Adubação nitrogenada, população de plantas e

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Centro de Ciências Rurais
Programa de Pós-graduação em Agronomia
Linha de Pesquisa: Nutrição e manejo de cultivos
agrícolas
ADUBAÇÃO NITROGENADA, POPULAÇÃO
DE PLANTAS E FITOTONICIDADE DO
TIAMETOXAM EM SOJA
Eng. Agr. Daniel Uhry
Prof. Dr. Luiz Marcelo Costa Dutra
Prof. Dr. Danton Camacho Garcia
Prof. Dr. Alessandro Dal’Col Lúcio
Santa Maria, Maio de 2008.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Centro de Ciências Rurais
Programa de Pós-graduação em Agronomia
ADUBAÇÃO NITROGENADA, POPULAÇÃO
DE PLANTAS E FITOTONICIDADE DO
THIAMETHOXAM EM SOJA
Linha de Pesquisa: Nutrição e manejo de cultivos
agrícolas
Comitê de orientação: Prof. Dr. Luiz Marcelo Costa
Dutra
Prof. Dr. Danton Camacho Garcia
Prof. Dr. Alessandro Dal’Col
Lúcio
_____________________________
Mestrando: Eng. Agr. Daniel Uhry
_____________________________
Prof. Dr. Luiz Marcelo Costa Dutra
_____________________________
Prof. Dr. Danton Camacho Garcia
_____________________________
Prof. Dr. Alessandro Dal’Col Lúcio
RESUMO
A soja transgênica é uma tecnologia relativamente nova para os
produtores brasileiros. No Rio Grande do Sul, ocorreu uma rápida introdução
e aceitação entre os sojicultores, antes mesmo que os pesquisadores
pudessem criar um pacote tecnológico adequado para estas cultivares. A
recomendação utilizada até agora é a mesma recomendação das cultivares
convencionais. Porém se observa que cultivares de soja transgênica
apresentam algumas características distintas das encontradas na maioria
das cultivares convencionais que vem sendo cultivadas no Estado nos
últimos anos e que originaram o pacote tecnológico aplicado. Estas
características como, inserção do primeiro legume baixa, padrão de
frutificação dividido entre caule e ramos, ciclo menor que 120 dias, entre
outros, necessitam ser melhor estudados para que se possa determinar se a
atual recomendação é a mais adequada, ou se estas cultivares necessitam
de técnicas diferenciadas para expressar seu máximo potencial produtivo.
As cultivares de ciclo menor que 120 dias dependem de um rápido
fechamento do dossel para expressar seu potencial de rendimento. Esse
pode ser conseguido através do arranjo adequado de plantas, adubação
nitrogenada ou aplicação de estimulantes do crescimento. O objetivo deste
projeto é identificar se as práticas culturais de adubação nitrogenada
aplicada em três fases (semeadura, V3 e R3), aplicação de Tiametoxam no
tratamento de sementes e diferentes populações de plantas maximizam o
desempenho agronômico da soja transgênica cultivada no Rio Grande do
Sul.
Palavras chave: soja, nitrogênio, população de plantas e Tiametoxam.
INTRODUÇÃO
A área de cultivo de soja no país cresceu consideravelmente nas
ultimas décadas, passou de 1,3 milhões de hectares na década de 70, para
uma área de aproximadamente 20,687 milhões de hectares na safra
2006/07, ano em que obteve uma produção de 58,4 milhões de toneladas
(EMBRAPA, 2008 a).
O incrível aumento de produção em até 30 vezes em três décadas
causou um fenômeno econômico tecnológico no Brasil moderno. As
transformações ocasionadas pelo cultivo da cultura no país promoveram o
desenvolvimento de regiões até então pouco povoadas e pouco valorizadas,
fazendo com que cidades surgissem em locais distantes e, em pouco tempo,
se transformassem em centros urbanos, fenômeno bastante observado na
região do cerrado, hoje com grandes cidades (EMBRAPA, 2008 b).
