MANEJO DE CULTURAS NA INTEGRAÇÃO

Propaganda
MANEJO DE CULTURAS NA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA
Ademir Hugo Zimmer1
Manuel Claudio Motta Macedo2
Edimilson Volpe3
Armindo Neivo Kichel4
Isabela Madureira Barbosa5
INTRODUÇÃO
O manejo de culturas de grãos, na integração lavoura-pecuária, segue basicamente
as mesmas práticas agrícolas dos sistemas tradicionais, com algumas variações em função
do sistema de produção adotado na propriedade ou na região. O cultivo pode ser
convencional, com preparo de solo, ou em plantio direto. O convencional é mais utilizado
na fase inicial de estabelecimento, na recuperação da pastagem degradada ou em áreas
novas, objetivando a incorporação de corretivos e fertilizantes e uma melhor sistematização
da superfície do solo. Já o sistema de plantio direto (SPD) passa a ser mais eficiente após a
correção da fertilidade e da adoção de praticas de conservação do solo. Tendo em vista os
benefícios que o SPD proporciona, tanto as culturas anuais como as forrageiras, podem se
beneficiar do mesmo e serem estabelecidas nesse sistema de plantio.
Diversas culturas anuais são utilizadas com a integração lavoura-pecuária na região
dos Cerrados, como aveia, milheto, sorgo, milho, soja, algodão, feijão, trigo, e mais
recentemente, a cana-de-açúcar. Mas as de maior destaque são: a soja e o milho, pela área,
produção e importância econômica.
Os sistemas de produção utilizados dependem do foco de produção e objetivos da
propriedade. Em propriedades cujo objetivo primordial é a produção de carne ou leite, e
sem interesse pela produção de grãos ou forragem conservada, por falta de equipamentos,
1
Eng. Agrônomo, Dr., pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Campo Grande, MS, [email protected]
Eng. Agrônomo, Ph.D., pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Campo Grande, MS, [email protected]
3
Eng. Agrônomo, Dr., pesquisador da Agraer/Seprotur, Campo Grande, MS, [email protected]
4
Eng. Agrônomo, M.Sc., pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Campo Grande, MS, [email protected]
5
Acadêmica de Zootecnia da UFMS, Campo Grande, MS.
2
os cultivos anuais mais utilizados são a aveia, milheto ou sorgo para pastejo, sendo que
junto ou após estes cultivos já podem ser estabelecidas forrageiras como panicuns e
braquiárias. Já em sistemas mais complexos podem ser utilizadas as mesmas culturas, e
outras, como o milho e a soja, que elevam a fertilidade do solo para níveis superiores, e
proporcionam condições para a produção de feno, silagens ou grãos, destinados à produção
animal ou para comercialização.
Por outro lado, em propriedades cujo foco principal é produção de grãos, o plantio
simultâneo com forrageiras, ou em sucessão, tem como objetivo o incremento da produção
de palha para o plantio direto, e em menor escala a exploração de forragem, o que
caracteriza uma produção animal apenas complementar.
MILHETO
O milheto é uma forrageira de clima tropical, anual, de hábito ereto, porte alto, com
desenvolvimento uniforme e bom perfilhamento. Nos sistemas de integração é utilizado em
pastejo, produção de silagem, grãos e palha para cobertura.
O milheto pode compor os sistemas de integração de diversas formas. Nos Cerrados,
inicialmente, o milheto esteve mais voltado para recuperação de pastagens degradadas, com
utilização em pastejo para produção de carne e leite durante a estação de chuvas.
Posteriormente, com a adoção do plantio direto nas áreas de lavouras de grãos, passou a ser
utilizado como planta de cobertura em sucessão a soja como safrinha, ou logo no início da
estação de chuvas para produção de palha em setembro-outubro, para dessecação em
novembro, e plantio subseqüente da cultura de verão.
A produção de grãos varia entre 500 e 1500 kg/ha. Apresenta excelente valor
nutritivo, com até 24% de proteína bruta, boa palatabilidade, e digestibilidade que varia
entre 60 e 78%. A produção de forragem pode alcançar até 60 t/ha de massa verde e 20 t/ha
de massa seca, quando cultivado no início da primavera. Sob pastejo, pode proporcionar
ganhos de até 600 kg/ha/ano de peso vivo, e ganhos médios diários de 950 g/animal, com
4,2 animais/ha, (KICHEL e MIRANDA, 2000 b).
No mercado brasileiro estão disponíveis diversas cultivares de milheto destinadas à
produção de grãos, forragem e biomassa, adaptadas aos diversos sistemas de produção
(Pereira filho et.al 2000). Estes autores descrevem diversas variedades: Comum, IPA-Bulk
1, Synthetic-1 BN-1, BN-2, BRS 15001, ENA-1 e ADR- 300 e ADR-500, sendo que a
maioria lançada em anos recentes.
O milheto é uma planta adaptada a solos de media fertilidade, sendo capaz de
produzir razoavelmente mesmo em solos relativamente pobres. Por outro lado, apresenta
alta resposta de produção se cultivado em solos mais férteis ou adubados.
Na recuperação de pastagens degradadas, com plantio na primavera/verão, o solo
deve ser corrigido conforme as recomendações para o milheto, pois estes níveis são
apropriados para a maioria das forrageiras tropicais. Em solos de textura média a saturação
por base deverá ser elevada para cerca de 40 a 50%, o fósforo para 12 a 20 ppm, o potássio
para 40 a 70 ppm. O nitrogênio deverá ser usado na base de 20 a 30 kg/ha no plantio e de
60 a 80 Kg/ha em cobertura ( PEREIRA FILHO et al. 2005).
Em plantio de safrinha após a cultura de soja ou milho, o milheto vem sendo
cultivado utilizando o resíduo da adubação dessas culturas. Entretanto, a aplicação, em
cobertura, de 30 a 60 kg de nitrogênio/ha, contribuem para aumentar a produtividade e
qualidade de matéria seca, a produção de grãos e estender o período de pastejo. Quando a
cultura for destinada a confecção de silagem as adubações do milheto e das culturas
subseqüentes necessitam ser aumentadas, devido a elevada retirada de nutrientes.
O milheto pode ser semeado no início da primavera, por ocasião das primeiras
chuvas, até início do outono, entretanto, Bonamigo (1999) e Isepon e Matsumoto (1998),
citados por Pereira Filho (2005), obtiveram produções decrescentes de plantios realizados
da primavera até o outono, pois plantios tardios encurtam o ciclo da cultura.
A semeadura poderá ser efetuada a lanço ou em linha, como também pode ser feita
em plantio direto. A densidade de semeadura deve considerar a finalidade do cultivo. Esta
cultura apresenta uma grade plasticidade pois a planta ajusta o seu número de perfilhos em
função da quantidade de sementes e do espaçamento. Gontijo Neto et. al. (2006), indicam
espaçamento de 0,40 m e 8 a 12 Kg/ha de sementes, 0,70 m e 15 a 20 Kg/ha e 0,17 a 0,35
m e 10 a 15 Kg/ha para produção de grãos, silagem e pastejo, respectivamente.
A
profundidade de semeadura pode variar de 2 a 4 cm. Na semeadura a lanço deve-se
aumentar a taxa de semeadura em 20% . No caso de sobre-semeadura em lavouras de soja
ou algodão utiliza-se de 30 a 35 Kg/ha de sementes.
Outra prática também utilizada é semeadura simultânea de milheto com forrageiras
tropicais como braquiárias e panicuns, sendo que na recuperação de pastagens pode haver o
retorno da forrageira por sementes existentes no solo. Na semeadura do consórcio
adicionam-se as sementes da pastagem perene às sementes do milheto. Em espaçamentos
maiores que 0,50 m podem ser adicionadas linhas extras da pastagem nas entrelinhas do
milheto. A quantidade de sementes da forrageira varia conforme a espécie. Para
braquiárias, Gontijo Neto et.al.(2006), recomendam a semeadura de 3,0 a 3,5 kg/ha de
sementes puras viáveis (SPV) no plantio no sulco e 4,5 a 6,0 kg/ha na semeadura a lanço; já
para os panicuns a recomendação é de 2,5 a 3,0 Kg/ha no plantio no sulco e de 4,0 a 5,0
kg/ha na semeadura a lanço.
