resol-coment-biol-vol1

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GABARITO COMENTADO – BIOLOGIA
3a série do Ensino Médio – Revisional
Identidade funcional da vida – Volume 1 (2012)
CAPÍTULO 1 – A evolução da ciência é fomentada pela curiosidade humana
Exercícios de sala
1) A
Comentário:
Primeiramente, Fleming observou um fato (um halo transparente ao redor dos fungos, o que parecia
indicar que nesse local havia ocorrido morte das bactérias). Uma vez observado esse fato, Fleming
formulou uma hipótese, ou seja, propôs uma explicação para o acontecimento (o fungo teria produzido
uma substância bactericida). Para confirmar sua hipótese, Fleming elaborou um experimento (fez
algumas culturas do fungo e adicionou-a em meios que continham bactérias), chegando a um resultado
(os estafilococos e outras bactérias eram sensíveis à substância produzida pelo fungo). Como a
hipótese foi validada, elaborou-se a teoria (a penicilina é, comprovadamente, um agente bacteriano).
2) B
Comentário:
Analisando os gráficos, podemos concluir que as afirmativas I e IV são falsas, enquanto que II e III são
verdadeiras.
A afirmação I é falsa, pois, ao compararmos com o grupo controle, verificamos que a densidade
populacional das lebres foi maior quando elas recebiam alimento adicional. Já quando os predadores
foram retirados, houve pouca diferença da densidade populacional no grupo experimental e no grupo
controle.
A afirmação II é verdadeira, uma vez que a densidade populacional das lebres também foi maior
quando alimentos extras foram oferecidos, e não quando a qualidade do alimento foi melhorada através
da utilização de fertilizante que aumenta o valor nutritivo dos alimentos.
A afirmação III é verdadeira, visto que a maior densidade populacional das lebres foi observada quando
ocorreu, simultaneamente, adição de alimento e eliminação dos predadores.
A afirmação IV é falsa, pois influenciam na densidade populacional das lebres não só a presença e a
disponibilidade de alimentos, como também a qualidade dos alimentos oferecidos a elas.
3) a) A hipótese formulada por Edward Jenner foi que pessoas que entram em contato com o vírus da
varíola bovina tornam-se imunes à varíola humana.
b) O grupo controle deveria consistir de pessoas em que foi injetado, diretamente, o vírus da varíola
humana.
Comentário:
a) Como hipótese corresponde à resposta para uma pergunta, observamos, através do texto, que
Jenner observou o fato de a ordenhadora ser imune à varíola humana, questionou-se o motivo disso e,
então, explicou que as pessoas que tiveram contato com o vírus da varíola bovina tornavam-se imunes
à varíola humana (hipótese).
b) O grupo controle é utilizado para comparar o resultado obtido no grupo experimental. Nesse caso,
como o grupo experimental recebeu, primeiramente, o vírus da varíola bovina e, depois, o da varíola
humana, no grupo controle ele deveria injetar, inicialmente, um placebo (ao invés da inoculação de
extratos da varíola bovina) e, depois, injetar o vírus da varíola humana. Cabe salientar que, nos dias
atuais, esse experimento seria contrário às recomendações bioéticas, visto que expõe seres humanos a
doenças.
4) C
Comentário:
Observa-se, no gráfico que ocorreu maior porcentagem de espécies extintas nos grupos I e III (com
diferença não significativa entre ambos), comparativamente ao grupo controle. Percebe-se que a
fragmentação do habitat é um processo importante para a extinção das espécies e, além disso, concluise que os corredores entre os fragmentos, desde que contínuos (sem falhas), são uma alternativa
interessante para reduzir (mas não eliminar) a extinção de espécies nos locais fragmentados. Isso
ocorre porque tais corredores permitem que ocorra trânsito entre os fragmentos e, consequentemente,
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aumente a biodiversidade e as possibilidades de cruzamentos entre os indivíduos. Os corredores com
pequenas falhas (grupo III) apresentam resultados similares aos fragmentos que não apresentam
corredores (grupo I), o que demonstra que mesmo pequenas barreiras entre os fragmentos são
suficientes para aumentar a taxa de extinção.
5) C
Comentário:
I. No texto fornecido, o trecho “depois que uma nova hipótese é comprovada e exaustivamente repetida
por pesquisadores independentes, ela pode tornar-se uma teoria” está de acordo com o apresentado no
item. Item correto.
II. Para que uma afirmação torne-se uma teoria, são necessárias demonstrações e comprovações
realizadas por pessoas independentes. No entanto, não é necessária uma explicação do fenômeno em
sua totalidade e, muitas vezes, ela não é imutável. A teoria da evolução de Darwin, por exemplo, foi
divulgada incompleta – ele não soube explicar a variabilidade dos indivíduos. Ao longo do tempo, ela foi
complementada e, portanto, não é imutável. Item incorreto.
III. Conforme observa-se na afirmação de Einstein, sabemos que, na ciência, conforme observam-se
novos fatos, e novas descobertas são realizadas, as teorias podem ser substituídas, ampliadas ou
aperfeiçoadas. Item correto.
IV. O desenvolvimento da ciência acompanha o desenvolvimento tecnológico, visto que são processos
dependentes. Esses dois, por sua vez, estão diretamente relacionados à evolução cultural. Assim,
verdades anteriormente aceitas, podem ser absurdas atualmente, como é o caso da teoria da
Abiogênese. Item correto.
Exercícios propostos
6) E
Comentário:
O primeiro evento (as moscas atraídas à urina que continha excesso de açúcar) é a observação; o
evento II (açúcar na urina é sinal de diabetes) mostra um conhecimento sobre o assunto, e por isso é
chamado de fato, o que leva à formulação de uma hipótese (relação entre ausência de pâncreas e
diabetes). Para confirmar a hipótese, na tentativa de fazê-la tornar-se uma teoria, foi realizado o teste
da hipótese (injeção de extratos de pâncreas em cães diabéticos, fazendo com que os níveis de
glicose voltassem ao normal).
7) D
Comentário:
Em ciência, as leis e as teorias são formuladas após a conclusão de que uma hipótese é verdadeira.
Uma lei explica fenômenos isolados, enquanto que uma teoria é mais ampla e explica fenômenos
abrangentes da natureza. As teorias não são ciências estáticas, ou seja, podem ser contestadas ou
complementadas sempre que apresentarem novos dados e conclusões.
Assim, a teoria da evolução foi fundamentada em conhecimento científico e, portanto, não se trata
simplesmente de algo que “pode ocorrer”, como afirmam algumas pessoas contrárias à evolução.
8) E
Comentário:
Quando temos uma hipótese, devemos prová-la para que ela seja aceita pelo mundo científico. A
maneira mais correta de se testar uma hipótese é fazendo o experimento com dois grupos distintos: o
grupo experimental, que sofrerá as alterações necessárias para se testar a hipótese (ofereceremos
todos os nutrientes para uma planta crescer), e o grupo-controle, que não sofrerá nenhuma alteração
(ou seja, ofereceremos as mesmas condições, com exceção do magnésio). A presença do grupocontrole é importante para que se possa comparar o seu resultado aos dos outros grupos estudados.
Deve-se ficar atento para que haja apenas uma variável entre o grupo controle e o grupo experimental.
Caso existam duas ou mais variáveis (por exemplo, além do magnésio, o ferro), não será possível
afirmar que a possível diferença avaliada é devido ao ferro ou ao magnésio.
9) a) O subgrupo 3 possui a maior capacidade de síntese, uma vez que consegue sintetizar a vitamina
B a partir de simples aminoácidos, podendo sobreviver com uma dieta pobre em tiamina.
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b) O subgrupo 1 é o de menor capacidade de síntese, uma vez que precisa ter a tiamina na dieta. Não
consegue sintetizar nenhum precursor, portanto não sobreviveria com uma dieta livre de tiamina.
Comentário:
Deve-se analisar as substâncias que cada subgrupo necessita para sobreviver:
- subgrupo 1: necessita de tiamina;
- subgrupo 2: necessita de tiazol;
- subgrupo 3: requer aminoácidos simples;
- subgrupo 4: necessita de pirimidina e tiazol.
A tiamina (vitamina B) é composta de pirimidina e de tiazol.
Considerando-se um meio pobre ou, até mesmo, livre de tiamina, o grupo 3 apresenta maior
capacidade de sobrevivência, visto que necessita apenas de aminoácidos simples para sobreviver, pois
é capaz de sintetizar vitamina B. Já o subgrupo 1 não sobreviveria com essa dieta, pois necessita de
tiamina.
10) D
Comentário:
Para se comprovar que a hipófise é realmente necessária para o funcionamento adequado da tireoide,
deve-se injetar extrato de hipófise em animais sem a hipófise e observar se as funções da glândula
tireoide são restabelecidas. Caso essas funções sejam restabelecidas, comprova-se a hipótese de que
a hipófise é necessária para o funcionamento normal da tireoide. Caso essas funções não sejam
restabelecidas, descarta-se a hipótese.
Hoje, sabe-se que a hipófise secreta o TSH (hormônio estimulador da glândula tireoide), hormônio
responsável pela regulação das atividades da tireoide.
CAPÍTULO 2 – O estudo da unidade básica dos organismos
Exercícios de sala
1) D
Comentário:
A associação correta entre as colunas é: I-5, II-1, III-4, IV-3 e V-2.
Robert Hooke é conhecido como “descobridor da célula”, pois, ao observar a cortiça, visualizou
pequenas cavidades que foram chamadas de células, visto que lembravam pequenos quartos de
conventos (celas).
No século XIX, Theodor Schwann – que estudava tecidos animais – e Mathias Scheleiden – estudando
tecidos animais –, com contribuição de Rudolph Virchow, formularam a teoria celular, segundo a qual
todos os seres vivos são formados por células, unidades morfofisiológicas dos seres vivos e que são
originadas sempre de outra célula.
Zacharias Janssen e seu pai, Hans Janssen, foram os primeiros a inventar um microscópio formado por
duas lentes acopladas na extremidade de um tubo, em 1591. No entanto, somente no fim do século
XVII, Antonie van Leeuwenhoek passou a utilizar o microscópio para observar a natureza e os microorganismos.
2) a) As membranas celulares somente são observadas por microscópios eletrônicos. Assim, a
diferenciação entre células eucariontes e procariontes só foi possível com o invento desse instrumento.
b) As bactérias e as cianobactérias são organismos procariontes, enquanto os animais, fungos,
protozoários e vegetais são organismos eucariontes.
Comentário:
O microscópio óptico aumenta de 50 a 1500 vezes, enquanto que o microscópio eletrônico pode
aumentar de 5 mil a 100 mil vezes. Apenas com o advento do microscópio óptico foi possível identificar
a ultraestrutura de organelas e de membranas internas, como o envoltório nuclear (antigamente
chamado de carioteca), membrana que envolve o núcleo e está presente somente nas células
eucariotas.
Todas as bactérias e cianobactérias, presentes no Reino Monera, possuem células procariontes. Já os
representantes dos demais reinos (Protista, Fungi, Plantae e Animalia) apresentam células eucariontes.
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3) No papel fotográfico, a célula terá 9,6 cm, e o núcleo, 0,8 cm.
Comentário:
O aumento de um microscópio óptico é obtido multiplicando-se os valores dos aumentos das lentes
ocular e objetiva. Portanto, célula e núcleo foram visualizados com o aumento de 400 vezes. Ao passar
para o papel de fotografia, ainda temos uma ampliação de 4 vezes, o que nos dá um aumento total de
1600 vezes.
Portanto, devemos multiplicar o tamanho real da célula (60µm) pelo aumento (1600 vezes), o que
equivale ao valor de 96000µm. Como 1µm equivale a 10-4 cm, 96000µm equivalem a 96000 x 10-4 cm
ou, simplesmente, 9,6cm.
Utilizando o mesmo raciocínio, calculamos o tamanho do núcleo no papel. O tamanho real é de 5µm,
que equivale a 0,8cm.
4) E
Comentário:
O poder de resolução do microscópio óptico é de 0,2µm, o que corresponde a 200 nm, e o poder de
resolução do microscópio eletrônico é de 0,0005 µm, o que corresponde a 0,5nm. A bactéria citada na
questão mede 10 000 nm, encontrando-se, portanto, dentro do limite de resolução de um microscópio
óptico, mas também pode ser vista em microscopia eletrônica. O vírus bacteriógago mede 80 nm,
podendo ser visto somente com o uso de microscópio eletrônico, assim como a membrana plasmática,
que mede 0,5 nm. Já o ovo de peixe, que mede 10 000 000 nm, pode ser visto a olho nu, pois o poder
de resolução do olho humano é de 100 a 200 µm. As proteínas, devido ao seu pequeno tamanho
(10nm), só podem ser visualizadas com microscopia eletrônica.
5) a) Podemos afirmar que a célula do esquema é eucarionte porque possui carioteca e organelas
membranosas (complexo golgiense, vacúolo, cloroplasto, reticulo endoplasmático granular e
mitocôndria).
b) A célula pertence ao reino vegetal, afinal ela apresenta cloroplasto, vacúolo e parede celular,
estruturas não encontradas nas células animais.
Comentário:
Diferencia-se uma célula eucarionte de uma célula procarionte através da presença de envoltório
nuclear (carioteca) e de organelas membranosas. As células do reino Animal e Vegetal diferenciam-se
devido à presença de parede celular e de cloroplastos (organelas responsáveis pela fotossíntese)
apenas nas células representantes do reino vegetal.
Exercícios propostos
6) A
Comentário:
Os vírus apresentam tamanho entre 10 e 300nm (sendo que a maioria deles tem tamanho inferior a
200nm); as bactérias têm seu tamanho variando entre 0,2 e 1,5 µm (o que corresponde a valores entre
200 e 1500nm); os protozoários medem entre 2 e 1000 µm de comprimento, e muitos fungos são
organismos pluricelulares visíveis a olho nu. No caso das leveduras, que são unicelulares, seu tamanho
varia de 4 a 8µm. Portanto, ordenados em tamanho, temos: vírus < bactérias < protozoários < fungos.
7) D
Comentário:
Das formas celulares apresentadas, os neurônios, devido ao seu alto grau de especialização, não têm
capacidade de divisão, ou seja, são permanentes. Os glóbulos vermelhos do sangue, por seres
anucleados nos mamíferos, também não têm capacidade de dividir-se.
8) E
Comentário:
O tipo celular A é eucarionte e heterótrofo devido à presença de envoltório nuclear e à ausência de
clorofila. O tipo celular B é procarionte autótrofo porque não apresenta envoltório nuclear, mas
apresenta clorofila, pigmento que capta a energia luminosa e a transforma em energia química. O tipo
celular C é eucarionte e autótrofo, devido à presença de envoltório nuclear e de clorofila.
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9) Os vegetais apresentam parede celular, vacúolo e cloroplasto. Essas estruturas não são encontradas
nas células animais.
Comentário:
A parede celular é uma estrutura externa à membrana plasmática, e sua função é conferir resistência e
proteção celular. Ela está presente em vegetais, bactérias e fungos, com composições diferentes.
O vacúolo e o cloroplasto são organelas responsáveis, respectivamente, pelo controle osmótico e
armazenamento de substâncias e pela síntese de matéria orgânica através da fotossíntese.
Essas três estruturas não estão presentes nas celulas animais.
10) E
Comentário:
Parede celulósica e vacúolo são estruturas presentes em células vegetais, o que permite diferenciá-las.
Os cloroplastos, organelas presentes nas células vegetais, também são encontrados nas algas e,
portanto, não é exclusivo de células vegetais. Os vacúolos, apesar de estarem presentes em alguns
protistas de alga doce, são pulsáteis, o que permite diferenciá-los do vacúolo de uma célula vegetal.
Além disso, como se trata de um bulbo, um caule subterrâneo, nesse não será encontrado clorofila.
CAPÍTULO 3 – De que são feitos os seres vivos?
Exercícios de sala
1) a) Entre os tecidos e órgãos relacionados, a massa cinzenta é o tecido que apresenta o maior
metabolismo, e a gordura é o que apresenta o menor. Isso se deve ao fato de que, quanto maior a taxa
metabólica de um tecido, maior será a quantidade de água presente.
b) Na massa cinzenta, a água presente é gasta no metabolismo, estando principalmente dentro das
células, enquanto, no sangue é utilizada como meio de transporte e concentra-se no meio extracelular.
Comentário:
É importante lembrar que o sangue apresenta consistência líquida em virtude de a sua substância
intercelular ser líquida. Assim, ele é o único tecido líquido do corpo – o tecido conjuntivo sanguíneo.
2) D
Comentário:
Com o aumento da concentração de sal na circulação, mais água é absorvida pelo organismo a fim de
se restabelecer o equilíbrio osmótico. Essa maior quantidade de água leva a um aumento do volume de
sangue que circula dentro dos vasos sanguíneos e, consequentemente, provoca aumento da pressão
dentro desses vasos.
3) A
Comentário:
A taxa de água nos seres vivos pode variar de acordo com três fatores:
- taxa metabólica: quanto maior for a taxa metabólica de um organismo, maior será a quantidade de
água presente;
- idade: o aumento da idade leva à perda gradativa da quantidade de água do organismo;
- espécie: diferentes espécies não apresentam a mesma quantidade de água no organismo. A única
semelhança é que, em todas elas, a água é a principal substância que compõe os seres vivos.
4) E
Comentário:
A ordem correta para as funções é: 5-1-2-6-3-7-4.
Deve-se utilizar, na sequência em que aparecem, os números de 1 a 4 para as frases relacionadas à
função da água, e os números de 5 a 7 para as frases que apresentam características dos sais
minerais.
Os sais minerais são essenciais aos seres vivos e fazem parte da estrutura da hemoglobina (ferro), dos
hormônios tireoidianos (iodo), dentre outras situações. Eles podem estar presentes na forma ionizada
ou na forma cristalina (formando, por exemplo, ossos e dentes). Esses sais atuam como solutos e,
portanto, têm importante papel na osmolaridade da célula.
A água é o solvente universal: devido à sua polaridade, todas as substâncias polares dissolvem-se nela.
A água também atua nas reações de hidrólise promovendo a quebra de moléculas maiores em
menores. Ela é a substância presente em maior quantidade dentro das células e corresponde à fase
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dispersante do material citoplasmático e celular. Além disso, tem papel importante no transporte de
substâncias através da membrana plasmática.
5) D
Comentário:
Cada ser vivo possui a sua própria composição química, na qual todos os elementos são fundamentais
à sobrevivência dos indivíduos. Essa composição sempre varia de uma espécie para outra, não
importando o seu grau de parentesco – observa-se que os equinodermos são muito próximos dos
cordados (peixes e homem), mas apresentam composição bastante diferente.
Observando o gráfico, percebe-se que, em todos os seres vivos e na água do mar, há uma grande
quantidade de água e uma pequena de sais – Mg, Ca e K –, mas existe uma quantidade proporcional
em todos eles. Isso constitui-se em um forte argumento a favor da ancestralidade comum e ao fato de
que a vida surgiu nos mares primitivos.
Exercícios propostos
6) C
Comentário:
A água é o componente presente em maior quantidade nos seres vivos, seguida de proteínas. Já os
sais minerais estão presentes em pequena quantidade. Assim, a água corresponde à fração 1 (70%); as
proteínas, à fração 2 (15%); e os sais minerais, à fração 6 (1%).
7) D
Comentário:
Se a amostra intacta pesava 200mg e passou a pesar 80mg após a sua secagem, significa que ela
perdeu 120mg de água, o que corresponde a 60% de seu peso inicial. Na tabela, o único tipo celular
que apresenta essa quantidade de água é o tecido conjuntivo.
8) D
Comentário:
Apesar de ainda existirem muitas dúvidas sobre a origem da vida na Terra, muitos cientistas acreditam
que a vida originou na água. Assim, ao encontrar evidências de que já existiu água líquida em Marte, os
cientistas passam a ter indícios de que pode ter tido vida nesse planeta.
9) B
Comentário:
A água participa de reações de hidrólise e de reações de síntese por desidratação, em que ela atua,
respectivamente, como reagente e produto, mas não age como catalisadora, ou seja, como fator que
aumenta a velocidade das reações.
10) A
Comentário:
A correlação correta é: 1-b; 2-d; 3-e; 4-a; 5-c.
O ferro é um dos constituintes da hemoglobina e é responsável pelo transporte de oxigênio e dos
citocromos da cadeia respiratória. A sua carência pode causar anemia ferropriva.
O potássio é, juntamente com o sódio, o responsável pela transmissão dos impulsos nervosos.
O iodo participa da constituição de hormônios da tireoide, e a sua carência pode causar o
hipotireoidismo e o bócio.
O cálcio participa dos mecanismos de contração muscular e atua na cascata de coagulação sanguínea.
O fósforo participa das etapas do metabolismo mediada por ATP, além de constituir as moléculas de
ácidos nucleicos.
CAPÍTULO 4 – Carboidratos, as moléculas energéticas
Exercícios de sala
1) A solução de glicose é vantajosa porque, sendo um monossacarídeo, não necessita passar por
nenhum processo digestório para ser absorvido. A sacarose, por ser um dissacarídeo, precisa ser
“quebrada” em glicose e em frutose para ser absorvida.
Comentário:
Sistema de Ensino CNEC
Entre os carboidratos, apenas os monossacarídeos são absorvidos pelo intestino. Os dissacarídeos e
os polissacarídeos precisam ser quebrados até monossacarídeos para, então, serem absorvidos.
Portanto, para uma pessoa que necessita de energia imediatamente, a solução de glicose é mais
vantajosa (monossacarídeo) em comparação à solução de sacarose (dissacarídeo).
2) A
Comentário:
Como somente os monossacarídeos – frutose, galactose e glicose – são absorvidos pelo intestino,
apenas esses carboidratos são encontrados na corrente sanguínea e podem estar presentes no tubo
digestório.
3) D
Comentário:
Os carboidratos são produzidos, através da fotossíntese, sob a forma de glicose (I). O excesso de
glicose, que não é utilizado pelas plantas na respiração aeróbia, é armazenado sob a forma de amido
(II), polissacarídeo de reserva dos vegetais. Os animais, ao ingerirem amido, liberam enzimas digestivas
que degradam esse polissacarídeo em glicose, a qual é utilizada na respiração celular. O excesso é
armazenado sob a forma de glicogênio (III), polissacarídeo de reserva dos animais.
4) a) O açúcar A (C7H14O7) é o monossacarídeo, uma vez que segue a fórmula geral dos
monossacarídeos Cn(H2O) n.
b) O açúcar B (C6H10O5) é o dissacarídeo. Essa molécula é formada pela união de duas moléculas de
(C3H6O3) com a perda de uma molécula de água.
Comentário:
Os monossacarídeos seguem a fórmula geral Cn(H2O) n, com exceção da desoxirribose (C5H10O4). Dois
monossacarídeos unem-se através de uma síntese por desidratação, formando uma ligação glicosídica.
Assim, a cada dois monossacarídeos que se unem, existe uma ligação glicosídica e perde-se uma
molécula de água.
5) D
Comentário:
As fibras alimentares são polissacarídeos que os seres humanos não são capazes de quebrar. Entre as
fibras, a principal é a celulose, mas também possui grande importância a pectina, a lignina e a
mucilagem, todas de origem vegetal e, assim como todos os polissacarídeos, são insolúveis em água.
Exercícios propostos
6) A
Comentário:
A sequência correta é: 2-3-1-1-3-2.
Galactose e desoxirribose são exemplos de monossacarídeos, ou seja, a quebra dessas moléculas não
produzirá novos carboidratos. Sacarose e maltose são oligossacarídeos (são moléculas formadas por
dois monossacarídeos unidos por uma ligação glicosídica). Amido e quitina são polissacarídeos,
moléculas formadas pela união de vários monossacarídeos.
7) E
Comentário:
As afirmativas I e II estão corretas.
A afirmativa III está incorreta, porque o glicogênio é armazenado no fígado e na musculatura
esquelética, mas não no pâncreas.
A afirmativa IV é falsa, porque o excesso de carboidratos é convertido em amido nos vegetais e em
glicogênio nos animais. Não se pode simplesmente falar que o excesso é convertido em amido, sem
delimitar o grupo de seres vivos.
8) a) Um exemplo de polissacarídeo de reserva animal é o glicogênio, e um exemplo de polissacarídeo
de reserva vegetal é o amido.
b) O glicogênio é armazenado nos músculos esqueléticos e no fígado. O amido pode ser armazenado
na raiz (mandioca), no caule (batata-inglesa) e nas sementes (milho).
Sistema de Ensino CNEC
Comentário:
Os polissacarídeos mais importantes são o amido, o glicogênio, a celulose e a quitina. Os dois primeiros
são polissacarídeos de reserva energética de vegetais e de animais, respectivamente. Os dois últimos
são polissacarídeos estruturais encontrados, respectivamente, em animais e em vegetais.
9) A
Comentário:
A coloração arroxeada adquirida pela tintura de iodo deve-se à presença de amido nos seguintes
alimentos: mandioca, arroz e angu (alimento feito à base de fubá, ou seja, milho moído). A rapadura não
produz a coloração porque é composta apenas por sacarose, que é um oligossacarídeo.
10) C
Comentário:
A celulose é um polissacarídeo de função estrutural encontrado na parede das células vegetais.
Os itens também poderiam ser completados com as seguintes palavras: A quitina é um polissacarídeo
de função estrutural encontrado na parede das células dos fungos. No entanto, essa combinação não
está presente nas alternativas.
CAPÍTULO 5 – Os lipídios: de membrana plasmática à reserva energética dos animais
Exercícios de sala
1) C
Comentário:
A molécula I é o fosfolipídio, um glicerídio combinado com um grupo fosfato que forma a membrana
celular.
A molécula II é o cerídio, um éster de ácido graxo associado a um álcool de cadeia longa.
A molécula III é um esfingolipídio, formado por moléculas de ácido graxo e glicerol associadas ao
nitrogênio.
A molécula IV é um exemplo de esteroide, precursor de hormônios sexuais masculinos e femininos.
2) B
Comentário:
Apesar de os lipídios serem a principal reserva de energia dos animais, visto que armazenam até três
vezes mais energia que o carboidrato, eles não correspondem à fonte primária de energia, pois sua
quebra é um processo mais difícil de ser realizado pelas células. O organismo utiliza a glicose livre
como fonte primária de energia, seguido do glicogênio e, por último, dos lipídios.
3) D
Comentário:
Nem sempre a obesidade está relacionada com altos níveis sanguíneos de colesterol e de triglicérides,
visto que a pessoa pode ter uma baixa ingestão de lipídios, mas alta de carboidratos, o que pode tornála obesa.
4) a) A ingestão de gordura trans eleva o colesterol total, aumentando o LDL-colesterol (colesterol ruim)
e diminuindo o HDL-colesterol (colesterol bom).
b) O processo de hidrogenação consiste na adição de moléculas de hidrogênio a uma molécula
insaturada. Assim, é possível transformar óleo vegetal líquido em gordura sólida.
Comentário:
Conforme citado no texto, a gordura trans aumenta a quantidade de colesterol ruim (LDL-colesterol) e,
como consequência, aumenta o risco de doenças coronarianas. Além disso, a formação da gordura
trans consiste na adição de hidrogênio ao óleo vegetal líquido, transformando-o em gordura sólida. A
gordura sólida tende a solidificar-se dentro dos vasos sanguíneos, formando as chamadas placas de
ateroma, que podem obstruir o fluxo sanguíneo e provocar infarto.
5) E
Comentário:
A camada de cera que reveste as folhas dos vegetais não serve para impedir a entrada dos raios
solares, mas sim para evitar a perda excessiva de água.
Sistema de Ensino CNEC
Exercícios propostos
6) a) A preocupação do consumidor não se justifica, porque a lactose é o açúcar encontrado no leite, e
o colesterol é encontrado em células e tecidos animais, e não em vegetais.
b) No organismo humano, a lactose tem função energética. Já o colesterol é constituinte da membrana
plasmática das células e participa da produção dos hormônios sexuais e de sais biliares.
Comentário:
a) Organismos geneticamente modificados – ou transgênicos – são aqueles que foram manipulados
geneticamente para produzir ou não determinada substância de interesse. Como a lactose é encontrada
somente no leite – produto que não está presente na bebida em questão – e o colesterol está presente
somente em animais – e não em vegetais – a preocupação do consumidor não se justifica.
b) No organismo humano, a lactose tem função energética: ela é quebrada no tubo digestório,
produzindo galactose e glicose, monossacarídeos que são absorvidos no intestino. Já o colesterol faz
parte da membrana plasmática das células e é precursor de hormônios sexuais.
7) C
Comentário:
A gordura trans, de maneira similar à gordura saturada, aumenta os níveis de LDL, o colesterol ruim que
circula no sangue. No entanto, o efeito nocivo da gordura trans é ainda maior, porque ela também
provoca redução dos índices do HDL, o colesterol bom.
8) D
Comentário:
O texto afirma que a gordura trans é produzida naturalmente em animais ruminantes – como o boi – ou
artificialmente, através da adição de hidrogênio a óleos vegetais (líquidos à temperatura ambiente),
modificando a consistência desses produtos. Logo, é possível encontrar gordura trans na carne bovina
e na margarina (óleo vegetal que possui consistência sólida e que, portanto, conclui-se que sofreu
hidrogenação).
9) C
Comentário:
A gordura trans, por ser sólida à temperatura ambiente, também se solidifica dentro do organismo
humano, acumulando-se no interior dos vasos sanguíneos, formando as placas de ateroma. Desse
modo, há uma redução do calibre dos vasos, com consequente aumento da pressão arterial e redução
da elasticidade. Isso pode, até mesmo, levar a um infarto provocado pela redução da oxigenação dos
tecidos.
10) A
Comentário:
O colesterol, apesar de ser considerado vilão, é importante para o homem, pois ele está presente nas
membranas celulares e é precursor dos hormônios esteroides e dos sais biliares.
CAPÍTULO 6 – Proteínas: de estrutura a enzimas
Exercícios de sala
1) A
Comentário:
Os aminoácidos que um organismo não consegue sintetizar são chamados de essenciais, pois
precisam estar presentes na alimentação. Já os aminoácidos que os organismos conseguem sintetizar
são chamados de naturais ou não essenciais. Portanto, o triptofano é essencial para a espécie humana,
mas é natural para o bolor do pão.
2) a) O valor nutricional das proteínas é determinado pelos aminoácidos que as formam. Assim, a
desnaturação ou a digestão não altera o número e o tipo de aminoácidos existentes na proteína.
b) Na desnaturação proteica, ocorre ruptura de pontes de hidrogênio, de pontes dissulfeto e de
interações do tipo dipolo induzido. Já na hidrólise das proteínas, rompem-se ligações covalentes,
denominada de ligação peptídica. A ligação peptídica acontece entre um grupo carboxila de um
aminoácido e um grupo amina de outro.
Sistema de Ensino CNEC
Comentário:
É importante salientar que o valor nutricional das proteínas está relacionado com que tipos de
aminoácidos estão presentes na proteína, visto que apenas os aminoácidos serão reabsorvidos pelo
trato digestório. Posteriormente, esses aminoácidos serão utilizados pelas células do nosso organismo
para a síntese de suas próprias proteínas, com sequência própria, determinada a partir da sequência do
RNA mensageiro. Portanto, a desnaturação das proteínas não altera o seu valor proteico.
3) B e E estão corretas.
Comentário:
A base da pirâmide é composta por cereais integrais, ricos em carboidratos complexos, aqueles que
demoram a ser quebrados. Os demais tipos de carboidratos – principalmente o amido – estão presentes
no topo da pirâmide alimentar e devem ser consumidos moderadamente. As frutas e as verduras são
chamadas de alimentos reguladores do organismo, pois contêm várias vitaminas e sais minerais,
elementos necessários em pequena quantidade, mas que vão auxiliar em muitas funções no nosso
corpo, além de serem ricos em fibras. As proteínas, componentes do terceiro nível alimentar, não
podem faltar em nossa alimentação, pois elas têm papel construtor, participando da formação de
nossos músculos, da composição de nosso sangue, entre outras atividades. No topo da pirâmide, estão
os alimentos ricos em gorduras e carboidratos, que devem ser consumidos com moderação, já que o
excesso de gordura se acumula na camada adiposa, levando à obesidade e suas complicações. A
alimentação deve ser balanceada e acompanhada da ingestão de bastante água e da prática de
exercícios físicos regulares, que aumentam a eficácia da alimentação balanceada.
4) a) As crianças não passam fome porque ingerem quantidades satisfatórias de alimentos. O problema
é a qualidade dessa alimentação, que é pobre em aminoácidos essenciais, promovendo deficiência na
síntese de proteínas nas células.
b) As crianças apresentam edema porque a deficiência na síntese proteica nas células diminui o
conteúdo proteico do sangue e, por conseguinte, a pressão osmótica sanguínea. Assim, os tecidos
começam a acumular líquido, formando edemas, principalmente, no abdome.
Comentário:
A fome é decorrente da ingestão insuficiente de alimentos. No entanto, essas crianças, ao se
alimentarem somente de farinha, açúcar e banana, têm uma alimentação pobre em nutrientes, gerando
o kwashiorkor.
5) a) A interação sulfa e PABA é conhecida como inibição enzimática.
b) O antibiótico interfere na célula bacteriana, devido ao PABA e à SULFA terem a mesma configuração
espacial, permitindo que o antibiótico substitua o PABA junto à enzima, evitando a produção de ácido
fólico. Já as células humanas obtêm o ácido fólico da alimentação, ou seja, não há necessidade de
produzi-lo.
Comentário:
Em virtude de a sulfa ser estruturalmente semelhante ao PABA e competir pelo sítio ativo da enzima
bacteriana, essa interação é chamada de inibição enzimática competitiva. A sulfa não interfere na célula
humana em virtude de a estrutura da célula bacteriana ser diferente da célula humana.
Exercícios propostos
6) C
Comentário:
As proteínas são formadas por unidades chamadas aminoácidos, unidos uns aos outros por ligações
peptídicas, caracterizadas pela reação do grupamento amina de um aminoácido com o grupamento
carboxila de outro, havendo liberação de uma molécula de água.
7) D
Comentário:
Em virtude de o texto no enunciado afirmar que “a estrutura primária de uma proteína pode variar em
diferentes indivíduos, sem que essa variação implique diferentes níveis de adaptação do organismo”,
conclui-se que uma amostra de uma mesma proteína de dois indivíduos deve apresentar a mesma
função e eficiência biológica, visto que a variação não promove diferentes níveis de adaptação.
Além disso, em virtude dessa diferença na estrutura primária, sabe-se, ainda, que o DNA e o RNAm que
codificam essa proteína são diferentes para ambas as pessoas.
Sistema de Ensino CNEC
8) a) A ligação entre dois aminoácidos é chamada de peptídica.
b) A ligação peptídica ocorre entre um grupo carboxila de um aminoácido e um grupo amina de outro
aminoácido.
c) R1 e R2, chamados de radicais, significa a parte variável de um aminoácido.
Comentário:
A ligação entre dois aminoácidos, que sempre ocorre através de uma síntese por desidratação e gera a
união entre o grupo carboxila de um aminoácido e o grupo amina de outro, é chamada de peptídica. R1
e R2 correspondem aos radicais variáveis, ou seja, a única estrutura que muda de um aminoácido para
outro.
9) E
Comentário:
Para que duas proteínas sejam iguais, elas devem apresentar os mesmos tipos e a mesma quantidade
de aminoácidos, além de eles estarem exatamente na mesma sequência.
No exercício em questão, sabemos que as proteínas X e Y possuem os mesmos aminoácidos e a
mesma quantidade dos mesmos. No entanto, não sabemos a sequência e, portanto, não podemos
afirmar se essas proteínas são iguais ou diferentes.
10) Soma = 10 (Corretas: 02 e 08)
Comentário:
01) Não há proporção de 1 hidrogênio para 1 oxigênio nos carboidratos. Nos monossacarídeos, por
exemplo, existem dois hidrogênios para cada oxigênio, pois seguem a fórmula geral (H2O)n. Item
incorreto.
02) Os aminoácidos naturais são produzidos pelo organismos, e os essenciais não são. Os vegetais são
capazes de produzir todos os aminoácidos, enquanto que o homem produz apenas 12 dos 20
aminoácidos. Item correto.
04) Os lipídios abrangem um grupo de compostos com baixa solubilidade em água e boa solubilidade
em compostos orgânicos. Item errado.
08) Para que duas proteínas sejam iguais, é necessário que elas apresentem os mesmos aminoácidos,
na mesma quantidade e na mesma sequência. Sendo assim, caso os aminoácidos sejam os mesmos e
estejam na mesma quantidade, é possível que as proteínas sejam diferentes devido à sequência da
molécula. Item correto.
