Filosofia Geral

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Filosofia Geral
Direito – 3º semestre – 2012
Apontamentos em sala de aula por JRMonteiro.
02 de fevereiro de 2012
Na Grécia antiga, séculos XII a.C. a VIII a.C., predominavam os mitos.
Foi o Período Homérico, em referência ao poeta Homero, criador dos
poemas épicos Ilíada (sobre a Guerra de Tróia, conforme recente adaptação
cinematográfica com Brad Pitt no papel de Ulisses) e Odisseia (uma
continuação da Ilíada relata o retorno de Ulisses). Esses poemas foram
criados antes do aparecimento da escrita, que ocorre no século VI.
O período seguinte é o Arcaico, dos FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS (que
antecederam Sócrates).
Dentre os filósofos pré-socráticos, o Prof. Guisard destacou Thales de
Mileto, Pitágoras, Heráclito e Parmênides.
O
pensamento
pré-socrático
estava
focado
na
Physis.
A
palavra grega Physis pode ser traduzida por natureza, mas seu significado é
mais amplo. Segundo os filósofos pré-socráticos, é a matéria que é
fundamento eterno de todas as coisas e confere unidade e permanência
ao Universo, o qual, na sua aparência é múltiplo, mutável e transitório.
1
Thales de Mileto (c.624-546 a.C.) formulou a pergunta: “Qual é a matéria
prima básica do cosmos?” e ponderou que essa matéria prima tinha que ser
algo a partir do que tudo pudesse ser formado, definindo que tudo é
composto por água.
Para Pitágoras (c.570-495 a.C.), tudo no universo se conforma às regras e
relações matemáticas, que são o modelo para o pensamento filosófico. O
número é para ele o regente das formas e das ideias. Foi ele que cunhou o
termo Filosofia.
Heráclito (c.535-475 a.C.) sugeriu que o equilíbrio dos opostos – dia e
noite, quente e frio – levava à unidade do universo e que uma tensão é
gerada entre os pares de opostos, resultando que tudo está em permanente
estado de fluxo. Usando o exemplo de um rio, disse: “Ninguém se banha
duas vezes no mesmo rio”.
Parmênides (c.515-445 a.C.), influenciado pelo pensamento lógico-científico
de Pitágoras, empregou o raciocínio dedutivo na tentativa de revelar a
verdadeira natureza física do mundo. A partir da premissa de que algo
existe (“é”), deduziu que esse algo não pode também não existir (“não é”),
pois isso seria uma contradição lógica. Seria impossível existir um estado de
nada – não haveria vazio. Assim, tudo que é real deve ser eterno e imutável
e ter uma unidade indivisível: tudo é uno.
Com os filósofos do período clássico grego inicia-se a abordagem metafísica,
aquilo que transcende a natureza física das coisas.
Próxima aula: Período Homérico e Clássico.
Ler: CHAUÍ, Marilena. A Filosofia. In: Convite à Filosofia. São Paulo: Ática,
1995. Disponível na Xerox do Chileno
09 de fevereiro de 2012
Período Homérico (mitológico) – A arte, a vida e o sofrimento.
A mitologia helênica é uma das mais geniais concepções que a humanidade
produziu. Os gregos, com sua criatividade, povoaram o céu e a Terra, os
mares e o mundo subterrâneo de divindades. Grandes observadores,
criaram novas figuras e normas para os diferentes fenômenos da realidade
natural.
2
A mitologia grega apresenta-se como uma transformação da vida em arte.
Alimentou a literatura e as artes através dos tempos.
Arte e sofrimento
Filosofia do povo grego (sabedoria de Sileno)
Diz a lenda que Midas, Rei da Prígia, encontrando nos bosques o sábio
Sileno que por lá vivia bebendo, rindo e cantando, pergunta-lhe o que
existe de mais desejável para o homem, isto é, qual é o bem supremo.
A princípio, sem querer responder, pressionado, o sábio afinal responde:
“Miserável raça de efêmeros, filhos do acaso e da pena, porque me obriga a
dizer o que não tem o menor interesse em escutar? O bem supremo te é
absolutamente inacessível: é não ter nascido, não ser, nada ser. Em
compensação o segundo dos bens tu podes ter: é logo morrer”.
A arte grega tem origem nesta problemática: extremamente sensível, capaz
de grande sofrimento, bastante vulnerável à dor, o grego tem nessa
condição um perigo para a vida: a dolorosa violência da existência pode
leva-lo ao pessimismo, à negação da própria existência.