Há relatos de produtores que semeiam uma mistura de milheto, aveia e forrageiras
tropicais. Considerando-se que determinadas condições climáticas podem ser mais
favoráveis a uma ou outra espécie, tal prática reduz os riscos e assegura uma produção mais
estável.
O controle de plantas daninhas, sem danos, para a cultura pode ser obtido com a
aplicação de herbicidas à base de Atrazine em pós-emergência, quando as plantas estiverem
no estádio de duas a quatro folhas, segundo Pereira Filho (2005). O controle cultural pode
ser benéfico, com aumento na taxa de semeadura do milheto e/ou das outras forrageiras
associadas aliado ao manejo adequado.
As pragas mais comuns do milheto são aquelas mais comuns ao sorgo e milho,
(VIANA et.al. 2005). Estes citam diversas pragas de sementes e raízes, colmo e folha e
panícula e recomenda os mesmos inseticidas utilizados nas culturas de sorgo e milho. Da
mesma forma acontece com doenças (FERREIRA e CASELA (2005). Estes autores
também relatam a presença de diversos fitopatógenos que podem causar danos à cultura e
recomendam como principal forma de controle a utilização de cultivares resistentes.
O início do pastejo de milheto pode se dar entre 30 e 40 dias após a emergência, este
pode ser contínuo ou rotacionado. É recomendável que os animais entrem quando o milheto
atingir uma altura entre 50 a 70 cm do solo, e saim quando houver rebaixamento para 20 a
30 cm. Deve-se dar um período de descanso de 18 a 24 dias após o pastejo inicial.
O tempo de utilização do milheto em pastejo vai depender principalmente da época
de semeadura, manejo, estado nutricional da planta e condições climáticas. No Brasil
Central, o período de utilização é variavel: em semeadura realizada no início da primavera,
de 80 a 150 dias; no início do verão, de 50 a 100 dias; no início do outono, variará de 30 a
60 dias.
Na implantação e na recuperação de pastagens, considerando-se o rápido
crescimento inicial, pode-se antecipar a utilização da pastagem principalmente para
forrageiras do gênero Brachiaria, tais como B. brizantha e B. decumbens. Semeia-se a
braquiaria consorciada com o milheto no início do período das águas, o que proporcionará
um período de pastejo de 80 a 120 dias. Após o ciclo vegetativo do milheto, a pastagem
estará formada ou recuperada. Kichel e Miranda (2000b), por exemplo, descrevem que na
recuperação de pastagens de braquiária, o período de pastejo do consorcio foi de 114 dias, e
a lotação de 4,81 animais/ha, ganho de peso vivo diário de 852 g, e ganho total por área
de 470 kg/ha.
No plantio de safrinha, de fevereiro a abril, em sucessão as culturas de verão: soja e
milho, o milheto pode ser pastejado por um período de 40 a 60 dias, do outono até o início
do inverno. Neste período pode atingir uma produtividade de 30 a 75 Kg de carne/ha. Por
outro lado, neste sistema a quantidade de palha para cobertura na estação seguinte fica
prejudicada. (KICHEL e MIRANDA, 2000 b).
Além do pastejo, o milheto é uma boa alternativa para produção de silagem, pois
pode proporcionar de um a três cortes para esse fim. Em Rio Brilhante, MS, obteve-se
produções de 31, 27 e 19 t/ha , respectivamente para milheto, milho e sorgo, em plantio de
safrinha no final de fevereiro ( KICHEL e MIRANDA, 2000 b).
Para produção de palha e uso do plantio direto, as produções variam de 2,0 a mais
de 10,0 t/ha, em função de clima e condições de cultivo. Portanto, o milheto neste sistema
tem grande importância na ciclagem de nutrientes. Segundo Martins Neto e Bonamigo
(2005), o milheto com produção de 7,1 t/ha de MS, reciclou 122 Kg/ha de N, 16 de P, e
124 de K; já o milho, com 7,65 t/ha de MS, nas mesmas condições reciclou, 78 Kg/ha de
N, 16 de P e 90 de K. Ambas as culturas foram superiores a aveia e a soja nas condições
estudadas.
A dessecação é realizada com os herbicidas Glyphosate ou Paraquat nas dosagens
de 3,0 2,0 litros/ha, respectivamente (BORGES e BORDIN, 1997). Esta é feita
preferencialmente quando a cultura estiver com 5 a 10% de floração. Para uma melhor
dessecação é recomendável que a biomassa seja picada e após a rebrota aplicar o herbicida
dessecante (MARTINS NETO e BONAMIGO, 2005), pois esta pratica evita o efeito
guarda chuva sobre as planta daninhas infestantes.
Em algumas situações associa-se a produção de palhada, com a produção de grãos,
estes são colhidos e o plantio da cultura e feita sobre o resíduo pós-colheita.
SORGO
O sorgo é uma espécie de origem tropical que se adapta, com relativa facilidade ao
clima e aos solos da região dos Cerrados. È uma planta de via fotossintética C4, adaptada a
dias curtos. A planta de sorgo tolera mais o déficit de água e o excesso de umidade no solo
do que a maioria dos outros cereais e pode ser cultivada numa ampla faixa de condições de
solo (MAGALHÃES et al. 2003 a).
A cultura do sorgo é utilizada preferencialmente para produção de grãos, mas também
para produção de forragem e em pastejo nos sistemas de integração. Os seus resíduos
culturais e rebrota após a colheita podem ser destinados a produção de biomassa para o
SPD. Na região dos Cerrados seu cultivo era pouco expressivo até os anos 80, mas
posteriormente houve incremento na área de plantio desta cultura, especialmente como
safrinha, devido a sua maior tolerância à seca do que a cultura do milho. Na atualidade esta
região contribui com mais de 60% da área e produção nacional de sorgo. Esta cultura é
mais utilizada para plantios em rotação com soja especialmente na safrinha, onde se destina
à produção de grãos, mas também é utilizado para pastejo, produção de forragem e silagens
objetivando a produção de carne e leite.
É uma cultura que pode ser totalmente mecanizável
utilizado-se os mesmos
equipamentos de plantio, cultivo ou colheita utilizados para outras culturas de grãos como
a soja, arroz e trigo. Por outro lado, a cultura também pode ser conduzida manualmente
com boa adaptação à sistemas utilizados por pequenos produtores. Pode ser plantado da
forma convencional ou em plantio direto na palha (SPD).
A produção de grãos normalmente varia entre 1.000 a 4.000 kg/ha, mas pode chegar a
mais de 7.000 Kg/ha em boas condições de cultivo. O cultivo consorciado resulta em
produções idênticas ao cultivo puro em lavouras adequadamente conduzidas. Kluthcouski e
Aidar (2003), em diversas condições de cultivo, obtiveram produções que variaram de
2.300 a 6.300 kg/ha, com diferenças pouco expressivas entre os diferentes sistemas de
cultivo puro ou consorciado. As produções de forragem em geral variam 6.000 a 12.000
kg/ha.
No mercado brasileiro estão disponíveis diversos cultivares e híbridos de sorgo,
destinadas a produção de grãos, forragem para corte ou silagem ou ainda cultivares mais
apropriadas a pastejo. Estas podem ser utilizadas nos diversos de sistemas de produção e
finalidade de utilização. Para a escolha das cultivares adequadas a cada região e condição
de cultivo atenção especial deve ser dada a outras características agronômicas, como
resistência a doenças, insetos-pragas, resistência à seca, tolerância à acidez do solo.
