qual não se
busca responsáveis pela falha, mas questiona o porquê da não conformidade. A implantação da
gestão de qualidade contribuir para a realização da melhoria continua dos serviços prestados,
buscando alcançar a assistência qualificada, e padronizada na prestação da assistência de saúde
dos serviços prestados
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
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ANTUNES, Arthur Velloso; TREVIZAN, Maria Auxiliadora. Gerenciamento da qualidade: utilização
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para gestão em saúde. São Paulo: Martinari, 2006. p.73-85.
3. D.INNOCENZO, Maria; ADAMI, Nilce Piva; CUNHA, Isabel Cristina Kowal Olm O movimento pela
qualidade nos serviços de saúde e enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF,
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enfermagem por meio da auditoria. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v.22, n.3, p.313317, 2009.
272
EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O ADOLESCENTE SOBRE AS DOENÇAS SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS (DST’S)
Renata Ariane Gomes Andrade
Lígia dos Santos Cesarino
Reginalva Rocha Vieira
Valéria Cristina da Costa
Angélica Mônica Andrade (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
A Educação em Saúde é um artefato capaz de produzir ação, é um processo de trabalho dirigido
para atuar sobre o conhecimento das pessoas, para que ocorra desenvolvimento de juízo crítico
e capacidade de intervenção sobre suas próprias vidas, ou seja, apropriação da existência como
ser humano. (RODRIGUES, 2010). A realização da educação em saúde requer do profissional de
saúde, uma proximidade com esta prática, análise crítica da sua atuação, bem como uma
reflexão de seu papel como educador. Entre os profissionais de saúde, encontra-se o
enfermeiro, o qual participa de programas e atividades de educação visando à melhoria da
saúde do indivíduo, da família e da comunidade mostrando alternativas para que estes tomem
atitudes que lhe proporcione saúde em seu sentido mais amplo. A adolescência está entre os
grupos que merecem atenção em educação em saúde na atualidade, nas últimas décadas tem
se tornado alvo de estudos e passaram a merecer maior atenção em termos de saúde devido às
mudanças físicas, psíquicas e sociais próprias da fase que se configuram em um quadro de
vulnerabilidade aos agravos sociais como a gravidez indesejada, aborto, contaminação por
doenças sexualmente transmissíveis (DST), além de problemas sociais como aumento do
consumo de drogas lícitas e ilícitas, a violência, entre outros. Para que o adolescente tenha um
bom aproveitamento das informações repassadas pelo profissional de saúde, as formas com que
os métodos de prevenção devem ser bem explicados quanto a sua utilização e eficácia. Através
da pesquisa bibliográfica com caráter exploratório e descritivo, buscamos identificar a função
do profissional enfermeiro na saúde educacional do adolescente. Para embasamento literário
foram utilizados palavra-chave; adolescente; doenças sexualmente transmissíveis; educação
sexual, educação em saúde. A partir da busca, foram encontrados 5 artigos nas bases de dados
da Scielo e BIREME, e que atenderam os seguintes critérios de inclusão: trabalhos publicados
nos últimos 10 anos, língua portuguesa e coerente com o objetivo e relevância do tema
estudado. Atuação do profissional de enfermagem junto a educação em saúde de adolescentes,
sobre a prevenção e promoção à saúde relacionada as doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST`S). Portanto, conclui-se com este estudo que o enfermeiro é um profissional de importante
atuação junto a educação em saúde do adolescente em relação ao processo de ensino
aprendizado sobre as doenças Sexualmente Transmissíveis, pois o enfermeiro tem como
objetivo a eliminação de redução dos fatores de risco e a informação sobre métodos de
prevenção aos adolescentes. Sendo assim é necessário realizar estratégias educativas que
utilizem métodos participativos, para que haja uma integração e a participação de todos e que
a conscientização seja consequência de uma ação educativa bem elaborada sobre a prevenção
de infecção por doenças Sexualmente Transmissíveis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1.
2.
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Família: uma revisão bibliográfica das publicações científicas no Brasil. J Health Sci Inst. 2010.
274
O PAPEL DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR
Luciana Veríssimo Duarte
Wagner de Souza Fernandes
Ana Luiza dos Reis
Maria Santos Rosa
Rebeca Duarte (Orientador)
[email protected]
Ciências e Saúde
Introdução: As infecções hospitalares surgiram na assistência em saúde, a partir da criação de
instituições destinadas a tratar indivíduos, assim como pela implementação de procedimentos
terapêuticos e diagnósticos mais invasivos. Estas infecções são as mais frequentes e importantes
complicações ocorridas em pacientes hospitalizados. O tema é trabalhado no sentido de
evidenciar a responsabilidade em controlar a infecção como sendo papel inerente aos
profissionais da equipe de saúde. Trata-se de um artigo de atualização tendo como objetivo,
destacar aspectos conceituais sobre a infecção hospitalar de interesse para o cuidado de
enfermagem, evidenciando os fundamentos que norteiam a compreensão deste fenômeno de
indiscutível importância epidemiológica para a assistência à saúde. Resultados: Os fatores de
risco associados à aquisição de infecções estão relacionados aos próprios pacientes, aos
procedimentos invasivos e ao ambiente hospitalar. Isto porque, por vezes a infecção hospitalar
é decorrente de atos falhos cometidos pelos profissionais da área da saúde, assim como dos
equipamentos técnicos necessários ao seu tratamento que rompe suas defesas orgânicas
aumentando a probabilidade de adquirir infecções. Este estudo visa mostra que é de extrema
relevância o conhecimento por parte dos profissionais de enfermagem sobre a importância do
controle dessas infecções, a partir de ações simples como a lavagem das mãos, a realização de
cirurgias com material adequadamente esterilizado, a higiene e limpeza do ambiente hospitalar
e técnicas de antissepsia, com a finalidade de diminuir os riscos desse tipo de infecção. No Brasil,
estima-se que 3% a 15% dos pacientes hospitalizados desenvolvem alguma infecção hospitalar.
Segundo a Portaria n.2616/98 do MS, infecção hospitalar é aquela adquirida após admissão do
paciente e que se manifeste durante a internação ou após alta, quando relacionada com a
internação ou a procedimentos hospitalares/ambulatoriais ou as manifestadas antes de 72
horas da internação, porém associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos,
realizados durante este período. O papel da enfermagem diante dessa problemática, deve ser
voltado para ações de prevenção e controle de infecções, visando desta forma minimizar a
disseminação e a proliferação de microrganismos infectocontagiosos para outros meios não
colonizados. Portanto, é fundamental atentar-se para o uso correto dos instrumentos de
trabalho de uso individual e coletivo, apostar na educação continuada e na capacitação dos
profissionais de saúde em realizar de forma correta a higienização das mãos a cada
procedimento, na esterilização de materiais cirúrgicos e na orientação aos visitantes e
acompanhantes. Conclui-se que o tema em questão no que tange ao profissional de
enfermagem, deveria ser mais pesquisado, por indicar a necessidade de se investir em
estratégias e treinamentos para aumentar a adesão na prevenção e controle da IH.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 2.616, de 12 de maio de 1998. Estabelece diretrizes e
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21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação,
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário
Oficial da União [da União da República Federativa do Brasil], Brasília, 20 mar. 2002.
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Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção
antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país e dá outras providências. Diário Oficial da
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BRASIL. Agência Nacional De Vigilância Sanitária – ANVISA. Assistência Segura: Uma Reflexão
Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde.