16) Os glicídios têm, principalmente, a função energética, mas também podem ter função estrutural,
participando de estruturas que constituem o corpo dos seres vivos. É o caso da celulose, que forma a
parede celular de células vegetais, e da quitina, que compõe a parede celular dos fungos e o
exoesqueleto dos artrópodes. Item incorreto.
32) No caso da espécie humana, dos vinte aminoácidos existentes na natureza, oito são essenciais
(não são sintetizados pelas células) e 12 são naturais (podem ser sintetizados). Item incorreto.
11) E
Comentário:
Cada enzima possui estrutura química e forma correspondente. As enzimas apresentam uma região – o
sítio ativo – na qual os reagentes da reação química (substratos) vão se ligar de forma específica, numa
ligação chamada chave-fechadura. Quando a reação ocorre e o produto é formado, a enzima fica livre
para ser reutilizada. Além disso, as enzimas diminuem a energia de ativação necessária para que as
reações ocorram. É importante lembrar que, como toda proteína, cada enzima tem uma temperatura em
um pH ótimo de funcionamento. Assim, valores abaixo ou acima dessa temperatura e desse pH podem
alterar sua estrutura espacial, dificultando a sua ação.
12) a) A fenilalanina é um dos oito aminoácidos essenciais na espécie humana. Os aminoácidos
essenciais são aqueles que o corpo não consegue produzir, sendo necessário obtê-los na alimentação.
b) Algumas pessoas apresentam uma alteração genética que impede o metabolismo da fenilalanina.
Nesse caso, podem ocorrer diversos problemas, inclusive o retardamento mental.
Comentário:
Como resposta da letra A, pode-se explicar o que é um aminoácido natural (produzido pelo próprio
organismo) ou o que é um aminoácido essencial.
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13) a) Paciente A, visto que todos os ensaios com a enzima na presença dos inibidores apresentam
uma concentração de produto por minuto (9-11 mM/min) próxima à concentração observada com a
enzima sem inibidor (10 mM/min), evidenciando a ineficiência dessas substâncias em inibir a atividade
catalítica da HIV-RT.
b) Paciente C, visto que todos os ensaios com a enzima na presença dos inibidores apresentam uma
menor concentração de produto por minuto (0.01-1 mM/min) em comparação com a enzima sem
inibidor (8 mM/min), evidenciando a capacidade destes em inibir a atividade catalítica da HIV-RT.
c) O gene que codifica esta proteína no vírus sofre mutação, resultando na formação de enzimas que
continuam transformando o substrato em produto, mas não sofrem a ação dos inibidores.
Comentário:
Conforme o enunciado, os inibidores são substâncias que impedem a ação das enzimas. Sem a
presença do inibidor, há a multiplicação viral normal e, quando esses inibidores estão presentes e
efetivamente ativos, a quantidade de produto é reduzida. Quando a concentração do produto
permanece alta mesmo na presença dos inibidores, significa que as enzimas não são mais eficazes, ou
seja, o vírus é resistente ao inibidor.
Assim, o paciente A é o que apresenta maior resistência aos inibidores, enquanto que o paciente C
ainda não apresenta resistência, podendo ser tratado com qualquer inibidor.
Na resposta da letra C, deve-se ficar atento para não apresentar um mecanismo Lamarckista. De
acordo com a teoria evolutivamente aceita – Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução –, o vírus
sofre uma mutação aleatória e ao acaso e, por não sofrer ação dos inibidores, será selecionado,
gerando novos vírus que também são resistentes aos inibidores.
14) B
Comentário:
O texto com as lacunas preenchidas é: “Todas as enzimas são proteínas. São os mais eficientes de
todos os catalisadores conhecidos. Muitas aumentam a velocidade de uma reação de um fator igual a
1020, em relação à reação não catalisada. É assim que enzimas produzidas por fungos e bactérias são a
base de novos detergentes biodegradáveis. Nesse sentido, é importante a escolha dos
microorganismos mais adequados para a formação industrial da produção de enzimas.”
As enzimas são moléculas que reduzem a energia de ativação das reações. Assim, as enzimas naturais
produzem detergentes biodegradáveis, que podem ser decompostos pelos micro-organismos
usualmente encontrados na natureza.
15) B
Comentário:
O principal papel das proteínas é o de construtor. No entanto, elas também apresentam função
energética secundária. O organismo humano utiliza sequencialmente, como fonte de energia, a glicose
livre, o glicogênio, os lipídios e as proteínas. Assim, manter o consumo adequado de carboidratos é
importante para “preservar as proteínas”. Em casos de dietas alimentares excessivamente pobres em
carboidratos e em lipídios, aliadas a intensa atividade física, o corpo passa a consumir a proteína
muscular, gerando redução significativa da massa magra do corpo.
CAPÍTULO 7 – Vitaminas, as aminas vitais
1) a) O ergosterol ou pró-vitamina D é a substância que, quando ingerida, é convertida em vitamina D.
b) A vitamina D é lipossolúvel, por isso pode ser armazenada em gordura.
c) As vitaminas lipossolúveis podem ser acumuladas no fígado e no rim.
d) O colesterol pertence ao mesmo grupo do ergosterol. Ele é componente da membrana plasmática
dos animais e é utilizado na produção de hormônios sexuais e de sais biliares.
Comentário:
O ergosterol é um esteroide que, na presença de radiação ultravioleta, transforma-se em vitamina D. O
esteroide mais conhecido é o colesterol, presente na membrana plasmática de células animais.
2) A
Comentário:
O beribéri, doença descrita no texto, é causado pela deficiência de vitamina B1 ou tiamina, encontrada
na levedura de cerveja, na cutícula do arroz, no trigo e nas verduras.
Sistema de Ensino CNEC
3) D
Comentário:
Através do texto, percebe-se que a época da floração interfere no conteúdo nutricional do pólen, que
pode ter maior quantidade de vitamina E, betacaroteno (precursor da vitamina A) ou vitamina C. A
vitamina C, hidrossolúvel, estimula a produção de anticorpos, mantém a integridade dos tecidos, auxilia
no processo de cicatrização e é importante agente antioxidante, o que retarda o envelhecimento
precoce. A vitamina E tem efeito na fertilidade de animais em laboratório, e sua carência está
relacionada com dermatites e anemias.
4) A
Comentário:
Os radicais livres, como o superóxido (O2-) e o peróxido de hidrogênio (H2O2), são moléculas instáveis
que, para atingir a estabilidade, reagem com outras moléculas do organismo. Caso estejam em baixas
concentrações, os radicais livres são eliminados pelo próprio organismo. No entanto, caso a
concentração aumente consideravelmente, eles acumulam-se e provocam, por exemplo,
envelhecimento precoce e doenças degenerativas, como osteoporose.
Alguns fatores provocam o aumento da produção de radicais livres, como o fumo e o estresse. O
combate ao efeito danoso dos radicais livres é feito por substâncias chamadas de antioxidantes, tais
como as vitaminas C, E e o beta-caroteno.
5) Corretas: 01, 02, 04 e 32.
Comentário:
01) As doenças coronárias são decorrentes, por exemplo, do depósito de placas de gordura no interior
dos vasos sanguíneos, o que provoca a obstrução dos mesmos. Como o leite desnatado tem menor
proporção de lipídios, conclui-se que a ingestão dele auxilia na prevenção de tais doenças. Item correto.
02) As vitaminas A, D, E e K são lipossolúveis. Como o leite integral possui grande quantidade de
lipídios, conclui-se que ele apresenta grande quantidade dessas vitaminas. Em virtude disso, o leite
desnatado possui quantidade menor de vitaminas, como citado no texto. Item correto.
04) Crianças, por terem alto metabolismo e necessitarem de grande quantidade de energia, devem
receber alimentos ricos em calorias e vitaminas. Item correto.
08) Conforme citado no texto, mais de 90% da gordura do leite é composta de triglicerídeos. Como um
litro de leite possui 35g de gordura, 90% equivalem a 31,5g de triglicerídeos. Item incorreto.
16) A nata corresponde à gordura e, portanto, encontram-se somente vitaminas lipossolúveis. A
vitamina C e as do complexo B, por serem hidrossolúveis, não são encontradas na nata. Item incorreto.
32) Crianças com problemas cardiovasculares devem ingerir leite desnatado, sob supervisão de um
médico, para reduzir a quantidade de lipídios na alimentação. Item correto.
Exercícios propostos
6) a) Pessoas com escorbuto apresentam deficiência de vitamina C.
b) Algumas enzimas são ativadas por vitaminas, chamadas de coenzimas.
Comentário:
O escorbuto, doença causada pela ausência de vitamina C, caracteriza-se por hemorragia nas
gengivas, inchaço e dores nas articulações, feridas que não cicatrizam e fragilidade na fixação dos
dentes. Essa doença também é chamada de mal dos marinheiros, pois eles ficavam longos períodos no
mar sem ingerir folhas ou frutas frescas e, por isso, eram atacados pelo escorbuto.
7) Corretas: 02 e 32
Comentário:
01) As funções citadas referem-se à vitamina A.
04) A vitamina E é responsável pela oxidação celular.
08) É a falta de vitamina D que causa o raquitismo em crianças.
16) A vitamina C é a responsável pela prevenção de infecções e pela manutenção da integridade dos
vasos sanguíneos.
8) C
Comentário:
As vitaminas do complexo B atuam no funcionamento adequado do sistema nervoso, dos músculos e
do coração. Assim, a vitamina B1 (representante do complexo B) previne distúrbios cardíacos e fadiga
Sistema de Ensino CNEC
dos músculos, contribui para a manutenção do tônus muscular e previne a degeneração das células
nervosas. Além disso, essa vitamina também atua na oxidação de carboidratos, processo que ocorre
através da respiração celular. No entanto, ela não tem papel na oxidação de proteínas e de ácidos
graxos.
9) A
Comentário:
A carência de vitamina A provoca cegueira noturna e xeroftalmia. Assim, o arroz dourado,
geneticamente modificado para a produção de vitamina A, previne alguns tipos de cegueira.
10) B
Comentário:
A sequência correta é 1-3-4-5-2.
A carência de vitamina A leva a dificuldades de visão no escuro (cegueira noturna) e ressecamento da
córnea, o que pode levar à cegueira (xeroftalmia). Assim, ela é uma vitamina antixeroftálmica.
A vitamina C tem a capacidade de neutralização de radicais livres, sendo, portanto, uma vitamina
antioxidante.
A vitamina B12 previne a anemia perniciosa (provocada pela redução de hemácias e plaquetas no
sangue) e as lesões nos nervos.
A carência de vitamina D leva ao raquitismo, caracterizado por deformidade e fraqueza dos ossos.
A vitamina H, ou vitamina B8, tem importante ação protetora da pele e das mucosas (antidermática).
CAPÍTULO 8 – Os envoltórios das células
Exercícios de sala
1) a) Os fosfolipídios são representados por 1 e 2, sendo 1 a parte polar da molécula, e 2, a parte
apolar. As proteínas são representadas por 3 e 5. O número 4 representa uma glicoproteína.
b) Esse modelo de membrana é chamado de mosaico fluido porque a maioria de suas proteínas podem
mudar de posição de acordo com a necessidade da célula.
c) As glicoproteínas formam o glicocálix, que é responsável pelo reconhecimento entre as células.
Comentário:
É importante salientar que, antes desse modelo, outros foram propostos e, posteriormente, rejeitados,
mostrando que a Ciência está em constante evolução.
2) a) A especialização A é importante para aumentar a superfície da célula, e a especialização B, para
dar aderência às células.
b) As células epiteliais da epiderme apresentam somente a especialização B, e a especialização A é
encontrada em epitélios de absorção, como o intestinal e o renal.
Comentário:
A especialização A é uma microvilosidade, enquanto que a B é um desmossomo.
3) A diferença de concentração é mantida por transporte ativo, utilizando energia.
Comentário:
Entende-se por ativo qualquer tipo de transporte em que há gasto energético, e são mantidas as
diferenças de concentração entre os meios intra e extracelular. Para isso, há envolvimento de uma
proteína de membrana, que é chamada de transportadora. É sempre um transporte de soluto, do meio
hipotônico para o hipertônico.
4) C
Comentário:
Estão corretas as afirmações 01, 02 e 16.
01) O receptor de insulina deve ser uma proteína integral, ou seja, uma proteína que fica inserida na
bicamada lipídica, para transportar esse hormônio para o interior da célula. Item correto.
02) A insulina promove a entrada de glicose na célula e a sua posterior convergência em glicogênio.
Item correto.
04) Conforme citado no texto, a diabetes melitus tipo I caracteriza-se por algum problema que impede o
pâncreas (especificamente as células beta) de produzir insulina. Item incorreto.
Sistema de Ensino CNEC
08) No transporte ativo, as substâncias são transportadas contra o gradiente de concentração, ou seja,
do meio hipotônico para o hipertônico, ocorrendo gasto energético. Já o transporte passivo ocorre a
favor do gradiente de concentração e não há gasto de energia. Item incorreto.
16) Observa-se, no esquema, que a insulina atua na formação do glicogênio (4), do piruvato (5) e de
ácidos graxos (6). Item correto.
32) Apenas a diabetes tipo II é determinada por defeito nos receptores de insulina. Item incorreto.
5) a) As soluções I, II e III são, respectivamente, isotônica, hipertônica, hipotônica.
b) Nas hemácias das soluções II e III, ocorreu osmose. Como a solução II é hipertônica em relação à
célula, ocorreu saída de água, processo denominado de crenação. A solução III é hipotônica e, assim,
ocorreu entrada de água nas hemácias, processo conhecido como plasmoptise.
c) Colocando uma célula vegetal na solução III, também ocorreria entrada de água e ela ficaria túrgida.
A diferença é que a célula vegetal apresenta parede celular, o que impede que ela se arrebente.
Comentário:
Para classificar as soluções, deve-se observar se há alteração ou na hemácia. Nessas situações, ocorre
osmose, transporte de solvente a favor do gradiente de concentração, ou seja, do meio hipotônico para
o meio hipertônico. Assim, quando não há alteração do volume celular (I), diz-se que a solução é
isotônica. Quando há redução do volume celular (II), a solução é hipertônica e, quando há aumento de
volume celular (III), a solução é hipotônica. Em III, observa-se, ainda, que ocorreu lise celular, pois a
quantidade de água que entra na célula é maior do que a célula consegue suportar. Esse processo não
ocorre em células vegetais, pois elas apresentam parede celular, a qual é rígida e impede que ocorra a
entrada excessiva de água.
Exercícios propostos
6) D
Comentário:
A imagem representa o modelo do moisaco fluido da membrana plasmática, composta por uma
bicamada de fosfolipídios, com proteínas imersas e carboidratos na superfície externa. Os fosfolipídios
são um grupo especial de lipídios, pois apresentam caráter anfipático, ou seja, apresentam uma cabeça
polar e uma cauda apolar. Assim, em contato com a água, eles arranjam-se formando uma camada
dupla, na qual a cabeça polar fica em contato com a água, e a cauda apolar fica em contato com a
apolar do outro. A fluidez da membrana plasmática é determinada pela capacidade que as proteínas
têm de deslocar-se pelos fosfolipídios.
Essa membrana é importante porque tem permeabilidade seletiva, ou seja, ela seleciona as moléculas
que passarão pela membrana. Gases (como CO2 e O2) passam diretamente pela bicamada lipídica,
enquanto que moléculas maiores ou solúveis em água necessitam da ajuda das proteínas de
membrana.
Assim, os itens I, II e IV estão corretos, enquanto que o III está incorreto.
7) A sequência correta é: V-V-F-F-V
Comentário:
No desenho, as setas indicam:
1. porção interna da proteína de membrana. Como o meio interno possui grande quantidade de
água, essa parte é hidrofílica;
2. proteína integral. Como a porção representada está imersa na membrana plasmática e esta é
formada por uma bicamada lipídica, conclui-se que essa porção deve ser hidrofóbica;
3. apesar de não estar claramente representado, essa seta indica a cabeça polar (hidrofílica) dos
fosfolipídios;
4. corresponde à porção externa da proteína, importante como receptor de hormônios;
5. camada de carboidratos ligados à superfície externa das proteínas. Forma o glicocálix e é
responsável pelo reconhecimento entre as células.
8) B
Comentário:
As microvilosidades, dobras externas da membrana plasmática, são estruturas responsáveis pelo
aumento da superfície de contato da célula. A membrana plasmática, estrutura responsável pelo
controle de trocas entre a célula e o meio externo, está presente tanto em células vegetais como em
Sistema de Ensino CNEC
células animais. A parede celular, responsável pela sustentação e manutenção da forma da célula, não
está presente em células animais, somente em vegetais, bactérias e fungos. Os desmossomos são as
estruturas responsáveis pela aderência entre as células.
O glicocálix é uma camada de carboidratos externa à membrana plasmática, presente somente nas
células animais, responsável pela proteção da superfície contra lesões mecânicas e químicas, além do
reconhecimento célula a célula.
9) A
Comentário:
Através da membrana semipermeável colocada na parte inferior do frasco, pode ocorrer passagem de
água, processo conhecido por osmose, em que o movimento da água (solvente) acontece do meio
hipotônico para o meio hipertônico. Como o frasco possuía água com açúcar, ele tem maior
concentração (hipertônico) do que a água pura (hipotônica) presente no recipiente. Assim, espera-se
que haja movimentação de água do recipiente (menos concentrado) para o frasco que possui água com
açúcar (mais concentrado). Analisando as alternativas, percebe-se que somente na A há aumento de
volume de água no frasco, sem que o soluto (as “bolinhas”) mude de lugar.
10) A
Comentário:
Ao colocar-se uma célula hipertônica em uma concentração salina, espera-se que ocorra entrada de
água célula, na tentativa de igualarem-se as concentrações interna e externa. Assim, a concentração
interna da célula diminui, e a concentração da solução aumenta. Isso é representado no gráfico da
alternativa A (aumento da concentração da solução).
11) a) As soluções eram hipertônicas, pois foram capazes de reduzir o volume celular devido à perda de
água por osmose.
b) O soluto A foi capaz de atravessar a membrana, pois, após algum tempo, o volume celular foi
restaurado, indicando que as concentrações intra e extracelulares se igualaram.
Comentário:
Sabe-se que a osmose é um processo passivo em que há passagem de solvente (água) do meio menos
concentrado para o mais concentrado. Como ocorreu redução do volume celular, verificado no gráfico,
conclui-se que as soluções são hipertônicas e, portanto, a água saiu das células para tentar igualar as
concentrações.
Como a célula do tubo 1 recebeu o soluto A e retornou ao volume inicial, conclui-se que o soluto foi
capaz de atravessar a membrana plasmática.
12) a) As batatas perderam massa no recipiente 3, porque foram colocadas em meio hipertônico, o que
acarretou a saída de água delas. Já no recipiente 4, as batatas ganharam massa por terem sido
colocadas em meio hipotônico, o que acarretou a entrada de água nas mesmas.
b) No final do processo, ao retirar-se as batatas do recipiente 1, elas terão recebido água do meio, afinal
sua massa terá aumentado. Ao colocá-las no recipiente 2, elas estarão hipotônicas em relação ao meio
(chega-se a essa conclusão, pelo fato de o pedaço original não ter variado sua massa). Assim, os
pedaços de batata perderão água para o meio até se que igualem as concentrações interna e externa.
Comentário:
Os resultados devem ser analisados sabendo-se que o processo que ocorre é a osmose, passagem de
solvente (água) do meio hipotônico para o meio hipertônico. Caso haja aumento de volume e de massa
da batata, conclui-se que ela ganhou água, pois o meio extracelular é hipotônico. Ao contrário, caso
haja redução de volume e de massa celular, conclui-se que o meio extracelular é hipertônico.
13) B
Comentário:
Água destilada é aquela que não possui nenhuma substância dissolvida, como sais. Portanto, é uma
substância pura e, comparativamente a uma célula, é hipotônica. Quando uma célula vegetal (como no
tubo I – célula de raiz de cebola) é colocada em meio hipotônico, ela ganha água até atingir o seu
volume máximo, determinado pela parede celular, que é capaz de se distender até certo ponto, ficando,
então, túrgida. A célula vegetal não sofre lise graças à parede celular, que é bastante resistente. Já as
hemácias humanas (tubo II), que não têm parede celular, ganham água indefinidamente, fazendo com
que a sua membrana se rompa, processo chamado de hemólise. Os paramécios, protozoários de água
Sistema de Ensino CNEC
doce, possuem em seu interior o vacúolo pulsátil ou contráctil, responsável pela eliminação de água que
entra por osmose. Por isso, nada acontece a ele ao ser colocado em água destilada.
14) B
Comentário:
Nas células vegetais, a osmose ocorre de acordo com um balanço de forças e segue a fórmula: Sc = Si
– M ou DPD = PO – PT. A sucção celular (Sc) ou diferença de pressão de difusão ou turgor (DPD) é o
balanço da quantidade de água que entra ou sai da célula. A sucção interna (Si) ou pressão osmótica
(PO) é a força que o soluto tem para puxar água para dentro da célula. Já a resistência da membrana
celulósica (M) ou pressão de turgor (T) é a resistência que a parede celular exerce contra a entrada
excessiva de água, impedindo o rompimento da célula.
Na situação em que a célula se encontra murcha (X), o valor de M é negativo, de modo a forçar a
entrada de água. Assim, a sequência 3 corresponde à força M ou PT. Quando a célula encontra-se
túrgida (Y), ela apresenta-se com seu volume máximo e, portanto, não há mais entrada de água (Sc =
0). Assim, a sequência 1 corresponde à Sc ou DPD, e a sequência 2, à PO.
15) a) Ao salgarmos um alimento, estamos deixando o meio extracelular hipertônico. Assim, as células
perdem água por osmose, desidratando o alimento. Sem água, os micro-organismos não conseguem
realizar suas atividades metabólicas e não se proliferam. Sem micro-organismos, o alimento não sofre
putrefação.
b) A afirmativa está correta, já que a célula vegetal possui a parede celular, que impede a ruptura da
célula.
c) A bomba de sódio e de potássio é importante para evitar que o sódio (Na+) se acumule na célula,
evitando, assim, uma hiperosmolaridade da célula.
Comentário:
É importante lembrar que, assim como o salgamento, a cristalização de alimentos (utilizando-se açúcar)
também promove a conservação dos alimentos.
CAPÍTULO 9 – Citoplasma, o espaço entre a membrana e o núcleo
Exercícios de sala
1) Sequência correta: A – B – F – E – D – C – G.
Comentário:
A mitocôndria pode ser comparada a uma hidroelétrica, pois é ela a fornecedora de energia à célula. O
retículo endoplasmático, composto por uma rede de canais e tubos utilizados no transporte interno de
substâncias, pode ser comparado às ruas e avenidas. O citoesqueleto pode ser comparado ao
concreto, uma vez que é ele o responsável pela sustentação celular. O complexo de Golgi, responsável
pelo transporte de substâncias dentro das células, é análogo aos armazéns e às transportadoras. O
lisossomo pode ser comparado à usina de reciclagem e é responsável pelos processos de digestão
celular. Os cloroplastos, que utilizam a luz para realizar a fotossíntese, são análogos às células
fotovoltaicas. Os ribossomos, organelas produtoras de proteínas, podem ser comparados ao centro de
produção.
2) a) A formação de bolhas de gás ocorreu no grupo no qual o fígado não foi cozido (fígado cru). Ao se
cortar o fígado, ocorre o rompimento de células e a liberação de enzimas presentes no peroxissomos.
Entre essas enzimas, encontra-se a catalase, responsável pela degradação do peróxido de hidrogênio
(água oxigenada), liberando água e gás oxigênio.
b) Não ocorre formação de bolhas no outro grupo porque, ao ser cozido, as enzimas presentes no
fígado, entre elas a catalase, sofrem desnaturação proteica e perdem sua capacidade catalítica.
Comentário:
É importante lembrar que os peroxissomos estão presentes exclusivamente em células eucariontes e
são responsáveis pela desintoxicação do organismo.
3) a) O texto refere-se ao retículo endoplasmático não granuloso.
b) O retículo endoplasmático não granuloso dos hepatócitos é responsável pela degradação de algumas
moléculas, como as do álcool. Assim, quanto maior a atividade dessa organela, mais rápida é a
desintoxicação do organismo e maior é a tolerância à bebida.
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Comentário:
A ingestão excessiva de etanol e, até mesmo, de algumas drogas, provoca a proliferação do retículo
endoplasmático não granuloso, organela responsável pela degradação do álcool e de outras moléculas
tóxicas.
4) a) A organela abundante no macrófago é o lisossomo.
b) Os macrófagos emitem projeções citoplasmáticas, chamadas de pseudópodes, que englobam o
elemento estranho. Os pseudópodes são formados por mudanças na consistência do citoplasma, sendo
essa provocada pela despolarização dos microfilamentos de actina.
Comentário:
Os macrófagos são células grandes e ricas em lisossomos, organelas responsáveis pela digestão de
partículas provenientes do meio externo ou, até mesmo, do meio interno. Para tal, essas organelas
possuem grande quantidade de enzimas digestivas.
A alternância na consistência do citoplasma, chamada de tixotropismo, é responsável pela formação
dos pseudópodes.
5) a) Como a enzima é uma proteína, as organelas envolvidas no processo são as seguintes:
Ribossomos aderidos no
retículo endoplasmático
granular (REG)
REG
Complexo Golgiense
Eliminação para fora da
célula
b) Gráfico da atividade enzimática da pepsina pelo pH
O pH ótimo da pepsina é por volta de 2. Acima de 5, ela se desnatura permanentemente.
c) Um problema nas mitocôndrias, as organelas responsáveis por produzir energia na célula, poderia
cessar a produção da pepsina, já que todo processo necessita de energia para ocorrer.
Comentário:
a) O REG é uma organela membranosa que possui ribossomos aderidos à sua membrana. Nesses
ribossomos ocorre a síntese proteica, tendo como molde o RNA mensageiro. As proteínas formadas
passam, então, para o REG e, depois, para o complexo golgiense, onde serão modificadas,
empacotadas e secretadas para fora da célula.
b) A pepsina tem o pH ótimo perto de 2, o que significa que, nesse valor, a atividade da enzima é maior.
Valores de pH abaixo ou acima de 2 provocam desnaturação proteica e, consequentemente, redução
da atividade enzimática.
c) Todas as atividades que ocorrem dentro das células dependem de energia. Assim, um defeito nas
mitocôndrias pode reduzir a produção de pepsina.
Exercícios propostos
6) E
Comentário:
Os flagelos dos espermatozoides, originados dos centríolos, necessitam de grande quantidade de
energia para a sua movimentação. Essa energia é proveniente da quebra da glicose, que ocorre nas
mitocôndrias, que se localizam na peça intermediária, ou seja, na base do flagelo.
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Já a digestão da camada externa do óvulo é realizada pelo acrossomo, uma bolsa com enzimas
digestivas, originado a partir da fusão dos sáculos do complexo golgiense.
7) D
Comentário:
Os aminoácidos radioativos injetados no animal serão utilizados para a síntese de proteínas, processo
que ocorre nos ribossomos, os quais podem estar livres no citoplasma ou aderidos à membrana do
retículo endoplasmático granuloso – REG (antigamente chamado de retículo endoplasmático rugoso).
As proteínas formadas nos ribossomos aderidos ao REG passam, na sequência, para o complexo
golgiense (CG), quando sofrem modificação e empacotamento, para serem exportadas da célula.
Assim, as organelas X e Y são, respectivamente, o REG e o CG.
8)
Número
1
2
3
Nome
Nucléolo
Carioteca ou
membrana nuclear
Retículo
endoplasmático
granuloso
4
Centríolo
5
Complexo golgiense
6
Lisossomos
7
Mitocôndria
8
Membrana plasmática
Uma função na célula
Síntese de RNA ribossômico
Delimita o núcleo, individualizando o material
genético do citoplasma.
Síntese de proteínas
Orienta a formação das fibras do fuso
mitótico; base de cílios e flagelos nas células
eucariontes.
Armazena e processa substâncias que serão
exportadas; forma os lisossomos.
Responsável pela digestão intracelular, pela
apoptose e pela autofagia.
Quebra moléculas orgânicas utilizando a
energia dessa quebra para formar ATP.
Delimita a célula, reconhece outras células e
seleciona as substâncias que entram e saem
da célula.
9) D
Comentário:
A célula 4 é a especializada em síntese de proteínas para exportação, devido à grande quantidade de
retículo endoplasmático granuloso (REG) presente no citoplasma. Essa organela é formada por canais
membranosos cujas paredes possuem ribossomos aderidos. Nos ribossomos, ocorre a síntese de
proteínas, as quais são encaminhadas para o REG e, depois, para o complexo golgiense, responsável
pela exportação dessas proteínas
10) D
Comentário:
Os lisossomos são organelas membranosas que possuem grande quantidade de enzimas digestivas, as
quais podem digerir tanto substâncias internas, como organelas velhas, quanto substâncias externas
englobadas pela célula, como bactérias fagocitadas.
11) C
Comentário:
O desaparecimento das membranas interdigitais dos mamíferos assim como a regressão da cauda do
girino são provocados por um processo conhecido como apoptose ou morte celular programada. Esse
processo não é prejudicial para o organismo e é realizado graças à atividade do lisossomo, o qual
provoca a digestão gradual dos componentes da própria célula.
12) A
Comentário:
A catalase, enzima presente nos peroxissomos, é responsável pela quebra do peróxido de hidrogênio
em água e gás oxigênio, sendo este responsável pelo desprendimento de bolhas na presença de
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peróxido de hidrogênio. Como a enzima é uma proteína, ela sofre, assim como todas as proteínas, o
processo de desnaturação quando há alteração do pH ou da temperatura.
O fígado é um órgão que possui grande quantidade de peroxissomos, visto que é responsável pela
desintoxicação do organismo. O corte nesse órgão promove o rompimento de células e,
consequentemente, a liberação da catalase. Quando o peróxido de hidrogênio é colocado no fígado cru
(condição A), muitas bolhas são formadas. No entanto, quando se cozinha o fígado, ocorre a
desnaturação da catalase e ela perde a sua atividade. Por isso, na condição B, não há formação de
bolhas.
13) E
Comentário:
As proteínas do citoesqueleto, tais como os microfilamentos de actina, mantêm a forma e a sustentação
de células eucarióticas. As enzimas hidrolíticas presentes no lisossomo é que possuem atividade de
digestão. As proteínas do citoesqueleto, tais como os microtúbulos, são responsáveis pela formação
dos cílios e centríolos e não possuem atividade oxidativa. As tubulinas dos microtúbulos, que compõem
as fibras do fuso mitótico, são responsáveis pela migração dos cromossomos durante a divisão celular.
Essas proteínas não participam da descondensação dos cromossomos. A adesão da célula a células
vizinhas e a superfícies extracelulares é função específica dos filamentos intermediários do
citoesqueleto, encontrados no desmossomos, estruturas responsáveis pela manutenção de células que
se sujeitam a intensa força mecânica. Portanto, está correta a alternativa E.
14) E
Comentário:
Os centríolos são estruturas cilíndricas formadas por nove grupos de trincas de microtúbulos, um dos
constituintes do citoesqueleto. Eles são importantes, pois formam cílios e flagelos, além do fuso
mitótico, orientando a separação dos cromossomos durante a divisão celular.
15) Corretas: 01 e 08
Comentário:
01) Em A e B percebe-se a presença de envoltório nuclear (carioteca), evidenciando que são celulas
eucarióticas. Em A, a ausência de cloroplastos e de parede celular mostra que é uma célula animal, e
em B a presença dessas estruturas mostra que é uma célula vegetal. Já a célula C é procariótica, como
uma bactéria. Item correto.
02) A seta 2 indica o cloroplasto, estrutura responsável pela realização da fotossíntese. Item incorreto.
04) Todas as células apresentam membrana plasmática, citoplasma e núcleo (ainda que
desorganizado). No entanto, a célula C não possui carioteca, a membrana que delimita o núcleo. Item
incorreto.
08) A seta 4 indica o retículo endoplasmático granuloso, o qual possui ribossomos aderidos à sua
membrana, que são responsáveis pela produção de proteínas. Essas proteínas são transportadas para
o complexo golgiense, representado pela seta 5. Item correto.
16) Os ribossomos são as únicas organelas presentes tanto em células procarióticas quanto
eucarióticas. Apesar de apresentar tamanho diferente em ambos os tipos celulares, a função é a
mesma: síntese proteica. Item incorreto.
32) A membrana plasmática de todas as células (A, B e C) tem basicamente a mesma estrutura. A
rigidez das células vegetais é devido à parede celular, estrutura externa à membrana plasmática. Item
incorreto.
64) Alguns organismos dos reinos Monera e Protista também possuem clorofilas em suas células. Item
incorreto
CAPÍTULO 10 – Desenvolvimento das plantas: de uma semente a um organismo especializado
em realizar fotossíntese
Exercícios de sala
1) a) Os produtos citados podem ser divididos em cinco bancadas:
• Raízes: cenoura, beterraba, batata-doce e mandioca.
• Frutos: banana, manga e abacate.
• Pseudofrutos: pera, maçã, morango e caju.
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• Caules: batatinha, alho e cebola.
• Folhas: alface e couve.
b) A batatinha e a batata-doce serão colocadas em bancadas diferentes. A batatinha é considerada um
caule por possuir gemas laterais ou axilares, estruturas que não estão presentes na batata-doce (raiz).
Comentário:
Deve-se analisar a anatomia de cada órgão vegetal.
A raiz pode armazenar nutrientes – raiz tuberosa –, funcionando como órgãos de reserva. São
exemplos a cenoura, a beterraba, a batata-doce e a mandioca.
Os frutos são formados a partir do desenvolvimento do ovário. Entre os produtos citados, são frutos a
banana, a manga e o abacate.
Os pseudofrutos são aqueles cujas partes comestíveis são formadas a partir do desenvolvimento de
estruturas diferentes do ovário. Entre eles, citam-se a pera, a maçã, o morango e o caju. A pera, a maçã
e o morango são formados a partir do receptáculo floral, e o caju é formado a partir do pedúnculo floral.
O caule possui gemas laterais ou axilares, assim como ocorre com a batatinha, o alho e a cebola.
A alface e a couve são folhas, as estruturas fotossintéticas das plantas.
2) a) A raiz das plantas parasitas é chamada de haustório.
b) O texto trata de uma holoparasita, como o cipó-chumbo.
Comentário:
Haustórios são as finíssimas raízes de plantas parasitas que retiram a seiva das plantas hospedeiras.
Existem dois tipos de vegetais parasitas: o hemiparasita e o holoparasita. A erva de passarinho é um
exemplo de hemiparasita, um vegetal clorofilado que obtém somente a seiva bruta do hospedeiro. O
cipó-chumbo é um exemplo de holoparasita, vegetal aclorofilado que retira seiva elaborada do
hospedeiro. O texto trata de um holoparasita, por se referir a uma planta sem clorofila.
3) a) No esquema, é possível observar como medidas para minimizar a perda de água:
• cutícula mais espessa na face superior da folha;
• epiderme pluriestratificada;
• criptas com tricomas (ou pelos);
• estômatos localizados em criptas, localizados na face inferior da folha.
b) Para minimizar a perda de água, algumas folhas são modificadas em espinhos. Assim, diminuindo a
área de contato com a atmosfera, diminui a transpiração.
c) Os tecidos I e II são, respectivamente, parênquima clorofiliano paliçádico e parênquima clorofiliano
lacunoso. Os dois tecidos realizam fotossíntese. O parênquima clorofiliano lacunoso também é
responsável por permitir a circulação de gases no interior da folha.
Comentário:
Deve-se salientar que, além das modificações que reduzem a perda de água, existem outras que
armazenam água, como o parênquima aquífero.
4) a) O clima foi mais quente no período A, porque, nesse período, os anéis de crescimento são mais
desenvolvidos (mais largos), indicando maior quantidade de água transportada pelo xilema.
Como a temperatura está diretamente relacionada com a transpiração (quanto maior a temperatura
maior a transpiração), e esta, por sua vez, está relacionada com a quantidade de água transportada
pela planta, durante um período mais quente a tendência é que a transpiração seja mais intensa, assim
como o transporte de água pela planta.
b) Os anéis de crescimento são decorrentes da atividade do xilema, sendo o câmbio, um meristema
secundário, responsável pela sua formação.
Comentário:
No outono e no inverno, o câmbio produz vasos lenhosos de paredes grossas e lúmen estreito. Na
primavera e no verão, são formados vasos lenhosos com parede delgada e lúmen grande. O primeiro
tipo de vaso lenhoso é chamado de lenho estival, que apresenta uma coloração mais escura, e o
segundo, de lenho primaveril, apresenta coloração mais clara. O lenho estival e o lenho primaveril são
conhecidos como anéis de crescimento.
5) Sequência correta: J – E – B – I – F – L – C – A – H – M – G – D.