O sorgo é uma planta mais exigente em solo do que o milheto e o seu cultivo só é
recomendado em solos devidamente corrigidos. Na recuperação de pastagens degradadas,
com plantio na primavera/verão, o solo deve ser corrigido com antecedência mínima de 90
a 120 dias, para que ocorra uma adequada reação do calcário, nas dosagens recomendadas
para esta cultura, pois estes níveis são apropriados para as forrageiras tropicais. Em solos
de textura média a saturação por base deverá ser elevada para cerca 50% a 60%, sendo
fósforo, potássio e nitrogênio deverão ser corrigidos em função da cultivar e objetivo da
produção.
Em plantio de safrinha após a cultura de soja, o sorgo vem sendo cultivado apenas na
adubação residual desta cultura, com produção bastante satisfatória. Entretanto, a adubação
pode proporcionar incrementos na produção. Coelho et. al.(2002) obtiveram aumentos de
produção de grãos de 10% e 30 % com a aplicação de 200 e 400 kg/ha de 04-14-8
respectivamente. Por outro lado a aplicação, entretanto a aplicação em cobertura de
somente 40 kg/ha de N também resultou em aumento de produção de 30 %. Segundo estes
autores em condições de estresse hídrico os aumentos de produção foram de 7,8 vezes com
a aplicação de 100 kg/ha de 04-30-16 e somente 1,32 vezes sem déficit hídrico. A aplicação
de N em cobertura contribui para aumentar a produtividade de grãos e quantidade de
forragem e estender o período de pastejo nos sorgos forrageiros. Quando a cultura for
destina a confecção de silagem as adubações do sorgo e da cultura subseqüente necessitam
ser aumentadas em função da maior retirada de nutrientes neste processo.
O sorgo pode ser semeado no início da primavera, por ocasião das primeiras
chuvas, até início do outono. Entretanto Coelho et al. (2003), em
plantios realizados de
fevereiro até abril, obtiveram menores produções nos plantios de final de março e abril, as
quais foram mais acentuado nas cultivares de ciclo médio/tardio.
A semeadura poderá ser efetuada a lanço ou em linha, como também em plantio
direto, inclusive sobre pastagens. A densidade de semeadura deve ser em função da
finalidade do cultivo. Esta também apresenta certa plasticidade, o que possibilita um ajuste
no seu número de perfilhos em função da quantidade de sementes e do espaçamento.
Gontijo Neto et. al. (2006), indicam espaçamento de 0,50 a 070 m e 6 a 8 kg/ha de
sementes para graníferos, 0,70 a 0,80 m e 6 a 8 Kg/ha sementes para duplo propósito, 0,80
a 0,90 m e 5 a 7 kg/ha para produção de silagem, e semeadura a lanço ou linhas de ate 0,30
m e 12 a 20 kg/ha para pastejo ou fenação. A profundidade de semeadura pode variar de 3
a 5 cm.
O sorgo também é utilizado na semeadura conjunta com forrageiras tropicais como
braquiárias e panicuns, sendo que na recuperação de pastagens pode haver o retorno da
forrageira por sementes existentes no solo. No plantio conjunto, em espaçamentos menores
que 0,40 m, adicionam-se as sementes da pastagem perene as sementes do sorgo ou ao
adubo, seguindo os mesmos procedimentos citados para o milheto. Em espaçamentos
maiores podem ser adicionadas linhas extras da pastagem nas entrelinhas do sorgo. Para
isto podem ser utilizadas semeadeiras com caixas independentes, ou semear a pastagem e
logo a seguir a cultura. Em áreas onde o cultivo é mecânico ou é feita capina, a semeadura
pode ser realizada feita junto com estas práticas, para favorecer a incorporação das
sementes. A taxa de semeadura das forrageiras é a mesma recomendada para o plantio com
milheto.
O controle de plantas daninhas pode ser feito com herbicidas a base de Atrazine em
pós-emergência, quando as plantas estiverem no estádio de duas a quatro folhas. É
importante fazer a aplicação correta para que estes produtos não afetem as forrageiras.
Também é muito importante o controle prévio das invasoras, para reduzir a infestação do
consórcio. O controle cultural pode ser benéfico, com aumento na taxa de semeadura do
sorgo e/ou das outras forrageiras associadas aliado ao manejo adequado.
As pragas mais comuns da cultura do sorgo são aquelas do milho, usando-se os
mesmos controles são os recomendados para esta cultura. Da mesma forma quanto à
fitopatógenos, recomenda-se a utilização de cultivares resistentes. Por isso não é
recomendável o cultivo do sorgo após o milho, devido aos diversos problemas fitosanitários
que são comuns às duas culturas.
A colheita dos grãos é feita quando estes apresentarem um teor de umidade em
torno de 14 a 17%, e a colheita para silagem quando as plantas apresentarem entre 30% ea
35% de matéria seca.
A utilização do sorgo para pastejo é idêntica ao milheto. Este pode ser contínuo ou
rotacionado. O manejo rotacionado proporciona ganhos superiores ao contínuo em
produtividade de carne hectare e longevidade de pastagem, devido a favorecer altas taxas
de rebrote. A forragem apresenta bom valor nutritivo e boa palatabilidade. Em pastejo pode
ser e tóxica aos animais, pela presença de ácido cianídrico nas fases mais jovens de alguns
materiais.
É recomendável que os animais entrem para pastejo quando as plantas atingirem a
altura entre 70 80 m do solo, saindo quando houver rebaixamento para 20 a 30 cm. Devese dar um período de descanso de 18 a 24 dias após o pastejo inicial. No início do pastejo
deve-se
utilizar uma maior taxa de lotação, reduzindo-a gradualmente em função da
disponibilidade de forragem. As restevas das áreas de colheita de grãos bem como as
rebrotas destas áreas e áreas de silagem também poderão ser utilizadas sob pastejo.
A dessecação do sorgo como planta de cobertura ou suas restevas seguem os mesmos
procedimentos indicados para o milheto.
MILHO
O milho a segunda cultura em importância, depois da soja no Brasil, e destina-se
principalmente a produção de grãos, e somente uma pequena proporção é destinada a
elaboração de silagens. Além da grande importância econômica na agricultura brasileira,
tem grande importância na rotação de culturas, especialmente com a soja, como safrinha,
ou mesmo na época normal de plantio, devido grande biomassa dos seus restos culturais e
não favorecer o desenvolvimento de certas pragas e fitopatógenos da cultura da soja. O seu
cultivo na região dos Cerrados, além da contribuição nos sistemas agrícolas, possibilitou
grandes incrementos na suinocultura, avicultura, suplementação e confinamento de bovinos
de corte e produção de leite.
O milho é uma planta C4, com crescimento no período de primavera-verão, de hábito
ereto. Nos sistemas de integração é utilizado na recuperação de pastagens degradadas ou
para cultivo em consorcio com forrageiras e por ser de crescimento inicial rápido e as
forrageiras mais lentas presta se modo especial a essa pratica. As condições de fertilidade
do solo exigidas pelo milho são adequadas para o cultivo de todas as forrageiras tropicais,
mesmo as de maior exigência como os panicuns. Por outro lado, a cultura pode ser,
também, conduzida manualmente com boa adaptação a sistemas utilizados por pequenos
produtores.
Para o plantio da cultura do milho estavam disponíveis 237 cultivares na safra
005/2006, entre as quais variedades, híbridos simples, híbridos duplos e híbridos triplos
adaptados ao cultivo em distintas condições, Cruz et al. (2006). Na escolha dos cultivares
deve ser levando em conta o seu potencial produtivo, observando sempre suas
características como: ciclo, altura da planta, resistência pragas a doenças, tolerância à seca,
qualidade do produto e produtividade. Para o cultivo conjunto com forrageiras, recomendase o plantio de cultivares de ciclo curto ou médio, para evitar a competição final entre a
cultura e a forrageira e evitar dificuldades na colheita.