Brasília, 2013
276
FISIOPATOLOGIA ENDÓCRINA: MECANISMOS ENVOLVIDOS NA ACROMEGALIA
Alessandra Ribeiro Teixeira
Gleisy Kelly Neves Gonçalves
Gleisy Kelly Neves Gonçalves (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
O sistema endócrino tem a função de integrar o organismo garantindo funções importantes
como a reprodução, promover crescimento e desenvolvimento e garantir a homeostasia do
meio interno. A produção hormonal acontece através do sistema de retroalimentação na
medida em que a necessidade de produção e liberação do hormônio aumente ou diminua
(AIRES, 2013). Nas doenças endócrinas ocorrem tanto a diminuição ou cessação da produção
hormonal como sua produção excessiva, e a abordagens terapêutica deverá visar a correção
desses desequilíbrios. A disfunção dessa alça de regulação pode levar em alguns casos, ao
desenvolvimento da acromegalia (RAFF et al 2012). O conhecimento de aspectos patológicos da
acromegalia contribui para a assistência adequada e a identificação precoce do quadro. O
objetivo da realização desse trabalho é a discussão sobre os aspectos fisiopatológicos da
acromegalia e a contribuição para a formação do acadêmico na área de saúde. Nesse estudo, é
apresentado uma revisão de literatura sobre os aspectos fisiopatológicos da acromegalia. A
metodologia utilizada foi a busca em livros referência para o sistema endócrino e artigos
publicados em sites de busca científica que estivesse de acordo com o objetivo da pesquisa. A
acromegalia é definida como uma doença endócrina sistêmica resultante da exposição ao
excesso do hormônio do crescimento (GH) e do fator de crescimento semelhante à insulina
(IGF1), em 98% dos casos por decorrência de um adenoma hipofisário secretor de GH (FEDRIZZI,
CZEPIELEWSKI, 2008). Devido ao fechamento das epífises ósseas depois da puberdade na
acromegalia ocorre aumento nos ossos das mãos e dos pés, do crânio e da face, provocando
alterações desfigurantes e causadoras de grave estigma social. As alterações sistêmicas mais
relevantes são as cardiovasculares, respiratórias, alterações no metabolismo da glicose, além
das neoplásicas, que juntas são as maiores causadoras dos elevados índices de
morbimortalidade dessa população. O diagnóstico precoce e tratamento adequado da
acromegalia dependem do reconhecimento dos sinais e sintomas por profissionais de saúde
com conhecimento das manifestações clínicas de uma doença desconhecida e pouco discutida.
Segundo Neto e colaboradores 2011, o tratamento da acromegalia requer abordagem
multidisciplinar e uso de medidas terapêuticas eficazes buscando o controle dos níveis
hormonais e a preservação das funções adenoipofisárias. Entre as terapêuticas utilizadas se
destacam a cirurgia, medicamentos e radioterapia. A suspeita clínica e a confirmação através de
exames de imagem e dosagens hormonais se feitos por profissionais com experiência
contribuirão para o tratamento efetivo da doença. A partir da importância dessa patologia,
consideramos relevante a realização deste estudo bibliográfico para contemplar os aspectos
mais importantes da acromegalia, com enfoque em suas manifestações clinicas e fisiopatologia,
para então contribuir na formação qualificada de profissionais da saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
2.
3.
AIRES, Margaria M. Fisiologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
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de Endocrinologia e Metabologia para diagnóstico e tratamento da acromegalia no Brasil. Arq
Bras Endocrinol Metabo, Rio de Janeiro, 55/2, 2011.
278
CÂNCER DO PÊNIS: UMA DOENÇA QUE VEM ASSOMBRANDO O SEXO MASCULINO NOS
DIAS ATUAIS
Luciana Veríssimo Duarte
Wagner de souza Fernandes
Maria Santos Rosa
Ana luiza reis
Rebeca Duarte (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
O Carcinoma do pênis é uma forma relativamente rara de câncer que afeta a pele os tecidos e
diferentes partes ou camadas do pênis. Manifesta-se por lesões e alterações na glande, no
prepúcio ou no corpo do pênis e nos gânglios inguinais. Embora se trate de um problema pouco
discutido, menos debatido que o câncer de próstata, o qual é prioridade na política de saúde do
homem, o câncer de pênis causa sérios problemas em razão do diagnóstico tardio, e há estudos
que estabelecem sua relação com a infecção pelo HPV (papilomavírus humano), que é uma
doença sexualmente transmissível. Objetivo, despertar os homens para o cuidado em saúde,
promover autoconhecimento do corpo e da higiene adequada do pênis, estimulando-os a
procurar o serviço de saúde. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica com artigos
publicados entre 2006 e 2007, em português com os descritores câncer de pênis, papilomavírus
disponíveis na BVS Resultados: As estimativas INCA para 2010 não apontavam o Carcinoma do
Pênis como um dos mais frequentes no país pois representa 2,1% de todos os tipos de câncer
entre homens, mas sua ocorrência é 15% mais alta no Norte e Nordeste, em que existem
condições socioeconômicas mais precárias, com incidência de 1,3 a 2,7 por 100 mil habitantes.
O levantamento aponta que 90% dos pacientes que apresentam o carcinoma do pênis, quando
procuram pelo serviço de urologia, o fazem com doença avançada, com tumor grande e
linfonodos aumentados. A Sociedade Brasileira de Urologia ao realizar um estudo
epidemiológico, identificou 283 novos casos no Brasil – destes, 53,02% ocorreram no Norte e
Nordeste, e 45,54% no Sudeste. A maioria dos pacientes (78%) tinha mais de 46 anos, e 7,41%
menos de 35 anos. Um dado chama a atenção: 60,4% tinham fimose, o que dificultava a
exposição da glande e sua higiene. Entre os 283 participantes da pesquisa, 6,36% estavam
infectados pelo HPV, e 73,14% eram tabagistas. Nessas regiões de maior ocorrência, o câncer
de pênis supera os casos de câncer de próstata e de bexiga. Alguns dos tratamentos não
invasivos são realizados através de quimioterapia tópica, no qual o medicamento é colocado
diretamente na lesão da pele. Circuncisão, excisão local que é a remoção do tecido canceroso
na superfície da pele e cirurgia a laser – onde o laser remove as lesões da superfície. O
tratamento invasivo é realizado através da cirurgia denominada penectomia que pode ser
parcial ou total. Conclui-se que a identificação oportuna do Câncer do Pênis influi de maneira
decisiva no seu prognóstico, pois se for feita logo no início, o câncer de pênis é tratável e tem
grande possibilidade de cura. No entanto, considerando os aspectos culturais da masculinidade
e a natureza das barreiras para busca e utilização de serviços de saúde, deve-se levar em conta
que muitos sentem medos, receios e vergonha relacionados à descoberta de doenças e se
intimidam, adiando assim a busca por ajuda.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 1.944, de 27 de agosto de 2009. Institui no âmbito do
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280
QUEDAS EM IDOSOS: PRINCIPAIS CAUSAS E COMO PREVENIR
Marcela Morais Fernandes
Maria Tânia da Costa Silva
Ana Paula Grigorio Carvalho
Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares
Rosana Costa do Amaral (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
Com o aumento da população idosa no mundo, observam-se os agravos e condições que os
idosos tendem a enfrentar. Baseado nestes, a instabilidade e a queda são fatores preocupantes
podendo gerar um grande impacto socioeconômico na população. Esse processo caracteriza-se
pelo constante aumento da expectativa de vida, associado a uma redução da taxa de
fecundidade. O Brasil vem vivenciando um significativo aumento no número de idosos, sendo
que a tendência é que este número aumente cada vez mais. Diante desta realidade o presente
trabalho tem como objetivo identificar por meio de pesquisa bibliográfica as principais causas
de quedas em idosos e como prevenir essas quedas. O presente estudo trata-se de uma pesquisa
explicativa descritiva, tendo como finalidade levantar dados através de revisão da literatura, que
se baseia em literaturas e artigos científicos proveniente de bibliotecas convencionais e virtuais
especificamente na Scientific Electronic Library Online- Scielo, disponível em:
(http://www.scielo.br) por meio das palavras chaves: idoso, queda, prevenção. Os critérios de
inclusão adotados para a elaboração do estudo foram publicações condizentes ao tema
proposto e artigos publicados nos anos de 2006 à 2014. Os acidentes por quedas estão
relacionados ao estado funcional, a mobilidade do idoso. Os fatores de risco podem ser divididos
em fatores intrínseco aquelas decorrentes das alterações fisiológicas que surgem com o
processo natural do envelhecimento mais alterações patológicas e efeitos colaterais de drogas.
E fatores extrínsecos, estão relacionados aos comportamentos de risco e às atividades
praticadas por indivíduo em seu meio ambiente.¹ As quedas em idosos são acidentais na sua
maioria e devem-se à falta de condições de segurança como pisos irregulares ou escorregadios,
presença de tapetes, moveis e iluminação inadequados, cama impropria para o conforto do
idoso. O profissional de saúde deve orientar na prevenção das quedas, identificando os fatores
de risco para a correção dos que são passíveis de ser corrigidos. Fazendo modificações
necessárias para adaptação do ambiente de convívio do idoso às alterações do envelhecimento.
