1 II CONGRESSO UNIFICADO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO FAMINAS-BH 2016 “O conhecimento a serviço da vida” (Publicado como Separata da Revista Eletrônica Parlatorium – ISSN 1983-7437) FAMINAS-BH Bel. Lael Vieira Varella Filho – Diretor Presidente Bel. Esp. Luciano Ferreira Varella – Diretor Administrativo e Financeiro Bel. Luisa Ribeiro Varella – Diretora Executiva Geraldo Lúcio do Carmo – Gerente Administrativo e Financeiro Bel. Esp. Luciano Ferreira Varella – Diretor Geral Prof. Ms. Everton Ricardo Reis – Diretor de Ensino Prof. Drª. Ivana de Cássia Raimundo – Diretora Acadêmica Bel. Esp. Andrea Fernandes Lameirinhas – Secretária Acadêmica COMISSÃO ORGANIZADORA Profa. Dra. Ivana de Cássia Diretora Acadêmica Profa. Ms. Sônia Maria Nunes Viana Coordenadora de Extensão e Pós-Graduação Josyanne Cristina Silva Honório Assistente Administrativo – Extensão Prof. Ms. André de Abreu Costa Coordenador de Pesquisa Profa. Dra. Patrícia Alves Maia Guidine Coordenadora de Pesquisa Profa. Ms. Tatiana Domingues Pereira – Coordenadora do Curso de Administração Profa. Ms. Gustavo Oliveira Gonçalves – Coordenadora do Curso de Biomedicina Profa. Ms Rosália Gonçalves Costa Santos – Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis Prof. Ms. Vinicius de Araújo Ayala – Coordenador do Curso de Direito Profa. Ms. Renata Lacerda Prata Rocha – Coordenadora do Curso de Enfermagem Profa. Dr. Nancy Scárdua Binda – Coordenadora do Curso de Farmácia Profa. Ms. Vanessa Patrocínio de Oliveira – Coordenadora do Curso de Nutrição Profa. Dra. Alessandra Duarte Clarizia – Coordenador de Ensino do Curso de Medicina Profa. Bel. Rubia Mara Pimenta de Carvalho – Coordenadora do Curso de Pedagogia Profa. Esp. Liliane Maria de Fátima Ribeiro – Coordenadora do Curso de Serviço Social Prof. Ms. Fabio Neves, de Miranda – Coordenador do Curso de Sistemas de Informação Profa. Ms. Sandra Minardi Mitre – Coordenadora do Curso de Terapia Ocupacional 2 COMISSÃO CIENTÍFICA Adirson Monteiro de Castro Adriana Marcia Silveira Adriana Nascimento de Sousa Aldair Fernandes da Silva Aline Bruna Martins Vaz Amilton Campos Ana Cecília de Godoy Gomes Ana Cristina Nogueira Borges André de Abreu Costa André Mauricio Borges de Carvalho Angélica Monica Andrade Aniely Coneglian Santos Antonio Marcos Souza Argos Soares de Mattos Filho Ariane Rocha Abergaria Arno Nunes Ribeiro Beatriz Martins Borelli Camila França Campos Cassia Aparecida de Oliveira Celeste Magna Araujo Dantas Celio José de Castro Júnior Cintia Moreira Gonã Alves Claudia Lopes Penaforte Claudia Maria Correia Borges Rech Claudia Ribeiro Claudia Starling Bosco Claudia Toscano Fonseca Claudia Vasques Chique Gatto Claudio Henrique Ribeiro da Silva Claudiney Luis Ferreira Cristian Kiefer Da Silva Dalton Dittz Junior Daniela Camargo Costa Danilo Ferraz Cordova Débora Cerqueira Calderaro Dhionne Correia Gomes Edson Moura da Silva Eduardo Simoes Neto Enilmar da Cunha de Carvalho Evandro Bernardes de Oliveira Evaristo Nunes de Magalhães Eveline de Oliveira Silva Fabio Neves de Miranda Fabricio Veiga Costa Felipe A. Silva Pires Fernanda Batista Fernando Gonçalves Coelho Júnior Fernando Ribeiro Andrade Flávia Helena Millard Rosa da Silva Flávio Marcos Gomes de Araújo Francielda Queiroz Oliveira Frederico Oliveira Freitas Geraldo Francisco de Oliveira Gleison Assis Reis Gleisy Kelly Neves Goncalves Gleudson Silva de Aquino Grazielle Dias Guilherme de Almeida Santos Gustavo Guerra Jacob Gustavo Oliveira Gonçalves Heber Augusto Lara Cunha Hercilia Naiara Ferreira de Souza Hilton Soares de Oliveira Hyllo Baeta Marcelo Júnior Hudson de Oliveira Cambraia Humberto Ferreira Ianni Inês Chamel José Izabel Cristina da Silva Reis Izabela Ferreira Gontijo de Amorim Janaina Matos Moreira Jean Pierre Machado Santiago Jonas Thadeu de Almeida Sousa Jordana Grazziela Alves Coelho dos Reis Jose Gilberto de Brito Henriques José Helvécio Kalil de Souza Juliana Costa Liboredo Juliana das Gracas Gonçaves Gualberto Karine Silvestre Ferreira Laerte Mateus Rodrigues Leandro Hollerbach Ferreirra Leonardo Augusto Silva Machado Leonardo de Carvalho Starling Leticia Fernanda Cota Freitas Lilian Sipoli Carneiro Canete Liliane Maria de FATIMA Ribeiro lucas do Carmo Vitor Lucas Lopardi Luci Aparecida Nicolau Lucia de Fatima Pais de Amorim Lucia Helena de Angelis Luciana de Paula Lima Gazzola Luciana Rocha Brandao Luciene Rodrigues Kattah Luiz Carlos Panisset Travassos Maísa Goncalves de Carvalho Marcelo de Brito Brandao Marcelo Jose de Oliveira Maia Marcia Faria Moraes Silva 3 Maria Gabriela Reis Carvalho Melina Rezende Dias Miguel Mendes Filho Milton dos Santos Silva Monica Paiva Schettini Nancy Scardua Binda Nelson Ribeiro de Carvalho Júnio Nibia Mariana Eleuterio Orlando Aragão Neto Patricia Alves Maia Patricia de Moura Rocha Paulo César Fonseca Furtado Rafael Augusto de Morais A. Santos Rafael Silva Guilherme Rafael Teixeira de Mattos Raphael Moreira Maia Renata Esteves Furbino Renato Sathler Avelar Ricardo Lucio de Assis Ricardo Luiz de Souza Ricardo Luiz Fontes Rodrigo Ferretjans Alves Rogerio Monteiro Barbosa Rogerio Saint´Clair Pimental Mafra Rosália Gonã Alves Costa Santos Rosana Costa do Amaral Rosane Vieira de Castro Rosemary Cipriano da Silva Rosemary Torres de Oliveira Rosilaine dos Santos Carvalhais Rubia Mara Pimenta de Carvalho Sabrina Alves Zamboni Salvina Maria de Campos Sandra Maria Ferreira Moizes Sandra Minardi Mitre Shigeru Ricardo Sekiya Shirlei Barbosa Dias Simone Gomes da Silva Sonia Maria Nunes Viana Sther Mendes Cunha Thatiane Santos Ruas Tatiana Domingues Pereira Thiago Frederico Diniz Thiago Penido Martins Tiziane Rogerio Madureira Valdete Gomes Ferreira Vanessa Patrocínio de Oliveira Vinicius de Araújo Ayala Waldemar Roberto Savassi Wanderley da Silva Marcio Alexandre Hipólito Marco Antônio Silva Marcus Luiz Dias Coelho 4 Sumário ATENÇÃO PRIMARIA: FRENTE AO COMBATE E ELIMINAÇÃO DA HANSENÍASE .......................... 12 MISSÃO DANDARA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA ................................................................... 13 USO DE PARACETAMOL PARA FECHAMENTO DE CANAL ARTERIAL ........................................... 14 PROTOCOLO DE RETIRADA DE GLICOCORTICOIDES.................................................................... 16 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA UBS JARDIM EUROPA, NO BAIRRO VENDA NOVA ........................................................................................................... 18 INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN UMA DOENÇA DA ATUALIDADE: RELATO DE CASO ....................... 19 A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR CANAVIEIRO: O PAPEL DA MEDICINA DO TRABALHO ................... 21 IMPACTOS ANATÔMICOS, FUNCIONAIS E COMPORTAMENTAIS DO RESPIRADOR BUCAL ........ 23 ESTUDO DE CONDICIONANTES E CARACTERÍSTICAS DO TREINAMENTO CONTRA RESISTÊNCIA NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE ................................................................. 24 DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM ESTUDANTES DE MEDICINA ....................................................... 26 CONHECIMENTO MÉDICO NA PREVENÇÃO DO SUICÍDIO ........................................................... 26 FATO OU PERCEPÇÃO: A DEPRESSÃO É REALMENTE O MAL DO SÉCULO? ................................ 29 PERSPECTIVAS E USO DO CANABIDIOL COMO UM AGENTE ANSIOLÍTICO ................................. 31 USO DA PSICOEDUCAÇÃO COMO UMA FERRAMENTA PROFILÁTICA ACESSÓRIA NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO BIPOLAR ................................................................................. 33 A IMPORTÂNCIA DO ÁCIDO FÓLICO NO DESENVOLVIMENTO CARDÍACO FETAL ....................... 35 UTILIZAÇÂO E APLICAÇÂO DE ANTICOAGULANTE EM CRIANÇAS ............................................... 37 USO DE CANNABIDIOL NO TRATAMENTO DE EPILEPSIAS DE DIFÍCIL CONTROLE ....................... 39 UMA REVISÃO SOBRE A SÍNDROME DE GUILLAIN BARRE E SEU PROGNÓSTICO EM CRIANÇAS 40 DEPRESSÃO INFANTIL: UMA ABORDAGEM PATOLÓGICA DOS ASPECTOS COGNITIVOS, EMOCIONAIS E SOCIAIS. .............................................................................................................. 41 OS PRINCIPAIS PREDITORES PROGNÓSTICO NA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ ..................... 43 O TÉTANO EM NEONATOS: MEDIDAS PREVENTIVAS DA INFECÇÃO........................................... 45 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR EM CRIANÇAS: DESAFIOS NA PRÁTICA CLÍNICA................................................................................................... 46 O USO E ABUSO DA FLUOXETINA POR MÉDICOS NÃO PSIQUIATRAS ......................................... 49 O IMPACTO DE DORT NA VIDA DO TRABALHADOR: UM ENFOQUE PARA LOMBALGIAS. .......... 50 VIGOREXIA: UM DISTÚRBIO PSICOPATOLÓGICO DA SOCIEDADE ATUAL ................................... 52 RESSIGNIFICANDO O NOVEMBRO AZUL: MOBILIZAÇÃO DAS LIGAS ACADÊMICAS PARA PRODUÇÃO DEBATE CIENTÍFICO APÓS ESTÁGIO COM MÉDICO DE FAMÍLIA E COMUNIDADE .. 54 INTOXICAÇÃO POR SÍLICA NO AMBIENTE DE TRABALHO ........................................................... 56 O ESTRESSE COMO FATOR DESENCADEADOR DA GASTRITE CRÔNICA RESPOSTA FISIOLÓGICA OU PSICOSSOMÁTICA? ................................................................................................................ 58 INFECÇÕES HOSPITALARES: FATORES ENVOLVIDOS E MÉTODOS DE PREVENÇÃO .................... 62 5 INCIDÊNCIA DE SÍNDROME GUILLIAN BARRÉ E SUA RELAÇÃO COM O ZIKA VÍRUS.................... 63 INFECÇÃO HOSPITALAR EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) NEONATAL: UMA REVISÃO ..................................................................................................................................................... 65 PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA .. 66 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR EM CRIANÇAS: DESAFIOS NA PRÁTICA CLÍNICA................................................................................................... 67 JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE: REFLEXÕES EM BUSCA DA EQUIDADE .......................................... 70 ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO ................................................................................................................................... 72 SIMULAÇÃO DE ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS............................................................. 74 CÂNCER DE PRÓSTATA E SUAS DIFICULDADES ........................................................................... 75 DIFERENÇAS ENTRE A CIRURGIA ROBÓTICA E A CIRURGIA CONVENCIONAL ABERTA ............... 77 DOENÇAS PROSTÁTICAS – PREVENÇAO ...................................................................................... 79 EDEMA PULMONAR DE ALTITUDE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE AS CAUSAS, A PATOGENIA, O TRATAMENTO E A PREVENÇÃO .......................................................................... 80 TRUVADA: APENAS MAIS UMA FORMA DE PROFILAXIA OU UM MARCO NA HISTÓRIA DA AIDS? ..................................................................................................................................................... 81 ESTUDO DE CONDICIONANTES E CARACTERÍSTICAS DO USO DO CITRATO DE SILDENAFILA CONTRA A DISFUNÇÃO ERÉTIL E MANUTENÇÃO DE UMA FUNÇÃO SEXUAL SATISFATÓRIA ..... 83 O PAPEL DO PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PREVENÇÃO, DIAGNOSTICO E TRATAMENTO DA SÍNDROME DE FOURNIER............................................................................................................ 85 ASSOCIAÇÃO ENTRE A HELICOBACTER PYLORI E O CÂNCER GÁSTRICO ..................................... 87 HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA ........................................................................................... 89 ALTERAÇÕES ANATOMOPATOLÓGICAS GÁSTRICAS DECORRENTES DO USO CRÔNICO DOS INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS (IBP) ................................................................................ 91 RASTREAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA .............................................................................. 93 ACOMETIMENTO DA SÍNDROME DO CARPO EM CIRURGIÕES DENTISTAS ................................ 95 REJEIÇÃO AO TRANSPLANTE PENETRANTE DE CÓRNEA EM CERATOCONES.............................. 96 TUMOR MALIGNO DA BAINHA DOS NERVOS PERIFÉRICOS: RELAÇÃO COM NEUROFIBROMATOSE DO TIPO 1 ............................................................................................... 98 ANOREXIA EM HOMENS: DIFICULDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS ............................. 100 TRANSTORNO DO PÂNICO-ASPECTOS PSICOSSOCIAIS E NEUROBIOLÓGICOS ......................... 102 O PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA PROMOÇÃO DE CIDADANIA AOS PORTADORES DE TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR .......................................................................................... 104 CONSIDERAÇÕES TERAPÊUTICAS NO TRANSTORNO DEPRESSIVO EM PACIENTES ONCOLÓGICOS ................................................................................................................................................... 106 IMPACTO DA SINDROME DE BURNOUT EM TRABALHADORES EM ÂMBITO HOSPITALAR: REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................................... 108 6 O IMPACTO DA PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO SOB A PERSPECTIVA DA SAÚDE DO TRABALHADOR .......................................................................................................................... 110 OBESIDADE: A EPIDEMIA DO SÉCULO ....................................................................................... 112 REVISÃO SOBRE OS EFEITOS DA POLUIÇÃO SONORA NA SAÚDE E NO COTIDIANO DAS POPULAÇÕES ............................................................................................................................. 114 ABORDAGEM DO LINFEDEMA EM MEMBROS SUPERIORES APÓS LINFADENECTOMIA POR CÂNCER DE MAMA .................................................................................................................... 116 ABORDAGEM DO TRATAMENTO DA PUBERDADE PRECOCE EM MULHERES ........................... 118 PRESCRIÇÃO DE BISFOSFONATOS PARA OSTEOPOROSE EM MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA: INDICAÇÕES E CONFLITOS DE INTERESSE ................................................................................. 120 RELAÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO E HPV EM ADOLESCENTES: REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................................................................... 122 CANDIDÍASE VULVOVAGINAL: SINTOMATOLOGIA E OS FATORES DE RISCO............................ 123 RELAÇÃO ENTRE O USO DE CONTRACEPTIVO HORMONAL E O AUMENTO DA FREQUÊNCIA DOS EPISÓDIOS DE CANDIDÍASE DE REPETIÇÃO ............................................................................... 125 RELEVÂNCIA DO PRÉ-NATAL NA PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA ..................................... 127 DEPRESSÃO PÓS-PARTO ............................................................................................................ 128 DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL ................................................................................. 129 ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTRÓGENOS NATURAIS E SINTÉTICOS E FENÔMENOS TROMBOEMBÓLICOS ................................................................................................................ 131 DEPRESSÃO PÓS-PARTO: FATORES DE RISCO E OS IMPACTOS NA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ ......... 133 VACINAÇÃO CONTRA HPV: ADEQUANDO SUAS INCOERÊNCIAS .............................................. 135 INDUÇÃO DA FOLICULOGÊNESE APÓS TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE OVÁRIOS CONGELADOS/DESCONGELADOS EM PERITÔNIO DE RATAS .................................................... 137 PROGESTERONA E PREVENÇÃO DO PARTO PREMATURO ........................................................ 139 RASTREIO DE TROMBOFILIAS ANTES DA PRESCRIÇÃO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS ........ 141 SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO E RESISTÊNCIA À INSULINA NA SÍNDROME METABÓLICA ................................................................................................................................................... 143 TABAGISMO NO DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO ................................ 145 TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE EM PACIENTES COM CÂNCER ......................... 146 ALTERAÇÕES TIREOIDIANAS DURANTE A GESTAÇÃO E ABORTAMENTO ................................. 148 O ESTRESSE CRÔNICO E SUAS CONSEQUÊNCIAS NOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE ................... 150 PNEUMONIAS VIRAIS E BACTERIANAS: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS, FISIOPATOLÓGICOS E TRATAMENTO ........................................................................................ 152 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS, VARIAÇÕES METEOROLÓGICAS E SUA INFLUENCIA SOBRE A INCIDÊNCIA DE DENGUE ........................................................................................................... 155 A DICOTOMIA ENTRE O SUS IDEAL E REAL ................................................................................ 156 PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO: CONCEITO E ENFRENTAMENTO .............................. 157 7 IMPACTO DAS DOENÇAS OSTEOMUSCULARES RELACIONADAS AO TRABALHO (DORT) NA VIDA DO TRABALHADOR. ................................................................................................................... 159 USO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE DO TRABALHADOR ..... 161 DEPRESSÃO EM IDOSOS: UMA DOENÇA NEGLIGENCIADA EM HOSPITAIS ............................... 163 UMA METANÁLISE ACERCA DA NICOTINA NA DOENÇA DE PARKINSON .................................. 164 SUICÍDIO: UMA ABORDAGEM PSICOSSOCIAL ........................................................................... 166 TRANSTORNO BIPOLAR: IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO CORRETO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE .................................................................................................................................. 167 AÇÃO DO INIBIDOR DO CO- TRANSPORTADOR DE SÓDIO- GLICOSE 2 NA PERDA DE PESO EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 ........................................................ 169 DOENÇA RENAL CRÔNICA: IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE E SEUS FAMILIARES ............................................................................................................................... 171 EMBOLIA GASOSA NA DOENÇA DA DESCOMPRESSÃO ............................................................. 172 RELATO DE CASO: DEMÊNCIA INDUZIDA PELO USO CRÔNICO DE ÁLCOOL ............................. 174 BIOMARCADORES ISQUÊMICOS NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS CORONARIANAS AGUDAS: O PAPEL DA ALBUMINA ................................................................................................................ 176 HIPERTENSÃO ARTERIAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO ....................................................... 178 USO DA DIGOXINA NA TERAPÊUTICA DA INSUFICIÊNCIA CARDIACA ....................................... 179 USO DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES NO ESPORTE ................................................................ 181 A PROTEÍNA APELINA NA FORMAÇÃO DE MEMBRANAS EPIRRETINIANAS EM PORTADORES DE DIABETES MELITUS TIPO 2 ........................................................................................................ 182 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE FUNGOS ENDOFÍTICOS ASSOCIADOS À HEVEA BRASILIENSIS......................................................................................... 184 AVALIAÇÃO DE LÂMINAS DE COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA PREVIAMENTE DIAGNOSTICADAS COMO ASCUS: COMPARAÇÃO INTRA E INTEROBSERVADORAS ............................................... 186 AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS PLAQUETÁRIOS EM PACIENTES EM USO DE HEPARINA .................... 188 AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA DE IMPLANTES DE PAREDE UTERINA TOTAL INDUZIDOS CIRURGICAMENTE NO PERITÔNEO DE RATAS, APÓS OOFORECTOMIA E ESTROGENIOTERAPIA ................................................................................................................................................... 190 INTERAÇÕES DELETÉRIAS NA ESTEROIDOGÊNESE EM DECORRÊNCIA DA SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO............................................................................................................................... 192 AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DAS MÃOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................................................... 193 CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE E ACADÊMICOS DE MEDICINA ACERCA DAS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM AMBIENTES DE ATENDIMENTO À URGÊNCIA E/OU EMERGÊNCIA ............................................................................................................................. 195 DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS ............................................................................. 196 CRONOTANATOGNOSE: NOVAS PERSPECTIVAS DE MARCADORES DIAGNÓSTICOS DO INTERVALO POST-MORTEM ...................................................................................................... 198 A INCLUSÃO DOS DEFICIENTES AUDITIVOS NO UNIVERSO EDUCACIONAL .............................. 200 8 ANÁLISE DO DELÍRIO COMO UM PROBLEMA DE ENFERMAGEM DE IDOSOS ADMITIDOS EM SERVIÇO DE PRONTO SOCORRO: CORRELAÇÃO COM O DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CONFUSÃO AGUDA ................................................................................................................... 201 MÉDICOS TAMBÉM ERRAM: UMA ABORDAGEM SOBRE OS ERROS MAIS COMUNS E SUAS CAUSAS ...................................................................................................................................... 204 ERROS NA ÁREA DA SAÚDE: FATORES DESENCADEANTES DE GRANDES IMPACTOS ECONÔMICOS ............................................................................................................................ 206 INIBIDORES DE APETITE............................................................................................................. 207 A CORRELAÇÃO DO USO CRÔNICO DO OMEPRAZOL COM ALZHEIMER ................................... 209 PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E SUA EPIDEMIOLOGIA ........................................................ 211 TERAPIA GÊNICA E SUA APLICAÇÃO NO CÂNCER ..................................................................... 212 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMUNIDADES INDÍGENAS ........................................... 215 PCRC- AÇÃO EDUCATIVA EM ESCOLA PÚBLICA DE BELO HORIZONTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA ................................................................................................................................................... 217 TELECONSULTA DE ENFERMAGEM: TECNOLOGIA IMPLEMENTADA COMO FERRAMENTA DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM REGIÕES GEOGRAFICAMENTE ISOLADAS........................ 218 SILICOSE: APRENDER PARA COMBATER AS DOENÇAS OCUPACIONAIS .................................... 219 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM HANSENÍASE: RELATO DE CASO. ....... 220 INFECÇÕES HOSPITALARES: REPENSANDO A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS... 221 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NOS CAMPOS DE REFUGIADOS ............................................. 223 TERMINOLOGIA EM SAÚDE....................................................................................................... 225 DIAGNOSTICO CLINICO LABORATORIAL DO PACIENTE PORTADOR DE ULCERA VENOSA E O PAPAEL DA ENFERMAGEM ........................................................................................................ 227 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA O CUIDADO A PESSOAS PORTADORAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ................................................................................................................. 228 AÇÕES DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE AOS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL: PREVENÇÃO DE SILICOSE ................................................................................................ 230 A INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE DIABÉTICO ....................... 232 SEGURANÇA DO PACIENTE: A FARMACOLOGIA A SERVIÇO DA PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS NA PRÁTICA ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM. ...................................................... 233 A ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA MASCULINO .................................. 235 O ENFERMEIRO E A PRESTAÇÃO DE CUIDADO AO PACIENTE PORTADOR DE DENGUE ........... 237 TESTE RÁPIDO: HIV POSITIVO, COMO DAR ESSA NOTÍCIA ........................................................ 239 DE QUE FORMA SE APRESENTA A AMBIÊNCIA NAS REDES DE ATENÇÃO Á SAÚDE NA PEDIATRIA ................................................................................................................................................... 241 PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. .................... 242 AÇÃO EDUCACIONAL “JUNTOS POR UM SOCORRO MELHOR” EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE BELO HORIZONTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA! .................................................................... 244 9 DIFICULDADES NA IMPLANTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 246 ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE E DISLIPIDEMIA: REVISÃO DE LITERATURA .......................... 248 CAUSAS DE ABSENTEÍSMO DOS PROFISSONAIS ENFERMEIROS ............................................... 249 CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE A TÉCNICA DE INDUÇÃO DA HIPOTERMIA TERAPÊUTICA NA TERAPIA INTENSIVA ...................................................................................... 251 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA APLICAÇÃO DE SHANTALA .................................................. 253 RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR ATRAVÉS DA MANIPULAÇÃO DE DISPOSITIVOS INVASIVOS PELA ENFERMAGEM .................................................................. 255 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO INSERIDA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.................................................................................................................... 257 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO PÓS OPERATÓRIO DE ADENOMA HIPOFISÁRIO FUNCIONANTE – RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................... 259 A NECESSIDADE DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO EM SAÚDE À POPULAÇÃO TRANSEXUAL: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA. ................................................................. 261 PEDICULOSE NO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE...... 263 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PERMANENTE NA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO .................... 264 ESTRATÉGIA DE APRENDIZADO EM ENFERMAGEM: JOGOS COMO MÉTODO DE CONHECIMENTO DA TERMINOLOGIA E DOS CONCEITOS EM SERVIÇO DE SAÚDE .................. 265 DIMENSÕES DO CUIDADO DO ENFERMEIRO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA ................. 266 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL .................................................. 268 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO AGENTE GERADOR DA QUALIDADE DE VIDA NOS IDOSOS...... 269 O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR ................................... 270 BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE ........................................................................................................... 271 A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA NA GESTÃO DE QUALIDADE NOS SERVIÇO DE SAÚDE PRESTADO ................................................................................................................................. 272 EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O ADOLESCENTE SOBRE AS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST’S) ........................................................................................................... 273 O PAPEL DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR .... 275 FISIOPATOLOGIA ENDÓCRINA: MECANISMOS ENVOLVIDOS NA ACROMEGALIA .................... 277 CÂNCER DO PÊNIS: UMA DOENÇA QUE VEM ASSOMBRANDO O SEXO MASCULINO NOS DIAS ATUAIS ....................................................................................................................................... 279 QUEDAS EM IDOSOS: PRINCIPAIS CAUSAS E COMO PREVENIR ................................................ 281 A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANCA PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM..................... 283 O IMPACTO DO ESTRESSE EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA ................ 284 A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE ANEMIA FERROPRIVA NA CRIANÇA .. 286 RISCO DE INFECÇÃO A MULHERES SUBMETIDAS AO PARTO CESARIANA ................................ 287 10 RELAÇÃO ENTRE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DE DESORDENS METABÓLICAS EM ESTUDANTES DO 5° PERÍODO DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA FAMINAS-BH .................................................................................... 288 HÁBITOS E PRÁTICAS ALIMENTARES DE UM GRUPO OPERATIVO DE DIABETES COM FOCO NA REEDUCAÇÃO ALIMENTAR, EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE, MG. ................................................................................................................................................... 290 AVALIAÇÃO DO PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE UNIVERSITÁRIAS ATRAVÉS DA BIOIMPEDANICA TETRAPOLAR.............................................................................................................................. 292 ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO SENSORIAL DE UM MINIBOLO DE CHOCOLATE, A BASE DE BIOMASSA DE BANANA VERDE, DESTINADO A DIETAS COM RESTRIÇÃO DE AÇÚCAR............. 294 ELABORAÇÃO E ACEITABILIDADE DE UM PÃO DE CENOURA, BETERRABA E BRÓCOLIS, DESTINADO AO PÚBLICO INFANTIL ........................................................................................... 297 ANÁLISE DO PERFIL NUTRICIONAL DE TRABALHADORES DE UMA EMPRESA DE BUFFET DE BELO HORIZONTE ............................................................................................................................... 300 COCAETILENO COMO BIOMARCADOR DO USO CONCOMITANTE DE COCAINA E ÁLCOOL ...... 302 A UTILIZAÇÃO DO ÁCIDO HIALURÔNICO COMO FORMA DE SELEÇÃO NO PROCESSO DE INJEÇÃO INTRACITOPLASMÁTICA DE ESPERMATOZÓIDES (ICSI) EM REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA .................................................................................................................................. 304 ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM PACIENTES PORTADORES DO HERPES ..................................... 306 PROPOSTA DE FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA: CREME PARA PÉS DIABÉTICOS ...................... 307 EDUCAÇÃO NO CÁRCERE: REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO FORMAL OFERECIDA NAS PRISÕES ................................................................................................................................................... 310 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM UMA EMPRESA NO RAMO DE MONTAGEM INDUSTRIAL NA CIDADE DE ITABIRA/MG.................................................................................. 312 ESTUDO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO NA GESTÃO DA MANUTENÇÃO DE UMA MINERADORA DE ITABIRA/MG ................................................................................................. 315 11 ATENÇÃO PRIMARIA: FRENTE AO COMBATE E ELIMINAÇÃO DA HANSENÍASE Lígia Dos Santos Cesarino Fernanda Alves Dos Santos Carregal Renata Ariane Gomes Andrade Valéria Cristina Da costa Rebeca Dos Santos Duarte Rosa (Orientador) [email protected] Palestra Magna: O conhecimento a serviço da vida. Construindo Sucesso com Gratidão. Interpretação de exames Laboratoriais pelo enfermeiro. "Introdução: A Hanseníase é uma doença crônica, infecto contagiosa, causada por um microrganismo denominado Mycobacterium leprae, apresenta afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos. A transmissão ocorre por meio das vias aéreas superiores em contato com a pessoa infectada sem tratamento e não há risco de transmissão por pacientes em tratamento. Identificar a atuação do enfermeiro e a equipe de saúde da família no controle e eliminação da Hanseníase. Processo metodológico: Trata-se de um estudo de revisão de literatura, os artigos utilizados para este trabalho foram extraídos no banco de dados BVS (Biblioteca virtual da saúde), Portal da FIOCRUZ e MINISTÉRIO DA SAÚDE como método de inclusão foram usados artigos do ano de 2010 a 2015 em português. Revisão de literatura: A hanseníase é uma doença de notificação compulsória e dados divulgados pelo Ministério da Saúde (BRASIL,2015) indicam que a taxa de detecção geral da doença foi de 12.14 por 100 mil habitantes em 2014, correspondendo a 24.162 casos novos. Na população com menos de 15 anos houve registro de 1.793 novos casos. Uma das importantes estratégias para a eliminação da doença, para diagnóstico precoce e melhoria na qualidade do atendimento ao portador da hanseníase é a integração dos programas de controle na rede básica de atenção a saúde, facilitando o acesso ao tratamento à prevenção de incapacidade e a diminuição do estigma e da exclusão social. De acordo com Dias e Pedrazzani (2008) o profissional enfermeiro tem uma importante atuação junto com a equipe de estratégia em saúde da família nas ações ao combate a hanseníase, visando a melhoria do indivíduo, da família e da comunidade atuando de forma efetiva e humana contribuindo em todo o processo como orientação, tratamento, cura, reabilitação e reintegração social. Conclusão: Conclui-se que a atuação da equipe e o enfermeiro na atenção básica desenvolve um trabalho de extrema importância nas ações preventivas, promocionais e curativas, contribuindo para o controle da doença e eliminação deste agravo que é considerado pelo Ministério da Saúde um problema de saúde pública. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. PORTAL FIOCRUZ: Disponível em https//agencia.fiocruz.br//hanseniase BRASIL; Ministério da saúde; Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da hanseníase como problema de saúde pública: Brasilia, 2016. DIAS, Regina Celio; Pedrazzani, Elise Silva. Politicas Publicas na Hanseníase. Rev. Brasileira de Enfermagem;Brasilia,2008. BRASIL;Ministério da saúde: Guia para o controle da hanseníase. Brasilia,DF 2002 12 MISSÃO DANDARA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA Daniel dos Santos Fernandes Natália Las Cazas Monteiro Lúcia de Fátima Amorim (Orientador) [email protected] Área: Medicina A infância é um período do ciclo vital definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a fase que vai do nascimento a idade de 14 anos, 11meses e 29 dias. Na infância os indivíduos estão em grande processo de desenvolvimento fisiológico e das funções cognitivas. No que diz respeito as ações para garantia do crescimento e desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes destacam-se entre todos os pontos de atenção da Política Nacional de Atenção Integrada a Saúde da Criança a promoção do aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida; a prevenção de lesões não intencionais e a identificação de sinais de perigo à saúde da criança. Entende-se que a manutenção do estado nutricional das crianças é uma forma de possibilitar um melhor crescimento e desenvolvimento das mesmas. Então, uma vez que há uma demanda por orientação e execução de ações de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças na saúde pública, justificou-se a realização de um projeto de extensão que visou atender famílias com alto Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) em busca de realizar uma triagem pondero-estatural e nutricional a fim de otimizar o processo de identificação dos riscos para a Atenção Primária em Saúde e assim encaminhar os pacientes para o serviço das Unidades Básicas de Saúde, caso necessário. Deste modo, a triagem realizada pelo projeto de extensão pode favorecer a vinculação do indivíduo ou dos núcleos familiares a rede de atenção à saúde. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. Assis, R.M.; Bonifácio, N.A. A FORMAÇÃO DOCENTE NA UNIVERSIDADE: ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO. Educação e Fronteiras On-Line, Dourados/MS, v.1, n.3, p.36-50, set./dez. 2011. Disponível em: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Cadernos de Atenção Básica, Brasília - DF. (33)272 p., 2012. BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente: lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, e legislação correlata [recurso eletrônico]. Série legislação. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, (83)2010. 207 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar. Série A. Normas e Manuais Técnicos, Cadernos de Atenção Básica. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. (23) 112 p. SIEUTJES, M. H.S.C. Refletindo sobre os três pilares de sustentação das universidades: ensinopesquisa-extensão. RAP. RIO DE JANEIRO, maio- junho, 1999. 99-111. Moita, F.M.G.S.C.; Andrade, F.C.B. Ensino-pesquisa-extensão: um exercício de indissociabilidade na pós-graduação. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, maio/ago2009. v. 14 (41). 13 USO DE PARACETAMOL PARA FECHAMENTO DE CANAL ARTERIAL Thays Ketlin Motta de Pinho Marina Kusunoki Guerra Luma Lorraine dos Reis Souza Paula Geovanna Rocha Pontello Lúcia de Fátima Amorim (Orientador) [email protected] Área: Medicina Embora a permeabilidade do canal arterial seja essencial para a circulação fetal, o seu fechamento é imprescindível para a adaptação circulatória pósnatal. A persistência do canal arterial (PCA) torna o recém-nascido vulnerável ao hiperfluxo pulmonar com fluxo arterial sistêmico diminuído. O tratamento atual, com o uso de indometacina ou ibuprofeno, possui muitas contraindicações, o que torna oportuna a proposta de uma terapêutica alternativa com menos efeitos adversos. O objetivo dessa revisão é avaliar a eficácia do paracetamol como um tratamento alternativo no fechamento do canal arterial. Na revisão foram utilizadas as bases de dados PubMed, Scielo, Medline e Lilacs, com os descritores canal arterial, fechamento, paracetamol. Selecionados seis artigos entre 2010 e 2016. Os resultados mostraram que em um dos casos analisados houve associação da restrição do canal ainda na fase fetal e o uso de paracetamol pela gestante. Nos casos relatados de prematuros nascidos com menos de 32 semanas ou com peso inferior a 1.500g foi descrito eficácia do uso do paracetamol para fechamento do canal arterial. Na revisão atual foi relatado a eficácia do paracetamol utilizado quando havia contraindicação ou refratariedade à terapia com ibuprofeno e indometacina. Alguns artigos também compararam o paracetamol com a terapia com indometacina e revelou uma mínima vantagem da indometacina para um tratamento eficiente. De acordo com a revisão o paracetamol revelou-se como uma segura e bem sucedida alternativa para o tratamento da PCA. Apesar de em alguns casos ser inferior ao tratamento atual, parece ser completamente livre dos efeitos adversos associados geralmente com AINEs tradicionais. Conclui-se que o uso de paracetamol se mostrou eficaz para o tratamento de PCA, mesmo com o relato, em alguns estudos, de eficácia inferior às terapias já existentes. Há necessidade do desenvolvimento de estudos com nível de evidência destinados a verificar a inclusão do paracetamol como agente de primeira linha. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. Araujo, John j. Conducto arterioso restrictivo tras el consumo de acetaminofén. Revista Colombiana de Cardiologia, vol.21 no.5 Bogota Sept./Oct. 2014. Disponível em ,>. Acesso em: 28 mar. 2016. Dash, Swarup Kumar at al. Enteral paracetamol or Intravenous Indomethacin for Closure of Patent Ductus Arteriosus in Preterm Neonates: A Randomized Controlled Trial. Indian Pediatrics, 2015. Disponivel em: <http://www.indianpediatrics.net/july2015/573.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2016. Hammerman, Cathy et al. Ductal Closure With Paracetamol: A Surprising New Approach to Patent Ductus Arteriosus Treatment. Pediatrics, volume 128, December, 2011. Disponivel em: <http://pediatrics.aappublications.org/content/128/6/e1618.full>. Acesso em: 28 mar. 2016. Peña-Juárez, Rocío A.et al. Cierre de conducto arterioso con paracetamol: estudio piloto. Revista Espanhola de Cardiologia, Vol. 68, Núm.05, 2015. Disponível em: < http://www.revespcardiol.org/es/cierre-conducto-arterioso-conparacetamol/articulo/90410999/>. Acesso em: 28 mar. 2016. 14 5. 6. Terrin, Gianluca at al. Efficacy of paracetamol for the treatment of patent ductus arteriosus in preterm neonates. Italian Journal of Pediatrics, 2014. Disponível: <http://ijponline.biomedcentral.com/articles/10.1186/1824-7288-40-21>. Acesso em: 28 mar. 2016. Yurttutan, Sadik. Paracetamol for Closure of Patent Ductus Arteriosus. Indian Pediatrics, volume 52__july 15, 2015. Disponível em: <http://www.indianpediatrics.net/july2015/568.pdf>. acesso em: 28 mar. 2016. 15 PROTOCOLO DE RETIRADA DE GLICOCORTICOIDES Luis Eduardo Ribeiro Coelho Clayton Augusto Assunção Folmer Quintão Torres (Orientador) [email protected] Área: Medicina Os glicocorticoides, muito utilizados na prática clínica, são também potencialmente danosos aos pacientes que os utilizam e por isso sua indicação deve ser criteriosa. Pelo risco já conhecido de supressão das glândulas supra renais durante tratamentos prolongados com a medicação, já é consenso na literatura que a utilização de corticosteroides deva ser feita pelo menor tempo possível e sua retirada após o tratamento seja de maneira gradual. Objetivo: O presente artigo tem como objetivo a produção de conhecimento sobre os riscos da utilização e da retirada dos corticoides além de orientar o médico no reconhecimento desses problemas e fornecer um direcionamento para a adequada suspensão do tratamento prolongado com corticoide. Metodologia: Levantamento de informações através de revisão de literatura realizada na base de dados online Scielo e em livros especializados. Não foram determinados períodos específicos de publicação. As buscas foram realizadas em março e abril de 2016, através das palavras chave CORTICOSTERÓIDES, SINDROME DE RETIRADA e SUPRESSÃO ADRENAL. Conclusão: Protocolos atuais, embasados em estudos consagrados, aconselham que o desmame seja individualizado para cada paciente na dependência do tempo de tratamento, da potência da droga, da doença de base do paciente, entre outros. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. CRÉSIO ALVES; TERESA CRISTINA VICENTE ROBAZZI; MILENA MENDONÇA. Retirada da corticoterapia: recomendações para a prática clínica. Scielo, 2008. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572008000300003 > Acesso em 02 Abr, 2016. ENNIO LEAO [e colaboradores] Pediatria ambulatorial-3ªed. Belo Horizonte: Cooperativa Editora e de Cultura Médica, 1998. FAICAL, S., UEHARA, M.H..Efeitos sistêmicos e síndrome de retirada em tomadores crônicos de corticosteróides. Rev. Assoc. Med. Bras. [online]. 1998, vol.44, n.1, pp.69-74. ISSN 1806-9282. Disponivel em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42301998000100014> Acesso em 28 de Março. GRABER AL, NEY RL, NICHOLSON WE et al. Natural history of pituitary-adrenal recovery following long-term suppression with corticosteroids. J Clin Endocrinol Metab 1965; 25: 11-6 apud FAICAL, S. and UEHARA, M.H..Efeitos sistêmicos e síndrome de retirada em tomadores crônicos de corticosteróides. Rev. Assoc. Med. Bras. [online]. 1998, vol.44, n.1, pp.69-74. ISSN 1806-9282. Disponivel em <http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42301998000100014> Acesso em 28 de Março. GOODMAN & GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 10. ed. Rio de Janeiro: Mc Graw Hill, p. 422- 424, 2003. JAMES G. HUGHS[et al]. Synopsis of pediatrics5ªed. Missouri, p. 522-523, 1980. LIVANOU T, FERRIMAN D, JAMES VHT. Recovery of hipothalamo-pituitary-adrenal function after corticosteroid therapy. Lancet 1967; 2: 856-9 apud FAICAL, S. and UEHARA, M.H..Efeitos sistêmicos e síndrome de retirada em tomadores crônicos de corticosteróides. Rev. Assoc. Med. Bras. [online]. 1998, vol.44, n.1, pp.69-74. ISSN 1806-9282. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42301998000100014> Acesso em 28 de Março. 16 8. LUCI BAVARESCO, ANDRESSA BERNARDI, ANA MARIA OLIVEIRA BATTASTINI. Glicocorticóides: usos clássicos e emprego no tratamento do câncer. Infarma, 2005. Disponível em: <http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/19/inf003.pdf> Acesso em 03 de Abr, 2016. 17 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA UBS JARDIM EUROPA, NO BAIRRO VENDA NOVA Amanda Schimith Costa Isabelle Perez Ramirez Gonçalves Ana Clara Chula Lara Maísa Gonçalves (Orientador) [email protected] Área: Medicina O Brasil nos últimos anos vem sofrendo com epidemias que tem afetado em grandes proporções a saúde da população. Dentre essas diversas epidemias a incidência crescente de pessoas afetadas pela dengue transmitida através do mosquito Aedes aegypti. Existe uma grande mobilização dos órgãos de saúde para enfrentar esse problema que provoca graves consequências na vida das pessoas e nos orçamentos da saúde destinado a preservar a saúde de população. Dentre as diversas ações que as Secretarias da Saúde - estadual e municipais, vem desenvolvendo, pode-se ressaltar as ações preventivas através de campanhas, desenvolvidas para esclarecer a população quanto aos cuidados para evitar a proliferação do mosquito. Outra ação de destaque é o aparelhamento das Unidades Básicas de Saúde, para atendimento da população afetada. Constitui objetivo do presente artigo, a simples pretensão de refletir sobre o processo de organização das equipes de trabalho do programa Saúde da Família, no sentido de perceber a possibilidade ou não, de conseguir alcançar os propósitos estabelecidos no plano estratégico de uma UBS da regional Norte de Belo Horizonte, MG. Segundo dados da UBS, a incidência de dengue na região é preocupante, atingindo, no mês de março, 36 casos confirmados. Para o planejamento de ações de combate à dengue, o bairro foi mapeado geograficamente em 6 setores. Em seguida foram formadas equipes para realizar os trabalhos, que, em visita às famílias, além da observação, remendava medidas preventivas para evitar a formação de focos. Para realizar os trabalhos as equipes encontraram diversas dificuldades, tais como: acesso a todos os possíveis focos do mosquito, dificuldade de encontrar toda a família presente na ocasião da visita, problema com as condições de limpeza e conservação de ruas, praças e lotes vagos, que dependiam mais das ações do poder público e da comunidade como um todo. O trabalho permitiu refletir que o problema da Dengue é um problema de toda sociedade, e que mesmo as equipes locais de combate sejam competentes, não são suficientes para um problema de tão grande proporção. É preciso investir em infraestrutura, para o bairro, tais como redes de esgoto, bueiros para escoamento da água, limpeza e conservação de ruas, praças, lotes vagos, bem como contínuo investimento em educação, pois uma população mais informada compreende melhor a necessidade de colaborar com o poder público, na implementação das políticas públicas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. Ministério da Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/oministerio/principal/secretarias/svs/dengue VIANA, V.D. A ocorrência da dengue e variações meteorológicas no Brasil: revisão sistemática. Rev. bras. epidemiol. vol.16 n.2 São Paulo Jun. 2013 TEIXEIRA, M.G; BARRETO, L.M; GUERRA, Z. Epidemiologia e Medidas de Prevenção do Dengue. volume 8, nº 4 outubro/dezembro 1999 DIAS, L.B.A; ALMEIDA, S.C.L; HAES, T,M; MOTA, L,M; RORIZ, J.S.R.F. Dengue: transmissão, aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento. Simpósio: Condutas em enfermaria de clínica médica de hospital de média complexidade - Parte 1 18 INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN UMA DOENÇA DA ATUALIDADE: RELATO DE CASO Maria Clara Souza Schettini Aurélio Leite Rangel Souza Henriques Fernanda da Cunha Martins Catarina Amorim Baccarini Pires Lúcia de Fátima Pais de Amorim (Orientador) [email protected] Área: Medicina INTRODUÇÃO: A doença celíaca (DC) é uma patologia autoimune que acomete o intestino delgado dos indivíduos suscetíveis. Possui manifestações variadas, desde formas assintomáticas até sintomas intraintestinais (forma clássica) ou extraintestinais. A forma clássica é definida como uma síndrome de má absorção e decorre de hiperplasia das criptas e atrofia das vilosidades intestinais. A DC é mais prevalente no norte da África, Europa, América do Norte e sudeste asiático, por associar a presença de genótipos mais suscetíveis e o elevado consumo de glúten. A fisiopatologia decorre de uma associação de fatores genéticos e ambientais. Clinicamente cursa com dores abdominais, diarreia intermitente, perda ou estagnação do ganho ponderal, palidez e intolerância a atividades físicas pela má absorção de ferro que leva a um quadro anêmico e hematomas pela má absorção de vitamina K. Há possibilidade de uma baixa absorção de vitamina D, predispondo o indivíduo portador da DC a um quadro de osteoporose e osteopenia. A clínica na criança com idade entre o 6 e 24 meses é semelhante aos sintomas clássicos associada à vômitos, baixo desenvolvimento neuropsicomotor, anorexia e irritabilidade. RESUMO DO CASO: KQW, masculino, 10 meses, internado em 3/3/16 com quadro de diarreia, mais de três episódios de fezes líquidas ao dia, vômitos e distensão abdominal, edema generalizado e emagrecimento. Nascido de parto normal, termo, peso não informado. Vacinas atualizadas. Aleitamento exclusivo ao seio até o 4º mês. Mãe relata que sintomas atuais iniciaram cerca de 15 dias após a introdução de fórmulas lácteas, diferentes farinhas e outros alimentos. Internação prévia com 6 meses, por 15 dias, com o mesmo quadro tendo sido utilizado antibióticos e hidratação venosa. Após alguns dias em casa, reiniciou com quadro de diarreia e distensão abdominal. Exame físico: peso 8Kg, edemaciado, panículo adiposo diminuído, tristonho, pálido +/4+, anictérico, acianótico. Abdome distendido, depressível, timpânico, sem defesa, fígado a 3cm do rebordo costal direito, na linha hemiclavicular, atrofia glútea. Demais aparelhos e sistemas sem alterações. RX de abdome sem alterações. Exame laboratoriais: parasitológico de fezes negativo. Hemograma: anemia microcítica, hipocrômica discreta. Anticorpo antiendomísio IgA 1:80 (VR 0); anticorpo antigliadina IgA 142 (VR: positivo >10); anticorpo antigliadina IgG 302 (VR positivo >10); anticorpo antitransglutaminase tecidual IgA 93 (VR positivo >10). Iniciada dieta de exclusão de glúten, reposição de vitaminas e ferro. Atualmente em curva ascendente de ganho de peso, sorrindo, leve distensão abdominal, fezes de consistência normal. Aguarda resultado da biópsia intestinal. CONCLUSÃO: Lactente com história clínica e alterações ao exame físico compatíveis com o diagnóstico de Doença Celíaca. O atraso no diagnóstico e no início da dieta de exclusão do glúten poderia acarretar complicações graves. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. KOCHHAR, Gursimran Singh; SINGH, Tavankit; GILL, Anat; KIRBY, Donald F. D oença Celíaca: Gerenciando uma desordem do Sistema múltiplo. Cleveland Clinic Journal of Medicine. 83 (3): 217-227, 2016. 19 2. 3. 4. MARTINS, Thiago Gonçalves dos Santos; COSTA, Ana Luiza Fontes de Azevedo; OYAMADA, Maria Kiyoko; SCHOR, Paulo; SIPAHI, Aytan Miranda. Manifestações Oftalmológicas da Doença Celíaca. Int J Ofthalmol. 9(1): 159–162, 2016. NOBRE, S. Rito; SILVA, T.; CABRAL, J.E. Pina. Doença celíaca revisitada. J Port Gastrenterol., Lisboa , v. 14, n. 4, p. 184-193, set. 2007. SDEPANIAN, Vera Lucia; MORAIS, Mauro Batista de; FAGUNDES-NETO, Ulysses. Doença celíaca: características clínicas e métodos utilizados no diagnóstico de pacientes cadastrados na Associação dos Celíacos do Brasil. J. Pediatr. (Rio J.) Porto Alegre , v. 77, n. 2, p. 131-138, Apr. 2001. 20 A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR CANAVIEIRO: O PAPEL DA MEDICINA DO TRABALHO Diego Araujo de Magalhaes Kelly Cristina. Teixeira da Silva Caique Antonio da Silva Wallanns Resende Santos Cláudia Vasques Chiavegatto (Orientador) [email protected] Área: Medicina INTRODUÇÃO: A produção Agroindustrial requer trabalho árduo, braçal e também de máquinas, sendo necessária a observação atenta das normas que visam à proteção dos trabalhadores. Não raro, há um grande número de lesões relacionadas com o tipo de trabalho, respiratórias, cutâneas e osteomusculares. Boa parte desses trabalhadores vivem em situação de miséria e tem baixa escolaridade, não possuem condições adequadas de saneamento básico e alimentação. As precárias condições de saúde e segurança, resultam em alta rotatividade. Verifica-se então a necessidade de atividades de promoção e prevenção a saúde, que visem a melhoria das condições de trabalho. OBJETIVO: Enfatizar a importância das atividades ergonômicas do trabalhador canavieiro e os motivos de tantas disfunções. METODOLOGIA: Revisão literária nas bases de dados SCIELO, Pubmed e MEDLINE, buscando artigos em português e inglês entre 2004 e 2016. Os unitermos da pesquisa em português foram: trabalhador; medicina; canavieiro, ergonomia. Em inglês foram: worker; medicine; sugarcane, ergonomics. DESENVOLVIMENTO: O meio rural vem sofrendo uma pressão por competitividade. Consequentemente há uma modificação no modo de trabalho: aumento da cobrança da qualidade e produtividade, enquadrando as organizações em padrões mínimos de higiene e segurança do trabalho. A agricultura é um dos segmentos econômico com mais desordens osteomusculares, sendo a flexão de tronco por longo tempo, e movimentos repetitivos os principais geradores de agressão. No estudo transversal de Silva (2005), trabalhadores de uma usina sucroalcooleira citaram como principais riscos ergonômicos: exaustão (97%), esforço físico elevado (88,9%) e postura errada (68,9%). Diversas ações são sugeridas para evitar esse risco como: intervenções ergonômicas, melhoria dos processos laborais, da forma de organização do trabalho, mecanização de atividades penosas, uso dos equipamentos de proteção (EPI´s). Não raro, é pungente a resistência e negligência na adoção desses equipamentos. Apesar de beneficiar as melhorias ergonômicas ainda são marcadas pela resistência dos veteranos, e não disponibilização dos EPI’s pelas usinas sucroalcooleiras. CONCLUSÃO: É nítido o quanto a situação do trabalhador brasileiro melhorou desde as leis trabalhistas. No entanto não se observa o mesmo no âmbito agrícola, sobretudo naqueles profissionais menos escolarizados e responsáveis pelo serviço braçal do campo. Neste aspecto há uma maior demanda de melhorias nas condições de trabalho (fornecimento de EPI’s, melhores condições no ambiente de trabalho, reeducação postural e habituais, dentre outras) e maior fiscalização dos órgãos competentes para fazer cumprir os direitos dos indivíduos envolvidos. Algumas ações são necessárias com: melhorar a qualidade dos equipamentos, reorganização dos insumos, maior capacitação, investimento financeiro adequado e melhoria dos serviços ofertados. 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. ABRAHAO, Roberto Funes; TERESO, Mauro José Andrade; GEMMA, Sandra Francisca Bezerra. A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) aplicada ao trabalho na agricultura: experiências e reflexões. Rev. bras. saúde ocup., São Paulo , v. 40, n. 131, p. 88-97, June 2015 . ALVES, F. Processo de Trabalho e Danos à Saúde dos Cortadores de Cana. Revista de Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente, v. 3, n. 2, p. 1-26, 2008. Fathallah, F. A. Musculoskeletal disorders in labor-intensive agriculture. Applied Ergonomics, Guildford, v. 41, n. 6, p. 738-743, 2010. Leite, Bruno Rangel Barbosa, Filipe Paes Cabral, and Waidson Bitão Suett. ""Importância da ergonomia e segurança do trabalho na melhoria das condições de trabalho do trabalhador canavieiro."" ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 27 (2007). ROCHA, F. L. S.; MARZIALE, M. H. P.; HONG, O. Work and health conditions of sugar cane workers in Brazil. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 44, n. 4, p. 974-979, 2010. Siqueira, Antonio Jorge. ""“No Fundo da Mala” Conflitos Trabalhistas na Mata Norte de Pernambuco."" Prima Facie-Direito, História e Política 13.25 (2016): 01-23. 22 IMPACTOS ANATÔMICOS, FUNCIONAIS E COMPORTAMENTAIS DO RESPIRADOR BUCAL Bruno Alves Rocha José Pedro Dubois Mendes Luciene Kattah (Orientador) [email protected] Área: Medicina A Síndrome do Respirador Bucal, que pode estar relacionada com obstruções nasais, hábitos bucais inadequados ou fatores genéticos, é verificada quando a substituição da respiração nasal por respiração bucal se dá durante um período prolongado (MARIMOTO, KAROLCZAK, 2012, v. 25, p. 2). De acordo com Menezes et al (2011), A sua duração prolongada pode ocasionar uma série de repercussões nos contextos físico, psicológico e social pelas alterações estruturais e funcionais do sistema estomatognático. Têm sido motivo de preocupação de profissionais de várias áreas da saúde os problemas advindos dessa síndrome e a sua complexidade. A metodologia utilizada para elaboração desse artigo de revisão bibliográfica constitui-se de conteúdos consultados em meios eletrônicos como, PubMed e Scielo. A busca nos bancos de dados foi realizada utilizando terminologias como: respirador bucal, respiração oral. Os critérios de inclusão para os estudos encontrados foram a abordagem da síndrome de respiração bucal, suas causas e impacto. A alteração do padrão respiratório pode repercutir na saúde geral do indivíduo, portanto, não se restringe à ocorrência de distúrbios apenas de interesse ortodôntico. O diagnóstico da respiração bucal deve ser feito na fase da anamnese, momento em que o profissional, procura investigar transtornos associados à respiração bucal e ou patologias concomitantes pela frequência da respiração bucal. Observa-se lábios hipotônicos, ressecados, evertidos, palato estreito e profundo, boca entreaberta, arcada superior atrésica, más oclusões com assimetria facial, mordida aberta e cruzada posterior, alterações da deglutição, sucção e fonação. Salientando que não só alterações anatômicas e funcionais são observadas, como também grandes alterações comportamentais que trazem prejuízo ao respirador bucal tendo em vista o precoce desenvolvimento da síndrome acompanhando o indivíduo em sua fase de formação e iniciação social, que pode ser acompanhada de: irritação, mau humor, sonolência, inquietude, desconcentração, agitação, ansiedade, medo, depressão, desconfiança, impulsividade e dificuldades de aprendizagem. A literatura é vasta em estudos que avaliam a influência da função respiratória no crescimento e desenvolvimento craniofacial ( CHUNG LENG MUÑOZ; BELTRI ORTA, 2014 ; DANIEL; TANAKA; ESSENFELDER, 2004; FRASSON et al., 2006; LESSA et al., 2005). Mas uma revisão que observe o indivíduo como um todo considerando suas alterações devido à variedade sistêmicas encontradas principalmente nas crianças respiradoras bucais torna de suma importância abordagens como o diagnóstico, tratamento precoce e multidisciplinaridade na equipe. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. SANTOS et al. Occurrence of postural deviations in children of a school of Jaguariúna, São Paulo, Brazil. Rev. Paul. Pediatr., São Paulo, mar. 2009. v. 27, n. 1, p. 74–80. MARIMOTO, KAROLCZAK. Association between postural changes and mouth breathing in children. Fisioter. mov. Apr./June 2012. vol.25 no.2. MENEZES et al. Respiração bucal no contexto multidisciplinar: percepção de ortodontistas da cidade do Recife. Dental Press J. Orthod. Maringá Nov./Dec. 2011 vol.16 no.6 23 ESTUDO DE CONDICIONANTES E CARACTERÍSTICAS DO TREINAMENTO CONTRA RESISTÊNCIA NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE Luiza jardim auarek Natália Fernandes Wanilde Mary Ferrari Auarek (Orientador) [email protected] Área: Medicina A osteoporose pode ser classificada como uma desordem esquelética caracterizada por massa óssea reduzida, o que compromete a resistência óssea, e predispõem a um aumento do risco de fraturas. O exercício físico, sobretudo, o treinamento contra resistência, pode contribuir no processo de ganho e/ou manutenção da Densidade Mineral Óssea (DMO). O objetivo dessa pesquisa é identificar, descrever e analisar, a partir de um estudo da literatura, alguns condicionantes e características do treinamento contra resistência que influenciariam beneficamente na prevenção e no tratamento da osteoporose. Metodologia: Revisão de literatura. Desenvolvimento: O osso é um tecido vivo, vascularizado que necessita de nutrientes essenciais, e tem como principais funções: sustentar e dar forma ao corpo. O osso tem uma fisiologia dinâmica de deposição e de produção de DMO, tendo-se em vista o fato de os osteoclastos absorverem e os osteoblastos de produzirem essa DMO. Quando se tem um desequilíbrio nesse sistema pode acarretar em uma diminuição da DMO, a qual pode levar ao desenvolvimento da osteoporose. Dessa forma, exercícios físicos podem ser benéficos no processo de prevenção e tratamento da osteoporose, dentre eles, deve-se ressaltar o treinamento contra resistência que promove um efeito osteogênico sob o osso, levando a remodelagem e ao aumento de deposição de matriz óssea. Esse processo ocorre devido ao fato de esse exercício gerar um estresse sob o osso, o que faz com que surja um potencial negativo sob o local do osso que está sofrendo compressão, bem como produz também um potencial positivo no restante do osso. Essa diferença de potencial gera uma corrente a qual aumenta a atividade osteoblástica sob a extremidade negativa do osso, ou seja, sob aquela que sofre a compressão devido ao exercício físico. Em relação ao exercício físico, diversos autores defendem o treinamento contra resistência e seus efeitos na prevenção e tratamento da osteoporose. Contudo, algumas pesquisas, revisadas no presente estudo, não apresentam consenso sobre as adequações da intensidade, do volume e da frequência do treinamento ou não apresentam comparação de resultados utilizando-se grupo de controle. Diante do exposto, o treinamento contra resistência pode trazer benefícios à prevenção e ao tratamento da osteoporose, tendose em vista o fato de ele poder contribuir com o aumento/manutenção da DMO. No entanto, é necessário que esse tipo de treinamento seja estudado de maneira mais criteriosa no sentido de se identificar condicionantes e características adequadas ao aumento da DMO. Esse estudo mais aprofundado, desse tipo de treinamento e de suas condicionantes, contribuiria para uma melhor aplicabilidade do mesmo na prevenção e tratamento da osteoporose partindo-se de um embasamento científico para sua recomendação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. JOVINE, Marcia Salazar; BUCHALLA, Cassia Maria; SANTARÉM, Érica Maria Machado; SANTARÉM, José Maria; ALDRIGHI, José Mendes. Effect of resistance training on postmenopausal osteoporosis: Update, Rev Bras Epidemiol 2006; 9(4): 493-505 CUNHA,Carlos Eduardo Watanabe; JUNIOR, Francisco Luciano Pontes; BACURAU,Reury Frank Pereira; NAVARRO, Francisco. The resistance exercises and the osteoporosis in erderly. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.1, n.1, p.18-28, jan./fev. 2007. 24 3. 4. 5. 6. GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Fisiologia Humana e Mecanismos das doenças. 6a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998 LEITÃO, Marcelo Bichels; LAZZOLI,José Kawazoe ; OLIVEIRA, Marcos Aurélio Brazão. Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: Atividade Física e Saúde na Mulher. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, Nº 6 – Nov/Dez, 2000. LIRANI, Ana Paula R.; LAZARETTI-CASTRO, Marise. Evidências da ação de agentes físicos sobre o metabolismo do tecido ósseo e seus potenciais usos clínicos. Arq. Bras. Endocrinol. Metab. v. 49, n. 6, Dezembro, 2005. OCARINO, Natália de Melo ; SERAKIDES, Rogéria. Efeito da atividade física no osso normal e na prevenção e tratamento da osteoporose. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 12, Nº 3 – Mai/Jun, 2006 25 DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM ESTUDANTES DE MEDICINA Letícia Lamas de Matos Rodrigo Bastos Silva Evaristo Nunes Magalhães (Orientador) [email protected] Área: Medicina A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, as emoções negativas são as mais frequentes, tais como: tristeza, pessimismo e baixa autoestima, além de uma ansiedade extrema que a acompanha. Estudos demonstram a correlação da depressão com alterações de níveis de determinados neurotransmissores, como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina. Além disso, os sintomas relacionados a depressão e ansiedade apresentam características diferenciais em diferentes faixas etárias e uma nuance diversificada em cada um, possuindo assim uma individualidade característica. Observa-se grande aumento de casos de depressão na sociedade atual, especialmente sobre os jovens estudantes. Devido a esta ocorrência, centramos nosso estudo nos estudantes de Medicina. O objetivo dessa pesquisa, foi a busca das causas e motivos pelos quais os indivíduos em questão estão mais sujeitos a desenvolverem esse tipo de distúrbio e sua prevalência. O método utilizado para a montagem da revisão foi a busca de artigos a partir das bases de dados Scielo e Google Acadêmico. Os trabalhos foram analisados com base em nosso enfoque. Qual seja, os problemas de ansiedade e depressão nos estudantes de medicina. Como resultados, pudemos observar a maior prevalência da patologia em mulheres e os mais acometidos são os alunos do segundo período do curso. Além disso, notamos que a decorrência se dá na maioria das vezes por desgastes. Quais sejam: noites mal dormidas, distância das famílias, matérias acumuladas, privação do lazer e contato direto com a morte, mas principalmente, pela insatisfação com o curso. Diante desse cenário, concluímos que a patologia possui grande influência sobre o indivíduo. Os transtornos causados pela doença pode chegar a tal ponto do aluno pensar em suicídio. Em alguns casos até concretizá-lo. Por conseguinte, os distúrbios associados a depressão e ansiedade estão mais presentes em estudantes do que na população em geral. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. Alves TCTF. Depressão e ansiedade entre estudantes da área de saúde Prevalência de Síndromes Funcionais em Estudantes e Residentes de Medicina - Gisele Araújo Pereira, Henrique Xavier de Miranda Capanema, Mariana Moura Quintão Silva, Iara Lemos Garcia, Andy PetroianuI Prevalência de Sintomas de Ansiedade e Depressão em Estudantes de Medicina - Tatheane Couto de Vasconcelos, Bruno Rafael Tavares Dias, Larissa Rocha Andrade, Gabriela Figueirôa Melo, Leopoldo Barbosa, Edvaldo Souza Contexto de formação e sofrimento psíquico de estudantes de medicina - João Brainer Clares de Andrade, José Jackson Coelho Sampaio, Lara Maciel de Farias, Lucas da Ponte Melo, Dalmy Pinheiro de Sousa, Ana Luisa Barbosa de Mendonça, Francisco Felinto Aguiar de Moura Filho, Ingrid Sorensen Marinho Cidrão Fatores associados a sintomas depressivos entre estudantes de medicina da UNILUS- Paula Natalie Arraes Guedes Macedo, Luciana Loureiro Nardotto, Luiz Henrique Junqueira Dieckmann, Yngrid Dieguez Ferreira, Barbara Arraes Guedes Macedo, Maria Aparecida Pedrosa dos Santos, Mario Alfredo De Marco CONHECIMENTO MÉDICO NA PREVENÇÃO DO SUICÍDIO 26 Agatha Marcela Andrade de Aguiar Camila Antunes Azevedo Rodrigo Ferretjans Alves (Orientador) [email protected] Área: Medicina O suicídio é um fenômeno complexo e ainda pouco compreendido, podendo ser considerado um dos comportamentos humanos mais perturbadores e enigmáticos, trazendo sentimentos de culpa, vergonha, medo e revolta. Devido ao estigma que envolve o tema há dificuldade em falar sobre o assunto inclusive entre os profissionais de saúde, que, na maioria das vezes, demonstram pouco preparo para abordar este tema com os pacientes. Todos os anos aproximadamente um milhão de pessoas morrem devido ao suicídio em todo o mundo. Estimase que a grande maioria das pessoas que cometeu suicídio procurou ajuda médica antes do ato, evidenciando que o médico tem papel central na abordagem e assistência dessas pessoas. Objetivando explanar o conhecimento médico necessário para prevenção do suicídio foi realizada uma revisão narrativa utilizando bancos de dados tais como Scielo, Pubmed e Bireme. Os termos de busca foram: manejo, suicídio, médico, abordagem, saúde mental, prevenção, equipes de saúde mental, management of suicide, prevention of suicide, prevención. A busca selecionou 63 artigos, dos quais foram selecionados 21 para compor a base referencial desse trabalho. Os critérios de inclusão foram: língua portuguesa, espanhola ou inglesa, artigos originais publicados em periódicos nacionais ou internacionais e guidelines propostos por órgãos de relevância que tratavam sobre manejo do suicídio publicados nos últimos 15 anos. A identificação dos pacientes em risco e a assistência prestada às pessoas que tentaram o suicídio é uma estratégia fundamental na sua prevenção. Para identificar precocemente os pacientes com maior chance de suicídio é necessário conhecer os fatores de risco, que incluem: transtornos psiquiátricos, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abuso de outras drogas; doenças clínicas não psiquiátricas como HIV e câncer; e algumas características sociodemograficas e psicossociais, como, sexo masculino, dinâmica familiar conturbada, faixa etária entre 15 e 35 anos ou acima de 75 anos, extratos econômicos extremos, baixa escolaridade, desempregados ou aposentados, dentre outros. A quantificação do risco também deve incluir a avaliação do grau de intencionalidade do ato, com a identificação dos pacientes com ideias de morte, pensamentos, desejo, intenção ou planos de suicídio, sendo que a melhor forma de fazê-lo é questionando o paciente diretamente sobre o tema. Com isso, é possível avaliar o risco de suicídio e planejar possíveis intervenções, como atuar nos pontos que aumentariam as chances de o paciente de fato efetuar seus planos ou mesmo no que ele apontaria como ponto de apoio. O suicídio é um problema de saúde pública prevenível e que apresenta impactos sociais significativos. É essencial que a abordagem médica sobre o assunto seja mais qualificada e desmitificada, o que poderá levar a um manejo mais preciso, usando o conhecimento em favor da vida. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. BERTOLOTE, José. O suicídio no mundo. Rio de Janeiro: Revista debates, ano 2, nº1, p.1517,jan./fev., 2010. BOTEGA, N. J.; Garcia LSL. Brazil: the need for violence (including suicide) prevention. World Psychiatry, 2004. BOTEGA, Neury José. Suicidal behavior in the community: Prevalence and factors associated with suicidal ideation. Revista Brasileira de Psiquiatria, Campinas, p.45-53, fev. 2005. ______. Prevenção do comportamento suicida. Porto Alegre: Psico, v. 37, p.213-220, dez. 2005. 27 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. ______. Comportamento suicida em números. Revista debates, Rio de Janeiro, ano 2, nº1, p.1115, jan./fev., 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção do suicídio: manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. Brasília: [s.n], 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Brasil 2007: uma análise da situação de saúde. Brasília, 2008. CANO, Beatriz Vada. Suicidio: detección y prevención. Ucrea, Cantabria,jun. 2015. CROCETTA, Maria Elesiane. Tentativa de suicídio: desejo de morte ambivalência entre viver e morrer. UNESC.Criciúma,2013. HOCAOGLU, Cicek. Anxiety Disorders and Suicide: Psychiatric Interventions. Intech, Turquia, 2015. JACOBS, Douglas; BREWER, Margareth. Aplication of The APA Practice Guidelines on Suicide to Clinical Practice. Cns Spectr, USA, p.447-457,2006. JACOBS, Douglas G. Practice Guideline for the Assessment and Treatment of Patients With Suicidal Behaviors. American Psychiatric Association: APA, USA, 2010. LOVISI, G. M.; SANTOS, S. A.; LEGAY, L.; ABELHA, L.; VALENCIA, E. Análise epidemiológica do suicídio no Brasil entre 1980 e 2006. Revista Brasileira de Psiquiatria, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, v. 31, p. 586-594, 2009. MELEIRO, A. M. A. S. Atendimento de pacientes com comportamento suicida na prática médica. São Paulo: RBM Neuropsquiatria, 2013. MORAIS, Silvia Raquel; SOUSA, Geida Maria Representações Sociais do Suicídio pela Comunidade de Dormentes – PE, PSICOLOGIA: CIÊNCIA E PROFISSÃO, v. 31 p. 160175,Pernambuco,2011. NASCIMENTO, A. P. O cuidado prestado a pessoas que tentaram suicídio: Questões sobre a formação para o trabalho em saúde. 2011. 58 f. Dissertação (Mestrado em Educação Profissional em Saúde)- Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2011. OMS. Prevenção do suicídio: um manual para médicos clínicos gerais. Genebra, 2000. OMS. Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da saúde em atenção primária. Genebra,2000. ONOCKO, R. T.; FURTADO, J. P. Entre a saúde coletiva e a saúde mental: um instrumental metodológico para avaliação da rede de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Sistema Único de Saúde. Rio de Janeiro: [ s.n], mai, 2006. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSQUIATRIA (Brasil). Suicídio: informando para sobreviver. Brasília: [s.n], 2014. TANAKA, Oswaldo Yoshimi. Avaliação da Atenção Básica em Saúde: uma nova proposta. São Paulo: Saúde Soc., 2011. WHO. Public Health action for the Prevention of Suicide. Who, Geneva,2012. 28 FATO OU PERCEPÇÃO: A DEPRESSÃO É REALMENTE O MAL DO SÉCULO? Rodolfo Neiva de Sousa Marina Queiroz Sander Izabela Lara Piana Lucas Carvalho Neiva Rodrigo Ferretjans Alves (Orientador) Área: Medicina INTRODUÇÃO: Nos dias atuais, tornou-se prática comum o diagnóstico de depressão para as mais variadas formas de mal-estar psicológico. Muitos trabalhos, tanto científicos quanto de cunho jornalísticos, referem-se a depressão como “o mal do século”. Esse jargão deriva da idéia de que há uma epidemia de depressão na sociedade. De fato, estudos epidemiológicos corroboram a idéia de que o número de casos diagnosticados cresce em escala acelerada. OBJETIVO: Analisar o quanto desse crescimento é real e o quanto é apenas uma percepção resultante de distorção do diagnóstico. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica não sistemática nos bancos de dados Medline/Pubmed, Lilacs/SciELO. Usou-se descritores como epidemiologia da depressão e DSM-V. DESENVOLVIMENTO: Levantamento feito pela OMS (Organização Mundial de Saúde) indica que a depressão atinge mais de 120 milhões de pessoas no mundo, sendo hoje uma das principais causas de incapacitação de pessoas para as atividades profissionais e socias diárias. O Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSMV) estabelece os critérios para se caracterizar o transtorno depressivo maior, o que inclui sintomas presentes por pelo menos duas semanas e que representam mudanças no funcionamento prévio do indivíduo, como humor deprimido e perda de interesse ou prazer, além alterações no apetite, no sono, retardo psicomotor, fadiga, sentimento de culpa, concentração reduzida, ideação suicida, dentre outros. Contudo, o problema se torna complexo a medida em que o ser humano é de uma complexidade quase incatalogável, o que abre uma razoável margem de subjetividade na prática clínica. Com frequência, um simples quadro de tristeza e desânimo tem levado profissionais de saúde a interpretar e diagnosticar de forma variada os estados emocionais de seus pacientes. Muitas vezes, um diagnóstico de depressão é encerrado mesmo quando um paciente ainda não reune o conjunto de sintomas clássicos, ou não os apresenta em magnitude e duração suficientes, o que leva ao sobrediagnóstico. Além disso, os novos ideais socioculturais da vida moderna preconizam categorias de valoração que traçam metas e expectativas especulosas de ser e de ter, as quais muitas vezes podem levar a um estado de frustação coletiva pela impossibilidade de alcançar elevados patamares. Esse estado de frustração afeta diferentemente as pessoas, e as que se deixam abater em maior grau ficam sujeitas a “patologização” de sua frustação, e o carater subjetivo da avaliação clínica turbina as estatísticas diagnósticas. Alguns estudos indicaram que até 40% dos diagnósticos de depressão nos grupos estudados não atendiam aos critérios do DSM-5. CONCLUSÃO: A doença muitas vezes rotulada como o “mal do século” pode ter boa fração de sua reputação creditada a uma falsa percepção do comportamento humano. Um dos maiores problemas dessa distorção é que tanto os médicos prescrevem em excesso como a população também se automedica em maior intensidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ALENCAR, L. M. S.; JESUS, D.; FRANÇA, E. L.; ALVES, A. D. A depressão e os tratamentos 2. farmacoterápicos – um perfil dos fármacos mais utilizados e os seus usuários em Barra do Garças – MT. Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar n.º 8 Vol – 1 p.129 – 125. 2012. BERRIOS, G. E. Melancolia e depressão durante o século XIX: uma história conceitual. Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, v. 15, n. 3, p. 590-608, Set. 2012. 29 3. 4. 5. 6. 7. 8. DUAILIBI, K.; SILVA, A. S. M. Depressão: critérios do DSM-5 e tratamento. Revista Brasileira de Clínica e Terapêutica Ago 14 V 40 N 1. p: 27-32. 2014. FERREIRA, A. T. S. A evolução do conceito de depressão no século xx: uma análise da classificação da depressão nas diferentes edições do manual diagnóstico e estatístico da associação americana de psiquiatria (dsms) e possíveis repercussões destas mudanças na visão de mundo moderna. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ. Ano 10, Janeiro a Março de 2011. MONTEIRO, M. P. O Mal do Século. Estudos de Psicanálise, Salvador, n. 30, p. 113 – 118, Agosto, 2007. MORENO, R. A.; CORDÁS, T. A.; NARDI, A. E. et al. Distimia. Do mau humor ao mal do humor: diagnóstico e tratamento. Revista Brasileira de Psiquiatria, vol 32, nº 3, Set. 2010. PARANHOS, M. E.; WERLANG, B. G. Diagnóstico e intensidade da depressão. Barbarói, Santa Cruz do Sul, n. 31, ago./dez. 2009. TAVARES, L. A. T. A depressão como ""mal-estar"" contemporâneo: medicalização e (ex)sistência do sujeito depressivo [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. 371 p. Disponível em: http://books.scielo.org. Acesso em: 20 Ago. 2015. 30 PERSPECTIVAS E USO DO CANABIDIOL COMO UM AGENTE ANSIOLÍTICO João Marcos Barcelos Sales Rodolfo Oliveira Gonçalves Guimarães Saney Mara da Silva Tatiana Sá da Fonseca Izabela Ferreira Gontijo de Amorim (Orientador) Área: Medicina A ansiedade é um transtorno de grande incidência na sociedade contemporânea, a qual caracteriza-se por uma preocupação exacerbada por fatos corriqueiros, gerando tensão, medo e depressão como consequência, culminando, assim, em uma perda da produtividade, concentração e aumento dos níveis de estresse, interferindo negativamente nas relações interpessoais. Com o intuito de erradicar, ou pelo menos atenuar os sintomas desse transtorno, existem no mercado, fármacos que atuam no sistema nervoso central, controlando a atividade ansiolítica, tendo como principal a classe dos benzodiazepínicos (BDZ), além de outras classes como os barbitúricos e os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Esses fármacos, entretanto, as vezes podem demonstrar uma eficácia limitada ou mesmo apresentarem alta frequência de efeitos adversos, o que pode comprometer a adesão do paciente ao tratamento. Assim, faz-se necessário, o interesse de pesquisas experimentais que atuem em determinar o uso do canabidiol (CBD), composto da Canabis sativa, como um tratamento alternativo dos transtornos de ansiedade (TA). Com isso, o presente trabalho, que foi realizado por meio de artigos científicos das bases de dados SciELO, LILACS e Google Acadêmico nas línguas inglesa e portuguesa, propõe abordar a possibilidade do uso do canabidiol como tratamento alternativo para a ansiedade baseando-se em dados experimentais. A principio os estudos foram feitos com animais, os quais obtiveram resultados bastante positivos na comprovação do efeito ansiolítico do CBD, ademais, ainda provaram que esse composto não atua nos receptores de benzodiazepina, como é o caso dos BZD’s, mas sim nos receptores de serotonina (5-HT1A). Ao tentar comprovar esses efeitos em seres humanos, notase que ainda não se tem estudos suficientes pelo fato de o CBD, juntamente do tetrahidrocanabinol (THC), fazer parte da Canabis sativa (maconha), que é considerada uma droga ilícita. No entanto, na literatura encontra-se alguns experimentos com essa planta em humanos, os quais, além de também comprovar o efeito ansiolítico, mostrou que essa erva possui compostos que podem tanto induzir (THC) como atenuar (CBD) a ansiedade. Com base no mencionado, percebe-se o grande potencial que o CBD pode ter como um novo agente farmacológico no tratamento dos transtornos de ansiedade. Infelizmente, ainda não se sabe ao certo se esse composto pode ou não trazer efeitos adversos para o paciente, pois esses estudos são bastante escassos, pelo fato de usar um agente psicoativo ilícito, tornando um empecilho para possíveis descobertas de impacto positivo à população. Diante disso, apesar das dificuldades, torna-se imprescindível que, para solucionar esse problema, maiores investimentos sejam direcionados a facilitar a ocorrência dessas pesquisas, visto o potencial que seus resultados podem proporcionar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. SCHIER, Alexandre Rafael de Mello et al . Canabidiol, um componente da Cannabis sativa, como um ansiolítico. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 34, supl. 1, p. 104-110, June 2012. BALDWIN, David et al. Efficacy of drug treatments for generalised anxiety disorder: systematic review and meta-analysis.Bmj, [s.l.], v. 342, n. 111, p.342-353, 11 mar. 2011. CRIPPA, José Alexandre S.; ZUARDI, Antonio Waldo; HALLAK, Jaime E. C.. Uso terapêutico dos canabinoides em psiquiatria. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 32, supl. 1, p. 556-566, May 2010. 31 4. 5. 6. SCHIER, Alexandre et al. Antidepressant-Like and Anxiolytic-Like Effects of Cannabidiol: A Chemical Compound of Cannabis sativa. Cns & Neurological Disorders - Drug Targets, [s.l.], v. 13, n. 6, p.953-960, 12 jun. 2014. BRUNT, Tibor M. et al. Therapeutic Satisfaction and Subjective Effects of Different Strains of Pharmaceutical-Grade Cannabis. Journal Of Clinical Psychopharmacology, [s.l.], v. 34, n. 3, p.344349, 2014. ZHORNITSKY, Simon; POTVIN, Stéphane. Cannabidiol in Humans—The Quest for Therapeutic Targets. Pharmaceuticals,[s.l.], v. 5, n. 12, p.529-552, 21 maio 2012. 