ANAIS CONABRO 2013 Título: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DE ATEROMAS CAROTÍDEOS PELO CIRURGIÃO-DENTISTA Autor: Mariane Michels Co-Autores: Maria Augusta Portella Guedes Visconti - Leonardo Da Neves Moreira Guimarães - Fábio Ribeiro Guedes - Andréa Castro Domingos Resumo: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das maiores causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, sendo classificado como hemorrágico e tromboembólico. O hemorrágico resulta da ruptura de vasos sanguíneos e o tromboembólico resulta de uma obstrução das artérias carótidas por placas ateromatosas que, normalmente, ocorrem na região de sua bifurcação e entre as vértebras C3 e C4. Devido a esta localização, é possível ao cirurgião-dentista identificar a presença de ateromas calcificados em radiografias panorâmicas. Sendo assim, o presente trabalho tem o objetivo de relatar um caso de ateroma carotídeo, no qual o cirurgião-dentista, radiologista, teve um papel primordial na realização do diagnóstico. Um paciente de 88 anos, do gênero masculino, procurou uma clínica de radiologia odontológica com o intuito de realizar uma radiografia panorâmica para controle pós-operatório de 4 implantes dentários. Foi observada, pelo radiologista, a presença bilateral de múltiplas imagens radiopacas difusas localizadas próximas às vértebras C3 e C4 sugestivas de ateromas. Em função do laudo emitido, o médico do paciente solicitou a realização de um eco de carótida com doppler a cores, o qual mostrou a presença de ateromatose difusa obstruindo em 40 a 50% a luz das carótidas, o que confirmou as imagens vistas na panorâmica. Sabendo-se que as sequelas deixadas pelo AVC são normalmente irremediáveis, é de grande importância que os radiologistas sejam capazes de identificar imagens radiográficas compatíveis com ateromas, contribuindo para a redução da incidência desse grave problema de saúde pública. Título: A INCLINAÇÃO DO CORTE NA TCFC INFLUENCIA NO PLANEJAMENTO DE IMPLANTES DENTÁRIOS? Autor:Taruska Ventorini Vasconcelos Co-Autores: Frederico Sampaio Neves - Anne Caroline Costa Oenning - Sergio Lins Azevedo-Vaz - Deborah Queiroz de Freitas Resumo: Atualmente, diversos softwares com diferentes ferramentas são utilizados na avaliação de imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). O Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 103 objetivo nesse estudo foi avaliar a influência da inclinação do corte da imagem de TCFC na obtenção de medidas. Oito mandíbulas edêntulas foram escaneadas no tomógrafo i-CAT Next Generation. As imagens foram avaliadas no software OnDemand3D®™ por dois radiologistas orais previamente calibrados, que realizaram medidas em cinco regiões (incisive, canino, pré-molar, 1º molar e 2º molar) em dois tipos de cortes: cortes ortorradiais e cortes oblíquos, que devido à ferramenta de inclinação, eram perpendiculares à base da mandíbula. Metade das medidas foi repetida após 30 dias. As mandíbulas foram seccionadas nas regiões estudadas para obtenção do padrão-ouro. A concordância intra e interexaminador foi avaliada pelo coeficiente de correlação intra-classe (ICC) e as medidas obtidas nas imagens foram comparadas às do padrão-ouro pelo teste de Wilcoxon. A concordância intra e interexaminador foi de boa à excelente. Houve diferença significativa entre o padrão-ouro e as medidas das regiões de 1º molar e 2º molar obtidas com o corte ortorradial (P>0.05), que se apresentaram subestimadas. A ferramenta que permite a inclinação para obtenção do corte foi útil, uma vez que permitiu a obtenção de medidas mais próximas das reais; já os cortes ortorradiais devem ser utilizados com cautela na região posterior. Título: ADENOMA PLEOMÓRFICO X CARCINOMA ADENÓIDE CÍSTICO: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL POR MEIO DE TCFC Autor: Letícia Fernanda Haas Co-Autores: Leticia Ruhland Corrêa - Márcio Corrêa - Renato Hopp Resumo: Objetivos – o presente relato de caso tem como objetivo demonstrar a resolutividade da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico no diagnóstico diferencial entre duas lesões de naturezas distintas, mas, que possuem características clínicas semelhantes. Relato do Caso - Paciente, do sexo feminino, com 32 anos de idade, foi encaminhado pelo seu dentista à clínica de radiologia para avaliação de aumento de volume em palato esquerdo. Ao exame físico a paciente apresentava massa nodular, única, firme, com a mucosa normal em continuidade, textura e cor, indolor e com evolução de seis meses. Essas características clínicas são semelhantes tanto para Adenoma Pleomórfico quanto para Carcinoma Adenóide Cístico. Ao exame por imagem de TCFC observou-se imagem hipodensa, unilocular, expansiva, com deslocamento do palato duro e cortical palatina do processo alveolar, projetando essas estruturas para o interior do seio maxilar. Em todas as reformatações avaliadas não foram encontrados sinais que evidenciasse que o epicentro da lesão fosse em tecido ósseo, apesar a severa expansão para as estruturas adjacentes. Não foi observado nos limites da lesão qualquer aspecto erosivo, apesar da acentuada extensão. Resultado - Dessa forma, o diagnóstico diferencial entre Adenoma Pleomórfico e Carcinoma Adenoíde Cístico, por meio da anamnese, exame físico e de imagem de TCFC foi o de Adenoma Pleomórfico, confirmado posteriormente no exame histopatológico. Conclusão – o conhecimento da fisiopatologia das lesões, suas localizações preferenciais, sua 104 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. frequência, assim como a anatomia seccional dos maxilares são de fundamental importância para o caminho seguro do processo diagnóstico diferencial. Título: AMELOGÊNESE IMPERFEITA: RELATO DE CASO Autor: Ana Luiza Sacramento Gomes Co-Autores: Lima IP - Amaral TMP - Mesquita RA - Brasileiro CB Resumo: Este trabalho tem o objetivo de relatar um caso clínico de amelogênese imperfeita, alteração rara de desenvolvimento do esmalte, de caráter hereditário, que pode afetas ambas as dentições. Paciente J.I.S., sexo feminino, 19 anos, realizou exames radiográficos no Serviço de Radiologia e Imaginologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais para planejamento cirúrgico para instalação de implantes dentários osseointegrados. Clinicamente verificou-se a presença de dentes decíduos e dos dentes permanentes 11, 21 e 44, todos restaurados com resina composta. A paciente relatou que, anteriormente às restaurações, os dentes apresentavam coloração acastanhada. Os exames radiográficos periapical, panorâmico e de tomografia computadorizada de feixe cônico evidenciaram agenesias de dentes permanentes, dentes decíduos com raízes encurtadas e os dentes 75 e 85 com taurodontismo. O estabelecimento da classificação dessa anomalia de desenvolvimento foi impossibilitado em virtude do tratamento restaurador realizado com resina composta para restabelecimento da função e estética. O conhecimento dos cirurgiões-dentistas acerca dos aspectos clínicos e radiográficos da amelogênese imperfeita é fundamental para o planejamento adequado do tratamento tendo em vista que a gravidade da alteração requer, muitas vezes, a atuação e integração de profissionais de diversas áreas da odontologia. APOIO: FAPEMIG Título: ANÁLISE DO EFEITO DOS BISFOSFONATOS NA MICROESTRUTURA ÓSSEA - ESTUDO POR MICROCT EM MANDÍBULAS DE RATOS Autor: Thaís Sumie Nozu Imada Co-Autores: Edson Zen Filho - Paulo Sérgio da Silva Santos - Reinhilde Jacobs Izabel Regina Fischer Rubira-Bullen Resumo: Os Bisfosfonatos atuam sobre a reabsorção óssea na atividade osteoclástica, desacelerando a remodelação esquelética, sendo o tratamento de escolha para o tratamento de doenças osteolíticas como mieloma múltiplo e metástases ósseas. Na cavidade oral, essa situação é de particular relevância, pois pode levar a um acúmulo progressivo de tecido ósseo desvitalizado, originando lesões de necrose ósseas extremamente debilitantes e dolorosas, denominada Osteonecrose dos maxilares induzida pelo uso de bisfosfonatos. Nosso estudo inédito propõe a análise microestrutural do osso de ratos medicados com ácido zolendrônico com a tecnologia da microCT. Foram utilizados 24 ratos wistar machos, Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 105 divididos em 2 grupos: Controle: animais que receberam cloreto de sódio 0,9% intraperitonealmente e Droga: animais que receberam ácido zolendrônico intraperitonealmente 0,6mg/kg. As amostras foram então escaneadas no aparelho Skyscan 1074 no protocolo: 0.8 graus, 180 graus, 2 frames, 1024x1300 pixels, voxel: 14.1µm. As análises foram realizadas com o software CtAn. Respectivamente a média dos grupos Controle e droga: fração do volume ósseo (volume ósseo/volume total): 40% e 61%, padrão trabecular: 0,149 e 0,106/pixel; espessura das trabéculas: 10,069 e 14,369/pixel; separação das trabéculas: 17,308 e 16,318 pixels; Porosidade total: 60% e 39%. Podemos concluir com base na metodologia aplicada que o osso trabecular do grupo droga possui maior quantidade de mineral, maior número de conexão, trabéculas mais espessas, em contrapartida com menores espaços medulares e menor porosidade indicando uma redução de osso medular comparado com o grupo controle. Ruggiero et al. 2006, Marx 2003, AAOMS 2007. Título: ANÁLISE POR DIMENSÃO FRACTAL DO TRABECULADO ÓSSEO PÓSCOLOCAÇÃO DE IMPLANTES DENTÁRIOS EM RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS DIGITAIS Autor: Fernando Mathias Teixeira Velho Co-Autores: Marcilene Kniest Reck - Carlos Eduardo Winck Mahl - Célia Regina Winck Mahl Resumo: A dimensão fractal (DF) em radiografias periapicais pode ser usada como um descritor da complexa arquitetura óssea do osso trabecular. O objetivo deste estudo foi avaliar a possível variação na morfologia óssea na maxila e mandíbula de pacientes que receberam implantes dentais, usando a DF em radiografias periapicais digitais. O estudo incluiu 19 pacientes, 14 do sexo feminino e 5 do masculino, com idade média de 49,21 anos, que receberam implantes na região posterior de maxila e mandíbula na disciplina de Implantodontia da Pós-Graduação do Curso de Odontologia da Ulbra-Canoas. Foram feitas radiografias periapicais digitais em três momentos (T0=pré-operatório, T1=uma semana após a colocação do implante e T6=seis semanas após); uma região de interesse (ROIs) com as mesmas dimensões (100 x 100 pixels) foi criada nessas radiografias no programa ImageJ e calculada a DF. Os dados foram analisados pelo teste não-paramétrico de Friedman. Os resultados foram considerados significativos a um nível de significância máximo de 5% (p0,05). Os resultados mostraram que não há diferença significativa nos valores de DF entre diferentes tempos (p=0,394), sexo feminino (p=0,382), masculino (p=0,946), região inferior (p=0,646), superior (p=0,115) e por idade menos de 50 anos (p=0,656) e mais de 50 anos (p=0,318). Concluiu-se que não houve variação na morfologia óssea da maxila e mandíbula pela análise da DF em radiografias periapicais digitais. 106 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título: ANTROLITO MAXILAR : RELATO DE UM ACHADO EM EXAME DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO. Autor: Fabiana Barbosa Silva Co-Autores: Jane Tereza Peretto - Prof(o). Dr. José Luiz Cintra Junqueira - Prof(a) . Milena Bortolotto Felippe Silva Resumo: Antrolitos são massas calcificadas que ocorrem no interior do seio maxilar sendo descobertos por acaso em exames radiográficos. O desenvolvimento da Tomografia computadorizada de feixe cônico trouxe melhorias na qualidade das imagens aumentando as chances de identificação de antrolitos. No entanto, antrolitos localizados no seio maxilar ainda são considerados raros e de literatura escassa. Seu desenvolvimento ocorre apartir de um nicho ou um concentrado de muco que continua a crescer em camadas concêntricas devido à precipitação de sais de cálcio. Antrolitos pequenos são assintomáticos, mas se continuarem crescendo podem provocar sinusites, hemorragias e obbstruções nasais, além de dor orofacial. O objetivo desse trabalho foi relatar um caso clínico de um antrolito em exame de tomografia computadorizada de feixe cônico. Paciente do gênero feminino, 43 anos, assintomática, foi encaminhado para o centro de radiologia para exame de tomografia computadorizada da região de maxila . Durante a avaliação do exame foi identificado uma imagem do tipo hiperdensa localizada no assoalho do seio maxilar esquerdo sugestiva de antrolito. O exame foi realizado em um aparelho de tomografia computadorizada de feixe cônico de marca comercial i-CAT™ e examinado por um radiologista. Após a identificação do antrolito, a paciente foi encaminhada para clínica especializada. Conclusão: Antrolito em seio maxilar é raro, mas com o uso da tomografia computadorizada de feixe cônico a possibilidade de identificão desta patologia pode aumentar. O cirurgião-dentista deve estar preparado para identificar e diferenciar antrolito de outras patologias dos seios maxilares para encaminhar corretamente o paciente. Título: ASPECTO TOMOGRAFICO DO DENS INVAGINATUS Autor: Vanio Santos Costa Co-Autores: Lucal Gabriel Souza Vital - Luciana Cavalcanti de Araujo - Edsjon Gomes Laranjeiras Filho - Karyna Karla Lessa Oliveira Resumo: Dens Invaginatus, descrito muitas vezes como um dente dentro do outro, é, na verdade, uma invaginação das camadas calcificadas do dente para dentro do tecido pulpar. A invaginação forma uma cavidade de esmalte que se projeta dentro da polpa e, a esse defeito estão associadas, com frequência, infecção pulpar e periapical. O presente trabalho descreve um caso de Dens Invaginatus visualizado por tomografia computadorizada Cone Beam nos planos coronal, axial e sagital. Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 107 Título: ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS DE MÚLTIPLOS TUMORES ODONTOGÊNICOS QUERATOCÍSTICOS EM UM INDIVÍDUO COM FISSURA LABIOPALATINA- RELATO DE CASO Autor: Ingrid Albano Lopes Co-Autores: Izabel Maria Marchi de Carvalho - Ivna Albano Lopes - Carlos Alberto Carvalho Pires - Bruna Stuchi Centurion Resumo: Introdução: O tumor odontogênico queratocístico (TOQ) é uma neoplasia benigna que se origina de remanescentes epiteliais da lâmina dentária. O aspecto radiográfico é caracterizado por uma lesão radiolúcida de margens bem definidas, unilocular ou multilocular, podendo atingir grandes dimensões. A síndrome do nevo basocelular é uma doença hereditária caracterizada por múltiplos e recorrentes TOQ, carcinomas basocelulares na pele, anormalidades esqueléticas e foi relatada a presença de fissura labiopalatina em menos de 15% dos casos. Relato de Caso: Paciente do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP), Bauru/SP, do gênero feminino, 19 anos, com fissura do tipo transforame incisivo bilateral foi submetida a imagens radiográficas convencionais: telerradiografia em norma lateral e radiografia panorâmica para documentação ortodôntica inicial. Na radiografia panorâmica notou-se anomalias dentárias: alteração de forma dos dentes 11 e 21, microdontia dos dentes 12 e 22, e imagens radiolúcidas bem delimitadas associadas a dentes não irrompidos, sendo uma em maxila e duas em mandíbula, com deslocamento dos germes dentários. No levantamento da história médica foi constatado que a mãe apresentava fissura transforame incisivo unilateral e tinha sido submetida a alguns procedimentos cirúrgicos para remoção de TOQ. Para uma avaliação tridimensional das lesões, foi realizada a Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC), em que se constatou nas reconstruções multiplanares a extensão real da lesão e ausência de corticais ósseas em algumas imagens. Foi realizada a biópsia e o resultado histopatológico confirmou a presença de TOQ. Conclusão: Os exames imaginológicos contribuem de forma significante para o diagnóstico e planejamento cirúrgico desses tumores odontogênicos. A TCFC apresenta vantagens na delimitação precisa das lesões, e fornece segurança para o cirurgião que passa a conhecer a real localização dos tumores e suas relações com estruturas anatômicas adjacentes. Palavras-chave: síndrome do nevo basocelular.tomografia computadorizada de feixe cônico. tumor odontogênico queratocístico. Título: ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS DO CISTO DENTÍGERO POR MEIO DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA E ULTRASSONOGRAFIA Autor: Antonione Santos Bezerra Pinto Co-Autores: Sérgio Lúcio Pereira de Castro Lopes - Leonam Costa Oliveira Thyago Leite Campos de Araújo - Fernanda Latorre Melgaço Resumo: Objetivos: Este trabalho teve o objetivo avaliar através de uma revisão sistemática da literatura a eficácia das imagens de IRM e US no diagnóstico de 108 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. lesões intraósseas dos maxilares, valendo-se do relato de caso clínico de um paciente que se apresentou com um cisto dentígero. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da bibliografia, levando-se em conta os termos cisto dentígero, ressonância magnética e ultrassonografia. As base de dado usada foi à interface PubMed da Medline (National Library of Medicine). Resultados: A IRM é o padrão ouro para analisar a estrutura e conteúdo interno das lesões intraósseas. O Cisto dentígero tem uma predileção em relação à intensidade de sinal, mostrando homogêneo com sinal intermediário em T1 e homogêneo com alta intensidade de sinal em T2 que reflete com a água como conteúdo interno. A ultrassonografia irá facilitar o diagnóstico diferencial de lesões sólidas e císticas, mas não estabelecer o diagnóstico definitivo. Além disso, a cor e o poder de ultrassom Doppler podem fornecer informações sobre a presença de sangue fluxo no interior ou em torno do tecido examinado. Considerações finais: Em conclusão, o ultrassom pode fornecer informações precisas sobre o conteúdo de lesões intraósseas, antes de qualquer procedimento cirúrgico. Além disso, o uso da cor e do poder de Doppler ultrassons permite a detecção de vascularização dentro ou em torno do tecido examinado. A IRM é útil para distinguir o cisto dentígero de outras lesões. Houve correlação entre os achados da US e IRM e o diagnóstico histológico definitivo. Título: ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DA DENTINOGÊNESE IMPERFEITA: RELATO DE CASO. Autor: Thamires Costa Teixeira Co-Autores: Taís Gusmão Alves - Vanio Santos Costa - Luciana Cavalcanti de Araújo - José de Amorim Lisboa Neto Resumo: Dentinogênese imperfeita é uma alteração da estrutura dentária, onde ocorre a transformação de um tecido não mineralizado numa matriz mineralizada, devido ao processo ineficaz de diferenciação celular durante a odontogênese. Esta doença tem como características clínicas dentes fracos, mais suscetíveis ao desgaste, descoloridos (marrom-amarelo e azul-cinza) ou translúcidos, e dependendo do grau de severidade tem impacto na dentição decídua ou permanente. Por ser uma desordem genética de caráter autossômico dominante não possui um bom prognóstico, devido à dificuldade na restauração e proteção dos dentes afetados. O presente trabalho destaca os aspectos radiográficos dos arcos da paciente, K.C. S, sexo feminino, 16 anos, visualizados em radiografias periapicais digitais (boca completa) e panorâmica aonde, observa-se presença de obliterações totais das câmaras pulpares e parciais dos canais radiculares. Palavras-chave: Dentinogênese Imperfeita. Radiografia. Estrutura Dentária. Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 109 Título ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DA DISPLASIA ECTODÉRMICA HEREDITÁRIA: RELATO DE CASO. Autor: Thamires Costa Teixeira Co-Autores: Taís Gusmão Alves - Vanio Santos Costa - Luciana Cavalcanti de Araújo - José de Amorim Lisboa Neto Resumo: A Displasia Ectodérmica Hereditária é um doença genética rara, ocorrendo predominantemente no sexo masculino, baseada na tríade hipoidrose, hipotricose e hipodontia. Apresentando outras características marcantes na cavidade oral, como dentes incisivos e caninos conóides e pontiagudos, gengiva atrófica, xerostomia, além do aparecimento de cárie mais precocemente. Apesar dos mais de 170 subtipos diferentes de displasia, destacam-se a Anidrótica e a Hidrótica. Ambas são consequência de falhas em duas ou mais estruturas anatômicas derivadas do ectoderma e estão associadas a mutações genéticas específicas. Na maioria dos casos esta desordem parece mostrar um padrão hereditário ligado ao cromossomo X. O presente trabalho, objetiva relatar o caso do paciente M.E.S, sexo feminino, sete anos, residente de Arapiraca/AL tendo como queixa principal anodontia parcial e cáries extensas, aonde foram realizados radiografia panorâmicas, telerradiografias, fotos intra-bucais e extrabucais. Palavras-chave: Displasia Ectodérmica. Radiografia. Cavidade Oral. Título: ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DO FIBROMA ODONTOGÊNICO CENTRAL: RELATO DE CASO. Autor: Thamires Costa Teixeira Co-Autores: Vanio Santos Costa - Luciana Cavalcanti de Araújo - Wagner Sotero Fragoso - José de Amorim Lisboa Neto Resumo: O Fibroma Odontogênico Central é uma Neoplasia Fibroblástica Benigna rara, ocorre preferencialmente entre 11 e 39 anos e no sexo feminino. Os afetados podem ser assintomáticos ou apresentar tumefação e mobilidade dentárias. Suas características radiográficas aparecem frequentemente na mandíbula, sendo a região de pré-molares e molares o sítio mais prevalente. O presente trabalho relata o caso da paciente P.D.P, sexo feminino, 77 anos, que procurou atendimento na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas (FOUFAL), com dor e edema na região anterior da Mandíbula. Após a realização de uma Radiografia Panorâmica Digital, foi observada presença de imagem radiolúcida expansiva e multilocular provocando afastamento do canal mandibular do lado direito, afinamento das corticais e ausência dos elementos dentais na região. De acordo com o exame histopatológico, os cortes histológicos corados pela hematoxilina/eosina revelaram neoplasia de origem mesenquimal odontogênica, constituída por fibroblastos fusiformes dispostos num estroma bastante colagenizado, bem como fileiras e ilhotas de células epiteliais odontogênicas inativas, confirmando o diagnóstico. Palavras-chave: Fibroma. Radiografia. Benigno. 110 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título: ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DO ODONTOMA COMPOSTO Autor: Taís Gusmão Alves Co-Autores: Thamires Costa Teixeira - Vanio Santos Costa - Luciana Cavalcanti de Araújo - José de Amorim Lisboa Neto Resumo: O Odontoma é um tipo de tumor odontogênico benigno, classificado como hamartoma. Tem origem ectomesenquimatosa, e pode ser relacionado com a presença de dentes não irrompidos, germes dentários ou dentes supranumerários; porém, sua etiopatogenia ainda não é certa. É o tumor odontogênico mais comumente encontrado e não tem predileção por sexo. É dividido, de acordo com características radiográficas e histológicas em Odontoma Complexo e Odontoma Composto. O primeiro apresenta tecidos desordenados, em uma massa amorfa; já os Odontomas Compostos, apresentam os tecidos organizados, oriundos de uma proliferação exacerbada da lâmina dentária. São frequentemente assintomáticos e de progressão lenta, podem provocar impactação dos dentes adjacentes e grande parte dos casos são descobertos em exames de rotina. Em geral apresentam bom prognóstico pela remoção cirúrgica no tratamento e não são esperadas recidivas. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico diagnosticado com Odontoma Composto, onde é observada a presença do elemento 43 incluso retido por vários dentículos visualizados na radiografia panorâmica digital. Palavras Chave: Tumores Odontogênicos, Odontoma, Radiografia. Título: AVALIAÇÃO CEFALOMÉTRICA DA RESPOSTA DAS VIAS AÉREAS APÓS CIRURGIA ORTOGNÁTICA EM CINCO PACIENTES CLASSE III Autor: Ana Caroline Ramos de Brito Co-Autores: Renato da Costa Ribeiro - Nilton Provenzano - Christiano de Oliveira Santos Resumo: A via aérea orofaringeal pode influenciar o crescimento das estruturas craniofaciais afetando o relacionamento dos dentes e a direção do crescimento dos maxilares. O tratamento das deformidades dentomaxilofaciais com osteotomias maxilares e mandibulares tem um efeito na morfologia óssea e dos tecidos moles do complexo orofacial. Este trabalho apresenta cinco casos de cirurgia ortognática bimaxilar em pacientes classe III, demostrando a avaliação da resposta das vias aéreas superiores após a cirurgia. Foi realizada análise cefalométrica pré-operatória dos tecidos duros e vias aéreas. Seis meses após a cirurgia, novas radiografias foram realizadas para obtenção das medidas das vias aéreas e comparação com as radiografias pré-operatórias. De forma geral, houve estreitamento das vias aéreas na região da orofaringe e hipofaringe após recuo mandibular além de ganho de espaço na região da nasofaringe após o avanço da maxila. Houve em média avanço maxilar de 3,7 mm e recuo mandibular de 5,4 mm, porém, notou-se ganho médio no espaço aéreo faríngeo na região da nasofaringe de 4,2 mm, já na região de oro e Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 111 hipofaringe houve perda média de 3,9 mm e 2,6 mm, respectivamente. A via aérea faringeal em deformidade classe III deve ser cuidadosamente avaliada antes da cirurgia, sendo que para as vias aéreas superiores o avanço maxilar deveria ser sempre preferido ao recuo mandibular. Quando este último for inevitável, a combinação de movimentos em uma cirurgia bimaxilar pode minimizar os efeitos o recuo mandibular. Título: AVALIAÇÃO CRITERIOSA DE TODO O VOLUME ADQUIRIDO EM TCFC: FATOR DETERMINANTE NO PROCESSO DIAGNÓSTICO Autor: Letícia Fernanda Haas Co-Autores: Leticia Ruhland Corrêa - Márcio Corrêa Resumo: Objetivo: descrever por meio de dois casos clínicos como uma criteriosa avaliação de todo o volume adquirido na TCFC é determinante no processo diagnóstico. Relatos dos Casos: 1º caso: paciente do sexo feminino, com 25 anos de idade foi indicada para avaliação de lesão expansiva em maxila por meio de TCFC. Foram observadas duas amplas imagens hipodensas, uniloculares, em maxila direita e esquerda. Dentes sem restaurações ou lesões de cárie. Após exame criterioso observou-se dens in dente nos dentes 12 e 22; 2º caso: paciente do masculino encaminhado para avaliação do dente 25 por TCFC, por referir dor nessa região há quatro anos, que atualmente se estendia para a órbita. Na análise do volume adquirido observou-se extensa imagem hiperdensa, homogênea, localizada na fossa média do crânio, provocando deslocamento do forame redondo e da fissura petrotimpânica. Resultado: no 1º caso a detecção dos dens in dente nos dentes 12 e 22 foi determinante para se estabelecer como primeira hipótese diagnóstica o cisto radicular apical para as duas lesões em maxila. Já no 2º caso a presença da imagem hiperdensa, homogenia, deslocando o forame redondo e a fissura petrotimpânica foi decisiva para incluir a displasia fibrosa como causa da dor persistente por quatro anos, assim como o próprio diagnostico da lesão referida. Discussão: a análise minuciosa de todo o volume adquirido em uma TCFC deve ser uma rotina na avaliação desse método diagnóstico, é um dever legal, assim como o mais eficaz mecanismo de resolutividade de casos supostamente de difícil resolução. Título: AVALIAÇÃO DA ACURÁCIA DE IMAGENS AXIAIS OBTIDAS POR DOIS TOMÓGRAFOS COMPUTADORIZADOS DE FEIXE CÔNICO Autor: Simone Melo Dutra Co-Autores: Panzarella FK - Junqueira JLC - Felipe MB - Raitz R Resumo: Introdução: A acurácia das imagens de tomógrafos computadorizados foi confirmada por vários estudos, entretanto novos equipamentos vêm surgindo no mercado. O objetivo deste estudo foi avaliar a acurácia de imagens axiais adquiridas pelos tomógrafos i-CAT™ e Kodak 9000c 3D™, seguindo dois protocolos diferentes 112 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. de aquisição de imagens, de forma a determinar quais são os mais acurados. Resumo, Materiais e Método: Foi utilizado neste estudo um aferidor dimensional de tomógrafos computadorizados cilíndrico, com dimensões de 5cm de diâmetro e 10cm de comprimento. O aferidor foi escaneado utilizando-se dois protocolos diferentes para cada tomógrafo. Os protocolos com FOV de 8 cm, 20 s e voxel de 0,3 mm (protocolo 1) e FOV de 8 cm, 40 s e voxel de 0,2 mm (protocolo 2) para o iCAT™ e os protocolos de FOV de 5 cm, 10,8 s e voxel de 0,2 mm (protocolo 1) e FOV de 5 cm, 10,8 s e voxel de 0,076 mm (protocolo 2) para o Kodak 9000c 3D™. Resultados: O protocolo 1 foi mais acurado em relação ao protocolo 2 em ambos os tomógrafos e ambos os tomógrafos foram considerados igualmente acurados, não havendo diferenças entre as distâncias horizontal (A-B) e vertical (C-D), dentro de cada protocolo. As medidas realizadas em ambos os tomógrafos subestimaram em média as distâncias reais (em menos de 1 mm). Conclusões: Ambos os tomógrafos estudados são acurados, porém existem diferenças entre os protocolos de aquisição que devem ser consideradas, como o tempo de exposição e a dose de radiação. Título: AVALIAÇÃO DA ACURÁCIA DE MEDIDAS EM IMAGENS POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO OBTIDAS EM DIFERENTES SOFTWARES Autor: Taruska Ventorini Vasconcelos Co-Autores: Lívia Almeida Bueno de Morais - Deborah Queiroz de Freitas - Resumo: O objetivo desse estudo foi determinar a influência de diferentes softwares na obtenção de medidas lineares em imagens por tomografia computadorizada de feixe cônico. Oito mandíbulas foram escaneadas, no aparelho de TCFC i-CAT Next Generation (Imaging Sciences International, Inc, Hatfield, PA, USA) e avaliadas por um radiologista, em três diferentes softwares, compatíveis com o formato DICOM : XoranCat versão 3.1.62 (Xoran Technologies, Ann Arbor, MI, USA); Kodak K9000 (Kodak Dental Systems,Carestream Health, Rochester, NY, USA); e OnDemand3D®™, versão 1.0 (CyberMed Inc., Seoul, South Korea). A cada avaliação nos cortes parassagitais das regiões de incisivos, caninos, pré-molares, 1º molares e 2º molares foram obtidas as medidas lineares de altura óssea, as quais foram posteriormente comparadas com medidas obtidas diretamente nas mandíbulas. Após 30 dias, 25% das imagens foram reavaliadas, para avaliação da confiabilidade intraexaminador. O teste ANOVA não demonstrou diferenças entre as medidas realizadas, indicando que os programas de imagem utilizados não interferem na acurácia das medidas. Assim, conclui-se que todos os softwares avaliados fornecem medidas compatíveis com as reais, e podem ser utilizados para esse tipo de avaliação, o que possibilita ao profissional a liberdade de escolher o programa com o qual está mais apto a trabalhar. Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 113 Título: AVALIAÇÃO DA ACURÁCIA DE TRABALHO DOS SISTEMAS DE GUIAS PARA CIRURGIAS ASSISTIDAS POR COMPUTADOR USADOS EM IMPLANTODONTIA Autor: Fabiana Barbosa Silva Co-Autores: José Luiz C. Junqueira - Flávio Domingues das Neves - Eduardo Mendes de Paula - Fernando Esgaib Kayatt Resumo: As novas tecnologias disponíveis na implantodontia, como a tomografia computadorizada de feixe cônico, sistemas de navegação virtual e o uso do CAD/CAM para confecção de guias cirúrgicos precisos, tornaram-se uma importante ferramenta auxiliando o profissional em um melhor planejamento e execução da implantação. Novos softwares de CAD/CAM que permitem a integração de imagens tridimensionais, com as imagens tomográficas. Isso proporciona a realização de um “enceramento” diagnóstico virtual, com precisão micrometrical, da reabilitação almejada. Estas imagens geradas são, exportadas e anexadas às imagens tomográficas. As informações geradas servirão para a confecção de um guia cirúrgico com o auxílio do computador que auxiliará a instalação do implante de forma a otimizar os resultados estéticos e funcionais. Nosso objetivo foi revisar a literatura atual sobre os principais tipos de cirurgias guiadas por computador e comparar cada sistema focando a acurácia e a logística de trabalho para confecção das guias. Através de uma pesquisa no Pubmed, selecionou-se 41 artigos em inglês relacionados a implantes dentários convencionais instalados com guias cirúrgicos confeccionados com auxilio do computador. Desta forma foram eliminados cirurgias de implantes zigomáticos e ortodônticos (critérios de exclusão). Em todos os artigos selecionados observou-se a necessidade de enviar o planejamento virtual para centros especializados que confeccionavam o guia cirúrgico, com excessão da técnica do Cerecguide. Esta ultima técnica, pela inovadora diferença ilustra este trabalho. Verhamme LM. A Clinically Relevant Accuracy Study of Computer-Planned Implant Placement in the Edentulous Maxilla. Clin Implant Dent Relat Res. 2013 Jul 24. Título: AVALIAÇÃO DA ANATOMIA DO CANAL DE MOLARES MANDIBULARES EM UMA POPULAÇÃO BRASILEIRA USANDO TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Autor: Leonardo Vieira Peroni Co-Autores: Yuri Nejaim - Amaro Ilidio Vespasiano Silva - Emmanuel João Nogueira Leal da Silva - Francisco Haiter Neto Resumo: Neste estudo, avaliou-se as características anatômicas e a morfologia do canal radicular de molares inferiores de uma população brasileira utilizando a Tomografia Computadorizada Cone Beam (CBCT). Para isso foram envolvidos neste estudo pacientes que tiveram solicitados CBCT como parte de suas rotinas de exame, diagnósticos ou plano de tratamento. Foram incluídos um total de 460 primeiros e segundos molares inferiores saudáveis, completamente desenvolvidos e 114 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. não tratados endodonticamente (234 primeiros molares e 226 segundos molares). As seguintes avaliações foram realizadas: I- número de raízes e sua morfologia; IInúmero de canais por raíz; III- presença de canais C-Shaped e IV- variações primárias na morfologia do sistema de canais radiculares. Os resultados indicam que os primeiros molares inferiores mostraram uma maior prevalência de dois canais na raíz mesial e um na distal, com duas raízes completamente separadas (74%). Nos segundos molares mandibulares a presença de duas raízes separadas com dois canais na raíz mesial e um canal na distal representaram 54% do total. Em 32% dos casos foram encontradas duas raízes separadas com um canal em cada uma. Foi observada uma maior prevalência de duas raízes separadas, com dois canais na raíz mesial e um canal na distal em primeiros (74%) e segundos molares mandibulares (54%). Além disso, a menor incidência de canais C-Shaped e dentes com 3 raízes também foram observados na população Brasileira. Pode-se concluir que a CBCT é uma ferramenta útil para diagnóstico e tratamento endodôntico. Título: AVALIAÇÃO DA COBERTURA ÓSSEA VESTIBULAR DE DENTES ANTERIORES ATRAVÉS DE RECONSTRUÇÕES SAGITAIS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Autor: Ieda Margarida Crusoe Rocha Rebello Co-Autores: Paula Paes - Luciana Koser - Ana Carolina Mariz - Paulo Campos Resumo: A análise da presença de cobertura óssea na região dos dentes é de importante relevância para o planejamento e prognóstico em diversas áreas da Odontologia. Para estabelecer o melhor plano de tratamento, exames imaginológicos como a Tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) são essenciais. Objetivo: Avaliar a presença ou ausência de cobertura óssea na parede vestibular de dentes anteriores, através de imagens por TCFC. Metodologia: Cinco crânios secos foram selecionados e os defeitos ósseos presentes identificados através da análise visual direta dos dentes anteriores. Em seguida, esses crânios receberam um preparo prévio a aquisição das imagens tomográficas a fim de simular a presença dos tecidos moles. TCFC parciais da maxila e da mandíbula foram realizadas e as reconstruções sagitais analisadas por dois Radiologistas, que classificaram a condição óssea em cada terço dentário de acordo com estes critérios: crítico (cortical óssea não visualizada); delgado; regular; ou espesso. Resultados: Dos 120 terços avaliados, 96 deles tiveram o diagnóstico, de ausência de cobertura óssea, correto quando comparado com o padrão-ouro, o que correspondeu a 80% de acerto da avaliação dessa condição através de reconstruções sagitais por TCFC. Conclusão: A avaliação da espessura óssea é de suma importância, uma vez que esta pode auxilia no plano de tratamento odontológico evitando iatrogenias e insucessos irreparáveis no periodonto do paciente. Sendo a TCFC um excelente método de para o diagnóstico da ausência de cobertura óssea na cortical vestibular dos dentes anteriores. Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 115 Título: AVALIAÇÃO DA CONCORDÂNCIA ENTRE CIRURGIÕES DENTISTAS CLÍNICOS E BUCOMAXILOFACIAIS FRENTE À CLASSIFICAÇÃO E TERAPÊUTICA DOS TERCEIROS MOLARES INFERIORES. Autor: Mariane Michels Co-Autores: Maria Augusta Portella Guedes Visconti - Abílio Augusto Sobrinho Rodrigues - Karina Lopes Devito - Neuza Maria Souza Picorelli Assis Resumo: O posicionamento dos terceiros molares pode ser classificado de acordo com os métodos propostos por Pell & Gregory (1933), Winter (1926) e Abu-El Naaj et al., (2010) utilizando radiografias panorâmicas. O objetivo neste trabalho foi avaliar 500 radiografias panorâmicas para determinar o posicionamento dos terceiros molares inferiores perante essas classificações, bem como à conduta terapêutica em cada caso. Seis avaliadores previamente calibrados (três clínicos e três bucomaxilofaciais) observaram todas as imagens e posteriormente suas avaliações foram comparadas ao padrão. Para a classificação de Pell & Gregory (1933), os clínicos obtiveram maior concordância em relação aos bucomaxilofaciais (49,8%) e quando comparada ao padrão, essa concordância foi de 35,4% para os clínicos, e 33,1% para os bucomaxilofaciais. Em relação à profundidade de intrusão no ramo da mandíbula a concordância entre os clínicos foi de 42,5% enquanto entre os bucomaxilofacias foi de 14,7%, e quando comparados ao padrão os clínicos obtiveram melhor resultado (29,6%). Para a Classificação de Winter (1926), o grau de concordância entre os bucomaxilofaciais foi de 64,3%, já para os clínicos foi de 63,4%. Para determinar a relação das raízes com o canal da mandíbula, o grau de concordância intragrupo para os bucomaxilofaciais foi de 60,6%, e dos clínicos foi de 43,1%. Em relação ao padrão, os bucomaxilofaciais obtiveram melhores resultados (39,9%) em relação aos clínicos (34,3%). Quanto à conduta terapêutica, os clínicos mostraram-se mais coerentes (56,8%) em relação aos bucomaxilofaciais (50,8%). Pode-se concluir que houve um baixo índice de concordância entre os examinadores. Título: AVALIAÇÃO DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA EM RATOS SUBMETIDOS À DIETA DIÁRIA DE CAFÉ E REFRIGERANTES À BASE DE COLA E GUARANÁ Autor: Maria Beatriz Carrazzone Cal Alonso Co-Autores: Amaro Ilídio vespasiano Silva - Plauto Chritopher Aranha Watanabe Mario Jefferson Quirino Louzada - Franscisco Haiter-Neto Resumo: O objetivo foi investigar e comparar os efeitos do café, do refrigerante à base de cola e guaraná no metabolismo ósseo de ratos machos e fêmeas, por meio da avaliação da densidade mineral óssea (DMO). Foram utilizados 80 ratos (Rattus norvegiau albinus, Wistar),40 machos e 40 fêmeas, totalizando 8 grupos de 10 animais cada e divididos em: Grupos 1 e 2: Grupo Controle o qual recebeu somente água; Grupos 3 e 4: administração de água e café; Grupos 5 e 6: água e bebida à 116 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. base de cola; Grupos 7 e 8: água e bebida à base de guaraná. Todos os fêmures do lado esquerdo de cada animal foram dissecados e examinados por meio da absorciometria dual de raios X (Dexa) e DMO foi obtida. Os dados foram tabulados e a análise estatística foi realizada por meio do Anova teste de Tuckey. Para as fêmeas diferenças significativas foram encontradas quando comparou-se todos os grupos exceto para coca-cola X guaraná (p>0,01). Já para os machos, não houve diferenças entre os grupos. Na comparação entre os sexos, houve diferenças para todos os grupos exceto para o grupo controle (p>0,01). Animais do sexo masculino não apresentaram diferenças nas medidas de densidade mineral óssea do fêmur quando submetidos à dieta à base de café e refrigerantes de cola e guaraná, enquanto que para as fêmeas, todas as substâncias, principalmente o café, reduziu significativamente a DMO, representando assim um fator de risco para a qualidade óssea na região. Título: AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DO LIGAMENTO ESTILOHIÓIDE A PARTIR DA AVALIAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM Autor: Alessandra de Freitas e Silva Co-Autores: Belkiss Camara Marmora - Sandra Cristina Sabbaga de Melo - Silvia Cristina Mazetti Torres - Jose Luiz Cintra Junqueira Resumo: O presente estudo teve como objetivo avaliar a frequência da calcificação do ligamento estilohióide a partir da avaliação de 440 tomografias computadorizadas de feixe cônico. O processo estiloide do osso temporal corresponde a uma fina projeção óssea de aproximadamente 25mm de comprimento, localizada entre as artérias carótidas externa e interna. Nele inserem-se os músculos estilohioideo ,estiloglosso e estilofaringeo. Primeiramente descrito por Eagle em 1937, o alongamento ou ossificação do referido processo foi considerado, pelo autor, de ocorrência incomum. Quando o alongamento está acompanhado de sintomas, caracteriza-se como Síndrome de Eagle. Os sintomas mais comuns, não patognomônicos, são dor craniofacial e cervical podendo assim ser confundidos com uma variedade de doenças da orofaringe e maxilofaciais. As imagens foram analisadas por um único examinador e considerado alongamento do processo estiloide aqueles que mostraram comprimento superior a 30mm. Dados como idade, gênero, lado, tamanho e tipo de calcificação também foram avaliados. Do total da amostra, 118 (27%) apresentou alongamento, sendo 64(54%) do gênero feminino. A faixa etária de maior incidência foi entre 51 e 60 anos e o comprimento médio do processo estiloide foi de 24,76mm para a amostra total e 36,90 para a de indivíduos com alongamento. O diagnóstico do alongamento do processo estiloide é importante e pode ser realizado a partir de exames radiográficos, sendo a tomografia o exame de melhor escolha, pois permite uma medição mais precisa. Cavalcanti MGP. Diagnóstico por imagem da face.2ªed.São Paulo: Editora Santos, 2012. White SC, Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 117 Paroah MJ. Radiologia oral:Fundamentos e interpretação. 5ªed.São Paulo: Editora Mosby, 2007. Título: AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO TABAGISMO E DA DOENÇA PERIODONTAL NO TRABECULADO ÓSSEO MANDIBULAR Autor: Maria Augusta Portella Guedes Visconti Co-Autores: Mariane Michels - Fábio Ribeiro Guedes - Karina Lopes Devito Andréa Castro Domingos Resumo: A análise fractal corresponde a um método quantitativo de avaliação do trabeculado ósseo, que permite a detecção de alterações que não podem ser vistas nos exames radiográficos convencionais. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência do tabagismo e da doença periodontal na análise fractal mandibular. Foram avaliados 120 pacientes divididos em 4 grupos: grupo 1 composto por 30 pacientes não fumantes e sem doença periodontal; grupo 2 formado por 30 pacientes não fumantes e com doença periodontal; grupo 3 representado por 30 pacientes fumantes e sem doença periodontal; grupo 4 composto por 30 pacientes fumantes e com doença periodontal. O diagnóstico de periodontite foi definido por profundidade de sondagem maior ou igual a 5mm em 3 ou mais sítios de 3 dentes diferentes. Foram realizadas radiografias periapicais digitais dos incisivos inferiores de cada paciente, com a utilização do sistema digital Express. No programa ImageJ 1.47d, foram selecionadas 3 regiões de interesse (50x50 pixels) em cada imagem, sendo calculadas as médias de suas dimensões fractais. As radiografias foram analisadas por 3 avaliadores e foi verificada boa concordância intra e interobservador (Correlação de Pearson). Os grupos foram comparados pelo teste ANOVA, não tendo sido observada diferença significativa entre eles. Concluiu-se que o tabagismo e a doença periodontal provocaram notável reabsorção óssea alveolar nos pacientes avaliados, mas não alteraram significativamente o arranjo estrutural do trabeculado ósseo mandibular para a amostra estudada. Título: AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO NA FASE DE REVELAÇÃO DO PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO Autor: Ana Paula Tulio Manfron Co-Autores: Alessandra S Ditzel - Luiz Gustavo Giublin - Jéssica S Silva Fernando H. Westphalen Resumo:Introdução: O objetivo deste estudo foi verificar a influência do tempo de exposição e de revelação na alteração da densidade radiográfica final. A literatura aponta a fase de revelação como a mais crítica do processamento radiográfico. Considerando-se este aspecto, questiona-se: a densidade radiográfica final ainda é influenciada pelo tempo de imersão no revelador? O que é mais importante: o tempo de exposição ou de revelação? Materiais e métodos: Foram radiografados os prémolares superiores esquerdo (manequim ensino radiológico – Dentsply,P.A,USA) 118 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. com diferentes tempos de exposição (0,11; 0,13; 0,16; 0,20; 0,25; 0,32; 0,40; 0,50; 0,63; 0,80 e 1 segundo), utilizando os filmes: DFL Contrast (D e E) e Kodak (ESpeed). As radiografias foram processadas pelo método tempo-temperatura. Três radiologistas selecionaram o melhor tempo de exposição. Sessenta radiografias (20 para cada tipo de filme) do mesmo grupo de dentes com o tempo de exposição escolhido foram reveladas em 20 tempos diferentes (10 segundos a 60 minutos). Um clínico geral, um radiologista e um estudante de odontologia, selecionaram a radiografia com melhor contraste entre os grupos, por meio do método cego. Resultados: A radiografia selecionada como a melhor, foi a submetida ao tempo de exposição 0.32. As selecionadas como as melhores imagens para diagnóstico, foram as radiografias com tempo de imersão no revelador entre 3-15 minutos. Conclusão: Verificou-se que se o tempo de exposição for o ideal, o tempo de imersão, mesmo excedendo mais do que o dobro do tempo sugerido pelo fabricante não terá importância significativa na imagem radiográfica resultante. Título: AVALIAÇÃO DA LOCALIZAÇÃO DE CANINOS IMPACTADOS E SUAS REPERCUSSÕES POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Autor: Nathalie de Queiroz Jordão Co-Autores: Larissa Pereira Lagos de Melo - Flávia Maria de Moraes Ramos Perez Amaro Lafayette Freire Formiga Filho - Maria Luiza dos Anjos Pontual Resumo: A inclusão de dentes caninos é a segunda mais freqüente na população, sendo a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) um recurso imaginológico que permite uma avaliação mais eficaz da topografia e localização do dente canino incluso. No presente trabalho foi objetivo avaliar dentes caninos superiores inclusos numa amostra populacional de Recife, PE e João Pessoa, PB por meio da TCFC. Foram selecionadas, imagens de tomografias computadorizadas de feixe cônico de pacientes que apresentassem dentes caninos inclusos, totalizando TCFC de 89 pacientes. Estas foram avaliadas por dois examinadores em monitor de 21,5” e programa iCAT Vision®. Foram encontrados um total de 106 caninos superiores inclusos. Houve maior prevalência para o sexo feminino, a localização por palatina, a inclusão do tipo mesio-angular, inclusão unilateral e do lado esquerdo. Verificou-se ainda, maior relação com o incisivo lateral. Concluiu-se que: a maioria das inclusões dos caninos superiores é unilateral, do lado esquerdo, por palatino e do tipo mesio-angular, apresentam desenvolvimento completo do dente e estão em contato com incisivo lateral, sendo a reabsorção no incisivo lateral a complicação mais comum, ocorrendo geralmente na porção apical. Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 119 Título: AVALIAÇÃO DA MATURIDADE ESQUELÉTICA COM A UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO X VÉRTEBRAS CERVICAIS Autor: Juliana Watanabe Koyama Co-Autores: Milena Bortolotto Felippe Silva - Silvia Cristina Mazete Torres José Liuz Cintra Junqueira - Caio Vinicius Bardi Matai Resumo: A determinação da maturação óssea em Ortodontia é um fator de grande importância no planejamento do tratamento, o objetivo desta pesquisa foi a avaliar a maturação esquelética através de análise das vértebras cervicais, comparando a Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico com as Radiografias Cefalométricas Laterais Digital, a amostra foi constituída de 40 pacientes nos quais continham as tomografias e as radiografias, sendo 20 indivíduos do gênero masculino e 20 do gênero feminino. A faixa etária ficou compreendida entre nove anos e 16 anos e 11 meses. O método de determinação para avaliação das alterações morfológicas das vértebras cervicais foi descrito por Hassel & Farman (1995), que propuseram a identificação do estágio de maturação esquelética por meio das modificações anatômicas da segunda, terceira e quarta vértebras cervicais. Esses autores dividiram os estágios em seis fases: Iniciação, aceleração, transição, desaceleração, maturação e finalização. As análises foram realizadas por dois Doutores Ortodontistas e dois Mestres Radiologistas, os resultados quanto à concordância entre os exames foi realizada pela estatística Kappa, das fases atribuídas pelos examinadores onde demostrou que não houve diferença significativa entre a Radiografia Cefalométrica Lateral Digital e a Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico. Pôde-se, concluir neste estudo que as Radiografias Cefalométricas Laterais Digital que é em exame padrão ouro e faz parte da documentação ortodôntica são tão válidas quanto a Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico, que é um exame de última geração e excelente qualidade, entretanto o profissional vai escolher de acordo com a dose de radiação e o custo benefício. Título: AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE CALCIFICAÇÕES DA ARTÉRIA CARÓTIDA EM RADIOGRAFIAS DIGITAIS PANORÂMICAS Autor: Orlando Izolani Neto Co-Autores: Anamaria de Lima Laranjeira - Milena Bortolotto ThayaneBertipaglia Pires - Silvia Torres Resumo: A aterosclerose é uma afecção das artérias de grande e médio calibre, que se caracteriza pelo acúmulo de lipídios nas paredes das artérias, mais comum em pacientes a partir da quarta década de vida e que pode levar a quadros mais graves como AVC e infarto. Os ateromas, quando em estágio de calcificação e localizados na artéria carótida podem ser visualizados nas radiografias panorâmicas adjacente ao corno maior do osso hióide e às vertebras cervicais C3 e C4. Este estudo se propôs a avaliar a incidência de calcificações na artéria carótida em uma amostra de 1.818 radiografias panorâmicas, pertencentes ao Serviço de Radiologia 120 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Odontológica da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic correlacionando os dados coletados como gênero, idade e lado afetado. As imagens foram avaliadas por um único observador e do total de radiografias analisadas foram encontradas 31 (1,71%) radiografias com calcificações na artéria carótida, das quais 77,42% eram de indivíduos do gênero feminino e 22,58% do masculino. Verificou-se, ainda pequena predominância de calcificações bilaterais 38,71%, com maior prevalência em pacientes entre 41 aos 50 anos, 48,39%. Concluiu-se que apesar da incidência de radiografias com calcificações na artéria carótida não atingirem 2,00%, é importante que o cirurgião-dentista fique atento a esse aspecto, pois poderá prevenir a ocorrência de quadros graves como o AVC e o infarto. Título: AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DAS EXTENSÕES DOS SEIOS MAXILARES POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Autor: Laís Krejci de Souza Graciosa Co-Autores: Mariana Tlach Tiepo - Tatyanna Cristina Sanches - Milena Bortolotto Felippe Silva - Jose Luiz Cintra Junqueira Resumo: Dentre os seios paranasais, os seios maxilares são os de maior importância para odontologia devido sua proximidade com os dentes superiores. Partindo desta ideia tornou-se de grande valia para o cirurgião-dentista a determinação da real delimitação dos seios maxilares, visto que são vastas as variações de localização. A tomografia computadorizada feixe cônico consolidou-se como o exame de eleição para imagens do tecido ósseo do complexo maxilomandibular e dentre suas inúmeras indicações a avaliação dos seios paranasais. O intuito deste trabalho foi analisar 244 seios maxilares por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico avaliando a prevalência das extensões para região alveolar, anterior e posterior em paciente de ambos os gêneros e diferentes faixas etárias. Dentre as amostras estudadas constataram-se que a de maior prevalência foi a extensão para a região alveolar (43%) seguida da extensão posterior (32%) e por fim para região anterior (25%). Notou-se que no gênero masculino houve a predominância na extensão anterior e posterior logo em contrapartida a extensão anterior foi mais prevalente no gênero feminino. Assim comprovou-se que a maior prevalência observada no seio paranasal foi à extensão para região anterior e que a tomografia computadorizada é um exame de escolha para padrão ouro. Cavalcanti MGP. Diagnóstico por imagem da face. 2ªed. São Paulo: Editora santos, 2012. White SC, Pharoah MJ. Radiologia oral: Fundamentos e interpretação. 