Comentário:
a) Epiderme: tecido uniestratificado (uma única camada de células) e aclorofilado. Reveste folhas e
caules. Suas células são intimamente unidas entre si, impedindo a passagem de grandes moléculas.
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b) Colênquima: tecido de sustentação formado por células vivas com raízes reforçadas por lignina.
c) Esclerênquima: tecido de sustentação formado por células mortas, devido à impregnação de lignina,
a qual causa impermeabilização da parede celular e morte das células.
d) Parênquima clorofiliano: tecido de preenchimento encontrado nas folhas e com grande quantidade de
clorofila. Existem dois tipos: paliçádico, que fica na parte superior da folha, e lacunoso, situado na parte
inferior.
e) Parênquima aquífero: tecido de preenchimento capaz de acumular água. Muito comum em plantas
xerófitas.
f) Parênquima amilífero: tecido de preenchimento que acumula amido, reserva nutritiva dos vegetais.
g) Aerênquima: tipo de parênquima que acumula ar, importante para a flutuação das plantas aquáticas.
h) Xilema: vaso condutor de seiva bruta. Suas células são mortas, devido à impregnação de lignina,
importante para poder suportar a pressão exercida sobre elas.
i) Floema: tecido vivo que conduz seiva elaborada (água e produtos orgânicos produzidos através da
fotossíntese).
j) Periderme: tecido que substitui a epiderme nas raízes com crescimento secundário (em espessura).
l) Meristema primário: tecido originado diretamente das células embrionárias ou de outro meristema.
m) Meristema secundário: tecido formado pela desdiferenciação de células especializadas que
readquirem a capacidade mitótica. É responsável pelo crescimento em espessura do vegetal.
Exercícios propostos
6) A sequência correta é: V-F-V-V-F
Comentário:
Item 1: O felogênio forma, para fora, o súber (revestimento externo do vegetal) e, para dentro, o
feloderma. A associação dessas três estruturas forma a periderme, tecido que substitui a epiderme em
raízes com crescimento secundário. Item verdadeiro.
Item 2: No caule das gimnospermas e das angiospermas dicotiledôneas, os feixes vasculares
organizam-se de forma cilíndrica, enquanto que nas angiospermas monocotiledôneas a disposição
desses feixes é difusa. Item falso.
Item 3: Quando há crescimento secundário do caule, as camadas externas mais velhas do súber
destacam-se na superfície das plantas lenhosas, formando o chamado ritidoma. Item verdadeiro.
Item 4: Independente do grupo vegetal, o floema é voltado para o exterior, e o xilema, para o interior. O
xilema e o floema são separados pelo procâmbio ou câmbio fascicular, responsável pela formação dos
tecidos condutores de seiva. Item verdadeiro.
Item 5: O câmbio vascular é responsável pelo crescimento secundário da planta, assim como o
felogênio. O crescimento primário da planta ocorre devido ao meristema apical caulinar. Item falso.
7) Corretas: 04 e 08
Comentário:
01) O transporte de seiva bruta é feito pelo xilema, e o de seiva elaborada, pelo floema. Item incorreto.
02) Somente os meristemas secundários são formados por desdiferenciação de células especializadas.
Os meristemas primários são tecidos originados diretamente das células embrionárias ou de outro
meristema. Item incorreto.
04) Colênquimas e esclerênquimas são células de sustentação do vegetal, sendo o primeiro formado
por células vivas, e o segundo, por células mortas. Item correto.
08) Os parênquimas são, basicamente, tecidos de preenchimento, mas podem ser parênquimas
especiais que armazenam água (aquífero), amido (amilífero), clorofila (clorofiliano) ou ar (aerênquima).
Item correto.
16) As cactáceas têm parênquima aquífero bem desenvolvido, enquanto que as plantas aquáticas
possuem parênquima aerífero bem desenvolvido, para facilitar na flutuação. Item incorreto.
8) a) As principais estruturas externas da raiz são: a coifa, que serve para proteger o meristema apical
da raiz, e a zona pilífera, em que os pelos absorventes aumentam a superfície das células promovendo
maior eficiência na absorção de água.
b) Pneumatóforos são raízes aéreas que apresentam lenticelas especiais denominadas pneumatódios.
Essas raízes são responsáveis por absorver gases atmosféricos, permitindo a respiração celular das
células das raízes. É importante lembrar que o solo dos mangues são alagados e, assim, não há como
os gases difundirem-se pelo solo. Sem os pneumatóforos, as plantas de mangue não sobreviveriam
nesse ambiente.
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c) Das plantas citadas, o mangue-vermelho (Rhizophora mangle), o mangue-preto (Avicennia
schaueriana) e o mangue-branco (Laguncularia racemosa) são angiospermas dicotiledôneas.
A gramínea Spartina brasiliensis é uma angiosperma monocotiledônea.
Entre as diferenças morfológicas entre dicotiledôneas e monocotiledôneas, podemos citar a nervura das
folhas e os tipos de raízes. As monocotiledôneas apresentam folhas com nervuras paralelas
(paralelinérveas) e raízes em cabeleira ou fasciculada. As dicotiledôneas apresentam folhas com
nervura ramificada e raízes pivotantes ou axiais.
Comentário:
Apesar de não fazer parte da questão, é importante lembrar que a samambaia do mangue (Acrosticum
aureum) é uma pteridófita.
Existem várias diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas. São elas:
Característica
Número de cotilédones
Flores
Folhas
Caule
Raiz
Monocotiledônea
1
Trímeras
Paralelinérvias
Vasos condutores dispostos de forma
desorganizada
Fasciculada ou em cabeleira
Dicotiledônea
2
Tetrâmeras ou pentâmeras
Reticulinérvias
Vasos condutores organizados em
torno de um eixo central
Axial ou pivotante
9)
A zona meristemática é responsável pela formação dos
novos tecidos da raiz e pelo crescimento do órgão.
A zona de al ongamento ou de crescimento é onde as
células que são formadas na zona meristemática mais
crescem. Portanto, essa é a região da raiz que tem maior
taxa de crescimento.
A zona p ilífera é a região da raiz que tem a maior
absorção de água.
A zona suberosa é a região da raiz responsável pela
formação das raízes secundárias, sendo, portanto,
importante para a fixação da planta.
Comentário:
Salienta-se que, apesar de, no desenho, existir uma
nítida separação entre as diferentes regiões de uma raiz
no desenho, na prática não é fácil delimitar cada uma de
suas regiões.
10) C
Comentário:
O caule do tipo haste é um caule aéreo, fino, clorofilado e pouco resistente. É encontrado em cravos,
salsa e margarida, por exemplo.
O caule do tipo estipe é um caule aéreo, geralmente não ramificado, apresentando um conjunto de
folhas na ponta; é encontrado em monocotiledôneas (palmeira) e gimnospermas (cicas).
O rizoma é um caule subterrâneo que se desenvolve paralelo à superfície terrestre, mas que pode
emitir ramos aéreos. Os rizomas ocorrem nas bananeiras, na espada-de-são-jorge e no lírio-do-brejo.
Tubérculos são caules subterrâneos ricos em material nutritivo. O exemplo típico é a batatinha comum.
O colmo é um tipo de caule ereto, cilíndrico, em que se observam nitidamente os nós e entrenós
formando gomos. É o caso da cana-de-açúcar e do bambu.
O bulbo é exemplo de caule subterrâneo. É o caso da cebola e do alho.
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11) C
Comentário:
As células do floema, chamadas de células crivadas, são alongadas e vivas. No entanto, no decorrer de
sua diferenciação, elas perdem o núcleo, o vacúolo, os ribossomos, o complexo golgiense e o
citoesqueleto. Elas mantêm-se vivas graças à íntima ligação que possui com outras células, que lhe
fornecem proteínas e outras substâncias necessárias ao metabolismo. Portanto, a figura do exercício
corresponde ao floema.
12) B
Comentário:
Tubérculos são caules que armazenam substâncias nutritivas, e não raízes. Diferenciam-se essas duas
estruturas devido à presença de gemas – popularmente conhecidas como “olhos” – encontradas nos
caules.
13) a) O número 2 (xilema ou lenho) é responsável pela condução da seiva bruta.
b) O número 1 (floema ou líber) é responsável pela condução da seiva elaborada.
c) O número 2 (xilema ou lenho) é o tecido constituído por células mortas das quais restam somente as
paredes celulares.
d) O número 5 (epiderme da raiz) é responsável pela formação dos pelos absorventes.
Comentário:
Os números 1, 2, 3 e 4 correspondem, respectivamente, ao floema, ao xilema, ao córtex e ao meristema
fundamental.
Através da disposição dos vasos condutores de seiva, pode-se afirmar que as imagens correspondem à
raiz e ao caule de uma angiosperma dicotiledônea.
14) a) O número 1 representa o estômato, uma estrutura epidérmica pertencente ao tecido de
revestimento foliar.
b) O número 2 aponta o parênquima clorofiliano paliçádico, cuja função é realizar fotossíntese.
Comentário:
Estômatos são anexos foliares presentes tanto na face superior quanto na face inferior da folha,
dependendo do ambiente e são responsáveis pelas trocas gasosas da planta.
O parênquima clorofiliano paliçádico é encontrado na parte superior da folha. Abaixo dele, encontra-se o
parênquima clorofiliano lacunoso. O primeiro, por receber maior incidência de luz, produz maior número
de cloroplastos.
15) A sequência correta é: F-V-V-V-V
Comentário:
A primeira afirmativa é falsa, porque a epiderme é formada por células desprovidas de cloroplastos.
A segunda afirmativa é verdadeira. Os parênquimas clorofilianos são abundantes nas folhas, por serem
ricos em cloroplastos, as organelas responsáveis pela fotossíntese.
A terceira afirmação é verdadeira. As células da epiderme podem apresentar uma cutícula sobre sua
superfície externa, formada pela deposição de cutina ou cera, lipídios que impermeabilizam a epiderme,
reduzindo a perda de água.
A quarta afirmação também é verdadeira, pois todo o interior da folha é chamado de mesófilo, formado
pelo conjunto de tecidos parenquimáticos das folhas das plantas, posicionados entre as epidermes
superior e inferior.
A última afirmativa também é verdadeira. Os estômatos são estruturas formadas por duas célulasguarda, que delimitam uma abertura chamada de ostíolo. De acordo com a turgidez das células-guarda,
o ostíolo permanece aberto ou fechado, controlando, assim, a transpiração e as trocas gasosas do
vegetal.
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CAPÍTULO 11 – O transporte de água e solutos nas plantas
Exercícios de sala
1) B
Comentário:
A Teoria de Dixon, também chamada de teoria da coesão-tensão ou mecanismo da transpiraçãocoesão-tensão, explica o deslocamento da água e dos sais minerais no interior do xilema. De acordo
com essa teoria, a água é puxada através da planta pelas suas folhas: a transpiração do vegetal –
perda de água na forma de vapor na região das folhas – gera uma força chamada – tensão – sobre a
água no espaço intercelular da folha. Para compensar a perda da água, as folhas puxam água do
xilema, processo possível graças à coesão das moléculas de água entre si. Essa força é, então,
transmitida por todo o xilema, até chegar às raízes e provocar a absorção de água. Portanto, o processo
I corresponde à transpiração, II à coesão e adesão e III à absorção que ocorre na raiz.
2) a) O anexo epidérmico esquematizado é o estômato. A representa uma célula chamada de célulaguarda ou estomática. B representa o ostíolo, uma abertura entre as células-guardas. C representa as
células subsidiárias ou anexas.
b) As modificações ocorridas na figura 2 em relação à figura 1 – o fechamento do estômato – são
decorrentes da perda de água pelas células, já que, ao ser retirada uma fina película da folha, os
tecidos ficam expostos ao ambiente. Quando as células guardas perdem água o estômato fecha.
c) As células guardas conseguem “abrir e fechar” os estômatos graças a sua parede celular interna
(voltada para o ostíolo) ser mais espessa que a externa (voltada para as células anexas) e por serem
presas na extremidade. Além disso, as células-guarda são capazes de absorver água das células
vizinhas. A entrada de água provoca uma mudança na forma das células-guarda, abrindo um espaço
entre elas (o ostíolo), e, devido à perda de água, murcham e o ostíolo se fecha.
d) O fechamento dos estômatos também pode ser provocado por alta concentração de gás carbônico
ou quando a planta encontra-se no escuro.
Comentário:
O anexo esquematizado é o estômato, cuja função é realizar trocas gasosas e transpiração. Eles são
encontrados em folhas e caules jovens (sem crescimento secundário). Esses anexos são formados por
duas células clorofiladas em forma de grão de feijão ou halteres, chamadas de células-guarda ou
estomáticas (A), circundadas por células aclorofiladas, chamadas de células acessórias, subsidiárias ou
anexas (C). Entre as células-guarda forma-se um orifício, chamado de ostíolo (B), o qual pode ser
aberto ou fechado, permitindo ou impedindo a transpiração, respectivamente. Essa abertura ou
fechamento depende das células-guarda: para que haja abertura do ostíolo, é necessário que as células
absorvam água e fiquem túrgidas; já quando as células-guarda perdem água, o ostíolo se fecha. Outro
fator que interfere nesse processo é a estrutura das células-guarda: elas são unidas pelas extremidades
e possuem a parede celular interna mais espessa.
Portanto, o principal fator que provoca a entrada ou saída de água é a disponibilidade hídrica no
ambiente. No entanto, a movimentação de sais minerais – principalmente o potássio –, a incidência de
luz e a concentração de dióxido de carbono também podem provocar abertura ou fechamento dos
estômatos.
3) a) Caso fosse o vizinho de Gaspar, explicaria que a retirada do anel interrompe o floema do galho
não permitido que a seiva elaborada produzida no próprio galho seja distribuída para a planta. O
excesso de seiva elaborada é acumulado nos frutos, fazendo com que esses sejam maiores e mais
doces.
b) O processo é a fotossíntese. Ele continua acorrendo porque a retirada do anel interrompe apenas o
fluxo de seiva elaborada, permitindo que a água chegue à folha e esta realize fotossíntese.
Comentário:
A retirada do anel da casca – também chamado de anel de Malpighi – interrompe somente o transporte
da seiva elaborada pelo floema, mas não interfere no transporte da seiva bruta pelo xilema. Isso é
possível porque o floema localiza-se nas camadas mais externas do caule. Assim, as folhas continuam
recebendo água e sais minerais (seiva bruta) e, portanto, o processo fotossintético não é interrompido,
de modo que a seiva elaborada produzida acumula-se na região acima de onde foi retirado o anel – no
caso, nos frutos.
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Esse procedimento não pode ser realizado no caule principal, pois há interrupção do fluxo de seiva
elaborada para as raízes, que morrem devido à ausência de nutrientes e, como consequência, param
de absorver água e toda a planta morre.
4) a) O balão I representa uma região de fonte de uma planta, como por exemplo uma folha madura. O
balão II representa uma região de dreno da planta, como a raiz ou os meristemas apicais.
b) Os vasos condutores A e B representam, respectivamente, floema e xilema. Chega-se a essa
conclusão observando que no tubo A está sendo transportado água e açúcar e no tubo B somente
água.
Comentário:
Em seu experimento, Münch colocou no balão I uma solução concentrada de açúcar e no balão II
somente água. Os dois balões, formados por membranas semipermeáveis, foram interligados por um
tubo (A) e colocados em dois recipientes com água e interligados por outro tubo (B). Em virtude da
diferença de concentração, há entrada de água no balão I, provocando o aumento do seu volume e o
consequente deslocamento da solução açucarada para o balão II através do tubo A. Já no balão II, a
água sai e retorna ao recipiente do balão I através do tubo B, visto que nos recipientes interligados atua
o princípio dos vasos comunicantes.
O tubo A corresponde ao floema, pois transporta a solução açucarada – que corresponde à seiva
elaborada. Já o tubo B representa o xilema, pois carrega somente água (seiva bruta).
5) a) Próximo ao vigésimo quinto minuto os estômatos da folha se fecham. Isso porque, como a folha foi
destacada, ela perde água por evapotranspiração, diminuindo a turgescência das células-guarda, o que
promove o fechamento dos estômatos.
b) Antes do vigésimo quinto minuto a folha realiza transpiração estomática e cuticular. Depois desse
período a planta realiza somente transpiração cuticular.
Comentário:
Ao ser retirada da planta, a folha continua a perder água por transpiração – estomática e cuticular – em
virtude do meio externo possivelmente apresentar umidade inferior. No entanto, essa água não é
resposta e, como consequência, quando a folha perde grande quantidade de água, as células-guarda
perdem a sua turgescência, provocando o fechamento dos ostíolos. Assim, a massa da folha se
estabiliza, visto que não há mais perda significativa de água – continua ocorrendo somente a
transpiração cuticular, que é pouco expressiva.
Exercícios propostos
6) D
Comentário:
As moléculas de água e os íons são absorvidos através dos pelos absorventes da raiz. Na sequência, a
água absorvida atravessa a epiderme e vão para a região central da raiz, atravessando o córtex
(parênquima cortical) e, por fim, a endoderme, até atingir o xilema.
7) A
Comentário:
A seiva bruta (água e sais minerais) é absorvida através das raízes: os sais entram por transporte ativo
e a água por osmose. Esse transporte pode ocorrer de duas formas: a via apoplástica (A) – transporte
por entre as células – ou a via simplástica (B) – transporte por dentro das células. Independente do
modo como esse transporte ocorre, a seiva bruta será levada até o lenho ou xilema, representado pela
letra C.
8) E
Comentário:
As situações descritas correspondem ao processo de seca fisiológica, ou seja, são ocasiões em que as
plantas possuem grande disponibilidade hídrica, mas que não conseguem absorver água. Além das
situações citadas no enunciado, isso também ocorre quando o solo está encharcado: o excesso de
água dificulta a entrada de oxigênio para a raiz e, consequentemente, reduz sua taxa respiratória. Com
isso, o transporte ativo dos sais minerais para o interior dos elementos traqueais é prejudicado,
reduzindo, assim, a concentração osmótica dentro do cilindro vascular, o que provoca a redução ou, até
mesmo, a interrupção da absorção de água.
Sistema de Ensino CNEC
9) E
Comentário:
I. Apesar de a transpiração ocorrer de duas formas – estomática e cuticular –, a maior parte da água
absorvida pela planta é eliminada na transpiração cuticular. Afirmação correta.
II. A entrada da água nas células-guarda por osmose as torna túrgidas e provoca a abertura do ostíolo
(espaço entre as células-guarda). Ao contrário, quando as células-guarda perdem água, há o
fechamento do ostíolo. Afirmação correta.
III: Quando há baixa disponibilidade hídrica, a planta aumenta a liberação de ácido abscísico nas folhas,
o qual atua nas células-guarda retirando potássio e, consequentemente, provocando a saída de água e
o fechamento dos estômatos. Afirmação correta.
IV: O fechamento dos estômatos reduz a troca gasosa e, portanto, haverá menor entrada de CO2 nas
folhas. Afirmação correta.
V: Altas concentrações de gás carbônico, baixa disponibilidade de água no solo, baixa intensidade
luminosa e baixas temperaturas são fatores que provocam o fechamento dos estômatos. A
concentração de oxigênio não é um fator significativo para a abertura ou o fechamento dos estômatos.
Afirmação correta.
10) a) Existe relação entre os dois processos apresentados no gráfico, pois ambos representam o
principal mecanismo de transporte de água das raízes até as folhas. Para que ocorra esse transporte é
necessário que haja, inicialmente, uma perda de água pelas folhas através de transpiração, o que gera
sucção da água para a folha, em virtude da capilaridade, e causa absorção de água do solo pela raiz.
Portanto, a absorção de água é sempre posterior à transpiração, além de apresentarem taxas
equivalentes.
b) A raiz está relacionada à absorção de água e as folhas estão relacionadas à transpiração.
Comentário:
Os processos representados – transpiração e absorção de água – são relacionados e explicados devido
à teoria de Dixon ou teoria da tensão-coesão.
A transpiração ocorre nas folhas, principalmente através dos estômatos.
11) Soma = 20 (corretos: 004 e 016).
Comentário:
A: Estômatos abrem e B: Estômatos fecham. A alta disponibilidade hídrica provoca a abertura dos
estômatos. Ao contrário, quando o suprimento de água é baixo, as folhas liberam ácido abscísico,
provocando o fechamento dos estômatos.
III: Baixa e IV: Alta. O aumento da concentração de CO2 reduz o pH das células, e a glicose é
polimerizada em amido, reduzindo a concentração do citoplasma, o que leva à perda de água e de
turgescência das células-guarda e o consequente fechamento dos estômatos.
E: Estômatos abrem e F: Estômatos fecham. Com a intensidade luminosa elevada, as células-guarda,
por serem células clorofiladas, iniciam o processo fotossintético e absorvem o CO2 produzido na
respiração. Com isso, o pH aumenta e há conversão de amido em glicose, aumentando, assim, a
concentração do citoplasma e a entrada de água, o que torna a célula túrgida e provoca a abertura dos
estômatos. No escuro, as células-guarda realizam somente respiração e há aumento da concentração
de CO2 que, por sua vez, provoca o fechamento dos estômatos.
Com isso, concluímos que as afirmativas 004 e 016 estão corretas, enquanto que as demais estão
incorretas.
12) B
Comentário:
A perda de água na forma liquida através dos hidatódios é chamada de gutação ou sudação. Esse
processo ocorre quando a planta absorve muita água e não consegue eliminá-la por transpiração,
processo que corresponde à perda de água na forma de vapor, e pode ocorrer através da cutícula ou,
principalmente, dos estômatos.
13) a) A curva A representa as condições III; a curva B representa as condições I; a curva C representa
as condições II.
b) Ao meio-dia, devido ao maior suprimento de água na condição III, a abertura dos estômatos das
plantas submetidas a essas condições é maior do que as plantas submetidas à condição I.
Sistema de Ensino CNEC
c) A transpiração é responsável pela formação da pressão negativa em toda a coluna líquida, desde o
alto dos vasos lenhosos até a base do caule. Essa pressão negativa atua como força de sucção para
puxar a seiva bruta, desde a raiz até as folhas.
Comentário:
O amplo suprimento de água da condição III faz com que os estômatos fiquem abertos quando há
intensa luminosidade, culminando com uma grande transpiração, o que corresponde à curva A. A
condição I, em que há muita água na manhã e média ao longo do dia, faz com que os estômatos
estejam abertos no início do dia, mas fechados ao longo do dia, situação representada pela curva B. Já
a baixa disponibilidade hídrica da condição II tem como consequência o fechamento dos estômatos
durante todo o dia e uma taxa de transpiração baixa, representada pela curva C.
14) A
Comentário:
A entrada de íons potássio na célula provoca o aumento da sua concentração interna e,
consequentemente, desencadeia a entrada de água por osmose e o aumento do volume celular,
tornando as células-guarda túrgidas e a abertura dos estômatos.
15) A
Comentário:
A figura representa o experimento de Münch, no qual 1 representa as folhas, local de produção de seiva
elaborada, a qual é transportada através do número 2, o floema, até 3, que corresponde à raiz, local de
absorção de água e sais minerais, transportados através do xilema (4). Caso o fluxo do floema (2) seja
interrompido, as células das raízes morrem devido à ausência de suprimento nutritivo e, com isso, não
absorvem mais água e ocorre a morte do vegetal. Caso o fluxo do xilema (4) seja interrompido,
inicialmente o vegetal passa a utilizar suas reservas (amido). Quando as reservas acabarem, ocorrerá a
morte do vegetal.
CAPÍTULO 12 – Os fitormônios regulam o crescimento vegetal
Exercícios de sala
1) D
Comentário:
O hormônio A corresponde à auxina, responsável pela inibição do desenvolvimento das gemas laterais,
pelo crescimento do caule e das raízes, pelo desenvolvimento dos frutos e pela formação de raízes
adventícias, além de inibir a queda da folhas e de promover os movimentos vegetais.
O hormônio B é a citocinina, responsável pelo desenvolvimento das gemas laterais e também por
estimular a divisão celular, provocando rejuvenescimento das plantas.
O hormônio C é a giberelina, que atua na germinação das sementes, no alongamento dos caules e das
folhas e na floração.
O hormônio D é o etileno, o qual promove a queda das folhas e o amadurecimento dos frutos.
O hormônio E é o ácido abscísico, que, além de inibir a germinação e provocar o fechamento dos
estômatos, também inibe o crescimento nos períodos mais frios.
2) a) O hormônio do experimento é a auxina, que evita a abscisão das folhas.
b) O etileno é um hormônio que tem efeito antagônico em relação à auxina, ou seja, ele promove a
queda das folhas.
Comentário:
A adição do hormônio na segunda parte do experimento impediu a queda do pecíolo. Esse efeito é
provocado pela auxina. Na primeira parte do experimento, na ausência do hormônio exógeno, percebese a atuação do hormônio etileno, que provoca a queda das folhas.
3) A (corretas: 01 e 16)
Comentário:
01) A análise do gráfico mostra que os diferentes órgãos da planta apresentam comportamentos
diferentes de acordo com a concentração de auxina. Como exemplo, na concentração de 10-6 de
auxina, as gemas e as raízes são inibidas, enquanto que o caule é estimulado. Afirmativa correta.
02) Analisando a concentração de 10-9 observa-se que os três órgãos são estimulados a crescerem.
Afirmativa incorreta.
Sistema de Ensino CNEC
Estímulo para crescimento
04) A concentração ótima para o crescimento das gemas fica entre 10-9 e 10-8. Afirmativa incorreta.
08) Um centésimo da concentração ótima para o crescimento do caule (10-5) corresponde a 10-7,
concentração que inibe o crescimento das raízes. Afirmativa incorreta.
16) As auxinas sintéticas são utilizadas para o controle de ervas daninhas na agricultura, em especial
contra plantas de folhas largas (dicotiledôneas). Afirmativa correta.
4) Os sacos plásticos são furados para que o gás etileno não se concentre ao redor dos frutos. Esse
gás é responsável pelo amadurecimento dos frutos. Assim, usando os sacos furados, o
amadurecimento e o apodrecimento dos frutos são retardados.
Comentário:
Um processo oposto é utilizado pelas donas de casa para provocar o amadurecimento dos frutos
verdes, que são colocados em sacos plásticos (sem os furos) ou enrolados em jornal, de modo a
provocar concentração de etileno, fitormônio gasoso que provoca o amadurecimento dos frutos.
5) C
Comentário:
A citocinina (I) é responsável pelo desenvolvimento das gemas laterais. O etileno (II) estimula a queda
de folhas, flores e frutos. A giberelina (III) é responsável pela germinação das sementes. A auxina (IV)
atua nos ovários, promovendo o desenvolvimento dos frutos. O ácido abscísico (V) inibe a germinação e
provoca o fechamento dos estômatos em estresse hídrico.
Exercícios propostos
6) a) A batata corresponde ao caule da planta. Os brotos desenvolvem-se a partir das gemas laterais,
que caracterizam os nós.
b) A auxina é um hormônio produzido pelas células meristemáticas, principalmente na ponta do caule. A
aplicação de auxina poderia minimizar o problema porque esse hormônio inibe o crescimento das
gemas laterais, mantendo-as em dormência.
Comentário:
A auxina é o hormônio responsável pela dominância apical, pois é produzido pela gema apical e inibe o
crescimento das gemas laterais. A poda – retirada do meristema apical – provoca o desenvolvimento
das gemas laterais.
A citocina, outro fitormônio, tem efeito contrário ao da auxina: enquanto o primeiro estimula o
desenvolvimento das gemas laterais, o segundo inibe esse desenvolvimento.
Sistema de Ensino CNEC
7) B
Comentário:
Para a brotação, é necessário que haja o desenvolvimento de raízes adventícias, processo promovido
pela auxina. No entanto, é necessário controlar a concentração de auxina pois, em altas concentrações,
inibe o crescimento das raízes.
8) A
Comentário:
No esquema II, percebe-se que as formigas retiraram o ápice caulinar, o que provocou o
desenvolvimento das gemas laterais. Isso é explicado devido à dominância apical: o meristema apical é
responsável pela liberação do hormônio auxina, o qual inibe o desenvolvimento das gemas laterais. A
sua retirada e, consequentemente, a redução desse hormônio, leva ao desenvolvimento das gemas
laterais. Trata-se, portanto, de uma situação de direcionamento dos hormônios de crescimento.
9) a) O fenômeno evidenciado nas figuras é a dominância apical.
b) O hormônio envolvido nos processos de dominância apical é o ácido indolil-acético (AIA).
c) No gráfico, observa-se que as pequenas concentrações de AIA estimulam o crescimento das raízes,
mas não causam efeito sobre as gemas laterais e apicais. As concentrações intermediárias desse
hormônio, por sua vez, inibem o desenvolvimento das raízes, estimulam as gemas laterais e têm pouco
efeito sobre a gema apical. Já as altas concentrações de AIA estimulam o crescimento da gema apical,
mas inibem o crescimento das raízes e das gemas laterais.
Comentário:
O ácido indolil-acético (AIA) é o principal representante natural da auxina, hormônio produzido
principalmente no meristema apical e transportado até as raízes de forma unidirecional. A retirada da
gema apical, conhecida como poda, reduz a concentração desse hormônio, promovendo a estimulação
das gemas laterais.
10) Soma = 36 (corretos: 04 e 32).
Comentário:
01) Através do gráfico, observa-se que, conforme a concentração de hormônios aumenta, há um
aumento da taxa de crescimento, mas somente até certo ponto. Após a concentração de 1 µg/L, diminui
o desenvolvimento do vegetal. Afirmativa incorreta.
Até essa concentração, que é a
concentração ótima, o hormônio estimula o
crescimento do vegetal.
02) Como mostrado no gráfico acima, em concentrações maiores que 1µg/L ocorre a inibição do
desenvolvimento do vegetal. Afirmativa incorreta.
04) Em concentrações entre 0,1µg/L e 10 µg/L (100 x 0,1), as plantas atingem tamanho médio de 40
cm. Afirmativa correta.
08) Como mostrado no primeiro gráfico, a concentração de melhor desenvolvimento do vegetal é de
1µg/L. Afirmativa incorreta.
Sistema de Ensino CNEC
16) Um centésimo de 1 µg/L corresponde a 0,01 µg/L . Nessa concentração, a planta atinge cerca de 10
cm. São necessárias concentrações superiores para que o vegetal atinja pouco mais de 20 cm de
altura. Afirmativa incorreta.
Concentração de auxina
para que o vegetal alcance
20 cm.
32) Para a produção de espécies economicamente interessantes é necessário o conhecimento das
concentrações ótimas de hormônios, ou seja, as concentrações que irão permitir o desenvolvimento
máximo desses vegetais. Afirmativa correta.
11) a) A parte da flor que é estimulada pelos hormônios a se desenvolver em fruto é o ovário.
b) Os frutos gerados pela aplicação de hormônios, sem que haja polinização, são denominados
partenocárpicos e não apresentam sementes, enquanto que aqueles derivados da polinização possuem
sementes.
Comentário:
A auxina e a giberelina são os hormônios vegetais utilizados para a produção de frutos partenocárpicos.
12) C
Comentário:
A germinação de sementes depende da produção de giberelina. Assim, o uso desse hormônio estimula
a germinação da cevada e a produção do malte.
13) B
Comentário:
Na época em que os frutos estão amadurecendo, há o aumento da produção de etileno, um hormônio
gasoso que acelera o processo e as transformações que ocorrem durante o processo de
amadurecimento. Ao embrulhar bananas verdes em jornal, aumenta-se a concentração desse hormônio
próximo ao fruto, acelerando o processo.
14) Soma = 25 (01, 08 e 16)
Comentário:
01) As giberelinas atuam no alongamento e na divisão das células e, portanto, estimulam o crescimento
dos caules e das folhas, além de promoverem o desenvolvimento do ovário, produzindo frutos
partenocárpicos. Proposição correta.
02) A abertura das flores é ocasionada pela giberelina; a maturação dos frutos, pelo etileno; e o retardo
do envelhecimento das plantas, pela citocinina. Proposição incorreta.
04) Os hormônios podem ser produzidos em uma região da planta e atuarem em outra, como ocorre
com a auxina, produzida no meristema apical e transportada até as raízes de forma unidirecional com
gasto de energia, através das células do parênquima. Proposição incorreta.
08) O etileno é responsável por provocar a abscisão das folhas, flores e frutos, enquanto que a auxina
realiza o processo inverno, não permitindo a queda dessas estruturas. Proposição correta.
16) O principal efeito da auxina é o crescimento do caule e das raízes, que ocorre nos meristemas. No
entanto, cada órgão apresenta uma reação diferente em concentrações distintas desse hormônio.
Assim, concentrações que podem estimular o crescimento da raiz, podem inibir o do caule. Proposição
correta.
32) As raízes apresentam uma sensibilidade maior do que o caule em relação à concentração de
auxinas e, portanto, são necessárias concentrações menores para a indução das raízes do que do
caule. Proposição incorreta.
Sistema de Ensino CNEC
15) A
Comentário:
I) O ácido indolacético (AIA) – a principal auxina natural – é responsável pelo crescimento de raízes e
caules, mas tem funções distintas em cada órgão em virtude das diferentes concentrações desse
hormônio. Proposição correta.
II) As giberelinas são hormônios que têm grande efeito sobre caules e folhas, promovendo o seu
alongamento, mas possuem pequeno efeito sobre as raízes. Proposição incorreta.
III) As citocininas estimulam a divisão celular e o crescimento do vegetal, mas não necessitam da
presença de ácido abscísico para se tornarem efetivas.
CAPÍTULO 13 – Fatores ambientais determinam o crescimento e os movimentos das plantas
Exercícios de sala
1) A
Comentário:
Os tropismos são crescimentos em resposta a um estímulo, tais como luz (fototropismo), gravidade
(geotropismo ou gravitropismo), toque (tigmotropismo) e água (hidrotropismo).
Os nastismos são movimentos em resposta a um estimulo, como a luz (fotonastismo), o toque
(tigmonastismo ou seismonastismo).
Os tactismos são deslocamentos em resposta a um estímulo, como o quimiotactismo e o fototactismo.
Com isso, podemos relacionar cada item com a respectiva resposta:
I) O deslocamento do anterozoide em direção à oosfera corresponde ao quimiotactismo.
II) O crescimento do caule em direção à luz trata-se de um fototropismo.
III) O deslocamento da Euglena em direção à luz é um exemplo de fototactismo.
IV) o fechamento dos folíolos da dormideira quando tocada corresponde ao tignastismo ou
seismonastismo, visto que é um movimento.
V) O enrolamento de gavinha em um suporte corresponde a um crescimento em resposta ao “toque” e,
portanto, trata-se de um tigmotropismo.
VI) O crescimento do tubo polínico em direção ao óvulo corresponde a um quimitropismo.
2) Como o caule possui geotropismo negativo observa-se que, nas três plantas a raiz crescerá em
direção ao centro da terra (para baixo) e o caule crescerá na direção contrária (para cima). A substância
que atua nesse fenômeno é a auxina.
Comentário:
Nas três situações, observaremos a ocorrência de geotropismo ou gravitropismo. No caule, esse tipo de
tropismo é negativo, e nas raízes é positivo. Isso significa que, independente do modo que a planta seja
colocada, o caule cresce em direção oposta à gravidade e a raiz cresce em direção à gravidade. Isso
ocorre em virtude da auxina, que se concentra nas regiões mais baixas (em virtude da gravidade).
3) A plântula controle e a plântula II crescerão em direção à luz e este crescimento é determinado pela
concentração diferenciada de auxina no lado iluminado e não-iluminado do caule. Essa concentração
diferenciada é determinada pela luz que repele a auxina, fazendo com que essa acumule no lado nãoiluminado. A auxina é produzida no ápice do caule. Assim, nas situações em que o caule está exposto
(controle e plântula II), temos a presença de curvatura, e nas situações em que o ápice do caule está
coberto (I) ou cortado (III), não há diferenciação na concentração de auxina, por isso não ocorre
curvatura.
Comentário:
Esse experimento foi realizado por Charles Darwin e seu filho, que não souberam explicar os motivos
das reações diferentes das plantas à luz, apenas concluíram que tinha relação com o ápice do caule.
Hoje, sabe-se que a auxina, hormônio produzido pela ponta do caule na presença de luz, é responsável
pela curvatura do vegetal em direção à luz. Esse fitormônio é distribuído por todo o vegetal, mas é
repelido pela luz, direcionando-se para a direção oposta, onde a concentração fica maior. A maior
concentração desse hormônio provoca o alongamento das células. Assim, a parte não iluminada cresce
mais e o vegetal curva-se em direção à luz. No experimento, as plantas controle e II, por não terem
modificações no ápice, irão se curvar, enquanto que I e III não se sofrerão influência da luz.