32 USO DA PSICOEDUCAÇÃO COMO UMA FERRAMENTA PROFILÁTICA ACESSÓRIA NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO BIPOLAR Camila Lyra Silva Ludialem Lacerda Martins Guilherme Barbosa Azevedo Igor Loureiro dos Santos Evaristo Nunes de Magalhães (Orientador) [email protected] Área: Medicina INTRODUÇÃO: O transtorno bipolar refere-se a um grupo de síndromes clínicas específicas, cuja característica predominante envolve perturbações do humor acompanhadas de alterações comportamentais e fisiológicas. Essas alterações podem ser provocadas por diversos fatores, podendo eles serem genéticos ou ambientais. OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática da literatura referente ao uso da psicoeducação como uma ferramenta profilática acessória no tratamento do transtorno bipolar, identificando a prevalência, aspectos psicológicos, sinais e sintomas e fatores de risco. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão bibliográfica nas bases de dados eletrônicos Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePSIC), MEDLINE e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nos idiomas português, inglês e espanhol sem estabelecimento de período. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As taxas de nãoadesão ao tratamento do transtorno bipolar são altas, representando 47% em alguma fase do tratamento ou 52% durante um período de dois anos. Isso gera, como consequência, um aumento na frequência de episódios depressivos, hospitalizações e suicídios. Diferentes tipos de intervenções, como psicoeducação, terapia cognitivo-comportamental (TCC) e terapia focada na família são capazes de aumentar a adesão. Estudos clínicos randomizados mostraram diferenças significativas entre os grupos que receberam essas intervenções e controle. No grupo tratado com psicoeducação, houve redução significativa no número de recaídas e recorrências da doença, aumento do tempo de aparecimento de sintomas hipomaníacos, maníacos, depressivos e episódios mistos, além da diminuição do número e do tempo de permanência nos hospitais. A psicoeducação permite que o paciente seja capaz de compreender as diferenças entre as suas características pessoais e características do transtorno que precisa enfrentar. A disso, o mesmo passa a conhecer detalhadamente as consequências e os fatores desencadeantes e mantenedores dos problemas ou doença que apresenta. CONCLUSÃO: A psicoeducação não só melhora a evolução dos pacientes, mas também é um alicerce para que consigam enfrentar os seus medos, estigmas e baixa autoestima, promovendo a estabilização do humor e diminuindo as internações hospitalares, além de contribuir para uma boa interação social. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. MICHELON, Leandro and VALLADA, Homero.Fatores genéticos e ambientais na manifestação do transtorno bipolar. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2005, vol.32, suppl.1, pp. 21-27. ISSN 1806-938X. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832005000700004. COLOM, Francesc and VIETA, Eduard.Melhorando o desfecho do transtorno bipolar usando estratégias não farmacológicas: o papel da psicoeducação. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2004, vol.26, suppl.3, pp. 47-50. ISSN 1809-452X. http://dx.doi.org/10.1590/S151644462004000700011. BRUM, Lanúzia Almeida; ZENI, Cristian Patrick e TRAMONTINA, Silzá.Aprendizagem e transtorno bipolar: reflexões psicopedagógicas. Rev. psicopedag.[online]. 2011, vol.28, n.86, pp. 194-200. ISSN 0103-8486. 33 4. 5. 6. LIMA, Maurício Silva de; TASSI, Juliana; NOVO, Ingrid Parra and MARI, Jair de Jesus.Epidemiologia do transtorno bipolar. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2005, vol.32, suppl.1, pp. 15-20. ISSN 1806938X. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832005000700003. SANTIN, Aida; CERESER, Keila and ROSA, Adriane.Adesão ao tratamento no transtorno bipolar.Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2005, vol.32, suppl.1, pp. 105-109. ISSN 1806-938X. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832005000700015. GOMES, Bernardo Carramão and LAFER, Beny.Psicoterapia em grupo de pacientes com transtorno afetivo bipolar. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2007, vol.34, n.2, pp. 84-89. ISSN 1806938X. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832007000200004. 34 A IMPORTÂNCIA DO ÁCIDO FÓLICO NO DESENVOLVIMENTO CARDÍACO FETAL Fábio Duarte Silva João Felipe Barbosa Couy Alexandre Silva Rodrigues Rodolfo Neiva de Souza Medicina Folmer Quintão Torres (Orientador) [email protected] Área: Medicina Introdução: A preocupação com o feto durante o período gestacional é um dos maiores objetivos da medicina nos dias atuais. O risco de doenças congênitas preocupa os profissionais de saúde. Toda mulher que engravida, independentemente de sua faixa etária ou etnia, corre o risco global de dois a três por cento de gerar uma criança com malformação congênita. O incentivo ao pré-natal é imprescindível para que as futuras mães possam ser orientadas sobre vacinas, alimentação, e demais cuidados durante a gestação, a fim de evitar doenças do feto, que repercutirão por toda a sua vida, como malformações e cardiopatias congênitas. Objetivo: Avaliar os benefícios do uso do ácido fólico usado antes e durante a gestação para prevenção de cardiopatias congênitas. Metodologia: revisão bibliográfica, com pesquisa exploratória descritiva de artigos publicados sobre o uso do ácido fólico na prevenção de cardiopatias congênitas, a fim de verificar seus benefícios antes e durante a gestação. As bases de dados pesquisadas foram informatizadas, Sciello, Google Acadêmico, Medline e BVS. Desenvolvimento: Qualquer alteração durante o desenvolvimento embrionário, pode ser capaz de gerar anomalias congênitas, cuja extensão poderá ser desde uma pequena assimetria, até defeitos com maiores comprometimentos estéticos e funcionais. Dentre as doenças congênitas, temos cardiopatias congênitas. Segundo dados da OMS, um por cento dos bebês nascem com cardiopatias congênitas. O ácido fólico é um importante nutriente responsável pela multiplicação celular. Predominantemente encontrado em alimentos como feijão, vegetais verdes, legumes, o folato atua aumentando o volume de eritrócitos, alargamento do útero, e principalmente para as gestantes, no crescimento da placenta e do feto. Está claro que o uso do ácido fólico, na pré e peri concepção previne defeitos abertos do tubo neural. No que diz respeito à cardiopatias congênitas, estudos recentes apontam para os benefícios, também na prevenção de cardiopatias congênitas. Conclusões: O uso do ácido fólico para mulheres em idade reprodutiva é de fundamental importância na prevenção de diversas doenças do feto. Os benefícios na prevenção de defeitos do tubo neural já são indiscutíveis e com um amplo acervo de estudos. No que diz respeito à prevenção de cardiopatias congênitas, estudos têm demonstrado grande correlação quanto ao benefício do uso do ácido fólico, porém ainda não há estudos conclusivos que permita dizer com a mesma precisão da prevenção de malformações do tubo neural. Diante deste cenário, necessário se faz mais estudos sobre o tema a fim de que essa correlação possa se tornar uma evidência, como foi comprovada com o fechamento do tubo neural. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. CASTILHA ME, ORIOLI G. A representação social da mãe acerca da criança mal formada. RevEscEnferm USP 2000; 33(2): 148-56. LIMA, M.M.S.; DINIZ, C.P.; SOUZA, A.S.R.; MELO, A.S.O.; NORONHA NETO, C. Ácido fólico na prevenção de gravidez acometida por morbidade fetal: aspectos atuais. FEMINA, Out. 2009, Vol 37, nº 10. 35 3. 4. LONESCU-ITTU R.; MARELLI A.J.; MACKIE A.S.; PILOTE L.; Prevalence of severe congenital heart disease after folic acid fortification of grain products: time trend analysis in Quebec, Canada. BMJ2009; 338doi: http://dx.doi.org/10.1136/bmj.b1673(Published 13 May 2009). BAILEY L.B; BERRY R.J., Folic acid supplementation and the occurrence of congenital heart defects, orofacial clefts, multiple births, and miscarriage. The American JournalofClinicalNutricion, published in 2005. 36 UTILIZAÇÂO E APLICAÇÂO DE ANTICOAGULANTE EM CRIANÇAS Diego Araujo de Magalhaes Jose Antonio Lima Vieira Caique Antonio da Silv Rosieny Rufino Santos Folmer Quintão Torres (Orientador) [email protected] Área: Medicina INTRODUÇÃO: O uso de anticoagulantes orais em crianças tem aumentado nos últimos anos. Os principais alvos são: tratamento de ventrículo único, aumento do uso de próteses valvares e aumento do número de crianças com aneurismas gigantes devido a doença de Kawasaki.Os anticoagulantes são medicamentos que têm como objetivo prevenir a formação de trombos sanguíneo. Estão presentes basicamente as células do sangue e o fibrinogênio. A capacidade de coagulação é um processo normal e necessário do corpo, impedindo assim o sangramento, uma forma de defesa do nosso organismo evitando a perda de fluidos. O sangue pode coagular com muita facilidade tendo em vista que o coágulo não se dissolve normalmente. A administração dos anticoagulantes podem ser feitas tanto de forma oral ou subcutânea. Há uma necessidade de ficar atento ao risco de hemorragias muito intensas, nesse caso exame como o RNI é de suma importância. Os anticoagulantes orais mais utilizados em crianças são: Varfarina e Acenocoumarol, inibidores da Vitamina K. OBJETIVO: Explicar a fisiologia da coagulação sanguínea e a aplicação da anticoagulação na pediatria. METODOLOGIA: Revisão literária nas bases de dados SCIELO, Pubmed e mediline, buscando artigos em inglês entre 2004 e 2016. Os unitermos da pesquisa em inglês foram: pediatric; medicine; coagulation e anticoagulation. Desenvolvimento: A coagulação sanguínea pode acontecer por via intrínseca ( que ocorre no interior dos vasos sanguíneos),ou por via extrínseca (quando o sangue extravasa dos vasos para os tecidos).Ambas podem convergir para uma via comum, ativando o fator X. Na via extrínseca, o fator VII plasmático é ativado na presença de seu cofator tecidual , formando o complexo fator VII ativado (FVIIa /Fator Tecidual), responsável pela ativação do fator X. Na via intrínseca, a ativação do fator XII ocorre quando o sangue entra em contato com uma superfície que tenha cargas elétricas negativas, há uma necessidade de outros componentes do plasma como: précalicreína e cininogênio. Após a ativação do fator X há a síntese de trombina e, subsequentemente, síntese de fibrina. A recomendação para anticoagulação oral em crianças deve inferir-se que a maioria dos médicos se baseiam de seu controle em sua experiência com adultos. As indicações mais comuns para uso de AVK (anti vitamina k) incluem: profilaxia após a cirurgia de Fontanela, próteses mecânicas e doença de Kawasaki. Conclusão; A anticoagulaçao é de suma importancia para aprevençao primaria e secundaria de trombos. Varfarina se destaca como principal medicamento, sendo o RNI a propedeutica de escolha. Ha uma grande limitação nos estudos pediatricos devido ao alto risco de hemorragia. Idade, sexo, comorbidade, fatores ambientais e geneticos são de suma relevancia para o sucesso da terapia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. Guerra SD, Jannuzzi MA, Moura AD. Traumatismo cranioencefálico em pediatria. J Pediatr (Rio J). 1999 AFFONSECA, Carolina A. et al. Distúrbio de coagulação em crianças e adolescentes com traumatismo cranioencefálico moderado e grave. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2007, vol.83, n.3, pp.274-282 37 3. PINTO, Raquel B.; SILVEIRA, Themis R.; ROSLING, Liane e BANDINELLI, Eliane. Distúrbios trombofílicos em crianças e adolescentes com trombose da veia porta. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2003, vol.79, n.2, pp.165-172" 38 USO DE CANNABIDIOL NO TRATAMENTO DE EPILEPSIAS DE DIFÍCIL CONTROLE Ana Carolina Fernandes Maria Cecília Ferreira Rocha Adriano Rodrigues Sebastião Mendes Folmer Quintão Torres (Orientador) [email protected] Área: Medicina O cannabidiol é um dos 60 componentes da planta Cannabis sativa, e se mostrou eficiente como última escolha em crianças com epilepsias refratárias ao tratamento farmacológico tradicional, tem como benefício ser altamente tolerável de baixa toxicidade além de não exercer efeitos psicoativos e não causar alterações psicosensoriais. A suposta ação do CBD como anticonvulsivante pleno foi subsequentemente comprovada em diversos trabalhos realizados com diferentes modelos experimentais de indução de convulsões em roedores. Seu mecanismo de ação é pela ligação nos receptores CB1, localizados na membrana pré-sináptica dos neurônios. Estes receptores CB1 estão presentes tanto em neurônios inibitórios gabaérgicos quanto em neurônios excitatórios glutamatérgicos. O cannabidiol age no receptor CB1 inibindo a transmissão sináptica por bloqueio dos canais de cálcio (Ca2+) e potássio (K+) dependentes de voltagem. Desta forma, acredita-se que o cannabidiol possa inibir as crises. Já o maior derivado psicoativo da cannabis é o ∆-tetrahydrocannabinol que causa efeitos psicosensoriais e atua como agonista parcial dos receptores CB1, estimulando-os. Para realização do presente estudo foram revisados artigos que deveriam apresentar nível de significância de p<0,05, com confiabilidade de 95% relacionada à margem de erro. Selecionaram-se artigos de 1999 a 2015, as bases utilizadas foram PUBMED, COCHRANE,SCIELO e teve como método uma revisão narrativa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. Cunha, J.M., Carlini, E.A., Pereira, A.E., Ramos, O.L., Pimentel, C., Gagliardi, R., Sanvito, W.L., Lander, N., and Mechoulam, R. (1980). Chronic administration of cannabidiol to healthy volunteers and epileptic patients. Pharmacology 21, 175-185. NIN, Othon. O que é Canabidiol. Disponível em: . Aceso em: 20 de fev. 2016 39 UMA REVISÃO SOBRE A SÍNDROME DE GUILLAIN BARRE E SEU PROGNÓSTICO EM CRIANÇAS Gabriela de Assis Pessoa Barbosa Folmer Quintão Torres (Orientador) [email protected] Área: Medicina A Síndrome de Guillain Barré (GBS) ou Poliradiculopatia Desmielinizante Aguda (PDA) foi descrita pela primeira vez em 1916. A forma clássica se apresenta por uma manifestação não febril, pós infecciosa, monofásica, de rápida e progressiva perda de força muscular, ascendente e simétrica com arreflexia. Desde a erradicação da poliomielite é a principal causa de paralisa flácida aguda em crianças. O objetivo do nosso trabalho é fazer uma revisão bibliográfica da literatura em base de dados como o Pubmed, Google Scholar e Up to date com os descritores guillain barre syndrome pediatric. Os artigos selecionados foram aqueles que se mostraram mais recentes, foi dado preferência aos que se referiram a síndrome apenas em crianças e publicados em base considerada de grande impacto como o Up to date. Este foi considerado a base de dados médicos com maior impacto para a tomada de decisões clínicas instantâneas segundo a Klas, empresa de pesquisa que mede o desempenho das tecnologias de saúde, mantendo se sempre atualizado (4). Com a possível associação da Síndrome com o Vírus da Zika, e a epidemia deste na américa latina, com expectativa do aumento do número de casos da GBS, podemos com o nosso estudo retomar questões importantes para o manejo desses pacientes possibilitando a melhor recuperação possível através de uma conduta baseada em evidências , visando o desfecho normalmente favorável nessa faixa etária minimizando o impacto do longo tempo para retorno a funcionalidade que também é altamente dependente do diagnóstico precoce, tratamento correto e educação e colaboração dos envolvidos no processo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. Marc P DiFazio et al. Pediatric Guillain-Barre Syndrome. MEDscape. Updated 11 dec 2014 Lee, J. H., Sung, I. Y. and Rew, I. S. (2008), Clinical presentation and prognosis of childhood Guillain–Barré syndrome. Journal of Paediatrics and Child Health, 44: 449–454. doi: 10.1111/j.1440-1754.2008.01325.x 3. Robert P Cruse, DO et al Epidemiology, clinical features, and diagnosis of Guillain-Barré syndrome in children In: UpToDate, Post TW (Ed), UpToDate, Waltham, MA. (Accessed on March 16, 2016.) 4. JEFFLINE. UpToDate Impacts Quality and Cost Outcomes. JEFFLINE, 2011. Disponível em: <http://jeffline.jefferson.edu/aisrnews/?p=2306>. Acesso em: 31 jan. 2012 5. Cao-Lormeau,et al. Guillain-Barré Syndrome outbreak associated with Zika virus infection in French Polynesia: a case-control study The Lancet , Volume 0 , Issue 0 , 6. Souayah N, et al. Guillain-Barré syndrome after vaccination in United States: data from the Centers for Disease Control and Prevention/Food and Drug Administration Vaccine Adverse Event Reporting System (1990-2005). J Clin Neuromuscul Dis. 2009 Sep. 11(1):17. Robert P Cruze et alTreatment and prognosis of Guillain-Barré syndrome in children. . In: UpToDate, Post TW (Ed), UpToDate, Waltham, MA. (Accessed on March 16, 2016.) 8. Risk Factors of Respiratory Failure in Children with Guillain-Barré Syndrome Hu, Mei-Hua et al. Pediatrics & Neonatology , Volume 53 , Issue 5 , 295 - 299 9. Asbury AK, Cornblath DR. Assessment of current diagnostic criteria for Guillain-Barré syndrome. Ann Neurol. 1990;27 Suppl:S21-4 10. Marc P DiFazio, MD et al.Pediatric Guillain-Barre Syndrome Treatment & Management MEDscape. Updated 11 dec 2014 11. Kalra V, Sankhyan N, Sharma S, Gulati S, Choudhry R, Dhawan B. Outcome in childhood GuillainBarré syndrome. Indian J Pediatr. 2009 Aug. 76(8):795-9 40 DEPRESSÃO INFANTIL: UMA ABORDAGEM PATOLÓGICA DOS ASPECTOS COGNITIVOS, EMOCIONAIS E SOCIAIS. Poliana Silva de Oliveira Letícia Djelma Monteiro Alves de Lima Evaristo Nunes Magalhães (Orientador) [email protected] Área: Medicina O presente trabalho aborda o tema depressão infantil, o qual demonstra os fatores indicativos de depressão infantil, que é um transtorno de humor encontrado, sobretudo em crianças e adolescentes, cuja faixa etária varia de 0 a 19 anos de idade, possuindo etiologia multifatorial, sendo os mais prevalentes os fatores genéticos, ambientais, familiares, sociais, culturais, educacionais em que a criança está inserida. Há uma associação de vários sintomas, em que o humor irritável e a tristeza os mais sinais mais frequentes. O diagnóstico precoce é importante nesse quadro, sendo necessário investigar os antecedentes e relacioná-los aos sintomas apresentados pelo paciente. A depressão infantil é caracterizada por alterações cognitivas, emocionais e comportamentais que podem trazer inúmeros prejuízos para a vida da criança. As crianças deprimidas possuem tristeza, insônia, transtornos alimentares e de sono que podem levar a criança a desenvolver problemas como o autismo. A dificuldade de concentração, a baixa auto-estima, a sensação de culpabilidade excessiva, isolamento social, retraimento, falta de expressão emocional, e abatimento são comuns nesse quadro, além do desinteresse pelas atividades que antes eram de rotina. Entre os critérios existentes para diagnosticar a Depressão Infantil, o de Poznanski e o Inventário de Depressão Infantil (CDI). Um tratamento adequado deve ser multidisciplinar, envolvendo, psiquiatras e psicólogos. A ida à escola pode fazer parte de uma mudança abrupta da rotina da criança e contribuir para o surgimento da depressão infantil. A queda no rendimento escolar, o baixo desempenho escolar na maioria dos casos são sintomas da depressão. Há no âmbito escolar o despreparo dos educadores para lidar com as situações de distúrbio emocional de seus alunos. No âmbito familiar, situações de punição verbal ou física, maus tratos, morte de parentes próximos, autoridade exacerbada dos pais, separação de pais, nascimento de irmãos, podem desencadear sintomas depressivos nas crianças. A fase mais crítica para o desenvolvimento desses traumas é dos seis meses de idade até os 5 anos. Um ambiente familiar harmonioso é essencial para a manutenção de relações saudáveis entre a família pois esta fornece uma base de proteção para desenvolvimento psíquico humano saudável. Pode-se observar que a depressão existe não só durante a fase adulta da vida, mas também na infância, podendo gerar problemas comportamentais e agravos no desenvolvimento do ser humano. Apesar de o diagnóstico ser complexo, a família e a escola são os principais fatores que influenciam no surgimento de distúrbios psicológicos na infância. O uso de medicamentos atrelado à psicoterapia é fator determinante para o tratamento da depressão infantil. Também é fundamental que exista um elo entre os médicos e os profissionais da Psicologia, não limitando o tratamento do paciente apenas aos sintomas físicos, e sim demonstrando uma preocupação com o interior do indivíduo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. CRUVINEL, Miriam; BORUCHOVITCH, Evely. Autoconceito e crenças de autoeficácia de crianças com e sem sintomatologia depressiva. Interam. j. psychol., Porto Alegre , v. 43, n. 3, pp. 586-593, dez. 2009. ANDRIOLA, Wagner Bandeira; CAVALCANTE, Luanna Rodrigues. Avaliação da depressão infantil em alunos da pré-escola. Psicol. Reflex. Crit., vol.12, n.2, pp. 419-428, 1999. 41 3. STEVANATO, Indira Siqueira; LOUREIRO, Sonia Regina; LINHARES, Maria Beatriz Martins; MARTURANO, Edna Maria. Autoconceito de crianças com dificuldades de aprendizagem e problemas de comportamento. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 8, n. 1, pp. 67-76, jan./jun. 2003. 4. FERNANDES, Andréia Mara; MILAN, Rute Grossi. A depressão infantil, o rendimento escolar e a auto eficácia: uma revisão da literatura. Revista Cesumar - Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, v. 15, n. 2, p. 381-403, jul./dez. 2010. 5. CRUVINEL, Miriam; BORUCHOVITCH, Evely. Sintomas de Depressão Infantil e Ambiente Familiar. Psicologia em Pesquisa-UFJF, v.3, n. 1, p. 87-100, jan./jun. 2009. 6. LACERDA, Aline Mendes; SILVA, Magda Dias da; Depressão infantil: características e tratamento. Caderno Discente ESUDA, v. 1, n. 1, 2014. 7. CRUVINEL, Miriam; BORUCHOVITCH, Evely. Sintomas depressivos em crianças: estudos com duas versões do CDI. PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSÃO, pp. 574-585, 2008. 8. SANTOS, Claudia Nilce de Araujo; A Depressão infantil e seus reflexos na aprendizagem. Pós graduação Lato Sensu em Psicopedagogia Centro Universitário de São Paulo, São Paulo, p. 1-17, 2012. 9. BARBOSA, Genário Alves; LUCENA Aline. Depressão infantil. Infanto: Revista de Neuropsiquiatria da Infância e da Adolescência, São Paulo, p. 23-30, 1995. 10. WATHIER, Josiane Lieberknecht; DELL'AGLIO, Débora Dalbosco e BANDEIRA, Denise Ruschel.Análise fatorial do Inventário de Depressão Infantil (CDI) em amostra de jovens brasileiros.Aval. psicol.[online], vol.7, n.1, p. 75-84, 2008. 11. COSTA, S. M. B. da. Atitudes dos pais e dos professores face a Depressão infantil. p.80. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação Especial em Domínio Cognitivo- Motor), Escola Superior de Educação João de Deus. Lisboa, 2012. 12. ASSOCIAÇÃO DE PSIQUIATRIA AMERICANA. Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM-IV-TR). 4. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002 42 OS PRINCIPAIS PREDITORES PROGNÓSTICO NA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ Estevão Diniz Vasconcelos Folmer Quintão Torres (Orientador) [email protected] Área: Medicina A síndrome de Guillain-Barré (SGB) é um conjunto de polineuropatias imunomediadas agudas, caracterizadas por fraqueza muscular progressiva e ascendente, associada a perda dos reflexos profundos e parestesias distais leves. As causas são de origem variada, entretanto admite-se que a etiologia seja pós-infecciosa e/ou pós-cirúrgica, sendo que entre os agentes infecciosos estão inclusos diversos tipos de vírus e bactérias. A incidência global é de aproximadamente 1 a 2 casos por 100.000 pessoas por ano. Entre as polineuropatias, a de maior incidência é a chamada polirradiculoneuropatia aguda desmielinizante inflamatória (AIDP), seguida da neuropatia axonal motora aguda (AMAN) e síndrome de Miller-Fisher (MFS). A SGB geralmente apresenta bom prognóstico, onde 90% dos acometidos tem regressão do quadro, 75% se recuperam totalmente, menos de 5% apresentam sequelas graves e a taxa de mortalidade é de 2 a 6%. Com relação a esse prognóstico, inúmeros fatores vêm sendo estudados com a intenção de se definir a relevância desses para o estabelecimento de uma boa recuperação ou não do acometido pela SGB. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi determinar quais são os fatores preditivos para um mau prognóstico dessa síndrome. Para isso, foi realizada revisão bibliográfica, em que o critério de inclusão foram os estudos dos últimos 10 anos a respeito do prognóstico da Síndrome de Guillain-barré. Foram utilizadas bases de dados online como Pubmed; Scielo; Lilacs; Biblioteca virtual de saúde; Capes e Google acadêmico, onde as palavraschave pesquisadas foram: “Síndrome de Guillain-barré” e “Prognóstico de Guillain-barré”. Analisamos oito estudos a cerca do assunto com intuito de reunir as informações mais importantes a respeito do prognóstico e quais fatores eram mais determinantes na evolução negativa do paciente, servindo assim, como ferramenta clínica para rápida identificação do grupo de risco, intervenção precoce e adequada, evitando desse modo que muitos desses pacientes evoluam com sequelas e até mesmo óbito. Pôde-se perceber que inúmeros fatores predizem uma evolução desfavorável do quadro, mas alguns eram comuns entre os estudos, sugerindo maior prevalência e valor preditivo de uns em relação a outros. A partir de cálculos foi possível identificar os que apresentam alta incidência e, portanto, valor preditivo maior. São eles: Idade avançada, diarreia prévia, grau de deficiência neuromotora e envolvimento axonal. Portanto, é possível dizer que a patologia aqui estudada, na maior parte dos casos apresenta boa evolução, e que nos pacientes onde isso não acontece há presença de fatores comuns, e o médico diante de um paciente que apresenta tais características deve prever uma evolução desfavorável do mesmo e tomar as devidas precauções e ações, para garantia de um melhor tratamento e sobrevida livre de doença. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. Akbayram S, Dogan M, Akgün C, Peker E, Sayin R, Aktar F, Bektas MS, Çaksen H. Clinical features and prognosis with Guillain-Barré syndrome. Ann Indian Acad Neurol 2011;14:98-102 González-Suárez et al.: Guillain-Barré Syndrome: Natural history and prognostic factors: a retrospective review of 106 cases. BMC Neurology 2013 13:95. Koningsveld, Rinske Van et.al: A clinical prognostic scoring system for Guillain-Barré syndrome. Neurology.thelancet.com, Vol 6 July 2007. Netto AB, Taly AB, Kulkarni GB, Uma Maheshwara Rao G S, Rao S. 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PLoS ONE 10 (7): e0133520. doi:10.1371/journal.pone.0133520 44 O TÉTANO EM NEONATOS: MEDIDAS PREVENTIVAS DA INFECÇÃO Rizia Lopes Daiane Taís Gomes de Oliveira Luana Aparecida Sousa Morais Maíra Enéias Barcelos Beatriz Martins Borelli (Orientador) [email protected] Área: Medicina O tétano é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada pela bactéria Clostridium tetani quando esta é introduzida no tecido através de uma solução de continuidade da pele ou mucosa. O C. tetani é um bacilo Gram positivo, anaeróbio estrito encontrado contaminando o solo, principalmente. Pode-se considerar que essa doença é uma desordem neurológica, caracterizada pelo aumento do tônus muscular e espasmos decorrentes da ação da tetanospasmina, proteína produzida pelo C. tetani, que realiza o bloqueio da liberação dos neurotransmissores inibitórios, como glicina e ácido gama-aminobutírico, nos neurônios motores, resultando no enrijecimento da musculatura. O tétano pode ser classificado como generalizado, localizado, cefálico e neonatal. Dentre esses o tétano neonatal é uma infecção com alta mortalidade. A forma de contaminação desses neonatos se dá por meio do coto umbilical, por esporos deste bacilo no momento do nascimento. Com isso, a Organização Mundial de Saúde indica o uso de doses de toxoide tetânico (TT) que é uma vacina aplicada em grávidas com intuito de minimizar esse quadro de contaminação desses neonatos. A prevenção é realizada no período pré-natal. Normalmente, o tétano neonatal acomete o recém-nascido cuja mãe não realizou o exame pré-natal, não se vacinou contra o tétano (vacina antitetânica) ou o parto ocorreu em residência. Antes do parto a mulher deve ter tomado pelo menos duas doses da vacina e se caso a última tenha sido há mais de cinco anos deve tomar reforço. O aparecimento dos sintomas ocorre em aproximadamente sete dias, podendo variar de dois a vinte oito dias. O recém-nascido passa a apresentar choro constante, irritabilidade dolorosa dos músculos seguida de rigidez, com piora do quadro clinica o recém-nascido deixa de chorar e respira com dificuldade e as crises de apneia a ser constantes. Observa-se que a incidência de tétano neonatal é definida conforme a assistência dada as gestantes. Em países subdesenvolvidos onde a assistência é deficiente aumenta número de casos de tétano em neonatos. Por outro lado, grávidas com bom nível socioeconômico e acompanhamento prénatal apresenta menores casos de tétano em recém-nascidos, porém se apresentarem sinais da doença o diagnóstico não pode ser excluído. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. http://www.jped.com.br/conteudo/00-76-05-391/port.pdf http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101976000200003 http://www.scielo.br/pdf/rpp/v26n4/a01v26n4.pdf 45 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR EM CRIANÇAS: DESAFIOS NA PRÁTICA CLÍNICA Igor Loureiro dos Santos Guilherme Campos Oliveira Bruno Baquião da Silva Andrea Zeringota de Castro Machado Rodrigo Ferretjans Alves (Orientador) [email protected] Área: Medicina INTRODUÇÃO: Há alguns anos o transtorno de humor bipolar na infância era considerado raro, todavia observa-se uma crescente incidência desta doença que está associada a graves consequências como taxas alarmantes de suicídio, comportamentos de alto risco (promiscuidade sexual e uso de drogas) e problemas escolares. O transtorno de humor bipolar precoce se caracteriza pela presença de episódios alternados de humor (mania, hipomania e depressão), os quais variam em intensidade, duração e freqüência, em indivíduos de 3 a 12 anos. Comumente, estes não se enquadram nos critérios diagnósticos do DSM-V, todavia apresentam constante instabilidade de humor com comprometimento da função global. A partir disso, vêse um grande desafio na instituição da melhor forma diagnóstica e tratamento que proporcionam um bom desenvolvimento emocional e cognitivo da criança. OBJETIVO: Apresentar uma discussão crítica dos achados de estudos recentes nesta nova área de pesquisa, objetivando ampliar o conhecimento dos médicos e profissionais de saúde acerca do transtorno e visando o reconhecimento e diagnóstico precoce, o que poderá contribuir para um melhor prognóstico das crianças com transtorno bipolar. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura nas bases de dados Scielo, Uptodate, Lilacs e PubMed, sendo selecionados um total de 31 artigos do período de 1993 a 2015. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A criança com transtorno bipolar precoce frequentemente apresenta ciclagem rápida e estados mistos, não evidenciando claros episódios depressivos e maníacos. Alguns estudos propõem quatro fenótipos da mania pediátrica: um restrito, dois intermediários e um amplo que, de um modo geral, exibem características comumente apresentadas pelas crianças com este transtorno. Entretanto, o seu diagnóstico é um grande dilema, visto que estas podem apresentar diariamente diversas mudanças de humor e não se enquadrarem nos critérios diagnósticos do DSM-V. O ponto de partida é a avaliação diagnóstica adequada com definição do tipo de transtorno de humor bipolar que a criança apresenta (tipo I ou II). Além disso, é necessária a análise de comorbidades psiquiátricas associadas e intensidade dos sintomas. O tratamento farmacológico baseia-se no uso de estabilizadores de humor, como lítio, divalproato de sódio, e antipsicóticos atípicos, como risperiodona. Embora o tratamento farmacológico melhore o transtorno, a grande maioria das crianças segue com sintomas residuais, sendo essencial complementar a farmacoterapia com intervenções psicossociais. CONCLUSÃO: Existe uma grande escassez de evidências científicas na área, contudo propõe-se algumas intervenções como terapia cognitiva comportamental focada na família e incentivo de maiores estudos que avaliam melhor a eficácia dos medicamentos para esta população. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual for Mental Disoder (DSM-IV -R). 4. ed. Washington, DC, American Psychiatry Association; 2002. Kessing LV, Vradi E, Andersen PK. 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Kessler RC, Rubinow DR, Holmes C, Abelson JM, Zhao S. The epidemiology of DSM-III-R bipolar I disorder in a general population survey. Psychol Med. 1997;27(5):1079-89. 30. Lebowitz BK, Shear PK, Steed MA, Strakowski SM. Verbal fluency in mania: relationship to number of manic episodes. Neuropsychiatry Neuropsychol Behav Neurol. 2001;14(3):177-82. 31. Gorwood P. Confusing clinical presentations and differential diagnosis of bipolar disorder. Encephale. 2004;30(2):182-93. 48 O USO E ABUSO DA FLUOXETINA POR MÉDICOS NÃO PSIQUIATRAS Sabrina Helena Evangelista Silva Glenda Caroline Azevedo Santos Stéphanie Paula Neris Nastas Tássia Camila Barroso Pires José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina A depressão é uma afecção que pode ser caracterizada por uma multiplicidade de sintomas afetivos, instintivos e neurovegetativo, como tristeza, apatia, anedonia, déficit de atenção e mutismo. (DALGALARRONDO, 2008). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 350 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão, sendo uma doença de grande impacto socioeconômico. A depressão ainda é subdiagnosticada e, quando corretamente diagnosticada, é muitas vezes tratada de forma inadequada. É importante que o reconhecimento da depressão e, ao menos, noções básicas de seu tratamento façam parte do conhecimento médico em sua formação e prática clínica habitual. As drogas antidepressivas trouxeram um avanço no tratamento e no entendimento de possíveis mecanismos subjacentes aos transtornos depressivos. Atualmente, há diversas classes de antidepressivos, dentre elas, os inibidores seletivos da receptação de serotonina, nesse contexto temos a fluoxetina. O propósito desse artigo é verificar a prescrição e atuação da fluoxetina, no tratamento de quadros depressivos e não depressivos. Avaliando os efeitos adversos, a dependência física e psíquica que pode causar esse medicamento. Para isso realizou-se uma revisão integrativa de literatura, sendo selecionados artigos em português e inglês, nas bases de dados PubMed, Scielo e JAMA e em livros acadêmicos. Os descritores utilizados foram “fluoxetina”, “uso terapêutico”, “depressão” e “abuso de antidepressivos”. A utilização e prescrição da fluoxetina além de tratar a depressão, apresenta um intuito estético, o controle da ansiedade, melhoraria no sono e para o tratamento não hormonal em mulheres no climatério. Questionam-se esses benefícios confrontando os efeitos colaterais a médio e/ou longo prazo, enfatizando a relevância da orientação de um médico psiquiátrico para um tratamento seguro e efetivo da depressão, já que o abuso de prescrição da fluoxetina tem sido apontado como um problema de saúde pública. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. HIRSCHFELD, R.M.; KELLER, M.B.; PANICO, S. et al. - The National Depressive and ManicDepressive Association Consensus Statement on the Undertreatment of Depression. JAMA 277:333-40, 1997. BERNARDI, Maria Martha et al. Antidepressant-like effects of an apolar extract and chow enriched with Nepeta cataria (catnip) in mice. Psychol. Neurosci. 2010, vol.3, n.2. ISSN 19833288 CASSOL, Mauriceia et al. Análise de características vocais e de aspectos psicológicos em indivíduos com transtorno obsessivo-compulsivo. Rev. soc. bras. fonoaudiol. 2010, vol.15, n.4. ISSN 1516-8034. 49 O IMPACTO DE DORT NA VIDA DO TRABALHADOR: UM ENFOQUE PARA LOMBALGIAS. Orlando Pinto Gontijo Neto José Lucas de Mattos André Arthur Cavalieri Bastos Guilherme Gonçalves Ribeiro Claudia Chiavegatto (Orientador) [email protected] Área: Medicina INTRODUÇÃO: MAENO et al (2006) define as doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT) ou lesões por esforço repetitivo (LER) como danos relacionados a utilização excessiva do sistema osteomuscular que leva a uma serie de sintomas como dor, fadiga, parestesia, sensação de peso, quadros inflamatórios adquiridos em determinadas condições de trabalho. Os estudos determinam como uma das questões mais preocupantes o aumento da prevalência dessa doença no Brasil. A lombalgia, em particular, é uma das queixas principais dos consultórios médicos, sendo que grande parte dela está relacionada com o trabalho. A fisiopatologia da doença é basicamente devido ao esforço com altas cargas e posturas inadequadas e repetitivas. O tratamento envolve medidas de suporte emocional, reabilitação física e medicação sintomática. OBJETIVOS: Abordar inicialmente sobre as características gerais das DORT nas atuais condições de trabalho de algumas profissões e sua prevalência. Discutir aspectos clínicos e consequências na vida do trabalhador. METODOLOGIA: Foi realizado uma pesquisa no Pubmed e Scielo utilizando os descritores DORT, LER e lombalgia ocupacional. DESENVOLVIMENTO: Dentre as doenças osteoarticulares relacionadas ao trabalho, as DORT, especificamente as lombalgias, são responsáveis por 15 a 20% de todas as notificações realizadas em relação a doenças ocupacionais e aproximadamente 25% dos casos de invalidez prematura. (IGUTI, Aparecida Mari; HOEHNE, Eduardo Luiz. 2003). Os fatores causais mais diretamente relacionados com as lombalgias ocupacionais são os mecânicos, os posturais, os traumáticos e os psicossociais. Dentre outros fatores de risco discutidos pelos estudos está o ritmo de trabalho em que não existem pausas, uma cobrança excessiva na produção e cumprimento dos prazos, o estresse no ambiente de trabalho e nas relações interpessoais e outras condições que transformam o ambiente de trabalho em um lugar pouco propenso ao autocuidado do trabalhador. O tratamento inclui repouso ou até mesmo afastamento do profissional, prescrição de medicamentos indicados para a doença e encaminhamento para fisioterapia ou reabilitação física, bem como acompanhamento psicológico, emocional e social afim de englobar todos os prejuízos que a doença ocupacional possa causar, tendo como objetivo melhor a qualidade de vida do trabalhador. CONCLUSÃO: A lombalgia ocupacional demonstra ser uma condição de alta prevalência e morbidade para os trabalhadores de diversas áreas. A lombalgia ocupacional é causa de aposentadoria precoce, absenteísmo do trabalho e redução na produção por parte do trabalhador. O médico responsável pelo PCMSO de uma empresa deve manejar a promoção e prevenção à saúde, de forma a diagnosticar precocemente casos de DORT e dessa forma preservar a integridade do trabalhador. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. IMAMURA, Satiko Tomikawa; KAZIYAMA, Helena Hideko Seguchi; IMAMURA, Marta. Lombalgia. Revista de Medicina, v. 80, n. spe2, p. 375-390, 2001. BRAZIL, A. V. et al. Diagnóstico e tratamento das lombalgias e lombociatalgias. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 44, n. 6, p. 419-425, 2004. JUNIOR, Milton Helfenstein; GOLDENFUM, 50 3. 4. 5. 6. 7. 8. Marco Aurélio; SIENA, César. Lombalgia ocupacional. Revista da associação médica brasileira, v. 56, n. 5, p. 583-9, 2010. IGUTI, Aparecida Mari; HOEHNE, Eduardo Luiz. Lombalgias e trabalho. Revista brasileira saúde ocupacional, v. 28, n. 107/108, p. 73-89, 2003. MAENO et al. Diagnóstico, tratamento, reabilitação, prevenção e fisiopatologia da LER/DORT. Ministério da saúde, Brasília, 2011. 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Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre (RS) 2008 dez;29(4):633-8. Disponível em: < http://www.seer.ufrgs.br/index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/7636/4691>. Acesso em: 22 mar. 2016. Moreira AMR, Mendes R. Fatores de risco dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Revista Enfermagem UERJ 2005;13(1):19-26. Disponível em: < http://www.facenf.uerj.br/v13n1/v13n1a03.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2016 Bernard EP, editor. Musculoskeletal disorders and workplace factors. Cincinnati: National Institute for Occupational Safety and Health; 1997. Disponível em: < http://www.cdc.gov/niosh/docs/97-141/pdfs/97-141a.pdf>. Acesso: 25 mar. 2016 51 VIGOREXIA: UM DISTÚRBIO PSICOPATOLÓGICO DA SOCIEDADE ATUAL Daniela Meireles Fróis Tatiana de Sá Fonseca Saney Mara da Silva Evaristo Nunes Magalhães (Orientador) [email protected] Área: Medicina Desde os tempos dos grandes clássicos greco-romanos, a beleza era vista como algo de grande importância para sociedade. Segundo a literatura, as deusas do Olimpo disputavam o posto da mais bela, nesse cenário, a vencedora despertava a ira das demais. Apesar de passados os séculos, atualmente, a beleza ainda é vista com clamor e a sociedade contemporânea tem contribuído para que isso ocorra, uma vez que os meios de comunicação, tais como televisão, redes sociais e rádio visam estereotipar a partir de propagandas, programas e citações sensacionalistas que acabam sucumbindo ao indivíduo a necessidade de um “corpo ideal” diante dos padrões colocados. Junto a isso, desencadearam-se uma série de transtornos relacionados à aparência. Dentre esses transtornos, destacamos a Vigorexia. O distúrbio em questão caracteriza essencialmente como uma doença de ordem psíquica que ocorre devido a uma insatisfação constante com a imagem corporal que afeta principalmente os homens, levando-os às praticas compulsivas de exercícios físicos. Tendo em vista a importância desse tema foi elaborado um resumo com o objetivo de abordar os efeitos desse transtorno e propor sintomas e tratamento recomendados. Para elaboração do resumo foi feito um levantamento bibliográfico no Medline, PubMed e ISI, selecionando artigos referentes aos aspectos psicopatológicos da doença e suas consequências. Isso delimita a importância do reconhecimento dos sintomas e tratamentos referentes essa patologia. Os sintomas podem ser apresentados pelo paciente a partir de sinais como: cansaço, inapetência, insônia, ritmo cardíaco alterado mesmo em repouso, dores musculares, tremores, queda no desempenho sexual, irritabilidade, depressão, ansiedade e desinteresse por atividades que não estejam ligadas ao treinamento intensivo para atingir o que consideram ser o corpo perfeito. Além disso, nota-se a importância do conhecimento sobre o assunto e propor um tratamento efetivo que contenha uma equipe multidisciplinar, a qual envolva médico, psicoterapeuta, nutricionista, preparador físico e professores de educação física. Não é necessário o abandono da prática de exercícios físicos, mas torna-se necessário que ao realizá-los os profissionais da área envolvidos devam passar as orientações necessárias. Somado a isso, uma terapia cognitiva comportamental, fonte capaz de promover ao paciente a restauração da sua autoimagem e a autoconfiança são fundamentais. Portanto, nota-se a importância do conhecimento desse distúrbio psíquico o que abrange reconhecer os sintomas ocasionados e o melhor tratamento a ser utilizado uma vez que é relevante esse assunto na sociedade atual. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. DEUS, Raquel Mendonça de et al. Impacto de intervenção nutricional sobre o perfil alimentar e antropométrico de usuárias do Programa academia da saúde. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 20, n. 6, p. 1937-1946, Junho 2015. FEITOSA FILHO, Odimar Araújo. Vigorexia: Uma Leitura Psicanalítica. 2008. 150f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Psicologia, Fortaleza (CE), 2008.Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1 22770.Acesso em 20 de Março de 2016. 52 3. 4. 5. 6. MOLERO LOPEZ-BARAJAS, David; CASTRO-LOPEZ, Rosario; ZAGALAZ- SANCHEZ, Mª Luisa. Autoconcepto y ansiedad: detección de indicadores que permitan predecir el riesgo de padecer adicción a la actividad física. CPD, Murcia, v. 12, n. 2, dic. 2012 . Disponível em: <http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S157884232012000200010&lng=es&nrm=iso>. Acesso em 01 abr. 2016. SANTOS, Niraldo de Oliveira et al. Vigorexia, uso de anabolizantes e a (não) procura por tratamento psicológico: relato de experiência. Psicol. hosp. 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Acesso em 8 de abril de 2016. 53 RESSIGNIFICANDO O NOVEMBRO AZUL: MOBILIZAÇÃO DAS LIGAS ACADÊMICAS PARA PRODUÇÃO DEBATE CIENTÍFICO APÓS ESTÁGIO COM MÉDICO DE FAMÍLIA E COMUNIDADE Andrea Zeringota de Castro Machado Jéssica Souza Pereira Stefânia Tiradentes Ribeiro Carina Rabelo Dias Teixeira Lucas Leonardo Knupp dos Santos (Orientador) [email protected] Área: Medicina O currículo da FAMINAS-BH, adequado às diretrizes curriculares de 2014, possui o departamento de MFC e disciplinas teórico-práticas do 1º ao 8º período com o enfoque na Atenção Primária à Saúde. Nesse contexto, no 2º semestre de 2015, alunos do 7º período discutiam na Liga de Cirurgia a elaboração de um evento vinculado ao Novembro Azul, com enfoque no rastreio universal para prevenção do Câncer de Próstata. Concomitantemente, tiveram contato, na prática diária com Médico de Família, seu preceptor, com conceitos de prevenção quaternária, sobrediagnóstico e prática baseada em evidências. Dessa forma, conquistaram elementos de análise e se motivaram a levar essa discussão à toda a comunidade acadêmica, o que ocasionou a parceria das Ligas Acadêmicas: LACITRA (Liga Acadêmica de Cirurgia e Traumatologia) e LAMFEC (Liga Acadêmica de Medicina da Família e Comunidade) sob supervisão da Coordenação do Núcleo de Medicina de Família e Comunidade a realizar um debate, na forma de mesa redonda, com a participação de representantes das Sociedades de Urologia e Medicina de Família e Comunidade. O evento contou com 200 participantes e trouxe para as Ligas a experiência positiva do diálogo, da prática baseada em evidências e dos paradigmas que ainda permeiam a atuação médica, além de produção de revisão bibliográfica sobre o assunto. Os urologistas defenderam a ideia de que a recomendação atual é escolher o paciente, que deve ser triado por meio dos vários protocolos existentes, a partir de estudos da sociedade americana e europeia e então adequá-los a esses protocolos. Já os médicos de família e comunidade argumentaram que o rastreio de câncer de próstata não tem redução de mortalidade. Assim, como modalidade de rastreio, PSA e toque não reduz mortalidade. No entanto, em alguns casos se faz necessário. Portanto, o ensino médico alicerçado na Atenção Primária à Saúde, com tutoria qualificada do Médico de Família estimula uma capacidade de reflexão e ressignifica uma campanha no intuito de um cuidado individual, centrado na pessoa e também nas necessidades da população. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. American Cancer Society. Prostate Cancer Prevention and Early Detection. 2015. Disponível em: <http://m.cancer.org/acs/groups/cid/documents/webcontent/003182-pdf.pdf>. ANKERST, Donna P. et al. Prostate cancer prevention trial risk calculator 2.0 for the prediction of low- versus high-grade prostate cancer. Urology. 2014 June; 83(6): 1362–1368. BELINELO, Renata Guzzo Souza et al. Screening examination for prostate cancer: men's experience. 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O diagnóstico baseia-se na radiografia de tórax padrão OIT, e na contextualização da história ocupacional do paciente. Em casos selecionados, a TCAR de tórax deve ser empregada. A silicose é de etiologia ocupacional e passível de prevenção definitiva já que sua gênese e seu mecanismo fisiopatogênico são bem estabelecidos. Entretanto, sua prevalência continua elevada devido à dificuldade de se eliminar a exposição à poeira nos ambientes de trabalho. Assim, objetivou-se alertar sobre os riscos da exposição à sílica no trabalho, revelar os setores econômicos de maior exposição, bem como evidenciar formas de amenizar sua inalação. Para metodologia foi feita uma revisão de literatura em que foram selecionados artigos científicos na biblioteca virtual Scielo, utilizando o descritor: “silicose” e posteriormente leitura de todos os resumos disponíveis para acesso online, completos em periódicos, com livre acesso, na língua portuguesa, de 2006 a 2015. Dos 21 artigos filtrados foram selecionados aqueles considerados mais relevantes ao tema e que satisfaziam as expectativas dos autores; além dos Manuais do Ministério da Saúde. Nos últimos anos, o aumento dos casos de silicose ocorreu pelo elevado índice de trabalhadores autônomos e do setor informal, onde existe fragilização das organizações sindicais e ausência de ações de proteção individual, ficando essas pessoas diretamente expostas ao pó de sílica. Nos setores formais, existe uma vulnerabilidade quanto ao cadastramento das indústrias que envolvem sílica, com desconhecimento do risco por parte dos trabalhadores e baixa priorização do problema por parte dos sindicatos de trabalhadores, resultando em reduzido índice de diagnóstico precoce. Milhares de casos são diagnosticados a cada ano em várias partes do mundo, com predominância nos países em desenvolvimento onde a exposição à sílica é muito frequente e não há um investimento adequado quanto à fiscalização e adequação nos ambientes de trabalho. No Brasil, partir de 2004, a silicose foi definida como doença de notificação compulsória no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Desta forma, o controle da exposição ocupacional deve priorizar a eliminação da substância, a umidificação do ar, a ventilação do ambiente, a limpeza e manutenção geral de máquinas, a limitação do tempo de exposição ao pó de sílica, bem como o uso de EPI pelos trabalhadores. Alicerçado a isso, devese ressaltar a prioridade da promoção de medidas informativas na APS, como ações educacionais nas equipes de saúde da família, e propostas de ações intervencionistas, seja assistencial com auxilio dos ACS, que tem facilidade em reconhecer o paciente, bem como na vigilância com sanitaristas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. TERRA FILHO, Mario; SANTOS, Ubiratan de Paula. Silicose. J. bras. pneumol., São Paulo, v.32, supl. 2, p. S41-S47, Maio 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180637132006000800008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 17 mar. 2016. 56 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. FERREIRA, Lucille Ribeiro et al . A silicose e o perfil dos lapidários de pedras semipreciosas em Joaquim Felício, Minas Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.24, n.7, p.1517-1526, July 2008. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102311X2008000700006&Ing=en&nrm=iso. Acesso em: 17 Mar. 2016. LOPES, Agnaldo José et al . Tomografia computadorizada de alta resolução na silicose: correlação com radiografia e testes de função pulmonar. J. bras. pneumol., São Paulo, v.34, n.5, p.264-272, Maio 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180637132008000500004&lng=en&nrm=iso>. 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Acesso em: 17 Mar. 2016 MEIRELLES, Gustavo de Souza Portes; KAVAKAMA, Jorge Issamu; RODRIGUES, Reynaldo Tavares. Imagem nas doençasocupacionais pulmonares. J. bras. pneumol., São Paulo, v. 32, supl. 2, p. S85-S92, Maio 2006. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180637132006000800013&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 17 mar. 2016. RIBEIRO, Fátima Sueli Neto, et al. Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho e ao Meio Ambiente. Ministério da Saúde – Instituto Nacional do Câncer. Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ex_ocup_ambient2006.pdf>. Acesso em 17 mar. 2016. NETO, Kulcsar F., et al. Sílica - Manual do Trabalhador. São Paulo: Fundacentro; 1995. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/ARQUIVOS/PUBLICACAO/l/SÍLICA%20MANUAL%20DO%20TR ABALHADOR%202.pdf>. Acesso em 17 mar. 2016. 57 O ESTRESSE COMO FATOR DESENCADEADOR DA GASTRITE CRÔNICA RESPOSTA FISIOLÓGICA OU PSICOSSOMÁTICA? Gilberto Vivas Mendes Neto Otávio Augusto Menezes de Oliveira Júnio Mota Nascimento Thaís de Figueiredo Machado Evaristo Nunes Magalhães (Orientador) [email protected] Área: Medicina INTRODUÇÃO: O estresse vem sido citado como um dos mais importantes problemas sociais e de saúde, inclusive como fator precursor de inúmeras doenças. Acredita-se que estímulos estressores sejam capazes de perturbar o equilíbrio dinâmico do organismo, desencadeando distúrbios de diversas ordens, com consequentes lesões em órgãos e sistemas. Tais estímulos são responsáveis por várias condições patológicas, principalmente sobre o sistema gastrointestinal. OBJETIVO: Aprofundar os conhecimentos acerca do estresse, como ele repercute sobre o sistema gastrointestinal e verificar sua relação com a gastrite crônica. METODOLOGIA: Foi realizado uma revisão da literatura existente nas bases de dados Scielo, PubMed, UptoDate e Cochrane, utilizando-se os descritores citados abaixo. Foram incluídos artigos num período de 10 anos, sendo acrescentados trabalhos anteriores que fossem relevantes ao tema abordado, nos idiomas português e inglês. RESULTADOS: O estresse manifesta-se fisiologicamente através dos sistemas nervoso e endócrino, integrados entre si, com repercussão sobre todo o organismo. Estímulos estressores perturbam o equilíbrio entre a secreção ácida e a produção de protetores da mucosa no estômago. A perda desse equilíbrio desencadeia irritação estomacal e consequente inflamação da mucosa gástrica, a gastrite. Psicossomática traz uma visão do homem na sua totalidade, visto de forma integral, corpo e mente em um único círculo, interrelacionados. Somatizar faz com que a mucosa gástrica perca sua função de fronteira interna, de barreira, expondo o corpo ao desenvolvimento da gastrite. CONCLUSÃO: O estresse pode desencadear a gastrite crônica de forma direta, por suas alterações sobre os sistemas, ou indireta, através de mudanças de hábitos e psicosomatizações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. BALLONE, GJ; NETO, EO. Da emoção à lesão: um guia de medicina psicossomática. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2007; CASTELLI, Andrea; SILVA, Maria Júlia. ""Faz isso, faz aquilo, mas eu tô saindo..."" Compreendendo a Doença de Chron. Rev Esc Enferm. USP, 2007; DDINE, Cissa et al. Fatores associados com a gastrite crônica em pacientes com presença ou ausência do Helicobacter pylori. Arq Bras Cir Dig. 25 (2): 96-100; 2012; FAVASSA, Celi; ARMILIATO, Neide; KALININE, Iouri. Aspectos fisiológicos e Psicológicos do estresse. Revista de Psicologia da UnC. v.2, n. 2, p. 84-92, 2005; HAYNAL, A et al. Medicina psicossomática: abordagens psicossociais. 2ª ed. Medsi, 2001; JÚNIOR, José Rocha et al. O sistema digestório e as emoções. Cadernos de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde. Maceió, v.1, n. 2, p. 97-110. Maio 2013; KUMAR,Vinay et al. Robbins & Cotran, bases patológicas das doenças. 8ª ed, cap. 17, p. 771839. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010; MARSOLLA, Paula. Estresse e lesões gástricas. Dezembro 2009. Em www.webartigos.com. Acesso em Outubro 2015; MORENO, Maria Teresa; ARAÚJO, Ceres. Emoções de raiva associadas à gastrite e esofagite. Psicologia da Saúde, 13(1), p. 30-87, Janeiro - Junho 2005; 58 10. RIO, Rodrigo Pires do. O fascínio do stress. Belo Horizonte: Del Rey, 1995; 11. SCALON, Daniela; FERNANDES, Walkyria. Abordagem osteopática na gastrite. Revista eletrônica Inspirar, v. 2,n. 2, Maio 2011; 12. SELYE, Hans. Stress: a tensão da vida. 2ª ed. Tradução de Frederico Branco. São Paulo: IBRASA, 1965; 13. SILVA, Juliana Fernandes da Costa. Estresse ocupacional e suas principais causas e consequências. Dissertação (Especialização em Gestão Empresarial) - Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro - RJ, 2010; 14. VALLE, JD. Doença ulcerosa péptica e distúrbios relacionados. In: LONGO, Dan; FAUCI, Anthony. Gastrenterologia e Hepatologia de Harrison. cap. 14, p. 99-121, São Paulo: AMGH, 2015; 15. ANDREICA-SANDICA, B. et al. The Association Between Helicobacter Pylori Chronic Gastritis, Psychological Trauma and Somatization Disorder. A Case Report. J Gastrointestin Liver Dis, v.20, n.3, p. 311-313, 2011; 16. PIETRZAK, R. et al. Medical Comorbidity of Full and Partial Posttraumatic Stress Disorder in United States Adults: Results from Wave 2 of the National Epidemiologic Survey on Alcohol and Related Conditions. Psychosom Med. v.73, n.8, p.697–707, 2011; 17. NATELSON, B. et al. Effect of Multiple-Stress Procedures on Monkey Gastroduodenal Mucosa, Serum Gastrin, and Hydrogen Ion Kinetics. Digestive Diseases, v.22, n.10, 1977; 18. CHOUNG, R., TALLEY, N. Epidemiology and Clinical Presentation of Stress-Related Peptic Damage and Chronic Peptic Ulcer. Current Molecular Medicine, v.8, p.253-257, 2008; 19. AGARWAL, S. et al. ESTIMATION AND COMPARASION OF SERUM CORTISOL LEVEL AND ACADEMIC PSYCHOLOGICAL STRESS AND THEIR EFFECT ON CHRONIC PERIODONTITIS. International Journal of Medical Science and Education, v.1, n.3, p.161-165, 2014; 20. FATEMEH, N. et al. PHYSICAL AND PSYCHOLOGICAL STRESS HAVE SIMILAR EFFECTS ON GASTRIC ACID AND PEPSIN SECRETIONS IN RAT. Journal of Stress Physiology & Biochemistry, v.7, n.2, p.164-174, 2011; 21. LEWIN, J., LEWIS S. ORGANIC AND PSYCHOSOCIAL RISK FACTORS FOR DUODENAL ULCER. Journal of Psychosomatic Research, v.39, n.5, p.531-548, 1995; 22. LEVENSTEIN, S. Psychosocial Factors in Peptic Ulcer and Inflammatory Bowel Disease. Journal of Consulting and Clinical Psychology. v.70, n.3, p.739–750, 2002; 23. ROCA-CHIAPAS, J. et al. Stress profile, coping style, anxiety, depression, and gastric emptying as predictors of functional dyspepsia: A case-control study. Journal of Psychosomatic Research, v.68, p.73–81, 2010; 24. LIHM, H. et al. Relationship between Occupational Stress and Gastric Disease in Male Workers. Korean J Fam Med. v.33, p.311-319, 2012; 25. LEVENSTEIN, S. Stress and peptic ulcer: life beyond helicobacter. BMJ, v.316, p.538–541, 1998; 26. SCHELLENBAUM, GD. et al. Endogenous nitric oxide as a mediator of gastric mucosal vasodilation during acid secretion. Gastroenterology, v.102, n.1, p.168-174, 2002. 59 Gastroenterite Associada a Não Higienização Das Mãos Patrícia Jardim Milena Bittencourt Adriano Paulo de Castro Luisa Ferreira Arantes Medicina Beatriz Martins Borelli (Orientador) [email protected] Área: Medicina A gastroenterite é uma patologia, com distribuição regular ao longo do ano, associada principalmente aos maus hábitos de higiene, falta de saneamento básico e alimentos contaminados, constituindo um dos mais importantes problemas de saúde pública de repercussão mundial e de difícil resolução. A redução da ocorrência desta enfermidade envolve a conscientização da sociedade em relação a educação sanitária e investimentos na infraestrutura nos municípios. Essa patologia é uma inflamação aguda caracterizada pelo comprometimento do sistema gastrointestinal, provocada por alguns vírus, bactérias e outros parasitas que podem ser transmitidos de diversas formas. O objetivo do presente trabalho foi determinar a relação entre a ocorrência de gastroenterites e a não higienização das mãos. Para tal foi elaborado um questionário contendo 11 (onze) perguntas que correlacionavam a ocorrência de gastroenterites com os hábitos de higiene pessoal. A entrevista foi realizada com alunos e funcionários da Faculdade de Minas (Faminas - BH), no dia 28 de março de 2016, totalizando 60 entrevistados. A prática da higienização das mãos reduz a flora microbiana residente e a transitória, interrompendo a cadeia de transmissão de doenças, devendo ter realizada continuamente para a manutenção da saúde. Foram entrevistas um maior número de pessoas do sexo feminino que do sexo masculino. Os dados obtidos mostraram que a higienização das mãos antes da utilização do sanitário que é pouco realizada em comparação com quase 95% das pessoas que realizam essa higienização após sua utilização. Notou-se que aproximadamente 80% dos entrevistados realizam a lavagem das mãos antes de alimentar-se. Grande parte dos participantes possui conhecimento sobre a existência da doença e aproximadamente 33% dos indivíduos apresentaram a patologia nos últimos 12 meses, sendo que aproximadamente 3% foram hospitalizadas em decorrência da doença. No estudo observou-se que independentemente do nível de escolaridade, muitos indivíduos não conseguem identificar a importância da lavagem das mãos antes da utilização do sanitário. Além disso, grande parte dos participantes também não possuem o hábito de realizar a higienização das mãos antes das refeições. Com isso, nota-se ainda um elevado número de pessoas que apresentaram alguma intercorrência gastrointestinal por decorrência dos maus hábitos de higienização. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. LOPES, Carlos Antonio. CLÍNICA MÉDICA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO. Ed. 1º, São Paulo. Editora Atheneu, 2013. ANDREOLI, Thomas E. MEDICINA INTERNA BÁSICA. Ed. 6º Rio de janeiro. Editora Elservier, 2005. ABBAS, Abul k., FAUSTO, Nelson; KUMAR, Vinay.Robbins & Cotran. PATOLOGIA. Bases Patológicas das Doenças. 8ª Ed.Rio de Janeiro. Editora Elservier,.2010. TORTORA, Gerard; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. PRINCÍPIOS DE ANATOMIA E FISIOLOGIA. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 60 5. TORTORA, Gerard; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine.MICROBIOLOGIA. 10 ed. Porto Alegre. Artmed, 2012. 6. LIMA, Rosa Maria; DIAS, Jorge Amil. Gastroenterite Aguda. Nascer e Crescer- Revista do hospital de criança Maria Pia. Vol XIX, n.º 2, 2010 7. BALDACCI, E. R. et. al. Etiologia viral e bacteriana de casos de gastroenterite infantil: uma caracterização clínica. Rev. Saúde públ,. São Paulo, 13:47-53, 1979. 8. LOUREIRO, E. C; SERAFIM, M. B; LINHARES, Alexandre da Costa; CASTRO, A. F. Escherichia coli enterotoxigênicas e rotavírus detectados em crianças com gastroenterite aguda em Belém, Para. Disponível em: http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextActi on=lnk&exprSearch=17662&indexSearch=ID. 24 de março de 2016. 9. VICENTE, A. M. A. A. Estudo da Susceptibilidade Campylobacter spp. aos Macrólidos e às Fluoroquinolonas em Estirpes Isoladas em Hospitais Portugueses. 2009. 135f. Tese de mestrado, Medicina (Doenças Infecciosas Emergentes), Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa. 2009. 10. MOURA, G. J. B; ARAÚJO, J. M.; SOUSA, M. F. V. Q.; CALAZANS, G. M. T. Análise Bacteriológica da Água em Escolas Públicas. Projeto da Disciplina Análises Bacteriológicas da Água, Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ciências Biomédicas, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 61 INFECÇÕES HOSPITALARES: FATORES ENVOLVIDOS E MÉTODOS DE PREVENÇÃO Igor de Oliveira Grossi Lamas Isabella Cecília Moreira Muniz Maurício R.B. do Nascimento Júnior Raphael Alves Macedo Beatriz Martins Borelli (Orientador) [email protected] Área: Medicina Infecção hospitalar é qualquer tipo de infecção adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou após a sua alta quando essa estiver diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar, podendo manifestar-se inclusive após a alta. A infecção hospitalar constitui a principal causa de morbidade e mortalidade em hospitais, gerando prejuízos aos usuários, à comunidade e ao Estado. Diante disto, este artigo tem por objetivo determinar quais os procedimentos e fatores envolvidos na incidência das infecções hospitalares e discutir as ações necessárias para a prevenção e controle das infecções, afim de diminuir a incidência desse problema no Brasil, já que ultrapassa a média mundial. Trata-se de um estudo de revisão de literatura que baseou-se em artigos encontrados no Scielo, Bireme e Lilacs, com base os descritores disponíveis no Descritores em Ciência da Saúde. Com base nos artigos analisados observou-se que os principais procedimentos médicos associados à infecção hospitalar são: cateterização venosa central, ventilação mecânica, cateterização vesical, já os principais fatores relacionados à ocorrência de infecção são a esterilização inadequada de material hospitalar, uso crescente de técnicas invasivas sem as devidas precauções para evitar a contaminação, manuseio inadequado dos doentes internados, sem as técnicas corretas por parte dos profissionais e antibioticoterapia excessiva. Concluiu-se que alterações no comportamento no que diz respeito aos procedimentos adotados pelos profissionais da saúde contribuem para a redução da incidência de infecção hospitalar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. http://www.scielo.br/pdf/tce/v14n2/a13v14n2.pdf 2. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072004000500009 3. https://www.fen.ufg.br/fen_revista/v10/n3/pdf/v10n3a23.pdf 4. http://www.unip.br/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2012/02_abrjun/V30_n2_2012_p161-165.pdf file:///C:/Users/Mestre/Downloads/26390-96316-2PB%20(4).pdf http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102311X1990000200008 5. http://www.saudedireta.com.br/docsupload/13403639784552_58.pdf http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S180642722012001300003&lng=pt&nrm=iso. 6. http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/a0f009004745952e9ccedc3fbc4c6735/ higienizacao_mao.pdf?MOD=AJPERES 7. http://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/41510/0 62 INCIDÊNCIA DE SÍNDROME GUILLIAN BARRÉ E SUA RELAÇÃO COM O ZIKA VÍRUS Luisa Ferreira Arantes Milena Bittencourt Trindade Adriano Paulo de Castro Larissa Landim Medicina Luciene Rodrigues Kattah (Orientador) [email protected] Área: Medicina A Síndrome de Guillian-Barré (SGB) é uma neuropatia adquirida que acomete principalmente a parte motora do indivíduo, podendo durar por dias ou até mesmo anos. Estudos desenvolvido a partir de 2005, demonstram que a SGB é uma doença do sistema nervoso periférico caracterizado clinicamente por fraqueza muscular que inicialmente acomete as porções distais do membro, avançando de forma rápida até afetar a função muscular proximal (“paralisia ascendente”). Esta Síndrome é desencadeada após processo infeccioso, e se caracteriza pela produção de auto-anticorpos que começam a desmielinizar o axônio, causando graves problemas. Histologicamente é evidenciada por inflamação e desmielinização das raízes nervosas espinais e dos nervos periféricos. Recentemente no Brasil, a patologia causada pelo Zica vírus apesar de parecer benigna ocasiona em casos mais graves o comprometimento do sistema nervoso central e além disso, distúrbios imunomediado SGB, têm sido comumente registrados. Na síndrome os reflexos profundos são perdidos cedo, mesmo nas regiões em que se mantém a força. A progressão pode ser alarmantemente rápida, de modo que as funções críticas, como a respiração, podem ser perdidas em alguns dias ou até mesmo em algumas horas. Insuficiência respiratória, bem como dificuldade de deglutição e desregulação autônoma, podem colocar a vida em risco na SGB. Desde o advento da vacinação contra a pólio, a SGB se tornou a causa mais freqüente de paralisia flácida aguda no mundo todo. Recentemente o Ministério da Saúde notificou um aumento significativo de casos da SGB associados ao Zika vírus que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypt que também é transmissor de doenças como a Dengue e a Chikungunya. O vírus Zika tem causado doença febril, acompanhada por discreta ocorrência de outros sintomas gerais, tais como cefaléia, exantema, mialgia, edema e dores articulares. Relatos recentes sobre indivíduos que contraíram Zica vírus e posteriormente, foram acometidos pela síndrome, resultaram em estudos investigando a relação entre essas duas patologias. Dessa forma esse estudo utilizando como base de dados livros, artigos disponíveis nos bancos de dados SciELO e Google acadêmico no período de de 2005 e 2016. Utilizaram-se como descritores: Síndrome de Guillian Barré, Zica vírus e paralisia flácida, sendo selecionados artigos disponíveis na íntegra. Assim, visou-se fazer uma revisão bibliográfica sobre a SGB e a infecção por Zica vírus levantando uma possível correlação entre as mesmas. O que resultará em um maior conhecimento sobre o assunto para o desenvolvimento de estudos aprofundados pelos profissionais de saúde. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. LOPES, Carlos Antonio. CLÍNICA MÉDICA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO. Ed. 1º, São Paulo. Editora Atheneu, 2013. ANDREOLI, Thomas E. MEDICINA INTERNA BÁSICA. Ed. 6º Rio de janeiro. Editora Elservier, 2005. ABBAS, Abul k., FAUSTO, Nelson; KUMAR, Vinay.Robbins & Cotran. PATOLOGIA. Bases Patológicas das Doenças. 8ª Ed.Rio de Janeiro. Editora Elservier,.2010. 63 4. TORTORA, Gerard; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine. MICROBIOLOGIA. 10 ed. Porto Alegre. Artmed, 2012. 5. DAVIM, Rejane Marie Barbosa; OSÓRIO, Márcia Cerveira Abuana; ARAÚJO, Mylla Grabrielle Soares; GOMES, Amanda Pereira; CAVALCANTE, Eliane Santos. Síndrome de Guillan Barré. FIEP BOLLETIN. Volume 80. ed. Special. ARTICLE II- 2010. 6. SOUZA, Adriana Verli; SOUZA, Michelle A. Ferreira. Síndrome de Guillan Barré sob os cuidados de enfermagem. Rev. Meio Amb. Saúde 2007, 2 (1):89-102. 7. BENETI, Giselle Maria; SILVA, Dani Doro. Síndrome de Guillain-Barré. Semina: Ciências Biológicas e Saúde, Londrina, v. 27, n. 1, p. 57-69, jan/jun. 2006. 8. ASSIS, José LaMartine. NETTO, A. Spina França. Sindrome. SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ. A Propósito de 5 casos tratados com ACTH e Cortisona. Trabalho do serviço de Neurologia da Fac. Med. Da Univ. São Paulo. 1953. 9. DELVIN, Thomas M.; MICHELACCI, Yara M. Manual de Bioquímica. 6ª ed. São Paulo: Blucher, 2007. 10. TORTORA, Gerard; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 64 INFECÇÃO HOSPITALAR EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) NEONATAL: UMA REVISÃO Rodrigo Silva Bastos Matheus Kuffner Letícia Lamas de Matos Suzi Cléia dos Santos Cochev Beatriz Martins Borelli (Orientador) [email protected] Área: Medicina O objetivo do presente artigo foi a identificação, prevalência e determinação das formas de controle dos microorganismos patogênicos em ambientes de terapia intensiva neonatal, com o intuito de estratificar os reais riscos de contaminação dos pacientes usuários desse sistema. Por se tratarem de unidades de terapia intensiva, é notório que tais neonatos estão criticamente enfermos, o que atua diretamente em seu sistema imune; aumentando os riscos de contaminação por esses microorganismos e uma consequente infecção nosocomial. Para a elaboração do presente trabalho foram consultadas as bases eletrônicas de dados Scielo e Google Acadêmico, assim como livros pertinentes ao assunto. Os resultados da presente pesquisa revelaram que, diante do cenário das UTIs neonatais, os microrganismos mais frequentemente associados às infecções foram: Staphylococcus coagulase-negativo, Escherichia coli, Klebsiella spp., Staphylococcus aureus, Acinetobacter sp., Pseudomonas aeruginosa, entre outros. Observou-se que as principais práticas adotadas para a minimizar a incidência de infecções e controle das infecções foram: higienização das mãos, uso de luvas, esterilização adequada dos equipamentos e instrumentais, limpeza, dentre outros. Sendo assim, podemos concluir que as infecções nosocomiais envolvem não somente os neonatos, como também as gestantes e os profissionais da saúde relacionadas às UTIs. Portanto, por meio de um processo ativo, sistemático e contínuo de coleta, análise e interpretação de dados, como ocorre na vigilância epidemiológica, este processo poderá ser detectado e a estratégia de intervenção implantada com sucesso na redução e controle da infecção em unidades de terapia intensiva neonatal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. Pediatria: Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar revista ANVISA Infecções hospitalares em unidade de terapia intensiva neonatal - Mariana Lustosa de Carvalho, Tricia Ruana Nunes Araújo, Clara Fernanda Beserra Santos, Álvaro Francisco Lopes de Sousa, Maria Eliete Batista Moura -- Centro Universitário Uninovafapi Revista Interdisciplinar A INFECÇÃO NOSOCOMIAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL -João Victor Farias da Silva, Ana Paula Rebelo Aquino Rodrigues – Cadernos de graduação Infecção hospitalar em pediatria: Eduardo S. Carvalho, Silvia R. Marques-- Jornal de Pediatria Copyright © 2001 by Sociedade Brasileira de Pediatria Infecções neonatais hospitalares: Marisa Márcia Mussi-Pinhata, Suely Dornellas Infecções hospitalares em uma unidade de terapia intensiva neonatal brasileira: vigilância de quatro anos - Denise Von Dollinger BritoI; Cristiane Silveira de BritoI; Daiane Silva ResendeI; Jacqueline Moreira do ÓI; Vânia Olivetti Steffen AbdallahII; Paulo Pinto Gontijo FilhoI -Microbiology Laboratory, Biomedical Science Institute, Federal University of Uberlândia, Uberlândia, MG, Brazil llNeonatology Department, Uberlândia University Hospital, Federal University of Uberlândia, Uberlândia, MG, Brazil 65 PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA Iago Alvim Andrade Isabella Lopes Lusvarghi Jomar Soares Migliorini Gustavo Suzano Coelho Brito Beatriz Martins Borelli (Orientador) [email protected] Área: Medicina A pneumonia é a infecção nosocomial mais comum em Unidades de Terapia Intensiva e possui como forte aliado ao seu desenvolvimento a ventilação mecânica aplicada aos pacientes. Tal patologia apresenta altos índices de letalidade para os pacientes. O desenvolvimento do presente trabalho baseou-se no estudo acerca da prevalência de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) em ambiente intra-hospitalar, essencialmente em UTIs, além dos fatores dos riscos associados e o prognóstico dos pacientes analisados. O estudo foi conduzido através de pesquisas realizadas no banco de dados da SciELO, utilizando como palavras chaves: pneumonia, ventilação mecânica e unidade de terapia intensiva. A partir dos artigos selecionados foram analisadas as causas da patologia, podendo ser originada por organismos multirresistentes ou sensíveis à antibioticoterapia. Como resultado, foi observada uma prevalência no desenvolvimento de pneumonia ocasionada por organismos multirresistentes. A bactéria Staphylococcus aureus foi a responsável pela maioria dos casos de PAVM, seguida da Pseudomonas aeruginosa. O elevado número de óbitos está intimamente associado à ventilação mecânica, levando-se em conta o procedimento realizado pelos profissionais e o período no qual o paciente foi submetido. Conclui-se que a PAVM determinou maiores tempos de ventilação, na permanência no leito das UTIs, assim como elevação nas taxas de complicações adquiridas pelo paciente. No entanto, a multirresistência bacteriana, principal causa da PAVM, não apresentou relevância na morbidadepatológica, mas sim nos níveis de mortalidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. Teixeira, Paulo José Zimmermann, et al. Pneumonia associada à ventilação mecânica: impacto da multirresistência bacteriana na morbidade e mortalidade. Guimarães MMQ, Rocco JR. Prevalência e prognóstico dos pacientes com pneumonia associada à ventilação mecânica em um hospital universitário. Lopes, Antônio Carlos. Tratado de Clínica Médica – 2ª ed.4. da Silva, Luiz Carlos Corrêa, et al. Pneumologia – Principios e Prática." 66 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR EM CRIANÇAS: DESAFIOS NA PRÁTICA CLÍNICA Igor Loureiro dos Santos Guilherme Campos Oliveira Bruno Baquião da Silva Andrea Zeringota de Castro Machado Rodrigo Ferretjans Alves (Orientador) [email protected] Área: Medicina INTRODUÇÃO: Há alguns anos o transtorno de humor bipolar na infância era considerado raro, todavia observa-se uma crescente incidência desta doença que está associada a graves consequências como taxas alarmantes de suicídio, comportamentos de alto risco (promiscuidade sexual e uso de drogas) e problemas escolares. O transtorno de humor bipolar precoce se caracteriza pela presença de episódios alternados de humor (mania, hipomania e depressão), os quais variam em intensidade, duração e freqüência, em indivíduos de 3 a 12 anos. Comumente, estes não se enquadram nos critérios diagnósticos do DSM-V, todavia apresentam constante instabilidade de humor com comprometimento da função global. A partir disso, vêse um grande desafio na instituição da melhor forma diagnóstica e tratamento que proporcionam um bom desenvolvimento emocional e cognitivo da criança. OBJETIVO: Apresentar uma discussão crítica dos achados de estudos recentes nesta nova área de pesquisa, objetivando ampliar o conhecimento dos médicos e profissionais de saúde acerca do transtorno e visando o reconhecimento e diagnóstico precoce, o que poderá contribuir para um melhor prognóstico das crianças com transtorno bipolar. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura nas bases de dados Scielo, Uptodate, Lilacs e PubMed, sendo selecionados um total de 31 artigos do período de 1993 a 2015. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A criança com transtorno bipolar precoce frequentemente apresenta ciclagem rápida e estados mistos, não evidenciando claros episódios depressivos e maníacos. Alguns estudos propõem quatro fenótipos da mania pediátrica: um restrito, dois intermediários e um amplo que, de um modo geral, exibem características comumente apresentadas pelas crianças com este transtorno. Entretanto, o seu diagnóstico é um grande dilema, visto que estas podem apresentar diariamente diversas mudanças de humor e não se enquadrarem nos critérios diagnósticos do DSM-V. O ponto de partida é a avaliação diagnóstica adequada com definição do tipo de transtorno de humor bipolar que a criança apresenta (tipo I ou II). Além disso, é necessária a análise de comorbidades psiquiátricas associadas e intensidade dos sintomas. O tratamento farmacológico baseia-se no uso de estabilizadores de humor, como lítio, divalproato de sódio, e antipsicóticos atípicos, como risperiodona. Embora o tratamento farmacológico melhore o transtorno, a grande maioria das crianças segue com sintomas residuais, sendo essencial complementar a farmacoterapia com intervenções psicossociais. CONCLUSÃO: Existe uma grande escassez de evidências científicas na área, contudo propõe-se algumas intervenções como terapia cognitiva comportamental focada na família e incentivo de maiores estudos que avaliam melhor a eficácia dos medicamentos para esta população. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual for Mental Disoder (DSM-IV -R). 4. ed. Washington, DC, American Psychiatry Association; 2002. Kessing LV, Vradi E, Andersen PK. Diagnostic stability in pediatric bipolar disorder J Affect Disord. 2015;172:417-421 67 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. Frías A, Palma C, Farriols N. Comorbidity in pediatric bipolar disorder Prevalence, clinical impact, etiology and treatment. J Affect Disord. 2015; 174:378-389. iedermam J et al. Attention deficit hyperactivity disorder and juvenile mania: an overlooked comorbidity? J Am Child Adolesc Psychiatry, 35:997-1008, 1996. Biederman J et al. The naturalistic course of pharmacologic treatment of children with maniaclike symptoms: a systematic chart review. Journal of Clinical Psychiatry, 59:628-37, 1998. Petresco S, Anselmi L, Santos IS, Barros AJD, Fleitlich-Bilyk B, Barros FC, Matijasevich A. Prevalence and comorbity of psychiatric disorders among 6-year-old children: Pelotas Birth Cohort. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol. 2014 Jun, 49(06): 975-983 Paula CS, Bordin IAS, Mari JJ, Valasque L, Rohde LA, Coutinho ESF. The Mental Health Care Gap among Children and Adolescents: Data from na Epidemiological Suvey from Four Brazilian Regions. PLoS ONE. 2014;9(2):e88241. Biedermam J, Faraone SV, Chu MP, Wozniak J. Further evidence of a bidirectional overlap between juvenile mania and conduct disorder in children. 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A double-blind, randomized, placebo controlled study of quetiapine as adjunctive treatment for adolescent mania. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry, 41:1216-23, 2002. Frazier J, Biederman J, Tohen M, Feldman PD, Jacobs TG, Toma V et al. A prospective open-label treatment trial of olanzapina monotherapy in children and adolescents with bipolar disorder. J Child Adolesc Psychopharmacol, 11:239-50, 2001. Geller B, Delbello MP. Bipolar disorder in childhood and early adolescence. New York. The Guilford Press; 2003 Geller B, Fox LW, Clark KA. Rate and predictors of prepubertal bipolarity during follow-up of 6to 12-year-old depressed children. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry, 33:461-8, 1994. Geller B, Sun K, Zimerman B, Luby J, Frazier J, Willians M. Complex and rapid cycling in bipolar children and adolescents: a preliminary stud. J Affective Disorders, 18:259-68, 1995. Geller B, Zimerman B, Williams M, DelBello MP, Bolhofner K, Craney JL et al. DSM-IV mania symptoms in a pepubertal and early adolescent bipolar disorder phenotype compared to attention defiit hyperactive and normal controls. J Child Adolesc Psycopharmacology, 12:11-25, 2002. Kowatch RA, DelBello MP. Pediatric bipolar disorder: emerging diagnostic and treatment approaches. Child Adolesc Psychiatr Clin N Am, 15(1):73-108, 2006. Kowatch RA, Fristad M, Birmaher B, Wagner KD, Findling RL, Hellander M. Child Psychiatric Workgroup on Bipolar Disorder. Treatment guidelines for children and adolescents with bipolar disorder. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry, 44(3):213-35, 2005. Kowatch RA, Suppes T, Carmody TJ, Bucci JP, Hume JH, Kromelis M et al. Effect size of lithium, divalproex sodium, and carbamazepine in children and adolescents with bipolar disorder. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry, 39(6):713-20, 2000. Leibenluft E, Charney DS, Towbin KE, Bhangoo RK, Pine DS. Defining clinical phenotypes of juvenile mania. Am J Psychiatry, 160:430-7, 2003. Organização Mundial da Saúde: Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre, Artmed; 1993. Tramontina S, Schmitz M, Polanczyk G, Rohde LA. Juvenile bipolar disorder in Brazil: clinical and treatment findings. Biol Psychiatry, 53(11):1043-9, 2003 68 26. Pavuluri MN et al. Recognition and Treatment of Pediatric Bipolar Disorder. Contemporary Psychiatry, 1:1-10, 2002. 27. Pavuluri MN, Naylor MW, Janicak PG. Recognition and Treatment of Pediatric Bipolar Disorder. Contemporary Psychiatry, 1:1-10, 2002. Recog 28. Shastry BS. Bipolar disorder: un update. Neurochem Int. 2005;46(4):273-9. 29. Kessler RC, Rubinow DR, Holmes C, Abelson JM, Zhao S. The epidemiology of DSM-III-R bipolar I disorder in a general population survey. Psychol Med. 1997;27(5):1079-89. 30. Lebowitz BK, Shear PK, Steed MA, Strakowski SM. Verbal fluency in mania: relationship to number of manic episodes. Neuropsychiatry Neuropsychol Behav Neurol. 2001;14(3):177-82. 31. Gorwood P. Confusing clinical presentations and differential diagnosis of bipolar disorder. Encephale. 2004;30(2):182-93. 