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, tendo a
cultura grande importância na economia nacional, pois, com base nos dados
do Ministério do Agricultura, em 2007 a soja teve uma participação
significativa do total exportado pelo Brasil, representando US$ 11,4 bilhões
(MAPA, 2008).
Nos mais diversos setores, a economia vive um período onde a
otimização dos recursos é de fundamental importância para se manter no
mercado, fato que não é diferente na agricultura. Os produtores de soja
devem conhecer detalhadamente suas despesas, podendo assim otimizar os
recursos disponíveis para seu empreendimento, visando fatores que
propiciem ganho no rendimento aliado a resultados econômicos satisfatórios.
Buscando este objetivo, pesquisadores tentam encontrar
alternativas viáveis, como época de semeadura preferencial, população de
plantas adequada, cultivares melhor adaptadas, utilização de estirpes de
Rhizobium mais eficientes, melhorar a eficiência técnica da adubação, entre
outras.
Muito já se estudou a respeito da utilização de adubação
nitrogenada em soja e hoje esta prática não é recomendada para a cultura,
pois estas plantas conseguem absorver N atmosférico através da simbiose
que ocorre com a bactérias do gênero Bradyrhizobium sp, porém, a maioria
dessas pesquisas realizadas até hoje no Brasil foram com cultivares
convencionais.
A soja transgênica teve uma rápida introdução e aceitação entre os
produtores do Rio Grande do Sul. Assim, não houve tempo para pesquisar e
desenvolver um pacote tecnológico adaptado para essas novas cultivares. A
maior parte das indicações para a soja atualmente são as mesmas do pacote
tecnológico desenvolvido para as cultivares convencionais há mais de 30
anos.
Podemos classificar as cultivares de soja encontradas no Rio
Grande do Sul hoje em três grupos:
(i) convencionais;
(ii) transgênicas “importadas”;
(iii) transgênicas registradas.
As cultivares convencionais são as mais conhecidas, cultivadas há
mais tempo, para as quais a pesquisa desenvolveu o pacote tecnológico hoje
existente e recomendado à cultura.
As cultivares transgênicas “importadas”, são as cultivares
transgênicas trazidas de outros países e que, embora cultivadas por muitos
produtores, não possuem registro no Ministério da Agricultura, ou seja, não
são legalizadas.
O terceiro grupo se diferencia das “importadas” por apresentar
registro e serem legalizadas para o cultivo no Rio Grande do Sul.
O melhoramento vegetal aplicado as cultivares convencionais
manteve características que com o tempo se tornaram comuns à maioria
destas. O aparecimento de cultivares transgênicas trouxe consigo uma
genética nova, desconhecida para a maioria dos produtores e técnicos. Essa
nova genética, dependendo da cultivar, pode apresentar um padrão de
crescimento diferenciado da maioria das cultivares convencionais
encontradas no estado nos últimos anos.
Dentre estas características distintas, destacam-se:
a) Altura de inserção do primeiro legume baixa;
b) Padrão de frutificação no caule e nos ramos;
c) Cultivares indeterminadas;
d) Cultivares do grupo de maturação III e IV.
A inserção de primeiro legume é uma característica que está
relacionada com produção de fotoassimilados no terço inferior da planta e,
por conseqüência, pela penetração de luz nas camadas mais baixas do
dossel.
Com a recomendação de cultivo atual, a maioria das cultivares
convencionais apresentam a altura de inserção do primeiro legume alta (> 10
cm), já as transgênicas apresentam na maioria, inserção do primeiro legume
baixa, indicando uma maior penetração de luz fotossinteticamente ativa nas
camadas inferiores do dossel.
O padrão de frutificação apenas no caule ou no caule e nos ramos
é uma característica que determina se uma cultivar é responsiva ou não às
variações no número de plantas por unidade de área, pois em população
baixa a tendência é uma maior ramificação por planta, importante para os
genótipos que frutificam significativamente nos ramos, enquanto em
populações mais altas, com a redução do número de ramos, a tendência é
que apenas aqueles materiais com frutificação insignificante nos ramos
apresentarem elevação dos rendimentos.