5ªed. São paulo: Editora Mosby, 2007. Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 121 Título: AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE EXTENSÕES DOS SEIOS MAXILARES POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR FEIXE CÔNICO Autor: Gonzalo Martin Souza Rodriguez Co-Autores: Anamaria de Lima Laranjeira - Lucas Correa Homse - Luís Roberto Coutinho Manhães Júnior - Ricardo Bordini do Amaral Resumo: Extensões dos seios maxilares possuem grande relevância para a clínica odontológica, pois o tamanho do seio maxilar esta relacionado a diversos fatores entre eles anatomia, idade, estruturas adjacentes, tipo de padrão facial, perda dental, alterações respiratórias entre outras. Neste estudo buscou-se avaliar as possíveis correlações entre as extensões maxilares com fatores locais e gerais, além de determinar a prevalência destas extensões através da tomografia computadorizada volumétrica, pois o conhecimento destas alterações facilita o planejamento de intervenções nos seios maxilares e áreas adjacentes. A amostra foi composta por 317 exames realizados em 2011 adquiridos no tomógrafo i-Cat, destas 124 pertenciam ao gênero masculino e 193 ao feminino, com média de idade de 42,9 anos. Do universo analisado foram observadas 240 extensões maxilares com prevalência de 75,7%, sendo 21,2% exclusivamente para região alveolar e 20,9% ocorreu extensão alveolar e para região de túber simultaneamente. A prevalência da extensão foi significantemente maior em pacientes com idade acima de 50 anos, cujo risco é 2,4 vezes maior do que aqueles com idade inferior. O teste de Fisher revelou que a ausência de dentes posteriores tem relação positiva com a extensão do seio maxilar aumentando em 2,3 vezes o risco. A presença de extensão dos seios maxilares esteve associada a patologias em 376 dos 634 seios maxilares avaliados. O teste G indicou que nos seios maxilares com extensão houve diferença significativa na prevalência das patologias analisadas (59,3%) e não representa fator de risco a nenhuma delas. Título: AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA E LOCALIZAÇÃO DE SEPTOS NO SEIO MAXILAR POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Autor: Liana Matos Ferreira Co-Autores: Maria Augusta Portella Guedes Visconti - Rodrigo Freire Prado Francisco Haiter Neto Resumo: O objetivo neste estudo foi avaliar por meio de imagens de TCFC a prevalência e localização de septos ósseos no interior do seio maxilar em função das diferentes faixas etárias e observar qual o corte tomográfico mais representativo. Foram utilizadas 200 imagens de TCFC obtidas do aparelho I-Cat®, seguindo-se o mesmo protocolo de aquisição. As imagens foram divididas em 4 grupos de acordo com a faixa etária: G1: 30 a 39 anos; G2: 40 a 49 anos; G3: 50 a 59 anos; G4: acima de 60 anos, e analisadas por 5 especialistas em Radiologia Odontológica, utilizando o software XoranCat®. Para avaliar a presença e localização dos septos foram 122 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. utilizadas as reformatações coronais, sagitais e axiais. As imagens foram classificadas quanto à presença ou ausência dos septos. Naquelas em que os septos estavam presentes, os avaliadores especificaram sua localização (anterior, média ou posterior) e qual reformatação foi mais representativa. As concordâncias intra e interexaminadores variaram de 0,78 a 0,88 e de 0.74 a 0.82, respectivamente. Quanto à prevalência, verificou-se uma predileção pela região anterior (n=70), seguida das regiões posterior (n=55) e média (n=54). A localização anterior foi a mais prevalente no grupo 2 e as localizações média e posterior foram mais prevalentes no grupo 4. O corte tomográfico mais representativo foi o axial, seguido do sagital e coronal. Concluiu-se que a prevalência de septos nos seios maxilares é significativa, sendo maior nos idosos (acima de 60 anos). Independente da faixa etária observou-se que a região anterior foi a mais prevalente. Título: AVALIAÇÃO DO EFEITO DE COMPOSTOS A BASE DE ALOE VERA E ZINCO/COBRE EM RATOS IRRADIADOS Autor: Amaro Vespasiano Co-Autores: Yuri Nejaim - Taruska Ventorini Vasconcelos - Solange Maria de Almeida - Frab Norberto Boscolo Resumo: Devido à constante exposição a radiações ionizantes recebidas pelo ser humano e com o aumento crescente do uso de radioterapia para tratamento de tumores, procura-se cada vez mais encontrar substâncias naturais que diminuam os efeitos deletérios causados por esse tipo de energia no organismo. Estudos com substâncias como o Aloe Vera e Zinco associado ao Cobre evidenciam ações bactericidas, antioxidantes, além de proteção celular e melhora no sistema imunológico. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito radioprotetor e reparador de compostos a base de Aloe Vera e Zinco associado ao Cobre em ratos wistar por meio da sialometria. Para a realização deste estudo, foram utilizados 150 ratos do tipo wistar, tendo esses sido divididos em 12 grupos, nos quais foram introduzidas, por via oral, as substâncias em questão. Desses, 8 grupos foram ainda submetidos às sessões de radioterapia, antes ou após a administração das substâncias. Ao final de 1 mês, foi realizada a sialometria dos mesmos. Após a tabulação destes dados, foi realizada a análise estatística de Anova, com nível de significância de 5%, onde observou-se o efeito positivo da substância Aloe Vera tanto como protetora, como reparadora e um efeito não significante das demais substâncias estudadas. Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 123 Título: AVALIAÇÃO DO EFEITO RADIOPROTETOR E REPARADOR DA ERVA MATE EM RATOS IRRADIADOS Autor: Amaro Vespasiano Co-Autores: Yuri Nejaim - Taruska Ventorini Vasconcelos - Solange Maria de Almeida - Frab Norberto Boscolo Resumo: Estudos com substâncias naturais e recentemente a erva mate (Ilex paraguariensis) prometem ações bactericidas, antioxidantes, além de proteção celular e melhora no sistema imunológico. O presente estudo teve por objetivo avaliar o efeito radioprotetor e reparador da erva mate em ratos irradiados por meio da quantificação do fluxo salivar. Foram utilizados 60 ratos Wistar, divididos em 6 grupos, onde foram administradas, por via oral, infusão de erva mate antes ou após sessão única de radioterapia por 15 Gy. Ao final de 27 dias realizou-se a sialometria com pesagem do fluxo salivar dos animais em cada grupo de estudo. Após a tabulação dos dados, foi realizada a análise estatística - Anova, com nível de significância de 5%, onde se observou o efeito reparador no grupo onde administrado a erva mate após a radiação, com preservação do fluxo salivar normal, sendo aconselhada sua pronta utilização concomitantemente ao tratamento radioterápico. Título: AVALIAÇÃO DO GRAU DE ROTAÇÃO DA TCFC NO DIAGNÓSTICO DE FRATURA RADICULAR EM DENTES COM DIFERENTES PINOS INTRARRADICULARES Autor: Frederico Sampaio Neves Co-Autores: Deborah Queiroz de Freitas - Annika Ekestubbe - Sara Lofthag-Hansen - Paulo Sérgio Flores Campos Resumo: Objetivo: Avaliar a influência do grau de rotação da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) no diagnóstico de fraturas radiculares quando na presença de diferentes tipos pinos intrarradiculares. Material e Métodos: O presente estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética local(#034/2012). A amostra foi composta por trinta dentes unirradiculares nos quais fraturas completas e incompletas foram realizadas. Em relação aos pinos intrarradiculares, utilizou-se um composto por liga metálica de cobalto-cromo e outro de fibra de vidro, ambos com as mesmas dimensões, que foram inseridos com boa adaptação no interior do canal radicular. Cada dente foi escaneado individualmente no aparelho de TCFC Accuitomo 170 utilizando o grau de rotação total (360°) e parcial (180°). Os valores das áreas sob a curva ROC (Az) foram calculados e comparados utilizando o modelo de ANOVA dois critérios. Resultados: Observou-se que fraturas radiculares completas foram mais facilmente visualizadas do que as incompletas. Quando na presença do pino metálico, se observou maiores valores de Az para o grau de rotação parcial, sendo observada diferença estatisticamente significativa para o diagnóstico de fratura radicular completa. Já na presença do pino de fibra de vidro, maiores valores de Az foram observados no grau de rotação total, porém não houve 124 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. diferença estatisticamente significativa para o diagnóstico de fratura radicular completa e incompleta. Conclusão: Para a otimização do diagnóstico de fratura radicular associada a uma redução na dose de radiação ao paciente, o grau de rotação parcial da TCFC deve ser utilizado independente do tipo de pino intrarradicular presente. Título: AVALIAÇÃO DO OSSO ZIGOMÁTICO POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Autor: Maria Augusta Portella Guedes Visconti Co-Autores: Helena Aguiar Ribeiro do Nascimento - Francisco Haiter Neto Deborah Queiroz de Freitas Resumo: Considerando a importância clínica do osso zigomático e sua proximidade com estruturas com ar, o objetivo neste estudo foi avaliar o osso zigomático em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico para identificar se esse pode apresentar características similares à pneumatização e, em caso afirmativo, determinar sua distribuição em relação à idade, sexo, lateralidade e tipo. Após aprovação no Cômite de Ética em Pesquisa, foi coletada a amostra, composta por 698 imagens de pacientes (1.396 ossos zigomáticos), de ambos os sexos, distribuídas em 5 grupos, segundo a faixa etária: de 10 a 19 anos, 20 a 29 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos e acima de 60 anos. Todas as imagens foram obtidas pelo tomógrafo i-CAT. As análises foram feitas por dois cirurgiões dentistas radiologistas com o software XoranCat versão 3.1.62. Somente 23 (3,3%) indivíduos apresentaram alterações no aspecto radiográfico do osso zigomático similares à pneumatização, sendo 12 (52,2%) unilaterais e 11 (47,8%) bilaterais. A média de idade dos indivíduos com aspecto alterado foi de 35 anos. Não houve relação estatisticamente significativa entre a presença do aspecto alterado e sexo e idade (p ˃ 0,05). Também não houve relação entre sexo e lateralidade (p > 0,05). Em conclusão, foram encontradas alterações similares à pneumatização no osso zigomático, mas essa não ocorreu com alta frequência na população estudada; além disso, não apresentou predileção por sexo e faixa etária. Título: AVALIAÇÃO DO SEIO MAXILAR NO ESTUDO DO DIMORFISMO SEXUAL UTILIZANDO IMAGENS POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Autor: Thiago de Oliveira Gamba Co-Autores: Camila Silveira Garcia - Glaucia Maria Bovi Ambrosano - Francisco Haiter Neto Resumo: A criminalidade e acidentes são rotina em diferentes países do mundo, medidas investigativas cada vez mais tem a função de identificarem pessoas desaparecidas Este estudo teve por objetivo avaliar a acurácia e a confiabilidade de Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 125 mensurações no seio maxilar (SM) em imagens por Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) com o intuito de estudar o dimorfismo sexual. Para tal, foram selecionadas 145 imagens de TCFC do SM, selecionadas de um arquivo de imagens de uma clínica de Radiologia Odontológica. Divididas em dois grupos: 67 imagens do SM de pacientes do sexo masculino e 78 imagens do SM de pacientes do sexo feminino. Cinco mensurações foram realizadas no SM em cortes axiais nas imagens de TCFC. Essas mensurações foram: a largura e o comprimento dos SMs em ambos lados, além da medida total ao longo dos SMs. Já as outras medidas executadas referentes à altura do SMs utilizaram as imagens coronais como base. Para análise estatística, foi aplicada a Correlação Intraclasse na análise intra e interexaminador, Análise de Variância para comparação entre os valores médios das mensurações presentes e também regressão logística (RL) para determinação do sexo. As mensurações evidenciaram valores dos homens superiores aos das mulheres, exceto a variável largura do SM direito. Quando as variáveis, largura do SM esquerdo, comprimento do SM direito e largura do SM direito foram associadas, obteve-se uma precisão de 96,8% na determinação sexual. Assim, conclui-se que a fórmula desenvolvida no presente estudo pode ser utilizada como um método auxiliar na identificação humana. Título: AVALIAÇÃO POR MICRO-TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DA PERIODONTITE EXPERIMENTAL EM RATOS Autor: Roselaine Moreira Coelho Milagres Co-Autores: Messora MR b - Amaral TP a - Kawata LT c - Carvalho PC d Resumo: Um das dificuldades no diagnóstico periodontal com o exame radiográfico convencional é mostrar um quadro incompleto do estado do periodonto devido a limitações como fornecer imagem bidimensional de estruturas tridimensionais. O objetivo neste estudo foi mensurar defeitos ósseos periodontais em diferentes faces do molar de ratos, utilizando micro-tomografia computadorizada. Foram utilizados 16 ratos aleatoriamente divididos em 2 grupos: Controle e Doença Periodontal. Para induzir a periodontite foi colocada, no grupo Doença Periodontal, uma ligadura na cervical do 2º molar superior esquerdo de cada animal. Os animais de ambos os grupos foram submetidos à eutanásia no 11° dia após a indução da periodontite e a região de interesse foi removida e escaneada em aparelho de Microtomografia computadorizada. Após a reconstrução tridimensional das imagens, a perda óssea alveolar foi quantificada em micrômetros através de medidas lineares da distância da junção amelo-cementária à crista óssea nas faces mesial, distal, vestibular, palatina e região de furca. Para verificar se houve diferença entre os grupos foi empregado o teste estatístico de Tukey. Observou-se diferença estatisticamente significante entre o grupo Controle e Doença Periodontal nas regiões de furca, interproximal e face vestibular (p0,05) entre os grupos embora também tenha sido observada maior perda óssea no grupo Doença Periodontal. Concluiu-se que exames por imagem tridimensionais possibilitam realizar 126 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. mensurações precisas de perda óssea nas faces vestibular, palatina e região de furca que não são visualizadas nos exames bidimensionais. Título: AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA VOLUMÉTRICA DA RELAÇÃO ENTRE PATOLOGIAS SINUSAIS E ÁPICES DENTÁRIOS Autor: Danieli Moura Brasil Co-Autores: Gina Delia Roque-Torres - Sergio Lins de-Azevedo-Vaz - Laura Ricardina Ramírez-Sotelo - Frab Norberto Bóscolo Resumo: Objetivo: avaliar a relação entre raízes de dentes hígidos no seio maxilar e patologias sinusais. Materiais e métodos: a pesquisa contou com uma amostra de cento e nove imagens tomográficas dos arquivos do Centro de Radiologia Odontológica (Universidade Estadual de Campinas, Brasil), as quais foram analisadas por três radiologistas orais. Eles avaliaram a relação entre raízes dentro e fora do seio maxilar e a presença ou ausência de patologias no seio. Foram incluídos no estudo apenas dentes hígidos. O teste Kappa avaliou a concordância intra e inter observadores. Os testes Qui-quadrado e razão de prevalência foram utilizados para testar a hipótese da relação entre raízes dentro do seio maxilar e patologias sinusais. O nível de significância foi fixado em 0,01. Resultados: verificouse que a concordância intra e inter observadores variou de boa a excelente. O teste Qui-quadrado mostrou uma diferença estatisticamente significativa (p = 0,006) para raízes dentro de seio maxilar associado a patologias, de 6,09%, e para raízes dentro de seio maxilar normal, de 3,43%, com 95% intervalo de confiança de (1,67-1,8). Conclusão: Raízes de dentes hígidos dentro do seio maxilar estão quase duas vezes mais associadas a seios patológicos que a seios normais. Raízes com relação topográfica dentro do seio maxilar, mesmo que sejam de dentes hígidos, podem induzir uma resposta inflamatória na membrana sinusal. Título: CARACTERÍSTICAS IMAGINOLÓGICAS QUE DIFERENCIAM SINUSITE CRÔNICA E AGUDA POR MEIO DA TCFC Autor: Letícia Fernanda Haas Co-Autores: Leticia Ruhland Corrêa - Márcio Corrêa - Resumo: Objetivo: O presente estudo tem como objetivo demonstrar as características de imagem que diferenciam entre sinusite aguda e crônica, por meio de relato de dois casos, em imagens de TCFC. Relato dos casos: em sinusites crônicas avaliadas por TCFC observa-se: 1) o aumento da densidade no interior do seio maxilar que pode representar muco, secreção purulenta ou tecido polipoide; 2) periostíte sinusal, que é uma reação do periósteo que reveste as paredes do seio maxilar, aumentando de forma regular ou irregular a sua espessura; 3) múltiplas calcificações de tamanhos e formas variadas que se distribuem justapostas às paredes do seio maxilar e 4) quando na presença de um corpo estranho de longa duração observa-se a mineralização entorno do mesmo, chamados antrolitos. Na Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 127 sinusite aguda todas as estruturas do seio maxilar estão preservadas em padrões normais, exceto por imagens hiperdensas, mas de densidade mucosa, localizadas parcial ou totalmente no interior do seio maxilar, com uma forma não usual semelhante à bolhas de sabão ou favos de mel. Resultado: as características das imagens por meio de TCFC de sinusite crônica e aguda diferem-se totalmente entre si o que facilita o processo diagnóstico diferencial por meio de imagens. Discussão: diante do dever legal, assim com da rotina que deve ser a análise de todo o volume que foi adquirido ao se adquirir imagens de TCFC, mesmo que por outras indicações, os seios paranasais, usualmente estão contido nesse volume e dessa forma devem ser corretamente interpretados. Título: CINTILOGRAFIA APLICADA NA ÁREA ODONTOLÓGICA: INDICAÇÃO E AVALIAÇÃO. Autor: Tábada Deusdado Bertani Co-Autores: Arita, E.S. - Cortes, A.R.G. - Martinelli, C.R. Resumo: A cintilografia é um método de investigação clínica que consiste na ingestão ou injeção endovenosa de uma substância radioativa com afinidade eletiva para determinado tecido ou órgão possibilitando o estudo da distribuição topográfica do isótopo radioativo por meio de um detector denominado câmara de cintilação ou gama-câmara. O método viabiliza o estudo anatômico e funcional de vários órgãos e tecidos. É um meio de diagnóstico que proporciona às especialidades odontológicas possibilidade de avaliar as doenças, alterações metabólicas ou atividades fisiológicas normais. É um ótimo meio de diagnóstico nas alterações da estrutura orofacial, desde a análise do crescimento facial, tratamento ortodôntico e ortopédico, endodôntico, doenças periodontais, implantes dentários e avaliação das glândulas salivares maiores. A cintilografia óssea tem como vantagens a grande sensibilidade, a alta especificidade do órgão e de agressividade baixa. É indicada para analisar anormalidade músculoesqueletal, metástases, fraturas e lesões ósseas como osteomielites e tumores ósseos. Ainda podem ser indicados em algumas condições traumáticas, tumores (primários e metastáticos), artrites, infecções, doenças ósseas metabólicas, lesões ósseas e doenças vasculares. Serão apresentados casos de aplicações de Cintilografia, aspectos e interpretações das imagens cintilográficas. Referências Bibliográficas: Brown ML, Collier BD, Fogelman I. Bone scintigraphy: part 1. Oncology and infection. J Nucl Med. 1993;34:2236–2240. Goal J, Mezes A, Siro B et al: Tc-99m HMPAO labeled leukocyte scintigraphy in patients with rheumatoid arthritis. A comparison with disease activity, Nucl Med Commun 23:3946, 2002.Henriksen AM, Nossent HC. 128 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título: CISTO DENTÍGERO EM MANDÍBULA: RELATO DE CASO Autor: Eliene Matos de Oliveira Co-Autores: Fernando Joseé C. Fadel - Guilherme N. Oliveira - Milena B. Felippe Silva - Ariosto Ribeiro de Freitas Resumo: O cisto dentígero é um cisto odontogênico associado a coroa de um dente permanente não irrompido, é o segundo cisto odontogênico mais freqüente nos maxilares. Os autores relatam um caso clínico de um grande cisto dentígero na região posterior de mandíbula envolvendo as raízes do dente 35, 36 e deslocamento do dente 38 em direção ao ângulo mandibular, se estendendo até a região de incisura mandibular. O tratamento foi realizado através de marsupialização e após dezoito meses realizou-se a enucleação císticas. O paciente encontra-se em controle pós- operatório clínico e radiográfico, não apresentando sinais de recidiva, com boa reparação óssea no local da lesão. O exame radiográfico é de fundamental importância para a detecção precoce das lesões císticas dos maxilares, contribuindo para o diagnostico e tratamento adequado para o paciente. Título: COMPARAÇÃO DA DENSIDADE ÓSSEA MANDIBULAR POR TOMOGRAFIAS COMPUTADORIZADAS E DEXA Autor: Roselaine Moreira Coelho Milagres Co-Autores: Moraes MEL b - Manhães Junior LRC b - Manzi FR c - Pereira RM d Resumo: A comparação da densidade óptica em mandíbulas foi realizada por avaliações objetiva e subjetiva em tomografia computadorizada multislice (TCMS) e feixe cônico (TCFC). As mesmas mandíbulas foram submetidas ao exame de DEXA (Dual Energy X-ray Absorptiometry) para avaliação da densidade mineral óssea (DMO) e comparação com os resultados obtidos das tomografias. Foram selecionadas regiões correspondentes aos incisivos, caninos, pré-molares e molares em dez mandíbulas edêntulas, e confeccionado guia tomográfico para cada mandíbula. As mandíbulas com o guia adaptado foram posicionadas nos tomógrafos simulando o posicionamento anatômico. Após a reconstrução das imagens realizouse a análise subjetiva nas áreas pré-determinadas, sendo o osso classificado em D1, D2, D3, D4. Para realização da avaliação objetiva da densidade óptica, utilizouse o software dos tomógrafos, selecionando a área de osso medular em cada região. Foram empregados os testes estatísticos t-Student„s e Mann-Whitney para avaliação objetiva e subjetiva, respectivamente. Para correlacionar a densidade avaliada nos tomógrafos com o DEXA utilizou-se a Correlação de Pearson. Adotouse nível de 5% de significância. Não foi observada correlação da DMO entre o DEXA e os tomógrafos, assim como entre os tomógrafos. Houve diferença estatisticamente significante entre a densidade óptica determinada pelo TCFC quando comparada ao TCMS, porém não houve diferença estatística entre os métodos tomográficos quando realizada a avaliação subjetiva. Concluiu-se que a densidade óptica determinada pelo TCFC não pode ser utilizada para determinação da densidade Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 129 óssea antes da cirurgia de implantes, porém quando realizada avaliação subjetiva tanto o TCFC quanto o TCMS pode ser considerado útil para tal avaliação. Título: COMPARAÇÃO DA DOSE EFETIVA EM EXAMES RADIOGRÁFICOS PERIAPICAIS CONVENCIONAIS E DIGITAIS, E ANÁLISE DA EFICÁCIA DA INCORPORAÇÃO DA LÂMINA DE CHUMBO EM SISTEMAS DIGITAIS Autor: Yuri Nejaim Co-Autores: Amaro Ilidio Vespasiano Silva - Francisco Haiter Neto - Frab Norberto Boscolo Resumo: Devido à importância do exame radiográfico como complemento no diagnóstico, e sabendo dos efeitos biológicos dos raios X, muitos estudos têm sido realizados para a determinação das doses de radiação que atingem os órgãos considerados críticos no ser humano. Neste estudo, avaliou-se a dose efetiva nos órgãos críticos de cabeça e pescoço de exames intra orais periapicais convencional e digital, assim como a influência do uso da lâmina de chumbo na redução dessa dose. Para a realização deste trabalho, utilizou-se 5 grupos (Radiografia convencional, Placa de fósforo, Placa de fósforo com lâmina de chumbo, CMOS, CMOS com lâmina de chumbo). Foram então mensuradas a radiação recebida em um exame de 14 radiografias periapicais por meio de dosímetros termoluminescentes de fluoreto de lítio - Lif 700 em um phantom Alderson Rando nas regiões de língua, tireóide, cristalinos, parótidas, seios maxilares e pele. Apesar do menor tempo de exposição em radiografias digitais, as mesmas apresentaram uma maior dose efetiva em órgãos críticos de cabeça e pescoço que a radiografia convencional. Além disso observou-se que o uso da lâmina de chumbo nos sistemas digitais atenuou a quantidade de radiação nos órgão considerados críticos. Concluise que a lâmina de chumbo é eficaz na redução da dose efetiva nos órgãos críticos e que aparelhos digitais apesar do menor tempo de exposição quando comparados a radiografias convencionais produzem uma maior dose efetiva aos órgãos críticos do paciente. Título: CORRELAÇÃO ENTRE AS RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS E DE MÃOS/PUNHOS NO HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO SEVERO Autor: João César Guimarães Henriques Co-Autores: Julio Cezar de Melo Castilho - Reinhilde Jacobs - Rafaela Rangel Rosa - Caio Vinícius Bardi Matai Resumo: Objetivos: Este estudo objetivou avaliar se existe uma correlação entre os efeitos osteoporóticos do Hiperparatireoidismo Secundário Severo (HPTS) nas mãos com aqueles eventualmente presentes nos maxilares, e também investigou a associação entre a progressão da osteoporose nas mãos com os níveis do Paratormônio (PTH) dos pacientes. Materiais e Métodos: Dois parâmetros das Radiografias Panorâmicas (Índice Mandibular Cortical e Padrão Ósseo Trabecular) e 130 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 2 parâmetros correspondentes nas Radiografias de Mãos/Punhos (Índice Falangeal Cortical e Padrão Ósseo Trabecular) foram aplicados para investigar possíveis correlações entre os efeitos do HPTS nos maxilares e nas mãos/punhos. Resultados: O Índice Mandibular Cortical foi fortemente correlacionado com o Índice Falangeal Cortical (p=0.000). O Índice Falangeal Cortical e o Padrão Ósseo Trabecular das Mãos/Punhos correlacionaram-se com os níveis de PTH (0.002 e 0.000, respectivamente). Tumores Marrons ocorreram em 4 pacientes enquanto Calcificações Vasculares e Acroosteólises estavam presentes em 19 indivíduos. Conclusões: Existe uma significante correlação entre as mudanças morfológicas causadas pelo HPTS nas mãos e nos ossos maxilares. Título: DENS IN DENTE