12 de maio de 2016 • 1o workshop de aceleração da ce100 brasil

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12 DE MAIO DE 2016 • 1O WORKSHOP DE ACELERAÇÃO DA CE100 BRASIL
SOLAR REAL, RIO DE JANEIRO
PARCEIROS GLOBAIS
DA ELLEN MACARTHUR
FOUNDATION:
1
BOAS VINDAS
O Workshop de Aceleração que aconteceu no dia 10 de Maio de 2016 no
Solar Real, no Rio de Janeiro, marcou o início de uma empolgante nova fase
do programa CE100. Sendo um programa multi stakeholder de inovação e
colaboração que funcionou com sucesso como uma plataforma global por mais
de três anos, este workshop foi o começo de um novo capítulo no programa,
agora ganhando momentum em sua primeira rede local, acelerando a transição
para uma economia circular no Brasil.
Através de nossos relatórios desenvolvidos em parceria com a McKinsey &
Company identificamos um enorme potencial econômico na transição para
uma economia que seja restaurativa e regenerativa por princípio. Os primeiros
resultados da pesquisa sobre uma visão para economia circular no Brasil,
apresentados no workshop, indicam que este potencial econômico é significativo
também para o país. A economia circular já existe em nichos da economia
brasileira. A facilitação e o desenvolvimento da economia circular no Brasil
podem resultar em oportunidades de negócio no ciclo técnico, um modelo
regenerativo no ciclo biológico, desenvolvimento de capital social, além de
acesso a produtos e serviços de qualidade a menor custo, tudo isto contribuindo
para um modelo mais resiliente para o Brasil.
Em um ciclo contínuo de aprendizado, capacitação, estabelecimento de
conexões valiosas e um movimento colaborativo em direção à ação, a rede
CE100 Brasil apoia organizações em cada passo de sua jornada de economia
circular. Um verdadeiro reflexo desta promessa, o workshop abordou todos os
pilares através de plenárias informativas, compartilhando melhores práticas, os
primeiros grupos de trabalho colaborativos e encerrando o dia com uma vista
inspiradora da belíssima cidade do Rio de Janeiro.
Ficamos extremamente felizes com sua participação, honrados com o
entusiasmo e estamos ansiosos para receber os atuais e novos membros no 2o
Workshop de Aceleração em outubro.
2
Casper Jorna
Luisa Santiago
CE100 Lead
CE100 Brasil Lead
CONTENTS
VISÃO GERAL DO EVENTO
4
1 PARTE: CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO
4
A
A ELLEN MACARTHUR FOUNDATION
5
A ECONOMIA CIRCULAR
5
O PROGRAMA ‘CIRCULAR ECONOMY’ 100 (CE100) 7
A REDE CE100 INTERNACIONAL
7
A REDE CE100 BRASIL
7
PESQUISA: UMA VISÃO PARA A ECONOMIA
CIRCULAR NO BRASIL
PRIMEIROS RESULTADOS
9
9
AGRICULTURA & BIODIVERSIDADE
10
EQUIPAMENTOS ELETROELETRÔNICOS
12
AMBIENTE CONSTRUÍDO
13
GRUPOS DE TRABALHO: UMA VISÃO
COMPARTILHADA14
2a PARTE: ACELERANDO A TRANSIÇÃO
16
BENEFÍCIOS DO PROGRAMA
16
Co.PITCHES & Co.PROJECTS
DESIGN THINKING: IDEO & MATERIABRASIL
16
16
RIO+B17
GRUPOS DE TRABALHO: ESTABELECENDO AS
BASES PARA A COLABORAÇÃO
LINKS ÚTEIS
3
18
20
VISÃO GERAL DO EVENTO
Um dia intenso de colaboração e apresentação de novos conceitos
e conhecimento marcou a realização do 1º Workshop de Aceleração
da Circular Economy 100 Brasil (CE100 Brasil), a primeira rede local
da Ellen MacArthur Foundation estabelecida com base no formato
de sucesso da rede internacional CE100, com o objetivo de acelerar a
transição para a economia circular no país.
O evento, que aconteceu no dia 12 de maio de 2016, no Solar Real, em
Santa Teresa, no Rio de Janeiro, é parte do calendário de atividades dos
membros da CE100 Brasil e, nesta primeira edição, reuniu os membros
da rede e também alguns convidados especiais para um dia que teve
como tema central condutor a construção de uma visão compartilhada
para a economia circular no Brasil. Com metodologia inovadora que visa
a fomentar o trabalho colaborativo e alavancar a inteligência coletiva
da rede o workshop foi um importante marco para estabelecer as bases
para o trabalho da CE100 Brasil e da Fundação no país, evoluindo o
próprio conceito de economia circular a partir dos novos elementos que
o Brasil tem a incorporar.
Após as boas vindas de Luísa Santiago, líder da CE100 Brasil, e Pedro
Junqueira, Chefe de Resiliência e do Centro de Operações da Prefeitura
do Rio de Janeiro, o dia seguiu com uma agenda intensa que, na parte
da manhã, focou na construção de conhecimento sobre a economia
circular e suas novas visões para o Brasil e, na parte da tarde, teve foco
em estabelecer as bases para a colaboração em rede.
