Clipping - Departamento DST/AIDS e Hepatites Virais ÍNDICE CORREIO BRAZILIENSE - DF Punidos pelo descaso ................................................................................................................................2 Vacina para diminuir casos de câncer .....................................................................................................3 O ESTADO DE S. PAULO - SP Contrariando Justiça, profissionais de saúde continuam fazendo acupuntura .................................4 A importação de médicos (Editorial) ........................................................................................................6 FOLHA DE S. PAULO - SP Aposentados têm isenção adicional a partir dos 65 anos ....................................................................7 Instituição é referência e tem fila por vaga .............................................................................................8 O GLOBO Perfis LGBTS (Gente Boa) ........................................................................................................................9 AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS 08/04/2012 - País precisa formar o dobro de médicos para atingir meta governamental de 2,5 profissionais para cada mil habitantes, destaca O Globo ....................................................................9 08/04/2012 - Vacina mostra-se promissora na busca por uma prevenção eficaz da aids, informa o Correio Braziliense ..................................................................................................................................9 RCM PHARMA Dia Mundial da Saúde: ministro dedica data aos doentes mentais ..................................................10 CORREIO BRAZILIENSE - DF | BRASIL ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 09/04/2012 Punidos pelo descaso Às vésperas de entrar em vigor, a lei que instituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), detalhando como deve ser feita a ressocialização de menores infratores no Brasil, dedicou uma seção inteira ao tratamento dos adolescentes dependentes de álcool e drogas. Avaliação com equipe multidisciplinar, terapêutica que se estenda à família e atendimento inclusivo nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) são mecanismos presentes na legislação. A realidade, porém, é bem diferente. Levantamento do Correio mostra que apenas um terço dos 209 municípios que abrigam unidades de meninos e meninas em conflito com a lei no país conta com os Centros de Atenção Psicossocial para Infância. Chamados de CAPSi, eles são a principal estrutura da rede pública para assistir usuários de entorpecentes de até 18 anos. Mesmo se considerada a oferta de Caps-AD, unidade de saúde voltada para adultos usuários de álcool e drogas, somente metade das cidades que têm estabelecimentos com menores infratores é atendida. A falta do serviço na rede pública, aliada à precariedade de praticamente todos os 435 centros socioeducativos do país, que muitas vezes nem equipes de saúde fixas têm, coloca em xeque a recuperação dos adolescentes que cometeram delitos. "Cada vez mais o ato infracional está relacionado com as drogas, principalmente com o crack. De que adianta, então, privar o menino ou a menina de liberdade sem tratar a dependência? As chances de reincidência aumentam muito", aponta Ariel de Castro, vice-presidente da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Pelo menos 86 cidades no país que abrigam os estabelecimentos com menores infratores não contam nem com CAPSi nem com Caps-AD. Rondônia é exemplo emblemático da falta de serviços de saúde. Lá, as 27 unidades socioeducativas estão espalhadas por 13 municípios, mas somente Porto Velho tem um centro de tratamento voltado para adultos usuários de álcool e drogas. A distância de muitos municípios desassistidos até a capital chega a 500km. Engana-se, porém, quem imagina que o problema está apenas nos rincões do Norte ou do Nordeste do Brasil. Luziânia, de quase 200 mil habitantes e a apenas 60km de Brasília, também sofre com a falta de um serviço de tratamento especializado. Há cerca de seis meses, um psiquiatra, cedido pela Secretaria Municipal de Saúde, visita o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Luziânia uma vez por semana. "Antes, acontecia de a gente ter que levar o adolescente durante uma