69 JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE: REFLEXÕES EM BUSCA DA EQUIDADE Isabella de Fátima Vilela Karolayne Oliveira Gomes Lacerda Pedro Luiz Teodoro Dutra Ana Clara Ribeiro Araújo Paiva Luciana de Paula Lima Gazzola (Orientador) [email protected] Área: Medicina Nos últimos anos, observou-se aumento expressivo das demandas judiciais que visam garantir a prestação de serviços de saúde, assegurados constitucionalmente. Diante da postura predominantemente concessiva dos pedidos por parte do Judiciário, a concretização e a efetividade do direito à saúde têm beneficiado os indivíduos que ingressam em juízo, deixando o Estado de fornecer assistência a outros milhares de brasileiros, em desrespeito à equidade, um dos princípios doutrinários do SUS. Tal fato contribui para a ineficácia no acesso universal à saúde, sendo objetivo do estudo avaliar as ações judiciais e suas intervenções no âmbito da efetivação do direito à saúde e formulação de políticas públicas. Para tal, foram analisadas ações judiciais paradigmáticas sobre pedidos de procedimentos não previstos pelo SUS, fornecimento de medicamentos, disponibilização de leitos hospitalares, dentre outras pretensões direcionadas ao Judiciário mineiro, bem como revisados artigos nas bases de dados online Scielo, Conjur, Google Acadêmico e Biblioteca Virtual da AMMG. Notou-se que, além das dificuldades processuais enfrentadas na análise dos pedidos, o Estado encontra-se em um conflito de natureza distributiva, pois os recursos públicos destinados à saúde são escassos, o que acaba por gerar inefetividade da jurisdição, prejudicando as políticas públicas do SUS por dispêndios não planejados. Com crescentes demandas por assistência e diante de recursos públicos limitados, a judicialização da saúde vem estabelecendo iniquidade entre os usuários do sistema. O volume de decisões judiciais concessivas dos pedidos sobrecarrega a gestão do SUS, mostrando-se evidente o conflito entre os sustentáveis argumentos da garantia do direito individual à saúde e à vida e a esgotável fonte de recursos para efetivação do direito da coletividade. Julgamentos de tais pedidos devem ser parcimoniosos, de modo a direcionar as escolhas destinativas de recursos naturalmente escassos. Conclui-se que tratar a questão como apenas uma divergência entre partes, quando, na verdade, o conflito irá atingir o coletivo, é um dos deslizes de decisões judiciais que tratam de bens comuns. Torna-se relevante ir além da relação processual entre os litigantes diretos, paciente e Estado, considerando-se, também, a influência potencialmente nefasta da indústria farmacêutica e a contribuição da comunidade científica aos debates. Precisa-se compreender que as relações sociais são dinâmicas e os conflitos existentes carecem de soluções claras e justas, o que exige o exercício da visão a longo prazo, o que ainda não se tornou um hábito. É fundamental a participação do médico nas tomadas de decisões em políticas públicas de saúde, devendo o profissional se conscientizar da responsabilidade social de sua prescrição, de modo a auxiliar na construção de limites à judicialização excessiva e deletéria, em busca da equidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. ANDRADE, E.N.; ANDRADE, E.O. O SUS e o direito à saúde do brasileiro: leitura de seus princípios, com ênfase na universalidade da cobertura. Revista Bioética, São Paulo, v. 18, n. 01, p. 61-74, 2010. D’ESPÍNDULA, T. C. A. S. Judicialização da medicina no acesso a medicamentos: reflexões bioéticas. Revista Bioética, São Paulo, v. 21, n. 03, p. 438-447, 2013. 70 3. MACHADO, M. A. A. et al. Judicialização o acesso a medicamentos no Estado de Minas Gerais, Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n. 03, p. 590-598, 2011. 4. MESSEDER A.M.; Castro, C.G.S.O; Luiza V.L. Mandados judiciais como ferramenta para a garantia de acesso a medicamentos no setor público: a experiência do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Caderno Saúde Pública , Rio de Janeiro, V.21 , n.2: p .525-34, 2005. 5. CHIEFFI, A.L.; Barata, R.B. Judicialização da política pública de assistência farmacêutica e equidade. CadernoSaúde Publica, Rio de Janeiro,v.25, n.08, p.1839-49, 2009. 6. MACHADO,F.R.S. Contribuições ao debate da judicialização da saúde no Brasil. Revista Direito Sanitário, São Paulo,v.9,n.2,p.73-91,2008. 7. MARQUES, S.B.; Dallari, S.G. Garantia do direito social à assistência farmacêutica no Estado de São Paulo. Revista Saúde Publica. São Paulo, v.41, n.01,pag. 101-7, 2007. 8. PERREIRA, J.R; Santos, R.I.; Nascimento, J.r. J.M.; Schenkel, E.P. Análise das demandas judiciais para o fornecimento de medicamentos pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina nos anos de 2003 e 2004, Rio de Janeiro,CiênciaSaúde&Coletiva, v.15, Supl. 03,2007. 9. BRASIL. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal;1988. 446 p. 10. BRASIL. Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990. . Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviçoscorrespondentes e dá outras providências, com alterações. Diário Oficial da União 1990. 17 p. 71 ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO Luma Lorraine dos Reis Souza Marina Kusunoki Guerra Thays Ketlin Motta de Pinho Ana Carolina Souza Ameno José Helvécio Kalil (Orientador) [email protected] Área: Medicina O câncer de colo do útero (CCU) é uma das neoplasias com maior incidência e taxas de mortalidade entre as mulheres. O rastreamento do câncer de colo uterino tem sido executado nas Unidades Básicas de Saúde e é fato que a descentralização do Papanicolaou facilitou o acesso das mulheres ao exame. A efetividade da detecção precoce do CCU associada ao tratamento da lesão intraepitelial, pode reduzir acentuadamente a incidência do câncer invasor, impactando na diminuição das taxas de morbimortalidade. O alto potencial de prevenção e alta taxa de cura se justificam pela evolução lenta da doença, com etapas bem definidas e facilidade de detectar precocemente as alterações, viabilizando diagnóstico rápido e tratamento eficaz. O presente estudo objetiva descrever e analisar o rastreamento para prevenção do câncer de colo de útero na Atenção Básica no Brasil. Além de observar e identificar possíveis causas da não redução significativa da mortalidade com o exame Papanicolaou em algumas áreas do Brasil. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica a fim avaliar o acesso a serviços de atenção primária a saúde além obter dados quanto ao rastreamento do CCU. Com o objetivo de reduzir as taxas de morbimortalidade, o Ministério da Saúde do Brasil propõe o exame citológico do colo do útero a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos para mulheres de 25 a 59 anos de idade, ou que já tenham iniciado atividade sexual. O Papanicolaou é utilizado para detectar lesões precursoras do CCU, devido à elevada acurácia e efetividade, além de rapidez e custo relativamente baixo, considerando-se útil para uso em larga escala. O percentual de cobertura do teste é influenciado pelo nível socioeconômico e idade, além das características dos serviços, com destaque para a qualificação das equipes da atenção básica e os oportunos e adequados procedimentos técnicos relacionados ao exame nos demais serviços do sistema de saúde. Para combate efetivo, o Programa Nacional de Controle do CCU prevê o acesso aos diferentes serviços para enfrentar cada fase da doença. O rastreamento do CCU em mulheres assintomáticas é a iniciativa primordial do programa, sendo essencial a definição da populaçãoalvo, método e intervalo de rastreamento, além de meta de cobertura e infraestrutura nos três níveis assistenciais, garantindo assim qualidade das ações. Apesar de ser uma das estratégias públicas mais efetivas, verifica-se que a incidência e mortalidade permanecem desafiando as medidas adotadas, sinalizando possíveis deficiências na oferta, no acesso ou na qualidade das ações. Por fim, torna-se evidente que a atenção primária à saúde e a gestão municipal, conforme a realidade local, são capazes de prover ações de prevenção para o CCU, resultando na construção de uma rede eficiente de assistência ao diagnóstico precoce. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. Brasil. Ministério da Saúde. DATASUS. Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) 2016. DINIZ, Aline et al. Assistência à saúde da mulher na atenção primária: prevenção de câncer do colo do útero. Rev. APS. 2013 jul/set; 16(3): 333-337 INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero. Rio de Janeiro: INCA, 2011. 72 4. SILVA, Keila et al. Integralidade no cuidado ao câncer do colo do útero: avaliação do acesso. Rev. Saúde Pública vol.48 n.2 São Paulo Abril. 2014 73 SIMULAÇÃO DE ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS Natália Las Cazas Monteiro Thiago Alves da Silva Cristiano Valério Ribeiro Daniel dos Santos Fernandes (Orientador) [email protected] Área: Medicina O curso de medicina da FAMINAS BH é estruturado sob um currículo tradicional e traz a novidade de uma metodologia de ensino fundamentada nas correntes andragógicas por meio do treinamento de habilidades e simulação realística. A andragogia é a corrente de estudo que descreve as formas de educação do homem na fase adulta, a palavra vem do grego andros (homem) e logos (estudo). Deste modo, diferente da pedagodia que preconiza que a criança aprende pelo esforço da repetição, o adulto aprende por meio da orientação para aprendizagem, das experiências, da prontidão para aprender, do auto-conceito do aprendiz, das necessidades de saber e da motivação. Na dinâmica deste método o aluno aprende a teoria nos moldes tradicionais de ensino em sala de aula, na qual o professor repassa o saber que detém, em seguida ele treina as habilidades relacionadas aquele conhecimento, na próxima fase em que se encontra munido de conceitos e habilidades ele simula atendimentos em robôs/manequins simuladores ou até mesmo com atores nos quais ele visa exercitar suas capacidades. Assim, quando posteriormente estiver diante da experiência clínica, no internato ou após formado, o aluno apresentará muito mais domínio da ciência, da técnica, do seu comportamento e atitude, ofertando cuidados com maior grau de qualidade e segurança ao paciente assistido. As situações de urgência e emergência, são críticas e geralmente culminam em maiores erros da equipe multiprofissional de saúde. Esse fato deve-se a muitos fatores, mas principalmente ao despreparo das equipes no que diz respeito ao conhecimento, treinamento de habilidades e ao controle emocional necessários para estes atendimentos. Portanto, observase que mediante uma situação de urgência ou emergência dentro do limite de atendimento do serviço representa um estresse considerável, contudo diante de uma situação na qual há um aumento súbito e espontâneo da demanda por atendimentos, como em um acidente com múltiplas vítimas ou uma catástrofe, situações em que o quantitativo de pacientes excede a capacidade instalada de atendimentos do serviço, a situação é ainda pior. Nestes casos, está instalada uma crise que precisa ser gerenciada pelo serviço, atualmente vários serviços tem se organizado através da estruturação de planos de contingência que visam sanar as demandas que representam estresse para os recursos instalados. Diante do exposto foi planejado um Simulado de Atendimento a Múltiplas Vítimas na FAMINAS-BH cujo objetivo foi promover o treinamento de habilidades e a formação de competências dos alunos de graduação de durante o atendimento de situações de urgência e emergência mediante cenários de crise, neste caso com múltiplas vítimas de um acidente no ambiente do Metrô BH. Além disso, aplicar habilidades de comunicação e gerenciamento de crise inerentes a uma ocorrência de Acidente com Múltiplas Vítimas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Teixeira INDO, Felix JVC. Simulação como estratégia de ensino em enfermagem: revisão de literatura. Interface [Botucatu] 2011; 15(39):1173-84. 74 CÂNCER DE PRÓSTATA E SUAS DIFICULDADES Daiane Taís Gomes de Oliveira Luana Aparecida de Sousa Morais Luana Aparecida de Sousa Morais Daiane Taís Gomes de Oliveira André Maurício Borges de Carvalho (Orientador) [email protected] Área: Medicina O câncer de próstata é o tumor que mais afeta a população masculina. O presente trabalho trata – se de uma revisão bibliográfica com intuito de proporcionar uma visão sobre o diagnostico, tratamento e a dificuldade que o homem encontra para realizar o exame preventivo de próstata. A vergonha que o homem tem de ir ao médico e ser tocado pelo mesmo para realizar a prevenção e ainda o medo de descobrir se está ou não doente. O diagnóstico deve ser baseado em exames como a biopsia prostática. Existem várias formas de tratamento, que visa o bem estar do paciente e o controle ou a cura da doença. O câncer é uma doença que se desenvolve a partir de uma multiplicação anormal das células de algum tecido do corpo humano. Normalmente, é assintomática no início e os sintomas só surgem em uma fase mais avançada, quando a doença é descoberta. O grande dilema do assunto câncer de próstata é que a menor parte da população masculina tem o hábito de procurar serviços de saúde, o que dificulta no diagnóstico precoce da doença e, consequentemente, o seu tratamento. Além disso, a falta de informação da maior parte da população sobre as possíveis consequências geradas pelo câncer prostático e o preconceito cultural, desmotiva ainda mais o homem a fazer o exame. A próstata é um órgão entre bexiga e pavimento pélvico, sendo atravessada pela parte inicial da uretra. É uma glândula sexual exclusiva do sexo masculino, que produz liquido que está presente no sêmen. Essa glândula esta passível a uma série de patologias. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma). É considerado um câncer de terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos ocorre a partir dos 65 anos de idade. O aumento de expectativa de vida, dieta rica em gordura e de origem animal e histórico familiar são fatores que aumenta a incidência do câncer. Muitos homens resistem para realizar o exame de prevenção, o toque retal é uma prática que pode provocar no homem o medo de ser tocado na sua parte inferior. Aspectos relacionados à percepção ou não da crise da masculinidade, em específico, produzem reflexos no campo da saúde, revelando dificuldades, principalmente, no que se refere à promoção de medidas preventivas. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após discutir os riscos e benefícios do tratamento com o médico, tendo por objetivo delinear a extensão da doença, auxiliar na decisão terapêutica e traçar um prognóstico para o paciente. O câncer de próstata é, sem dúvidas, uma doença grave que deve ser prevenido, diagnosticado e tratado mais precoce possível. É necessário que a população se posicione diante dessa causa e deixe esse preconceito de lado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. Câncer de próstata INCA - Instituto Nacional do Câncer; site saudedaprostata.org.br FILHO, R. T. F.; DAMIÃO, R. Câncer de próstata. 48º congresso do HUPE ""saúde do homem"" Artigo de saúde: Câncer de próstata; site boasaude.com.br RHODEN, E. L.; AVERBECK, M.A. Câncer de próstata localizado. 2010 75 5. VIEIRA, C. G.; ARAÚJO, W. S.; VARGAS, D. R. M. O homem e o câncer de próstata: prováveis reações diante de um possível diagnóstico. Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.5, n.1, Pub.3, Janeiro 2012 6. BERTOLDO, S. A.; Câncer de próstata: um desafio para a saúde do homem. Rev Enferm UNISA 2010; 11(2): 138-42" 76 DIFERENÇAS ENTRE A CIRURGIA ROBÓTICA E A CIRURGIA CONVENCIONAL ABERTA André Vinícius Costa Carneiro Dourado Helis Rejane Pereira Góis Stéphanie Paula Neris Nastas Rodolfo Neiva de Sousa Medicina André Maurício Borges de Carvalho (Orientador) [email protected] Área: Medicina Há muitos anos, a tecnologia tem influenciado intensamente a Medicina: avanços na informática médica tornam-se insubstituíveis, e em velocidade incontrolável. A cada dia é comum o uso de prontuários eletrônicos, teleconsultas e outros artifícios que auxiliam e melhoram a qualidade do atendimento médico. Da mesma forma ocorre no cenário da cirurgia robótica, o qual, sucessivamente, ganha espaço nos hospitais de todo o mundo. A cirurgia supracitada estabelece-se com objetivos explícitos: cirurgia minimamente invasiva com menor tempo de operação, reduzindo os riscos durante o procedimento e melhorando a qualidade de vida no período pós-operatório do paciente. Contudo, além das diversas vantagens sobre a cirurgia convencional, o elevado custo é o maior fator limitador para a maior frequência dessas cirurgias. A metodologia utilizada fundamentou-se em uma revisão de literatura em bases de dados científicas, como SciELO e LILACS. Os descritores utilizados foram: “cirurgia robótica, Medicina e informática médica”. Desde 2008, quando a cirurgia robótica chegou ao Brasil, segundo Ramos et al. (2013), é aprovada para uso civil e comercial e, atualmente, é a mais empregada em centros hospitalares no mundo todo. As cirurgias assistidas por robôs podem obter os mesmos resultados operatórios das cirurgias abertas, valorizando, desse modo, cada vez mais a sua funcionalidade. As vantagens das cirurgias robóticas existem em prol do maior bem-estar do paciente e do médico-acompanhante, como precisão das técnicas cirúrgicas, diminuição da perda de sangue durante a operação, redução das incisões e diminuição do tempo de cura e de cicatrização, bem como, nomeadamente, caracterizam-se por permitirem: a realização de procedimentos complexos de formas mais simples e menos invasivas; manobras e suturas difíceis; visualização da operação com um aumento de até 12 vezes e em alta definição; redução dos movimentos involuntários, como o tremor; postura mais confortável ao médico, prolongando o seu descanso; e provoca menos processos traumáticos no paciente, influenciando numa diminuição da dor em período pós-operatório. Por outro lado, as desvantagens reportadas pela cirurgia robótica são consideráveis empecilhos, principalmente, para a saúde pública brasileira, onde há falta de investimento: cada equipamento robotizado vale mais de R$2 milhões e sua manutenção custa em torno de R$200 mil por ano. Destarte, deve haver, de forma crescente, subsídios do Governo à implantação dessas máquinas cirúrgicas nos hospitais públicos brasileiros e aos estudos da robótica em benefício da Medicina. Outrossim, segundo Abdalla (2012), cabe ao médico exercer seu papel de conhecedor da doença, do tratamento e aplicar o que há de melhor para assegurar ao paciente a manutenção do seu bem-estar, convívio social digno e integridade da saúde. Fomentando, então, a necessidade do médico em buscar os melhores métodos terapêuticos a favor do paciente, como a utilização da cirurgia robótica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ABDALLA, Ricardo Zugaib et al. Cirurgia abdominal por robótica: experiência brasileira inicial. ABCD, arq. bras. cir. dig., São Paulo, v. 26, n. 3, p. 190-194, Set. 2013.. 77 2. 3. 4. RAMOS, Almino Cardoso et al. Resultados iniciais da primeira série de casos brasileira de cirurgia bariátrica totalmente robótica. ABCD, arq. bras. cir. dig., São Paulo, v. 26, supl. 1, p. 2-7, 2013. ABDALLA, Ricardo Zugaib. Cirurgia robótica, devo abrir mão?. ABCD, arq. bras. cir. dig., São Paulo, v. 25, n. 2, p. 74, June 2012. MADUREIRA FILHO, DELTA. Robotic surgery. A reality among us. Rev. Col. Bras. Cir., Rio de Janeiro, v. 42, n. 5, p. 281-282, Out. 2015. 78 DOENÇAS PROSTÁTICAS – PREVENÇAO Karla Cristina Sarmento Lucas Oliveira Mendes Rgério Sain´t Clair Pimentel Mafra Igor Rocha de Miranda Ferreira Medicina Rogério Sain´t Clair Pimentel Mafra (Orientador) [email protected] Área: Medicina A neoplasia prostática maligna (CaP) é o câncer mais frequente em homens e o segundo em mortalidade no Brasil. Além do CaP, a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), que não é um câncer é outra doença com elevada incidência em homens idosos. Essas doenças são normalmente encontradas em homens com mais de 40 anos, e é a partir desta idade que se recomenda os exames preventivos para o diagnóstico precoce. Os tratamentos para as neoplasias prostáticas podem ser através de cirurgia, radioterapia e quimioterápicos. No caso da HPB o tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico. O prognóstico da HPB é favorável e a mortalidade associada a ela é baixa, uma vez que metástase (propagação de células neoplásicas no corpo) não se faz presente. O CaP, por outro lado, é um dos tipos de câncer que mais matam, quando diagnosticado de forma tardia o prognóstico está intimamente relacionado com a metástase aumentando as chances de óbito. A prevenção desse câncer esbarra numa dificuldade histórica devido ao tabu associado a ela, o toque retal. Entretanto atualmente a prevenção é feita através de exames de sangue (dosagem de PSA - antígeno específico da próstata) além da anamnese, história clínica e outros exames complementares. Além da doença em si, outra preocupação proveniente das doenças prostáticas é o estado psicológico do paciente. Por se tratar de um componente do sistema reprodutor masculino que afeta a sensibilidade sexual, o paciente passa a se preocupar com sua virilidade, além de questões relacionadas a continência urinária. Assim, torna-se necessário estimular campanhas que visem a prevenção do câncer de próstata e HPB, a fim de favorecer o prognóstico dos pacientes, e melhorar a qualidade de vida dos homens de uma maneira geral. Esse trabalho mostra uma revisão sobre medidas educativas para conscientizar sobre doenças prostáticas e sobre campanhas que foram feitas nos últimos anos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Tweeting About Prostate and Testicular Cancers: What Are Individuals Saying in Their Discussions About the 2013 Movember Canada Campaign? 79 EDEMA PULMONAR DE ALTITUDE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE AS CAUSAS, A PATOGENIA, O TRATAMENTO E A PREVENÇÃO Amanda Fagundes da Silva Ávila Isabella Carvalho de Abreu Fernanda Rocha Moreira Luiza Jardim Auarek Izabela Ferreira Gontijo Amorim (Orientador) [email protected] Área: Medicina Introdução: Edema Pulmonar de Altitude (EPA) é caracterizado acúmulo de liquido no espaço intersticial. Na pratica de escalada o EPA tem se tornado cada vez mais incidente, devido, principalmente, à falta de informação sobre as causas que levam ao seu aparecimento. Objetivo: Essa pesquisa objeta elucidar: causas, patogenia, tratamento e prevenção do EPA. Metodologia: Revisão bibliográfica de literatura específica. Desenvolvimento: O Oxido Nítrico é importante para a manutenção do funcionamento fisiológico do sistema respiratório. Devido à sua ação vasodilatadora, de forma direta sobre os vasos pulmonares, e indireta ao diminuir a oferta de endotelina-1 (potente vasoconstritor). Um desequilíbrio nesse sistema pode desencadear no EPA, que têm como causadores: hipertensão pulmonar, aumento da permeabilidade capilar pulmonar e hipóxia. Os sinais abrangem taquipneia, taquicardia, cianose, tosse seca mucosanguinolenta e chiado em pelo menos um campo pulmonar. Diante desses sintomas, deve-se fazer a descida imediata ou a inalação de oxigênio e o uso de nifedipina 10-20mg sublingual + 20mg de liberação lenta, seguindo essa dose a cada 6h. Para prevenir esse evento é necessário subir lentamente a partir de 2500m ganhando altitude aos poucos, não mais do que 300 a 500m por noite, até atingir 4000m. Conclusão: Conclui-se ser necessário maior conhecimento por parte da população, sobretudo alpinistas, sobre os fatores desencadeantes da EPA. É necessário, também, haver profissionais de saúde treinados nos locais de maior incidência, para que seja possível uma reversão desse quadro em tempo hábil. Assim, deve-se fazer mais pesquisas relacionadas a esse tema com maior divulgação de seus resultados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 2. 3. 4. 5. 6. 7. SCHWAB, Marcos; JAYET, Piere – Yves; ALLEMANN, YVES; SARTORI, Claudio; SCHERRER, Urs; REXHAJ, Emrush; RIMOLDI, Stefano F. Hipertensión y Edema Pulmonr de altura: Rol de la disfunción endotelial y de la programación fetal. Medicina, Buenos Aires, v. 72, p. 150-157, 2012. SCHWAB, Marcos; JAYET, Pierre-Yves; ALLEMANN, Yves; SARTORI, Claudio; SCHERRER, Urs. Edema pulmonar de altura: modelo de studio de la fisiopatologia del edema pulmonar e de la hipertension pulmonar hipoxica em humanos. Medicina,Buenos Aires, v. 67, p. 71-81, 2007. MEHTA, Maj Gen SR.; CHAWLA, Lt Col A.; KASHYAP, Col AS. 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Marina Santana Carvalho Thiago José Vieira Chaves Anne Oliveira Sala Leite Lucas Maciel Batalha Loures José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) acometeu, aproximadamente, 734 mil pessoas no Brasil, segundo dados coletados pelo Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, em 2014. Apesar dos antirretrovirais serem disponibilizados pelo SUS, o índice de mortalidade pela AIDS ainda é significante. Neste contexto, o medicamento TRUVADA® promete uma profilaxia tanto pós-exposição (PEP) quanto pré-exposição (PrEP), sendo que enquanto a PEP garante o tratamento do portador do HIV, a PrEP é capaz de proteger pessoas com alto risco de infecção, como casais heterossexuais sorodiscordantes, usuários de drogas injetáveis e homens que se relacionam sexualmente com outros homens. A questão é: será o TRUVADA® apenas mais um fármaco que terá resultados pouco significativos ou um marco para o campo da medicina? O presente trabalho tem por objetivo demonstrar a todos, especialmente aos profissionais e estudantes da área da saúde, a possibilidade de sucesso do TRUVADA® na profilaxia pré-exposição ao vírus HIV, no que diz respeito à mudança de conduta e garantia do melhor prognóstico ao paciente susceptível a adquirir a AIDS. Uma pesquisa bibliográfica foi realizada baseando-se em publicações das maiores sociedades científicas do mundo, como a Science Translational Medicine e The Lancet, e das referenciadas entidades de promoção e vigilância em saúde, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Ministério da Saúde (MS), totalizando dezesseis publicações, dentre estas, as mais recentes divulgadas no meio científico, sendo sua maioria no ano de 2015. O PROUD, desenvolvido no Reino Unido, e o Ipergay, desenvolvido na França e no Canadá, são considerados os estudos-piloto da PrEP, sendo estudos isolados que forneceram a PrEP de formas distintas, mas que obtiveram exatamente o mesmo nível de eficácia, apesar de suas diferentes abordagens. Segundo McCormack S. (2015), no estudo PROUD, a taxa de novas infecções pelo HIV foi de 1,3% ao ano no grupo PrEP e 8,9% no grupo controle, sendo que a diferença entre os dois valores traduz uma eficácia de 86%. Já de acordo com Molina J. M. (2015), no estudo Ipergay, a taxa foi de 0,9% no grupo de PrEP e 6,8% no grupo controle, com uma diferença novamente traduzida a uma eficácia de 86%. Dessa forma, os resultados dos dois estudos são semelhantes e mostram a significativa eficácia do TRUVADA® na PrEP. Entretanto, não se sabe ao certo até que ponto a eficácia terapêutica é garantida e suficiente para a implantação do TRUVADA® como política de saúde pública, uma vez que apesar de comprovada, existe a necessidade de estudos consistentes sobre a adesão dos indivíduos à PrEP e sobre os efeitos colaterais tardios do uso crônico do medicamento. Dessa forma, sendo responsável pela garantia dos direitos e da saúde dos indivíduos com risco de exposição ao vírus HIV, assim como pela busca de uma futura erradicação da AIDS, o TRUVADA® pode modificar o cenário da saúde pública mundial. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Aids no Brasil. Ministério da Saúde. 81 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. Organização Mundial da Saúde. Guideline on When to Start Antiretroviral Therapy and on PreExposure Prophilaxis for HIV. Set, 2015. Thigpen MC. Antiretroviral Preexposure Prophylaxis for Heterosexual HIV Transmission in Botswana. 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Out 2015. 82 ESTUDO DE CONDICIONANTES E CARACTERÍSTICAS DO USO DO CITRATO DE SILDENAFILA CONTRA A DISFUNÇÃO ERÉTIL E MANUTENÇÃO DE UMA FUNÇÃO SEXUAL SATISFATÓRIA Luiza Jardim Auarek Clarissa Raquel da Silva Gomes Luiza Jardim Auarek Clarissa Raquel da Silva Gomes Luciene Rodrigues Kattah (Orientador) [email protected] Área: Medicina No Brasil, a prevalência de sintomas sexuais na população masculina com 40 anos ou mais é elevada e pode afetar sua percepção de saúde e qualidade de vida. Diante disso, Organização Mundial da Saúde (OMS) incorporou a atividade sexual como indicador de saúde pública, considerando a saúde sexual como um importante parâmetro de avaliação física e mental, sendo a disfunção erétil (DE) um dos problemas sexual mais incidente. Devido a essa alta incidência, a busca por tratamento farmacológico aumentou significativamente. Surgiram então, como tratamento farmacológico os inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5). De acordo com Wright (2006), o Citrato de Sildenafila, comercializado pela indústria farmacêutica Pfizer (Viagra®), foi o primeiro fármaco desta classe a ser liberado em 1998, e desde então se tornou um dos medicamentos mais prescritos mundialmente. Diante desse contexto, foi realizada uma busca sistemática em literatura especifica, nas bases de dados Scielo, e Up to Date com o uso dos descritores: disfunção erétil, impotência, Sildenafil, com o objetivo de descrever a utilização desse fármaco, e o seu mecanismo de ação. A DE é definida como a incapacidade de se obter e manter uma ereção suficiente para uma função sexual satisfatória, e tem como consequência o comprometimento do bem-estar e da qualidade de vida, bem como pode indicar a existência de doenças subjacentes, sobretudo aquelas relacionadas ao sistema cardiovascular. O Sildenafil vem sendo usado em casos de hipertensão arterial, coronariopatia e diabetes concomitante com a disfunção erétil. Esse fármaco produz uma queda tanto da pressão diastólica como da sistólica nas 4 primeiras horas após a sua ingestão. Pacientes com coronariopatia em utilização do medicamento podem desenvolver arritmias cardíacas devido ao esforço físico ocasionado pela relação sexual. A ação erétil do Sildenafil está associada ao aumento do influxo arterial e à redução do efluxo venoso do corpo cavernoso, levando ao relaxamento da musculatura lisa das artérias penianas e das trabéculas, acarretando maior ingurgitamento do corpo cavernoso. O relaxamento da musculatura lisa resulta da diminuição do cálcio intracelular mediada pelo acúmulo do segundo mensageiro, o monofosfato cíclico de guanosina (GMPc), cuja produção decorre da ativação da guanil-ciclase pelo óxido nítrico produzido pelo estímulo das células endoteliais, gerado pelo desejo sexual. O fator limitante deste processo é a degradação do GMPc pela enzima fosfodiesterase 5 (PDE5), presente em altas concentrações nessas estruturas penianas. O Sildenafil age como inibidor seletivo da fosfodiesterase tipo 5, que, não metabolizado o GMPc, mantendo a ereção enquanto a (PDE5) não for inibida. Esse fármaco possui mecanismo de ação eficiente para tratar a DE, porém, recomenda-se que seu uso seja indicado por um médico que irá estabelecer se o medicamento é ou não apropriado ao paciente devido à comorbidades previamente existentes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. NIH Consensus Conference. Impotence. NIH Consensus Development Panel on Impotence. Jama 1993; 270:83-90. Hauri D. Erectile dysfunction in the elderly man. Urol Int 2003; 70:89-99. 83 3. 4. 5. 6. 7. 8. Monga M, Rajasekaran M. Erectile dysfunction: current concepts and future directions. Arch Androl 2003; 49:7-17. Abdo CHN, Oliveira Jr WM, Moreira Jr ED, Fittipaldi JAS. Perfil sexual da população brasileira: Resultados do Estudo do Comportamento Sexual do Brasileiro (ECOS). Rev Bras Med. 2002;59(4):250-7. 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Vol.73, n6,1999. 84 O PAPEL DO PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PREVENÇÃO, DIAGNOSTICO E TRATAMENTO DA SÍNDROME DE FOURNIER Márcio Mattos Ferreira Vitor Felipe Dos Guimarães Igor Miranda Rocha Caio Bezerra de Menezes Fernandes Beatriz Martins Borelli (Orientador) [email protected] Área: Medicina O artigo tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre a Síndrome de Fournier, assim como informar como médicos e profissionais da área da saúde devem diagnosticar, avaliar e tratar essa patologia. As informações de tal enfermo são de extrema importância devido sua evolução muitas vezes rápida e com sequelas físicas e psicológicas. A Gangrena de Fournier é uma infecção polimicrobiana causada por microrganismos aeróbios e anaeróbios que, atuando de maneira sinérgica, determinam um fasciite necrotizante acometendo principalmente as regiões genital, perineal e perianal.¹ A doença, embora ocorra principalmente em indivíduos do sexo masculino na proporção de 10 para 1, não é restrita aos indivíduos jovens, afetando todas as faixas etárias, com média das idades ao redor dos 50 anos.³ As culturas realizadas demonstram, em média, a presença de quatro microrganismos por paciente.²Os microrganismos mais frequentemente isolados entre os Gram negativos aeróbios são Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Proteus mirabilis.¹² Atuando de maneira sinérgica essas bactérias agem através de diferentes mecanismos contribuindo não só para a gravidade mas também, para a rápida disseminação do processo.¹ Por outro lado, a destruição tissular é promovida pela ação direta da hialuronidase, produzida por estreptococos, estafilococos e bacteroides, sobre o tecido conjuntivo. ² A ação de outras enzimas como estreptoquinases e estreptodornases produzidas por estreptococos agravam ainda mais a destruição tissular.² Ao inibir a fagocitose os bacteroides impedem a destruição de microrganismos aeróbicos.² A crepitação é produzida pela produção de hidrogênio e nitrogênio por anaeróbios.² A apresentação da lesão nos pacientes com SF é bem variada. Inicia-se com infecções cutâneas mínimas, sendo considerada a “ponta do iceberg” para a evolução da doença nos locais afetados (CARDOSO, FERES, 2007, v. 40, p. 495). O fato de não ter o tecido integro favorece disseminação de microrganismos facultativos. Microrganismos facultativos para este local. Ao chegarem na lesão, as bactérias, que normalmente habitam a pele, tornam-se patológicas por atuarem consumindo o oxigênio do tecido prejudicando seu metabolismo (LOPES et al, 2014). Esse processo infeccioso através de uma endarterite obliterante leva à trombose dos vasos cutâneos e subcutâneos e consequente necrose da pele da região acometida.² O processo de evolução da doença pode estender da trombose, inflamação à necrose do tecido. Conclui-se que os profissionais da saúde devem se informar sobre o desenvolvimento da Síndrome de Fournier, visto que quanto antes diagnosticada e tratadas maiores são as chances de melhor qualidade de vida, aumento da sobrevida ou cura do indivíduo REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. http://revista.fmrp.usp.br/2007/vol40n4/1_gangrena%20de%20fournier.pdfSmith GL, Bunker CB, Dinneen MD. Fournier´s gangrene. Br J Urol 1998; 81: 347-55. Yaghan RJ, Al-Jaberi TM, Bani-Hani I. Fournier´s gangrene. Changing face of the disease. Dis Colon Rectum 2000; 1300-8. 85 3. 4. 5. LOPES, Joanilva Ribeiro et al. Síndrome de Founier: revisão com enfoque nos aspectos e características. Revista Digital EducacionFisica y Deportes, Buenos Aires, v. 19, n. 199, dez. 2014. Yanar H, Taviloglu K, Ertekin C, Guloglu R, Zorba U, Cabioglu N, Baspinar I. Fournier´s Gangrene : Risk factors and strategies for management. World J Surg 2006; 30: 1750-4. 4 Féres O, Andrade JI, Rocha JJR, Aprilli F. Fournier ́s gan- grene: a new anatomic classification. In: Reis Neto JA, edi- tor. Proceedings of the 18th Biennial Congress of the Inter- national Society of University Colon and Rectal Surgeons; 2000 July 23-26; São Paulo, Brazil. Bologna: Monduzzi Editore; 2000. p. 103-7. 86 ASSOCIAÇÃO ENTRE A HELICOBACTER PYLORI E O CÂNCER GÁSTRICO Guilherme Campos Oliveira Bruno Baquião da Silva Guilherme Costa Rodrigues Ludialem Lacerda Martins Izabela Ferreira Gontijo de Amorim (Orientador) [email protected] Área: Medicina INTRODUÇÃO: A infecção por Helicobacter pylori pode provocar diversas complicações gástricas, tais como gastrite, úlceras pépticas e câncer gástrico (CG). No CG, em especial, muitos fatores como infecções crônicas, o fumo do tabaco, dieta e obesidade são responsáveis por agravar a patologia em questão. Dentre os cânceres, o gástrico é o quinto mais comum do mundo e a terceira principal causa de morte por câncer. OBJETIVO: Estabelecer as principais correlações entre as causas e consequências da afecção por H. pylori e o câncer gástrico. METODOLOGIA: No presente trabalho, foi realizada uma revisão bibliográfica com base nos seguintes bancos de dados bibliográficos: Biblioteca Virtual em Saúde-Scielo; ScientificElectronic Library Online-Pubmed; e Lilacs, sem delimitação de período específico. A fim de identificar as principais temáticas, utilizou como palavra-chave: “Helicobacter pylori” e “ Gastric Cancer”. Utilizou-se como critério de escolha: artigos científicos escritos e publicados em inglês e português, selecionando aqueles que abordam dados epidemiológicos, fisiopatologia, intervenção diagnóstica, discussão de relato de caso, terapêutica e desfecho sobre o fenômeno. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No contexto do trabalho foram abordados diversos aspectos inerentes ao processo de infecção da bactéria, de sua colonização, de sua patogenia e as possíveis consequências. Dentre os principais eixos abordados destaca-se: a perturbação da homeostase gástrica; a principal causa da gastrite; a H. pylori como fator de risco para o câncer gástrico; a patogênia da H. pylori; a inflamação induzida pela pelo patógeno; o diagnóstico; as alterações histológicas da patologia; e o tratamento. CONCLUSÃO: Ressalta-se dessa forma, a importância em promover e realizar pesquisas e estudos específicos, abordando novas medidas de prevenção, bem como de tratamento contra o H. pylori, a fim de reduzir os indicadores de infecção pela bactéria e, consequentemente, os índices de câncer gástrico na população mundial. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. BARBOSA, Joel Antonio; SCHINONNI, Maria Isabel. Helicobacter pylori: Associação com o câncer gástrico e novas descobertas sobre os fatores de virulência. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, v. 10, n. 3, p. 254-262, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. 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Além disso, a HPB vem sendo relacionada a sintomas do Trato Urinário Inferior, o que garante o tratamento dos sintomas, a não progressão ou involução da doença. A incidência da HPB tem aumentado nas últimas décadas, o que faz ser importante o conhecimento sobre o assunto e dessa maneira, permitir a maior chance de se ter um diagnóstico precoce e garantir a sobrevida de pacientes. Este trabalho tem por objetivo informar a população sobre a incidência da HPB, explicar sua etiopatogenia e fisiopatologia, apontar ferramentas diagnósticas e esclarecer sobre os tratamentos disponíveis. A metodologia empregada foi baseada em uma revisão bibliográfica, a partir de uma análise qualitativa de artigos obtidos nas bases de dados Scielo e Projeto Diretrizes, sendo selecionados onze artigos do ano de 2008 ao ano de 2015. O aumento da idade e a presença dos testículos representam determinantes importantes para que ocorra a HPB. A partir dos 30 anos de idade, pode se dar o inicio do crescimento da próstata e a testosterona é considerada um dos responsáveis pelo crescimento prostático. Os testículos secretam um conjunto de hormônios sexuais masculinos chamados de androgênios que juntamente com os receptores de androgênios específicos (AR), controlam a proliferação e a diferenciação celular da próstata. A testosterona age tanto nas células estromais quanto nas células epiteliais. Ao entrar nas células estromais a testosterona é convertida em diidrotestosterona – DHT – que é mais potente na transcrição dos fatores de crescimento. À medida que envelhecem, os homens têm aumento nos níveis de estradiol no organismo. Estudos comprovaram que o estradiol aumenta a expressão de receptores androgênicos, logo, com o passar dos anos, os homens se tornam mais susceptíveis a ação da DHT. A HPB desenvolve-se na zona transicional e central da próstata, localizando-se ao redor da uretra prostática e se dá através de mecanismos fisiopatológicos que culminam ou em sintomas irritativos ou nos Sintomas do Trato Urinário Inferior. Pacientes portadores de HPB são diagnosticados a partir de uma avaliação clinica e laboratorial, tendo como aspectos que determinam o quadro clínico, a sintomatologia, obstrução infravesical e o aumento do volume prostático. O tratamento de pacientes diagnosticados com Hiperplasia Prostática Benigna inclui quatro vertentes: observação, terapia medicamentosa, terapias pouco invasivas e tratamento cirúrgico. Por tudo isso, o aumento da expectativa de vida do brasileiro leva a necessidade de maiores estudos sobre doenças que aumentam sua incidência com a idade, e a Hiperplasia Prostática Benigna é um exemplo destas patologias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. GOMES, Romeu et al. A prevenção do câncer de próstata: uma revisão de literatura. Fundação Oswaldo Cruz: Instituto Fernandes Figueira, Rio de Janeiro, p. 235 – 246, 04 ago. 2006 89 2. Sociedade Brasileira de Urologia, Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Hiperplasia Prostática Benigna. Projeto Diretrizes: Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, p. 1 – 18, 20 jun 2006. 3. AVERBECK, Márcio Augusto et al. Diagnóstico e Tratamento da Hiperplasia Benigna da Próstata. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, v. 54, n. 4, p. 471 – 477, out – dez 2010. 4. DORNAS, Maria Cristina; DAMIÃO, Ronaldo; CARRERETTE, Fabrício B. Tratamento Contemporâneo Não Cirúrgico da Hiperplasia Prostática Benigna. Hospital Universitário Pedro Ernesto: UERJ, Rio de Janeiro, v. 9, p. 34 – 39, 2010. 5. GRILO, M. C. A., et al. Papel do antigénio específico da próstata no rastreio do carcinoma da próstata. Acta Urulógica, Coimbra, v. 21, n. 2, p. 27 – 33, 2004. 6. OELKE, M. et al. Orientações sobre hiperplasia benigna da próstata. 2005. 7. BRUM, Ilma Simoni; SPRITZER, Poli Mara; BRENTANI, Maria Mitzi. Biologia Molecular das Neoplasias de Próstata. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v. 49, n. 5, out 2005, p. 797 – 804. 8. STROGI, Miguel et al. Doenças da Próstata. Revista Médica de São Paulo: São Paulo, v. 87, n. 3, p. 166 – 177, jul. 2008. 9. TONON, Thiarles Cristian Aparecido; SCHOFFEN, João Paulo Ferreira. Câncer de Próstata: uma revisão de literatura. Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 3, p. 403-410, set./ dez. 2009. 10. ROLO, Francisco. 100 perguntas sobre: Hiperplasia Benigna da Próstata. Associação Portuguesa de Urologia. 11. FREITAS, Cláudia Sondermann. Entendendo o Conhecimento sobre a Família Her-Receptores para o Fator de Crescimento Epidérmico e seus ligantes às Malignidades Hematológicas. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 54, n.1, p. 79 – 86, 2008. 90 ALTERAÇÕES ANATOMOPATOLÓGICAS GÁSTRICAS DECORRENTES DO USO CRÔNICO DOS INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS (IBP) Thainan Lopes Seara Filipe Salvador Zinatelli Coelho Izabela Ferreira Gontijo DE Amorim Patricia Alves Maia Guidine (Orientador) [email protected] Área: Medicina Os inibidores da bomba de prótons (IBP) são fármacos que inibem a enzima H + /K+ - ATPase na superfície secretora da célula parietal gástrica, sendo utilizados para suprimir a secreção ácida da mucosa gástrica. São uma das classes de medicamentos mais prescritas no mundo, combinando um alto nível de eficácia a uma baixa toxicidade. Tais fármacos demonstram excelentes resultados no tratamento de doenças dispépticas, sendo drogas consideradas de primeira escolha nessas condições. Entretanto, apesar dos IBPs serem efetivos no tratamento das desordens gástricas, a supressão ácida induzida pelo uso crônico desses fármacos pode induzir complicações. Assim, o presente trabalho tem por objetivo descrever as alterações anatomopatológicas do estômago decorrentes do uso crônico dos IBPs. As bases de dados SciELO, PubMed, DynaMed e Cochrane foram consultadas com o uso dos seguintes descritores: “Inibidores da bomba de prótons”, “Lesões Gástricas”, “uso crônico dos IBPs”. Foram selecionados 12 artigos, publicados entre 2006 e 2016, na língua portuguesa e inglesa. Estudos apontam para a existência de uma relação entre o risco de câncer gástrico e o uso crônico de IBPs. Em pacientes infectados por H. pylori, os IBPs induzem gastrite e progressão para gastrite atrófica. Além disso, pode haver progressão da gastrite crônica do antro gástrico para uma predominante no corpo gástrico, e esta mudança pode ser um fator de risco para o câncer gástrico. Adicionalmente, o uso de IBPs está associado ao desenvolvimento de pólipos de glândulas gástricas, os quais podem, raramente, se tornar displásicos. Tem sido demonstrado que a supressão ácida prolongada leva ao aumento da prevalência da hiperplasia das células tipo-enterocromafins (ECL), mais proeminente em indivíduos infectados pelo H. pylori, quando comparado àqueles não infectados. Assim, percebe-se que as alterações decorrentes do uso crônico dos IBPs podem desencadear repercussões clínicas importantes nos indivíduos acometidos, interferindo diretamente no processo homeostático. Os fatores supracitados se tornam ainda mais relevantes ao revermos dados epidemiológicos, que apontam o uso deliberado dos IBPs por automedicação como um grande problema no Brasil, bem como o desconhecimento de muitos profissionais da saúde dos potenciais problemas relacionados ao uso indiscriminado e por longos períodos de tempo dos IBPs. Portanto, apesar destes fármacos serem potentes inibidores da secreção ácida gástrica e, como tal, indispensáveis para a prevenção e tratamento de doenças ácido-relacionadas, a inibição da secreção ácida produzida por esta classe de medicamentos pode estar relacionada a alterações celulares que afetam a funcionalidade gástrica, e assim, podem comprometer a qualidade de vida daqueles que os utilizam. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. ARAI, Ana E; GALLERANI, Sandra M C. Uso crônico de fármacos inibidores da bomba de prótons: eficácia clínica e efeitos adversos. Londrina, 2011. LIMA, Ana P V; FILHO, MÁRIO A N. Efeitos em longo prazo de Inibidores da Bomba de Prótons. BJSC. V.5, n.3 Fev 2014. 91 3. SOUSA, Iure F K. et al. Análise qualitativa das alterações anatomopatológicas na mucosa gástrica decorrentes da terapêutica prolongada com inibidores da bomba de prótons: estudos experimentais x estudos clínicos. Revista Brasileira de Cirurgia. V.26, N.4, São Paulo, Nov 2013. 92 RASTREAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA Jéssica Souza Pereira Stefânia Tiradentes Ribeiro Andrea Zeringota de Castro Machado Fernanda Ferreira Bicalho Moreira Lucas Leonardo Knupp dos Santos (Orientador) [email protected] Área: Medicina O rastreio do câncer de próstata envolve diversas questões, que devem ser analisadas antes da incorporação na prática clínica e como programa de saúde pública. O benefício esperado é a redução de mortalidade. Os malefícios incluem resultados falso-positivos, ansiedade associada ao sobrediagnóstico de câncer e danos resultantes do sobretratamento, que nunca evoluiriam clinicamente. O evento Mesa Redonda com o tema: “Câncer de próstata - Rastreio ou não na Atenção Primária” ocorreu na Faculdade de Minas (FAMINAS-BH), sob organização e parceria das Ligas: LACITRA (Liga Acadêmica de Cirurgia e Traumatologia) e LAMFEC (Liga Acadêmica de Medicina da Família e Comunidade) tendo como participantes: acadêmicos e especialistas em Urologia e em Medicina de Família e Comunidade. O objetivo do evento e do estudo foi promover a discussão sobre o rastreio do câncer de próstata que apresenta divergências entre as sociedades médicas. Assim, diante dos questionamentos de se realizar ou não o rastreio universal para o câncer de próstata, por meio de estudo de revisão bibliográfica, realizou-se uma busca na base de dados: Pubmed e Scielo, de artigos entre o ano de 2009 a 2015, sendo essa pesquisa realizada entre os dias 01 a 30 de novembro de 2015. E como resultado desse trabalho, os médicos de família argumentaram a partir de um estudo americano (PLCO study), o (PSA + toque retal) não reduziu a mortalidade, com acompanhamento por 11 anos. Desse modo, consideram que o PSA e toque não se incluem como modalidade de rastreio. Por outro lado, urologistas se posicionam a favor do rastreio, visto que, o estudo europeu (ERSPC study) mostrou uma redução de 20% da mortalidade por câncer de próstata com o rastreamento (PSA) durante 9 anos. E defendem ainda que a recomendação atual é seguir protocolos individualizados para cada paciente. Portanto, com o término do evento, notou-se a importância da prática médica baseada em evidências tanto na Atenção Primária a Saúde como também para os futuros profissionais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. American Cancer Society. Prostate Cancer Prevention and Early Detection. 2015. ANKERST, Donna P. et al. Prostate cancer prevention trial risk calculator 2.0 for the prediction of low- versus high-grade prostate cancer. Urology. 2014 June; 83(6): 1362–1368. BELINELO, Renata Guzzo Souza et al. Screening examination for prostate cancer: men's experience. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem. 18(4) oct-dec 2014 CARTER, H. Ballentine. Early detection of prostate cancer: AUA guideline. American Urological Association Education and Research. April 2013 CARROLL PR, VICKERS AJ. Point/Counterpoint: Early Detection of Prostate Cancer: Do the Benefits Outweigh the Consequences? Journal of the National Comprehensive Cancer Network. 2014;12 (Supll. 5):768-71 DJULBEGOVIC M, BEYTH RJ, NEUBERGER MM, STOFFS TL, VIEWEG J. Screening for prostate cancer: systematic review and metaanalysis of randomised controlled trials. BMJ. 2010;341: c4543. HOFFMAN, Richard M.. Screening for prostate cancer. New England Journal of Medicine. 2011 November. 365(21):2013-9. 93 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. HOFFMAN, Richard M.. Patient information: Prostate cancer screening (Beyond the Basics). 2011 Aug 16, 2013 Instituto Nacional de Câncer. Próstata. 2014. KAWACH, Mark H. et al. Prostate Cancer Early Detection. Journal of the National Comprehensive Cancer Network. 2010;8:240–262 MOYER, Virginia A. Screening for Prostate Cancer: U.S. Preventive Services Task Force Recommendation Statement. Annals of Internal Medicine. 2012;157(2):120-134. SANTOS, José Agostinho. Rastreio do cancro prostático: o actual paradigma da medicina centrada na pessoa. Rev Port Med Geral Fam. 2014, vol.30, n.2, pp. 122-128. ISSN 2182-5173. Sociedade Brasileira de Urologia. Câncer de próstata. São Paulo (SP): SBU; 2012 [citado 2014 mar 12]. THE ERSPC INVESTIGATORS. Screening and Prostate-Cancer Mortality in a Randomized European Study. The New England Journal of Medicine. 2009;360:1320-8 WOLF, Andrew M. D. American Cancer Society Guideline for the Early Detection of Prostate Cancer. CA: A Cancer Journal for Clinicians, 2010. P. 70–9 94 ACOMETIMENTO DA SÍNDROME DO CARPO EM CIRURGIÕES DENTISTAS Adriano Paulo de Castro Larissa Marque Landim Luisa Arantes Milena Bittencourt Trindade Arno Ribeiro Nunes (Orientador) [email protected] Área: Medicina Introdução: Lesões por esforços repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao trabalho (DORT), ainda permanecem sendo alvo de grande incidência em trabalhadores que realizam movimentos repetidos extenuantes, tornando motivo de preocupação para autoridades, uma vez, que tais acometimentos são considerados um problema de saúde pública. Profissionais da área de saúde entre outros, estão sujeitos a acometimentos que prejudiquem ou alterem o padrão de normalidade de sua saúde, como por exemplo, alteração no nervo mediano do antebraço, levando a uma síndrome, conhecida como Síndrome do túnel do carpo. Diante de tal situação, fundamentamos uma revisão bibliográfica de publicações acerca do assunto. Objetivos: Compreender os motivos que tornam cirurgiões dentistas vulneráveis a essa síndrome, e a importância de mecanismos que possam minimizar os efeitos ocasionados por tal moléstia. Metodologia: Foi realizada a revisão de dez artigos publicados em bases de dados de confiabilidade aceitável no meio acadêmico, como Google acadêmico e Scielo, no período de Janeiro 2012 a março de 2016. Palavras chaves que foram utilizadas: Síndromes, nervo, carpo, dentistas, cirurgiões. Resultados: Muitos profissionais, por desconhecerem a origem de tal síndrome, desempenham suas atividades de forma inadequada, propicionando um quadro favorável ao aparecimento dessa enfermidade. Cirurgiões dentistas têm sido os profissionais no meio da saúde com maior índice dessa disfunção, sinalizando um desconhecimento sobre essa patologia, ou desatenção durante as atividades realizadas. Conclusão: Após analise de publicações, evidencia-se a necessidade de discussões relacionadas à Síndrome do Túnel do Carpo, para possíveis alterações na forma de trabalho desses profissionais, buscando a redução desse quadro patológico. Além disso, equipamentos com maior ergonomia, deveriam ser produzidos no intuito de facilitar a postura desses profissionais para um melhor desempenho de suas atividades. Incentivo da parte governamental, em divulgação dessa síndrome e formas de evitar seu aparecimento, teria grande papel para alteração do quadro observado. Tanto o governo quanto às entidades de classe de saúde deveriam estar interessadas na divulgação desta patologia com a finalidade de melhorar a saúde destes profissionais 95 REJEIÇÃO AO TRANSPLANTE PENETRANTE DE CÓRNEA EM CERATOCONES Camila Dias Medeiros Aurélio Leite Rangel Souza Henriques Janaína Miranda Guimarães Mariane Vieira de Souza Andre Mauricio Borges de Carvalho (Orientador) [email protected] Área: Medicina O ceratocone é uma doença degenerativa progressiva, não inflamatória, de etiologia desconhecida que afeta a córnea. Caracteriza-se pelo afinamento, protrusão e astigmatismo desta membrana, que adquire formato cônico e resulta em acentuada baixa da acuidade visual. A doença tem início tipicamente no final da adolescência e os sintomas mais comuns são: desconforto visual, cefaleia, fotofobia e troca frequente de lentes oculares. A classificação do ceratocone pode ser feita tendo em conta a forma do cone e pela severidade da curvatura. O tratamento depende da gravidade em que se encontra a doença. Casos leves são tratados apenas com óculos e lentes de contato. Os intermediários podem ser tratados por meio de procedimentos como o crosslinking de colágeno, a introdução de lente rígida ou o implante cirúrgico de segmentos de anéis de ferrara ou corneano. Já os casos avançados, em que há intolerância, adaptação ruim e má acuidade visual, são indicativos de cirurgia transplantaria da córnea. Para a realização deste resumo foram utilizados sites de pesquisa como Scielo, PubMed e UpToDate com as descrições: “rejeição ao transplante penetrante de córnea” e “ceratocone”. O transplante de córnea ou ceratoplastia penetrante é o tratamento padrão para ceratocones graves. A cirurgia substitui toda a córnea do paciente com ceratocone por uma saudável. Embora o transplante de córnea seja a forma de transplante de tecido de mais sucesso, em razão do privilégio imunológico da câmara anterior, a rejeição ocorre em mais de 90% dos transplantes e continua a ser a maior causa de falência, mesmo considerando córneas não vascularizadas. A rejeição ocorre quando o sistema imune não reconhece o novo órgão e passa a atacá-lo. Dessa forma, a córnea se torna opacificada e edemaciada, já que o endotélio, responsável pela manutenção da transparência, é lesado. A maioria dos episódios de rejeição ocorre no primeiro ano após o transplante, mas podem ocorrer anos mais tarde. Os tipos de rejeição são divididos em: epitelial, subepitelial, endotelial e não caracterizado. Há vários fatores de risco para tal: idade menor do que 40 anos, neovascularização corneal, inflamação corneal preexistente, suturas frouxas, trauma cirúrgico e maior duração. Os sinais de advertência são: vermelhidão, sensibilidade à luz, diminuição da visão e dor. Se houver um diagnóstico precoce é possível reverter à rejeição com o uso intensivo de corticoide tópico e outros medicamentos. Sendo assim, apesar da alta taxa de sucesso do transplante corneano em ceratocones, há grande possibilidade de rejeição desses. Alterações pós-cirúrgicas devem ser observadas a fim de identificar rejeições e iniciar tratamento medicamentoso contínuo. Assim, é possível evitar a falência da córnea saudável e obter melhora total do ceratocone. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. ELIAS, Rosana Molina Saraiva et al . Ceratocone: fatores prognósticos. Arq. Bras. Oftalmol., São Paulo , v. 68, n. 4, p. 491-494, ago. 2005 . LOPES, Bernardo Teixeira et al . Perfil paquimétrico horizontal para a detecção do ceratocone. Rev. bras.oftalmol., Rio de Janeiro , v. 74, n. 6, p. 382-385, Dec. 2015 . BENIZ, Luiz Arthur F. et al . Intrastromal corneal ring segments delay corneal grafting in patients with keratoconus. Arq. Bras. Oftalmol., São Paulo , v. 79, n. 1, p. 30-32, Feb. 2016 . 96 4. MASCARO, Vera Lúcia Degaspare Monte et al. Transplante de córnea em ceratocone: avaliação dos resultados e complicações obtidos por cirurgiões experientes e em treinamento. Arq Bras Oftalmol. São Paulo. 2007;70(3):395-405. 5. Nose W, Mattos RB, Belfort Jr R, Guedes M. Transplante de córnea e epiceratoplastia no ceratocone - Estudo prospectivo e comparativo. Arq Bras Oftalmol. 1989;52(4):135-6. 6. Colin J, Velou S. Current surgical options for keratoconus. J Cataract Refract Surg. 2003;29(2):37986. Review 7. Kirkness CM, Ficker LA, Steele AD, Rice NS. The success of penetrating keratoplasty for keratoconus. Eye. 1990;4(Pt 5):673-88 8. Vail A, Gore SM, Bradley BA, Easty DL, Rogers CA, Armitate WJ. Clinical and surgical factors influencing corneal graft survival, visual acuity, and astigmatism. Corneal Transplant Follow-up Study Collaborators. Ophthalmology. 1996;103(1):41-9. 9. Sharif KW, Casey TA. Penetrating keratoplasty for keratoconus: complications and long-term success. Br J Ophthalmol. 1991;75(3):142-6. 10. Coster DJ, Williams KA. Transplantation of the cornea. Med J Aust 1992;157(6):405-8. 11. Bocacio FJ Transplante de córnea: análise do presente e perspectiva para o futuro. An Oftalmol 1990;9(1):138-9. 97 TUMOR MALIGNO DA BAINHA DOS NERVOS PERIFÉRICOS: RELAÇÃO COM NEUROFIBROMATOSE DO TIPO 1 Helis Rejane Pereira Góis André Vinicius Costa Carneiro Dourado Glenda Caroline Azevedo Santos Sabrina Helena Evangelista Silva Izabela Ferreira Gontijo De Amorim (Orientador) [email protected] Área: Medicina Os tumores malignos da bainha dos nervos periféricos, também conhecidos como Schwannomas malignos, são raros sarcomas de tecidos moles que surgem na proximidade de um nervo periférico e respondem por cerca de 5 a 10% de todos os sarcomas dos tecidos moles, com incidência de 1 a cada 100.000 pessoas. Afetam principalmente adultos com idade entre 20 e 50 anos, onde 10 a 20% dos casos ocorrem em crianças. Neurofibromatose do tipo 1 é uma síndrome autossômica dominante, caracterizada por alterações do sistema nervoso central, pele e osso (LONGHI et al., 2010). Realizou-se uma revisão integrativa de literatura, sendo selecionados artigos em português e inglês, nas bases de dados PubMed e SciELO. Os descritores utilizados foram “tumor nervos periféricos’’ e “neurofibrossarcoma’’ na SCIELO e “malignant peripheral nerves tumor’’ na PubMed. Os tumores malignos da bainha de mielina estão frequentemente associados à NF1, em 21 a 67% dos casos. Pacientes com essa doença tem uma mutação em um alelo do gene supressor de tumor NF1, o que produz níveis elevados de atividade do gene RAS. Essa mutação contribui para a formação de múltiplos tumores de nervos periféricos, que mais comumente localizam-se no retroperitônio, no tronco e nas extremidades do corpo, com a cabeça e o pescoço representando apenas 2-9% dos casos (ARSHI; TAJUDEEN; JOHN, 2015). A NF1 representa um risco 4600 vezes maior de desenvolver estes tumores em relação à população em geral, tratamentos prévios de radioterapia representam um segundo fator de risco, sendo os pacientes diagnosticados após 15 anos do tratamento inicial (MARÇAL, 2010). A apresentação clínica da doença nas regiões de cabeça e pescoço é heterogênea, mas pode envolver uma massa que cresce rapidamente, gerando como sintomas tosse ou rouquidão, dor radicular ou parestesias e déficits neurológicos, dependendo da região anatômica envolvida (ARSHI; TAJUDEEN; JOHN, 2015). Para o diagnóstico a ressonância magnética é o exame de escolha, pois pode diferenciar tumores de tecidos moles de natureza neurogênica dos não neurogênicos, o exame histopatológico do tumor revela alternância de áreas com alta densidade celular e outras com baixa densidade celular e padrão em paliçada, as células malignas podem ser fusiformes (em 80% a 85% dos casos) ou arredondadas, sendo que este pleomorfismo celular dificulta o diagnóstico, cuja malignidade é sugerida por núcleos hipercromáticos, elevada atividade mitótica, invasão vascular e dos tecidos envolventes e presença de áreas necróticas (DIOGO et al., 2012). A cirurgia do tumor é o tratamento indicado, sendo a quimioterapia e radioterapia usadas como adjuvantes (DIOGO et al., 2012). O prognóstico não é favorável, uma vez que esses tumores tem uma taxa de recorrência de 20-40% após a ressecção cirúrgica e 75% dos casos ocorrem nos primeiros dois anos, a metastização é frequente se dá principalmente por via hematogênica. A presença de NF1 é um fator de mau prognóstico (MARÇAL, 2010). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ARSHI, Armin; TAJUDEEN, Bobby A.; JOHN, Maie St. Malignant peripheral nerve sheath tumors of the head and neck: Demographics, clinicopathologic features, management, and treatment outcomes. Oral Oncology, Los Angeles (EUA), v. 51, p. 1088–1094, Out. 2015. 98 2. 3. 4. DIOGO, Cláudia de Jesus et al. Tumor maligno da bainha do nervo periférico: Relato de caso. Revista Brasileira de Clínica Médica, São Paulo, v.10 ,p. 69-72, jan-fev; 2012. LONGHI et al. High Grade malignant peripheral Nerve Sheath tumors: Outcome of 62 patients with localized Disease and Review of the literature. Journal of Chemotherapy, Bolonha (Itália), v. 22, n. 6, p. 413 – 418, 2010. MARÇAL, et al. Tumor maligno da bainha dos nervos periféricos do pulmão: A propósito de um caso clínico. Revista Portuguesa de Pneumologia, Lisboa (Portugal), v. 16, n. 3, p. 483-492, Mai./Jun. 2010. 99 ANOREXIA EM HOMENS: DIFICULDADES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS Ana Carolina de Paiva Sousa João Marcos Barcelos Sales Pietro Pellizzaro Lima Luciene Rodrigues Kattah (Orientador) [email protected] Área: Medicina Os transtornos alimentares são perturbações no comportamento alimentar mais comuns na adolescência e em mulheres, não excluindo, porém, as demais faixas etárias e gêneros. Entre tais distúrbios, a anorexia é um transtorno no qual há uma busca excessiva pela magreza, associada à recusa deliberada à alimentação e distorções da autoimagem corporal. Como resultado, o corpo sofre alterações endócrinas e metabólicas desenvolvendo quadros patológicos, chegando ao extremo enfraquecimento. A imagem anoréxica sempre foi atrelada à figura feminina e a disparidade de acometimento entre os gêneros fez com que os casos em pacientes masculinos fossem menosprezados. Diante disso, o presente trabalho, realizado por meio de uma revisão bibliográfica com base de dados SciELO e Google Acadêmico, propõe uma abordagem acerca da anorexia nervosa em homens, elucidando as peculiaridades no comportamento dos anoréxicos do sexo masculino e fatores que podem desencadear esse tipo de transtorno, bem como as dificuldades diagnósticas e terapêuticas inerentes ao quadro. Muitos homens iniciam um quadro de anorexia devido à obesidade, uso de drogas, álcool, problemas familiares, sobretudo com o pai, onde tentam não parecer fisicamente com o progenitor. Um outro fator de risco é a homossexualidade . A anorexia ainda é vista como uma doença feminina, o que leva à dificuldade do homem heterossexual em procurar ajuda, por não admitir que está doente enquanto que, os homossexuais podem estar muito representados por não apresentarem tal limitação . Em relação às complicações médicas, os pacientes masculinos sofrem primeiramente com os problemas decorrentes da desidratação, fato que pode estar relacionado ao maior percentual de gordura corporal feminino. Além disso, a perda óssea é mais acentuada que nos pacientes femininos e há casos de perda de desejo sexual. Uma outra diferença entre os gêneros relaciona-se ao fato dos homens fazerem menos uso de laxantes e pílulas para emagrecimento que as mulheres, o que está possivelmente relacionado ao metabolismo masculino, fazendo com que estes tenham mais facilidade de perder peso. Mesmo com a dificuldade de diagnóstico, devido à limitação do distúrbio ao gênero feminino, ao fato dos motivos que levam os homens a fazer dieta parecerem razoáveis e à própria negação à doença, 10% dos pacientes anoréxicos já são homens, que inclusive movimentam blogs ""próana"" voltados para o público masculino. O número alerta para a necessidade de conhecimento sobre a doença por parte dos profissionais de saúde para que esta, possa ser compreendida também na esfera do gênero masculino, atentando-se às suas particularidades e desafios, desviando das situações que possam levar ao subdiagnóstico. Dessa forma, com uma maior conscientização do problema haveria também a otimização do tratamento, reduzindo as complicações metabólicas e orgânicas, bem como os prejuízos psicológicos oriundos da anorexia masculina. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. SOPHIA, Bianca; Quando a magreza passa a ser considerada um ideal masculino: Um olhar socioantropológico acerca dos transtornos alimentares em homens. Revista Intratextos, Rio de Janeiro, vol 4, n.1, p. 119-139, Abr 2013. 100 2. 3. 4. ALMEIDA, Thamires Citadini de; GUIMARAES, Cristian Fabiano. Pro-Ana blogs and the anorexia experience in males. Saúde e sociedade, São Paulo , v. 24, n. 3, p. 1076-1088, set. 2015 . MELIN, Paula; ARAUJO, Alexandra M. Transtornos alimentares em homens: um desafio diagnóstico. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo , v. 24, supl. 3, p. 73-76, Dec. 2002 . CORDÁS, Táki Athanássios; CLAUDINO, Angélica de Medeiros. Transtornos alimentares: fundamentos históricos. Revista Brasileira de Psiquiatria, v.24, supl.3, p.3-6, Dec. 2002. 101 TRANSTORNO DO PÂNICO-ASPECTOS PSICOSSOCIAIS E NEUROBIOLÓGICOS Gabrielle Luara Almeida de Jesus Kelly Christina da Fonseca Meira Amanda Dias Campos Katye dos Passos Rodrigues Evaristo Nunes de Magalhães (Orientador) [email protected] Área: Medicina A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade, caracterizada por crises sucessivas de descontrole neurossomático e sensação de perigo que ocorrem de forma súbita e espontânea. Assim, notam-se aspectos psicodinâmicos que envolvem estados de exacerbações fóbicas. Esse transtorno é evidenciado pela hiperatividade do sistema nervoso autônomo simpático (SNAS), frente a fatores desencadeantes e ameaças externas não explícitas. Há diversos fatores que se relacionam com as causas dos ataques, como pré-disposição genética, convivência familiar, escolar e social, com maior prevalência em mulheres. Para a realização do trabalho, foram utilizados artigos encontrados no Google acadêmico e Pubmed relacionados à síndrome do pânico, com intuito de descrever os aspectos psicossociais e neurobiológicos envolvidos com as etiologias e complicações dessa patologia. As palavras utilizadas na pesquisa foram síndrome do pânico, aspectos neurobiológicos e psicodinâmica, com seleção de artigos gratuitos. Para a comprovação da síndrome, o Manual de diagnóstico e estatística-IV estabelece a associação de no mínimo quatro sintomas em crises sucessivas: palpitação ou taquicardia; sudorese; tremor; sensação de falta de ar; sensação de asfixia; dor ou desconforto torácico; náusea ou desconforto abdominal; sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio; sensação de desrealização ou despersonalização; medo de perder o controle ou enlouquecer; medo de morrer; parestesia; calafrio e ondas de calor. A etiopatogênese dessa síndrome, de acordo com a visão médica, está relacionada a alterações na síntese de neurotransmissores (NT), principalmente GABA e serotonina. A produção inadequada dessas substâncias leva a informações e comandos errôneos ao cérebro acionando o SNAS. Dessa maneira, esse transtorno para a medicina tende a ser cronificado, sendo necessária a utilização de medicamentos, como Antidepressivos Tricíclicos, Inibidores da MAO, Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e Benzodiazepínicos durante toda a vida. Já para a orientação psicanalítica, o ataque de pânico não é espontâneo, mas sim desencadeado por situação emocional e psicológica. Geralmente, os pacientes apresentam personalidade retraída, evitando confrontações psíquicas e se afastando do convívio social. Logo, várias técnicas são eficazes no tratamento, como psicoterapia (técnica que expõe o paciente a situações temidas) e terapia cognitivo-comportamental. Para a psicologia o transtorno de pânico tem cura, uma vez que o paciente deve confrontar aquilo que acarreta insegurança. Já para a medicina, essa patologia não tem cura, pois é desencadeada por alterações neuroquímicas, que funcionam como estímulos constantes para as crises. Torna-se necessário a associação da psicoterapia e medicamentos para melhor eficácia. Isso permite que o indivíduo controle a ansiedade e não desenvolva os ataques, possibilitando a inserção do paciente na sociedade e na estabilização mental desse indivíduo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. FRANCA, Georgiana Furtado; QUEIROZ, Edilene Freire de; Reflexões sobre um caso de síndrome de pânico enfocando os acontecimentos de corpo, 2010. PIRES, Andressa Jacondino; et al; Panic disorder and psychoactive substance use in primary care, 2014. 102 3. 4. 5. 6. 7. MONTIEL, Jose Maria; et al; Pensamentos negativos automáticos em pacientes com transtorno do pânico, 2013. CAREZZATO, Mario Costa; Uma Leitura Psicodramática da Síndrome do Pânico. CRASKE, Michelle G.; BARLOW, David H; Livro: Manual clínico dos transtornos psicológicos. Capítulo 1: Transtorno de pânico e agorafobia, páginas 13-74. JÚNIOR, Alberto Stoppe; CORDÁS, Táki Athanássios; Síndrome do pânico. VALENTE, Nina Leão Marques; MELLO, Marcelo Feijó de, 2012. Transtorno do pânico. 103 O PAPEL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA PROMOÇÃO DE CIDADANIA AOS PORTADORES DE TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR Carla Cíntia Ferreira Elisa Machado Heringer Marcela Vasconcelos Apipe Kesia de Souza Ruela Humberto Ferreira Ianni (Orientador) [email protected] Área: Medicina O TDM é caracterizado por tristeza, perda de interesse ou prazer, sentimento de culpa ou baixa autoestima, perturbação do sono ou apetite, cansaço e falta de concentração, entre outros; prejudicando substancialmente a capacidade de lidar com a vida cotidiana, além disso, é um notável problema de saúde global, causando impacto negativo na vida do indivíduo e de suas famílias, e elevando a demanda dos serviços de saúde. Estima-se que 50% a 60% dos casos de TDM não são detectados ou não recebem tratamento adequado. Este trabalho busca reunir evidências sobre a abordagem da depressão pela Atenção Primária à Saúde (APS), baseando-se em uma revisão bibliográfica realizada por meio de pesquisas às seguintes plataformas: Pubmed, BVS e Scielo. Os seguintes descritores foram utilizados: APS, TDM, cidadania; dentre os 43 artigos encontrados apenas 7 se enquadravam ao tema proposto, portanto foram selecionados. Além de ser prevalente e subdiagnosticado, o TDM não se restringe à sintomatologia, evidências mostram que esses pacientes utilizam os serviços médicos com maior frequência, têm diminuição da produtividade e prejuízo da qualidade de vida quando comparados a portadores de outras doenças crônicas. Há muitas opções efetivas para o atendimento de TDM na APS, a simples abordagem inicial, ao se fazer uma boa escuta e permitir que a pessoa exponha suas inquietações, é suficiente para lidar coma a maioria dos casos. A cidadania é a condição de acesso aos direitos sociais e econômicos que permite que o cidadão possa desenvolver todas as suas potencialidades, incluindo participação ativa, organizada e consciente, da construção da vida coletiva, sendo assim promover assistência adequada no TDM possibilita que o indivíduo exerça sua cidadania. Uma lei federal de 1999, relacionada com a reforma dos serviços de saúde mental, sublinha que a população tem o direito de ser tratada na comunidade. A Política Nacional de Saúde Mental menciona a formação e a supervisão de profissionais de saúde geral em questões de saúde mental como uma prioridade estratégica para a integração da saúde mental nos cuidados primários. Quando se trata de um provedor de cuidados de saúde primários, existem dois requisitos fundamentais que devem orientar a prática, o primeiro é o envolvimento centrando em uma comunicação de duas vias sobre o contexto atual e o passado do indivíduo que podem causar impactos na sua saúde mental. O segundo foca na intervenção, que vai além da prescrição apropriada da terapia farmacológica, por meio da tomada de decisões compartilhadas sobre estratégias viáveis para solucionar os variados sintomas. Nesse contexto observamos que o TDM é uma doença incapacitante e de extrema relevância na vida de um número significativo de pessoas, por isso é essencial que a APS tenha mecanismos efetivos de diagnóstico, abordagem e controle dessa doença, promovendo assim saúde e garantindo que os indivíduos tenham capacidade plena de exercerem seus papéis enquanto cidadãos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 104 1. 2. 3. 4. 5. 6. BONAVIDES, Paulo; MIRANDA, Jorge; AGRA, Walber de Moura. Comentários à Constituição Federal de 1988. Rio de Janeiro: Editora Forense, p. 7. 2009. FLECK, Marcelo Pio de Almeida; LIMA, Ana Flávia Barros da Silva; LOUZADA, Sérgio; SCHETASKY, Gustavo; HENRIQUES, Alexandre, BORGES, Vivian Roxo; CAMEYB, Suzi e Grupo LIDO. 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Disponível em: http://www.who.int/eportuguese/publications/Integracao_saude_mental_cuidados_primarios. pdf?ua=1 105 CONSIDERAÇÕES TERAPÊUTICAS NO TRANSTORNO DEPRESSIVO EM PACIENTES ONCOLÓGICOS Victor Nascimento Brandão Filipe Brito Ferraz da Silveira Rômulo Pereira Pinto Jussara Santos Souza Humberto Ferreira Ianni (Orientador) [email protected] Área: Medicina O paciente oncológico apresenta-se atualmente com um amplo espectro de comorbidades associadas à sua doença. Os avanços nas últimas décadas têm contribuído para o aumento da esperança de vida das pessoas, realçando a necessidade de atentar a outros domínios do sofrimento humano, nomeadamente os aspectos emocionais do adoecer. A depressão então se faz como principal desordem psiquiátrica do paciente oncológico e sua identificação se faz necessária para o tratamento adequado. Esse trabalho visa discutir as principais considerações terapêuticas do quadro depressivo em pacientes oncológicos. Metodologia Foi realizado um levantamento bibliográfico, utilizando-se as palavras-chave "oncology” “depression disorder” “antidepressants”, nos indexadores JAMA, American Society of Clinical Oncology e Pubmed. Os esquemas terapêuticos utilizados no tratamento da depressão em pacientes oncológicos devem evitar drogas que poderão causar maior vulnerabilidade somática.¹ Por isso, é preciso haver critério quanto à prescrição de antidepressivos a partir da análise de alguns fatores: a possibilidade de ocorrerem síndromes especificas (tabela anexada) em associação com a quimioterapia, os efeitos anticolinérgicos e arritmisantes dos tricíclicos, os efeitos pró-eméticos dos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina e os potenciais efeitos farmacocinéticos e farmacodinâmicos na interação com outros fármacos.2 A sertralina, fluoxetina e paroxetina por exemplo, reduzem a eficácia de determinados anti-neoplásicos e aumentam sua toxicidade.3 Em contrapartida, os efeitos secundários dos antidepressivos podem também ser utilizados em benefício do doente. Por exemplo, a mirtazapina, um antagonista dos receptores serotoninérgicos pós-sinápticos (5HT2 e 5HT3), pode ser eficaz como analgésico adjuvante e como antiemético, além de ter um efeito sedativo e de aumentar o apetite.4 As propriedades analgésicas dos tricíclicos e dos inibidores da recaptação da serotonina e da norepinefrina (em particular a duloxetina e a venlafaxina) estão bem documentadas.5 O psicoestimulante (metilfenidato) constituem uma alternativa eficaz no tratamento da depressão na fase terminal da doença oncológica. Estas substâncias têm um início de ação mais rápido que os antidepressivos e aumentam a energia, a atenção e a concentração. Em doses relativamente baixas melhoram o apetite, promovem uma sensação de bem-estar e contrariam a sensação de fadiga e de falta de energia. Estão especialmente indicados em doentes graves, ou quando o tempo de vida é limitado.6 Conclusão Não há consenso na terapêutica para a depressão em pacientes oncológicos, embora estudos concluam que grande parte dos pacientes utilizam antidepressivos com alto potencial de interação com quimioterápicos. Isso ressalta a necessidade de critérios adequados para a escolha de antidepressivos a fim de evitar possíveis efeitos adversos ou diminuição da eficácia de ambos os tratamentos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 106 1. 2. 3. 4. 5. 6. PIRL WF: Evidence report on the occurrence, assessment, and treatment of depression in cancer patients. J Nat Cancer Institute Monographs 2004;32:32-9 Okamura M, Azikuzi N, Nakano T, Shimizu K, Ito T, Akechi T, et al. Clinical experience of the use of a pharmacological treatment algorithm for major depressive disorder in patients with advanced cancer. Psychooncology. 2008;17:154-60. Rodin G, Lloyd N, Katz M, Green E, Mackay JA, Wong RK, et al. 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Porém a soma dos estressores que são condicionados pelo trabalho podem causar problemas de naturezas diversas, como insatisfação pessoal ou exaustão que implicam diretamente na saúde. Entre elas podem ser gerados transtornos mentais como depressão, ansiedade, insônia, síndrome de Burnout (SB) entre outros. Esta última é descrita por Trigo (2007) como consequência a prolongados níveis de estresse no trabalho e compreende exaustão emocional, distanciamento nas relações pessoais e diminuição do sentimento de realização pessoal e profissional. Tal síndrome está presente em diversos setores. Os trabalhadores da área da saúde, em especial os que estão inseridos nas instituições hospitalares estão expostos a determinadas situações de trabalho que os tornam particularmente vulneráveis ao desenvolvimento da SB. (ROSA, 2005). O trabalho objetiva apresentar questões relevantes sobre a SB e ainda conceituar, caracterizar e avaliar o seu impacto em âmbito hospitalar. Foi realizada revisão bibliográfica através de buscas nas plataformas: PubMed, Scielo e MedLine. Utilizando os seguintes descritores: Burnout Syndrome, Mental disorders e Hospital, foram encontrados 48 artigos dos quais foram selecionados dez que se adequaram a proposta estabelecida deste resumo. Rosa (2005) relata que o trabalhador que atua em ambiente hospitalar é submetido a variados estressores ocupacionais que impactam diretamente na sua qualidade de vida. Dentre os estressores podemos citar longas jornadas de trabalho, alta exposição a riscos físicos e químicos, falta de reconhecimento pessoal e contato com o sofrimento de terceiros. Barbosa (2007) caracteriza a SB em três conceitos: exaustão emocional, a despersonalização e a realização pessoal. Carlotto (2011) concluiu que o perfil de trabalhadores da área da saúde com mais riscos de apresentaram os sintomas de SB são profissionais do sexo feminino, casados, com filhos e com 6 a 10 anos de experiência. Rossi (2010) realizou uma comparação entre trabalhadores de unidades básicas de saúde e de setores fechados de um hospital. Constatou-se que 80% de seus entrevistados da área hospitalar apresentaram indicações de SB, contra 10% em profissionais de unidades básicas de saúde. Trigo (2007) descreve que o desequilíbrio na saúde do trabalhador gera o absenteísmo, o que por sua vez aumentará a demanda de licenças por auxílio-doença, reposição de funcionários, novas contratações e treinamentos. Consequentemente há uma queda na qualidade dos serviços prestados com aumento de custos. Conclui-se que os Transtornos mentais relacionados ao trabalho são uma preocupação real em âmbito hospitalar. O SB tem implicações orgânicas e psiquiátricas evidentes e apresentam efeitos negativos para a organização, para o indivíduo e sua profissão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. EZAIAS, Gabriela Machado et al. Síndrome de Burnout em trabalhadores de saúde em um hospital de média complexidade. Rev. enferm. UERJ, v. 18, n. 4, p. 524-9, 2010. 108 2. BARBOSA, G. A. et al. A saúde dos médicos no Brasil. Brasília: Conselho Federal de Medicina, v. 220, 2007. 3. BÁRBARO, Alessandra Marino et al. Transtornos mentais relacionados ao trabalho: revisão de literatura. SMAD. Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas (Edição em Português), v. 5, n. 2, p. 1-18, 2009. 4. CARLOTTO, Mary Sandra. O impacto de variáveis sociodemográficas e laborais na síndrome de Burnout em técnicos de enfermagem. Revista da SBPH, v. 14, n. 1, p. 165-185, 2011. 5. ROSA, Cristiane da; CARLOTTO, Mary Sandra. Síndrome de Burnout e satisfação no trabalho em profissionais de uma instituição hospitalar.Revista da SBPH, v. 8, n. 2, p. 1-15, 2005. 6. ROSSI, Suelen Soares; DOS SANTOS, Priscila Grangeia; PASSO, Joanir Pereira. A síndrome de burnout no enfermeiro: um estudo comparativo entre atenção básica e setores fechados hospitalares. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, 2010. 7. SILVA, Jorge Luiz Lima da et al. Fatores psicossociais e prevalência da síndrome de burnout entre trabalhadores de enfermagem intensivistas. Rev. bras. ter. intensiva, v. 27, n. 2, p. 125-133, 2015. 8. TAMAYO, Mauricio Robayo; TRÓCCOLI, Bartholomeu Tôrres. Exaustão emocional: relações com a percepção de suporte organizacional e com as estratégias de coping no trabalho. Estudos de psicologia, v. 7, n. 1, p. 37-46, 2002. 9. TRIGO, Tema Raposo; TENG, Chei Tung; HALLAK, Jaime Eduardo Cecílio. Síndrome de burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos.Revista de Psiquiatria Clínica, v. 34, n. 5, p. 223233, 2007. 10. ZUBAIRI, Akbar Jaleel; NOORDIN, Shahryar. Factors associated with burnout among residents in a developing country. Annals of Medicine and Surgery, v. 6, p. 60-63, 2016. 109 O IMPACTO DA PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO SOB A PERSPECTIVA DA SAÚDE DO TRABALHADOR André Vinícius Costa Carneiro Dourado Diogo Lima Machado de Souza Ana Carolina de Souza Ameno Júlia Albernaz de Sousa Medicina Claudia Vasques Chiavegatto (Orientador) [email protected] Área: Medicina O ruído é um agente físico presente tanto em ambientes laborais, quanto extralaborais, caracterizado por sua distribuição universal. Todavia, quando este ruído produz uma perda auditiva, denominada Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), torna-se um agravo à saúde. Quando relacionada ao trabalho, deve ser notificada aos órgãos responsáveis, como doença de notificação compulsória – SUS, independente do vínculo, enseja emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Segundo o Comitê Nacional de Ruído e Conservação Auditiva, a PAIR relacionada ao trabalho é uma diminuição gradual da acuidade auditiva, decorrente da exposição continuada a níveis elevados de pressão sonora. O ruído também pode ser causador de déficit de atenção, ansiedade, distúrbio do sono, depressão, em caráter potencialmente irreversível. Realizou-se uma revisão analítica de literatura em bases de dados científicas: SciELO, PubMed e LILACS. Os descritores utilizados foram: “perda auditiva; ruído; e trabalho”. Estima-se que 25% da população trabalhadora esteja exposta a ruído. Por outro lado, segundo Nelson (2005), dentre os casos de adultos com deficiência auditiva, acredita-se que 16% estão associados com a exposição ao ruído no local de trabalho, sendo explícita a relevância da atuação dos profissionais de saúde nas ações promotoras e preventivas perante os trabalhadores brasileiros. No Brasil, há normas regidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego que regulam diversos âmbitos da saúde ocupacional, como o risco do tipo físico ao trabalhador, onde o ruído está classificado. Para Silva et al. (2014), os trabalhadores mais suscetíveis são profissionais que atuam em frigoríficos, operadores de máquinas pesadas, usineiros, siderúrgicos motoristas e cobradores, caminhoneiros, comerciários e trabalhadores na área de saúde. Assim, como o tempo de exposição e a intensidade do ruído são diretamente proporcionais ao dano causado ao trabalhador, é evidente a necessidade da submissão das entidades empregatícias às normas regulamentadoras vigentes. O trabalho faz com que o trabalhador não perca o desejo de permanecer produzindo, além de ter a oportunidade de identidade e realização para construirse como sujeito psicológico e social (OLIVEIRA; LISBOA, 2009 apud SILVA et al., 2014), destarte, a fim da minimização do problema de saúde pública em questão, concomitante à devida fiscalização pelos órgãos responsáveis, os profissionais de saúde, principalmente os envolvidos primariamente com a saúde do trabalhador, são essenciais para a prevenção dos riscos oriundos do trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. MENDES, René. Patologia do Trabalho. 