tratamento ortodôntico assimétrico - Instituto de Ensino e Pesquisa

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www.institutowerneck.com
INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DE CRUZEIRO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA
TRATAMENTO ORTODÕNTICO ASSIMÉTRICO
NIVALDO BARRETO GABY
Monografia apresentada ao Instituto de
Ensino e Pesquisa de Cruzeiro, como
parte dos requisitos para obtenção do
título de Especialista em Ortodontia.
Orientador: Prof. Dr. Eduardo César Werneck
Cruzeiro
2007
www.institutowerneck.com
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA
FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE E COMUNICADA
AO AUTOR A REFERÊNCIA DA CITAÇÃO.
Cruzeiro, 30 de Janeiro de 2008.
Assinatura:
e-mail: [email protected]
FOLHA DE APROVAÇÃO
Barreto, N. G. - TRATAMENTO ORTODÔNTICO ASIMÉTRICOS, foram avaliados
os diversos métodos e procedimentos usados no tratamento das assimetrias
dentais. Cruzeiro; 2007.
Banca Examinadora
1) Prof..Dr.: Eduardo César Werneck
Julgamento:
Assinatura :
2) Prof. Dr.: Ronaldo Alves Bastos
Julgamento:
Assinatura :
3) Prof.Dr.: Adriano Marota Araujo
Julgamento:
Assinatura :
Dedicatória
Eu ,
Werneck
dedico
este
trabalho
e meu
que pacientemente mostrou-me
ortodontia, que
com
sua paciente
o
agradecimento
caminho
orientação,
ao
para o
Mestre Eduardo
conhecimento da
direcionaram e ampliaram as
portas da ciência de Angle.
Impossível,
a nossa arte da
seria também,
não citar o
Mestre Adriano que
ortodontia com seus conhecimento sobre Biomecânica
aprimorou
e os arcos
segmentados.
Não faria justiça também se não citasse nosso Mestre Márcio que
contendando
em
transmitir
os
dedicação brakets, molas e fios.
seus
conhecimentos
teóricos,
não se
enfrentou
com
Agradecimentos
Agradeço
especiais
a DEUS, Engenheiro do Universo, que tudo tornou possível.
Aos meus Pais, Nicílio e Regina, que nesta minha caminhada mostraram-me não
somente as primeiras linhas e letras, mas construíram o arcabouço de minha
história.
E muito especialmente à minha Amada Esposa Márcia que muito soube
entender das minhas dificuldades e preocupações e minha querida Filha Bruna que
pacientemente permitiu
monografia.
que
muito
do
seu
tempo
fosse
transferido para
esta
Agradecimentos
Aos
meus
prezados
mestres
e doutores: Werneck, Adriano, Ronaldo,
Márcio, Alessandro, Ana e a todos os membros do nosso Instituto de Educação e
Pesquisa
de
Cruzeiro,
que muito me ajudaram
caminhos da ortodontia, permitindo-me em
meus caminhos.
Meu
MUITO OBRIGADO!!!!!
nos tortuosos e desalinhados
muito estreitar, alinhar e nivelar esses
RESUMO
Este trabalho foca nos diversos procedimentos ortodônticos que enfrentam a
peculiaridade de ter ora em uma arcada, ou parte dela, uma solução que divergem
da solução ou tratamento da outra arcada.
É freqüente nos casos de exodontia
unilaterais e em especial nas Classes II subdivisão encontrarmos um planejamento
que leve em consideração estas diversidades.
Palavras-chave:
Assimetrias unilaterais - exodontias unilaterais - Desvios de Linha Mediana
Má oclusção de Classe II Subdivisão
ABSTRACT
This research was based
in studies about asymmetric orthodontic treatments in
several cases of the abnormal relationship of the teeth and their surrounding soft
tissue.
This treatments have as a goal the dentition should be placed in healthy, stable
position to promote symbiosis between all parts of the masticatory mechanism.
Key words:
Asymmetries - Asymmetries extraction - Class II Subdivision Maloclusion - Midline
deviation
SUMÁRIO
P1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
3 . DISCUSSÃO
4. CONCLUSÕES
5. REFERÊNCIAS
01
04
2
0
25
27
INTRODUÇÃO
Introdução
1
2
INTRODUÇÃO
A ASSIMETRIA DENTO-FACIAL
O conceito de simetria da face humana foi descrito primeiramente por
Leonardo da Vince no desenho de Albrech Durer (1507). Este descreve a
face humana dividida por uma linha vertical correndo através de um centro
localizado, sendo que o nariz, o queixo e a pupila dos olhos
são
equidistantes deste linha e uma linha pode ser desenhada através deles.
Esta preocupação cedo foi transferida para a ortodontia clínica e
cirúrgica, que incorporou estes conceitos de simetria como básicos para o
perfeito equilíbrio do sistema estomatognática, criando uma linha mediana
aos arcos dentais que foi posicionada entre os incisivos centrais superiores
e inferiores e correlacionada com a espinha nasal superior e inferior.