Orientando o idoso e sua família como evitar uma queda indo regularmente no oftalmologista,
não usar medicações sem orientação médica, evitar comportamentos arriscados, orientando a
necessidade de adequar o ambiente para que se torne mais seguro, realizar atividade físicas
para manter uma boa força muscular e bom equilíbrio corporal. Podemos concluir que pôde-se
observar a gravidade do problema e as patologias secundárias adquirida após o episódio da
queda. Com esta reflexão se faz necessário o estudo contínuo do tema, direcionado aos
profissionais da saúde e familiares. Buscar a aplicabilidade à prevenção da queda, incluindo no
processo de prevenção, a orientação familiar sendo boa oportunidade para prevenir este
agravo, já que a maioria deles ocorrem em ambiente doméstico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2.
FILHO, Eurico Thomaz de Carvalho; NETTO, Matheus Papaléo. Geriatria: Fundamentos, Clinicas e
Terapêutica. 2º Ed. 20
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SECRETARIA DE ESTADO DE MINAS GERAIS. DE SAÚDE Atenção à saúde do idoso. Saúde em casa.
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282
A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANCA PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Bruno Alexandre e Silva
Dáphine Regina Soares de Souza
Maria de Fátima Castro (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
A saúde é um direito de todos e para estar saudável é necessário, entre outras terem condições
de trabalho seguras. Para muitos profissionais da área da saúde, entretanto, as situações de
risco as quais estão expostos, não são observadas e pouco valorizadas. Os acidentes com
materiais biológicos, por exemplo, são frequentes e representam uma grande preocupação.
Esses acidentes resultam, para a equipe de enfermagem, a mais afetada, entre todos os outros
profissionais da saúde Há de se considerar, frente a isso, que os profissionais de enfermagem
são o maior contingente de pessoas nas instituições de saúde e os que mais se expõem aos
riscos, em função das atividades desempenhadas junto aos pacientes. Segundo Damasceno
(2006) os fatores relacionados aos acidentes com materiais contaminados, na sua maioria, se
devem à ausência de ações educativas. Neste contexto, as questões pertinentes à biossegurança
são extremamente relevantes e já se configuram como uma das maiores preocupações em
serviços de saúde. A biossegurança, segundo Teixeira; Valle (2010) refere-se ao conjunto de
ações voltadas para produção, ensino e prestação de serviços, visando à saúde do homem e a
preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados. Este estudo visa esclarecer à
seguinte pergunta de partida: o que faz com que os acidentes biológicos, apesar de tantos
avanços na área da saúde, ainda serem um grave problema para a equipe de enfermagem?
Frente a isso, o objetivo a ser alcançado é identificar o que faz com que os acidentes biológicos
permaneçam sendo um grave problema para a equipe de enfermagem. Trata-se de uma revisão
da literatura pelos dados da Scielo Brasil, por meio dos descritores: biossegurança, saúde
ocupacional e enfermagem, publicados no período de 2003 a 2014. Na qual foram selecionados
três artigos analisados apontou para uma necessidade de mais estudos e ações que se traduzam
em envolvimento dos profissionais de saúde com a relevância do tema. Os estudos chamam
atenção ainda para a necessidade de realização de campanhas educativas, a fim de facilitar a
adoção da cultura da biossegurança pelos profissionais em instituições de saúde. De acordo com
Marziale (2004), o acidente com material perfura cortante, ocorre com maior frequência entre
os trabalhadores de enfermagem. Devem ser vistos com responsabilidade, pois são capazes de
transmitir infecções tais como o vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e Hepatite B. necessita
se de uma nova estratégia de educação em biossegurança, no sentido de desenvolver
competências técnicas, teóricas dos profissionais, de modo a garantir que desenvolvam uma
assistência adequada. Mudanças no ambiente de trabalho, treinamento permanente, e o
fornecimento de dispositivos de segurança podem estar entre as principais ações para minimizar
as situações de risco biológico.
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do profissional acidentado. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 59, n. 1, 2006.
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283
O IMPACTO DO ESTRESSE EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA
Bruno Alexandre e Silva
Dáphine Regina Soares de Souza Carvalho
Maria de Fátima Castro (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
O profissional de enfermagem faz parte de uma das classes trabalhadoras mais afetadas pelo
estresse. Em seu ambiente de trabalho, existem diversos fatores que contribuem para
desencadeá-lo. Dentre estes fatores estão às más condições de trabalho, as diversas patologias
que resultam em sofrimento para o ser humano, a falta de material, conflitos interpessoais,
entre outros. Frente a isso, o presente estudo tem como objetivo avaliar o impacto que o
estresse causa na assistência que vem sendo prestada pelo profissional de enfermagem. Tratase de uma revisão da literatura realizada por meio de consulta eletrônica nas bases de dados da
biblioteca virtual Scielo, por meio dos seguintes descritores: estresse, assistência de
enfermagem. No período entre 2004 e 2014. O estresse, desde 1999, já é considerado pela
legislação previdenciária brasileira como doença ocupacional (lei n. 3048 de 06/05/1999).
Alguns autores relatam que a patologia já se tornou um grave problema de saúde pública, devido
à sua grande incidência. Neste contexto, percebe-se a gravidade do estresse na vida profissional
dos trabalhadores. Segundo Rodrigues (1997 et al), o estresse é uma relação particular entre
uma pessoa, seu ambiente, e as circunstâncias as quais ela está submetida. No Brasil, o
enfermeiro possui baixa remuneração se comparada com a relevância de sua profissão. Esse
fator influencia diretamente em sua vida, pois o mesmo tem que fazer jornadas duplas para
conseguir um salário melhor. Dessa maneira, o indivíduo fica sobrecarregado, vivendo apenas
para o trabalho, sem nenhuma qualidade de vida. Sabe-se que o enfermeiro lida diretamente
com o paciente e seus familiares em seus momentos mais frágeis, que é o momento da doença
e, em muitas situações, até sua morte. Isso, por si só, faz com que a profissão seja classificada
entre as mais estressantes. Podendo surgir a Síndrome de Burnout, que segundo França e
Rodrigues (1999), se caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas de exaustão física,
psíquica e emocional, em consequência da má adaptação do sujeito a um trabalho prolongado,
altamente estressante e com alta carga emocional, podendo estar acompanhado de frustação
em relação a si e ao trabalho. Tal síndrome, de maior incidência em profissionais da saúde.
Segundo Kandolin (1993), num estudo realizado em profissionais de saúde que praticam o
trabalho por turnos (incluídos aqui a equipe de enfermagem), foram encontrados três aspectos
de Burnout, que eram a fadiga psicológica; perda na satisfação do trabalho e endurecimento de
atitudes. Conclui-se que para o enfermeiro cuidar bem dos seus pacientes, ele precisa de uma
boa saúde e disposição física e psíquica. Entretanto, para alcançar esse resultado, devem-se criar
maneiras de minimizar o estresse desse profissional e de sua equipe.
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2.
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profissionais de uma instituição hospitalar. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 8, n. 2, p. 1-15, dez.
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Dissertações e Teses Brasileiras. Revista Brasileira de Área: Enfermagem, Rio Grande do Sul, v.18,
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285
A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE ANEMIA FERROPRIVA NA CRIANÇA
Milena Souza Morgado
Frederico Francisco Nolasco
Regiane de Farias Borges
Eder Julio Rocha de Almeida (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
Introdução: Segundo o Ministério da Saúde a anemia é definida como uma baixa de
hemoglobina no sangue e pode ocorrer pela deficiência de ferro na dieta, de folato, vitamina
B12, por infecções parasitárias, dentre outras. Das principais consequências da deficiência no
organismo da criança são destacados o comprometimento do sistema imune, redução da função
cognitiva, do crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor e a diminuição da capacidade
de aprendizagem. O ferro durante os primeiros anos de vida é de grande valia e por isso medidas
preventivas devem ser adotas para diminuir o índice de crianças com esse déficit (BRASIL, 2013).
Objetivo: Determinar o papel do enfermeiro na prevenção da anemia ferropriva em crianças.
Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica que visa discutir a atuação do enfermeiro
diante da criança com anemia. A coleta foi realizada na base de dados BIREME usando como
palavra-chave “anemia ferropriva” e para selecionar os artigos usamos como critério de exclusão
aqueles que não estavam relacionados com a enfermagem, em outra língua e inferior ao ano de
2013. Selecionados e avaliados criticamente 12 artigos científicos, além de matérias do
ministério da saúde. Resultados/Conclusão: O enfermeiro deve ficar atendo a puericultura das
crianças e aquelas que não estão realizando esse controle, pois é durante essas consultas que o
profissional consegue identificar o estado de saúde geral da criança e quando não existe essa
consulta um dos artifícios seria a busca ativa das famílias. A enfermagem tem um grande papel
como educador e deve procurar humanizar e desenvolver estratégias que abordem os cuidados
maternos com o filho e proporcionando assim, uma maior autonomia à mãe. O cuidado do
enfermeiro deve ser direcionado as causas e os fatores de risco para que tratamento foco
apenas na doença e sim nas dimensões sociais, comportamentais e culturais. Conclui-se que a
atuação deve ser realizada não só pelo enfermeiro, mas por toda a equipe multiprofissional,
garantindo uma qualidade na assistência e um cuidado integral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
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3.