Também se observa que a partir da MSOY 4910, indeterminada,
outras cultivares com este hábito deverão ser introduzidas no Rio Grande do
Sul. Este hábito caracteriza-se por manter o crescimento vegetativo após o
florescimento, o que pode ser muito importante para a soja semeada na
safrinha (janeiro e fevereiro)
As cultivares de soja utilizadas no Rio Grande do Sul até hoje,
pertencem aos grupos de maturação com mais de 120 dias (V, VI, VII e VIII).
Com a introdução de cultivares transgênicas, encontramos cultivares do
grupo III e IV, ou seja, cultivares com menos de 120 dias de ciclo. Nessas
cultivares chamadas popularmente de hiper e super precoces,
respectivamente, sabe-se que existe uma relação entre a velocidade de
fechamento do dossel e o rendimento de grãos. Portanto, quanto mais
rapidamente ocorrer o fechamento do dossel, maior será o rendimento de
grãos.
JUSTIFICATIVA
Visando o rápido fechamento do dossel algumas alternativas devem
ser testadas: redução do espaçamento ente linhas; utilização de estimulantes
de crescimento, também conhecidos como substâncias com ação fitotônica
(Ex: Tiametoxam); doses de arranque de nitrogênio; dose em cobertura de
nitrogênio no período vegetativo.
Outra alternativa que podemos testar é doses de nitrogênio em
cobertura no período reprodutivo (para a planta, este é o período de máxima
exigência de N), como forma de compensar o menor aproveitamento
cumulativo de luz fotossinteticamente ativa ocasionado pela demora e/ou não
fechamento do dossel.
O presente projeto se justifica devido a necessidade de gerar um
pacote tecnológico adaptado às características fenotípicas distintas
encontradas em algumas cultivares de soja transgênica cultivadas no Rio
Grande do Sul.
OBJETIVO GERAL
Identificar as práticas culturais que maximizam o desempenho
agronômico da soja transgênica cultivada no Rio Grande do Sul.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Determinar o efeito de doses de nitrogênio aplicadas em três
épocas (semeadura, período vegetativo e período reprodutivo), em cultivares
transgênicas de soja cultivadas no Rio Grande do Sul.
b) Determinar o efeito de diferentes populações de plantas no
desempenho agronômico da soja transgênica.
c) Determinar o efeito do produto Tiametoxam (Cruiser® WS 700)
aplicado no tratamento de semente no desempenho agronômico de soja
transgênica.
REVISÃO DE LITERATURA
O processo de semeadura constitui-se, dentro do processo
produtivo, como fator fundamental para o estabelecimento da cultura em
campo, bem como o sucesso no decorrer do ciclo de desenvolvimento
(REUNIÃO DE PESQUISA DA SOJA DA REGIÃO SUL, 2005).
A diminuição no espaçamento entre linhas estaria relacionado ao
aumento no rendimento de grãos, uma vez que trabalhos realizados com
espaçamentos menores que 40 cm apresentaram maior rendimento em
função da redução na competição intra-específica por radiação solar, melhor
aproveitamento da água e maior exploração do solo pelas raízes
(VENTIMIGLIA et al., 1999, PIRES et al., 2000, BOARD & HARVILLE (1992)
e THOMAS et al., 1998).
Segundo MADALOSSO et al., (2006), a eficácia das medidas de
controle dependem da escolha do produto, momento de aplicação e fatores
relacionados à penetração do produto e cobertura que o dossel proporciona
no momento da aplicação e estes fatores estão diretamente ligados ao
arranjo de plantas, arquitetura e espaçamento entre linhas.
Até pouco tempo, a principal doença beneficiada com a diminuição
do espaçamento entre linhas era o mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum),
sendo que a ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), atualmente,
tem se beneficiado de espaçamentos reduzidos, da alta concentração de
folhas do dossel vegetativo e da pouca eficiência do controle para causar
danos econômicos em lavouras (ELMORE, 2004 e BALARDIN &
MADALOSSO, 2006).