Sistema de Ensino CNEC
4) O geotropismo acontece devido à diferença de concentração de auxina nos lados do caule. Como a
placa de mica é impermeável à auxina, não ocorre a migração desse hormônio do lado voltado para
cima para o lado voltado para baixo. Assim, nem o caule e nem a raiz apresentarão curvatura.
Comentário:
Quando o vegetal é colocado na horizontal, a auxina migra de acordo com a gravidade, ou seja,
movimenta-se para a parte mais baixa do vegetal, promovendo o crescimento do caule em direção
oposta à gravidade (para cima – geotropismo negativo) e da raiz em direção à gravidade (para baixo –
geotropismo positivo). No caso citado, como a mica é um mineral impermeável à auxina, ela impede
que esse hormônio se desloque e, consequentemente, impede que a planta apresente geotropismo.
5) A hipótese está errada, porque somente o coleóptilo I crescerá em direção à luz. Para que o
crescimento ocorra em direção a luz é necessário que a concentração de auxina que é produzida no
ápice do coleóptilo fique diferenciada no lado iluminado e no lado não-iluminado. Nos dois coleóptilos a
luz promove a migração da auxina para o lado não-iluminado. O problema é que no coleóptilo II a placa
de mica impede que o hormônio migre em direção à raiz aumentando muito sua concentração na parte
superior. Quando a concentração de auxina no caule (coleóptilo) é muito alta, inibe o crescimento do
órgão e, consequentemente, seu crescimento em direção à luz.
Comentário:
Órgãos diferentes de um vegetal apresentam reações diversificadas às concentrações de auxina. A raiz
alonga-se em concentrações baixas, mas esse alongamento é inibido em altas concentrações. Já o
caule, quando a concentração de auxina é intermediária, ele sofre alongamento, processo inibido em
altas concentrações.
Na situação descrita, a auxina migra para o lado não iluminado da planta. Na situação I, a auxina migra
para as raízes, ficando uma concentração menor nos coleóptilos, que crescem em direção à luz. Na
situação II, a placa de mica impede a migração do hormônio até as raízes, fazendo com que sua
concentração no coleóptilo aumente e seu alongamento seja inibido, de modo que não há crescimento
em direção à luz.
Exercícios propostos
6) C
Comentário:
Existem três tipos de movimentos vegetais: o tropismo (crescimento); o tactismo (deslocamento) e o
nastismo (movimentos). Existem vários tipos de tropismo: fototropismo (em resposta à luz), geotropismo
(em resposta à gravidade), quimiotropismo (devido à presença de alguma substância química) e
tigmotropismo (em resposta ao toque).
A abertura e fechamento dos estômatos ocorrem devido à quantidade de água nas células-guarda, o
que, por sua vez, depende da disponibilidade hídrica, da concentração de dióxido de carbono, entre
outros. Portanto, não se trata de um tropismo.
7) C
Comentário:
A finalidade do experimento realizado pelo astronauta foi demonstrar a ação da gravidade sobre o
crescimento das plantas de feijão, especificamente em relação ao graviotropismo (ou geotropismo),
visto que na Estação Espacial Internacional (ISS) não há gravidade. Na Terra, esse tipo de tropismo é
negativo no caule e positivo nas raízes.
8) B
Comentário:
I. O movimento dos folíolos corresponde a um tipo de nastismo – em particular, o tigmonastismo, em
resposta ao toque. Apesar de os folíolos dobrarem-se em direção oposta à da gravidade, não se trata
de um geotropismo. Afirmativa incorreta.
II. Os nastismos são movimentos não orientados independente da direção do estímulo, ou seja, o órgão
estimulado não se move com a intenção de se afastar ou se aproximar do agente estimulador. Assim, a
resposta será sempre a mesma e não é classificada em positiva ou negativa. Nessa situação, o toque
desencadeia o fechamento dos folíolos. Afirmativa correta.
III. O fechamento dos folíolos é decorrente do fato de o toque gerar um impulso elétrico, o qual provoca
a saída de íons potássio. Assim, a célula torna-se hipotônica e há saída de água por osmose, o que
torna a célula plasmolisada e provoca o fechamento dos folíolos. Afirmativa correta.
Sistema de Ensino CNEC
9) 1) A força da gravidade e a intensidade luminosa direcionam o crescimento dos órgãos vegetais para
cima ou para baixo do solo.
2) As auxinas são produzidas no ápice dos caules.
3) A poda consiste em retirada do ápice caulinar, local de produção da auxina, hormônio que inibe o
desenvolvimento das gemais laterais. Sem a auxina, as gemas laterais saem da dormência e formam
novos ramos, promovendo, assim, o crescimento lateral das plantas.
Comentário:
A gravidade provoca o crescimento das raízes para baixo (em direção à gravidade) e do caule para
cima, movimentos chamados de geotropismo positivo e negativo, respectivamente.
A intensidade luminosa provoca crescimento semelhante, no entanto as raízes têm fototropismo
negativo (crescem contra a luz) e o caule tem fototropismo positivo.
10) Soma = 49 (corretos: 01, 16 e 32).
Comentário:
01) O fototropismo corresponde a um movimento em resposta à presença de luz. O caule cresce em
direção à luz (fototropismo positivo), enquanto que a raiz cresce em direção oposta (fototropismo
negativo). Item correto.
02) O geotropismo é regulado apenas pela ação das auxinas. Item incorreto.
04) Os estômatos, estruturas responsáveis pela troca gasosa nos vegetais, sofrem influência da energia
luminosa: na presença de luz, ocorre fotossíntese e, consequentemente, a concentração de CO2 é
baixa. Quando a luminosidade é baixa, há acúmulo de CO2, o que provoca acidificação do meio,
provocando o fechamento dos estômatos. Item incorreto.
08) Fotossíntese e respiração não são processos controlados por hormônios. A transpiração é
controlada, visto que, em situações de carência hídrica, o vegetal libera ácido abscísico, o qual provoca
fechamento dos estômatos e, como consequência, há redução da transpiração. Item incorreto.
16) Variações de temperatura provocam a desnaturação de proteínas – entre elas as enzimas –, o que
pode retardar processos metabólicos que ocorrem nas células, como fotossíntese e respiração. Item
correto.
32) A liberação de ácido abscísico e o fechamento dos estômatos em situações de carência hídrica são
importantes para evitar a desidratação do vegetal, o que pode levá-lo à morte. Item correto.
Sistema de Ensino CNEC
GABARITO COMENTADO – BIOLOGIA
3 série do Ensino Médio – Revisional 2012
Diversidade da vida – Volume 1
a
CAPÍTULO 1 – A diversidade biológica
Exercícios de sala
1) A
Comentário:
De acordo com a figura, observamos que o número de procariontes (bactérias) é inferior ao número de
eucariontes unicelulares (todos os protozoários, algumas algas e alguns fungos). Portanto, a alternativa
a está incorreta.
2) A
Comentário:
A ordem decrescente de diversidade biológica é I-II-III. Quando consideramos a fauna e a flora da Mata
Atlântica, observamos a maior diversidade, pois há organismos vivos de todas as espécies. Na Floresta
Amazônica, a diversidade é menor, já que o exercício considera apenas a sua fauna. O conjunto de
cactos da caatinga é o de menor diversidade biológica, porque se considera apenas um grupo restrito
de seres vivos de uma região semi-árida, que possui pequena biodiversidade.
3) a) Carnívora, Felidae e Panthera correspondem aos táxons ordem, família e gênero,
respectivamente.
b) Todos os animais citados pertencem ao mesmo filo (filo Chordata).
c) Existe mais semelhança entre o cão e o lobo, já que ambos permanecem juntos no gênero. Toirão e
lontra pertencem à mesma família, mas não ao mesmo gênero.
Comentário:
a) A sequência dos táxons, do mais abrangente para o mais específico, é: reino, filo, classe, ordem,
família, gênero e espécie. No esquema, a primeira linha, abaixo das imagens dos animais, representa a
espécie (ex: Panthera pardus). A linha abaixo se refere ao gênero (ex: Panthera); abaixo, à família, que
possui a terminação –idae (ex: Felidae); seguido de ordem (ex: Carnívora).
b) Como todos pertencem à Ordem Carnívora, todos os táxons acima de ordem também são os
mesmos, ou seja, reino, filo e classe.
c) Para determinar maior ou menor parentesco, deve-se analisar o número de táxons em comum entre
as duas espécies comparadas. Quanto maior o número de táxons em comum, maior o parentesco.
4) C
Comentário:
Apenas animais da mesma espécie podem cruzar entre si e gerar descendentes férteis. De acordo com
o sistema trinomial, o primeiro nome refere-se ao gênero, o segundo (desconsiderando-se o nome entre
parênteses, que se refere ao subgênero) refere-se à espécie, e o terceiro nome, à subespécie. As
subespécies, embora representem raças diferentes, pertencem à mesma espécie e podem, em
ambiente natural, cruzar-se e gerar descendentes férteis.
Portanto, Equus (Quagga) quagga antiquorum apenas não poderá gerar descendentes férteis cruzandose com Equus (Quagga) mauritanicus, pois são de espécies diferentes (seus epítetos específicos –
antiquorum e mauritanicus são diferentes). As demais alternativas apresentam animais da mesma
espécie, porém de diferentes subespécies.
5) B
Comentário:
A classificação de Whittaker engloba os seres vivos em cinco reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae e
Animalia. Já Carl Woese fez a proposta da divisão dos seres vivos em três domínios: Bacteria, Archaea
e Eukarya. O reino Monera está dividido nos domínios Bacteria e Archaea, enquanto que os demais
reinos estão todos englobados no domínio Eukarya. Portanto, todo protista é pertencente ao domínio
Eukarya, mas nem todo Eukarya é protista.
Sistema de Ensino CNEC
6) C
Comentário:
Bacteria inclui todas as eubactérias, Archaea inclui as arqueobactérias (bactérias que vivem em
ambientes extremos e que diferem celular e ultraestruturalmente das eubactérias) e Eukarya engloba
todos os organismos eucariontes. Sabe-se que existem mais semelhanças do que entre os domínios
Archaea e Eukarya, visto que eles possuem um ancestral comum mais recente, quando comparamos os
domínios Archaea e Bacteria.
Exercícios propostos
7) B
Comentário:
Entende-se por biodiversidade ou diversidade biológica toda a variedade de vida no planeta Terra
(independente do Reino a que pertence), incluindo, ainda, a variedade genética presente nas diversas
populações e espécies.
8) B
Comentário:
De acordo com o sistema binomial das espécies proposto por Lineu, o primeiro nome refere-se ao
gênero e os dois nomes juntos correspontem à espécie. Portanto, as aves relacionadas compreendem
três gêneros (Ara, Amazona e Aratinga). Cada um deles apresenta três espécies diferentes – já que o
epíteto específico (o segundo nome) é diferente para todos. Assim, temos nove espécies.
9) a) Todos os animais citados pertencem ao gênero Felis.
b) Todos os gatos domésticos são designados por um mesmo nome científico porque todos pertencem
à mesma espécie, embora sejam de subespécies (raças) diferentes.
c) Esses animais pertencem à família Felidae, pois o nome da família é dado pelo nome do gênero
acrescido do sufixo IDAE.
Comentário:
No sistema binomial proposto por Lineu para a nomenclatura de espécies, o primeiro nome refere-se ao
gênero, e o segundo, ao epíteto específico.
Quando dois organismos pertencem à mesma espécie, eles têm o mesmo nome científico – como no
caso dos gatos, em que todos são da espécie Felis catus – e podem se cruzar, gerando descendentes
férteis, apesar de algumas diferenças aparentes, como nas diversas raças de gatos.
10) D
Comentário:
O sistema de classificação de Whittaker é baseado na organização celular (uni ou pluricelular;
procarionte ou eucarionte), no tipo de nutrição (autótrofo ou heterótrofo) e nas interações entre os seres
vivos nos ecossistemas.
11) a) A atmosfera de Marte deveria ter os gases amônia, metano, hidrogênio e vapor d’água. Esses
gases, em temperaturas adequadas, com as descargas elétricas e radiações poderiam reagir, formar as
primeiras moléculas orgânicas e os primeiros seres vivos.
b) Os representantes do Reino Monera são unicelulares e procariontes, não apresentam carioteca, nem
organoides membranosos. O único organoide citoplasmático presente é o ribossomo. Os protistas
podem ser uni ou pluricelulares, são eucariontes, pois apresentam o núcleo organizado, com envoltório
membranoso (carioteca) e nucléolo, ribossomos e vários organoides membranosos.
Comentário:
É importante perceber que a questão solicita as condições existentes na Terra primitiva para a origem
da vida. Assim, caso elas sejam encontradas em outro local, seria possível o surgimento da vida. Essas
condições são de acordo com a teoria de Oparin e Haldane, teoria mais aceita para a origem da vida.
12)
I)
Característica
Multicelularidade
RNA ribossomal
Envoltório nuclear em suas células
Nível
E
A
E
Sistema de Ensino CNEC
Membrana plasmática
Citoesqueleto
II)
A
E
Reinos propostos por Whittaker
Monera
Protista
Fungi
Plantae
Animalia
Domínio(s)
Archaea e Bacteria
Eukarya
Eukarya
Eukarya
Eukarya
Comentário:
I) A multicelularidade aparece somente nos reinos Fungi, Plantae e Animalia, ou seja, no Domínio
Archae (nível E).
Como o ribossomo é a única organela presente em todos os seres vivos, sugere-se a sua existência no
ancestral. Assim, o RNA ribossomal aparece, inicialmente, no nível A.
O envoltório nuclear é uma das características que define uma célula como eucariótica. Essa
característica está presente apenas no domínio Eukarya (nível E).
A membrana plasmática está presente em todos os seres vivos e, portanto, também no ancestral (nível
A).
O citoesqueleto corresponde à sustentação da célula e está presente somente nas células eucarióticas
(nível E).
II) De acordo com a proposta de Woese, o Reino Monera está dividido nos domínios Bacteria e
Archaea. Já os demais reinos (Protista, Fungi, Plantae e Animalia) estão englobados no domínio
Eukarya.
CAPÍTULO 2 – Vírus: apesar de pequenos...
Exercícios de sala
1) A classificação dos vírus mais adequada está descrita em III; dos viroides, em II; e dos príons, em I.
Comentário:
Os vírus, formados basicamente por ácidos nucleicos protegidos por uma cápsula, são capazes de
infectar células e de produzir proteínas dentro dessas. Assim, dependem do metabolismo celular para a
produção de novos vírus.
Os viroides, moléculas de RNA sem proteção proteica, conseguem penetrar nas células, infectando-as.
Os príons são moléculas de proteína capazes de invadir células e de transformar proteínas normais em
novos príons.
A descrição IV, devido à presença de metabolismo, corresponde a qualquer ser vivo.
2) D
Comentário:
O código pode ser comparado ao material genético do vírus e não às proteínas do capsídeo.
3) a) A falta de saneamento básico e as péssimas condições de habitação e de higiene contribuíram
para a proliferação dessas epidemias.
b) O controle da febre amarela é mais fácil porque, para preveni-la, existe vacina, o que impede que os
vírus completem seu ciclo de vida.
c) O clima do Rio Grande do Sul, com temperaturas baixas, não é favorável à proliferação do vetor.
Comentário:
É importante lembrar que o foco de criação das larvas do Aedes é a água limpa e parada. Portanto, é
necessário, a cada verão, na época das chuvas, que se faça uma busca preventiva pelos focos de
dengue, para se evitar uma nova epidemia, ou seja, o aumento exagerado do número de casos.
4) B
Comentário:
Sistema de Ensino CNEC
De acordo com o texto, nos últimos anos, ocorreram poucos casos de sarampo no Brasil, sendo que
desses, os últimos dez são relacionados à importação do vírus, ou seja, pessoas que se contaminaram
fora do Brasil ou que tiveram contato com pessoas que contraíram o vírus no exterior.
5) B
Comentário:
No calendário nacional de vacinas, é administrada a vacina tríplice viral SCR, a qual previne contra
sarampo, caxumba e rubéola. Para as pessoas que não são vacinadas e que irão viajar para locais de
risco, é indicado que a vacina seja administrada alguns dias antes da viagem, para que haja tempo de o
organismo produzir os anticorpos e, principalmente, os linfócitos B de memória.
Entre os sintomas iniciais do sarampo, inclui-se febre e exantema (lesões avermelhadas na pele),
seguidos de tosse, de coriza e/ou de conjuntivite.
Exercícios propostos
6) Os vírus podem ser considerados seres vivos, porque apresentam capacidade de reprodução e de
sofrer mutação. Os argumentos contrários à sua classificação como ser vivo referem-se à ausência de
organização celular e de metabolismo próprio.
Comentário:
É importante lembrar que ainda não há consenso sobre a classificação dos vírus como seres vivos ou
como não vivos.
7) D
Comentário:
Cada vírus ataca uma célula ou um grupo de células específico; por isso, são chamados de parasitas
específicos. Assim, os bacteriófagos são os vírus que infectam bactérias, os micófagos infectam fungos,
as plantas são infectadas pelos fitófagos, e os animais são parasitados pelos zoófagos.
O alternativa f, que apresenta I.R., corresponde a “ignoro a resposta”.
8) A
Comentário:
Como os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, eles necessitam de células para a sua
multiplicação. Portanto, para cultivo de vírus em laboratório, são utilizados ovos fertilizados de galinha,
visto que esses possuem maior quantidade de células em processo de divisão.
9) C
Comentário:
Uma das características dos vírus que os impede de serem classificados como seres vivos é a ausência
de metabolismo. Assim, eles necessitam do metabolismo celular para a sua multiplicação. Portanto,
para manter células em cultura e infectá-las, é necessário fornecer os nutrientes necessários para que a
célula produza ATP para ela e para o vírus.
10) E
Comentário:
Os vírus, apesar de acelulares e de dependerem de outras células para a sua multiplicação, têm rápida
taxa de replicação e, também, de mutação. Assim, observa-se uma grande variabilidade genética,
mesmo considerando-se um único tipo de vírus. Essas características são importantes, pois muitas
vezes dificultam a produção de vacinas específicas, como é o caso do vírus HIV e o vírus da gripe (por
isso a necessidade de vacinação anual).
11) D
Comentário:
O vírus da raiva é um retrovírus transmitido tanto por animais domésticos, como os cães e os gatos,
quanto por animais selvagens, como os morcegos.
A febre aftosa também é causada por um retrovírus. No entanto, sua transmissão ocorre através do
contato direto com animais infectados e com secreções corporais.
A gripe aviária é transmitida por meio do ar, do contato direto com secreções ou pela água e pelos
alimentos contaminados.
Sistema de Ensino CNEC
A leishmaniose, ao contrário das demais doenças, é causada por protozoários do gênero Leishmania,
transmitidos pela picada do mosquito dos gêneros Phlebotomus ou Lutzomyia (mosquito-palha).
12) D
Comentário:
I. A dengue é causada por diferentes tipos de vírus transmitidos pela picada do mosquito Aedes. Em
virtude dos diferentes tipos de vírus, explicam-se casos mais ou menos graves da doença. Item correto.
II. Apesar de constantes estudos, ainda não está disponível uma vacina da dengue. Item incorreto.
III. O número de casos de dengue aumenta durante o período chuvoso em virtude da maior quantidade
de água limpa e parada – local utilizado pelo inseto transmissor para a sua reprodução. Item correto.
IV. A dengue é causada por vírus, e não por protozoário. Item incorreto.
V. É importante que se combata o mosquito para reduzir o número de casos de dengue. Item correto.
13) B
Comentário:
A maneira mais eficaz de se prevenir a infecção por HPV é o uso de camisinha, visto que sua principal
forma de transmissão é via sexual. No entanto, eventualmente o vírus pode estar instalado em áreas
não protegidas pela camisinha e, consequentemente, ocorrer a transmissão do vírus. Atualmente, a
vacina contra o HPV está disponível apenas na rede privada de saúde e deve ser aplicada dos 9 aos 26
anos de idade (quanto mais precoce possível).
14) a) O HPV causa o câncer de colo de útero, e sua incidência é maior entre as mulheres de países
pobres.
b) O método de prevenção é o uso do preservativo (camisinha), já que o vírus é transmitido por relação
sexual.
Comentário:
O vírus HPV é sexualmente transmitido e pode causar desde verrugas comuns até lesões mais graves
que, caso não sejam tratadas, evoluem para câncer de colo do útero.
15) E
Comentário:
A vacina contra o HPV deve ser aplicada entre 9 e 26 anos de idade, pois se busca a imunização de
mulheres que ainda não tenham tido contato com o vírus. Não é correto afirmar que, após essa idade, a
mulher não pode se contaminar nem corre o risco de desenvolver câncer de colo de útero.
16) C
Comentário:
Estão corretas as afirmativas III e V. As afirmativas I e II estão incorretas, já que a varíola poderia
infectar tanto brancos quanto nativos da mesma maneira. A afirmativa IV está incorreta, porque a
varíola está controlada na América do Sul.
17) D
Comentário:
Considerando-se que o vírus híbrido possui material genético de H3N2, ele será inoculado na célula e
fará novos vírus, todos com material genético e capa proteica referentes a esse vírus, o da gripe
humana comum. Assim, essas galinhas não representam riscos de serem transmissoras da gripe
aviária, visto que não produzem esse vírus.
18) Esses animais assintomáticos funcionariam como reservatórios da doença, tornando o controle
ainda mais difícil.
Comentário:
É importante lembrar que os animais resistentes não possuem o vírus em seu organismo, eles apenas
não apresentam sintomas. Assim, eles funcionam como reservatórios da doença.
19) C
Comentário:
Os vírus têm alta capacidade de mutação, o que dificulta a produção de vacinas, ou “exigem” que sejam
tomadas de tempos em tempos, como a vacina da gripe.
Sistema de Ensino CNEC
O fato de os vírus serem parasitas intracelulares obrigatórios não gera problemas para a produção de
vacinas, mas pode inviabilizar a produção de remédios para o tratamento de doenças virais.
20) a) Paciente A, visto que todos os ensaios com a enzima na presença dos inibidores apresentam
uma concentração de produto por minuto (9-11 mM/min) próxima à concentração observada com a
enzima sem inibidor (10 mM/min), evidenciando a ineficiência destes em inibir a atividade catalítica da
HIV-RT.
b) O paciente C pode ser tratado com qualquer um dos inibidores, visto que todos os ensaios com a
enzima na presença dos inibidores apresentam uma menor concentração de produto por minuto (0.01-1
mM/min), em comparação com a enzima sem inibidor (8 mM/min), evidenciando a capacidade destes
em inibir a atividade catalítica da HIV-RT.
c) O gene que codifica esta proteína no vírus sofre mutação, resultando na formação de enzimas que
continuam transformando o substrato em produto, mas não sofrem a ação dos inibidores.
Comentário:
Para identificar os pacientes cuja enzima é resistente ou sensível ao inibidor, deve-se comparar os
resultados obtidos sem o inibidor e na presença dos diferentes inibidores. Se o resultado for
semelhante, conclui-se que o inibidor não é eficiente. Ao contrário, se o resultado for muito inferior ao
observado na ausência do inibidor, conclui-se que ele é eficaz.
É importante perceber que é necessário saber a atividade na ausência do inibidor, para fins de
comparação. Esse grupo atua, então, como um grupo controle.
CAPÍTULO 3 – As bactérias são campeãs da evolução
Exercícios de sala
1) a) Tubo A: anaeróbias facultativas
Tubo B: microaerófilas
Tubo C: anaeróbias estritas
Tubo D: aeróbias
b) No gráfico, a curva horizontal é a da cultura A; a decrescente é a da C; a crescente é a da D e a do
ótimo em concentração 10 é a da cultura B.
c) O tubo C, pois contém uma cultura de bactérias anaeróbias estritas, como é o caso da intoxicação
botulínica.
Comentário:
a) A bactéria do tubo A é anaeróbia facultativa, pois o seu crescimento foi uniforme ao longo de todo o
tubo de ensaio. No tubo B, temos um exemplo de bactéria microaerófila, que apresentou maior
crescimento na porção intermediária do tubo, onde a concentração de oxigênio é baixa, mas não nula.
O tubo C contém um exemplo de bactéria anaeróbia estrita, já que seu crescimento ficou concentrado à
parte inferior do tubo, onde a concentração de oxigênio é mínima. No tubo D, temos bactérias aeróbias,
cujo crescimento ficou restrito à parte do tubo de ensaio com maior oxigenação (parte superior).
b) A cultura A corresponde à curva horizontal do gráfico, pois o crescimento populacional permaneceu
constante mesmo com variações na concentração de oxigênio. A cultura B corresponde à curva com
concentração ótima em 10, porque apresentou bom desenvolvimento na presença de uma taxa média
de oxigênio. A cultura C corresponde à curva decrescente, pois a população diminui à medida que
aumentou a concentração de oxigênio. Já a curva D corresponde à curva crescente, na qual a
população aumenta à medida que aumenta a concentração de oxigênio.
c) A bactéria que vitimou o cão foi retirada de uma lata fechada, portanto, de um ambiente anaeróbio, o
que nos leva à bactéria da cultura C. Como exemplo de bactéria anaeróbia causadora de intoxicações
alimentares, podemos citar Clostridium botulinum, cujas toxinas causam o botulismo, intoxicação grave
de origem alimentar, caracterizada por fraqueza e paralisia.
2) a) Pneumonia, tuberculose e difteria são doenças tratadas com antibióticos. Além dessas,
poderíamos citar peste bubônica e faringite.
b) As bactérias são fermentadoras, podendo participar da produção de iogurtes; algumas vivem em
nosso intestino, produzindo vitamina K, e muitas são decompositoras.
Comentário:
Apenas as doenças causadas por bactérias podem ser tratadas por antibióticos.
Sistema de Ensino CNEC
3) A
Comentário:
As algas azuis – ou cianofíceas ou cianobactérias – são micro-organismos responsáveis pela fixação do
nitrogênio atmosférico. Poucos são os organismos capazes de realizar essa fixação, apesar de todos
necessitarem de nitrogênio, presente em diversas moléculas orgânicas, como os ácidos nucleicos e
ATP. Assim, o cultivo do arroz em áreas alagadas torna-se produtivo após o surgimento dessas algas.
4) B
Comentário:
O antibiograma em questão é válido somente para a bactéria X. Analisando-o, percebemos que os
antibióticos 1 e 4 são os mais eficazes, seguidos do antibiótico 2. Já 3 e 5 não demonstraram halo
transparente sobre a superfície do meio, mostrando que não são eficazes no tratamento dessa bactéria
específica. Isso não significa que não possam ser utilizados no controle de outras infecções
bacterianas.
5) B
Comentário:
As arqueobactérias diferem-se das bactérias e das cianofíceas devido à composição variada da
membrana plasmática. Nas arqueobactérias, a membrana é formada por ácidos graxos ligados ao
glicerol através de ligaçao éter, enquanto que, nas bactérias, a ligação presente é éter.
Exercícios propostos
6) E
Comentário:
Observa-se que as doenças presentes em maior porcentagem referentes à legenda verde, como
tuberculose, pneumonia, difteria e poliomielite, são aquelas relacionadas a países mais pobres e com
baixa expectativa de vida. Já as doenças presentes em maior quantidade na legenda branca, como
cardiovascular, renal e câncer, estão presentes em países com maior expectativa de vida. Nenhuma
das doenças listadas têm relação com temperatura ou com saneamento básico.
7) Soma: 23
Comentário:
Estão corretas as afirmativas 01, 02, 04 e 16.
As cianofíceas e as bactérias são organismos procariontes que pertencem ao reino Monera. Diferem
entre si devido à presença da clorofila nas primeiras, as quais estão presentes em menor quantidade
dentro do reino. Considerando essas informações, os itens 01, 02, 04 a 16 estão corretos, enquanto que
08 e 32 estão incorretos.
8) C
Comentário:
Os genes que conferem à bactéria resistência aos antibióticos estão presentes nos plasmídeos,
moléculas circulares de DNA. Através da conjugação, pode ocorrer troca de plasmídeos entre bactérias,
aumentando, assim, o número de bactérias resistentes a determinado antibiótico.
9) a) Os antibióticos mais indicados são os de número 1 e 4, pois ambos conseguiram inibir, com
eficácia, o crescimento bacteriano.
b) Esses antibióticos podem atuar inibindo a reprodução (através do bloqueio na síntese de DNA), o
metabolismo da bactéria (através do bloqueio da síntese proteica) e até mesmo sua morte (através do
rompimento da parede celular).
Comentário:
A análise de um antibiograma é realizada por meio da verificação do tamanho dos halos ao redor dos
discos dos antibióticos. Quanto maior o halo, mais eficiente é o antibiótico para a bactéria em questão.
Nessa situação, os antibióticos 1 e 4 são as mais eficazes.
10) E
Comentário:
Sistema de Ensino CNEC
AIDS, rubéola, sarampo, caxumba, febre amarela e poliomielite são exemplos de doenças causadas por
vírus. Tétano, sífilis, peste bubônica, tracoma, coqueluche, hanseníase, cólera e tuberculose são
doenças causadas por bactérias. A meningite pode ser tanto viral quanto bacteriana.
11) A
Comentário:
Os itens I e II estão incorretos. Em I, a resistência apresentada por alguns bacilos refere-se,
principalmente, ao uso indiscriminado de antibióticos, que selecionam bactérias resistentes a eles. Em
II, a vacina consiste em injeção de antígenos atenuados que estimulam a produção de anticorpos e a
produção de memória imunológica – e não diretamente de anticorpos.
Os itens III e IV estão corretos.
12) A penicilina atuou como um fator de seleção natural, ou seja, seu uso crescente propiciou um
processo de seleção capaz de favorecer as cepas resistentes, cuja frequência aumentou com o tempo.
Comentário:
É importante salientar que a produção da penicilinase (enzima que quebra a penicilina) foi anterior à
utilização do antibiótico, já que essa substância apenas selecionou os organismos que produzem essa
enzima e, portanto, inibem a atuação do antibiótico.
13) E
Comentário:
Todas as doenças citadas – cólera, rotavírus, hepatite A e febre tifoide – são transmitidas por meio da
ingestão de água e/ou alimentos contaminados.
14) A febre maculosa é causada por uma bactéria (Rickettsia rickettsii) e transmitida por um carrapato
(Amblyomma cajennense). As medidas de prevenção contra a doença incluem evitar contato com
animais domésticos e usar carrapaticidas.
Comentário:
É importante lembrar que o carrapato necessita de algumas horas de aderência à pele para que a
bactéria seja transmitida ao hospedeiro. Assim, após a exposição a ambientes infestados, é necessário
que haja uma inspeção rigorosa do corpo e a remoção cuidadosa dos carrapatos aderidos à pele.
15) a) As ilustrações referem-se à peste bubônica, enquanto a charge refere-se também à febre
amarela.
b) A frase relaciona-se à peste bubônica, que é causada por uma bactéria transmitida por meio picada
da pulga do rato.
Comentário:
O quadro O Triunfo da Morte retrata o horror vivido na Europa diante da peste, epidemia que reduziu
pela metade a população no século XVI. Já a charge refere-se à febre amarela, em particular à
campanha, ocorrida no Rio de Janeiro, contra essa doença.
A frase refere-se à peste bubônica, cuja transmissão ocorre por meio da picada da pulga do rato. A
transmissão da febre amarela se dá pela picada dos mosquitos Aedes e Haemagogus.
CAPÍTULO 4 – Reino protista: surgem os primeiros representantes do domínio Eukarya
Exercícios de sala
1) Soma: 106
Comentário:
Estão corretas as afirmações 02, 08, 32 e 64.
A afirmação 01 está incorreta, porque, no ciclo I, a fase dominante é a diploide, e no ciclo II é a
haploide.
A afirmação 04 está incorreta, porque, em I, a meiose é gamética ou final.
A afirmação 16 está incorreta, porque, no ciclo III, somente esporófito apresentam os cromossomos
homólogos, presentes apenas em organismos diploides.
2) C
Comentário:
Sistema de Ensino CNEC
As cianofíceas são algas procariontes unicelulares, portanto, pertencem ao Domínio Bacteria. Os
demais organismos são representantes do reino Protista (Domínio Eukarya).
3) B
Comentário:
As células acometidas pelo Trypanosoma cruzi são as células do miocárdio, as células do sistema
digestório e as células nervosas.
4) A
Comentário:
Conforme o segundo parágrafo texto, o Trypanosoma cruzi precisa atravessar a parede dos vasos
sanguíneos para chegar até suas células-alvo. Para isso, ele utiliza a enzima POPTc 80, capaz de corar
a grande quantidade de colágeno presente na matriz da parede dos vasos.
5) E
Comentário:
O uso de repelentes é eficaz contra doenças transmitidas por insetos, como a dengue e a malária, das
citadas na primeira opção. Como o exercício solicita as protozoonoses – doenças causadas por
protozoários –, descartamos a dengue, visto que ela é causada por vírus.
A construção de casas de alvenaria é eficaz na prevenção da doença de Chagas, pois evita a instalação
de barbeiros nas frestas das casas de pau a pique.
Os cuidados da água são importantes para prevenir todas as doenças de transmissão oro-fecal, tais
como giardíase, cólera e amebíase.
Considerando essas informações, a alternativa E completa todos os requisitos.
Exercícios propostos
6) a) As cianobactérias pertencem ao reino Monera. As clorofíceas e as crisofíceas pertencem ao reino
Protista, embora, em classificações anteriores, as clorofíceas estivessem enquadradas no reino Plantae
e as crisofíceas, no reino Protista.
b) Sim, essa água pode ser utilizada para o consumo humano porque esses organismos são
autotróficos e, portanto, não patogênicos.
Comentário:
É importante lembrar que uma água é considerada imprópria para o consumo e, até mesmo, para que
seja utilizada como recreação (por exemplo, para natação) quando há grande quantidade de
organismos patogênicos, ou seja, que podem causar doenças – principalmente ao ser humano. Em
geral, a qualidade da água é medida pela quantidade de coliformes fecais, bactérias geralmente
encontradas no trato digestório de muitos animais e que são eliminadas juntamente com as fezes. A
presença dessas bactérias em quantidades significativas indica o despejo de esgoto sem tratamento
que, por sua vez, determina que a água pode estar contaminada com outros organismos patogênicos
eliminados juntamente com as fezes, como a amebíase.
7) O sushi é um prato típico da culinária japonesa e, no seu preparo, certas espécies de algas são
usadas, como é o caso da nori (Porphyra). Por ser rico em vitamina C, esse organismo auxilia no
combate a uma doença carencial, denominada escorbuto. Esse organismo é constituído por células que
possuem, envolvendo a membrana plasmática, uma parede celular, formada por uma camada mais
interna e rígida de celulose e outra mais externa, mucilaginosa, composta dos polissacarídeos ágar e
carrageano (ou carragenina). Dentre as características consideradas importantes para a classificação
desses organismos, incluem-se os diferentes tipos de pigmentos/substâncias de reserva.
Comentário:
Para preencher às lacunas, é necessário um pouco de conhecimentos gerais – para relacionar o
preparo dos sushis ao uso de algas. Além disso, é necessário identificar que o escorbuto é causado
pela deficiência de vitamina C. Por ser uma alga, esse organismo possui uma parede celular (composta
de celulose) e uma parede mucopolissacarídea externamente. É importante, ainda, compreender que a
classificação dos diferentes tipos de algas baseia-se nos diferentes pigmentos e substâncias de
reserva, tais como fucoxantinas e carotenos (pigmentos).
8) C
Comentário:
Sistema de Ensino CNEC
Logo após a fecundação, o zigoto diploide sofre meiose e origina quatro esporos haploides. Observe,
através do desenho, que não há tempo para o crescimento desse zigoto diploide, pois logo após a sua
formação ele sofre meiose.
9) Soma: 22
Comentário:
Estão corretas as afirmações 02, 04 e 16.
A afirmação 01 está incorreta, pois nem todos os protozoários são parasitas do homem ou de outros
seres vivos. A afirmação 08 está incorreta, visto que a disenteria amebiana é causada pela ingestão de
água ou de alimentos contaminados, e não por picada de mosquitos. A afirmação 32 está incorreta,
porque os protozoários de ambiente aquático dulcícola é que apresentam vacúolo pulsátil.
10) D
Comentário:
A proposição I é incorreta, visto que existem alguns protozoários que habitam o corpo de outros seres
vivos, mas não são parasitas, e sim comensais ou mutualistas, como é o caso da Tryconinpha,
protozoário que vive no trato digestório dos cupins e é responsável pela digestão da celulose.
11) E
Comentário:
Divisão binária, brotamento e esquizogonia correspondem a tipos de reprodução sexuada.
A divisão binária ou cissiparidade corresponde a uma simples mitose de uma única célula, originando
dois organismos unicelulares idênticos.
O brotamento ou gemulação corresponde à formação de brotos ou gemas, que se separaram do
indivíduo originário e formam um novo organismo, idêntico ao progenitor.