Arte e religião para os gregos estão intimamente ligados.. Os Deuses
Olímpicos e a arte apolínea1 (epopeia homérica) tornam a vida possível ou
desejável. “A vida só é possível pelas miragens artísticas”. (Nietzsche).
Giorgio Agamben: “É preciso se comportar de forma intempestiva ou
extemporânea”.
 Não ter que se comportar como uma esponja de sua época. Vamos à
filosofia para refletir as questões de hoje.
O povo grego do período homérico vivia o mundo da aparência, no mundo
mágico dos Deuses.
1
Apolíneo: relativo ou pertencente a Apolo (jovem deus da mitologia grega);
segundo Nietzsche (1844-1900), em que há contemplação da beleza e da
harmonia.
16 de fevereiro de 2012
Metafísica do artista versus Metafísica racional
3
Bibliografia
- Nietzsche, F. Origem da tragédia no espírito do músico. (Col. Os
pensadores) São Paulo: Abril Cultural, 1973
-____________ . Consideração Intempestiva sobre a utilidade e os
inconvenientes da história privada. In: Escritos sobre a História. São Paulo:
Edições Loyola, 2005
- Agamben, G. O que é contemporâneo? In: O que contemporâneo? e
outros ensaios. Santa Catarina: Argos, 2009
Período Homérico, Período Arcaico
Metafísica do Artista
Período Clássico
Período Helenístico
Metafísica racional
Eurípides, Sócrates
Problematização: Como percebemos a função da razão e da ciência histórica
na constituição de um processo de moralização da vida? Quais os efeitos
sobre o humano?
O ponto de partida da análise é a crítica do “socratismo estético”. O que
caracteriza a “estética racionalista”, a “estética consciente”, é introduzir na
arte o pensamento e o conceito a tal ponto que a produção artística deriva
da capacidade criativa. A consciência, a razão, a lógica, despontam como
novos critérios de produção e avaliação da obra de arte.
Quando a racionalidade faz uma crítica explícita à produção artística na
perspectiva da consciência, quando toma como critério o grau de clareza do
saber, a tragédia será desclassificada como irracional – o poeta trágico será
desvalorizado pelo saber racional.
23 de fevereiro de 2012
Período Homérico (séc. XVIII a XII a.C.)
Este é um período das sociedades primitivas, cuja produção de vida
material era organizada de forma a garantir apenas o consumo necessário à
sobrevivência do grupo, sem a produção de excedentes. O trabalho era
organizado coletivamente e envolvia todos os membros do grupo na
produção, ocorrendo uma divisão natural do trabalho, por sexo e idade. O
4
produto desse trabalho também era coletivo, sendo dividido por todo o
grupo. A propriedade da terra também era coletiva.
As sociedades primitivas estruturavam-se em torno da produção e do rito
mágico, que organizavam, num sentido, a própria vida econômica. A
relação magia e trabalho foi gradativamente distinguindo-se um do outro.
Tal distinção implica o reconhecimento da objetividade dos processos
técnicos.
O desenvolvimento das técnicas e utensílios e sua melhor utilização levaram
a uma produção de excedentes, uma produção que ultrapassava as
necessidades imediatas do grupo. Isto foi acompanhado por uma nova
divisão do trabalho. Com a especialização a produção torna-se cada vez
menos coletiva, assim como o consumo. A apropriação dos produtos tornase cada vez mais individual, baseada na propriedade privada.
(grifos do professor)
Direito Sacral (mágico)
Direito Moderno
Processo de racionalização
Mago, profeta de um clã
Processo de secularização
Mutável, passível de revisão.
Processo de desencantamento
(Observação em aula: Arché, em grego, princípio primordial).
Leitura sugerida: GUISARD, L.A.; SCHRIJIWEMAEKERS, S.; FERRAZ JR, V.
Tietê: Um Rio Marginal. In: Revista Brasileira de Direito Ambiental.
01 de março de 2012
Período Arcaico – filosofia pré-socrática
Heráclito e Parmênides
O dever e a imutabilidade do ser
Poderíamos encontrar no centro das reflexões pré-socráticas uma real
preocupação com a questão da diferença?
5
“No fundo, todo o homem sabe muito bem que está no mundo apenas uma
vez, a título unicum e que nenhum acaso, mesmo o mais estranho,
combinará por uma segunda vez uma multiplicidade tão bizarra” (Nietzsche)
Heráclito diz que “nós somos e não somos”. É do puro devir que nos fala o
filósofo de Éfeso; é do eterno movimento das coisas que estão no tempo.
Do eterno perecimento e renascimento de tudo o que está no mundo e do
próprio mundo. Ele afirma que nossa vida é curta e onde pensamos haver
estabilidade só existem devir e movimento; ele está no mundo e se
expressa no eterno jogo dos contrários.