3ª Edição. São Paulo: Atheneu, 2013. 2v. 2076 p. SILVA, Jorge Luiz et al. O ruído causando danos e estresse: possibilidade de atuação para a enfermagem do trabalho. Av. Enferm., Bogotá , v. 32, n. 1, Jan. 2014. SANTANA, Vilma S.; BARBERINO, João Luiz. Exposição ocupacional ao ruído e hipertensão arterial. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 29, n. 6, p. 478-487, dez. 1995. 110 4. Brasil. Ministério da Saúde. Anamnese ocupacional: manual de preenchimento da Ficha Resumo de Atendimento Ambulatorial em Saúde do Trabalhador (FIRAAST). Ed. Ministério da Saúde, 2006. 52p. 5. Nelson DI, Nelson RY, Concha-Barrientos M, Fingerhut M. The global burden of occupational noise-induced hearing loss. Am J Ind Med 2005;48:446-58. 6. DIAS, Elizabeth; SILVA, Thais. Contribuições da Atenção Primária em Saúde para a implementação da Política Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho (PNSST). Rev. bras. Saúde ocupacional, São Paulo, 38 (127): 31-43, 2013. 111 OBESIDADE: A EPIDEMIA DO SÉCULO Jomar Soares Migliorini Paula Assumpção Dettogne Luciene Rodrigues Kattah (Orientador) [email protected] Área: Medicina INTRODUÇÃO: A obesidade é um grande distúrbio metabólico de alta prevalência que se configura com um problema prioritário de saúde pública, acometendo cerca de 40% dos indivíduos adultos do Brasil. Esta se apresenta como um grupo heterogêneo de condições com múltiplas causas, abrangendo desordens ambientais, comportamentais, socioeconômicas e genéticas. Tal comorbidade quando não abordada de maneira adequada se associa amplamente a múltiplas doenças como cardiopatias, diabetes, dislipidemia e neoplasias. OBJETIVO: Abordar as etiologias e doenças mais prevalentes associadas à obesidade, e formas de tratamento mais eficazes que contribuem para redução do risco provocado por esta comorbidade. METODOLOGIA: Foram utilizadas as bases de dados Scielo, PubMed, BVS e Uptodate, sendo selecionados um total de 22 artigos do período de 1992 a 2006. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A obesidade reflete da interação de fatores dietéticos e ambientais com uma predisposição genética. Dentre fatores alimentares e ambientais, destacam-se a alta ingestão de lipídeos, hábitos alimentares relativos ao consumo de número menor de grandes refeições e redução da realização de atividades físicas. Há evidências que fatores genéticos se relacionam ao consumo e gasto energético, bem como controle do apetite e comportamentos alimentares. Deste modo, se relaciona a diversas doenças como diabetes, em que o organismo passa a desenvolver resistência a insulina, favorecendo a hiperinsulinemia, aumento da lipogênese e desenvolvimento da diabetes tipo II. Além disso, se associa a doenças cardiovasculares, relacionando-se à hipertensão arterial sistêmica que favorece o incremento de placas ateromatosas e consequentes danos cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio. Há, ainda, uma grande incidência associada a neoplasias, estando mais prevalentes os cânceres do colo uterino, mama, colo retal e próstata. O tratamento da obesidade baseia-se na redução da massa gordurosa através de um balanço energético negativo. Para isso, é imprescindível a realização de uma dieta hipocalórica associada à realização de exercícios físicos regulares e mudança comportamental com o apoio de uma equipe multidisciplinar com médicos, psicólogos, educadores físicos e nutricionistas. O tratamento medicamentoso envolve algumas classes farmacológicas como antidepressivos, ansiolíticos e medicamentos como anfetaminas, entretanto vêem apresentando altos índices de efeitos adversos. CONCLUSÃO: As mudanças comportamentais são a base para a redução dos riscos provocados pela obesidade e bom prognóstico do paciente obeso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. Bray GA. Health hazards of obesity. Endocrinal Metab Clin N Am 1996; 25:907-19. Day C, Bailey C. Atualização em sibutramina. 2002; 2:392-7. Defronzo RA, Ferrannini E. Insulin resistance: a multifaceted syndrome responsible for NIDDM, obesity, hypertension, dyslipidemia, and atherosclerotic cardiovascular disease. 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Este trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica baseada em pesquisas e estudos, utilizando como fonte a base de dados Scielo e objetivando demostrar como a população, a saúde humana e a qualidade de vida são afetados pela poluição sonora. A partir dos estudos nos artigos científicos base, verificou-se os elementos causadores de poluição sonora nos centros urbanos e as doenças e alterações na homeostase com as quais se relacionam. Conclui-se que a poluição sonora é um problema global que acomete principalmente as metrópoles e está relacionada às perturbações psicológicas, situações de estresse e doenças cardiovasculares, como a hipertensão. Ademais, esse tipo de poluição juntamente com a atmosférica forma o principal fator de degradação ambiental na sociedade contemporânea. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Firket J. The cause of the symptoms found in Meusa Valley during the fog of December 1930. 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Revista de Saúde Publica 1993;" 115 ABORDAGEM DO LINFEDEMA EM MEMBROS SUPERIORES APÓS LINFADENECTOMIA POR CÂNCER DE MAMA Helsany Camargos Costa Igor Rafael Barbosa Costa Juliana Luize Ladeira Estefani Myriam Thays Rodrigues Maurício José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina O linfedema constitui a principal morbidade decorrente da linfadenectomia por câncer de mama, sua incidência após tratamento para câncer de mama varia de 2,4 a 56%. Ainda não existe tratamento definitivo para essa condição. Dessa forma, o presente artigo de revisão tem por finalidade abordar os tratamentos disponíveis atualmente para minimizar os efeitos do lenfemeda, como por exemplo, linfoterapia, técnica de enfaixamento compressivo, Laser de baixa potência, dentre outros. Para isso, foi realizado um estudo retrospectivo por meio de revisão literária com artigos publicados no período de 2011 a 2015 nas bases de dados SciELO, Pubmed, Google Acadêmico, buscando artigos publicados em inglês e português, que abordassem o tratamento do linfedema. Foi também realizada uma pesquisa em livros didáticos publicados a partir de 2009. Após a abordagem de todas as técnicas utilizadas para o tratamento do linfedema, fica evidente o predomínio da linfoterapia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. BARROS, Vanessa Mundim e, et al. Linfedema pós-mastectomia: um protocolo de tratamento. Revista Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 178-183, Junho de 2013. BELÁNGER, Alain-Yvan. Recursos Fisioterapêuticos Evidências que Fundamentam a Prática Clínica. 2. Ed. São Paulo: Manole, 2012. CARVALHO, Aline Priscila Rego de; SANTOS, Taciana Mirella Batista dos; LINHARES, Francisca Márcia Pereira. Promoção Do Autocuidado a Mulheres Mastectomizadas. 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Análise da Intervenção Fisioterapêutica com o Uso de Ultrassom e Drenagem Linfática Manual no Fibro Edema Gelóide. Revista do Departamento de Educação Física e Saúde e do Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul / Unisc. Rio Grande do sul, v. 16, 2015. JARDIM, José Roberto; NASCIMENTO, Oliver A.. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da UNIFESP-EPM: Reabilitação. 1. Ed. Barueri. 2010. 116 10. JUNIOR, Gilberto Ferreira de Abreu et al. As alterações ultrassonográficas na veia axilar de portadoras de linfedema pós-mastectomia. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 42, n. 2, p. 81-92, 2014. 11. LEAL, Nara Fernanda Braz da Silva et al. Linfedema pós câncer de mama: comparação de duas técnicas fisioterapêuticas - estudo piloto. Fisioter. Mov.. Curitiba, v.24, n.4, p.647-654, out/dez 2011. 12. Leung, N; FUMISS, D; GIELE, H. Modern surgical management of breast cancer therapy related upper limb and breast lymphoedema. Maturitas. 2015 Apr;80(4):384-90. 13. LOPES, Antônio Carlos. Tratado de Clínica Médica. 2. Ed. São Paulo: Roca, 2009. 14. LUZ, NaianeDurvalina da; LIMA, Andréa Conceição Gomes. Recursos fisioterapêuticos em linfedema pós-mastectomia: uma revisão de literatura.Fisioterapia em Movimento, v. 24, n. 1, 2011. 15. MONTEIRO, Silvia Elizate et al. Treatment of upper limb lymphedema with low-level laser: a systematic review. Fisioterapia em Movimento, v. 27, n. 4, 2014. 16. OLIVEIRA, Mariana Maia Freire de; AMARAL, Maria Teresa Pace do; GURGEL, Maria Salete Costa. Compensações linfáticas no pós-operatório de câncer de mama com dissecção axilar. Jornal Vascular Brasileiro. Abr.-Jun, 2015. PINHEIRO, Maitê dos Santos; GODOY, Ana Carolina; SUNEMI, Mariana Maia de Oliveira. KinesioTaping associado à drenagem linfática manual no linfedema pós mastectomia: Relato de caso. Fisioterapia & Saúde Funcional, v. 4, n. 1, 2015. 17. PRENTICE, William E. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas. 4. ed. Porto Alegre: AMGH,2014. 18. TACANI, PascaleMutti et al. Fisioterapia descongestiva no linfedema de membros superiores pós-mastectomia: estudo retrospectivo. Revista Brasileira de Área: Enfermagem. São Caetano do Sul, v.11, n.37. 2013. 19. TÁBOAS, Maria Inês et al. Linfedema: revisão e integração de um caso clínico. Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação. Portugal, v. 23, n.1. 2013. 20. 21- VALINOTE, Sarah Patrizia Araújo et al. Alterações venosas e linfáticas em mulheres com linfedema após linfadenectomia axilar no tratamento do câncer de mama.Revista de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v.35, n.4. 2013. 117 ABORDAGEM DO TRATAMENTO DA PUBERDADE PRECOCE EM MULHERES Igor Loureiro dos Santos Guilherme Costa Rodigues Bruno Baquião da Silva Ludialem Lacerda Martins José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina A puberdade normal é um fenômeno biológico que compreende as mudanças morfológicas e fisiológicas como forma, tamanho e função, resultantes da ativação dos mecanismos neurohormonais do eixo hipotalâmico– hipofisário - gonadal. Todavia, a antecipação cronológica deste fenômeno, denomina-se puberdade precoce, que representa um grupo de doenças que abrange desde as variantes normais do crescimento, favorecendo à adrenarca precoce e a telarca precoce. A PPC (Puberdade Precoce Central), uma subdivisão da puberdade precoce, é uma desordem rara, com incidência de 1:5.000-1:10.000. Contudo, fundamentado na importância das diversas formas de tratamento que visam amenizar as consequências desta patologia, busca-se entender qual o melhor tratamento para a puberdade precoce central e periférica, descrevendo as formas de tratamento da puberdade precoce bem como seus resultados, efeitos adversos e aquele que se apresenta com maior eficácia. Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados Scielo, Pubmed e BVS, além de uma pesquisa de busca ativa com as palavras-chaves: “precocious puberty”, “normal puberty”,“diagnosis and treatment of precocious puberty”, “treatment of precocious puberty by GH” e “treatment of precocious puberty by GnRH”, sendo selecionados 23 artigos do período de 1991 a 2014. Existe um consenso de que os análogos do GnRH determinam a diminuição da velocidade de progressão ou mesmo a involução da maior parte das características puberais de pacientes com puberdade precoce. Alguns pacientes sob tratamento com os análogos apresentam acentuada desaceleração da velocidade de crescimento causada pela supressão dos efeitos dos esteróides sexuais sobre o GH e o IGF-1. Porém, a experiência dos diversos grupos quanto à eficiência do tratamento na recuperação da perda estatural é bastante discrepante. Quanto ao uso combinado de análogos do GnRH e GH recombinante não existem, no momento, elementos que confirmem o benefício da associação. Já o uso concomitante de análogos do GnRH e estrógeno em baixa dose é uma proposta que apresenta resultados encorajadores para tentar minimizar a desaceleração acentuada da velocidade do crescimento que ocorre em algumas pacientes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. LONGUI, Carlos Alberto; CALLIARI, Luis Eduardo P.; MONTE, Osmar. Revisão crítica do diagnóstico e tratamento da puberdade precoce central. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo, v. 45, n. 1, p. 48-57, Feb. 2001. MACEDO, Delanie B. et al . Avanços na etiologia, no diagnóstico e no tratamento da puberdade precoce central. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo , v. 58, n. 2, p. 108-117, Mar. 2014 . MONTE, Osmar; LONGUI, Carlos Alberto; CALLIARI, Luis Eduardo P.. Puberdade precoce: dilemas no diagnóstico e tratamento.Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo , v. 45, n. 4, p. 321-330, Aug. 2001 . SILVA, Ana Cláudia C.S. da; ADAN, Luís Fernando F.. Crescimento em meninos e meninas com puberdade precoce. ArqBrasEndocrinolMetab, São Paulo , v. 47, n. 4, p. 422-431, Aug. 2003 . DAMIANI, Durval. Diagnóstico Laboratorial da Puberdade Precoce. ArqBrasEndocrinolMetab, São Paulo , v. 46, n. 1, p. 85-90, Feb. 2002 . 118 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. Iughetti L, Predieri B, Ferrari M, Gallo C, Livio L, Milioli S, et al. Diagnosis of central precocious puberty: endocrine assessment. J Clin Endocrinol Metab 2000;13:709-15. Lee PA. Central precocious puberty. 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Pediatrics 2003;111:47-51 119 PRESCRIÇÃO DE BISFOSFONATOS PARA OSTEOPOROSE EM MULHERES NA PÓSMENOPAUSA: INDICAÇÕES E CONFLITOS DE INTERESSE Bárbara Lacerda de Oliveira Faria Clarissa Raquel da Silva Gomes Filipe Salvador Zinatelli Coelho Gabriela Persio Gonçalves José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina Os bisfosfonatos são substâncias farmacológicas sintéticas análogas ao pirofosfato inorgânico, com grande afinidade pelo cálcio, inibidores da atividade osteoclástica, e por esse motivo amplamente usados para o tratamento da redução da densidade óssea (Osteoporose). No entanto, dentro da perspectiva da Prática Baseada em Evidência, há muitos questionamentos a respeito do seu uso. Primeiramente, no desfecho utilizado pelos estudos que avaliam simplesmente a densidade óssea, enquanto que o importante para o paciente seria a redução das fraturas. Além disso, há de se levar em consideração os efeitos colaterais importantes da medicação (esofagite, úlcera esofágica, fibrilação atrial) em especial na população idosa, que já sofre com a polifarmácia, quando já se sabe que a prevenção das fraturas é multifatorial, com peso importante para os fatores ambientais, marcha, equilíbrio, tabagismo, alcoolismo e exercício físico. Assim, objetiva-se estudar o real impacto do uso dos bisfosfonatos na prevenção de fraturas e problematizar a influência da indústria farmacêutica nas recomendações de tratamento. Diante disso, foi realizada uma revisão bibliográfica em fontes secundárias (Uptodate e Dynamed) e primárias (Cochrane), buscando, principalmente, artigos isentos de conflitos de interesse com a indústria farmacêutica. Nas revisões sistemáticas da Cochrane (entidade sem apoio da indústria farmacêutica) de 2011, encontramos os seguintes resultados: o exercício físico tem uma Redução Absoluta (RA) dos riscos de fraturas de 4 em 100 mulheres, com um NNT (Número Necessário para Tratar), enquanto que o Alendronato em prevenção secundária (mulheres pós menopausa, com osteoporose que já tiveram fratura) reduz na fratura de vértebra: RA: 6/100, com NNT 20 e nas fraturas de quadril e fêmur: RA: 1/100, com NNT: 100. O Alendronato na prevenção primária (mulheres com osteoporose que nunca tiveram fratura) reduz na fratura de vértebra: RA: 2/100 NNT: 50, enquanto que nas fraturas de quadril e punho, não apresentou resultados melhores que o placebo. Os resultados foram similares nas revisões sistemáticas do Risendronato e do Ranelato de Estrôncio. Pode-se dizer, com base em evidências científicas de qualidade, que os Bisfosfonatos podem ter benefício na redução de fraturas em mulheres com osteoporose que já sofreram esse evento anteriormente, principalmente na de vértebra (NNT: 20). Contudo, na fratura de quadril e punho, o exercício físico possui melhores resultados (NNT:25 x NNT:100) e naquelas mulheres com osteoporose que nunca tiveram fratura, os bisfosfonatos não previnem que esses eventos ocorram. Na prática médica, isso significa que o peso dado ao uso da medicação é superior, frente à atuação dos outros fatores de risco para fraturas, como avaliação da marcha e do equilíbrio, estímulo à atividade física, cessação do tabagismo, além de trazer dados a mais a serem compartilhados com o paciente no momento da pactuação do tratamento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. GREY, Andrew; BOLLAND, Mark. Web of industry, advocacy, and academia in the management of osteoporosis, BMJ; 351:h3170, USA, Julho, 2015. 120 2. 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The Cochrane Library, ed. 9, 2011. 121 RELAÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO E HPV EM ADOLESCENTES: REVISÃO DE LITERATURA Ana Cecilia Lima Gonçalves Emília Pires de Oliveira Costa Luciene Rodrigues Kattah (Orientador) [email protected] Área: Medicina O câncer de colo uterino é uma neoplasia prevalente em mulheres com início precoce da atividade sexual e multiplicidade de parceiros sexuais, o que se relaciona com o uso de anticonceptivos orais, baixas condições econômicas e uso irregular de preservativo, visto que este é um dos métodos de prevenção dos subtipos de alto risco do papiloma vírus humano (HPV). Durante a adolescência ocorre a transformação da cérvice. Nesse processo as células colunares podem sofrer metaplasia escamosa, sendo mais suscetível à infecção por agentes patogênicos de transmissão sexual, como o HPV. Essa é a área em que aparece a parte das lesões precursoras e carcinomas cervicais. Podem acontecer lesões intra-epiteliais de baixo grau/neoplasia intra-epitelial grau I (NIC I), que refletem apenas a presença do vírus, e de lesões intra-epiteliais de alto grau/neoplasia intra-epitelial graus II ou III (NIC II ou III), que são as verdadeiras lesões precursoras do câncer do colo do útero. Sabendo-se que o HPV está associado ao câncer cervical, um importante problema de saúde pública, foi criada uma vacina para ser usada como forma preventiva, visto que ela estimula a resposta humoral e determina proteção efetiva contra tipos específicos de HPV e impede o aparecimento de neoplasias intraepiteliais de alto grau. Ela previne infecções contra os subtipos 16 e 18, os mais agressivos, além dos 6 e 8, responsáveis por lesões de baixo risco, como as verrugas genitais. As unidades básicas de saúde fornecem tal proteção para meninas de 9 a 16 anos. De acordo com os estudos fica evidenciado a importância do exame Papanicolau, pois este permite que sejam identificadas lesões na fase intra-epitelial, que é a fase não invasiva, alem do treinamento de médicos para este novo público gerado pela iniciação sexual cada vez mais precoce para que os adolescentes tenham mais conhecimento sobre atitudes e práticas de prevenção. 122 CANDIDÍASE VULVOVAGINAL: SINTOMATOLOGIA E OS FATORES DE RISCO Jessica Peixoto Temponi Gabriela Cunha Silva Maria Fernanda Coimbra Coury Marco Tulio Oliveira Avelar Beatriz Martins Borelli Orientador) [email protected] Área: Medicina A candidíase vulvovaginal (CVV) é uma doença fúngica, causada principalmente pela Candida albicans, sendo uma das principais queixas ambulatorias em consultas ginecológicas. Segundo os artigos revisados, estima-se que no mundo, 75% das mulheres apresentam durante a sua vida pelo menos um episódio de CVV. Devido à grande relevância e ocorrência dessa patologia, o objetivo desse artigo é associar as leveduras aos sinais, sintomas e tratamentos. Além disso, evidenciar os grupos de risco, apresentando a importância da prevenção e promoção da saúde. A metodologia utilizada no presente artigo consiste em uma revisão bibliográfica que teve como fonte de pesquisa as bases de dados a Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google acadêmico e Lilacs. Foram selecionados artigos publicados entre maio de 2005 e agosto de 2014. As manifestações clínicas observadas comumente na CVV é o prurido vaginal e corrimento esbranquiçado com aspecto semelhante à nata de leite, seguidas de eritema, edema, ardência e disúria, sendo mais acentuada no período pré-menstrual e pós relações sexuais (SIMÕES, 2005). Além disso, o uso de roupas íntimas justas ou sintéticas, evita a aeração nos órgãos genitais e consequentemente aumenta a umidade na região vaginal e hábitos higiênicos inadequados são predisposições para a ocorrência de CVV. Ademais, gestantes, portadores de diabetes mellitus e imunodeficiências e uso de antibióticos de amplo espectro são fatores que compõem o grupo de riscos para a candidíase vulvovaginal. O diagnóstico dessa infecção é realizado por dados clínicos. Entretanto, essa prática é inadequada para um diagnóstico de qualidade, necessitando assim, de realização de exames microbiológicos. Dessa forma, o tratamento se torna mais adequado com a utilização de medicamento de via oral ou pomadas. Um dos medicamentos mais conhecidos é o Fluconazol, onde sua eficácia passou a ser questionada, visto ocorrência de teratogenia e resistência do fungo ao medicamento. Assim, O presente artigo, demostrou a grande relevância de um conhecimento mais aprofundado sobre essa patologia. Pois, segundos os dados epidemiológicos estudados, essa é uma doença de saúde pública que, de certa forma, afeta a qualidade de vida pelos sinais e sintomas encontrados nos enfermos. Além, disso, vale ressaltar que, se não atenuado esse quadro na gênese da sua apresentação, a candidíase vulvovaginal pode evoluir de uma forma insidiosa e causar danos à saúde da mulher. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. ÁLVARES, Cassiana Aparecida et al. Candidíase vulvovaginal: fatores predisponentes do hospedeiro e virulência das leveduras. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, Rio de Janeiro, v. 43, n. 5, p.86-96, out. 2007. BOATTO, Humberto Fabio et al. Correlação entre os resultados laboratoriais e os sinais e sintomas clínicos das pacientes com candidíase vulvovaginal e relevância dos parceiros sexuais na manutenção da infecção em São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 29, n. 2, fev. 2007. 123 3. 4. 5. 6. 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A infecção por Candida está associada a fatores de risco, incluindo o aumento nos estrogênios, sendo que o aumento da incidência de candidíase vaginal ocorre durante a gravidez, durante a fase lútea do ciclo menstrual, uso de contraceptivos à base de estrogênios e em pacientes que estejam realizando terapia de reposição hormonal, ou seja, quando os níveis de estrogênio e progesterona são elevados (CLEMONS et al., 2004). Realizou-se uma revisão de literatura no período de março a abril de 2016, sendo selecionados artigos em inglês, português e espanhol nas bases de dados BVS, SciELO e PubMed. Foram utilizados os seguintes descritores: ""candidíase de repetição’’, ""candidíase recorrente’’ e ""candidíase contraceptivo’’ em português e inglês, em ambas as bases. Os termos ""candida albicans anticoncepcionais’’ e ""candida albicans estrógenos’’ foram pesquisados na base de dados SciELO. A maioria das infecções cujos agentes etiológicos são fungos nos seres humanos é provocada por fungos oportunistas, como a Candida albicans; que, em condições normais, está presente no organismo humano como comensal, sem causar qualquer patologia (CARDOSO, 2004), inclusive entre 25 a 75% dos indivíduos saudáveis podem apresentar Candida spp. (WILLIAMS et al., 1997 apud ROSSI, 2011). Quando fatores predisponentes, fisiológicos, patológicos e mecânicos modificam o relacionamento do hospedeiro com a sua microbiota natural, a doença se manifesta (ROSSI et al., 2011). Quanto à epidemiologia, estima-se que a candidíase acometa três quartos das mulheres adultas em algum período da vida sendo que cerca de metade delas terão dois ou mais episódios da doença (CAMARGO et al., 2015). Existe uma relação entre a presença de lactobacilos na vagina e a redução do desenvolvimento de candidíase vulvovaginal (LEÃO et al., 2015). Os níveis de estrogênio parecem ser o principal fator hormonal implicado na susceptibilidade à Candida albicans, pois essa levedura produz uma proteína de ligação ao estrogênio e sabe-se que estrogênios de mamíferos e fitoestrogênios podem aumentar a sua patogenicidade. Assim, verifica-se a existência de uma relação positiva entre entre o uso de medicamentos contraceptivos hormonais e a frequência de episódios de candidíase de repetição, por meio de uma revisão de literatura, e conclui-se que existe diferença entre a contracepção hormonal combinada (estrogênio e progestagênio) e a contracepção com progestagênio isolado, sendo a primeira mais relacionada aos episódios recorrente de candidíase. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CAMARGO, Kélvia Cristina de et al. Secreção vaginal anormal: sensibilidade, especificidade e concordância entre o diagnóstico clínico e citológico. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 37, n. 5, p. 222-228, mar. 2015. 125 2. 3. 4. 5. 6. 7. CARDOSO, Bárbara Cachada. Efeito de antifúngicos em suspensões e biofilmes de Candida albicans e Candida dubliniensis. 2004. 75 f. Dissertação ( Biotecnologia – Engenharia de Bioprocessos) - Universidade do Minho, Braga, Portugal, 2004. CLEMONS, karl V. Genetic Susceptibility of Mice to Candida albicans Vaginitis Correlates with Host Estrogen Sensitivity. Infection and Immunity, v. 72, n. 8, p. 4878-4880, Ago. 2004. HASHEM, Sakeen W. et al. Candida albicans Morphology and Dendritic Cell Subsets Determine T Helper Cell Differentiation. Immunity, v. 42, n. 2, p. 356-366, fev. 2015. LEÃO, Mariella Vieira Pereira et al. Lactobacillus rhamnosus pode alterar a virulência de Candida albicans. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 37, n. 9, p. 17-20, ago. 2015. ROSSI, Tatiane de et al. Interações entre Candida albicans e Hospedeiro. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 32, n. 1, p. 15-28, jan./jun. 2011. SOUZA, José Helvécio Kalil de; KALIL, Ivana Vilela. Patologias Benignas da Vulva e da Vagina. In: VIANA, Luiz Carllos; GEBER, Selmo; MARTINS, Madalena. Ginecologia. Belo Horizonte: Medsi, cap. 59, 1999. 126 RELEVÂNCIA DO PRÉ-NATAL NA PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA Camila Segal Cruz Lorena Reis Augusto Alessandra Duarte Clarizia (Orientador) [email protected] Área: Medicina A sífilis é uma doença infecciosa de evolução crônica causada pelo Treponema palladium e tem o homem como único hospedeiro, transmissor e reservatório. Embora seja uma doença conhecida e de abrangência mundial, é grande a proporção de gestantes infectadas que não são sujeitas às ações terapêuticas em relação ao controle e prevenção da transmissão vertical. A falha na assistência pré-natal e consequente falha no tratamento de gestantes pode ocasionar um aumento no número de casos de sífilis congênita, os quais têm diagnósticos e tratamentos muito mais complexos. O desenvolvimento do trabalho teve como objetivo relacionar falhas na assistência pré-natal com a maximização da incidência de sífilis congênita, além de destacar os procedimentos esperados e adequados para a prevenção de casos diante dos fatores de risco. Foi realizada revisão nas bases de dados sciELO e LILACS, utilizando as palavras-chave sífilis congênita, saúde materno-infantil, cuidado pré-natal e transmissão vertical e selecionados 12 artigos do período de 2011 a 2015. Apesar de a doença não ter restrição apenas às camadas menos favorecidas, tem sido relacionada ao baixo nível socioeconômico e assim a um acesso à saúde deficiente. Além disso, outra causa apontada para a incidência desse agravo é a negligência nas consultas em que o protocolo não é aplicado da maneira satisfatória. Entendese que a oferta de serviços de assistência pré-natal altera o desfecho das gestações e se há deficiência no sistema de assistência ofertado, seja por falta de consultas ou consultas insuficientes, caminha-se para o aumento do número de casos de sífilis congênita. Foi concluído assim, que os índices de incidência de sífilis congênita variam de acordo com a assistência que é ofertada durante o pré-natal, o que sinaliza a importância deste. Durante esse período é de fundamental importância o tratamento medicamentoso adequado da gestante, com finalização de tratamento em tempo hábil anterior ao parto, assim como o tratamento concomitante do parceiro. 127 DEPRESSÃO PÓS-PARTO Carolina dos Santos Cruz Marianne dos Santos Victória Rogério Saint-Clair Pimenta Mafra (Orientador) [email protected] Área: Medicina O nascimento de um bebê principalmente quando se é o primeiro, acarreta em mudanças fisiológicas e psicossociais na maioria das mulheres. Tais mudanças podem desencadear distúrbios emocionais como a depressão pós-parto, transtorno mental de alta incidência. O objetivo desse trabalho foi dissertar sobre a sintomatologia, os fatores de risco e a repercussão desse transtorno psiquiátrico. Para a realização dessa revisão foram analisadas as bases de dados do ScIELO, LILACS e Google Acadêmico entre os períodos de 2005 a 2015. Dessa forma, percebe-se que os aspectos sociais, físicos e emocionais irão influenciar no desencadeamento da depressão pós-parto, a qual poderá induzir repercussões negativas nas relações familiares. Assim, a atenção paterna e o apoio familiar são importantes para prevenção do desenvolvimento desse tipo de depressão. Ademais, esse transtorno psiquiátrico tem se mostrado um problema de saúde pública, sendo necessário à sua identificação precoce, para que o máximo das suas consequências sejam minimizadas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 2. 3. 4. 5. L. S. Landim, L. S. Veloso, F. H. C. Azevedo -DEPRESSÃO PÓS-PARTO: UMA REFLEXÃO TEÓRICA do Dias, L. O; Coaracy, T. M. S.- Produção científica com enfoque na depressão pós-parto: fatores de risco e suas repercussões I.G. da Silva Moraesa, R.T. Pinheirob, R. A. da Silva, B. L. Hortac, P. L, R. Sousab e A.D. Fariab Prevalência da depressão pós-parto e fatores A.R.Arrais, M.A. Mourão, B. Fragalle- O pré-natal psicológico como programa de prevenção à depressão pós-parto 128 DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL Ana Luisa de Albergaria Lima Oliveira Carina Peixoto Temponi Neves Allonson Rodrigues Vieira Reis Sá César Augusto da Silva Daniel Moreira (Orientador) [email protected] Área: Medicina Doença Trofoblástica Gestacional (DTG) é uma complicação da gravidez causada por diferenciação defeituosa do trofoblasto. Exemplos são mola hidatiforme, coriocarcinoma, tumor trofoblástico do sítio placentário e tumor trofoblástico epitelióide. Baixa ingesta de betacaroteno, história familiar e idade são fatores epidemiológicos (MORAES; MARCOLINO; SILVA; FILHO; BRAGA, 2014). A mola hidatiforme completa (MHC) resulta da fertilização de ovócito desprovido de núcleo por um espermatozoide que duplica seu genoma (STEVENS; KATZORKE; TEMPFER; BIZJAK; FEHM, 2015). Sua incidência é de 1 a 1,5 por 2000 gestações no ocidente. A cavidade uterina está expandida e o feto, cordão e membranas estão ausentes. Há formação de vesículas, que são vilosidades coriônicas hidrópicas revestidas por trofoblasto hiperplásico (MORAES; MARCOLINO; SILVA; FILHO; BRAGA, 2014). Clinicamente, observam-se útero aumentado de volume, hiperêmese, níveis elevados de gonadotrofina coriônica (B-hCG) e expulsão de vesículas (STEVENS; KATZORKE; TEMPFER; BIZJAK; FEHM, 2015). A mola hidatiforme parcial (MHP) resulta da fertilização de ovócito haploide por dois espermatozoides, ocasionando triploidia. Há feto, porém na maioria das vezes com anomalias incompatíveis com a vida (CUNHA, 2012). Caracteriza-se por hidropisia de algumas vilosidades em meio a vilos normais (ROBBINS E COTRAN, 2013). A Mola Invasora representa invasão do miométrio por vilosidades molares, podendo haver perfuração (ROBBINS E COTRAN, 2013). Coriocarcinoma é a neoplasia maligna trofoblástica mais comum. Caracteriza-se por massa tumoral necro-hemorrágica no útero (ROBBINS E COTRAN, 2013). Em 50% dos casos, surge após MHC (SILVA; SILVA, 2010). Tumor trofoblástico do sítio placentário corresponde a 0,2 a 0,4% dos casos de DTG. Há sangramento vaginal e níveis pouco elevados de B-hCG (LOLINIÈRE; KHOMSI; FASHLAOUI; DUBUISSON, 2014). Tumor trofoblástico epitelioide é raro e tem diferenciação em trofoblasto intermediário coriônico, surgindo muitos anos após aborto, parto ou mola (ZHANG; SHI; CHEN, 2014). Em 12 a 30% dos casos, há associação entre DTG e hipertensão arterial (MAESTÁ; PERAÇOLI; BORGES; RUDGE, 2003). Existe relação com hipertireoidismo devido à semelhança estrutural entre a subunidade alfa da B-hCG e o TSH (ALMEIDA; CURI; ALMEIDA; VIEIRA,2011). O tratamento para a mola hidatiforme completa é vacuoaspiração. Contracepção oral deve ser utilizada logo após seu esvaziamento. Dosagens seriadas de B-hCG devem ser realizadas para caracterizar cura ou DTG persistente (MAESTÁ; BRAGA,2012). Nos casos de neoplasias, realizamse procedimentos cirúrgicos e quimioterápicos. Foram utilizados 16 artigos, ano de 2003 a 2015, encontrados no Scielo e PubMed, além do livro-texto de Patologia de Robbins e Cotran, 2013. Palavras-chave: Doença Trofoblastica Gestacional; Mola Hidatiforme; Coriocarcinoma; Tumor Trofoblástico do Sítio Placentário; Tumor Trofoblástico Epitelioide; Hipertireoidismo; Préeclâmpsia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. STEVENS, F. T. Stevens; KATZORKE, N; TEMPFER, C.; KREIMER,U.; BIZJAK, G.I.; FLEISCH, C.; FEHM, T.N. Gestational Trophoblastic Disorders, Journal Geburtshilfe Frauenheilkd, volume 75, outubro de 2015. 129 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. BRAGA, Antônio; OBEICA Bruna; MORAES, Valéria; SILVA, Evelise P.; AMIM-JUNIOR, Joffre; FILHO, Jorge Rezende- Doença Trofoblástica Gestacional, Revista Hospital Pedro Ernesto, v.13, n.3, julho/setembro 2014. MAESTÁ, Zildinha; BRAGA; Antonio- 2012 Desafios do tratamento de pacientes com doença trofoblástica gestacional, Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 34, n. 04, 2012. BÁRTHOLO, Bárbara B.G. R.; MONTEIRO, Denise L. M.; TRAJANO, Alexandre J. B. Hipertireoidismo na gestação, Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, v.3, 2014. ALMEIDA, Carlos Eduardo David; CURI, Erick Freitas; ALMEIDA, Carlos Alberto David; VIEIRA, Denise Fernandes. Crise Tireotóxica Associada à Doença Trofoblástica Gestacional - Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 61, setembro/outubro 2011. SOARES, Bruna Chaves; SOUZA, Aline Silva de; RAFAEL, Ricardo de Mattos Russo. A influência na determinação dos níveis do Hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG) no monitoramento de neoplasias trofoblásticas gestacionais, Revista UNIABEU Belford Roxo V.4, p. 38-50, 2011. GestationalTrophoblasticDiseaseTreatment (PDQ®), 2015 MATOS, Michele Campos de -Risco da ocorrência de neoplasia trofoblástica gestacional após a normalização da gonadotrofina coriônica humana no seguimento pós-molar,2014 CUNHA, Teresa Margarida- GestationalTrophoblasticDisease, 2012. AUSTRALIA, Victoria- HYDATIDIFORM MOLE. The Royal Women’s Hospital, p. 1-3, junho de 2014. MORAES, Valeria Pereira; MARCOLINO, Luciano Antônio; SÁ, Renato Augusto Moreira; SILVA, Evelise Pochmann; JUNIOR, Joffre Amin; FILHO, Jorge Fonte Rezende; BRAGA, AntônioComplicações Clinicas da gravidez Molar, v.42, n.05, setembro/outubro 2014. LOLINIÈRE, Jean Bouquet de la;KHOMSI, F; FASHLAOUI,A; ALI, Ben N; DUBUISSON, J-B; FEKI A Placental site trophoblastic tumor: a case report and review of the literature, 2014. Front. Surg. 1:31. DESMARAIS, Cecilia Canedo Freitas. Investigação em 20 anos (1990-2009) da doença trofoblástica gestacional em um Centro de Referência da Região Sudeste do Brasil. 2013. 64 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2013. SILVA, PollyanaAlve S; SILVA Sueli Riul da. Coriocarcinoma: um estudo de caso, 2010. Revista Brasileira de Enfermagem, vol.63, p. 148-157. ZHANG; Xiaofei; SHI, Haiyan; CHEN, Xiaoduan Epithelioid trophoblastic tumor after induced abortion with previous broad choriocarcinoma: a case report and review of literature, 2014, International Juonal of Clinical Experimental Pathology, v.8. MAESTÁ, IzildinhA; PERAÇOLI, José Carlos; PASSOS, José Raimundo; BORGES, Vera Therezinha Medeiros; PEDRAZZANI, Carolina Diaz; RUDGE, Marilza Vieira Cunha - Mola Hidatiforme Completa e Eclâmpsia: Relato de Caso, 2003. 130 ASSOCIAÇÃO ENTRE ESTRÓGENOS NATURAIS E SINTÉTICOS E FENÔMENOS TROMBOEMBÓLICOS Amanda Dias Campos Gabrielle Luara Almeida de Jesus Daniela Meireles Fróis José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina O estrógeno é um esteroide sexual feminino, podendo ser sintético ou natural, como o 17β estradiol (produzido pelo ovário e pela supra-renal), estrona (produzido pelo ovário, supra-renal e por conversão periférica) e estriol (produzido apenas pela placenta). Esse hormônio causa alterações no sistema de coagulação, aumentando os fatores pró-trombóticos e diminuindo os fatores anticoagulantes, o que predispõe ao desenvolvimento de fenômenos tromboembólicos. Há situações em que esses fenômenos são favorecidos pelo aumento endógeno ou exógeno de estrógeno, como uso de anticoncepcional, gravidez e Terapia Hormonal (TH). Para a elaboração do resumo foram utilizados artigos relacionados aos estrógenos naturais e eventos tromboembólicos e livros de Ginecologia, Obstetrícia e Patologia, no intuito de abordar os mecanismos de ação hormonal e contrapor a crença de que estrógenos naturais são “bons” e sintéticos são “ruins”. O estrógeno eleva os fatores VII, VIII, IX, X, XII, XIII e reduz os inibidores naturais da coagulação (proteína S e antitrombina), resultando em um quadro de hipercoagulabilidade, que consiste em um dos componentes da tríade de Virchow, juntamente com a estase venosa e lesão endotelial e que comprovam a etiopatogênese da trombose. Esta consiste na solidificação do sangue no interior dos vasos ou do coração de um indivíduo vivo, podendo ocorrer fragmentação da massa sólida (trombo) e formação de êmbolos, caracterizando o tromboembolismo. O desenvolvimento desse fenômeno encontra-se aumentado com o uso de pílulas anticoncepcionais contendo estrógeno natural ou sintético (sendo o mais utilizado o etinilestradiol), com incidência de tromboembolismo de 1525/100.000 mulheres por ano. O Qlaira®, por ser um anticoncepcional contendo estrógeno natural (valerato de estradiol, pró-fármaco do 17β estradiol), induz a ideia de causar menos alterações nos fatores de coagulação, pelo fato de o organismo já estar adaptado ao hormônio endógeno. Porém, todos os tipos de estrógenos, sejam eles naturais ou não, possuem o mesmo mecanismo de ação após caírem na corrente sanguínea, agindo nos mesmos receptores. Na gravidez, as mudanças que ocorrem no perfil endócrino da mulher são fisiológicas, em que há o aumento da glândula hipófise e liberação excessiva de três hormônios, incluindo o estrógeno (estriol), no qual favorece a elevação do fluxo sanguíneo útero placentário, aumento dos fatores I, II, VII, VIII, IX e X e diminuição da proteína S. A incidência de tromboembolismo nessa fase é de 60/100.000 mulheres por ano. Já a TH, que é realizada pós-menopausa, pode ser feita através da administração de fármacos contendo estrógenos naturais ou sintéticos, o que aumenta seus níveis no organismo e torna-se também fator predisponente para o surgimento de tromboembolismo, com incidência de 30/100.000 mulheres por ano. Portanto, a elevação tanto de estrógenos naturais quanto sintéticos no organismo é responsável pelo aumento da incidência de fenômenos tromboembólicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BEREK, Jonathan S. Berek e Novak: Tratado de Ginecologia. 15° ed, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2014. Capítulo 13, págs. 281 e 282. Acesso em 28 de março de 2016. 131 2. 3. 4. 5. 6. BORGES, Tiago Ferreira Campos; TAMAZATO, Ana Paula da Silva; FERREIRA, Maria Silvana Cardoso; Terapia com hormônio sexuais femininos e fenômenos tromboembólicos: uma revisão de literatura. Junho 2015. BOTELHO, Mônica C. O papel dos estrogénios e vias de sinalização do receptor de estrógenio no cancro e infertilidade associados a schistosomose. 2015. BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo patologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. Capítulo 6, págs 104 e 105. Acesso em 28 de março de 2016. ROMER, Thomas; Gynaecological uses of dienogest alone and in combination with oestrogens. Journal of Medical Drug Reviews, J Med Drug Ver 2015;5;1-31. ZUGAIB, Marcelo; et al. Zugaib Obstetrícia. 2° ed. Barueri: Manole Ltda, 2012. Capítulo 45, págs 820 e 821. Acesso em 28 de março de 2016. 132 DEPRESSÃO PÓS-PARTO: FATORES DE RISCO E OS IMPACTOS NA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ Amanda Dias Campos Katye dos Passos Rodrigues Gabrielle Luara Almeida de Jesus Kelly Christina da Fonseca Meira Evaristo Magalhães (Orientador) [email protected] Área: Medicina A depressão pós-parto (DPP) corresponde a uma patologia de múltiplas causas, que tem início no primeiro ano após o parto, principalmente entre a quarta e oitava semanas. Caracteriza-se por um quadro severo e agudo, atingindo cerca de 10% das mulheres, e está associada a um conjunto de sintomas, como choro constante, irritabilidade, oscilações de humor e insônia. Os fatores de risco para o desenvolvimento da DPP resultam de uma combinação de fatores biológicos, sociais e psicológicos. Dentre eles, destacam-se o histórico de transtornos afetivos da mãe, não planejamento da gestação, nascimento prematuro do bebê, complicações no parto e pouco suporte oferecido pelo parceiro ou por outras pessoas com quem a mãe mantém relação. O desenvolvimento da criança está intimamente relacionado com os estímulos que recebe de sua mãe nos primeiros meses de vida. A mãe suficientemente boa adequa o seu comportamento no intuito de proporcionar ao filho uma estimulação apropriada, caracterizando uma interação sincrônica. Na DPP esta interação transforma-se em assincrônica e a genitora se mostra não responsiva afetivamente aos estímulos do bebê. Mães depressivas mudam suas atitudes emocionais e modificam os signos que a identificavam como um “objeto bom” para o filho, alterando assim a relação mãe-bebê. Elas tornam-se inseguras em suas capacidades maternas e gastam menos tempo interagindo com o filho. Este, por sua vez, passa a demonstrar expressões negativas, podendo apresentar retardos durante o desenvolvimento. O diagnóstico da DPP é realizado normalmente por pediatras e médicos generalistas, pelo fato de serem os responsáveis pelo acompanhamento do desenvolvimento primário infantil. Porém, como não são profissionais de saúde mental e não possuem conhecimento aprofundado sobre o assunto, o diagnóstico pode ser feito de forma inapropriada e tardia, levando ao agravamento do quadro e dificultando o tratamento. O tratamento da DPP é estabelecido de acordo com a gravidade da patologia, podendo ser utilizado a psicoterapia e/ou a farmacoterapia, que envolvem paciente, família, médico e psicólogo. Os medicamentos mais utilizados são os inibidores seletivos da receptação de serotonina (SSRI), pois apresentam baixa toxicidade e fácil administração. A terapia psicológica busca promover a autoconfiança e aceitação da mãe. Conclui-se que a falta de preparo psicológico da mulher em lidar com a gravidez e maternidade é um dos principais fatores predisponentes da DPP. O estado depressivo desenvolvido logo após a gestação pode afetar negativamente a díade mãe-bebê, tornando importante o diagnóstico precoce para minimizar as alterações negativas na aprendizagem, interação social e desenvolvimento emocional da criança. O tratamento medicamentoso faz-se necessário em casos mais graves em que há presença de sintomas severos, já o psicólogo busca atender as necessidades emocionais da mãe e minimizar ou eliminar os sintomas da DPP. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CAMACHO, Renata Sciorilli, et al. Transtornos psiquiátricos na gestação e no puerpério: classificação, diagnóstico e tratamento. Rev Psiq Clín, 2006, 33.2: 92-102. 133 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. CARLESSO, Janaína Pereira Pretto; SOUZA, Ana Paula Ramos de. Dialogia mãe-filho em contextos de depressão materna: revisão de literatura. Rev. CEFAC, São Paulo, vol.13, n.6, pp. 1119-1126, dez. 2011. COUTINHO, Maria da Penha de Lima; SARAIVA, Evelyn Rúbia de Albuquerque. Depressão pósparto: considerações teóricas. Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro , v. 8, n. 3, dez. 2008 . FONSECA, Vera Regina JRM; DA SILVA, Gabriela Andrade; OTTA, Emma. Relação entre depressão pós-parto e disponibilidade emocional materna. Cad. saúde pública, 2010, 26.4/: 738-746. GUEDES-SILVA, Damiana et al. Depressão pós-parto: prevenção e consequências. Rev Mal-Estar Subj., Fortaleza, v. 3, n. 2, set. 2003. HIGUTI, PCP; CAPOCCI, PO. Depressão pós-parto. Rev Enferm UNISA 2003; 4: 46-50. IACONELLI, Vera. Depressão pós-parto, psicose pós-parto e tristeza materna. Revista Pediatria Moderna, Julho-Agosto, v. 41, nº 4, 2005. MORAESA, Inácia Gomes da Silva, et al. Prevalência da depressão pós-parto e fatores associados. Rev Saúde Pública, 2006, 40.1: 65-70. SCHWENGBER, Daniela Delias de Souza; PICCININI, Cesar Augusto. O impacto da depressão pósparto para a interação mãe-bebê. Estudos de Psicologia, 2003, 8.3: 403-411. 134 VACINAÇÃO CONTRA HPV: ADEQUANDO SUAS INCOERÊNCIAS Marcela Rodrigues Gondim Aurélio Leite Rangel Souza Henriques Filipe Brito Ferraz da Silveira Maria Cláudia Miranda José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina O Papilomavirus Humano (HPV) é composto por centenas de genótipos diferentes, sendo 15 associados às neoplasias maligna. Documenta-se uma maior prevalência dos tipos 6 e 11, responsáveis por condilomas anogenitais, e dos tipos 16 e 18 envolvidos em casos de cânceres de colo de útero. Esse estudo elucida os equívocos mais comuns e que afetam a adesão vacinal que são: o público alvo da imunização e quantidade de doses ideais, quais os efeitos adversos e teratogênicos e o abandono do preventivo por parte das pacientes vacinadas. A vacina está disponível pelo Sistema Único de Saúde e é denominada vacina quadrivalente, por conferir proteção contra quatro tipos virais (6, 11, 16 e 18). São aplicadas 3 doses intramusculares com intervalos de 6 meses e 5 anos após a primeira. Entretanto, foi comprovado, que 2 doses são eficazes e suficientes para a produção de anticorpos contra o vírus. Além disso, uma 3ª dose foi relacionada a uma menor adesão à imunização pelos pacientes. Sabe-se que aplicar 2 doses pode gerar maior economia aos cofres públicos por menor aquisição de mais doses da vacina. Para o INCA, a adoção das vacinas anti-HPV não substitui o rastreamento do exame preventivo (Papanicolau), já que não oferecem proteção para cerca de 30% dos casos de câncer do colo de útero causados por outros tipos virais. Em ambos os sexos, a vacinação levará a uma redução do número de infecções, porém ao analisar o custo-efetivo da imunização em homens, o gasto público com as vacinas não justificaria sua disponibilização em massa para a prevenção de algumas doenças, como exemplo o câncer de pênis, por ter baixa prevalência e, os homens já se beneficiariam devido à vacinação em mulheres. O câncer de colo uterino, é a 3ª neoplasia maligna mais frequente na população feminina e a 4ª causa de morte entre as mulheres no Brasil, portanto, a imunização de mulheres deve ser tratada como prioridade para reduzir-se as morbi mortalidades decorrentes dessas neoplasias. A vacina é muito segura, podendo conter efeitos adversos leves. Há contraindicação à vacina em pessoas hiperssensíveis ao levedo. Em gestantes, o mais indicado seria esperar o término da gestação para aplicar a vacina, pois mesmo não havendo relatos de malformação congênita, os dados obtidos e os estudos realizados foram insuficientes para enfatizar a segurança da vacina nestes casos. Conclui-se que é válido uma elucidação dos principais rótulos equivocados inseridos na população, bem como educá-la sobre a infecção e suas consequências, para assim levar a uma maior adesão à imunização. Além disso, fica entendido que: a vacinação não ocasiona efeitos adversos graves e apenas 2 doses são suficientes; uma necessidade da vacinação do sexo masculino é descartada epidemiologicamente; não se deve negligenciar o preventivo, e que os estudos foram insuficientes na comprovação do efeito teratogênico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ALVIM, Neide Aparecida Titonelli; FERREIRA, Márcia de Assunção. Perspectiva problematizadora da educação popular em saúde e a enfermagem. Revista Texto & Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 315-319, 2007. 135 2. BLAKE, Kelly D. et al. Predictors of Human Papillomavirus Awareness and Knowledge in 2013. American Journal of Preventive Medicine, Estados Unidos da América, v. 48, n. 4, p. 402-410, 2015. 3. BUDD, Alison C. et al. Cervical screening rates for women vaccinated against human papillomavirus. The Medical Journal of Australia, Austrália, v. 201, n. 5, p. 279-282, 2014. Disponível em: <https://www.mja.com.au/journal/2014/201/5/cervical-screening-rateswomen-vaccinated-against-human-papillomavirus>. Acesso em: 15 abr. 2015. 4. CARAVALHO, N. De. Sustained efficacy and immunogenicity of the HPV-16/18 AS04-adjuvanted vaccine up to 7.3 years in young adult women. Vaccine, Estados Unidos da América, v. 28, n. 38, 31, p. 6247-6255, 2010. 5. CHAVES, Agtha de Alencar Muniz. Clonagem, Expressão, Purificação e Caracterização das Proteínas do Capsídio Viral do Papilomavírus Humano (HPV). 02 out. 2012. 133 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) – Instituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. 6. DINIZ, Mariana de Oliveira; FERREIRA, Luís Carlos de Souza. Biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de vacinas. Estudos Avançados, São Paulo, v. 24, n. 70, p. 19-30, 2010. 7. DOBSON, Simon R. M. et al. Immunogenicity of 2 doses of HPV vaccine in younger adolescents vs 3 doses in young women: a randomized clinical trial. JAMA, Canadá, v. 309, n. 17, p. 1793-1802, 2013. 8. FERNANDES, José Veríssimo et al. Conhecimentos, atitudes e prática do exame de Papanicolau por mulheres, Nordeste do Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 43, n. 5, p. 851-858, 2009. 136 INDUÇÃO DA FOLICULOGÊNESE APÓS TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE OVÁRIOS CONGELADOS/DESCONGELADOS EM PERITÔNIO DE RATAS Thiago José Vieira Chaves Marina Santana Carvalho Ivana Vilela Teixeira José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina Um dos principais dilemas enfrentados pela medicina reprodutiva atualmente é a dificuldade de preservação da capacidade reprodutiva feminina nas pacientes que têm seus ovários inativados pelo uso da quimio ou radioterapia. Nestes casos a criopreservação ovariana serviria tanto como fonte de reserva de oócitos para a preservação da função reprodutiva futura, bem como uma alternativa à terapia hormonal. Um total de 30 ratas foram separadas em 3 grupos; sendo o GRUPO I submetido à indução da foliculogênese com FSH após congelamento/descongelamento e transplante dos ovários; GRUPO II indução ovulatória após transplante ovariano; GRUPO III que teve, apenas, os ovários estimulados (controle). A análise histológica dos implantes demonstrou um número semelhante de folículos em crescimento em todos os 3 grupos. O GRUPO I apresentou um total de 4 folículos com desenvolvimento inicial, 8 com desenvolvimento mediano e 13 folículos maduros; GRUPO II teve 7 folículos com desenvolvimento inicial, 11 medianos e 10 maduros; e o GRUPO III teve 1 folículo inicial, 14 medianos e 16 maduros. Nossos resultados demonstraram que ovários congelados/descongelados e transplantados para o peritônio respondem ao estímulo com FSH de forma semelhante a ovários em sítio natural e em relação aos transplantados sem congelamento. Estes resultados sugerem a possibilidade de se realizar este procedimento de forma semelhante em mulheres submetidas a ooforectomia e criopreservação ovariana, previamente a um tratamento quimioterápico mantendo a capacidade reprodutiva da paciente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. AGARWAL, A.; SAID, T.M.; Implications of systemic malignancies on human fertility; Reprod. Biomed. Online; 9(6): 673-9, 2004. ALMODIN, C.G.; MINGUETTI-CAMARA, V.C.; MEISTER, H.; FERREIRA, J.O.; FRANCO, R.L.; CAVALCANTE, A.A.; RADAELLI, M.R.; BAHLS, A.S.; MORON, A.F.; MURTA, C.G.; Recovery of fertility after grafting of cryopreserved germinative tissue in female rabbits following radiotherapy. Hum. Reprod., 19(6): 1287-93. Epub., 2004. AUBARD, Y.; PIVER, P.; COGNI, Y.; FERMEAUX, V.; POULIN, N.; DRIANCOURT, M.A.; Orthotopic and heterotopic autografts of frozen-thawed ovarian cortex in sheep. Hum. Reprod.; 14(8): 214954, 1999. 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CLEARY, M.; SNOW, M.; PARIS, M.; SHAW, J.; COX, S.L.; JENKIN, G.; Cryopreservation of mouse ovarian tissue following prolonged exposure to an Ischemic environment. Cryobiology, 42(2): 121-33, 2001. COOPER, M.; Ethics and Laboratory animals. Vet. Rec., 116: 594-595, 1985. CORTVRINDT, R.; SMITZ, J.; VAN STEIRTEGHEM, A.C.; In-vitro maturation, fertilization and embryo development of immature oocytes from early preantral follicles from prepuberal mice in a simplified culture system. Hum. Reprod.; 11(12): 2656-66, 1996. 138 PROGESTERONA E PREVENÇÃO DO PARTO PREMATURO Camila Dias Medeiros Maria Oliveira Santos Yulle de Oliveira Martins Andre Mauricio Borges de Carvalho (Orientador) [email protected] Área: Medicina A prematuridade ou parto prematuro (PP) é a principal causa de morbidade e mortalidade neonatal e sua incidência continua em crescimento. O PP é definido por tempo de gestação menor que 37 semanas e ocorre como consequência do aumento progressivo da excitabilidade das fibras miometriais e da maior contratilidade uterina. Pode ser espontâneo, cuja etiologia é multifatorial/desconhecida, ou eletivo, em que há interrupção da gestação devido a complicações materno-fetais. Uma das principais formas de prevenção da prematuridade discutidas atualmente é o uso de progesterona exógena em grupos específicos de gestantes. O objetivo desta revisão é descrever a ação preventiva da progesterona na inibição de partos prematuros. Para a realização deste resumo foram utilizados sites de pesquisa como Scielo, PubMed e UpToDate com as descrições: “prevenção do parto prematuro” e “progesterona”. A progesterona é um hormônio produzido pelos ovários, adrenais, corpo lúteo e placenta, cuja função essencial é a manutenção da gestação. Este hormônio promove o relaxamento da musculatura lisa de diversos órgãos, incluindo o útero gravídico, e parece possuir ação sobre o amadurecimento cervical. Além disso, tem ação imunossupressora, bloqueando a ativação dos linfócitos T; diminui a ação uterotônica da ocitocina e potencializa a ação dos beta-adrenérgicos sobre seus receptores uterinos. A progesterona natural é usualmente administrada pela via vaginal, com doses diárias variando de 100 a 200mg. Esta via apresenta mais facilidade, menos efeitos colaterais, bem como melhor eficácia, uma vez que há aumento de sua concentração no tecido alvo. Já a progesterona sintética, produzida a partir da progesterona natural é administrada por via intramuscular, em que a dose habitualmente empregada é de 250 a 500 mg/semana. Os efeitos colaterais são comuns, restritos ao local, descritos como dor, prurido e edema. Estudos prévios e evidências atuais demonstram que a prescrição profilática de progesterona é uma importante estratégia na prevenção do nascimento prematuro em pacientes com história prévia de PP espontâneo com anamnese bem registrada e aquelas que apresentam colo uterino curto avaliado pela ultrassonografia transvaginal no 2º semestre de gestação. No entanto, a progesterona exógena não demonstrou ser eficiente na prevenção de PP em gestações gemelares. A indicação de progesterona em pacientes sintomáticas é promissora, no entanto, há necessidade de mais estudos a respeito. Quando indicada, preconiza-se a progesterona via vaginal entre a 24ª a 36ª semana de gestação, a depender dos fatores de risco associados. Quanto à teratogenicidade e aos efeitos adversos da progesterona, pode-se concluir que a maioria dos estudos epidemiológicos não indica maior freqüência de malformações fetais. Dessa forma, conclui-se que existem benefícios quanto ao uso da progesterona sintética e natural para prevenir o parto prematuro apenas em gestações únicas com antecedente de PP e no colo curto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. HACKBARTH, Bruna Barbosa et al. Suscetibilidade à prematuridade: investigação de fatores comportamentais, genéticos, médicos e sociodemográficos. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v. 37, n. 8, p. 353-358, Aug. 2015. 139 2. OLIVEIRA, Tenilson Amaral et al . Polimorfismo do receptor de progesterona como fator de risco para o parto prematuro. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro , v. 33, n. 6, p. 271-275, June 2011. 3. LEIVA L, Waldo; CARVAJAL C, Jorge. Progesterona y riesgo de parto prematuro en mujeres con cuello corto. Rev. chil. obstet. ginecol., Santiago , v. 72, n. 5, p. 356-357, 2007. 4. OLIVEIRA, Tenilson Amaral et al . Polimorfismo do receptor de progesterona como fator de risco para o parto prematuro. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro , v. 33, n. 6, p. 271-275, June 2011. 5. Vidaeff AC, Ramin SM. Management strategies for the prevention of preterm birth. Part I: Update on progesterone supplementation. Curr Opin Obstet Gynecol. 2009;21(6):480-4 6. Fonseca EB et al. Prematurity prevention: the role of progesterone. Curr Opin Obstet Gynecol. 2009;21(2):142-7. 7. Bittar RE et al. Prematuridade. In: Zugaib Obstetrícia. Barueri: Manole; 2012. p. 679-702. 8. Bunduki V, Cabar FR, Nomura RMY. Endocrinologia e imunologia da gestação. In: Zugaib Obstetrícia. Barueri: Manole; 2012. p. 97-118. 9. Yoshizaki CT et al. Progesterona para prevenção do parto prematuro. FEMINA, Março/Abril 2012, vol 4, nº 2 10. Fonseca EB et al. Progesterona e prevenção do parto prematuro: aspectos atuais. FEMINA, Dezembro 2008, vol 36, nº 12 11. Lockwood CJ & Kuczynski E. Markers of risk for preterm delivery. J Perinat Med 1999; 27: 5-20. 140 RASTREIO DE TROMBOFILIAS ANTES DA PRESCRIÇÃO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Fernanda Ferreira Bicalho Moreira Marcos Vinicius de Oliveira Fernandes Ravynne Gomes Baptista Natalia Fernandes Paes José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina Os contraceptivos hormonais atuam no sistema neuroendócrino levando a um bloqueio gonadotrófico, permitindo evitar gestações não planejadas (planejamento familiar), e outros benefícios como redução do fluxo menstrual. No entanto, os contraceptivos hormonais podem ter efeitos adversos significativos, como fenômenos tromboembólicos. No mercado atualmente encontramos dois tipos: combinadas (progesterona e estrógeno) ou compostas de progestágenos exclusivos, que podem ser administradas via oral, anel vaginal, adesivo transdérmico, implante subcutâneo e diu. Atualmente, é descrito na literatura que doses acima de 50 µg de etinilestradiol podem aumentar em 2x o risco de trombose venosa profunda e os contraceptivos combinados aumentam em 3x este risco. Considera-se homeostasia a capacidade do organismo de impedir uma coagulação intensa, assim quando ocorre uma lesão endotelial há ativação da cascata de coagulação que forma um tampão hemostático e deve-se ativar os anticoagulantes naturais (proteínas C e S). O artigo teve como objetivo aprofundar os conhecimentos sobre a relação existente entre os fenômenos tromboembólicos e a contracepção hormonal, analisando a eficácia do rastreio de trombofilias dosando a proteína C funcional, antes da prescrição de métodos contraceptivos, através de uma revisão bibliográfica (Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde). Em relação aos contraceptivos combinados, sabe-se que o etinilestradiol (estrogênio sintético) é capaz de aumentar fatores de coagulação, reduzir anticoagulantes naturais e induzir resistência a proteína C, em relação ao estrógeno natural (valerato de estradiol) acredita-se que ele também contribui para a coagulação. Além do hormônio, acredita-se que a via de administração do contraceptivo, pode intervir no desenvolvimento de fenômenos tromboembólicos, desta forma acredita-se que a via oral, transdérmica e vaginal, contendo etinilestradiol e progestágenos, apresentem riscos semelhantes, por atuarem sistemicamente e levarem a alteração na homeostasia. Sabe-se que as trombofilias são uma tendência genética ou adquirida para trombose venosa e são capazes de potencializar o efeito trombogênico do contraceptivo hormonal combinado. Desta forma, para rastrear a presença de trombofilias, tem-se o exame da proteína C funcional que analisa se há redução na produção da proteína C. Diante dos resultados encontrados, o rastreio para trombofilias nas pacientes antes de prescrever anticoncepcional, pode ser feito através do exame da proteína C funcional, ou através de uma anamnese (história familiar de fenômenos tromboembólicos e fatores de risco). A partir da entrevista realizada pode-se adequar a paciente nos critérios de elegibilidade para prescrição de métodos contraceptivos da OMS. Assim sendo, não existem evidências favoráveis ao rastreamento de trombofilias antes da prescrição de contraceptivos combinados, visto que não se enquadra nos critérios para ser considerado rastreio, segundo a OMS. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BORGES, Tiago Ferreira Campos; TAMAZATO, Ana Paula da Silva; FERREIRA, Maria Silvana Cardoso. Terapia com Hormônios Sexuais Femininos e Fenômenos Tromboembólicos: uma Revisão de Literatura. Revista Ciências em Saúde, v. 5, n. 2. Jun. 2015. 141 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. BRAGA, Giordana Campos; VIEIRA, Carolina Sales. Contracepção hormonal e tromboembolismo. Associação Médica de Brasília, Brasília, v. 50, n. 1. Jul. 2013. BRITO, Milena Bastos; NOBRE, Fernando; VIEIRA, Carolina Sales. Contracepção Hormonal e Sistema Cardiovascular. Sociedade Brasileira de Cardiologia, São Paulo, v. 96, n. 4. Apr. 2010. FERREIRA, Ana C. P. et al. MONTES, Marlise B. A.. Efeitos do contraceptivo oral contendo 20 µg de etinilestradiol e 150 µg de desogestrel sobre os sistemas de coagulação e fibrinólise. Revista Brasileira de Hematologia, v. 22, n. 2, p. 77-87. 2000. GIRIBELA, Cassiana Rosa Galvão. Efeito de um anticoncepcional hormonal oral de baixa dose na função endotelial venosa em mulheres jovens saudáveis: resultados preliminares. Clinics [online], v. 62, n. 2. 2007. MOTA, Fernando; GONÇALVES, Luciana Ricca; MANSILHA, Armando. Rastreio de trombofilia hereditária no contexto de trombose venosa profunda. Angiologia e Cirurgia Vascular, Lisboa, v. 7, n. 3. Set. 2011. PADOVAN, Fabiana Tavares; FREITAS, Geyse. Anticoncepcional oral associado ao risco de trombose venosa profunda. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research. Set. 2014. Caderno p. 73-77. VARELA, Maria Gil. Contracepção hormonal. Manual de Ginecologia, Lisboa, v. 2. 2010. VIEIRA, Carolina Sales; OLIVEIRA, Luciana Correa Oliveira de; Sá, Marcos Felipe Silva de. Hormônios femininos e hemostasia. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio De Janeiro, v. 29, n. 10. Oct. 2007. 142 SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO E RESISTÊNCIA À INSULINA NA SÍNDROME METABÓLICA Maria Oliveira Santos Yulle de Oliveira Martins Camila Dias Medeiros Marcela Rodrigues Gondim Isabela Ferreira Gontijo de Amorim (Orientador) [email protected] Área: Medicina A síndrome do ovário policístico (SOP) é decorrente de uma alteração hormonal entre as mulheres em idade reprodutiva, com incidência em torno de 4 a 12%. Seu diagnóstico é feito pela presença de amenorreia (anovulação), hiperandrogenismo e ovários policísticos, além de obesidade, dislipidemia e resistência à insulina (RI). O objetivo desse trabalho foi avaliar a relação entre SOP, RI e síndrome metabólica (SM). Para isso foi realizado uma revisão de literatura, na base de dados PubMed, Scielo e UptoDate utilizando os seguintes descritores: síndrome metabólica, resistência à insulina, síndrome do ovário policístico e obesidade, sendo utilizados 10 artigos do ano 2007 ao ano 2015. A causa da SOP ainda não é bem estabelecida, mas suspeita-se que ocorra uma alteração na liberação pulsátil de gonadotrofina, de hormônio lutenizante (LH) e folículo estimulante (FSH), nas funções ovariana e da supra-renal, além do quadro de RI; sendo esse último relatado em 50 a 70% das mulheres com SOP, obesas com SM e não obesas. A RI pode ser identificada pelo índice de HOMA, teste de tolerância oral à glicose e teste de QUICKI. A insulina estimula a lipogênese, converte andostenediona em testosterona, estimula a produção ovariana de androgênio devido ao aumento do LH e da proteína carregadora do fator de crescimento semelhante à insulina (IGFB-1), suprime a globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG), resultando em maior biosdisponibilidade de androgênio no organismo, que junto com a leptina aumentam o hormônio liberador de GH o que favorece a secreção de LH e não de FSH, com isso não há crescimento e maturação dos folículos ovarianos. Estudos demonstram que a exposição de andrógenos intra-útero leva ao aumento da lipogênese, acarretando um maior acúmulo de gordura, principalmente na região abdominal (obesidade visceral/central). A hipertrofia dos adipócitos viscerais resulta na produção de citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias, que alteram a ação do receptor de insulina. Consequentemente, ocorre uma contínua liberação de ácidos graxos livres, que são captados e metabolizados no fígado, resultando em maior produção hepática de glicose e estimulação das células β-pancreáticas (insulina). Além disso, o hiperandrogenismo e elevada taxa de testosterona acarreta maior expressão de receptores e redução da lipólise visceral. Somado a isso, a obesidade já está associada à redução da ovulação, aumento de abortos e complicações tardias na gestação, podendo, dessa forma, elevar o risco de in-fertilidade característica à síndrome. Diante disso, conclui-se que há uma interação em entre RI, hiperandrogenismo e obesidade, na qual um potencializa o outro na SOP. Torna-se importante, nesse contexto, o acompanhamento e aconselhamento das portadoras dessa síndrome, quanto às possíveis alterações que possam estar associadas, assim como as modificações dos hábitos de vida. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. SANTANA, Laura Ferreira et al. Tratamento da infertilidade em mulheres com a síndrome do ovário policístico. Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia, São Paulo, mai. 2008. 143 2. AZEVEDO, George Dantas de et al. Modificações do estilo de vida na sindrome do ovario policistico: papel do exercício físico e importância da abordagem multidisciplinar. Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia, jun. 2008. 3. MELO, Anderson Shances et al. Mulheres com síndrome do ovário policístico apresentam maior frequência de síndrome metabólica independente de massa corporal. Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia, São Paulo, Ribeirão Preto, dez. 2011. 4. BARACAT, Edmund Chada; SOARES, José Maria. Ovários policísticos, resistência insulínica e síndrome metabólica. Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia, São Paulo, mar. 2007. 5. LEÃO, Lenora Mara et al. Obesidade e síndrome dos ovários policísticos: vínculo fisiopatológico e impacto no fenótipo das pacientes. Revista RUPE, Rio de Janeiro, v.13, n. 1, jan/mar, 2014. 6. MARCONDES, José Antônio Miguel; BARCELLOS, Cristiano Roberto Grimaldi; ROCHA, Michelle Patrocínio. Dificuldade e armadilhas no diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos. Serviço de endocrinologia e metabologiado Hopital das Clínicas, São Paulo, jan. 2011. 7. LORDELO, Roberta A. et al. Eixos hormonais na obesidade: causa ou efeito? Serviço de endocrinologia e metabologia do Hopital das Clínicas, São Paulo, 2007. 8. SPRITZER, Poli Mara; WILTGEN, Denusa. Prevalência de síndrome metabólica em pacientes sulbrasileiros com síndrome dos ovários policísticos. Unidade de endocrinologia ginecológica do Hospital das Clínicas, Porto Alegre, 2007. 9. MARQUES, Pedro et al. Significado cardiometabólico do excesso de peso/obesidade numa população de 263 mulheres infértei com síndrome do ovário poliquístico. Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, Lisboa, 2015. 10. ROMANO, Lucas Gabriel Maltoni et al. Anormalidades metabólicas em mulheres com síndrome dos ovário policísticos: obesas e não obesas. Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia, Ribeirão Preto, jun. 2011. 144 TABAGISMO NO DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO Marina Kusunoki Guerra Luma Lorraine dos reis Souza Paula Geovanna Rocha Pontello Thays Ketlin Motta de Pinho José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina O câncer do colo do útero, também chamado de cervical é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Atualmente, aceita-se que a infecção persistente pelo HPV é o fator de risco mais importante relacionado ao desenvolvimento das neoplasias intraepiteliais e do carcinoma cervical. Com o objetivo de analisar a discrepância entre a frequência de mulheres infectadas pelo HPV e aquelas que desenvolvem neoplasias, foram uma revisão bibliográfica, uma dissertação de mestrado e um estudo caso-controle entre 200 7 a 2015 e dados do INCA, que correlacionam o desenvolvimento do carcinoma com cofatores de desenvolvimento, dentre eles o tabagismo, que é reconhecidamente carcinogênico, podendo causar neoplasias em diferentes órgãos do corpo humano, inclusive no muco cervical. Diversas hipóteses são postuladas em relação à maneira pela qual o tabagismo poderia induzir essas lesões cervicais, não existindo, assim, mecanismo isolado que possa explicar a carcinogênese relacionada ao cigarro. Um dos principais mecanismos de ação está associado à exposição direta do DNA das células epiteliais cervicais, a concentrações elevadas desses carcinógenos, e potenciais efeitos mutagênicos. Esses danos são sujeitos ao reparo natural do DNA e aos processos fisiológicos de apoptose, entretanto, a exposição crônica a esses constituintes pode levar ao acúmulo de mutações. Outra hipótese se refere ao papel do tabagismo na alteração imunológica, em análise himunohitoquímica foi observado que a elevada concentração dos derivados do tabaco estaria relacionada à redução das células de Langerhans e de linfócitos T helper no epitélio escamoso de transformação da cérvice uterina. A redução provocada nessas células, importantes mediadores da imunidade celular e humoral, poderia influenciar na aquisição e persistência da infecção pelo HPV. Pelo exposto, pode-se observar que, embora haja diferenças individuais no metabolismo das substâncias químicas e suscetibilidade genética individual, as mulheres tabagistas apresentam risco aumentado no desenvolvimento de lesões cervicais. O tabagismo funciona, dessa maneira, como cocarcinógeno, sendo o HPV a causa primária, que associado à imunodepressão local causada pelo cigarro, pode levar à persistência da infecção viral. O reconhecimento e controle dessa situação e dos fatores de risco podem evitar seu desenvolvimento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. Importância do tabagismo na carcinogênese do colo uterino. FEMINA | Novembro 2007 | vol 35 nº 11. A exposição ao fumo de cigarros em lesões do colo uterino: um estudo de caso controle. Dos santos, Viviane. 2010. Universidade federal do rio grande do sul. O tabagismo e a oncogênese do câncer de colo uterino. Da matta, Fábio. 2011. Recife. http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/programa_ nacional_controle_cancer_colo_utero/fatores_risco. acessado em: 01/04/16. 145 TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE EM PACIENTES COM CÂNCER Pietro Pellizzaro Lima Ludialem Lacerda Martins Camila Lyra Silva Ivana Vilela José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina A fertilidade e a sexualidade, bem como a qualidade de vida são importantes aspectos a serem valorizados em sobreviventes de neoplasias malignas. As pacientes oncológicas apresentam uma longa expectativa de vida proporcionada pelos tratamentos atualmente disponíveis. Os efeitos da quimio e radioterapias antineoplásicas no futuro da fertilidade são matéria de estudos e preocupações das pacientes e de seus familiares. Dentre alguns dos maiores efeitos colaterais destas terapias se incluem a falência ovariana e a infertilidade. Os tratamentos com agentes quimioterápicos, bem como com a radioterapia, estão associados com significante dano gonadal em mulheres e homens. A magnitude da perda gonadal seguida aos agentes citotóxicos é droga e dose dependentes e, em mulheres, este efeito ainda é fortemente influenciado pela idade em que ela se encontra à época do tratamento. Várias pacientes não irão se tornar estéreis no momento imediato ao tratamento, mas irão sofrer com as consequências de uma falência ovariana prematura. O conhecimento dos riscos e probabilidades da queda da produção hormonal ovariana causados por estas terapias é fator crucial para que pacientes e profissionais assistentes discutam sobre opções que servirão melhor ao futuro das mesmas. Vários métodos de preservação da função gonadal diante deste potencial efeito esterilizante do tratamento tem sido considerados. Desta forma, o presente resumo visa contemplar algumas das alternativas mais recentes para manutenção da função gonadal feminina. Para tal, foi feita revisão bibliográfica nas bases de dados online da CAPS/MEC, Scielo e Pubmed. O congelamento de embriões, a criopreservação oocitária e a criopreservação de tecido cortical ovariano estão entre as mais recentes opções disponíveis para se preservar a fertilidade em pacientes oncológicas. A escolha de qual método a ser utilizado dependerá de diferentes parâmetros: do tipo e da urgência no tratamento, do tipo de tumor, da idade da paciente e da existência de parceiro. O único método de preservação da fertilidade estabelecido, de acordo com o Comitê de Ética da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (2005), é o congelamento de embriões. A técnica de criopreservação de oócitos seria indicada para mulheres sem parceiro fixo e que não desejem a utilização de esperma de doador, pois, para tal, não se faz necessária a existência do gameta masculino. Para as pacientes que necessitem ser submetidas ao tratamento quimioterápico imediato, a criopreservação de tecido ovariano é a única alternativa possível. Conclui-se que o conhecimento das medidas de preservação da fertilidade em pacientes oncológicas é necessário para um tratamento diferenciado, individualizado e menos agressivo, focado igualmente na remissão neoplásica e na qualidade de vida da paciente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. BEDAIWY, M.A.; FALCONE, T.; Ovarian tissue banking for cancer patients: reduction of posttransplantation ischaemic injury: intact ovary freezing and transplantation. Hum. Reprod.; 19(6): 1242-4, 2004. BEERENDONK, C.C.; BRAAT, D.D.; Present and future options for the preservation of fertility in female adolescents with cancer. Endocr Dev; 8: 166-75, 2005. 146 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. BAIRD, D.T.; CAMPBELL, B.K.; SOUZA, C.; TELFER, E.E.; Long-term ovarian function in sheep after ovariectomy and autotransplantation of cryopreserved cortical strips. Eur. J. Obstet. Gynecol. Reprod. Biol.; 113, 55-59, 2004. BORINI, A.; SCIAJNO, R.; BIANCHI, V.; et al.; Clinical outcome of oocyte cryopreservation after slow cooling with a protocol utilizing a high sucrose concentration. Hum. Reprod., 21, 512-517, 2006. DONNEZ, J.; DOLMANS, M.M.; DEMYLLE, D.; JADOUL, P.; PIRARD, C.; SQUIFFLET, J.; MARTINEZMADRID, B.; VAN LANGENDONCKT, A.; Livebirth after orthotopic transplantation of cryopreserved ovarian tissue; Lancet; 364(9443): 1405-10, 2004. DONNEZ, J.; DOLMANS, M.M.; DEMYLLE, D.; JADOUL, P.; PIRARD, C.; SQUIFFLET, J.; MARTINEZMADRID, B.; VAN LANGENDONCKT, A.; Ovarian tissue cryopreservation and transplantation: a review. Hum. Reprod. Update, vol.12, n.5, 519-535, 2006. 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Mecanismos envolvendo uma intrincada rede de comunicação através de citocinas, moléculas e receptores de diferentes tipos celulares que compõem o sistema imune local, ou seja, decidual, são responsáveis pela manutenção do microambiente e alorreconhecimento dos tecidos feto-placentários. Nesse contexto, respostas imunes inadequadas podem estar envolvidas com falhas no processo de implantação embrionária. Os distúrbios tireoidianos são tambémcomuns em mulheres adultas em fase reprodutiva e isso se deve principalmente à deficiência de iodo ou a alterações imunológicas. As repercussões da disfunção tireoidiana na gestação são ainda maiores, tendo em vista as profundas alterações hormonais e imunológicas que ocorrem neste período, bem como a dependência dos hormônios tireoidianos e do iodo maternos evidenciada no feto. As alterações imunológicas da gravidez são iniciadas pela placenta e pela passagem transplacentária de células fetais que são capazes de modular as respostas imunológicas maternas locais e sistêmicas. Além disso, variações hormonais podem alterar a ação dos linfócitos T, responsáveis pela resposta imune do organismo durante a gravidez. Devido a essas alterações, ocorre aumento dos riscos durante a gestação, como parto prematuro, desprendimento prematuro da placenta e aborto, principalmente no primeiro trimestre. Logo, se faz necessário realizar o rastreamento gestacional para função tireoidiana. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. MANDAL, RCet al.Subclinical hypothyroidism in pregnancy: An emerging problem in Southern West Bengal: A cross-sectional study.J Nat SciBiol Med. 2016 Jan-Jun. TOGAS Tulandi, HAYA, M.Definition and etiology of recurrent pregnancy loss.updated: Mar , 2016 ROSS, Douglas.Overview of thyroid disease in pregnancy. updated: Nov 30, 2015. 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Chama-se estresse crônico a condição de desgaste do organismo, ou seja, quando estes mecanismos não conseguem suprimir a ação dos fatores estressores. Assim, tratando-se de estresse crônico, com ênfase no laboral, nota-se que, na área da saúde, esse tema tem sido muito relevante, pois além de comprometer a saúde do profissional, também pode ser um risco às pessoas por ele atendidas. Diante disso, esse trabalho, que foi baseado em artigos das bases de dados digitais SciELO e Google Acadêmico e em livros didáticos, visa fazer uma revisão de literatura, referente ao estresse crônico nos profissionais da saúde, além de propor ações para minimizar os efeitos nocivos dessa condição. Por se tratar de profissionais da saúde, o estresse crônico também pode levar à Síndrome de Burnout (ou do estresse ocupacional), devido a sua grande necessidade do contato com o usuário do serviço. De acordo com pesquisas, nota-se que o número de profissionais acometidos pela síndrome tem aumentado a cada dia. Para o diagnóstico de Burnout, é necessário a avaliação de um conjunto de sinais e sintomas envolvendo três fatores principais, sendo eles, desgaste emocional, despersonalização e realização profissional. O diagnóstico desse problema geralmente é feito por meio de um questionário auto-aplicativo, que possui duas partes, uma com questões que avaliam dados demográficos dos participantes e outra que se dá pelo Inventário de Burnout Maslach inventory Burnout (MBI), o qual avalia as três áreas citadas anteriormente. Dentre as consequências dessa síndrome, pode-se encontrar vários tipos de sintomas, como psíquicos, físicos, defensivos e comportamentais. Diante do mencionado, percebe-se a gravidade do problema, já que profissionais que visam promover a saúde podem acabar fazendo o papel oposto. Com isso, é importante que ações preventivas e interventivas sejam tomadas. A prevenção se dá principalmente diminuindo a ocorrência dos estressores, dos quais se destacam a competição entre trabalhadores, a sobrecarga de tarefas e, sobre a área da saúde, a falta de infraestrutura e material básico para o trabalho. Para os locais onde já se tem esse problema, é imprescindível que intervenções sejam tomadas de imediato. Sugere-se então que, nesses locais, sejam ministradas palestras, as quais abordem a gravidade tanto para o profissional quanto para quem recebe sua assistência, incentivando práticas de reversão e prevenção do quadro. Assim, com essas medidas a ocorrência do estresse crônico poderia ser evitada, e a saúde ficaria ainda mais efetiva, tanto para o usuário quanto para o profissional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. CARVALHO, Liliane; MALAGRIS, Lucia E. N. Avaliação do nível de stress em profissionais de saúde, ESTUDOS E PESQUISAS EM PSICOLOGIA, n. 3, Rio de Janeiro, 2007. MAIA, Leandro D. G. et al. Síndrome de Burnout em agentes comunitários de saúde: aspectos de sua formação e prática, Rev. bras. Saúde ocup, n. 36, São Paulo, 2011. 150 3. FERRATI, Rogério. et al. ESTRESSE CRÔNICO OCUPACIONAL EM PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, Em Extensão, v. 12, n. 2, Minas Gerais, 2013. 4. TRINDADE, Letícia L., LAUTERT, Liana. Síndrome de Burnout entre os trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família, Rev Esc Enferm USP, n. 44, São Paulo, 2010. 5. GUYTON, Arthur C. Tratado de fisiologia médica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 1115p. ISBN 978-85-3521641-7. 151 PNEUMONIAS VIRAIS E BACTERIANAS: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS, FISIOPATOLÓGICOS E TRATAMENTO Ruan Martins Bonzi Gabriel Silva de Carvalho Candido Jefferson Marques Amorim Melo Camilo Suarez Rodriguez Neto Beatriz Martins Borelli (Orientador) [email protected] Área: Medicina A pneumonia é uma infecção grave dos pulmões que ainda hoje acomete grande parte da comunidade e causa altos índices de mortalidade, mesmo com avanços na terapia e diagnóstico, podendo ser causada por diversos micro-organismos. No entanto, a maioria dos casos não possui um agente etiológico definido com precisão, uma vez que pouco se sabe sobre os padrões microbiológicos da comunidade atingida. Dentre os tipos de pneumonia, a viral é a predominantemente adquirida na comunidade. Sabe-se também que o pneumococo é o germe mais frequentemente observado na PAC (pneumonia adquirida na comunidade), em todas as faixas etárias nos casos de pneumonias bacterianas. O objetivo deste trabalho será realizar uma revisão bibliográfica sobre os principais vírus e bactérias implicados na gênese da pneumonia adquirida na comunidade, fatores de riscos que favorecem a pneumonia, métodos preventivos, etiologia, identificação da doença e tratamentos. Trata-se de um artigo acadêmico de revisão, baseando- se em artigos previamente publicados e obtidos em bases de dados online. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Conterno LO, Moraes FYM, Silva Filho CR. Implementation of community-acquired pneumonia guidelines at a public hospital in Brazil. J Bras Pneumol. 2011;37(2):152-9. Donalisio MR, Arca CH, Madureira PR. Clinical, epidemiological, and etiological profile of inpatients with community-acquired pneumonia at a general hospital in the Sumaré microregion of Brazil. J Bras Pneumol. 2011;37(2):200-8. Figueiredo LTM. Viral pneumonia: epidemiological, clinical, pathophysiological, and therapeutic aspects. J Bras Pneumol. 2009;35(9):899-906. 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J AllergyClin Immunol. 2006;118(3):591-6. 