Na noite anterior ao evento, os convidados tiveram a oportunidade
de participar de uma noite de drinks e networking na Goma, um dos
ecossistemas de negócios mais inovadores do país. A experiência
também incluiu uma visita guiada ao espaço, um conjunto de casarões
na região histórica portuária carioca, e roda de conversa com algumas
das empresas que formam a Goma.
1A PARTE: CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO
Durante toda a manhã, as sessões tiveram como foco nivelar o
conhecimento dos participantes sobre o trabalho da Ellen MacArthur
Foundation e o conceito de economia circular, bem como construir
coletivamente os novos elementos que emergem para o conceito a
partir da realidade brasileira.
4
A ELLEN MACARTHUR FOUNDATION
A ECONOMIA CIRCULAR
A Ellen MacArthur Foundation foi constituída em 2010 com o objetivo
de acelerar a transição para a economia circular. Desde sua criação,
a organização sem fins lucrativos se tornou a principal liderança
no pensamento global a conceituar e avançar o tema da economia
circular, inserindo-o na agenda de tomadores de decisão no mundo dos
negócios, governos e academia. O trabalho da organização se concentra
em quatro áreas interconectadas: Pesquisa & Análise, Educação,
Empresas & Governos e Comunicação.
A noção de uma economia circular vem atraindo cada vez mais atenção
nos últimos anos. O conceito se caracteriza como uma economia
que
é restaurativa e regenerativa por princípio e tem como objetivo
manter produtos, componentes e materiais em seu mais alto nível de
utilidade e valor o tempo todo, fazendo distinção entre ciclos técnicos
e biológicos. A economia circular é concebida como um ciclo contínuo
de desenvolvimento positivo que preserva e aprimora o capital natural,
otimiza a produtividade de recursos e minimiza riscos sistêmicos
gerindo estoques finitos e fluxos renováveis. Ela funciona de forma
efetiva em qualquer escala. Esse novo modelo econômico busca, em
última instância, dissociar o desenvolvimento econômico global do
consumo de recursos finitos.
Após um vídeo em que a Ellen MacArthur contou sua história desde a
vida de velejadora até a inspiração para criar a Fundação e trabalhar
pela transição para a economia circular, Casper Jorna, líder do programa
CE100 internacional, apresentou alguns destaques da atuação da
Fundação que formam a história de grande impacto transformador
ao longo dos seus quase seis anos de existência, com destaque para
os mais recentes feitos, como o lançamento de dois novos relatórios
resultantes da parceria com o Fórum Econômico Mundial – o The New
Plastics Economy e o Intelligent Assets –, a publicação de um novo livro
– o New Dynamics 2 – e as mais recentes parcerias firmadas, como a
entrada da IDEO como parceira de design e a Nike, mais nova empresa a
integrar o time de parceiros globais.
Casper também apresentou uma visão das oportunidades adiante,
como a disseminação do conceito de economia circular e a aplicação do
framework em diferentes contextos.
Os convidados puderam também conhecer com mais detalhe os
updates dos últimos seis meses do trabalho da Fundação em um vídeo
gravado pelo próprio time no escritório base, na Isle of Wight, ao sul da
Inglaterra.
5
PRINCÍPIO
1
Materiais finitos
Renováveis
Preservar e aprimorar
o capital natural
controlando estoques
finitos e equilibrando
os fluxos de recursos
renováveis
Regenerar
Substituir materiais
Virtualizar
Restaurar
Gestão do fluxo de renováveis
Gestão de estoques
CICLOS BIOLÓGICOS
CICLOS TÉCNICOS
Agricultura/coleta1
Matérias-primas
bioquímicas
PRINCÍPIO
2
Otimizar o rendimento
de recursos fazendo
circular produtos,
componentes e
materiais em uso no
mais alto nível de
utilidade o tempo todo,
tanto no ciclo técnico
quanto no biológico.
Regeneração
Biosfera
Fabricante de peças
Fabricante de
produtos
Prestador de
serviços
Reciclar
Renovar/
remanufaturar
Compartilhar
Reutilizar/redistribuir
Biogás
Aproveitamento
em cascata
Manter/prolongar
6 2803 0006 9
Digestão
anaeróbica
Consumidor
Usuário
Coleta
Coleta
Extração de
matérias-primas
bioquímicas2
PRINCÍPIO
3
Estimular a efetividade
do sistema revelando
e excluindo as
externalidades
negativas desde o
princípio
6
Minimizar perdas
sistêmicas e
externalidades
negativas
1. Caça e pesca
2. Pode aproveitar tanto resíduos pós-colheita como pósconsumo insumo
Fonte: Ellen MacArthur Foundation, SUN, and McKinsey Center
for Business and Environment; Drawing from Braungart &
McDonough, Cradle to Cradle (C2C).
6 ∙ RUMO À ECONOMIA CIRCULAR: O RACIONAL DE NEGÓCIO PARA ACELERAR A TRANSIÇÃO
FIGURA 1: DEFINIÇÕES DA ECONOMIA CIRCULAR
O PROGRAMA ‘CIRCULAR ECONOMY’ 100
(CE100)
A R E D E C E 1 0 0 I N T E R N AC I O N A L
Gerente da rede Circular Economy 100 Internacional, Joe Murphy
apresentou aos participantes do workshop uma visão geral do
programa CE100 e da articulação do programa internacional com as
redes locais, a CE100 Brasil e a recém lançada CE100 USA.