BILATERAL: RELATO DE CASO Autor: Daniel Vilela Pires Co-Autores: Lacerda IDR - Mesquita RA - AmaraL TMP - Brasileiro CB Resumo: Dens in dente é uma anomalia de desenvolvimento dentário em que há invaginação do epitélio interno do órgão do esmalte em direção à papila dentária antes da calcificação dos tecidos dentários. O objetivo deste trabalho é descrever um caso clínico de Dens in dente que acomete bilateralmente os incisivos laterais superiores. Paciente D.M.S., sexo feminino, apresentou-se para tratamento na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Ao exame clínico observou-se a presença de aprofundamento das fossas na região dos cíngulos dos dentes 12 e 22. Em virtude dos incisivos laterais superiores serem os dentes mais acometidos por essa anomalia, o exame radiográfico periapical dos referidos dentes foi realizado. As imagens revelaram uma invaginação de radiopacidade similar ao esmalte dentário em direção à cavidade pulpar. No dente 22, observou-se uma imagem radiolúcida, bem definida, na região do periápice. O teste de sensibilidade pulpar foi negativo. As imagens tomográficas revelaram acessibilidade dos canais radiculares. Os exame clínico e radiográfico possibilitaram o diagnóstico de Dens in dente, tipo 1 de acordo com a classificação descrita por Oehlers (1957), na qual a invaginação encontra-se restrita à coroa, acometendo bilateralmente os incisivos laterais superiores. A invaginação dos tecidos calcificados, esmalte e dentina, aumenta o risco de cárie e alterações pulpares. O conhecimento dos cirurgiões-dentistas acerca dos aspectos clínicos e radiográficos relacionados ao Dens in dente é fundamental para o diagnóstico precoce dessa anomalia dentária e para o estabelecimento de condutas que possam evitar a instalação dessas patologias. APOIO: FAPEMIG Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 131 Título: DENTINOGÊSE IMPERFEITA HEREDITÁRIA EM TRÊS INDIVÍDUOS DA MESMA FAMÍLIA. Autor: Vitor Correa Homse Co-Autores: Mariana Santos Demartine - Giovanna Elisa Gabriel Coclete - Leda Maria Pescinini Salzedas - Gilberto Aparecido Coclete Resumo: A dentinogênese imperfeita é uma alteração dentária de caráter genético considerada como um distúrbio de desenvolvimento da dentina, que ocorre tanto em dentição decídua como na permanente. Por apresentar grande variabilidade de expressão clinica, foi classificada em três tipos: I, II e III; sendo que apenas a tipo I está associada à ocorrência simultânea de osteogênese imperfeita. Portanto a análise do indivíduo deve ser feita com critério, devido à necessidade de diferenciar essa anomalia dos outros tipos de alterações de caráter dentinário e de suas próprias classificações. O objetivo é apresentar a alteração dentinogênese imperfeita diagnosticada em 3 indivíduos da mesma família. Caso clínico – O diagnóstico foi estabelecido utilizando os exames clínicos e radiográficos em três indivíduos de uma mesma família, sendo identificado que os dentes apresentavam-se escurecidos na região cervical e de cor acinzentada com o colo amarelado. Radiograficamente a coroa apresentava formato arredondado, obliteração da câmara pulpar e canais radiculares e raízes curtas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado por meio de medidas de prevenção que evitem o desgaste dentário assim como o restabelecimento da oclusão, função mastigatória e da estética do paciente, minimizam os danos biológicos, psicológicos e sociais e restauram a qualidade de vida do indivíduo. Discutiremos no presente trabalho a doença, características clínicas, sinais, sintomas e tratamento. Título: DETECÇÃO DE FRATURAS RADICULARES VERTICAIS EM RADIOGRAFIAS CONVENCIONAIS E DIGITAIS Autor: Deborah Queiroz de Freitas França Co-Autores: Helena Aguiar Ribeiro do Nascimento - Frederico Sampaio Neves Sergio Lins de-Azevedo-Vaz Resumo: Objetivo: avaliar a detecção de fraturas radiculares verticais em radiografias convencionais e digitais obtidas em três sistemas; adicionalmente, avaliar a influência da presença de diferentes materiais intracanal. Material e Métodos: O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (#027/2012). Foram utilizados 40 dentes humanos unirradiculares, divididos em grupo controle e grupo fraturado. As fraturas foram induzidas em uma máquina de ensaio universal INSTRON. Após, as raízes sem e com fratura foram recobertas com cera e inseridas em um alvéolo de uma mandíbula macerada para obtenção das imagens com os seguintes materiais intracanal: guta-percha, pino metálico, pino de fibra de vidro e ausência de material. Com um dispositivo de acrílico que simula tecidos moles, as radiografias periapicais foram obtidas com filmes convencionais e com os sistemas digitais Digora Optime, Vista Scan e Snapshot. Foram obtidas imagens ortorradial, 132 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. mesiorradial e distorradial de cada dente avaliado. Essas foram aleatoriamente avaliadas por cinco examinadores. Os valores das áreas sob a curva ROC (Az) foram calculados e comparados utilizando ANOVA dois critérios. Resultados: observou-se que o sistema Snapshot apresentou resultados superiores, diferindo estatisticamente dos demais; porém, não houve diferença entre a radiografia convencional e os demais sistemas digitais estudados. Também houve diferença entre os materiais intracanal utilizados, sendo que a presença de pino metálico foi o que mais influenciou negativamente o diagnóstico, seguido pela guta-percha e pino de fibra de vidro, que não diferiram entre si. Conclusão: dentre os sistemas estudados, o Snapshot apresentou desempenho superior no diagnóstico de fraturas radiculares verticais. Título: DETECÇÃO POR MEIO DE TCFC DE DEFEITOS ÓSSEOS MEDULARES PERIIMPLANTARES CRIADOS QUIMICAMENTE Autor: Otavio Shoiti Umetsubo Co-Autores: Lucas Rodrigues Pinheiro - Bruno Felipe Gaia - Oséas Santos Júnior Marcelo Gusmão Paraiso Cavalcanti Resumo: O diagnóstico precoce de defeitos ósseos tem sido um desafio para os cirurgiões dentistas. A tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC) é uma técnica tridimensional que pode ser útil para esse diagnóstico precoce. Objetivos: Testar a sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade da TCFC para detectar dois tamanhos de defeitos ósseos medulares peri-implantares. 80 implantes foram divididos em três grupos, baseados na presença de defeitos ósseos medulares periimplantares e no tamanho desses defeitos: Grupo 1 (G1)=3-4mm de profundidade; ≤1 mm de largura e Grupo 2 (G2)= 5-6 mm de profundidade, e 1-2 mm de largura). Os defeitos foram criados com ácido perclórico a 70% para melhor simular uma situação clínica (4 horas de exposição ao ácido para o G1 e 12 horas para o G2). Os implantes escaneados por TCFC utilizando voxel de 0,25 mm e campo de visão (FOV) de 16 x 6 cm. Dois observadores analisaram as amostras quanto à presença de defeitos ósseos. Sensibilidade, especificidade reprodutibilidade foram calculados. Resultados: Sensibilidade = 0,75 e 0,85, especificidade = 0,70 e 0,75 no G1; sensibilidade = 0,85 e 0,90 e especificidade=0,85 e 0,85 G2. Os valores de Kappa intraobservador foram de 0,48 no G1 e 0,65 no G2 para o primeiro observador, 0,52 no G1 e 0,7 no G2 para o segundo observador. A concordância inter-observador foi 0,55 no G1 e 0,68 no G2. A TCFC apresentou valores relevantes de sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade para detectar defeitos ósseos medulares periimplantares. No entanto, quando o defeito foi menor estes valores apresentaram-se reduzidos. Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 133 Título: DIAGNÓSTICO DE RECIDIVA E TRATAMENTO DE GRANULOMA CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES: RELATO DE CASO. Autor: Isadora Follak de Souza Co-Autores: João Geraldo Martins de Souza - Ana Paula de Almeida - Janaína Lima - Vinicius Fabris Resumo: O Granuloma Central de Células Gigantes (GCCG) é uma alteração óssea rara, não neoplásica encontrada nos ossos da face. Manifesta-se, principalmente, em adultos jovens do gênero feminino. Geralmente é assintomático e des¬coberto em exames radiográficos de rotina. O propósito deste trabalho é relatar um caso de GCCG em paciente do gênero masculino, de 22 anos de idade, na região de corpo mandibular direito. Constatou-se, após realização de exame de imagem convencional (panorâmica) uma lesão óssea, assintomática, com o exame de imagem TC Cone-beam verificou-se a expansão das corticais vestibular e lingual. Realizou-se biópsia incisional e análise histológica, e se confirmou o diagnóstico de GCCG. O tratamento proposto foi à curetagem da lesão e manutenção dos elementos dentários 45 e 46. O paciente retornou para exame de imagem TC Conebeam após um ano, para controle, foi observada a recidiva da lesão e houve necessidade de tratamento endodôntico do elemento 46. Diante disso, não foi realizada nova intervenção, será feito acompanhamento da neoformação das tábuas ósseas, aguardando para ser realizada nova curetagem. O paciente assinando o TCLE consentiu com a publicação do seu caso clinico. A importância de exames de imagem que apresentem três dimensões é indiscutível para que ocorra diagnósticos precisos, apresentando a real dimensão da lesão. Título: DIAGNÓSTICO DE REABSORÇÃO CERVICAL INVASIVA UTILIZANDO TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: RELATO DE DOIS CASOS Autor: Yuri Nejaim Co-Autores: Karla de Farias Vasconcelos - Gina Delia Roque Torres - Francisco Haiter Neto - Frab Norberto Boscolo Resumo: A interpretação radiográfica é essencial para o diagnóstico de Reabsorção Cervical Invasiva e a dificuldade em distinguir esta lesão de Reabsorção Radicular Interna tem sido destacada na literatura. Este trabalho relata o uso da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico no diagnóstico da Reabsorção Cervical Invasiva. Os casos relatados descrevem como a Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico pode ser usada para fazer um diagnóstico diferenciado, além de mostrarem que a utilização desta tecnologia pode proporcionar informações relevantes sobre a localização e natureza da reabsorção radicular, que ficam impossibilitadas de serem visualizadas em radiografias convencionais devido a limitações inerentes a técnica. Como resultado, o tratamento do canal radicular não foi inicialmente considerado. Os pacientes estão sendo monitorados e passarão por avaliações clínicas e imaginológicas após certos períodos de tempo para detectar eventuais alterações. 134 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Observou-se que ambos os casos foram beneficiados com o uso da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico no diagnóstico de Reabsorção Cervical Invasiva, uma vez que esta modalidade de imagem determinou a verdadeira extensão da reabsorção e de possíveis pontos de comunicação com o espaço periodontal. Título: DIAGNÓSTICO DE REABSORÇÃO INTERNA POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: RELATO DE CASO Autor: Francielle Silvestre Verner Co-Autores: Priscila Dias Peyneau - Rafael Binato Junqueira - Paulo Sérgio Dos Santos D\'Addázio - Solange Maria De Almeida Resumo: A reabsorção interna (RI) representa um processo patológico de ocorrência relativamente rara, onde ocorre reabsorção da face interna da cavidade pulpar. Na maioria dos casos, a RI possui um curso clínico assintomático, podendo ocorrer em qualquer área do canal radicular. Devido à ausência de sintomas, pode ser diagnosticada a partir da ocorrência de uma fratura ou ainda durante exames radiográficos de rotina. Quando localizada mais coronariamente, pode-se observar uma coloração rósea na coroa devida à reabsorção dentinária somada à intensa proliferação celular do tecido de granulação. O caso clínico a seguir apresenta uma paciente do gênero feminino, 47 anos, que compareceu ao consultório odontológico para tratamento de pulpite irreversível no dente 27. Durante o tratamento do referido dente o endodontista notou que a face palatina do dente vizinho (26) apresentava coloração rósea, e com vitalidade positiva ao teste térmico. Após conclusão do tratamento endodôntico do 27, durante sua proservação, observou-se que a coloração alterada do 26 se mantinha. Diante da suspeita de RI, foi solicitado exame radiográfico pela técnica de Clark. Entretanto, o diagnóstico foi inconclusivo para a referida patologia. O endodontista optou então pela realização de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). O exame tomográfico eliminou a sobreposição de estruturas e permitiu a visualização da RI, confirmando o diagnóstico. O tratamento endodôntico do dente 26 foi realizado com sucesso e a paciente encontra-se em proservação. Concluiu-se que a TCFC apresenta-se como importante ferramenta para o diagnóstico complementar de RI, facilitando a intervenção adequada precocemente e melhorando o prognóstico. Título: DIAGNÓSTICO DE SINÓLITO ETMOIDAL POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Autor: Francielle Silvestre Verner Co-Autores: Priscila Dias Peyneau - Deborah Queiroz De Freitas - Gláucia Maria Bovi Ambrosano - Solange Maria De Almeida Resumo: Sinólito é o termo utilizado para descrever a presença de cálculo nos seios paranasais frontal, etmoidal e esfeinoidal. A ocorrência de sinólito é extremamente Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 135 rara e sua etiopatogênese não é completamente conhecida, embora infecções crônicas, presença de corpo estranho, drenagem deficiente e infecções fúngicas possam constituir fatores predisponentes. Segundo a literatura, apenas três casos de sinólito no seio etmoidal foram relatados, todos em língua inglesa. O objetivo no presente trabalho é relatar o diagnóstico de um caso raro de sinólito etmoidal, por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Paciente sexo feminino, 22 anos, se submeteu a realização de exame de TCFC para avaliação dos caninos permanentes superiores (dentes 13 e 23) que se encontravam retidos. Nas reconstruções multiplanares (axial, sagital e coronal) foi possível visualizar presença de imagem hiperdensa de limites definidos, medindo em sua maior extensão 11x9x4 mm, localizada no seio etmoidal do lado direito, compatível com presença de sinólito. Pôde-se observar proximidade com a parede medial da órbita e com a cavidade nasal. Ao se investigarem sinais e sintomas clínicos, a paciente relatou obstrução nasal e coriza constante. A paciente foi encaminhada para o otorrinolaringologista para melhor avaliação e realização de tratamento adequado. Concluiu-se que a TCFC é uma ferramenta importante para o diagnóstico de sinólito no seio etmoidal, determinando sua localização precisa, bem como sua extensão e relação com estruturas anatômicas adjacentes. Título: DIAGNÓSTICO DE SINUSITE ODONTOGÊNICA POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Autor: Priscila Dias Peyneau Co-Autores: Francielle Silvestre Verner - Solange Maria de Almeida - Glaucia Maria Bovi Ambrosano Resumo: O desenvolvimento de lesões periapicais em dentes que estão próximos ao seio maxilar (SM) pode provocar alterações inflamatórias na mucosa sinusal e levar ao desenvolvimento de sinusites. A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) evidencia as estruturas maxilofaciais nos planos sagital, coronal e axial, ao eliminar a sobreposição de estruturas contralaterais, representando uma importante ferramenta de diagnóstico. Este relato de caso se refere a uma paciente do sexo feminino, 64 anos de idade, com sintomatologia dolorosa na região do dente 27, através da TCFC foi possível observar também alteração da mucosa sinusal e confirmar a etiologia odontogênica da sinusite, além de propor um tratamento adequado. Pôde-se observar a relação do dente com o assoalho do SM, bem como as alterações resultantes na mucosa sinusal. Concluiu-se que a TCFC constitui um importante método complementar de diagnóstico de sinusites de origem odontogênica, devendo ser o exame de escolha na investigação destes casos. 136 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título: DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA FLORIDA: RELATO DE CASO CLÍNICO POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Autor: Priscila Dias Peyneau Co-Autores: Francielle Silvestre Verner - Solange Maria deAlmeida - Glaucia Maria Bovi Ambrosano Resumo: A displasia cemento-óssea florida é uma lesão assintomática fibro-óssea, na qual há a substituição de tecido ósseo por tecido conjuntivo fibroso e, posteriormente, com a maturação da lesão, deposição de material mineralizado (cemento e osso) até atingir a fase final, o qual as trabéculas individuais e a massa de cemento e osso se fundem, formando grandes massas lobulares. Sua etiologia ainda não está bem definida e geralmente não é necessária nenhuma forma de tratamento, exceto nas lesões mais agressivas e sintomáticas. Possui predileção por paciente do sexo feminino, melanoderma e de meia idade. As lesões tendem a aparecer bilateralmente e frequentemente simétricas, e com algum grau de expansão em uma ou mais das áreas envolvidas, e não é raro encontrar lesões extensas nos quatro quadrantes posteriores. São relatados dois casos clínicos de pacientes do sexo feminino, de 49 e 53 anos de idade, respectivamente, e que procuraram a Clínica de Radiologia a pedido do implantodontista, para a mensuração das regiões edêntulas. Após o exame tomográfico foi diagnosticada a displasia cemento-óssea florida e como tratamento foi instituído o acompanhamento radiográfico. A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é uma ferramenta importante no diagnóstico de displasia cemento-óssea florida com o intuito de avaliar a extensão e a proximidade da lesão com dentes e reparos anatômicos, devendo ser o exame de escolha na investigação destes casos. Título: DISPLASIA FIBROSA POLIOSTÓTICA: RELATO DE CASO CLINICO Autor: Anna Carolina Mendonça Fonseca Co-Autores: Danielle Flores - Milena Silva - Fabricio Passador - Ney Araujo Resumo: A displasia fibrosa é uma condição semelhante a um tumor, que é caracterizada pela substituição do osso normal por uma proliferação excessiva de tecido conjuntivo fibroso celularizado, entremeado por trabeculas ósseas irregulares. A maioria dos casos representa uma doença monostótica (limitada a um osso), esse tipo soma de 80% á 85% dos casos. Já a displasia fibrosa poliostótica (afetando vários óssos) é relativamente incomum. A displasia fibrosa é de crescimento lento e a maxila está mais envolvida do que a mandibula, não havendo predileção por gênero. A característica radiográfica da Displasia Fibrosa é mais comumente mal definida, apresentando uma mistura gradual do osso trabeculado normal que se confunde com o padrão trabecular anormal. A densidade e o padrão trabecular da Displasia Fibrosa varia consideravelmente, sendo mais homogênea na maxila. A estrutura interna do osso pode ser mais radiolúcida, mais radiopaca, ou uma mistura das duas variantes se comparadas com o osso normal.As trabéculas anormais em Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 137 geral são menores mais delgadas com formato irregular e mais numerosas, isso cria um padrão radiopaco que pode variar; aspecto de vidro fosco,lembrando pequenos fragmentos de parabrisa estilhaçado, um padrão que se assemelha a superfície de uma laranja (casca de laranja). O objetivo desse trabalho é apresentar um relato de caso clínico,de displasia fibrosa poliostótica Título: DOSE EQUIVALENTE DO OPERADOR DOS EQUIPAMENTOS RADIOGRÁFICOS INTRAORAIS PORTÁTEIS Autor: Ana Maria Rodriguez Casas Co-Autores: Marcelo Figueroa Poblete - angelica Gonzalez Carcamo - Simona Molina Canahan - Camila Rengifo Swett Resumo: Objetivo:Medir dose equivalente operador para executar técnicas radiográficas intra-orais totais utilizando equipamentos radiográficos intraorais portáteis com filmes radiográficos e logo com sensor digital. Comparar dose equivalente com à obtida usando equipo mural convencional. Material e método:Com equipo radiografico intraoral portátil Dexcowin DX3000, e porttil Diox, tanto com 60kV e 2mA, filmes radiográficos Kodak F , sensor digital Sirona, fantoma crânio GAMMEX ,foram realizados exames radiográficos boca completa com técnica radiográfica calibrada. As doses foram medidas com câmara de ionização gaseosa marca ION modelo Mini 2130S. Logo, realizou-se examen radiográfico boca completa com equipo Dexcowin DX3000/sensor digital Sirona . Operador do equipamentos portáteis e tecnólogo que mediu taxa da dose, foram protegidos com aventais de chumbo, protetor tireóide , luvas e óculos de chumbo. Dados foram analisados e comparados com resultados obtidos num estudo anterior realizado nas mesmas condições, com equipo mural convencional , com técnica de 70kV/8mA, medindo dose junto com operador. Gráfico e tabelas foram elaboradas. Resultados:Doses equivalentes do equipamentos portáteis foram significativamente maiores comparados com os obtidos com equipamentos convencionais , ultrapassando os limites da dose aceptáveis. Doses obtidas com equipo portatil /sensor digital embora sejam altas estao dentro limites aceptáveis. Conclusão:Radiação emitida pelos equipamentos portáteis é muito alta pra operador, 54 radiografias periapicais na semana ou 200 exames boca completa ao ano, feitas com equipo portatil Dexcowin DX3000/film F, o limite da dose recomendada é atingido. Título: ECTOPIA DE ESMALTE: ESTUDO DE CASO Autor: Nathalie de Queiroz Jordão Co-Autores: Andrea dos Anjos Pontual - Maria Luiza dos Anjos Pontual - Marco Antônio Gomes Frazão - Joanna Martins Barbosa Immisch Resumo: A ectopia de esmalte é definida como um distúrbio de desenvolvimento responsável pela extensão local de esmalte em direção cervicoapical decorrente da 138 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. hiperatividade ectópica dos ameloblastos na porção radicular ou em região de furca. Atualmente, são conhecidas duas formas de apresentação: pérolas ou projeções cervicais de esmalte, podendo acometer uma ou mais faces dentárias e, ainda, serem simultâneas ou não. O objetivo deste trabalho é discutir um caso de ectopia de esmalte generalizada que foge aos padrões estabelecidos em sua forma de apresentação. O paciente, sexo masculino, 25 anos, realizou uma radiografia panorâmica digital, obtida com o Ortopantomógrafo CranexD, em uma clínica radiológica privada na cidade de Recife-PE. A imagem resultante apresentava projeções laterais no terço cervical radicular de quase todos os dentes presentes. A princípio, cogitou-se a hipótese da existência de vários dentes supra-numerários sobrepostos aos “numerários”, pela forma de apresentação das imagens e pela existência de raízes supra-numerárias em alguns dentes presentes. Para esclarecer o caso, foi realizada uma tomografia das maxilas e mandíbula do paciente utilizando o tomógrafo de feixe cônico iCAT Next Generation. Após a análise das imagens geradas, constatou-se que se tratava de prolongamentos laterais com densidade de esmalte presentes bilateralmente no terço cervical radicular em quase todos os dentes da maxila e mandíbula. Foi observada ainda, fusão do dente 18 com um quarto molar. O caso apresentado propõe a existência de uma forma diferente de apresentação de um conjunto de alterações do desenvolvimento dentário em um mesmo paciente que merece ser investigada. Título: EFEITO DA HOMEOPATIA NA FUNÇÃO SALIVAR E NA MORFOLOGIA DE GLÂNDULAS PARÓTIDAS DE RATOS IRRADIADOS Autor: Phillipe Nogueira Barbosa Alencar Co-Autores: Francisco Carlos Groppo - Gabriella Lopes de Rezende Barbosa - Débora de Melo Távora - Fernanda Araújo Sampaio Resumo: O presente trabalho teve como proposta avaliar o efeito radioprotetor de uma solução homeopática sobre a função salivar e a morfologia de glândulas parótidas de ratos irradiados. A amostra foi composta por 150 animais, divididos em 6 grupos de 25 animais: Controle; Controle Irradiado; Álcool; Álcool Irradiado; Homeopatia; Homeopatia Irradiado. O sacrifício deu-se depois de: 12 horas, 3, 10, 17 e 24 dias da irradiação. Todas as medicações foram iniciadas sete dias antes da irradiação e continuaram por mais sete dias após este procedimento. Os animais foram irradiados com uma dose única de 15Gy, induzidos à salivação e sacrificados. Foram observadas diferenças estatisticamente significantes somente aos 17 dias, no qual os animais irradiados e tratados com medicamento homeopático mostraram maior salivação dos que os demais grupos. Através da análise morfométrica, foram obtidos os valores dos números de ácinos obtidos em função do tempo, considerando cada grupo separadamente, mostraram que houve diferença estatisticamente significante somente para o grupo de animais que receberam álcool e foram irradiados. Esses animais apresentaram uma tendência de diminuição do Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 139 número de ácinos ao longo do tempo. Já os animais que receberam homeopatia ou o controle e foram irradiados, não mostraram diferenças estatisticamente significantes ao longo do tempo. Concluiu-se, por meio da função salivar, que o um efeito radioprotetor tardio da solução homeopática. Pode-se concluir também, por meio da análise da morfologia da glândula parótida, que houve um efeito radioprotetor da solução homeopática. Título: ESPONDILITE ANQUILOSANTE COM MANIFESTAÇÃO NA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR: RELATO DE CASO Autor: Euneida Nara Brizola Oliveira Co-Autores: Euneida Nara de Oliveira Brizola - Carlos Eduardo Winck Mahl - Celia Regina Winck Mahl Resumo: Espondilite anquilosante é considerada uma condição crônica do grupo de doenças inflamatórias sistêmicas, de padrão reumático. O envolvimento da articulação temporomandibular nesta doença pode ocorrer em 4% a 35% dos casos. Relatos de dor e restrição de movimentos de longa duração são os sintomas mais frequentes do acometimento temporomandibular. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de alteração na articulação temporomandibular secundária à espondilite anquilosante, em uma paciente de 43 anos, que procurou atendimento na clínica de Semiologia da Ulbra- Canoas, abordando os aspectos clínicos e o diagnóstico por imagem . Título: ESTIMATIVA DE DOSE EFETIVA E DETRIMENTO EM EXAMES EMPREGADOS NA PRÁTICA ODONTOLÓGICA Autor: Cláudia Borges Brasileiro Co-Autores: Santana PC - Oliveira PMC - Silva DM - Amaral TMP Resumo: O objetivo deste estudo foi estimar a dose efetiva e o detrimento associados à tomografia computadorizada de feixe cônico, radiografia panorâmica e radiografias periapicais, de acordo com as últimas recomendações da International Comission on Radiological Protection 2007 (ICRP). Um simulador antropomórfico masculino contendo detectores termoluminescentes previamente calibrados foi empregado para determinação das doses absorvidas/equivalentes na medula óssea, tireóide, pele, superfície óssea, glândulas salivares, cérebro e órgãos remanescentes (região extra-torácica, linfonodos, músculo e mucosa oral), resultantes da tomografia de feixe cônico (mandíbula total), radiografia panorâmica e radiografias periapicais (arcadas completas). Posteriormente determinou-se a dose efetiva e o detrimento que foi estimado multiplicando-se o valor da dose efetiva pelo coeficiente de probabilidade de efeitos estocásticos resultantes de baixas doses de radiação que é 5,5 x 10-2 eventos por Sievert (Sv). A dose efetiva para tomografia computadorizada de feixe cônico, radiografias panorâmica e periapicais foi 225.62µSv, 35.64µSv e 123.65µSv, respectivamente. Os resultados indicaram que a dose associada à tomografia é seis vezes maior que a dose calculada para a 140 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. radiografia panorâmica e duas vezes maior que a dose para as radiografias periapicais. O detrimento estimado para os mesmos exames foi 12.4, 1.96 e 6.8 em um milhão de casos de câncer fatal, respectivamente. O risco associado aos exames avaliados neste estudo é pequeno, mas não pode ser negligenciado em virtude do caráter probabilístico dos efeitos. A indicação desses exames deve ser criteriosamente justificada de forma que os benefícios resultantes da exposição dos pacientes à radiação possam superar o potencial detrimento. Título: ESTUDO ANATÔMICO DO CANAL INCISIVO DA MANDÍBULA E SUA RELAÇÃO COM O FORAME MENTUAL E O CANAL MANDIBULAR ATRAVÉS DO USO DE TOMOGRAFIA DE FEIXE CÔNICO Autor: Fabrício Mesquita Tuji Co-Autores: Cláudia Gemaque Marinho - Ana Márcia Wanzeler - Pedro Luis de Carvalho Resumo: Objetivos: Identificar a presença, extensão e comprimento do canal incisivo da mandíbula e correlacionar com o sexo, a idade, e com posicionamento do forame mentual e canal mandibular. Métodos: Foram realizadas medidas do canal incisivo para às corticais vestibular, lingual e base da mandíbula na sua porção inicial e porção terminal em 95 exames de tomografia odontológica tipo feixe cônico. Estas medidas foram relacionadas com as medidas da distância do canal mandibular às mesmas corticais em duas regiões distintas e na região do forame mentual. Para se estabelecer a relação entre estas medidas, foi utilizado o teste de correlação de Pearson. Resultados: Os exames permitiram identificar a presença do CIM de forma bilateral. A média de idade foi de 44,29 ± 11,04 anos e a média de comprimento foi de 10,38 ± 4,01 mm. Não houve correlação com o sexo e a idade, mas encontrou-se forte correlação do canal incisivo da mandíbula com o forame mentual e canal mandibular. Conclusões: O canal incisivo da mandíbula pode atingir a região de linha média, não havendo diferença entre o sexo, tanto o comprimento quanto as distâncias do CIM para as corticais e à base da mandíbula. Tanto na sua porção inicial quanto na sua porção terminal o canal incisivo apresentou-se na mesma altura do forame mentual, além de se apresentar vestibularizado e acima do canal mandibular. Título: ESTUDO ANATÔMICO DO CANALIS SINUOSOS EM 100 EXAMES DE TOMOGRAFIA DE FEIXE CÔNICO Autores: Fabrício Mesquita Tuji Co-Autores: Ana Márcia Wanzeler - Cláudia Gemaque Marinho - Sérgio de Melo Alves Resumo: O Canalis Sinuosus (CS) leva o nervo alveolar superior anterior que confere sensibilidade aos dentes anteriores, soalho da fossa nasal e seios Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 141 maxilares. A imprevisibilidade do posicionamento deste CS pode ser considerada de risco em procedimentos cirúrgicos odontológicos, visto que há pouco conhecimento entre os profissionais. Desta forma, diante da importância do conhecimento das variações deste canal esse estudo se propõe a identificar e descrever a morfologia e o posicionamento do CS em 100 exames de tomografias de feixe cônico obtidos do arquivo de uma clínica particular no município de Belém do Pará, identificando o local da bifurcação, o diâmetro do CS logo após essa bifurcação e em sua porção terminal, bem como a direção do trajeto e a distância do CS para a região de crista óssea alveolar. As visualizações anatômicas foram avaliadas no programa InVivoDental nos cortes sagital, axial e coronal e os resultados foram submetidos ao teste exato de Fisher, coeficiente de correlação de Kendall e teste T. Observou-se que não houve diferença estatisticamente significante entre a presença do CS em relação ao sexo e nem na direção de seu trajeto. Notou-se fortíssima correlação positiva entre o diâmetro do CS nas porções inicial e terminal. Título: ESTUDO DA FREQUENCIA DE AGENESIAS E DENTES SUPRANUMERÁRIOS EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS Autor: Vitor Correa Homse Co-Autores: Anamaria de Lima Laranjeira - Milena Bortolotto - Silvia Torres - Lucas Correa Homse Resumo: Entre as anomalias hipoplasiantes tem-se a agenesia dentária que é definida como a redução do número normal de dentes em uma das dentições e tem como possíveis fatores etiológicos o fator hereditário, fatores locais, displasia ectodérmica, radiação X, associação com fenda palatina e o fator evolutivo. Os dentes supranumerários, que caracteriza a anomalia hipoplasiante, têm causa desconhecida e estudos apontam a hiperatividade da lâmina dental como sua principal etiologia. Este estudo buscou avaliar através da radiografia panorâmica a incidência de agenesia dentária e de dentes supranumerários em uma amostra de 2.000 radiografias obtidas entre os anos de 2009 a 2011 pertencentes ao acervo da São Leopoldo de Mandic. As imagens foram consideradas compatíveis com agenesia, quando o dente decíduo estivesse presente e o germe do seu sucessor permanente não, e dentes supranumerários quando houvesse a presença de todos os dentes da série. Do universo avaliado, 27 (1,35%) das radiografias apresentaram alterações compatíveis com agenesia, e 11 (0,55%) alterações compatíveis com dentes supranumerários. Nas radiografias com agenesia, 7 pertenciam ao gênero masculino e 20 ao feminino. Nas radiografias com dentes supranumerários, 3 eram do gênero masculino e 8 feminino. As regiões mais afetadas pela agenesia foram pré-molar inferior superior, pré-molar inferior e dentes anteriores superiores, os dentes supranumerários ocorreram com mais frequência nas regiões, anteriores superiores, pré-molares inferiores, molares superiores e molares inferiores. Comparando este estudo com os estudos de outros autores, não houve diferenças. 142 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título: ESTUDO DO PERCENTUAL DE DISTORÇÃO DA IMAGEM DO IMPLANTE EM RADIOGRAFIA PANORÂMICA DIGITAL Autor: Orlando Izolani Neto Co-Autores: Anamaria de Lima Laranjeira - Luis Roberto Coutinho Manhães Júnior Renato Villin Prado - Wilson Ivo Pinto Resumo: Com advento dos tomógrafos odontológicos as radiografias panorâmicas vêm sendo criticadas pelas distorções, mas é importante salientarque muitos profissionais não dispõem de um tomógrafo ao alcance. Os fabricantes dos aparelhos digitais afirmam ter desenvolvido ferramentas que possibilitam fazer mensurações com o uso de sensores radiográficos aliados aos softwares de interpretação. Diante do exposto buscou-se investigar os níveis de acurácia e precisão de um aparelho panorâmico associado à ferramenta para planejamento de implantes. Para isso foi comparada a medida de 426 implantes distribuídos em 103 radiografias, sendo que quinze por cento destes implantes deveriam estar localizados em uma das seis áreas estudadas e durante a tomada radiográfica moldeiras com esferas metálicas de diâmetros conhecidos foram adaptadas na arca inferior. Posteriormente, medidas foram realizadas com o objetivo de determinar o percentual de distorção da esfera e do implante e a partir destes avaliar a acurácia do método de calibração do software. Os dados coletados foram separados por sexo e região e o percentual médio de distorção das esferas, sem calibração, foi dente 4,5530% e dos implantes 8,0995%. Após a calibração do software os implantes foram medidos novamente e comparados com o seu tamanho real e o percentual de distorção do implante calibrado foi de 0,1015%, demonstrando que há uma segurança razoável no planejamento de implantes a partir destas imagens. Avaliando as distorções das esferas por regiões a anterior mostrou menor grau de distorção quando comparada a região posterior e não houve diferença ao comparar os lados direito e esquerdo. Título: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DAS REABSORÇÕES ÓSSEAS DO LADO DIREITO E ESQUERDO DA MANDÍBULA EM ELIPSOPANTOMOGRAFIAS DE PACIENTES IDOSOS. Autor: Marina Gazzano Baladi Co-Autores: Ana Carolina Ugarte V. P. Silva - Maria José A. P. S. Tucunduva Claudio Fróes de Freitas - Reinaldo Abdala Resumo: Este trabalho tem como finalidade avaliar reabsorções ósseas da mandíbula, em ambos os lados (direito e esquerdo), em elipsopantomografias de pacientes idosos, de ambos os sexos. Para tanto, foram analisadas 40 imagens no programa Osirix (MAC), onde foram realizadas marcações e medições de 2 pontos diferentes na mandíbula edêntula de cada lado (direito e esquerdo). Os dados obtidos foram tabulados em planilhas Excel e serão analisados estatisticamente, Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 143 comparando-os entre si de acordo com cada modificação anatômica de cada lado (direito e esquerdo). Título: FILTROS DA TCFC MELHORAM A DETECÇÃO DE DEISCÊNCIA PERIIMPLANTAR Autor: Sergio Lins de Azevedo Vaz Co-Autores: Phillipe Nogueira Barbosa Alencar - Karla Rovaris - Paulo Sérgio Flores Campos - Francisco Haiter-Neto Resumo: Introdução: Na tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), artefatos produzidos por beam hardening dificultam a visualização de corticais ósseas peri-implantares. Os filtros da TCFC realçam aspectos da imagem não visualizados prontamente em sua forma original. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar se os filtros da TCFC melhorariam a detecção de deiscência periimplantar, defeito estabelecido quando a porção cervical do implante está descoberta por osso. Materiais e método: Neste estudo experimental in vitro aprovado pelo CEP da FOP/UNICAMP (#084/2011 em 26/11/2011), cem implantes foram instalados em costelas bovinas nas quais defeitos simulando deiscência foram previamente criados. As imagens foram adquiridas utilizando FOV de 8x8 cm, voxel de 0,2 mm, giro completo (360°). Três radiologistas avaliaram as imagens com e sem os filtros Angio Sharpen High 5x5, Shadow, Sharpen 3×3, Sharpen Mild e Smooth. Valores de acurácia, sensibilidade, especificidade, preditivos positivo e negativo (VPP e VPN) foram determinados. O teste de McNemar verificou a discordância entre imagens versus padrão de referência, além das imagens originais versus imagens com filtros, com nível de significância em 5%. Resultados: O filtro Sharpen 3×3 apresentou os maiores valores de acurácia (0,74) e VPN (0,73). O filtro Shadow obteve o maior valor de sensibilidade (0,80), mas também uma alta taxa de diagnósticos falso-positivos. A utilização das imagens originais e do filtro Shadow resultou em discordância do padrão de referência (P Título: FRATURA DE ATM Autor: Andres S. Ales Co-Autores: Rodolfo Steeman - Carolina Ales - Alvaro Alonso - Guillermo Leanza Resumo: Análise de um caso clínico com imagens em 3D, com tomografia de feixe cônico de paciente do sexo masculino, 36 anos, para a avaliação do prejuízo póstraumático com fratura de côndilo da articulação temporomandibular. 144 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título: FRATURA DE MANDIBULA ATRÓFICA ASSOCIADA A REABILITAÇÃO COM IMPLANTES DENTÁRIOS: RELATO DE CASO Autor: Eliene Matos de Oliveira Co-Autor: Vinicius Fabris - Ariusto Ribeiro de Farias - Eduardo Mendes de Paula José Luiz Cintra Junqueira Resumo: Com o aumento da expectativa de vida da população mundial e os avanços da medicina , cada vez mais o paciente idoso busca o serviço odontológico para reabilitação oral. Dentre esses pacientes encontram-se os inválidos bucais, caracterizados por atrofia severa dos ossos maxilares, impossibilitando o tratamento convencional com próteses totais. Uma alternativa para estes pacientes é a reabilitação protética associada a implantes dentários, porém, o processo de reparo é prejudicado pelo potencial osteogênico reduzido. É incontestável que a prótese total implanto suportada (overdenture) traz uma melhora significativa na função mastigatória, retenção, estabilidade, melhora na fonética e higienização. Mas, em pacientes idosos com mandíbulas atróficas, as alterações morfológicas são mais contundentes, deparando-se frequentemente com fraturas mandibulares. O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de fratura de mandíbula com severa reabsorção óssea, decorrente da instalação de dois implantes para confecção de uma prótese do tipo overdenture. O tratamento da fratura foi realizado por meio de fixação rígida e nova reabilitação com implantes para confecção de um sistema de prótese fixa dentogengival do tipo protocolo para devolver as funções fisiológicas e emocionais ao paciente. O tratamento clínico apresentado obteve sucesso, sem complicações locais. É importante que o planejamento cirúrgico protético para casos de atrofia severa mandibular seja bem avaliado principalmente na decisão da reabilitação escolhida, sendo que está não sobrecarregue o remanescente de osso basilar. Título: FUSÃO ATÍPICA ENTRE TERCEIRO MOLAR SUPERIOR E DENTE SUPRANUMERÁRIO Autor: Mayra Cristina Yamasaki Co-Autores: Sergio Lins de-Azevedo-Vaz - Débora Duarte Moreira - Saulo Leonardo Sousa Melo - Deborah Queiroz de Freitas Resumo: No presente caso clínico, paciente de 47 anos, do sexo feminino, foi encaminhada para realização de uma radiografia panorâmica, que tinha por finalidade ser um exame inicial para planejamento de tratamento com implante dentário. Por meio da análise do exame radiográfico, foi observada uma imagem radiopaca distal ao terceiro molar superior esquerdo, com características similares a um dente supranumerário ou hipercementose. Entretanto, não foi possível definir o diagnóstico com base apenas na radiografia panorâmica. Com a realização da radiografia periapical da região, por meio da técnica do paralelismo, não se conseguiu observar a área radiopaca por inteiro, devido sua posição muito superior. Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 145 Para definir o diagnóstico, bem como determinar a relação entre o dente e o achado radiográfico, foi realizado uma Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico da paciente no tomógrafo Picasso Trio, com FOV de 5 x 5 cm, tamanho do voxel de 0,2 mm, modo de alta resolução e ativação do algoritmo para artefatos de metal. Por meio do exame tomográfico, foi observado que o achado radiográfico correspondia a um dente supranumerário (distomolar), o qual se encontrava em posição invertida, atipicamente fusionado ao terceiro molar, e cujo conduto radicular comunicava sua câmara pulpar à do terceiro molar. Título: FUSÃO ATÍPICA ENTRE TERCEIRO MOLAR SUPERIOR E DENTE SUPRANUMERÁRIO Autor: Mayra Cristina Yamasaki Co-Autores: Sergio Lins de-Azevedo-Vaz - Débora Duarte Moreira - Saulo Leonardo Sousa Melo - Deborah Queiroz de Freitas Resumo: No presente caso clínico, paciente de 47 anos, do sexo feminino, foi encaminhada para realização de uma radiografia panorâmica, que tinha por finalidade ser um exame inicial para planejamento de tratamento com implante dentário. Por meio da análise do exame radiográfico, foi observada uma imagem radiopaca distal ao terceiro molar superior esquerdo, com características similares a um dente supranumerário ou hipercementose. Entretanto, não foi possível definir o diagnóstico com base apenas na radiografia panorâmica. Com a realização da radiografia periapical da região, por meio da técnica do paralelismo, não se conseguiu observar a área radiopaca por inteiro, devido sua posição muito superior. Para definir o diagnóstico, bem como determinar a relação entre o dente e o achado radiográfico, foi realizado uma Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico da paciente no tomógrafo Picasso Trio, com FOV de 5 x 5 cm, tamanho do voxel de 0,2 mm, modo de alta resolução e ativação do algoritmo para artefatos de metal. Por meio do exame tomográfico, foi observado que o achado radiográfico correspondia a um dente supranumerário (distomolar), o qual se encontrava em posição invertida, atipicamente fusionado ao terceiro molar, e cujo conduto radicular comunicava sua câmara pulpar à do terceiro molar. Título: IDENTIFICAÇÃO DE LESÕES PERIAPICAIS POR MEIO DE CINCO MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM Autor: Eduardo Murad Villoria Co-Autores: Luciano Andrei Francio - Christian Hellen Rodrigues da Cunha - Flávio Ricardo Manzi Resumo: O diagnóstico correto das lesões periapicais é essencial para determinar a seleção de um efetivo protocolo terapêutico para o controle da infecção endodôntica.O objetivo desta pesquisa foi avaliar e comparar cinco métodos de diagnóstico por imagem na identificação de lesões periapicais produzidas 146 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. artificialmente. Foram selecionadas mandíbulas humanas secas, apresentando 10 raízes/alvéolos de dentes anteriores e 20 raízes/alvéolos de dentes posteriores. Foram realizadas as radiografias panorâmicas digitais, periapicais convencionais e digitais (CCD e PSP), e TCCB previamente para formar o grupo controle. Posteriormente, foram produzidas lesões periapicais com brocas esféricas carbide de diferentes diâmetros, permitindo que as lesões apresentassem tamanhos diferentes (1,8 mm, 2,7mm e rompimento da cortical vestibular). Os exames radiográficos e tomográficos foram realizados após cada preparo no alvéolo. Os dados foram avaliados pelo teste de Kappa e gráficos de curva ROC.O nível de significância utilizado foi 5%. Por meio do teste de Kappa verificou-se boa concordância na maioria das avaliações intra e inter-examinador. Por meio dos gráficos de curva ROC, verificou-se que a TCCB obteve os maiores valores de área na grande maioria das imagens, principalmente em lesões produzidas com a broca 6 (0.9/1-dentes anteriores; 0.85/1-dentes posteriores). As imagens obtidas com o filme convencional e panorâmica digital apresentaram os menores valores de área (diferença estatisticamente significante com o real) nas imagens das lesões produzidas com a broca 6. Com base nos dados obtidos pode-se concluir que a TCCB é o método de imagem mais confiável para a identificação de lesões periapicais de menores dimensões. Título: IMPLANTE DENTAL NO CANAL DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR Autor: Andres S. Ales Co-Autores: Ales Carolina - Alonso Alvaro - Cola Hernan - Leanza Guillermo Resumo: Paciente do sexo feminino, de 74 anos que perdeu a sensibilidade no lábio hemimandibular lado esquerdo. Implante dentário é observado na região do 35 área do canal do nervo alveolar inferior. Realizado um estudo com tomografia de feixe cônico Título: IMPORTÂNCIA DAS IMAGENS 3DS NA AVALIAÇÃO DE DILACERAÇÃO CORONO-RADICULAR: RELATO DE CASO Autor: Lorena Miranda Sales Guimaraes Co-Autores: Milagres RMC - Brasileiro CB - Abreu MV - Amaral TMP Resumo: Dilaceração é uma angulação acentuada na raiz ou na coroa de um dente formado e pode ocorrer em qualquer ponto ao longo do comprimento radicular, porção apical, média ou cervical. O objetivo deste trabalho foi de relatar um caso clinico em que a imagem tomográfica foi importante para avaliação da real posição do dente impactado e da condição em que este se encontra. Paciente ASG, 27 anos, foi encaminhada AO Serviço de Radiologia e Imaginologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais para a realização das radiografias periapical do dente 11 e da panorâmica devido à ausência do referido dente. As imagens bidimensionais revelaram impactação do incisivo em posição Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 147 transalveolar entre os dentes 12 e 21. Observou-se também o fechamento do espaço mesio-distal do dente 11. Foi realizada tomografia computadorizada de feixe cônico com o objetivo de avaliação correta da posição do dente 11. As imagens tomográficas revelaram dilaceração corono-radicular acentuada com a coroa localizada por palatina e a raiz apresentando formato escorpiônico com o ápice voltado para o assoalho da fossa nasal. A imagem 3D foi importante para avaliação do posicionamento e localização do dente impactado, para determinação do nível de dilaceração corono-radicular e da relação com as estruturas ósseas adjacentes. As imagens tomográficas permitem um planejamento mais seguro e preciso com relação à movimentação ortodôntica, além de fornecer importantes informações da condição radicular nos casos de dentes impactados que apresentam diferentes níveis de dilacerações. APOIO: FAPEMIG Título: INCLINAÇÕES MESIODISTAIS COMPARANDO A RADIOGRAFIA PANORÂMICA E TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO APÓS TRATAMENTO ORTODÔNTICO Autor: Gina Delia Roque Torres Co-Autores: Laura Ricardina Ramirez-Sotelo - Yuri Nejaim - Amaro Vespasiano Silva - Solange Maria de Almeida Resumo: A apropriada função oclusal e incisal dos dentes é um importante componente para manter a estabilidade da oclusão após o tratamento ortodôntico. O objetivo do estudo foi comparar as inclinações axiais mesiodistais dos dentes com relação às linhas de referência orbitaria, oclusal maxilar, oclusal mandibular e mentoniana, em radiografias panorâmicas e reconstruções panorâmicas da tomografia computadorizada de feixe cônico. A amostra para esta pesquisa consistiu de 51 radiografias panorâmicas com as respectivas tomografias computadorizadas de feixe cônico, de indivíduos pós-tratamento ortodôntico de ambos os gêneros com uma idade media de 22 anos. A medida angular da inclinação mesiodistal dos dentes realizou-se nas radiografias panorâmicas e reconstruções panorâmicas da tomografia por meio dos softwares Radioimp e Ez3D, respectivamente, sendo avaliados por três examinadores de forma aleatória. A reprodutibilidade inter- e intraavaliador foi excelente para a linha mentoniana; e entre satisfatório e excelente em ambas as modalidades de imagem para as outras linhas de referência. As inclinações mesiodistais dos dentes quando comparadas as linhas de referência orbitaria/oclusal maxilar e mentoniana/oclusal mandibular foram de 98 % e 100% para a radiografia panorâmica e de 96% e 99% para a reconstrução panorâmica da tomografia. A inclinação mesiodistal dos dentes entre a radiografia panorâmica e as reconstruções panorâmicas da tomografia apresentaram diferenças estatísticas em 100% na orbitaria, 99% na oclusal da mandíbula e 95% na mentoniana e oclusal da maxila. Assim concluímos que não houve um padrão discernível na inclinação mesiodistal dos dentes quando comparadas às linhas de referência e as modalidades de imagem. 148 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título: INFLUÊNCIA DA RESSONANCIA MAGNETICA PARA CONFIRMAÇÃO DE DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E O PROGNÓSTICO DE PACIENTES SINTOMÁTICOS PORTADORES DE DTM Autor: Lituania Fialho de Miranda Co-Autores: Plauto Christopher Aranha Watanabe - Tábada Deusdado Bertani Marina Gazzano Baladi - Emiko Saito Arita Resumo: As disfunções da articulação temporomandibular (ATM) podem ser caracterizadas por uma relação anormal entre o disco articular, o côndilo e a fossa articular (mariz, 2005). As patologias intracapsulares da ATM são descritas como disfunções caracterizadas por deslocamento do disco, adesões intracapsulares, perfuração do disco, doenças inflamatórias (derrame articular) e degenerativas (erosão do disco e osteófitos). O objetivo desta pesquisa foi de avaliar a prevalência das patologias diagnosticadas por ressonância magnética em articulações têmporomandibulares (ATM), em portadores sintomáticos de Disfunção têmporomandibular. Avaliou-se em exams de Ressonancia Magnética em cortes sagitais e coronais: lado afetado, deslocamento anterior do disco, redução parcial do disco, redução, abertura limitada, deslocamento parcial do disco, hiperexcursão, deslocamento posterior do disco, derrame articular sinovial, deslocamento lateral do disco, deslocamento medial do disco, além de queixa principal e gênero. Os resultados revelaram 177 pacientes sucessivos, com indicação para o exame (354 ATMs), 36 homens e 141 mulheres, de 19 a 57 anos, examinados no período de 2009 a 2012. O deslocamento anterior do disco foi a desordem mais comum, sendo encontrada em 162 ATMs, derrame articular em 34 casos. Concluiu-se que o deslocamento anterior do disco com redução foi a patologia mais encontrada e que há predomínio acentuado no sexo feminino. Título: INFLUÊNCIA DE DIFERENTES MODALIDADES DE EXIBIÇÃO DE IMAGENS DIGITAIS NO DIAGNÓSTICO E DECISÃO DE TRATAMENTO DE CÁRIES PROXIMAIS Autor: Nathalie de Queiroz Jordão Co-Autores: Mayara Soares dos Santos - Caio Cesar Gonçalves Silva - Etel Benveniste Koatz - Andrea dos Anjos Pontual Resumo: O objetivo deste trabalho foi estudar a influência das modalidades de exibição de imagens radiográficas digitais, monitor e impressão em papel com e sem brilho, no diagnóstico e decisão de tratamento de cáries proximais utilizando imagens do sistema digital CDR Wireless®. Foram selecionadas 40 imagens radiográficas digitas de dentes posteriores para serem analisadas no monitor do computador e em papel com e sem brilho, resultando na apreciação de 80 faces proximais, para as quais foram atribuídos escores quanto ao diagnóstico e decisão Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 149 de tratamento da cárie dentária. Em cada uma das modalidades de visualização da imagem, dez alunos do sexto período e outros dez alunos no último ano do curso de Odontologia da Faculdade de Odontologia de Pernambuco realizaram as avaliações. A concordância no diagnóstico de cárie foi verificada pelo teste Kappa. O tratamento sugerido entre períodos para cada diagnóstico e método de visualização da imagem foi analisado através do teste Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher. Os resultados não mostraram diferença significativa entre modos de apresentação das imagens quanto ao diagnóstico de cáries proximais (p > 0,05). Não se verificou diferença significativa entre os períodos para o diagnóstico de cárie proximal (p > 0,05). Quanto à decisão de tratamento, os resultados expressaram diferença significativa entre os períodos na maioria das combinações de diagnóstico e método de visualização. Portanto, as modalidades de exibição das imagens digitais demonstram desempenho semelhante no diagnóstico de cáries proximais. A decisão de tratamento parece ter associação com a forma de exibição da imagem digital. Título: INFLUÊNCIA DO ALINHAMENTO DO VOLUME NAS MENSURAÇÕES MULTIPLANARES POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO Autor: Marcella Quirino de Almeida Azevedo Co-Autores: Milena Bortolotto Fellipe Silva - Ingrid Albano Lopes - José Luiz Cintra Junqueira - Luiz Roberto Coutinho Manhães Jr. Resumo: O objetivo do estudo foi verificar a influência do posicionamento da cabeça do paciente, corrigido ou não-corrigido, nas mensurações multiplanares de mandíbula por Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC). Foram selecionados 5 mandíbulas secas e anilhas plásticas com revestimento metálico para indicação da localização e região a ser pesquisada. Foram realizadas 5 aquisições tomográficas, sendo uma para cada mandíbula, sob o mesmo protocolo. Após a obtenção das imagens tomográficas, por meio da duplicidade de aquisição foram criados três grupos: grupo sem correção do posicionamento do volume (GNC), grupos com correção e orientação ao plano oclusal (GCO) e o grupo corrigido para o plano médio formado entre o plano da base de mandíbula e do plano oclusal (GCM). Todas as mensurações foram realizadas no próprio software do TCFC, seguindo as inclinações e localizações das anilhas. Verificou-se que para todas as comparações entre os grupos não houve diferença estatística, mas somente para GNCxGCM, na região anterior, foi verificada diferença. Acredita–se que isso ocorreu devido à inclinação do rebordo alveolar da região anterior. Concluiu-seque mensurações usadas para planejamento em Implantodontia podem sofrer alterações em decorrência das referencias anatômicas utilizadas para o alinhamento do volume tomográfico. Brown AA, Scarfe WC, Scheetz JP, Silveira AM, Farman AG. Linear Accuracy of Cone Beam CT Derived 3D Images. Angle Orthod. 