Mas, se Heráclito insiste no caráter fugidio da existência, se não aceita a
ideia de nenhuma substância plena, é porque sua visão só lhe mostrará o
incessante movimento das coisas – de onde ele conclui que o próprio ser é
movimento e puro dever.
O ser é, portanto, algo que está sempre se fazendo em um vir-a-ser
constante.
Daí porque ele jamais é o mesmo: como o sol que é novo a cada dia e como
o homem que não se banha duas vezes no mesmo rio. Ele fala do ser como
algo que abrange a multiplicidade dos seres mundanos.
(Ler: BRUNI, José Carlos. A Água e a Vida. disponível em
http://www.fflch.usp.br/sociologia/temposocial/pdf/vol05n12/Agua.pdf)
Parmênides
Para Parmênides tem-se a seguinte definição de ser: “Resta-nos assim um
único caminho: o ser é. Neste caminho há grande número de indícios: não
sendo gerado é também imperecível; possui, com efeito, uma estrutura
interna, inabalável e sem meta; jamais foi e nem será, pois é no instante
presente, todo inteiro, uno, contínuo”.
Segundo Parmênides, satisfazendo os futuros gozadores do raciocínio lógico
(Platão) e os defensores da identidade plena das coisas, o movimento é
uma ilusão dos nossos sentidos; o ser é perfeitamente imóvel. Parmênides
chega a ter um enorme desprezo pelos sentidos, já que eles não poderiam
apreender o ser em si mesmo.
Para ele o ser não pode estar no tempo. Sem dúvida, Parmênides é o
pensador da identidade plena, da imutabilidade e da perfeição.
6
08 de março de 2012
Bibliografia
NIETZSCHE, F. Critica Moderna. Tales de Mileto. Coleção “Os Pensadores”.
São Paulo: Abril Cultural, 1973
Questões: (respostas de JRMonteiro)
1. Porque a frase “tudo é água” de Tales de Mileto é considerada
racional?
Tales é considerado o primeiro filósofo pré-socrático grego. Ele foi o primeiro
teórico a formular um pensamento mais sistemático fundado em bases
racionais, que procurava explicar o mundo físico.
A este respeito, diz Nietzsche: “A filosofia grega parece começar com uma
ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as
coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por
três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a
origem das coisas; em segundo lugar, porque faz sem imagem e fabulação;
e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de
crisálida, está contido o pensamento:” Tudo é um".
2. Segundo Nietzsche, explique o significado dos 2 andarilhos.
“(...) Dir-se-ia ver dois andarilhos diante de um regato selvagem, que corre
rodopiando pedras; o primeiro, com pés ligeiros, salta por sobre ele, usando
as pedras e apoiando-se nelas para lançar-se mais adiante, ainda que, atrás
dele, afundem bruscamente nas profundezas. O outro, a todo instante,
detém-se desamparado, precisa antes construir fundamentos que sustentem
seu passo pesado e cauteloso; por vezes isso não dá resultado e, então, não
há deus que possa auxiliá-lo a transpor o regato. O que, então, leva o
pensamento filosófico tão rapidamente a seu alvo? Acaso ele se distingue do
pensamento calculador e mediador por seu voo mais veloz através de
grandes espaços? Não, pois seu pé é alçado por uma potência alheia, lógica,
a fantasia. Alçado por esta, ele salta adiante, de possibilidade em
possibilidade, que por um momento são tomadas por certezas; aqui e ali, ele
mesmo apanha certezas em voo. Um pressentimento genial as mostra a ele
e adivinha de longe que nesse ponto há certezas demonstráveis. Mas, em
particular, a fantasia tem o poder de captar e iluminar como um relâmpago
as semelhanças: mais tarde, a reflexão vem trazer seus critérios e padrões e
procura substituir as semelhanças por igualdades, as contiguidades por
causalidades. Mas, mesmo que isso nunca seja possível, mesmo no caso de
Tales, o filosofar indemonstrável tem ainda um valor; mesmo que estejam
rompidos todos os esteios quando a lógica e a rigidez da empiria quiseram
chegar até a proposição "Tudo é água", fica ainda, sempre, depois de
destroçado o edifício científico, um resto; e precisamente nesse resto há
uma força propulsora e como que a esperança de uma futura fecundidade”.