A REDE CE100 BRASIL
O CE100 é um programa de inovação e colaboração pré competitiva,
que reune importantes stakeholders de até cem organizações dentre
empresas, governos, academia e afiliados para ser um verdadeiro
“laboratório vivo” de práticas na economia circular, acelerando a
transição dentro das organizações e também de forma sistêmica, na
atuação em rede. Para ajudar os membros a capturar oportunidades
de modelos circulares, a jornada dos membros no programa passa por
quatro áreas: Conhecimento & Pesquisa, Capacitação, Networking e
Colaboração.
O 1o Workshop de Aceleração marcou as boas vindas oficiais aos
primeiros membros da rede, que são:
Após três anos de grande êxito da rede internacional, em 2015 o
programa iniciou uma trajetória de expansão com o estabelecimento
das duas redes CE100 locais, no Brasil, lançada em outubro de 2015,
e nos EUA, desde março de 2016. Essa expansão tem como objetivo
endereçar as oportunidades e desafios específicos dos mercados
locais, construir redes paralelas ao programa CE100 internacional,
criar uma experiência mais local e direcionada para nossos membros
7
e colocar organizações locais à frente da transição regional. Além
disto, a maturidade da rede internacional, aliada à crescente tração do
conceito em altas esferas corporativas e políticas, tem visto o tema sair
da periferia para o núcleo estratégico dos tomadores de decisão nos
negócios e em políticas públicas, como vem ocorrendo na Europa.
Lançada no dia 21 de outubro de 2015, a CE100 Brasil, liderada por
Luísa Santiago, vem ganhando grande momentum e transformando
o ecossistema em torno da economia circular no país, reunindo
organizações inovadoras e pioneiras que já capturam oportunidades e
exploram novas fronteiras de geração de valor circular.
A rede poderá receber novos membros até chegar ao número de cem
organizações. Membros podem ser de diferentes tipos:
•
Embaixadores: empresas brasileiras ou internacionais que
tenham interesse no mercado global e aderem tanto à rede local
como à internacional;
•
Membros da rede local: empresas brasileiras ou internacionais
que queiram atuar somente na rede local;
•
Membros internacionais na rede local: empresas que já são
membros da rede internacional e aderem à rede brasileira para
atuação focada no mercado local;
•
Universidades Pioneiras: são parte do programa de Educação da
Fundação e se tornam membros ativos da rede brasileira;
•
Inovadores Emergentes: start-ups e pequenas empresas com
característica de alta inovação circular;
•
Afiliados: organizações sem fins lucrativos que têm propósitos
convergentes à economia circular.
A CE100 Brasil inaugura não somente a primeira rede local do Programa
CE100, mas também a primeira atuação da Fundação em um país não
desenvolvido, o que tem grande relevância ao se pensar uma transição
verdadeiramente global para a economia circular. Nesse contexto, o
trabalho da Fundação no Brasil também consiste em revelar os novos
elementos que devem ser incorporados para a evolução do próprio
conceito de economia circular e a CE100 Brasil e seus membros
pioneiros no país são importante alavanca para esse trabalho de alta
inovação conceitual.
Para estabelecer as bases desse conhecimento, em março de 2016,
foi iniciada a primeira pesquisa brasileira da Fundação, com foco
em explorar uma visão inicial para a economia circular no Brasil. Os
resultados obtidos em uma primeira fase de investigação e entrevistas
foram apresentados no workshop introduzindo a segunda fase da
pesquisa, em que a inteligência coletiva da rede foi provocada em
sessões de trabalho para co-criar essa visão compartilhada e identificar
os elementos específicos do Brasil na economia circular.
8
PESQUISA: UMA VISÃO PARA A ECONOMIA
CIRCULAR NO BRASIL
P R I M E I R O S R E S U LTA D O S
Dando início à sessão plenária, Ashima Sukhdev, Gerente de Projeto
da Ellen MacArthur Foundation para a pesquisa sobre uma visão para
a economia circular no Brasil, apresentou as principais descobertas do
trabalho, destacando as particularidades, oportunidades e desafios
no contexto local. A pesquisa foi conduzida com base nas seguintes
perguntas:
1.
1
2
Quais são as oportunidades para a economia circular no Brasil?
2. Quais são as condições únicas que viabilizam ou agem como
barreiras à economia circular?
A investigação foi conduzida através da lente dos seguintes setores:
Agricultura & Ciclo Biológico, Equipamentos Eletroeletrônicos e
Ambiente Construído.
3
Em uma visão geral para o Brasil, os resultados iniciais da pesquisa
apontam as seguintes oportunidades:
4
5
9
Oportunidades de negócios no ciclo técnico: redução
de custos com insumos, novas fontes de receita,
criação de demanda por modelos de serviços, melhoria
em relacionamento com clientes e menor exposição à
volatilidade de custo e oferta de suprimentos.
Promoção de um modelo regenerativo no ciclo
biológico: afastamento do modelo extrativista linear
em agricultura; cadeias de valor regenerativas de
ativos da biodiversidade; posicionamento global como
exportador de biointeligência.