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286
RISCO DE INFECÇÃO A MULHERES SUBMETIDAS AO PARTO CESARIANA
Débora Silva Ramos
Larissa Cristina Cunha
Silvani Souza Dias
Tiziane Rogerio
Sônia Viana (Orientador)
[email protected]
Área: Enfermagem
No Brasil e no mundo se discutem os índices de cesarianas realizadas, números que chamam a
atenção uma vez que no Brasil este número chega a triplicar quando comparado aos índices
exigidos pelo Ministério da Saúde (MS). Vários fatores relacionados ao Parto Cesárea, são
preocupantes a saúde da mulher, dentre os principais riscos podemos citar hemorragias,
complicações, infecções e morte. O presente estudo visa relatar complicações vividas pela
gestante no pós operatório imediato após uma cesariana e contribuir com a conscientização dos
profissionais aos riscos causados as mulheres que se submetem ao parto cesárea. Trata-se de
um estudo de caso descritivo, que registra a experiência de PSR, 28 anos, primigesta, moradora
da região metropolitana de Belo Horizonte, onde foi submetida à cirurgia cesariana com 40
semanas de gestação. A paciente relata que com o rompimento da bolsa e a posição pélvica da
criança foi submetida a cirurgia cesariana, inicialmente sem complicações. No puerpério a
paciente apresentou queixa de dor abdominal intensa, flatos e distensão, retornando a
instituição onde foi feito o procedimento, avaliada e medicada para controle da dor, recebendo
alta hospitalar a seguir. Os sintomas persistiram e PSR retornou ao hospital ficando em
observação por dois dias, onde foi medicada e após melhora recebeu alta hospitalar. Após 5
dias, as queixas voltaram a paciente apresentou tremor, dor intensa, vomito, distensão
abdominal, palidez. Com a suspeita de torção de ovário, a paciente foi transferida para um
hospital em Belo Horizonte onde foram realizados exames e detectado na ressonância
magnética presença de corpo estranho e liquido abdominal, sendo então submetida à cirurgia
de urgência. Após termino da cirurgia, o laudo médico registra presença de secreção purulenta,
retirada de corpo estranho (compressa cirúrgica) da cavidade abdominal que já se encontrava
aderido as alças intestinais e infecção. Foi colocado um dreno em selo d’água que permaneceu
por 4 dias. Sem condições de amamentar, desenvolveu quadro de mastite, febre,
ingurgitamento, mesmo com a ordenha manual. O nível de stress elevado levou a necessidade
de acompanhamento psicológico durante o período de internação. Recebeu alta medica/
hospitalar após sete dias de internação. A gravidade do caso evidencia os riscos da cirurgia
cesariana. Os benefícios de pratica são aceitos, porém a banalização do ato aumenta os riscos à
saúde da mulher e da criança. Cabe destacar a necessidade de estimular as políticas de incentivo
a realização de partos normais e principalmente o desenvolvimento de propostas que tornem o
parto uma ação natural e segura. Salienta-se que todos os critérios éticos foram adotados e
considerados para a realização do presente estudo.
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segura
salvam
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287
RELAÇÃO ENTRE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E FATORES DE RISCO PARA
DESENVOLVIMENTO DE DESORDENS METABÓLICAS EM ESTUDANTES DO 5° PERÍODO DO
CURSO DE NUTRIÇÃO DA FAMINAS-BH
Aline Alves Ferreira
Adriana Márcia Silveira
Adriana Márcia Silveira (Orientador)
[email protected]
Área: Nutrição
Introdução: Muitos estudos na população em geral identificam a obesidade, por meio do índice
de massa corporal (IMC), e a distribuição central de gordura corpórea, segundo a relação
cintura-quadril (RCQ), como fatores de risco para aumento da mortalidade. IMC é classificado
pela OMS como: baixo peso (< 18,5kg/m2), peso normal (≥ 18,5 e < 25kg/m2), sobrepeso (≥
25kg/m2 e < 30kg/m2) e obesidade (≥ 30kg/m2). Já a RCQ é um dos indicadores mais utilizados
no diagnóstico de obesidade central, sendo que os valores esperados são variáveis dependendo
da técnica da medida, do sexo e da idade do indivíduo. Para mulheres, podem ser consideradas
portadoras de obesidade central as que apresentarem RCQ >0,8. Objetivo: realizar avaliação
antropométrica de uma amostra de universitárias do 5°periodo do curso de nutrição da
Faculdade de Minas-FAMINAS BH em Minas Gerais, no primeiro semestre letivo do ano de 2015.
Metodologia: Todas as aferições foram realizadas por acadêmicas do quinto período do curso
de Nutrição da FAMINAS BH sob orientação e supervisão de um docente da instituição. A
avaliação antropométrica incluiu peso, altura, circunferência da cintura (CC) e do quadril (CQ)
das universitárias que foram aferidos três vezes sendo utilizado neste estudo o valor médio das
três aferições, para posterior estimativa do IMC, no qual foi dividido peso pela altura ao
quadrado e RCQ, o qual foi utilizado como indicador do estado nutricional das participantes.
Para a determinação da RCQ, a aferição foi feita estando o indivíduo em pé, em posição ereta,
utilizando-se uma fita métrica flexível e inextensível. Para obtenção do peso e altura foi utilizado
balança analógica com estadiômetro. Todas assinaram termo de consentimento livre e
esclarecido para uso dos dados obtidos. Resultados: Este estudo contou com a participação de
22 alunas com idade entre 20 e 56 anos. Quanto ao IMC verificou-se que 68,19% (n=15) das
participantes estavam eutróficas, 13,63% (n=3) com sobrepeso, 9,09% (n=2) com quadro de
obesidade e 9,09 % (n=2) com baixo peso. No que concerne aos resultados da RCQ, evidenciouse que 13,63% (n=3) da amostra apresentou risco elevado para o desenvolvimento de desordens
metabólicas associadas ao acúmulo de gordura na região abdominal. Conclusão: Diante dos
resultados obtidos, constatou-se que a maioria das universitárias avaliadas neste trabalho
apresentou estado nutricional adequado, sugerindo baixo risco para o desenvolvimento de
possíveis doenças crônicas não transmissíveis, o que pode ser considerado um resultado
satisfatório. Uma possível justificativa para os resultados encontrados pode estar relacionada
ao possível fato das alunas adquirirem conscientização por meio de orientação adequada sobre
hábitos saudáveis, durante sua formação acadêmica, já que a pesquisa avaliou alunas que
estavam no 5º período do curso.
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289
HÁBITOS E PRÁTICAS ALIMENTARES DE UM GRUPO OPERATIVO DE DIABETES COM FOCO
NA REEDUCAÇÃO ALIMENTAR, EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE BELO
HORIZONTE, MG.
Ana Paula Pereira Mol
Rafael Teixeira de Mattos
Adriana Márcia Silveira
Adriana Márcia Silveira (Orientador)
[email protected]
Área: Nutrição
O Diabetes Mellitus (DM) é um importante e crescente problema de saúde pública mundial,
independentemente do grau de desenvolvimento do país, tanto em termos de número de
pessoas afetadas, incapacitações, mortalidade prematura, como dos custos envolvidos no
controle e tratamento de suas complicações. A conduta nutricional deverá ter como foco o
indivíduo, considerando todas as fases da vida, diagnostico nutricional, hábitos alimentares,
socioculturais, não diferindo de parâmetros estabelecidos para população em geral. Este
trabalho tem como objetivo descrever o perfil alimentar e hábitos de vida de pacientes
diabéticos atendidos em uma Unidade Básica de Saúde UBS. Estudo transversal, voltado para o
tratamento de pacientes diabéticos, realizados em uma UBS no município de Belo Horizonte,
entre os meses de novembro e dezembro de 2014. Foram coletados os dados dos pacientes
assim que iniciavam o acompanhamento no grupo de nutrição. Foram aferidos o peso e
estatura, para posterior classificação do índice de massa corporal (IMC) e definição do estado
nutricional. O peso foi aferido em balança Filizzola®, capacidade de 150 kg, com divisões de 100
gramas, com o indivíduo em posição ereta com roupas leves, descalço ou com meias. Foi
calculado o IMC dividindo-se o peso, em kilogramas (Kg), pela estatura, em metros (m), ao
quadrado. Foi aplicado um questionário para verificar os hábitos alimentares dos participantes.