crise, um surto, ao HPAP (hospital para doentes mentais em Taguatinga), sem estrutura, com dificuldade de carro, de ter agentes para acompanhar. E, quando chegávamos lá, muitas vezes o atendimento era a aplicação de um remédio. Agora, pelo menos temos essa visita semanal do médico", diz Eva Simão de Araújo, coordenadora-geral do Case de Luziânia. Ela considera, entretanto, que o melhor seria existir um serviço permanente na cidade. "Infelizmente, não temos Caps-AD aqui. Sem um tratamento para os meninos dependentes, fica mais difícil fazer o trabalho socioeducativo", lamenta. Abstinência Não existe uma informação oficial sobre a quantidade de menores infratores usuários de drogas, mas estudos localizados e o dia a dia das unidades mostram que o problema é cada vez maior. No Case, 95% dos 57 internos consumiam pelo menos algum tipo de entorpecente antes de serem privados de liberdade. A crise de abstinência dos primeiros dias é acompanhada com apreensão pelos educadores e monitores. "Nós, que somos leigos no assunto, não podemos dar remédios ou qualquer outra coisa. Eles passam muito mal, ficam agitados, ansiosos, têm dificuldade para dormir. Mas temos que esperar o psiquiatra para avaliá-los", relata Eva. A Secretaria de Direitos Humanos (SDH) informou, em nota, pela assessoria de imprensa, que o governo federal preconiza o atendimento do adolescente infrator de forma inclusiva e integrada. E ressaltou o trabalho em curso para garantir o atendimento a essa população. "A SDH vem articulando com o Ministério da Saúde para a oferta de atendimento adequado aos adolescentes usuários de drogas, de acordo com o Sinase." O Ministério da Saúde foi procurado pela reportagem, mas não retornou. CORREIO BRAZILIENSE - DF | SAÚDE DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 09/04/2012 Vacina para diminuir casos de câncer Belo Horizonte - a inclusão da vacina de vírus do papiloma humano (HPV) no Programa Nacional de Imunizações (PNI) pode representar a redução nos casos de câncer de colo de útero, a segunda maior causa de mortalidade entre as mulheres brasileiras. A boa notícia é que a introdução da vacina está em estudo pelo Ministério da Saúde. "A inclusão pode parecer um custo, mas representa um investimento em saúde. Pode parecer um dispêndio no momento, mas o governo vai economizar muito com os custos do tratamento do câncer no futuro", defende Charles Pádua, diretor do Cetus Hospital-Dia, instituição especializada em medicina oncológica de Betim, na Grande Belo Horizonte. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que, em 2012, no Brasil, devem ser registrados 17.540 novos casos desse tipo de tumor - o equivalente a 17 casos para cada 100 mil mulheres. Na rede privada, há 14 anos, a vacina vem sendo aplicada em mulheres de 9 a 26 anos, e desde o ano passado o uso foi liberado também para homens na mesma faixa etária. A vacina quadrivalente, que combate os tipos do HPV identificados como 6, 11, 16 e 18, pode ser encontrada em clínicas particulares a preços que variam de R$ 300 a R$ 350 para cada uma das três doses. Embora o HPV, que se refere a uma família de vírus com mais de 200 tipos diferentes, seja associado às mulheres, ele pode causar nos homens o câncer de pênis, ânus e as verrugas ânus-genitais, conhecidas como crista de galo. O alto custo da vacina compromete uma ampliação da cobertura da imunização. "Apenas 1% da população deve ter se vacinado, o que, em termos de saúde pública, não representa nada. Para reduzirmos a quantidade de vírus circulando, teríamos que proteger de 80% a 90% da população", afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Renato Kfouri. Quando há vacinação em massa, mesmo que não seja a totalidade da população, é possível reduzir a circulação do vírus e até mesmo erradicá-lo. "Mesmo as pessoas que não recebem a vacina são protegidas indiretamente, porque se trata de imunidade de "rebanho"", pontua. Na Austrália, onde a vacinação contra o HPV é uma política pública, houve redução expressiva no número de casos de câncer de colo de útero. Verrugas Existem no mercado duas vacinas contra o HPV: a bivalente e a quadrivalente. A primeira protege dos tipos 16 e 18, causadores de 70% dos cânceres de colo de útero, e está indicada para mulheres. Já a quadrivalente combate também os tipos 6 e 11, responsáveis por 90% das verrugas genitais. Ambas oferecem