Baseado nestes conceitos, primeiramente o próprio ANGLE observou a
necessidade de se manter todos os elementos dentais para permitir a este
sistema um perfeito equilíbrio.
Contudo
os ortodontistas
cedo
perceberam
a
necessidade de
extrações de alguns elementos dentais (por diversos motivos: como
apinhamentos, caries, desarmonias entre arcos e/ou supra numerários).
NORMAN KINGSLEY (1880) visualizou a necessidade de exodontias em
determinados casos para
permitir a manutenção do equilíbrio oclusal
e
evitar recidivas. ANGLE (1899) baseado na visualização de arcos dentais
considerados com uma perfeita oclusão criou sua classificação das
maloclusões baseada na posição mésio-distal do primeiro molar superior.
Introdução
3
Em seguida CALVIN CASE verificou a necessidade de tratamentos
individualizados, pois ele acreditava que em muitas maloclusões
a
exodontias seriam uma solução para a estabilidade no pós-tratamento. Foi,
contudo, CHARLES TWEED, um ex-discípulo de ANGLE, que observando
os seus resultados de seus tratamentos, ficou insatisfeito com seus
tratamentos sem exodontias.
TWEED relacionou o sucesso de seus
tratamentos a verticalização dos incisivos inferiores, o que levava a
necessidade de manutenção da ancoragem posterior e exodontias.
Uma evolução destes tratamentos foi a indicação de extrações
assimétricas que visavam diminuir o tempo de tratamento, diminuir o grau e
incidência recidivas e melhorar a estabilidade do tratamento - GRABER E
VANARSDALL (1994).
Associados, a estas necessidades diversos estudos verificaram que
esta simetria era em verdade uma exceção, pois em 90% dos casos, os
arcos dentais apresentam um discrepância de largura entre os dentes dos
lados direito e esquerdo
dos arcos, e que os
6 dentes anteriores
superiores e inferiores apresentavam em 50% dos arcos diferenças de 2
ou mais milímetros - BALLARD (1956).
A preocupação com o primoroso diagnóstico deve ser associada sempre as
exodontias, sejam elas unilaterais, assimétricas e ou bi-laterais., estas exodontias
tem indicações
primarias
para os casos de apinahmentos, nas correções das
relações maxilo-mandibulares e/ ou quando desejamos suavizar os perfil de nossos
pacientes, assimetria do nariz o que implica em resolver também os dois
problemas concomitantemente .
REVISÃO DE LITERATURA
Revisão de literatura
2
5
REVISÃO DE LITERATURA
BALLARD (1944) em um estudo com modelos de 500 pacientes tratados
ortodonticamente após cuidadosa mensuração do diâmetro mesio-distal
de todos os dentes concluiu que 90% (448 modelos) dos mesmos
apresentam uma discrepância entre os dentes do arco direito e o mesmo
dente do esquerdo, sendo que 408 apresentavam diferenças maiores
que 0,5 mm e 40 modelos diferenças entre 0,25 e 0,5 mm entre eles. O
dente mais envolvido nesta mensuração
foi os incisivos laterais e
primeiros molares superiores e no arco inferior os caninos e primeiros
pré-molares.
FARKAS & CHEUNG (1981) neste estudo de crianças normais,
avaliaram os graus de sutis assimetrias que poderiam ser exibida a todos
nos. Assimetrias foram encontradas por serem muito comuns, mas a
média de diferenças entre o lados direitos e esquerdos mensurados
foram suaves (3 mm ou 3 %) com o lado direito usualmente maior. As
mais comuns e maiores assimetrias foram encontradas no terço
superior da face.
ANDREWS (1989) acreditando ser aceitável o término do tratamento com
os molares em uma relação de maloclusão de classe II, quanto for
possível preservar as exodontias
no arco inferior e realizar somente
exodontias no arco superior, mas tratando o resta da dentição para uma
relação de classe I. Sendo que a estabilidade para a oclusão é conseguida
com uma leve inclinação dos molares inferiores (5 graus da coroa) no
Revisão de literatura
6
arco em classe I e um molar verticalizado em relação ao plano oclusal no
arco em classe II.
PECK, PECK & KATALA (1990) após avaliar 52 faces bem balanceadas
em pacientes adultos para verificar assimetria esqueletais
antero-posteriores,
todos
os
pacientes
em projeções
demonstraram
assimetrias
mensuráveis. Os arquivos demonstraram menos assimetrias
estabilidade dimensional
com o crânio
tendência com respeito
a
é
e mais
avaliado. Uma pequena
dominância do lado direito não foi
estatisticamente mensurável.
JERROLD & LOWENSTEIN (1990) relataram que quando a linha mediana
superior não é coincidente com a linha mediana inferior e a linha facial, o
tratamento poderá requer uma extração unilateral de um dente superior.