Foi analisado consumo de refrigerantes e produtos industrializados e o consumo de fibras e
frequência de consumo desses alimentos. A amostra foi composta de 11 participantes, sendo
100% do sexo feminino (n=11), e a média de idade foi de 58 anos. No estudo em questão 63,63%
(n=7) dos indivíduos consumiam verduras e legumes 2 vezes ao dia,27,27% (n=3) consumiam
fibras 1 a 3 vezes por semana, somente 9,09%(n=1) não consumiam fibras. Quanto ao consumo
de refrigerante 36,36% (n=4) dos indivíduos consumiam refrigerante normal raramente, 36,36
% (n=4) consumo diário de refrigerante normal por dia, 27,27%(n=3) consumiam refrigerantes
diet/light/zero raramente. Com relação ao consumo de produtos industrializados 54,55% (n=6)
dos indivíduos relataram consumir produtos industrializados raramente, 18,18% (n=2) dos
indivíduos consumiam industrializados de 2 a 3 vezes por semana, 18,18% (n=2) relataram
consumo diário e apenas 9,09 % (n=1) relataram consumo raro ou que nunca consumiam,
respectivamente. Em relação ao IMC 27,27%(n=3) estavam com sobrepeso, 18,18% (n=2) com
obesidade grau I , 45,45%(n=5) apresentaram obesidade grau II e 9,09% (n=1) obesidade grau III
, não havia pacientes eutróficos nessa amostra.É fundamental a implantação continua de
educação nutricional. É importante o acompanhamento nutricional do paciente com diabetes,
visando melhora no seu estado nutricional e na qualidade de vida, sendo que o IMC elevado
apresenta-se como fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, visto que os
participantes já estão diabéticos.
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AVALIAÇÃO DO PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE UNIVERSITÁRIAS ATRAVÉS DA
BIOIMPEDANICA TETRAPOLAR
Rafaela de Sousa Ferreira
Tereza Cristina Minto Fontes Cal
Bruna Fernandes Pinto
Adriana Marcia Silveira
Rafael Teixeira de Mattos (Orientador)
[email protected]
Área: Nutrição
Introdução: O excesso de peso e a obesidade são caracterizados por acúmulo de gordura
corporal que representa risco para a saúde (WHO, 2009). Em virtude do aumento de indivíduos
obesos nas últimas décadas, hoje, é classificada como pandemia. Este crescimento significativo
vem preocupando cada vez mais os estudiosos da área, devido à associação com o
desenvolvimento de outras doenças relacionadas ao acúmulo de gordura no organismo, como
por exemplo, a esteatose hepática. O índice de massa corporal (IMC) é o indicador mais usado
para classificação de obesidade em adultos, porém não é aconselhado como indicador isolado,
pois não reflete o real percentual de gordura (%G) do indivíduo, levando em consideração o
peso total, não distinguindo entre massa magra e gordura. Tornando necessária a utilização de
métodos mais apurados para tal mensuração, como por exemplo, a bioimpedância. A análise de
bioimpedância (BIA) é considerada um dos métodos mais confiáveis e acessíveis de rastreio de
gordura corporal. População estudada e métodos: O objetivo foi avaliar o perfil antropométrico
de universitárias através da bioimpedanica tetrapolar. Atenderam aos critérios de inclusão 13
alunas, que aceitaram em participar da avaliação e do estudo e fizeram o preparatório prévio
exigido. A média de idade foi de 24 anos (19 a 30 anos). Os aspectos avaliados foram: nível de
atividade física, IMC, altura, peso, %G, idade metabólica e massa magra. Para a realização destes
critérios foi utilizada a balança de bioimpedância Corporal Tanita BC-558 Iron Man Tetrapolar.
De acordo com os valores de referência para %G de indivíduos de 19 a 39 anos do sexo feminino
informados pela balança, as alunas participantes foram divididas em 3 grupos: grupo com baixo
%G (1 a 20%) (BG), grupo saudável (21 a 32%) (EG) e grupo com %G aumentado (33 a 50%)
(AG).Os valores antropométricos obtidos dos alunos foram analisados no programa estatístico
GraphPad Prism 6.0. Resultados: Foi possível observar diferença estatística significativa (p<0,05)
nos valores de IMC, peso, %G e idade metabólica quando comparados entre os grupos BG, EG e
AG. Os valores de IMC e %G foram superiores no grupo EG quando comparado ao grupo BG, e
superior no grupo AG quando comparado aos grupos BG e EG. O peso foi maior no grupo EG
quando comparado ao com BG e maior no grupo AG quando comparado ao grupo BG. O grupo
AG apresentou idade metabólica superior quando comparado aos grupos BG e EG. Outras
diferenças significativas não foram observadas. Conclusão: Nossos resultados sugerem que
somente o IMC não seria um bom parâmetro para avaliar o risco associado ao excesso de
adiposidade corporal. Além de observarmos um reflexo direto do %G na idade metabólica
aumentada das avaliadas, o que está associado alterações metabólicas e risco aumentado de
doenças. Portanto, uma avaliação completa e munida de diversos indicadores é de extrema
importância para se determinar o risco e o real estado nutricional dos indivíduos.
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ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO SENSORIAL DE UM MINIBOLO DE CHOCOLATE, A BASE DE
BIOMASSA DE BANANA VERDE, DESTINADO A DIETAS COM RESTRIÇÃO DE AÇÚCAR
Jeane Simões Reis
Inês Chamel José (Orientador)
[email protected]
Área: Nutrição
Atualmente, observa-se no mercado uma demanda crescente por produtos destinados à dietas
com restrição de açúcar e por aqueles elaborados com ingredientes funcionais, os quais
apresentam propriedades benéficas à saúde, além de suas funções nutricionais básicas. A
banana verde é considerada um alimento funcional por conter alto teor de amido resistente,
que possui características que se assemelham ao mecanismo de ação das fibras alimentares no
trato gastrointestinal. Uma das opções para utilização da banana verde é o processamento da
fruta na forma de biomassa, permitindo seu uso em diversas preparações, agregando qualidade
nutricional e promovendo efeitos fisiológicos no organismo. O objetivo deste trabalho foi
desenvolver um minibolo de chocolate, recheado, destinado a dietas com restrição de açúcar, a
base de biomassa de banana verde e apresentando boa aceitação pelo consumidor. Foi
desenvolvido no laboratório de Técnica Dietética da Faculdade de Minas - Faminas-BH, após
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa/ Plataforma Brasil. Na elaboração da massa do
minibolo utilizou-se como ingredientes: biomassa de banana verde, ovo, leite desnatado, óleo
de soja, farinha de trigo, fermento químico, adoçante culinário para forno e fogão e cacau em
pó. Para o recheio, utilizou-se a biomassa de banana verde, leite condensado diet, creme de
leite light e cacau em pó. As determinações de composição nutricional e valor energético da
porção de 40 g do produto foram realizadas utilizando a Tabela Brasileira de Composição dos
Alimentos - TACO. A análise sensorial do minibolo foi realizada por meio de teste de aceitação,
utilizando-se escala hedônica estruturada de 9 pontos (variando de “desgostei extremamente”
a “gostei extremamente”), para avaliação dos atributos cor, aparência, aroma, sabor, textura e
qualidade global. Participaram da avaliação sensorial cinquenta e dois julgadores não treinados,
sendo eles acadêmicos, professores e funcionários da Faminas-BH, escolhidos aleatoriamente e
que se dispuseram a participar de maneira voluntaria da pesquisa. Foi servida uma amostra de
40 g do produto, em embalagem descartável, juntamente com a ficha de avaliação. Na análise
dos resultados obtidos, observou-se, para os atributos cor, aparência, aroma, sabor, textura e
qualidade global, índices de aceitabilidade de 95,56%, 93,56%, 94,44%, 97,89%, 95,89% e
97,67%, respectivamente. O minibolo apresentou menores quantidades de carboidratos e
gorduras, menor valor calórico e maiores teores de proteínas e fibras, quando comparado a
produtos similares disponíveis no mercado. Assim, o minibolo elaborado, além de poder ser
obtido facilmente em nível doméstico, apresenta-se com bom potencial de mercado, frente aos
elevados índices de aceitabilidade.