154 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS, VARIAÇÕES METEOROLÓGICAS E SUA INFLUENCIA SOBRE A INCIDÊNCIA DE DENGUE Thiago Castro Beraldino Otávio Amarante Cunha Acipreste Maisa Gonçalves de Carvalho (Orientador) [email protected] Área: Medicina A incidência de dengue depende de uma série de fatores socioeconômicos e climáticos, entre elas a concentração populacional urbana, as condições de moradia e de saneamento básico, temperatura e pluviosidade. Conhecimentos sobre os fatores que aumentam a incidência dos casos desta doença poderão contribuir para um efetivo combate ao vetor, consequentemente diminuindo os casos da doença, e até propiciar uma certa antecipação aos períodos que se encontram um maior número de casos, devido a sazonalidade desta. A metodologia utilizada para elaboração deste artigo de revisão bibliográfica constitui-se de conteúdos consultados em meios eletrônicos como, Lilacs e Scielo. A busca de dados foi realizada utilizando terminologias como: dengue, urbanização, alterações climáticas, Aedes aegypti, surto de doenças. Os critérios de inclusão para os estudos encontrados foram as relações socioeconômicas e climáticas com a incidência de casos de dengue. Dentre os conteúdos supracitados, há estudos direcionados sobre a cidade de Belo Horizonte, correlacionando a dengue com variáveis meteorológicas e realizando previsões acerca desta doença. Os estudos indicam que as cidades, devido ao grande fluxo campo-cidade ocorridos nas últimas décadas, não conseguem oferecer níveis satisfatórios de habitação e saneamento básico e uma grande parte de seus habitantes (cerca de 20%) vive em favelas, invasões e cortiços, onde o abastecimento de água e a fiscalização acerca da proliferação do vetor da doença são, na maioria dos casos, precários. Em relação às mudanças climáticas, observa-se a existência de ciclos sazonais na incidência de casos da doença, onde os valores máximos foram identificados próximos às estações quentes e chuvosas e, próximos às estações frias e secas foi constatado um número mínimo de casos. No Brasil, estas estações correspondem, respectivamente, ao verão e inverno. É possível reduzir a abrangência da epidemia, melhorando o sistema de vigilância epidemiológica, melhorando o saneamento básico nas áreas periféricas (principalmente o abastecimento de água e a coleta de lixo) e principalmente, prever os períodos anuais onde ocorrem o maior número de casos da doença e agir diretamente sobre o vetor, a fim de reduzir o número destes e, por consequência, preservar a saúde da população. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. Tauil, Urbanização e ecologia do dengue. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,17(Suplemento):99102, 2001. Tauil, Aspectos críticos do controle do dengue no Brasil. Cad. 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O atual cenário político do SUS, no entanto, não condiz com as expectativas do momento de sua criação. O não seguimento de seus princípios, dentre outros fatores, deram início ao seu declínio. Este estudo de revisão bibliográfica tem como principal objetivo entender quais os fatores relevantes que levaram ao declínio do SUS, e sugestionar possíveis mudanças através de uma nova Reforma Sanitária - para possibilitar um atendimento que garanta a melhoria da qualidade de vida da população. Foi realizada uma revisão da literatura disponível a cerca do assunto abordado. Dentre os estudos encontrados, foram selecionados seis artigos para compor o trabalho, cujos resumos possuíam correlação com o tema. As palavras-chave utilizadas para a pesquisa foram: SUS; atual política do SUS; reforma sanitária no SUS; reforma sanitária e sustentabilidade na saúde. Os artigos escolhidos estavam dentro dos eixos temáticos esperados. Esses foram questionados, relacionados e aplicados no atual trabalho. Financiamento insuficiente, crescimento da demanda da atenção primária concomitante ao decréscimo de sua qualidade, e ineficácia de alguns hospitais especializados; são alguns dos relevantes fatores do atual declínio do SUS. Além disso, pode-se inferir que O SUS é uma “Reforma Social incompleta”, dessa forma, surge o seguinte questionamento: será necessária uma reforma da reforma ou uma contra reforma? Em ambos os casos é importante levar em conta fatores de caráter estrutural e institucional. De uma forma geral, a sua recuperação apresenta como finalidade tornar coletivo - e não individual - o seu consumo, o qual deve ser sustentável, consciente e de qualidade. É possível e necessário aprofundar o modelo de gestão de saúde e ampliar a democratização das ações do Estado. Investimentos na infraestrutura do sistema, seguimento dos princípios existentes e responsabilidades macro e micro sanitárias podem ser auxiliadores da nova reforma. Porém, para o avanço desta, serão necessárias alianças, o que, infelizmente, pode demandar uma longa trajetória. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa. Reforma política e sanitária: a sustentabilidade do SUS em questão? Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2011. 2. COHN, Amélia. A reforma sanitária brasileira após 20 anos do SUS: reflexões. Fórum, Rio de Janeiro, 2009, p.1614-1619, jul. 2009. 3. PASCHE, Dário Frederico. A Reforma necessária do SUS: inovações para a sustentabilidade da política de saúde pública. Ciência & Saúde Coletiva, Rio Grande do Sul, p.312-319, 2007. 4. FLEURY, Sonia. A reforma sanitária e o SUS: questões de sustentabilidade. Ciência & Saúde Coletiva, Rio Grande do Sul, p.307-309, 2007. 5. PERNA, Paulo de Oliveira. Políticas Públicas de Saúde: Vigilância em Saúde. Revista interdisciplinar, Santa Catarina, v.3, p. 9-10, out. 2014. 6. TEIXEIRA, Carmen. Os princípios do Sistema Único de Saúde. Salvador, p. 1-10, jun. 2011. 156 PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO: CONCEITO E ENFRENTAMENTO Lorayne Cardoso Gontijo Marcela Vasconcelos Apipe Késia de Souza Ruela Claudia Vasques Chiavegatto (Orientador) [email protected] Área: Medicina O ruído é produzido por um sinal acústico aperiódico de diferentes frequências. Apresenta-se como um som desagradável, de percepção subjetiva. A exposição intensa e contínua aos ruídos é fator de risco à ocorrência de alterações estruturais na orelha interna. A perda auditiva induzida por ruído (PAIR) tem origem na exposição prolongada ao ruído, com agressão do epitélio sensorial da cóclea, gerando traumatismos dos entereocílios. Os sintomas englobam hipoacusia, dificuldade de compreensão de fala, zumbido e intolerância a sons intensos. Pode ocorrer ainda cefaleia, alterações do sono, vertigem, irritabilidade, problemas digestivos e neurológicos. Esse trabalho objetiva ressaltar a gravidade da PAIR no contexto ocupacional, bem como discutir sobre a prevenção desse agravo. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, utilizando-se as palavras chave: “Perda auditiva; ruídos e Saúde do Trabalhador”. Utilizadas as bases de dados Pubmed e LILACS; foram selecionados, ao final da análise dos trabalhos obtidos, quatro artigos e três textos técnicos do Ministério da Saúde do Brasil. A PAIR é do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva. O risco de PAIR elevase sobremaneira quando a média da exposição está acima de 85dB por mais de oito horas diárias, presente no contexto de diferentes atividades laborais, como siderurgia, metalurgia, gráfica, têxteis e vidraria. O diagnóstico inclui audiometria tonal por via aérea e óssea, logoaudiometria e imitanciometria. Em relação ao tratamento é necessário considerar que a PAIR é limitante, irreversível, mas não incapacitante; o acompanhamento de sua progressão e a suspensão da exposição são medidas essenciais. Apesar da inegável associação com ambiente laboral, a população mundial está exposta a ruídos intensos em diferentes contextos, extraocupacionais, como, nos meios de locomoção, atividades de lazer, e uso de fones de ouvido, de forma que nem toda perda auditiva tem relação com trabalho. Assim, anamnese e ferramentas de higiene ocupacional devem compor uma investigação criteriosa. Diferentes setores sociais devem estar engajados na prevenção da PAIR, visando à redução da incidência /prevalência. É fundamental que o Estado, além de legislar, seja capaz de garantir a efetividade das fiscalizações. Do componente patronal/ empresarial esperam-se ações que reduzam os ruídos na fonte, na trajetória e no indivíduo, além de oferecer programas de educação continuada. Assim, do trabalhador, é possível obter empoderamento que culmine no envolvimento desses no planejamento e execução de ações preventivas. E finalmente, faz-se necessário envolver o setor saúde, além da própria medicina do trabalho, a medicina de família e comunidade é fundamental na realização que ações que promovam saúde, minorem riscos e propiciem o diagnóstico precoce, otimizando assim o bem-estar e a saúde dos trabalhadores. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Relacionadas ao Trabalho: Manual de Procedimentos para Serviços de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR). Brasília: Ed. da Ministério Saúde, 2006. 157 3. 4. 5. 6. 7. BRASIL. Ministério do Trabalho. Lei n°6.514, de 22 de dezembro de 1977. Normas Reguladoras (NR) aprovadas pela Portaria n°3.214, de 08 de junho de 1978 DA COSTA, Evaldo Barbosa et al. Prevalência das doenças auditivas não ocupacionais que acometem trabalhadores em processo preadmissional. Distúrbios da Comunicação. ISSN 21762724, v. 24, n. 2, 2012. LOBATO, Diolen Conceição Barros et al. Auditory Effects of Exposure to Noise and Solvents: A Comparative Study. International archives of otorhinolaryngology, v. 18, n. 2, p. 136-141, 2014. VARGAS SANABRIA, Maikel. Valoración médico legal de la hipoacusia.Medicina Legal de Costa Rica, v. 29, n. 1, p. 61-78, 2012. WEBER, Sandra Regina; PÉRICO, Eduardo. Zumbido no trabalhador exposto ao ruído Tinnitus in noise-exposed workers. Rev Soc Bras Fonoaudiol, v. 16, n. 4, p. 459-65, 2011 158 IMPACTO DAS DOENÇAS OSTEOMUSCULARES RELACIONADAS AO TRABALHO (DORT) NA VIDA DO TRABALHADOR. Cibelle Silva Sampaio Ana Cecilia de Lima Santos Paula Scatolino Silva Fernanda Maria Franco Castro Claudia Vasques Chiavegatto (Orientador) [email protected] Área: Medicina As doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT) se enquadram nos distúrbios relacionados ao trabalho. Estima-se que seja a maior causa de afastamento por doença ocupacional no mundo. A busca cada vez maior por metas nas diversas áreas de trabalho vem gerando grande exaustão física e emocional dos profissionais, havendo assim uma tendência a aumentar os casos de DORT. Entender a realidade do trabalhador brasileiro e observar as repercussões que um afastamento pode gerar na vida de cada indivíduo é de grande importância para se definir tratamento e abordagem adequados. Esse trabalho é uma revisão bibliográfica realizada nas bases de dados PubMed e SciELO, selecionando quatro artigos dos anos de 2004 a 2011, através das palavras chaves “DORT; saúde; trabalhador”, em que se relacionava as doenças osteomusculares desenvolvidas pelo trabalho e sua repercussão na vida dos trabalhadores. O sistema econômico capitalista tornou o ambiente de trabalho competitivo. A concentração e atenção do trabalhador para realizar suas atividades são cada vez mais necessárias devido à pressão imposta pelas empresas. Isso contribui para a ocorrência de doenças ocupacionais. As DORT apresentam-se como um grupo heterogêneo de casos clínicos, caracterizados por dor crônica, que se manifesta principalmente no pescoço, cintura escapular e membros superiores. Verifica-se, também, um índice elevado de transtornos psiquiátricos decorrentes do estigma criado em torno dessas doenças. O paciente enfrenta, muitas vezes, o afastamento do trabalho, o que significa perda econômica e perda da convivência com o ambiente de trabalho que lhe é habitual. Por isso, apresentam depressão, ansiedade e angústia. Para caracterizar um quadro clínico de DORT é necessário nexo causal entre a atividade do trabalhador e os sinais/sintomas apresentados. Isso é feito por meio da anamnese ocupacional, exame físico e vistoria do meio de trabalho. A conduta depende das estruturas anatômicas acometidas. Os medicamentos utilizados são analgésicos e anti-inflamatórios e, em casos de dor crônica, antidepressivos tricíclicos. São úteis também massagens locais, termoterapia, acupuntura e fisioterapia. As condutas propostas necessitam também de uma abrangência para além dos medicamentos e exercícios. Foram criados, então, Grupos de Ação Solidária, envolvendo portadores dessas doenças como alternativa de engajamento social, de resistência e de ações capazes de promover mudanças nas situações de trabalho. Atualmente, a ciência vem buscando alternativas para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores; e entre elas estão à criação e preparação de equipes transdisciplinares para uma abordagem global do trabalhador e um diagnóstico precoce, a fim de melhorar sua qualidade de vida. O objetivo final é o direito à saúde e à inclusão social a partir das garantias constitucionais e pautadas pela Lei Orgânica da Saúde de 1990, a fim de que os trabalhadores ganhem vida e não a percam ao ganhá-la. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 159 1. 2. 3. 4. Hoefel, M. G.; Jacques, M. G.; Amazarray, M. R. et al. Uma proposta em saúde do trabalhador com portadores de LER/DORT: grupos de ação solidária. Cad. psicol. soc. trab. v.7 São Paulo dez. 2004. Acesso em: 25/03/2016. Garcia, V. M. D., Mazzoni, C. F., Corrêa, D. F., Pimenta, R. U. Análise do perfil do paciente portador de doença osteomuscular relacionada ao trabalho (DORT) e usuário do serviço de saúde do trabalhador do SUS em Belo Horizonte. Rev. bras. fisioter. Vol. 8, No. 3 (2004), 273-278. Barbosa, M. S. A.; Santos, R. M.; Trezza, M. C. S. F. A vida do trabalhador antes e após a Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho (DORT). Rev Bras Enferm, Brasília 2007 set-out; 60(5): 491-6.. Silva, E. F.; Oliveira, K. K. M.; Zambroni-de-Souza, P. C. Saúde mental do trabalhador: o assédio moral praticado contra trabalhadores com LER/DORT. Rev. bras. Saúde ocup., São Paulo, 36 (123): 56-70, 2011. Acesso em: 25/03/2016. 160 USO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE DO TRABALHADOR Rodolfo Neiva de Sousa Ana Raquel Castro Pellozo Pallos Fábio Duarte Silva Cássia Vasconcelos Spínola Saraiva Claudia Vasques Chiavegatto (Orientador) [email protected] Área: Medicina INTRODUÇÃO: O uso de defensivos agrícolas é uma prática disseminada em todo o mundo. Não obstante à reconhecida utilidade desses defensivos, o manuseio e aplicação desses produtos constitui atividade de alto risco devido à toxicidade. Dentre os riscos ocupacionais envolvidos, destacam-se a aspiração acidental durante a aplicação, o contato com a pele, a ingestão, além da contaminação de corpos d´água e da fauna silvestre. OBJETIVO: demonstrar riscos associados aos defensivos e fragilidades dos mecanismos de controle. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica não sistemática nos bancos de dados Medline/Pubmed, Lilacs/SciELO. Os artigos selecionados foram publicados em um período máximo de 30 anos. Os descritores utilizados foram: agrotóxicos, intoxicação, acidente de trabalho. DESENVOLVIMENTO: A Organização Mundial de Saúde estima que o número de acidentes ambientais e intoxicações agudas na lavoura cheguem a 4 milhões por ano, o que pode levar a cerca de 220 mil mortes por ano. Dados da Previdência Social apontam 14.988 acidentes de trabalho no setor agrícola no Brasil em 2011. Estima-se também o número de intoxicações graves por ano em cerca de 5.600 casos, resultando em danos à saúde e afastamentos do trabalho. Em geral, esses pesticidas são representados por organoclorados com efeito químico comprovado sobre vasta gama de pragas. Os fatores associados à maior vulnerabilidade das populações rurais e ao impacto ambiental do uso de agrotóxicos incluem: baixo nível de escolaridade no meio rural que leva ao desconhecimento das consequências da exposição direta do produto; deficiência dos órgãos de assistência técnica no campo para conscientização e treinamento; forte marketing exercido pelas indústrias agroquímicas; uso de dosagens fora de especificações; inexistência de trabalhos de monitoramento da saúde das populações mais vulneráveis; limitações do sistema de saúde em áreas mais remotas para prevenir, diagnosticar e tratar os casos de intoxicação. Muitos estudos elencam a falta de legislação adequada como um forte elemento responsável por esse problema. Entretanto, percebe-se que o Brasil possui um sólido arcabouço de leis voltadas para essa questão. São exemplos, a Consolidação das Leis do Trabalho, o Decreto Lei 5.452, que ampara o trabalhador rural, a NBR 9843, que dispõe sobre uso e armazenamento de agrotóxicos e afins. O problema reside no descumprimento dessas normas. CONCLUSÃO: Uma parte significativa dos trabalhadores desconhece os reais riscos associados a esses produtos e, consequentemente, negligenciam algumas normas básicas indispensáveis à segurança no trabalho. O uso de defensivos é relativamente seguro quando são adotadas boas práticas, tanto em relação ao treinamento e qualificação dos aplicadores, quanto ao manuseio dos produtos e uso adequado de equipamentos de proteção individual e coletiva. O maior problema de saúde ocupacional, portanto, não se deve à inexistência de normas, mas à sua inobservância. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 984. Disponível em: http://www.abnt.org.br/. Acesso em: 18 mar. 2016. BONSALL, J. L. Measurement of occupational exposure to pesticide. In: Occupational Hazards of Pesticides Use. Ed. Turnbull, G.S.; Francis and Taylor, London, pp. 13-33, 2007. 161 3. BRASIL. LEI Nº 7.802, DE 11 DE JULHO DE 1989. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7802.htm. Acesso em 18 mar. 2016. 4. CARVALHO, R; PERES, F. Neoliberalismo, el Uso de Pesticidas y la Crisis de Soberanía Alimentaria en el Brasil. In: Breilh J, organizador. Informe Alternativo Sobre La Salud en America Latina. Quito: CEAS; 2005. p. 223-224. 5. FERRARI, Antenor. Agrotóxico: a praga a dominação. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986. p. 110112. 6. GARDA, E. C. et al. (2006). Atlas do meio ambiente do Brasil. 2a ed. Brasília, EMBRAPA p.137-138. 7. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Desenvolvimento sustentável. Disponível em URL: http://www.ibge.gov.br/home/. Acesso em 18 mar. 2016. 8. JEYARATNAM, J. Occupational health issues in development countries. In: Organização Mundial da Saúde. Public Health impact of pesticides used in agriculture, Geneva, 207. 2009. 9. MATUO, T. Técnicas de aplicação de defensivos agrícolas. Jaboticabal: FUNEP, 2006. 139p. 10. WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. The WHO Recommended Classification of Pesticides by Hazard. Disponível em http://www.who.int/ipcs/publications/pesticides_hazard/en/. Acesso em 18 mar. 2016. 162 DEPRESSÃO EM IDOSOS: UMA DOENÇA NEGLIGENCIADA EM HOSPITAIS Sarah Pereira Alvarenga Camila Henriques Coelho (Orientador) [email protected] Área: Medicina A depressão é o problema de saúde mental mais frequente em pessoas com mais de 60 anos. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, mais de 15% da população idosa apresenta os sintomas clínicos da doença. A depressão é capaz de interferir em toda a vida pessoal e social do idoso. Por ter sintomas aparentemente comuns para a faixa etária, como mudanças em seu humor, sentimento de culpa, perda da autoestima, perda de apetite, falta de interesse em atividades corriqueiras e distúrbios do sono, essa doença muitas vezes é negligenciada. De acordo com Ballone, (2001) frequentemente se observa que o idoso deprimido passa por uma importante piora de seu estado geral e por um decréscimo significativo de sua qualidade de vida. A gravidade da situação reflete-se na alta prevalência de suicídio entre a população de idosos deprimidos. Além disso, alguns sintomas comuns da depressão, como apatia, pouca interatividade e cansaço podem ser confundidos com sintomas de outras doenças. E essa confusão pode levar a tratamentos incorretos, que acabam levando a internações desnecessárias. Sabe-se ainda, que internações prolongadas em hospitais, aumentam significadamente a chance de o idoso desenvolver quadros de depressão. Isso porque a diminuição do contato social, a quebra da rotina, a falta de atividade física e a tensão são algumas das causas para o desenvolvimento da doença. Por esses motivos é de grande importância que os hospitais e seus funcionários estejam preparados para atender esse paciente da melhor forma possível. Identificando corretamente a doença e dando um tratamento adequado para o idoso internado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BALLONE, G.J. Depressão do Idoso, 2001. Disponível em: < htt:// www.psiqweb.med.br/geriat/ depidoso.html>. Acesso em : 22 de ago. 2012. 2. BARROS, C. S. G., Pontos de Psicologia do Desenvolvimento. 12ª ed. São Paulo: Ática, 2002. 3. BIAGGIO, A. M. B., Psicologia do Desenvolvimento. 15ª ed. Petrópolis, Vozes, 1988 4. FIGUEIREDO, Kamilly Rosa; Depressão no Idoso, Portal Educação. 5. KAPLAN & SADOCK- - Depressão no Idoso I. 2004. 6. MIGUEL, FILHO EC; ALMEIDA OP de Aspectos Psiquiátricos do Envelhecimento. IN:Carvalho Filho ET de, Netto MP, Organizações. Geriatria: Fundamentos, Clinica e Terapêutica.São Paulo: Atheneu; 2000. 7. NERI, A. N., Desenvolvimento e envelhecimento: Perspectivas Psicológicas, Biológicas e Sociológicas. Campinas: Papirus, 2004. 8. PORCU, M.et al. Estudo comparativo sobre a prevalência de sintomas depressivos em idosos hospitalizados, institucionalizados e residente na comunidade. Acta Scientiarum.Maringá, v.24, n. 3, p.713-717, 2002. 9. RAMOS, Marília; Revista do Departamento de Psicologia, Niterói, v.19, n.2, jul./dez.2007. 10. STELLA, F. et al. Depressão no Idoso: Diagnóstico, Tratamento e Benefícios da atividade física. Motriz, v. 8, n. 3, p. 91-98, 2002. 11. VALLILLO Renata. O mal do século atinge todas as idades, 2003. 163 UMA METANÁLISE ACERCA DA NICOTINA NA DOENÇA DE PARKINSON Paula Costa Vieira Aldo Luis Neto Pierrot Arantes Jose Gilberto de Brito Henriques (Orientador) [email protected] Área: Medicina A Doença de Parkinson (DP) é a afecção mais prevalente entre as doenças definidas pelo Parkinsonismo. É uma doença neurológica crônica e progressiva resultante da perda de neurônios em áreas específicas do tronco encefálico, medula espinhal e regiões corticais. Essa perda resulta em sinais e sintomas motores, sensitivos, cognitivos e autonômicos, ocasionados principalmente pela deficiência da dopamina. Segundo dados do IBGE-CENSO 2010, há cerca de 200.000 indivíduos com doença de Parkinson no Brasil. A etiologia da DP é multifatorial, e engloba fatores ambientais, genéticos e disfunções mitocondriais. Os atuais tratamentos da Doença de Parkinson baseiam-se, em sua maioria, no controle dos sinais motores, porém podem levar a efeitos adversos potencialmente graves, e exigem um aumento progressivo das doses dos medicamentos. A metanálise foi realizada a partir de trabalhos realizados entre 2003 e 2013, entre eles revisões bibliográficas e estudos caso-controle. De 12 estudos utilizados, 8 comprovaram a eficácia da nicotina no tratamento da doença de Parkinson. A nicotina atua em receptores nicotínicos de acetilcolina (nAChRs) alterando vias de transdução intracelular, principalmente a via do cálcio, levando a adaptações que podem reduzir ou até interromper o dano neuronal acarretado pela DP. Em culturas primárias de neurônios corticais, a nicotina foi capaz de evitar a toxicidade provocada por diversas substâncias, como glutamato e betaamilóide; resultados parecidos também foram constatados em neurônios dopaminérgicos da substância negra ou do hipocampo, comprovando a proteção neuronal oferecida pela nicotina. Dessa forma, a utilização da nicotina como prevenção e/ou tratamento da Doença de Parkinson é uma opção terapêutica comprovada, e a ampliação do seu uso pode representar grande avanço. No entanto, necessita-se de esforços no que se refere à especificidade dos fármacos baseados na ativação dos receptores nicotínicos, já que os já testados, apesar de reduzirem a sintomatologia da DP, causam nos pacientes toxicidade cardiovascular, vômitos, convulsões e hipotermia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. WERNECK, Antonio. Doença de Parkinson: etiologia, clínica e terapêutica. Revista hupe. Rio de Janeiro, v.9, n.1, jan/jun., 2010. VENTURA, Ana et al. Sistema colinérgicos: revisitando receptores, regulação e a relação com a doença de Alzheimer, esquizofrenia, epilepsia e tabagismo. Revista de psiquiatria clínica. Niterói, Rio de Janeiro, 2009. QUIK, Maryka; PEREZ, Xiomara; BORDIA, Tanuja. Nicotine as a potencial neuroprotective agent for Parkinson’s disease. Mov. Disord. Jul.2012. SOUZA, Cheylla et al. A doença de Parkinson e o processo de envelhecimento motor: uma revisão de literatura. Revista de neurociência. Mossoró, Rio Grande do Norte, 2011 BARBOSA, Marta. Sistema nervoso central: planejamento químico-farmacológico para obtenção de um novo alvo terapêutico para a Doença de Parkinson. Universidade Fernando Pessoa. Porto, 2012. 164 6. POSADAS, Inmaculada; HERNANDÉZ, Beatriz; CEÑA, Valentim. Nicotinic receptors in neurodegeneration. Curr neuropharmacol. Espanha, Mai.2013. 7. ROSEMBERG, José. Nicotina: Droga universal. São Paulo: SES/CVE, 2003. 8. GOBBI, Llilian et al. Núcleos da base e controle locomotor: aspectos neurofisiológicos e evidências experimentais. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo, v.20, n.5, set., 2006. 9. GALE, Catharine; MARTYN, Christopher. Tobacco, coffee, and Parkinson's disease. Caffeine and nicotine may improve the health of dopaminergic systems. British Medical Journal. Southampton, mar. 2003. 10. ISAIAS, Ioannis et al. Nicotinic Acetylcholine Receptor Density in Cognitively Intact Subjects at an Early Stage of Parkinson’s Disease. Frontiers in Aging Neuroscience. Agosto, 2014. 165 SUICÍDIO: UMA ABORDAGEM PSICOSSOCIAL Ayrton Matos Paschke Ana Letícia Pinto Guimarães Chaira Binoti Fonseca Kelline Novais Evaristo Nunes de Magalhães (Orientador) [email protected] Área: Medicina Este artigo aborda o suicídio, um acontecimento complexo que ocorre entre a vida pessoal e a coletiva de indivíduos, tendo diversos fatores como sua causa. Inicialmente, a suicidologia expõe os aspectos e as formas que o suicídio é estudado atualmente, apontando as dificuldades e as diferentes formas que a autodestruição é conceituada. Além disso, o artigo aponta os diferentes graus que o suicídio se apresenta (primeiros graus de suicídio, graus intermediários e por fim, graus extremos), levando em conta quais atitudes deverão ser tomadas pelos indivíduos e pela sociedade frente a isso. Posteriormente, o suicídio é abordado na visão psicanalista, tendo como base os estudos freudianos e em seguida, são expostas correlações entre o suicídio e fatores como, diferenças de gêneros e nível socioeconômico. Para finalizar, a carta do integrante da banda Nirvana, Kurt Cobain, é ilustrada no artigo, por ser referência no assunto desde a década de 90. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. HOLMES, D. S. Psicologia dos transtornos mentais. Porto Alegre Artmed, 2001. FREUD, S. Obras Completas. Buenos Aires: Amorrortu, 1990. MARIN-LEON, Leticia and BARROS, Marilisa B A. Mortes por suicídio: diferenças de gênero e nível socioeconômico. Rev. Saúde Pública [online]. 2003, vol.37, n.3, pp. 357-363. VIEIRA, Kay Francis Leal and COUTINHO, Maria da Penha de Lima. Representações sociais da depressão e do suicídio elaboradas por estudantes de psicologia. Psicol. cienc. prof.[online]. 2008, vol.28, n.4, pp. 714-727. BASTOS, Rogério Lustosa. Suicídios, psicologia e vínculos: uma leitura psicossocial. Psicologia. USP. 2009, vol.20, n.1, pp. 67-92. 166 TRANSTORNO BIPOLAR: IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO CORRETO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE Ana Carolina Fernandes Daniela Fróis Luis Felipe Bortolan Ellaine Santos Humberto Ianini (Orientador) [email protected] Área: Medicina Transtornos mentais representam 13% de prevalência de doenças mundiais, e desses um dos principais distúrbios mentais diagnosticados em todo o mundo é o transtorno bipolar, que corresponde a 1,5% da população total. De acordo com DSM V, transtorno bipolar é uma síndrome caracterizada por episódios de depressão onde a tristeza, apatia, perda de peso e anedonia são predominantes e além de crises de mania cujo principal sintoma é o narcisismo e delírios de grandeza, podendo simular um quadro esquizofrênico. É notório que ao compreender esses quadros há necessidade de entender às diferenças de algumas situações em que os eventos psíquicos parecem similares, por exemplo, entender que as diferenças entre depressão e tristeza, baseiam-se numa análise referente à intensidade, tempo e à perda da funcionalidade do indivíduo, que é mais acentuada nos quadros depressivos. Já para distinguir mania do transtorno bipolar com esquizofrenia o que mais ajuda é o conteúdo dos delírios que ocorrem em ambas. No entanto, nota-se que quando comparados com pacientes portadores de esquizofrenia, os bipolares apresentam perfil de alterações cognitivas mais leves, permitindo assim diferenças relacionadas ao prognóstico da doença e para anormalidades em circuitos neuroanatômicos específicos. Diante desse quadro muitos diagnósticos são dificultados, principalmente referente à atenção primária para os quais não há especialistas na área. Com isso, há consequências no tratamento, sendo o mesmo realizado muitas vezes feito de forma inadequada, tornando assim importante o cuidado referentes às medicações propostas aos pacientes. Para elaboração do resumo ocorreu um levantamento bibliográfico no Medline, Lilacs, PubMed e ISI, selecionando artigos relacionados áimportância do correto tratamento do transtorno bipolar. O presente resumo tem como objetivo auxiliar o médico de Atenção Primária a detectar um quadro de depressão bipolar e realizar o tratamento correto, visto que o uso de antidepressivos tradicionais neste caso pode precipitar um episódio grave de mania. Além de diminuir as necessidades de encaminhamento para especialistas, uma vez que o atendimento com especialista pode demandar muito tempo, tornando-se inviável ao paciente que necessita de tratamento imediato. Os estabilizadores do humor constituem a base do tratamento do portador de TB, não só no tratamento profilático, como também nas fases agudas de depressão e mania. Portanto torna-se essencial o diagnóstico correto de Transtorno depressivo bipolar, a fim de prescrever o tratamento adequada para tal transtorno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. LAMPERT, Melissa Agostini; ROSSO, Ana Luiza Pereira. Depression in elderly women resident in a long-stay nursing home. Dement. neuropsychol., São Paulo , v. 9, n. 1, p. 76-80, Mar. 2015 . MACHADO-VIEIRA, Rodrigo et al . Neurobiologia do transtorno de humor bipolar e tomada de decisão na abordagem psicofarmacológica. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul, Porto Alegre , v. 25, supl. 1, p. 88-105, Apr. 2003. 167 2. 3. MEDEIROS, Gustavo C. et al . Association between duration of untreated bipolar disorder and clinical outcome: data from a Brazilian sample. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 38, n. 1, p. 610, Mar. 2016 . Merikangas KR, Jin R, He J-P.et al. Prevalence and Correlates of Bipolar Spectrum Disorder in the World Mental Health Survey Initiative. Arch Gen Psychiatry. 2011 Mar ;68(3):241-251. 168 AÇÃO DO INIBIDOR DO CO- TRANSPORTADOR DE SÓDIO- GLICOSE 2 NA PERDA DE PESO EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 Janaína Miranda Guimarães Mariane Vieira de Souza Camila Dias Medeiros Aurélio Leite Rangel de Souza Henriques Sarah Cristina Zanghellini Rückl (Orientador) [email protected] Área: Medicina Introdução: A hiperglicemia crônica em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) aumenta o risco de várias complicações e também mortalidade. Apesar da grande oferta de drogas voltadas para o controle glicêmico, a maioria dos tratamentos farmacológicos leva ao ganho ponderal. Desse modo, busca-se o desenvolvimento de novas drogas que não apresentem este efeito adverso. Os inibidores do co-transportador de sódio-glicose 2 (SGLT-2) formam uma nova classe de antidiabéticos orais usados em monoterapia ou em associação com outros antidiabéticos orais ou insulina para o controle da glicose. Sua ação ocorre através do bloqueio do SGLT2, um transportador de glicose expresso nas membranas luminais dos túbulos proximais renais responsável por 90% da reabsorção de glicose nos rins. Dessa forma, o inibidor de SGLT-2 diminui a reabsorção renal de glicose em 30% a 50% e ocorre excreção desta pela urina através de diurese osmótica. Este fenômeno leva ao quadro de glicosúria resultando em balanço energético negativo e perda de peso. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura. Utilizou-se a base de dados Pubmed com os seguintes descritores: perda de peso, obesidade, Diabetes Mellitus tipo 2, inibidor do co-transportador de sódio- glicose 2. Além disso, foram utilizados artigos citados nas referências bibliográficas dos trabalhos previamente escolhidos. Resultados e discussão: Doze ensaios clínicos randomizados confirmaram o emagrecimento de pacientes em uso de inibidor de SGLT-2 quando comparado ao tratamento placebo. A perda ponderal contribui para a diminuição da hemoglobina glicada do paciente portador de DM2, levando ao controle glicêmico. A partir da realização de ressonância magnética e tomografia computadorizada em pacientes de estudos de longo prazo foi concluído que o emagrecimento deveu-se à perda de gordura visceral. Além disso, houve diminuição da pressão arterial sistêmica como consequência da diurese osmótica e do emagrecimento do paciente. Um vantagem do inibidor de SGLT-2 é que ele independe da secreção de insulina ou de sua resistência nos tecidos, resultando em baixo risco de hipoglicemia, o que o torna um fármaco bastante atraente para ser usado no controle do DM2. Conclui-se que os inibidores de SGLT-2 apresentam vantagens sobre os outros antidiabéticos já utilizados. É necessário o desenvolvimento de maiores estudos para elucidar todos os seus efeitos benéficos e os potenciais efeitos adversos em pacientes portadores de DM2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. Gaal L V, Scheen A. Weight Management in Type 2 Diabetes: Current and Emerging.Approaches to Treatment. Diabetes Care 2015;38:1161–1172. Inzucchi S E, Zinman B, Wanner C et al. SGLT-2 inhibitors and cardiovascular risk: Proposed pathways and review of ongoing outcome trials. Diab Vasc Dis Res. 2015 Mar; 12(2): 90–100. 169 3. 4. 5. 6. 7. Jansen H J, Vervoort G M M, Haan A F J. Diabetes-Related Distress, Insulin Dose, and Age Contribute to Insulin-Associated Weight Gain in Patients With Type 2 Diabetes: Results of a Prospective Study. Diabetes Care 2014;37:2710–2717. John M, Gopinath D, Jagesh R. Sodium-glucose cotransporter 2 inhibitors with insulin in type 2 diabetes: Clinical perspectives. 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BMJ Open 2016;6. 170 DOENÇA RENAL CRÔNICA: IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE E SEUS FAMILIARES João Felipe Barbosa Couy Izabela Lara Piana Fernanda Maria Franco Castro Fábio Duarte Silva Débora Cerqueira Calderaro (Orientador) [email protected] Área: Medicina A doença renal crônica (DRC) consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível das funções renais. Em estágios avançados, os rins não conseguem manter a normalidade do meio interno do paciente. De acordo com Oliveira, Guerra e Dias (2010), a DRC é dividida em seis estágios funcionais conforme o grau de função renal do paciente, compreendendo desde a fase zero onde estão incluídos os indivíduos que não apresentam lesão, mantendo a função do órgão normal, porém se encaixam dentro do grupo de risco, até a fase cinco que inclui o indivíduo com lesão e insuficiência dos rins terminal ou dialítica. O presente estudo consiste em um relato de caso de um paciente: A. E. M., 66 anos, sexo masculino, policial civil aposentado, residente em Belo Horizonte/MG, portador de Insuficiência Renal Crônica em tratamento dialítico há onze anos, diabético e hipertenso. Nesse contexto, os primeiros sinais de comprometimento renal surgiram em meados de 2002, após alterações em exames laboratoriais de rotina. Dois anos após, apresentou edema pulmonar com hospitalização, evoluindo com insuficiência renal grave e indicação de hemodiálise. Como complicações de suas doenças, apresentou também perda total da acuidade visual por glaucoma e amputação de ambos os membros inferiores devido à insuficiência vascular periférica. O paciente realiza hemodiálise três vezes por semana, necessitando de auxílio dos familiares e transporte sanitário disponibilizado pela prefeitura da cidade. Durante onze anos, o paciente realizou sessões de hemodiálise três vezes por semana em um centro de nefrologia a cerca de 20,8 quilômetros de sua residência, o que desgaste na rotina desta família. Somado a isso, como a realização da hemodiálise englobava cerca de sete horas, nos dias em que eram realizadas, o tempo de permanência na residência era muito curto. Em 2015, o paciente passou a ser atendido em um novo centro de hemodiálise a cerca de quatro quilômetros da sua residência, sendo a frequência das sessões a mesma. Com esta alteração, houve melhora na qualidade de vida do paciente. Assim, atualmente é possível permanecer mais tempo em casa na companhia da família e realizar atividades de lazer. Dessa forma, conclui-se o quanto a assistência ao doente renal crônico impacta na vivência do paciente e familiares, exigindo um alto nível de mobilização e disciplina de todos. Observou-se que a frequência das diálises, bem como local onde elas são feitas, interfere diretamente na qualidade de vida do paciente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. OLIVEIRA, D. G. de; GUERRA, W. L; DIAS, S. B. Percepção do portador de insuficiência renal crônica acerca da prevenção da doença. Revista Enfermagem Integrada, Ipatinga Minas Gerais, n. p.519532, nov. 2010. RIELLA, Miguel Carlos. Princípios de Nefrologia e Distúrbios Hidroeletrolíticos. Ed. Guanabara, 2013. Ozkahya M, Ok E, Toz H et al. Long-term survival rates in haemodialysis patients treated with strict volume control. Nephrol Dial Transplant 2011 171 EMBOLIA GASOSA NA DOENÇA DA DESCOMPRESSÃO Lincoln Augusto Rodrigues de Freitas Fillype Canzian Baptista Pedro Augusto Chaves Silva Markus Thulio Alves Guimarães Izabela Ferreira Gontijo de Amorim (Orientador) [email protected] Área: Medicina Patologia Geral Embolia gasosa (EG) é conceituada como gás dentro de estruturas vasculares do corpo. Seu surgimento está associado a fatores como: procedimentos cirúrgicos, traumas, inserção de cateteres entre outras. Porém, existem fatores, como a Doença da Descompressão (DD) em mergulhadores, que também geram essa patologia. Os pacientes com EG podem apresentar dispnéia, dor retroesternal e perda da consciência. Por estes sinais e sintomas serem inespecíficos, a similaridade com outros quadros clínicos pode confundir a equipe médica. Assim, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre a fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da EG na DD. Para isso, foi realizada uma pesquisa nas bases de dados PubMed, Scielo, Lilacs e Portal Capes no período de 08/2015 a 03/2016. Os artigos foram identificados pelas seguintes descritores: gas embolism, decompression and pressure gradiente. Não houve restrição quanto à data de publicação dos artigos e idioma. Sabese que mudanças de pressão afetam a dissolução dos gases no sangue, sendo estes passíveis de descompressão. Nesse contexto, as características físicas dos gases podem ser descritas em 4 leis físicas: 1) Lei de Boyle= A cada 10m de profundidade a pressão aumenta 1 atm e o volume pulmonar diminui 50%. Assim, ascender sem expirar causa expansão súbita dos pulmões com probabilidade de ruptura das paredes alveolares e de seus capilares; 2) Lei de Dalton= A medida que um indivíduo mergulha, uma quantidade crescente de nitrogênio dissolve em seu sangue. Nitrogênio em pressões parciais maiores alteram as propriedades elétricas das membranas celulares do cérebro causando narcose; 3) Lei de Henry= Quantidades crescentes de nitrogênio dissolvem e acumulam em componentes lipídicos dos tecidos. Quando uma quantidade crítica de nitrogênio está dissolvida, subir rapidamente do mergulho pode fazer o nitrogênio retornar à forma gasosa formando bolhas; 4) Lei de Charles= Ao regressar do mergulho, de forma abrupta, os gases no pulmão se expandem e podem extravasar para o interior dos vasos causando EG. Estes fenômenos promovem o aumento das micropartículas pró-inflamatórias circulantes e resíduos de fosfatidilserina expostos no tecido vascular que promovem a agregação de plaquetas e leucócitos às bolhas intravasculares, resultando em trombos e êmbolos que interrompem o fluxo sanguíneo. O diagnóstico de EG pode ser realizado pelo ecocardiograma transesofágico, doppler precordial e tomografia computadorizada, devendo associá-lo a uma anamnese que questione o paciente sobre práticas de mergulho. O tratamento consiste na utilização de anticoagulantes, oxigênio hiperbárico, terapia de infusão e barbitúricos. Por fim, o mergulho em águas profundas deve ser monitorado e orientado sobre seus riscos, visto que a emersão abrupta pode causar EG. Portanto, métodos de diagnóstico devem ser os mais sensíveis e específicos possíveis para se obter êxito na confirmação dessa comorbidade e tratamento adequado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. MUTH, C.M.; SHANK, E.S. Gas embolism. N. Engl. J. Med.,v. 342, n. 17, p. 476- 482, 2000. 172 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. TOBIAS, J.D. et al. Venous air embolism during endoscopic strip craniotomy for repair of craniosynostosis in infant. Anesthesiology.,v. 95, p. 340-2, 2001. HARRIS, M.M. et al. Venous embolism during craniectomy in supine infants. Anesthesiology., v. 67, n. 5, p. 816-819, 1987. FABEROWSKI, L.W.; BLACK, S.; MICKEL, J.P. Incidence of venous air embolism during craniectomy for craniosynostosis repair. Anesthesiology., v. 92, p. 20-23, 2000. LEW, T.W.; TAY, D.H.; THOMAS, E. 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TRYTKO, B.E.; BENNETT, M.H. Arterial gas embolismo: a review of cases at Prince of Wales Hospital, Sydney, 1996 to 2006. Anaesth Intensive Care. v. 36, p. 60-64, 2008. PINHO, J. et al. Cerebral gas embolismo associated with cerebral venous catheter: Systematic review. Journal of the Neurological Sciences, v. 362, p. 160–164, 2016. 173 RELATO DE CASO: DEMÊNCIA INDUZIDA PELO USO CRÔNICO DE ÁLCOOL Guilherme Barbosa Azevedo Ludialem Lacerda Martins Camila Lyra Silva Paula Neiva Batista Rodrigo Ferretjans Alves (Orientador) [email protected] Área: Medicina Demência é uma condição clínica caracterizada pelo desenvolvimento de múltiplos déficits cognitivos. Segundo do DSM-IV, o paciente pode apresentar comprometimento da memória, perturbações cognitivas, como, afasia, apraxia e agnosia. Além disso, esses déficits causam importante prejuízo no funcionamento social ou ocupacional, não sendo restrito a curso de um delirium. O objetivo desse relato é descrever um caso novo, ressaltando a associação entre demência e o uso crônico de álcool. Para isso, foi feito anamnese e análise do prontuário do paciente ASV na Unidade Básica de Saúde Santo Antônio, na região norte de Belo Horizonte, no dia 24 de março de 2016. ASV, 60 anos, sexo masculino, leucodérmico, aposentado, residente e procedente de Belo Horizonte, alfabetizado até quarta série do ensino fundamental (sabe ler e escrever), comparece à consulta, sem acompanhante, queixando de tosse produtiva, espirros recorrentes, cefaleia frontal em pontada e desânimo, há mais de uma semana. Durante a consulta o paciente apresentava desorientado em tempo e déficit cognitivo. Na história pregressa, relatou fazer uso de tioridazida (100mg de 12/12h) e diazepam (10mg de 12/12h), afirma também dificuldades para dormir e etilismo crônico. Nega tabagismo ou uso de drogas ilícitas. No prontuário consta que há seis anos, teve traumatismo cranioencefálico decorrente de uma queda sofrida quando estava alcoolizado e foi diagnosticado com demência induzida pelo uso crônico de álcool. ASV não possui outras comorbidades clínicas, vive com a mãe e esposa e possui três filhos, mas não mantém contato com eles. Assim, foi realizado o exame físico que evidenciou desorientação em tempo, hálito cetônico e garganta, faringe e ouvidos hiperemiados. Sem outras alterações. No exame do estado mental, apresentou alterações na atenção (hipervigilante e hipotenaz), na memória (MEEM 11 pontos), na orientação alopsíquica, na linguagem (taquifásico e logorréico), na volição (hipobulia) e no pensamento (dissociação). O diagnóstico foi separado em quatro eixos: Eixo I, transtornos mentais específicos; Eixo II, transtornos de personalidade e déficit intelectivo; Eixo III, doenças médicas gerais e Eixo IV, problemas psicológicos e ambientais. Assim, ASV apresenta, no eixo I, demência, não apresenta alterações no eixo II, no eixo III, rinossinusite aguda e no eixo IV, transtorno por uso de álcool. Foi feito um plano terapêutico, com intervenções medicamentosas: claritromicina 500mg de 12/12h, tiamina 100mg/dia e multivitaminas em longo prazo, além de promover a retirada gradual do diazepam e manutenção da tioridazina 100mg de 12/12h por 60 dias. Ele foi encaminhado ao Caps e ao neurologista e foi solicitado exames da função hepática e radiografia de tórax. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (2003). DSM-IV-TR: Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5: manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 992p. 174 3. 4. CUNHA, Paulo J; NOVAES, Maria Alice. Avaliação neurocognitiva no abuso e dependência do álcool: implicações para o tratamento. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 26, supl. 1, p. 23-27, May 2004. RIBOT REYES, Victoria de la Caridad et al . Calidad de vida y demencia. AMC, Camagüey , v. 20, n. 1, p. 77-86, feb. 2016. 175 BIOMARCADORES ISQUÊMICOS NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS CORONARIANAS AGUDAS: O PAPEL DA ALBUMINA Gilberto Vivas Mendes Neto Thaís de Figueiredo Machado Nicholas Almeida Sá Otávio Rodrigues de Farias Neto Daniel Ribeiro Moreira (Orientador) [email protected] Área: Medicina INTRODUÇÃO: As doenças cardíacas de origem coronariana caracterizam-se por quadros clínicos variáveis resultantes da diminuição do fluxo sanguíneo para o miocárdio por obstrução arterial, geralmente aterosclerótica, resultando em isquemia e dor, podendo haver necrose miocárdica1,2. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a variabilidade dos sinais e sintomas torna necessários exames complementares, como ECG e dosagem sérica de marcadores bioquímicos3. Atualmente, os marcadores utilizados na rotina são específicos para necrose miocárdica2, principalmente a CK-MB. Entretanto, marcadores para detectar isquemia do miocárdio, na fase pré-infarto, são mais interessantes e têm sido pesquisados nos últimos anos. Até hoje, apenas um biomarcador teve utilidade comprovada para tais casos, a Albumina Modificada pela Isquemia (AMI)4,5. O objetivo deste trabalho é realizar revisão da literatura recente a respeito do uso e eficácia da AMI no diagnóstico das doenças coronarianas agudas (DCA). METODOLOGIA: Foi realizada pesquisa nas bases de dados Scielo, PubMed e Bireme utilizando como descritores os termos biomarcadores isquêmicos, síndrome coronariana aguda e albumina modificada pela isquemia, assim como suas versões em inglês. Foram pesquisados apenas artigos originais, nas línguas portuguesa e inglesa, publicados em revistas indexadas na última década. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Foram selecionados 10 artigos, todos originais e publicados em inglês, que abordam o uso da AMI, isolada e em combinação com outros marcadores, no diagnóstico das doenças coronarianas agudas. Durante processos de isquemia, são liberadas Espécies Reativas de Oxigênio (ERO) capazes de modificar a região N-terminal da albumina, local de ligação a metais circulantes, gerando a AMI. Foi criado então o Teste ACB (Albumin Cobalt Binding), que avalia a taxa de ligação entre a albumina e Cobalto injetado via endovenosa. Devido à rápida degradação da AMI, o ACB deve ser realizado de preferência no momento da admissão2,3,4,5,6,8,9,10. A AMI avaliada de forma isolada possui baixa sensibilidade no diagnóstico de isquemia cardíaca, mas se associada à troponina e ECG apresenta significativa elevação da sensibilidade (>90%), porém mantendo baixa especificidade2,3,5,7,8,9,10,11. Seu diferencial está no Valor Preditivo Negativo (VPN), com sensibilidade de 100% para exclusão de isquemia cardíaca em casos com valores baixos de AMI. Assim, o ACB pode ser utilizado nos serviços de urgência e emergência como critério de identificação de pacientes com baixo risco para Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)2,3,5,7,9,10,11. CONCLUSÃO: Por ter baixa especificidade, a AMI não pode ser utilizada isoladamente como critério diagnóstico da DCA; entretanto, possui valor preditivo negativo significativo para IAM, reduzindo o número de admissões em serviços de urgência. Além disso, permite a identificação de pacientes com alto risco de IAM quando associada a outros biomarcadores, podendo prevenir necrose miocárdica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo, Patologia. 7ª ed, Ed. Guanabara Koogan, 2006; 176 2. REDDY, C.; CYRIAC, C.; DESLE, H. Role of “Ischemia Modified Albumin” (IMA) in a acute coronary syndromes. Indian Heart Journal. v.66, p.656-662, 2014; 3. BONORINO, N.; LUNARDELLI, A.; OLIVEIRA, J. Use of ischemia modified albumin for the diagnosis of myocardial infarction. J Bras Patol Med Lab, v.51, n.6, p.383-388, 2015; 4. HAZINI, A. et al. Investigation os ischemia modified albumin, oxidant and antioxidant markers in acute myocardial infarction. Postup Kardial Inter, v.11, n.4, p.298-303, 2015; 5. COLLINSON, P.; GAZE, D. Biomarkers of cardiovascular damage and dusfunction-an overview. Australasian Society and The Cardiac and Thoracic Surgeons and The Cardiac Society of Australia and New Zeland, 2007; 6. HJORTSHOJ, S. et al. Kinetics of ischemia modified albumin during ongoing severe myocardial ischemia. Clinica Acta, n.403, p.114-120, 2009; 7. JAFFE, A. Use of biomarkers in the emergency department and chest pain unit. Cardiol Clin, n.23, p.453-465, 2005; 8. MANEEWONG, K. et al. Combinatorial determination of ischemia modified albumin and protein carbonyl in the diagnosis of NonST-Elevation myocardial infarction. 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Emerg Med J, v.23, p.256-261, 2006. 177 HIPERTENSÃO ARTERIAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Lara Thomé Barcellos Maíra Enéias Barcelos André Maurício Borges de Carvalho (Orientador) [email protected] Área: Medicina A hipertensão é uma doença do sistema cardiovascular crônica, não transmissível, altamente prevalente, de alto custo social e grande impacto na morbimortalidade da população brasileira e mundial1. É uma doença assintomática, cuja fisiopatologia compreende um desequilíbrio no sistema renina-angiotensina por hiperatividade. Descrever a fisiopatologia da hipertensão arterial, sua forma de diagnóstico e tratamento. Métodos: Pesquisa nas bases de dados Bireme, SciELO, PubMed utilizando o unitermo Hipertensão Arterial Sistêmica e consulta ao site do Ministério da Saúde (DATASUS). A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de Pressão Arterial (PA), ou seja, resistência oferecida pelo endotélio à passagem de sangue no vaso. A HAS pode ser predisposta por fatores genéticos, dislipidemias, sedentarismo, hábitos alimentares irregulares ou diabetes mellitus. As doenças cardiovasculares são hoje um grave problema de saúde pública. Elas representam a primeira causa de morte no país. As medidas não farmacológicas profiláticas e ou auxiliares no tratamento da doença compreendem: evitar o etilismo, o tabagismo, praticar atividades físicas regulares acompanhadas por um profissional, manter hábitos saudáveis de alimentação e evitar o stress. Os anti-hipertensivos devem não só reduzir a PA, mas também os eventos cardiovasculares fatais e não fatais, e, se possível, a taxa de morbimortalidade. Assim, temos os principais grupos farmacológicos utilizados: Diuréticos, Inibidores adrenérgicos (alfa e beta), Vasodilatadores diretos, Inibidores da enzima conversora de angiotensina, Bloqueadores dos canais de cálcio, Bloqueadores do receptor de angiotensina II, Inibidores da renina. A HAS é uma alteração cardiovascular que se não acompanhada pode trazer consequências irreparáveis para a vida do portador, tendo em vista as complicações advindas dela. A profilaxia continua sendo o melhor remédio para evitar sua evolução e a morbimortalidade por doenças cardiovasculares. Assim, é importante o conhecimento do profissional de saúde como agente identificador e orientador dos indivíduos na população para um efetivo controle. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. JARDIM, Paulo César B. V.; JARDIM, Thiago S. V.; SOUZA, Weimar K. S. B. Como Diagnosticar e Tratar Hipertensão Arterial Sistêmica. Grupo Editorial Moreira Jr. RBM Dez 13 V 70 N 12 págs.: 64-75. BRASIL. Ministério da Saúde – DATASUS. Disponível em <http://tabnet.datasus.gov.br/ cgi/idb2012/matriz.htm> acesso em 11 de agosto de 2014. CAMARGO, Rosangela A. A.; ANJOS, Flávia Roberta; AMARAL, Maronita F. Estratégia de Saúde da Família nas ações primárias de saúde ao portador de Hipertensão Arterial Sistêmica. Rev Min Enferm. 2013 out/dez; 17(4): 864-872. FERREIRA, Reginara Alves; BARRETO, Sandhi Maria and GIATTI, Luana. Hipertensão arterial referida e utilização de medicamentos de uso contínuo no Brasil: um estudo de base populacional. Cad. Saúde Pública[online]. 2014, vol.30, n.4, pp. 815-826. PIMENTA, Henderson Barbosa and CALDEIRA, Antônio Prates. Fatores de risco cardiovascular do Escore de Framingham entre hipertensos assistidos por equipes de Saúde da Família. Ciênc. saúde coletiva[online]. 2014, vol.19, n.6, pp. 1731-1739. GOMES E MARTINS, Aurelina et al. Adesão ao tratamento clínico ambulatorial da hipertensão arterial sistêmica. Acta paul. enferm. 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Para isso, foram feitas revisões em artigos e revistas científicas dos últimos 15 anos, segundo os descritores: Insuficiência Cardíaca, IC, Digoxina, terapêutica, eficácia, indicações, efeitos adversos; utilizando as bases: medline, cochrane, Scielo. A sociedade brasileira de cardiologia diz que a IC é uma síndrome clínica complexa de caráter sistêmico, definida por disfunção cardíaca que ocasiona inadequado suprimento sanguíneo às necessidades metabólicas tissulares, ou fazê-lo com elevadas pressões de enchimento. O diagnóstico é definido através de exame clínico e exames específicos: radiografia de tórax e eletrocardiograma, ambas com nível de evidência 1C, Almeida RA (2009). De acordo com MACHADO, F. (2010), no tratamento da IC, a digoxina desacelera a frequência ventricular em pacientes com ritmo sinusal, devido a retirada da estimulação simpática, e nos com fibrilação atrial, aumentando o tônus parassimpático. Segundo FIGUEIREDO, E. (2010), a digoxina induz a diurese em pacientes com IC e retenção de líquido, porque aumenta o DC e a hemodinâmica renal, inibindo a reabsorção tubular de sódio e aumentando a secreção dos peptídeos natriuréticos atriais. Um estudo feito pela RADIANCE, multicêntrico, prospectivo, randomizado, concluiu que o uso de terapia com digoxina em pacientes com IC resultou em redução na hospitalização, diminuiu os níveis sanguíneos de uréia e creatinina, aumento na FEVE, e melhora na tolerância ao exercício. Em 2009, Georgiopoulou et al. Realizaram um estudo, tendo um resultado que sugeria que a terapia com digoxina pode não ser benéfica para pacientes com IC avançada com indicação de transplante cardíaco que receberam terapia médica ótima. Os autores opinam que a digoxina deve ser usada com muita cautela nestes pacientes, por causa dos riscos de efeitos adversos. As controvérsias permanecem, pois existem muitos fatores prós e contra a utilização do fármaco. Tendo em vista a alta adesão da droga no tratamento da IC e alta taxa de sucesso quando utilizado objetivando a melhora sintomática e em situações específicas de cada doença base, a Digoxina deve continuar participando do cenário de tratamento da IC, desde que aplicada de forma coerente pelos profissionais, quando houver critério, seguindo as diretrizes mais atuais, adequando a dose à idade e à população tratada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. Shaddy R, Tani LY. Chronic congestive heart failure. IN: Pediatric Cardilogy. Moss E, Shaddy R eds. 2008; Lipshultz SE, Sleeper LA, Towbin JA, Lowe AM, Orav EJ, Cox GF, et al. The incidence of pediatric cardiomyopathy in two regions of the United States. N Engl J Med 2003;348:1647-55; 179 3. Nugent AW, Daubeney PE, Chondros P, Carlin JB, Cheung M, Wilkinson LC, et al. The epidemiology of childhood cardiomyopathy in Australia. N Engl J Med 2003;348:1639-46; 4. Dickstein K, Cohen-Solal C, Filippatos G, McMurray JJV, Ponikowiski P, Poole-Wilson PA, et al. ESC guidelines for the diagnosis and treatment of acute and chronic heart failure 2008. Eur Heart J 2008;29:2388-2442. 5. Hunt SA, Abraham WT, Chin MH, Feldman AM, Francis GS, Ganiats TG, Jessup M, Konstam MA, Mancini DM, Michl K, Oates JA, Rahko PS, Silver MA, Stevenson LW, Yancy CW. ACC/AHA 2005 guideline update for the diagnosis and management of chronic heart failure in the adult: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines (Writing Committee to Update the 2001 Guidelines for the Evaluation and Management of Heart Failure). American College of Cardiology. Available at: http://www.acc.org/clinical/guidelines/failure//index.pdf 6. Bocchi EA, Marcondes-Braga FG, Ayub-Ferreira SM, Rohde LE, Oliveira WA, Almeida DR, e cols. Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica. Arq Bras Cardiol 2009;93(1 supl 1):28-29. 7. Thakur V, Fouron JC, Mertens L, Jaeggi ET. Diagnosis and management of fetal heart failure. Can J Cardiol. 2013;29(7):759-67. 8. Goldblatt, E.: Treatment of cardiac failure in infancy: review of 350 eases. Lancet 2:212, 1962. 9. Azeka E, Vasconcelos LM, Cippiciani TM, Oliveira AS, Barbosa DF, Leite RMG, Gapit VL. Insuficiência cardíaca congestiva em crianças: do tratamento farmacológico ao transplante 10. cardíaco. Rev Med (São Paulo). 2008 abr.-jun.;87(2):99-104. 10. Goldblatt, E.: Treatment of cardiac failure in infancy: review of 350 eases. Lancet 2:212, 1962. 11. Sanderson JE. Heart failure with a normal ejection fraction. Heart. 2007; 93: 155-8. 12. Felker GM, Adams KF Jr, Konstam MA, O'Connor CM, Gheorghiade M. The problem of decompensated heart failure: nomenclature, classification, and risk stratification. Am Hearth J. 2003; 145 (2 Suppl.): p. S18-S25 180 USO DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES NO ESPORTE Fernanda S Borges Juliana G Dornela Rogério Saint-Clair Pimenta Mafra (Orientador) [email protected] Área: Medicina Introdução: Os esteroides anabolizantes androgênicos são derivados sintéticos da testosterona que são utilizados para tratamento de algumas doenças, como, deficiências hormonais, osteoporose. O uso desses esteróides pelos atletas aumentou ao longo dos anos, apesar de advertências sobre os seus efeitos adversos e da proibição do uso destas substâncias pelas instituições que comandam os esportes1. Atualmente, esses esteroides estão sendo empregados, de forma indiscriminada, para fins estéticos e de performance esportiva2. Objetivo: Identificar os efeitos do uso de esteroides anabolizantes em praticantes de esportes. Materiais e Métodos: Revisão literária que utilizou artigos publicados (1998 a 2013) nas bases de dados Scielo, Pubmed, Lilacs. Utilizou-se os seguintes termos para a pesquisa: esteroides anabolizantes, efeito colateral dos anabolizantes, anabolizantes no esporte, anabolic steroids in sports. Discussão: Estudos analisados observaram que os anabolizantes melhoram o desempenho atlético por aumentarem a massa muscular, através de: aumento da síntese protéica, retenção de nitrogênio, inibição do catabolismo protéico e estimulação da eritropoiese. Porém, há controvérsias entre alguns estudos quanto ao real aumento da força e massa muscular. Constatou-se também que os anabolizantes ocasionam efeitos colaterais, como, irritabilidade, agressividade, distração, depressão, amenorréia, acne, pêlos na face, alteração vocal. Na puberdade fechamento das epífises ósseas, acarretando déficit do crescimento pelo amadurecimento ósseo precoce. Além de impotência sexual, oligospermia, atrofia testicular, redução da libido, alopecia, risco aumentado de tumor, danos hepáticos, renais e cardiovasculares1,3,4. Conclusão: Necessidade de realização de estudos melhor controlados metodologicamente relacionando o uso de anabolizantes e o aumento de massa muscular. Entretanto, seus efeitos colaterais e danosos à saúde física e mental dos atletas estão bem elucidados na literatura. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. American College of Sports Medicine. Uso dos esteróides anabolizantes no esporte. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 4, Nº 1 – Jan/Fev, 1998. ABRAHIN, Odilon Salim Costa; SOUSA, Evitom Corrêa de. Esteroides anabolizantes androgênicos e seus efeitos colaterais: uma revisão crítico-científica. Rev. Educ. Fis/UEM, v. 24, n. 4, p. 669679, 4.2013. ABRAHIN, Odilon Salim Costa; SOUZA, Naicha Stefanie Félix; SOUSA, Evitom Corrêa de; MOREIRA, Josiana Kely Rodrigues; NASCIMENTO, Vanderson Cunha. Prevalência do uso e conhecimento de esteroides anabolizantes androgênicos por estudantes e professores de educação física que atuam em academias de ginástica. Rev Bras Med Esporte – Vol. 19, N o 1 – Jan/Fev, 2013. SILVA, Paulo Rodrigo Pedroso da; DANIELSKI, Ricardo; CZEPIELEWSKI, Mauro Antônio. Esteróides anabolizantes no esporte. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 8, Nº 6 – Nov/Dez, 2002. 181 A PROTEÍNA APELINA NA FORMAÇÃO DE MEMBRANAS EPIRRETINIANAS EM PORTADORES DE DIABETES MELITUS TIPO 2 Aurélio Leite Rangel Souza Henriques Camila Dias Medeiros Janaína Miranda Guimarães Mariane Vieira de Souza André Maurício Borges de Carvalho (Orientador) [email protected] Área: Medicina As membranas retinianas (ERM) são formações fibrovasculares decorrentes de neovascularização e proliferação celular no epitélio retiniano, e ocorrem mais comumente em pessoas acima dos 50 anos ou associada com outras patologias da retina como a retinopatia diabética. As células geralmente envolvidas nesse processo são: miofibroblastos, astrócitos e células gliais. Com a neovascularização e formação de colágeno pelas células supracitadas, a membrana retiniana fica com aspecto esbranquiçado e mais engrossado, o que pode afetar a visão do portador, e caso envolva a mácula, pode haver redução da visão, micropsia ou diplopias. Comparou-se a prevalência das ERM em portadores de DM 2 através de um estudo retrospectivo transversal organizado entre 2009 e 2010, onde avaliou-se fotografias de retinas de 1550 pacientes com DM 2. Nestes, 6,5% apresentavam ERM, mostrando ter uma pequena relação, mas não totalmente desprezível. Nesse mesmo estudo, verificou-se que a prevalência de ERM está mais associada com a idade, nefropatia diabética e cirurgia de catarata prévia. A proteína Apelina foi identificada como um fator angiogênico de células endoteliais da retina. Sabe-se também que esta, é fundamental para formação pós-natal dos vasos da retina e desenvolvimento vascular embrionário. Testes com Apelina in vivo e in vitru comprovaram que ela atua na angiogênese estimulando a proliferação e migração de novas células endoteliais. Já em tumores, ficou claro que ela atua positivamente na neovascularização tumoral e sua sobreexpressão relacionou-se com aumento do tumor in vivo. Outro estudo investigou a correlação da Apelina na formação de ERM após instalação da PDR (Retinopatia diabética proliferativa), e ficou claro que a co-expressão de Apelina e VEGF em pacientes com ERM em decorrência de PDR, atua de forma sinérgica na angiogênese e gliose. Análises de amostras de 12 pacientes com PDR e ERM e 12 pacientes com ERM idiopática foram feitas através da reação em cadeia da polimerase (PCR), imuno-fluorescência e imuno-histoquímica. Previamente 1,25 mg/0,05 ml de bevacizumabe foi injetada na cavidade do vítreo, uma semana anterior à vitrectomia em 8 pacientes do grupo com PDR. Constatou-se que em todos pacientes com PDR houve alta concentração de Apelina, já no grupo com EMR idiopático, apenas 33% dos pacientes do grupo tiveram Apelina detectável, comprovando assim uma maior expressão da proteína em portadores de PDR. Um fato marcante foi que pacientes com ERM com PDR e que tiveram injeção prévia de bevacizumabe, a Apelina cursou com uma fraca coloração nas lâminas bem como uma regressão de vasos de grande calibre e do tecido fibroglial. Conclui-se então que a Apelina tem função primordial na neovascularização e formação de tecido cicatricial em pacientes diabéticos portadores de ERM decorrente de PDR, podendo ser futuramente objeto de estudo para terapias profiláticas ou curativas do ERM nesses pacientes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. SABROSA, Nelson Alexandre, et al. ""Surgical management of diabetic retinopathy."" Revista Brasileira de Oftalmologia, v.72, n.3, p.204-209,2013. 182 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. GARAY-ARAMBURU, G.; LARRAURI-ARANA; A. Resolución espontánea de membrana epirretiniana idiopática en un paciente joven. Archivos de la Sociedad Española de Oftalmología, v.80, n.12, p.741-743, 2005. KNYAZER, Boris, et al. Epiretinal membrane in diabetes mellitus patients screened by nonmydriatic fundus camera. Canadian Journal of Ophthalmology/Journal Canadien d'Ophtalmologie. V.51, n1, p.41-46, 2016. QIANG, Lu et al. Apelin in epiretinal membranes of patients with proliferative diabetic retinopathy. Molecular vision. v.20, p.1122, 2014. KASAI, Atsushi, et al. Apelin is a novel angiogenic factor in retinal endothelial cells. Biochemical and biophysical research communications. v.325, n.2, p.395-400, 2004. KIDOYA, Hiroyasu, et al. Spatial and temporal role of the apelin/APJ system in the caliber size regulation of blood vessels during angiogenesis. The EMBO jornal. v.27, n.3, p.522-534, 2008. SANTOS, Aliny de Lima, et al. Microvascular complications in type 2 diabetes and associated factors: a telephone survey of self-reported morbidity. Ciência & Saúde Coletiva. v.20, n.3, p.761770, 2015. HENRIQUES, José, et al. Diabetic Eye Disease. Acta medica portuguesa. V.28, n.1, p.107-113, 2015. 183 ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE FUNGOS ENDOFÍTICOS ASSOCIADOS À Hevea brasiliensis Amanda Fagundes da Silva Ávila Elton Valane Passamani Aline Bruna Martins Vaz (Orientador) [email protected] Área: Medicina Hevea brasiliensis é a melhor planta para a produção de látex e borracha natural do mundo. Esta espécie é suscetível à várias doenças provocadas por fungos. O principal fitopatógeno que acomete esta planta é o fungo Pseudocercospora ulei, que provoca extensos danos aos tecidos vegetais e diminuição da produção de látex natural. Mesmo com grande importância econômica, estudos sobre a diversidade de micro-organismos associados à H. brasiliensis ainda são escassos. Sabe-se que nos tecidos vegetais existem micro-organismos simbióticos que podem interagir e auxiliar na proteção das plantas contra patógenos, como por exemplo, os fungos endofíticos. Ocasionalmente, estes fungos podem ser infectados por micovírus e essa associação pode ser benéfica para o hospedeiro. Uma planta pode ser colonizada por mais de uma espécie fúngica diferente ou por outros micro-organismos, como bactérias e vírus. Esses micro-organismos residem no tecido vegetal e interagem continuamente com a planta hospedeira, e, por isso, é possível que a planta interfira nos processos metabólicos dos microorganismos e vice-versa. A interação entre os micro-organismos endofíticos podem promover a produção de metabólitos secundários e esse contato pode ocorrer através de moléculas sinalizadoras, logo, um fungo pode sinalizar quimicamente outro fungo ou bactéria a produzir um metabólito específico. Por exemplo, a interação entre o fungo Aspergillus nidulans e Actinobacteria promove a ativação de genes do metabolismo secundário do fungo que, em condições normais (temperatura ambiente em local úmido), não são expressos. Outro exemplo é a relação simbiótica entre o vírus Curvularia thermal tolerance, o fungo endofítico ascomiceto Curvularia protuberata e a planta Dichanthelium lanuginosum. A associação entre esses três distintos organismos permite que a planta sobreviva em regiões de elevadas temperaturas. O presente trabalho tem por objetivo avaliar a atividade antimicrobiana de extratos etanólicos de fungos endofíticos infectados por vírus e isolados a partir de Hevea brasiliensis. Um total de 55 isolados de fungos endofíticos foram selecionados e identificados por meio do sequenciamento da região do espaçador transcrito interno (ITSe e ITS2) e do gene 5.8S. Todos os isolados pertencem às espécies Colletotrichum e Trichoderma. Estes fungos estão em processo de cultivo para a extração dos metabólitos secundários. A atividade antimicrobiana será avaliada pelo ensaio de difusão em disco e microdiluição em caldo utilizando as bactérias Escherichia coli, Staphylococcus aureus, e as leveduras C. albicans e C. krusei. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. Vaz, A.B.M, Costa, A.G.F.C., Raad, L.VV.V., Goes-Neto, A.: Fungal endophytes associated with three South American Myrtae (Myrtaceae) exhibit preferences. Fungal Biology 118:277-286. 2014. Aguiar, E.R.G.R.; Olmo, R.P.; Paro, s.; Ferreira, F.V.; Faria, I.J.S.; Todjro, Y.M.H.; Lobo, F.P.; Kroon, E.G.; Meignin, C.; Gatherer, D.; Imler, J.C.; Marques, J.T. Sequence-independent characterization of viruses base don the pattern of viral small RNAs produces by the host. Nuclei Acids Research, 2015. Gomes, E. A., Lana, U.G.P., Oliveira, F.A.S., Souza, F.A.: Diversidade de fungos micorrízicos arbusculares associada às raízes de duas linhagens de milho contrastantes para eficiência no uso 184 4. 5. de fósforo. In: XXVIII Congresso Nacional domilho e sorgo, 2010. Goiânia, 2010. CD-Rom. Out, 2010. 41-47. Rodriguez, R. J., White Jr, J.F., Arnold, A.E., Redman, R.S.: Fungal endophytes: diversity and functional roles. New Phytologist 182: 314-330. 2008. Smith, S.E. & Read, D. The symbionts forming arbuscular mycorrhizas. In: Smith &Read. Mycorrhizal Symbiosis. Grã – Bretanha: Academic Press. 3ª edição. 2008. P.13-41. 185 AVALIAÇÃO DE LÂMINAS DE COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA PREVIAMENTE DIAGNOSTICADAS COMO ASCUS: COMPARAÇÃO INTRA E INTEROBSERVADORAS Anne Oliveira Sala Leite Lucas Maciel Batalha Loures Natália Nitsa Pereira Silva Ivana Vilela Medicina José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina Realizou-se um estudo visando avaliar o grau de concordância intra e intercitopatologista nas análises de lâminas de colpocitologias oncóticas previamente diagnosticadas como ASCUS e a intensidade dessas discordâncias. Trata-se de um estudo transversal no qual foram analisadas 50 lâminas de colpocitologias oncóticas coletadas no mês de novembro de 2000 no município de Contagem, previamente diagnosticadas como ASCUS. Elas foram analisadas e classificadas por quatro citopatologistas, de acordo com as alterações propostas na primeira revisão de Bethesda, em 1991 (normal, alteração atrófica, alteração inflamatória, sugestiva de lesão de baixo grau, sugestiva de lesão de alto grau, sugestiva de carcinoma invasor, outros). Após a primeira análise, as lâminas foram novamente numeradas, de maneira aleatória, e entregues aos mesmos citopatologistas para um novo exame, utilizando-se os mesmos critérios. Foi utilizado o teste de Kappa e sua especificação pontual, o Kappa ponderado, nas análises dos resultados encontrados. Observaram-se graus bastante distantes de concordância intracitopatologista, variando de 7,8 a 74,47%, de acordo com o teste de Kappa. Quando foi instituído um peso para cada grau de discordância, os valores desse teste apresentaram elevação, passando de 16,1% para o citopatologista com menor grau de concordância a 81,08% para aquele que havia obtido a maior concordância. Em relação às análises comparativas realizadas entre observadores distintos, os valores obtidos foram de 50,65% para o Kappa e 63,4% para a sua variação pontual. Esta presente avaliação confirma a existência de subjetividade nos laudos de ASCUS, além de critérios imprecisos de um mesmo observador na formatação desses achados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. BOLLMAN, R. et al. DNA cytometry confirms the utility of the Bethesda system for the classification of Papanicolaou smears. Cancer; 93(3): 222-8, 06/2001. ANTON, R.C. et al. Should the cytologic diagnosis of “atypical squamous cells of undetermined significance” be qualified? An assessment including comparison between conventional and liquid-based technologies. Cancer; 93(2) 93-9, 04/2001. KINNEY, W. K. et al. Where’s the high grade cervical neoplasia? The importance of minimally abnormal Papanicolaou diagnoses. Obstet. Gynecol.; 91: 973-976, 1998. KURMAN, R.J. et al. 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Sabe-se, também, que a maioria dos casos de trombocitopenia por Heparina deve-se à ligação do complexo fármaco-anticorpo às plaquetas, embora alguns possam ser secundários a uma aglutinação direta dos trombócitos por dito anticoagulante. O agente agressor trata-se de um complexo formado entre a Heparina e o fator plaquetário IV - uma proteína neutralizadora da Heparina derivada das plaquetas. A Heparina de baixo peso molecular é menos imunogênica e causa menos plaquetopenia. No entanto, 80% dos anticorpos gerados contra as Heparinas convencionais têm reação cruzada com as de baixo peso molecular, de modo que apenas uma minoria dos pacientes com anticorpos pré formado pode ser tratada com este produto. Percebe-se que a suspensão reverte tanto a trombocitopenia quanto a trombose induzida pelo anticoagulante. O presente trabalho possui como objetivo realizar um estudo preliminar para avaliar os níveis plaquetários seriados em pacientes em uso do anticoagulante Heparina. Constitui-se de um estudo observacional no qual foram avaliados vinte e cinco pacientes em uso de Liquemine SC ou Enoxiparina (dois em uso profilático e seis em uso terapêutico) internados no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Mater Dei. Analisou-se parâmetros como doenças de base, idade, sexo, medicações utilizadas, tipo e dose de Heparina e dosagem seriada de plaquetas. Vale ressaltar que considerou-se plaquetopenia se dosagem de plaquetas menor que 100.000. O tempo médio de observação foi de 6,45 dias (2-22 dias) e o presente estudou obteve como resultados sete pacientes que evoluíram com redução sérica dos trombócitos. Observou-se que desses sete, seis utilizaram Liquemine SC e um utilizou Enoxiparina. No primeiro grupo, cinco pacientes possuíam doenças de base que poderiam justificar a plaquetopenia. Já no que se refere ao segundo grupo, o paciente era plaquetopênico previamente ao uso de Enoxiparina. Diante do exposto, percebese que durante o período analisado, as plaquetopenias desenvolvidas com o uso de Heparina não podem ser explicadas como efeito colateral exclusivo desse medicamento. Dessa forma, um estudo com um número maior de pacientes está em andamento para confirmação dos resultados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. LONGHI, Fernanda; LAKS, Dani; KALIL, Nelson G.N.. Trombocitopenia induzida por heparina. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., São José do Rio Preto , v. 23, n. 2, p. 93-99, Aug. 2001 . 188 2. WERNECK, Christiane Campolina Furquim; LOSSING, Allan; LINDSAY, Thomas F.. Heparin-induced thrombocytopenia and endovascular procedures: report of two cases.J. vasc. bras., Porto Alegre , v. 8, n. 3, p. 259-262, Sept. 2009 . 3. YBARRA, Luiz Fernando; CARVALHO, Antonio Carlos. Trombocitopenia aguda pós-angioplastia coronária primária. Rev. Bras. Cardiol. Invasiva, São Paulo , v. 18, n. 1, p. 95-99, 2010 . 4. KAIBER, Flávia Larissa et al . 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Farmacia Hospitalaria, fev 2013.37 (1). 27 – 34. 189 AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA DE IMPLANTES DE PAREDE UTERINA TOTAL INDUZIDOS CIRURGICAMENTE NO PERITÔNEO DE RATAS, APÓS OOFORECTOMIA E ESTROGENIOTERAPIA Ivana Vilela Kalil Bruno Baquião da Silva Guilherme Costa Rodrigues José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina Com o objetivo de avaliar o efeito da castração e da estrogenioterapia subsequente sobre implantes de parede uterina total (endométrio, miométrio e serosa) induzidos cirurgicamente no peritôneo parietal de ratas, 36 animais foram aleatoriamente divididos em três grupos. Quatro fragmentos de parede uterina (4x4 mm) retirados do corno uterino esquerdo foram implantados, dois de cada lado, na parede abdominal lateral nas ratas de todos os grupos. Um mês após esses procedimentos, os implantes das ratas do grupo 1 foram excisados e as ratas dos grupos 2 e 3 foram submetidas à ooforectomia bilateral. Dois meses após a castração, os implantes das ratas do grupo 2 foram excisados e as ratas do grupo 3 receberam benzoato de estradiol parenteral bisemanalmente durante 30 dias, quando, então, os implantes foram removidos. No mesmo procedimento em que foram retirados os implantes induzidos nos animais dos grupos 2 e 3, retirou-se também um fragmento de corno uterino (direito), o qual foi examinado histologicamente no intuito de se comprovar o estado hormonal das ratas. Nesta avaliação, os cornos uterinos direitos das ratas do grupo 2 se apresentavam atróficos e os do grupo 3 com características de alto estímulo estrogênico. Ao exame histológico dos implantes, glândulas de padrão endometrial foram raramente identificadas nos três grupos. Após a ooforectomia, houve diminuição das células do estroma e do miométrio e ambos cresceram após estrogenioterapia. Houve diminuição da neoformação vascular após a castração, apesar da persistência dos focos de hemorragia antiga, que se tornaram mais proeminentes após o estímulo hormonal. A presença de fibrose também foi observada mais frequentemente no grupo 3. Apesar destas alterações identificadas na avaliação histológica dos implantes, não foram observadas mudanças significativas na estrutura e tamanho dos mesmos quando foram comparados os três grupos. As células do estroma endometrial sobreviveram no sítio de implantação mesmo após a castração e mantiveram a capacidade de proliferação após estímulo estrogênico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. ABDEL-SHAHID, R.B., BERESFORD, J.M., CURRY, R.H. Endometriosis of the ureter with vascular involvement. Obstet. Gynecol., v. 43, p. 113-117, 1974. ALLEN, E. Endometrial transplantation. Am. J. Obstet. Gynecol., v. 23, p. 343-350, 1932. BERGQVIST, A., RANNEVIK, G., THORELL, J. 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Com base nessa grande prevalência, o presente trabalho, o qual foi realizado por meio de 3 artigos das bases de dados SciELO e Google Acadêmico, propõe abordar a patogênese dessa doença, além das formas de diagnóstico e terapêutica. A patologia é definida como uma união de hiperandrogenismo associado a anovulação crônica. Apesar de não totalmente elucidada, sua patogenia advém de 3 alterações centrais: (1). Na esteroidogênese com o aumento de testosterona e di-hidrotestosterona circulantes; (2). Hiperinsulinemia desencadeada pelo aumento da resistência periférica à insulina. Esta situação leva a um aumento do estímulo do Hormônio folículo estimulante (FSH) nas células da granulosa, liberando moléculas capazes de fazer com que as células da teca produzam mais andrógenos em resposta ao hormônio luteinizante (LH) e levar a um quadro de hiperandrogenismo, podendo levar a consequências como hirsutismo, acne, seborreia, alopecia, distúrbios menstruais e disfunção ovulatória com infertilidade. Associado a isso há também uma inibição da enzima aromatase, que transforma testosterona em estrógenos; (3). Anormalidades do eixo hipotálamo-hipófise-ovário devido a um aumento na frequência pulsátil de liberação do GnRh, o que leva a uma maior produção de LH agravando o quadro de hiperandrogenismo descrito acima e com a diminuição do FSH a maturação dos folículos ovarianos é prejudicada, levando ao quadro de anovulação crônica. Essa doença pode ser diagnosticada a partir da avaliação do ciclo menstrual e descoberta sintomas e sinais típicos do hiperandrogenismo, associado a um exame complementar que pode ser laboratorial de dosagem de andrógenos no sangue ou radiológico a partir da identificação da aparência policística do ovário por ultrassonografia. Existem várias alternativas ao tratamento que seguem desde alterações no estilo de vida com uma dieta balanceada e exercícios físicos regulares, até o farmacológico que pode ser com base no controle hormonal com anticoncepcionais e antiandrógenos ou baseado na sensibilização periférica a insulina de modo a criar um feedback negativo capaz de resolver a Hiperinsulinemia. Por ser uma doença muito prevalente, seu conhecimento pelos profissionais da área, bem como sua abordagem terapêutica é fator central para abordagem dos pacientes com essa patologia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. Martins, Wellington de Paula, et al. Síndrome dos ovários policísticos. 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Já a microbiota residente está normalmente associada à epiderme, portanto mais profunda e mais difícil de ser removida, sendo frequentemente associada às infecções cruzadas. Os profissionais de saúde têm contato direto com o paciente, tendo as suas mãos como um importante instrumento de trabalho. Dessa forma, é de suma importância a conscientização dos profissionais sobre a correta higienização das mãos, e dos mecanismos básicos de transmissão das doenças infecciosas na prevenção de infecções hospitalares. Sabe-se que a lavagem das mãos é uma medida eficaz na prevenção da infecção cruzada, mas apesar de ser um procedimento simples não se observa a total adesão por parte dos profissionais de saúde. Este artigo tem como objetivo identificar os microrganismos encontrados nas mãos dos profissionais de saúde que foram relatados na literatura, correlacionando-os com o controle de infecções hospitalares. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa, onde realizou-se a busca de artigos nas bases de dados do Google acadêmico e da Biblioteca Virtual em Saúde, nos períodos entre 2009 e 2015. Os estudos evidenciaram a presença de contaminação nas mãos dos profissionais de saúde. Verificou-se a presença de bactérias como, cocos Gram-positivos: Staphylococcus aureus meticilina resistente(MRSA), Staphylococcus aureus resistente à oxacilina, Staphylococcus coagulase-negativo, Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium; bastonetes Gram-negativos: Klebsiella pneumoniae, Enterobacter sp., Proteus mirabilis, Citrobacter sp.; bastonetes Gram-negativos(BGN) produtores de beta-lactamase de espectro ampliado (ESBL); bastonetes Gram-negativo não fermentadores (BGNNF); além de leveduras e fungos filamentosos. Dessa forma, como as mãos são consideras um dos principais veículos disseminadores de microrganismo no ambiente hospitalar ficou demonstrada a importância da higienização das mesmas no controle da infecção cruzada. Concluiu-se que há necessidade de se promover maior sensibilização do profissional de saúde sobre a importância da lavagem correta e frequente das mãos como coadjuvante no controle de infecção hospitalar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Módulo 6 : Detecção e identificação de bactérias de importância médica /Agência Nacional de Vigilância Sanitária.– Brasília: Anvisa, 2013. CUSTODIO, J. et al. Avaliação microbiológica das mãos de profissionais da saúde de um hospital particular de Itumbiara, Goiás. Rev. Ciênc. Méd., Campinas, 18(1):7-11, jan./fev., 2009. 193 3. PEREIRA, M. C. et al. Microbiota e perfil de suscetibilidade dos profissionais de saúde de um hospital de médio porte de Anápolis-GO. Anuário de produção científica discente. Faculdade Anhanguera. Vol. 14, n º28, 2011. 4. Borges, L. F. A. Higiene das mãos de profissionais da saúde em hospital brasileiro: adesão, controle de infecção, e transmissão de Staphylococcus aureus. Tese de doutorado. UFU. Uberlândia. 2009. 5. PETRI, A. K. K. et al. Microbiota das mãos da equipe de saúde que atua na unidade de terapia intensiva. Unoeste. Cascavel. 2009. 