proteção adicional contra outras variedades causadoras de cerca de 10% dos cânceres do colo de útero. As vacinas dão ao organismo capacidade de gerar produção de anticorpos e proteção que chega a 99%. No entanto, não podem ser usadas como tratamento para quem já se infectou com o vírus. A importância da inclusão da vacina no PNI aumenta consideravelmente tendo em vista que ela é a forma mais eficaz de prevenção da doença, sexualmente transmissível. O vírus é passado de pele para pele, não sendo necessária a penetração para que haja o contágio. Isso faz com que o Preservativo não seja a forma mais eficaz de evitar a doença. De acordo com Charles Pádua, entre 50% e 80% de homens e mulheres vão contrair o HPV em alguma época da vida. "A partir do momento em que o indivíduo inicia a vida sexual, está exposto", diz. O oncologista acrescenta que há vários trabalhos científicos que comprovam redução na incidência de casos de cânceres de útero, vulva e pênis nos países onde houve a introdução da vacina. Alguns municípios brasileiros estudam a possibilidade de adoção da dose, no entanto, segundo Pádua, para que haja eficiência é preciso a implantação de um plano nacional. De acordo com o Ministério da Saúde, a inclusão de vacinas leva em consideração vários critérios, como o epidemiológico (prevalência e incidência da doença devem ser relevantes); o imunológico (a imunogenicidade proporcionada pela vacina deve ser de alta eficácia) e o custo. O ministério informou ainda que vem realizando debates técnicos sobre a introdução dessas vacinas no programa nacional. Hepatite B A vacina contra a Hepatite B pode contribuir também para a redução da incidência do carcinoma hepatocelular, o tumor maligno primário mais comum no fígado. "A vacina contra a Hepatite B, doença transmissível sexualmente e pelo sangue contaminado, tem grande impacto na redução da incidência desse tipo de câncer", destaca a presidente da Sbim-RJ, Isabella Ballalai. A vacina está disponível gratuitamente nos postos de saúde para homens e mulheres de até 29 anos. Pessoas acima dessa idade e não vacinadas ou que não sabem se já receberam a vacina podem ser imunizadas em clínicas privadas. São necessárias três doses para o desenvolvimento de proteção eficiente contra o vírus. Cerca de 90% dos recémnascidos com vírus da Hepatite B desenvolvem a forma crônica da doença. Por essa razão, é importante que os casais estejam vacinados contra a doença antes que ocorra a gestação. No bebê, a vacina deve ser aplicada preferencialmente nas primeiras 12 horas depois do nascimento. "Apenas 1% da população deve ter se vacinado, o que, em termos de saúde pública, não representa nada. Para reduzirmos a quantidade de vírus circulando, teríamos que proteger de 80% a 90% da população" Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações vírus Os HPVs (vírus do papiloma humano) são da família Papilomaviridae, capazes de provocar lesões na pele ou na mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e costumam regridir espontaneamente. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados como de baixo risco e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos. Incidência A infecção por HPV atinge cerca de 630 milhões de pessoas no mundo. Estima-se que os tipos 16 e 18 do vírus causem de 40% a 50% dos cânceres de vulva e 70% dos cânceres vaginais, bem como 85% dos casos de câncer anal. Sintomas O HPV pode permanecer no organismo sem qualquer sintoma por meses e até anos. Os tumores malignos, por exemplo, podem demorar de 10 a 20 anos para se desenvolverem. Contágio A probabilidade de contágio também é alta, varia de 50% a 80%, e o vírus pode ser transmitido mesmo que esteja latente (sem manifestação visível). Vacina A vacina quadrivalente contra o HPV é administrada em três doses, com aplicação intramuscular. A primeira pode ser aplicada em data escolhida, a segunda é administrada dois meses depois da primeira e a terceira, seis meses após a primeira. O ESTADO DE S. PAULO - SP | VIDA ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 09/04/2012 Veja a matéria no site de origem Contrariando Justiça, profissionais de saúde continuam fazendo acupuntura Saúde. Fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiros e farmacêuticos não interromperam atendimento, apesar do TRF ter anulado resoluções que regulamentavam a prática por não médicos; alheios à polêmica, pacientes seguem tratamento nos consultórios Clarissa Thomé / RIO Dias após o Tribunal Regional Federal da 1.