A produção de grãos normalmente varia 2.000 a 6.000 kg/ha, mas pode chegar a mais
de 10.000 kg/ha em boas condições de cultivo. O cultivo consorciado resulta em produções
idênticas ao cultivo puro em lavouras adequadamente conduzidas. Em diversos locais e
condições de cultivo Kluthcouski e Aidar (2003), obtiveram produções que variaram de
3.000 a 9.200 kg/ha, com produções semelhantes para os cultivos consorciados ou solteiros.
Também Alvarenga et al. (2006), relatam diferenças pouco expressiva entre os dois
sistemas de cultivo.
O milho é uma planta mais exigente em fertilidade do solo do que o milheto e o
sorgo, e o seu cultivo só é recomendado em solos devidamente corrigidos. Na recuperação
de pastagens degradadas, com plantio na primavera/verão, o solo deve ser corrigido com
antecedência mínima de 90 a 120 dias, para que ocorra uma adequada reação do calcário. A
saturação por bases deverá ser elevada para cerca 50 a 60%, e o fósforo, potássio e
nitrogênio deverão ser corrigidos em função da cultivar e meta de produção, sendo este
ultimo fundamental para obtenção de altas produtividades.
Em plantio de safrinha após a cultura de soja, o milho vem sendo cultivado apenas
com a adubação residual desta cultura, com produções satisfatórias. Entretanto, a adubação
pode proporcionar incrementos na produção. Em função das incertezas quanto a
produtividades desta cultura, Broch e Ranno (2007), sugerem que a mesma seja implantada
em áreas já corrigidas e com boa fertilidade e a adubação deve ser em função das metas de
produção. Para manter os teores de fósforo e potássio no solo para a cultura subseqüente
recomendam a aplicação de 25 a 35 Kg/ha de N, 60 kg/ha de P2O5 e 40 kg/ha de K2O,
quando a meta de produção for de 4.800 kg/ha, já para a produção de 6.000 kg/ha a
adubação deve ser 35 a 45 kg/ha de N, 75 kg/ha de P2O5 e 50 kg/ha de K20. Quando a
cultura for destina a elaboração de silagem as adubações necessitam ser aumentadas em
função da maior retirada de nutrientes neste processo.
O milho pode ser semeado no início da primavera, por ocasião das primeiras chuvas,
até início do outono, entretanto a produção pode ser afetada em
plantios realizados no
cedo ou tardios devido a variações na luminosidade e disponibilidade hídrica.
A semeadura é feita em covas ou em linhas, pode ser com preparo convencional do
solo ou em SPD. A densidade e o espaçamento de plantio deve ser em função da cultivar e
finalidade do cultivo e também em função dos equipamentos disponíveis para plantio e
colheita. Gontijo Neto et. al. (2006), indicam 40.000 a 50.000 plantas para variedades,
45.000 a 55.000 para híbridos duplos e 50.000 a 70.000 para híbridos triplos e simples.
Na recuperação de pastagens o banco de sementes da forrageira no solo pode ser
elevado e resultar em grande competição com o milho. Em área com pastagem de B.
brizantha cv. Marandu, com banco de sementes de 25 kg/ha de SPV e preparo convencional
do solo, Zimmer et. al. (1994) , obtiveram reduções na produção do milho de 50 % onde
houve o retorno espontâneo da braquiaria, em relação a área capinada. O controle parcial
da forrageira pode ser feito com herbicidas. Em B. brizantha, Zimmer et al. (2004),
obtiveram produção de 5.700 kg/ha de milho com controle total da forrageira, e 4.860 kg/ha
de grãos 1.700 kg/ha de MS da forrageira com a aplicação dos herbicidas atrazina +
metalaclhor. No cultivo sem controle da braquiaria a produção de milho foi de 3.060 kg/ha
e 4.800 kg/ha de MS da forrageira, por ocasião da colheita das culturas.
O excesso de plantas da forrageira e invasoras,também pode ser reduzido pelo
preparo do solo, como no sistema Barreirão, onde é feita uma pré-incorporação da
pastagem e posterior aração profunda. Neste processo Oliveira e Yokoyma (2003)
recomendam, que 60 % do calcário seja aplicado antes da gradagem e o restante após a
aração.
Na semeadura conjunta de milho com forrageiras tropicais, adiciona-se as sementes
da pastagem perene ao adubo, porque estas tem a capacidade de germinar a profundidades
maiores, devido ao alongamento do seu mesocótilo. Em espaçamentos maiores podem ser
adicionadas linhas extras da pastagem nas entrelinhas do milho. Para isto podem ser
utilizadas semeadoras com caixas independentes, ou semear a pastagem e logo a seguir a
cultura. Em áreas onde o cultivo e mecânico ou capina a semeadura pode ser feita junto
com estas práticas para favorecer a incorporação das sementes.
O cultivo simultâneo é mais recomendado para regiões com reduções drásticas das
chuvas no inicio do outono, e não é possível o plantio do milho safrinha, ou as culturas de
cobertura não tem bom desempenho. Nas regiões tradicionais de produção de milho
safrinha o plantio conjunto de forrageiras segue os mesmos procedimentos, para o plantio
em época normal.
O sistema Santa Fé preconiza a utilização de gramíneas forrageiras perenes,
especialmente Brachiaria brizantha cv Marandu, consorciada com culturas anuais para a
formação de pastagens em áreas com fertilidade do solo já corrigidas, no período de verão,
com os objetivos de produção de forragem para a entressafra e, ou, palhada em quantidade
e qualidade para o SPD (Kluthcouski & Aidar, 2003).
Um aspecto importante que alicerça o plantio consorciado de lavouras anuais e
gramíneas forrageiras perenes é o fato que estas últimas apresentam lento acúmulo de
massa seca da parte aérea até aproximadamente 50 dias após a emergência, período em que
as culturas anuais sofrem maior interferência por competição. (COBUCCI e PORTELA,
2003).
O controle das invasoras já deve ser iniciado previamente objetivando reduzir a
infestação no consorcio.
O controle cultural pode ser benéfico, com redução no
espaçamento ou aumento na população de plantas do milho e/ou das outras forrageiras
associadas aliado ao manejo adequado. As forrageiras dos gêneros Panicum e Brachiaria
mais utilizadas no Brasil têm boa tolerância a sombreamento, pois mesmo com até 50 % da
interceptação da luz solar não ocorre redução significativa da sua taxa de crescimento,
Carvalho et al.(1999) e Laura et al. (2006), mas mesmo com sombreamento do milho estas
persistem com porte reduzido e aceleram o seu crescimento a partir da maturação e colheita
da cultura.
As forrageiras cultivadas em consorcio podem auxiliar na supressão de invasoras no
milho. A cultura de milho teve o desenvolvimento prejudicado pela presença das plantas
daninho corda-de-viola, caruru-roxo ou capim-colchão, o que provocou uma significativa
redução na produtividade, de cerca de 2.000 kg/hade grãos, em relação ao milho capinado
com cerca de 7.000 kg/ha, enquanto que nos consórcios com as forrageiras, B. decumbens,
B. brizantha e P. maximum as produções foram de 4.000 a 5.000 Kg/ha. Cabe ressaltar
que nos consórcios com as forrageiras ficou evidente a supressão das invasoras por todas
forrageiras, mas isto foi mais marcante na B. brizantha que aos 60 dias apresentava do
numero plantas invasoras 90% menor do que a área sem controle ( SEVERINO et. al
(2006).
Na utilização de herbicidas deve-se levar em conta as invasoras presentes e nos
plantios consorciados utilizar herbicidas aos quais a forrageira seja tolerante. O controle de
plantas daninhas pode ser feito com herbicidas aplicados em pós-emergência das plantas
daninhas e do milho. Segundo Alvarenga et.al. (2006) são recomendados herbicidas a base
atrazina e alguns do grupo das sulfonilúreias, como nicusulfuron, foramsulfuron e
iodosulfuron methyl sodium. Estes são aplicados quando as plantas estiverem no estádio
de duas a quatro folhas.