2009; 79:150–157. Ganz SD. Cone beam computed tomography-assisted treatment planning concepts. Dent Clin North Am. 2011 Jul;55(3):515-36. 150 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título: INFLUÊNCIA DO ARTEFATO E TIPOS DE ESCANEAMENTO DA TCFC NO DIAGNÓSTICO DE FRATURAS RADICULARES VERTICAIS Autor: Deborah Queiroz de Freitas França Co-Autores: Frederico Sampaio Neves - Sara Lofthag-Hansen - Annika Ekestubbe Paulo Sérgio Flores Campos Resumo: Introdução: Considerando a dificuldade na identificação imaginológica de fraturas radiculares, a preocupação com dose de radiação e a produção de artefatos nas imagens tomográficas, o objetivo nesse estudo foi avaliar a influência dos tipos de escaneamento da tomografia computadorizada de feixe cônico no diagnóstico de fraturas radiculares na presença de diferentes materiais intracanal. Material e Métodos: Após aprovação pelo Comitê de Ética, em trinta dentes unirradiculares, foram realizadas fraturas radiculares verticais completas e incompletas. Os materiais intracanal utilizados foram guta-percha, pino metálico, pino de fibra de vidro e ausência de material. Cada dente foi escaneado no aparelho Accuitomo 170, utilizando-se quatro tipos de escaneamentos (High-Resolution, High-Fidelity, HiSpeed e Standard). As imagens foram avaliadas aleatoriamente por cinco radiologistas odontológicos. Adicionalmente, a dose de radiação (Produto dose-área) em cada tipo de escaneamento foi mensurada com uma câmara de ionização. Os valores das áreas sob a curva ROC foram calculados e comparados utilizando ANOVA dois critérios. Resultados: Observou-se que fraturas radiculares completas foram mais facilmente visualizadas do que as incompletas. A presença do pino metálico e guta-percha influenciaram negativamente no diagnóstico. Em relação aos tipos de escaneamento, não houve influência no diagnóstico de fratura radicular completa. Para os casos de fratura radicular incompleta, os protocolos High-Fidelity, High-Resolution e Standard obtiveram uma maior acurácia de diagnóstico, especialmente nos grupos pino de fibra de vidro e sem preenchimento. Conclusão: Os tipos de escaneamento pouco influenciaram no diagnóstico de fraturas radiculares, sendo que a presença de materiais intracanal apresentou um maior impacto em seu diagnóstico. Título: INFLUÊNCIA DO SOBREPESO NOS ESTÁGIOS DE MATURAÇÃO ESQUELÉTICA EM PRÉ-ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO Autor: Débora de Melo Távora Co-Autores: Gina D. Roque Torres - Pablo Bonilla Cairo - Abraham Meneses Lopez - Frab Norberto Bóscolo Resumo: Os picos de crescimento gerais são caracterizados em mulheres e homens por fases de aceleração e desaceleração, apresentam maior intensidade aproximadamente entre 12 e 13 anos de idade, sendo que no sexo feminino, esta fase de aceleração ocorre antes que no sexo masculino. No presente estudo objetivou-se determinar se existem diferenças nos estágios de maturação Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 151 esquelética, segundo Fishman, entre meninas com excesso de peso em comparação com suas homólogas, com estado nutricional normal. A amostra consistiu em 68 radiografias carpais de meninas com 12 e 13 anos de idade, que foram adquiridas juntamente com o respectivo peso das pacientes. A amostra foi dividida em quatro subgrupos, cada um contendo 17 imagens: dois relacionados à idade (12 e 13 anos) e dois ao estado nutricional (excesso de peso e normal). As radiografias foram avaliadas por três radiologistas com experiência neste tipo de imagens. Os resultados mostraram que a maioria das meninas com 12 anos de idade, no estágio nutricional normal, apresentava-se nos estágios 6 e 7 de Fishman (29%, em ambos os estágios), enquanto que as com sobrepeso, foram classificadas, na sua maioria, no estágio 9 de Fishman (35%); maior parte das meninas de 13 anos de idade, no estado nutricional normal, se encontrou no estágio 7 de Fishman (29,4%), enquanto que no grupo com sobrepeso, a maioria se concentrou no estágio 10 de Fishman (58,8%). Concluímos que em meninas, os processos de maturação óssea são acelerados com o excesso de peso. Título: INFLUÊNCIA DO TIPO FACIAL NO ESPAÇO AÉREO SUPERIOR AVALIADA POR MEIO DE TOMOGRAFIA VOLUMËTRICA. Autor: Laura Ricardina Ramírez-Sotelo Co-Autores: Távora DM - Mazzetto KL - Ambrosano GMB - Almeida SM. Resumo: A via aérea é umas das estruturas que mais podem sofrer influência segundo a anatomia do paciente. O objetivo neste estudo foi determinar a influencia do tipo facial nas dimensões do espaço aéreo superior em cortes sagital e axial da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC), e correlacionar as medidas anteroposteriores do espaço aéreo com a área adquirida no corte axial da TCFC. Foram avaliadas 110 imagens de indivíduos de ambos os gêneros, classificadas em mesofacial, braquifacial y dolicofacial, segundo a medida do ângulo SN.GoGn. Posteriormente as imagens foram avaliadas por três examinadores independentes, os quais realizaram as medições lineares da dimensão anteroposterior da naso e bucofaringe, nos cortes sagital e axial da TCFC; e a medida da área no corte axial, da mesma, por meio do software On-Demand 3D. As medidas foram repetidas após 15 dias, com o 25% da amostra, para analisar a correlação inter e intra classe com o coeficiente de correlação intra classe (CCI) com um intervalo de confiança de 95%. A análise de variância ANOVA 2 way foi calculada para determinar as diferenças entre o espaço aéreo e os tipos faciais. A correlação inter e intra examinador foi entre satisfatoria e excelente para todas as medidas. Não houve diferenças estatísticas significativas entre a medida linear e de área do espaço aéreo e os tipos faciais (p 152 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título: INTERFERÊNCIA DA RESOLUÇÃO DO ESCANEAMENTO DAS PLACAS DE FÓSFORO NA DETECÇÃO DE FRATURAS RADICULARES DE DENTES COM PINOS METÁLICOS Autor: Lucas Correa Homse Co-Autor: Anamaria de Lima Laranjeira - Milena Bortolotto - Patrícia Aparecida Cezarino - Silvia Torres Resumo: Fraturas radiculares ocorrem com maior freqüência em dentes com tratamento endodôntico e núcleo metálico intracanal e quando visíveis aparecem como uma linha radiolúcida bem definida, confinada aos limites da raiz. Diante da dificuldade encontrada no seu diagnóstico este estudo busca avaliar a radiografia periapical digital, sistema indireto, destacando a influencia da resolução das placas de fósforo na detecção das fraturas radiculares. A amostra para esta pesquisa foi composta de trinta pré-molares inferiores hígidos, que foram tratados endodonticamente por um único operador. Os dentes foram divididos em dois grupos, um composto por dentes fraturados e colocados posteriormente com adesivo multiuso e o segundo compôs o grupo controle, após a obturação endodôntica os condutos foram preparados para receber os pinos pré-fabricados. Posteriormente foram adquiridas três radiografias de cada dente com resoluções, 150, 300 e 600DPI, as imagens foram avaliadas independentemente por três observadores previamente calibrados. Os dados obtidos foram agrupados e submetidos a analise estatística e demonstraram concordância interobservador moderada para observadores 1 e 3 nas três resoluções estudadas e ligeira para o 2 na resolução de 150DPI. A concordância interobservadores foi pouca entre o 1 e 2, moderada entre o 2 e 3 na resolução de 600DPI. No entanto, quando foi avaliada a concordância entre os observadores e o padrão ouro houve melhor concordância com a resolução de 150DPI, mesmo que estas tenham qualidade inferior o estudo demonstrou que a resolução de escaneamento das placas de fósforo interfere no diagnóstico de fraturas radiculares. Título: LAUDO RADIOGRÁFICO DE EXCELÊNCIA: MÉTODO MAIS EFICAZ DE DIFERENCIAR-SE PROFISSIONALMENTE Autor: Letícia Fernanda Haas Co-Autores: Leticia Ruhland Corrêa - Márcio Corrêa - Resumo: Objetivo: o presente relato de caso tem como objetivo demonstrar que em um laudo radiográfico, por meio de uma excelente descrição qualitativa de um corpo estranho em cavidade nasal, é possível diferenciar-se profissionalmente. Relato de Caso: paciente do sexo feminino, com quinze anos de idade, é indicada para exame por meio de TCFC para localização de uma correntinha de pulso inspirada por via nasal aos três anos de idade. Durante esse período houvera somente episódios esporádicos de secreção nasal, sem sintomas de dor. A análise das imagens das reformatações adquiridas por TCFC, demonstraram a presença de uma imagem Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 153 hiperdensa, de localizada no limite posterior da cavidade nasal esquerda. Determinando então de forma precisa a localização do corpo estranho. As paredes da cavidade nasal, assim como do seio maxilar estavam preservadas, com apenas um aumento da espessura da mucosa nasal, quando comparada ao lado oposto. Resultado: As imagens de TCFC foram resolutivas para a localização precisa do corpo estranho, assim como das condições dos tecidos da região. Discussão: na descrição qualitativa do laudo radiográfico foi acrescentado que, além das descrições acima relatadas, a imagem hiperdensa não era homogênea e que as áreas de maior densidade eram decorrentes da corrente, e que as de menor densidade eram de calcificação distrófica entorno da corrente, que caracterizavam um amplo rinolito entorno do corpo estranho. E que provavelmente no ato cirúrgico o corpo a ser removido seria o de um amplo e único corpo mineralizado, semelhante a uma pedra. Dado esse confirmado posteriormente pelo cirurgião. Título: LEVANTAMENTO DE CISTOS PERIAPICAIS, GRANULOMAS E ABCESSOS PERIAPICAIS EM TOMOGRAFIAS COMPUTADORIZADAS CONE BEAM Autor: Andre Henrique de Almeida E Silva Co-Autor: Milena Bortolotto - Silvia Torres - Orlando Izolani - Juliana Stelke Resumo: Para obter um diagnóstico correto de lesões como cistos, granulomas e abscessos o profissional deve associar um exame clinico minucioso, exames por imagem e histopatológico. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência destas lesões inflamatórias através da tomografia computadorizada correlacionado idade,gênero, localização e relação com próteses metálicas fixas. Trata-se de um estudo retrospectivo cuja amostra foi composta por 582 exames. Como critérios de interpretação foram considerados cistos imagens hipodensas bem definidas por um halo hiperdenso, granulomas lesões hipodensas,bem delimitadas, porém sem halo hiperdenso e abscessos lesões hipodensas difusas mal delimitas. A média de idade de 45,7 anos, destas 208 pertenciam ao gênero masculino e 374 ao feminino. As lesões periapicais estavam presentes em 197 (33,3%),somando um total de 354 lesões,com prevalência na amostra de 60,8%, sendo 46,9% de granulomas,12,4% de cistos e 15,% de abscessos.A presença concomitante de granuloma e cisto foi observada em 4,%, de granuloma e abscesso em 0,3% e dos três tipos em um único exame em 0,2%. Não observou diferença significativa em relação a presença de lesão e os gêneros e quanto a faixa etária o teste do qui-quadrado demonstrou maior prevalência de lesões entre 43 e 60 anos. Quanto a localização 78,0% estavam na maxila e 22,0% na mandíbula, sendo 37% localizada na região de prémolares. A presença de próteses metálicas nos dentes acometidos pelas lesões, para granulomas, cistos e abscessos foi de respectivamente 32,6%, 41,4% e 0,0%. Ou seja, não foi observada relação positiva de dentes com próteses afetados por lesões. 154 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título: LEVANTAMENTO DE GRANULOMAS EM TOMOGRAFIA VOLUMÉTRICA CONE-BEAM Autor: Tatiana Garcia Bastos Silva Co-Autores: Jose Luiz Cintra Junqueira - Luiz Roberto Coutinho Manhães Junior Renata Cristina de Carvalho Barreto Oliveira Apolinário - Milena Bortolotto Felippe Silva Resumo: As lesões inflamatórias são as condições patológicas mais comuns dos maxilares. Os maxilares são singulares dentre outros ossos do corpo, pois a presença de dentes cria uma via direta para agentes infecciosos e inflamatórios invadirem o osso através da cárie e da doença periodontal. O organismo responde a lesões químicas, físicas ou microbiológicas com inflamação. O granuloma periapical é constituído por tecido de granulação e cicatricial, infiltrado por um variável número de células inflamatórias crônicas: linfócitos, células plasmáticas, mastócitos e macrófagos. Apresenta-se como lesão radiográfica delimitada, mas não completa e uniformemente circunscrita, raramente atinge dimensões maiores que 1 cm de diâmetro. A Tomografia Computadorizada (TC) é um exame capaz de fornecer informações dos tecidos duros e moles, sem a sobreposição de estruturas, além disto, a TC permite a total visualização das estruturas anatômicas, distinguindo as de maior e menor atenuação na imagem. O objetivo deste estudo foi avaliar granulomas em tomografia computadorizada volumétrica relacionando idade, gênero e localização. Para a realização do estudo proposto foram analisadas aproximadamente 300 tomografias. As tomografias analisadas foram feitas no Tomógrafo Cone Beam i-CAT. Estatisticamente verificou-se a presença de granuloma em 32 tomografias do gênero feminino, dos quais 11 localizavam-se na região anterior e 21 na região posterior; e em 25 tomografias do gênero masculino, dos quais 9 localizavam-se na região anterior e 16 na região posterior. A maior prevalência foi no gênero feminino, localizado na região posterior e na idade média de 45 anos. Título: LEVANTAMENTO DOS EXAMES DE IMAGEM REALIZADOS NO SERVIÇO DE RADIOLOGIA DA FOUFMG Autor: Barbara Luiza Silva Ribeiro Zimmerer Co-Autores: Silva KAC - Abdo EN - Abreu MV - Amaral TMP Resumo: Idealizado por professores da Disciplina de Radiologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas o serviço de Radiologia da faculdade oferece exames de imagem. O objetivo do trabalho foi realizar um levantamento para verificação e apresentação do perfil dos serviços prestados em relação aos exames de imagem realizados em 2007 e 2012. Foi realizado um estudo retrospectivo dos exames de imagem obtidos no serviço com a utilização das requisições dos exames. Os pacientes do sexo feminino foram os que mais Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 155 realizaram exames. Em 2007, 66,1% das requisições foi solicitada radiografia periapical e no ano de 2012 houve uma redução significativa para 57,9%. De forma contrária, houve um aumento de requisições da radiografia panorâmica, sendo que no ano de 2007 esse tipo de radiografia foi solicitada em 34,9% das requisições e no ano de 2012 houve um aumento para 44,2%. No ano de 2007 o grupo de dentes mais radiografados foi os incisivos superiores e molares inferiores, em 2012 foram os molares superiores e inferiores. Com a implantação da tecnologia digital houve um aumento significativo do numero de radiografia panorâmica em 2012. O Serviço de Radiologia é reconhecido e respeitado pelas demais disciplinas clínicas da própria unidade e por centros médico-odontológicos. Oferece atendimento de excelência e qualidade nos exames, e tem buscado aumentar a produção no cenário científico e acadêmico nacional. APOIO FAPEMIG Título: LIMITAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NO DIAGNÓSTICO DE FRATURA RADICULAR: RELATO DE CASO Autor: Thiago Oliveira Sousa Co-Autores: Lucas Raineri Capeletti - Phillipe Nogueira Barbosa Alencar - Frederico Sampaio Neves - Francisco Haiter Neto Resumo: O diagnóstico de fraturas radiculares (FR) é desafiador na prática clínica, devido à limitação tanto da inspeção clínica quanto de exames radiográficos bidimensionais. Radiograficamente as FR são vistas como linhas radiolúcidas, podendo estar associadas ou não a perda óssea adjacente. Entretanto, o feixe de raios X deve incidir paralelamente à linha de fratura para que a mesma seja visível na imagem radiográfica. A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) vem sido amplamente utilizada na pesquisa de FR devido a sua maior sensibilidade e especificidade em relação às radiografias periapicais (RP). Porém. uma grande limitação da TCFC se refere à produção de artefatos oriundos de metais intrabucais, que produzem uma degradação na qualidade da imagem, muitas vezes impossibilitando o diagnóstico de FR. Dessa forma, os autores propõem apresentar um caso clínico em que foram realizadas imagens de RP e TCFC, sendo a fratura não passível de observação nas imagens tomográficas e claramente observável nas imagem radiográfica periapical em duas diferentes projeções (orto e distoradial). Embora a TCFC apresente vantagens sobre exames bidimensionais, em alguns casos as RP podem ser mais resolutivas, além de representar menor custo (financeiro e biológico) ao paciente comparadas à TCFC, tendo os critérios de indicação, de ambos os exames, que ser repensados em cada caso. 156 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título: MINERALIZAÇÕES EM TECIDOS MOLES EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS DA UFES Autor: Sergio Lins de Azevedo Vaz Co-Autores: Rahyza Inácio Freire de Assis - Manoelito Ferreira Silva Junior - Teresa Cristina Rangel Pereira Resumo: Introdução: Sabe-se que a radiografia panorâmica (RP) é muito indicada em Odontologia como exame complementar na avaliação geral do complexo bucomaxilofacial. Contudo, a RP também pode demonstrar achados radiográficos diversos não relacionados à queixa principal do paciente. Dentre esses, destacamse as mineralizações em tecidos moles: ateroma de carótida, flebólitos, sialolitos, tonsilolitos, mineralizações em nódulos linfáticos, cartilagens tireoideas e do complexo estilohioideo. O objetivo deste trabalho foi demonstrar as principais mineralizações em tecidos moles em RP. Materiais e método: Trata-se de estudo descritivo, no qual as principais mineralizações em tecidos serão apresentadas e discutidas. Os dados são provenientes do arquivo de imagens da disciplina de Radiologia, do curso de Odontologia da UFES. Resultados: As mineralizações em tecidos moles não são raras, havendo maior prevalência de: sialolitos, tonsilolitos, flebolitos, ateroma de carótida, mineralização das cartilagens tireoideas e do completo estilohioideo. Conclusão: Deve-se conhecer profundamente a anatomia radiográfica em RP, incluindo as regiões adjacentes aos ossos gnáticos, tornando possível a detecção de mineralizações que possam possuir relevância clínica. Título: O CONHECIMENTO DO CIRURGIÃO DENTISTA EM RELAÇÃO A RESPONSABILIDADE CIVIL DE SUA ESPECIALIDADE Autor: Lucas Correa Homse Co-Autores: Milena Bortolotto - Harley Augusto Lombardi Sandrin - Silvia Torres José Luiz Cintra Junqueira Resumo: A discussão se a odontologia é obrigação de meio ou de resultado é uma das principais discussões jurídicas quando constatado erros profissionais, e quando se avalia as especialidades odontológicas percebe-se que os autores divergem em alguma delas. Diante desta discussão foram entregues 200 questionários, com perguntas previamente elaboradas para alunos de cursos de pós-graduação da Faculdade São Leopoldo de Mandic com o objetivo de avaliar o conhecimento destes sobre atividades de meio e fim, sobre o uso de contratos, termo de consentimento livre esclarecido. Destes 140 foram recebidos, o que representa 70% dos formulários. Através da análise dos dados foi possível observar que 85,70% dos alunos conhecem o conceito de responsabilidade civil, 53,50% o conceito de atividade de meio, 53,50% conhece o conceito de atividade de fim. 96,40% dos alunos responderam que atualizam o prontuário dos pacientes, 96,40% matem os arquivos radiográficos, no entanto 56,50% não fazem contrato de prestação de serviços odontológicos, 87,80% conhecem o conceito de termo de consentimento Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 157 livre e esclarecido, mas apenas 53,50% deles usam o termo na sua pratica cotidiana. Quando questionados sobre a obrigação da sua especialidade 38% dos entrevistados não souberam responder se a mesma era de meio ou de fim, o que mostra a falta de preparo dos profissionais no que se refere às questões legais. A radiologia deve tomar cuidado para não transformar sua obrigação de meio em resultado ao elaborar laudos quando não possa garantir com exatidão as informações ou sugerir condutas ao clinico que possa induzi-lo a erros. Título: O DESAFIO DO DIAGNÓSTICO POR IMAGEM FRENTE A ANOMALIAS DENTÁRIAS EM PACIENTE COM FISSURA LABIOPALATINA Autor: Ivna Albano Lopes Co-Autores: Ingrid Albano Lopes - Celso Kenji Nishiyama - Carlos Alberto Carvalho Pires - Otávio Pagin Resumo: Introdução: Os exames por imagem são de grande importância para um correto diagnóstico na prática clínica. Os indivíduos com fissuras labiopalatina, frequentemente apresentam na região de pré-maxila anomalias dentárias de número, tamanho, forma e erupção, sendo mais prevalentes na dentadura permanente e sua intensidade parece estar relacionada com a extensão da fissura. Relato de caso: Paciente com fissura labiopalatina transforame incisivo bilateral que apresentava os dentes 11 e 21 na região de pré-maxila inclinados para a região lingual. Radiografias periapicais foram realizadas devido à necessidade de tratamento endodôntico desses dentes e devido ao posicionamento dos dentes no arco, não foi possível uma interpretação radiográfica das raízes que viabilizasse um correto planejamento para a execução do tratamento, dificultando assim a mensuração do comprimento dentário. Assim sendo, decidiu-se por realizar um exame de TCFC onde foi possível observar a presença de dois canais radiculares distintos, sugerindo assim fusão dentária dos incisivos centrais com os incisivos laterais. Conclusão: A indicação da TCFC não deve ser uma regra frente a uma dificuldade encontrada com as técnicas convencionais, mas deve ser considerada uma opção. A escolha de um protocolo ideal para cada caso visa a redução da dose de radiação e uma responsabilidade ética pelo profissional frente à aquisição de um volume que não excede o necessário para o diagnóstico e tratamento. Podemos afirmar que o exame de TCFC foi primordial para a realização de um correto diagnóstico e consequentemente, plano de tratamento. Título: O FILTRO SHARPEN MELHORA A DETECÇÃO RADIOGRÁFICA DE FRATURAS RADICULARES VERTICAIS Autor: Helena Aguiar Ribeiro do Nascimento Co-Autores: Ramos ACA - de-Azevedo-Vaz SL - Neves FS - Freitas DQ Resumo: Objetivo: Comparar a acurácia dos filtros de melhoramento dos sistemas digitais no diagnóstico de fraturas radiculares verticais. Material e Métodos: Esse 158 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOP/UNICAMP. A amostra consistiu de 40 dentes unirradiculares, divididos aleatoriamente em dois grupos: experimental e controle. Fraturas radiculares verticais foram induzidas no grupo experimental utilizando uma máquina de ensaio universal. Todos os dentes foram radiografados individualmente com três incidências horizontais diferentes, utilizando o sistema digital Digora Optime®. Três observadores examinaram separadamente as imagens originais e com filtro (3D Emboss, Negative, Sharpen e Shadow). Após 30 dias, 25% das imagens foram reavaliadas. As reprodutibilidades intra e interobservador foram avaliadas pelo teste Kappa ponderado. Os valores de área sob a curva ROC (Az) foram comparados por um modelo de Análise de Variância, utilizando teste post-hoc de Bonferroni. Resultados: A reprodutibilidade intraobservador foi de moderada à substancial, enquanto a interobservador foi de fraca à moderada. O uso do filtro Sharpen resultou no maior valor de Az, com diferença estatística em relação ao 3D Emboss (p < 0,05), que apresentou o menor valor de Az. Conclusão: Ao utilizar o sistema Digora Optime®, o filtro Sharpen é recomendado para melhorar a detecção radiográfica de fraturas radiculares verticais. Título: O USO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NA AVALIAÇÃO DE DEFEITOS DE TÁBUAS ÓSSEAS EM PACIENTES ORTODÔNTICOS. Autor: Maria Olívia Aguilar da Silva Neufeld Co-Autores: Marianna Torres Resumo: A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) apresenta algumas vantagens quando utilizada como complemento diagnóstico em Odontologia. Os cortes finos, de alta resolução, sem sobreposições e com baixa dose de exposição ao paciente tem apresentado importância significativa no planejamento de tratamentos ortodônticos. Algumas movimentações ortodônticas podem causar danos irreversíveis às tábuas ósseas, tais como deiscência e fenestração. No entanto, existem condições prévias, associadas às características anatômicas do paciente que podem aumentar o risco de desenvolvimento desses defeitos e que podem ser evitados ou amenizados se forem detectados antes da intervenção ortodôntica. Além disso, durante o tratamento, recomenda-se a realização de exames de controle para melhor monitoramento dos efeitos da movimentação sobre os tecidos de suporte. A TCFC é o exame mais indicado para esse caso porque permite a visualização de faces livres, sem sobreposições, o que em exames convencionais de duas dimensões é impossível. Este exame apresenta maior riqueza de informações e com isso uma maior chance de sucesso para o tratamento, evitando-se possíveis iatrogenias. No presente trabalho, foi utilizado um caso clínico para ilustrar esse tipo de situação, objetivando-se demonstrar a qualidade do exame de TCFC e a grande relevância do mesmo para a Ortodontia. Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 159 Título: OSTEOESCLEROSE IDIOPÁTICA: INSEGURANÇA NO LAUDO RADIOGRÁFICO QUANDO AMPLAS OU ASSOCIADAS À REABSORÇÃO RADICULAR Autor: Letícia Fernanda Haas Co-Autores: Leticia Ruhland Corrêa - Márcio Corrêa Resumo: Objetivo: o presente estudo tem como objetivo demonstrar por meio de dois casos, que mesmo diante de osteoescleroses idiopáticas não usuais, o diagnóstico por meio de imagens de TCFC é relativamente simples para essas lesões. Relato de Casos: no primeiro caso as imagens as reformatações de TCFC demonstram ampla imagem hiperdensa, homogenia, localizada na região anterior de mandíbula, onde o dente 33 estava incluso e retido. A imagem ocupava toda a extensão de osso medular desde a basilar da mandíbula até as cristas alveolares, sem deslocamento dentário, assim como ausência completa de expansão das corticais ósseas. No segundo caso, agora em maxila onde é menos comum. Em exame por meio de TCFC para localização de um quarto canal no dente 26, observou-se uma imagem hiperdensa, homogenia, localizada na região apical junto às raízes palatina e disto-vestibular, sem causar expansão das corticais ósseas ou da parede inferior do seio maxilar. Contudo, observa-se acentuada reabsorção radicular externa na raiz palatina e moderada na raiz disto-vestibular. Resultado: o exame do volume adquirido de um FOV reduzido detectou-se a imagem de uma osteoesclerose idiopática, não visualizada em radiografia periapical, relacionado à reabsorção radicular externa nas raízes palatina e disto-vestibular. Discussão: a osteoesclerose idiopática é uma lesão frequente e de simples diagnóstico, mas, quando ampla e relacionada à reabsorção radicular, faz com que o radiologista fique inseguro no processo diagnóstico. Para isso voltasse ao princípio de que o conhecimento total e não somente superficial da fisiopatologia da doença é fundamental na qualidade dos nossos laudos. Título: OSTEONECROSE ASSOCIADA AO USO DE BIFOSFONATOS: RELATO DE UM CASO Autor: Maria Augusta Portella Guedes Visconti Co-Autores: Leonardo da Neves Moreira Guimarães - Mariane Michels - Fábio Ribeiro Guedes - Andréa Castro Domingos Resumo: Os bifosfonatos são medicamentos considerados de eleição para o tratamento de várias desordens ósseas, como a osteoporose, e como auxiliar no tratamento de pacientes com metátases ósseas e portadores de mieloma múltiplo. Seu objetivo é inibir a reabsorção óssea e seu uso constante, associado a determinados procedimentos odontológicos, pode levar a uma osteonecrose dos maxilares. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso de osteonecrose associada ao uso de bifosfonato, que só foi diagnosticado após a realização de uma 160 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. criteriosa anamnese. Uma paciente de 59 anos, do sexo feminino, procurou uma clínica de radiologia odontológica para realizar uma radiografia panorâmica, pois apresentava assimetria facial, forte odor bucal, dor e exposição óssea. Inúmeros pontilhados radiolúcidos atípicos foram verificados nas regiões anterior e de corpo da mandíbula do lado esquerdo, deixando intrigados diversos radiologistas participantes de um grupo de discussão de uma determinada rede social. A tomografia computadorizada revelou a presença significativa de formação periosteal ao redor da mandíbula. Durante a anamnese, a paciente relatou que foi submetida à quimioterapia e radioterapia entre 2006 a 2012, tendo utilizado bifosfonato endovenoso. No último ano foi submetida a algumas exodontias, o que desencadeou a osteonecrose. Desta forma, tentando promover uma melhor vascularização da região, seu dentista realizou inúmeras perfurações na mandíbula, o que explica os atípicos pontos radiolúcidos observados nas imagens. Conclui-se que a realização da anamnese foi fundamental para a melhor compreensão das imagens deste caso. O radiologista, portanto, não deve negligenciar esta poderosa ferramenta durante a realização do diagnóstico. Título: OSTEORADIONECROSE EM MANDIBULA APÓS 10 ANOS DO TÉRMINO DO TRATAMENTO QUIMIO E RADIOTERÁPICO Autor: Anna Carolina Mendonça Fonseca Co-Autores: Danielle Flores - Milena Silva - Luis Roberto Manhães - Silvia Torres Resumo: A osteoradionecrose é uma das complicações mais sérias decorrentes da radioterapia na região de cabeça e pescoço. A mandíbula é envolvida com maior frequência se comparada a maxila, devido ao aspecto anatômico de vascularização terminal, onde o fluxo sanguíneo fica comprometido pela radiovasculite induzido pelas radiações. O aspecto radiográfico da Osteoradionecrose pode ser definido como áreas radiolúcidas infiltrativas, localizadas ou difusas, podendo inclusive levar a fratura do osso envolvido. É importante ressaltar que a superfície óssea comprometida esta diretamente relacionada à área irradiada e à quantidade de radiação recebida. O tratamento preconizado para osteoradionecrose é o uso da câmara de oxigênio hiperbárico com o intuito de estimular a angiogênese.O objetivo desse trabalho é apresentar um caso clinico de osteoradionecrose em mandíbula após 10 anos do término do tratamento através da quimio e radioterápia. Paciente V.J.G,leucoderma,64 anos, compareceu a clinica da faculdade São Leopoldo Mandic/Campinas queixando-se de severa mobilidade dos elementos 42, 43 e 44, durante a anamnese o paciente relatou histórico de lesão maligna em corpo de mandíbula e lábio inferior direito e que havia sido submetido além do procedimento cirúrgico para remoção das lesões, sessões de quimio e radioterapia há aproximadamente 10 anos. O procedimento de exodontia foi realizado sem intercorrência, porém após 2 semanas o paciente relatou dor no local que não Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 161 cessava com medicamentos. Foram solicitados exames radiográficos e observado osteoradionecrose na região de corpo de mandíbula direito. Título: PERIODONTITE CRÔNICA COM LOCALIZAÇÃO INCOMUM DO CÀLCULO DENTAL Autor: Enio Cássio Barreto Soares Co-Autores: Naves MD - Mesquita RA - Abdo EN - Amaral TMP Resumo:Paciente E.M.A, feminino, compareceu á Clínica de Patologia, Estomatologia e Radiologia da Faculdade de Odontologia da UFMG para a realização de radiografia periapical dos dentes 46, 45 e 44. A paciente queixou de dor a percussão no dente 45. O dente 45 apresenta mobilidade significativa. No exame clínico foi observado uma fistula por lingual. A imagem periapical do dente 45, tratado endodonticamente, mostrou destruição óssea em forma de meia lua envolvendo a raiz. No interior da lesão, verificaram-se múltiplos pontos radiopacos de densidade semelhante a tecido ósseo. Foram levantadas hipóteses de diagnóstico: periodontite crônica, tumor odontogênico escamoso, tumor odontogênico epitelial calcificante e tumor odontogênico cístico calcificante. No exame de imagem anterior não foi observado os pontos radiopacos, descartando a hipótese de extravasamento de material obturador. Foi realizado a exodontia do dente 45 e encaminhado o material para exame anatomopatológico. O dente extraído apresentou múltiplos fragmentos de cor branca, formato agulhado, superfície irregular, consistência dura e aderidos ao terço médio e apical da raiz, sugerindo cálculo dental. O exame anatomopatológico apresentou além de tecido conjuntivo frouxo, celularizado com moderado infiltrado inflamatório, área focal de material amorfo e basofilico. Associando os exames clínicos, radiográficos e anatomopatológico, o diagnóstico final foi periodontite crônica com a presença de cálculo dental no interior da lesão. APOIO FAPEMIG Título: PREVALÊNCIA DE AGENESIA DENTÁRIA DE INCISIVOS LATERAIS Autor: Wilson Ivo Pinto Co-Autores: Andre Henrique Almeida - Anita Cruz Carvalho Duarte - Gonzalo Souza Rodrigues - José Luiz Cintra Junqueira Resumo: A agenesia é uma anormalidade comum na cavidade bucal e pode ser definida como ausência congênita de um ou mais dentes na dentição decídua e/ou permanente. Vários termos têm sido usados para definir esta ausência, que se caracteriza como uma anomalia de desenvolvimento dental, e por isso ocorre discrepância em termos de diagnóstico. Diante disso, este estudo buscou avaliar a prevalência de agenesia de incisivos laterais através de radiografia panorâmica bem como avaliar sua correlação com o gênero e idade. Trata-se de um estudo transversal em que 1023 radiografias, de pacientes de ambos os gêneros, com idade entre seis e vinte anos foram avaliadas por um observador previamente 162 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. calibrado. Foram realizadas análises descritivas e bivariadas e a frequência da agenesia dentária foi de 4,1%, concordância interexaminador foi superior a 0,80, com media de idade de 16,15 anos. 95,2% das agenesias encontradas estavam localizadas na maxila e apenas 2,4% na mandíbula. Com relação ao lado afetado 54,8% estavam bilateralmente e 33,3% do lado direito o teste do Qui quadrado mostrou que não houve associação significativa entre a presença de agenesia dentária e idade do paciente. Quando comparado a presença de agenesia dentária com o gênero do paciente, observou-se um associação estatisticamente significativa, sendo que as mulheres apresentaram duas vezes mais chances de terem agenesia quando comparado aos homens. A prevalência desta alteração foi alta na população estudada, sendo o diagnóstico precoce essencial. Título: PREVALÊNCIA E RELAÇÃO ENTRE CALCIFICAÇÃO NA ARTÉRIA CARÓTIDA EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL E OBESIDADE Autor: Rafaela Argento Co-Autor: Deborah Queiroz de Freitas - Ana Caroline Ramos de Brito - Helena Aguiar Ribeiro do Nascimento Resumo: A radiografia panorâmica (RP) é importante na detecção de ateromas calcificados na artéria carótida em pacientes assintomáticos que estão em tratamento odontológico. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a prevalência de calcificações na artéria carótida em RPs, bem como sua relação com hipertensão arterial e obesidade, além de idade, sexo e tabagismo. Para isso, RPs de 256 pacientes foram avaliadas. Após a obtenção de medidas de pressão arterial, peso corporal e estatura, para calcular o índice de massa corpórea (IMC), circunferência abdominal e informação sobre tabagismo, o examinador avaliava na RP a presença ou ausência de massa radiopaca na região das vértebras cervicais C3-C4. Na presença de imagem sugestiva de ateroma, era realizada uma radiografia ânteroposterior para confirmação do diagnóstico. Na análise dos dados, os valores de IMC e circunferência abdominal foram agrupados em faixas, segundo os valores da Organização Mundial da Saúde e foram utilizados os testes exato de Fisher e quiquadrado. A prevalência de ateromas foi de 4.2%. Observou-se que não houve relação entre a presença de calcificações carótidas e o sexo, tabagismo e IMC. Entretanto, houve relação com a faixa etária, hipertensão e circunferência abdominal, com maior incidência de calcificação na faixa etária dos 60 a 69 anos; nos pacientes com maior circunferência abdominal e nos hipertensos.A prevalência de ateromas foi de 4.2% na população estudada, havendo maior risco em pacientes idosos, hipertensos ou naqueles com circunferência abdominal superior à considerada aceitável. Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 163 Título: PROTOCOLO PARA CONTROLE DE INFECÇÃO NOS EXAMES RADIOGRÁFICOS. Autor: Maria Beatriz Carrazzone Cal Alonso Co-Autores: Costa ED - Tagliaferro EPS - Ambrosano GMB - Pinelli C Resumo: As práticas de controle de infecção em Radiologia são baseadas em precauções padrão, sendo semelhantes as que são utilizadas na prática odontológica. Tais precauções são de fundamental importância para minimizar a contaminação cruzada, durante a exposição radiográfica intra e extrabucal. O objetivo deste estudo foi verificar a aplicabilidade dos protocolos de biossegurança durante o atendimento de pacientes nos exames radiográficos. Realizou-se revisão de literatura em base de dados das Ciências da Saúde (Medline, Bireme e Lilacs), em busca de artigos disponíveis sobre as medidas de controle de infecção e as orientações existentes em protocolos nacionais e internacionais. Para as radiografias intrabucais, a utilização de barreiras protetoras em filmes e sensores digitais, além dos equipamentos e superfícies manuseáveis em radiologia (cabeçote, cilindro localizador, painel de controle, botão de disparo de raios X, processadoras de filmes) foi recomendação principal, além de ser uma medida simples e barata. Da mesma maneira, para as radiografias extrabucais, devem-se usar barreiras protetoras para apoio do mento e fronte, bloco de mordida e olivas. Sistemas periféricos associados ao uso de radiografia digital (CPU, teclado e mouse) também devem receber proteção de barreiras. Alternativamente, podem ser manipulados com auxílio de sobre-luvas plásticas. Outras recomendações são a utilização de posicionador esterilizável, lavagem das mãos e uso equipamento de proteção individual pelos operadores. Tais protocolos são de fácil execução e aplicação, protegendo tanto pacientes quanto os profissionais, evitando a contaminação cruzada e a transmissão de doenças. Título: CISTO NASOPALATINO Autor: Andres S. Ales Co-Autores: Ales Carolina - Steeman Rodolfo - Del Rosal Mauricio - Leanza Jorgelina Resumo: Relato de caso de uma paciente de 58 anos de idade em que seu dentista solicitou Ortopantomografia para diagnosticar uma lesão cística compatível com cisto nasopalatino. Posteriormente foi solicitada tomografia de feixe cônico para avaliação da lesão. O cisto nasopalatino é um dos cistos mais comuns cavidade oral odontogênico Foi realizada uma revisão da literatura sobre o tema. 164 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título: RABDOMIOSSARCOMA EM PALATO Autor: Mirna Scalon Cordeiro Co-Autores: Carla Silva Siqueira - Marcelo Caetano Parreira Da Silva - Carina Magalhães Esteves Duarte - Sérgio Vitorino Cardoso Resumo: Paciente do sexo masculino, 9 anos, leucoderma, foi encaminhado ao Departamento de Estomatologia do Centro Universitário do Triângulo, queixando-se de um aumento volumétrico na região do palato duro há aproximadamente 1 mês de evolução. Na anamnese, a mãe relatou que o mesmo apresentava episódios febris e perda progressiva de peso. No exame extra-oral, notou-se durante o exame de palpação do pescoço, do lado esquerdo, a presença de 2 nódulos fixos e de consistência endurecida. Ao exame intra-oral observou-se a presença de uma tumefação, de superfície papulomatosa, localizada próxima à transição dos palatos duro e mole. Realizou-se tomografia computadorizada na qual notou-se a presença de uma imagem hiperdensa com sinais de infiltração óssea. Mediante as características clínicas e radiográficas sugeriu-se tratar de uma neoplasia maligna de natureza a esclarecer. Realizou-se biópsia incisional e a mesma foi encaminhada ao laboratório de Patologia Bucal da Universidade Federal de Uberlândia. Histopatologicamente, descreveu-se a presença de lençóis e ninhos de pequenas células, indiferenciadas, misturados à células ligeiramente maiores exibindo citoplasma claro. As pequenas células, em sua maioria redondas ou ovais, com citoplasma eosinofílico e núcleo hipercromático, caracterizam os rabdomioblastos. Foram solicitadas reações imuno-istoquímicas que foram positivas para vimentina, S-100, desmina e miogenina. De posse das características clínicas, morfológicas e imuno-histoquímicas, estabeleceu-se o diagnóstico de rabdomiossarcoma. O paciente foi encaminhado ao Hospital de Câncer de Barretos e encontra-se em tratamento oncológico há aproximadamente um ano. Título: REABSORÇÃO EXTERNA CERVICAL INVASIVA: VANTAGENS DA AVALIAÇÃO POR MEIO DE TCFC NA DETERMINAÇÃO DO PROGNÓSTICO Autores: Letícia Fernanda Haas Co-Autores: Leticia Ruhland Corrêa - Márcio Corrêa Resumo: Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar a evolução reabsorção externa cervical invasiva. Relato do Caso – Paciente do sexo masculino, 28 anos de idade, foi encaminhado ao serviço de radiologia para esclarecimento de uma imagem mista, de limites irregulares, localizada na face mesial da coroa e terço cervical do dente 26, que por meio de uma radiografia periapical digital não era conclusiva para lesão cariosa, assim como de reabsorção radicular. Para avaliar a extensão da imagem com o periodonto, com a câmara pulpar e canal radicular foi realizada uma TCFC com FOV reduzido. As reformatações evidenciaram uma Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 165 imagem heterogênea, de limites irregulares, que se estendia da região mesial da coroa ao terço médio da raiz mésio-vestibular, preservando os limites das paredes do canal radicular. Apenas em um diminuto ponto foi observado comunicação com o periodonto. Como o paciente possuía uma radiografia de seis anos atrás, foi possível avaliar a evolução da reabsorção. As características acima descritas são compatíveis com reabsorção radicular cervical invasiva. Resultado – As características irregulares dos seus contornos, a preservação do canal radicular, assim como os focos hiperdensos em meio à imagem hipodensa, representam calcificações ectópicas que são sinais patognomônicos desta reabsorção radicular. Discussão: O diagnóstico desta reabsorção radicular pode ser efetuado por meio de radiografias periapicais, contudo, a avaliação da relação com o canal radicular, com o periodonto, assim como a sua relação espacial na estrutura dentária só podem ser avaliados por meio de TCFC, aspectos fundamentais para o prognóstico Título: REABSORÇÃO RADICULAR POR SUBSTITUIÇÃO 15 ANOS APÓS O REIMPLANTE DENTÁRIO - UM RELATO DE CASO. Autor:Gustavo Machado Santaella Co-Autores: Thiago De Oliveira Gamba - Luciana Asprino - Solange Maria De Almeida Resumo: A reabsorção cervical externa (RCE) é uma das sequelas de traumatismos dento-alveolares mais comuns em dentes reimplantados, podendo ser classificada em dois tipos: reabsorção radicular inflamatória (RRI) e reabosrção radicular por substituição (RRS). Na RRS, em áreas onde o ligamento periodontal apresenta-se necrosado devido a exposição ao meio extra-oral, ocorre a chamada anquilose dentoalveolar, com posterior reabsorção radicular com formação de tecido ósseo de substituição. O objetivo com este estudo é apresentar um caso de reabsorção por substituição encontrado ao acaso em um exame radiográfico, 15 anos após o acidente durante uma partida de futebol. Paciente R.M.O.R, 28 anos, compareceu à clinica de radiologia odontológica da Faculdade de Odontologia de Piracicaba com requisição de radiografia panorâmica para planejamento de exodontias dos terceiros molares. Na radiografia panorâmica pode-se observar uma discreta radiolucidez em nível cervical no elemento 11 tratado endodonticamente, com alteração do trabeculado ósseo, assim como discreto apagamento do espaço do ligamento periodontal. Ao exame clínico paciente apresentava alteração de cor, mas sem mobilidade ou sintomatologia dolorosa. Optou-se pela realização de exames radiográficos complementares. Na radiografia periapical foi possível observar a extensão súpero-inferior da reabsorção, com aspecto de completa anquilose dentoalveolar, e na imagem por tomografia computadorizada de feixe cônico, a presença de uma fina camada da parede vestibular da raiz, com a parede lingual totalmente reabsorvida. Este caso serve para ressaltar a importância de exames complementares para uma correta hipótese diagnóstica de uma alteração, e que toda a área presente na imagem radiográfica deve ser avaliada. 166 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título:RELAÇÃO DOS ÁPICES DENTAIS COM O SEIO MAXILAR MEDIANTE DUAS MODALIDADES DE IMAGENS Autor: Gina Delia Roque Torres Co-Autores: Laura Ricardina Ramirez-Sotelo - Solange Maria de Almeida - Frab Norberto Bóscolo - Gláucia Maria Bovi Ambrosano Resumo: Esta relação ajuda no diagnostico de alterações sinusais, periapicais ou periodontais, no plano de tratamento na implantodontia, nas fístulas oroantrais, no síndrome endo-antral e nos movimentos de intrusão e translação de dentes. O objetivo neste estudo foi pesquisar qual é a imagem que oferece melhor informação qualitativa e quantitativa, comparando a radiografia panorâmica (PAN) com a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Foi utilizada uma amostra de 109 imagens de PAN e de TCFC, dos mesmos pacientes. Três observadores calibrados avaliaram um total de 1.875 ápices, que foram classificados de acordo com sua relação topográfica e mensurados quando o ápice se encontrava aquém ou além do assoalho do seio maxilar. Para observar a concordância entre as duas imagens, o Kappa ponderado na avaliação qualitativa mostrou uma leve concordância para as raízes palatinas dos primeiros molares do lado direito e dos segundo molares. Quando comparados os valores da avaliação quantitativa pelo coeficiente de correlação intraclasse, houve pobre concordância para as raízes palatinas do primeiro molar esquerdo e dos segundos molares, como também para as raízes mesio-vestibulares dos segundos molares direitos e disto-vestibulares dos segundos molares esquerdos. Concluiu-se que há uma baixa concordância entre as duas modalidades de imagens quando as raízes se encontram em contato com o assoalho do seio maxilar ou quando foi observada uma projeção das raízes além do assoalho do mesmo na PAN; e uma alta concordância da PAN com a TCFC quando as raízes se encontram aquém do assoalho do seio maxilar Título: RELAÇÃO ENSINO/PRÁTICA DA RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA NA PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DAS CLÍNICAS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA ULBRA-CANOAS Autor: Marcilene Kniest Reck Co-Autores: Fernando Mathias Teixeira Velho - Carlos Eduardo Winck Mahl - Célia Regina Winck Mahl Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a percepção dos alunos quanto ao ensino da Radiologia Odontológica do Curso de Odontologia da Ulbra Canoas. Foram distribuídos 134 questionários aos estudantes matriculados nas disciplinas de clínicas integral em 2013. Os dados coletados foram analisados pelo teste Quiquadrado e os resultados considerados significativos a um nível de significância de 5% (p0,05). Resultados: dos 134 alunos matriculados 74,6% eram do sexo feminino Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 167 e 25,4% masculino. Quanto aos dados da atuação acadêmica 92,5% consideram importante a indicação dos exames radiográficos e a situação clínica mais solicitada é no tratamento endodôntico para 70,1% alunos, sendo o mais solicitado o periapical 91,8%. Em relação a radioproteção 94,0% utilizam as medidas e quanto à biossegurança 93,3% utilizam os procedimentos ensinados. O método de processamento radiográfico temperatura-tempo é utilizado por 51,5% dos alunos. O tempo de exposição mais utilizado é de 0,3 a 0,5 segundos por 48,5%. Na autoavaliação dos alunos, em relação às técnicas radiográficas já estudadas, 44,0% dos alunos respondem que é bom, 37,7% razoável, 9,0% muito bom e para 9,0% é péssimo. Em relação à interpretação radiográfica, 60,4% acham bom, 34,3% razoável, muito bom 2,2% e péssimo para 3,0%. 93,3% dos alunos indicam a revisão dos conteúdos. Conclusão: os conteúdos ministrados são aplicados pela maioria dos alunos e devem ser revisados ao longo do curso. Título: RELAÇÃO ENTRE ÍNDICE de CORTICAL MANDIBULAR E AS CONDIÇÕES PERIODONTAIS NA PÓS-MENOPAUSA Autor: Tábada Deusdado Bertani Co-Autores: Arita, E.S - Watanabe, P. C. A. - Miranda, L. F. - Cortes, A.R.G. Resumo: A osteoporose é uma doença sistêmica dos ossos caracterizada pela diminuição da massa óssea e deterioração do tecido ósseo com consequente aumento da fragilidade óssea e susceptibilidade à fratura. O principal método de diagnóstico da osteoporose é a utilização de radiografias panorâmicas. No presente trabalho foram analisadas as relações entre as condições periodontais e a perda dental utilizando a classificação de índice de cortical mandibular (Klemetti e Taguchi, 1994) em radiografias panorâmicas de 100 mulheres na pós menopausa com mais de 45 anos. Os resultados obtidos foram: Média de dentes remanescentes: 9,9. Condições periodontais: 73% apresentaram algum nível de reabsorção horizontal, 17% reabsorção vertical e 17% comprometimento de furca nos molares inferiores. Conclusão: Quanto maior o grau de comprometimento da cortical mandibular, maior é o percentual de reabsorção vertical e comprometimento de furca, segundo hipótese de Taguchi. A baixa densidade óssea atua como cofator na aceleração das reabsorções ósseas e consequentemente há aumento de perdas dentais. Referencias Bibliográficas: De Paula FJ, Rosen CJ. Developing drugs to treat osteoporosis: lessons learned? Expert Opin Pharmacother 2010; 11:867-9.LiraniGalvao AP, Lazaretti-Castro M. Physical approach forprevention and treatment of osteoporosis. Arq Bras EndocrinolMetabol 2010; 54 (2):171-8.Nitta H, Ishikawa I. Skeletal and mandibular bone mineral density indentate and edentulous postmenopausal women. Clin Calcium. 2003; 13(5): 594-8.Wactawski-Wende J, Hausmann E, Hovey K, Trevisan M, Grossi S,Genco RJ. The association between osteoporosis and alveolar crestalheight in postmenopausal women. J Periodontol. 2005; 76(11 Suppl):2116-24. 