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ELABORAÇÃO E ACEITABILIDADE DE UM PÃO DE CENOURA, BETERRABA E
BRÓCOLIS, DESTINADO AO PÚBLICO INFANTIL
Sabrina Adriele Moreira de Souza
Inês Chamel José (Orientador)
[email protected]
Área: Nutrição
A busca por uma alimentação mais saudável para o público infantil tem despertado nos
pesquisadores, nas indústrias e nos próprios familiares o interesse por produtos alimentícios
com um melhor perfil nutricional. Para facilitar a aceitação de certos alimentos pela criança,
algumas práticas, como a introdução de hortaliças na composição de alimentos de fácil
aceitação pelas mesmas, podem ser utilizadas. Assim, o objetivo deste estudo foi a formulação
de pão contendo cenoura, beterraba e brócolis, destinado ao público infantil. O trabalho foi
desenvolvido no laboratório de Técnica Dietética da Faculdade de Minas - Faminas-BH, em Belo
Horizonte, MG, após sua aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Foram
confeccionadas três massas, diferindo apenas na hortaliça adicionada, com as quais modelouse um pão tricolor em formato de trança. A determinação da composição nutricional, de uma
porção de 50 g do produto, foi obtida por meio de valores tabelados e, seu valor energético,
com base nas quantidades de macronutrientes. A avaliação sensorial foi conduzida em duas
etapas. Inicialmente, realizou-se uma avaliação do produto quanto aos atributos cor, aparência,
aroma, textura, sabor e qualidade global, utilizando escala hedônica de nove categorias
(variando de “Desgostei extremamente” a “Gostei extremamente”). Participaram da análise 60
julgadores não treinados, sendo eles professores, funcionários e alunos da FAMINAS-BH, de
ambos os gêneros, sendo 15 homens e 45 mulheres, com idade entre 18 e 50 anos. Cada julgador
recebeu uma porção de aproximadamente 15 g do produto, disposta sobre um guardanapo em
prato plástico descartável de cor branca, água, ficha de avaliação e caneta. Já a aceitação do
produto pelo público infantil foi avaliada por meio de 50 crianças, devidamente matriculadas
em uma escola particular de ensino fundamental de Belo Horizonte, de ambos os gêneros, com
idade entre sete e nove anos. Cada julgador recebeu uma porção de, aproximadamente, 15 g do
produto, juntamente com a ficha de avaliação, sendo utilizada escala hedônica facial distinta
para meninos e meninas. Uma porção de 50 g do pão elaborado apresentou 25,56 g de
carboidratos, 3,95 g de proteína, 3,7 g de gorduras totais (0,4 g de gordura saturada e ausência
de gordura trans), 1,4 g de fibra alimentar, 129 mg de sódio e valor energético de 148 kcal. Os
índices de aceitabilidade obtidos para os atributos cor, aparência, aroma, textura, sabor e
qualidade global foram de 91,44%, 92,56%, 90,33%, 88,67%, 92,22% e 93,56%, respectivamente,
demonstrando uma avaliação positiva do produto. Ao ser avaliado pelo público infantil, o
produto obteve um índice de aceitabilidade de 99,14%, uma vez que 47 crianças se referiram a
“gostei extremamente” e três a “gostei muito”. Com base nos resultados apresentados,
observou-se ser o pão elaborado um produto de alta qualidade e aceitabilidade, com boas
expectativas de consumo e comercialização.
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299
ANÁLISE DO PERFIL NUTRICIONAL DE TRABALHADORES DE UMA EMPRESA DE BUFFET DE
BELO HORIZONTE
Ana Paula Pereira Mol
Adriana Márcia Silveira (Orientador)
[email protected]
Área: Nutrição
O perfil epidemiológico da população brasileira mudou nos últimos anos devido às
transformações demográficas, socioeconômicas, culturais e ambientais. O perfil nutricional da
população também passou por mudanças em consequência dos diferentes padrões de vida que
surgiram. A desnutrição que era frequente na população foi substituída pelo sobrepeso e
obesidade devido a mudanças no estilo de vida, tais como aumento do consumo de gordura
saturada e açúcar, além de redução no consumo de frutas, cereais, verduras e legumes,
causando desequilíbrio entre a energia consumida e o gasto com atividade física. A ingestão de
nutrientes depende do consumo real de alimentos, que é influenciado por muitos fatores, entre
eles condição econômica, comportamento alimentar, ambiente emocional, influências culturais
e os efeitos das várias doenças no apetite e na capacidade de consumir e absorver nutrientes
de maneira adequada. O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil nutricional dos
trabalhadores de uma empresa de Buffet de Belo Horizonte. Trata-se de um estudo transversal,
realizado em uma empresa de Buffet de Belo Horizonte/MG, entre os meses de fevereiro e
março de 2015. Foram aferidos o peso e estatura, para posterior classificação do índice de massa
corporal (IMC). O peso foi aferido em balança Filizzola®, capacidade de 150 kg, com divisões de
100 gramas, com o indivíduo em posição ereta com roupas leves, descalço ou com meias. A
calibração foi realizada manualmente, antes de cada pesagem. A estatura foi aferida através do
estadiômetro da própria balança com o indivíduo em posição ereta, de costas para a balança,
olhando para frente, descalço ou com meias. Foi calculado o IMC dividindo-se o peso, em
kilogramas (Kg), pela estatura, em metros (m) ao quadrado. A classificação do estado nutricional
através do IMC foi feita pela classificação de WHO (1995). Os participantes assinaram o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido, consentindo com sua participação voluntária na pesquisa.
Foi verificado o nível de escolaridade dos participantes. A amostra foi composta por 12
participantes funcionários da empresa, sendo 66,66% (n=8) do sexo feminino, 33,33% (n=4) do
sexo masculino, com média de idade de 36 anos. Com relação ao IMC, verificou-se que apenas
25% (n=3) dos participantes estavam eutróficos, sendo que o restante estava com excesso de
peso: 33,33% (n=4) com sobrepeso e 25% e 16,66% com obesidade grau I e II, respectivamente
De acordo com o nível de escolaridade dos participantes 50% (n=6) apresenta ensino
fundamental incompleto, 33,33% (n=4) ensino médio incompleto e 16,66% (n=2) ensino médio
completo. Pode-se observar que a maioria dos participantes dessa pesquisa estava com
sobrepeso ou obesidade. É fundamental a implantação continua de educação nutricional. Para
trabalhadores de unidades de alimentação e nutrição, o IMC elevado apresenta-se como fator
de risco para o desenvolvimento de várias doenças crônicas.
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301
COCAETILENO COMO BIOMARCADOR DO USO CONCOMITANTE DE COCAINA E ÁLCOOL
Deise Carla Alves da Silva Colaço
Célio José de Castro Junior (Orientador)
[email protected]
Área: Biomedicina
O consumo de drogas é universal em todas as épocas. O homem busca alternativas para
aumentar a sensação de prazer e diminuir o desconforto e o sofrimento. O abuso de substâncias
psicoativas se tornou alerta de saúde pública e alvo de preocupação na sociedade devido a sua
íntima relação com o aumento da criminalidade, acidentes automotivos, comportamentos antisociais e evasão escolar. Diante da carência de informação para a população e da necessidade
de orientar o serviço de saúde com o intuito de aprimorar diagnósticos, abordagens de urgência
e tratamento, esta revisão de literatura demonstra a ocorrência do metabólito cocaetileno,
reforçando sua indicação como um biomarcador tóxico do uso concomitante de cocaína e álcool.
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica por meio eletrônico, com o levantamento de artigos
científicos e livro relacionados ao tema. A cocaína ou benzoilmetilecgonina é utilizada nas
formas cloridrato de cocaína, o pó, e o crack, administrados por diferentes vias e levando a perfis
toxicocinéticos, toxicológicos e grau de dependência distintos. Os efeitos da cocaína são dose
dependentes e compreendem desde alterações na excitabilidade e da frequência cardíaca
(baixas doses) até comportamentos estereotipados, paranoia e convulsões (altas doses). A
cocaína age principalmente nos transportadores da membrana pré-sináptica, interrompendo a
sinalização química pelo sequestro de catecolaminas, estimulando assim o sistema nervoso
central através do aumento da concentração de monoaminas na fenda sináptica. Muitos
usuários de cocaína fazem uso concomitante de álcool, o que aumenta os efeitos euforizantes
da cocaína, diminui a paranoia e agitação além de após interrompida a utilização da cocaína
diminui, aparentemente, o efeito de disforia. A reação química resultante dessa mistura forma
um radical com atividade farmacológica, o cocaetileno, um importante biomarcador para este
tipo de exposição, fisiologicamente com efeitos parecidos aos da cocaína, mas com maior
toxicidade cardíaca e risco de morte. Esse metabólito ativo é formado pela transesterificação da
cocaína pelo etanol, por ação de esterases presentes no fígado, onde o álcool do éster reagente
é substituído por outro álcool. Apesar da semelhança estrutural do cocaetileno com o
metabólito da cocaína isolada, o cocaetileno possui propriedades tóxicas relevantes tanto do
ponto de vista toxicocinético e toxicodinâmico. Os dados levantados dessa revisão bibliográfica
apontam as principais diferenças de potência tóxica do cocaetileno, volume de distribuição,
capacidade de acúmulo no cérebro, tempo de meia-vida plasmática, potencial em causar
convulsões e sua letalidade, comparativamente à cocaína e que fazem desse biomarcador uma
molécula estratégica da monitorização biológica do consumo de cocaína associada ao álcool.