ª Regional ter tornado nulas resoluções de conselhos de farmácia, psicologia, enfermagem e fisioterapia que regulamentavam a prática da acupuntura por seus associados, os profissionais dessas especialidades continuam atendendo os seus pacientes. "A decisão em momento algum fala que a acupuntura é ato exclusivo do médico. Ela suspende o efeito de resolução dos conselhos, e essas entidades vão recorrer. A forma como o Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura divulgou a decisão está gerando dúvida e insegurança", disse o biomédico Fernando Lyra Reis, presidente do Sindicato de Acupuntura do Rio de Janeiro. No entendimento do Conselho Federal de Medicina (CFM), porém, a decisão restringe a atividade à carreira médica. Os demais conselhos discordam da interpretação e vão recorrer. O primeiro efeito, segundo Reis, foi a enxurrada de telefonemas de pacientes, querendo saber se os consultórios haviam sido fechados; o segundo foi o cancelamento de matrículas em cursos de especialização em acupuntura. "Tínhamos uma turma que começarianosábadocom18 alunos e 2 desistiram, porque não queriam investir dois anos de estudos sem saber se poderão atuar mais tarde", afirmou. A acupuntura começou a ser praticada no Brasil nos anos 60. O Conselho Federal de Fisioterapia foi o primeiro a reconhecer a prática, em 1985. Dez anos depois, outros cinco conselhos fizeram o mesmo, entre eles o de Medicina. Hoje, há 60 mil acupunturistas não médicos, segundo a Associação de Medicina Chinesa e Acupuntura Tradicional do Brasil (AMCT) e 9 mil médicos associados ao Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA). Não há legislação que regulamente a prática no Brasil. Os defensores da tese de que outros profissionais podem exercer a acupuntura lembram que tanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) quando o Ministério da Saúde reconhecem o caráter multiprofissional da atividade. "É inadmissível que em pleno século XXI ocorra uma tentativa de mudar práticas consagradas, reconhecidas por instituições de renome. A prática por outros profissionais de saúde é que proporcionou o aumento do acesso da acupuntura ao paciente", diz Walter Jorge João, presidente do Conselho Federal de Farmácia. Segundo o ministério, as consultas de acupuntura no Sistema Único de Saúde (SUS) passaram de 181.983, em 2003, para 621 mil, no ano passado. Disputa. Desde 2000, o CFM questiona judicialmente as resoluções de quatro conselhos que regulamentavam a prática da acupuntura por seus associados. "Visando alargar seu campo de trabalho, esses conselhos se autorregulamentaram e autorizaram seus profissionais a praticar atos que a legislação não permite. Um farmacêutico não atende paciente nem examina nem pede exame complementar, muito menos pratica uma intervenção invasiva, que é a aplicação de agulhas", afirmou Fernando Genschow, integrante do CMBA. Umas das preocupações de Genschow é com erros de diagnóstico. "Uma dor na coluna pode ser metástase de câncer", diz. Sohaku Bastos, que integra a diretoria da AMCT, lembra que a medicina tradicional chinesa trata o indivíduo como um todo. "Não há diagnóstico de doença. O ato acupuntural é terapia de promoção da saúde e prevenção, não é medicina alopática. O ato médico, sim, é de cura da doença e remediação de problemas." O vice-presidente do CFM, Carlos Vital, rebateu: "Não estamos na China. Praticamos medicina baseada em evidências, dentro da racionalidade científica. Diagnóstico é ato médico". Alheios à polêmica, pacientes continuaram indo aos consultórios. No Academia Brasileira de Arte e Ciência Oriental, em Copacabana, onde os acupunturistas têm formação em Psicologia e Fisioterapia, o movimento foi normal. "É perseguição. O atendimento aqui é ótimo. A primeira consulta levou uma hora. O médico quando fala com você já está olhando para o relógio", diz a professora Marluce Azevedo, de 62. O ESTADO DE S. PAULO - SP | NOTAS E INFORMAÇÕES ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 09/04/2012 Veja a matéria no site de origem A importação de médicos (Editorial) Em conversa informal com jornalistas nos intervalos da reunião de cúpula dos Brics, em Nova Délhi, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo alterará as regras