Incorporação de forças sociais para otimizar os fluxos
de materiais: valoração e incorporação de fluxos
informais de materiais em grandes cadeias de valor;
sinergia entre indústria e negócios sociais e na base da
pirâmide unindo o ‘melhor dos dois mundos’ com
aplicação de tecnologias e processos com altos
padrões socioambientais.
Ampliação de acesso através de modelos de negócio
de economia circular: modelos de negócio circulares
disruptivos que otimizem fluxos de materiais e custos
de produção ao passo que promovem acessibilidade a
grupos de menor poder aquisitivo a produtos de mais
alta qualidade.
Um modelo resiliente para o Brasil: geração de
múltiplos fluxos locais de receita com diversificação
econômica e inclusão social; afastamento de modelos
lineares extrativistas; maior geração e captura de valor
no país.
E também desafios importantes de naturezas:
AG R I C U LT U R A & B I O D I V E R S I DA D E
Estratégica: infraestruturas e instituições moldadas em torno de um
modelo extrativista.
Com base no framework da economia circular e a experiência
desenvolvida globalmente até aqui, as principais alavancas de valor
circular para o setor de agricultura e biodiversidade são:
Estrutural: priorização de áreas que não demandam inovação e um
modelo tributário que serve de desincentivo ao empreendedorismo.§
Regulatória: desalinhamento de incentivos à múltipla geração de
valor material, como, por exemplo, na noção de responsabilidade
compartilhada no ciclo reverso de materiais.
A primeira fase da pesquisa envolveu:
21
14
4
3
Stakeholders
envolvidos
Negócios
Associações
empresariais
Instituições de
pesquisa e academia
13
3
6
4
Estudos de caso
analisados
em Agricultura &
Ciclo Biológico
em Equipamentos
Eletroeletrônicos
em Ambiente
Construído
O mergulho mais profundo nos três setores cobertos tem como ponto
de partida o estado da arte do conhecimento e framework de economia
circular a partir das experiências e investigações globais, ao que a
pesquisa permitiu identificar para o Brasil aquelas oportunidades que
se alinham ao que já se conhece, mas também aquilo que é único do
contexto brasileiro para viabilizar a transição.
10
•
Agricultura Regenerativa
•
Restauração de Capital Natural
•
Eficiência de Recursos
•
Ciclos Fechados para Nutrientes
•
Efeito cascata
Além disto, a pesquisa mostra que, no contexto brasileiro, as condições
relevantes para viabilizar a transição são as seguintes:
•
Significativos casos práticos inovadores
de transição para uma economia circular
•
Condições sistêmicas favoráveis já
existentes
•
Alto potencial de se tornar um líder global
em biointeligência
CASOS PRÁTICOS:
C A S O P R ÁT I C O : N AT I V E
A Native Produtos Orgânicos é um excelente exemplo de adoção
de modelo de negócio circular no ciclo biológico. Seu modelo
de agricultura regenerativa – chamado de ERA, ou Agricultura
Revitalizadora de Ecossistemas, da sigla em inglês – é um grande
exemplo de como inserir circularidade no setor agrícola e, ainda, de
geração de biointeligência com potencial de aplicação não só no setor
sucroalcooleiro como em outros cultivos e escalas. Fernando Alonso, Gerente de Produtos Orgânicos da Native, apresentou
a trajetória da empresa, cujos resultados renderam reconhecimento
internacional. A partir da inovação no método de cultivo de cana, com
o projeto Cana Verde, suprimindo a necessidade de queima da cana
para a colheita, iniciou-se o desenvolvimento do ERA, eliminando
gradativamente os fatores de intervenção humana no cultivo da cana e
dando lugar a processos naturais.
O novo método de colheita permitiu eliminar a degradação do solo
resultante da queima e as partes inutilizadas da planta passaram
a ser intencionalmente deixadas sobre o solo, retornando ao ciclo
biológico de forma segura e agindo como adubo ao promover a
reposição de nutrientes. O ciclo fechado de nutrientes na produção,
em que os resíduos industriais da usina (vinhaça, torta de filtro,
cinzas) são insumos preponderantes no manejo do canavial, gerou não
apenas reduções de custo significativas (ao eliminar a dependência
de fertilizantes artificiais e defensivos químicos) como um aumento
de produtividade considerável na plantação, a eliminação de
externalidades negativas que ameaçavam o ambiente local e, ainda, a
geração de externalidades positivas, com a restauração do capital da
biodiversidade e do ciclo hidrológico. O resultado é uma monocultura
orgânica em larga escala e altamente resiliente, um modelo de negócio
até hoje pouco comum no setor agrícola.
[Assita ao documentário feito pela Fundação sobre a Native]
11
C A S O P R ÁT I C O : N AT U R A
A Natura adotou um modelo estratégico para transformar desafios
socioambientais em oportunidades de negócio, através da valoração
de ativos da sociobiodiversidade brasileira. A partir do desafio da
degradação da Amazônia, a empresa adotou uma estratégia para
impulsionar um novo desenvolvimento para a Amazônia, uma economia
da floresta em pé, que gere mais valor do que a floresta derrubada,
utilizando a sociobiodiversidade como alavanca de negócios.