Uma situação que poderia requerer a extração de um elemento dentário
inferior poderá ser descrito quando a linha mediana inferior não coincide
com a linha mediana facial e a mandíbula adota uma postura de desvio da
linha facial para o lado oposta da linha mediana inferior. Quando existir a
correção da postura o desvio da linha mediana inferior seria agravado
tornando necessária a extração do lado oposto. Agora se a linha media
inferior coincide com a linha mediana facial, mas a mandíbula adota uma
postura de desvio da linha mediana e a linha mediana superior encontrase desviado para o mesmo lado, quando corrigirmos a postura mandibular
teremos a linha mediana superior e inferior desviadas para lados opostos
podendo
então
superiores.
ser
indicadas
extrações
assimétricas
inferiores
e
Revisão de literatura
7
TAYER (1991) em um estudo em modelos Ortodônticos, fotografias intraorais, radiografias e Diagnósticos Set up de 4 casos Adultos completos
foram
apresentados e mostravam a possibilidade de
tratamento e planejamento para corrigir
especificas e
um atípico
pouco-usuais
maloclusões. Os caso apresentados requeriam extrações
dentais
assimétricas em ordem (seriadas) para concluir os resultado do tratamento
desejados. Muitos ortodontistas que agora tratam de um numero maior
destes pacientes fora da fase de crescimento (adultos). Considerando as
tradicionais extrações devemos
modifica-las
para as necessidades do
tratamento desta nova demanda da população de pacientes.
FREITAS et al (1991) observaram que nos casos de pequenos
apinhamentos
as
extrações
unilaterais
poderiam
promover
uma
diminuição do tempo de tratamento, mas desde que os dentes posteriores
estivessem em uma oclusão de classe I, neste relato de caso o paciente
apresentava um pequeno apinhamento do lado esquerdo na região de
canino e um desvio da linha mediana superior e inferior para o lado direito.
Possuia uma curva de Spee acentuada e perfil facial normal, com uma
leve concavidade. O tratamento foi realizado com a extração de segundos
pré-molares do lado esquerdo para corrigir a discrepância dentaria e fixar
a linha mediana superior e inferior em relação a face. Já no lado direito
foram executados desgastes interproximais e não ocorreu alteração do
perfil do paciente.
BICHARA & BURKEY (1993) em uma revisão sobre assimetrias na face
e dentição consideraram que é um fenômeno que ocorre naturalmente.
Em muitos casos de assimetrias faciais, estas somente seriam detectadas
Revisão de literatura
pela comparação de partes
homologas
8
da face. A etiologia das
assimetrias incluíam: a) Genéticas e congênitas más formações por ex.
hemifacial microssomia ou unilateral fendas do lábio e palato; b) Fatores
ambientais por ex.
hábitos e traumas; c) Desvios Funcionais
por ex.
mandibular desvios como um resultado de interferências dentais.
Assimetrias dentais e uma variedade de desvios funcionais poderiam ser
tratados ortodonticamente. Em uma outra mão, significativas assimetrias
das
estruturas
faciais
não
foram
facilmente
relacionadas
como
responsáveis pelo tratamento ortodôntico. Estes problemas poderiam
requer correções ortopédicas durante o período de crescimento e ou
tratamento cirúrgico posteriormente.
Reclamações de pacientes e seus desejos precisariam ser endereçados
desde que eles possam ter realística expectativa para uma correção no
que concerne a igualar a face frente a presença de grande desvios.
Com suaves desvios dentais, esqueletais e dos tecidos moles a prudência
e o prognostico do tratamento deveria ser cuidadosamente considerada.
BISHARA et al (1994) na proposta desse estudo era de determinar os
efeitos
do tratamento ortodôntico
no potencial crescimento
características dento-faciais de indivíduos
com
e
moloclusões classe 2,
divisão 1 num período de 5 anos. No pré-tratamento, indivíduos de classe
2 tinham um maior overjet e um mais profundo overbite, maior ANB,
mandíbula mais retraída e perfil convexo no tecido mole. Em adição,
os lábios superiores e inferiores em homens
e os lábios inferiores em
mulheres eram significativamente mais protruídos nos indivíduos que
eram
eventualmente
tratados
com
a extração dos primeiros pré-
Revisão de literatura
9
molares. No final do período de 5 anos de observação, havia uma total
normalização do relacionamento esqueletal dos pacientes tratados com
classe 2 em ambos os grupos , com extração ou sem extração, quando
comparados com aos pacientes de classe I molar dental.
MELSEN & BERGAMINI (1995) nos tratamento das assimetrias dentais
frequentemente
incluíam vários tratamentos
alternativos. Este caso
reportado descreveu os tratamentos alternativos para
produzida secundariamente
uma assimetria
pela remoção cirúrgica de um Odontoma,
que incluiu o germe do incisivo lateral inferior esquerdo. A abertura do
espaço foi escolhida e baseada nos desejos do paciente. O
de força Biomecânico e assimétrico
sistema
usado para a correção da
linha
media foi apresentado como Diagrama de Free-body.