(NIETZSCHE, F. A Filosofia na Época trágica dos gregos)
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Nesse texto, Nietzsche destaca o contraponto entre o primeiro andarilho que
salta sobre as pedras do riacho lançando-se à frente o e segundo que
procura pontos de sustentação, fundamentos sólidos para orientar sua
travessia, o que acaba por detê-lo. E questiona o que leva o pensamento
filosófico mais rapidamente a seu alvo que o pensamento calculador,
apresentando como ponto de contato entre eles o pressentimento genial dos
filósofos sobre as certezas demonstráveis.
3. De acordo com o filósofo alemão, quais as diferenças entre ciência e
Filosofia?
O texto anterior fornece também a resposta a esta questão. Enquanto a
ciência busca o imediatamente demonstrável, a reflexão filosófica “vem
trazer seus critérios e padrões e procura substituir as semelhanças por
igualdades, as contiguidades por causalidades”.
E complementa: o filosofar indemonstrável tem ainda um valor; mesmo que
estejam rompidos todos os esteios quando a lógica e a rigidez da empiria
quiseram chegar até a proposição "Tudo é água", fica ainda, sempre, depois
de destroçado o edifício científico, um resto; e precisamente nesse resto há
uma força propulsora e como que a esperança de uma futura fecundidade”.
“Somos esclarecidos, ilustrados pelo iluminismo, somos apáticos. Já não se
fala de amor à sabedoria. Já não há saber de quem alguém possa ser amigo
(philos). Não nos vem à cabeça amor àquilo que sabemos, antes
perguntamos a nós próprios como conseguiremos viver com o que
sabemos, sem nos petrificarmos” (Sloterdijk, Crítica da razão cínica).
15 de março de 2012
Período Clássico: Filosofia Socrático-platônica
Bibliografia
PLATÃO. Apologia de Sócrates. In: Os Pré-socráticos.
Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1973
Coleção
“Os
________. O corpo é o obstáculo ao conhecimento. In: Fédon. Coleção “Os
Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1973
ADORNO, T. HORKHEIMER, H. O conceito do esclarecimento. In: Dialética
do esclarecimento. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 2006.
8
AGAMBEN, Giorgio. Fantasia e experiência. In: Infância e História:
destruição da experiência e origem da história. Belo Horizonte: UFMG,
2008.
“Nada pode dar uma ideia da dimensão da mudança ocorrida no significado
da experiência como a reviravolta que ela produz no estatuto da
imaginação. dado que a imaginação, hoje eliminada do conhecimento como
sendo irreal, era para a antiguidade o medium por excelência do
conhecimento. Enquanto mediadora entre o sentido e o intelecto, que torna
possível, no fantasma, a união de forma sensível e intelecto possível, ela
ocupa na cultura antiga e medieval, exatamente o mesmo lugar que a
nossa cultura confere à experiência (...). E, a partir do momento em que é
a fantasia que, segundo a antiguidade, forma as imagens dos sentidos,
explica-se a relação particular que no mundo antigo, o sonho mantém com
a realidade e como conhecimento eficaz...” (Agamben, p.33).
Século V  Sócrates e Platão
. Desenvolvimento da polis
. Desenvolvimento do comércio
. Cidadania – democracia ateniense
- A retórica toma lugar da força física
- Surgem os sofistas encarregados da educação dos jovens
- prioriza-se a educação para a cidadania
Sócrates diz que a democracia é falha; todos não são iguais, porque nem
todos são cidadãos (mulheres, escravos e estrangeiros não eram cidadãos).
Ler:
Apologia de Sócrates
O Mito da caverna.
Mito da caverna
(disponível em<http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito_da_caverna>)
Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe
uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres
humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente
a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do
muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que
vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras,
pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras
sejam a realidade.
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Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na
direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da
caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais
além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação
extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde
o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por
louco e inventor de mentiras.
Platão não buscava as verdadeiras essências na simplesmente Phýsis, como buscavam
Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas
para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que acaso se liberte, como
Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um
mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse,
desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase
tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. Foi
justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando
Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas
se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente,
com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso
tudo, inertes em suas poucas possibilidades.
22 de março de 2012
Os sofistas e a filosofia socrático-platônica
FILOSOFIA
- Filosofia socrático-platônica
- Metafísica da alma
(contemplação da alma)
- Dualidades excludentes
alma
x
corpo
essência x
aparência
verdade
x
mentira
- Nietzsche, Maurice Blanchet,
Bataille, Foucault
- Experiência-limite,
esfacelamento do sujeito, crítica à
metafísica (à dualidade excludente).