A estratégia envolve uma vertical de ciência tecnologia e inovação,
com um núcleo de pesquisa e desenvolvimento na Amazônia, bem
como uma robusta abordagem multi-stakeholder de parceria públicoprivada, comunidades e sociedade, com a qual foi possível envolver
2.571 famílias de 25 comunidades extrativas de ativos da biodiversidade
em um novo modelo de cadeia de valor que é regido por preço justo
no fornecimento e repartição de benefícios ao longo da cadeia. Para
garantir também a regeneração do capital social, que é detentor da
biointeligência do uso desses ativos, a iniciativa conta ainda com uma
vertical de fortalecimento local, a partir da formação de lideranças,
gestão de cooperativas, capacitação técnica de campo e uma micro
usina local para agregação de mais valor aos ativos.
Para ilustrar esta escolha estratégica, Renata Puchala, Gerente de
Sustentabilidade da Natura, apresentou a linha de produtos à base de
Ucuuba, da Natura Ekos. A árvore da Ucuuba, a Ucuubeira, ameaçada
de extinção por conta da exploração em larga escala de sua madeira
para a indústria de construção civil, passou a ter valor comercial até
três vezes maior como fonte de matéria prima para a indústria de
cosméticos após a descoberta das propriedades de seu fruto. Este caso
exemplifica o potencial de geração de uma economia regenerativa no
ciclo biológico, com valoração do capital social e natural a partir de
negócios com ativos da biodiversidade.
E Q U I PA M E N TO S E L E T R O E L E T R Ô N I C O S
C A S O P R ÁT I C O : H P B R A S I L
Com base no framework da economia circular e a experiência
desenvolvida globalmente até aqui, as principais alavancas de valor
circular para o setor de equipamentos eletroeletrônicos são:
Presente no Brasil desde 1967, a HP, uma das maiores empresas de
tecnologia do mundo, adotou uma abordagem de economia circular
para capturar oportunidades em toda a sua cadeia de suprimentos.
Rodrigo Rossi, Gerente de Operações da HP Brasil, apresentou o case
que é composto por três iniciativas complementares: Programa de
Reciclagem, Smart Waste e Zero Waste. •
Design e Virtualização
•
Manutenção / Reparo
•
Compartilhamento / Reuso / Redistribuição
•
Reforma / Remanufatura
•
Reciclagem
•
Modelos de desempenho
Além disto, a pesquisa mostra que, no contexto brasileiro, as condições
relevantes para viabilizar a transição são as seguintes:
12
•
Proximidade entre manufatura e mercados
consumidores crescentes
•
Importantes direcionadores para
manutenção do valor dos produtos,
materiais e componentes
•
Direcionadores regulatórios já existentes
•
Importante infraestrutura informal para
logística reversa
•
Oportunidades em processos de design
e expansão de modelos de serviço e
desempenho
A estratégia de integração na cadeia de suprimentos e a proximidade
entre manufatura e mercado consumidor viabilizam o projeto de
economia circular na HP Brasil Os equipamentos e suprimentos de
impressão coletados em todo o Brasil por meio do programa de
reciclagem são encaminhados para o Centro de Inovação e Tecnologia
em Reciclagem operado pelo parceiro Flextronics, para processamento
e posterior reinserção de plástico reciclado na produção de novas
partes e peças de impressoras. Como resultado, 8% das matérias primas
do portfolio da HP Brasil são de origem reciclada, com significativa
redução de custos e emissões a partir do fechamento do ciclo de
plástico. Como visão de futuro, a HP espera ampliar o conteúdo
reciclado para 17%, além de expandir o modelo para outros tipos de
materiais e em colaboração com o setor de TI no Brasil, tornando o
modelo ainda mais atrativo economicamente.
AMBIENTE CONSTRUÍDO
C A S O P R ÁT I C O : C O N S T R U C Í A
Com base no framework da economia circular e a experiência
desenvolvida globalmente até aqui, as principais alavancas de valor
circular para o setor de ambiente construído são:
David Moura-George, diretor geral da Construcía Brasil, apresentou
a metodologia híbrida Lean2Cradle, desenvolvida pela empresa
atuante no setor de construção civil de ambientes corporativos, como
escritórios e lojas. A metodologia incorpora a eficiência do método
Lean aliada aos atributos da certificação Cradle2Cradle para aplicação
em ambientes construídos corporativos rumo à circularidade.
•
Projetar para a flexibilidade
e modularidade
•
Seleção de materiais
eficazes
•
Processos eficientes de
construção
•
Operação e reforma
•
Desmontagem e
redirecionamento
•
Integração sistêmica
Além disto, a pesquisa mostra que, no contexto brasileiro, as condições
relevantes para viabilizar a transição são as seguintes:
•
13
Oportunidades circulares em novos
desenvolvimentos imobiliários
e também ambiente construído
existente
•
Ampliação do acesso a construções
de baixo custo: uma nova dinâmica a
explorar
•
Desenvolvimento de sistemas
urbanos resilientes e integrados
•
Conexão entre urbano e rural: uma
abordagem sistêmica sobre os ciclos
de nutrientes
A metodologia Lean consiste em preparação e planejamento minucioso
anterior à execução da obra, permitindo a seleção de materiais eficazes,
a definição de processos eficientes de construção com minimização
de resíduos e ociosidade, o mapeamento e minimização de riscos e
espaços construídos com alto grau de modularidade e flexibilidade,
resultando em um modelo de negócio caracterizado pela otimização de
recursos materiais, humanos e econômicos e a eficiência na entrega e
no tempo de projeto.