A esquizogonia é uma divisão múltipla do núcleo, seguida da divisão do citoplasma.
Conjugação e fecundação são exemplos de reprodução sexuada realizada pelos protozoários. Na
conjugação, há troca de núcleos entre dois protozoários, enquanto que, na fecundação, há união de
gametas.
12) E
Comentário:
Os organismos citados – Plasmodium vivax, Plasmodium malariae e Plasmodium falciparum –
correspondem a três espécies diferentes pertencentes ao mesmo gênero (Plasmodium).
Consequentemente, todos os táxons superiores ao gênero (reino, filo, classe, ordem, família e gênero)
são iguais para as três espécies, como o Reino Protista. Além disso, ambos são endoparasitas
causadores da malária.
13) C
Comentário:
I. Uma doença é considerada endêmica quando há uma constância de casos em uma região. Quando o
número de casos supera os valores normais, torna-se uma epidemia, a qual pode se tornar uma
pandemia, caso atinja escalas mundiais. Nesse caso, a transmissão da doença de Chagas via oral pode
gerar o aumento do número de casos (epidemia) na região. Item correto.
II. Apesar da transmissão por ingestão não envolver a picada do barbeiro e a defecação no local, ela
ainda é dependente do vetor, visto que há necessidade da presença das fezes do barbeiro, até mesmo,
do próprio animal. Item incorreto.
III. A doença de Chagas pode levar uma pessoa à morte, mesmo que seja o primeiro contato com o
parasita. Há maior chance de morte na fase aguda, que ocorre logo após a infecção. Item incorreto.
IV. É necessário que existam outras pessoas infectadas com a doença de Chagas na cidade, pois o
barbeiro somente apresenta o protozoário após sugar sangue de outra pessoa infectada. Item correto.
14) a) A doença de Chagas é transmitida pelas fezes do barbeiro, depositadas próximas ao local da
picada; a doença do sono, pela picada da mosca tse-tsé (Glossina) e a leishmaniose, pela picada do
mosquito Lutzomia.
b) O transmissor adquire o parasita sugando o sangue de uma pessoa ou de um animal infectado.
c) Conhecer o genoma desses organismos pode levar ao desenvolvimento de novas formas de
tratamento.
Comentário:
Sistema de Ensino CNEC
É importante lembrar que a doença de Chagas é transmitida pelas fezes do barbeiro, e não pela picada
desse inseto. Quando o barbeiro realiza o repasto sanguíneo (suga sangue da pessoa), ele defeca no
local. Em suas fezes, estão presentes os protozoários, que entram no organismo quando a pessoa coça
o local da picada. Além disso, o homem pode adquirir a doença por outras formas menos usuais, como
a via oral (como ocorrido com o caldo de cana em Santa Catarina e com o suco de açaí no Pará), a
transfusão de sangue, o transplante de órgãos e a via placentária.
15) Soma: 05
Comentário:
Estão corretas as afirmações 01 e 04.
A afirmação 02 está incorreta, pois o hospedeiro intermediário do Trypanosoma cruzi corresponde ao
seu vetor, ou seja, é o barbeiro, um invertebrado. O hospedeiro definitivo é o homem, mas também
existem alguns reservatórios naturais, que atuam como hospedeiros definitivos, tais como o gambá, o
tatu e o macaco.
A afirmação 08 está errada, porque a forma mais comum de infecção é por fezes liberadas pelo
barbeiro contaminado durante o repasto sanguíneo.
A afirmação 16 está incorreta, pois o tratamento da doença de Chagas não é feito à base de antibióticos
(que são utilizados para combater infecções bacterianas). Apesar das pesquisas, ainda não existe cura
para a doença.
16) O Trypanosoma cruzi, para completar seu ciclo de vida, passa por dois tipos de organismos: um
inseto e um vertebrado, que pode ser o homem. Depois de ser depositado na pele, ele atinge a
circulação sanguínea e, a partir daí, invade tecidos como o músculo cardíaco, onde ocorrerá sua
reprodução. Os maiores problemas da parasitose são decorrentes da instalação do parasita nesse local
e em outros, como o esôfago e o estômago.
Comentário:
Os problemas relacionados à instalação do parasita em alguns órgãos devem-se à produção dos
chamados “megas”, ou seja, a hipertrofia desses órgãos. Em geral, ocorre a morte em decorrência de
insuficiência cardíaca.
17) D
Comentário:
Estão corretas as medidas profiláticas apresentadas em I e em II.
Como a leishmaniose é transmitida pela picada do mosquito-palha ou birigui (Lutzomia), a sua profilaxia
está relacionada com o combate a esse vetor e, também, ao controle de animais que funcionam como
reservatórios naturais do protozoário, tais como cães, dos quais o inseto pode contrair o parasita.
Não há nenhuma relação da doença com saneamento básico e higiene pessoal. Esses cuidados são
relacionados a doenças com transmissão oro-fecal.
18) A malária e a dengue são causadas por tipos diferentes de organismos, um protozoário
(Plasmodium sp) e um vírus (vírus da dengue), respectivamente. Por outro lado, ambas são
transmitidas pela picada de insetos: Anopheles sp e Aedes aegypti, respectivamente.
O aumento da temperatura pode aumentar o número de casos dessas doenças porque os mosquitos
apresentam maior capacidade de reprodução e de proliferação durante os períodos de temperatura
elevada.
Comentário:
Apesar de o exercício relacionar o aumento de casos nas regiões Sul e Sudeste do País, tem sido
observado, nos últimos anos, aumento dos casos de malária na região Norte. Isso ocorre em virtude do
crescente desmatamento da Amazônia e da migração dos insetos transmissores para as regiões
urbanizadas.
19) Os esporozoítos e merozoítos são selecionados porque esses são estágios extracelulares do
parasita. Nessa condição, esporozoítos e merozoítos encontram-se expostos ao sistema imune do
hospedeiro, diferentemente dos estágios intracelulares.
Comentário:
Ressalta-se que, apesar das diferenças entre as células do Plasmodium e dos seres humanos, ambos
possuem células eucarióticas e, portanto, muito semelhantes. Isso dificulta a criação de medicamentos
ou de antígenos capazes de atacar o Plasmodium que esteja no interior da célula, sem prejudicá-la.
Sistema de Ensino CNEC
20) Em regiões malarígenas, o genótipo heterozigoto (HbAHbS) confere vantagem adaptativa, pois os
indivíduos manifestam uma resistência ao plasmódio, apesar de manifestarem uma forma de anemia
falciforme mais branda. Os indivíduos homozigotos recessivos (HbSHbS) morrem devido à anemia, e os
homozigotos dominantes HbAHbA morrem devido à malária.
Comentário:
A situação descrita corresponde à seleção natural estabilizadora, na qual os fenótipos intermediários
são selecionados – no caso, HbAHbS, que gera apenas o chamado “traço falcêmico” (anemia leve que
não gera graves prejuízos ao seu portador).
CAPÍTULO 5 – Fungos, seus benefícios e seus prejuízos ao homem
Exercícios de sala
1) Os fungos são organismos que realizam a digestão extracorpórea e, para isso, liberam no ambiente
enzimas digestivas que, além de transformarem macromoléculas em moléculas menores, ainda
destroem os possíveis materiais encontrados no local.
Comentário:
É importante notar que, apesar de apresentar o aspecto negativo ao gerar prejuízos ao homem, essa
característica é importante, principalmente para os fungos responsáveis pela decomposição e pela
ciclagem da matéria ao longo das cadeias alimentares.
2) B
Comentário:
Os cogumelos correspondem aos basidiomicetos. Eles são os fungos mais conhecidos em virtude de
apresentarem o corpo de frutificação – chamado de basidiocarpo – na forma de cogumelo.
3) B
Comentário:
Das doenças citadas, difteria, tétano, botulismo e coqueluche são causadas por organismos
procariontes, ou seja, por bactérias. Somente a candidíase é causada por um organismo diferente – o
fungo Candida albicans. Esse fungo ataca, em geral, a região vaginal e causa ardor e coceira locais.
Apesar de ser, eventualmente, considerada uma DST, ela é, na maioria dos casos, decorrente da queda
da imunidade ou do crescimento anormal desse fungo, em virtude de roupas muito apertadas, como
calças jeans.
4) Nos fungos, quando não há reprodução sexuada, a variabilidade genética é decorrente,
exclusivamente, de mutação.
Comentário:
Na reprodução assexuada, a mutação – alteração aleatória na sequência de bases nitrogenadas do
DNA, principalmente durante a replicação – é a única fonte de variabilidade. Já na reprodução sexuada,
a variabilidade ocorre, também, em virtude de outros fatores, tais como crossing-over, segregação
independente dos cromossomos homólogos e fecundação.
5) Os liquens são formados por associações entre fungos e algas. A capacidade dos fungos de
decomporem substâncias orgânicas e de absorverem água, e a capacidade das algas de produzirem
matéria orgânica conferem aos liquens uma autossuficiência ímpar. Por isso, eles podem ser os
organismos pioneiros de um ecossistema.
Comentário:
É importante lembrar que os liquens correspondem a uma associação mutualística, de modo que há
uma dependência obrigatória entre a alga e o fungo que compõem esse “organismo”.
Exercícios propostos
6) E
Comentário:
“... Já no fim daquele ano o fungo começou a brotar do chão e os ventiladores foram desligados, mas
não adiantou – a bactéria inimiga continuou a avançar.” Fungos e bactérias pertencem a Reinos e a
Domínios diferentes. Enquanto os fungos pertencem ao Reino Fungi e Domínio Eukarya, as bactérias
são parte do Reino Monera e Domínio Bactéria.
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7) C
Comentário:
Apesar de o gabarito oficial da universidade considerar a alternativa C como correta, a alternativa A
também não apresenta nenhum erro.
No Filo Chytridiomycota, os zoósporos são esporos flagelados e, portanto, móveis. Além disso, assim
como todos os representantes desse Reino, eles possuem parede celular de quitina.
No Filo Basidiomycota, apenas os Basidiomicetes possuem corpo de frutificação na forma de cogumelo.
A ferrugem, também representante do filo, não possui forma de cogumelo.
8) D
Comentário:
A produção da cerveja ocorre utilizando-se fungos unicelulares da espécie Saccharomyces cerevisiae.
Através da fermentação alcoólica, esses organismos convertem a glicose em álcool etílico e gás
carbônico.
9) a) A linhagem usada é a de Saccharomyces carlsbergensis, pois índices mais baixos de CO2
significam também menor teor alcoólico.
b) O argumento é válido, pois a respiração libera mais CO2 por mol de glicose quando comparada à
fermentação alcoólica.
Comentário:
a) A reação da fermentação alcoólica é: C6H12O6  2 C2H5OH + 2 CO2 + 2 ATP. Logo, quanto maior a
produção de gás carbônico, maior a liberação de álcool. Como a cerveja brasileira tem menor teor
alcoólico, conclui-se que há menor liberação de gás carbônico e, portanto, utiliza a levedura pertencente
à espécie Saccharomyces carlsbergensis.
b) É importante lembrar que, ao aumentar a quantidade de leveduras respirando no meio de cultura, há
aumento da liberação de gás carbônico, mas não do teor alcoólico. Isso porque as leveduras são
organismos anaeróbios facultativos. Caso haja oxigênio no meio, elas realizarão respiração. Para que
haja fermentação, é necessário que sejam mantidas sem oxigênio.
10) A
Comentário:
Os liquens são associações mutualísticas entre um fungo e uma alga ou cianobactéria. Os fungos são
responsáveis pela manutenção da umidade necessária à sobrevivência dos dois organismos, enquanto
que a alga ou a cianobactéria realiza a fotossíntese, através da qual produzem alimento para ambos os
organismos.
CAPÍTULO 6 – Os vegetais e o início da ocupação do ambiente terrestre
Exercícios de sala
1) a) O surgimento de vasos condutores exerceu maior influência no tamanho do vegetal, pois permitiu
maior velocidade no transporte de seiva.
b) As sementes e os frutos permitiram maior dispersão. Os frutos atraem animais que ingerem as
sementes e as eliminam em locais distantes.
c) As sementes e o tubo polínico permitiram a independência da água. As sementes evitaram a
desidratação do embrião e o tubo polínico promoveu a fecundação dos gametas na ausência de água.
Comentário:
a) Os vasos condutores de seiva apareceram, pela primeira vez, nas pteridófitas. Os vegetais que
possuem esses vasos são chamados de vasculares.
b) A semente está presente nas gimnospermas e nas angiospermas – chamados, em virtude disso, de
espermatófitos. Os frutos estão presentes somente nas angiospermas.
c) Os vegetais que possuem tubo polínico – pteridófitas, gimnospermas e angiospemas – são
chamados de sifonógamos.
2) Sementes, flores e vasos condutores estão representados, respectivamente, pelos números II, III e I.
Comentário:
Sistema de Ensino CNEC
No cladograma apresentado, musgos, avencas, ciprestes e árvores frutíferas são representantes,
respectivamente, dos grupos briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Logo, I corresponde
aos vasos condutores de seiva; II à semente e III às flores.
3) D
Comentário:
Na figura, a seta A aponta a fase diploide (esporófito) e a seta B aponta a fase haploide (gametófito).
4) C
Comentário:
No ciclo de uma briófita, a partir do gametófito (indivíduo dominante), temos a seguinte sequência de
eventos: produção de gametas – fecundação – esporófito – produção de esporos – protonema.
5) a) A meiose ocorre em III.
b) As células a, b, c e d apresentam, respectivamente, 10, 10, 20 e 10 cromossomos.
Comentário:
No esquema representado, a geração 2n possui 20 cromossomos, enquanto que a geração n possui 10
cromossomos. Além disso, a geração 2n – esporófito – produz esporos (d) por meiose (III). Os esporos
germinam (IV) formando a geração n – gametófito –, a qual é responsável pela produção dos gametas
(a e b) através de mitose (I). Em seguida, ocorre a fusão dos gametas – fecundação (II) –, formando o
zigoto (c), o qual se desenvolve até formar o esporófito.
Exercícios propostos
6) B
Comentário:
Em relação à frase 1 do texto, pode-se afirmar que alimentação e abrigo não são necessidades apenas
das plantas, visto que os demais seres vivos também precisam desses requisitos. Além disso, as
plantas não precisam especificamente de alimentação, já que produzem seu próprio alimento. No
entanto, precisam de nutrientes essenciais ao seu metabolismo, como nitrogênio e fósforo.
A frase 2 está incorreta, pois o “sexo”, ou seja, a reprodução sexuada não está presente somente em
animais, visto que outros organismos, como vegetais e fungos, também apresentam essa característica.
A frase 3 também está incorreta, pois o afeto não está presente apenas nos bichos de estimação.
Muitos animais selvagens – como algumas espécies de macaco – apresentam relações de afeto e
companheirismo sem, no entanto, serem animais de estimação.
7) C
Comentário:
As fanerógamas – plantas com órgão reprodutor aparente – correspondem às gimnospermas e
angiospermas. Assim, essa característica está presente a partir do número 3.
8) A
Comentário:
O caule (fóssil 1) está presente a partir das pteridófitas. A flor (fóssil 2) é encontrada somente nas
angiospermas. Já as sementes (fóssil 3) são estruturas presentes em gimnospermas e em
angiospermas. Com essas informações, conclui-se que as hipóteses I, II e IV estão corretas. A
alternativa III está incorreta, pois, caso 2 e 3 pertençam à mesma plancta, ela deverá, obrigatoriamente,
ser uma angiosperma – devido à presença da flor.
9) E
Comentário:
A partir do texto e outros conhecimentos, conclui-se que a alternativa correta é a E. No texto, a
afirmação de que são plantas criptogâmicas e avasculares significa que elas têm órgãos reprodutores
escondidos (eliminando, assim, a alternativa D) e que não possuem vasos condutores de seiva – xilema
e floema (o que torna a alternativa C errada). Além disso, sabe-se que as briófitas não formam tecidos
verdadeiros e, portanto, têm apenas cauloide, filoide e rizoide (e não caule, folhas e raízes). Portanto, a
alternativa A também está errada. Por fim, as briófitas têm o gametófito (n) como fase dominante sobre
o esporófito (2n), informação que mostra a alternativa B também errada.
Sistema de Ensino CNEC
10) D
Comentário:
As briófitas – os vegetais mais simples existentes – apresentam pequeno porte, devido à ausência de
vasos condutores de seiva. Além disso, elas também não possuem caules, folhas e raízes. Em seu
lugar, existem estruturas análogas e delicadas, chamadas de cauloide, filoide e rizoide.
11) Assim como os anfíbios, animais vertebrados, as briófitas ocupam o ambiente terrestre, mas
limitadas ao terrestre úmido. As briófitas não apresentam estruturas que evitam a transpiração, e seus
gametas dependem da água para a ocorrência da fecundação.
Comentário:
Os anfíbios dependem da água tanto para a reprodução quanto para respiração cutânea (é necessário
que a pele permaneça constantemente úmida).
12) E
Comentário:
A samambaia é uma representante das pteridófitas. Nesse grupo vegetal, cada esporo (n), em
condições adequadas, germina e forma um gametófito monoico (n).
13) C
Comentário:
Os números de 1 a 6 correspondem, respectivamente, a: fronde, rizoma, esporângio, protalo, anterídeo
e arquegônio.
Fronde são as folhas compostas das samambaias. Rizoma é o caule subterrâneo. Esporângio é o local
de produção dos esporos. Protalo é o gametófito e tem a forma de coração. Anterídeo corresponde ao
gametângio masculino, dentro do qual são formados os anterozoides. Arquegônio é o gametângio
masculino, local de produção das oosferas. Para diferenciar o anterídeo do arquegônio (5 e 6),
observamos que os gametas masculinos saem de 5 – que é, portanto, o anterídeo – para a estrutura 6 –
o arquegônio.
14) a) Musgos e samambaias apresentam gametas masculinos flagelados (anterozoides) que precisam
nadar até encontrar os gametas femininos.
b) Os musgos são vegetais avasculares e, por isso, de pequeno porte. O transporte de água e
nutrientes se faz de célula a célula, por difusão. As samambaias são plantas vasculares de porte médio.
Nessas plantas, o transporte de água e de nutrientes é realizado por um sistema condutor representado
pelos vasos lenhosos e liberianos.
Comentário:
a) A independência da água só ocorreu após o surgimento do tubo polínico, nas gimnospermas.
b) Os vasos lenhosos (lenho ou xilema) são responsáveis pelo transporte de seiva bruta (água e sais
minerais), enquanto que os vasos liberianos (líber ou floema) transportam seiva elaborada (matéria
orgânica).
15) B
Comentário:
O esquema I está representando o ciclo reprodutivo de uma briófita, no qual a fase duradoura é a de
esporófito, e a fase transitória é a de esporófito. O esquema II representa o ciclo reprodutivo de uma
pteridófita, com o gametófito passageiro e o esporófito duradouro.
CAPÍTULO 7 – As gimnospermas e a conquista definitiva do ambiente terrestre
Exercícios de sala
1) A
Comentário:
O tubo polínico, estrutura que aparece primeiramente nas gimnospermas, é responsável pelo transporte
dos núcleos espermáticos até a micrópila do óvulo. Ele é originado a partir da célula do tubo, presente
no grão de pólen, estrutura com expansões aladas que é transportada exclusivamente pelo vento
(anemofilia). Assim, há independência da água para a fecundação.
2) a) A planta é conhecida como pinheiro e pertence ao grupo das gimnospermas.
Sistema de Ensino CNEC
b) O alimento obtido corresponde à semente.
Comentário:
Algumas pessoas leigas chamam o pinhão de semente. No entanto, por ser obtido de uma
gimnosperma, essa denominação é incorreta, visto que esse grupo vegetal apresenta semente nuas
(gimno = nuas; spermas = semente). O fruto está presente exclusivamente nas angiospermas.
3) E
Comentário:
Cromossomos homólogos são aqueles que possuem o mesmo tamanho, a mesma forma e a mesma
posição do centrômero, além de terem os mesmos genes, cujos alelos podem ser iguais ou diferentes.
Para que uma célula tenha cromossomos homólogos, ela precisa ser diploide. Nas gimnospemas, os
esporângios – estruturas presentes nos cones ou estróbilos – são estruturas diploides. Em seu interior,
ocorre a formação, por meio de meiose, de esporos masculinos ou micrósporos, os quais originam o
grão de pólen, por meio de mitose.
4) B
Comentário:
Nas gimnospermas, o transporte do grão de pólen até a micrópila (abertura) do óvulo – denominado de
polinização – ocorre exclusivamente pelo vento (anemofilia). Após a polinização, ocorre a germinação
do grão de pólen ou gametófito masculino, que origina duas estruturas: o tubo polínico e o gameta
masculino (núcleo espermático ou gamético). O tubo polínico cresce em direção à oosfera e, em
seguida, ocorre a fecundação, formando o zigoto que, por sua vez, desenvolve-se para formar o
embrião. Enquanto isso, o gametófito feminino acumula reservas nutritivas, formando o endosperma
primário ou albúmen; e o tegumento do óvulo forma a casca, um envoltório protetor. O conjunto casca,
embrião e endosperma forma a semente. Com essas informações, percebemos que as alternativas a e
d estão incorretas, enquanto que a alternativa b está correta.
Além disso, nas gimnospermas, o esporófito representa a fase dominante e o gametófito, a fase
transitória. Sabe-se, ainda, que os gametas masculinos não são flagelados – condição presente nos
grupos vegetais que dependem da água para a reprodução, a saber: briófitas e pteridófitas.
5) A
Comentário:
Os pinhões correspondem à semente das araucárias. Ao serem enterradas e, posteriormente, não
encontradas, ocorre a germinação da semente, originando um novo indivíduo. Assim, a gralha-azul
contribui para a dispersão da araucária.
Exercícios propostos
6) a) A presença de sementes e tubo polínico tornou possível a independência da água para a
fecundação.
b) As sementes evitam a desidratação do embrião e o tubo polínico transporta o gameta masculino até
o gameta feminino.
Comentário:
É importante lembrar que essas estruturas estão presentes somente nos vegetais superiores, ou seja,
nas gimnospermas e nas angiospermas. As briófitas e as pteridófitas são dependentes da água para a
reprodução.
7) a) As araucárias pertencem ao grupo das gimnospermas. O maior porte é possibilitado, devido à
presença de vasos condutores (...são plantas vasculares,...).
b) A polinização artificial permite a fecundação cruzada, com isso, há aumento da variabilidade
genética.
Comentário:
a) As pteridófitas são os primeiros vegetais a possuírem vasos condutores de seiva – xilema, que
transporta seiva bruta, e floema, que transporta seiva elaborada. Assim, a seiva pode ser transportada a
distâncias maiores, permitindo que o vegetal tenha maior porte. Nas briófitas – como os musgos – não
existem esses vasos, de modo que o transporte de seiva é realizado célula a célula, através de difusão,
o que limita o tamanho do vegetal.
Sistema de Ensino CNEC
b) A fecundação cruzada refere-se à fecundação de uma planta por outra diferente. Conforme citado no
texto, a importância desse processo é permitir a polinização de uma planta, utilizando-se grãos de pólen
de plantas distantes e, assim, aumentando a variabilidade genética.
8) B
Comentário:
As plantas femininas das araucárias produzem estróbilos ou cones femininos, nos quais há produção,
ao final do processo, do gameta feminino (oosfera). A fecundação da oosfera pelo gameta masculino
(núcleo espermático ou gamético) origina o embrião que, juntamente com a casca e o endosperma,
forma a semente, que corresponde ao pinhão.
9) D
Comentário:
O texto refere-se ao pinhão obtido da araucária, uma gimnosperma e, portanto, um vegetal sem frutos.
O pinhão, na verdade, corresponde à semente do pinheiro, que contém, em seu interior, o embrião.
10) Os grupos referidos são as pteridófitas em I, e as gimnospermas em II. A transição entre os dois
grupos envolveu redução da fase gametofítica, a formação do tubo polínico e o surgimento da semente.
O registro fóssil permite identificar formas de vida do passado, possibilitando comparações com formas
atuais e estimativas sobre a cronologia da evolução de grupos, como a situação exemplifica, assim
contribuindo para consolidar a Teoria da Evolução.
Comentário:
Evolutivamente, I é classificado como assifonógamos, devido à ausência de tubo polínico. Já II é
classificado como sifonógamos e espermatófito, devido à presença do tubo polínico e à formação de
semente, respectivamente.
CAPÍTULO 8 – As angiospermas são os vegetais mais bem-sucedidos no meio terrestre
Exercícios de sala
1) D
Comentário:
As fanerógamas são plantas que têm os órgãos reprodutores aparentes, reunidos nos cones ou
estróbilos (nas gimnospermas) ou nas flores (nas angiospermas). Uma separação entre gimnospermas
e angiospermas pode ser realizada através da formação de frutos e das flores. As demais
características – formação de sementes e de tubo polínico, independência da água para reprodução e
presença de vasos condutores de seiva – são comuns aos dois grupos de vegetais fanerógamos.
2) a) A meiose ocorre em II e em III, e a fecundação ocorre em I (no óvulo que está no interior do
ovário).
b) A estrutura I dará origem ao embrião, e II, ao fruto.
Comentário:
As estruturas observadas na figura são: I – oosfera, II – ovário, III – antera, IV – estigma.
3) D
Comentário:
A autoincompatibilidade não impede a polinização, visto que, no texto, há a informação “...o pólen
considerado incompatível chega ao pistilo da flor...”. Esse processo apenas impede que o grão de pólen
se desenvolva. Consequentemente, irá impedir o encontro dos gametas.
4) O embrião tem genótipo Aa, e o endosperma, Aaa.
Comentário:
O embrião é diploide e formado por um gameta masculino ou núcleo espermático (n) e uma oosfera ou
gameta feminino (n). O único genótipo possível para o gameta masculino é A, e para o gameta feminino
é a. Portanto, o embrião é Aa.
O endosperma é triploide (3n), formado por um núcleo espermático (n) – que só pode ter genótipo A – e
dois núcleos polares (cada um é n) – ambos de genótipo a. Portanto, o endosperma dessa planta será
Aaa.
Sistema de Ensino CNEC
5) a) A estrutura 1 refere-se ao pistilo, parte feminina da flor que está indicada por IV no corte
transversal. A 2 refere-se ao estame, parte masculina da flor que está indicada por III no corte
transversal. A estrutura 3 refere-se às pétalas (ou corola), indicada por II no corte transversal, e a 4, às
sépalas (ou cálice), indicada por I no corte transversal.
b) A flor representada é dicotiledônea.
Comentário:
a) O cálice corresponde às sépalas, folhas verdes e mais externas, que têm função protetora. A corola
corresponde às pétalas da flor.
b) Observando o corte transversal, percebemos que todos os verticilos flores (cálice, corola, androceu e
gineceu) apresentam número de cinco, ou seja, a flor é pentâmera. As flores pentâmeras são
características das dicotiledôneas, assim como as flores tetrâmeras. Ao contrário, as flores trímeras são
características das monocotilerôneas.
Exercícios propostos
6) A
Comentário:
A fase gametofítica é dominante apenas para as briófitas. Para os demais grupos, a fase dominante é a
esporofítica.
7) E
Comentário:
O espessamento da parede do ovário corresponde ao desenvolvimento do fruto, que traz, no seu
interior, a semente, estrutura que irá gerar um novo indivíduo. Os frutos são muito importantes para a
dispersão da espécie, visto que muitos são suculentos e atraem animais que os consomem, juntamente
com suas sementes. Como as sementes não sofrem digestão, elas são eliminadas com as fezes e, em
geral, em locais distantes da árvore-mãe, promovendo a dispersão da espécie. Isso explica o
predomínio das angiospermas sobre os demais grupos.
8) E
Comentário:
Os vegetais traqueófitos são plantas vasculares e envolvem as pteridófitas, as gimnospermas e as
angiospermas. O cálice é um conjunto de sépalas. Uma flor unissexuada possui apenas gineceu ou
androceu, e também é chamada de dioica, enquanto que uma flor monoica apresenta essas estruturas
na mesma flor. As duas estruturas – gineceu e androceu – não podem estar ausentes em uma flor ao
mesmo tempo. O gineceu corresponde à parte feminina da flor e reúne um ou mais carpelos. Já o
androceu corresponde à parte masculina da flor, a qual é formada por um conjunto de estames.
9) a) Os grãos de pólen podem ser transportados através do vento (anemofilia) ou com o auxílio de
animais (zoofilia), como insetos (entomofilia) e pássaros (ornitofilia).
b) A germinação do grão de pólen origina o tubo polínico que começa a crescer em direção à oosfera.
Dentro dele, existem dois núcleos espermáticos: um deles fecunda a oosfera e forma o embrião
diploide; o outro fecunda os dois núcleos polares e forma o endosperma triploide.
Comentário:
a) Além dos métodos citados de polinização, há, ainda, a quiropterofilia, ou seja, o transporte do grão de
pólen por morcegos.
b) O crescimento do tubo polínico depende de quimiotropismo, ou seja, quando o crescimento ocorre
em direção à micrópila do óvulo em virtude de uma atração química.
10) O experimento 1 deve ser comparado com o 3, pois, nesse grupo, só ocorrerá a fecundação
cruzada. No experimento 2, como as anteras foram conservadas, pode ser que ainda ocorra
autofecundação.
Comentário:
Nessa situação, o experimento 1 corresponde ao grupo controle (autofecundação), pois os botões foram
mantidos intactos, apenas foram cobertos para evitar a chegada de insetos. O experimento 3
corresponde ao grupo experimental, no qual foram feitas intervenções (retirada das anteras e depósito
de pólen de outras flores).
Sistema de Ensino CNEC
O grupo 2 não pode ser utilizado na comparação com nenhum dos grupos, visto que ele ainda possui as
anteras e, portanto, pode ter ocorrido a autofecundação, além da fecundação cruzada realizada com o
depósito de grão de pólen de outra planta.
11) D
Comentário:
Através do esquema, percebemos que os esporos (1) são haploides, já que se originaram através de
meiose. Consequentemente, os gametófitos e os gametas (masculinos e femininos) também são
haploides. Com a fecundação, forma-se o zigoto, que se desenvolve, formando o esporófito, ambos
diploides. Partindo dessas informações, eliminamos as alternativas a, c e e. Além disso, a alternativa b
contém o endosperma que se forma em 1. Sabe-se que o endosperma se forma após a fecundação (em
4) e que é um endosperma triploide, porque se trata de uma planta de feijão (angiosperma). Logo,
conclui-se que o tubo polínico formado em 2, a partir do grão de pólen, é haploide.
12) a) Sim, o órgão que deu origem ao pinhão e a castanha-do-pará é mesmo. Tanto o pinhão, quanto a
castanha-do-pará são originados a partir do óvulo fecundado e desenvolvido.
b) Não, a origem do endosperma, o tecido de reserva, nos dois grupos vegetais acontece de forma
diferente . O tecido de reserva do embrião é formado a partir do gametófito feminino (saco embrionário),
enquanto, na castanha-do-pará, ele é formado a partir da fecundação de um núcleo gamético com dois
núcleos polares.
Comentário:
a) O pinhão é a semente da araucária, uma gimnosperma. É, portanto, formado a partir da fecundação
do óvulo. Já a castanha-do-pará é uma angiosperma
b) O tecido de reserva do embrião do pinhão é o endosperma primário – formado a partir do gametófito
feminino e, por isso, haploide. Já o tecido de reserva da castanheira é triploide, originado da fecundação
de um núcleo gamético com dois núcleos polares.
13) a) A ocorrência de um nicho disponível, com falta de competidores, predadores e parasitas pode ter
favorecido a dispersão da espécie na Austrália.
b) Após o isolamento geográfico, provavelmente ocorreu o isolamento reprodutivo e consequente
especiação.
Comentário:
É importante lembrar que os frutos se formam, naturalmente, após da fecundação. Logo, não houve a
formação de frutos em virtude da ausência desse processo, que pode ser explicado através da
especiação alopátrica, na qual o isolamento geográfico levou ao isolamento reprodutivo.
14) a) Apenas a polinização cruzada permite a fecundação.
b) No experimento 2, a polinização seria mais vantajosa, pois essa permite a ocorrência de fecundação
cruzada, gerando maior variabilidade genética.
Comentário:
Os resultados sugerem que somente quando há polinização cruzada é que ocorre fecundação. No
experimento 1, pode ter ocorrido autoincompatibilidade, ou seja, para impedir a autofecundação,
algumas plantas apresentam mecanismos que impedem o desenvolvimento do grão de pólen no
estigma da mesma flor. Além desse processo, dicogamia (desenvolvimento de estruturas masculinas e
femininas em épocas diferentes) e hercogamia (barreira física entre as estruturas reprodutoras
masculina e feminina) também impedem a autofecundação. Como não há fecundação, não há formação
de frutos.
15) C
Comentário:
I: Apenas o caule apresenta nós e entrenós. Item incorreto.
II: O enraizamento ocorre a partir dos meristemas. Item incorreto.
III: Existem células com atividade meristemática, ou seja, células indiferenciadas, que conseguem se
desenvolver em raízes. Item correto.
16) C
Comentário:
A dispersão das sementes, muitas vezes, está relacionada com a ingestão dos frutos carnosos, os
quais são vistosos e suculentos para os que deles se alimentam. Essa dispersão ocorre de maneira
Sistema de Ensino CNEC
eficiente, pois várias das sementes são resistentes às enzimas digestivas, sendo, então, eliminadas
intactas através das fezes, em alguns casos longe do local de origem.
17) C
Comentário:
Grupo 1: O caju e a maçã são pseudofrutos simples, ou seja, não são frutos verdadeiros.
Grupo 2: Morango e abacaxi não são frutos verdadeiros: o morango é um pseudofruto agregado,
enquanto que o abacaxi é uma infrutescência.
Grupo 3: Todos são frutos verdadeiros.
Grupo 4: Caju, abacaxi e morango não são frutos verdadeiros.
Grupo 5: Abacaxi, morango e maçã não são frutos verdadeiros.
18) C
Comentário:
A soja, por ser uma leguminosa, é uma dicotiledônea, ou seja, é uma planta com dois cotilédones, cujas
folhas apresentam nervuras ramificadas (reticuladas), e o caule possui feixes condutores organizados,
permitindo o crescimento em espessura.
Já o milho é uma monocotiledônea, que apresenta somente um cotilédone, folhas com nervuras
paralelas e caule reduzido.
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GABARITO COMENTADO – BIOLOGIA
3 série do Ensino Médio – Revisional (2012)
Interações da vida – Volume 1
a
CAPÍTULO 1 – Relações entre vida e ambiente
Exercícios de sala
1) D
Comentário:
No texto, observamos os seguintes níveis de organização:
a) molécula: DNA, proteínas
b) tecido: sangue
c) órgão: pele
e) população: grupos de indivíduos.
Portanto, apenas o nível “sistema” não é citado no texto.
2) B
Comentário:
O alumínio é um fator químico e, portanto, um fator abiótico que é tóxico às plantas, prejudicando o seu
crescimento, principalmente quando presente em grande quantidade. É em virtude do excesso de
alumínio, além da escassez de nutrientes e da acidez do solo, que a vegetação do cerrado apresenta as
características peculiares a esse ecossistema: caules retorcidos e casca grossa.
3) a) As palavras sangue, hemácias, proteínas e coração pertencem aos níveis de organização de
tecido, célula, molécula e órgão, respectivamente.
b) Músculo estriado cardíaco, leucócitos, glicose e vasos sanguíneos pertencem, respectivamente, aos
mesmos níveis de organização de sangue, hemácias, proteínas e coração.
Comentário:
Além dos leucócitos, as plaquetas também são consideradas células (ou fragmentos de células).
Assim como a glicose, os gases respiratórios também são exemplos de moléculas.
4) C
Comentário:
Habitat corresponde ao local em que vive uma determinada espécie, enquanto que nicho ecológico é o
papel ou a função específica que cada organismo desempenha no ecossistema.
Portanto, considerando a figura e analisando os dados do enunciado, podemos dizer que o louva-adeus e o gafanhoto compartilham o mesmo habitat, pois ambos vivem nas folhas dos mesmos vegetais.
Entretanto, o primeiro é carnívoro, enquanto o segundo é herbívoro, e, portanto, não compartilham o
mesmo nicho ecológico.
5) A espécie A é mais tolerante às condições ambientais, pois suporta maiores variações de
pluviosidade e temperatura.
Comentário:
Observando o gráfico, verificamos que a espécie A consegue sobreviver com temperaturas entre 15 e
40oC, aproximadamente. Já a espécie B, suporta somente variações de 20 a cerca de 25oC. Assim, a
espécie A é mais tolerante em relação às condições ambientais. Em relação à pluviosidade, A também
é mais tolerante, apesar de não ser tão evidente quanto em relação à temperatura.