Como período critico de competição das plantas daninhas ou forrageiras com milho
ocorre entre ou entre 20 a 40 dias após a emergência, aplicar nesta fase 1500 g i.a./ha de
atrazina para o controle de monocotiledôneas e o nicosulfuron é recomendado na dose de 4
a 8 g i. a,/ha objetivando retardar o crescimento das forrageiras. Uma dose maior é
recomendada quando a forrageira e plantas daninhas estão em estágios mais avançados.
Para consorcio de milho com Panicuns a dose nicosulfuron não deve ultrapassar 6 g. i.a.
/ha (Alvarenga et al. 2006)
O controle pragas na integração segue os mesmos procedimentos básicos
recomendados para a cultura em PD. Quanto a fitopatógenos que possam causar danos a
cultura optar pela utilização de cultivares resistentes.
A colheita dos grãos e feita quando estes apresentarem um teor de umidade em
torno de 14 a 17%, e a colheita para silagem quando as plantas apresentarem de 30 a 35 %
de matéria seca.
SOJA
A soja é a cultura de grãos de maior importância no Brasil, seus grãos e produtos
derivados são destinados a alimentação humana e tem grande importância na produção
animal do país. Além da importância econômica na agricultura brasileira, tem largo uso na
rotação de cultivos, especialmente com gramíneas, por ser planta fixadora de nitrogênio. O
seu cultivo na Região dos Cerrados, além da contribuição nos sistemas agrícolas e
recuperação de pastagens degradadas, possibilitou grandes incrementos na suinocultura,
avicultura, suplementação e confinamento de bovinos de corte e produção de leite
A soja uma planta C3, com crescimento no período de primavera-verão, de hábito
herbáceo. Nos sistemas de integração é utilizado na recuperação de pastagens degradadas,
em rotação, após culturas de safrinha e de inverno, ou para PD sobre pastagens, desde que o
solo tenha sido corrigido previamente. O cultivo em consorcio com forrageiras tem sido
tentado sem resultados muito animadores.
As condições de fertilidade do solo exigidas
pela soja são adequadas para o cultivo de todas as forrageiras tropicais, mesmo as de maior
exigência como os panicuns. Esta cultura também pode ser conduzida manualmente com
boa adaptação a sistemas utilizados por pequenos produtores, mas essa forma de cultivo é
mais restrita.
Para o plantio da cultura da soja estão disponíveis várias cultivares a cada safra, e
para cada região devem ser utilizados os materiais recomendados, levando-se conta o seu
potencial produtivo para as condições locais, observando-se sempre suas características
como: ciclo, altura da planta, resistência pragas e doenças, tolerância a seca qualidade do
produto e produtividade.
A produção de grãos normalmente varia 2.000 a 3.000 kg/ha, mas pode chegar a
produtividades superiores a 4.000 kg/ha em boas condições de cultivo. O cultivo
consorciado e pouco utilizado pelas dificuldades no manjo da cultura e na colheita que é
feita ao nível do solo. Kluthcouski e Aidar (2003), observaram reduções na produção,
devido a competição da braquiaria, em diversos locais em relação ao cultivo puro.
A cultura da soja tem exigências em solo, idênticas ao sorgo e milho a exceção do N.
O seu cultivo só é recomendado em solos devidamente corrigidos. Na recuperação de
pastagens degradadas, com plantio na primavera/verão, o solo deve ser corrigido com
antecedência mínima de 60 dias, para que ocorra uma adequada reação do calcário, nas
dosagens recomendações para esta cultura. Estes níveis também são apropriados para as
forrageiras tropicais. Em solos de textura média a saturação por base deverá ser elevada
para cerca 50 a 60%, o fósforo, potássio e micronutrientes deverão ser corrigidos em
função da cultivar e objetivo da produção.
Como o N é o elemento requerido em maior quantidade pela soja e este é obtido por
fixação biológica, torna-se relevante portanto fazer uma boa inoculação da semente com
bactérias do gênero Bradyrhizobium. A quantidade mínima de inoculante a ser utilizada é
de 600.000 celulas/semente, mas os beneficios são crescentes até 1.200.000 celulas/semente
(EMBRAPA SOJA, 2007). Portanto é
muinto importante dobrar
a quantidade de
inoculante no primeiro plantio na renovação de pastagens para que ocorra uma boa
nodulação e fixação de N.
A época de semeadura da soja, na Região Centro-Oeste vai de 20 de outubro ate 10
de dezembro, podendo se estender em áreas bem fertilizadas, mas no mês de novembro que
são obtidas as melhores produtividades.
A semeadura é feita em covas ou em linhas, com preparo convencional do solo ou
em PD. Os espaçamentos de plantio variam de 40 a 50 cm entre linhas e de 10 a 18
plantas/m2 o que resulta em populações de 200.000 a 450.000 plantas/ha (EMBRAPA
SOJA, 2007). Estas densidades populacionais devem ser em função da cultivar, finalidade
do cultivo e equipamentos disponíveis para plantio.
Na recuperação de pastagens, onde se faz o preparo convencional do solo, pode
haver uma grande competição da pastagem com a cultura. Este excesso de plantas pode ser
controlado pelo preparo do solo, como no sistema Barreirão seguindo as mesmas
recomendações indicadas para a cultura do milho, ou pela aplicação de herbicidas.
O cultivo simultâneo de soja com forrageiras tropicais é pouco utilizada, devido a
grande competição exercida pelas forrageiras. No entanto, Kluthcouski & Aidar, (2003)
apresentam algumas alternativas. Estes autores recomendam o plantio da pastagem 20 a 30
dias após a emergência da soja ou a utilização de subdoses de herbicida. Em avaliações de
campo observou-se que cultivares de porte alto e ciclo precoce sofreram menor competição
da gramínea.
A cultura da soja é mais adequada para o cultivo de pastagens em sucessão o que
pode ser feito de diversas formas: plantio de pastagem safrinha, milho ou sorgo safrinha
com pastagem ou a pastagem ou com as culturas na estação de chuvas seguinte.
O controle das invasoras já deve ser iniciado previamente objetivando reduzir a
infestação, com bom preparo do solo, época e densidade de plantio adequada. Em função
das invasoras presentes, o seu controle com herbicidas aplicados em pré ou pós-emergência
das plantas daninhas e da soja, com produtos recomendados para a cultura. A utilização de
cultivares Roundup Ready tem facilitado o controle de certas invasoras, especialmente
forrageiras que além da sua dessecação em certas situações necessitam ser controladas em
pós-emergência. Mas é importante fazer a alternância na utilização de cultivares Roundup
Ready e convencionais.
O controle pragas na integração segue os mesmos procedimentos básicos
recomendados para a cultura em plantio direto. Quanto a fitopatógenos que possam causar
danos a cultura optar pela utilização de cultivares resistentes e rotação de cultivos.
A colheita dos grãos é feita quando estes apresentarem um teor de umidade em
torno de 13 a 15%, mas pode haver necessidade de se realizar uma dessecação da cultura se
a maturação não estiver uniforme ou com elevada população de gramíneas forrageiras.
ARROZ
A cultura do arroz é utilizada na integração lavoura pecuária desde o inicio do seu
cultivo no Brasil. As áreas de arroz irrigado eram utilizadas com pastagens durante o
pousio e áreas de sequeiro na formação de pastagens, isto ocorreu de modo mais expressivo
na década de setenta na Região dos Cerrados. Neste período parte expressiva das áreas de
braquiarias foi estabelecida em sucessão ou em consorcio com a cultura do arroz.
Na atualidade o seu cultivo está mais voltado para a recuperação de pastagens
degradadas, principalmente a partir do desenvolvimento do Sistema Barreirão pela
Embrapa Arroz e Feijão. Esta cultura também é utilizada em diversos sistemas de rotação
de culturas, especialmente com cultura da soja.
