exemplo resumo expandido

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A CAPOEIRA EM UMA PERSPECTIVA GEOGRÁFICA¹
CEZARIO, Sergio²; DIOTTO, Marina³; GALATTI, Jéssica ; MARTINS, André ; MONTEZEL, Letícia ; PEDON, Nelson ; SÃO JOSÉ,
Gabriela ; SILVA, Leonardo .
Tutor: FUINI, Lucas
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¹Projeto de extensão realizado nas escolas de Ourinhos e Região.
Licenciado em Geografia na UNESP de Ourinhos- SP. [email protected]
Graduanda em Geografia pela UNESP de Ourinhos. [email protected]
Licenciada em Geografia pela UNESP de Ourinhos. [email protected]
Graduando em Geografia pela UNESP de Ourinhos. [email protected]
Graduanda em Licenciatura e Bacharelado pela UNESP Ourinhos [email protected]
Professor Dr. Da UNESP Ourinhos [email protected]
Graduanda em Licenciatura e Bacharelado pela UNESP de Ourinhos. [email protected]
Graduando em Licenciatura e bacharelado pela UNESP Ourinhos [email protected]
Professor Doutor da UNESP Ourinhos. [email protected]
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RESUMO
Esse Trabalho é fruto de uma parceria entre o Cursinho Popular da UNESP Ourinhos e o Grupo PET UNESP Ourinhos,
que viabiliza popularizar e estudar conceitos pertinentes a capoeira como um todo representada como manifestação
popular da identidade negra e correlacionar aos conceitos da Geografia, bem como, o da geografia cultural. A
identidade da cultura popular negra representada dessa maneira pela capoeira busca fundamentar a importância da arte
ao qual a oficina se propôs trazer uma vivência por meio de uma aula inicial, e inserir dentro de um espaço de
pertencimento e valorização da cultura como forma de resistência, já que a mesma é subvalorizada, ou até mesmo
negada.
PALAVRAS-CHAVE: Capoeira; Espaço; Geografia Cultural; Dança.
INTRODUÇÃO
Partindo do conceito da geografia cultural de Corrêa 2011, que a cultura seja considerada uma
propriedade ao tributo de interesses dos seres humanos, ou meramente um artifício intelectual para
generalizar conveniente a respeito de atitudes e comportamentos humanos, a cultura é uma chave para
compreensão sistemáticas de diferença e semelhança entre os homens. Entendendo a identidade da cultura
popular negra, a capoeira possui um rico campo ligado à religiosidade, a música, a dança, ao esporte e a
elementos históricos geográficos, além de territórios paralelamente criados às suas práticas ritualísticas.
Segundo Ferracini e Maia 2007, para os africanos a dança (capoeira) está revestida de significados
religiosos, políticos e culturais, que em suas viagens forçadas a terras desconhecidas (Brasil) mantiveramse vivas, embora transmudados.
O bailar dos corpos passou a traduzir uma forma de defesa da vida em comum e uma resposta as
condições específicas do escravismo colonial no Brasil, ressaltando, mesmo sendo um jogo oriundo de
negros escravos os brancos participante da expressão negra nunca foram excluídos.
METODOLOGIA
Realizou-se um levantamento bibliográfico sobre a história da capoeira e artigos de abordagens
atuais sobre a mesma temática, além de textos da geografia e da geografia cultural que permitiu relacionar
as temáticas, houve também uma pesquisa participante, já que o autor Sergio Marcelino Cezario (Figura 1)
é professor formado em capoeira, sendo assim teve vivências em ensaios de baterias dos instrumentos
rústicos, elaboração de treino e movimentação, participação de festas para orixás em casa de santo,
participação em palestras e debates pertinentes ao tema e discussões prévias realizadas pelo movimento
negro NUPE da UNESP Ourinhos, o que contribuiu para realização da oficina.
Figura 1: Petiano Sergio Marcelino realizando exposição acerca do tema.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU DISCUSSÕES
A capoeira pode ser subdividida em vários estilos, como a capoeira da Angola, regional,
Benguela, Santa Maria, São Bento Grande, São Bento Pequeno, Cavalaria, Iuna, Maculelê, Samba de
Roda, Puxada de rede, entre outros, e cada estilo possui sua representatividade musical e identidade
histórica e geográfica de estilo.
Segundo Ferracini e Maia 2007, do período da república já denominada de capoeira da Angola foi
usada para defesa, bem como para manifestação cultural do povo negro de cunho religioso. Já no período
nacionalista de Vargas a Capoeira é concebida como ginástica e artes marciais nas academias de cadetes
do exército e da marinha e nas academias de educação física, como capoeira regional. O autor sugere
ainda que nos dias atuais há comentários de haver outros estilos como a capoeira elitizada.
Segundo Lima 1991, p. 11 “Que não são vistas como estilos, más como situações sem grande
compromisso com a cultura negra que tem no corpo elementos sagrados, em lugar primários dos citos,
cantos e dança”. Essa discussão foi significamente discutida na oficina, pois a mesma visa recuperar
elementos da ancestralidade e da religiosidade da arte como constitutivas do homem negro, como
identidade e resistência que é a base da sua origem e traz elementos para reflexão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sendo assim, conseguimos alcançar nosso objetivo de promover uma aula introdutória, teórica e
prática com discussões e reflexões em torno da origem da capoeira, e suas atuais territorialidades de
identidades, e de representações e manifestações da cultura popular negra. O Tema trabalhado foi muito
bem aceito pelos alunos do Cursinho Popular da UNESP (CACU-O), pois é um tema que com frequência é
tratado nos vestibulares e concursos (Matrizes Africanas). As discussões foram também colocadas de
maneira horizontal em que houve uma troca de experiências sobre a temática da capoeira de diferentes
óticas para entendermos que promover essas oficinas é de fundamental importância para construção da
identidade cultural, identidade essa que está fortemente ligada ao materialismo histórico brasileiro, e
também como a vivência e o contato com a arte que muitas vezes não é tratado no ambiente escolar.
REFERÊNCIAS
CORREA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny. Introdução à Geografia Cultural. 4ª ed. 2011. Rio de
Janeiro.
FERRACINI, Rosemberg; MAIA, Carlos Eduardo S. Espaço e Cultura, UERJ, RJ, Nº.22, P.32-42, JAN/DEZ
de 2007.
LIMA, Luis Augusto Normanha. Capoeira Angola- Lição de Vida na civilização brasileira. São Paulo,
Dissertação de Mestrado. Faculdade de Psicologia PUC de São Paulo, 1991, 142p.
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