Exercícios propostos
6) D
Comentário:
Dos elementos citados no exercício, o de maior nível de organização e, portanto, o que possui mais
elementos de biodiversidade, é a comunidade, ou seja, um conjunto de populações. Os demais
conceitos citados abrangem menos elementos da biodiversidade.
7) B
Comentário:
Sistema de Ensino CNEC
A hierarquia de vida nos diferentes níveis de organização é: átomos  moléculas  tecidos 
organismo  população  comunidade.
Vale lembrar que essa sequência de níveis de organização está incompleta. A sequência completa é:
átomos  moléculas  organelas  células  tecidos  órgãos  sistemas  organismo 
população  comunidade biótica ou biocenose  ecossistema  biosfera.
8) E
Comentário:
Como o enunciado do exercício diz, o risco de extinção de uma espécie está relacionado ao seu
tamanho populacional, à sua área de distribuição, ao grau de especificidade de seus habitats e hábitos
alimentares.
Sabe-se que populações pequenas têm maior risco de extinção que populações grandes; populações
com distribuição geográfica restrita têm maior risco do que aquelas com distribuição geográfica ampla e
populações com hábitos alimentares muito específicos e habitats restritos também têm maior chance de
extinção em comparação com aquelas que ocupam habitats variados e têm dieta ampla.
Com esses dados, passamos a analisar o quadro apresentado. A espécie que apresenta maior risco de
extinção deve combinar tamanho populacional pequeno, distribuição geográfica restrita e habitats
específicos e dieta restrita, o que corresponde à espécie 3. Em contrapartida, a espécie com menor
risco de extinção tem características contrárias, ou seja, apresenta populações grandes, ampla
distribuição geográfica e ocupa habitats variados, além de ter uma dieta muito ampla, o que
corresponde à espécie 6.
9) E
Comentário:
1) A afirmação sobre a temperatura que a determinada espécie necessita para sobreviver corresponde
ao nicho ecológico da espécie.
2) A afirmação indica um local específico (matas litorâneas) que, com sua temperatura média, torna o
local ideal para a espécie viver, o que corresponde ao habitat.
3) A alimentação da determinada espécie corresponde ao nicho ecológico.
10) D
Comentário:
Como ambos os peixes viviam no mesmo ribeirão, eles compartilham o mesmo habitat. Entretanto,
como apresentam dietas distintas, não ocupam o mesmo nicho ecológico.
CAPÍTULO 2 – Ecologia das populações
Exercícios de sala
1) Em condições ideais, as espécies crescem de forma exponencial, de acordo com seu potencial
biótico (CPB). Todavia, no ambiente, a resistência (R) imposta pelo meio impede que isso ocorra.
Assim, o crescimento real (CCR), ao contrário do crescimento exponencial, é limitado.
Comentário:
A resistência imposta pelo meio pode ser devido a vários fatores, como excesso de indivíduos vivendo
no mesmo local, falta de alimento, de espaço ou de água, competição, entre outros.
2) A
Comentário:
Através do gráfico, observa-se que, para ambas as curvas, após determinado crescimento, as curvas
referentes à população passam a “flutuar” em torno de certa quantidade de indivíduos, o que é
denominado equilíbrio dinâmico. Entretanto, esse valor é diferente para ambas as curvas, sendo maior
para a população que recebeu 64g de farinha. Portanto, como se trata de duas populações da mesma
espécie, e a única variável entre ambas é a quantidade de farinha, pode-se afirmar que a farinha, ou
seja, a quantidade de alimentos, é um dos fatores de resistência do meio e, portanto, ajuda a delimitar a
quantidade máxima de indivíduos dessa população. No exemplo, cada ambiente é capaz de suportar
uma quantidade máxima de indivíduos, de acordo com a quantidade de alimento. Outros fatores
também podem estar envolvidos, mas não foram citados no enunciado.
Sistema de Ensino CNEC
3) A
Comentário:
Em uma população, a taxa de natalidade (N) e a taxa de imigração (I) tendem a aumentar o tamanho
populacional, enquanto que a taxa de mortalidade (M) e a taxa de emigração (E) tendem a diminuir o
tamanho populacional. Afirmar que uma população está em equilíbrio dinâmico significa que a
quantidade de indivíduos permanece constante. Para que isso ocorra, é necessário que N + I = M + E.
4) a) “E” representa o crescimento exponencial da espécie.
b) A resistência ambiental torna-se evidente a partir de “B”.
c) A partir de “C”, as taxas de natalidade e mortalidade se igualam.
Comentário:
O crescimento exponencial corresponde ao crescimento em condições ideais, nas quais não há
resistência ambiental. No entanto, quando a resistência atua sobre o crescimento, observa-se a
separação da curva exponencial (E) para a curva de crescimento real. Isso é evidente a partir do ponto
B. Entre os fatores de resistência ambiental, pode-se citar a disponibilidade de alimento, de água e de
território, além de competições intra e interespecíficas, parasitismo e predatismo. Quando o número de
indivíduos atinge o máximo que o ambiente consegue suportar, diz-se que atingiu o equilíbrio dinâmico,
evidente a partir do ponto C, quando as taxas de natalidade e de mortalidade se igualam.
5) D
Comentário:
No gráfico apresentado, observa-se que, no início, a população cresce de maneira exponencial (grande
crescimento). Entretanto, a partir de um dado momento, a taxa de crescimento diminui. Isso também é
observado no gráfico da alternativa D.
Exercícios propostos
6) C
Comentário:
Apesar de não apresentar o termo “crescimento exponencial”, os dados apresentados indicam que a
população de bactérias em questão apresenta esse tipo de crescimento, visto que o número de
bactérias dobra a cada 20 minutos. O crescimento exponencial segue a equação Pt = P0 . 2t, onde Pt é a
quantidade total de indivíduos após um intervalo de tempo t; P0 é a quantidade de indivíduos no tempo
zero (no instante em que se inicia a contagem de tempo) e t é o intervalo de tempo (considerando-se
quantas vezes a população multiplicou-se).
Através do enunciado, podemos dizer que P0 corresponde a 100 bactérias. Para calcular o número de
bactérias após 4 horas, devemos observar que, a cada 20 minutos, a bactéria irá se reproduzir. Como
em 4 horas temos 12 x 20 minutos, temos que t = 12. Logo, utilizando a equação, temos que: Pt = 100 .
212 = 100. 4096 = 409.600 bactérias.
7) E.
Comentário:
Se a quantidade de alimento disponível aumenta, há um aumento da população e, consequentemente,
da densidade demográfica. Com isso, a disponibilidade de território por casal passa a diminuir.
8) E
Comentário:
O período em que a mortalidade é igual à natalidade corresponde ao equilíbrio dinâmico da população,
apresentado no gráfico no período de 16 a 18 horas. O equilíbrio dinâmico é observado graficamente
por uma estabilidade na curva de crescimento. Além disso, o próprio gráfico contém, nesse ponto, o
trecho “população permanece mais ou menos constante”.
9) E
Comentário:
I: A exclusão de lobos, pumas e coiotes da população fez com que a população de veados crescesse
absurdamente, sem controle. Assim, infere-se que eles eram predadores dos veados, visto que a sua
ausência gerou crescimento exagerado das presas. Item incorreto.
Sistema de Ensino CNEC
II: A falta de alimentos representou para os veados um mal maior que a predação. Isso é notado ao
observarmos a curva pontilhada, a qual corresponde ao número de veados caso eles tivessem
convivido com seus predadores. Item incorreto.
III: Observando-se o gráfico, nota-se que a curva pontilhada, a qual representa a estimativa de
crescimento de veados caso os predadores não tivessem sido dizimados, mostra que, no mesmo
intervalo de tempo, os veados apresentam uma população maior do que na ausência dos predadores.
Item correto.
IV: A morte dos predadores permitiu que os veados crescessem exageradamente, uma vez que não
existia resistência do meio ambiente (no caso, a predação). Com o excesso de indivíduos, faltou
alimento, provocando a morte da maioria dos indivíduos. Item correto.
10) B
Comentário:
Para que a população esteja em equilíbrio, é necessário que o número de nascimentos seja equilibrado
com o número de mortes (desconsiderando-se imigrações e emigrações). Portanto, se no Brasil está
ocorrendo um aumento das classes etárias mais velhas, isso significa que há redução da taxa de
mortalidade. Essa redução da mortalidade e o declínio da taxa de fecundidade média da população
(número de nascimentos) levam ao equilíbrio dinâmico, ou seja, uma estabilização na taxa de
crescimento populacional, visto que nascem menos pessoas, mas também morrem menos.
11) a) O gráfico 1 representa a velocidade de crescimento da bactéria.
b) A velocidade de crescimento aumenta enquanto há nutrientes disponíveis e diminui à medida que
esses nutrientes se tornam escassos.
Comentário:
Como o gráfico 3 representa a densidade, que é o número de indivíduos em determinada unidade de
área, podemos inferir que de 0 a 5 horas, quando há uma baixa densidade populacional, a velocidade
de crescimento é lenta. Em seguida, no intervalo de 5 a 15 horas, a densidade aumenta
exponencialmente e, para que isso ocorra, a velocidade de crescimento da bactéria deve aumentar. A
partir de 15 horas, a densidade da população torna-se relativamente constante (equilíbrio dinâmico), o
que é explicado pela redução da velocidade de crescimento da bactéria, o que, por sua vez, ocorre
devido à redução de nutrientes do meio de cultura. Portanto, o gráfico 1 representa a velocidade de
crescimento da bactéria. Além disso, podemos concluir que o aumento das bactérias ocorre enquanto
há nutrientes disponíveis no meio de cultura.
12) B
Comentário:
O texto fala que a A. fulica possui alto poder invasor, o que significa que este organismo possui alta taxa
de crescimento. Casos como esses correspondem a curvas de crescimento exponencial, visto que as
espécies – em geral invasoras – não possuem predadores no local e encontram abundância de
alimento.
13) a) A curva que melhor representa a sobrevivência, nas várias etapas de desenvolvimento, nesta
espécie de peixe, é a 2 porque, de um grande número de ovos, sobrevivem somente 20% até a fase de
alevinos jovens, 2% até a fase de alevinos adultos e somente 0,0625% dos ovos chegam ao estado
adulto.
b) A taxa de mortalidade pré-reprodutiva é de 99,9375%. Para que a espécie mantenha populações
estáveis, a taxa reprodutiva deve ser muita alta para compensar esta mortalidade excessiva.
Comentário:
Deve-se observar, através do gráfico, que há uma grande mortalidade nos diferentes estágios do
desenvolvimento dessa espécie de peixe. Como os peixes têm fecundação e desenvolvimento externos,
eles estão muito sujeitos à pressão do ambiente. Assim, para compensar a mortalidade excessiva, é
necessário que a taxa reprodutiva seja muito alta.
Para calcular a taxa de mortalidade pré-reprodutiva, realiza-se regra de três simples. O total de ovos
postos (3200) corresponde a 100%. Como apenas 2 atingem a idade adulta, 3198 morrem antes de
atingir a idade adulta.
3200
100%
3198
x
Portanto, 99,9375% dos ovos postos, não atingem a idade reprodutiva.
Sistema de Ensino CNEC
14) B
Comentário:
O gráfico A apresenta uma população na qual os indivíduos mais jovens (base da pirâmide) são mais
numerosos que os indivíduos mais velhos (ápice da pirâmide). Isso representa uma taxa de natalidade
maior que a taxa de mortalidade e, portanto, significa que a população está em expansão.
É importante observar que as descrições apresentadas nas alternativas c e d para as pirâmides B e C
são corretas. No entanto, não correspondem a uma população em expansão.
15) a) Sarampo, rubéola e caxumba são doenças virais para as quais existem vacinas no sistema
público.
b) Um país em desenvolvimento apresenta homens e mulheres que atingem idades avançadas, em
razão da melhor assistência médico-hospitalar, além de melhores condições sanitárias e de moradia. As
pirâmides etárias dos países subdesenvolvidos costumam apresentar base mais larga que o ápice
devido, entre outros fatores, à falta de programas de controle de natalidade.
Comentário:
Além das doenças citadas, também existem vacina para hepatite B, poliomielite e rotavírus.
CAPÍTULO 3 – Ecologia das comunidades
Exercícios de sala
1) a) A relação entre broca e árvore é do tipo parasitismo.
b) A relação entre pica-pau e broca é do tipo predatismo.
c) A relação entre pica-pau e árvore é do tipo protocooperação.
Comentário:
A broca causa mal à planta, mas não causa necessariamente a morte, evidenciando uma relação de
parasitismo.
Como o pica-pau alimenta-se da larva da broca, a relação é de predatismo (ou predação).
Ao retirar a broca da árvore, o pica-pau beneficia-se (através do alimento), e a árvore também, pois se
livra dos parasitas. É, portanto, uma relação de protocooperação.
2) As relações representadas são:
I: predatismo. Quando reunidas, a espécie A (predadora) é favorecida, enquanto a espécie B (presa) é
prejudicada.
II: comensalismo. Quando as espécies A e B são reunidas, a espécie B é beneficiada, enquanto para a
espécie A, não há diferença.
III: protocooperação. Quando juntas, as espécies A e B crescem melhor do que quando separadas. Ou
seja, a união beneficia ambas as espécies.
IV: competição. Quando separadas, as populações A e B crescem de modo satisfatório e, quando
reunidas, ambas são prejudicadas.
Comentário:
Para cada dupla de gráficos, deve-se analisar o comportamento das espécies quando separadas e
quando reunidas, observando se há benefício ou prejuízo ou se a relação é neutra para cada espécie (A
e B). Em seguida, relaciona-se com as quatro relações ecológicas mencionadas (comensalismo,
predatismo, competição e protocooperação).
3) D
Comentário:
A relação ecológica entre as formigas e as roseiras é parasitismo. As formigas (parasitas) não matam
as roseiras (hospedeiro), apenas utilizam suas folhas como substrato para seu alimento, visto que nas
folhas nascem os fungos, alimento das formigas.
4) D
Comentário:
A relação entre os pulgões e a roseira também é o parasitismo, uma vez que os pulgões retiram a seiva
elaborada da roseira, sem matá-las, pois dependem delas para sua sobrevivência.
Sistema de Ensino CNEC
5) E
Comentário:
Dentre as alternativas citadas, a mais indicada para a relação entre os pulgões e as formigas é a
protocooperação, uma vez que tanto os pulgões quanto as formigas são beneficiadas, mas eles podem
viver separadamente sem que haja prejuízo para as espécies.
Entretanto, a nomenclatura mais utilizada é esclavagismo ou sinfilia. Alguns autores consideram a
relação entre esses animais como desarmônica, argumentando que os pulgões são retirados do seu
habitat natural. Todavia, as formigas cuidam bem dos pulgões, ofertando-lhes alimento, proteção e até
transporte, o que leva alguns autores a classificá-la como harmônica.
Exercícios propostos
6) A
Comentário:
I: A relação entre os indivíduos de uma mesma espécie, que vivem fisicamente juntos e dividem o
trabalho é denominada colônia. É importante não confundir com a sociedade – com a das formigas –
nas quais não há união anatômica, mas é obrigatória a divisão de trabalho.
II: A relação entre as orquídeas e outras árvores, nas quais as primeiras fixam-se aos troncos mais altos
das árvores para obtenção de luz, é denominada epifitismo. Entretanto, essa relação também pode ser
denominada inquilinismo ou, até mesmo, comensalismo.
III: A relação em que um animal mata outro – de espécie diferente – para se alimentar é denominada
predatismo. Quando os animais são da mesma espécie, a relação é chamada canibalismo.
IV: A relação entre fungos e alga, formando os liquens, é denominada mutualismo. Nessa relação, os
dois organismos não conseguem viver independentemente.
7) E
Comentário:
Apesar de o esquema apresentar sobreposição do local de onde as aves se alimentam, não se pode
afirmar que há competição entre elas sem saber o tipo de alimento que consomem. Isso ocorre, pois
duas espécies podem alimentar-se no mesmo local, mas, se uma alimentar-se de larvas de insetos e
outra de frutos, não há sobreposição de nicho ecológico.
8) a) A curva 1 representa a probabilidade de sobrevivência. As relações que podem estar levando à
eliminação das plantas jovens pode ser o predatismo ou o parasitismo.
b) A árvore produz frutos comestíveis aos animais que, por sua vez, dispersam a semente.
Comentário:
Para identificar cada curva, inicialmente é importante lembrar que as sementes dispersam-se mais
facilmente para próximo à árvore mãe. Assim, a curva 2, que se reduz conforme aumenta a distância da
árvore mãe, é a curva de probabilidade de encontro de uma planta jovem. No entanto, devido a relações
como o predatismo ou o parasitismo, e até mesmo devido à competição intraespecífica, há maior
probabilidade de sobrevivência das plantas jovens longe da mãe (curva 1).
9) As interações A, B, C e D são, respectivamente: mutualismo, predação, comensalismo e competição.
Comentário:
Analisando as relações disponibilizadas, sabemos que:
- predação: uma espécie (predador) é beneficiada, enquanto que a outra (presa) é prejudicada.
- mutualismo: ambas as espécies são beneficiadas. No entanto, quando estão separadas, ambas são
prejudicadas, visto que é uma relação obrigatória.
- competição: as duas espécies são prejudicadas.
- comensalismo: é uma relação benéfica para um indivíduo e neutra (indiferente) para o outro.
10) B
Comentário:
a: Na cooperação intraespecífica, não ocorre disputa dentro da colônia, ocorre apenas união física de
vários organismos, sendo uma relação harmônica. Alternativa incorreta.
b: Um exemplo de organismos que vivem em sociedade são as abelhas, formigas e cupins. Em uma
sociedade, há divisão de trabalho entre os organismos. Alternativa correta.
c: A predação é uma relação entre organismos de espécies diferentes. Alternativa incorreta.
Sistema de Ensino CNEC
d: Os parasitas podem viver no interior do corpo dos hospedeiros (endoparasitas) ou na superfície
(ectoparasitas). Alternativa incorreta.
11) B
Comentário:
I. Sociedade é uma interação entre indivíduos da mesma espécie com divisão de trabalho e
independência estrutural. A associação anatômica está presente nas colônias, e não nas sociedades.
Incorreto.
II: Na colônia, a obrigatoriedade é a união anatômica, e não a divisão de trabalho. Incorreto.
III. É importante diferenciar a protocooperação do mutualismo. No primeiro, a relação não é obrigatória,
enquanto que, no segundo, é uma relação obrigatória. Portanto, a descrição refere-se à
protocooperaçao. Correto
12) B
Comentário:
Quando colocadas em um mesmo tubo de ensaio, observa-se que o número de indivíduos da espécie A
diminui drasticamente, enquanto que o número de indivíduos da espécie B aumenta, superando a
quantidade presente quando colocada em um tubo de ensaio isolada. Portanto, há uma relação
desarmônica entre elas, com benefício para a espécie B e prejuízo para a espécie A, que é predada
pela espécie B.
13) C
Comentário:
O diálogo exemplifica a seleção natural, visto que apenas o indivíduo mais apto (o que vai correr) irá
sobreviver e pode gerar descendentes. Não se trata de uma relação de competição intraespecífica, pois
os indivíduos não competem entre si, principalmente pelo fato de que um cervo sequer tenta correr.
14) 1. Hipótese: O tamanho do bando dos pombos interfere no sucesso de ataque dos gaviões?
2. Quanto maior o número de pombos presentes em um bando, menor é o sucesso de ataque dos
gaviões.
3. A convivência em “bandos” permitiu a divisão de tarefas e, como consequência, aumentaram as
chances de sobrevivência.
Comentário:
Analisando o gráfico, observamos que, quanto menor o tamanho dos bandos, maior a porcentagem de
ataques bem sucedidos. Assim, esse experimento pode ter sido realizado para tentar responder à
hipótese “o tamanho do bando dos pombos interfere no sucesso de ataque dos gaviões?”
15) a) As populações da espécie ancestral foram isoladas geograficamente. Depois, as populações
isoladas acumularam diferenças genéticas, resultantes de mutações e seleção natural. Por fim, essas
diferenças foram acumuladas até que as populações não conseguiram produzir descendentes férteis,
ou seja, sofreram isolamento reprodutivo e, portanto, podem ser consideradas espécies distintas.
b) A espécie E assemelha-se mais à espécie ancestral.
c) As espécies D e E podem apresentar competição interespecífica. Ambas ocorrem no mesmo
continente, alimentam-se do mesmo tipo de algas, têm o mesmo habitat e período de alimentação, ou
seja, nicho ecológico semelhante, disputando, portanto, os mesmos recursos do meio.
Comentário:
Para identificar a espécie que mais se assemelha à espécie ancestral, deve-se buscar, no cladograma,
a que se originou da ancestral antes das demais.
CAPÍTULO 4 – Ecologia dos ecossistemas
Exercícios de sala
1) D
Comentário:
Apesar de ambos os animais citados – camundongo e elefante – serem homeotermos, o tamanho
interfere na regulação térmica, pois as trocas de calor com o ambiente ocorrem através da superfície
Sistema de Ensino CNEC
corporal. Assim, como animais de pequeno porte – como o camundongo – apresentam uma superfície
muito grande em relação ao volume, perdem calor mais facilmente e, por isso, apresentam metabolismo
mais intenso, para compensar as perdas. Já os animais de grande porte – como o elefante – possuem
um metabolismo menor, já que perdem menos calor para o ambiente.
2) D
Comentário:
A quantidade de calor produzida pelos animais é inversamente proporcional ao tamanho desses
animais. Isso porque, quanto menor for o porte, maior é a relação superfície/volume, portanto, mais
calor é perdido pela superfície corporal e mais calor deve ser produzido.
3) D
Comentário:
Os peixes ósseos dulcícolas são hipertônicos em relação ao meio e, em virtude disso, há entrada de
água por osmose em seu corpo e saída de sais por difusão, ambos processos passivos (em que não há
gasto de energia). Para compensar esses processos, esses peixes não ingerem água, a não ser aquela
obtida com os alimentos, eliminam o excesso de água através da urina – a qual é diluída –, e
reabsorvem sais ativamente através das brânquias. Logo, esses peixes não ingerem grandes volumes
de água.
4) E
Comentário:
Na cadeia alimentar esquematizada, temos o fitoplâncton no papel de produtor (1o nível trófico), o
caramujo e o inseto no papel de consumidores primários (2o nível trófico), o peixe e a rã no papel de
consumidores secundários (3o nível trófico) e a ave no papel de consumidor terciário (4o nível trófico).
Pode ser observada relação de competição entre o inseto e o caramujo, pois ambos utilizam o mesmo
alimento – fitoplâncton. No entanto, essa relação não existe entre o peixe e a rã, visto que o alimento
consumido por ambos é diferente.
5) a) O produtor é o milho.
b) O homem pode ocupar o 2o, 3o, 4o e 5o níveis tróficos.
c) Nessa sequência, está representada uma cadeia alimentar.
d) Caso a população de pássaros desapareça, a tendência é que a população de lesmas aumente, e
que as populações de milho e homem diminuam.
Comentário:
A figura representa uma teia alimentar, na qual o homem participa de todas as cadeias alimentares e,
portanto, pode ocupar todos os níveis tróficos, com exceção do 1o, ocupado exclusivamente pelos
produtores (organismos autótrofos). Logo, o homem pode ocupar diversos níveis tróficos:
- 2o: milho  homem
- 3o: milho  pássaro  homem
- 4o: milho  pássaro  cobra  homem; milho  lesma  pássaro  homem; milho  rato  cobra
 homem
- 5o: milho  lesma  pássaro  cobra  homem
Se a população de pássaros for extinta, a população de lesmas vai aumentar por ter mais alimento
disponível e, consequentemente, o milho terá sua quantidade reduzida, devido ao aumento de
consumidores. A população de homens vai diminuir, porque teve o seu alimento (nessa cadeia
alimentar, exclusivamente o pássaro) reduzido.
Exercícios propostos
6) D
Comentário:
No gráfico II, observa-se que o pH entre 7 e 8 corresponde ao pH ótimo de sobrevida, ou seja, aquele
em que há maior número de espécies. Já no gráfico II, observa-se que o ambiente D apresente pH
nesse intervalo. Logo, pode-se esperar um maior número de espécies nesse ambiente.
7) a) Verifica-se que, inicialmente, há uma redução da população de fitoplâncton, seguido de um
aumento, culminando com o pico do fitoplâncton por um curto tempo. Na sequência, a população volta a
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reduzir a níveis intermediários e, depois, apresenta outro pico e uma nova queda, atingindo, novamente,
valores iniciais.
b) A disponibilidade de nutrientes é o fator que influencia as variações do fitoplâncton: quando há maior
disponibilidade de nutrientes, há maior quantidade do fitoplâncton. Já a disponibilidade de nutrientes é
influenciada pela temperatura da água, a qual, por sua vez, está relacionada à luminosidade. Quando a
temperatura é baixa, há maior disponibilidade de nutrientes, devido às correntes de ressurgência. Já
quando a temperatura é alta, a quantidade de nutrientes disponíveis reduz.
Comentário:
O item a solicita que seja realizada somente a descrição das flutuações do fitoplâncton, sem que seja
necessário explicar a variação dos demais fatores e a sua influência no fitoplâncton – solicitado
somente no item b.
A temperatura da água influencia na disponibilidade de nutrientes devido à densidade da água: a
redução da temperatura da camada superficial da água provoca o aumento da densidade e,
consequentemente, essa camada de água desce para o fundo, provocando a ressurgência da água do
fundo, que carrega os nutrientes.
8) a) A curva I representa a captura de lagartos, a curva II, a de pequenos mamíferos.
b) Lagartos são animais ectotermos e sua atividade varia ao longo do dia, aumentando nas horas mais
quentes. Isso explica sua maior captura ao redor das 14 horas. Mamíferos, animais homeotermos,
manterão o mesmo nível de atividade durante o dia. São capturados apenas durante as horas de luz,
por terem hábitos diurnos.
Comentário:
Inicialmente, é necessário relacionar os animais citados no enunciado à sua forma de termorregulação.
Os lagartos (répteis) são animais pecilotermos ou ectotermos, cuja temperatura corpórea varia ao longo
do dia, pois depende do calor externo. Assim, nos momentos mais quentes do dia será mais fácil
capturá-los, visto que apresentarão maior temperatura corporal e, consequentemente, maior
metabolismo. Já os pequenos mamíferos são animais homeotermos ou endotermos, que possuem
capacidade de controle do metabolismo para manter a temperatura interna constante ou com pequenas
variações que não prejudicam a homeostase. Por serem de hábitos diurnos, eles são mais ativos
durante as horas de luz, quando será possível capturá-los.
9) Animais pequenos, como o ouriço-caixeiro e o beija-flor, têm superfície relativa grande e gastam
muita energia na regulação térmica, perdendo calor quando a temperatura diminui. A redução noturna
da temperatura desses animais reduz também a perda de energia. A pequena superfície relativa da
anta e da ema lhes permite manter a temperatura constante.
Comentário:
A explicação da diferença de temperatura dos diferentes animais citados – todos endotérmicos – referese à relação entre a superfície e o volume corporal, de maneira semelhante à Lei de Spencer, que
explica o tamanho reduzido das células.
Como as trocas de calor ocorrem através da superfície, quanto maior a superfície em relação ao volume
corporal, maiores as perdas de calor. Os animais pequenos – como o beija-flor e o ouriço caixeiro –
apresentam, comparativamente, maior superfície corporal do que os animais grandes – como a ema e a
anta – e, por isso, perdem mais calor para o ambiente, o que explica a grande diferença de temperatura
diurna e noturna. Além disso, caso as frequências respiratória e cardíaca de todos os animais sejam
analisadas, observar-se-á que os valores são maiores para os animais pequenos, para compensar o
excesso de perdas, aumentando-se o metabolismo e, consequentemente, a produção de calor.
10) A curva B corresponde ao animal endotérmico, que possui sistemas de regulação da termogênese,
nos quais, à medida que a temperatura ambiente sobe, diminui o consumo de oxigênio. Já o animal
ectotérmico é representado pela curva A, onde a taxa metabólica é diretamente proporcional à
temperatura ambiente.
Comentário:
Os animais endotérmicos – aves e mamíferos – têm a capacidade de manter a temperatura corporal
com pequenas variações à custa do metabolismo: quando a temperatura ambiente diminui e há perda
de calor para o meio externo, há o aumento do metabolismo e, consequentemente, do consumo de
oxigênio. Ao contrário, quando a temperatura ambiente aumenta, as perdas de calor são menores e,
consequentemente, é necessário diminuir a produção de calor, através da redução do metabolismo e do
consumo de oxigênio. A variação descrita é observada na curva B.
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Já os animais ectotérmicos – peixes, anfíbios e répteis – dependem do calor externo. Por isso, quando
a temperatura ambiente está baixa, a temperatura corpórea e, consequentemente, o metabolismo,
também estão. O aumento da temperatura ambiente, por sua vez, provoca o aumento da temperatura
corporal e do metabolismo. Essa variação é observada na curva A.
11) B
Comentário:
Nos animais endotérmicos, a termorregulação está relacionada ao tamanho do animal, em virtude da
relação superfície/volume. Animais de pequeno porte – como o hamster – apresentam uma superfície
muito grande em relação ao volume e, por isso, perdem calor mais facilmente. Para compensar essa
perda, apresentam metabolismo mais intenso do que os animais de grande porte – como o cão.
12) C
Comentário:
Os peixes ósseos marinhos são hipotônicos em relação ao meio externo – que possui grande
quantidade de sais. Em virtude dessa diferença de concentração, esses peixes perdem água por
osmose e ganham sais por difusão. Para compensar, ingerem muita água e eliminam o excesso de sais
ativamente pelas brânquias.
Os peixes ósseos dulcícolas são hipertônicos em relação ao meio, o que faz com que ganhem água por
osmose e percam sais por difusão. Em virtude disso, esses peixes produzem urina diluída e reabsorvem
sais ativamente pelas brânquias, além de não ingerirem água.
13) As lágrimas são produzidas por glândulas de sal, relacionadas à regulação osmótica nesses répteis.
Comentário:
Como as tartarugas vivem em ambiente marinho, elas ingerem grande quantidade de sal com a água e
com os alimentos. Para evitar problemas osmóticos, o excesso de sal é eliminado, mantendo, assim, a
concentração interna dos líquidos. A impressão de que as tartarugas choram deve-se ao fato de essas
glândulas de sal localizarem-se próximas aos olhos.
14) D
Comentário:
Os fungos utilizam folhas e gravetos (produtores) como seu substrato e, portanto, atuam como
consumidores primários. Logo, ao se alimentarem dos fungos, as formigas estão no papel de
consumidores secundários. O néctar corresponde a uma solução açucarada produzida pelos vegetais e,
portanto, as formigas estão no papel de consumidores primários ao utilizá-lo como alimento. Os ovos e
as larvas de insetos herbívoros são consumidores primários (pois se alimentam de vegetais). Logo, as
formigas, ao utilizarem esses insetos, ocupam o papel de consumidores secundários.
15) Soma = 41.
Comentário:
A partir dos dados fornecidos no enunciado, forma-se uma teia alimentar:
P1  P4  P2  P5  P3
01) Se a população 3 desaparecer, a população 4 vai, em um primeiro momento, aumentar, devido à
ausência do predador. Em um prazo maior, a população 4 vai diminuir, já que o seu alimento
(população 1) começa a faltar. Quando a população 4 diminuir, a população 2 também vai sofrer uma
redução no seu número de indivíduos, já que seu alimento também faltará. Item correto.
02) Além da população 3, a 5 também pode ocupar mais de um nível trófico. Item incorreto.
04) A população 1 ocupa o primeiro nível trófico (produtor), e a população 3 ocupa o 4o ou 5o nível
trófico. Item incorreto.
08) Entre as populações 2 e 5 existem relações de predatismo – já que 5 se alimenta de 2 – e de
competição – pois ambas se alimentam da população 4. Item correto.
16) A população 4 é herbívora, e não carnívora. Item incorreto.
32) A situação apresenta uma teia com duas cadeias. Cadeia 1: P1  P4  P2  P5  P3. Cadeia 2:
P1  P4  P5  P3. Nessa situação, desconsideram-se os decompositores (não citados no exercício),
pois eles ocupam, sempre, o último nível trófico em todas as cadeias alimentares. Item correto.
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CAPÍTULO 5 – A energia entra nos ecossistemas através da fotossíntese
Exercícios de sala
1) a) As substâncias 1, 2, 3 e 4 são, respectivamente, água, gás oxigênio, gás carbônico e glicose.
b) Não. Ambas as etapas ocorrem durante o dia, pois a etapa de escuro depende das substâncias
produzidas na etapa de claro.
Comentário:
Nas reações de claro – etapa da fotossíntese que usa diretamente a luz – a água (substância 1) é
quebrada na presença de luz (fotólise da água), liberando gás oxigênio (substância 2). Há, ainda, a
fotofosforilação, a qual produz NADPH2 e ATP, moléculas utilizadas na próxima etapa da fotossíntese.
Nas reações de escuro, as moléculas produzidas na primeira etapa – NADPH2 e ATP – fornecem,
respectivamente, hidrogênios e energia para o dióxido de carbono (molécula 3), formando, ao final,
glicose (molécula 4).
Apesar de ser chamada de fase de escuro, a segunda etapa da fotossíntese não ocorre à noite, visto
que depende da produção de NADPH2 e ATP, os quais são produzidos, exclusivamente, na presença
de luz.
2) a) O oxigênio é proveniente das moléculas de água.
b) Nesse caso, as bactérias dispersar-se-iam de modo uniforme ao longo da alga, pois todas as regiões
da alga receberiam os mesmos tipos de luz nas mesmas intensidades, e a atividade fotossintética seria
uniforme.
Comentário:
a) Inicialmente, pensava-se que o gás oxigênio liberado era proveniente do dióxido de carbono. No
entanto, essa hipótese foi abandonada após a realização do experimento utilizando-se diferentes
isótopos do oxigênio (16 e 18), o qual comprovou que o gás oxigênio liberado é proveniente da fotólise
da água.
b) O experimento de Engelmann mostrou que as bactérias aeróbias concentraram-se mais nas regiões
de luzes azul e vermelho, mostrando que esses comprimentos de onda são mais absorvidos (devido à
maior taxa fotossintética e maior produção de gás oxigênio). Como a luz branca corresponde à mistura
de todas as cores, caso a alga fosse iluminada com ela, a taxa fotossintética seria a mesma em todas
as regiões e, consequentemente, as bactérias iriam se distribuir igualmente.
3) Nos frascos 1 e 2, as colorações serão, respectivamente, roxa e amarela.
Em 1, a taxa de gás carbônico diminuiu devido à intensa atividade fotossintética da planta. Por isso, o
pH do meio aumentou e a solução tornou-se roxa. Em 2, a taxa de gás carbônico aumentou porque não
houve atividade fotossintética; a planta apenas respirou. Com isso, o pH do meio diminuiu e a solução
tornou-se amarela.
Comentário:
Em 1, como o frasco foi mantido iluminado, ocorreram os processos fotossíntese e respiração que,
respectivamente, consomem e eliminação dióxido de carbono. Já em 2, por ter sido mantido no escuro,
ocorreu apenas respiração, a qual provocou aumento da concentração de CO2 do meio. Esse gás, em
solução aquosa, forma o ácido carbônico, o qual reduz o pH do meio, tornando a solução amarela. Em
concentrações menores de CO2 – como observado em 1 – não há formação desse ácido e,
consequentemente, o pH do meio é mais alto – detectado pela coloração roxa.
4) a) I representa a fotossíntese e II, a respiração.
b) A planta permanece acima de seu ponto de compensação fótico entre as 10h e as 18h.
c) A planta consegue produzir amido (produto de reserva) no intervalo que vai das 10h às 18h.
Comentário:
Os processos referentes ao metabolismo energético dos vegetais são a fotossíntese e a respiração.
Enquanto o primeiro sofre interferência da intensidade luminosa e, portanto, sua taxa varia ao longo do
dia, a respiração é constante. Logo, conclui-se que a curva I corresponde à fotossíntese e a II, à
respiração.
O ponto de compensação fótico (PCF) é aquele no qual as taxas de fotossíntese e respiração são
iguais, ou seja, é quando tudo o que a planta produz na fotossíntese está sendo consumido na
respiração. Plantas iluminadas acima do PCF conseguem produzir mais glicose do que é consumida e,
portanto, armazena o excesso na forma de substância de reserva (amido). Plantas abaixo do PCF
consomem mais do que produzem e, por isso, tendem a morrer por falta de nutrientes, caso sejam
mantidas sob essa intensidade luminosa.
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5) Quando não há luz em um determinado ambiente, os produtores são autotróficos
quimiossintetizantes. Ou seja, eles obtêm energia para produzir os compostos orgânicos a partir de
reações químicas inorgânicas.