KULA et al (1996) verificaram que pouco se conhece sobre assimetrias
do arco dental das crianças. A proposta deste estudo era quantificar e
descrever as assimetrias dos arcos dentais de 151 crianças com grandes
"overjets" e determinar se uma relação espacial existia entre um ponto
(marco) dental em arcos opostos. Embora muitas crianças com grande
"overjets"
tenham
significantes assimetrias
INTRA-ARCOS, poucas
exibiram assimetrias INTER-ARCOS.
VANARSDALL & MUSICH (1996) relataram que o tratamento de adultos
era
potencialmente
diagnosticado
por
maloclusões
dentais
e
esqueléticas que necessitariam de exodontias (unilateral ou bilateral), pois
este paciente apresentavam pouco ou nenhum crescimento. Nos casos
de maloclusões esqueléticas de Classe II a solução seria
uma
compensação dental (exodontias de um ou mais elementos dentais)
Revisão de literatura
10
buscando o controle das discrepâncias das bases apicais. Sendo que ao
final do tratamento encontraríamos o molar em relação de classe II o que
proporcionaria
a necessidade de ajustes oclusais e a freqüente
contenção dos elemento dentais remanescente.
ASSIDY, et al (1997) constataram que a forma do arco dental humano
apresenta varias considerações. Este estudo analisou o tamanho e o
formato de arcos dentais mandibulares e maxilares de 320 adolescentes.
Em todos os tamanhos de arcos e formato foram visíveis que há mais
influencias
achados
indicativas de fatores ambientais
direcionam a
atenção
que
hereditárias.
Estes
para a necessidade de melhor
entendimento quanto aos fatores extrínsecos modulando o tamanho e
forma do arco durante o desenvolvimento.
MAURICE & KULA (1998)
comparando marcos
avaliaram clinicamente assimetrias dentais
na superfície oclusais de dentes em modelos. A
proposta deste estudo foi a quantificação e descrição de assimetrias
mandibulares e Maxilares. Assimetrias Transversais excederam as
assimetrias antero-posteriores em magnitude e prevalência.
A alta
associação entre as posições antero-posteriores e transversais dos
marcos INTER-ARCOS
indicaram que
os
arcos tinham
similares
dimensões . Muitas crianças na dentição mista tem assimetrias INTRAARCOS que são mais severos e prevalentes no plano transversal que no
Plano Antero-posterior.
YAMASHIRO & OKADA (1998) em um estudo reportaram o tratamento
cirúrgico e ortodôntico de dois pacientes do gênero feminino que exibiam
uma dento - facial assimetria. Esta descrição médica incluíam uma
Revisão de literatura
11
precoce fratura condilar. Durante o crescimento o lado fraturado sofreu
um distúrbio, resultando em um desvio mandibular e maxilar. Seguindo o
crescimento as
assimetrias foram
tratamento cirúrgico ou ortodôntico.
corrigidas
pela combinação do
O planejamento do tratamento
produziu os resultados satisfatórios.
HARFIN (1999) observou que nos casos de pequenos apinhamentos e
giroversões restritas a área anterior, existia a possibilidade de um
tratamento com a extração de um pre-molar superior, quando a região de
molares apresenta os dentes em classe I de molar e também com chave
de caninos, deste modo o alinhamento e o nivelamento das arcadas
seriam preservados
e manter-se-ia a harmonia facial
que seria
comprometida com um plano de tratamento que resultasse na extração de
dois pré-molares.
ROSANA CELNIK (2000) em um trabalho demonstrou que uma das
aspirações de todo tratamento de ortodontia é a obtenção de uma oclusão
funcional e estável , um belo sorriso e em ambas as premissas estão
associadas ao conceito de simetria tanto funcional como estético. Para
elaborar o diagnostico, o plano de tratamento e os desenhos da mecânica
ortodôntica existem a necessidade de poder distinguir entre os problemas
de origem dental e esqueletal, para eles fazemos uso da informação que
nos brindam as análises cefalométricas,
o estudo dos modelos,
fundamentalmente o exame clinico e as fotografias dos pacientes. As
análises das inclinações axiais permitem diferenciar entre as assimetrias
dentárias e as inclinações axiais que compensam as assimetrias
esqueletais. O plano de tratamento, com ou sem extrações, com ou sem
Revisão de literatura
12
cirurgia ortognática, dependerá da origem, severidade das assimetrias,
idade dos pacientes e também do seu consentimento.
ELIAS & IMAMURA (2001) neste trabalho tem a finalidade demonstrar
de forma prática a interação entre a ortopedia e a ortodontia, levando ao
novo conceito de tratamento Bi-Fásico. Apresentaremos um caso clínico
de mordida cruzada, com séria assimetria facial e inclinação do plano
oclusal. Dentre as várias possibilidades de tratamento para este caso,
mostraremos um planejamento com uma boa relação custo/benefício e
veremos que, as melhoras na fase ortopédica e na fase ortodôntica
combinadas, alcançaram os objetivos propostos.