6. PRADE, S. S. Estudo brasileiro da magnitude das infecções hospitalares em hospitais terciários. Revista de controle de infecção hospitalar, v. 2, p.11-23, 1995. 7. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília : Anvisa, 2007. 8. MARGARIDO, C. A. Contaminação microbiana de punhos de jalecos durante a assistência à saúde. Revista Brasileira de Enfermagem. jan-fev; 67(1): 127-32, 2014. 9. LOKS, L; LACERDA, J. T; GOMES, E; SERRATINE , A.C.P. Qualidade da higienização das mãos de profissionais atuantes em unidades básicas de saúde. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2011 set;32(3):569-75. 10. SILVETRIN, E. S. et al. Higienização das mãos: conhecimento dos profissionais de saúde em um hospital universitário. Rev. Inst. Cienc Saúde. 25(1), 7-13. 2007. 194 CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE E ACADÊMICOS DE MEDICINA ACERCA DAS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA EM AMBIENTES DE ATENDIMENTO À URGÊNCIA E/OU EMERGÊNCIA Emília Pires de Oliveira Lorena Reis Augusto Camila Segal Cruz Ana Cecília Lima Gonçalves Beatriz Martins Borelli (Orientador) [email protected] Área: Medicina Os ambientes de urgência e emergência, assim como outros locais de atendimento à saúde, exigem dos profissionais que ali atuam comportamento adequado em relação às normas de biossegurança. Conhecer quais são e a importância de aplicá-las é fundamental para que haja seu cumprimento. Esse conhecimento é iniciado na graduação, e foi diante dessa necessidade que fundamentamos um trabalho de revisão bibliográfica de publicações e uma aplicação de pesquisa entre os acadêmicos de medicina acerca do assunto. O objetivo do presente trabalho foi compreender as normas de biossegurança, sua importância, os níveis de aplicação e conhecimentos dos envolvidos na área da saúde e dos métodos para a melhoria da biossegurança principalmente dentro de ambientes de atendimento à urgência e emergência. A pesquisa foi realizada pela consulta de artigos publicados nas bases de dados SciELO e Google Acadêmico no período de 2007 a 2012. Foram utilizadas as seguintes palavras chaves: biossegurança, conhecimento, acadêmicos, saúde, urgência e emergência. Além disso, foi realizada a aplicação de questionário entre os acadêmicos de medicina da Faculdade de MinasBH do primeiro ao oitavo período composto por 10 perguntas objetivas. A análise dos resultados levou em consideração o período cursado pelo aluno e se ele já possuía ou não formação em outro curso na área da saúde. A maioria dos alunos que possuía curso superior tinha conhecimento das normas de biossegurança, porém estes justificaram que no ambiente de urgência e emergência a aplicação dessas normas se torna dificultada por fatores como grande demanda de pacientes politraumatizados, com sangramentos e secreções que chegam com necessidade de um atendimento rápido. Além disso, constatou-se que a naturalização das práticas e a autoconfiança adquirida pelos profissionais muitas vezes leva à negligência. Sobre o conhecimento durante o curso, observou-se que a construção de uma visão crítica acerca dos procedimentos corretos é gradual. À medida que o aluno avança no curso e vive experiências nos setores de saúde ele adquire maior entendimento a respeito dessas normas e suas aplicações. De acordo com o estudo ficou evidenciada a importância da discussão de normas de biossegurança dentro das universidades, não só nos cursos de medicina, mas em todos da área da saúde. Além disso, os centros de atendimentos de urgência e emergência devem estar devidamente estruturados com equipamentos de proteção individual e serviços de controle de infecção. A oferta de cursos de aprofundamento em biossegurança para os profissionais desses setores também tornaria mais eficiente a aplicação destas normas. 195 DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS Marcello Marrazzo Fernandes Mellissa Aleixo Lara Thome Barcello Paula Dettogne Medicina Beatriz Martins Borelli (Orientador) [email protected] Área: Medicina Nas últimas décadas, a alimentação tem sido motivo de preocupação em todos os países, sendo que, atualmente, um dos grandes desafios é adequar a produção de alimentos à demanda crescente da população mundial. Atrelado a isso, as transformações no mundo contemporâneo provocaram mudanças significativas na alimentação e nos hábitos alimentares dos seres humanos, que passaram a usufruir cada vez menos da alimentação no universo doméstico. Essas mudanças foram ocasionadas por fatores que perpassam a urbanização, a redução do tempo para o preparo e/ou consumo do alimento, entre outros. Com isso ficaram mais evidentes os problemas relativos à qualidade dos alimentos destinados ao consumo humano. Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre as doenças transmitidas por alimentos. Para tal, foram consultadas as bases de dados Google acadêmico, Scielo e PubMed selecionando artigo completos publicados entre os anos de 2001 e 2015. A partir dos artigos selecionados observou- se que a contaminação biológica de alimentos é um problema de saúde pública no Brasil, assim como em todo mundo. Cerca de duzentas doenças podem ser veiculadas por alimentos. A contaminação dos alimentos é decorrente de falhas na cadeia produtiva e é indicada pela presença de contaminantes biológicos como: bactérias patogênicas e suas toxinas, vírus, parasitas e protozoários. Os resultados apresentados nos trabalhos mostraram que o nível de contaminação é preocupante, o que ocasiona o surgimento de doenças transmitidas por alimentos (DTA) e consequentemente os surtos de toxinfecções alimentares. As camadas menos favorecidas da população são as mais afetadas pela contaminação alimentar, pelos hábitos culturais de alimentação e necessidade de optar por produtos com menor preço, geralmente de pior qualidade e maior contaminação. Recomenda-se a adoção de um programa de educação sanitária para a conscientização da população quanto à importância da higienização de seus alimentos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 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Os meios de determinação do intervalo de tempo compreendido entre a morte e o exame cadavérico (post mortem interval ou PMI) têm importância crucial para orientar investigações criminalísticas, embora apresentem alguma subjetividade e grande dificuldade diagnóstica de se estabelecer, com exatidão, o momento preciso do óbito. A estimativa do tempo decorrido após a morte de um indivíduo sempre encontrou obstáculos na limitação da observação das alterações cadavéricas visíveis a olho nu e a forte influência que estas sofrem de fatores condicionantes externos, como temperatura ambiente, umidade e os mecanismos que resultaram na morte do sujeito. Dessa forma, o presente estudo visa revisar as técnicas diagnósticas baseadas nos fenômenos cadavéricos abióticos consecutivos e nos fenômenos transformativos destrutivos, bem como apresentar novas informações e métodos de determinação do PMI que proporcionem maior especificidade e valor preditivo de diagnóstico. Para tal, foram revisados artigos nas bases de dados online Scielo, Pubmed, Google Acadêmico e Biblioteca virtual da AMMG, utilizando-se das palavras chaves cronotanatognose, post mortem interval, determinação do tempo de morte, medicina forense. As alterações conhecidas como abióticas são aquelas decorridas de alterações físicas no organismo decorrente da morte, sendo subdivididas em fenômenos imediatos e consecutivos. Os imediatos são utilizados para a determinação do estado vital, mas não do tempo decorrido desde a morte. Já os consecutivos ocorrem à medida em que o tempo se passa e, devido ao caráter gradual de seu aparecimento, é possível estimar o tempo decorrido após a morte. Os fenômenos transformativos destrutivos ocorrem devido à destruição celular, seja esta pelo próprio organismo ou por fatores externos. Já foram elucidados vários marcadores celulares que têm sua concentração em determinadas cavidades alterada à medida em que se passa o intervalo post-mortem, por mudanças celulares e de permeabilidade de barreiras especiais. Dentre esses, descrevem-se novas perspectivas que consistem na variação de potássio do humor vítreo e na análise do tempo de deterioração de marcadores genéticos, também revelada como método de maior precisão para determinação do PMI quando comparada àquelas em maior uso atualmente (análise subjetiva dos fenômenos consecutivos e destrutivos). Conclui-se que a atualização contínua do médico legista com relação ao desenvolvimento dessas novas técnicas contribui para a formação de um corpo probatório mais válido e coeso, fornecendo dados objetivos e relevantes à investigação criminal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CROCE, D.; CROCE JR., D. Manual de Medicina Legal. 9a ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 198 2. 3. 4. 5. ZILG, B. et al. 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O objetivo deste trabalho é abordar as principais dificuldades no processo de integração dos surdos no ambiente educacional e apontar pontos chaves para que essa integração seja realizada com êxito. A metodologia do trabalho se baseia em uma revisão de artigos atuais, utilizando as palavras chaves “surdos”, “deficientes auditivos”, “escola”, “universidade”, “educação”. A constituição de ambientes escolares bilíngues proporcionou a valorização da língua de sinais, identidade e da cultura surda, que contribui para a participação da comunidade, no processo educacional e na inserção de professores surdos no cotidiano das escolas especiais. Nesse processo de integração escolar ocorreram falhas, tais como deficiências de linguagem, inadequação das condições de estudo, falta de habilidades lógicas, problemas de compreensão em leitura, dificuldade de produção de textos, dentre outras. Outras dificuldades característica é que os estudantes surdos formam grupos heterogêneos, a tradução para LIBRAS é mais lenta em relação à língua falada, ocorre quebra de contato visual nesse processo de tradução, dificultando assim também a leitura labial se possível de ser realizada. Além disso, há a perda de informação quando é preciso escolher entre olhar para o intérprete ou observar o professor enquanto este manuseia um objeto em laboratório ou trabalha com imagens, por exemplo. O intérprete da língua de sinais é de extrema importância, pois é uma ponte entre o aluno, o professor e o conhecimento. Portanto, para que ocorra uma integração efetiva é necessário que os estudantes com deficiência auditiva tenham capacidade para o desempenho das atividades acadêmicas, ocorra envolvimento com os colegas, professores e um ambiente que permita essas ações de acontecerem. Serviços de apoio ou programas de acompanhamento são necessários, mas devem ser realizados de maneira que não reforcem o estigma da deficiência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. AZEREDO, E. A língua Brasileira de Sinais: Uma Conquista Histórica. Senado Federal- Secretaria Especial de Editoração e Publicação. Brasília-DF. 2006. BISOL, C. A.; VALETINI, C.B.; SIMIONI, J. L.; ZANCHIN, J. Estudantes Surdos no Ensino Superior: Reflexão sobre a inclusão. Cadernos de Pesquisa, v.40, n. 139, p. 147-172, jan./abri. 2010. COSTA, M. R.; RESENDE, M. A.; SILVA,K.M.S.C.; A inclusão do aluno surdo na Universidade Federal de Uberlândia: Uma experiência a ser compartilhada. CEPAE, 12 dez. 2014. DAMÁZIO, M. F. M. Atendimento Educacional Especializada: Pessoa com surdez. SEESP/ SEED/ MEC. Brasília-DF.2007. 200 ANÁLISE DO DELÍRIO COMO UM PROBLEMA DE ENFERMAGEM DE IDOSOS ADMITIDOS EM SERVIÇO DE PRONTO SOCORRO: CORRELAÇÃO COM O DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CONFUSÃO AGUDA Daniel dos Santos Fernandes Julia Vieira Campos Luzimar Rangel Moreira Eder Júlio Rocha de Almeida José Helvécio Kalil de Souza (Orientador) [email protected] Área: Medicina Introdução: Estudo de coorte de caráter retrospectivo no qual foi analisada uma amostra composta por 280 prontuários selecionados aleatoriamente na população de pacientes idosos admitidos em um Serviço de Pronto Socorro de um Hospital Geral de grande porte no município de Belo Horizonte (MG). Objetivo: Analisar o Delírio como um problema de Enfermagem identificado em pacientes idosos admitidos em um serviço de urgência e emergência propiciando a correlação conceitual deste com o Diagnóstico de Enfermagem: Confusão Aguda, da NANDA I. Resultados: Incidência de 37% de idosos admitidos com Delírio no Pronto Socorro; o processo de mapeamento cruzado evidencia que nos registros de enfermagem dos prontuários analisados percebe-se a presença de fatores relacionados já descritos no corpo do diagnóstico de Enfermagem Confusão Aguda os quais são: demência e insônia e também mostram também a presença nos registros clínicos de fatores relacionados ainda não descritos na taxonomia NANDA I, os quais são: Doenças Cerebrovasculares, Constipação, Infecção e Distúrbios hidroeletrolíticos; o segundo processo de mapeamento que contemplou a análise da comparação entre as características definidoras contidas nos registros de enfermagem do prontuário e as descritas na NANDA I para o diagnóstico observou-se que os sinais ou sintomas que designam Delírio nas evoluções de enfermagem dos prontuários analisados estão em sua totalidade contidos na NANDA–I. Conclusão: O Delírio e a Confusão Aguda designam clinicamente o mesmo estado, deste modo, entende-se que mediante a necessidade de fortalecimento científico e padronização internacional da linguagem de Enfermagem, deve utilizar o termo Confusão Aguda para descrever o Problema de Enfermagem designado pelos estados hipoativo ou hiperativo de Delírio. Ainda espera-se que as discussões fundamentem a tomada de decisão por parte dos enfermeiros nos serviços de urgência e emergência, de modo que possam buscar a aplicação de melhores evidências na prática clínica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. AGUIRRE, E. Delirium and hospitalized older adults: a review of nonpharmacologic treatment. Journal of Continuing Educational Nursing, Thorofare (USA), v. 41, n. 4, p. 151-152, out. 2010. ALMEIDA, O.P.; DRATCU, L.; LARANJEIRA, R. Manual de Psiquiatria. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan. 1995. CARPENITO, L.J. 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Análise dos registros 29. produzidos pela equipe de saúde e da percepção dos enfermeiros sobre os sinais e sintomas de delirium. Revista Latino Americana de Enfermagem, vol. 19, n.1, jan-fev. 2011. 30. TANNURE, M.C.; GONÇALVES, A.M.P. Sistematização da Assistência de Enfermagem: Guia prático. Rio de Janeiro: Guanabara: 2 ed. 2010. 298 p. 31. COFEN – Conselho Federal de Enfermagem. Resolução n° 358/2009, de 15 outubro de 2009: Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do processo de enfermagem em ambientes, públicos ou privados em que ocorre o cuidado do profissional de enfermagem e dá providências 32. TANNURE, M. C.; CHIANCA, T. C.; GARCIA, T. R. Construção de um banco de termos da linguagem especial de enfermagem. Revista Eletrônica de Enfermagem, vol.11, n. 4. 2009.p.1026-1030. 33. TANNURE, M.C. Banco de termos da linguagem especial de enfermagem para unidade de terapia intensiva de adultos. 2008. 92f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008. 34. VANDERBILT UNIVERSITY. Confusion Assessment Method for the ICU - (CAM-ICU). The Complete Training Manual. Nashville: Ed. Wesley Ely, October. 2010. 203 MÉDICOS TAMBÉM ERRAM: UMA ABORDAGEM SOBRE OS ERROS MAIS COMUNS E SUAS CAUSAS Carina Rabelo Dias Teixeira Stefânia Tiradentes Ribeiro Alcéa Carvalho Fúrforo Bruna Chagas Rodrigues Bruno Sônia Maria Nunes Viana (Orientador) [email protected] Área: Medicina O erro médico é consequência de uma série de fatores e é visto como uma falha individual por desatenção e esquecimento. Seu conceito é usado de forma equivocada, uma vez que não está relacionado apenas ao dano provocado pelo profissional médico, mas sim por qualquer profissional da saúde. Trazer esta discussão para o período de formação do médico torna-se um grande desafio, mas estratégico para garantir uma formação de consciência prevencionista, e consequentemente, gerar a possibilidade de construir mecanismos de defesa para evitá-lo ou diminuir seu impacto. Neste estudo, acadêmicas de medicina, através de uma revisão bibliográfica na base de dados Scielo, Revista Saúde e Desenvolvimento e Revista Saúde, Ética & Justiça, buscam abordar os erros mais comuns cometidos por profissionais gerais e médicos, bem como suas principais causas. A partir disto, permite-se uma reflexão sobre a condição humana de errar, as limitações do ser humano e a prestação de contas do médico, para si mesmo e para a sociedade. Os erros médicos podem ser evitáveis ou podem ser inerentes à impotência humana em situações que não estão ao seu alcance. Assim, a discussão sobre imprudência, imperícia e negligência se faz necessária neste aspecto, já que os pacientes podem ser expostos a riscos significativos, ocasionando danos irreversíveis. A complexidade da prática médica e das inúmeras intervenções às quais os pacientes são submetidos são fatores relevantes para a ocorrência de erros, corroborando para as proporções alarmantes e constituindo problema de saúde pública. Cuidar de pessoas é algo delicado e exige dedicação e concentração, porém, os médicos se comprometem com o cuidado, com o tratamento e a atualização científica, enquanto a responsabilidade dos resultados é dividida entre o médico e o próprio paciente, sendo diretamente dependente do mesmo. Dentre os erros mais frequentes estão os relacionados às prescrições e à administração de medicamentos, incluindo dosagem, escolha, via de administração, paciente a receber as drogas e interações. Muitos destes erros são atribuídos à complexidade de procedimentos que exigem novas tecnologias, prescrições ilegíveis e grande demanda de pacientes. Outros aspectos associados à origem de erros são decorrentes de hospitais com recursos insatisfatórios, estresse gerado pela exaustiva jornada de trabalho dos profissionais e baixas remunerações. Baseado nisto, a análise destas ocorrências dentro do sistema contribui para a prevenção e para o desenvolvimento de medidas que busquem a segurança do paciente. Estas medidas incluem a prevenção do erro médico na graduação, criação de manuais de normas e rotinas de procedimentos, treinamentos contínuos e educação continuada para reduzir os danos e a ocorrência de novos eventos. Com isso, evidenciou-se que erros são acompanhantes inevitáveis da condição humana e ao serem admitidos podem ser encarados como uma oportunidade de rever o processo e aprimorar a assistência ao paciente. 204 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 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Consoante ao fato, o presente artigo consiste em uma revisão bibliográfica na perspectiva de entender e esclarecer o que seria um erro no contexto geral, o significado dos erros na área medica, bem como evidenciar a situação econômica do sistema de saúde no Brasil, a economia relacionada aos erros médicos e o impacto destas sobre o sistema como um todo. Resultando na realidade de que os dados mais alarmantes da questão referem a índices de erros na área da saúde considerados evitáveis. Concluindo que tais erros são provenientes do Estado e das diferentes instituições de caráter público ou privado, gerando uma reação em cadeia que acarreta em prejuízos ao usuário final do sistema de saúde. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. VIANA, S.M.; ROMEU, N.; CASTRO, CM. A mão invisível nos serviços de saúde: será que ela cura? In: XVI Reunião Do Conselho das Organizações de Ciências Médicas. Ibadan,1982. 2. LEAPE, L. L. Error in medicine. JAMA, v.272, n.23, p.1851- 57, 1994. 3. SHANARD-KOENDERS, K. 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The Economics of Health Care Quality and Medical Errors. Article from Journal of Health Care Finance, Vol. 39, No. 1, Fall 2012, published by Wolters Kluwer Law & Business. 206 INIBIDORES DE APETITE Maria Fernanda Coimbra Coury Marco Tulio Oliveira Avelar Luciene Rodrigues Kattah (Orientador) [email protected] Área: Medicina A obesidade é uma doença multifatorial considerada um grande de desafio de saúde pública em todo o mundo. Alimentação saudável e mudanças no estilo de vida são os primeiross passos para o tratamento da doença, no entanto, em alguns casos não é suficiente, sendo necessários outros métodos de intervenção, como o uso de inibidores de apetite. O número de obesos no Brasil tem aumentado consideravelmente e por consequência, vem aumentando o consumo de medicamentos relacionados a perda de peso. Sendo assim, o objetivo do presente artigo é apresentar os principais inibidores de apetite comercializados no Brasil com foco central nos anorexígenos, mostrando suas ações no organismo, suas reações adversas, além de esclarecer qual é a regulamentação de venda hoje no país, já que este tipo de serviço vem sendo negligenciado há algum tempo. A metodologia utilizada no presente artigo consiste em uma revisão bibliográfica que teve como fonte de pesquisa as bases de dados a Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Lilacs. Foram selecionados artigos publicados entre 2000 e 2015. O tratamento medicamentoso é utilizado no controle da obesidade quando esta não consegue ser tratada pelos métodos tradicionais e quando o indivíduo apresenta outras doenças associadas a ela. No entanto, a procura por esses fármacos parte muita das vezes de pessoas sem qualquer indicação. Dentre os medicamentos, aparecem os moderadores de apetite com ação estimulante no sistema nervoso central que leva a um aumento da saciedade, podendo dessa forma, favorecer a perda de peso, porém se for utilizado de forma indiscriminada, seus riscos podem superar seus benefícios e causar prejuízos à saúde do indivíduo. Outro medicamento bastante utilizado é aquele que inibem a absorção de gordura, que não atuam no sistema nervoso central, mas que devido seus efeitos colaterais são utilizados em menor escala. Assim, o presente artigo, permitiu um maior esclarecimento a cerca de medicamentos reguladores de apetite comercializados no país, mostrando suas ações no organismo e seus efeitos adversos. Além de mostrar a regulamentação na venda dessa classe de fármacos existente hoje no Brasil, onde o percentual de obesos tem crescido vertiginosamente, destacando ser indispensável sua fiscalização, a fim de garantir a segurança sanitária desses produtos e proteger a população evitando riscos à saúde. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. CARNEIRO, Mônica de Fátima Gontijo; GUERRA JÚNIOR, Augusto Afonso; ACURCIO, Francisco de Assis. Prescrição, dispensação e regulação do consumo de psicotrópicos anorexígenos em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 8, p.17631772, ago. 2008. CORRÊA, Lívia L. et al. Avaliação do efeito da sibutramina sobre a saciedade por escala visual analógica em adolescentes obesos. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, v. 49, n. 2, p.286-290, abr. 2005. 207 3. HALPERN, Alfredo. et al. Experiência clínica com o uso conjunto de sibutramina e orlistat em pacientes obesos. 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Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 58, n. 1, p.88-94, jan. 2012. 208 A CORRELAÇÃO DO USO CRÔNICO DO OMEPRAZOL COM ALZHEIMER Marcela Rodrigues Gondim Aurélio Leite Rangel Souza Henriques Yulle de Oliveira Martins Maria Oliveira Santos Medicina Patricia Alves Maia Guidine (Orientador) [email protected] Área: Medicina O Omeprazol pertence à classe de fármacos inibidores da bomba de prótons cuja função é inibir o enzima ATPase-H+ /K+, sendo um dos fármacos com grande eficácia na supressão de HCl, promovendo o tratamento de úlceras, da síndroma Zollinger-Ellison e da doença do refluxo gastro-esofágico. Entretanto, seu uso crônico diminui a absorção de vitamina B12, aumentando os níveis de homocisteína em portadores de demências. A vitamina em questão é a mais complexa das vitaminas, contém um microelemento, o cobalto que, na B12 purificada, está ligado a um grupo cianeto, o que lhe confere a denominação de cianocobalamina. Constitui um cofator e uma coenzima em muitas reações bioquímicas, como síntese de DNA, síntese de metionina a partir da homocisteína e conversão do propionil em succinil coenzima A, a partir do metilmalonato. Os humanos são incapazes de sintetizá-la e, portanto, são completamente dependentes da dieta para sua obtenção. A deficiência de vitamina B12, impede 5 - metil - THF de ser convertido em 5, 10 metileno - THF, essencial para a síntese de nucleótidos. Além disso, apresenta dois aspectos específicos: atrofia dos bulbos e tratos olfatórios e o encolhimento do hipocampo. Os baixos níveis de nucleótidos podem resultar em má incorporação de nucleótidos no ácido desoxribonucleico (ADN) de replicação e quebras cromossómicas, que podem facilitar a lesão neuronal comum nos cérebros de pacientes. Dessa forma, a sua deficiência ocasiona demências, como por exemplo o Alzheimer. O Alzheimer possui como marcadores patológicos as placas senis e os emaranhados neurofibrilares. Já as placas senis são depósitos extracelulares rodeados por terminações nervosas em degeneração e sua formação relaciona com aparecimento de depósitos difusos de peptídeo B amiloide (BH4). Elas estão localizadas nos lobos temporal, parietal, frontal, na amígdala, hipocampo e no córtex piriforme. A severidade da demência está correlacionada mais com os fusos neurofibrilares do que com a presença das placas senis. As lesões presentes no Alzheimer provocam perda neuronal e das sinapses nas zonas subcorticais do cérebro. A perda neuronal colinérgica associada às manifestações do Alzheimer ocorre no nível do núcleo basal de Meynert, que é o ponto de partida ascendente do sistema colinérgico e assim, a diminuição do mesmo está relacionada às manifestações desta patologia, já que a acetilcolina é um dos neurotransmissores importantes nos processos de memória. Sendo assim, o uso crônico do omeprazol, que é um inibidor da bomba de prótons, para o combate de patologias relacionadas ao trato gastrointestinal, pode acarretar a deficiência da vitamina B12. Esta, por sua vez, causará alterações em regiões especificas do cérebro, contribuindo assim, para o declínio cognitivo no processo do Alzheimer. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 209 1. 2. 3. 4. 5. 6. FRANKE , Katja; RISTOW, Michael; GASE, CHRISTIAN. Gender-specific impact of personal health parameters on individual brain aging in cognitively unimpaired elderly subjects. Front Aging Neurosci., Lausanne, v.6, p.94, 2014. LIMA, Ana Paula Vaz de; NETO FILHO, Mário dos Anjos. Efeitos em longo prazo de inibidores da bomba de prótons. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, Maringá, v.5, n.3, p.45-49, dez. 2013/ fev. 2014. DOUAUD, Gwenaëlle et. al. Preventing Alzheimer’s disease-related gray matter atrophy by Bvitamin. 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São Paulo, v.60, n.1, mar.2002. 210 PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E SUA EPIDEMIOLOGIA Marcello Marrazzo Fernandes Mellissa Aleixo Andre Mauricio Parada (Orientador) [email protected] Área: Medicina A parada cardiopulmonar ou parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a ausência de atividade mecânica cardíaca, que é confirmada por ausência de pulso detectável, ausência de responsividade e apneia ou respiração agônica, ofegante. O termo “parada cardíaca” é mais comumente utilizado quando se refere a um paciente que não está respirando e não tem pulso palpável. A reanimação cardiopulmonar (RCP) é definida como o conjunto de manobras realizadas após uma PCR com o objetivo de manter artificialmente o fluxo arterial ao cérebro e a outros órgãos vitais, até que ocorra o retorno da circulação espontânea (RCE). As manobras de RCP constituem-se na melhor chance de restauração da função cardiopulmonar e cerebral das vítimas de PCR. Este estudo teve como objetivo analisar os artigos em bases de dados disponíveis pela internet, tais como PubMed, Scielo, Google acadêmico, referente a parada cardiorrespiratória e sua epidemiologia. Trata-se de uma revisão bibliográfica. A pesquisa resultou na consulta de artigos científicos completos publicados entre 2001 e 2015. Este estudo enfocou no melhor entendimento a respeito da Parada Cardiorrespiratória, incluindo dados sobre sua definição, manobras de ressuscitação e epidemiologia. É necessário um contínuo treinamento e atualização dos conhecimentos e técnicas a respeito da PCR e suas manobras de ressuscitação, e como se trata de um assunto de interesse público, sendo que qualquer pessoa com um treinamento adequado pode ajudar nessas manobras, é importante que treinamentos sejam disponibilizadas para a população, capacitando-a para ajudar qualquer pessoa que sofra de PCR. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Silva SC, Padilha KG. 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Tallo FS, Junior RM, Guimarães HP, Atualização em reanimação cardiopulmonar: uma revisão para o clínico, Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2012 mai-jun;10(3):194-200 Silva AB, Almeida OS, Suporte avançado de vida e as novas diretrizes da American Heart Association 2010 , Rev.Saúde.Com 2013; 9(1): 62-71 211 TERAPIA GÊNICA E SUA APLICAÇÃO NO CÂNCER Mayra Maria Resende Morais dos Santos Cláudia Lopes Penaforte (Orientador) [email protected] Área: Medicina A terapia gênica (TG) é um procedimento que envolve a modificação genética de células com o objetivo de tratar doenças. Com a utilização de vetores virais ou não virais, a TG visa à correção de disfunções no organismo através da transferência de material genético exógeno (transgene) para um individuo com o intuito de corrigir ou eliminar as causas de doenças neoplásicas, hereditárias e degenerativas. Grande parte dos ensaios clínicos de TG é realizada em pacientes com neoplasias, em geral em estado avançado. O objetivo dessa revisão integrativa foi discutir sobre os métodos da TG e suas aplicações no câncer. Foram realizadas buscas por artigos no Pubmed, Scielo, BVS e Lilacs utilizando diferentes combinações de descritores. As publicações foram selecionadas através da leitura dos títulos e resumos e aplicação de critérios para inclusão e exclusão. Foram localizados 151 artigos e após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 31 publicações foram selecionadas. O câncer tornou-se um grave problema de saúde pública, com uma alta taxa de mortalidade e com um prognóstico e sobrevida muito ruim. Estudos demonstram que as neoplasias são doenças genéticas, onde uma mutação transforma um protooncogene em oncogene, acelerando assim o processo de replicação celular, gerando então o tumor. Esses tumores podem ser benignos ou podem sofrer metástase, que se propagam para tecidos vizinhos através da corrente sanguínea ou linfática, podendo desencadear novo foco tumoral. Os tratamentos atuais utilizados contra neoplasias demonstram resultados satisfatórios, porém apresenta efeitos adversos, como a morte de células saudáveis que circundam o tumor. Nesse contexto, existe a necessidade de novas estratégias para o tratamento de neoplasias, onde se possam destruir apenas as células neoplásicas, como a TG. Diversas estratégias de TG foram estudadas em associação ao tratamento convencional contra neoplasias e a utilização de vírus oncolíticos, terapia de suicídio pró-droga, ativação do sistema imune e a terapia antiangiogênica obtiveram respostas satisfatórias em ensaios clínicos e experimentais e serão abordadas nessa revisão. Alguns medicamentos foram desenvolvidos em estudos de TG e já são comercializados, por demonstrarem alta eficácia em ensaios clínicos. Apesar dos resultados promissores na TG anticâncer, ainda são necessários muitos estudos na busca de novas estratégias capazes de eliminar o surgimento e a eliminação de focos metastáticos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. Aiuti, A.; Roncarolo, M. G. (2009). Ten years of gene therapy for primary immune deficiencies. American Society of Hematology Education Program, p.682-9. Almeida, V. L. de; Leitão, A.; Reina, L. del C. B.; Montanari, C. A.; Donnici, C. L.; Lopez, M. T. P. (2005). Câncer e agentes antineoplásicos ciclo-celular específicos e ciclo-celular não específicos que interagem com o DNA: uma introdução. Quimica Nova, 28, p.118-129. Amer, M. H. (2014). Gene therapy for cancer: present status and future perspective. Amer Molecular and Cellular Therapies, 2. Araujo, N de O; Veiga, J E da; Cardozo, S V. (2009). Terapia gênica: uma revisão de literatura. Revista Saude e Ambiente, 4, p.20-33. 212 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. Asadi- Moghaddam, K; Chiocca, (2009). E A. Gene – and viral – based therapy for brain tumors. Neurotherapeutics, 6 (3), p.547-557. 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Journal Genetic Syndrome Gene Therapy, 4. 214 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMUNIDADES INDÍGENAS Cláudio Ramos Branquinho [email protected] Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador) Área: Ciência e Saúde Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de acordo com o Censo de 2010, no Brasil existem 896,9 mil indígenas em todo o território nacional. São 305 etnias e 274 línguas, espalhadas por todo o território nacional. O maior número está concentrado na região Norte do país (342,8 mil indígenas) e a menor na região Sul (78,8 mil). A tribo Yanomami, no estado de Roraima é maior comunidade com 25,7 mil índios. Frente a isso, a assistência de enfermagem tem sido deficitária. Além das condições precárias do serviço de saúde no país, existe a falta de infraestrutura, o isolamento social e a incidência de doenças como a malária, isso vem acarretando o desinteresse dos profissionais de saúde como um todo. Sendo assim, este estudo visa identificar os desafios a serem enfrentados pelo enfermeiro na prestação de serviços de saúde à população indígena, por meio de revisão bibliográfica. Foram analisadas publicações sobre assistência de enfermagem nas comunidades indígenas, em artigos científicos, e na base de dados eletrônicos da SCIELO, a partir dos seguintes descritores: Assistência à saúde, Enfermagem, Saúde do índio. Foram considerados os trabalhados na língua portuguesa, publicados no período de 2003 a 2015. Os achados mostram que a assistência de enfermagem desenvolvida nas comunidades indígenas requer do profissional de enfermagem além da graduação, experiência em obstetrícia e emergência entre outras. Ou seja, o profissional precisa estar apto a atuar em diversas frentes de trabalho, visto que ele irá se deparar com todo tipo de situação. São muitos os obstáculos encontrados, principalmente culturais e a distância geográfica entre outros. As dificuldades culturais, por exemplo, decorrem da divergência entre o tratamento de saúde convencional e a cura praticada pelo Pajé, líder espiritual da tribo, que transcende o cuidado do homem branco. Isso requer do profissional enfermeiro a habilidade para saber contornar ou aceitar as crenças, hábitos e costumes. Ele deve saber transitar e manter o equilíbrio entre o que a comunidade pratica e o que ele acredita ser o mais indicado. Ou seja, ele deve permitir a prática cultural ou ministrar determinada medicação? Neste contexto, a forma como o profissional de enfermagem assiste ao índio está relacionada à sua percepção do processo cultural da tribo para que ele possa atuar de forma assertiva na promoção da saúde e prevenção das doenças, desenvolvendo estratégias para o bem estar coletivo da tribo. Apesar disso, entretanto, diversos autores relatam que os profissionais de enfermagem, que se dedicam às comunidades indígenas, não medem esforços para o alcance dos resultados pretendidos. Eles reforçam ainda que o maior desafio desse profissional é a superação da falta de capacitação específica para lidar com o índio. Vê-se, então, a necessidade de suprimento dessa lacuna, bem como de ações para educação constante do enfermeiro para esse tipo de assistência, embasada em conhecimentos científicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. http://www.ibge.gov.br/indigenas/indigena_censo2010. Acesso em: 03 fev. 2016 BRASIL. Secretaria Especial de Saúde Indígena– SESAI.Brasília, DF, 2012. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/ secretaria-sesai>. Acesso em: 02 mar. 2016. 215 5. 6. GOLIN, R. A Enfermagem Preocupada com a Saúde Indígena. Rev. Coren, n. 72, p. 6-9, São Paulo: COREN, 2007 Santos RV, Coimbra Jr CEA. Cenários e tendências da saúde e da epidemiologia dos povos indígenas no Brasil. In: Coimbra Jr CEA, Santos RV, Escobar AL (Org.). Epidemiologia e saúde dos povos indígenas no Brasil. Rio de Janeiro (RJ): Fiocruz: Abrasco, 2003. p. 13-47. 216 PCRC- AÇÃO EDUCATIVA EM ESCOLA PÚBLICA DE BELO HORIZONTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Miriã Micaela de Oliveira Karine Veloso dos Santos Aline Junia de Oliveira Anderson da Silva Fernanda Batista Oliveira Santos (Orientador) [email protected] Saúde Com a globalização, hábitos de vida inadequados, urbanização, alimentos industrializados, stress do dia a dia, dentre outros fatores, temos como consequência, um crescente número de indivíduos com Doenças Cardiovasculares¹. Essas doenças são as principais causas de morte se não forem tratadas, podendo desenvolver uma Parada Cardiorrespiratória Cerebral (PCRC). A American Heart Association, em seu protocolo, criou uma cadeia de atendimento de PCRC para leigos, a fim de melhorar a sobrevida de clientes ou diminuir os óbitos². Pensando nisso, uma faixa etária de grande relevância à aprendizagem do Suporte Básico de Vida (SBV); são os adolescentes, pois os mesmos se encontram presentes em várias situações, e ainda podem atuar como multiplicadores desses conhecimentos, seja em casa com seus familiares, no shopping, nas festas e em outras atividades comuns nessa fase da vida. Considerando tais fatos, empreendeu-se um relato de experiência de discentes de Graduação em Enfermagem, do oitavo período da Faculdade de Minas (Faminas-BH), realizado em Outubro de 2015. A experiência vivenciada se deu em uma visita previa em uma Escola Pública de Belo Horizonte - MG, para conhecer o ambiente a ser trabalhado, a estrutura que poderia ser utilizada bem como o público alvo. Em seguida, seria realizada uma ação de intervenção. Após estudo bibliográfico, foi elaborado o projeto da ação educativa, em que 110 alunos se dirigiram para arquibancada da quadra poliesportiva. Foi distribuído folder com o passo a passo dos primeiros socorros do PCRC para leigos juntamente com uma pulseira com a frase “Juntos por um Socorro Melhor”. Em seguida, demonstrou-se por meio de bonecos cada passo dos primeiros atendimentos às vítimas. Após apresentação, os alunos foram divididos em grupos para realizarem as manobras da PCRC e tirar suas dúvidas. Dos resultados obtidos desta vivência de ação de educação em saúde, pode-se destacar a relevância de empoderar estudantes adolescentes acerca de um atendimento qualificado que pode auxiliar na reanimação de vítimas. Portanto, verifica-se que a ação educacional teve resultados positivos, uma vez que o público alvo da ação teve, interesse em conhecer detalhadamente cada processo da cadeia de sobrevivência. Cabe relevar que a ação não chamou atenção somente dos alunos, mas também dos professores, que procuraram o grupo de acadêmicas de enfermagem para esclarecer dúvidas. Conclui-se que atividades como esta devem ser fomentadas nos cursos de graduação em enfermagem uma vez que representam uma oportunidade de aprendizado em relação a educação permanente para os futuros enfermeiros e ainda constitui importante ferramenta para amenizar os agravos no Brasil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. MANSUR, Antonio de Padua; FAVARATO, Desidério. Mortalidade por Doenças Cardiovasculares no Brasil e na Região Metropolitana de São Paulo: Atualização 2011. São Paulo, p. 1-7, 2011. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/abc/2012nahead/ aop05812.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2016. HEART ASSOCIATION. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. p. 1-28, 2010. Disponível em: <http://www.heart.org/idc/groups/ heartpublic/@wcm/ @ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2016. 217 TELECONSULTA DE ENFERMAGEM: TECNOLOGIA IMPLEMENTADA COMO FERRAMENTA DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM REGIÕES GEOGRAFICAMENTE ISOLADAS Beatriz Zacarias Ribeiro Ronaro Soares dos Santos Bruno Vasconcelos Ferreira Juliana Silveira Teixeira Eder Júlio Rocha de Almeida (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem A teleconsulta de enfermagem foi instituída como extensão ao serviço de telemedicina, regulamentado pela portaria nº 452, de 4 de Março de 2010. Surgiu como uma ferramenta de apoio à estratégia de saúde da família em regiões geograficamente isoladas. O uso da teleconsulta que é uma “segunda opinião formativa”, elaborada para os profissionais da saúde através de uma plataforma web, tem como propósito oferecer consulta de enfermagem especializada e orientações à distância. Perante o exposto nas linhas supracitadas, o intuito deste trabalho é desvelar o perfil das teleconsultas realizadas em um serviço de telemedicina.Trata-se de um estudo de caráter quantitativo documental retrospectivo realizado em um centro de telemedicina. Embasando esta pesquisa, foram levantados 8 artigos e periódicos em banco de dados digitais (BVS, Pubmed e Lilacs). Destes, apenas 3 foram selecionados, e teve por critério de exclusão o período de publicação superior a cinco anos. Foram analisados 1.673 teleconsultas, o período de corte foi de Janeiro a Dezembro do ano de 2014. As questões éticas foram contempladas por meio de um termo de concordância devidamente assinado pela instituição em estudo.Um total de 1.673 teleconsultorias foram solicitadas por enfermeiros: 65% estavam relacionadas à assistência e 35% eram dúvidas educacionais, (Sendo que as dúvidas eram respectivamente as seguintes: 19% sobre vacinas; 9% protocolos de enfermagem; 6% sobre questões éticas e 1% classificação de enfermagem). Quanto à teleconsultorias relacionadas à assistência (n= 1.087), chama atenção o fato de que 29% das dúvidas eram sobre tratamento farmacológico (prescrição), apesar de não ser permitida a prescrição de medicamentos por enfermeiros, exceto aqueles discriminados no protocolo do município. Os outros tipos mais frequentes foram etiologia (19%), tratamento não farmacológico (17%), eletrocardiograma (15%), estomaterapia (6%), saúde da criança (5%), saúde da mulher (4%), infecção hospitalar (3%) e sobre centro cirúrgico (2%).Desde modo, é possível considerar que o serviço de teleconsulta de enfermagem atende com êxito a maioria das demandas geradas de diferentes municípios, incluindo os situados em áreas remotas. Além disso, promove a educação permanente dos profissionais solicitantes, cooperando de forma significativa para a melhoria do serviço prestado ao paciente. Também é possível destacar a economia nos cofres públicos uma vez que o paciente não precisa ser referenciado a outras cidades para atendimento com especialistas, já que as respostas das teleconsultas são realizadas por profissionais habilitados por áreas e especialidade, resolvendo assim as diversas demandas dos pacientes de áreas isoladas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Brasil. Ministério da saúde. Gabinete do ministro. Portaria nº 402 de 24 de Março de 2010. Diário Oficial da União, Seção 1, página 36. Brasília. 2. Pisanelli DM, Ricci FL, Macerati, R. A survey of telemedicine in Italy. Journal of telemed and telecare. 2012; p. 72-80. 3. Almeida, E. J. R. ; Oliveira, E. R. ; Marcolino, M. S. ; Alkmim, M. B. M. . Desafios Da Assistência De Enfermagem A Portadores De Lesões Cutâneas Em Um Programa de Telessaúde: Relato Da Experiência De Um Enfermeiro Teleconsultor Especialista Em Estomaterapia. In: IX Congresso Nursing, 2012; p. 25-27 218 SILICOSE: APRENDER PARA COMBATER AS DOENÇAS OCUPACIONAIS Thais da Silva Gomes Pereira Jessica Ferraz Ribeiro Camila Cristina Bonifácio da Silva Pricilla Tairine de Santos Pio Tiziane Rogerio (Orientador) [email protected] Área: Enferamgem A silicose é uma doença respiratória causada pela inalação de poeira de sílica que produz inflamação, seguida de cicatrização do tecido pulmonar. É uma das mais antigas doenças provocadas pelo trabalho, sendo que atualmente, no Brasil, é a principal doença pulmonar de origem ocupacional. É causada pelo acúmulo de poeira nos pulmões, pode causar uma fibrose progressiva nos alvéolos pulmonares, o que leva a dificuldades respiratórias e baixa oxigenação do sangue, provocando tontura, fraqueza e náuseas, e muitas vezes, incapacitando o trabalhador. Diante disso, objetivou-se informar sobre as DPOC que mais afetam o trabalhador da construção civil, alertar sobre os riscos pelo não uso de EPI`S, prevenir agravos respiratórios que comprometem a saúde e o bem-estar do trabalhador da construção civil e apontar os riscos da exposição contínua sem devida proteção. A metodologia foi desenvolvida através de uma visita na Construtora Valle Ribeiro, localizada à Av. Afonso Pena 2770 - Funcionários – BH/MG, no mês de maio de 2015, onde reunidos com os integrantes da CIPA (Comissão internada de prevenção de acidentes) e do SESMET (serviço especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho), levantamos as necessidades de uma atenção especializada voltada a saúde do trabalhador da construção civil, visto que esses estão com um aumento significativo de absenteísmo por causa de doenças respiratórias. Através das observações feitas e o diálogo com a equipe do SESMT e da CIPA, conseguimos levantar os problemas de saúde vigentes naquele ambiente e assim traçar metas de prevenção e promoção à saúde do trabalhador. Sendo assim, através da visita observamos o fortalecimento da estratégia de atenção ligada aos quadros de alta incidência de agravos à saúde dos trabalhadores na área de construção civil. Levantando que há uma necessidade de se compreender ainda mais a importância da prevenção contra agentes que comprometem a saúde. Entendemos também que a prevenção não deve começar ou ser realizada apenas nas unidades de saúde, mas no ambiente em que todos estão inseridos. Educar o cidadão, o profissional, dentro do seu ambiente é uma alternativa interessante, já que os ensinamentos transmitidos podem ser assimilados de maneira prática e aplicados de imediato. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. DIESEL, Letícia; FLEIG, T. C.; GODOY, L. P. CARACTERIZAÇÃO DAS DOENÇAS PROFISSIONAIS NA ATIVIDADE DE CONSTRUÇÃO CIVIL DE SANTA MARIA. Disponível em http://pro-sst1.sesi.org.br/portal/main.jsp? (último acesso 05/03/2015) MINISTÉRIO DO TRABALHO. NR-6: equipamento de proteção individual (EPI). Disponível em http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812DC56F8F012DCDAD35721F50/NR06%20%28atualizada%29%202010.pdf (último acesso 10/03/2015). Site ABC da Saúde. Saúde, o momento é de prevenção. Disponível em http://www.abcdasaude.com.br/cancerologia/saude-o-momento-e-de-prevencao (último acesso em 10/03/2015). Site Manual Merck. Doenças pulmonares de origem ocupacional. Disponível em http://www.manualmerck.net/?id=64&cn=721&ss= (último acesso 11/03/2015). Site O Canbler. Câncer de pulmão. Disponível em http://o.canbler.com/topico/cancer-depulmao/doencas-pulmonares-ocupacionais (último acesso em 14/03/2015). 219 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM HANSENÍASE: RELATO DE CASO. Thais da Silva Gomes Pereira Camila Cristina Bonifácio da Silva Jessica Ferraz Ribeiro Pricilla Tairine de Santos Pio Tiziane Rogerio (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem A Hanseníase é uma moléstia infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen). A gravidade da doença é dada especialmente pelas incapacidades que produz, pelos problemas psicossociais que acarreta e pela longa duração do tratamento da doença. Diante disso, objetivou-se analisar e propor um plano de cuidados a uma adolescente portadora de Hanseníase Multibacilar. Em outro momento foi realizado a investigação de enfermagem, contendo o historio de Enfermagem e o exame físico realizado. A metodologia trata-se de um estudo de caso qualitativo, cujo responsável legal, pela adolescente assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, sendo os mesmos orientados quanto aos objetivos da pesquisa. Este estudo foi desenvolvido em Abril a Maio de 2014, tendo como estratégia de análise a padronização determinada pela Resolução 272/2002 do Conselho Federal de Enfermagem, enfatizando as etapas de Investigação, Diagnósticos de Enfermagem, Planejamento e as taxonomias NANDA/NOC/NIC. Diante da metodologia realizada o estudo do caso permitiu maior entendimento no cuidado ao paciente portador de Hanseníase, evidenciando que o atendimento individualizado possibilita resultados mais eficazes no tratamento da doença. Demonstrou que a assistência de enfermagem prestada e respaldada nas taxonomias NANDA NOC e NIC proporcionam um cuidado continuo de qualidade para alcance da autonomia da saúde do paciente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Políticas da Saúde. Departamento de atenção básica. Área técnica de Dermatologia Sanitária. Guia para o Controle da Hanseníase. [online]. Brasília 2002. [acessado em 25 mar. 2014]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/ bvs/publicacoes/guia_de_hanseniase.pdf. North American Nursing diagnosis Association (NANDA). Diagnósticos de enfermagem: definições e classificações. Porto Alegre: Artes Médicas; 2002. 11. Carpenito LJ. Diagnósticos de enfermagem: aplicação à prática clínica. 8a. ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 2002. 220 INFECÇÕES HOSPITALARES: REPENSANDO A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Rusione Cristina Rodrigues de Meira Oliveira Áurea de Oliveira Shirlei Barbosa Dias Priscila Regina Vasconcelos Sônia Maria Nunes Vieira (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem As infecções hospitalares são iatrogenias decorrentes da hospitalização do paciente e que se tornaram importante foco de atenção nas últimas décadas. A revolução tecnológica na assistência à saúde trouxe aumento da expectativa de vida e possibilitou a sobrevivência de muitos pacientes graves, porém outros desafios se estabeleceram: todos os procedimentos invasivos que passaram a ser realizados levaram a indesejáveis complicações, dentre elas, as infecções hospitalares. Foi necessário então repensar medidas de controle e prevenção pertinentes, e para isso a necessidade de conhecer quais os fatores de risco envolvidos no desenvolvimento das infecções cruzadas, sendo este considerado um grande problema de saúde pública. O presente estudo tem por objetivo rediscutir a importância da higienização das mãos como um processo essencial para a redução e controle das infecções hospitalares. O estudo se baseia em uma revisão bibliográfica sobre a temática apresentada, para aprofundar o conhecimento na área, utilizando literatura exploratória e seletiva. No Brasil, houve a necessidade de constituir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar para reduzir os riscos de ocorrência de infecção, a mesma é responsável por uma série de medidas como o incentivo da correta higienização das mãos dos profissionais de saúde. A forma de transmissão dos microrganismos geralmente se dá por contato direto de paciente para paciente, por meio de um veículo inanimado contaminado, e um dos principais veículos de transmissão de infecção cruzada são as mãos dos profissionais que ali atuam. A higienização correta das mãos é a forma mais eficiente e econômica para a prevenção de infecções nosocomiais,devendo ser executada, antes e após realizar qualquer procedimento/assistência ao paciente. Apesar do baixo custo, a higienização das mãos é negligenciada e muitos estudos apontam uma baixa adesão por parte dos profissionais de saúde a este importante protocolo. Para manter esta técnica e cuidado à saúde mais efetivas, é importante instituir programas de educação continuada junto as instituições hospitalares que perpetuem o seu comprometimento com a prática de higienização das mãos, tentando assim aumentar a adesão dos profissionais de saúde. Conclui-se que toda a equipe de saúde tem uma responsabilidade sobre a transmissão de infecções, mas os profissionais de enfermagem, por serem considerados aqueles que têm um maior contato com o paciente internado, deve manter a vigilância sobre as infecções, salientando que na formação dos profissionais da enfermagem são feitas abordagens sucessivas que inclui conteúdos que circundam essa problemática, e sem a execução correta dos procedimentos por quem presta os cuidados, a infecção hospitalar continuará sendo um empecilho na qualidade da prestação dos serviços de saúde. É necessário estimular a conscientização da equipe perante a segurança do paciente e do próprio profissional no seu cotidiano hospitalar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. MARTINI, Angela Conte. Lavagem das mãos no olhar de trabalhadores de enfermagem. Dissertação apresentada ao programa de Pós-graduação em enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2004. 221 2. 3. FERNANDES, A.T.; FERNANDES, M.O.V.; RIBEIRO, F.N. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde. São Paulo: Ateneu. Vol. 1. P. 43-55. 2000. HOEFEL, H.H.K,; KONKEWICZ, L.R. Vigilância, prevenção e controle da infecções hospitalares em terapia intensiva. Artes Médicas. 3 ed. Porto Alegre. 2001. 222 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NOS CAMPOS DE REFUGIADOS Cláudio Ramos Branquinho Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador) [email protected] Saúde e Pesquisa Segundo dados da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), em 2014, o mundo testemunhou o maior êxodo humano forçado da história. Conflitos armados e perseguições resultaram no deslocamento de milhares de civis oriundos principalmente da Síria, e Afeganistão, que juntos totalizaram a marca de 59,5 milhões de pessoas. Diversos países, incluindo o Brasil, acolheram cerca de 86% dos refugiados no mundo, em campos de refugiados, como medida emergencial para atender às suas necessidades básicas de sobrevivência, que incluem alimentação e abrigo. Entretanto, a vida nesses locais é permeada por diversas dificuldades, que incluem a falta de infraestrutura e de condições adequadas para o atendimento de saúde. Além disso, há de se considerar as diferenças culturais, idioma e a falta de recursos. Frente a isso, este estudo visa identificar a atuação do enfermeiro na prestação de serviços nos campos de refugiados. Trata-se de uma revisão bibliográfica, onde se analisou artigos publicados, no período de 2006 a 2015, em língua portuguesa, sobre assistência de enfermagem nos campos de refugiados. Foram utilizados os seguintes descritores: Enfermeiro, Assistência de Enfermagem, Refugiados, na base de dados eletrônicos da SCIELO. Os autores afirmam que a assistência de enfermagem desenvolvida nos campos de refugiados requer do profissional capacitação e determinação para lidar com os diversos desafios que se apresentam em função da miséria humana, associada às diferenças culturais, idioma e religião. Isso requer do enfermeiro muita determinação para a obtenção dos resultados pretendidos. É preciso planejar ações e executá-las contornando as crenças e costumes para, por exemplo, ministrar o uso da medicação prescrita, incentivar a mudança de hábitos e dar continuidade ao tratamento preconizado. Isso é necessário até que os refugiados consigam a repatriação. Neste contexto, o enfermeiro, pela sua capacidade de perceber o ser humano como ser sóciobiopsicoespiritual, alcança de forma mais amena, o seu objetivo. Afora isso, o enfermeiro já trás em si à própria essência da profissão a habilidade de acolher. Assim mesmo diante dos desafios impostos, consegue realizar assistência humanizada e programar ações para a promoção da saúde e bem estar coletivo. Fica evidente que a enfermagem tem papel fundamental na assistência nos campos. O enfermeiro se torna um elo fundamental entre o refugiado e as autoridades envolvidas. Isso facilita a resolução dos problemas sociais e de saúde. Exemplos disso é quando ele atua nos programas de assistência, além de ser o responsável por identificar grupos vulneráveis, como os idosos, crianças e mutilados. Conclui-se que, apesar de todas as dificuldades e barreiras encontradas, sem o atendimento da enfermagem, a vida no campo de refugiados seria insustentável. Nesse sentido, recomenda-se a realização de ações de sensibilização para que novos profissionais se interessem por esse novo segmento de atuação profissional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. http://www.acnur.org/t3/portugues/recursos/estatisticas/dados-sobre-refugio-no brasil/Acesso em: 22/02/16 http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=153&catid=21 3&Itemid=435&lang=pt-BR Acesso em: 29/02/16 http://caritas.org.br/projetos/programas-caritas/refugiados Acesso em: 15/02/2016 223 4. 5. 6. BARRETO, Luiz Paulo Teles Ferreira. O refúgio e o CONARE. Refúgio, migrações e cidadania. Caderno de Debates,1. Brasília, 2006. MARINUCCI, Roberto; MILESI, Rosita. Migrantes e refugiados: por uma cidadania universal. Caderno de Debates, 1. Brasília, 2006. Amestoy SC, Schwartz E, Thofehrn MB. A humanização do trabalho para os profissionais de enfermagem. Acta Paul Enferm 2006, 19(4): 444-9. 224 TERMINOLOGIA EM SAÚDE Carolina Sellera Felisbino Roza Geisiane Duarte Sara da Silva Jamile Raydan Tiziane Rogério (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem A Terminologia da Saúde tem o objetivo de padronizar e aperfeiçoar termos, conceitos e siglas utilizados pelo Ministério da Saúde, favorecendo a recuperação, acesso, divulgação e disseminação das informações institucionais na área de saúde. Aprender a terminologia em saúde pode ser um desafio. A aprendizagem dos termos através dos jogos lúdicos pode ser significamente maior, os apelos sensoriais podem ser multiplicados e isso faz com que a atenção e o interesse do aluno sejam mantidos, promovendo a retenção da informação e facilitando a aprendizagem. Portanto, toda atividade que incorporar a ludicidade pode se tornar um recurso facilitador do processo de ensino e aprendizagem. Diante disso, objetivou-se desenvolver jogos para possibilitar a aprendizagem e ensino das terminologias em saúde, proporcionando aos alunos oportunidades de ampliar seus conhecimentos através de atividades lúdicas interativas e de vivência, conhecendo as terminologias em saúde através de jogos dinâmicos e criativos. A metodologia foi desenvolvida através da construção de cinco jogos, dentre eles quatro fixados em: caça palavras, cruzada, criptograma e duplex, o quinto seria elaborado pelo grupo de forma livre, e apresentado para os demais alunos da faculdade para aprendizagem das terminologias em saúde. Fomos contemplados com a matéria semiotécnica, mas orientados a conter interdisciplinaridade durante a construção dos jogos. Definimos que cada jogo abordaria uma matéria da disciplina de semiotécnica. Sendo organizados respectivamente em: caça palavras – cateterismo vesical de demora; duplex – banho de leito; criptograma – lavagem das mãos; cruzada – sinais vitais; pescaria das terminologias – feridas. Realizou-se pesquisa sobre cada tema dos jogos para melhor entendimento. Dando continuidade pesquisamos também em dicionários de terminologias e artigos científicos termos que continham interdisciplinaridade com as demais matérias estudadas no semestre, e correlação com o tema abordado em cada jogo. Para confecção dos jogos foram utilizados programas de computador como Word e Excel dentre outros. Entendemos que a utilização de jogos na intervenção do ensino e aprendizagem ajuda a compelir o desenvolvimento do aluno fazendo com que ele aprenda. Através da brincadeira, o aluno adquire conhecimento e torna-se um agente transformador. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. Andréia. Interdisciplinaridade no ambiente escolar. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí. Rio Grande do Sul, 2012. Disponível em: http://www.ucs.br BRASIL, Ministério da Saúde. Centro de Documentação do Ministério da Saúde. Terminologia Básica em Saúde, 1998. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br CARMAGNANI et al. Procedimento de enfermagem. ed. Rio de Janeiro. 2012. CASTRO, Elenice.Terminologia, descritores em saúde: Qual a sua utilidade?. Jornal Brasileiro de AIDS, 2001. Disponível em: http://decs.bvs.br GARRUTTI, Érica Aparecida; SANTOS, Simone Regina. A interdisciplinaridade como forma de superar a fragmentação do conhecimento. Revista de Iniciação Científica da FFC, 2004. Disponível em: http://www.marilia.unesp.br 225 6. LENZ, Cateterismo vesical: cuidados, complicações e medidas preventivas. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNI-RIO. Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 35, no. 1, de 2006. Disponível em: http://www.acm.org.br 7. NAKATANI, Adélia Yaeko Kyosen, et al. O banho no leito em unidade de terapia intensiva: Uma visão de quem recebe. Maringá, v. 3, p.13-21, jan./abr. 2004. Disponível em: http://www.ebserh.gov.br 8. PORTO, Celmo Celeno. Exame Clínico, Bases para prática Médica 7° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2013. 9. RIBEIRO, Rafael Gomes. Infecção hospitalar do trato urinário relacionada ao cateterismo vesical de demora. Universidade Vale do Rio Doce. Revista Cientifica FACS, 2011. Disponível em: http://www.univale.br 10. SILVA, Luiza Helena Oliveira. Interdisciplinaridade: as práticas possíveis. Revista Querubim revista eletrônica de trabalhos científicos, 2009. Disponível em: http://www.uff.br 226 DIAGNOSTICO CLINICO LABORATORIAL DO PACIENTE PORTADOR DE ULCERA VENOSA E O PAPAEL DA ENFERMAGEM Luciley Aurea da Costa Claudia Rosane Pinto Braga Lucas Miranda da Silva Veronica Oliveira Leal Fernanda Batista (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem A úlcera venosa representa um desafio para os profissionais de saúde, por ser um agravo crônico. O processo patológico das úlceras possui origens distintas, contudo, fundamentalmente, provêm de problemas vasculares profundos em que o aumento crônico da pressão sangüínea intraluminal nos membros inferiores deforma e dilata os vasos, tornando as microvalvas, no interior desses vasos, incompetentes para o efetivo retorno venoso, ocasionando estase e edema persistente. Essa pressão constante e retorno venoso dificultado comprometem as funções celulares, ocorrendo, então, necrose tecidual e ulceração da pele com áreas de coloração enegrecida adjacentes ao leito da ferida, efeito do extravasamento de ferro das hemácias. Trata-se de uma revisão bibliografica acerca do diagnostico clinico laboral do paciente portador de ulcera venosa e o papel da enfermagem no qual foram avaliados 4 literaturas sobre os tema. As úlceras venosas acarretam impactos negativos sobre a qualidade de vida dos pacientes, uma vez que causam dor em diferentes níveis, além de afetar a mobilidade. Dessa forma, torna-se necessário a sistematização do cuidado a esses pacientes, constituindo a avaliação da ferida fator determinante para a implantação de uma terapêutica adequada (SILVA et al, 2009).De acordo com Silva e tal, (2007) o tratamento ativo das úlceras venosas preconiza-se desde intervenções cirúrgicas até enfaixamento compressivo do membro afetado, além de terapia tópica com produtos cicatrizantes e controladores de infecção bacteriana associados à necessidade do repouso prolongado. A enfermagem atua na prevenção e na avaliação do diagnóstico e do risco em pacientes com insuficiência venosa, fornecendo apoio educacional e mental aos pacientes no manejo de seus cuidados. Este cuidado permeia vários aspectos: o profissional realiza anamnese e exame físico; após detectar os possíveis problemas, traça-se um plano de intervenções e posteriormente se analisam os resultados de suas ações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. 3. 4. BORGES, E.L.; GOMES, F.S.L. Coberturas. In: BORGES et al. Feridas como tratar. Belo Horizonte: Coopmed, 2001, p. 97-120. BELO HORIZONTE. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal da Saúde. Gerência de Assistência. Coordenação de Atenção à Saúde do Adulto e do Idoso. Protocolo de assistência aos portadores de ferida. 2003. Disponível em http//www.pbh.gov.br/smsa/protocolos/curativos.pdf. Acesso em: 30 jul. 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Estudos e pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. Mapa de analfabetismo no Brasil. Brasília, 2003. Disponível em: <http//www.inep.gov.br/estatísticas/analfabetismo/> Acesso em: 06 ago. 2015. 227 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA O CUIDADO A PESSOAS PORTADORAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Marcelo de Souza Pimenta Rodrigues Camila Cristina da Silva Jéssica Ferraz Thaís Gomes da Silva Angélica Mônica Andrade; Vanessa Oliveira (Orientador) [email protected] Área: Ciências Biológicas Entre as definições de saúde, ressalta-se a sua evolução, em que atualmente tem sido considerada como o completo bem-estar físico, mental e social1. É o estado daqueles cujas funções orgânicas, físicas e mentais se acham em situação normal2 (p.584). Os bons hábitos alimentares são essenciais para a manutenção da saúde e em relação à população portadora de hipertensão arterial sistêmica (HAS) muitas questões podem ser levantadas, destacando duas nesse momento: qual a importância da nutrição e de conhecimentos de produtos alimentares que influenciam no controle da morbidade? Como o enfermeiro deve trabalhar a educação nutricional de uma população com padrões alimentares tão diversificados? O controle farmacológico da HAS e a baixa ingesta de sódio são protocolos já institucionalizados, mas o conhecimento de produtos e níveis ainda é desconhecido pela população, tendo o enfermeiro papel de educador nutricional para manutenção da saúde na HAS. Objetiva-se descrever o papel do enfermeiro na educação alimentar e nutricional de pacientes portadores de HAS não apenas na prática de bons hábitos alimentares, mas no conhecimento de produtos que contribuem no insucesso do controle4. Para construção desse, foi realizada a revisão literária com base em levantamento bibliográfico cujos temas educação nutricional, transição nutricional, hipertensão e o papel da enfermagem na educação alimentar serviram como norteadores, e adequados para apontar a importância do enfermeiro na educação alimentar de portadores de HAS do ponto de vista teórico. Os danos à saúde em decorrência do consumo insuficiente ou excessivo de alimentos não são novidade3, mas as mudanças no panorama econômico e demográfico promoveram também a transição nutricional3, fazendo com que a má alimentação deixasse de ser característica dos menos favorecidos, passando a todos os grupos, sendo responsável agora pelo aumento da obesidade6, pela prevalência HAS de 22,3% a 43,9% na população e esta pela alta frequência de internações hospitalares6. O enfermeiro é capaz de promover a educação para adesão ao padrão dietético DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) que, além de reduzir desenvolvimento de HAS, potencializa o efeito de orientações nutricionais para emagrecimento e reduz o risco cardiovascular7. A prática de educação alimentar e nutricional conceitua-se como a educação que visa melhorias do estado nutricional por meio da boa alimentação em consonância com a Política Nacional de Promoção da Saúde/2006, redefinida pela Portaria No 2446, de 11 de novembro de 20148, cuja alimentação adequada e saudável é um dos temas prioritários. Concluímos que o enfermeiro tem papel muito mais importante na promoção da saúde, na prevenção e no controle da HAS do que simplesmente de orientador de bons hábitos alimentares. É um educador capaz de intervir na área alimentar, ponderando aspectos econômicos e culturais envolvidos, modificando hábitos e a qualidade da dieta do portador da HAS. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. OMS/WHO. Constituição da Organização Mundial da Saúde. Disponível em http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da- 228 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html. Acesso em 30 de março de 2016. FERREIRA, ABH. Minidicionário Aurélio. Curitiba: Ed. Positivo; 2008. TARDIDO, AP; FALCÃO, MC. O impacto da modernização na transição nutricional e obesidade. Rev Bras Nutr Clin 2006; 21(2):117-24. MANHAN, L. K. & ESCOTT-STUMP, S. Krause – Alimentos, Nutrição e Dietoterápica. São Paulo: Ed. Roca. 11ª edição; 2005. RAMALHO, R.A. O papel da educação nutricional no combate às carências nutricionais revista nutrição. Rev. Nutr., Campinas, 13(1): 11-16, jan./abr., 2000. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq. Bras. Cardiol. vol.89 no.3 São Paulo Sept. 2007. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2007001500012. Acesso em 01 de abril de 2016. BARROSO, A.M.D. Diretrizes Clínicas Protocolos Clínicos: Hipertensão Arterial Sistêmica. Disponível em www.fhemig.mg.gov.br/pt/.../2523-044-hipertensao-arterial-sistemica. Último acesso em 01 de abril de 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.446, de 11 de novembro de 2014. Redefine a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS). 2014. 229 AÇÕES DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE AOS TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL: PREVENÇÃO DE SILICOSE Marcelo de Souza Pimenta Rodrigues Jéssica Ferraz Camila Cristina da Silva Thaís Gomes da Silva Angélica Mônica Andrade(Orientador) Fernando Ribeiro Andrade (Co-orientador) Shirley Dias (Co-orientador) [email protected] Ciência Biológicas De maneira generalizada, uma das concepções sobre educação e saúde é compreendida como aquela cujas atividades se desenvolvem mediante situações formais de ensino-aprendizagem, funcionando de forma agregada aos espaços das práticas de saúde1. Embora pareça um conceito novo, a relação de educação em saúde se faz presente desde a segunda metade do século XIX, direcionada às grandes famílias da época, e do início do século XX no combate as pragas da época2. Entende-se hoje que a prática educativa em saúde vai além de apenas a manutenção hábitos e comportamentos saudáveis, configurando-se em um processo de transformação da consciência sobre os bons hábitos e comportamentos saudáveis1. Dentro dessa nova perspectiva, o Enfermeiro assume o papel de educador, levando o conhecimento para além das unidades de saúde e transformando a realidade de trabalhadores da construção civil, em questão, expostos diariamente aos riscos da profissão3, dentre eles a silicose, agravado pelo pouco conhecimento e descaso do uso de equipamento de proteção individual (EPI) máscara4 que reduz o risco de doenças pulmonares ocupacionais (DPOs)5. O objetivo desse estudo foi abordar o papel do enfermeiro na educação em saúde para a prevenção da silicose relacionada à má prática laboral na construção civil. Para isso, realizou-se a revisão narrativa da literatura tendo como norteador os temas educação em saúde, enfermagem na saúde do trabalhador, silicose laboral e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) disponível em acervo da instituição e banco de dados virtual, adequando-os para que pudessem ser descritos e discutidos o papel do enfermeiro na educação para prevenção da silicose em pacientes da construção civil sob a ótica contextual e teórica5, 6, 7, 8, 9. Os resultados encontrados mostram uma prevalência de silicose na construção civil no Brasil de 23% atrás apenas de profissões em que a exposição à sílica se dá em níveis considerais, como escultores de pedras e os cavadores de poços no Ceará que utilizam jatos de areia em suas atividades10, apontando a importância do trabalho do enfermeiro na educação dos trabalhadores e da população a respeito de riscos do trabalho desprovido do EPI. A função educativa do enfermeiro ultrapassa os limites de orientação, compreendendo o profissional como agregador de valores na prevenção e promoção da saúde. Desenvolver oficinas educativas, fortalecer as redes e assistência e o aprimoramento da equipe de saúde são tarefas que podem contribuir significativamente no combate às DPOs, revelando também o papel precioso do enfermeiro na educação em saúde, utilizando esta como instrumento agregante na prevenção e promoção de saúde3. Esse estudo permitiu identificar que o papel do enfermeiro vai além do atendimento ao paciente no centro de saúde, compreendendo a sua função de orientador/educador seja para o trabalhador exposto à silicose na construção civil quanto para a comunidade, expondo a importância do EPI mesmo durante as atividades laborais. 230 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. BRASIL. Ministério da Saúde. FUNASA. Educação em saúde: diretrizes. Disponível em http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/files_mf/dir_ed_sau.pdf. Acesso em 30 de setembro de 2015. 2. SILVA, C.M.C; MENEGHIM, M.C; PEREIRA, A.C; MIALHE, F.L. Educação em saúde: uma reflexão histórica de suas práticas. Ciênc. saúde coletiva vol.15 no.5 Rio de Janeiro Aug. 2010. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000500028. Acesso em 26 de março de 2016. 3. FERRAZ, L. et al. TRABALHADOR EXPOSTO AO RISCO DA SILICOSE: UMA PROPOSTA DE CUIDADO EM SAÚDE. REAS, Revista Eletrônica Acervo Saúde,2014. Vol.6(2), 629-637. Disponível em http://acervosaud.dominiotemporario.com/doc/artigo_050.pdf. Acesso em 30 de março de 2016. 4. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 - equipamento de proteção individual. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2015. Disponível em: < http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/NRs/NR_6.html. Acesso em 30 março 2016. 5. ANDREOLLI, T. E. Cecil. Medicina Interna Básica. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 6. PORTH, Carol Mattson; MATFIN, Glenn. Fisiopatologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. v.1. Tradução de: Pathophysiology: concepts of altered health states. 5 Ex. 7. BARBOZA, Carlos Eduardo Galvão et al. Tuberculose e silicose: epidemiologia, diagnóstico e quimioprofilaxia. J. bras. Pneumol., São Paulo, vol.34, no.11, Nov 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132008001100012. Acessado em: 2 de setembro de 2015. 8. Global Initiative for Chonic Obstructive Lung Disease. Guia de bolso para o diagnostico, a conduta e prevenção da DPOC. São Paulo: Anexo Gráfica e editora; 2005. Disponível em http://www.golddpoc.com.br/arquivos/guia_bolso_gold.pdf. Acesso em: 2 de setembro de 2015. 9. GUTIERREZ, T.M.; GARCIA, C.S.N.B; MORALES, M.M. et al. Entendendo a fisiopatologia da silicose. Pulmão, Rio de Janeiro, vol.17, no.1, 2008. Disponível em: http://www.sopterj.com.br/profissionais/_revista/2008/n_01/07.pdf. Acessado em: 2 de setembro de 2015. 10. Ribeiro, F. S. N. (coord.). (2010). O mapa da exposição à sílica no Brasil. Rio de Janeiro: UERJ, Ministério da Saúde. 94p. 231 A INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE DIABÉTICO Tamara Aires Fernanda Alves dos Santos Carregal Rafaela Dias Rodrigues Lucia Helena de Angelis (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem A Diabetes Mellius é uma doença endócrina, relacionada a muitos fatores influenciados pelo desequilíbrio entre a quantidade de insulina produzida pelo pâncreas e o funcionamento desta quantidade de insulina. A consequência mais comum deste desequilíbrio é a hiperglicemia, que pode com o decorrer do tempo gerar lesões ao coração, olhos, nervos, rins e até mesmo na rede vascular periférica (FAEDA, 2006). Demonstrar a importância da atuação do enfermeiro ao paciente com diabetes, e os conhecimentos utilizados pelo mesmo para promover a qualidade de vida destes pacientes. O processo metodológico consistiu em uma revisão bibliográfica, que permitiu uma visão mais ampla da temática. Utilizaram-se artigos científicos a partir do descritor: enfermagem na Diabetes. Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos, de língua portuguesa, retirados da base de dados da saúde (BVS). Resultados O enfermeiro enquanto profissional próximo ao paciente pode usar a educação em saúde como objeto de trabalho, tendo assim uma capacidade de controlar as complicações geradas pela doença e proporcionar uma vida saudável ao mesmo. Além disso, o enfermeiro através da pratica de educação em saúde transmite ao paciente diabético conhecimentos capazes de incentiva-lo a mudar o estilo de vida. Segundo Rêgo (2006), destaca-se como intervenções de enfermagem o cuidado à saúde, planejando formas que promova uma colaboração do paciente juntamente com a equipe de enfermagem para prevenir as complicações advindas da doença. É importante que de forma criativa e atraente o paciente seja educado sobre os novos hábitos de vida, que deve ser tomado, já que ele tem participação ativa no controle da doença. De acordo com Becker (2008), torna-se imprescindível a atuação do enfermeiro no âmbito individual e coletivo garantindo-lhes um cuidado integral. O enfermeiro deve sempre buscar novos conhecimentos, para que assim aprimore suas técnicas e disponibilize-os à população, promovendo assim a saúde do indivíduo (FAEDA, 2006). Conclui-se com a realização deste trabalho que a educação em saúde é uma estratégia eficaz para a atuação do enfermeiro na promoção da saúde, prevenção e reabilitação dos pacientes que sofrem com o agravo da diabetes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. 3. RÊGO, Maria Aparecida Barbosa; NAKATANI, Adélia Yaeko Kyosen; BACHION, Maria Márcia. Educação para A saúde como estratégia de intervenção de enfermagem às pessoas portadoras de diabetes. Revista Gaúcha Enfermagem, Porto Alegre,v.27,n.1,p. 60-70, mar. 2006. FAEDA, Alessandra; LEON, Cassandra Genoveva Rosales Martins Ponce de. Assistência de enfermagem a um paciente portador de Diabetes Mellitus. Revista Brasileira de Enfermagem (REBEN), Brasília, v.59,n.6, p.60-70, mar. 2006. BECKER, Tânia Alves Canata; TEIXEIRA, Carla Regina de Souza; ZANETTI, Maria Lúcia. Diagnósticos de enfermagem em pacientes diabéticos em uso de insulina. Revista Brasileira de Enfermagem (REBEN),Brasília, v.61, n.6, p.847-852, nov-dez.2008. 232 SEGURANÇA DO PACIENTE: A FARMACOLOGIA A SERVIÇO DA PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS NA PRÁTICA ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM. Thaynara Magalhães de Souza Thiago Frederico Diniz (Orientador) [email protected] Área da Saúde A formação de conhecimento generalista é fundamental para as boas práticas da Enfermagem. Entretanto o saber farmacológico pode ser de grande valia para a melhoria da qualidade na assistência, visto que além de contribuir para a recuperação de ocorrências normais a patologia do paciente, a equipe de enfermagem deve estar preparada para intervir em problemas associados a pratica de administração de medicamentos. A temática segurança do paciente tem se configurado com um dos pilares para a prática assistencial. Dentre as funções de maior relevância no processo de trabalho das equipes de enfermagem, se destaca a administração de medicamentos. Estudos demonstram que eventos adversos relacionados a essa práxis interferem na segurança do paciente. A educação continuada associada a uma excelente base sobre a farmacologia poderia resultar em uma diminuição gradativa de erros na administração de medicamentos. As drogas utilizadas na terapêutica, são substâncias químicas que modulam a atividade de células e tecidos e, seu mau uso, seja por imprudência ou imperícia, pode trazer consequências graves causando efeitos deletérios ou até mesmo letais. Por tanto o objetivo deste trabalho foi demonstrar que o aprofundamento do estudo da farmacologia poderá resultar na prevenção de eventos adversos associados à prática de administração de medicamentos. Para isso foi realizada uma revisão de literatura, contemplando materiais publicados entre os anos de 2000 a 2015, no idioma português utilizando-se os descritores “enfermagem”; “farmacologia”; “segurança do paciente”; “eventos adversos” e “educação continuada”. O bom uso do saber farmacológico pode ser a melhor maneira para alcançar a prevenção contra erros de administração de medicamentos. Entretanto a oferta de maiores cargas horárias destinadas ao estudo da farmacologia em curso de graduação ou a pequena oferta cursos de especialização na área podem se constituir fatores limitantes. Todavia, o enfermeiro através da prática gerencial de educação continuada, pode alcançar de forma satisfatória mudanças na prática assistencial de sua equipe. O Brasil tem buscado estar em consonância com os preceitos e recomendação para a segurança do paciente propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), visto que no país existem legislações específicas para regulamentar a temática. De acordo com o manual exposto pelo COREN – SP e a REBRAEN – SP no ano de 2011 uma estratégia eficiente para a diminuição de incidentes seria “Adquirir conhecimentos fundamentais sobre farmacologia (indicações, contraindicações, efeitos terapêuticos e colaterais, cuidados específicos sobre administração e monitoração de medicamentos). Portanto, pode-se sugerir que para uma administração segura de medicamentos, cabe ao Enfermeiro se atualizar constantemente às novas formas de manipular/administrar um medicamento e assim atualizar e treinar toda a equipe de Enfermagem a fim de evitar erros e enganos, com prejuízos ao paciente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. BATES DW; CULLEN DJ & LAIRD N. Incidents of adverse drugs events and potential adverse drug events: implications for prevention. JAMA 274: 29-34, 1995. CARVALHO, V. T.; CASSIANI, S. H. B. Erros na Medicação: análise das situações relatadas pelos profissionais de enfermagem. Medicina, Ribeirão Preto, 33: 322-330, jul./set. 2000. 233 3. 4. 5. RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M.; FLOWER, R. J. Farmacologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 829 p. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 36, de 25 de julho de 2013c. [Internet]. [acessado em: 21/03/2016]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.html Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria Colegiada – RDC n° 36, de 26 de agosto de 2015. [Internet]. [acessado em: 20/03/2016]. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/3befe8004a4ae9f28e0b8efd6bc124d9/RDC+3615+-+Cadastro+e+Registro+IVD.PDF?MOD=AJPERES 234 A ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA MASCULINO Dijanira Paloma Rebeca Brandão Elisângela Maria Carvalho Gleisy Gonçalves (Orientador) [email protected] Ciências da Saude De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2016), câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. Tem causas variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. O câncer de mama é um tumor maligno que se inicia nas células do tecido mamário podendo invadir os tecidos adjacentes ou se disseminar para outros órgãos. Esta patologia ocorre principalmente em mulheres, mas os homens também podem desenvolver a doença. Segundo estudos, o atraso no diagnóstico ocorre principalmente por baixa suspeita clínica, tanto dos pacientes quanto dos profissionais de saúde. A doença apresenta prognóstico semelhante à feminina quando comparados os mesmos estágios (FREITAS et al, 2008). Esse estudo tem como objetivo ressaltar sobre o papel do profissional enfermeiro na abordagem do câncer de mama masculino, a fim de promover o auto-cuidado e diminuição da incidência desta patologia. A metodologia utilizada para elaboração deste estudo foi a pesquisa bibliográfica onde foram usados artigos do Scielo publicados entre 2005 a 2015, encontrados a partir da busca pelas seguintes palavras-chave: câncer de mama masculino, enfermagem, assistência de enfermagem. O câncer de mama masculino é uma doença incomum, representando cerca de 1% de todos os cânceres de mama (NOGUEIRA, MENDONÇA, PASQUELLETE, 2014). O diagnóstico é semelhante ao da mulher e pode ser realizado através de palpações (autoexame), exames mais complexos como mamografia, ultrassons e o histórico clinico. Em nossa sociedade sabemos que os homens ainda apresentam resistência no cuidado para com sua saúde. O homem tem como característica cultural e social, procurar assistência à saúde somente em situações de urgência ou em casos de uma doença já instalada, visando a saúde curativa e não preventiva (RAMOS, RODRIGUES, SILVA, 2015). O profissional de enfermagem, nesse aspecto, tem o papel fundamental de instruir esse homem a respeito do risco de ocorrência do câncer de mama masculino, pois, ainda há a crença de que só acomete mulheres. A prevenção deve ser estimulada, ensinando-o como realizar o autoexame, que é a principal ferramenta contra essa patologia. Este procedimento tão simples pode trazer muitos benefícios a seu favor. Sendo assim, o profissional enfermeiro possui extrema relevância no trabalho inserido dentro da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PNAISH) sendo um elo entre o homem e os serviços de saúde, podendo atuar de forma educativa e interventiva na rede básica de saúde, porta de entrada para o serviço. Sendo assim, conclui-se que o sucesso da prevenção e promoção à saúde do homem está diretamente ligado ao ensinamento e encorajamento por parte do profissional de enfermagem, proporcionando ao paciente a prevenção ou um melhor prognóstico com a identificação precoce da doença REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. Freitas, Alexandra Medeiros Souza de; Silva, Leonardo Leiria de Moura da; Toscani, Nadima Vieira; Graudenz, Márcia Silveira. Perfil imuno-histoquímico de carcinomas mamários invasores em homens. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, Rio de Janeiro out. 2008, vol.44 n.5.. 235 2. Nogueira, Susy Pascoal; Mendonça, Juliana Vieira de; Pasqualette, Henrique Alberto Portella. Câncer de Mama em Homens. Revista Brasileira de Mastologia, Rio de Janeiro 2014, vol.24 n.4. 3. Ramos, Stephanie Silva; Rodrigues, Lília Marques Simões; Silva, Thiago Augusto Soares Monteiro da. O Reconhecimento do Enfermeiro na Prevenção e Diagnóstico do Câncer de Mama Masculino. Revista Pró univerSUS, janeiro/junho2015,vol.06n.1. 236 O ENFERMEIRO E A PRESTAÇÃO DE CUIDADO AO PACIENTE PORTADOR DE DENGUE Dijanira Paloma Rebeca Brandão Elisângela Maria Carvalho Gleisy Gonçalves (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem Dengue é uma doença viral infecciosa febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, a depender de sua forma de apresentação. É transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e sua disseminação é um dos principais problemas de saúde pública no mundo (LUPI, CARNEIRO e COELHO, 2007). O enfermeiro tem papel fundamental no acolhimento, na classificação de risco e no cuidado do paciente, pois é geralmente, o primeiro profissional a ter contato com o indivíduo. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho é descrever a função do enfermeiro no atendimento ao paciente portador de dengue. A metodologia utilizada para elaboração deste estudo foi a pesquisa bibliográfica, sendo utilizado a base de dados Bireme e Scielo, onde foram pesquisados trabalhos publicados entre 2005 a 2015, encontrados a partir da busca pelas seguintes palavras-chave: dengue, enfermagem, assistência de enfermagem. A partir da análise dos principais trabalhos encontrados, foi possível observar que o enfermeiro exerce função importante na identificação dos sinais e sintomas e no trabalho preventivo dessa doença. A assistência de enfermagem diante dos sintomas apresentados pelo paciente deve ocorrer conforme o preconizado pelo Ministério da Saúde (2008) que estabelece protocolos de atendimento específicos para a sintomatologia do paciente. Nos casos de febre, cefaleia, dor retro-orbitária, mialgias e artralgias, os protocolos estabelece a execução de medidas preventivas de agravo tais como uso de antitérmicos e analgésicos, orientação sobre a hidratação e repouso do paciente a fim de promover condições para o sistema imunológico combater o vírus. Em casos mais graves quando o paciente apresenta dor abdominal, plaquetopenia, anorexia, náuseas e vômitos, sangramentos e sinais de choque, caracteriza-se como dengue atípica e deve ser tratada em ambiente hospitalar. Nesse caso, a utilização de hidratação por solução infundida diretamente na veia do paciente, torna mais efetiva a prevenção de choque e hemorragia (MOREIRA, 2011). Nesse contexto, cabe ao profissional de enfermagem coletar e registrar dados da forma mais detalhada possível no prontuário do paciente, pois, a caracterização dos sintomas deverá ser fidedigna para garantir que a assistência seja adequada. Esses dados são necessários para o planejamento e a execução dos serviços de assistência de enfermagem. É importante que o enfermeiro realize todas as etapas da anamnese e do exame físico para que não ocorra equívoco na classificação da Dengue e, posteriormente, nos cuidados de enfermagem, que devem ser individualizados (DAHER,BARRETO e CARVALHO,2013). Sendo assim, conclui-se que o enfermeiro tem papel fundamental em evitar a propagação da dengue e no atendimento ao paciente com suspeita de dengue, seja na identificação dos casos suspeitos, reconhecimento dos sinais associados à gravidade e/ou monitoramento dos pacientes em acompanhamento ambulatorial e em internação, bem como no trabalho preventivo desta patologia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. Lupi,Omar; Carneiro, Carlos Gustavo; Coelho, Ivo Castelo Branco. Manifestações mucocutâneas da dengue. Anais Brasileira de Dermatologia Rio de Janeiro Julho/Agosto 2007, v.82 n.4. Brasil. Ministério da Saúde.Dengue: manual de enfermagem / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde; Secretaria de Atenção à Saúde. – 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 64 p.: il. 237 3. 4. Daher, Maria José Estanislau, Barreto, Bárbara Trindade do Bomfim, Carvalho, Silvia Cristina de. Dengue: Aplicaçao do Protocolo de Atendimento Pelos Enfermeiros. Revista de Enfermagem UFSM Setembro/Dezembro, 2013 v.3 n.3. Moreira, Fernanda de Brito. Avaliaçao da Assistencia de Enfermagem ao Paciente Com Dengue na Rede Municipal de Saude de Dourados/MS. 238 TESTE RÁPIDO: HIV POSITIVO, COMO DAR ESSA NOTÍCIA Daniely Fernanda Gonzaga Ramos Selma Maria Lopes Da silva Tiziane Rogério Madureira (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem O Vírus da Imunodeficiência Humana é um vírus que infecta células específicas do organismo, onde ele se aloja por um período até se manifestar. O ministério da saúde vem implementando estratégias para ampliar o acesso ao diagnóstico de HIV, com isso introduziu nas redes o teste rápido. Foi realizada revisão bibliográfica a respeito do tema no SCIELO, em portarias e outros documentos do Ministério da Saúde e na literatura. O aconselhamento desempenha um papel fundamental no pré-teste e no pós-teste, onde o profissional precisa estar bem preparado para esclarecer dúvidas. O preparo emocional é necessário devido a nova metodologia de aplicação do teste, que acabou reduzindo o tempo de reflexão do usuário, podendo ser benéfico ou não esse resultado tão rápido de um diagnóstico que é para vida toda. O enfermeiro capacitado ou profissional responsável por realizar o teste deve criar primeiramente um ambiente propício com privacidade, manter sigilo, conquistar a confiança do usuário, decorrer sobre o assunto com um linguajar compatível com o nível de conhecimento do mesmo, ter domínio técnico científico da patologia, seus sinais e sintomas, medicações, fluxos e contra fluxo, encaminhamentos, exames e se preparar para o apoio psicológico no resultado positivo. Faz parte do preparo do profissional buscar conhecimento na literatura e o apoio da equipe multidisciplinar, como psicólogo e farmacêutico, usar todos os recursos disponíveis na rede para dar um suporte de qualidade e eficaz ao usuário nesse momento difícil do resultado positivo. É importante lembrar o usuário sobre o sigilo e que existe tratamento, que esse resultado não é a morte, ressaltar sobre o acompanhamento médico, as medicações, os cuidados na relação sexual, explicar bem o fluxo que deverá percorrer, explicar sobre a janela imunológica, dar ênfase na repetição do exame, e fazer a busca dos parceiros de contato para realização de teste nos mesmos. O profissional deve aconselhar o usuário sobre a revelação do resultado, no intuito principalmente de reduzir danos, sendo que a decisão de quando compartilhar seu diagnóstico ou não só cabe ao mesmo, nesse momento é importante lembrar que o apoio da família pode ajudar no tratamento. De acordo com Luz et al.27 (C), o processo de aconselhamento, especialmente no que diz respeito ao HIV, tem como principais componentes: o apoio emocional; o apoio educativo, que trata de informações sobre HIV/Aids e suas formas de transmissão, prevenção e tratamento; além de avaliação de riscos que leva à reflexão sobre valores, atitudes e condutas, incluindo o planejamento de estratégias de redução de risco. É função do profissional orientar quanto aos grupos existentes de apoio na comunidade e as ONGS. Para que seja prestado um atendimento integral e humanizado conforme preconiza os princípios do sistema único de saúde, o profissional tem que ser manter ético, livre de preconceitos e atualizado em conceitos literários. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. Luz PM, Miranda KCL, Teixeira JMC. As condutas realizadas por profissionais de saúde em relação à busca de parceiros sexuais de pacientes soropositivo para o HIV/AIDS e seus diagnósticos sorológicos. Ciência Saúde Coletiva. 2010;15(1):1191-200. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento Nacional de DST, AIDS e Hepatites Virais. Manual de capacitação para profissionais de saúde utilizando testes rápidos. 239 3. 4. 5. 6. (Coordenação Municipal de Saúde Sexual e atenção á DST/HIV e Hepatites Virais). Secretaria Municipal de Saúde de BH 2014. Brasil.Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde, Secretaria de Ação Social. A disseminação da epidemia da Aids. Brasília: Ministério da Saúde; 2001. .Artigo:Ética na pesquisa com adolescentes que vivem com HIV/Aids. Cristiane Cardoso de Paula 1, Clarissa Bohrer da Silva 2, Bruna Pase Zanon 3, Crhis Netto de Brum 4, Stela Maris de Mello Padoin 5. 2015. Disponível em: www.scielo.com.br . Acesso em 28/03/2016 ás 16:00. Revista on line FEMINA Kátia Maria Denijké Feldmann1, Ellen Lima Santana Moreira2, Clécio Ênio Murta de Lucena3, Victor Hugo Melo4. Como proceder quando uma gestante HIV positivo omite seu status ao parceiro sexual? | Novembro/Dezembro 2012 | vol 40 | nº 6. Portaria nº 29, de 17 de dezembro de 2013. 240 DE QUE FORMA SE APRESENTA A AMBIÊNCIA NAS REDES DE ATENÇÃO Á SAÚDE NA PEDIATRIA Daniely Fernanda Gonzaga Ramos Tiziane Rogério Madureira (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem Ambiência é o tratamento dado ao espaço físico, entendido como espaço social, profissional e de relacionamentos interpessoais, e deve proporcionar atenção acolhedora humana e resolutiva. Faz parte do meio ambiente: forma, cor, textura, ventilação, temperatura, iluminação, sonoridade e simbologia. Na pesquisa bibliográfica foram consultadas literaturas referentes ao assunto em estudo, artigos publicados na base de dados Scielo, possibilitando que o trabalho fosse fundamentado. Estudos mostram que crianças hospitalizadas sofrem alterações emocionais e as redes são insuficientes em estrutura para atender a demanda específica que requer a pediatria. O ambiente onde a criança é acolhida geralmente é frio, e voltado para atender a patologia em si, deixando de lado a parte lúdica que a criança necessita como brincar, aprender, descobrir e interagir com outras crianças, faltando também algo que a criança consiga se familiarizar e se sinta um pouco em casa que é um ambiente considerado seguro e protegido. Com isso o processo de recuperação pode se tornar tardio e frustrante, causando um trauma na criança quanto á hospitalização. É devido a uma gama de fatores que colaboram para que essa defasagem permaneça, como: falta de infra-estrutura, falta de capital, falta coresponsabilização por parte de gestores e profissionais, falta um planejamento adequado do ambiente quanto á arquitetura, falta capacitação para os profissionais e materiais. O ambiente que assiste a criança precisa ser estruturado com material apropriado, onde esse permita que ela consiga se recuperar de sua patologia e ao mesmo tempo ela se sinta protegida e acolhida sem se frustrar, para tal é necessário que a unidade disponha de um espaço para brincar, brinquedos, cores nas paredes, lençóis coloridos, temas de personagens nos materiais, espaço para colocar no seu leito itens que a faça lembrar de casa, espaço confortável e exclusivo para acompanhante, uma televisão para passar desenhos, livros de literatura e de desenhar. Ferramentas essas que auxiliam no decorrer do tratamento e recuperação do quadro. Para que o compromisso firmado com a ambiência de fato se concretize, é imperativa adoção de formas de cuidados mais humanizadas, tanto para os usuários quanto para os profissionais de saúde. (²) Ainda é preciso avançar muito nesse aspecto que trata a ambiência, principalmente na questão de arquitetura, onde as redes de atenção que são utilizadas para o atendimento da população normalmente já estão prontas e não foram projetadas para tal finalidade, deixando assim de obedecer normas e padrões de setores com peculiaridades. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. 3. 4. Revista da Escola de Enfermagem da USP. Vol.48 nº3 São Paulo Jun. 2014. Ambiência como estratégia de humanização da assistência na unidade de pediatria: revisão sistemática. Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção á Saúde. Política Nacional de Humanização. Formação e Intervenção [Internet]. Brasília; 2010 [citado 2016 abr.06]. Ambiência: espaço físico e comportamento; Bestetti, Maria Luisa Trindade. Ver.bras.geriatr. gerontol; vol 17 nº3 Rio de Janeiro jul/sep.2014. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção á Saúde. Cartilha de Ambiência [Internet] . Brasília, DF;2006 [acesso em Abr 2016]. 241 PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA EM UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Karine Veloso dos Santos Aline Junia de Oliveira Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras Anderson da Silva Shirlei Barbosa Dias (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem O câncer de mama é provavelmente, a neoplasia mais temida pelas mulheres, uma vez que a seu acontecimento causa grande impacto psicológico, funcional e social, atuando negativamente nas questões relacionadas à auto-imagem e à percepção da sexualidade (INCA 2014). O diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura do paciente, no entanto, ainda hoje são encontradas pessoas que não se atentam quantos aos exames para uma rápida detecção. Tem-se como objetivo relatar a experiência vivenciada com pacientes de uma Unidade de Pronto Atendimento da região metropolitana de Belo Horizonte em relação à prevenção do câncer de mama. Este estudo consiste em um relato de experiência de discentes do curso de Graduação em Enfermagem, no sétimo período da Faculdade de Minas (FaminasBH), no mês de maio de 2015, como proposta do Trabalho Interdisciplinar Supervisionado. A elaboração do projeto se deu através de duas visitas técnicas à unidade, onde a primeira foi para conhecimento do fluxo e demanda dos pacientes. Posteriormente foram realizadas ações de promoção em saúde voltadas para o público feminino acerca da importância e maneira adequada de prevenir o câncer de mama. Para isto, foram utilizados panfletos auto-explicativos acerca da temática e duas mamas de borracha divididas em quatro quadrantes que possibilitavam a palpação (chamamos a mesma de mama amiga). Após a explicação acerca da forma e período adequado para realização, as pacientes e acompanhantes eram convidadas a realizarem o exame na “mama amiga” possibilitando que as mesmas sentissem a diferença da mama sadia para a mama com alterações. Foi possível perceber que muitas mulheres presentes na unidade, relataram não se auto-examinarem mensalmente, seja por falta de conhecimento da importância ou da técnica adequada. Percebeu-se que, ações como esta podem ser realizadas em outros níveis de atenção à saúde, e não apenas na primária, englobando assim um número maior de pacientes que, apesar do INCA não estimular o auto-exame das mamas como estratégia isolada de detecção precoce do câncer de mama, o recomenda como parte das ações de educação para saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo podendo consequentemente, instigar a mulher a cuidar de si mesma e manter vigilância para rastreamento e diagnóstico precoce. Destaca-se a importância do profissional de enfermagem estar envolvido em ações visando prevenção e promoção da saúde da população, uma vez que a detecção precoce reduz a chance de mutilação da mama e consequentemente os gastos com internações, sendo um grande benefício para ambas as partes: serviço de saúde e pacientes. Conclui-se que este trabalho foi de extrema importância uma vez que permitiu ampliar os olhares quanto às maneiras e locais de realizar ações voltadas para prevenção, possibilitando deixar de lado práticas engessadas para dar lugar a novas formas de intervenção. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. PINHEIRO, Aline Barros et al.Câncer de Mama em Mulheres Jovens: Análise de 12.689 Casos.2013. 242 2. 3. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Câncer de mama: É preciso falar disso. 2014. MONTEIRO, Ana Paula de Sousa.Auto-exame das Mamas: Freqüência do Conhecimento, Prática e Fatores Associados. 2003. 243 AÇÃO EDUCACIONAL “JUNTOS POR UM SOCORRO MELHOR” EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE BELO HORIZONTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA! Karine Veloso dos Santos Miriã Micaela de Oliveira Anderson da Silva Stephanie Eduarda Guimarães Martins Shirlei Barbosa Dias (Orientador) [email protected] [email protected] Área: Enfermagem Este resumo discorre sobre um relato de experiência de alunos de Graduação em Enfermagem, do oitavo período da Faculdade de Minas (Faminas-BH), realizado em Outubro de 2015 como proposta do Trabalho Interdisciplinar Supervisionado. Com o avançar dos anos, e consequentemente com as evoluções decorrentes dos novos tempos, como alimentos industrializados e hábitos de vida inadequados, além de vários outros fatores, temos atualmente um grande número de pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares. Estas, quando não tratadas adequadamente podem trazer resultados negativos à saúde do indivíduo, e um deles é a parada cardiorrespiratória cerebral. A parada cardiorrespiratória cerebral significa a “cessação abrupta das funções circulatória, respiratória e cerebral” (SOUZA; SILVA, 2013). Ao sofrer uma parada cardiorrespiratória cerebral o indivíduo tem aproximadamente cinco minutos para que lhe seja ministrada as primeiras manobras de ressuscitação cardiopulmonar cerebral, para que tenha condições de sobrevivência. Quanto mais rápido forem ministrados esses procedimentos maiores serão as chances de que o socorro tenha sucesso. Objetiva-se com este trabalho, relatar a experiência vivenciada com alunos do ensino médio de uma escola pública de Belo Horizonte, acerca dos primeiros socorros a serem prestados em vítimas de parada cardiorrespiratória cerebral. A experiência se deu através de uma visita prévia a escola, a fim de conhecer o local e perfil do público alvo para planejamento da intervenção. A Ação aconteceu em 19 de Outubro de 2015, na quadra da escola, onde foram distribuídos folders com a imagem dos cinco passos da cadeia de sobrevivência de parada cardiorrespiratória cerebral de acordo com a American Heart Association. Em seguida, foi desenvolvida uma atividade lúdica encenando a parada cardiorrespiratória cerebral e, mostrando o passo a passo que um leigo deve realizar, reconhecendo a parada e prestando os primeiros socorros. Foram levados dois bonecos adultos e um boneco bebê para que todos pudessem realizaras manobras de ressuscitação e também retirar dúvidas sobre o assunto. Após isto, os alunos receberam pulseiras do tipo “abadá” com o escrito “Juntos por um socorro melhor”, simbolizando desta forma, estar cientes da importância de saber realizar as manobras de maneira correta. Através desta exitosa ação, conseguiu-se levar aos alunos e professores da instituição, um conhecimento mais amplo a cerca do tema tratado. Percebeu-se com isso a importância de ensinar as manobras de primeiros socorros a todas as pessoas, desde crianças a idosos, teríamos com isso uma grande elevação nas chances de sobrevivência de pacientes vítimas de parada cardiorrespiratória cerebral. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. SOUZA, StefannyFaunny Mota; SILVA, Glaydes Nely Sousa, 2013. Parada Cardiorrespiratória Cerebral: Assistência De Enfermagem Após A Reanimação. AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE., 2010. 244 3. Miyadahira, Ana Maria Kazue; et al. Ressuscitação Cardiopulmonar com a utilização do Desfibrilador Externo Semi-Automático: Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. SãoPaulo, 2008. 245 DIFICULDADES NA IMPLANTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Anderson da Silva Stephanie Eduarda Guimarães Martins Karine Veloso dos Santos Miriã Micaela de Oliveira Shirlei Barbosa Dias (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem No Brasil, a evolução da enfermagem como ciência vem se construindo ao longo da história, com saberes advindo de outros saberes e um corpo de conhecimentos próprios capazes de dar sustentação à prática assistencial (KRAUZER; et al 2015 ). Para tanto, a enfermagem precisa implementar na prática a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), na metodologia científica que vem sendo cada vez mais executada na prática. O Conselho Federal de Enfermagem, na Resolução 358/2009, considera que a “Sistematização da Assistência de Enfermagem, organiza o trabalho profissional quanto ao método, ao pessoal e aos instrumentos, tornando possível a operacionalização do processo de Enfermagem”. Em seu artigo 1° resolve: “O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem”. O objetivo deste trabalho é verificar as dificuldades encontradas pelos enfermeiros na implantação da SAE. Para realização deste estudo de revisão de literatura, primeiramente foi feito um levantamento bibliográfico acerca da temática SAE, utilizando as bases de dados do LILACS e BVS, para proceder à busca foram utilizados como palavras-chave: sistematização da assistência de enfermagem e processo de enfermagem, na etapa seguinte foi selecionada as referências bibliográficas de interesse para este estudo, considerando como critérios: abordar no resumo do trabalho as dificuldades na implementação da SAE ou fatores que interferem prejudicando a sua operacionalização. Em uma pesquisa realizada na Universidade Federal de São Paulo no hospital escola desta instituição, demonstra que 58,5% das enfermeiras relataram ter dificuldade em realizar o diagnóstico de enfermagem, 34,2% a evolução de enfermagem, 32,0%, o planejamento da assistência, 28,7% a coleta de dados, e 23,2% referiram dificuldade na prescrição de enfermagem (TAKAHASHI; et al 2008). Para alguns pesquisadores os principais fatores que dificultam a implantação da SAE são: a falta de conhecimento para a realização do exame físico, a falta de conhecimento sobre o tema nas instituições de saúde, a falta de registro adequado da assistência de enfermagem, conflito de papéis, dificuldades de aceitação de mudanças, falta de credibilidade nas prescrições de enfermagem, carência de pessoal e falta de estabelecimento de prioridades organizacionais (SILVA; et al 2013). Embora haja outros motivos, citado em vários estudos, como dificultadores para a execução do processo de enfermagem, questões de infraestrutura relacionadas, déficit de pessoal, falta de tempo, falta de apoio administrativo, falta de recursos materiais, entre outros. Pode-se concluir que o conhecimento da enfermagem para a realização da SAE é o motivo principal que leva estes profissionais a não o executarem em seu cotidiano. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. KRAUZER, Ivete Maroso; ADAMY, Edlamar Katia; ASCARI, Rosana Amaro; FERRAZ, Lucimare; TRINDADE, Leticia de Lima; NEISS, Mariluci. Sistematização da Assistência de Enfermagem na Atenção Básica: O Que Dizem Os Enfermeiros?. 2015. 246 2. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Reso¬lução N° 358 de 15 de outubro de 2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assis¬tência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambien-tes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem e dá outras providências. Bra¬silia, DF: Conselho Federal de Enferma¬gem; 2009. 3. TAKAHASHI, Alda Akie; BARROS, Alba Lúcia Bottura Leite; MICHEL, Jeanne Marlene; SOUZA, Mariana Fernandes. Dificuldades e facilidades apontadas por enfermeiras de um hospital de ensino na execução do processo de enfermagem. Revista Enfermagem UNIFESP, São Paulo- SP. 2008. 4. SILVA, Vanessa Soares; FILHO, Euclides Sales Barbosa; QUEIROZ, Samia Mara Barros. Utilização do Processo De Enfermagem As Dificuldades encontradas Por Enfermeiros. Revista Cogitare Enfermagem, Fortaleza- CE, 2013. 247 ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE E DISLIPIDEMIA: REVISÃO DE LITERATURA Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares Marcos Roberto Leite Cardoso Anderson da Silva Karine Veloso dos Santos Shirlei Barbosa Dias (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem A globalização, o consumismo, a necessidade de prazeres rápidos e alimentação desequilibrada favorecem o aparecimento de diversas patologias, dentre elas a obesidade. A mesma pode ser considerada, como um maior armazenamento de gordura no organismo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006, p. 9). Devido a sua relação com várias complicações metabólicas, acrescenta-se significativamente a incidência de outras doenças que podem trazer maiores riscos para a saúde. Dentre as alterações relacionadas ao metabolismo lipídico, destaca-se a dislipidemia secundária à obesidade, que consiste em alterações nos níveis séricos dos lipídeos e das lipoproteínas sob a forma de hiper ou hipolipidemias, em função do aumento ou diminuição dos seus valores sanguíneos (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2011, p. 1). Objetiva-se assim, conhecer a associação entre obesidade e dislipidemia presente na literatura científica. Para construção deste estudo, realizou-se uma revisão bibliográfica exploratória, que buscou sistematizar o conhecimento divulgado sobre a temática no meio acadêmico. Foram investigadas as bases de dados Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram: obesidade e dislipidemias. Como critério de inclusão para a busca e seleção de estudos, adotou-se: três artigos científicos publicados em português no período entre 2006-2016, e como critério de exclusão: relatos de casos informais, textos não científicos e artigos sem disponibilidade do texto na integra online. Dos resultados obtidos, pode se destacar que a obesidade vem crescendo consideravelmente nos últimos anos na sociedade. A doença tem influência significativa no metabolismo lipídico o que deve ser considerado como importante fator na sua interpretação e tratamento. Contudo, secundário a obesidade, a dislipidemia também pode ocasionar sérios problemas com alto risco para as doenças cardiovasculares. O diagnóstico da dislipidemia é feito, principalmente, via laboratorial medindo-se os níveis plasmáticos de colesterol total, lipoproteínas de baixa densidade, lipoproteínas de alta densidade e triglicerídeos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA, 2016). Após a confirmação do diagnóstico, fazem-se necessárias algumas mudanças de hábitos e estilo de vida do paciente, num esforço em realizar um tratamento de acordo com suas demandas e necessidades, bem como, provocar melhorias em sua qualidade de vida. Conclui-se que existe uma associação entre obesidade e dislipidemia, o diagnóstico via exames laboratoriais auxilia a tomada de decisão do profissional de saúde, sendo que a partir desses é capaz de realizar melhores intervenções para o usuário. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderno de Atenção Básica. Obesidade, Brasília, n. 12, p. 9, 2006. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Saúde e Economia. Dislipidemia. n. 6, p. 1, out. 2011. 3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA. 10 Coisas que Você Precisa Saber Sobre Dislipidemia. Rio de Janeiro, 2016. 248 CAUSAS DE ABSENTEÍSMO DOS PROFISSONAIS ENFERMEIROS Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares Anderson da Silva Marcela Morais Fernandes Elisângela Maria Carvalho Shirlei Barbosa Dias (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem Na sociedade moderna, as pessoas vivem pressionadas, dentre outros fatores, por incertezas, frustrações e medos, provocados por descréditos nos governos, instabilidade do mercado de trabalho e dificuldades no exercício profissional, perante as constantes crises econômicas. Essas pressões sociais acarretam, para o trabalhador, situações de estresse psíquico que comprometem sua qualidade de vida. Uma instituição realmente responsável pelo trabalhador deve oferecer condições que conduzam ao aumento da produtividade e que, ao mesmo tempo, possibilitem o crescimento do grau de satisfação e de realização profissional. O atual mercado de trabalho é caracterizado pela competitividade, agressividade, individualismo e pelo consumismo. O ambiente competitivo requer dinamismo, esforço físico e psíquico, exigindo, muitas vezes, habilidades além da capacidade do trabalhador, e o mesmo, para se manter no mercado de trabalho, submete-se a tais exigências. Deste modo, surge o absenteísmo. De acordo com Marques et al. (2015, p. 877) absenteísmo consiste na prática de um empregado não comparecer ao trabalho. Deste modo, objetiva-se identificar as causas de absenteísmo dos profissionais enfermeiros. Para construção deste estudo, realizou-se uma revisão bibliográfica exploratória, que buscou sistematizar o conhecimento divulgado sobre a temática no meio acadêmico. Foram investigadas as bases de dados Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram: absenteísmo, enfermagem do trabalho, saúde do trabalhador e enfermeiros. Como critério de inclusão para a busca e seleção de estudos, adotou-se: três artigos científicos publicados em português no período entre 2009 e 2015. Dos resultados obtidos, pode se identificar que o absenteísmo representa um problema crítico para as organizações e administrações, pois possui múltiplos fatores que o torna complexo e de difícil gerenciamento. Seu efeito negativo repercute diretamente na economia. A ausência do trabalhador no ambiente de trabalho diminui a produção, reduz a qualidade da assistência, além de gerar problemas administrativos (JUNKES; PESSOA, 2010). No trabalho dos enfermeiros, o absenteísmo, constitui-se um fenômeno presente, com repercussões para a qualidade da assistência prestada. Os enfermeiros estão em constante exposição aos riscos ocupacionais, destacando-se os danos à saúde psíquica do trabalhador relacionado a longas jornadas, ritmo intenso e excessivo de trabalho, turnos desgastantes, entre outros fatores (BARBOSA; FIGUEIREDO; PAES, 2009). Conclui-se que são várias as causas de absenteísmo entre os enfermeiros, e que o conhecimento das mesmas possibilita implementar medidas preventivas que, certamente, irão refletir na melhoria do quadro de saúde dos trabalhadores, reduzir o custo para a empresa e aumentar a produtividade e satisfação destes profissionais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. MARQUES, Divina de Oliveira; PEREIRA, Milca Severino; SOUZA, Adenícia Custódia Silva e; VILA, Vanessa da Silva Carvalho; ALMEIDA, Carlos Cristiano Oliveira de Faria; OLIVEIRA, Enio Chaves de. O Absenteísmo - Doença da Equipe de Enfermagem de Um Hospital Universitário. Goiânia, p. 876-882, set./out. 2015. 249 2. JUNKES, Maria Bernadete; PESSOA, Valdir Filgueiras. Gasto Financeiro Ocasionado Pelos Atestados Médicos de Profissionais da Saúde em Hospitais Públicos no Estado de Rondônia, Brasil. Cacoal, p. 115-121, mai./jun. 2010. 3. BARBOSA, Mônica Arruda; FIGUEIREDO, Verônica Leite; PAES, Maione Silva Louzada. Acidentes de Trabalho Envolvendo Profissionais de Enfermagem no Ambiente Hospitalar: Um Levantamento em Banco de Dados. Ipatinga, v. 2, n. 1, p. 176-187, jul./ago. 2009. 250 CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE A TÉCNICA DE INDUÇÃO DA HIPOTERMIA TERAPÊUTICA NA TERAPIA INTENSIVA Maria José Rodrigues Thiago Ubaldo Silveira de Mendonça Gleisy Gonçalves (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem A hipotermia é definida como estado de anormalidade do ser humano, onde a temperatura está abaixo do normal (BERNARDIS et al., 2009). A hipotermia induzida com fins terapêuticos é conceituada como a diminuição controlada da temperatura corporal dos pacientes com finalidade terapêutica pré-estabelecida (ANDRADE, 2001). Visando reduzir os riscos durante a técnica de indução à hipotermia terapêutica (HT), quais são os cuidados de enfermagem necessários durante esse procedimento? Apesar da alta eficácia da hipotermia em reduzir a extensão do dano neurológico pós- parada cardiorrespiratória, a HT tem sido um tratamento subutilizado nas unidades de terapia intensiva (WOLFRUM, 2008). Não se tem certeza sobre qual a melhor técnica de resfriamento, quando iniciá-las, por quanto tempo se deve manter a hipotermia para que se obtenham benefícios máximos e a menor taxa de complicações possíveis e qual é a temperatura alvo ideal a ser alcançada. Identificar as evidências científicas disponíveis sobre os cuidados de enfermagem durante a técnica de indução da HT. Neste estudo foi utilizada como estratégia metodológica, a revisão integrativa da literatura, que nos permite a inclusão de diversos estudos e apresenta forte influência na prática baseada em evidência. Foram considerados os seguintes critérios de inclusão: Trabalhos publicados em língua portuguesa, com os resumos disponíveis nas bases de dados eletrônicas Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde; Literatura Internacional em Área: Enfermagem; e Scientific Electronic Library Online, os seguintes descritores: Hipotermia, Hipotermia Induzida, Parada Cardiorrespiratória e Cuidados de enfermagem. A hipotermia terapêutica com objetivo de tratamento e recuperação neurológica é recomendado pelo Advanced Life Support Task Force of the International Liaison Committee on Resuscitation, e faz parte do protocolo das diretrizes do Advanced Cardiovascular Life Support (NORLAN, 2015). A enfermagem deve seguir um roteiro/protocolo assistencial, onde são estabelecidos os cuidados: fase de preparação do paciente, fase de indução à hipotermia e manutenção e fase de reaquecimento. Tal protocolo garante segurança do paciente. Os cuidados envolvidos devem estar voltados para monitorização do paciente, atentar para a pressão arterial média, controle glicêmico, providenciar exames laboratoriais e de imagem periodicamente, posicionamento do termômetro esofágico e controle do retorno da temperatura (RECH, 2012). A utilização desse procedimento requer cuidados e aprimoramento profissional de toda a equipe, principalmente da enfermagem, pois está em contato frequente com o paciente, sendo de sua responsabilidade o gerenciamento do cuidado a fim de evitar e/ou minimizar complicações durante a técnica de HT, além de identificar e comunicar alterações com o paciente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. Andrade, Ana Helena Vicente; Silvestre, Odilson Marcos; Nunes Filho, Antonio Carlos Bacelar; Baruzzi, Antonio Cláudio do Amaral. Hipotermia terapêutica. Einstein:educ. Contin. Saúde. [Periódico da Internet]. 2011 [citado em 2013 Out 12]; 9(3pt.2): 159-161, 2011. 251 2. 3. 4. 5. Bernardis Ricardo Caio Gracco de, Silva Mauro Prado da, Gozzani Judymara Lauzi, Pagnocca Marcelo Lacava, Mathias Lígia Andrade da Silva Telles. Uso da manta térmica na prevenção da hipotermia intraoperatória. Rev. Assoc. Med. Bras. [Periódico da Internet]. 2009 [citado 2013 Out 11] ; 55( 4 ): 421-426. J.P. Nolan, P.T. Morley, T.L. Vanden Hoek, R.W. Hickey, W.G.J. Kloeck, J. Billi - Therapeutic Hypothermia After Cardiac Arrest: An Advisory Statement by the Advanced Life Support Task Force of the International Liaison Committee on Resuscitation Circulation. 2003;108;118-121. RECH, Tatiana Helena; VIEIRA, Sílvia Regina Rios. Hipotermia terapêutica em pacientes pósparada cardiorrespiratória: mecanismos de ação e desenvolvimento de protocolo assistencial. Rev. bras. ter. intensiva, São Paulo, v. 22, n. 2, p. 196-205, Jun 2010 . WOLFRUM S, V. Mild therapeutic hypothermia in patients after out-of- hospital cardiac arrest due to acute ST-segment elevation myocardial infarction undergoing immediate percutaneous coronary intervention. Crit Care Med. 2008;36(6):1780-6. 252 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA APLICAÇÃO DE SHANTALA Maria Aparecida Ferreira Marques Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras Priscila Regina Vasconcelos, Daphine Regina Soares de Souza Carvalho Shirlei Barbosa Dias (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem O enfermeiro pode dispor de diversos recursos para aproveitar o potencial terapêutico gerado pelo cuidado. Com esta pesquisa visualizamos a importância da massagem shantala como forma diferente de expressar amor e aproximação entre binômio mãe-bebê e, consequentemente, mais uma forma de cuidar. Percebemos que tem sido crescente a adesão a essas terapias, numa época de crises existenciais e busca pelo transcendental, onde a enfermagem sensibilizou-se e almejou construir uma alternativa de cuidado superior ao modelo biológico. Objetivou-se identificar o conteúdo das publicações no que tange à técnica shantala e fornecer subsídios para acadêmicos e enfermeiros em relação à aplicabilidade da mesma, como uma estratégia que auxilie no aprimoramento do cuidado de enfermagem. Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo exploratória, descritiva. Foram escolhidas 04 bibliografias acervo da Biblioteca Virtual de Saúde e ScIELO, por contemplarem melhor o tema. Como critério de inclusão foi usado o idioma Português com os seguintes descritores: Massagem, Relações Pais-Filho e Enfermagem. Como critério de exclusão usou-se artigos em outros idiomas ou pagos e que não estavam disponíveis na íntegra. A técnica da shantala iniciou-se em Kerala, no sul da Índia, sendo a então repassada pelos monges, e posteriormente de mãe para filha. O médico obstetra francês Leboyer, em 1970, trouxe a prática de massagear bebês para o ocidente. A sequência da massagem estimula diversos pontos do corpo e harmoniza e ativa todos os órgãos da criança, proporcionando grandes benefícios como o equilíbrio fisiológico e a estimulação, permitindo o resgate da carícia, maior interação, afetividade e vínculo, propiciando um crescimento biopsicossocial da criança adequado. Entretanto os benefícios das terapias orientais permaneceram restritos as classes mais favorecidas. Considerando como forma de humanização, o toque terapêutico através da shantala, promove conforto para o neonato e influências diretas no sistema nervoso, alterando os processos bioquímicos do organismo, como por exemplo: provoca diminuição da frequência respiratória e aumento da expansibilidade da caixa torácica. Também é verificado melhora no sistema circulatório e linfático, devido a ativação da circulação sanguínea local, dilatando os vasos periféricos, promovendo um melhor aporte sanguíneo, e consequentemente diminuição da frequência cardíaca, dentre outros parâmetros. A Shantala promove diversos benefícios físicos, psíquicos e emocionais à criança, além de propiciar momentos de restabelecimento do canal de comunicação entre mãe-bebê. Compreendeu-se que a shantala é um importante instrumento de promoção à saúde de crianças, a qual pode ser inserida em todos os níveis de atenção pela enfermagem. Entretanto, para que isso ocorra é necessário que os enfermeiros abandonem o paradigma hospitalocêntrico e curativo, de caráter individualista, e passem a realizar uma prática pautada na integralidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. SANTOS, A. S. Shantala para recém nascidos, entre o carinho do toque e os benefícios da técnica dentro e fora da UTI Neonatal. 2008. 34f. Monografia de conclusão de curso em bacharel em Enfermagem. 253 2. 3. 4. BARBOSA, K C. SATO, S N. ALVES E G R. Et al. Efeitos da shantala na interação entre mãe e Criança com síndrome de down. Rev Bras Crescimento Desenvolvimento Hum. 2011; 21(2): 356-361. MOTTER, A A. SOUZA, K D. SANTOS, M F. et al. Promoção dos laços família – bebê por meio da shantala. Revista Uniandrade v.13 n.1 VICTOR, J F. MOREIRA, T M M. Integrando a família no cuidado de seus bebês: ensinando a aplicação da massagem shantala. Acta Scientiarum. Health sciences. Maringá, v. 26, no. 1, p. 3539, 2004 254 RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR ATRAVÉS DA MANIPULAÇÃO DE DISPOSITIVOS INVASIVOS PELA ENFERMAGEM Maria José Rodrigues Thiago Ubaldo Silveira de Mendonça [email protected] Gleisy Gonçalves (Orientador) Área: Enfermagem Introdução: A enfermagem é o grupo mais numeroso e que maior tempo fica em contato com o paciente internado em hospitais (FAKIH, 2006). A natureza do seu trabalho, que inclui a prestação de cuidados físicos e a execução de procedimentos diagnósticos e terapêuticos, a torna um elemento fundamental nas ações de prevenção, detecção e controle da infecção hospitalar. Desde o início, deve-se frisar que prestando uma assistência adequada e seguindo as medidas de controle de infecção, contribuirá para diminuir o risco de adquirir e/ou disseminar infecções (TURRINI et al., 2000). Justificativa: Sabe-se que quanto maior o tempo de permanência dos dispositivos invasivos há um aumento na elevação das taxas de infecção devido à contaminação intraluminal, infusão contaminada de fluidos e medicamentos e a formação de biofilme. Estando os cuidados de enfermagem com os dispositivos venosos, diretamente ligado a prevenção/ redução do risco de infecção relacionada a assistência à saúde (OLIVEIRA et al., 2015), torna-se de grande importância o estudo dos meios e estratégias de se prevenir a infecção através da manipulação desses dispositivos. Objetivo: Identificar as evidências científicas disponíveis sobre os cuidados de enfermagem durante a técnica de manipulação dos dispositivos invasivos. Metodologia: Neste estudo foi utilizada como recurso metodológico, a revisão da literatura. Foram considerados os seguintes critérios de inclusão: Trabalhos publicados em língua portuguesa, com os resumos disponíveis nas bases de dados eletrônicas Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde; e Scientific Electronic Library Online, utilizando as terminologias em saúde: Assistência de enfermagem, Infecção, Assistência hospitalar, Segurança do paciente. Desenvolvimento: A enfermagem precisa estar preparada cientificamente e gerencialmente. Como medida à prevenção de infecção, recomenda-se a higienização das mãos, a seleção do cateter e sitio de inserção, preparo da pele, estabilização do cateter, manter a permeabilidade da linha venosa, escolha da cobertura adequada e retirada do cateter (REIS et al., 2013). Para minimizar as infecções hospitalares é preciso que as instituições de saúde cumpram o seu papel social e melhorem a competência técnico-científica dos seus trabalhadores, investindo na formação e atualização constante do seu capital humano (PRISCILLA et al,.2011). Considerações finais: A utilização desses procedimentos requer cuidados e aprimoramento profissional de toda a equipe, principalmente da enfermagem, pois está em contato frequente com o paciente, sendo de sua responsabilidade o gerenciamento do cuidado a fim de evitar e/ou reduzir os riscos de infecção, durante a manipulação dos dispositivos invasivos, além de proporcionar segurança ao paciente. As ações de enfermagem devem ser planejadas e desenvolvidas com base em saberem técnicos e científicos, sustentados em princípios éticos e legais da profissão com vistas à prevenção de infecção hospitalar REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. BRAND, Cátia Inácia, and Rosane Teresinha Fontana. "Biossegurança na perspectiva da equipe de enfermagem de Unidades de Tratamento Intensivo." Revista Brasileira de Enfermagem. 67.1 (2014): 78-84. 255 2. 3. 4. 5. 6. 6. VIEIRA, Fernanda Maria et al. Adesão às precauções-padrão por profissionais de enfermagem que atuam em terapia intensiva em um hospital universitário. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2013, vol.47, n.3, pp. 686-693. ISSN 0080-6234. NEWBORN, AMONG HEALTHCARE WORKERS FROM A. ""Higienização das mãos: o impacto de estratégias de incentivo à adesão entre profissionais de saúde de uma unidade de terapia intensiva neonatal."" Rev Latino-am Enfermagem 14.4 (2006). OLIVEIRA, Francimar Tinoco de et al. Comportamento da equipe multiprofissional frente aoBundle do Cateter Venoso Central na Terapia Intensiva. Esc. Anna Nery[online]. 2016, vol.20, n.1 [cited 2016-03-18], pp.55-62. REIS, Cláudia Tartaglia; MARTINS, Mônica and LAGUARDIA, Josué.A segurança do paciente como dimensão da qualidade do cuidado de saúde: um olhar sobre a literatura. Ciênc. saúde coletiva[online]. 2013, vol.18, n.7, pp.2029-2036. ISSN 1413-8123. TURRINI, Ruth Natalia Teresa. ""Percepção das enfermeiras sobre fatores de risco para a infecção hospitalar."" Revista da Escola de Enfermagem da USP34.2 (2000): 174-184. FAKIH, Flávio Trevisan; CARMAGNANI, Maria Isabel Sampaio; CUNHA, Isabel Cristina Kowal Olm. Dimensionamento de pessoal de enfermagem em um hospital de ensino. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 59, n. 2, p. 183-187, Apr. 2006 256 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO INSERIDA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA Maria Aparecida Ferreira Marques Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras Maria do Carmo Balbino Costa, Ciro Saul Xavier Garcia da Shirlei Barbosa Dias (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem Sabe-se que o modelo de atendimento nas unidades básicas de saúde se apoia em dois ramos: Estratégia de Saúde da Família (ESF) e o Atendimento a Livres Demandas. Embora a Estratégia de Saúde da Família já usasse convencionalmente o “acolhimento” para organizar o fluxo dos usuários, chega uma novidade: a classificação de risco; que não foi muito bem recebida por alguns. Objetivou-se conhecer a classificação de risco na unidade de Estratégia de Saúde da Família. Trata-se de um relato de experiência vivido no Centro de Saúde Santa Inês, na cidade de Belo Horizonte. Realizou-se a visita técnica ao referido centro de saúde, entre os dias 01/02/2016 e 05/02/16, para fins de observar a aplicação do protocolo. O bairro Santa Inês está na região leste de BH, possui uma área de 1,10 km² e abriga uma população de aproximadamente 9.400 habitantes, com uma proporção da população acima de 65 anos de idade em torno de 25%. Em torno de 87% da população vive em casas, 12,7% vive em apartamentos, sendo que 97% da população é alfabetizada. Neste contexto observamos que a classificação de risco vem aumentar a resolutividade. O protocolo de Manchester foi desenvolvido com um perfil hospitalar, porém a classificação de risco é baseada neste protocolo sendo adaptada para o centro de saúde. De acordo com o protocolo para classificação de risco são contemplados 66 possíveis motivos de consulta, de forma em que após 4 ou 5 perguntas se classifica o paciente em uma das 5 categorias de gravidade: A vermelha precisa ser vista pelo médico o mais rápido possível, pois representa uma emergência; a laranja é muito urgente e deve ser atendido com prioridade, o amarelo é urgente, o verde é pouco urgente, e o azul, não é urgente. Esse sistema visa otimizar os fluxos assistenciais. Acompanhando a enfermeira de estratégia de Saúde da Família, Ana Paula Lorenzzato, responsável pela Equipe 2 no Centro de Saúde Santa Inês, pudemos observar que existe ainda certo descontentamento de alguns com a implantação do sistema de classificação de risco. Apesar de a maioria já se haver adaptado ao protocolo que foi implantado neste serviço dia 17/03/2014 a enfermeira relata que alguns usuários reclamam por que chegaram mais cedo que outros e ainda não foram atendidos, em detrimento daqueles que chegaram depois e já o foram. Concluímos que profissional de saúde deve empoderarse de conhecimento científico, para classificar com segurança, de acordo com o protocolo e com as necessidades de cada paciente. Visto que os critérios antes utilizados pela atenção primária eram em suma bastante subjetivos, conclui-se que é imprescindível a utilização do Acolhimento com Classificação de Risco, pois além de passar segurança para a equipe, cumpre os princípios que regem o SUS, mantendo a equidade e priorizando os pacientes que necessitam de atendimento rápido. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. CARVALHO AI, BUSS PM. Determinantes sociais na saúde, na doença e na intervenção. In: Giovanella L,Escorel S, Lobato LV, Carvalho AI, Noronha JC, organizadores. Políticas e sistema de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2008 257 2. 3. 4. 5. CONILL EM. Ensaio teórico-conceitual sobre APS: desafios para organização de serviços básicos e da Estratégia Saúde da Família em centros urbanos no Brasil. Cad Saúde Pública 2008; 24(Sup1):S7-S27. RODRIGUES PC, PEDROSO LCS, OLIVEIRA VH. Acolhimento com Classificação de Risco em Assistência Médica Ambulatorial (AMA). A. P. S. Santa Marcelina. São Paulo; 2008. BRASIL, Humanização Humaniza SUS: acolhimento com avaliação e classificação de risco: um paradigma ético-estético no fazer em saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2004 PIRES, Patrícia da Silva. Tradução para o português e validação de instrumento para triagem de pacientes em serviço de emergência: “Canadian Triage and Acuity Scale” (CTAS) [Tese]. Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP). São Paulo; 2003. 258 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO PÓS OPERATÓRIO DE ADENOMA HIPOFISÁRIO FUNCIONANTE – RELATO DE EXPERIÊNCIA Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras Maria Aparecida Marques Ciro Saul Xavier Garcia da Costa Karine Veloso dos Santos Shirlei Barbosa Dias (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem Os tumores hipofisários, são ocorrências relevantes entre as complicações cerebrais. Neste contexto, objetivou-se elucidar a importância da atuação do profissional enfermeiro no pósoperatório e destacar a relevância da atuação ativa do enfermeiro no pós-operatório de adenoma hipofisário secretante. Trata-se do relato de experiência proporcionado pelo acompanhamento da cirurgia realizada pela equipe do neurocirurgião Oscar Feo, em 15/06/2011, no hospital Santa Clara em Bogotá, Colômbia, e posterior acompanhamento do paciente. Para embasamento científico realizou-se uma extensa pesquisa bibliográfica. Sabe-se que cuidados de enfermagem na assistência ao paciente no pós-operatório são direcionados no sentido de restaurar o equilíbrio homeostático, prevenindo complicações. O enfermeiro procede com a avaliação inicial do paciente quando este é admitido na unidade. Esta avaliação incluirá as condições dos sistemas neurológico, respiratório, cardiovascular e renal; suporte nutricional e de eliminações; dos acessos venosos, drenos; ferida cirúrgica; posicionamento, dor, segurança e conforto do mesmo. A evolução clinica satisfatória do paciente e a estabilização do estado hemodinâmico são sinais de que a fase crítica do pós-operatório terminou e que será transferido. Durante sua internação na unidade de cuidados intensivos deve-se orientar o paciente, sempre que possível, sobre seu estado, a fim de prepará-lo para uma transferência ou para sua permanência na unidade, diminuindo assim sua ansiedade. Acompanhou-se a cirurgia do paciente J.P.T. 27 anos, diagnosticado com um micro adenoma hipofisário secretante. O método eleito para a cirurgia em questão foi o acesso transesfenoidal, no pós-cirúrgico foi feita a compensação do paciente na Unidade de Tratamento Intensivo com mensuração diária de hormônios e eletrólitos. O emprego correto do processo de enfermagem com a utilização da sistematização da assistência de enfermagem promovem a padronização do atendimento prestado, otimizando o mesmo. A atenção do enfermeiro frente às preocupações do paciente suas expectativas, medos e enfrentamentos, auxiliam em uma melhor adesão ao tratamento proposto e na recuperação dos pacientes. Realizar o plano de cuidados com orientações para a alta é de suma importância. Valorizar o que o paciente sabe e ser resolutivo, auxilia o vínculo enfermeiro-paciente e colabora para a recuperação do mesmo. Com este estudo de caso observamos a relevância do bom acompanhamento de enfermagem na recuperação do paciente, na segurança com a qual o mesmo enfrenta o tratamento adicional e na firmeza do grupo familiar em relação a resposta ás terapêuticas prescritas ao paciente. Pode-se perceber que a presença e o envolvimento do enfermeiro neste caso é um diferencial importante para o paciente, física e psicologicamente falando. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. AGUIAR,Paulo Henrique Pires de; Tratado de Técnica Operatória em Neurocirurgia, Ed Atheneu, ISBN - 978-85-388-0021-7; 827 p ALBERTI VN. Adenomas hipofisários: determinantes biológicos de agressividade. Tese - LivreDocência, Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina. São Paulo, 1995. 259 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. ALFIERI A, Jho HD. Endoscopic endonasal approaches to the cavernous sinus surgical approaches . Neurosurgery. Aug 2001;49(2):354-62. ALMEIDA, Raquel Ayres de; NOVAES, Lucia Emmanoel Malagris Psicólogo da Saúde no Hospital Geral: um Estudo sobre a Atividade e a Formação do Psicólogo Hospitalar no Brasil, Psicol. cienc. prof. vol.35 no.3 Brasília July/Sept. 2015 FRANKEL RH; Tindall GT. Prolactinomas. In: Krisht AL, Tindall GT, editors. Pituitary disorders. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins; 1999, p. 199-208. GONDIM J, Pinheiro I. Abordagem neuroendoscópica transnasal transeptal para a região selar. Arq Neuropsiquiatr 2001;59:901-904. JALLAD RS, Musolino NR, SALGADO LR, Bronstein MD. Treatment of acromegaly with octreotideLAR: Extensive experience in a Brazilian institution. Clin Endocrinol 2005;63:168-75. KOVACS K, HORVATH E, STEFANEANU L, et al. Pituitary adenoma producing growth hormone and adrenocorticotropin: a histological, immunocytochemical, electron microscopic and in situ hybridization study. Case report. J Neurosurg 1998; 88:1111-1115. MAGALHÃES, Cristiane Rocha; O papel do enfermeiro educador: ação educativa do enfermeiro no pré e pós-operatório. Rio de Janeiro, R. de Pesq.: cuidado é fundamental, Rio de Janeiro, ano 8, n. 1/2, p. 115-119, 1./2. sem. 2004 MICHALANY J. Técnicas histológicas em anatomia patológica com instrução para o cirurgião, enfermeiro e citotécnico. SãoPaulo, Editora Pedagógica e Universitária, 1981. MOCELLIN, Marcos; MANIGLIA, Joäo J; BARRIONUEVO, Carlos Eduardo; RAMINA, Ricardo. Acta AWHO; 11(1): 7-15, jan.-abr. 1992. Ilus. Acta AWHO (Impresso) / Associação William House de Otologia Disciplina de Otorrinolaringologia, Escola Paulista de Medicina.- Vol.1, no.1 (1982) Vol.20 (2001) - São Paulo ISSN 0103-555X NETTINA, Sandra. Prática de Enfermagem, 7º ed. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2003. Ogusku ,Juliana Fonseca ; Cuidados de enfermagem no pós operatório, 2014, Rio de Janeiro SMELTZER,S.C; BARE,G.B. Brunner e Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgico, 10ª ed. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2004. 260 A NECESSIDADE DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO EM SAÚDE À POPULAÇÃO TRANSEXUAL: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA. Ágatha Cristina Vieira Patrício Trilleras Priscila Regina Vasconcelos Maria Aparecida Marques Daphine Regina Soares de Souza Carvalho Shirlei Barbosa Dias (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem Falar em transexualidade é novo e temos enfrentado o preconceito e a discriminação. É um assunto que gera dificuldade em decorrência da inexperiência, déficit na formação, capacitação e educação do profissional de saúde. A discriminação reafirma e possibilita compreender, que os enfermeiros são reflexos dos valores socioculturais impostos pela sociedade heterossexual, segundo Souza. Nesse contexto objetivou-se conhecer as necessidades em saúde da população transexual; trazer ao meio acadêmico essa demanda, fomentando um campo de atuação; e evidenciar as diferenças no tratamento da população transexual em confronto com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. Trata-se de um relato de experiência vivido no Instituto Pauline Reichstul– Roda de conversa com transexuais no dia 18/01/2016. Estavam presentes vinte e cinco homens e mulheres transexuais que nos expuseram as necessidades mais abrangentes da população. Os avanços da ciência, da tecnologia e dos direitos à saúde trouxeram, a uma parte da população, a oportunidade de amenizar conflitos com seu próprio corpo. A cirurgia de adequação sexual traz algo muito maior: o fim de uma luta e o início de grandes mudanças na vida da pessoa. Existe também entre a população transexual a prática da auto administração de hormônios e justamente aqui sente- se a necessidade da atuação do enfermeiro no atendimento em saúde à população transexual. Assim, ao o considerarmos o profissional que permanece mais tempo ao lado da pessoa que busca atendimento em saúde, o enfermeiro deve ser o facilitador na promoção do bem-estar biopsicossocioespiritual do indivíduo. São muitas as demandas trazidas pela população GLBTT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), desde as mais simples como uma consulta ao ginecologista para um homem trans ou um exame de próstata a uma mulher trans; àquelas consideradas mais complexas como a cirurgia de adequação sexual ou o acompanhamento a gestação de um homem trans, de acordo com os relatos colhidos de atendidos pelo Instituto Pauline Reichstul. O SUS define as diretrizes nacionais para o Processo Transexualizador nas unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão pela Portaria1.707, que considera a orientação sexual e a identidade de gênero como fatores determinantes e condicionantes da situação de saúde, não apenas por implicarem práticas sexuais e sociais específicas, mas também por expor a população GLBTT a agravos decorrentes do estigma, dos processos discriminatórios e de exclusão que violam seus direitos humanos, dentre os quais os direitos à saúde, à dignidade, a não discriminação, à autonomia e ao livre desenvolvimento da personalidade. Conclui-se que informação, capacitação e aproximação com esta população poderão ajudar na efetivação dos direitos humanos e no cumprimento das diretrizes do SUS no que tange à saúde da população GLBTT. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. ÁRAN, M. A Transexualidade e a Gramática Normativa do Sistema Sexo-genero. Rio de Janeiro: Ágora, v.9, n.1, p. 49-63, 2006. 261 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral de LGBT. Brasília: Ministério da Saúde. 2010. Brasil. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) - rev. e atual. - Brasília: SDH/PR, 2010. 228p. Disponível em:< portal.mj.gov.br/sedh/pndh3/pndh3.pdf >.Acesso em 02/02/2016. Brasil. Portaria Nº 675, de 30 de Março de 2006: Aprova Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, que consolida os direitos e deveres do exercício da cidadania na saúde em todo o País. Brasília, 2006. Brasil. Portaria N° 457, DE 19 de agosto de 2008. Disponível em:< http://cnes.datasus.gov.br/Portarias%5CPORTARIA%20Nde%202008.pdf>. Acesso em: 10/02/2016. Brasil; Saúde, Ministério Da. Mais Saúde (Direito de todos 20082011).Brasília,2008.Disponívelem:<bvsms.saude.gov.br/bvs/pacsaude/programa.php.>Acesso em: 12/02/2016. CASTEl, P.H. Algumas reflexões para estabelecer acronologia do ""fenômeno transexual"" (19101995) Revista Brasileira de História, São Paulo, v.21, n.41, p.77-111, 2001. SOUZA PJ,Abrão FMS, COSTA AM, FERREIRA LOC. Humanização no acolhimento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais na atenção básica: reflexões bioéticas para enfermagem. Rev enferm UFPE on line. 2011; 5(4); 1064-071. VENTURA, Miriam Transsexualismo e respeito à autonomia: um estudo bioético dos aspectos jurídicos e de saúde da “terapia para mudança de sexo”. / Miriam Ventura. Rio de Janeiro: s.n., 2007. 135 p. Rio de Janeiro, s.n. 2007. 262 PEDICULOSE NO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE Carolina Sellera F. Roza Francielle Natalie Torres Iracilda Rodrigues Caetano Daniela de Almeida Dias do Santos Tiziane Rogério (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem Crianças em idade escolar constituem um grupo propenso à pediculose. As crianças infestadas podem apresentar baixo desempenho escolar por dificuldade de concentração, consequência do prurido contínuo e distúrbios do sono. Em casos mais graves, as crianças podem desenvolver anemia devido à hematofagia do piolho. O controle efetivo das ectoparasitoses é um desafio para a saúde pública, por causa da alta contagiosidade, do manejo inadequado, da negligência tanto da população como dos profissionais de saúde. Diante disso, objetivou-se desenvolver medidas preventivas da pediculose na comunidade escolar do município de Belo Horizonte, discutindo medidas de prevenção e o combate aos piolhos de modo educativo, e transmitir à comunidade escolar o conhecimento adquirido durante as atividades do projeto. A metodologia foi desenvolvida através de visita em uma das Unidades Municipais de Educação Infantil- UMEI, sediada no Bairro São Paulo, município de Belo Horizonte. Foram desenvolvidas atividades lúdicas, para 180 crianças com média de idade entre 1 a 6 anos que envolveram conversa informal sobre o tema. Elaborado “A trilha do Piolho”, um jogo de perguntas e respostas sobre a pediculose. No término das atividades educativas, foram distribuídos para as crianças e professores panfletos educativos e Kits, enfatizando o tratamento. Acreditamos que este trabalho permitiu auxiliar e recomendar outras medidas de atuação na escola para atenuar o número de infestações, estimulando os professores a ensinar alunos e pais, a utilizar do pente fino e a catação, evitando assim o uso desordenado de substâncias químicas de combate ao piolho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. 3. 4. 5. ALENCAR, R.A.; SILVA, S.; MADEIRA, N.G.; Avaliando o conhecimento, a prática e a atitude da população em pediculose. In: XLI CONGRESSO SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINATROPICAL, p.30, 2005, Florianópolis. CONCEIÇÃO, J. A. N. Saúde escolar: a criança, a vida e a escola. São Paulo, SP: Sarvier, 1994. Heukelbach J, Oliveira FAS, Feldmeier H. Ectoparasitoses e Saúde Pública no Brasil: desafios para controle. Cad Saude Publica. 2003 set/out; 19(5): 1535-540. MARCONDES, C. B. Entomologia: Médica e veterinária. São Paulo: Atheneu, 2001. BRASIL,Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Glossário Eletrônico 25 set 2008. Disponível em: http://bvsms2.saude.gov.br 263 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PERMANENTE NA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO Fernanda Alves dos Santos Carregal Rafaela Dias Rodrigues Marlene Rosa dos Santos Lígia dos Santos Cesarino Angélica Mônica Andrade (Orientador) [email protected] Sáude e Educação O Ministério da Saúde do Brasil apresenta a Educação Permanente como aprendizagem no trabalho, em que o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e do trabalho. Deve-se ter como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações, da gestão setorial e do controle social em saúde. Torna-se fundamental a questão da educação permanente como compromisso com o crescimento pessoal e profissional do enfermeiro, visando a melhorar a qualidade da prática profissional. O objetivo do presente estudo consiste em descrever o papel da educação permanente na atuação da enfermagem na perspectiva coletiva e individual. O processo metodológico traduziu-se em uma revisão narrativa de literatura com o intuito de investigar e obter informações sobre a temática. Segundo Cullum (2010), o enfermeiro está em constante processo educativo na sua prática. Neste contexto, é imprescindível que tenha consciência desse fato. No desenvolvimento de suas ações deve conter a reflexão crítica, a curiosidade, a criatividade e a investigação. Destaca-se a educação permanente do indivíduo, que desenvolve a habilidade de aprender a aprender. O desenvolvimento da educação permanente leva o profissional enfermeiro à competência, ao conhecimento e a atualização, que são componentes necessários para garantir a sobrevivência, tanto do profissional quanto da própria profissão. De acordo com Giovanella (2012) a Política Nacional de Educação Permanente é uma estratégia proposta pelo Ministério da Saúde com a finalidade de formar e capacitar profissionais da saúde para atuarem efetivamente com as necessidades populacionais. É indispensável a criação e adoção de políticas públicas educativas que contribuam positivamente para a promoção da saúde visando ao bem-estar individual e coletivo. É necessária a adoção de mecanismos estratégicos que incentive a participação dos profissionais envolvidos com a educação permanente, fazendo com que os mesmos desenvolvam suas atividades de maneira eficiente, planejada e contínua, através de programas adequados as reais necessidades de sua clientela. Conclui-se com a realização deste trabalho que o enfermeiro deve estar apto para acompanhar os avanços tecnológicos e atualizações constantes de informações no âmbito da saúde. É preciso que a conscientização do processo educativo se inicie na vida acadêmica, mediante um ensino mais problematizador. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. 3. CULLUM,Nicky;CILISKA,Donna;HAYNES,Brian;MARKS,Susan.Enfermagem baseada em evidências.Rio Grande do Sul:Artmed,2010. GIOVANELLA, Lígia; ESCOREL, Sarah; LOBATO, Lenaura de Vasconcelos Costa; NORONHA, José Carvalho; CARVALGO, Antônio Ivo. Políticas e Sistema de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2012. Ministério da Saúde (BR). Educação Permanente em Saúde. Mudanças na formação de graduação. Profissionalização e escolarização. Brasília (DF): 2004. 264 ESTRATÉGIA DE APRENDIZADO EM ENFERMAGEM: JOGOS COMO MÉTODO DE CONHECIMENTO DA TERMINOLOGIA E DOS CONCEITOS EM SERVIÇO DE SAÚDE Andreia Vilela dos Santos Elida Augusta Silva Lage Diane Patrícia Silva Leite Ana Carolina Nunes [email protected] Angélica Mônica Andrade (Orientador) Área: Enfermagem Introdução: O trabalho aborda a importância do lúdico para o processo de ensino/aprendizagem. Na Enfermagem, a falta de uma linguagem que possibilite a definição e descrição de sua prática pode comprometer seu desenvolvimento como ciência. A aprendizagem da terminologia em saúde é vista por muitos estudantes como um grande desafio, sendo necessária uma abordagem sistemática, contínua e inovadora no período de graduação. Objetivo: Relatar a experiência da construção de uma atividade lúdica como facilitador na aprendizagem das terminologias em saúde. Metodologia: Relato de experiência de construção de um produto referente à disciplina Trabalho Interdisciplinar Supervisionado (TIS) desenvolvido no curso de graduação em enfermagem da FAMINAS-BH, no segundo semestre de 2015. Resultados: No desenvolvimento do TIS, os alunos se organizaram em grupos para a elaboração e apresentação de jogos, do tipo “passatempo”, voltados para a área de terminologia em saúde. Cada grupo construiu cinco jogos: Cruzadas Diretas; Duplex; Criptograma; e a estratégia metodológica livre que deveria ser um jogo de escolha do grupo. Todos buscavam abranger todas as disciplinas estudadas no período, e para a construção da interdisciplinaridade, foi abordado o tema “O cuidado da enfermagem à pessoa portadora de insuficiência renal crônica – IRC”. Essa escolha justifica-se por a IRC constitui atualmente um problema de saúde pública mundial e requer a interdisciplinaridade para seu manejo. Para elaboração das atividades propostas foram utilizados levantamentos bibliográficos através das bases de dados em plataformas eletrônicas (BVS, Scielo) e portais online para criação dos jogos. O quinto jogo escolhido pelos acadêmicos foi um jogo de tabuleiro nomeado de Corrida do Kidney que foi confeccionado em EVA colorido e também, dois pinos e um dado, sendo necessária a participação de dois jogadores. Para o andamento do jogo de tabuleiro, haviam três cores de carta: verde, vermelho e amarelo, totalizando 21 perguntas com abordagem interdisciplinar, dispostas em uma mesa no local da apresentação. O jogo iniciava com o lançamento de um dado e quem tirasse o número maior seria o primeiro a jogar e quem chegasse primeiro no final da corrida era o ganhador. Durante a apresentação dos jogos para um público externo, ficou evidente o interesse das pessoas presentes em participar e interagir com a atividade proposta, sendo relatado ser uma maneira interessante para o estímulo do aprendizado a certa das terminologias em saúde. Conclusão: O trabalho contribuiu para interação tanto entre o grupo quanto entre os docentes e demais discentes da instituição. A criação de atividades lúdicas promove e desenvolve a aprendizagem de modo significativo bem como estimula a criação de novo conhecimento. Desperta o desenvolvimento de habilidades e capacidades cognitivas e apreciativas específicas que possibilitam a compreensão e intervenção do indivíduo nas questões sociais e culturais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. COSCRATO, Gisele; PINA, Juliana Coelho; MELLO, Débora Falleiros.Utilização de atividades lúdicas na educação em saúde: uma revisão integrativa da literatura.Acta Paul Enferm, São Paulo, v. 23, n. 2, p. 257-63, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/ revistas/ape/paboutj.htm.> Acesso em: 21/abr./2015. 265 DIMENSÕES DO CUIDADO DO ENFERMEIRO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA Andreia Vilela dos Santos Priscilla Maria Diniz Silva Terezinha de Jesus Elida Augusta Silva Lage Angélica Mônica Andrade (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem Introdução: Desde a criação do Programa Saúde da Família (PSF) em 1994, atualmente denominada Estratégia Saúde da Família (ESF), o enfermeiro tem tido fundamental participação. A ESF considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserção sócio-cultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção e o tratamento de doenças e a redução de agravos. Possui um trabalho multiprofissional composto por, no mínimo, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Sabe-se que o enfermeiro possui uma gama de atribuições de extrema relevância para a implementação desta estratégia para reorganização Atenção Primária à Saúde. O Objetivo: Descrever a atuação do enfermeiro na ESF, considerando seu papel fundamental na assistência integral aos indivíduos. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, em que foi realizado um levantamento bibliográfico por meio das bases de dados em plataformas eletrônicas e portal do Ministério da Saúde. Resultados: O enfermeiro atua na ESF integrando as dimensões do cuidado assistência, ensino, gestão, investigação e participação política. O enfermeiro possui funções bem definidas e de caráter essencial, tais como: realização de assistência integral em todas as fases do desenvolvimento humano, planejamento, gerenciamento, supervisão e coordenação, desenvolvimento e avaliação de ações que correspondam às necessidades da comunidade, sendo necessárias estratégias de investigação, de atualização constante e de pesquisa. Ademais, o enfermeiro realiza consultas de enfermagem, solicitação de exames complementares, prescrição de medicações conforme os protocolos municipais, visitas domiciliares (fundamental na ESF), além de capacitação da equipe de saúde com articulação dos diversos setores envolvidos na prevenção de agravos e promoção da saúde. O enfermeiro também realiza ações para o incentivo a participação social da comunidade. Em especial, destaca-se que a ESF é um espaço privilegiado para a prática do ensino e nesse cenário o enfermeiro utiliza a educação em saúde como forma de cuidado, atendendo a população de forma individual e coletiva, sendo capaz de desenvolver ações de promoção e proteção de saúde, devido ao processo de assistência de enfermagem e características do seu saber centrado em um modelo holístico, humanizado e contextualizado. Conclusão: Considera-se que o enfermeiro contribui e atua com relevância na ESF, na construção de um modelo assistencial que permite maior vínculo com a comunidade, desenvolvendo sua autonomia, ganhando mais espaço e identidade profissional por meio do seu trabalho diversificado. Deve ser um agente de mudança e transformação, incentivando o trabalho em equipe, o planejamento das ações e a resolução dos problemas que emergem em meio à comunidade pelo qual é responsável. É importante fortalecer a promoção da saúde através de práticas de educação em saúde na tentativa de transformar condutas e comportamentos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. Brasil. Portaria GM/MS nº 648 de 28 de março de 2006. Ministério da Saúde (BR). Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília, 1997. 266 3. PEREIRA, Rafael Alves et al. Atuação do Enfermeiro na Participação Social: Estratégias para Educação em Saúde. Revista Científica FAEMA, v.5, n.2, p. 139-155, 2014. Disponível em: <http://www.faema.edu.br/revistas/index.php/Revista-FAEMA/article/view/246/182. >. Acesso em: 20/ago/2015. 267 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL Fernanda Alves dos Santos Carregal Rafaela Dias Rodrigues Lígia dos Santos Cesarino Marlene Rosa dos Santos Angélica Mônica Andrade (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem. Segundo Lobosque e Silva (2013), a assistência em saúde mental dentro da atenção primária deve ser permeada por atividades multicêntricas, incluídas nos diversos programas de cuidados em saúde e voltados diversos grupos populacionais, sujeitos ou não a riscos e vulnerabilidades. O problema da prevalência crescente das perturbações mentais, a nível global, com custos sociais e econômicos avultados, não pode ser resolvido com estratégias ou intervenções centradas apenas no indivíduo. O objetivo do presente estudo consiste em descrever ações do enfermeiro voltadas a pacientes portadores de transtorno mental. A metodologia da pesquisa traduziu-se em uma pesquisa bibliográfica com intuito de compreender e investigar conteúdos científicos sobre a temática. É imprescindível ter em consideração que atuação em Saúde Mental não está restrita à Psiquiatria, envolve outros setores e toda equipe multidisciplinar. Segundo Kantorski (2012), as atribuições do enfermeiro nos serviços de saúde mental estão em mudanças significativas relacionadas à qualidade da atenção, sendo a adequada formação profissional fundamental para a execução plena das políticas do setor de saúde mental. Ainda existe uma predominância de um modo de cuidado mais centrado no modelo clínico, porém os profissionais reforçam a necessidade de estabelecer outras formas de cuidado a essas pessoas, partindo-se da comunicação, da escuta atenta e da relação comprometida como complemento de um cuidado mais técnico. Destaca-se a necessidade do enfermeiro atuar não só na doença, sendo necessária a atuação da enfermagem em conjunto com a família. É importante se atentar para as preocupações dos familiares em relação à sintomatologia do paciente para orientá-los quanto ao seu tratamento medicamentoso como estratégia para a integração social dos pacientes. Lobosque e Silva (2013) afirmam que a educação permanente em saúde tem como ferramenta a reflexão crítica sobre a prática cotidiana dos serviços de saúde, possibilitando mudanças nas relações, nos processos, nos atos de saúde e nas pessoas. Destaca-se também a educação em saúde, que pode ser realizada em ação individual (consulta de enfermagem) e coletiva para a pessoa em sofrimento psíquico e sua família, a fim de promover a autonomia e a corresponsabilidade pelo tratamento entre a pessoa em sofrimento psíquico e, quando possível, à família e o profissional de saúde. Conclui-se com a realização deste trabalho que o enfermeiro desempenha um papel fundamental na perspectiva dos agravos, sendo necessário enfrentar as dificuldades para atuar com autonomia. "LOBOSQUE, Ana Marta; SILVA, Celso Renato. Saúde mental marcos conceituais e campos da prática. Belo horizonte: Conselho Regional de psicologia, 2013. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. KANTORSKI, Luciane Prado; OLIVEIRA,Lilian Cruz Souto; ANTONACCI,Milena Hohmann; JÚNIOR, Sidnei Teixeira; ALVES,Poliana Farias. Avaliação dos centros de atenção psicossocial na perspectiva dos entrevistadores. Journal of Nursing and Health,2012. 268 EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO AGENTE GERADOR DA QUALIDADE DE VIDA NOS IDOSOS Rafaela Dias Rodrigues Fernanda Alves dos Santos Carregal Tamara Aires Fernanda Fernandes Saldanha Coimbra Angélica Mônica Andrade (Orientador) [email protected] Educação em Saúde Introdução: A humanidade vem passando por uma transição demográfica nas quais sociedades em que predominavam a população jovem estão sofrendo inversões de padrões aumentando de forma significativa o número de idosos (SILVA, 2012). Os serviços que contribuem para a promoção de uma qualidade de vida para os idosos ainda é um desafio tornando-se essencial que os profissionais de saúde compreendam sua complexidade e magnitude atuando em prol da promoção em saúde da terceira idade. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é abordar a educação em saúde como ferramenta para promover a qualidade de vida nos idosos. Metodologia: A metodologia traduziu-se em uma revisão narrativa de literatura, com busca de artigos na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com o intuito de aprofundar os conhecimentos acerca do tema investigado. Desenvolvimento: O processo de envelhecer com qualidade de vida é consequência do viver com autonomia para a execução de suas funções o que beneficia a independência do idoso no contexto sócio econômico e cultural (SOUZA, 2016). Como meio de promover a qualidade de vida de vida na terceira idade pode-se afirmar que a atividade física está entre os principais fatores por apresentar efetividade como melhora da saúde, no bem estar emocional e facilidade de contatos sociais. A educação em saúde é de suma importância para a promoção do envelhecimento ativo, uma vez que as especificidades da velhice podem ser adaptáveis a uma vida saudável e ativa prevenindo doenças e aprimorando atividades cognitivas e sociais. O enfermeiro deve propor ações inovadoras atendendo os idosos de forma integral, ressaltando o diálogo como aspecto fundamental do profissional. Também é necessário analisar o contexto em que cada paciente se encontra construindo, junto de idosos, ações para retomar a saúde (RODRIGUES, 2007). As ações educativas podem originar de diversas metodologias ativas como grupos educativos, teatros, de incentivo a atividades físicas e mudanças de hábitos alimentares com o intuito de compartilhar saberes melhorando a autoestima e confiança do grupo. Conclusão: As ações de educação em saúde possibilitam melhorar a qualidade de vida na terceira idade. Contudo, as ações de saúde devem ser condizentes com as necessidades dos idosos para que os mesmos possam realizar e obter pontos positivos na sua saúde potencializando assim a promoção a saúde do idoso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. 3. SOUZA, Wanusa Grasiela Amante; PACHECO, Wladja Nara Sousa; MARTINS, Josiane de Jesus; BARRA, Couto Carvalho; NASCIMENTO, Eliane Regina Pereira: Educação em saúde para leigos no cuidado ao idoso no contexto domiciliar. Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 35, no . 4, de 2006. SILVA, Ana Carolina; TEIXEIRA, Tatiane Gomes: Velhice e Longevidade: Desafios Atuais e Futuros. revista Kairós. São Paulo.2009. RODRIGUES, Rosalina Aparecida Partezani; MARQUES, Sueli; FABRÍCIO, Suzele Cristina Coelho; CRUZ, Idiane Rosset: Política nacional de atenção ao idoso e a contribuição da enfermagem. Enferm, Florianópolis, 2007. 269 O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Rafaela Dias Rodrigues Fernanda Alves dos Santos Carregal Tamara Aires Fernanda Fernandes Saldanha Coimbra Angélica Mônica Andrade (Orientador) [email protected] Infecção Hospitalar Introdução: As infecções hospitalares constituem um sério problema de saúde pública no Brasil e no mundo. São causas importantes de morbidade e mortalidade relacionadas a pessoas que se submetem a algum tipo de procedimento clínico-cirúrgico como forma de tratamento. O enfermeiro é uma chave importante para o controle das infecções hospitalares, através de ações para detecção e prevenção da saúde individual e coletiva (SILVA, 2001). Objetivo O objetivo consiste em conhecer a atuação do enfermeiro no controle da infecção hospitalar e suas ações de controle. Metodologia: Foi realizada busca na literatura de estudos existentes sobre a infecção hospitalar, tendo um enfoque descritivo com uma ampla análise de casos com o intuito de verificar o que está sendo realizado no ambiente hospitalar em relação ao controle de infecção. Resultados: Na assistência à saúde, o indivíduo deve ser visto como um ser integral, que não se fragmenta para receber atendimento em partes. As infecções hospitalares são multifatoriais, e toda a problemática de como reduzir as infecções, intervir em situações de surtos e manter sob controle as infecções dentro de uma instituição, deve ser resultado de um trabalho de equipe (UGÁ, 2007). O enfermeiro opera com um papel de extrema importância, pois o mesmo atua em contato direto com o paciente, sendo necessários cuidados e atividades que visem à segurança do paciente, ressaltando a higienização de mãos antes e após contato com o cliente, uso de EPIs (equipamento de proteção individual) que consiste em um aparato com o intuito de proteger o profissional á riscos capazes de ameaçar a sua segurança e saúde, além da higiene do ambiente que atuam como medidas destinadas a evitar infecções cruzadas. Além disso, o enfermeiro deve inspecionar a correta aplicação de técnicas assépticas, avaliar e orientar a implantação de medidas de isolamento e introduzir medidas de prevenção da disseminação de micro-organismos, sendo um elo entre os setores hospitalares disseminando ações de prevenção ao controle hospitalar e atuar junto a vigilância sanitária e epidemiológica a fim de identificar problemas relacionados à infecção hospitalar elaborando medidas corretivas e preventivas para uma melhora da qualidade e segurança a ser oferecida para os pacientes. Conclusão: Finalizando é de suma importância que todos os profissionais de saúde atuem em prol da diminuição das infecções através de ações conjuntas, sendo o enfermeiro capacitado para atuar no controle e na prevenção, em todas as suas interfaces, tanto nas ações preventivas como as de controle, atuando diretamente com o paciente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. SILVA, A. L. Aspecto ético no Controle de Infecção. In: MARTINS, M. A. Manual de infecção hospitalar, epidemiologia, prevenção e controle. Rio de Janeiro: MEDSI, 2001. 2. UGÁ, M. A. D.; LÓPEZ, E. M. Os Hospitais de pequeno porte e sua inserção no SUS. Rev. Ciência e Saúde Coletiva, julho-agosto, v. 12, n. 4, Rio de Janeiro, 2007. 270 BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE Angélica Cristina Duarte Gonçalves Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma importante ferramenta metodológica de trabalho que abrange funções e normas internas. Usada corretamente, favorece o reconhecimento do profissional enfermeiro no âmbito da assistência direta e indireta ao paciente. Neste contexto, este estudo tem como objetivo relatar sobre os benefícios da Sistematização de Assistência de Enfermagem para o cuidado ao cliente. Por meio da SAE é que se estabelece as etapas que devem ser seguidas para melhor prestação de serviços a toda clientela da área de saúde. Além disso, permite ao enfermeiro avaliar a qualidade da assistência prestada por meio das metas estabelecidas. Entretanto, após quase sete anos da legislação que obriga a implantação da SAE nas instituições de saúde, pouco se tem de resultado. Assim, esse estudo se justifica para alertar os enfermeiros sobre a necessidade de realizar a implementação da sistematização da assistência de enfermagem. Dessa forma, será possível o desenvolvimento de uma nova cultura que fortaleça a realização pessoal e profissional dos enfermeiros e, paralelamente, resulte numa assistência mais qualificada e segura para os usuários. Optou-se por desenvolver uma investigação bibliográfica, a partir de base de dados tais como a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Área: Enfermagem, que fossem publicados nos últimos 5 anos, em língua portuguesa, utilizado palavras chaves Sistematização da Assistência de Enfermagem, enfermeiro, autonomia. Os resultados mostram as inúmeras vantagens que a SAE traz aos serviços de enfermagem. No âmbito da assistência ao paciente, direciona e organiza o trabalho, favorece a visibilidade profissional e a participação efetiva no cuidado e nas tomadas de decisão, proporcionando um trabalho individualizado acerca das necessidades de cada um. Acredita-se que ao estimular o debate em diversos formatos, esteja-se contribuindo de maneira efetiva com a profissão, visto que auxilia os enfermeiros a desenvolverem a SAE de acordo com suas realidades. Os desafios, entretanto, são inúmeros. Um deles refere-se inclusive à falta de aceitação e cumprimento da legislação vigente pelo próprio enfermeiro. Porém, a despeito de qualquer dificuldade, é necessário e urgente que os enfermeiros, percorram esse caminho para que a realidade posta seja modificada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. 