Comentário:
A quimiossíntese é um processo no qual a energia utilizada para a formação de compostos orgânicos
provém da oxidação de substâncias inorgânicas. Como exemplo, pode-se citar as nitrobactérias,
pertencentes ao ciclo do nitrogênio e que, ao converterem amônia em nitrito ou nitrito em nitrato,
utilizam a energia dessas reações como fonte para a produção de substâncias orgânicas.
Exercícios propostos
6) a) O trecho refere-se à fotossíntese.
b) Esse processo ocorre nos parênquimas clorofilianos. Mais especificamente, nos cloroplastos.
c) No final, são produzidos glicose, água e oxigênio.
Comentário:
Não se pode esquecer que os produtos da fotossíntese são glicose, água e oxigênio. Muitas vezes, a
equação química da fotossíntese é representada de forma resumida (6 CO2 + 6 H2O + energia luminosa
 C6H12O6 + 6 O2). No entanto, essa reação não demonstra a origem do oxigênio liberado (proveniente
da água), pois existem 12 átomos de oxigênio no gás oxigênio e apenas 6 nas moléculas de água.
Logo, a água é, também, um produto da fotossíntese, cuja reação completa é: 6 CO2 + 12 H2O +
energia luminosa  C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O.
7) C
Comentário:
1) Os cloroplastos possuem duas membranas (A) – o que funciona como argumento para a Teoria
endossimbiótica –, sendo que a interna possui invaginações (lamelas) e, sobre elas, existem tilacoides
(B). Item correto.
2) Os tilacoides ficam empilhados (C), formando o granum (plural: grana), que se assemelha a uma
pilha de de moedas. Item correto.
3) Os tilacoides e as lamelas possuem clorofila (pigmento que absorve a energia luminosa). O espaço
interno do cloroplasto (D) – chamado de estroma – é preenchido por uma substância semelhante à que
preenche o citoplasma. Item correto.
8) C
Comentário:
A fotossíntese é um processo que consome dióxido de carbono e libera gás oxigênio (ambos somente
durante o dia) para o meio ambiente. No entanto, a produção de gás oxigênio só será efetiva quando a
taxa fotossintética for maior que a taxa de respiração. Além disso, esse processo também produz
glicose, a qual pode ser utilizada no metabolismo vegetal ou armazenada na forma de amido. Este, por
sua vez, pode ser utilizado pelo próprio vegetal ou pode ser utilizado por outros seres da cadeia
alimentar.
9) D
Comentário:
O amido, polissacarídeo de reserva dos vegetais, é produzido durante a fotossíntese nos cloroplastos e
armazenado em caules e raízes. Esse processo depende, entre outros fatores, da luminosidade, da
temperatura, da quantidade de água, da concentração de dióxido de carbono e do tipo de radiação
disponível.
Se determinada planta produz 6,0 a 12,0kg de amido em 24 horas, podemos calcular a superfície foliar
total da planta, conforme a seguir:
- Em 24h a planta produz 6 a 12kg de amido, o que corresponde a 6.000 a 12.000g. Portanto, em uma
hora, ela produzirá 250 a 500g de amido.
- Se com 1m2 de superfície foliar a planta produz 0,5 a 1g de amido, através de uma regra de três
simples utilizando-se os maiores valores, é possível calcular a superfície foliar total da planta:
1 m2 ---- 1g de amido
x ---- 500g de amido
x=
500 ⋅ 1
= 500 m2 de superfície foliar
1
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Se uma planta produz 5 a 10g de amido por hora, também é possível determinar a sua superfície foliar,
utilizando-se os maiores valores em uma regra de três simples:
1 m2 ---- 1g de amido
x ---- 10g de amido
x=
10 ⋅ 1
= 10 m2 de superfície foliar
1
Como 1m2 corresponde a 10.000cm2, 10m2 correspondem a 100.000cm2.
10) B
Comentário:
Para que ocorra a retirada líquida de carbono da atmosfera, a taxa de fotossíntese (retira CO2 da
atmosfera) deve ser maior que a taxa de respiração (devolve CO2 da atmosfera). Quando isso ocorre,
observa-se o aumento da biomassa, pois a planta está produzindo mais do que consome. Em
consequência, o excesso da produção é armazenado, gerando o aumento da biomassa. Essa variação
é observada no gráfico 2.
11) B
Comentário:
O processo de transporte de elétrons é a fotofosforilação, na qual as moléculas de clorofila são
excitadas, liberando elétrons, os quais são transferidos ao longo de uma cadeia transportadora. Nessas
transferências, os elétrons vão liberando gradativamente a energia, e retornam ao fotossistema. A
energia liberada é utilizada para converter ADP em ATP.
12) B
Comentário:
Na fotossíntese observa-se a transferência de elétrons de uma molécula para outra. Esses elétrons são
provenientes da molécula de H2O, cujo H se quebra, liberando prótons (H+) e elétrons. Em seguida, os
elétrons excitados passam por vários aceptores intermediários, permitindo a liberação de energia para
formar ATP. Por fim, esses elétrons são doados ao NADP, que se liga aos prótons, formando o
NADPH2. Este, por sua vez, leva os elétrons para o Ciclo de Calvin, onde ocorre a formação do
gliceraldeído fostato (G3P) que, em seguida, irá se juntar a outro G3P, formando uma glicose. Portanto,
a sequência do fluxo de elétrons é: H2)  NADPH  Ciclo de Calvin.
13) À sombra, as plantas desenvolvem menos raízes e mais folhas, em função da pequena perda de
água e da luminosidade baixa. Sob o sol, as plantas desenvolvem mais raízes e menos folhas,
aumentando a captação de água e reduzindo sua perda, respectivamente. A existência de mais folhas e
menos raízes, à sombra, iguala as taxas de fotossíntese.
Comentário:
As folhas estão relacionadas com a captação da energia luminosa e com a transpiração.
Em ambientes de sombra, a transpiração é baixa – o que permite que a superfície foliar seja maior –, e
a captação de luz é mais difícil, de modo que a maior superfície foliar auxilia nesse processo.
Já em ambientes com grande exposição à luz solar, a transpiração é mais alta, sendo necessária a
redução foliar para que reduza a perda de água. No entanto, essa pequena superfície foliar não
prejudica a captação de energia luminosa, já que essa é abundante.
Em virtude disso é que a taxa fotossintética é semelhante nas duas situações.
14) E
Comentário:
o aumento da intensidade luminosa provoca um aumento correspondente na taxa fotossintética. No
entanto, tal aumento se verifica apenas até certo ponto – chamado de ponto de saturação luminosa –,
no qual, mesmo que a intensidade luminosa aumente, não há aumento na taxa fotossintética. Nesse
ponto – representado pelo número 5 no gráfico –, a fotossíntese é máxima, ou seja, ocorre produção
máxima de matéria orgânica.
15) a) O gás encontrado foi o oxigênio, pois, ao aproximar a fonte luminosa da planta, a taxa
fotossintética superou a taxa respiratória.
b) A concentração deveria ser zero, pois todo o gás oxigênio produzido na fotossíntese é gasto com a
respiração.
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Comentário:
O ponto de compensação fótico ou luminoso corresponde ao momento em que as taxas de fotossíntese
e de respiração se igualam. Assim, tudo que é produzido por um processo, é consumido pelo outro, de
modo que a concentração de gases oxigênio e dióxido de carbono não deve se alterar. Quando a
intensidade luminosa aumenta, a taxa fotossintética também aumenta – a respiração não é alterada.
Consequentemente, a produção de glicose aumenta, assim como a liberação de gás oxigênio.
16) Essa planta é a C. Por estar em presença de maior concentração de CO2, essa planta tem sua taxa
de fotossíntese aumentada e atinge, como mostra a curva X, um valor menor que 1 para a razão entre
oxigênio consumido e oxigênio produzido em condições de intensidade luminosa mais baixa do que as
demais plantas.
Comentário:
O gráfico mostra a relação entre consumo e produção de gás oxigênio, que são reflexos das taxas de
respiração e fotossíntese, respectivamente. Para o vegetal acumular reservas energéticas, ele deve
produzir mais glicose (e consequentemente mais oxigênio) do que consome. Logo, considera-se que há
acúmulo quando a razão é menor do que 1. Todas as curvas do gráfico – X, Y e Z – apresentam, em
diferentes intensidades luminosas, razão inferior a 1. No entanto, a curva X atinge esse valor a uma
menor intensidade luminosa.
Além disso, para realizar a fotossíntese, o vegetal necessita, além da luminosidade, de dióxido de
carbono. Se a intensidade luminosa for a mesma para as três plantas, o que pode provocar a
modificação da taxa fotossintética é a concentração desse gás. Logo, quanto maior a sua concentração
– como verificado para a planta C –, maior será a fotossíntese.
17) A
Comentário:
A intensidade luminosa necessária para que uma planta atinja os pontos de saturação e de
compensação fóticos varia de espécie para espécie. As plantas de sombra (umbrófilas) apresentam
folhas finas e estão adaptadas a ambientes com pouca luz. As plantas de sol (heliófilas) apresentam
folhas mais grossas e necessitam de maior intensidade luminosa para atingir os pontos de saturação e
de compensação fóticos. Com isso, sabe-se que, com uma intensidade luminosa baixa, a planta de
sombra terá uma taxa fotossintética maior do que a planta de sol, o que pode ser observado no gráfico
abaixo do ponto de compensação fótico. Logo, a alternativa a está incorreta.
18) a) No tubo 2, a coloração tornou-se levemente amarela, pois as sementes de feijão germinando
respiram, mas também realizam fotossíntese. De tal modo que a taxa de gás carbônico não aumenta
consideravelmente para tornar a solução amarela. No tubo 3, ocorre apenas a liberação de gás
carbônico devido à fermentação realizada pelo levedo. Por isso, o pH do meio diminui de modo mais
considerável.
b) No tubo 4, o adoçante dietético não foi utilizado pelo fungo na fermentação, por isso, ela não se
tornou amarela. No tubo 5, não houve fermentação, porque o levedo foi fervido, evitando suas
atividades metabólicas.
Comentário:
Inicialmente, é importante lembrar que o dióxido de carbono, em meio aquoso, forma o ácido carbônico.
Logo, a solução de vermelho de cresol (VC) irá se tornar amarela. Quando a concentração desse gás é
baixa, o pH é básico e, portanto, a solução de VC apresenta-se rósea. Além disso, o dióxido de carbono
é um gás utilizado na fotossíntese e liberado na respiração aeróbia e na respiração. Diante desses
dados, passa-se para a análise de cada tubo de ensaio e as respectivas conclusões.
O tubo 1 funciona como o grupo controle, mostrando que, sem amostras, a solução de VC tem
coloração rósea. O tubo 2 apresentou coloração levemente amarela, mostrando que há uma pequena
concentração de CO2, em virtude da presença de sementes de feijão germinado, que realizam
fotossíntese e respiração: o primeiro processo retira somente parte do CO2 eliminado pela respiração. O
tubo 3 apresenta coloração muito amarela, visto que o levedo, na presença de açúcar realiza o
processo de fermentação, o qual libera grande quantidade de CO2, acidificando a solução. O tubo 4 não
tem seu pH alterado visto que o levedo não apresenta substrato para a realização da fotossíntese, pois
foi utilizado adoçante dietético, isento de glicose. Já o tubo 5 também não apresentou alteração no pH
devido à fervura do levedo, que, provavelmente, matou todos os micro-organismos. Além disso, nesse
tubo também não existe substrato para o processo de fermentação.
Sistema de Ensino CNEC
19) a) Na planta A, a taxa de fotossíntese supera a taxa de respiração, ou seja, o vegetal permanece
acima do ponto de compensação fótico. Na planta B, a taxa de respiração supera a taxa de
fotossíntese, e a planta permanece abaixo do ponto de compensação fótico.
b) As plantas CAM e C4 não realizam fotorrespiração e estão adaptadas a maiores temperaturas do que
as plantas C3.
Comentário:
a) Em virtude da grande luminosidade recebida pela planta A, sua taxa de fotossíntese supera a taxa de
respiração, de modo que ela permanece acima do ponto de compensação fótico (ponto em que as taxas
fotossintéticas e respiratória se igualam). Já na planta B, por receber baixa luminosidade, a taxa de
respiração supera a taxa de fotossíntese e a planta permanece abaixo do ponto de compensação fótico.
b) A fotorrespiração é um processo através do qual as plantas utilizam o gás oxigênio para formar o
glicolato, composto com dois átomos de carbono que será, posteriormente, oxidado a dióxido de
carbono. Apesar de importante para as plantas C3, que conseguem realizam fotossíntese quando a
concentração de CO2 está baixa, a fotorrespiração limita a fotossíntese.
20) A
Comentário:
I. Observa-se no gráfico que as plantas C3 atingem a taxa fotossintética máxima com 50% da insolação
e com temperatura em torno de 20ºC. Altas temperaturas e 100% da insolação reduzem a taxa
fotossintética. Afirmativa correta.
II. No gráfico, observa-se que, conforme aumenta a luminosidade e a temperatura, a taxa fotossintética
das plantas C4 também aumenta continuamente. Além disso, com esse aumento as células de
revestimento têm pouco contato com o oxigênio, pois os estômatos permanecem fechados, evitando a
fotorrespiração. Em virtude disso, as plantas C4 são adaptadas a ambientes secos e quentes, como o
milho e a cana-de-açúcar. Afirmativa correta.
III. As plantas C4 são numerosas nas monocotiledôneas. Afirmativa incorreta.
IV. As plantas C3 não possuem maior eficiência fotossintética por unidade de área foliar, o que pode ser
observado pelo gráfico. Afirmativa incorreta.
CAPÍTULO 6 – O aproveitamento da energia ocorre através da respiração celular
Exercícios de sala
1) A nicotinamida é uma vitamina importante na formação do NAD e do NADP, substâncias envolvidas
com o metabolismo energético das células. Assim, a carência dessas substâncias pode prejudicar o
funcionamento normal das células, especialmente aquelas cuja atividade metabólica é intensa, como as
nervosas e musculares.
Comentário:
A nicotinamida corresponde à forma amida da vitamina B3, encontrada, principalmente, na levedura, no
fígado, nas aves, nas carnes magras, no leite e nos ovos, nas frutas secas, nos cereais integrais e em
vários legumes, frutas e verduras, como tomate, brócolis, cenoura, abacate e batata-doce.
2) O músculo estriado esquelético apresenta elevado metabolismo, dependendo de grandes
quantidades de energia. Por isso, há necessidade de que essas células contenham uma grande
quantidade de mitocôndrias, com elevado número de cristas, garantindo maior obtenção de energia.
Comentário:
As mitocôndrias são as organelas responsáveis pela respiração aeróbia, ou seja, pela quebra da glicose
na presença de oxigênio, liberando energia para a produção de ATP. Quanto maior a necessidade
energética das células – como observado nas células musculares – maior a quantidade dessas
organelas. Além disso, essas organelas possuem, em sua membrana interna, as cristas mitocondriais,
nas quais ocorre a cadeia respiratória – etapa mais energética da respiração. Portanto, mitocôndrias
com mais cristas têm capacidade de gerar mais energia.
3) a) 1 representa a fermentação alcoólica, e 2, a respiração aeróbica.
b) Na respiração aeróbia, a glicose é completamente degradada, o que permite maior aproveitamento
da energia armazenada em suas ligações.
Comentário:
Sistema de Ensino CNEC
Na fermentação alcoólica, cujo saldo energético é de 2 ATPs, a molécula de glicose é parcialmente
degradada, produzindo o álcool etílico e CO2. Na respiração aeróbica, ocorre a quebra completa da
glicose, originando CO2 e H2O, além de saldo de 36 ou 38 ATPs.
4) a) O organismo A pode ser classificado como autótrofo.
b) O processo 1, fotossíntese, ocorre apenas durante o dia. Os processos 2 e 3 ocorrem durante o dia e
a noite.
Comentário:
O processo 1 é a fotossíntese, pois absorve CO2 e elimina O2. Os processos 2 e 3 correspondem à
respiração, já que absorvem O2 e eliminam CO2. Os organismos autótrofos realizam ambos os
processos: durante o dia produzem matéria orgânica através da fotossíntese; durante o dia e à noite,
consomem a matéria orgânica produzida, através da respiração aeróbia. Já os organismos heterótrofos
realizam somente respiração, durante o dia e à noite.
5) a) A célula A tem metabolismo aeróbio, enquanto a célula B tem metabolismo anaeróbio.
b) Porque uma parte da produção de ATP produzida na célula depende da glicólise, fase inicial dos
processos de obtenção de energia que não depende da cadeia transportadora de elétrons e ocorre
inclusive nas células de metabolismo aeróbio.
Comentário:
O transporte de elétrons é um evento importante que ocorre na cadeia transportadora de elétrons ou
cadeia respiratória, a última etapa da respiração aeróbia – e mais energética. Portanto, ao bloquear
esse processo, reduz-se a produção de ATP, mas somente nas células que apresentam metabolismo
aeróbio. Logo, conclui-se que a célula A tem metabolismo aeróbio, enquanto a célula B tem
metabolismo anaeróbio.
A glicólise, primeira etapa do metabolismo energético de células aeróbias e anaeróbias, ocorre
independente da presença de oxigênio e do transporte de elétrons. Assim, mesmo que há o bloqueio
desse transporte, a produção de ATP não será nula: o saldo será de 2 ATPs, produzidos na glicólise.
Um exemplo de substância capaz de interromper esse transporte de elétrons é o gás cianeto, usado
nas câmaras de gás durante a Segunda Guerra Mundial.
Exercícios propostos
6) C
Comentário:
O aumento da temperatura da água e, consequentemente, da temperatura corpórea dos animais
pecilotérmicos, faz com que eles fiquem mais ativos. Em virtude dessa maior atividade, também há
aumento do metabolismo, visto que as células necessitam de maior quantidade de energia e, também,
de gás oxigênio.
7) C
Comentário:
Na fotofosforilação – processo que ocorre durante a fase de claro da fotossíntese – e na cadeia
respiratória – processo final da respiração aeróbia – ocorre o transporte de elétrons de um nível mais
energético para um nível menos energético. Esse transporte é facilitado por proteínas chamadas de
citocromos, ligadas à membrana interna de cloroplastos e mitocôndrias, respectivamente. Por isso,
apesar de serem processos metabolicamente opostos, ambos têm em comum a participação dos
citocromos no transporte dos elétrons.
8) A
Comentário:
A glicólise, fase anaeróbica da respiração celular, ocorre no hialoplasma (ou citosol); o ciclo de Krebs e
a cadeia transportadora de elétrons, fases da respiração que dependem de oxigênio, ocorrem no interior
das mitocôndrias, respectivamente, na matriz mitocondrial e nas cristas mitocondriais.
9) E
Comentário:
A respiração celular (ou aeróbia) é composta de três fases:
- glicólise: fase anaeróbica que ocorre no citoplasma.
Sistema de Ensino CNEC
- ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico: fase aeróbica que ocorre na matriz mitocondrial. Nesta etapa
há degradação total da glicose, formando dióxido de carbono e água.
- cadeia respiratória ou cadeia transportadora de elétrons: fase aeróbica que ocorre nas cristas
mitocondriais. Nessa etapa, há transferência de hidrogênios do NADH2 e do FADH2 para o oxigênio,
produzindo água. Além disso, o transporte de elétrons também libera energia, utilizada para a produção
de ATP.
Na respiração aeróbia, há produção de 38 ATPs para cada molécula de glicose. Destes, 34 são
produzidos na cadeia respiratória, 2 na glicólise e 2 no ciclo de Krebs. No entanto, a produção na cadeia
respiratória depende das moléculas de NADH2 e FADH2, produzidas, principalmente, no ciclo de Krebs,
de modo pode-se considerar que essa etapa gera mais energia que a glicólise.
A oxidação do piruvato e o ciclo da pentoses (ou de Calvin) são processos da fotossíntese.
10) a) A etapa é a cadeia respiratória, que ocorre na membrana interna da mitocôndria.
b) Como o código genético é degenerado, ou seja, existe mais de um códon para a maioria dos
aminoácidos, o códon alterado pode pertencer ao mesmo aminoácido que teria sido inserido na cadeia
polipeptídica antes da mutação.
Comentário:
A etapa em que o oxigênio recebe elétrons e que, potencialmente, pode formar as espécies reativas de
oxigênio. O transporte de elétrons ocorre na cadeia transportadora de elétrons ou cadeia respiratória,
processo que acontece na membrana interna da mitocôndria, também chamada de cristas
mitocondriais.
O código genético – universal e degenerado – é a correspondência entre códons (trincas de bases
nitrogenadas no RNAm) e aminoácidos. Eventualmente, podem ocorrer mutações que não provocam
modificação do aminoácido, em virtude do caráter degenerado do código genético: o mesmo
aminoácido pode ser codificado por diferentes códons.
11) D
Comentário:
As câimbras são ocasionadas devido ao acúmulo do ácido lático proveniente da fermentação lática,
processo anaeróbico que ocorre inteiramente no citoplasma das células musculares dos seres humanos
quando a concentração de gás oxigênio está baixa.
12) A
Comentário:
I. Fermentação, respiração aeróbia e respiração anaeróbia são todos processos de quebra de
moléculas orgânicas em moléculas mais simples, liberando energia. A diferença entre a fermentação e
os dois tipos de respiração é que na primeira há quebra incompleta da glicose, enquanto que nas
demais, a quebra é completa, liberando maior quantidade de energia. Já entre a respiração aeróbia e
anaeróbia, a diferença está em relação à molécula aceptora de hidrogênios: oxigênio no primeiro caso e
outra molécula inorgânica (como nitratos) no segundo caso. Afirmação correta.
II. A fermentação e a respiração anaeróbia são processos de obtenção de energia que não usam
oxigênio. Afirmação incorreta.
III. A energia liberada na quebra das ligações da glicose em todos os processos apresentados é
utilizada para catalisar a ligação do ADP (adenosina difosfato) a um grupo fosfato, formando o ATP
(adenosina trifosfato). Afirmação correta.
IV. Nas respirações aeróbia e anaeróbia, há uma cadeia de transporte de elétrons com um aceptor final
de hidrogênios, o que gera maior quantidade de energia do que na fermentação, em que essa cadeia
está ausente. Afirmação correta.
V. Na respiração anaeróbia, o aceptor final de hidrogênios pode ser um nitrato, um sulfato ou carbonato,
enquanto que na respiração aeróbia é sempre o oxigênio. Afirmação correta.
VI. A fermentação tem saldo de apenas 2 ATPs, enquanto que a respiração aeróbia tem saldo de 38
ATPs. A respiração anaeróbia tem saldo energético pouco menor que o apresentado na respiração
aeróbia. Afirmação incorreta.
13) A
Comentário:
1) As bactérias do gênero Lactobacillus – utilizadas na produção de iogurte – realizam fermentação
lática, durante a qual fermentam a lactose do leite, produzindo ácido lático. Item correto.
Sistema de Ensino CNEC
2) A equação da fermentação lática é: C6H12O6  2 C3H603 + 2 ATPs. Portanto, não há formação de gás
carbônico. Item correto.
3) O ácido acético, produzido diretamente pela fermentação acética, pode ser metabolizado por fungos,
produzindo acetona. Portanto, micro-organismos podem produzir esses dois produtos. Item correto.
4) A fermentação lática, que converte glicose em ácido pirúvico e, posteriormente, em ácido lático, pode
ser feita por bactérias e por fungos, como, por exemplo, os gêneros Lactobacillus e Rhizopus,
respectivamente. Item correto.
14) D
Comentário:
O fermento biológico utilizado no pão é composto por leveduras (fungos). Esses micro-organismos são
chamados de anaeróbios facultativos, pois, na ausência de oxigênio realizam fermentação alcoólica e,
na presença desse gás, realizam respiração aeróbia. Esse tipo de fermento é utilizado na fabricação de
pães para o crescimento da massa: depois de pronta, a massa permanece em repouso, sob
temperatura adequada, o que faz com que a massa cresça devido ao acúmulo de dióxido de carbono
em seu interior, o que garante a maciez do pão. Quando assado, o álcool evapora, gerando o aroma
característico de padaria.
15) a) Nas mitocôndrias dos animais que inalaram cádmio (Cd), há uma diminuição no consumo de
oxigênio, pois a transferência de elétrons que se dá na membrana interna e nas cristas da mitocôndria
vai ocorrer mais lentamente.
b) A mobilidade do flagelo do espermatozoide irá diminuir, pois as mitocôndrias com as membranas
internas danificadas produzirão menos ATP, fonte de energia para a mobilidade do espermatozoide.
Comentário:
O gás oxigênio é utilizado, principalmente, durante a cadeia respiratória de elétrons, a qual ocorre na
membrana interna das mitocôndrias ou cristas mitocondriais. Essa etapa é a que gera maior quantidade
de energia na respiração aeróbia (34 dos 38 ATPs formados). Nos animais que inalaram cádmio, foram
observados danos nas cristas mitocondriais, o que pode prejudicar o transporte de elétrons. Logo,
esses danos podem provocar redução do consumo de oxigênio e, consequentemente, de geração de
energia, o que pode reduzir o metabolismo das células, como o espermatozoide, que terá sua
mobilidade reduzida, visto que o flagelo depende de grande quantidade de energia para a sua
movimentação.
CAPÍTULO 7 – Transferência da matéria e de energia nos ecossistemas
Exercícios de sala
1) a) O processo de respiração aeróbia está indicado pelos números I e IV.
b) Os biocombustíveis liberam CO2, mas esse gás é novamente incorporado pelas plantas. Os
combustíveis fósseis liberam o carbono, na forma de CO2, que estava aprisionado há milhares de anos.
Esse carbono supera a capacidade de incorporação das plantas atuais.
Comentário:
a) A respiração aeróbia é um processo que libera gás carbônico para a atmosfera. Portanto, está
indicada pelos números I e IV.
b) A reincorporação do CO2 pelos biocombustíveis ocorre graças ao processo fotossintético. Apesar de
os combustíveis fósseis também serem derivados de seres vivos, a sua queima libera carbono
aprisionado há milhares de anos. Além disso, os biocombustíveis são renováveis, diferente dos
combustíveis fósseis.
2) a) Todas as etapas do ciclo do nitrogênio citadas dependem de bactérias.
b) O nitrogênio está disponível aos seres vivos após a formação de nitrato. Os nitratos são absorvidos
pelos vegetais e transferidos aos animais através das cadeias alimentares.
Comentário:
As etapas do ciclo do nitrogênio são:
- Fixação: absorção do nitrogênio atmosférico (N2), transformando-o em amônia (NH3). Realizado pelas
bactérias do gênero Rhizobium, presentes nas raízes de plantas leguminosas.
- Nitrosação: transformação da amônia em nitrito (NO2-) pelas bactérias do gênero Nitrosomonas.
- Nitratação: transformação do nitrito em nitrato (NO3-) pelas bactérias do gênero Nitrobacter. O nitrato
Sistema de Ensino CNEC
fica, então, disponível para que as plantas o absorvam através das raízes.
- Desnitrificação: utilização do oxigênio presente no nitrato por bactérias do gênero Pseudomonas,
quando a concentração desse gás está baixa no solo. Como consequência, há liberação de nitrogênio
para a atmosfera.
- Amonização ou amonificação: decomposição de matéria orgânica proveniente dos seres vivos,
retornando amônia para o solo. Realizada por fungos e bactérias decompositores.
3) D
Comentário:
Ao contrário do que ocorre com a matéria, a energia não pode ser reaproveitada (reciclada). De toda a
energia obtida por um vegetal, uma parte é utilizada em seu próprio metabolismo, outra parte é perdida
na forma de calor e o restante é transferido para o próximo nível trófico. O mesmo ocorre nos demais
níveis tróficos, até que essa energia disponível para o último nível trófico se torne muito pequena.
4) C
Comentário:
Nas relações de parasitismo, o numero de parasitas é sempre maior que o número de hospedeiros. Já
nas relações de predação, em geral o predador é maior do que a presa e, como consequência, o
número de presas é maior que o de predadores.
Na pirâmide citada, a relação entre o produtor e o consumidor primário é de parasitismo – os pulgões
retiram seiva elaborada da árvore. Já entre os demais níveis tróficos, a relação é de predação – os
pulgões servem de alimento para as joaninhas e, essas, para os pássaros.
5) B
Comentário:
A água do mar colocada nas garrafas é composta por fitoplâncton, organismos microscópicos
fotossintetizantes que vivem na coluna de água próximo à superfície. A medição do volume de oxigênio
das garrafas antes e após o período de incubação está relacionada aos processos realizados pelo
fitoplâncton dentro das garrafas: nas garrafas escuras ocorre apenas a respiração aeróbia, enquanto
que nas garrafas transparentes ocorre tanto a respiração quanto a fotossíntese. Essa diferença deve-se
à ausência ou à presença de luminosidade, respectivamente. A respiração consome o oxigênio
presente na água anteriormente ou produzido pela fotossíntese. Assim, nas garrafas escuras, a
quantidade de oxigênio diminui, mostrando a quantidade de matéria consumida com a respiração. Nas
garrafas transparentes, a fotossíntese libera gás oxigênio e a respiração consome. A fotossíntese
corresponde à produtividade primária líquida (PPB = tudo que é produzido pelo primeiro nível trófico),
enquanto que o balanço entre a produção e o consumo (respiração) corresponde à produtividade
primária líquida (PPL = valor obtido na garrafa transparente). Portanto, a soma dos valores de ambas as
garrafas gera a PPB, ou seja, tudo que o fitoplâncton tem capacidade de produzir em determinado
período de tempo.
Com esses dados e analisando as afirmações, concluímos que I, II e III estão corretas. A afirmação IV
está incorreta, pois o gás oxigênio participa da fotossíntese e da respiração como produto e reagente,
respectivamente.
Exercícios propostos
6) E
Comentário:
Analisando a imagem, observa-se que a quantidade de água que evapora (319 + 59 = 378) é igual à
quantidade de água que precipita (283 + 95 = 378). Para evaporar, a água precisa absorver energia,
enquanto que para condensar, a água precisa liberar energia. O que determina o ciclo da água é a
quantidade de água que evapora, e não a que precipita.
7) C
Comentário:
O processo A retira CO2 da atmosfera para o 1o nível trófico e, portanto, é a fotossíntese. O processo B
devolve o CO2 para a atmosfera e, por isso, é a respiração. O processo C se aproveita de matéria
orgânica morta e devolve o CO2 para a atmosfera. Logo, trata-se da decomposição.
Sistema de Ensino CNEC
8) Os gases X e Y são, respectivamente, nitrogênio e gás carbônico. A fixação do nitrogênio é feita pelo
rizóbio, que gera, a partir de nitrogênio e de água, a amônia. A fixação do gás carbônico é feita pela
atividade fotossintética da goiabeira, que transforma este gás em compostos orgânicos.
Comentário:
O rizóbio – ou Rhizobium – é uma bactéria presente nos nódulos radiculares das leguminosas e tem
como função fixar o nitrogênio atmosférico (N2), transformando-o em amônia, a qual fica disponível para
que outras bactérias participantes do ciclo do nitrogênio.
Já a goiabeira, através da fotossíntese, é capaz de absorver dióxido de carbono e produzir matéria
orgânica, a qual é transferida para o sabiá e demais organismos presentes ao longo da cadeia
alimentar.
9) a) As plantas retiram o CO2 através da fotossíntese. Elas desapareceriam porque é através desse
gás que elas produzem o próprio alimento durante a fotossíntese.
b) Os processos biológicos representados são a decomposição, através da qual a matéria orgânica é
convertida em inorgânica, e a respiração, na qual o composto orgânico é degradado visando a obtenção
de energia.
Comentário:
A reação química referente à retirada de CO2 da atmosfera, ou seja, da fotossíntese é: 6 CO2 + 12 H2O
+ energia luminosa  C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O. Esse processo é importante devido à produção de
glicose e à liberação de gás oxigênio para a atmosfera. Caso o dióxido de carbono desaparecesse,
esses vegetais não realizariam fotossíntese e, portanto, não sobreviveriam. Além disso, a concentração
de gás oxigênio também iria diminuir, visto que esse gás será apenas consumido, e não mais
produzido, podendo gerar consequências para os organismos aeróbios.
Deve-se atentar para o item b da questão, uma vez que ele solicita os processos biológicos
responsáveis pelo retorno do CO2 para a atmosfera – decomposição e respiração –, mas a figura
também mostra um processo não biológico – a queima de combustíveis na indústria.
10) a) Não. Apenas a afirmação III. Em I, o erro refere-se à gasolina que, por ser um tipo de combustível
fóssil, já fez parte do corpo de um ser vivo. Em II, a fotossíntese, apesar de ser o principal, não é o
único processo pelo qual os organismos obtêm carbono. A quimiossíntese e a alimentação dos
organismos heterótrofos também permitem a obtenção de carbono.
b) No caso do etanol, o carbono liberado na atmosfera será novamente incorporado pelas próximas
plantações. No caso dos combustíveis fósseis, que armazenam carbono há milhares de anos, a
reincorporação desse elemento não ocorre na mesma velocidade em que ele é liberado.
Comentário:
a) I. A gasolina, assim como os demais combustíveis fósseis, são provenientes de matéria orgânica –
no caso do petróleo, proveniente, principalmente, do fundo dos mares – soterrada e sujeita a
modificações em pressões e temperaturas elevadas.
II. A fotossíntese é uma das formas de obtenção de carbono. A quimiossíntese – síntese de matéria
orgânica utilizando reações inorgânicas como fonte de energia – e a alimentação – um organismo
utilizar outro como sua fonte de alimento, processo presente em todas as cadeias alimentares –
também são formas de obtenção de carbono.
b) Outra vantagem do uso dos biocombustíveis é o fato de ser um combustível renovável. Não pode ser
considerado como vantagem a afirmação de que o álcool é mais barato que a gasolina, em virtude do
menor rendimento apresentado pelo álcool. Em relação às desvantagens dos biocombustíveis, pode-se
citar o desmatamento para a plantação das monoculturas destinadas à produção de biocombustíveis.
11) A
Comentário:
As bactérias do gênero Nitrosomonas são as responsáveis pela conversão de amônia em nitritos. Esses
nitritos posteriormente são convertidos em nitratos, que são fonte de nitrogênio para os seres vivos. Os
vegetais assimilam esses nitratos e utilizam-nos na síntese de ácidos nucleicos, de aminoácidos e de
proteínas.
12) A
Comentário:
As plantas carnívoras, assim como as demais representantes do Reino Plantae, são organismos
autótrofos e que, portanto, não necessitam de fontes alternativas de alimento, ou seja, a captura de
Sistema de Ensino CNEC
insetos. No entanto, quando o solo é pobre em nitrogênio, elas realizam essa estratégia para obtenção
desse elemento, essencial para a produção de proteínas e ácidos nucleicos.
13) a) As representações I e II indicam, respectivamente, a fotossíntese e a respiração aeróbia. Os
cloroplastos são especializados na fotossíntese, e as mitocôndrias, na respiração aeróbia.
b) Através da fotossíntese, a energia solar é transformada em química e transferida ao longo das
cadeias alimentares. Cada organismo aproveita parte dessa energia através da respiração aeróbia.
Comentário:
No processo I (fotossíntese) ocorre a síntese de carboidratos, compostos orgânicos ricos em energia, a
partir de CO2 e água e energia luminosa. Essas moléculas produzidas são, então, transferidas de um
nível trófico a outro nas cadeias alimentares. Em cada nível trófico ocorre consumo de parte dos
carboidratos pelo processo II (respiração aeróbia), o que reduz significativamente o fluxo de energia de
um nível trófico para outro nas cadeias alimentares.
14) A
Comentário:
Os combustíveis não são recursos renováveis, visto que sua fabricação demorou milhares de anos ao
longo do processo evolutivo da Terra e dependeu de condições específicas de temperatura, pressão e
outros, o que dificulta – ou até mesmo, impede – que sejam produzidos novamente, seja natural ou
artificialmente. Diante disso, diz que os combustíveis fósseis se esgotarão no futuro, que pode ser mais
próximo ou mais distante, dependendo da forma como forem utilizados e economizados.
O etanol (da cana-de-açúcar ou do milho) e a energia eólica são exemplos de combustíveis renováveis.
15) B
Comentário:
A energia luminosa fornecida pelo Sol é captada pelos organismos autótrofos fotossintetizantes, que a
transformam em energia química, armazenada nas ligações de compostos orgânicos, como a glicose.
Essa matéria orgânica é, então, transferida ao longo das cadeias alimentares. Em cada nível trófico,
parte dessa energia (presente nas ligações químicas das moléculas orgânicas) é utilizada no
metabolismo dos organismos, parte é perdida na forma de calor e somente uma parte é transmitida para
o próximo nível trófico, de modo que a quantidade de energia sempre diminui ao longo das cadeias
alimentares.