O arroz é uma planta C3, com crescimento no período de primavera-verão, de hábito
ereto e bom perfilhamento. Nos sistemas de integração é utilizado como cultura de abertura
de novas áreas, por sua adaptação a solos de menor fertilidade que as demais culturas, e na
recuperação de pastagens degradadas. As condições de fertilidade do solo exigidas pelo
arroz também são adequadas a grande parte das forrageiras, especialmente as braquiarias.
As variedades de arroz para cultivo em cada região devem ser as recomendadas,
observando as características de ciclo, altura da planta, resistência a doenças, qualidade do
produto e produtividade. Para o cultivo simultâneo com forrageiras, Oliveira et al. (1998),
recomendam o plantio de cultivares de ciclo curto ou médio, para evitar a competição final
entre a cultura e a forrageira.
A cultura do arroz é bastante tolerante a acidez do solo, pois segundo Fageria (1998)
tolera até 70 % de saturação por alumínio, condição esta também tolerada por braquiarias.
A correção do solo e adubação deve ser adequada para esta cultura, a elevação do pH para
5,6 e saturação por bases para 40 % é adequado para o cultivo do arroz em rotação com
feijão milho e soja, Fageria (1998). Os demais nutrientes devem ser aplicados em função
das metas de produtividade.
No Sistema Barreirão, em condições normais de pastagens degradadas no cerrado,
Oliveira et al. (1998), mediante a aplicação de 15 kg, 90 kg e 45 kg de N, P2O5, e K2O por
hectare respectivamente e micronutrientes, obtiveram boas produtividades do arroz de
sequeiro. Também recomendam a aplicação de 20 a 30 kg/ha de N, em até duas aplicações.
No cultivo de arroz em SPD sobre pastagens é importante aplicar quantidades
adequadas de N no plantio, pois seu efeito é mais marcante do que a aplicação em
cobertura. Guimarães e Yokoyma (1998), mediante a aplicação de incrementos sucessivos
na base de 12, 24, 36 e 48 Kg/ha de N os aumentos de produção foram de 20 %, 53 % e 80
% respectivamente, enquanto que a aplicação adicional em cobertura de 30 Kg/ha de N,
sobre os mesmos níveis, resultou em incrementos de somente 9 %, 18 % e 31 %
respectivamente.
Juntamente com cultura do arroz também pode ser feita a semeadura de forrageiras
tropicais como braquiárias e panicuns, sendo que na recuperação de pastagens pode haver o
retorno forrageira por ressemeadura a partir do banco sementes no solo. No plantio
consorciado, adicionam-se as sementes da pastagem perene as sementes do arroz ou ao
adubo. Como o arroz é plantado em espaçamentos de 30 a 50 cm na entrelinha, não é
necessário adicionar linhas extras da pastagem nas entrelinhas do arroz. Em áreas onde é
realizada capina ou cultivo mecânico a semeadura da forrageira pode ser feita junto com
estas práticas para favorecer a incorporação das sementes. As taxas de semeadura das
forrageiras são as mesmas recomendadas para o plantio com milheto.
Na recuperação de pastagens o banco de sementes da forrageira no solo pode ser
elevado e resultar em grande competição com o arroz. Em área com pastagem de B.
brizantha cv. Marandu, por 10 anos, com banco de sementes de 25 kg/ha de SPV e preparo
convencional do solo. Zimmer et. al. (1994) , obtiveram produções de somente 680 kg/ha
de arroz onde houve o retorno espontâneo da braquiaria, e 1780 Kg/ha na área com
controle da braquiaria. Nestas condições o controle parcial da forrageira pode ser feito com
herbicidas, Zimmer et,al. (2004), obtiveram produção de 1900 Kg/ha de arroz com controle
da forrageira e invasoras, 1840 Kg/ha de arroz e 3.470 Kg/ha de MS da forrageira com a
aplicação 2,5 L/ha do herbicida Pendimethalin, já no cultivo sem controle da braquiaria a
produção de arroz foi de somente 970 Kg/ha e 4.290 Kg/ha de MS da forrageira.
O excesso de plantas pode ser controlado pelo preparo do solo, como no sistema
Barreirão, onde é feita uma pré-incorporação da pastagem com grade aradora e posterior
aração profunda com arado de aiveca, que incorpora as sementes a uma profundidade de 35
cm. Neste processo, Oliveira e Yokoyma (2003), recomendam que 60 % do calcário seja
aplicado antes da gradagem, e o restante após a aração.
O controle de plantas daninhas, sem danos, para essa cultura pode ser por meio de
capinas, cultivo mecânico com a aplicação de herbicidas. A escolha dos herbicidas deve ser
em função das invasoras presentes, e dos plantios consorciados, de forma que as forrageira
sejam tolerantes a estes. O controle cultural pode ser a aração profunda, redução do
espaçamento, aumento na taxa de semeadura do arroz e/ou das forrageiras associadas.
O controle de pragas é feito conforme as recomendações para a cultura. Entretanto
atenção especial deve ser dada a cigarrinha das pastagens, que é praga comum, portanto
recomenda-se não plantar arroz próximo a áreas infestadas ou fazer o plantio antes do pico
da população de cigarrinhas. Quanto a fitopatógenos que possam causar danos a cultura
optar pela utilização de cultivares resistentes e rotação de cultivos.
A colheita dos grãos e feita quando estes apresentarem um teor de umidade em
torno de 18 a 23 %. Após a colheita em cultivos consorciados pode ser iniciado o pastejo
AVEIA
A aveia, por ser uma cultura de inverno, tem o seu cultivo restrito ao sul da região
dos Cerrados. Esta cultura teve a sua maior expansão na década de 1980, como planta de
cobertura após a colheita da soja ou do milho, sendo eventualmente era utilizada em
pastejo.
A aveia é uma forrageira de clima temperado e subtropical, anual, de hábito ereto,
com desenvolvimento uniforme e bom perfilhamento, com muitas cultivares em uso. Sua
utilização integração lavoura-pecuária é mais restrita, pois o milheto, sorgo ou forrageiras
tropicais tem proporcionado melhores resultados como plantas para cobertura do solo,
grãos, forragem, feno e silagem.
O plantio da aveia vai de 15 de março à 15 de abril quando o objetivo for pastejo e
até 15 de junho para produção de grãos ou palhada. O plantio pode ser feito através do
sistema convencional ou plantio direto, após a colheita da soja ou milho.
O plantio no sistema convencional pode ser feito em linha ou a lanço. Para o plantio
em linha, Kichel e Miranda (2000 a), recomendam um espaçamento de 17 a 20 cm entre
linhas, com taxa de semeadura de 75 Kg/ha; e para plantio a lanço recomenda-se o uso de
85 kg/ha de sementes, numa profundidade de 3 a 5 cm.
Para o plantio direto, o espaçamento e a profundidade da semeadura são os mesmos,
aumentando-se apenas a taxa de semeadura para 85 a 90 kg/ha de sementes.
Outra prática que vem sendo utilizada é a semeadura conjunta de aveia com
forrageiras tropicais como braquiárias e panicuns. Neste caso reduz-se a quantidade de
sementes de aveia e se adiciona a forrageira perene, seguindo-se os mesmos procedimentos
citados acima.
A aveia é adaptada a solos de média e alta fertilidade. Como o seu cultivo é
realizado após as culturas de verão, normalmente não é adubada. Mas, segundo Kichel e
Miranda (2000 a), é recomendado a aplicação de nitrogênio entre 50 e 100 kg/ha para se
aumentar a produção, especialmente se a cultura de verão for uma gramínea. Com a
adubação com 200 Kg/ha da formula 08-16-16, Rangel et al. (2002) obtiveram produção
de 4,37 Kg/ha de massa seca da aveia preta no emborrachamento e somente 2,95 Kg/ha em
área sem adubação em Dourados – MS. Entretanto não houve efeito residual desta
adubação na cultura subseqüente da soja.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Além destas, outras culturas também poderão ser incluídas nos sistemas de
integração lavoura-pecuária. O cultivo do feijão tem apresentado resultados promissores
especialmente em cultivo sobre braquiarias com redução na ocorrência de pragas e doenças.