3. 4. 5. ALCANTARA, M. R. et al. Teorias de Enfermagem: A Importância para a Implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem. Rev Cie Fac Edu Mei. Amb. v. 2, n. 2: 115-132, mai-out, 2011. Disponível em: http://www.faema.edu.br/revistas/index.php/RevistaFAEMA /article/ view/99/78. Acesso em 14/03/2016 Conselho Federal de Enfermagem (BR). Resolução nº 272/2002, Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE - nas Instituições de Saúde Brasileiras.Disponível em:http://www.portalcofen.com.br FIGUEIREDO, R. M. et al. Caracterização da produção do conhecimento sobre sistematização da assistência de enfermagem no Brasil. Rev.Esc.Enferm USP. v.40, n.2, p.299-303, 2006. FULY, P.S.C.; LEITE, J.L.; LIMA, S.B.S. Correntes de pensamento nacionais sobre sistematização da assistência de enfermagem. Rev. Bras. Enferm. Brasília, v. 61, n. 6, dez 2008. TANNURE, M. C.; GONÇALVES, A.M.P. SAE, Sistematização da Assistência de Enfermagem: Guia Prático. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 271 A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA NA GESTÃO DE QUALIDADE NOS SERVIÇO DE SAÚDE PRESTADO Angélica Cristina Duarte Gonçalves Maria de Fátima da Silva Castro (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem A assistência à saúde está consideravelmente mais qualificada nas últimas décadas em função da adoção de novos processos e ferramentas administrativas, realização de pesquisas científicas e utilização das novas tecnologias. Identificou-se que muitos cuidados não estavam sendo executados de maneira satisfatória, tanto no aspecto técnico quanto ético e humano. Acreditase que isso aconteça porque ainda não foi implantado um processo de avaliação da qualidade do cuidado prestado. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo identificar a relação da importância da auditoria com a gestão de qualidade. Considerando a complexidade do setor saúde, é apresentado o cenário atual das instituições, conceitos do segmento e análise e relevância da aplicabilidade da auditoria como ferramenta de gestão. É necessário avaliar todos os processos envolvidos no sistema de saúde por meio das ações propostas pela auditoria. O tema se justifica por alerta sobre a necessidade da realização da auditoria que é um processo de avaliação sistemática da qualidade dos cuidados da assistência prestada, com isso os clientes serão beneficiados com a probabilidade de receber uma assistência de melhor qualidade a partir de um serviço oferecido de maneira mais segura e eficaz. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica, por meio de artigos disponíveis nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Área: Enfermagem, tendo como método de inclusão os artigos de periódicos nacionais, sendo publicados nos últimos 10 anos, sendo utilizado os descritores auditoria de enfermagem, gestão de qualidade, qualidade da assistência à saúde e cuidados de enfermagem. Os resultados deixam claro que a utilização da auditoria como uma ferramenta de gestão deve contemplar as exigências pertinentes ao processo tais como planejar, monitorar, avaliar as ações e serviços de saúde, intensificar a capacitação e treinamento permanente de todos os envolvidos. Deve-se enfatizar a sua principal função educadora e não apenas a fiscalizadora e a punitiva, pois o serviço da auditoria pode ser visto como um processo educativo no qual não se busca responsáveis pela falha, mas questiona o porquê da não conformidade. A implantação da gestão de qualidade contribuir para a realização da melhoria continua dos serviços prestados, buscando alcançar a assistência qualificada, e padronizada na prestação da assistência de saúde dos serviços prestados REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. ANTUNES, Arthur Velloso; TREVIZAN, Maria Auxiliadora. Gerenciamento da qualidade: utilização no serviço de enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.8, n.1, p.35-44, 2000. 2. BOHOMOL, Elena. Padrões para avaliação da qualidade da assistência de enfermagem. In: D.INNOCENZO, Maria. (Coord.). Indicadores, auditorias, certificações: ferramentas de qualidade para gestão em saúde. São Paulo: Martinari, 2006. p.73-85. 3. D.INNOCENZO, Maria; ADAMI, Nilce Piva; CUNHA, Isabel Cristina Kowal Olm O movimento pela qualidade nos serviços de saúde e enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v.59, n.1, p.84-88, 2006. Disponível em: . Acesso em: 25 mar 2016. 4. SCARPARO, Ariane Fazzolo; FERRAZ, Clarice Aparecida. Auditoria em enfermagem: identificando sua concepção e métodos. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília, DF, v.61, n.3, p.302-305, 2008. 5. SETZ, Vanessa Grespan.; D.INNOCENZO, Maria. Avaliação da qualidade dos registros de enfermagem por meio da auditoria. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v.22, n.3, p.313317, 2009. 272 EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O ADOLESCENTE SOBRE AS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST’S) Renata Ariane Gomes Andrade Lígia dos Santos Cesarino Reginalva Rocha Vieira Valéria Cristina da Costa Angélica Mônica Andrade (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem A Educação em Saúde é um artefato capaz de produzir ação, é um processo de trabalho dirigido para atuar sobre o conhecimento das pessoas, para que ocorra desenvolvimento de juízo crítico e capacidade de intervenção sobre suas próprias vidas, ou seja, apropriação da existência como ser humano. (RODRIGUES, 2010). A realização da educação em saúde requer do profissional de saúde, uma proximidade com esta prática, análise crítica da sua atuação, bem como uma reflexão de seu papel como educador. Entre os profissionais de saúde, encontra-se o enfermeiro, o qual participa de programas e atividades de educação visando à melhoria da saúde do indivíduo, da família e da comunidade mostrando alternativas para que estes tomem atitudes que lhe proporcione saúde em seu sentido mais amplo. A adolescência está entre os grupos que merecem atenção em educação em saúde na atualidade, nas últimas décadas tem se tornado alvo de estudos e passaram a merecer maior atenção em termos de saúde devido às mudanças físicas, psíquicas e sociais próprias da fase que se configuram em um quadro de vulnerabilidade aos agravos sociais como a gravidez indesejada, aborto, contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DST), além de problemas sociais como aumento do consumo de drogas lícitas e ilícitas, a violência, entre outros. Para que o adolescente tenha um bom aproveitamento das informações repassadas pelo profissional de saúde, as formas com que os métodos de prevenção devem ser bem explicados quanto a sua utilização e eficácia. Através da pesquisa bibliográfica com caráter exploratório e descritivo, buscamos identificar a função do profissional enfermeiro na saúde educacional do adolescente. Para embasamento literário foram utilizados palavra-chave; adolescente; doenças sexualmente transmissíveis; educação sexual, educação em saúde. A partir da busca, foram encontrados 5 artigos nas bases de dados da Scielo e BIREME, e que atenderam os seguintes critérios de inclusão: trabalhos publicados nos últimos 10 anos, língua portuguesa e coerente com o objetivo e relevância do tema estudado. Atuação do profissional de enfermagem junto a educação em saúde de adolescentes, sobre a prevenção e promoção à saúde relacionada as doenças Sexualmente Transmissíveis (DST`S). Portanto, conclui-se com este estudo que o enfermeiro é um profissional de importante atuação junto a educação em saúde do adolescente em relação ao processo de ensino aprendizado sobre as doenças Sexualmente Transmissíveis, pois o enfermeiro tem como objetivo a eliminação de redução dos fatores de risco e a informação sobre métodos de prevenção aos adolescentes. Sendo assim é necessário realizar estratégias educativas que utilizem métodos participativos, para que haja uma integração e a participação de todos e que a conscientização seja consequência de uma ação educativa bem elaborada sobre a prevenção de infecção por doenças Sexualmente Transmissíveis. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 1. 2. Ministério da Saúde: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/40dst.html Cossa APP, Jardim DP. O enfermeiro na educação em saúde na adolescência nos últimos dez anos. Rev Enferm UNISA 2011. 273 3. Onofre PSC, Oliveira PP, Amaral JL. CONHECIMENTO DOS ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA SOBRE AS PRINCIPAIS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS. R. Enferm. Cent. O. Min. VOL.4, NO 3, 2014; 4. Associação Brasileira de Enfermagem-ABEn. Projeto Acolher. Adolescer: compreender, atuar, acolher Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2001. 5. COLOMÉ, Juliana Silveira; DE OLIVEIRA, Dora Lúcia Leidens Corrêa: Educação em saúde: por quem e para quem? A visão de estudantes de graduação em enfermagem Texto contexto - enferm. vol.21 no.1 Florianópolis Jan./Mar. 2012. 6. RODRIGUES, Davi; DOS SANTOS Vilmar Ezequiel: A Educação em Saúde na Estratégia Saúde da Família: uma revisão bibliográfica das publicações científicas no Brasil. J Health Sci Inst. 2010. 274 O PAPEL DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR Luciana Veríssimo Duarte Wagner de Souza Fernandes Ana Luiza dos Reis Maria Santos Rosa Rebeca Duarte (Orientador) [email protected] Ciências e Saúde Introdução: As infecções hospitalares surgiram na assistência em saúde, a partir da criação de instituições destinadas a tratar indivíduos, assim como pela implementação de procedimentos terapêuticos e diagnósticos mais invasivos. Estas infecções são as mais frequentes e importantes complicações ocorridas em pacientes hospitalizados. O tema é trabalhado no sentido de evidenciar a responsabilidade em controlar a infecção como sendo papel inerente aos profissionais da equipe de saúde. Trata-se de um artigo de atualização tendo como objetivo, destacar aspectos conceituais sobre a infecção hospitalar de interesse para o cuidado de enfermagem, evidenciando os fundamentos que norteiam a compreensão deste fenômeno de indiscutível importância epidemiológica para a assistência à saúde. Resultados: Os fatores de risco associados à aquisição de infecções estão relacionados aos próprios pacientes, aos procedimentos invasivos e ao ambiente hospitalar. Isto porque, por vezes a infecção hospitalar é decorrente de atos falhos cometidos pelos profissionais da área da saúde, assim como dos equipamentos técnicos necessários ao seu tratamento que rompe suas defesas orgânicas aumentando a probabilidade de adquirir infecções. Este estudo visa mostra que é de extrema relevância o conhecimento por parte dos profissionais de enfermagem sobre a importância do controle dessas infecções, a partir de ações simples como a lavagem das mãos, a realização de cirurgias com material adequadamente esterilizado, a higiene e limpeza do ambiente hospitalar e técnicas de antissepsia, com a finalidade de diminuir os riscos desse tipo de infecção. No Brasil, estima-se que 3% a 15% dos pacientes hospitalizados desenvolvem alguma infecção hospitalar. Segundo a Portaria n.2616/98 do MS, infecção hospitalar é aquela adquirida após admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após alta, quando relacionada com a internação ou a procedimentos hospitalares/ambulatoriais ou as manifestadas antes de 72 horas da internação, porém associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados durante este período. O papel da enfermagem diante dessa problemática, deve ser voltado para ações de prevenção e controle de infecções, visando desta forma minimizar a disseminação e a proliferação de microrganismos infectocontagiosos para outros meios não colonizados. Portanto, é fundamental atentar-se para o uso correto dos instrumentos de trabalho de uso individual e coletivo, apostar na educação continuada e na capacitação dos profissionais de saúde em realizar de forma correta a higienização das mãos a cada procedimento, na esterilização de materiais cirúrgicos e na orientação aos visitantes e acompanhantes. Conclui-se que o tema em questão no que tange ao profissional de enfermagem, deveria ser mais pesquisado, por indicar a necessidade de se investir em estratégias e treinamentos para aumentar a adesão na prevenção e controle da IH. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 2.616, de 12 de maio de 1998. Estabelece diretrizes e normas para a prevenção e o controle das infecções hospitalares. Diário Oficial [da União da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, 13 maio. 1998. 275 2. 3. 4. 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da União [da União da República Federativa do Brasil], Brasília, 20 mar. 2002. BRASIL. Agência Nacional De Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC n°. 42, de 25 de outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 out. 2010. BRASIL. Agência Nacional De Vigilância Sanitária – ANVISA. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde – Higienização das Mãos. Brasília, 2009. BRASIL. Agência Nacional De Vigilância Sanitária – ANVISA. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília, 2013 276 FISIOPATOLOGIA ENDÓCRINA: MECANISMOS ENVOLVIDOS NA ACROMEGALIA Alessandra Ribeiro Teixeira Gleisy Kelly Neves Gonçalves Gleisy Kelly Neves Gonçalves (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem O sistema endócrino tem a função de integrar o organismo garantindo funções importantes como a reprodução, promover crescimento e desenvolvimento e garantir a homeostasia do meio interno. A produção hormonal acontece através do sistema de retroalimentação na medida em que a necessidade de produção e liberação do hormônio aumente ou diminua (AIRES, 2013). Nas doenças endócrinas ocorrem tanto a diminuição ou cessação da produção hormonal como sua produção excessiva, e a abordagens terapêutica deverá visar a correção desses desequilíbrios. A disfunção dessa alça de regulação pode levar em alguns casos, ao desenvolvimento da acromegalia (RAFF et al 2012). O conhecimento de aspectos patológicos da acromegalia contribui para a assistência adequada e a identificação precoce do quadro. O objetivo da realização desse trabalho é a discussão sobre os aspectos fisiopatológicos da acromegalia e a contribuição para a formação do acadêmico na área de saúde. Nesse estudo, é apresentado uma revisão de literatura sobre os aspectos fisiopatológicos da acromegalia. A metodologia utilizada foi a busca em livros referência para o sistema endócrino e artigos publicados em sites de busca científica que estivesse de acordo com o objetivo da pesquisa. A acromegalia é definida como uma doença endócrina sistêmica resultante da exposição ao excesso do hormônio do crescimento (GH) e do fator de crescimento semelhante à insulina (IGF1), em 98% dos casos por decorrência de um adenoma hipofisário secretor de GH (FEDRIZZI, CZEPIELEWSKI, 2008). Devido ao fechamento das epífises ósseas depois da puberdade na acromegalia ocorre aumento nos ossos das mãos e dos pés, do crânio e da face, provocando alterações desfigurantes e causadoras de grave estigma social. As alterações sistêmicas mais relevantes são as cardiovasculares, respiratórias, alterações no metabolismo da glicose, além das neoplásicas, que juntas são as maiores causadoras dos elevados índices de morbimortalidade dessa população. O diagnóstico precoce e tratamento adequado da acromegalia dependem do reconhecimento dos sinais e sintomas por profissionais de saúde com conhecimento das manifestações clínicas de uma doença desconhecida e pouco discutida. Segundo Neto e colaboradores 2011, o tratamento da acromegalia requer abordagem multidisciplinar e uso de medidas terapêuticas eficazes buscando o controle dos níveis hormonais e a preservação das funções adenoipofisárias. Entre as terapêuticas utilizadas se destacam a cirurgia, medicamentos e radioterapia. A suspeita clínica e a confirmação através de exames de imagem e dosagens hormonais se feitos por profissionais com experiência contribuirão para o tratamento efetivo da doença. A partir da importância dessa patologia, consideramos relevante a realização deste estudo bibliográfico para contemplar os aspectos mais importantes da acromegalia, com enfoque em suas manifestações clinicas e fisiopatologia, para então contribuir na formação qualificada de profissionais da saúde. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. AIRES, Margaria M. Fisiologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. RAFF, Hershel; LEVITZKY, Michael G. Fisiologia Médica: Uma abordagem integrada. Porto Alegre: Artmed, 2012. FEDRIZZI, Daniela; CZEPIELEWSKI, Mauro A. Distúrbios Cardiovasculares na acromegalia. Arq. Bras. Endocrinol. Metabol. São Paulo: vol.52, n.9, Dez 2009. 277 4. NETO et al. Recomendações do Departamento de Neuroendocrinologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia para diagnóstico e tratamento da acromegalia no Brasil. Arq Bras Endocrinol Metabo, Rio de Janeiro, 55/2, 2011. 278 CÂNCER DO PÊNIS: UMA DOENÇA QUE VEM ASSOMBRANDO O SEXO MASCULINO NOS DIAS ATUAIS Luciana Veríssimo Duarte Wagner de souza Fernandes Maria Santos Rosa Ana luiza reis Rebeca Duarte (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem O Carcinoma do pênis é uma forma relativamente rara de câncer que afeta a pele os tecidos e diferentes partes ou camadas do pênis. Manifesta-se por lesões e alterações na glande, no prepúcio ou no corpo do pênis e nos gânglios inguinais. Embora se trate de um problema pouco discutido, menos debatido que o câncer de próstata, o qual é prioridade na política de saúde do homem, o câncer de pênis causa sérios problemas em razão do diagnóstico tardio, e há estudos que estabelecem sua relação com a infecção pelo HPV (papilomavírus humano), que é uma doença sexualmente transmissível. Objetivo, despertar os homens para o cuidado em saúde, promover autoconhecimento do corpo e da higiene adequada do pênis, estimulando-os a procurar o serviço de saúde. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica com artigos publicados entre 2006 e 2007, em português com os descritores câncer de pênis, papilomavírus disponíveis na BVS Resultados: As estimativas INCA para 2010 não apontavam o Carcinoma do Pênis como um dos mais frequentes no país pois representa 2,1% de todos os tipos de câncer entre homens, mas sua ocorrência é 15% mais alta no Norte e Nordeste, em que existem condições socioeconômicas mais precárias, com incidência de 1,3 a 2,7 por 100 mil habitantes. O levantamento aponta que 90% dos pacientes que apresentam o carcinoma do pênis, quando procuram pelo serviço de urologia, o fazem com doença avançada, com tumor grande e linfonodos aumentados. A Sociedade Brasileira de Urologia ao realizar um estudo epidemiológico, identificou 283 novos casos no Brasil – destes, 53,02% ocorreram no Norte e Nordeste, e 45,54% no Sudeste. A maioria dos pacientes (78%) tinha mais de 46 anos, e 7,41% menos de 35 anos. Um dado chama a atenção: 60,4% tinham fimose, o que dificultava a exposição da glande e sua higiene. Entre os 283 participantes da pesquisa, 6,36% estavam infectados pelo HPV, e 73,14% eram tabagistas. Nessas regiões de maior ocorrência, o câncer de pênis supera os casos de câncer de próstata e de bexiga. Alguns dos tratamentos não invasivos são realizados através de quimioterapia tópica, no qual o medicamento é colocado diretamente na lesão da pele. Circuncisão, excisão local que é a remoção do tecido canceroso na superfície da pele e cirurgia a laser – onde o laser remove as lesões da superfície. O tratamento invasivo é realizado através da cirurgia denominada penectomia que pode ser parcial ou total. Conclui-se que a identificação oportuna do Câncer do Pênis influi de maneira decisiva no seu prognóstico, pois se for feita logo no início, o câncer de pênis é tratável e tem grande possibilidade de cura. No entanto, considerando os aspectos culturais da masculinidade e a natureza das barreiras para busca e utilização de serviços de saúde, deve-se levar em conta que muitos sentem medos, receios e vergonha relacionados à descoberta de doenças e se intimidam, adiando assim a busca por ajuda. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 1.944, de 27 de agosto de 2009. Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Brasília; 279 2. 3. 4. 5. 6. 7. 2008. [Acesso em 12 de março de 2016]. Disponível em:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt1944_27_08_2009.htm CARVALHO JJM, MOREIRA R, VEDOVATO BC, SILVA DB, CARVALHO JZM, TREVIZO AP, et al. Câncer de pênis em jovem de 23 anos associado a infecção por HPV-62: relato de caso. DST J Bras Doenças Sex Transm. 2011; v. 23, n.1,p.44-47. HOSPITAL A.C. Camargo. Pênis [monografia na internet]. São Paulo;2012 [acesso em 10 de março 2016]. Disponível em: http://www.accamargo.org.br/tudo-sobre-o-cancer/penis/46/ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2012: incidência de câncer no Brasil. Coordenação Geral de Ações Estratégicas, Coordenação de Prevenção e Vigilância. Rio de Janeiro: Inca; 2011. 118 p. REIS AAS, PAULA LB, PAULA AAP, SADDI VA, CRUZ AD. Aspectos clínico-epidemiológicos associados ao câncer de pênis. Ciên Saúde Coletiva 2010; v.15 (Suppl 1) p.1105-11. SCHRAIBER LB, Figueiredo WS, Gomes R, Couto MT, Pinheiro TF, Machin R, et al. Necessidades de saúde e masculinidades: atenção primária no cuidado aos homens. Cad Saúde Pública. 2010; v.26 n.5,p.961-970. SOUZA K W, REIS PAULA E D, GOMES I P, CARVALHO E C. Estratégias de prevenção para câncer de testículo e pênis: revisão integrativa. Rev Esc. enferm. USP. 2011; v.45,n.1,p.277-282. 280 QUEDAS EM IDOSOS: PRINCIPAIS CAUSAS E COMO PREVENIR Marcela Morais Fernandes Maria Tânia da Costa Silva Ana Paula Grigorio Carvalho Stephanie Eduarda Guimarães Martins Soares Rosana Costa do Amaral (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem Com o aumento da população idosa no mundo, observam-se os agravos e condições que os idosos tendem a enfrentar. Baseado nestes, a instabilidade e a queda são fatores preocupantes podendo gerar um grande impacto socioeconômico na população. Esse processo caracteriza-se pelo constante aumento da expectativa de vida, associado a uma redução da taxa de fecundidade. O Brasil vem vivenciando um significativo aumento no número de idosos, sendo que a tendência é que este número aumente cada vez mais. Diante desta realidade o presente trabalho tem como objetivo identificar por meio de pesquisa bibliográfica as principais causas de quedas em idosos e como prevenir essas quedas. O presente estudo trata-se de uma pesquisa explicativa descritiva, tendo como finalidade levantar dados através de revisão da literatura, que se baseia em literaturas e artigos científicos proveniente de bibliotecas convencionais e virtuais especificamente na Scientific Electronic Library Online- Scielo, disponível em: (http://www.scielo.br) por meio das palavras chaves: idoso, queda, prevenção. Os critérios de inclusão adotados para a elaboração do estudo foram publicações condizentes ao tema proposto e artigos publicados nos anos de 2006 à 2014. Os acidentes por quedas estão relacionados ao estado funcional, a mobilidade do idoso. Os fatores de risco podem ser divididos em fatores intrínseco aquelas decorrentes das alterações fisiológicas que surgem com o processo natural do envelhecimento mais alterações patológicas e efeitos colaterais de drogas. E fatores extrínsecos, estão relacionados aos comportamentos de risco e às atividades praticadas por indivíduo em seu meio ambiente.¹ As quedas em idosos são acidentais na sua maioria e devem-se à falta de condições de segurança como pisos irregulares ou escorregadios, presença de tapetes, moveis e iluminação inadequados, cama impropria para o conforto do idoso. O profissional de saúde deve orientar na prevenção das quedas, identificando os fatores de risco para a correção dos que são passíveis de ser corrigidos. Fazendo modificações necessárias para adaptação do ambiente de convívio do idoso às alterações do envelhecimento. Orientando o idoso e sua família como evitar uma queda indo regularmente no oftalmologista, não usar medicações sem orientação médica, evitar comportamentos arriscados, orientando a necessidade de adequar o ambiente para que se torne mais seguro, realizar atividade físicas para manter uma boa força muscular e bom equilíbrio corporal. Podemos concluir que pôde-se observar a gravidade do problema e as patologias secundárias adquirida após o episódio da queda. Com esta reflexão se faz necessário o estudo contínuo do tema, direcionado aos profissionais da saúde e familiares. Buscar a aplicabilidade à prevenção da queda, incluindo no processo de prevenção, a orientação familiar sendo boa oportunidade para prevenir este agravo, já que a maioria deles ocorrem em ambiente doméstico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. FILHO, Eurico Thomaz de Carvalho; NETTO, Matheus Papaléo. Geriatria: Fundamentos, Clinicas e Terapêutica. 2º Ed. 20 FREITAS, Elizabete Viana; Manual Prático de Geriatria. 1.ed. Rio de Janeiro: AC farmacêutica, 2014. cap.5, p.57-64. 281 3. 4. 5. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Atenção à saúde da Pessoa Idosa e Envelhecimento. Série Pactos pela saúde, v.12, Brasília – DF 2010. MENEZES, Ruth Losada de; BACHION, Maria Márcia; Estudo da presença de fatores de riscos intrínsecos para quedas, em idosos institucionalizados, Ciência e Saúde coletiva, Rio de Janeiro, 2008, vol.13. n.4, p.1210, jul/ago.2008. SECRETARIA DE ESTADO DE MINAS GERAIS. DE SAÚDE Atenção à saúde do idoso. Saúde em casa. 1ª edição, Belo Horizonte, 2006. 282 A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANCA PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Bruno Alexandre e Silva Dáphine Regina Soares de Souza Maria de Fátima Castro (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem A saúde é um direito de todos e para estar saudável é necessário, entre outras terem condições de trabalho seguras. Para muitos profissionais da área da saúde, entretanto, as situações de risco as quais estão expostos, não são observadas e pouco valorizadas. Os acidentes com materiais biológicos, por exemplo, são frequentes e representam uma grande preocupação. Esses acidentes resultam, para a equipe de enfermagem, a mais afetada, entre todos os outros profissionais da saúde Há de se considerar, frente a isso, que os profissionais de enfermagem são o maior contingente de pessoas nas instituições de saúde e os que mais se expõem aos riscos, em função das atividades desempenhadas junto aos pacientes. Segundo Damasceno (2006) os fatores relacionados aos acidentes com materiais contaminados, na sua maioria, se devem à ausência de ações educativas. Neste contexto, as questões pertinentes à biossegurança são extremamente relevantes e já se configuram como uma das maiores preocupações em serviços de saúde. A biossegurança, segundo Teixeira; Valle (2010) refere-se ao conjunto de ações voltadas para produção, ensino e prestação de serviços, visando à saúde do homem e a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados. Este estudo visa esclarecer à seguinte pergunta de partida: o que faz com que os acidentes biológicos, apesar de tantos avanços na área da saúde, ainda serem um grave problema para a equipe de enfermagem? Frente a isso, o objetivo a ser alcançado é identificar o que faz com que os acidentes biológicos permaneçam sendo um grave problema para a equipe de enfermagem. Trata-se de uma revisão da literatura pelos dados da Scielo Brasil, por meio dos descritores: biossegurança, saúde ocupacional e enfermagem, publicados no período de 2003 a 2014. Na qual foram selecionados três artigos analisados apontou para uma necessidade de mais estudos e ações que se traduzam em envolvimento dos profissionais de saúde com a relevância do tema. Os estudos chamam atenção ainda para a necessidade de realização de campanhas educativas, a fim de facilitar a adoção da cultura da biossegurança pelos profissionais em instituições de saúde. De acordo com Marziale (2004), o acidente com material perfura cortante, ocorre com maior frequência entre os trabalhadores de enfermagem. Devem ser vistos com responsabilidade, pois são capazes de transmitir infecções tais como o vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e Hepatite B. necessita se de uma nova estratégia de educação em biossegurança, no sentido de desenvolver competências técnicas, teóricas dos profissionais, de modo a garantir que desenvolvam uma assistência adequada. Mudanças no ambiente de trabalho, treinamento permanente, e o fornecimento de dispositivos de segurança podem estar entre as principais ações para minimizar as situações de risco biológico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. DAMASCENO, Ariadna Pires et al. Acidentes ocupacionais com material biológico: a percepção do profissional acidentado. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 59, n. 1, 2006. Disponível em: www.scielo.br/scielo. Acesso em: 20 mar. 2016. 2. MARZIELE, MHP. REPAT, Rede de Prevenção de acidentes de trabalho com Material Biológico em Hospitais do Brasil. São Paulo, 2003. 3. BRAND, Cátia inácia; Fontana, Rosane Teresinha Fontana. Biossegurança na perspectiva da equipe de enfermagem de unidades de tratamento intensivo. revista brasileira de enfermagem, Brasília, v 67 n.1 2014. 4. TEXEIRA, P; Valle,S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. Rio de Janeiro:Ed. Fiocruz, 1996 283 O IMPACTO DO ESTRESSE EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA Bruno Alexandre e Silva Dáphine Regina Soares de Souza Carvalho Maria de Fátima Castro (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem O profissional de enfermagem faz parte de uma das classes trabalhadoras mais afetadas pelo estresse. Em seu ambiente de trabalho, existem diversos fatores que contribuem para desencadeá-lo. Dentre estes fatores estão às más condições de trabalho, as diversas patologias que resultam em sofrimento para o ser humano, a falta de material, conflitos interpessoais, entre outros. Frente a isso, o presente estudo tem como objetivo avaliar o impacto que o estresse causa na assistência que vem sendo prestada pelo profissional de enfermagem. Tratase de uma revisão da literatura realizada por meio de consulta eletrônica nas bases de dados da biblioteca virtual Scielo, por meio dos seguintes descritores: estresse, assistência de enfermagem. No período entre 2004 e 2014. O estresse, desde 1999, já é considerado pela legislação previdenciária brasileira como doença ocupacional (lei n. 3048 de 06/05/1999). Alguns autores relatam que a patologia já se tornou um grave problema de saúde pública, devido à sua grande incidência. Neste contexto, percebe-se a gravidade do estresse na vida profissional dos trabalhadores. Segundo Rodrigues (1997 et al), o estresse é uma relação particular entre uma pessoa, seu ambiente, e as circunstâncias as quais ela está submetida. No Brasil, o enfermeiro possui baixa remuneração se comparada com a relevância de sua profissão. Esse fator influencia diretamente em sua vida, pois o mesmo tem que fazer jornadas duplas para conseguir um salário melhor. Dessa maneira, o indivíduo fica sobrecarregado, vivendo apenas para o trabalho, sem nenhuma qualidade de vida. Sabe-se que o enfermeiro lida diretamente com o paciente e seus familiares em seus momentos mais frágeis, que é o momento da doença e, em muitas situações, até sua morte. Isso, por si só, faz com que a profissão seja classificada entre as mais estressantes. Podendo surgir a Síndrome de Burnout, que segundo França e Rodrigues (1999), se caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas de exaustão física, psíquica e emocional, em consequência da má adaptação do sujeito a um trabalho prolongado, altamente estressante e com alta carga emocional, podendo estar acompanhado de frustação em relação a si e ao trabalho. Tal síndrome, de maior incidência em profissionais da saúde. Segundo Kandolin (1993), num estudo realizado em profissionais de saúde que praticam o trabalho por turnos (incluídos aqui a equipe de enfermagem), foram encontrados três aspectos de Burnout, que eram a fadiga psicológica; perda na satisfação do trabalho e endurecimento de atitudes. Conclui-se que para o enfermeiro cuidar bem dos seus pacientes, ele precisa de uma boa saúde e disposição física e psíquica. Entretanto, para alcançar esse resultado, devem-se criar maneiras de minimizar o estresse desse profissional e de sua equipe. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. ROSA, Cristiane da; CARLOTTO, Mary Sandra. Síndrome de Burnout e satisfação no trabalho em profissionais de uma instituição hospitalar. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 8, n. 2, p. 1-15, dez. 2005 . BATISTA, K. M. Stress e Hardiness entre enfermeiros hospitalares. São Paulo, 2011. 239 p. OLIVEIRA, Rosalvo de Jesus; CUNHA,Tarcísio. ESTRESSE DO PROFISSIONAL DE SAÚDE NO AMBIENTE DE TRABALHO: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS. Rio de Janeiro, vol.3 p. 79-93, jul/ dez. 2014. 284 4. SILVA et al; Adão Ademir da. O Cuidado de si entre Profissionais de Enfermagem: Revisão das Dissertações e Teses Brasileiras. Revista Brasileira de Área: Enfermagem, Rio Grande do Sul, v.18, n.4 , p. 345-352, 2014. 285 A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE ANEMIA FERROPRIVA NA CRIANÇA Milena Souza Morgado Frederico Francisco Nolasco Regiane de Farias Borges Eder Julio Rocha de Almeida (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem Introdução: Segundo o Ministério da Saúde a anemia é definida como uma baixa de hemoglobina no sangue e pode ocorrer pela deficiência de ferro na dieta, de folato, vitamina B12, por infecções parasitárias, dentre outras. Das principais consequências da deficiência no organismo da criança são destacados o comprometimento do sistema imune, redução da função cognitiva, do crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor e a diminuição da capacidade de aprendizagem. O ferro durante os primeiros anos de vida é de grande valia e por isso medidas preventivas devem ser adotas para diminuir o índice de crianças com esse déficit (BRASIL, 2013). Objetivo: Determinar o papel do enfermeiro na prevenção da anemia ferropriva em crianças. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica que visa discutir a atuação do enfermeiro diante da criança com anemia. A coleta foi realizada na base de dados BIREME usando como palavra-chave “anemia ferropriva” e para selecionar os artigos usamos como critério de exclusão aqueles que não estavam relacionados com a enfermagem, em outra língua e inferior ao ano de 2013. Selecionados e avaliados criticamente 12 artigos científicos, além de matérias do ministério da saúde. Resultados/Conclusão: O enfermeiro deve ficar atendo a puericultura das crianças e aquelas que não estão realizando esse controle, pois é durante essas consultas que o profissional consegue identificar o estado de saúde geral da criança e quando não existe essa consulta um dos artifícios seria a busca ativa das famílias. A enfermagem tem um grande papel como educador e deve procurar humanizar e desenvolver estratégias que abordem os cuidados maternos com o filho e proporcionando assim, uma maior autonomia à mãe. O cuidado do enfermeiro deve ser direcionado as causas e os fatores de risco para que tratamento foco apenas na doença e sim nas dimensões sociais, comportamentais e culturais. Conclui-se que a atuação deve ser realizada não só pelo enfermeiro, mas por toda a equipe multiprofissional, garantindo uma qualidade na assistência e um cuidado integral. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Programa Nacional de Suplementação de Ferro: manual de condutas gerais / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual _suplementacao_ferro_condutas_gerais.pdf Acesso em: 08 de abril de 2016. GONÇALVES, Ilana Carla Mendes et al. Avaliação Nutricional De Crianças De 2 A 5 Anos No Norte De Minas. Revista Brasileira de Pesquisa em Área: Enfermagem, v. 2, n. 2, p. 30-34, 2016. Disponível em: http://www.icesp.br/revistas-eletronicas/index.php/RBPeCS/ article/viewFile/ 44/35 Acesso em: 08 de abril de 2016. VIEIRA, Melina Fayad. Baixa Adesão Ao Programa De Puericultura Na Área De Abrangência ESF 4 Do Município De Canápolis - MG. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais.UBERABA. 2014. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/ imagem/baixa-adesao-programa-puericultura.pdf Acesso em: 08 de abril de 2016. 286 RISCO DE INFECÇÃO A MULHERES SUBMETIDAS AO PARTO CESARIANA Débora Silva Ramos Larissa Cristina Cunha Silvani Souza Dias Tiziane Rogerio Sônia Viana (Orientador) [email protected] Área: Enfermagem No Brasil e no mundo se discutem os índices de cesarianas realizadas, números que chamam a atenção uma vez que no Brasil este número chega a triplicar quando comparado aos índices exigidos pelo Ministério da Saúde (MS). Vários fatores relacionados ao Parto Cesárea, são preocupantes a saúde da mulher, dentre os principais riscos podemos citar hemorragias, complicações, infecções e morte. O presente estudo visa relatar complicações vividas pela gestante no pós operatório imediato após uma cesariana e contribuir com a conscientização dos profissionais aos riscos causados as mulheres que se submetem ao parto cesárea. Trata-se de um estudo de caso descritivo, que registra a experiência de PSR, 28 anos, primigesta, moradora da região metropolitana de Belo Horizonte, onde foi submetida à cirurgia cesariana com 40 semanas de gestação. A paciente relata que com o rompimento da bolsa e a posição pélvica da criança foi submetida a cirurgia cesariana, inicialmente sem complicações. No puerpério a paciente apresentou queixa de dor abdominal intensa, flatos e distensão, retornando a instituição onde foi feito o procedimento, avaliada e medicada para controle da dor, recebendo alta hospitalar a seguir. Os sintomas persistiram e PSR retornou ao hospital ficando em observação por dois dias, onde foi medicada e após melhora recebeu alta hospitalar. Após 5 dias, as queixas voltaram a paciente apresentou tremor, dor intensa, vomito, distensão abdominal, palidez. Com a suspeita de torção de ovário, a paciente foi transferida para um hospital em Belo Horizonte onde foram realizados exames e detectado na ressonância magnética presença de corpo estranho e liquido abdominal, sendo então submetida à cirurgia de urgência. Após termino da cirurgia, o laudo médico registra presença de secreção purulenta, retirada de corpo estranho (compressa cirúrgica) da cavidade abdominal que já se encontrava aderido as alças intestinais e infecção. Foi colocado um dreno em selo d’água que permaneceu por 4 dias. Sem condições de amamentar, desenvolveu quadro de mastite, febre, ingurgitamento, mesmo com a ordenha manual. O nível de stress elevado levou a necessidade de acompanhamento psicológico durante o período de internação. Recebeu alta medica/ hospitalar após sete dias de internação. A gravidade do caso evidencia os riscos da cirurgia cesariana. Os benefícios de pratica são aceitos, porém a banalização do ato aumenta os riscos à saúde da mulher e da criança. Cabe destacar a necessidade de estimular as políticas de incentivo a realização de partos normais e principalmente o desenvolvimento de propostas que tornem o parto uma ação natural e segura. Salienta-se que todos os critérios éticos foram adotados e considerados para a realização do presente estudo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BRASIL: Cirurgia segura salvam vidas manual. disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/213372004745811b8d55dd3fbc4c6735/Manual _seguranca_do_paciente.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 19 de mar.2016. 287 RELAÇÃO ENTRE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS E FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DE DESORDENS METABÓLICAS EM ESTUDANTES DO 5° PERÍODO DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA FAMINAS-BH Aline Alves Ferreira Adriana Márcia Silveira Adriana Márcia Silveira (Orientador) [email protected] Área: Nutrição Introdução: Muitos estudos na população em geral identificam a obesidade, por meio do índice de massa corporal (IMC), e a distribuição central de gordura corpórea, segundo a relação cintura-quadril (RCQ), como fatores de risco para aumento da mortalidade. IMC é classificado pela OMS como: baixo peso (< 18,5kg/m2), peso normal (≥ 18,5 e < 25kg/m2), sobrepeso (≥ 25kg/m2 e < 30kg/m2) e obesidade (≥ 30kg/m2). Já a RCQ é um dos indicadores mais utilizados no diagnóstico de obesidade central, sendo que os valores esperados são variáveis dependendo da técnica da medida, do sexo e da idade do indivíduo. Para mulheres, podem ser consideradas portadoras de obesidade central as que apresentarem RCQ >0,8. Objetivo: realizar avaliação antropométrica de uma amostra de universitárias do 5°periodo do curso de nutrição da Faculdade de Minas-FAMINAS BH em Minas Gerais, no primeiro semestre letivo do ano de 2015. Metodologia: Todas as aferições foram realizadas por acadêmicas do quinto período do curso de Nutrição da FAMINAS BH sob orientação e supervisão de um docente da instituição. A avaliação antropométrica incluiu peso, altura, circunferência da cintura (CC) e do quadril (CQ) das universitárias que foram aferidos três vezes sendo utilizado neste estudo o valor médio das três aferições, para posterior estimativa do IMC, no qual foi dividido peso pela altura ao quadrado e RCQ, o qual foi utilizado como indicador do estado nutricional das participantes. Para a determinação da RCQ, a aferição foi feita estando o indivíduo em pé, em posição ereta, utilizando-se uma fita métrica flexível e inextensível. Para obtenção do peso e altura foi utilizado balança analógica com estadiômetro. Todas assinaram termo de consentimento livre e esclarecido para uso dos dados obtidos. Resultados: Este estudo contou com a participação de 22 alunas com idade entre 20 e 56 anos. Quanto ao IMC verificou-se que 68,19% (n=15) das participantes estavam eutróficas, 13,63% (n=3) com sobrepeso, 9,09% (n=2) com quadro de obesidade e 9,09 % (n=2) com baixo peso. No que concerne aos resultados da RCQ, evidenciouse que 13,63% (n=3) da amostra apresentou risco elevado para o desenvolvimento de desordens metabólicas associadas ao acúmulo de gordura na região abdominal. Conclusão: Diante dos resultados obtidos, constatou-se que a maioria das universitárias avaliadas neste trabalho apresentou estado nutricional adequado, sugerindo baixo risco para o desenvolvimento de possíveis doenças crônicas não transmissíveis, o que pode ser considerado um resultado satisfatório. Uma possível justificativa para os resultados encontrados pode estar relacionada ao possível fato das alunas adquirirem conscientização por meio de orientação adequada sobre hábitos saudáveis, durante sua formação acadêmica, já que a pesquisa avaliou alunas que estavam no 5º período do curso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CRUZ, Ana Carolina Da; STRACIERI, Adriana Pereira Medina; HORSTS, Renata Ferreira De Magalhães leite. Percepção Corporal E Comportamentos De Risco Para Os Transtornos Alimentares Em Estudantes De Um Curso De Nutrição, NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n.9, p.821840, ago.2011 288 2. 3. 4. ROSA, Cristiane Silva; GOMES, Ídia Maria Silva; RIBEIRO, Ricardo Laino. Transtornos Alimentares: Uma Análise abrangente Em Acadêmicos De Nutrição, Saúde & Amb. Ver, Duque de Caxias, v.3, n.2, p.41-47, jul-dez 2008. CABRERA, Marcos A. S et al. Relação do índice de massa corporal, da relação cintura-quadril e da circunferência abdominal com a mortalidade em mulheres idosas: seguimento de 5 anos, Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(3):767-775, mai-jun, 2005 Marcos_Cabrera/publication26404370_Relao_do_ndice_de_massa_corporal_da_relao_cintura _quadril_e_da_circunferncia_abdominal_com_a_mortalidade_em_mulheres_idosas_seguimen to_de_5_anos/links/09e415107fb095c8fe000000.pdf > Acesso em 25 mar.2016 289 HÁBITOS E PRÁTICAS ALIMENTARES DE UM GRUPO OPERATIVO DE DIABETES COM FOCO NA REEDUCAÇÃO ALIMENTAR, EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE, MG. Ana Paula Pereira Mol Rafael Teixeira de Mattos Adriana Márcia Silveira Adriana Márcia Silveira (Orientador) [email protected] Área: Nutrição O Diabetes Mellitus (DM) é um importante e crescente problema de saúde pública mundial, independentemente do grau de desenvolvimento do país, tanto em termos de número de pessoas afetadas, incapacitações, mortalidade prematura, como dos custos envolvidos no controle e tratamento de suas complicações. A conduta nutricional deverá ter como foco o indivíduo, considerando todas as fases da vida, diagnostico nutricional, hábitos alimentares, socioculturais, não diferindo de parâmetros estabelecidos para população em geral. Este trabalho tem como objetivo descrever o perfil alimentar e hábitos de vida de pacientes diabéticos atendidos em uma Unidade Básica de Saúde UBS. Estudo transversal, voltado para o tratamento de pacientes diabéticos, realizados em uma UBS no município de Belo Horizonte, entre os meses de novembro e dezembro de 2014. Foram coletados os dados dos pacientes assim que iniciavam o acompanhamento no grupo de nutrição. Foram aferidos o peso e estatura, para posterior classificação do índice de massa corporal (IMC) e definição do estado nutricional. O peso foi aferido em balança Filizzola®, capacidade de 150 kg, com divisões de 100 gramas, com o indivíduo em posição ereta com roupas leves, descalço ou com meias. Foi calculado o IMC dividindo-se o peso, em kilogramas (Kg), pela estatura, em metros (m), ao quadrado. Foi aplicado um questionário para verificar os hábitos alimentares dos participantes. Foi analisado consumo de refrigerantes e produtos industrializados e o consumo de fibras e frequência de consumo desses alimentos. A amostra foi composta de 11 participantes, sendo 100% do sexo feminino (n=11), e a média de idade foi de 58 anos. No estudo em questão 63,63% (n=7) dos indivíduos consumiam verduras e legumes 2 vezes ao dia,27,27% (n=3) consumiam fibras 1 a 3 vezes por semana, somente 9,09%(n=1) não consumiam fibras. Quanto ao consumo de refrigerante 36,36% (n=4) dos indivíduos consumiam refrigerante normal raramente, 36,36 % (n=4) consumo diário de refrigerante normal por dia, 27,27%(n=3) consumiam refrigerantes diet/light/zero raramente. Com relação ao consumo de produtos industrializados 54,55% (n=6) dos indivíduos relataram consumir produtos industrializados raramente, 18,18% (n=2) dos indivíduos consumiam industrializados de 2 a 3 vezes por semana, 18,18% (n=2) relataram consumo diário e apenas 9,09 % (n=1) relataram consumo raro ou que nunca consumiam, respectivamente. Em relação ao IMC 27,27%(n=3) estavam com sobrepeso, 18,18% (n=2) com obesidade grau I , 45,45%(n=5) apresentaram obesidade grau II e 9,09% (n=1) obesidade grau III , não havia pacientes eutróficos nessa amostra.É fundamental a implantação continua de educação nutricional. É importante o acompanhamento nutricional do paciente com diabetes, visando melhora no seu estado nutricional e na qualidade de vida, sendo que o IMC elevado apresenta-se como fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, visto que os participantes já estão diabéticos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 290 1. 2. 3. 4. CHEMIN, S.M.S.; PEREIRA, J.D.; PEREIRA, M. Tratado de Alimentação e Dietoterapia.São Paulo: Roca, 2007. PORTH, Carol Mattson. MATFIN, Glenn. Fisiopatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2010. Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2014-2015. Rio de Janeiro: Grupo Editorial Nacional. CUPARI L, et al.. Nutrição Clinica no adulto. São Paulo: Manole, 2002. 291 AVALIAÇÃO DO PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE UNIVERSITÁRIAS ATRAVÉS DA BIOIMPEDANICA TETRAPOLAR Rafaela de Sousa Ferreira Tereza Cristina Minto Fontes Cal Bruna Fernandes Pinto Adriana Marcia Silveira Rafael Teixeira de Mattos (Orientador) [email protected] Área: Nutrição Introdução: O excesso de peso e a obesidade são caracterizados por acúmulo de gordura corporal que representa risco para a saúde (WHO, 2009). Em virtude do aumento de indivíduos obesos nas últimas décadas, hoje, é classificada como pandemia. Este crescimento significativo vem preocupando cada vez mais os estudiosos da área, devido à associação com o desenvolvimento de outras doenças relacionadas ao acúmulo de gordura no organismo, como por exemplo, a esteatose hepática. O índice de massa corporal (IMC) é o indicador mais usado para classificação de obesidade em adultos, porém não é aconselhado como indicador isolado, pois não reflete o real percentual de gordura (%G) do indivíduo, levando em consideração o peso total, não distinguindo entre massa magra e gordura. Tornando necessária a utilização de métodos mais apurados para tal mensuração, como por exemplo, a bioimpedância. A análise de bioimpedância (BIA) é considerada um dos métodos mais confiáveis e acessíveis de rastreio de gordura corporal. População estudada e métodos: O objetivo foi avaliar o perfil antropométrico de universitárias através da bioimpedanica tetrapolar. Atenderam aos critérios de inclusão 13 alunas, que aceitaram em participar da avaliação e do estudo e fizeram o preparatório prévio exigido. A média de idade foi de 24 anos (19 a 30 anos). Os aspectos avaliados foram: nível de atividade física, IMC, altura, peso, %G, idade metabólica e massa magra. Para a realização destes critérios foi utilizada a balança de bioimpedância Corporal Tanita BC-558 Iron Man Tetrapolar. De acordo com os valores de referência para %G de indivíduos de 19 a 39 anos do sexo feminino informados pela balança, as alunas participantes foram divididas em 3 grupos: grupo com baixo %G (1 a 20%) (BG), grupo saudável (21 a 32%) (EG) e grupo com %G aumentado (33 a 50%) (AG).Os valores antropométricos obtidos dos alunos foram analisados no programa estatístico GraphPad Prism 6.0. Resultados: Foi possível observar diferença estatística significativa (p<0,05) nos valores de IMC, peso, %G e idade metabólica quando comparados entre os grupos BG, EG e AG. Os valores de IMC e %G foram superiores no grupo EG quando comparado ao grupo BG, e superior no grupo AG quando comparado aos grupos BG e EG. O peso foi maior no grupo EG quando comparado ao com BG e maior no grupo AG quando comparado ao grupo BG. O grupo AG apresentou idade metabólica superior quando comparado aos grupos BG e EG. Outras diferenças significativas não foram observadas. Conclusão: Nossos resultados sugerem que somente o IMC não seria um bom parâmetro para avaliar o risco associado ao excesso de adiposidade corporal. Além de observarmos um reflexo direto do %G na idade metabólica aumentada das avaliadas, o que está associado alterações metabólicas e risco aumentado de doenças. Portanto, uma avaliação completa e munida de diversos indicadores é de extrema importância para se determinar o risco e o real estado nutricional dos indivíduos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 292 1. 2. 3. 4. Staels B. When the Clock stops ticking, metabolic syndrome explodes. Nature medicine 12:5455; discussion 55, 2006. Weiss R, Dziura J, Burgert TS, Tamborlane WV, Taksali SE, Yeckel CW, et al. Obesity and the metabolic syndrome in children and adolescents. The New England journal of medicine 350:2362–2374, 2004. World Health Organization. “Obesity – prevention and management of the global epidemic”. The WHO consulation on obesity, Geneve. 3-5 June, 1997. Tanita Corporation. Why Measure Body Fat? 2014. Disponível in <http://www.tanita.com/en/living-healthy/>. Acesso em 06 de abril de 2016. 293 ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO SENSORIAL DE UM MINIBOLO DE CHOCOLATE, A BASE DE BIOMASSA DE BANANA VERDE, DESTINADO A DIETAS COM RESTRIÇÃO DE AÇÚCAR Jeane Simões Reis Inês Chamel José (Orientador) [email protected] Área: Nutrição Atualmente, observa-se no mercado uma demanda crescente por produtos destinados à dietas com restrição de açúcar e por aqueles elaborados com ingredientes funcionais, os quais apresentam propriedades benéficas à saúde, além de suas funções nutricionais básicas. A banana verde é considerada um alimento funcional por conter alto teor de amido resistente, que possui características que se assemelham ao mecanismo de ação das fibras alimentares no trato gastrointestinal. Uma das opções para utilização da banana verde é o processamento da fruta na forma de biomassa, permitindo seu uso em diversas preparações, agregando qualidade nutricional e promovendo efeitos fisiológicos no organismo. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um minibolo de chocolate, recheado, destinado a dietas com restrição de açúcar, a base de biomassa de banana verde e apresentando boa aceitação pelo consumidor. Foi desenvolvido no laboratório de Técnica Dietética da Faculdade de Minas - Faminas-BH, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa/ Plataforma Brasil. Na elaboração da massa do minibolo utilizou-se como ingredientes: biomassa de banana verde, ovo, leite desnatado, óleo de soja, farinha de trigo, fermento químico, adoçante culinário para forno e fogão e cacau em pó. Para o recheio, utilizou-se a biomassa de banana verde, leite condensado diet, creme de leite light e cacau em pó. As determinações de composição nutricional e valor energético da porção de 40 g do produto foram realizadas utilizando a Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos - TACO. A análise sensorial do minibolo foi realizada por meio de teste de aceitação, utilizando-se escala hedônica estruturada de 9 pontos (variando de “desgostei extremamente” a “gostei extremamente”), para avaliação dos atributos cor, aparência, aroma, sabor, textura e qualidade global. Participaram da avaliação sensorial cinquenta e dois julgadores não treinados, sendo eles acadêmicos, professores e funcionários da Faminas-BH, escolhidos aleatoriamente e que se dispuseram a participar de maneira voluntaria da pesquisa. Foi servida uma amostra de 40 g do produto, em embalagem descartável, juntamente com a ficha de avaliação. Na análise dos resultados obtidos, observou-se, para os atributos cor, aparência, aroma, sabor, textura e qualidade global, índices de aceitabilidade de 95,56%, 93,56%, 94,44%, 97,89%, 95,89% e 97,67%, respectivamente. O minibolo apresentou menores quantidades de carboidratos e gorduras, menor valor calórico e maiores teores de proteínas e fibras, quando comparado a produtos similares disponíveis no mercado. Assim, o minibolo elaborado, além de poder ser obtido facilmente em nível doméstico, apresenta-se com bom potencial de mercado, frente aos elevados índices de aceitabilidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. ACEVEDO, Edith Ágama; HERNANDEZ, José J. Islãs; VARGA, Glenda Pacheco; DÍAS, Perla Osório; PÉREZ, Luis Arturo Bello. Starch digestibility and glycemic index of cookies partially substituted with unripe banana flour. LWT - Food Science and Technology, México, v.46, ed. 1, p. 177-182, 2012. 294 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 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Tese – Universidade de Brasília, Brasíia, 2009. 296 ELABORAÇÃO E ACEITABILIDADE DE UM PÃO DE CENOURA, BETERRABA E BRÓCOLIS, DESTINADO AO PÚBLICO INFANTIL Sabrina Adriele Moreira de Souza Inês Chamel José (Orientador) [email protected] Área: Nutrição A busca por uma alimentação mais saudável para o público infantil tem despertado nos pesquisadores, nas indústrias e nos próprios familiares o interesse por produtos alimentícios com um melhor perfil nutricional. Para facilitar a aceitação de certos alimentos pela criança, algumas práticas, como a introdução de hortaliças na composição de alimentos de fácil aceitação pelas mesmas, podem ser utilizadas. Assim, o objetivo deste estudo foi a formulação de pão contendo cenoura, beterraba e brócolis, destinado ao público infantil. O trabalho foi desenvolvido no laboratório de Técnica Dietética da Faculdade de Minas - Faminas-BH, em Belo Horizonte, MG, após sua aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Foram confeccionadas três massas, diferindo apenas na hortaliça adicionada, com as quais modelouse um pão tricolor em formato de trança. A determinação da composição nutricional, de uma porção de 50 g do produto, foi obtida por meio de valores tabelados e, seu valor energético, com base nas quantidades de macronutrientes. A avaliação sensorial foi conduzida em duas etapas. Inicialmente, realizou-se uma avaliação do produto quanto aos atributos cor, aparência, aroma, textura, sabor e qualidade global, utilizando escala hedônica de nove categorias (variando de “Desgostei extremamente” a “Gostei extremamente”). Participaram da análise 60 julgadores não treinados, sendo eles professores, funcionários e alunos da FAMINAS-BH, de ambos os gêneros, sendo 15 homens e 45 mulheres, com idade entre 18 e 50 anos. Cada julgador recebeu uma porção de aproximadamente 15 g do produto, disposta sobre um guardanapo em prato plástico descartável de cor branca, água, ficha de avaliação e caneta. Já a aceitação do produto pelo público infantil foi avaliada por meio de 50 crianças, devidamente matriculadas em uma escola particular de ensino fundamental de Belo Horizonte, de ambos os gêneros, com idade entre sete e nove anos. Cada julgador recebeu uma porção de, aproximadamente, 15 g do produto, juntamente com a ficha de avaliação, sendo utilizada escala hedônica facial distinta para meninos e meninas. Uma porção de 50 g do pão elaborado apresentou 25,56 g de carboidratos, 3,95 g de proteína, 3,7 g de gorduras totais (0,4 g de gordura saturada e ausência de gordura trans), 1,4 g de fibra alimentar, 129 mg de sódio e valor energético de 148 kcal. Os índices de aceitabilidade obtidos para os atributos cor, aparência, aroma, textura, sabor e qualidade global foram de 91,44%, 92,56%, 90,33%, 88,67%, 92,22% e 93,56%, respectivamente, demonstrando uma avaliação positiva do produto. Ao ser avaliado pelo público infantil, o produto obteve um índice de aceitabilidade de 99,14%, uma vez que 47 crianças se referiram a “gostei extremamente” e três a “gostei muito”. Com base nos resultados apresentados, observou-se ser o pão elaborado um produto de alta qualidade e aceitabilidade, com boas expectativas de consumo e comercialização. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ALMEIDA, Brunno de Oliveira; PRINS, Cláudia Lopes; CARVALHO, Almy Junior Cordeiro de; FREITAS, Marta Simone Mendonça; MARCIANO, Cláudio Roberto. Produção de compostos 297 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. fenólicos e nutrição mineral em brócolis submetido ao estresse hídrico. Ciências Agrárias. Rio de Janeiro, v. 1, p. 1-7, 2013. ALVES, Natália Elizabeth Galdino; PAULA, Laura Ribeiro de; CUNHA, Aureliano Claret da; AMARAL, Antônia Alcântara; FREITAS, Maria Tereza de. Efeito dos diferentes métodos de cocção sobre os teores de nutrientes em brócolis (Brassica oleracea L. var. italica). 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A ingestão de nutrientes depende do consumo real de alimentos, que é influenciado por muitos fatores, entre eles condição econômica, comportamento alimentar, ambiente emocional, influências culturais e os efeitos das várias doenças no apetite e na capacidade de consumir e absorver nutrientes de maneira adequada. O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil nutricional dos trabalhadores de uma empresa de Buffet de Belo Horizonte. Trata-se de um estudo transversal, realizado em uma empresa de Buffet de Belo Horizonte/MG, entre os meses de fevereiro e março de 2015. Foram aferidos o peso e estatura, para posterior classificação do índice de massa corporal (IMC). O peso foi aferido em balança Filizzola®, capacidade de 150 kg, com divisões de 100 gramas, com o indivíduo em posição ereta com roupas leves, descalço ou com meias. A calibração foi realizada manualmente, antes de cada pesagem. A estatura foi aferida através do estadiômetro da própria balança com o indivíduo em posição ereta, de costas para a balança, olhando para frente, descalço ou com meias. Foi calculado o IMC dividindo-se o peso, em kilogramas (Kg), pela estatura, em metros (m) ao quadrado. A classificação do estado nutricional através do IMC foi feita pela classificação de WHO (1995). Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, consentindo com sua participação voluntária na pesquisa. Foi verificado o nível de escolaridade dos participantes. A amostra foi composta por 12 participantes funcionários da empresa, sendo 66,66% (n=8) do sexo feminino, 33,33% (n=4) do sexo masculino, com média de idade de 36 anos. Com relação ao IMC, verificou-se que apenas 25% (n=3) dos participantes estavam eutróficos, sendo que o restante estava com excesso de peso: 33,33% (n=4) com sobrepeso e 25% e 16,66% com obesidade grau I e II, respectivamente De acordo com o nível de escolaridade dos participantes 50% (n=6) apresenta ensino fundamental incompleto, 33,33% (n=4) ensino médio incompleto e 16,66% (n=2) ensino médio completo. Pode-se observar que a maioria dos participantes dessa pesquisa estava com sobrepeso ou obesidade. É fundamental a implantação continua de educação nutricional. Para trabalhadores de unidades de alimentação e nutrição, o IMC elevado apresenta-se como fator de risco para o desenvolvimento de várias doenças crônicas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CHEMIN, S.M.S.; PEREIRA, J.D.; PEREIRA, M. Tratado de Alimentação e Dietoterapia.São Paulo: Roca, 2007. 300 2. 3. FERNANDES, Ângela Cristina Puzzi,VAZ,Aline Bueno. 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Diante da carência de informação para a população e da necessidade de orientar o serviço de saúde com o intuito de aprimorar diagnósticos, abordagens de urgência e tratamento, esta revisão de literatura demonstra a ocorrência do metabólito cocaetileno, reforçando sua indicação como um biomarcador tóxico do uso concomitante de cocaína e álcool. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica por meio eletrônico, com o levantamento de artigos científicos e livro relacionados ao tema. A cocaína ou benzoilmetilecgonina é utilizada nas formas cloridrato de cocaína, o pó, e o crack, administrados por diferentes vias e levando a perfis toxicocinéticos, toxicológicos e grau de dependência distintos. Os efeitos da cocaína são dose dependentes e compreendem desde alterações na excitabilidade e da frequência cardíaca (baixas doses) até comportamentos estereotipados, paranoia e convulsões (altas doses). A cocaína age principalmente nos transportadores da membrana pré-sináptica, interrompendo a sinalização química pelo sequestro de catecolaminas, estimulando assim o sistema nervoso central através do aumento da concentração de monoaminas na fenda sináptica. Muitos usuários de cocaína fazem uso concomitante de álcool, o que aumenta os efeitos euforizantes da cocaína, diminui a paranoia e agitação além de após interrompida a utilização da cocaína diminui, aparentemente, o efeito de disforia. A reação química resultante dessa mistura forma um radical com atividade farmacológica, o cocaetileno, um importante biomarcador para este tipo de exposição, fisiologicamente com efeitos parecidos aos da cocaína, mas com maior toxicidade cardíaca e risco de morte. Esse metabólito ativo é formado pela transesterificação da cocaína pelo etanol, por ação de esterases presentes no fígado, onde o álcool do éster reagente é substituído por outro álcool. Apesar da semelhança estrutural do cocaetileno com o metabólito da cocaína isolada, o cocaetileno possui propriedades tóxicas relevantes tanto do ponto de vista toxicocinético e toxicodinâmico. Os dados levantados dessa revisão bibliográfica apontam as principais diferenças de potência tóxica do cocaetileno, volume de distribuição, capacidade de acúmulo no cérebro, tempo de meia-vida plasmática, potencial em causar convulsões e sua letalidade, comparativamente à cocaína e que fazem desse biomarcador uma molécula estratégica da monitorização biológica do consumo de cocaína associada ao álcool. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. ALVES, BÁRBARA ELISA PEREIRA; et al. Drogas psicoestimulantes: uma abordagem toxicológica sobre cocaína e metanfetamina. CHASIN, A. A. M. & MIDIO, A.F - Exposição humana à cocaína e ao cocaetileno: disposição e parâmetros toxicocinéticos. Rev.Farm.Bioquim. Univ.S.Paulo, v.33, n.1, p.1-12,1997. 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Estes centros avaliam a necessidade de cada casal e escolhem entre basicamente três técnicas para facilitar o processo de fecundação, sendo estas: Inseminação Artificial (IA), Fertilização in Vitro (FIV) e Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI). Esta última é uma variação da FIV. O método de obtenção dos ovócitos é o mesmo, por punção folicular, mas se diferencia, no momento da fecundação, onde esta não ocorre ao acaso, mas sim com a seleção de um único espermatozoide, e a introdução deste, no ovócito, mediante a utilização de uma microagulha e auxílio de um microscópio especial. Esta seleção é visual e baseada na morfologia e motilidade, mas não evita que um espermatozoide com o núcleo mal desenvolvido ou com problemas em seu cromossomo seja selecionado. Diferentemente da seleção espermática in vitro, a seleção natural (in vivo) proporcionada pelas células foliculares da corona radiata e pela zona pelúcida, que circundam os ovócitos permitem que apenas os espermatozoides mais funcionalmente competentes consigam realizar a fertilização. O ácido hialurônico (AH) é o principal componente presente na corona radiata e de fato, somente espermatozoides maduros que desenvolveram os receptores específicos para se ligar e digerí-lo vão conseguir alcançar o ovócito. Estudos demonstram que os espermatozoides capazes de se ligar ao AH foram aqueles que completaram a extrusão do citoplasma, a remodelação da membrana plasmática e a maturação nuclear, além de apresentarem baixa fragmentação do seu DNA e menor ocorrência de aneuploidias. A fertilização in vitro de espermatozoides ligados ao AH é conhecido como ICSI Fisiológica (PICSI) e consiste na mistura, em uma placa de Petri, de aproximadamente 1 a 2µL do esperma, após a realização da centrifugação e coleta por swim up, com 5µL de meio de cultura comum aos procedimentos de ICSI. Esta mistura é conectada então a uma gota contendo aproximadamente 5µL de AH, a partir da ponta de uma pipeta. Após a incubação, um dos espermatozoides ligados ao AH na zona de junção das gotas é então aspirado com o auxilio de uma micropipeta e injetado no ovócito. As pesquisas, bem como seus resultados apresentados nos artigos utilizados como referência, demonstraram que, fertilizações seguidas de gestação utilizando o ácido hialurônico como etapa adicional de seleção, obtiveram maior sucesso em relação às fertilizações realizadas por ICSI convencional nos grupos de controle. Isto pode ser atribuído ao fato de que os espermatozoides selecionados por essa técnica apresentam, geralmente, melhor desenvolvimento, melhorando assim a qualidade dos embriões e por consequência, aumentando o sucesso da implantação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 304 1. 2. 3. HUANG, M. et al. The efficiency of conventional microscopic selection is comparable to the hyaluronic acid binding method in selecting spermatozoa for male infertility patients. Taiwanese Journal of Obstetrics & Gynecology, vol. 54, num. 1, p. 48-53, fev. 2015 PARMEGIANI, L. et al. Efficiency of hyaluronic acid (HA) sperm selection. J Assist Reprod Genet, 2010, vol. 27, p. 13-16, dez. 2009. WORRILOW, K. C. et al. Use of hyaluronan in the selection of sperm for intracytoplasmic sperm injection (ICSI): significant improvement in clinical outcomes. Human Reproduction, 2013, vol. 28, num. 2, p. 306-314, nov. 2012. 305 ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM PACIENTES PORTADORES DO HERPES Valdirene Ribeiro De Sousa Amanda Maria Mesquita Figueiredo Claudiney Luís Ferreira (Orientador) [email protected] Área: Farmácia As hiperviroses causadas pelo herpes vírus 1 e 2 são infecções ou doenças que acometem a pele, as mucosas oral, ocular e genital e o sistema nervoso central, caracterizando-se por lesões cutâneas vesiculosas, gengivoestomatites, faringotonsilites, esofagites, queratoconjutivites, uveites, vulvovaginites e lesões da glande peniana, infecções neonatais, meningites e encafalites (COURA, 2005). A terapia farmacológica deve ter os seguintes objetivos: prevenção de episódio primário, redução da duração do episódio primário e da frequência de complicações, prevenção da latência e, portanto, da prevalência da doença recorrente, prevenção da doença recorrente, quando da latência já estabelecida, redução da transmissão, e erradicação da latência estabelecida (CARNEIRO et al, 2000). O estudo abordou a incidência de pessoas portadores do herpes, e que procuram atenção farmacêutica, em especial alunos do período da noite da faculdade FAMINAS-BH em geral. O estudo discutiu a atenção farmacêutica e o uso correto dos medicamentos, bem como a disseminação da doença diretamente dentro de uma população. O estudo foi realizado a partir da coleta de dados após a aplicação de um questionário com perguntas semi-estruturado acerca do tema, no turno da noite, na FAMINAS-BH, cujo preenchimento e a devolução ocorreram de forma a preservar a identidade do estudante entrevistado. A pesquisa quantitativa realizada entre universitários sobre pessoas portadoras do herpes labial demonstrou que a maioria sabe o que é herpes, o modo de transmissão e que não são portadoras de tal doença. Sendo que, os indivíduos de ambos os sexos, ainda fazem a automedicação. Entretanto, alguns não descartam a necessidade de procurarem o médico e o farmacêutico, pois se precisa como nunca precisou antes da atenção farmacêutica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. BPR- Guia de remédios. BPR- Guia de remédios. Editora Escala. 11° Ed. 2012/2013, p. 38-39, 283284, 515-516, 668. CARNEIRO, S.C.; OLUPI, Santos. Varicella e herpes. Bras. Med. 2000, p. 78. CFF. Conselho Federal de Farmácia. Disponível em:< http://www.cff.org.br/userfiles /file/resolucoes/308.pdf>. Acesso em: 22 Mar. 2013. COURA, José Rodrigues; Dinâmica das doenças infecciosas e parasitárias. 2005, V II, p.1899-1903. FERREIRA, Dennis de Carvalho; MARTINS, Fernanda Otaviano; ROMANOS, Maria Teresa Villela. 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Ciência saúde, 2007, p. 311. 306 PROPOSTA DE FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA: CREME PARA PÉS DIABÉTICOS Amanda Maria Mesquita Figueiredo Viviane Teixeira Jerônimo Tânia Mara Costa Valdirene Ribeiro de Sousa Cassia A. de Oliveira (Orientador) [email protected] Área: Farmácia De todas as complicações resultantes da Diabetes Mellitus (DM) uma das mais importantes que podem afetar os pacientes diabéticos, são as úlceras (feridas) e posteriores amputações dos membros inferiores. (VIGO, 2005). Pesquisas indicam que a maioria dos diabéticos têm pele seca, o que facilita a formação de fissuras e lesões na pele (BERSUSA; LAGES, 2004). Sugerimos elaborar uma formulação de creme hidratante para auxiliar na prevenção de úlceras nos pés de pessoas portadoras do DM. Pensando na fisiopatologia da doença e pesquisando princípios ativos capazes de contribuir na melhoria deste quadro, foram selecionados os componentes: Ureia (Carbamida), D. Pantenol (Pró-vitamina B5), óleo de girassol, óleo de abacate, extrato glicólico de Aloe vera, Silicone volátil, Polawax, Glicerina, BHT (di-ter-butilhidroxitolueno), Monoestearato de glicerila (MEG), Propilenoglicol, EDTA dissódico, Metilparabeno (nipagin) e Propilparabeno (nipazol), Imidazolinidil uréia e água purificada. O grupo elaborou uma formulação magistral de creme composto por ativos com propriedades farmacológicas: • Umectantes: Ajudam a repor e a manter água na superfície da pele • Hidratantes: Permeiam a camada córnea, ligando-se ás moléculas de água, retendo-as em toda a sua extensão não somente superficialmente. • Emolientes: Compostos lipídicos que preenchem as camadas da pele, melhorando sua textura, maciez e flexibilidade. • Oclusivas: Ajudam a formar uma película na superfície da pele, melhorando a barreira de proteção. A formulação foi manipulada no laboratório de farmacotécnica da FAMINAS-BH com a orientação da professora Cássia A. Oliveira. Foram feitos testes de incorporação dos ativos e procedimentos seguindo as boas práticas de manipulação. O produto foi exposto ao público na FAMINAS-BH durante apresentação dos Trabalhos Interdisciplinares Supervisionados dos acadêmicos de farmácia no dia 25 de maio de 2015. Foram distribuídas amostras do creme aos interessados a conhecer o produto. E para obter a opinião da população em dados estatísticos foram distribuídos questionários acerca das características do creme, neste questionário o público considerava o perfil e a opinião geral sobre o produto. Sendo assim, ao final, fizemos uma análise qualitativa, separando os grupos de pessoas que responderam, em homens e mulheres, faixas etárias e opinião sobre o perfil do produto. A partir dos resultados obtidos com a opinião do público, podemos concluir que a formulação alcançou a satisfação de todos que estiveram presentes durante a exposição do produto. O grupo foi elogiado pela iniciativa em propor melhorias para a qualidade de vida dos pacientes diabéticos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. DIABETES MELLITUS, Cadernos de Atenção Básica, Brasília,1ºedição, nº. 16, pág.7, série A. Normas e Manuais técnicos, 2006. SCHMID, Helena; NEUMANN, Cristina; BRUGNARA Laura. Diabetes and polyneuropathy of the lower limbs in the perspective of diabetologists. Jornal Vascular Brasileiro, Porto Alegre- RS, nº 2, pág. 1, 2003. 307 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. MILECH, Adolpho et. al; Tratamento e Acompanhamento do Diabetes Mellitus. Sociedade Brasileira de Diabetes, Rio de Janeiro, p. 9, 2007. CAIAFA, Jackson Silveira et.al. Atenção integral ao portador de pé diabético. Jornal Vascular Brasileiro, Porto Alegre-RS, vol. 10, nº 4, pág. 4, supl.2, 2011. BERSUSA, Ana Aparecida; LAGES, Joyce Santos. 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NOGUEIROL, Roberta Corrêa.Extração Sequencial e especiação de metais pesados, e emissão de gases do efeito estufa em neossolo litólico contaminado; P 27- Piracicaba, 2008. 309 EDUCAÇÃO NO CÁRCERE: REFLEXÕES SOBRE A EDUCAÇÃO FORMAL OFERECIDA NAS PRISÕES Marlene Rosa dos Santos Fernanda Alves dos Santos Carregal Magda Marques Avelar Aline Espindo Juliana das Graças Gonçalves Gualberto (Orientador) [email protected] Área: Pedagogia Dados comprovados em pesquisas quantitativas e qualitativas mostram o crescimento do número de reclusos em presídios de todo país. Estes indivíduos estão encarcerados em celas muitas vezes superlotadas, tendo alguns direitos violados, dentre eles a impossibilidade de receber uma educação formal de qualidade. Alguns estudos apontam que a educação formal e o trabalho podem ser alternativas importantes que contribuem com a reinserção social desses sujeitos. Em uma de suas celebres reflexões Paulo Freire (1980, p. 26) afirmou que: A conscientização trabalha a favor da desmistificação de uma realidade e é a partir dela que uma educação dentro do sistema penitenciário pode dar um passo importante para propiciar ressocialização desses sujeitos encarcerados. Reafirma essa premissa o art. 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), “a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Nesta perspectiva, o objetivo deste artigo consiste em refletir sobre a importância da educação como uma ferramenta fundamental para ressocialização desses indivíduos. Em busca de informações para construção desse trabalho foi realizada pesquisa bibliográfica com intuito de adquirir informações sobre a temática. A sociedade, diante de situações violentas que ganham grande repercussão midiática, clama pelo afastamento dos autores da criminalidade e quer vê-los bem distantes do convívio social. Esquecem que esses sujeitos também possuem direitos e que um dia voltarão aos seus lares, ganharão novamente as ruas. Ao longo do desenvolvimento desse trabalho alguns pontos importantes de reflexão surgem: O indivíduo não deixa de ter direitos quando comete um crime, isso não pode ser tirado, onde quer que esteja seus direitos prevalecem. A educação formal com bases fundamentadas na lei pode levar esse sujeito a um aprendizado que talvez nunca tenha conhecido, a uma mudança de visão em relação ao mundo e talvez possibilitá-lo a ter conhecimento e conscientização sobre sua própria vida social, sobre a vida em sociedade. E após o aprisionamento? O que esperar desses sujeitos? Um homem socializado? Um delinquente irrecuperável? Neste sentido, este trabalho propõe reflexões importantes sobre a condição desse sujeito e como a educação formal pode contribuir com uma possível mudança de postura: Pelo acesso ao um direito essencial, ao estudo, à reflexão e ao conhecimento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. BRASIL, Constituição Federal, promulgada em 5.10.1988. LDB - Lei de Diretrizes e Bases 310 3. 4. Onofre, EMC org. A Educação escolar entre as grades (online) São Carlos Edufscar, 2007, 160p. <http.// booksScielo.org>. Freire, P. (1980) Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3a. Ed. São Paulo: Moraes 311 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM UMA EMPRESA NO RAMO DE MONTAGEM INDUSTRIAL NA CIDADE DE ITABIRA/MG Marcelo Angelo Andrade Área: Engenharia A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) tem como objetivo inserir melhorias e inovações estruturais, gerenciais e de tecnologia no ambiente de trabalho da organização. Nesse contexto, insere-se o objetivo desta pesquisa, cuja proposta é avaliar as condições da QVT e suas principais ações implementadas em uma empresa no ramo de montagem industrial. Os objetivos específicos foram: avaliar as condições da QVT, identificar os fatores favoráveis e os desfavoráveis e verificar as ações aplicadas à QVT na empresa em análise. Para a realização deste estudo, utilizou-se a abordagem quantitativa e qualitativa, e o método adotado foi o de pesquisa de campo. O universo foram os empregados do setor operacional de uma empresa atuante no ramo de montagem industrial na cidade de Itabira/MG. A amostra compreendeu 60 empregados, sendo o critério de amostragem escolhido o probabilístico. A coleta de dados deuse por meio de questionários e de análise documental, e os dados foram tratados através de estatística descritiva e análise de conteúdo, respectivamente. A análise foi apresentada em oito categorias: compensação justa e adequada, condições de segurança e saúde do trabalho, utilização e desenvolvimento de capacidades, oportunidades de crescimento contínuo e segurança, integração social na organização, constitucionalismo, trabalho e espaço total de vida e relevância social da vida no trabalho. Pode-se observar que diversos fatores influenciam na QVT no contexto organizacional e, de acordo com a opinião dos empregados, este processo é importante e necessário para uma harmoniosa correlação entre empresa e empregado. Os fatores favoráveis ou desfavoráveis foram possivelmente relacionados ao ambiente físico, aos salários e benefícios, à saúde física, à segurança, entre outros. Foi analisado o cronograma do Programa de Qualidade de Vida/2015 adotado pela empresa em questão, que apresenta ações propostascom o objetivo de estimular os empregados a adotarem hábitos mais saudáveis e prevencionistas, de mudar o estilo de vida e de melhorar a QVT. De acordo com o objetivo geral desta monografia, que foi analisar a QVT de uma empresa do ramo de montagem industrial, foi possível concluir que ela é muito mais do que simplesmente a redução dos custos, ela proporciona um ambiente satisfatório para: o desenvolvimento das atividades, a geração de benefícios que satisfaçam os anseios individuais dos empregados e a construção de um clima de confiança entre a organização e os empregados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. ANTUNES, J. A. A percepção dos funcionários de empresa varejista de materiais de construção de Itabira sobre a qualidade de vida no trabalho: um estudo sobre a influência em seu desenvolvimento na empresa. Itabira, [s,n,], 2011. 67 fls. APPOLINÁRIO, F. Metodologia da Ciência: Filosofia e Prática da Pesquisa. São Paulo: CengageLearnig, 2009. ARAÚJO, L. C. G; GARCIA, A. A. Gestão de Pessoas: Estratégias e Integração Organizacional. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. BEUREN,I. M. 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São Paulo: Atlas, 2009. 314 ESTUDO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO NA GESTÃO DA MANUTENÇÃO DE UMA MINERADORA DE ITABIRA/MG Marcelo Angelo Andrade Área: Engenharia O trabalho em comento possui como principal objetivo de estudo analisar a importância da utilização de indicadores de desempenho na manutenção na percepção de gestores e empregados envolvidos na supervisão de terraplanagem. Nesta, encontra-se a frota de trator de esteira lotada nas minas de uma mineradora de Itabira/MG. As informações contidas nesse trabalho referem-se ao período compreendido entre Janeiro/2013 a Dezembro/2014. Tendo em vista a satisfação das necessidades dos clientes em relação à qualidade dos serviços prestados como um desafio, faz-se necessário adequar as formas de gestão de uma organização no intuito de obter os melhores resultados. Nesse sentido, conhecer, medir e controlar o resultado do desempenho da manutenção através dos indicadores de desempenho torna se um fator de diferenciação dentro de um mercado competitivo. Como pode-se observar, o gerenciamento da manutenção através de indicadores tem como objetivo tornar mais eficiente o processo de gestão buscando evitar falhas que afetem a confiabilidade do equipamento e interfira no planejamento das atividades comprometendo o resultado final. Referidos dados foram analisados e posteriormente organizados de forma comparativa no intuito de facilitar o entendimento da evolução que ocorreu na gestão da manutenção. No que tange aos instrumentos de medição utilizados pode-se citar os indicadores de desempenho. Dentre os resultados verificados, podem-se destacar as melhorias na Disponibilidade Física (DF), no Tempo Médio Entre Falhas (MTBF), no Tempo Médio Para Reparo (MTTR), no Índice de Preventiva (IP) bem como no Índice de Corretiva (IC). Através da análise dos indicadores de desempenho foi possível mensurar, analisar e agir estrategicamente para garantir melhores resultados dos equipamentos, contribuindo para o cumprimento das metas propostas. Todo o conhecimento gerado através da análise dos dados, das ações tomadas, foi fundamental para comprovar que os indicadores de manutenção colaboram diretamente para a melhoria do desempenho da gestão da manutenção da frota de trator de esteira das minas de uma mineradora da região Itabira/MG. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. ABRAMAN. A situação da manutenção no Brasil. Curitiba, 2009. APPOLINARIO, F. Metodologia da ciência: filosofia e pratica da pesquisa. São Paulo: Pioneira, 2009. AMBRÓSIO, Jefferson Eduardo. Influência da manutenção corretiva no desempenho dos tratores de esteira de uma mineração. 2011. 75f. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis de Itabira – FUNCESI, Itabira, Minas Gerais, 2011. 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