PROCACI & RAMALHO (2002) em um trabalho de revisão bibliográfica
sobre o crescimento assimétrico da face e sua relação com os desvios
mandibulares como resultado das interferências oclusais e a participação
da atividade muscular nestes desvios. . Concluiu-se que as mordidas
cruzadas posteriores unilaterais funcionais devem ser interceptadas o
mais
cedo
restabelecido,
possível
para
permitindo
que
o
equilíbrio
movimentos
neuromuscular
funcionais
adequados
seja
ao
crescimento e desenvolvimento crânio-facial harmônico. As assimetrias
congênitas e/ou genéticas devem ser corretamente diagnosticadas para se
evitar planos de tratamento ineficientes.
Vanzin et al (2002) verificaram que apesar do ser humano apresentar
estruturas bilaterais, a ausência de simetria entre as duas partes é um fato
comum. Quando este desvio atinge as estruturas faciais e dentárias,
chama-se de assimetrias dento-facias. Nos casos em que as assimetrias
esqueletais atingem graus mais severos, o tratamento orto-cirúrgico torna-
Revisão de literatura
13
se necessário. Quando as assimetrias esqueletais apresentam graus mais
moderados, ou estão presentes apenas desvios de ordem dentária, o
tratamento ortodôntico apresenta-se suficiente. A proposta dos autores do
presente trabalho é abordar, através da revisão da literatura, o conceito,
etiologia, classificação, meios de diagnóstico e tratamento das assimetrias
dento-faciais. Também, foram apresentados dois casos clínicos, de
indivíduos
portadores
de
assimetrias,
que
foram
tratados
ortodonticamente, com o intuito de proporcionar uma oclusão funcional e
estável, bem como, uma estética agradável.
BURSTONE & MARCOTTE (2003) em um estudo sobre o tratamento de
pacientes que apresentam desvios de linha mediana verificaram a
indicação de
exodontias assimétricas superiores e inferiores, mas que
dependiam do correto diagnóstico do desvio. O estabelecimento de uma
linha mediana facial tinha sua utilidade, porém frequentemente não
coincidiam com a linha mediana esquelética, seja por assimetrias ou por
posicionamento dos maxilares em relação ao crânio. Inclinações dentárias
pela perda precoce dos dentes decíduos ou permanentes necessitam de
uma correta identificação, pois a maioria dos desvios produzidos nesses
casos são corrigido durante o alinhamento e se não forem poderiam ser
tentados desgastes inter-proximais, extrações unilaterais e a translação
lateral de incisivos dentro de certos limites.
HAYASHI et al (2003) em uma proposta de estudo para de aclarar as
características morfológicas da dentição
e palato em pacientes com
assimetrias esqueletais e maloclusões Classe III
usando
um novo
plano de referência palatal em modelos dentais usando um scanner em
Revisão de literatura
14
3D. Vinte pacientes (5 homens e 15 mulheres) que tinham uma
maloclusão esqueletal de classe III com
selecionadas.
assimetria facial foram
Radiografias e cefalomatrias pré e pos- tratamento e
modelos dentais foram usados. O desvio lateral de Me foi medido com a
distancia de uma linha perpendicular Lo-Lo que passassem através de
CG. O angula entre o plano Lo-Lo e o plano J-J foi mensurado. Cada
modelo dental maxilar foi mensurado usando um sistema de scanner tridimencional, e a mais novo plano de referência palatal foram usadas. A
diferença entre a direita/esquerda no raio de curvatura
do palato e a
diferença entre direita/esquerda nas posições verticais e mesio-distal dos
primeiros molares foram analizadas. Correlações
lineares e técnicas
regressivas foram usadas. Nossas avaliações demonstraram que o desvio
lateral da mandíbula é aproximado ao relato morfológico do processoa
alveolar e o mensuração vertical da dentição. Neste estudo, a aplicação
dimensional do novo plano de referência palatal foi muito útil na pesquisa
morfológica
e
os
resultados
conseguidos
promoveram
detalhadas
informações das características da facial assimetria.
WERNECK (2004) retrata a importância do tratamento de pacientes
adultos, que estão muito mais freqüentes em nossos consultórios
e
deveriam ter uma abordagem diferenciada, pois muitas vezes além das
questões funcionais estão inceridas questões estéticas veladas. Apesar
de todas as questões que normalmente envolveria o tratamento
ortodôntico de pacientes na fase de crescimento, no paciente adulto ainda
temos que observar que por vezes teremos abdicar do tratamento ideal
para nos aproximarmos do tratamento possível, dadas as circunstancias
Revisão de literatura
15
que se apresentam as alterações dento-faciais, assimetrias, problemas
periodontais e da oclusão ou outras deformidades a serem tratadas.
BISHARA (2004) demonstra duas alternativas para o tratamento de classe
II, sendo a primeira sem exodontia e a segunda com exodontia Uni ou
bilateral. Se a classe II unilateral não estiver associada ao desvio de linha
média dentária e facial então pode ser indicado a exodontia de um prémolar do lado afetado, mas se existir um desvio na direção do lado afetado
o tratamento pode exigir a exodontia
de um pré-molar do lado oposto
para a centralização da linha media.