- Filosofia com elaboração de uma certa
modalidade de vida (matéria ética a ser
desenvolvida); dar forma à vida
(estilística da existência)
10
“Ficar sentido o menos possível: não pôr fé em pensamento algum que não
tenha sido concebido ao ar livre, no livre movimento do corpo, em ideia
alguma em que os músculos não tenham também participado. Todo o
preconceito provém dos estranhos. Ficar chumbado na cadeira; repito-o, é
o verdadeiro pecado contra o espírito” (NIETZSCHE)
“O corpo de Foucault está presente nos livros que ele assinou... Foucault
põe em cena em movimentos-chave de seu trabalho: é assim que (...)
Vigiar e Punir a partir da experiência física que ele conheceu... A vida dos
homens infames é desencadeada pelo encontro físico dos arquivos: sintome embaraçado em dizer o que realmente experimentei quando li os
fragmentos e alguns outros. (...) Talvez uma dessas impressões da qual se
diz serem elas físicas.” (FRÉDÉRIC GROS)
Bibliografia complementar: NITZSCHE, F. Crepúsculo dos Ídolos.
Sofistas
Protágoras
Górgias
Crítias
Hípias
Valorizavam e ensinavam a retórica, a arte da eloquência, a arte de bem
argumentar, a arte da palavra. Acreditavam que o sucesso de um homem
era devido a sua capacidade de convencer o outro de seus argumentos.
Surgem num contexto de crescente participação política na vida da pólis. A
filosofia torna-se um instrumento de educação nas mãos de um grupo de
sábios.
Sócrates (470 ~399 a.C.)
Considerado o pai da tradição filosófica ocidental. Decidiu não escrever e
confiar a sua mensagem aos colóquios entre indivíduos e a força concreta
do exemplo, tanto do modo de viver quanto de morrer.
11
Fazia filosofia em praça pública, debatendo: um pregador laico, racional que
levava os jovens a questionar as verdades estabelecidas. Era o método
dialético.
Foi considerado um elemento desestabilizador. Em 399 a.C., Ânito e Meleto,
dois concidadãos, acusaram-no de não acreditar nos deuses e de corromper
os jovens.
Por meio da “Apologia de Sócrates”, escrita por Platão, sabemos da
serenidade com que bebeu cicuta (um veneno letal), após uma última
discussão com seus discípulos sobre o tema da imortalidade da alma.
A sua tese é que não é possível conhecer alguma coisa sem conhecer a
própria ignorância.
Sócrates observa como a presunção do saber é o maior obstáculo ao
conhecimento.
A maiêutica é literalmente a arte da parteira ou a arte da obstetrícia. Indica
o método de investigação de Sócrates, descrito por Platão.
Sócrates jamais fornece soluções, limitando-se a levantar perguntas.
Sustenta que a tarefa do sábio não é propor afirmações verdadeiras, mas
favorecer o nascimento da verdade na alma do interlocutor (aquele que
escuta).
Maiêutica, segundo o Dicionário Houaiss
Em medicina, o mesmo que obstetrícia; em derivação por metáfora, o método
socrático que consiste na multiplicação de perguntas, induzindo o interlocutor na
descoberta de suas próprias verdades e na conceituação geral de um objeto.
12
05 de abril de 2012
A Filosofia de Platão
A verdade e o mundo das ideias
Bibliografia
-Platão. O Mito da caverna. In: A República
- NIETZSCHE, F. O que devo aos antigos. In: Crepúsculo dos ìdolos
QUESTÕES
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
O que é a caverna?
Qual é o significado da luz?
O que o muro representa?
Quem são os prisioneiros?
Qual é o papel do filósofo?
Explique o significado das estátuas.
A metafísica está presente no mito? Justifique.
O Mito da caverna á atual? Justifique.
Sobre o texto “O que devo aos antigos” de Nietzsche, explique a
posição do alemão diante das odeias de Platão.
Filosofia das ideias,
sentido da linguagem,
sujeito/consciência (EU),
absoluto, da razão,
metafísica.
do
do
do
da
Platão, Aristóteles, Kant,
Descartes, Hegel e outros
X
Filosofia da transgressão,
da
experiência-limite,
do
Fora,
dos
corpos,
dos
sentidos, do trágico, da vida,
da arte.
Spinoza, Nietzsche, Deleuse,
Maurice Blanchot, Foucault,
George Bataille e outros.
13
12 de abril de 2012
Aristóteles e o sentido da linguagem
Bibliografia
- Aristóteles. A metafísica e a ciência do ser. In: ética a Nicômano
- NIETZSCHE, F. Sobre a verdade e a mentira no sentido extra moral.
