Proposta para construção de objeto de aprendizagem para

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Proposta para construção de objeto de aprendizagem para apoio ao
ensino de artes
Fernando Chade De Grande
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru/SP
e-mail: [email protected]
João Fernando Tobgyal da Silva Santos
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru/SP
e-mail: [email protected]
Prof. Dr. Marcos Américo
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru/SP
e-mail: [email protected]
Pôster
Pesquisa em andamento
RESUMO EXPANDIDO
Introdução: Desde que o primeiro homem habitou o planeta buscamos formas de
registrar os mais diversos assuntos, ideias, momentos, histórias, sentimentos. Mas
como concretizar o abstrato? Neste embate entre sentimento e ideia registra-se pela
primeira vez, nas paredes de uma caverna, algo que ganhou um significado, existindo
como forma, cores e como sentimento. A ideia transforma-se em símbolo e então se
inaugura uma nova era. Nasce o ser simbólico. Como ser simbólico, o homem
organizou seu mundo interior e exterior criando os mais diversos sistemas de
linguagens e entre estas, também está presente a arte. Organizando sons, movimentos,
gestos, luzes, cores, formas com alguma intenção e atribuindo significado, transforma,
poetiza em música, desenho, pintura, dança, teatro, escultura, vídeos, fotografias... O
homem produz arte. Arte é uma linguagem. E como tal, para que se possa ler,
compreender e produzir material numa determinada linguagem é necessário que se
conheça diferentes produções, se aproprie de seus códigos, saiba operar com eles,
conheça autores que produziram neste sistema de representação. É na escola que esta
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linguagem é apresentada a criança e, ao garantir a apropriação significativa do
conhecimento, estamos ampliando seu mundo, repertoriando-a e a inserindo dentro da
história. Arte só tem significado quando tratada como área de conhecimento. E toda e
qualquer área de conhecimento humano deverá ter seus objetivos conteúdos e saberes
próprios, pois é um conjunto de manifestações simbólicas de uma determinada cultura,
é criação, é inovação. O ato criador estrutura e organiza o mundo. Como afirmam os
PCNs, “não existe ciência sem imaginação e nem arte sem conhecimento” (PCN ARTE,
1997, p. 47). Todo produto artístico origina-se de uma época, emerge da história e
expressa conflitos humanos, interpretados à sua época. Esta dimensão nos possibilita
ressignificar e trazer a arte para o momento em que nos encontramos, para o momento
em que nos encontramos com nosso aluno, isso faz a obra de arte atemporal, possível
de leituras e novos significados, já que está sujeita as interferências da história de vida
de cada um que a lê. Enfim, como colocam os parâmetros curriculares nacionais, arte é
um modo privilegiado de conhecimento e aproximação entre indivíduos de diversas
culturas, favorecendo o conhecimento de semelhanças e diferenças, num planos que
vai além do discurso verbal. A presente pesquisa apoia-se na articulação do fazer
artístico, da apreciação da obra de arte e a sua contextualização histórica, pilares tão
bem definidos pela arte educadora Ana Mae Barbosa, criadora da metodologia
triangular em arte. As tecnologias digitais podem ser suportes ao arte educador quando
ao trabalhar a apreciação da obra e sua contextualização, tenha a sua disposição uma
série de recursos multimídias que facilitem a elucidação da obra de arte aos alunos.
Bertoletti (2011), afirma que “A diversidade de possibilidades que são oferecidas com
as
tecnologias
digitais,
em
ensino
e
elaboração
artística,
deve
ampliar o
desenvolvimento crítico dos processos de ensino/aprendizagem da arte.”
Objetivos: Desenvolver uma proposta de objeto de aprendizagem que seja suporte
para arte educadores aplicarem no ensino artes da educação básica. O modelo deverá
apoiar dois pilares (apreciação da obra de arte e a sua contextualização histórica) da
proposta triangular do ensino da arte sistematizada pela professora e pesquisadora Ana
Mae Barbosa no final dos anos de 1980.
Metodologia: Pesquisa exploratória bibliográfica focada em pesquisas e trabalhos que
abordem a metodologia triangular e a construção de objetos de aprendizagem.
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Resultados: Construção pelos alunos de novas leituras e interpretações de produções
artísticas propiciado pelo acréscimo de conteúdos midiáticos e imagéticos.
Discussão: Os parâmetros curriculares nacionais para o ensino de arte citam, entre
muitos apontamentos, o professor com o papel de nutrir “[...] seus alunos com
informações e procedimentos sobre arte tanto quanto orientador e preservador do
desenvolvimento do trabalho pessoal do aluno, oportunizando a criação própria ou
grupal” (PCN ARTE, 1997, p. 50). Os objetos de aprendizagem surgem por meio das
tecnologias digitais complementando o conhecimento com imagens, sons, cores, vídeos
que enriquecem o conteúdo do arte educador. Para Audino e Nascimento (2010),
objetos de aprendizagem “surgem como um recurso capaz de potencializar a
reestruturação de práticas pedagógicas, criando novas maneiras de refletir sobre o uso
da comunicação, da informação e da interação.” As indagações e reflexões que o arte
educador faz ao aluno no momento em que o coloca de frente a uma obra de arte, por
exemplo, podem ser formais e interpretativas de acordo com o repertório do aluno. A
contextualização da obra permitirá ao aluno perceber o momento histórico em que a
obra foi produzida e relacionar com seu momento atual, fazendo relação com suas
histórias pessoais e seu repertório visual. Quando transportamos essa metodologia
para um objeto de aprendizagem, ampliam-se as possibilidades de uma pesquisa mais
aprofundada da obra de arte e sua contextualização.
Considerações finais: A arte quando trabalhada como conhecimento pelo arte
educador, provoca reflexões e desperta no aluno um universo não verbal, das imagens,
dos sons e dos gestos. Através da apreciação da abra de arte e de sua
contextualização histórica, o fazer artístico do aluno se torna muito mais completo e
rico, fechando assim o ciclo proposto da abordagem triangular de Ana Mae Barbosa. As
tecnologias digitais quando utilizadas de maneira apropriada, como apoio imagético e
de pesquisa, podem contribuir valiosamente nos processos de construção de
conhecimento em arte.
Palavras-chave: arte educador; abordagem triangular; objetos de aprendizagem;
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Referências:
BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo:
Cortez, 2007.
BERTOLETTI, Andréa. Tecnologia digital no ensino da arte: perspectivas e desafios.
Encontro do NatFap: Núcleo de Arte e Tecnologia da Faculdade de Artes do Paraná,
2011.
PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs. Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
AUDINO, D. F.; NASCIMENTO, R. S. Objetos de Aprendizagem: Diálogos entre
Conceitos e uma Nova Proposição Aplicada à Educação. Revista Contemporânea de
Educação, v. 5, n. 10, p. 128–148, 2010.
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