YAMAGUTO & VASCONCELOS (2005) em um estudo com 60 modelos
ortodônticos onde foram medidas as larguras mésio-distais dos dentes,
de segundo molar a segundo molar, em ambos os arcos, utilizando um
paquímetro digital modificado. Neste trabalho os autores tiveram como
objetivos determinar os valores médios para a largura de cada dente e
observar a presença de dimorfismo sexual em indivíduos
brasileiros
leucodermas, com idade media de 16,03 anos (25 do gênero masculino e
35 do gênero feminino), não tratados ortodonticamente e portadores de
oclusão normal, apresentando
oclusão de
estudados
no mínimo quatro das seis chaves de
Andrews. Os valores das médias individuais dos dentes
foram
utilizados
para
a
elaboração
de
uma
tabela,
correspondentes aos arcos superior e inferior.
LIMA et al (2005) em seu estudo do planejamento ortodôntico em casos
de apinhamentos, verificou que normalmente o tratamento
oscila entre
não extração e extrações de quatro pré-molares. Em determinadas
Revisão de literatura
16
situações a escolha por uma alternativa ou outra pode provocar
conseqüências negativas. A extração de um incisivo inferior em casos bem
selecionados é uma abordagem eficiente, pouco explorada na literatura.
Entretanto, para sua correta indicação o ortodontista precisa conhecer as
variáveis que envolvem este tipo de terapia. O objetivo deste trabalho é
abordar de maneira sistemática os diversos aspectos clínicos relacionados
com esta modalidade terapêutica, ilustrando sua aplicabilidade com a
apresentação de casos clínicos.
MAVROPOULOS et al (2005) tem neste estudo prospectivo o objetivo de
analisar tridimensionalmente (3D) o
movimento dentário após a
distalização unilateral do molar superior pela aplicação de um aparelho
intra-oral sem necessidade da cooperação do paciente: o deslizador de
Keles.
Este
aparelho
exerce
uma
força
de
distalização
de
aproximadamente 150 gramas no nível do centro de resistência do
primeiro molar superior. Doze pacientes (seis meninas e seis meninos de
aproximadamente 13,1 anos) com uma relação unilateral de classe II de
molar participaram do estudo. Modelos dentais foram feitos imediatamente
antes da colocação e depois da remoção do aparelho. Os modelos foram
digitalizados usando um scanner de laser 3D superficial e sobrepostos na
área pré-definidas do palato. A média unilateral de movimento de
distalização do primeiro molar superior foi de 3,1 mm (entre 2,4 a 5,3 mm).
A perda da ancoragem foi expressa por uma perda de 2,1 mm (entre 0,8 a
3,8) e uma inclinação do incisivo central foi de 6,1 graus e uma inclinação
do primeiro molar entre 1,7 a 12,3 graus. Havia aproximadamente 1 mm
de desvio da linha média na direção do outro lado do arco dental e 1,6
Revisão de literatura
17
mm (entre 0,8 a 2,3 mm) de deslocamento do primeiro pré-molar deste
mesmo lado. Uma substancial variação foi observada entre os pacientes.
A não cooperação do paciente na distalização do molar torna
mais
eficiente o tratamento, mas não limita a perda substancial da ancoragem.
Os casos selecionados foram fortemente recomendados por causa do
significante cruzamento anterior, caninos ectópicos ou espaçamento que
poderiam cobrir a significante perda de ancoragem.
ALTUG et al (2005) pesquisaram o uso de extra-oral Cervical (EOC) e
Assimétricos
extra-orais
maloclusões de Classe
(AEO) no tratamento de anomalias
2. E assim verificaram
de
uma alternativa de
tratamento para a correção de uma relação dental unilateral de classe
2. A proposta deste estudo era investigar e comparar os efeitos do
EOC com aqueles dos AEO combinados com um aparelho removível
para distalizar um unilateral primeiro molar. O estudo consistiu de 20
pacientes com relacionamento unilateral de classe 2 molar ( 12 meninas e
8 meninos ).
Um grupo de 10 pacientes foi tratado com um EOC e o
segundo grupo de 10 pacientes com o AEO e uma placa removível.
Cefolografias laterais e basilares radiografias foram feitas antes e depois
da distalização dos molares. Nela foi
encontrada
que
distalização e
desgastes de molar no lado passivo era menor no grupo com AEO e
aparelho removível
(AEO- AR). Distalização e o desgastes distai
no
segundo pré-molar no lado distalizado era também reduzido neste grupo.
Os incisivos foram retraídos em ambos os grupos, mas foram retraídos
mais no grupo AEO-AR.