De acordo com EMBRAPA (2006), o espaçamento entre linha para
a cultura da soja pode variar entre 20 a 50 cm. Inicialmente, o espaçamento
entre linhas era estabelecido com o objetivo de adequar a população de
plantas ao rápido fechamento do dossel vegetativo, visando o controle
cultural de plantas invasoras.
Ratificando esta informação ELMORE (2004), mostra que a
cobertura do solo pelas folhas de soja é mais rápida em espaçamentos
menores (20 cm) quando comparado a espaçamentos maiores (até 75 cm).
Com isso, quanto mais acelerado era a cobertura do solo pelas folhas da
cultura, mais intenso o controle cultural sobre as plantas invasoras (FIOMARI
et al., 2005).
A luz exerce efeito sobre diversos mecanismos vegetais, inclusive a
absorção de nutrientes. No caso das folhas da parte inferior sofrem
sombreamento, acontece uma redução da atividade fotossintética e menor
produção de fotoassimilados, interferindo inclusive na absorção de nitrogênio
pela planta (TAIZ & ZEIGER, 2004 e FLOSS, 2004). Concordando com os
conceitos acima, ELMORE (2004), ressalta que a interceptação de radiação
solar é maximizada em espaçamentos eqüidistantes entre plantas,
resultando em maiores rendimentos.
Cada cultivar de soja possui distinção em suas características,
como índice de área foliar (IAF) ou arquitetura de planta, e estas são
modificadas em função de variações no espaçamento entre linhas, uma vez
que cada uma das cultivares requer uma quantidade mínima de área foliar
que garanta a melhor absorção de luz, chamado de IAF crítico, que
normalmente é superado quando a planta passa para o estádio reprodutivo
(KANTOLIC & CARMONA, 2006).
A recomendação para população de plantas para a cultura no Rio
Grande do Sul situa-se em torno de 400.000 plantas ha-1 ou 40 plantas m-2
(REUNIÃO DE PESQUISA DA SOJA DA REGIÃO SUL, 2005). De maneira
geral, estudos a respeito de densidade de semeadura e população de
plantas, em todo o país, mostram que variações de 20 a 30% tanto para mais
quanto para menos, em relação à população recomendada, não acarretam
em diferenças no rendimento de grãos (EMBRAPA, 2006).
A população de plantas em soja é um fator determinante para o
arranjo das plantas no ambiente de produção e influencia o crescimento da
cultura. De acordo com GAUDÊNCIO et al., (1990), a soja tolera uma ampla
variação na população de plantas, alterando mais a sua morfologia e
arquitetura do que o seu rendimento de grãos. Neste sentido, PEIXOTTO et
al., (2001), trabalhando com épocas e densidade de semeadura, não
encontrou diferença para rendimento de grãos nas diferentes populações de
plantas.
Para PIRES et al., (2000), a soja apresenta alta plasticidade, ou
seja, capacidade de adaptarem-se as condições ambientais e de manejo, por
meio de modificações na morfologia da planta, arquitetura e componentes do
rendimento e essas modificações podem estar relacionadas com a fertilidade
do solo, população de plantas e espaçamento entre linhas.
A assimilação fotossintética de CO2 pode ser aumentada pela
modificação da arquitetura da parte aérea das plantas, proporcionando maior
penetração de luz e melhor distribuição da energia incidente no dossel. De
acordo com DUTRA (1986), para aumentar o rendimento das cultivares
deve-se selecionar características morfológicas e fisiológicas dentro de um
tipo particular de ambiente.
Apesar de a soja florescer abundantemente, uma grande proporção
de flores e legumes jovens é abortada, muito provavelmente pelo não
suprimento destes órgãos com fotoassimilados. Considerando que a taxa
fotossintética diminui paras as folhas inferiores do dossel, devido à
penetração de luz ser ineficiente, é lícito esperar que os componentes do
rendimento se alterem, à medida que se aprofunde nos extratos da planta,
especialmente para as cultivares determinadas, em que as folhas superiores
são maiores, diferindo das variedades indeterminadas, cujas folhas
superiores são menores e em menor número, permitindo uma maior
penetração de luz (ANDRADE et al., 2002).