SER/NÃO SER
ENTE (substância)
Rompe com a Metafísica de Platão
METAFÍSICA
Lógica
Analítica
Descritiva
Gramática
Dialética
Retórica
Poética possível
Reconhecimento das oposições inerentes à realidade do
ser
Verossimilhança
Visão do mundo/biografia memória/vontade e
entendimento
14
19 de abril de 2012
A Lógica Aristotélica
A Linguagem com sentido
A palavra lógica é muito comum no nosso dia a dia. Todo mundo diz “é
lógico” quando não há dúvida sobre alguma coisa, ou seja, quando o que é
dito faz sentido.
Pensar logicamente é uma coisa que está em nossas entranhas. Essa é uma
tradição de pensamento que teve origem na Grécia antiga. O filósofo grego
Aristóteles (384 ~ 322 a.C.) é considerado o pai da Lógica.
O filósofo Platão dividiu o mundo em dois: o 1º é o nosso, onde tudo é
ilusão; o 2º é o das ideias, o mundo do pensamento e da verdade.
Aristóteles era discípulo de Platão, mas não pensava como seu mestre. Para
ele não existe a separação: verdade e aparência estão ao nosso redor.
Na filosofia de Aristóteles, um dos caminhos para a verdade é a linguagem,
desde que obedeça às leis da lógica. A lógica está na lei, na boa
argumentação. Esta é fundamental para chegarmos ao justo – não apenas
argumentação na oratória, no discurso vazio, argumentação que se tem na
prova que se tem no processo.
Argumento nada mais é que um discurso em que encadeamos afirmações
como elos de uma corrente de maneira a chegar a uma conclusão.. A base
de todo o discurso lógico é um raciocínio muito simples: “todo homem é
mortal, Flávio é homem; logo Flávio é mortal”.
Sempre obedecemos algumas regras e uma das mais importantes é a não
contradição: um objeto é algo ou não é algo. Não podemos dizer que algo é
e não é ao mesmo tempo (princípio do não contraditório). Nós só podemos
afirmar logicamente uma coisa, e não seu oposto.
Para Nietzsche a lógica é a escravidão da linguagem porque ela elimina os
caminhos por onde a linguagem poderia passar. É possível a lógica no
mundo dos afetos?
15
Período Helenístico (cerca de 7 séculos, de 3 a.C. a 4 d.C.)
Sêneca: “Deve se aprender a viver por toda a vida e, por mais que tu talvez
te espantes, a vida toda é aprender a morrer”. Sobre a brevidade da vida.
Período helênico. Trata-se de um momento de decadência da civilização
grega, dominada principalmente pelos romanos.
Neste período ocorre uma associação entre ética, virtude e felicidade.
Estoicismo propõe a filosofia para toda a população de Estoa, a porta
principal de Atenas, onde as pessoas filosofavam.
Epicurismo. Epicuro funda os “Jardins de Epicuro”, sua casa, onde alguns
filosofavam.
26 de abril de 2012
Europa Medieval: relações de servidão
A Idade Média tem como referencia temporal o período que vai do século V
ao XV. Período diversificado quanto à formação étnico-cultural (grega, síria,
egípcia, persa, etc.) poder centralizado, grande desenvolvimento de
cidades, comércio como uma das principais atividades econômicas.
Feudalismo
Nos séculos III e IV, O Império Romano está em crise. Algumas condições
sociais, econômicas e políticas contribuíram para a gradativa destruição do
modo de produção escravista (base da economia romana) e a constituição
dos fundamentos do sistema feudal.
No feudalismo a unidade econômica, político-jurídica e territorial era o
feudo – produzidos os bens necessários à manutenção de seus habitantes,
realizadas asa trocas de bens e elaboradas leis e obrigações.
16
Santo Agostinho (354 ~ 430 d.C.)
Platonismo cristão na Idade Média
“Quem conhece a verdade, conhece a Luz Imutável e quem a conhece,
conhece a Eternidade” (Santo Agostinho, Confissões).
Segundo Agostinho a filosofia antiga consiste em uma época de preparação
da alma. A Teologia é a verdadeira e legítima ciência – preparar a alma
humana para a Salvação e para a visão de Deus. Enquanto o pensamento
grego aceita como modelo da temporalidade o ciclo do cosmos, Agostinho
define o tempo como história linear, tendo um começo – a Criação – e um
fim – A ressurreição dos justos – que é a própria história da humanidade.
Assim ele estabelece o sistema das filosofias da história, inclusive as mais
modernas, que apresentam as mais materialistas e as mais científicas
pretensões. Para ele trata-se de lembrar a cada membro da comunidade
cristã sua responsabilidade histórica.
São Tomás de Aquino (1225 ~1274 d.C. – Nápoles)
Época em que as estruturas feudais já estavam consolidadas e num
momento de intensificação do comércio.