Revisão de literatura
18
DALLA-BONA et al (2005) cientes que as maloclusões assimétricas
geralmente apresentam disfunção dos músculos mastigatórios e a
correção de mandíbulas assimétricas possibilita a retomada harmoniosa
da função estomatognática. Verificaram ainda que a assimetria mandibular
severa, pode ser acarretada por uma mordida cruzada unilateral e/ou
disfunção muscular. Neste estudo da
avaliação da função muscular
mastigatória, esta foi realizada através dos exames de eletromiograma
(EMG) e Dental Prescale System (sistema de medição de pressões) antes
e após o tratamento. No estágio inicial, as forças oclusais apresentavamse relativamente baixas (312.6 N) durante a mordida máxima dos dentes e
a área de contato oclusal era pequena (7.5 mm ). A resolução do
2
problema foi feita através de tratamento ortodôntico com aparelho fixo e
cirurgia ortognática da mandíbula. Após 15 meses de tratamento, foi
estabelecida uma adequada nova oclusão. No estágio final, a força oclusal
apresentou-se aumentada (579.9 N). A área de contato oclusal durante a
mordida máxima dos dentes também obteve um aumento (9.9 mm ), se
2
comparado ao estágio inicial. Após 2 anos de contenção, a oclusão
manteve-se estável e sem recorrência da assimetria mandibular, indicando
uma estabilidade oclusal de longo prazo.
CARLINI & GOMES (2005) verificaram que a assimetria facial é uma
característica humana comum, que muitas vezes não é notada pelo
próprio paciente nem pelas pessoas com quem ele convive. Entretanto,
ela se torna relevante quando o próprio paciente relata alguma alteração.
A avaliação profissional deve ser requisitada para que a etiologia seja
belecida através de diversos métodos de diagnóstico. A deformidade po
Revisão de literatura
19
poderá decorrer de fatores genéticos, como encontrado em pacientes
portadores de microssomia hemifacial, ou adquirida em traumas e
patologias. O tratamento das assimetrias faciais tem como objetivo um
resultado estético satisfatório e, principalmente, estabilidade oclusal e
funcional. O plano de tratamento é elaborado de acordo com a etiologia, a
severidade da deformidade, a idade do paciente e as áreas afetadas,
corrigindo a deformidade instalada ou impedindo sua evolução.
PINTO et al (2006) afirmaram que a extração de incisivos inferiores pode
ser considerada como opção de tratamento em casos de maloclusão de
classe 1 com apinhamento inferior, principalmente quando observada
desproporção dentária entre a arcada superior e inferior; o que poderia
ser demonstrado através da análise de Bolton. Essa desproporção
dentária pode ocorrer devida á diminuição da largura dos dentes
superiores ou aumento na largura dos dentes inferiores. Neste caso
clinico, o tratamento de escolha, com extração de um incisivo inferior,
proporcionou uma terapia rápida, com o mínimo de efeitos colaterais
indesejáveis.
DISCUSSÃO
Discussão
21
instrumentos
no
3. DISCUSSÃO
As
exodontias
foram
e
são
importantes
tratamento ortodôntico, como relatam INTERLANDI (2002) e JACOBSON
(1994). Precocemente Charles Tweed percebeu a necessidade desta
possibilidade
quando
do
tratamento
das
maloclusões
no
que
primeiramente foi visto como uma técnica para harmonizar os arcos
dentários que apresentavam um sensível apinhamento.
Foi na busca das garantias que perpetuariam os resultados
estéticos e funcionais que LIMA (2001), PROFITT (1996), ACKERMANN
(1996), FUERTES (2002), BISHARA (2004), BURKEY (1993), ANDREWS
(1989)
e
VANARSDALL
(1996)
depositaram
seus
esforços
e
preocupações verificando a necessidade da manutenção da distancia
inter-caninos ao término do tratamento ortodôntico.
Posteriormente
o
perfil
estético foi
percebido
como
uma
necessidade do tratamento e dos pacientes, pois foi visto que existe uma
tendência natural ao alinhamento e suavização do perfil com o decolar
dos anos, conforme sita PECK (1990), PECK (1990), ALMEIDA (2002),
PROFITT (2002), WERNECK (2004), ACKERMANN (1996), FUERTES
(2002) e CELNICK (2000).
Ainda observaram que a importância da harmonização do perfil
foi associada ao resultado do tratamento e queixas dos pacientes, os
seguintes pesquisadores PROFITT (2002), WERTZ (1975), YAMASHIRO
Discussão
(1998), OKADA (1998), BISHARA (1994),
22
CARLINI (2005) e GOMES
(2005).
Com outra percepção VANARSDALL (1996), HARFIN (1999),
FREITAS (1991), MAVROPOULOS (2005), acreditam que a correção do
problema ortodôntico deve interferir o menos possível no perfil harmonioso
de seus pacientes. Limite claro aos possíveis recursos terapêuticos seria o
tratamento para pacientes em fase de crescimento e pacientes adultos,
que apresentam pouco ou nenhum crescimento como afirma
(1998), HASS (1996), MELSEN (1995),
KULA
MAVROPOULOS (2005),
WERNECK (2004), BURSTONE e MARCOTTE (2003).