Soja RR
Em um enfoque mais específico sobre o efeito do glifosato (Nfosfonometil]glicina), observamos que este é um herbicida que bloqueia a
biossíntese de aminoácidos aromáticos, inibindo a atividade da 5-enol-piruvilchiquimato-3-fosfatosintase - EPSPS (KISHORE et al., 1992).
A soja transgênica (RR), geneticamente modificada com um gene
que codifica a enzima EPSPS, torna-se tolerante a ação do glifosato. Isso
significa que a soja RR continua produzindo compostos essenciais ao seu
desenvolvimento, seu crescimento não sendo afetado pelos efeitos do
herbicida (BRADSHAW et al., (1997)). No entanto, a aplicação deste
herbicida, mesmo em cultivares com inserção do gene de resistência RR
pode sofrer danos ou efeitos fitotóxicos sobre a planta.
De maneira geral, os efeitos causados pela aplicação de glifosato
na cultura da soja são, a redução do crescimento inicial da parte aérea,
redução da nodulação (para aplicações precoces) e, consequentemente,
redução do sistema radicular (NORSWORTHY & FREDERICK, 2002).
Trabalhos realizados por FOLONI et al., (2005), demonstraram que
o glifosato, independentemente da concentração empregada apresentou
efeito de fitotoxicidade leve na cultura de soja, trabalhando com somente
uma cultivar. De acordo com KING et al., (2001), os prejuízos do glifosato
para a planta como um todo, variam em função da cultivar utilizada, sendo
que em seu trabalho, avaliando a biomassa de raiz, nódulos, parte aérea e
conteúdo de nitrogênio na parte aérea e raiz, observou variações positivas e
negativas nos resultados, em função da aplicação ou não de glifosato em
cinco cultivares transgênicas.
Nitrogênio
O nitrogênio é um nutriente classificado como essencial para o
desenvolvimento das plantas. As leguminosas conseguem obter nitrogênio
atmosférico através da simbiose com bactérias fixadoras, chamadas de
rizóbio. Para se extrair o este elemento da atmosfera, é necessário que
ocorra a quebra de uma ligação tripla covalente entre dois átomos de
nitrogênio (NΞN), produzindo amônia(NH3) ou nitrato(NO3-). Este processo é
conhecido como fixação do nitrogênio, podendo ser obtido por processo
industrial ou natural (TAIZ & ZEIGER, 2004). Segundo os mesmos autores, a
forma mais importante de fixação biológica do N2 atmosférico é através da
fixação biológica, marcando a entrada do nutriente no ciclo biogeoquímico do
nitrogênio.
No vegetal o nitrogênio serve como constituinte de muitos
componentes das células, incluindo aminoácidos e ácidos nucléicos, sendo o
elemento mineral que as plantas exigem em maiores quantidades (TAIZ &
ZEIGER, 2004).
THOMAS & RAPER JÚNIOR (1976), relatam que a soja é exigente
em nitrogênio, principalmente nos estádios finais de seu desenvolvimento.
Aplicando nitrogênio de diferentes fontes, nas doses de 0, 22,4 e
44,8 Kg ha-1 em R3, WESLEY et al. (1998), observou incremento médio de
11, 8% no rendimento de grãos em lavouras de soja com produção acima de
60 sacas por ha. Também foi observado que a dose de 22,4 proporcionou
aumento no rendimento de grãos, independente da fonte de nitrogênio. A
nodulação das plantas foi considerada boa em todas as áreas avaliadas.
FREEBORN (2001), aplicando diversas doses entre 0 e 168 Kg de
N por ha-1 em R3 e em R5, não observou diferença significativa para a
variável rendimento de grãos com teste de Tukey a 0,01.
Para GILLER (2001), a adição de nitrogênio mineral não alterou o
número de nódulos, mas reduziu a sua massa. A quantidade necessária
desse nutriente para causar alteração na nodulação varia entre as espécies.