A cultura do trigo tem importância em algumas áreas do Cerrado e seu cultivo é semelhante
ao da aveia. O algodão em certas áreas tem grande importância, sendo utilizado na rotação
com culturas como soja e milho e o seu plantio também e feito em SPD sobre pastagens. A
cana-de-açúcar, de uso tradicional em pequenas áreas na pecuária como planta forrageira,
em anos recentes vem tendo grande expansão como cultura comercial para produção de
açúcar e álcool e está associada a produção de bovinos de corte em muitas propriedades.
Nos sistemas de integração lavoura-pecuária, a correção da acidez do solo e a
adubação seguem basicamente os mesmos procedimentos adotados para os sistemas
convencionais, pelo menos até enquanto a pesquisa não tenha mais conhecimento para
ajustar de forma mais eficiente os benefícios que se advogam da adoção do referido
sistema. Na fase inicial, é recomenda-se uma correção da acidez em profundidade no solo,
e nas fases subseqüentes à aplicação de calcário, gesso e fertilizantes poderá ser superficial,
principalmente se adotado o SPD na integração lavoura-pecuária. Broch e Chuein (2007)
recomendam que em solos com fertilidade e teores de fósforo adequados, a adubação de
manutenção poderá ser a lanço em pré-semeadura ou no sulco de semeadura. Entretanto,
em solos de média e baixa fertilidade, pelo menos 50% da adubação de manutenção deverá
ser no sulco de semeadura, enquanto que em regiões com ocorrência de períodos
prolongados de déficit hídrico a aplicação deve ser, preferencialmente, no sulco.
O manejo das pastagens nos sistemas de integração lavoura-pecuária é idêntico ao
manejo de pastagens de sistemas tradicionais, mas alguns cuidados extras são necessários.
Logo após a colheita da cultura pode ser efetuado um pastejo rápido para estimular o
perfilhamento basal, tendo-se o cuidado de evitá-lo quando o solo estiver muito úmido; e
depois de algumas semanas, a pastagem pode ser utilizada normalmente. Em áreas onde se
deseja fazer SPD de culturas sobre a pastagem, iniciar um pastejo mais intenso na mesma
alguns meses antes, para uniformizar o relvado. Algumas semanas antes da dessecação
deve-se deixar a área em repouso para acúmulo de massa e favorecer a dessecação para o
plantio das culturas.
O manejo e adubação da pastagem podem ter grande efeito na produção de
biomassa aérea e de raízes destas plantas, bem como na produtividade das culturas
subseqüentes. Pastagem de B. brizantha, sob pastejo por três anos, com adubação de
manutenção anual de 200 kg/ha de N, 60 kg/ha de P2O5 e 60 kg/ha de K2O, proporcionaram
ganhos de peso no período de 1.605 Kg/ha de equivalente carcaça; já sem adubação o
ganho foi de somente 990 kg/ha. As produções de massa, aérea da B. brizantha foram de
11.600 kg/ha e de raízes 14.500 kg/ha. Já sem adubação estas quantidades foram de
somente 7.200 e 7.800 kg/ha respectivamente, por ocasião do plantio das culturas de soja e
milho, em Rio Brilhante - MS. As produções de soja e do milho cultivadas sobre a
pastagem adubada foram 27% 80% maiores respectivamente do que na pastagem sem
adubo (KICHEL e MIRANDA, 2004).
As forrageiras tropicais apresentam alta capacidade de produção de massa, e esta
tem degradação mais lenta que outras palhadas. Em dois locais, Sorriso e Primavera do
Leste, MT, Lamas e Staut (2005), objetivando o plantio de algodão, obtiveram produções
de massa da braquiaria de cerca de 10 t/ha em plantios de outono, enquanto que nos
plantios de primavera as produções foram de 3. a 5. t/ha.
Estas quantidades foram
semelhantes a das outras culturas de cobertura, mas a palhada de braquiaria remanescente
após a colheita do algodão em maio foi maior do que a do milheto, sorgo e capim-pé-degalinha. A massa do milho, 14,5 t/ha, foi menor que a dos consórcios desta cultura com B.
brizantha com 16,0 t/ha e B. ruziziensis 17,6 t/ha no plantio. Após a colheita do feijão a
quantidades foram de 6,3; 8,8; e 9,3 respectivamente, indicando que as massas dos
consórcios apresentaram degradação mais lenta (KLUTHCOUSKI e STONE, 2003).
Quando o objetivo do plantio de braquiárias ou panicuns for o de plantas de
cobertura do solo, poderá haver um excesso de produção de fitomassa, se as condições
forem favoráveis.
Neste caso o plantio da cultura subseqüente é dificultado, sendo
necessário então pastejar, roçar ou aplicar o herbicida dessecante com 30 a 40 dias de
antecedência. Isto ocorre com em forrageiras como B. decumbens, B. brizantha e P.
maximum cv Tanzânia, para as quais a dose de glyphosate necessita de ser de 4 a 5 L/ha da
formulação 360 g. de i.a. . Para B.humidocola, Paspalum notatum e P. maximum cv.
Mombaça a dose de glyphosate deve ser de 5 a 6 L/ha (EMBRAPA Soja, (2007)
Nos plantios em consorcio a colheita não poderá sofrer atrasos, pois com a
maturação da cultura a pastagem acelera o seu crescimento, o que poderá causar
dificuldades na colheita. Na presença de excesso de forragem será necessário fazer uma de
dessecação parcial para proceder à colheita.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
-ALVARENGA, R.; C. COBUCCI, T.; KLUTHCOUSKI, J.; WRUCK, F..J.; CRUZ, J.C.;
GONTIJO NETO, M. M. A cultura do Milho na Integração Lavoura-pecuária. Informe
Agropecuário, Belo Horizonte, V.27,n.233, p.106-126, 2006.
-BORGES, E.P.; BORDIN, A. C. M. Manejo químico da área de pousio visando o plantio
direto. Informações Agronômicas , Piracicaba, n.79, p. 10-11, 1997.
-BROCH. D.L.; CHUEIN, W.A.A, Estratégia de Adubação na Cultura da Soja em Plantio
Direto. In: FUNDAÇÃO MS. Tecnologia e Produção Soja Milho 2006/2007. Maracaju,
FUNDAÇÃO MS Para Pesquisa e Difusão de Tecnologias Agropecuárias, 2006. p. 26-42.
-BROCH. D.L.; RANNO, S.K. Fertilidade do Solo na Cultura do Milho. In: FUNDAÇÃO
MS. Tecnologia e Produção Soja Milho 2006/2007. Maracaju: FUNDAÇÃO MS Para
Pesquisa e Difusão de Tecnologias Agropecuárias, 2006. p. 159-163.
-CARVALHO, M. M.; SILVA, J. L. O.; CAMPOS JÚNIOR, B. A. Produção de matéria
seca e composição mineral da forragem de seis gramíneas tropicais estabelecidas em um
sub-bosque de angico-vermelho. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, MG, v. 26, n. 2,
p. 213-218, 1997.
-COBUCCI, T.; PORTELA, C.M. Manejo de Herbicidas no Sistema Santa Fé e na
Braquiária como Fonte de Cobertura Morta. In: KLUTHCOUSKI, J.; STONE, L.F.;
AIDAR, H. (Ed.) Integração Lavoura-Pecuária. Santo Antonio de Goiás: EMBRAPA
Arroz e Feijão, 2003. p. 444-458.