Somado à já conhecida metodologia Lean, o uso de materiais
certificados Cradle2Cradle, formando a abordagem Lean2Cradle,
garante a saúde e segurança dos materiais, que são projetados para
retornar aos ciclos industriais de nutrientes técnicos e biológicos sem
substâncias nocivas nos materiais de construção selecionados. Isto
permite a recuperação de valor de matérias primas com a manutenção
de um banco de materiais que mapeia a composição das construções e
as transforma em potenciais fontes de recursos.
Após a sessão plenária, os convidados se dividiram em grupos, por
setor, para discutir os resultados da pesquisa e ajudar a construir
coletivamente uma visão para a economia circular no Brasil.
GRUPOS DE TRABALHO: UMA VISÃO
COMPARTILHADA
Em grupos de trabalho, os participantes do workshop debateram os
resultados iniciais da pesquisa e forneceram conjuntamente novas
informações que serão analisadas e incorporadas ao longo dos
próximos meses.
G R U P O 1 : AG R I C U LT U R A & B I O D I V E R S I DA D E
G R U P O 2 : E Q U I PA M E N TO S E L E T R O E L E T R Ô N I C O S
A seguinte visão preliminar foi apresentada para o setor de
equipamentos eletroeletrônicos:
No Brasil, uma economia circular pode alavancar características únicas
do mercado nacional para fortalecer e criar novas oportunidades de
negócios, ao passo que promove ampliação do acesso e incorpora a
inteligência e a capacidade do setor informal.
Os principais elementos da visão são:
A seguinte visão preliminar foi apresentada para o setor de agricultura e
biodiversidade:
•
Alavancar dinâmicas de mercado no Brasil para se tornar um
mercado de desmontagem e remontagem;
No Brasil, a economia circular no setor de agricultura e biodiversidade
pode ser uma estratégia para prosperar no longo prazo, gerando
resultados econômicos ao passo que regenera seu rico e diverso capital
natural e social.
•
Integrar o setor informal, estabelecendo uma relação
mutuamente benéfica;
•
Ampliar acesso a grupos de menor renda a produtos de
qualidade através de modelos circulares;
•
Alterar a dinâmica de design das empresas, em sua relação
Brasil-sede.
Os principais elementos da visão são:
•
Exportação de biointeligência
•
Uma abordagem regenerativa
•
Compromissos ambientais
Abaixo, um resumo dos pontos debatidos pelo grupo de trabalho:
•
A importância de modelos de financiamento para regularização
e padronização das cadeias informais de valor nos EEE;
•
A importância de investir em tecnologia e pesquisa
e desenvolvimento para identificar novos materiais e
oportunidades de negócio com
maior potencial de circularidade.
•
Há grande espaço para avançar
em tecnologia para recuperar
materiais de alto valor nos EEE
em fim de vida;
•
Grandes oportunidades
de expansão de modelos
de negócio circulares que
gerem ampliação do acesso a
produtos;
•
Design local permite projetar
uma economia circular,
adequada ao contexto brasileiro.
Abaixo, um resumo dos pontos debatidos pelo grupo de trabalho:
14
•
A circularidade nos setores ligados ao ciclo biológico pode
gerar benefícios ecossistêmicos e modelos de negócios com
externalidades sociais e ambientais positivas;
•
Para o sucesso de novos negócios regenerativos em agricultura
e biodiversidade há necessidade de monetizar os impactos
ambientais dos modelos lineares atuais;
•
A importância da inovação aberta para o surgimento de novas
tecnologias e modelos de negócio;
•
A importância do fator de regeneração social em modelos
circulares em agricultura e biodiversidade para uma economia
verdadeiramente regenerativa.
•
Incentivos públicos à pesquisa e acesso a financiamento como
condições viabilizadoras para acelerar a transição para a
economia circular.
GRUPO 3: AMBIENTE CONSTRUÍDO
GRUPO 4: CONDIÇÕES SISTÊMICAS VIABILIZADORAS
A seguinte visão preliminar foi apresentada para o setor de ambiente
construído:
Este grupo, de composição multi setorial, teve como objetivo discutir
as condições sistêmicas que devem existir para viabilizar a transição
para a economia circular. Abaixo, um resumo dos pontos debatidos pelo
grupo:
No Brasil, uma economia circular pode permitir que o ambiente
construído (tanto construções existentes quanto novas) atenda às
diversas necessidades da população e que esteja conectado a outros
sistemas urbanos e aos sistemas rurais.
•
Necessidade de maior proximidade entre os setores público
e privado para evitar desincentivos à circularidade (como por
exemplo a não incomum bitributação de produtos em ciclos
reversos);
•
Políticas públicas devem ser orientadas a um mesmo norte da
economia circular, alinhando incentivos e desincentivos;
•
Necessidade de promover a emergência de modelos circulares
em meio ao paradigma linear, evidenciando-se o caso
econômico e um modelo que funcione melhor;
•
Ampliação do diálogo inter setorial;
•
Regulamentações devem acompanhar inovações tecnológicas.