Já NOVO et al. (1997), constatou que a massa seca de nódulos foi linear e
inversamente correlacionada com a dose de nitrogênio aplicada, indicando
que o aumento da dose de nitrogênio causou decréscimo no número de
nódulos,
NOVO et al. (1997), estudou o efeito de diferentes doses de
nitrogênio aplicados na soja cultivada no inverno em Ribeirão Preto – SP, e
determinou que, aplicando 50kg/ha de N obtem-se um acréscimo de 479kg
ha-1 de grãos e, com 100 kg/ha, obtem-se um acréscimo 648kg/ha. O
nutriente foi aplicado e cobertura, onde, um terço foi aplicado 10 dias após a
emergência e o restante 20 dias após.
Tiametoxam
O Tiametoxam ou Thiamethoxam é um inseticida sistêmico do
grupo dos Neonicotinóides recomendado tanto para o tratamento de
sementes como também para aplicação foliar na cultura da soja. Sua
composição é 3-(2-cloro-tiazol-5-ilmetil)-5metil-[1,3,5] oxadiazinan-4-ilidenoN-nitroamina e pertence à classe toxicológica III – mediamente tóxico. Sua
fórmula química é C8H10CIN5O3S (GAZZONI, 2008).
O princípio ativo interfere em um receptor específico localizado no
sistema nervoso dos insetos, denominado receptor nicotínico da acetilcolina
não havendo registros de resistência cruzada com outras classes de
inseticidas (GAZZONI, 2008).
Acredita-se que o Tiametoxam possa atuar como um mediador
entre a planta e a bactéria fixadora de nitrogênio (rizóbio) na cultura da soja.
Produto atuaria sinalizando e estimulando a planta a produzir substâncias
capazes de desencadear rotas metabólicas que interfiram no crescimento e
desenvolvimento das mesmas, e também, estimulando as enzimas
bacterianas responsáveis pela infectividade e fixação de nitrogênio
(DENARDIN, 2008). O mesmo autor avaliando a ação do Tiametoxam sobre
a fixação biológica do nitrogênio, observou uma ação positiva ocasionada
pelo produto, sendo que o produto demonstrou ser um agente modulador,
induzindo e/ou estimulando a produção de proteínas responsáveis pela
fixação do nitrogênio.
Avaliando o efeito do produto aplicado no tratamento de sementes
na cultivar Monsoy de soja, TAVARES et al. (2008), observou aumento na
área foliar, estatura de plantas e no volume radicular. Também se verificou
incremento na massa seca de raízes e parte aérea. Com isso concluiu que
melhorando o desenvolvimento de raízes pode-se aumentar a absorção de
água e nutrientes, aumentando a área foliar e o vigor nas plantas de soja.
CATANEO (2008), em estudos realizados em laboratório, observou
que o produto Tiametoxam aplicado em sementes de soja promove
aceleração da germinação por estimular a atividade da peroxidase e induz
maior desenvolvimento do eixo embrionário, minimizando os efeitos
negativos em situações de presença de alumínio, salinidade e deficiência
hídrica.
Avaliando a produtividade da soja em função de épocas de
semeadura e ação do Tiametoxam nas cultivares RR 6001 (ciclo de 130
dias) e RR 8000 (ciclo de 143 dias), DA SILVA, STECKLING & BIANCHI
(2008), concluíram que o inseticida altera a população de plantas e o seu
crescimento inicial, mas estas modificações não influenciam a produtividade
de grãos, independente da época de semeadura.
HIPÓTESES
A aplicação de nitrogênio em soja afeta o desempenho agronômico
e as características morfológicas da cultura.
A população de plantas afeta o desempenho agronômico e as
características morfológicas da cultura.
A utilização de Thiamethoxam no tratamento de sementes promove
efeito fitotônico no início do período vegetativo.
MATERIAL E MÉTODOS
Serão instalados três experimentos em campo serão realizados na
safra agrícola de 2008/2009 na área experimental pertencente ao
Departamento de Fitotecnia no Campus da Universidade Federal de Santa
Maria, município de Santa Maria – RS, região climática da Depressão
Central, a uma altitude de 95 m, latitude 290 42’ 24” S e longitude 530 48’ 42”
W. O clima de Santa Maria, segundo a classificação de KÖEPPEN é do tipo
Cfa – temperado chuvoso, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano e
subtropical do ponto de vista térmico (MORENO, 1961). O solo pertence à
Unidade de Mapeamento São Pedro, classificado no Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos como Argissolo Vermelho Distrófico Arénico
(EMBRAPA, 1999).