Identificam-se influências de Santo Agostinho, Alberto Magno, Platão e
principalmente obras de Aristóteles – além das Sagradas Escrituras.
Algumas noções caracterizam sua obra:
 Estabelece relação entre razão e fé, concepções de finalidade. de
causalidade e de potência-ato.
 Separa a Filosofia da Teologia. Cabe à Filosofia preocupar-se com as
coisas da natureza, utilizando a razão como instrumento de
fundamentação. Cabe a teologia preocupar-se com o sobrenatural,
17
cujo instrumento é a fé. Afirma que é possível fundamentar verdades
da fé/razão por meio da razão.
 A conciliação da fé/razão expressa-se nas provas da existência de
Deus, por meio de argumentos racionais que têm por premissas a
observação da realidade.
Para São Tomás de Aquino, a razão distingue os homens dos outros seres e
permite chegar à substância das coisas; é o elemento de mias alto nível da
alma humana.
O conceito de vontade deixa claro como a razão é fundamental; a vontade
para ele é uma potência intelectiva (relativa ao intelecto, ao entendimento)
que não se confunde com os apetites, as paixões.
Na noção de livre-arbítrio está subjacente o papel da razão: o homem é
livre porque racional; o livre-arbítrio é a possibilidade de se optar por uma
ação, por meio dos elementos que o próprio intelecto fornece.
DIFERENÇA
Santo Agostinho
predestinação
São Tomás de Aquino
praticar o bem, razão
“É injustificável a rebelião contra o governo. São Tomás de Aquino
doutrinava que qualquer mudança de governo tem origem divina. Se
não for possível ao membro obter por meios legais reparação por
danos e males sofridos, deve deixar a questão a Deus, que no fim
resolverá tudo bem” Frost Jr.
03 de maio de 2012
São Tomás de Aquino: As ideias acerca da alma
Foi o maior representante da escolástica (uma grande pedagogia formada
da união entre o pensamento platônico e o pensamento aristotélico com os
princípios teológicos do cristianismo).
A escolástica foi uma tentativa de harmonização de duas esferas: a fé e a
razão.
Durante toda a Idade Média, o pensamento filosófico e o pensamento
pedagógico estarão profundamente marcados pelas premissas da filosofia
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grega, segunda a qual educar é levar a criança do estado de potência para
o estado de ato, representado, pela idade adulta.
Tomás de Aquino elaborou uma síntese entre aristotelismo e cristianismo,
fazendo
leitura
cristã
da
filosofia
de
Aristóteles.
Introduz,
fundamentalmente, o elemento da criação divina, ou seja, as essências não
existem de toda a eternidade, mas foram criadas por Deus, por atos
deliberados de sua vontade onipotente.
Para ele o homem é um corpo e uma alma, mais precisamente sua essência
é composta de corpo e alma. A alma humana é singular, pois os homens
não apenas conhecem as coisas sensíveis por meio dos sentidos, como os
outros animais, mas conhecem a essência inteligível das coisas através do
intelecto.
O conceito da Filosofia Moderna
“A burguesia desempenhou na história um papel eminentemente
revolucionário. Onde quer que tenha conquistado o poder, ele
destroçou todas as relações feudais, patriarcais e idílicas. Todos os
laços complexos e variados que prendiam o homem feudal a seus
superiores naturais, ela despedaçou sem piedade, para só deixar
subsistir, de homem para homem, o laço do frio interesse, as duras
exigências do pagamento à vista. Afogou os fervores sagrados do
êxtase religioso, do entusiasmo cavalheiresco, sentimentalismo
popular nas gélidas águas do cálculo egoísta. Fez da dignidade
pessoal um simples valor de troca, substituiu as numerosas
liberdades conquistadas com tanto esforço, pela única, implacável,
liberdade do comércio. Em outras palavras, em lugar da exploração
velada por ilusões religiosas e políticas, a burguesia implantou uma
exploração aberta. cínica, direta e brutal” (Karl Marx, Manifesto
Comunista, 1846)
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Descartes e o racionalismo (1596 ~ 1650)
“Nunca devemos deixar ser persuadidos da verdade por outra coisa
que não seja a evidência da nossa razão” (Renée Descartes)
Pode-se afirmar que a sustentação para a subjetividade moderna reside na
consciência (o “cogito” de Descartes).
A consciência é produto do distanciamento do homem/mundo,
Homem/natureza, ela nasce como uma ponte, um meio de comunicação
entre a interioridade e a exterioridade.
Sua função é traduzir as forças da vida que nos são sempre inconscientes,
para o mundo dos códigos, da linguagem; a consciência é um aparelho de
conhecimento.
