ISSN 1677-7042

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Nº 1, sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
ISSN 1677-7042
3) Silicieto de cobre (com exceção da liga-mãe de cuprossilício da posição 74.05).
Apresenta-se, geralmente, em chapas gofradas friáveis. É um redutor na purificação do
cobre, favorece a sua moldagem e aumenta a sua dureza e resistência a ruptura; diminui a
corrosividade das ligas de cobre. Emprega-se, principalmente, na preparação de bronze de
silício e das ligas de cuproníquel.
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b) Sulfato mercúrico (HgSO4). Apresenta-se no estado anidro sob a forma de uma
massa cristalina branca que vai enegrecendo à luz e hidratado (com 1 H2O),
apresenta-se em lamelas cristalinas. Emprega-se na preparação do cloreto mercúrico
ou de outros sais mercúricos, na metalurgia do ouro e da prata, etc.
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4) Silicietos de magnésio ou de manganês.
Não se incluem aqui as combinações de silício com os seguintes elementos: oxigênio (posição 28.11), halogênios
(posição 28.12), enxofre (posição 28.13), fósforo (posição 28.48). O silicieto de carbono (carboneto de silício) inclui-se
na posição 28.49, os silicietos de platina ou de outros metais preciosos na posição 28.43, as ferro-ligas e as ligas-mães
de cobre, contendo silício nas posições 72.02 ou 74.05, as ligas de alumínio-silício no Capítulo 76. Ver a parte A acima,
para as combinações de silício com hidrogênio.
c) Dioxissulfato de trimercúrio (HgSO4.2HgO) (sulfato mercúrico básico). É um pó
amarelo-claro, insolúvel em água, que se decompõe à luz e que se emprega em
farmácia.
6) Nitratos de mercúrio.
a) Nitrato mercuroso (HgNO3.H2O). Produto venenoso em cristais incolores, empregase em douradura, medicina, como mordente na curtimenta de peles, em chapelaria
para facilitar a feltragem de pêlos (água-forte dos chapeleiros), para preparar o acetato
mercuroso, etc.
E.- BORETOS
1) Boreto de cálcio (CaB6). Obtém-se por eletrólise da mistura de um borato com cloreto de
cálcio. É um pó cristalino escuro. É um poderoso redutor que se emprega em metalurgia.
2) Boreto de alumínio. Prepara-se em forno elétrico e apresenta-se em massas cristalinas.
Emprega-se na indústria do vidro.
b) Nitrato mercúrico (Hg(NO3)2). Este sal, hidratado (em geral com 2 H2O), apresentase em cristais incolores ou em placas brancas ou amareladas. É deliqüescente e tóxico.
Emprega-se em chapelaria, em douradura, em medicina (como anti-sifilítico) e como
antisséptico. É também agente de nitração e catalisador em síntese orgânica. Utiliza-se
ainda na preparação de fulminato de mercúrio, de óxido mercúrico, etc.
3) Boretos de titânio, zircônio, vanádio, nióbio, tântalo, molibdênio, tungstênio. Obtémse aquecendo no vácuo, entre 1.800°C e 2.200°C, misturas do respectivo metal em pó e de
boro puro em pó, ou ainda tratando pelo boro metal vaporizado. São produtos muito duros
e bons condutores de eletricidade. Entram na composição das ligas duras sinterizadas.
c) Nitratos básicos de mercúrio. Estes nitratos, que se apresentam em pós amarelos,
empregam-se em medicina.
4) Boretos de magnésio, antimônio, manganês, ferro, etc.
Não se classificam aqui as combinações de boro com os elementos seguintes: oxigênio (posição 28.10), halogênios
(posição 28.12), enxofre (posição 28.13), metais preciosos (posição 28.43), fósforo (posição 28.48), carbono (posição
28.49). Ver acima as partes A, B e D para as combinações com hidrogênio, nitrogênio (azoto) ou silício.
7) Cianetos de mercúrio.
a) Cianeto mercúrico (Hg(CN)2). Apresenta-se em cristais brancos opacos, que
acastanham ao ar e são solúveis em água. Decompõe-se pelo calor, com produção de
gás cianogênio, pelo que se emprega na preparação deste gás. É antisséptico e
desinfetante e utiliza-se, principalmente, na fabricação de alguns sabões desinfetantes.
Também se emprega em fotografia.
As ligas-mães de cobre ao boro incluem-se na posição 74.05 (ver Nota Explicativa desta posição).
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[28.51]
b) Oxicianeto de mercúrio (HgO.Hg(CN)2). É um pó branco, cristalino, solúvel em
água, principalmente a quente. Antisséptico ainda mais poderoso que o cloreto
mercúrico e menos irritante que o cianeto mercúrico. Emprega-se em oftalmologia,
em medicina para tratamento de erisipelas, doenças da pele e sífilis, e na esterilização
de instrumentos cirúrgicos.
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28.52 -
Compostos, inorgânicos ou orgânicos, de mercúrio, exceto as amálgamas.