A correção do solo e a adubação da área serão feitas de acordo com
os resultados de análise do solo, em concordância com as recomendações
da ROLAS (1998) para a cultura da soja.
As sementes serão adquiridas junto a Cooperativa Tritícola
Santiaguense Ltda. As cultivares utilizadas para o desenvolvimento dos
trabalhos serão classificadas de acordo com o ciclo da cultura:
- Hiper precoce: Miréia;
- Super precoce: MSoy 4910 e MSoy 7636;
- Precoce: Msoy 6001, CD 213 e Fundacep 56;
- Médio: MSoy 7000 e Fundacep 54;
- Tardio: Msoy 8000 e CD 219;
No primeiro experimento serão avaliadas as doses de 0, 15 e 30 Kg
de nitrogênio por ha na forma de uréia. Os tratamentos serão aplicados no
momento da semeadura. Serão utilizadas 5 cultivares de soja transgênica,
com ciclo inferior 130 dias,: Miréia, MSoy 4910, MSoy 7636, MSoy6001, e
Fundacep 56, em duas densidades de semeadura, 25 e 50 sementes aptas
por metro quadrado.
A semeadura será feita com semeadora de disco alveolar e a
densidade de semeadura será corrigida de acordo com o poder germinativo
das sementes acrescido de 5% para que se atinja as densidades desejadas.
Todas as sementes serão tratadas com inoculantes comerciais e de acordo
com as recomendações do fabricante.
O delineamento experimental será o de blocos ao acaso com parcelas
subsubdivididas e quatro repetições, sendo cultivares na parcela principal e
densidade de semeadura nas subparcelas e doses de nitrogênio nas
subsubparcelas. As subsubparcelas serão compostas por 5 linhas de 4
metros, onde as duas linhas laterais e 1 metro de cada extremidade serão
considerados como bordadura. Serão escolhidas 2 linhas centrais para
análise do rendimento e a outra linha central para a coleta de 0,4 m linear
para a análise de crescimento e avaliação dos componentes do rendimento.
Análise do crescimento
Serão avaliadas a penetração de luz no dossel a partir do fechamento
das entrelinhas, taxa de cobertura do solo pela cultura, a distribuição dos
componentes do rendimento por estrato de planta conforme descrito em
DUTRA(1986),
As amostras necessárias para a análise de crescimento serão
realizadas em dois momentos distintos do ciclo, no florescimento pleno e
enchimento de grãos. Para as determinações, em cada amostragem, serão
coletadas plantas em 0,40 m por parcela, separando 25 folíolos, de onde
serão destacados 50 discos com um perfurador de 0,8 cm de diâmetro. Os
discos, com área conhecida, os folíolos, caules + ramos e legumes serão
desidratados separadamente a 65º C, até peso constante. Serão
determinados o acúmulo de matéria seca no período (folíolos + ramos +
caules + legumes), Índice de Área Foliar {IAF = m² de folhas / m² de solo},
Razão de Área Foliar {RAF = área foliar (m²) / matéria seca total (g)}, Razão
de Peso Foliar {RPF = matéria seca de folhas (g) / matéria seca total (g dia1)},
Área Foliar Específica {AFE = área foliar (m²) / matéria seca de folhas
(g)}, Taxa de Assimilação Líquida {TAL = [(matéria seca total 2 – matéria
seca total 1) / (área foliar 2 – área foliar 1) / 2]} / intervalo de tempo entre as
coletas dia}, Taxa de Crescimento da Cultura {TCC = [matéria seca total 2 –
matéria seca total 1 / intervalo de tempo entre as coletas (dia-1)] / m² de solo}
e Taxa de Crescimento Relativo {TCR = [matéria seca total 2 – matéria seca
total 1 / (matéria seca total 2 – matéria seca total 1 / 2)] / intervalo de tempo
entre as coletas (em dias)}. As determinações serão realizadas segundo
metodologia proposta por BENINCASA (1988) e adaptada por ZABOT et al.,
(2004).