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303
A UTILIZAÇÃO DO ÁCIDO HIALURÔNICO COMO FORMA DE SELEÇÃO NO PROCESSO DE
INJEÇÃO INTRACITOPLASMÁTICA DE ESPERMATOZÓIDES (ICSI) EM REPRODUÇÃO
HUMANA ASSISTIDA
Fabrício Santana dos Santos
Aline Júlia de Oliveira
Alice Aparecida Lourenço
Henrique Fabiano Nascimento (Orientador)
[email protected]
Área: Biomedicina
Quando um casal decide ter filhos e, por mais de um ano mantendo relações sexuais sem
utilização de métodos contraceptivos, não obtém êxito, recomenda-se que este casal busque
auxílio em clínicas de reprodução assistida. Estes centros avaliam a necessidade de cada casal e
escolhem entre basicamente três técnicas para facilitar o processo de fecundação, sendo estas:
Inseminação Artificial (IA), Fertilização in Vitro (FIV) e Injeção Intracitoplasmática de
Espermatozoide (ICSI). Esta última é uma variação da FIV. O método de obtenção dos ovócitos
é o mesmo, por punção folicular, mas se diferencia, no momento da fecundação, onde esta não
ocorre ao acaso, mas sim com a seleção de um único espermatozoide, e a introdução deste, no
ovócito, mediante a utilização de uma microagulha e auxílio de um microscópio especial. Esta
seleção é visual e baseada na morfologia e motilidade, mas não evita que um espermatozoide
com o núcleo mal desenvolvido ou com problemas em seu cromossomo seja selecionado.
Diferentemente da seleção espermática in vitro, a seleção natural (in vivo) proporcionada pelas
células foliculares da corona radiata e pela zona pelúcida, que circundam os ovócitos permitem
que apenas os espermatozoides mais funcionalmente competentes consigam realizar a
fertilização. O ácido hialurônico (AH) é o principal componente presente na corona radiata e de
fato, somente espermatozoides maduros que desenvolveram os receptores específicos para se
ligar e digerí-lo vão conseguir alcançar o ovócito. Estudos demonstram que os espermatozoides
capazes de se ligar ao AH foram aqueles que completaram a extrusão do citoplasma, a
remodelação da membrana plasmática e a maturação nuclear, além de apresentarem baixa
fragmentação do seu DNA e menor ocorrência de aneuploidias. A fertilização in vitro de
espermatozoides ligados ao AH é conhecido como ICSI Fisiológica (PICSI) e consiste na mistura,
em uma placa de Petri, de aproximadamente 1 a 2µL do esperma, após a realização da
centrifugação e coleta por swim up, com 5µL de meio de cultura comum aos procedimentos de
ICSI. Esta mistura é conectada então a uma gota contendo aproximadamente 5µL de AH, a partir
da ponta de uma pipeta. Após a incubação, um dos espermatozoides ligados ao AH na zona de
junção das gotas é então aspirado com o auxilio de uma micropipeta e injetado no ovócito. As
pesquisas, bem como seus resultados apresentados nos artigos utilizados como referência,
demonstraram que, fertilizações seguidas de gestação utilizando o ácido hialurônico como etapa
adicional de seleção, obtiveram maior sucesso em relação às fertilizações realizadas por ICSI
convencional nos grupos de controle. Isto pode ser atribuído ao fato de que os espermatozoides
selecionados por essa técnica apresentam, geralmente, melhor desenvolvimento, melhorando
assim a qualidade dos embriões e por consequência, aumentando o sucesso da implantação.
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ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM PACIENTES PORTADORES DO HERPES
Valdirene Ribeiro De Sousa
Amanda Maria Mesquita Figueiredo
Claudiney Luís Ferreira (Orientador)
[email protected]
Área: Farmácia
As hiperviroses causadas pelo herpes vírus 1 e 2 são infecções ou doenças que acometem a pele,
as mucosas oral, ocular e genital e o sistema nervoso central, caracterizando-se por lesões
cutâneas vesiculosas, gengivoestomatites, faringotonsilites, esofagites, queratoconjutivites,
uveites, vulvovaginites e lesões da glande peniana, infecções neonatais, meningites e encafalites
(COURA, 2005). A terapia farmacológica deve ter os seguintes objetivos: prevenção de episódio
primário, redução da duração do episódio primário e da frequência de complicações, prevenção
da latência e, portanto, da prevalência da doença recorrente, prevenção da doença recorrente,
quando da latência já estabelecida, redução da transmissão, e erradicação da latência
estabelecida (CARNEIRO et al, 2000). O estudo abordou a incidência de pessoas portadores do
herpes, e que procuram atenção farmacêutica, em especial alunos do período da noite da
faculdade FAMINAS-BH em geral. O estudo discutiu a atenção farmacêutica e o uso correto dos
medicamentos, bem como a disseminação da doença diretamente dentro de uma população.
O estudo foi realizado a partir da coleta de dados após a aplicação de um questionário com
perguntas semi-estruturado acerca do tema, no turno da noite, na FAMINAS-BH, cujo
preenchimento e a devolução ocorreram de forma a preservar a identidade do estudante
entrevistado. A pesquisa quantitativa realizada entre universitários sobre pessoas portadoras
do herpes labial demonstrou que a maioria sabe o que é herpes, o modo de transmissão e que
não são portadoras de tal doença. Sendo que, os indivíduos de ambos os sexos, ainda fazem a
automedicação. Entretanto, alguns não descartam a necessidade de procurarem o médico e o
farmacêutico, pois se precisa como nunca precisou antes da atenção farmacêutica.
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PROPOSTA DE FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA: CREME PARA PÉS DIABÉTICOS
Amanda Maria Mesquita Figueiredo
Viviane Teixeira Jerônimo
Tânia Mara Costa
Valdirene Ribeiro de Sousa
Cassia A. de Oliveira (Orientador)
[email protected]
Área: Farmácia
De todas as complicações resultantes da Diabetes Mellitus (DM) uma das mais importantes que
podem afetar os pacientes diabéticos, são as úlceras (feridas) e posteriores amputações dos
membros inferiores. (VIGO, 2005). Pesquisas indicam que a maioria dos diabéticos têm pele
seca, o que facilita a formação de fissuras e lesões na pele (BERSUSA; LAGES, 2004). Sugerimos
elaborar uma formulação de creme hidratante para auxiliar na prevenção de úlceras nos pés de
pessoas portadoras do DM. Pensando na fisiopatologia da doença e pesquisando princípios
ativos capazes de contribuir na melhoria deste quadro, foram selecionados os componentes:
Ureia (Carbamida), D. Pantenol (Pró-vitamina B5), óleo de girassol, óleo de abacate, extrato
glicólico de Aloe vera, Silicone volátil, Polawax, Glicerina, BHT (di-ter-butilhidroxitolueno),
Monoestearato de glicerila (MEG), Propilenoglicol, EDTA dissódico, Metilparabeno (nipagin) e
Propilparabeno (nipazol), Imidazolinidil uréia e água purificada. O grupo elaborou uma
formulação magistral de creme composto por ativos com propriedades farmacológicas:
• Umectantes: Ajudam a repor e a manter água na superfície da pele
• Hidratantes: Permeiam a camada córnea, ligando-se ás moléculas de água, retendo-as em toda
a sua extensão não somente superficialmente.
• Emolientes: Compostos lipídicos que preenchem as camadas da pele, melhorando sua textura,
maciez e flexibilidade.
• Oclusivas: Ajudam a formar uma película na superfície da pele, melhorando a barreira de
proteção.