Já a produção do sujeito de conhecimentos resulta do exercício da
consciência. É a consciência, como aparelho de conhecimento, que sustenta
a crença na segurança e na certeza das categorias da razão. Essa
segurança, que emerge com a filosofia de Descartes, termina por produzir
um sujeito autônomo, capaz de preparar o advento da modernidade
científica e filosófica.
É Descartes quem funda a crença na autonomia representativa do sujeito; a
partir dele a categoria fundada com a ideia de vontade adquire a segurança
e a certeza de si.
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17 de maio de 2012
Imannuel Kant e o criticismo
“Sem a sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, sem o intelecto,
nenhum objeto seria pensado. Sem conteúdo, os pensamentos são
vazios; sem conceitos, as instituições são cegas” Imannuel Kant.
Imannuel Kant nasceu (1724), viveu e morreu (1864) na cidade de
Königsberg, no então Reino da Prússia.
Tinha muitos irmãos e sua família era pobre, profundamente religiosa,
sendo-lhe ministrada uma sólida educação moral.
Era extremamente metódico. Conta-se que os moradores de Königsberg
acertavam seus relógios pelas caminhadas diárias do filósofo, sempre no
mesmo horário.
Foi apontado por vários estudiosos de seu sistema, como um dos
pensadores mais rigorosos da Filosofia moderna.
Kant viveu em uma época em que o pensamento moderno tinha como
elementos fundamentais o homem, a liberdade o individualismo, visão de
mundo que se desenvolveu vinculada à burguesia.
Elabora uma filosofia que reflete não apenas a capacidade da razão de obter
conhecimento, mas também sobre as expressões da liberdade humana.
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Em sintonia com o racionalismo e o empirismo, Kant abandona as
pretensões que a metafísica cultivava de chegar à essência das coisas. Está
convencido de que o caminho para o conhecimento do homem moderno é a
ciência, a experimentação e o estudo dos fenômenos.
Como iluminista, acredita na razão universal, na emancipação do homem e
em seu aperfeiçoamento.
Confia que, aprendendo a utilizar a razão, o ser humano é capaz de ser o
legislador em um reino de finalidades e de alcançar a autonomia da vontade
de modo a sair da “minoridade” e ingressar na “maioridade”.
Neste sentido, a sua filosofia traz profundas
provocando uma reviravolta no âmbito das
desbanca a posição soberana e autoritária do
educando seja concebido como um sujeito ativo
não mais como espectador passivo.
implicações pedagógicas,
teorias educacionais: ela
educador, exigindo que o
do processo pedagógico, e
Tal reviravolta está na base da ideia democrática de educação, defendidas
por teorias pedagógicas contemporâneas.
No entanto, Kant, ao contrário da euforia do seu tempo, propõe analisar o
alcance da razão humana, seus limites e possibilidades. Se a razão no
mundo moderno estava sendo erguida para julgar a tradição, a religião, a
autoridade, os mitos e as crenças, era necessário também submeter ao
exame, sua própria capacidade.
O fato de não reconhecer outra autoridade acima de si, não devia impedir
de aprender a criticar a própria razão.
Assim, enquanto dissolve as pretensões da metafísica, Kant chega também
à conclusão de que a razão humana é limitada.
É a partir dessa reflexão que Kant escreve o livro “Crítica da Razão Pura”,
fazendo uma investigação crítica do poder da razão (criticismo), ou seja,
indaga até onde vai nosso conhecimento.
Como resposta afirma que os únicos resultados que podemos alcançar são
aqueles derivados das ciências. Assim, ao escrever a “Crítica da Razão
Pura”, Kant mostra que o sujeito e o objeto de relacionam e se
complementam.
Afirma que para se conhecer é necessário estabelecer relações entre as
coisas, ou seja, avaliar e julgar (ligação entre o sujeito e o predicado).
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Bibliografia
Nietzsche, F. “Culpa”, “má consciência” e coisas afins. In: Genealogia da
Moral. São Paulo: Cia das Letras.
__________. Como o “mundo verdadeiro” se tornou finalmente fpábula. In:
Crepúsculo dos Ídolos. São Paulo: Cia das Letras.
__________. A crença no “eu”. Sujeito. In: Vontade do Poder. Ed.
Contraponto.
Sugestão de leitura (não é para a prova)
Artigo escrito pelo Prof. Guisard, a ser publicado na
próxima edição da revista eletrônica “OMNIA LUMINA”.
MATÉRIA PARA A PROVA REGIMENTAL
Desde Sócrates e Platão
Até Kant
 aula de 15 de março
 aula de 17 de maio
FIM
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