Os principais elementos desta visão são:
•
Novas construções – uma oportunidade de ser circular desde o
princípio
•
Ampliar acesso
•
Incorporar sistemas urbanos
•
Conexão entre urbano e rural
Abaixo, um resumo dos pontos debatidos pelo grupo de trabalho:
15
•
A importância de formação e capacitação específica em
economia circular a arquitetos e engenheiros;
•
Estímulo ao pensamento sistêmico no setor, integrando a visão
de ambiente construído nos ciclos de nutrientes tanto técnicos
como biológicos e nos sistemas em que estão inseridos;
•
Promoção de novos padrões de mobilidade;
•
O ambiente construído com foco na experiência e vivência do
espaço;
•
Promoção de conexões entre produtores rurais a atores
urbanos, otimizando o fluxo de nutrientes biológicos entre
esses dois meios.
2a PARTE: ACELERANDO A TRANSIÇÃO
C O. P I TC H E S & C O. P R O J E C T S
Na parte da tarde, as sessões tiveram como objetivo estabelecer bases
para a colaboração na prática para acelerar a transição.
Ashima Sukhdev apresentou o formato de sucesso das iniciativas
colaborativas entre membros – os Co.Pitches e Co.Projects –
desenvolvidos pelos membros e para os membros, para gerar práticas
em rede que acelerem a transição.
BENEFÍCIOS DO PROGRAMA
Com o 1o Workshop de Aceleração, os membros CE100 Brasil
já começam a formar as conexões que resultarão em parcerias
colaborativas de economia circular na prática. Luísa Santiago
apresentou alguns dos benefícios que os membros do programa irão
receber para facilitar essas conexões e suas jornadas pioneiras na
transição. São eles:
E-learning: plataforma de capacitação virtual escalável que oferece uma
introdução à economia circular através de mensagens chave contidas
em um número de módulos concisos. O programa inclui múltiplos
estudos de caso e exemplos tangíveis e é auto-gerido, de modo que
o usuário possa ajustá-lo à sua disponibilidade de tempo. O conteúdo
é dividido em cinco seções: Introdução à economia circular, Pesquisa
& Desenvolvimento, Cadeia de suprimentos, Marketing e Estratégia e
finanças. O programa apresenta o conteúdo de forma bastante visual e
permite o acompanhamento da jornada de aprendizado do usuário com
desafios.
Biblioteca e App: os membros tem acesso a uma biblioteca de
conteúdo desenvolvida e alimentada pela Fundação, incluindo
relatórios, pesquisas e estudos de caso; a Fundação também trabalha
junto aos membros para desenvolver e divulgar seus próprios estudos
de caso das iniciativas que desenvolvem na economia circular. O
conteúdo pode ser acessado através do App CE100 Brasil, que também
serve como plataforma de networking para membros da rede.
1o Workshop de Aceleração: confirmado para outubro de 2016 em data
e local ainda a ser definido. Após formar as bases para a colaboração
entre os membros da rede neste 1o Workshop de Aceleração, a ambição
é que a partir de agora seja iniciada uma jornada para que os membros
já se organizem para iniciar projetos práticos colaborativos no 2o
Workshop de Aceleração.
16
Co.Pitches: são momentos em que membros apresentam novas ideias
de projetos a outros membros que possam se interessar por participar
da iniciativa.
Co.Projects: são canais de colaboração, dirigidos pelos membros e para
os membros e facilitados pela Fundação. Tratam-se de planos conjuntos,
realizáveis, tendo em vista capturar oportunidades e/ou superar
desafios sistêmicos na transição.
D E S I G N T H I N K I N G : I D E O & M AT E R I A B R A S I L
Ainda preparando o terreno para a colaboração, IDEO e MatériaBrasil
uniram forças para transmitir o potencial do design thinking como
ferramenta criativa de transformação, uma potente forma de
transformar em prática ideias para a transição nas organizações.
Abrindo a sessão através de um vídeo, Chris Grantham, Diretor de
Portfolio para a Economia Circular na IDEO, enfatizou o papel central
dos membros na implementação das mudanças que possibilitarão a
transição. E compartilhou a missão da empresa enquanto oficial parceira
de design da Fundação, de ajudar a catalisar soluções escaláveis em
direção à economia circular, e alguns valores chave da IDEO para
mudanças bem sucedidas:
•
Ser otimista para inspirar otimismo nos demais colaboradores;
•
Ter a mente aberta e acreditar na mudança para ser capaz de
enfrentar as dificuldades ao longo do caminho;
•
Adotar uma abordagem interdisciplinar ao selecionar seus
colaboradores e determinar quais habilidades desenvolver
internamente;
•
Procurar ser resiliente, abraçando a ambiguidade;
•
Não se ater ao campo das ideias mas sim buscar
experimentação e aprendizados através do fracasso, para
construir soluções mais robustas e viáveis e
•
Desenvolver ideias em versão beta, em vez de versões finais e
irretocáveis, facilitando a aceitação por indivíduos resistentes e
estimulando melhorias contínuas.
Bruno Temer, da MatériaBrasil, membro Inovador Emergente da
CE100 Brasil, deu continuidade à sessão, conceituando o design
como uma “atividade meio” a serviço da inovação e com abordagem
multidisciplinar e trazendo exemplos práticos de design thinking em
ação. Entre eles, o piso Fibonnacci, desenvolvido em parceria com a
Parquet, que utilizou resíduos de madeira e instalação de pisos para
criar uma linha sazonal de pisos em um exemplo de upcycling de
materiais.