-COELHO, A,M.; WAQUIL, J.M.; KARAM, D. Seja Doutor do Seu Sorgo. Potafos Arquivo Agronômico Nº 14. Encarte do Informações Agronômicas, Nº. 100 p. 1-24. 2002.
-CRUZ, J.C .; PEREIRA FILHO, I.A,; ALVARENGA, R.; C. GONTIJO NETO, M. M.;
VIANA, J.H.M.; OLIVEIRA, M.F.; SANTANA, D.P. Manejo da Cultura do milho em
Sistema de Plantio Direto. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, V.27,n.233, p.42-53,
2006.
-EMBRAPA SOJA .Tecnologias de Produção de Soja Região Central do Brasil 2007.
Londrina, EMBRAPA Soja. 2007. 225 p.
-FAGERIA, N.K. Manejo da Calagem e Adubação do Arroz. In: BRESEGHELLO, F.;
STONE, L.F.(Ed.) Tecnologias Para Arroz de Terras Altas. Santo Antonio de Goiás:
EMBRAPA-CNPAF, 1998. p. 67-78.
-FERREIRA, A,S.; CASELA, C.R. Doenças do Milheto. In: MARTINS NETO, D.A.
DURÃES, F.O.M. (Ed.) Milheto: Tecnologias de Produção e Agronegócio. Brasilia :
EMBRAPA- Milho e Sorgo 2005. p. 145-157
-GONTIJO NETO, M. M.; ALVARENGA, R. C.; PEREIRA FILHO, I. A.; CRUZ, J. C.;
RODRIGUES, J. A. dos S. Recomendações de densidade de plantio e taxas de semeadura
de culturas anuais e forrageiras em plantio consorciado. Sete Lagoas: EMBRAPA Milho e
Sorgo, 2006. 6 p. (EMBRAPA Milho e Sorgo. Comunicado Técnico, 62).
-GUIMARÃES, C.M.; YOKOYMA, L.P. Arroz em Plantio Direto In: BRESEGHELLO,
F.; STONE, L.F. (Ed.) Tecnologias Para Arroz de Terras Altas. Santo Antonio de Goiás:
EMBRAPA-CNPAF, 1998. p. 25-30.
-KICHEL, A. N. & MIRANDA, C. H. B. Uso da aveia como planta forrageira. Campo
Grande: EMBRAPA Gado de Corte, 2000 (a) 5 p. (EMBRAPA Gado de Corte. Gado de
Corte Divulga, 45).
-KICHEL, A. N. & MIRANDA, C. H. B. Uso do milheto como planta forrageira. Campo
Grande: EMBRAPA Gado de Corte, 2000 (b) 6 p. (EMBRAPA Gado de Corte. Gado de
Corte Divulga, 46).
- KICHEL, A. N. & MIRANDA, C. H. B. Integração agro-pecuária. Integração lavourapecuária no Cerrado brasileiro. In: 9º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha
Chapecó, 2004 . Resumos do 9º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha. Ponta
Grossa. Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha, 2004. p. 23-24.
-KLUTHCOUSKI, J.; AIDAR, H. Implantação, Condução e Resultados Obtidos com o
Sistema Santa Fé . In: KLUTHCOUSKI, J.; STONE, L.F.; AIDAR, H. (Ed.) Integração
Lavoura-Pecuàaria. Santo Antonio de Goiás: EMBRAPA Arroz e Feijão, 2003 p. 407441.
-LAMAS, F.M.; STAUT, LA. Espécies Vegetais para Cobertura do Solo no Cerrado de
Mato Grosso. Dourados: EMBRAPA
Agropecuária Oeste , 2005. 4 p. (EMBRAPA
Agropecuária Oeste. Comunicado Técnico, 97) .
LAURA, V.A. ; JANK, L.; GONTIJO NETO, M.M. Área foliar específica, biomassa e taxa
de crescimento relativo de folhas de cultivares comerciais de Panicum maximum sob
sombreamento artificial. In: 43ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia,
2006, João Pessoa. Anais da 43ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia. João
Pessoa: Sociedade Brasileira de Zootecnia, 2006. CD-ROM. p. 1-4.
-MACHADO. L. A, Z. Avaliação de cultivares de Aveia preta para produção de forragem e
cobertura do solo. Dourados: EMBRAPA Agropecuária Oeste , 2000. 3 p. (EMBRAPA
Agropecuária Oeste. Comunicado Técnico, 26) .
-MARTINS NETO, D.A. ; BONAMIGO, L.A. Milheto: Características da Espécie e Usos.
In: MARTINS NETO, D.A. DURÃES, F.O.M. (Ed.) Milheto: Tecnologias de Produção e
Agronegócio. Brasilia : EMBRAPA Milho e Sorgo, 2005. p. 21-36.
-OLIVEIRA, I.F., YOKOYMA, L.P. Implantação e Condução do Sistema Barreirão. In:
KLUTHCOUSKI, J.; STONE, L.F.; AIDAR, H. (Ed.) Integração Lavoura-Pecuária.
Santo Antonio de Goiás: EMBRAPA Arroz e Feijão, 2003 p. 267-302.
-OLIVEIRA, I.F., KLUTHCOUSKI, J. YOKOYMA, L.P. SANTOS, R.S.M. Arroz na
Reforma de Pastagens: Sistema Barreirão In: BRESEGHELLO, F.; STONE, L.F. (Ed.)
Tecnologias Para Arroz de Terras Altas. Santo Antonio de Goiás: EMBRAPA-CNPAF,
1998. p. 35-40.
-PEREIRA FILHO, I.A.; RODRIGUES, J.A S.; KARA, D. COELHO, A M.;
ALVARENGA, R.A; CRUZ, J. C.; CABEZAS, W.L. Manejo da Cultura do Milheto In:
MARTINS NETO, D.A. DURÃES, F.O.M. Milheto: Tecnologias de Produção e
Agronegócio. Brasilia : EMBRAPA Milho Sorgo, 2005. p. 61-92.
-RANGEL, M.A, S.; MARANHO, E.; SILVA, F. O, Manejo da Aveia Preta em Sistema de
Produção Agropecuário Integrado. Dourados: EMBRAPA Agropecuária Oeste, 2002. 19 p.
(EMBRAPA Agropecuária Oeste. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 1397)
-SEVERINO, F.J.; CARVALHO, S.J.P.; CHRITOFFOLETI, P.J. Interferências Mutuas
Entre a Cultura do Milho, Espécies Forrageiras e Plantas Daninhas em Sistema de
Consorcio. III – Implicações Sobre as Plantas Daninhas. Planta Daninha, Viçosa, V.
24,n. 1, p.53-60, 2006.
-VIANA , P.A. WAQUIL, J.M.; CRUZ, J. C . Insetos-Praga na Cultura do Milheto. In:
MARTINS NETO, D.A. DURÃES, F.O.M. (Ed.) Milheto: Tecnologias de Produção e
Agronegócio. Brasilia : EMBRAPA Milho e Sorgo, 2005. p. 123-141.
-ZIMMER, A. H.; MACEDO, M. C. M.; BARCELLOS, A. de O.; KICHEL, A. N.
Estabelecimento e recuperação de pastagens de Bachiaria. In: PEIXITO, A., M.; MOURA,
J.C. FARIA, V.P. (Ed.). SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DA PASTAGEM, 11º. Anais...
Piracicaba-SP: FEALQ, p.153-208, 1994 .
-ZIMMER, A. H.; MACEDO, M. C. M.; KICHEL, A. N.; EUCLIDES, V. P. B. Integratet
Agropastoral Production Systems. In: GUIMARÃES, E.P.; SANZ, J.I.; AMÉSQUITA,
M.C.; THOMAS, R.J. (Ed.). Agropastoral Systems For the Tropical Savanas of Latin
America. CIAT – Centro Internacional de Agricultura Tropical, Colômbia. EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Brasília, Brasil. p. 253-290, 2004.
Download