168 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. Título: REPOSIÇÃO HORMONAL DIMINUI A DENSIDADE ÓSSEA EM MULHERES NA MENOPAUSA: UM ESTUDO DE RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS ATRAVÉS DA ANÁLISE FRACTAL Autor: Isadora Luana Flores Co-Autores: Thiago de Oliveira Gamba - Afonso Celso Souza de Assis - Luiz Cesar de Moraes - Sérgio Lúcio Pereira de Castro Lopes Resumo: Introdução: A radiografia panorâmica pode ser usada na avaliação do nível de densidade óssea sendo uma importante ferramenta de triagem para predição de osteoporose. O objetivo deste estudo foi comparar a densidade óssea mandibular entre mulheres na menopausa com ou sem o uso de reposição hormonal por meio da análise fractal. Materiais e Método: Exames radiográficos panorâmicos digitais de 75 mulheres adultas separadas em 3 grupos (G1: 20-30 anos, G2: 40- 60 anos que não fazem reposição hormonal e G3: 40-60 anos que fazem reposição hormonal) foram submetidos a análise fractal através do programa ImageJ para a comparação da densidade óssea entre os grupos. Resultados: O índice fractal do grupo G3 foi estatisticamente maior do que o índice dos grupos G1 e G2 em ambos os lados. Uma correlação moderada positiva foi observada entre idade e índice fractal do lado esquerdo da mandíbula dos indivíduos do grupo G3. Não houve diferença estatística entre os índices fractais dos lados direito e esquerdo de cada grupo. Conclusões: Mulheres pós-menopausa que fazem uso de reposição hormonal apresentam maior valor dos índices de analise fractal do que aquelas que não utilizam esta medicação. Este é um indicativo que a reposição hormonal altera a arquitetura óssea mandibular, tornando-a mais porosa e reduzindo o conteúdo mineral. Referências Bibliográficas: 1. Koh KJ, Park HN, Kim KA. Prediction of agerelated osteoporosis using fractal analysis on panoramic radiographs. Imaging Sci Dent. 2012;42(4):231-5. 2. Bollen AM, Taguchi A, Hujoel PP, Hollender LG. Fractal dimension on dental radiographs. Dentomaxillofac Radiol. 2001;30(5):270-5. Título: RESPONSABILIDADE CIVIL ENVOLVENDO EXAMES RADIOGRÁFICOS E TOMOGRÁFICOS NO BRASIL Autor: Heraldo Luis Dias da Silveira Co-Autores: Fernanda Hoffmann Busanello - Helena da Silveira Fontoura - Mathias Pante Fontana - Heloisa Emilia Dias da Silveira Resumo: Objetivos: Analisar as decisões judiciais ocorridas no Brasil que abranjam responsabilidade civil envolvendo exames radiográficos e tomográficos nas áreas médica e odontológica. Métodos: Esta pesquisa avaliou todas as decisões judiciais brasileiras de segundo grau que apresentavam envolvimento com exames radiográficos e tomográficos até o dia 20 de fevereiro de 2013. As 27 unidades federativas do País foram individualmente pesquisadas, por meio de ferramentas de busca disponíveis nos sites de cada Tribunal de Justiça, a partir dos termos Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 169 “responsabilidade civil”, “erro”, “radiologia”, “radiografia” e “tomografia”. Resultados: Através das ferramentas de pesquisa utilizadas, foram encontrados e analisados 3.642 processos, dentre os quais 297 relacionavam-se diretamente ao objeto do presente estudo. O paciente obteve ganho de causa em 168 (56,2%) dos processos. O motivo que ensejou a maior parte das condenações foi a “falta ou demora na solicitação do exame” (38,6%), seguido de “falha no tratamento” (31,3%) e “erro de diagnóstico” (22,3%). O profissional médico e/ou a entidade hospitalar envolvida foi condenado em 42,6% das ações, sendo que em 6,39% foi responsabilizado o médico ou serviço de radiologia. Em 13,46%, o cirurgião-dentista respondeu pelos danos causados. Com relação à condenação, metade dos processos resultou em indenização por danos morais e/ou materiais de até R$ 20 mil, no entanto em 9,3% dos casos esses valores ultrapassaram R$ 160 mil. Conclusão: A maioria dos processos judiciais estudados envolveu a área médica. Entretanto, a maior parte das condenações, proporcionalmente, ocorreu na área odontológica, embora nenhum radiologista ou serviço de radiologia odontológicos tenha sido acionado judicialmente. Título: SEGUNDOS MOLARES REABSORVIDOS POR TERCEIROS MOLARES IMPACTADOS: COMPARAÇÃO ENTRE OS DIAGNÓSTICOS RADIOGRÁFICO E TOMOGRÁFICO Autor: Anne Caroline Oenning Co-Autores: Frederico Sampaio Neves - Phillipe Nogueira Barbosa Alencar Francisco Carlos Groppo - Francisco Haiter Neto Resumo: Os terceiros molares impactados podem contribuir para o desenvolvimento de condições patológicas, estando entre elas a reabsorção radicular do segundo molar adjacente. A literatura tem demonstrado a ocorrência dessa modalidade de reabsorção através de relatos de casos e estudos retrospectivos utilizando radiografias convencionais. Por este motivo, o presente estudo propôs-se a comparar a radiografia panorâmica com a tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) para o diagnóstico da reabsorção em segundos molares relacionada à pressão exercida por terceiros molares. Após a aprovação do projeto pelo comitê de ética(077/2011), a amostra foi selecionada, sendo composta por 66 indivíduos que apresentavam 188 terceiros molares superiores e inferiores impactados, observados na radiografia panorâmica e na TCFC. Dois cirurgiões-dentistas, especialistas em Radiologia Odontológica, registraram a presença da reabsorção no segundo molar e a posição do terceiro molar (vertical, horizontal, mesioangular, distoangular e transverso). Os dados foram submetidos à análise estatística por meio dos testes de qui-quadrado, teste exato de Fisher e teste Z para duas proporções. Um número significativamente maior de casos de reabsorção foi diagnosticado na TCFC (n=43) quando comparada à radiografia panorâmica (n=10) (P=0.0001). A concordância entre os métodos para o diagnóstico da reabsorção foi de apenas 4.3% (n=8). Terceiros molares inferiores e nas posições mesioangular e 170 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. horizontal estiveram associados com maior frequência à detecção da reabsorção nos segundos molares. Os resultados demonstram que a TCFC deve ser indicada quando for observado um contato entre o segundo e o terceiro molar inferior na radiografia panorâmica, principalmente nas impactações mesioangulares e horizontais. Título: SEMELHANÇA ENTRE IMAGENS DAS CORTICAIS ÓSSEAS EM CASOS DE OSTEOMIELITE, LESÃO ÓSSEA MALIGNA E ENXERTO ÓSSEO EM IMAGENS DE TCFC: UM DESAFIO PARA O RADIOLOGISTA Autor: Letícia Fernanda Haas Co-Autores: Leticia Ruhland Corrêa - Márcio Corrêa - Resumo: Objetivo: este trabalho tem como objetivo discutir imagens periféricas em corticais ósseas, em imagens de TCFC, que possuem características semelhantes em alterações de naturezas completamente diferentes. Relato dos casos: 1º: paciente do sexo feminino, com nove anos de idade e queixa de dor, onde nas imagens de TCFC, observou-se um estágio precoce de reação periosteal de uma osteomielite crônica multifocal recorrente, um tipo de osteomielite em que não há infecção. Observou- se diminutos pontos hipodensos na cortical óssea vestibular, lingual e basilar, e uma tênue reação hiperdensa periférica, ainda sem forma específica. 2º Em exame de TCFC para planejamento de implantes em maxila, na região do dente 24 observou-se discreta imagem hiperdensa, periférica, com linhas perpendiculares à cortical vestibular, sem alteração em osso esponjoso e sem sinais clínicos. Diagnóstico de osteossarcoma periosteal após exame histopatológico; 3º: paciente do sexo feminino, encaminhada para realizar TCFC para planejamento de implante. Na análise das imagens observaram-se imagens hiperdensas, lineares e perpendiculares à cortical óssea lingual na região posterior da mandíbula. Ausência de parafusos ou algo que sugerisse enxertia óssea, além do fato de não ser uma região usual para enxertia óssea. Após questionamento ao profissional que solicitou o exame soube-se de história pregressa de enxertia óssea nessa região com insucesso. Resultado: foram relatados três tipos de imagem acentuadamente semelhantes para lesões e alterações distintas. Discussão: a interpretação da TCFC implica de forma incontestável no aprofundamento vertiginoso da fisiopatologia das doenças, assim como do conhecimento, por imagem, de todas as suas fases. Título: TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NA ELUCIDAÇÃO DE RADIOLUSCÊNCIA NO INTERIOR DO SEIO MAXILAR Autor: Maiza Luiza Vieira Silva Co-Autores: Miranda RD - Amaral TMP - Mesquita RA - Brasileiro CB Resumo: A radiografia periapical é rotineiramente empregada na prática odontológica como método de imagem complementar ao diagnóstico. Entretanto, Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 171 limitações desses exames justificam, em certas situações, a realização de tomografia computadorizada de feixe cônico. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de caso em que a imagem tridimensional foi decisiva na identificação da extensão alveolar associada à presença de septo do seio maxilar. Paciente D.M.S., sexo masculino, apresentou-se à Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais com a queixa de dor na região do segundo pré-molar superior direito durante a mastigação, iniciada há três meses. Ao exame clínico observou-se a presença de restauração em resina composta no referido dente. A radiografia periapical revelou integridade da restauração e leve espessamento do espaço do ligamento periodontal na região do periápice. Observou-se uma imagem radiolúcida unilocular, bem definida, no interior do seio maxilar direito sem relação com as raízes dos dentes superiores posteriores, descartando a possibilidade de uma patologia de origem dentária. A tomografia computadorizada de feixe cônico foi realizada com o intuito de elucidar essa radioluscência. Os cortes coronal, sagital e axial revelaram a presença de extensão alveolar em direção à tábua óssea palatina na região do primeiro molar superior direito associada à presença de septo estendendo da parede inferior e lateral do seio maxilar. A imagem tridimensional foi fundamental na elucidação da radiolucidez observada no interior do seio maxilar na radiografia periapical. O diagnóstico dessas variações anatômicas é importante, pois pode influenciar o planejamento de certos procedimentos especialmente intervenções cirúrgicas. APOIO FAPEMIG Título: TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NO DIAGNÓSTICO DE EXTENSO TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTO (TOQ): CASO CLÍNICO. Autor: Petrus Levid Barros Madeira Co-Autores: Marcos André dos Santos da Silva - Luciana dos Santos Drugos Savio Veiga Guimaraes Resumo: O tumor odontogênico queratocísto (TOQ) é uma lesão intra-óssea benigna que deriva do remanescente da lâmina dentária. Requer considerações especiais devido ao seu comportamento clínico agressivo e recorrente. Radiograficamente o (TOQ) aparece como imagem radiolúcida unilocular bem definida ou multilocular com bordas finas radiopacas. O uso da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) em cirurgia oral e maxilo-facial têm fornecido informações adicionais e precisas sobre o tamanho e os limites das lesões, principalmente, de grande porte. O objetivo deste trabalho foi relatar caso clínico de extenso (TOQ) em região posterior de mandíbula demonstrando a importância dos exames de (TCFC) no diagnóstico e no acompanhamento pósoperatório. Paciente A.B.O, 22 anos, atendido no Hospital da Aeronáutica dos Afonsos. Exames de TCFC apresentaram imagem hipodensa unilocular localizada na região posterior da mandibular do lado esquerdo, evidenciando características radiográficas de cisto. Após punção aspirativa e biópsia incisional o exame 172 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. histopatológico confirmou o diagnóstico de tumor odontogênico queratocísto. Pela extensão da lesão, optou-se pela cirurgia de marsupialização pretendendo, preservar e diminuir o risco de comprometimento de estruturas nobres próximas ao campo operatório como dentes e feixes vásculo-nervosos. Foram feitos exames de imagem trimestralmente para avaliarmos o grau de regressão da lesão, após 10 meses a lesão apresentava-se com tamanho reduzido. Nesse momento, foi realizada a enucleação seguida de curetagem para remoção total da lesão. Concluiu-se que a TCCB é importante para o diagnóstico do (TOQ) e também para o planejamento cirúrgico adequado e preciso dessa lesão. Título: TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NO DIAGNÓSTICO DE OSTEOMIELITE CRÔNICA ESCLEROSANTE DIFUSA: RELATO DE CASO Autor: Ana Caroline Ramos de Brito Co-Autores: Maria Beatriz Carrazzone Cal Alonso - Christiano de Oliveira Santos Mariana Misson - Deborah Queiroz de Freitas Resumo: Osteomielite é uma inflamação óssea, geralmente causada por infecção bacteriana ou fúngica, traumatismos ou complicações pós-cirúrgicas. Os ossos mais frequentemente acometidos são os ossos longos dos membros e a coluna vertebral, mas pode acometer qualquer parte do sistema ósseo, bem como a mandíbula. Pode permanecer localizada ou difundir-se, comprometendo parte medular, cortical, esponjosa e periósteo. Devido dificuldade na angulação apropriada e problemas relacionados à sobreposição do osso subjacente, o exame por tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) tem provado ser consistentemente superior às radiografias convencionais. A paciente MJQG, 55 anos, leucoderma, compareceu à Clínica de Radiologia com indicação de TCFC, apresentando clinicamente aumento de volume lateral na borda posterior do corpo da mandíbula direita com ausência de dor, mas considerável incômodo à palpação, de consistência firme, normocrômica, com evolução de aproximadamente cinco meses, gerando assimetria facial. Ao exame intraoral foi observado abaulamento em fundo de vestíbulo. No exame tomográfico observou-se lesão hipodensa, difusa, adjacente ao periápice dos dentes posteriores inferiores da mandíbula do lado direito (46 e 47), reabsorção parcial da cortical interna basal e área de sequestro ósseo. Por meio da TCFC, pôde-se observar com precisão a extensão da lesão no osso alveolar e estruturas adjacentes, bem como os sequestros ósseos, abaulamento da cortical e reabsorção, condições estas que seriam de difícil observação em exames radiográficos convencionais. Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 173 Título: TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR FEIXE CÔNICO NO DIAGNÓSTICO DE DISPLASIA FIBROSA MONOSTÓTICA – RELATO DE CASO DISPLASIA FIBROSA MONOSTÓTICA – RELATO DE CASO Autor: Gustavo Machado Santaella Co-Autores: Eliana Dantas da Costa - Priscila Dias Peyneau - Francielle Silvestre Verner - Solange Maria de Almeida Resumo: A displasia fibrosa é uma lesão de desenvolvimento fibro-óssea benigna, caracterizada pela substituição do osso normal por um tecido fibroso e osso imaturo. Homens e mulheres são afetados com a mesma frequência, entre a primeira e segunda década de vida. Recentemente, a tomografia computarizada por feixe cônico (TCFC) tem sido utlizada no diagnóstico de diversas lesões, devido a maior acurácia em relação a radiografia convencional. O objetivo desse estudo foi relatar um caso de displasia fibrosa monostótica na maxila, de uma paciente do gênero feminino, dez anos de idade, que compareceu a uma clíica de imagem, relatando aumento de volume na maxila esquerda, assimetria facial, com ausência de sintomatologia dolorosa. No exame intrabucal constatou-se o aumento de volume na região vestibular da maxila, com fibromucosa sadia e normal. No exame de TCFC foi observado presença de massa hiperdensa, heterogênea, expansiva, contorno irregular, aspecto de vidro despolido, na região alveolar posterior superior esquerda, deslocamento de dentes, alteração da lâmina dura e estreitamento do ligamento periodontal. Pode-se concluir que o exame tomográfico é o método diagnóstico mais eficiente para o plano de tratamento, além de permitir a observação da extensão da lesão e o possível comprometimento de estruturas nobres. Título: TUMOR MARROM DO HIPERPATIREOIDISMO EM MANDÍBULA Autor: Luciana Jácome Lopes Co-Autores: Deborah Queiroz de Freitas - Luis Antônio Nogueira dos Santos Cristiane Mota Turano - Mário Rodrigues de Melo Filho Resumo: A paciente NMP, 39 anos, sexo feminino, foi encaminhada para avaliação de tumefação na região inferior. Durante a anamnese, relatou dores nos membros inferiores e fraqueza. No exame intrabucal, observou-se aumento de volume doloroso por lingual dos dentes anteriores, de consistência firme e mobilidade dos dentes envolvidos. No exame radiográfico periapical, foi observada área radiolúcida bem delimitada entre os elementos 43 e 35 e reabsorção radicular nos elementos 41, 31, 32, 33 e 34. A tomografia computadorizada de feixe cônico evidenciou destruição da cortical lingual, áreas de reabsorção radicular e expansão dos tecidos moles da região. As hipóteses de lesão central de células gigantes tumor marrom do hiperpatireoidismo foram sugeridas. A punção aspiratória foi negativa para líquido e foi realizada biópsia incisional. O exame histopatológico confirmou o diagnóstico de lesão central de células gigantes. Os exames complementares solicitados revelaram: dosagem de paratormônio (PTH-520 pg/ml) e fosfatase alcalina (284 IU/L) aumentados, cálcio (10,3 mg/dl) e fósforo (3,9 mg/dl) normais. Durante a 174 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. investigação das glândulas paratireoides, por meio de ultra sonografia, foi detectada uma lesão tumoral do lado esquerdo, que foi removida. O diagnóstico foi de adenoma da paratireóide. A cintilografia de corpo inteiro mostrou várias áreas osteolíticas, incluindo a mandíbula. Os exames confirmaram hiperparatireoidismo primário. Dessa forma, optou-se pela não remoção cirúrgica da lesão mandibular, no entanto foi realizada a remoção cirúrgica da paratireoide, que levou à regressão da lesão mandibular. Após 2 anos de tratamento, foi realizada nova tomografia, apresentando neoformação óssea e nova cortical lingual. Título: TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCÍSTICO: DIFERENÇAS DE IMAGEM POR MEIO DE TCFC EM MANDÍBULA E EM MAXILA Autor: Letícia Fernanda Haas Co-Autores: Leticia Ruhland Corrêa - Márcio Corrêa - Nádia Assein Arús Resumo: Objetivo – O presente estudo tem como objetivo comparar as diferenças entre as imagens do Tumor Odotogênico Ceratocístico em mandíbula e maxila, avaliados por meio de TCFC. Relato de dois Casos – 1º caso: ampla imagem hipodensa, unilocular, de limites bem definidos e recortados, que se estende da região do dente 36 à incisura mandibular, com adelgaçamento e expansão das corticais ósseas vestibular e lingual; 2º caso: lesão em maxila, hiperdensa e homogenia, já que o “pano de fundo” da lesão era o seio maxilar. O dente 28 estava localizado no interior do seio maxilar. Nas reconstruções observava-se acentuado deslocamento da parede medial do seio maxilar em direção à cavidade nasal, assim como severo adelgaçamento e expansão da parede lateral e posterior do seio maxilar, além do rompimento parcial dessas estruturas. Nos dois casos a aspiração revelou um conteúdo com características de ceratina e em ambos o diagnóstico foi confirmado no exame histopatológico. Resultado: por possuir um aspecto agressivo o TOC possui expansão das corticais ósseas, não proporcional ao tamanho da lesão, o que usualmente facilita o diagnóstico diferencial com as demais lesões que possuem características semelhantes de imagem. Discussão: Por ser mais frequente em mandíbula, utilizamos as características de imagem do TOC dessa região, mesmo quando estamos avaliando em maxila. Isso prejudica o processo diagnóstico do TOC em maxila porque nessa região ele causa expansão significativa e rompimento das corticais ósseas, agravado ainda pela maior densidade da imagem que decorre em função da diferença de densidades entre ceratina e ar. Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 175 Título: USO DE EXAMES ODONTOLÓGICOS DE IMAGEM PARA IDENTIFICAÇÃO HUMANA Autor: Jeniffer Zettermann da Costa Co-Autores: Nadia Assein Arús Resumo: Exames radiográficos são importantes aliados na identificação humana, por isso é essencial que as radiografias sejam corretamente executadas, processadas, identificadas e arquivadas. Usam-se imagens de seio frontal, tratamentos endodônticos, restaurações e anatomia dos dentes para este fim. A identificação pode ser necessária em cadáver em adiantado estado de putrefação, em que o reconhecimento dactiloscópico é impossível; afogados nos quais as polpas digitais tenham sido destruídas; de desconhecidos que dão entrada nos institutos médico-legais; de carbonizados; em grandes catástrofes em que um número expressivo de pessoas perde a vida dificultando o reconhecimento e nos casos de dilaceração do corpo. As complicações surgem quando há necessidade de recorrer a registros prévios, pois as informações advêm de fichas clínicas incompletas e exames por imagens, por vezes, deficientes. As radiografias são produzidas com finalidade diagnóstica e, quando é preciso sua utilização em perícias, muitas vezes não são localizadas ou não foram adequadamente reveladas e fixadas apresentando deficiências quanto à qualidade de imagem. O objetivo deste trabalho é mostrar as diferentes formas de identificação humana através de exames de imagem da área odontológica, ressaltando a importância da documentação correta das fichas dos pacientes. Título: USO DO EXAME CONE-BEAM NA ELUCIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE FRATURA MANDIBULAR. Autor: Follak de Souza Co-Autores: João Geraldo Martins de Souza - Ferdinando de Conto Resumo: O sistema de Tomografia Computadorizada Cone-beam tem se comprovado de relevante importância para o diagnóstico, localização e reconstrução de imagens tomográficas com excelente precisão, auxiliando os profissionais da área da saúde no planejamento e tratamento dos pacientes. O presente trabalho relata o caso de paciente, sexo feminino, 38 anos, com histórico de queda ao solo, com suspeita de fratura de colo de cabaça de mandíbula, que recebeu atendimento imediato com realização de exame radiográfico panorâmico, onde não houve a identificação do traço de fratura. Após 30 dias de evolução paciente procurou serviço especializado Bucomaxilofacial, apresentando fistula extrabucal na região parassinfisária esquerda. Foi solicitado exame Cone-beam para a completa avaliação do caso, que relevou se tratar de osteomielite mandibular na região mentoniana, evidenciando uma fratura na porção basilar do mento, de difícil diagnostico por radiografia convencional, devido ao sentido que ela apresentou. A paciente foi tratada cirurgicamente, e o controle pós-operatório concluiu com cura da paciente. A mesma assinou o TCLE, disponibilizando a publicação de seu caso. O 176 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. exame Cone-beam é uma ferramenta de diagnostico que deve ser sempre considerada na pesquisa de suspeita de alterações em regiões que há muita sobreposição de estruturas anatômicas nas imagens radiográficas, por oferecer diferentes ângulos de observação. Título:UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DO OBJETO BUCAL PARA DETERMINAR RELAÇÃO TERCEIRO MOLAR E CANAL ALVEOLAR INFERIOR Autor: Sergio Lins de Azevedo Vaz Co-Autores: Marcela Graciano Felizardo - Anne Caroline Costa Oenning - Francisco Haiter-Neto - Deborah Queiroz de Freitas Resumo: Introdução: A técnica do objeto bucal consiste na utilização de duas radiografias obtidas com angulações verticais diferentes, permitindo a localização vestíbulo-lingual de estruturas. Em estudo realizado em crânios, essa técnica forneceu alto potencial na identificação de proximidade entre terceiros molares inferiores e o canal alveolar inferior. O objetivo deste estudo foi determinar se a técnica do objeto bucal pode ser utilizada com esse propósito em pacientes. Materiais e método: Estudo observacional transversal aprovado pelo CEP/FOP/UNICAMP (#023/2012). Foram selecionados 56 pacientes indicados para tomografia computadorizada de feixe cônico com finalidade pré-operatória. A técnica estudada foi realizada por dois métodos: 1) duas incidências periapicais (0 e -30º); 2) panorâmica (-8º) e periapical (-30º). Dois radiologistas calibrados interpretaram todas as imagens sob consenso forçado. Os fatores em estudo foram localização do canal em relação ao 3º molar (vestibular, lingual ou alinhado) e contato (presente ou ausente). As interpretações obtidas nos métodos 1 e 2 foram comparadas àquelas obtidas nas imagens tomográficas (padrão de referência). A análise estatística compreendeu os testes de diagnóstico, McNemar e McNemar-Bowker (α = 5%). Resultados: A amostra final foi composta por 172 raízes (86 dentes). As interpretações obtidas com os métodos 1 e 2 discordaram do padrão de referência (p < 0,05) em relação à posição e contato. Os valores de diagnóstico dos dois métodos foram considerados clinicamente inaceitáveis, com altas taxas de diagnósticos falso-positivos para contato (1- 85,5%; 2- 74,2%). Conclusão: A técnica do objeto bucal não se mostrou confiável para avaliação pré-operatória de terceiros molares inferiores. Título: VARIAÇÕES ANATÔMICAS DO CANAL MANDIBULAR IDENTIFICADAS POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA. Autor: Paolo Silva de Freitas Co-Autores: Graciosa , L.K.S - Marques , A.P - Aguiar, M.F. Resumo: Relatos da literatura têm mostrado que a bifurcação do canal mandibular acontece com relativa frequência, sendo que em múltiplos casos esta variação Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012. 177 anatômica dá origem à formação de um segundo forâmen mentual, denominado forâmen mentual acessório. O presente trabalho tem como objetivo apresentar um caso clínico de bifurcação do canal mandibular com formação de forâmen mentual acessório, diagnosticado por meio de tomografia computadorizada por feixe cônico. Paciente do sexo feminino, leucoderma, 49 anos, foi submetida a exame de tomografia computadorizada por feixe cônico da mandíbula, objetivando planejamento para inserção de implantes. O exame foi realizado gerando cortes axiais, a partir dos quais foram realizadas as reconstruções de imagens panorâmica, transversais oblíquas e reconstruções em terceira dimensão. Por meio da análise dos cortes transversais oblíquos, foi possível visualizar-se imagens sugestivas de bifurcação do canal mandibular com formação de forâmen mentual acessório bilateralmente, confirmadas nas imagens das reconstruções em terceira dimensão. A visualização de variações anatômicas como a bifurcação do canal mandibular e a formação de forâmen mentual acessório são de fundamental importância para um correto planejamento e execução de atos cirúrgicos envolvendo especialidades como a implantodontia, cirurgia, patologia e outras. A tomografia computadorizada por feixe cônico tem se mostrado o exame de eleição para tais objetivos, pois, além de proporcionar a visualização em três dimensões, proporciona imagens com melhor definição e com mais recursos para um correto diagnóstico. Referências Bibliográficas: 1 - Mizbah K. et al. The clinical relevance of bifid and trifid mandibular canals. Oral Maxillofac Surg. 2012; 16(1): 147-51. 178 Revista ABRO, v.13, n.2, p. 103-178, jul./dez. 2012.