Serão realizadas todas as práticas culturais recomendadas para
obtenção do máximo controle de insetos moléstias e plantas daninhas,
garantindo que o experimento ocorra sem nenhuma interferência desses
fatores.
O segundo experimento será composto por cinco cultivares
transgênicas com ciclo inferior a 130 dias (Miréia, MSoy 4910, MSoy 7636,
MSoy6001, e Fundacep 56),nas densidades de 25 e 50 plantas por metro
quadrado e duas doses de Tiametoxam (Cruiser® WS 700) (com e sem)
aplicadas como tratamento de semente conforme recomendação do
fabricante.
A semeadura e demais práticas culturais serão efetuadas conforme já
descrito no experimento 1.
O delineamento experimental será o de blocos ao acaso com parcelas
subsubdivididas e quatro repetições, sendo cultivares na parcela principal,
populações de plantas nas subparcelas e doses de Tiametoxam na
subsubparcela. As subsubparcelas serão compostas por 5 linhas de 4
metros, onde as duas linhas laterais e 1 metro de cada extremidade serão
considerados como bordadura. Serão escolhidas 2 linhas centrais para
análise do rendimento e a outra linha central para a coleta de 0,4 m linear
para a analise de crescimento e avaliação dos componentes do rendimento.
As avaliações serão as mesmas descritas no experimento1.
O terceiro experimento será compostos por 10 cultivares transgênicas
(Miréia, MSoy 4910, MSoy 7636, Msoy 6001, CD 213, Fundacep 56, MSoy
7000, Fundacep 54, Msoy 8000 e CD 219), três doses de nitrogênio (0, 80 e
160 Kg de N ha-1) aplicados em dose única em cobertura, em duas épocas
de aplicação, vegetativo (em V3) e reprodutivo (em R3).
A semeadura e demais práticas culturais serão efetuadas conforme já
descrito no experimento 1.
O delineamento experimental será o de blocos ao acaso com parcelas
subsubdivididas e três repetições, sendo época de aplicação na parcela
principal, cultivares nas subparcelas e doses de N nas subsubparcelas. As
subsubparcelas serão compostas por 5 linhas de 4 metros, onde as duas
linhas laterais e 1 metro de cada extremidade serão considerados como
bordadura. Serão escolhidas 2 linhas centrais para análise do rendimento e a
outra linha central para a coleta de 0,4 m linear para a analise de
crescimento e avaliação dos componentes do rendimento. As avaliações
serão as mesmas descritas no experimento1.
BIBLIOGRAFIA
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ORÇAMENTO
Unidade
Quantidade
Valor Unitário (R$)
Valor Total (R$)
Sementes
Saco 60kg
10
45,00
450,00
Fertilizantes
Saco 50kg
12
45,00
540,00
Uréia
Saco 50Kg
10
62,00
620,00
Herbicidas
Litro
10
23,00
230,00
Inseticidas
Litro
5
51,00
255,00
Cruiser® WS
Litro
1
443,00
443,00
Fungicidas
Litro/kg
5
141,00
705,00
Óleo diesel
Litro
300
2,08
624,00
Total
-
-
-
3467,00
Glifosato
700
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
2008
1
2
3
M
J
J
X
X
X
A
S
X
X
X
2009
O
X
N
D
J
F
M
A
M
J
J
2010
A
S
O
N
D
J
F
4
X
X
X
5
X
X
X
X
X
X
X
X
6
X
X
X
X
X
X
X
X
7
8
9
1 – Elaboração do projeto.
2 – Aquisição de material.
3 – Preparação das áreas experimentais.
4 – Instalação de experimentos em campo.
5 – Condução de experimentos em campo.
6 – Coleta de dados.
7 – Análise estatística dos dados.
8 – Elaboração de dissertação.
9 – Defesa de dissertação.
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