16) C
Comentário:
A energia tem fluxo unidirecional e decrescente, sempre no sentido de produtores para consumidores.
17) B
Comentário:
Observa-se na imagem que o processo Y refere-se à transferência de energia para toda a cadeia
alimentar, partindo do Sol. Essa transferência ocorre através da digestão (Y). A seta X não tem nenhum
receptor e, portanto, corresponde à energia utilizada pelos organismos e que não é transferida ao longo
da cadeia alimentar. Logo, X refere-se à respiração. A seta Z mostra eliminação de compostos que são
posteriormente utilizados por outros organismos. Z é, portanto, a excreção, que será utilizada pelos
organismos decompositores.
18) a) O oxigênio liberado na fotossíntese serve como parâmetro para se medir a produção de matéria
orgânica pelo fitoplâncton. Isso porque ele é produzido durante a fabricação de matéria orgânica.
b) Na garrafa iluminada ocorre fotossíntese com produção de matéria orgânica e de oxigênio. A garrafa
escura funciona como controle do experimento, pois nessa situação não há fotossíntese. Comparandose o teor de oxigênio nas duas garrafas, tem-se a medida da taxa de fotossíntese.
c) Os responsáveis são as algas microscópicas componentes do fitoplâncton.
Comentário:
A produtividade pode ser de dois tipos: bruta e líquida. A produtividade primária bruta (PPB)
corresponde à toda a matéria orgânica produzida pelo primeiro nível trófico, enquanto que a
produtividade primária líquida (PPL) corresponde ao saldo entre o que foi produzido e o que foi
consumido com o metabolismo (genericamente nomeado de respiração, R). Portanto, temos que: PPL =
PPB – R.
Sistema de Ensino CNEC
19) B
Comentário:
A cadeia alimentar solicitada (fitoplâncton  zooplâncton  peixes) representa a única pirâmide de
biomassa invertida, situação que ocorre exclusivamente à noite. Durante a noite o fitoplâncton deixa de
realizar fotossíntese e, por isso, seu metabolismo e sua capacidade de reprodução diminuem. Como
eles servem de alimento para o zooplâncton, sua população diminui consideravelmente, e a biomassa
daqueles torna-se menor. Apesar de o exercício não informar que se trata de uma situação no período
noturno, por se tratar uma exceção, a resposta é a pirâmide invertida, observada na alternativa b.
Durante o dia, o fitoplâncton reproduz-se rapidamente, de modo que a sua biomassa supera a do
zooplâncton.
20) D
Comentário:
O fluxo de energia nos ecossistemas é unidirecional, decrescendo dos produtores aos decompositores,
pois, em cada nível trófico, parte da energia é liberada na forma de calor, não podendo ser
reaproveitada. O fluxo de matéria é cíclico, graças à atuação dos produtores, que transformam
compostos inorgânicos em orgânicos, e dos decompositores, que atuam sobre a matéria orgânica e a
degradam novamente em compostos inorgânicos.
CAPÍTULO 8 – A evolução dos ecossistemas
Exercícios de sala
1) B
Comentário:
As comunidades pioneiras são formadas por organismos auto-suficientes, devido à capacidade de
realizarem fotossíntese e à capacidade de obterem água e compostos inorgânicos. Por esses motivos,
elas são as primeiras a se instalarem em um ambiente desabitado.
2) B
Comentário:
A sucessão ecológica refere-se à sequência de eventos em determinado ambiente, partindo de um local
desabitado até a formação de uma comunidade clímax. Durante o processo, ocorrem sucessivas
modificações, com substituições de espécies em virtude das alterações observadas no próprio
ambiente.
3) Durante a sucessão ecológica, a biomassa, a diversidade de espécies e o número de nichos
aumentam. A dependência do microclima em relação ao clima regional diminui.
Comentário:
Durante a sucessão, há aumento do número de espécies e de indivíduos no ecossistema, o que
desencadeia o aumento da biomassa e dos nichos ecológicos disponíveis. No entanto, a dependência
do microclima em relação ao clima regional diminui, isto é, o ambiente torna-se mais independente de
fatores que ocorrem nos ecossistemas ao redor, como a pluviosidade. Além disso, há também uma
redução da produtividade líquida (visto que, na comunidade clímax, há consumo de tudo que é
produzido) e da suscetibilidade a pragas (a biodiversidade reduz a possibilidade que uma espécie se
torne uma praga, devido à existência de predadores, parasitas e competidores).
4) A grande homeostase das comunidades clímax refere-se à grande estabilidade que elas apresentam,
graças à grande diversidade de espécies. Sem a interferência de fatores externos, essas comunidades
mantêm-se em equilíbrio dinâmico.
Comentário:
Homeostase corresponde à manutenção do equilíbrio. Toda comunidade clímax tende a manter a sua
homeostase caso não existam fator externo que quebrem essa estabilidade, como ação antrópica –
poluição, desmatamento, mortandade de animais, entre outros – ou desastre ambiental – terremoto,
furacão, vulcanismo, entre outros.
5) E
Comentário:
I. Com a queda da população de gramíneas, a população de forbs tem mais espaço para se
desenvolver. Item correto.
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II. A redução na quantidade de gramíneas é resultado da alimentação tipicamente herbívora dos bisões,
além do pisoteamento da pastagem. Item correto.
III. A última frase do texto afirma “isso pode ser explicado pela presença de urina nessas áreas”. Como
a urina tem grande quantidade de compostos nitrogenados, ele enriquece o solo, possibilidade o maior
desenvolvimento das plantas na região pastada. Item correto.
IV. Através da leitura do texto, verificamos a diferença das comunidades pisoteadas pelos bisões em
comparação às áreas não pisoteadas. Logo, conclui-se que os grandes mamíferos têm a capacidade de
modificar a estrutura das comunidades locais, aumentando a produtividade vegetal. Item correto.
Exercícios propostos
6) A
Comentário:
Em uma sucessão ecológica, considera-se que a comunidade clímax – o final da sucessão ecológica –
possui o máximo da estabilidade e da maturidade. No entanto, as características das diferentes
comunidades clímax estão relacionadas às condições climáticas dos locais. Assim, deserto, florestas
tropicais, cerrado e campos, por exemplo, são exemplos de comunidades clímax, ainda que suas
características sejam completamente distintas.
7) D
Comentário:
A comunidade clímax é muito estável e, portanto, não é possível detectar mudanças ao longo de
poucos anos. No entanto, essas modificações não cessam completamente, visto que essas
modificações pode ser percebidas ao longo de milhares de anos, ou seja, em tempo geológico.
8) a)
Parâmetros
Estágio inicial da
sucessão
Estágio de clímax
Produção primária
Maior do que 1
Igual a 1
bruta/consumo
Produção primária líquida
Alta
Nula
Biomassa
Mínima
Máxima
Diversidade de espécies
Mínima
Máxima
b) Porque os liquens são organismos pouco exigentes com o ambiente. Podem ser os primeiros a se
instalar e, a partir daí, preparam o ambiente para as próximas espécies.
c) Espera-se que a maior variedade de aves apareça no ecótone, visto que essa região apresenta maior
biodiversidade, gerando maior disponibilidade de alimentos e, consequentemente, de aves.
Comentário:
a) Em uma comunidade em estágio inicial de sucessão, como não há consumo, a relação produção
primária bruta/consumo é elevada. Já no estágio de clímax, toda a produção é consumida, de modo que
a relação é próxima ou igual a 1. Além disso, a biomassa está diretamente relacionada à biodiversidade
e à quantidade de indivíduos: no início da sucessão todos esses parâmetros são mínimos, enquanto
que, ao final da sucessão, esses parâmetros são máximos.
b) Os fungos que fazem parte dos liquens produzem substâncias ácidas liberadas por suas hifas. Desse
modo, eles conseguem degradar a rocha nua, iniciando o processo de produção do solo.
c) O ecótone possui maior biodiversidade em virtude de ser uma região de transição, o que gera maior
diversidade de nichos ecológicos nesse local.
9) a) O mais recomendado é o grupo 3. Estas espécies realizam maior produção de matéria orgânica
em intensidades luminosas mais altas, em consequência da maior taxa de fotossíntese.
b) A produtividade primária líquida tende a estabilizar-se porque, embora ocorra um aumento da
produtividade primária bruta, passa também a haver um aumento proporcional da respiração. A
biomassa tende a aumentar.
Comentário:
a) A área de pastagem com pouco sombreamento – e, consequentemente, muita luz – deve ser
inicialmente reflorestada utilizando-se uma espécie vegetal capaz de realizar a maior taxa fotossintética
com intensidades luminosas maiores, como a espécie 3.
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b) A produtividade primária líquida é um dos poucos fatores que reduzem durante o processo de
sucessão ecológica. Além dela, há também redução da suscetibilidade às pragas e dependência do
microclima em relação ao clima regional.
10) a) A curva A representa a diversidade das espécies. Durante a sucessão ecológica verifica-se um
aumento do número de espécies ao longo do tempo até o estágio clímax. Nesta fase observa-se a
maior biodiversidade. A curva B representa a produção líquida de matéria orgânica (P/B), que é alta no
início da sucessão, diminui à medida que esta ocorre e atinge o mínimo no estágio clímax.
b) O experimento representa uma sucessão secundária. Na natureza, poderá ocorrer numa região onde
os seres vivos foram eliminados naturalmente ou pela ação humana. Exemplos: uma floresta destruída
pela ação do fogo, a recuperação da mata após a queda de uma árvore de grande porte, etc.
Comentário:
Através da análise dos frascos, observamos que há, inicialmente, uma biodiversidade muito grande na
figura I, que se modifica drasticamente na figura II, na qual praticamente não há variedade de espécies.
Após, nas figuras III e IV, observa-se que há uma recuperação dessa biodiversidade. Com isso,
concluímos que o experimento representa uma situação de sucessão ecológica secundária, e que a
curva A corresponde à diversidade de espécies. A curva B corresponde à relação de produção líquida
por biomassa, que é baixa em comunidades clímax (como I e IV), visto que consomem tudo que é
produzido; e alta nos estágios iniciais de sucessão (como em II), devido à existência de poucos
indivíduos que consumirão a matéria orgânica produzida.
CAPÍTULO 9 – Adaptações e ritmos biológicos
1) a) Os problemas aos quais cada adaptação se relaciona são:
I: a organização dos indivíduos em bandos está relacionada à defesa contra o ataque de predadores.
II: a camuflagem exerce um importante papel na defesa contra o ataque de predadores e facilidade na
captura de presas.
III: uma grossa camada hipodérmica é eficiente na proteção ao frio.
IV: a presença de um rim capaz de concentrar a urina é eficiente no combate à escassez de água.
V: as brânquias, ao eliminarem o excesso de sais por difusão, auxiliam no controle osmótico.
b) As plantas podem formar espinhos para minimizar o ataque de predadores. No caso de escassez de
água elas possuem tecido especializado para o armazenamento (parênquima aquífero).
2) Nas florestas temperadas, a vegetação é caducifólia. Isso porque, nessas regiões, o inverno é
rigoroso e torna-se vantajosa a queda das folhas. Nas florestas tropicais, a vegetação é perenifólia, pois
a temperatura média mais amena permite a absorção de água durante o ano todo.
3) A alteração nos padrões de coloração dos frutos os tornam mais atrativos aos animais, o que facilita
a dispersão das sementes.
4) a) Ocorrerá o florescimento, pois a planta esteve submetida a um período de escuro superior a 12
horas.
b) Não ocorrerá o florescimento, pois a planta não esteve submetida a um período de escuro superior a
12 horas (o período de escuro foi interrompido).
c) Não ocorrerá o florescimento, pois a planta esteve submetida a um período de escuro inferior a 12
horas.
d) Não ocorrerá o florescimento, pois a planta esteve submetida a um período de escuro inferior a 12
horas.
5) a) A semente de alface germina nos experimentos 2 e 3. A luz vermelho-longo converte o fitocromo R
em fitocromo F, que estimula a germinação das sementes fotoblásticas positivas. b) A semente de
melancia germina no experimento 1 Ao contrário das sementes fotoblásticas positivas, as negativas
germinam na ausência do fitocromo F. Esse é convertido em fitocromo R na presença de vermelhocurto.
6) E
Comentário: Sabe-se que animais endotermos têm a capacidade de manter a temperatura corporal
constante, independente da temperatura ambiente. As trocas de calor ocorrem através da superfície
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corporal. Sendo assim, de acordo com a Lei das Proporções, animais de regiões quentes apresentam
extremidades e apêndices maiores, de modo a aumentar a troca de calor com o meio. De modo
contrário, animais de climas frios, apresentam extremidades menores, reduzindo a superfície e,
conseqüentemente, as perdas de calor.
Nas regiões quentes e úmidas, o ambiente, em geral, é mais escuro, devido à vegetação mais densa.
Portanto, de acordo com a Lei da Coloração, os animais que vivem nessas regiões, em sua maioria, são
escuros de modo a se camuflarem no ambiente, enquanto que nas regiões frias, geralmente mais
claras, devido à escassez de vegetação, são, na maioria, claros, o que também facilita a camuflagem.
Em ambientes frios, as trocas de calor com o ambiente são maiores. De acordo com a Lei do Tamanho,
para reduzir essa perda de calor, os animais geralmente são maiores que aqueles de ambientes
quentes, apresentando uma espessa camada de gordura que serve como isolante térmico.
7) D
Comentário: A alternância entre os fenótipos observados em algumas espécies de aves pode ser
atribuída à aclimatação fisiológica dos organismos a diferentes condições ambientais. Deve-se salientar
que são os mesmos indivíduos que apresentam essas variações e, portanto, apresentam o mesmo
genótipo (responsável pelas variações). Como eles retornam à coloração anterior com a nova mudança
da vegetação, conclui-se que não ocorreu alteração do genótipo provocadas por mutações. Além disso,
não há recombinação gênica, já que são os mesmos indivíduos nas várias estações do ano.
8) B
Comentário: A respeito da marcha africana de gnus e zebras, podemos dizer que são corretas as
afirmativas:
I. Os movimentos migratórios ocorrem em virtude da limitação de recursos, conforme descrito no
enunciado “em busca de água e pastos verdes”
II. Como durante a viagem muitos recém-nascidos e velhos tornam-se presas fáceis para os felinos,
pode-se afirmar que os felinos contribuem para regular o tamanho das populações de gnus e de zebras.
IV. Por se tratar de uma relação de predação, o tamanho da população de predadores – no caso, os
felinos – é diretamente proporcional ao tamanho da população de presas – gnus e zebras. Na ausência
de presas, a população de predadores irá reduzir drástica.
Sobre esse assunto, é incorreto afirmar que os fatores climáticos não interferem nos processos
migratórios (alternativa III), já que as migrações resultam da falta de recursos em virtude de alterações
climáticas. Também não se pode afirmar que o tamanho das populações de gnus e zebras não se altera
durante a migração, pois, de acordo com o próprio enunciado, animais recém-nascidos e velhos são
presas fáceis para os felinos.
9) Durante o inverno, a menor incidência de luz solar e a falta de chuvas diminui a produtividade da
pastagem. Com isso, a produção de leite pelos animais que se alimentam do pasto também diminui.
10) D
Comentário: Considerando-se os movimentos da Terra, é incorreto afirmar que os ursos e pinguins
habitam as regiões da Terra com maior incidência vertical dos raios solares. Esses animais habitam os
pólos (norte e sul, respectivamente), locais onde a incidência dos raios solares é inclinada.
11) B
Comentário: As plantas de dia curto só florescem se submetidas a um período de escuro longo e
contínuo, ou seja, no regime B. Já as plantas de dia longo só florescem se submetidas a um período de
escuro curto ou ainda a um período de escuro longo, mas interrompido em determinado(s) momento(s),
como ocorreu nos regimes A e C.
12) a) Plantas A: plantas de dia curto. Plantas B: plantas de dia longo.
b) O fotoperíodo crítico representa o limite mínimo ou máximo de luz para que as plantas possam
florescer.
c) As plantas A e B podem florescer em uma mesma localidade, num mesmo período quando o dia
apresenta exatamente 12 horas de luz e 12 horas de escuro, condição em que o fotoperíodo crítico é
atingido por ambas.
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13) a) As plantas de dia curto florescem em regimes de noites longas e contínuas. Estas plantas
apresentam um fotoperíodo crítico para receberem luz, no caso, 14h, abaixo do qual florescem, e acima
do qual, não.
b) O fator importante foi a interrupção do período de escuro. A proteína relacionada com o
fotoperiodismo é o pigmento fitocromo.
Comentário: As plantas de dia curto dependem de noite longa para florescerem, por isso, no
experimento II, elas não floresceram quando o período de escuro foi interrompido.
14) D
Comentário: A classificação das plantas em plantas de dia longo (PDL) e plantas de dia curto (PDC)
correspondem ao tempo de escuro que estas plantas são expostas. PDL precisam de poucas horas de
escuro para florescerem, e PDC florescem quando expostas a poucas horas de escuro.
De acordo com o primeiro tratamento, podemos observar que o tempo de escuro foi muito intenso e o
tempo de claro muito curto, de modo que a planta I não floresceu, ou seja, a planta I, submetida a um
longo período de escuro, não floresceu. Pode-se concluir, portanto, que I trata-se de uma PDL, ou seja,
precisa de um longo intervalo com luz para florescer.
No segundo tratamento ocorreu o inverso, ou seja, as plantas foram expostas a um longo período de
luz, e o período de escuro reduziu substancialmente. Com isso, as plantas I e II floresceram e III não
floresceu. Diante disso, conclui-se que III precisa de um período de noite – sem luz – muito maior e,
portanto, é uma PDC.
Como a planta II nao sofreu interferência dos diferentes fotoperíodos nas duas situações, conclui-se que
trata-se de uma planta neutra.
15) a) O processo é a vernalização, responsável pela quebra da dormência das sementes. O processo
ocorre em regiões de baixas temperaturas.
b) A germinação da semente somente ocorre quando as condições ambientais forem favoráveis.
CAPÍTULO 10 – Biosfera: habitat dos seres vivos
1) A
Comentário: Para a resolução é necessário analisar, de acordo com o gráfico, a temperatura e a
precipitação média anual de cada bioma.
1 – Deserto: altas temperaturas e baixa pluviosidade.
2 – Campo: altas temperaturas e pluviosidade.
3 – Tundra: temperaturas baixas e baixa precipitação.
4 – Taiga: temperaturas baixas, mas superiores à da tundra.
5 – Floresta temperada: temperaturas e pluviosidade amenas.
6 – Floresta tropical: elevada temperatura e elevado índice pluviométrico.
2) Em locais de maiores altitudes, a maior amplitude térmica e a menor insolação resultam em menor
variabilidade biológica. Nos locais de latitudes mais baixas, o calor e a umidade permitem uma maior
variabilidade biológica.
3) a) O gráfico II representa corretamente a variação da biodiversidade em função da latitude. Em locais
de latitudes mais baixas, as condições climáticas favorecem uma maior variabilidade biológica.
b) O urso-polar é um animal que poderia ser encontrado na latitude norte 90°C (região do Polo Norte).
4) B
Comentário:
O fitoplâncton (I) é formado por diatomácias e dinoflagelados (3) que vivem na superfície (A).
O zooplâncton (II) é formado por larvas de ostas e microcrustáceas (1) que vivem na superfície (A).
O nécton (III) é formado por peixes, baleias e lulas (2) que vivem na região intermediária (B).
O bentos corresponde às estrelas-do-mar, aos polvos e aos poliquetos (4) que vivem no substrato (C).
5) Nas regiões onde ocorrem as correntes de ressurgência, a produtividade primária é maior. Isso
favorece toda a cadeia alimentar e o crescimento populacional de cada um dos níveis tróficos. Por isso,
a quantidade de peixes no local é maior.
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Comentário: As correntes de ressurgência referem-se à circulação vertical da água: a água mais fria
sobe e a água mais quente desce. Na subida, a água fria arrasta nutrientes depositados no fundo
daquele ecossistema aquático, favorecendo a proliferação dos produtores e, consequentemente, todos
os outros níveis tróficos.
6) a) A diversidade biológica é maior nas latitudes tropicais porque a temperatura média é maior.
b) Acima dos 5 quilômetros, a diversidade é pequena em cada uma das três latitudes. Isso limita as
relações tróficas e a estabilidade locais.
Comentário: Analisando os gráficos, percebe-se que nas latitudes tropicais, a temperatura mantém-se
relativamente elevada por toda a extensão, considerando os dois primeiros quilômetros. Nas latitudes
equatoriais, a temperatura mantém-se elevada apenas no primeiro quilômetro.
7) D
Comentário: As características I, II, III correspondem, respectivamente, aos biomas 4, 1 e 2
representados no mapa. O bioma 4 corresponde à tundra e os biomas 1 e 2 são característicos de
floresta tropical. A diferença entre eles baseia-se no fato de o bioma 1 apresentar alta biodiversidade
endêmica, ou seja, presente unicamente neste local.
8) C
Comentário: Lagos e lagoas correspondem a ambientes lênticos, ou seja, de água parada, e não lóticos,
como citado na alternativa a. Nesses ambientes é possível encontrar algas verdades, cianobactérias e
diatomáceas formando o fitoplâncton, como citado na alternativa b. Devido à correnteza, a quantidade
de sedimentos aumenta à medida que se aproxima a foz (alternativa d incorreta). Além disso, em lagos
e lagoas eutróficas, a quantidade de oxigênio dissolvido é muito reduzida (alternativa e incorreta).
A alternativa C é a única correta. Os rios, por possuírem correnteza, possuem uma baixa quantidade de
matéria orgânica, a qual é carregada ao longo do leito do rio. É por esse motivo que os rios dependem
do aporte de matéria orgânica de outros ambientes, que chegaram por seus afluentes, e até mesmo da
ação da água da chuva.
9) D
Comentário: Os organismos marinhos estão divididos em três comunidades: plâncton, nécton e bentos.
O plâncton é formado por organismos que vivem na superfície e locomovem-se pouco. O nécton é
comporto por organismos que normalmente se locomovem mais, podendo vencer a correnteza, E no
fundo, fixos ou com pouca locomoção, estão presentes os organismos dos bentos.
Portanto, de acordo com o enunciado do exercício, conclui-se que os pesquisadores estão estudando
os bentos, já que coletaram amostras de sedimento retirado do fundo oceânico.
10) Com o aumento da profundidade diminui a intensidade luminosa e, conseqüentemente, a taxa de
fotossíntese. Isso implica em menos organismos produtores e consumidores, o que justifica a
diminuição da biomassa com a profundidade.
CAPÍTULO 11 – O Brasil e seus vários biomas
1) O climograma X corresponde à região 4 e o climograma Y, à região 1.
Comentário: 4 representa a região brasileira da floresta Amazônica e 4, à caatinga.
2) No cerrado, o xeromorfismo é oligotrófico, ou seja, ocorre em função da carência de nutrientes do
solo (escleromorfismo oligotrófico). Na caatinga, o xeromorfismo ocorre devido à carência hídrica.
Comentário: No cerrado, ao contrário do que parece, existe grande disponibilidade de água, mas essa
se encontra nos lençóis subterrâneos. Por isso, a vegetação apresenta raízes longas. O xeromorfismo
aqui relaciona-se à carência de alguns nutrientes e ao excesso de alumínio no solo.
3) O texto refere-se ao mangue. A vegetação apresenta raízes escora, o que está relacionado ao solo
alagado e de difícil fixação, e apresenta pneumatóforos, estruturas que facilitam a obtenção de oxigênio.
Comentário: As características citadas no texto que permitem a identificação do ecossistema, mangue,
são: “constantemente alagado”, “pobre em oxigênio”, “grande disponibilidade de nutrientes”.
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4) O gráfico II poderia representar a Floresta Amazônica. A umidade elevada do solo e a temperatura
ambiente elevada favorecem a decomposição. Os nutrientes formados são, então, rapidamente
reincorporados pela vegetação.
5) A produção de cera pelas plantas tem como objetivo limitar a transpiração, funcionando, portanto,
como um mecanismo de economia de água. No Nordeste, a carência de água exige esse tipo de
adaptação. No Pantanal Mato-grossense, como não há carência de água, a produção de cera é
dispensável.
6) B
Comentário: O bioma característico de grande parte dos Estados de Minas Gerais, Mato Grosso e
Goiás é o Cerrado, cuja paisagem é composta de árvores pequenas, com troncos retorcidos devido às
características do solo (ácido, rico em alumínio e pobre em outros minerais) e com arbustos espaçados.
Os troncos possuem um córtex espesso e as folhas são endurecidas, funcionando como isolante
térmico. Estas características estão representadas na alternativa B.
7) E
Comentário: As estruturas adaptativas presentes nos diferentes ecossistemas são:
Manguezais: raízes-escora, pneumatóforos e glândulas de sal.
Lagos: aerênquima.
Cerrado: caules tortuosos, raízes profundas, súber desenvolvido, xilopódios.
Caatinga: espinhos, raízes profundas ou superficiais, armazenamento de água
8) A
Comentário: A análise deve envolver as características dos sedimentos e sua relação às características
dos diferentes biomas.
A camada mais antiga é composta por muitos esporos de samambaias e pólen de cipós e epífitas,
característica presentes em floresta úmida.
A camada intermediária, composta predominantemente de pólen de gramíneas e quase nenhum pólen
de epífitas é característica de campos cerrados.
E a camada mais superficial, que possui pólen de cactos em abundância, é característica de caatinga.
9) E
Comentário: A figura mostra duas estações bem definidas: de maio a setembro a precipitação é muito
reduzida e a temperatura um pouco abaixo da temperatura nos outros meses, caracterizando o inverno
seco. O verão, de setembro a abril, possui temperaturas mais elevadas e grande precipitação, sendo
quente e úmido. Essas características estão presentes no cerrado.
10) A maior biodiversidade deve ser encontrada no bioma D, pois a temperatura e o nível de
precipitação médios são elevados. Um exemplo desse bioma é a Floresta Amazônica. O bioma C pode
estar representando a caatinga, cujas plantas possuem as folhas transformadas em espinhos e
possuem grande capacidade de armazenamento de água no caule.
11) a) A dominância das herbáceas, especialmente de gramíneas, pode ser explicada pelo fato de as
gramíneas serem espécies pioneiras na sucessão secundária, criando condições bióticas e abióticas
para que outras espécies posteriormente se instalem.
b) Na Floresta Amazônica as árvores podem ser muito altas, maiores que 30m, formando vários
estratos, ao passo que no cerrado as árvores são mais baixas e com apenas dois estratos. No cerrado
encontramos árvores retorcidas e com casca grossa, características não encontradas em árvores da
Floresta Amazônica.
c) A presença de árvores de folhas largas (latifoliadas) e perenes (perenifólias), árvores altas e
presença de epífitas são características que assemelham a vegetação de mata Atlântica com a Floresta
Amazônica.
12) C
Comentário: A Floresta Amazônica possui plantas com folhas largas (latifoliadas) perenes (sempre
verdes) e higrófilas (adaptadas à umidade). O solo é relativamente pobre em nutrientes: o que garante a
sua fertilidade é a presença de grande quantidade de biomassa que sofre rápida decomposição devido
à umidade e temperatura altas, além da presença de micorrizas, favorecendo o aproveitamento de
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nutrientes. Essas características, aliadas à distribuição da vegetação formando as matas de igapó, de
várzea e de terra firme, garante uma grande diversidade de nichos ecológicos e, conseqüentemente,
uma grande biodiversidade.
13) B
Comentário: O gráfico 1 apresenta uma vegetação com fechamento estomático rápido, e em 2, uma
vegetação com fechamento estomático lento. O fechamento estomático rápido é característico de
vegetações com pouca disponibilidade hídrica, e o fechamento estomático lento é característico de
vegetações com grande disponibilidade hídrica. Exemplos de plantas com essas características estão
presentes na alternativa B: cactos da caatinga (pouca disponibilidade hídrica, fechamento estomático
rápido) e quaresmeira da mata Atlântica (grande disponibilidade hídrica, fechamento estomático lento).
14) B
Comentário: Os manguezais são ecossistemas abertos, recebendo grande aporte de matéria orgânica
compartimentada (folhas, caules e demais resíduos dos ecossistemas terrestres) e liberando nutrientes
para o mar, devido aos processos de decomposição anaeróbica e microbiana presente no seu
substrato. Os manguezais possuem baixa diversidade de fanerógamas. As complexas interações entre
algas e fungos formam um sistema biótico denominado líquen, presente sobre as rochas (rupículas) ou
algum substrato vegetal (epífito), não estando relacionado à ocupação de solos inundados nem sendo
responsável por processos intensos de decomposição, como o observado nos manguezais. Anelídeos,
moluscos e crustáceos são seres consumidores, os quais usufruem da produtividade do manguezal. O
manguezal não apresenta uma vegetação com grande diversidade de organismos epifíticos, nem estes
seres se relacionam com as cadeias marinhas. Portanto, está correta a alternativa B.
15) a) A morfologia externa da raiz apresenta quatro regiões: a zona de ramificação, de onde partem
as raízes secundárias, a zona pilífera, onde aparecem os pêlos absorventes (anexos epidérmicos), a
zona lisa e a zona meristermática, protegida pela coifa.
b) Os pneumatóforos são lenticelas que facilitam a obtenção de oxigênio.
c) O mague-vermelho, o mangue-preto e o mangue-branco são dicotiledôneas, enquanto a gramínea é
uma monocotiledônea. As dicotiledôneas apresentam sistema radicular axial e folhas reticulinérvias,
enquanto as monocotiledôneas apresentam sistema radicular fasciculado e folhas paralinérvias.
CAPÍTULO 12 – A degradação do planeta cada vez mais evidente
1) a) Os pinguins morrem porque o óleo impregnado em suas penas faz com que eles encharquem e
afundem. Além disso, dificulta o controle normal da temperatura corpórea.
b) O óleo derramado prejudica a atividade fotossintética das algas e provoca a morte de peixes por
impregnar nas brânquias e impedir as trocas gasosas.
2) A temperatura ambiental foi mais baixa no período compreendido entre abril e agosto, pois nessa
época, com a inversão térmica, a concentração de poluentes atmosféricos aumentou.
3) Com o aumento da população mundial, a frota de carros aumenta. Isso resulta em maior emissão de
CO2 e, consequentemente, elevação da temperatura média, que corresponde ao aquecimento global.
4) C
Comentário: A imagem retrata o aumento da temperatura média da Terra, que ocorre em virtude do
efeito estufa, conseqüência da liberação de gases através da queima de combustíveis fósseis, seja por
veículos automotores, seja por indústria. Além disso, essa variação na temperatura também está
associada à aceleração da escassez de água e redução na biodiversidade e desequilíbrios dos
ecossistemas.
Apenas o item C não está associado à figura. A alternativa refere-se à formação da chuva ácida pela
liberação de dióxido de enxofre, que, ao reagir com a água, produz ácido.
5) E
Comentário: As três afirmativas realizadas sobre a charge são corretas.
I. Existem várias formas de tratamento do lixo direcionadas para cada tipo específico. Antes de realizar
o tratamento, deve-se analisar a composição do lixo para que se faça a escolha adequada. Além disso,
é também essencial analisar os recursos – materiais e financeiros – que se possui para tal tratamento.
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II. A contaminação da água pelo lixo pode ocasionar vários problemas de saúde ao homem, já que
esse lixo pode contar algum microorganismo que contamina a água - seja direta ou indiretamente – e,
conseqüentemente, pode causar uma série de problemas de saúde.
III. A recuperação de materiais recicláveis pode reduzir o impacto ambiental, já que muitos deles
demandam um longo tempo para se decomporem no ambiente. Além disso, são importantes fontes de
recursos financeiros para as pessoas chamadas de “catadores de lixo”.
6) Duas ações que podem auxiliar na preservação dos rios são: evitar jogar lixo nesses locais e não
instalar indústrias próximas a eles. No primeiro caso, evita-se a transmissão de doenças ao homem e,
no segundo caso, e comunidade biótica local tende a ser protegida.
Comentário: O aluno pode ainda fazer referência à prática da agricultura em locais próximos aos cursos
d’água, pois isso acarreta a contaminação por fertilizantes e agrotóxicos.
7) A proliferação de organismos aeróbios diminui a quantidade de oxigênio disponível na água, o que
provoca a morte dos peixes. A baixa concentração de oxigênio favorece o desenvolvimento de
microrganismos anaeróbios que produzem ácido sulfídrico durante a decomposição da matéria
orgânica.
8) a) A principal consequência envolve problemas neurológicos devido ao mercúrio presente nos peixes
contaminados.
b) Intoxicação ou envenenamento e morte dos animais.
c) Processo: eutrofização. Solução: tratamento do esgoto e despoluição da água do rio.
d) A principal consequência é o assoreamento.
9) a) A eutroficação refere-se ao acúmulo de material nutritivo na água.
b) Os níveis de oxigênio na água em ambientes eutróficos diminuem, pois, o acúmulo de nutrientes
resulta em aumento da decomposição aeróbia.
10) 1) a) A água utilizada nas diversas atividades tecnológicas recebe poluentes variados e não sofre
tratamento para devolução ao meio, perdendo sua qualidade. b) A água através do ciclo hidrológico
(evaporação-condensação) é devolvida aos mananciais do planeta.
2) 1ª opção: A oxidação da glicose (respiração celular) inicialmente no citoplasma e, em seguida, na
mitocôndria, produz água na cadeia respiratória, pois o oxigênio é aceptor final de elétrons. 2ª opção: O
processo de respiração celular produz água metabólica.
3) Função de macrófagos: fagocitose e apresentação de antígeno. Consequência I: vulnerabilidade às
infecções.
Função da medula óssea: produção de células sangüíneas (hematopoiese). Conseqüência II: anemia.
11) B
Comentário: A situação descrita no enunciado alerta para prejuízos que o aquecimento global pode
acarretar à biodiversidade no Ártico. Isso se deve ao fato de que, ao buscar alimento, os ursos precisam
nadar uma distância muito maior e acabam morrendo afogados pelo cansaço, ou seja, devido ao
aquecimento global, uma espécie está em desequilibro ecológico, podendo ser levada à extinção. Além
disso, a extinção dessa espécie pode gerar desequilíbrios em toda a cadeia alimentar a médio e longo
prazo, afetando toda a biodiversidade do local.
12) a) A situação B representa o padrão normal. A alteração observada impede a dispersão de
poluentes.
b) O processo é denominado inversão térmica. A alteração da qualidade do ar pode gerar grandes
problemas, por exemplo, o excesso de CO, que inativa a hemoglobina.
Comentário: na inversão térmica, as camadas mais inferiores tornam-se mais frias e mais densas do
que a camada de ar superior. Isso inviabiliza a circulação vertical de ar e, consequentemente, a
dispersão dos poluentes.
13) a) Para o gráfico 1, a queima de combustíveis fósseis e as queimadas de florestas podem ser a
causa das variações e, para o gráfico 2, o derretimento das calotas polares.
b) O aumento do CO2 na atmosfera intensifica o efeito estufa e a retenção de calor, com conseqüente
aumento da temperatura média do planeta (aquecimento global), causando derretimento do gelo polar.
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14) A
Comentário: Em um aterro sanitário o lixo é enterrado, impedindo o mau-cheiro e a proliferação de
insetos e outros animais. Entretanto, pode contaminar os lençóis freáticos caso a impermeabilização do
solo não seja feita de maneira adequada. Além disso, é necessário que tenha um sistema de captação
adequada do resíduo líquido formado (chorume) e do gás formado pela decomposição (principalmente
metano, gás carbônico e vapor de água).
Para a construção de um aterro sanitário, é necessário que as autoridades do município consigam uma
licença de funcionamento, uma vez que este não pode ser construído perto de cursos de água ou, até
mesmo, de concentrações populacionais (alternativa I). Caso haja falhas no sistema de
impermeabilização e escoamento dos resíduos, os moradores do município podem estar propícios a
doenças cuja transmissão se acentua devido à presença do lixo (alternativa II).
Nos aterros sanitários, há uma grande proliferação de organismos anaeróbicos que realizam a
decomposição da matéria orgânica, produzindo gás metano e adubo. Esses dois produtos podem ser
utilizados para a geração de energia e para a adubação, respectivamente (alternativa III).
Apesar de reduzir a quantidade de animais, quando comparados aos lixões, os aterros sanitários
também possuem animais invertebrados e vertebrados que contribuem para o ciclo da matéria,
funcionando como consumidores.
15) a) A pequena quantidade de indivíduos favorece a endogamia, que tende a reduzir a variabilidade
genética.
b) Os animais encontrados devem ser cruzados com outros com características semelhantes. Caso
sejam produzidos descendentes férteis, conclui-se que eles não pertencem a uma nova espécie, ou
seja, ainda são da mesma espécie.
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