A formulação foi manipulada no laboratório de farmacotécnica da FAMINAS-BH com a
orientação da professora Cássia A. Oliveira. Foram feitos testes de incorporação dos ativos e
procedimentos seguindo as boas práticas de manipulação. O produto foi exposto ao público na
FAMINAS-BH durante apresentação dos Trabalhos Interdisciplinares Supervisionados dos
acadêmicos de farmácia no dia 25 de maio de 2015. Foram distribuídas amostras do creme aos
interessados a conhecer o produto. E para obter a opinião da população em dados estatísticos
foram distribuídos questionários acerca das características do creme, neste questionário o
público considerava o perfil e a opinião geral sobre o produto. Sendo assim, ao final, fizemos
uma análise qualitativa, separando os grupos de pessoas que responderam, em homens e
mulheres, faixas etárias e opinião sobre o perfil do produto. A partir dos resultados obtidos com
a opinião do público, podemos concluir que a formulação alcançou a satisfação de todos que
estiveram presentes durante a exposição do produto. O grupo foi elogiado pela iniciativa em
propor melhorias para a qualidade de vida dos pacientes diabéticos.
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EDUCAÇÃO NO CÁRCERE: REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO FORMAL OFERECIDA NAS
PRISÕES
Marlene Rosa dos Santos
Fernanda Alves dos Santos Carregal
Magda Marques Avelar
Aline Espindo
Juliana das Graças Gonçalves Gualberto (Orientador)
[email protected]
Área: Pedagogia
Dados comprovados em pesquisas quantitativas e qualitativas mostram o crescimento do
número de reclusos em presídios de todo país. Estes indivíduos estão encarcerados em celas
muitas vezes superlotadas, tendo alguns direitos violados, dentre eles a impossibilidade de
receber uma educação formal de qualidade. Alguns estudos apontam que a educação formal e
o trabalho podem ser alternativas importantes que contribuem com a reinserção social desses
sujeitos. Em uma de suas celebres reflexões Paulo Freire (1980, p. 26) afirmou que: A
conscientização trabalha a favor da desmistificação de uma realidade e é a partir dela que uma
educação dentro do sistema penitenciário pode dar um passo importante para propiciar
ressocialização desses sujeitos encarcerados. Reafirma essa premissa o art. 2º da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), “a educação, dever da família e do
Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho.” Nesta perspectiva, o objetivo deste artigo consiste em refletir
sobre a importância da educação como uma ferramenta fundamental para ressocialização
desses indivíduos. Em busca de informações para construção desse trabalho foi realizada
pesquisa bibliográfica com intuito de adquirir informações sobre a temática. A sociedade, diante
de situações violentas que ganham grande repercussão midiática, clama pelo afastamento dos
autores da criminalidade e quer vê-los bem distantes do convívio social. Esquecem que esses
sujeitos também possuem direitos e que um dia voltarão aos seus lares, ganharão novamente
as ruas. Ao longo do desenvolvimento desse trabalho alguns pontos importantes de reflexão
surgem: O indivíduo não deixa de ter direitos quando comete um crime, isso não pode ser tirado,
onde quer que esteja seus direitos prevalecem. A educação formal com bases fundamentadas
na lei pode levar esse sujeito a um aprendizado que talvez nunca tenha conhecido, a uma
mudança de visão em relação ao mundo e talvez possibilitá-lo a ter conhecimento e
conscientização sobre sua própria vida social, sobre a vida em sociedade. E após o
aprisionamento? O que esperar desses sujeitos? Um homem socializado? Um delinquente
irrecuperável? Neste sentido, este trabalho propõe reflexões importantes sobre a condição
desse sujeito e como a educação formal pode contribuir com uma possível mudança de postura:
Pelo acesso ao um direito essencial, ao estudo, à reflexão e ao conhecimento.
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QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM UMA EMPRESA NO RAMO DE MONTAGEM
INDUSTRIAL NA CIDADE DE ITABIRA/MG
Marcelo Angelo Andrade
Área: Engenharia
A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) tem como objetivo inserir melhorias e inovações
estruturais, gerenciais e de tecnologia no ambiente de trabalho da organização. Nesse contexto,
insere-se o objetivo desta pesquisa, cuja proposta é avaliar as condições da QVT e suas principais
ações implementadas em uma empresa no ramo de montagem industrial. Os objetivos
específicos foram: avaliar as condições da QVT, identificar os fatores favoráveis e os
desfavoráveis e verificar as ações aplicadas à QVT na empresa em análise. Para a realização deste
estudo, utilizou-se a abordagem quantitativa e qualitativa, e o método adotado foi o de pesquisa
de campo. O universo foram os empregados do setor operacional de uma empresa atuante no
ramo de montagem industrial na cidade de Itabira/MG. A amostra compreendeu 60
empregados, sendo o critério de amostragem escolhido o probabilístico. A coleta de dados deuse por meio de questionários e de análise documental, e os dados foram tratados através de
estatística descritiva e análise de conteúdo, respectivamente. A análise foi apresentada em oito
categorias: compensação justa e adequada, condições de segurança e saúde do trabalho,
utilização e desenvolvimento de capacidades, oportunidades de crescimento contínuo e
segurança, integração social na organização, constitucionalismo, trabalho e espaço total de vida
e relevância social da vida no trabalho. Pode-se observar que diversos fatores influenciam na
QVT no contexto organizacional e, de acordo com a opinião dos empregados, este processo é
importante e necessário para uma harmoniosa correlação entre empresa e empregado. Os
fatores favoráveis ou desfavoráveis foram possivelmente relacionados ao ambiente físico, aos
salários e benefícios, à saúde física, à segurança, entre outros. Foi analisado o cronograma do
Programa de Qualidade de Vida/2015 adotado pela empresa em questão, que apresenta ações
propostascom o objetivo de estimular os empregados a adotarem hábitos mais saudáveis e
prevencionistas, de mudar o estilo de vida e de melhorar a QVT. De acordo com o objetivo geral
desta monografia, que foi analisar a QVT de uma empresa do ramo de montagem industrial, foi
possível concluir que ela é muito mais do que simplesmente a redução dos custos, ela
proporciona um ambiente satisfatório para: o desenvolvimento das atividades, a geração de
benefícios que satisfaçam os anseios individuais dos empregados e a construção de um clima de
confiança entre a organização e os empregados.
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ESTUDO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO NA GESTÃO DA MANUTENÇÃO DE UMA
MINERADORA DE ITABIRA/MG
Marcelo Angelo Andrade
Área: Engenharia
O trabalho em comento possui como principal objetivo de estudo analisar a importância da
utilização de indicadores de desempenho na manutenção na percepção de gestores e
empregados envolvidos na supervisão de terraplanagem. Nesta, encontra-se a frota de trator
de esteira lotada nas minas de uma mineradora de Itabira/MG. As informações contidas nesse
trabalho referem-se ao período compreendido entre Janeiro/2013 a Dezembro/2014. Tendo em
vista a satisfação das necessidades dos clientes em relação à qualidade dos serviços prestados
como um desafio, faz-se necessário adequar as formas de gestão de uma organização no intuito
de obter os melhores resultados. Nesse sentido, conhecer, medir e controlar o resultado do
desempenho da manutenção através dos indicadores de desempenho torna se um fator de
diferenciação dentro de um mercado competitivo. Como pode-se observar, o gerenciamento da
manutenção através de indicadores tem como objetivo tornar mais eficiente o processo de
gestão buscando evitar falhas que afetem a confiabilidade do equipamento e interfira no
planejamento das atividades comprometendo o resultado final. Referidos dados foram
analisados e posteriormente organizados de forma comparativa no intuito de facilitar o
entendimento da evolução que ocorreu na gestão da manutenção. No que tange aos
instrumentos de medição utilizados pode-se citar os indicadores de desempenho. Dentre os
resultados verificados, podem-se destacar as melhorias na Disponibilidade Física (DF), no Tempo
Médio Entre Falhas (MTBF), no Tempo Médio Para Reparo (MTTR), no Índice de Preventiva (IP)
bem como no Índice de Corretiva (IC). Através da análise dos indicadores de desempenho foi
possível mensurar, analisar e agir estrategicamente para garantir melhores resultados dos
equipamentos, contribuindo para o cumprimento das metas propostas. Todo o conhecimento
gerado através da análise dos dados, das ações tomadas, foi fundamental para comprovar que
os indicadores de manutenção colaboram diretamente para a melhoria do desempenho da
gestão da manutenção da frota de trator de esteira das minas de uma mineradora da região
Itabira/MG.
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