Esta posição compreende os compostos inorgânicos ou orgânicos de mercúrio, exceto as
amálgamas. Indicam-se, a seguir, os compostos de mercúrio mais comuns:
1) Óxidos de mercúrio. O óxido mercúrico (HgO) é o mais importante. Pode apresentar-se
sob a forma de um pó cristalino de um vermelho vivo (óxido vermelho), ou sob a forma
de um pó amorfo, mais denso, de cor amarela alaranjada (óxido amarelo). Estes óxidos
são tóxicos e enegrecem à luz. Empregam-se, principalmente o primeiro, em
oftalmologia. Também servem para preparar tintas náuticas, sais de mercúrio ou como
catalisadores.
2) Cloretos de mercúrio.
a) Cloreto mercuroso (protocloreto, calomelano) (Hg2Cl2). Apresenta-se em massas
amorfas, em pó ou em cristais brancos, insolúveis em água. O calomelano precipitado
ou ao vapor é particularmente puro; emprega-se como laxativo ou como vermífugo.
8) Os cianomercuratos de bases inorgânicas. O cianomercurato de potássio, que se
apresenta sob a forma de cristais incolores, tóxicos, solúveis na água, utilizam-se para
espelhar vidros.
9) Fulminato de mercúrio, a que se atribui a fórmula Hg(ONC)2. Apresenta-se em cristais
brancos e amarelados, em forma de agulhas, solúveis em água fervente e é venenoso.
Quando detonado libera vapores vermelhos. Acondiciona-se em recipientes não metálicos
cheios de água.
10) Tiocianato mercúrico (Hg(SCN)2). É um pó cristalino, branco, muito pouco solúvel em
água. Este sal, venenoso, emprega-se em fotografia como intensificador de negativos.
11) Arsenatos de mercúrio. O ortoarsenato trimercúrico (Hg3(AsO4)2) é um pó amarelo
claro, insolúvel na água, utilizado principalmente em pinturas náuticas.
12) Sais duplos ou complexos.
O cloreto mercuroso utiliza-se também em pirotecnia, na indústria da porcelana, etc.
a) Cloreto de amônio e mercúrio (cloreto amônio mercúrico ou cloromercurato de
amônio). Apresenta-se em pó cristalino, branco, relativamente solúvel em água
quente, tóxico. Emprega-se em farmácia e pirotecnia.
b) Cloreto mercúrico (dicloreto, sublimado corrosivo) (HgCl2). Este produto cristalizase em prismas ou em agulhas compridas. É branco e solúvel em água, sobretudo em
água quente; é um veneno violento. É antisséptico, microbicida e parasiticida
poderosíssimo, que se emprega em soluções muito diluídas. Também serve para
“bronzear” o ferro, para tornar incombustível a madeira, como reforçador em
fotografia, como catalisador em química orgânica e para preparar o óxido mercúrico.
3) Iodetos de mercúrio.
a) Iodeto mercuroso (protoiodeto) (HgI ou Hg2I2). É um pó cristalino ou, na maior parte
das vezes, amorfo, amarelo, às vezes esverdeado ou avermelhado, muito pouco
solúvel em água e muito tóxico. Emprega-se como antisséptico, em medicina (antisifilítico) e em síntese orgânica.
b) Iodeto mercúrico (diiodeto, iodeto vermelho) (HgI2). É um pó cristalino, vermelho,
muito pouco solúvel em água e muito tóxico. Emprega-se em fotografia (como
reforçador) e em análises.
4) Sulfetos de mercúrio. O sulfeto artificial de mercúrio (HgS) é negro. Tratado pelo calor,
por sublimação ou com polissulfetos alcalinos, o sulfeto negro origina o sulfeto vermelho
em pó (vermelhão artificial), pigmento que se emprega na preparação de tintas finas e
para corar o lacre; o produto obtido por via úmida é mais brilhante mas resiste menos à
luz. É um sal tóxico.
O sulfeto natural de mercúrio (cinabre) classifica-se na posição 26.17.
5) Sulfatos de mercúrio.
a) Sulfato mercuroso (Hg2SO4). É um pó cristalino branco que se decompõe pela água
em sulfato básico. Emprega-se, principalmente, na fabricação de calomelano e de
pilhas-padrão.
b) Iodeto duplo de cobre e mercúrio. É um pó vermelho-escuro, tóxico e insolúvel em
água. Usa-se em termoscopia.
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13) O cloroamideto de mercúrio (cloreto mercurioamônio) (HgNH2Cl). É um pó branco,
que se torna acinzentado ou amarelado pela ação da luz, insolúvel em água, tóxico e que
se emprega em pirotecnia ou em farmácia.
14) O lactato de mercúrio, o sal do ácido láctico.
15) Compostos organo-inorgânicos de mercúrio. São compostos que podem conter um ou
mais átomos de mercúrio, mais particularmente o grupo (–Hg.X), onde X é um resíduo
ácido, orgânico ou inorgânico.
a) Dietilmercúrio.
b) Difenilmercúrio.
c) Acetato de fenilmercúrio.
16) Hidromercuridibromofluoresceína.
Esta posição não compreende:
a)
O mercúrio (posição 28.05 ou Capítulo 30).
b)
As amálgamas de metais preciosos, as amálgamas que contenham metais preciosos e outros metais (posição 28.43)
e as amálgamas exceto de metais preciosos (posição 28.53).
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