Bruno ainda desmistificou o termo design thinking, comumente
percebido como um processo desordenado que resulta em ideias
espontâneas, mas que, na realidade, consiste em um processo intenso
em pesquisa e experimentação.
17
RIO+B
Gabriela Valente, Gerente Executiva da iniciativa Rio+B, apresentou em
primeira mão aos participantes do workshop o projeto, que será lançado
oficialmente em julho de 2016. O Rio+B consiste em uma iniciativa que
surgiu como resultado da construção de uma estratégia de resiliência
para o Rio de Janeiro dentro do âmbito do programa Rio Resiliente
(liderado por Pedro Junqueira, Chefe de Resiliência e Operações da
Prefeitura do Rio) como uma iniciativa prática para avançar a resiliência
socioeconômica da região.
O Rio+B convocará todas as empresas localizadas na Região
Metropolitana do Rio de Janeiro para participar de uma jornada de
melhoria do impacto socioambiental dos negócios na cidade, utilizando
métricas de mensuração de impacto do Sistema B, o Quick Impact
Assessment, às quais, pela primeira vez no mundo, estão se somando
as métricas de Indicadores de Circularidade desenvolvidos pela Ellen
MacArthur Foundation em versão adaptada para o Rio+B.
GRUPOS DE TRABALHO: ESTABELECENDO
AS BASES PARA A COLABORAÇÃO
Na última sessão do dia, os participantes do workshop se dividiram
em grupos de discussão temáticos para determinar coletivamente
potenciais linhas de ação que virão a ser projetos colaborativos da
rede.
G R U P O 3 : E M B A L AG E N S
O grupo de trabalho que debateu a questão de embalagens produziu
coletivamente um diagrama representando os principais elementos da
cadeia de valor, que pode variar bastante de acordo com o material de
cada embalagem.
•
Iniciativa para endereçar o desafio da falta de padronização
das políticas Estaduais e sistema de tributação referentes à
coleta e processamento de embalagens descartadas, bem
como a necessidade de definição de modelos de negócio para
lidar com o tema de embalagens, que hoje representa custo
considerável para as empresas.
•
Ideias em torno da necessidade de melhorar a capacidade de
gestão das cooperativas que compõem a cadeia de valor.
•
A principal conclusão da sessão de trabalho foi que, tendo
em vista a complexidade do tópico, é necessário acordar
sobre áreas de foco ao longo da cadeia de valor, mapear seus
pontos de fragilidade e trabalhar em direção a uma maior
padronização.
G R U P O 1 : O P O R T U N I DA D E S N O C I C LO T É C N I C O
•
Proposta de desenvolvimento de um banco de materiais
perdidos em processos de manufatura a ser compartilhado
e co-gerido pelas diferentes empresas do ciclo técnico.
Funcionalidades incluiriam referência geográfica, preço,
composição, usos, melhores práticas de gestão (desenvolvidos
coletivamente), busca que alinhe oferta e demanda de cada
material e mecanismo para facilitar as respectivas transações
financeiras.
•
Pontos a definir para a implantação do proposto incluiriam
regulamentação, a questão de propriedade intelectual na
criação de soluções coletivas e o alinhamento de propósito
entre os integrantes.
•
Para o lançamento da plataforma, o marketing seria um
importante elemento, para fins de conscientização.
G R U P O 2 : O P O R T U N I DA D E S N O C I C LO B I O LÓ G I C O
18
•
Iniciativa para promover integração entre os meios urbano
e rural no fluxo de resíduos orgânicos e de alimentos,
considerando tanto agricultura em larga escala quanto
agricultura familiar.
•
Ideias para explorar potencial de modelos de negócios de
cascateamento de resíduos orgânicos para extração de valor
em outras aplicações.
•
Articulação de pequenos produtores para dar escala a
iniciativas de cascateamento de resíduos orgânicos, em uma
abordagem integrada.
G R U P O 4 : C I DA D E S C I R C U L A R E S
•
Ideias sobre cidades migrarem de modelos de compra de
produtos para modelos de contratação de serviços (por
exemplo, serviços de iluminação, mas também veículos da
administração pública, computadores e mobiliário, etc).
•
Ideias sobre o uso da tecnologia da Internet das Coisas
em cidades para aumentar circularidade.
•
Ideias sobre aplicação de lente da circularidade na
atração de investimentos para cidades, com relevância aos
impactos socioeconômicos do ambiente de negócios.
•
Ideias sobre cidades circulares como aquelas que melhor
utilizam seus ativos e recursos, incentivando modelos
de economia compartilhada, produtos como serviços e
redução de resíduos.
•
Desafios em torno de modelos de financiamento de
projetos circulares em cidades devem ser levados em
conta - criação de fundos rotativos para financiar projetos
no setor público, por exemplo.
G R U P O 5 : O A S P E C TO S O C I A L DA E C O N O M I A
CIRCULAR NO BRASIL
•
19
Iniciativa com foco em capacitar, fortalecer e dar
ferramentas a associações e cooperativas de catadores
como sendo um elemento chave para a economia circular
no Brasil no que diz respeito a ciclo reverso de materiais
em cadeias de reciclagem.
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20
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