Nos casos de maloclusão dental de classe II e III unilaterais ou
bilaterais, sem crescimento, objetiva-se a melhora da oclusão dental,
equilíbrio das bases apicais para tornar
as desarmonias esqueléticas
superiores e inferiores menos discrepantes, e ainda, a harmonização da
linha medianas superior e inferior. Nos casos de maloclusões de classe III
de Angle, um planejamento detalhado das exodontias planejadas se
prende a possibilidade de compensação das inclinações dos incisivos
inferiores, como observam: ALTUG (2004), BENGI (2004), BISHARA
(1994) , VANARSDALL (1996), KULA (1998), HASS (1996), MELSEN
(1995) , BERGAMINI (1995), BURSTONE (2003), MARCOTTE (2003) e do
próprio ANDREWS (1989).
Na busca das correções das maloclusões assimétricas, diversos
autores (PECK (1990), YAMAGUTO (2005), VASCONCELOS (2005),
HAYASHI (2003), MURRAY (1944), FARKAS (1981), ASSIDY (1997) , se
deparam com as assimetrias dos próprios elementos dentais, que
Discussão
23
culminariam em assimetrias dos arcos superiores e inferiores promovendo
desvios de linha media superiores e/ou inferiores.
As assimetrias dos arcos dentais ainda estavam associadas com
assimetrias esqueletais e/ou dento faciais, o que também diferencia o
plano de tratamento das diversas assimetrias como citam: FUERTES
(2002), BARROS (2002), ALTUG (2005),LIMA (2005),
YAMASHIRO
(1998), VARZIN (2002), PROCACI (2002) e ELIAS (2001).
Dentro do conceito de assimetria é muito particular a sua própria
percepção como uns dos problemas ortodônticos, e por isto muito dos
pesquisadores saíram do natural empirismo e criaram métodos mais
científicos para padronizar a mensuração e verificação destas assimetrias
dentre os quais: MAURICE (1998), KULA (1998), CARLINI (2005) e
GOMES (2005).
Outros autores verificaram a necessidade de uma mecânica
ortodôntica bem mais definida, com plano de tratamento melhor
estabelecidos para alcançarem um resultado
estético e funcional mais
estável e funcional. Assim enumeramos:
SCHWAB (1971) - Determina a exodontia dos pré-molares para
diminuir a retração dos incisivos.
ANDREWS (1989)- no final do tratamento dos arcos assimétricos
a posição final do molar do lado com classe II deve ser posicionada mais
verticalmente ao plano oclusal que no lado com o molar em classe I.
WERTZ (1975) - a rotação mesio-lingual dos primeiros molares
superiores em busca da máxima intercuspidação.
Discussão
Van der LINDEN
24
(1998) - As exodontias são utilizados para
corrigir um pequeno desvio da linha media dentário.
BISHARA (2004) - recomenda exodontia unilateral do lado com
posição dental em classe II de Angle, desde que o paciente não possua
desvio facial ou linha mediana superior e inferior.
BARROS (2002) - indica a exodontia do segundo molar do lado
afetado, que permitirá a distalização do primeiro molar, ou finalizar as
posições oclusais com o primeiro molar em classe II.
WILHELM (2002) - relatou que a perda da ancoragem do lado
que sofreu exodontia pode ser necessária.
Van der LINDEN (1998) e BISHARA (2004) - associaram a perda
de ancoragem com o uso de elásticos inter-maxilares e inter-dentais.
BURSTONE e MARCOTTE (2003) - associam a não existência
de inclinações dentais ao uso de desgastes inter-proximais.
Finalmente LIMA & LACET (2001), PINTO & MOTIN (2005) e
BORTON (1991) - citam a possibilidade de extrações de um incisivo
inferior para o tratamento de apinhamento anteriores.
CONCLUSÕES
Conclusões
26
4. CONCLUSÕES
Observando o exposto neste estudo verificamos que a causas das
maloclusões
assimétricas
são,
como
assimetrias
inter-arcos
e/ou
dentarias, a ocorrência de classe II subdivisões, discrepâncias das bases
apicais, perda de elemento dentais e agenesias.
A ação muscular pode alterar o posicionamento da mandíbula
causando assimetrias dentais variáveis o que levaria a uma adicional
preocupação com as diferentes assimetrias e conseqüente plano de
tratamento, principalmente se este envolve exodontias unilaterais ou
bilaterais.
O tratamento mais frequentemente utilizados são para os casos
de maloclusões de classe II subdivisão com
desvio de linha mediana,
apinhamentos restritos a porção antero-inferior do arco dental, diversas
assimetrias que envolvem a perda da linha mediana anterior.
Nestes
planos
de
tratamento
a
oclusão
atípica
que
desenvolveremos em nossos pacientes causada pela perda de um ou
mais elementos dentários estará vinculada ao aumento da estabilidade,
diminuição do tempo de tratamento e melhora da estética dental e facial.
A
finalização da
relacionada com
construção da oclusão dos arcos dentais está
a permanência dos dentes caninos em
permitindo a discrepância de molares.
classe I
REFERÊNCIAS
Referências
5. REFERÊNCIAS
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