de homologação de diplomas de médicos formados no exterior, com o objetivo de aumentar a oferta de profissionais no mercado e reduzir a disparidade da qualidade dos serviços de saúde entre os Estados. Pelas regras em vigor, a homologação dos diplomas é feita por meio de um exame nacional. Composto por provas objetivas, discursivas e práticas, ele exige conhecimentos básicos. Antes, a homologação era feita de forma independente por universidades públicas e cada uma utilizava critérios próprios. "Tem de ampliar o número de médicos. Temos um dos menores números de médicos per capita (1,6/1.000 habitantes). A população reclama de falta de médico e de atendimento. O que ela quer é um médico na hora em que precisa e que tenha pronto atendimento", disse Dilma. Segundo ela, as novas regras estão sendo examinadas pelo Ministério da Saúde e pela Casa Civil e o governo ainda não decidiu se elas serão introduzidas por meio de decreto presidencial ou por outro instrumento legal. As associações médicas criticaram a iniciativa e anunciaram que tentarão barrar, nos tribunais, a proposta do governo para facilitar a entrada de médicos estrangeiros no País. Segundo os conselhos profissionais, a maioria dos médicos estrangeiros que querem trabalhar no Brasil carece de preparo, por ter estudado em faculdades de medicina de segunda linha em países como Bolívia, Peru, Argentina, Colômbia, Equador e Cuba. Dos 677 profissionais que se submeteram às provas teóricas e práticas exigidas para revalidação de diploma, em 2011, 88% foram reprovados. Em 2010, de 628 candidatos foram aprovados 2. "A contratação de um médico despreparado melhora as estatísticas, mas não melhora a saúde da população", diz o presidente da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão. "Desde o descobrimento do Brasil não temos políticas de longo prazo. Abrir a porteira para aumentar o número de médicos de uma hora para outra é uma aposta de política de curto prazo. E é uma aposta errada, porque importar médicos não resolve o problema", afirma o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Miranda. Assim como o CFM, os 27 conselhos regionais de medicina também alegam que, se faltam médicos nas regiões mais pobres, o problema se deve à remuneração insuficiente. "Precisamos de uma carreira de Estado, como a de promotor de Justiça, juiz e militar. O mercado de trabalho na área de saúde pública é ruim. Onde o mercado não conseguiu colocar o médico, o Estado tem que entrar e prover", diz Aloísio Miranda. "Estudos mostram que não há falta de profissionais, mas uma distribuição desigual. Vamos oferecer um profissional mal preparado só porque a população vive em áreas afastadas?", afirma o presidente do CFM, Roberto D"Ávila. Os números dão razão às entidades médicas. Segundo o levantamento Demografia Médica no Brasil, divulgado pelo CFM em2011,oBrasiltem371.788médicos - o equivalente a 19,2% dos médicos das três Américas. O País está atrás apenas da China (1,9 milhão), EUA (793 mil), Índia (640 mil) e Rússia (614 mil). O Estado de São Paulo tem 106.536 profissionais, seguido pelo Rio de Janeiro, com 57.175, e Minas Gerais, com 38.680. Já Roraima tem apenas 596 médicos; o Amapá, 643; e o Acre, 755. Segundo os conselhos e as associações médicas, isso se deve ao fato de que os médicos se estabelecem onde a remuneração é alta e nas cidades onde fizeram residência. Por ter maior número de serviços de saúde, hospitais de ponta, clínicas especializadas e laboratórios com equipamentos de última geração, essas cidades oferecem mais oportunidades profissionais e melhores condições de trabalho. Em vez de impor novas regras de forma unilateral, para facilitar a entrada de médicos estrangeiros no Brasil, o governo deve criar mecanismos que viabilizemo exercício da medicina nas regiões mais pobres do País. FOLHA DE S. PAULO - SP | ESPECIAL DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 09/04/2012 Veja a matéria no site de origem Aposentados têm isenção adicional a partir dos 65 anos DE SÃO PAULO Benefício extra Os aposentados e pensionistas com 65 anos ou mais de idade gozam de um valor extra de isenção mensal e na declaração anual. O benefício equivale ao limite de isenção mensal e abrange apenas os valores de aposentadorias e pensões, de transferência para a reserva remunerada ou de reforma, pagos pela previdência oficial ou por entidade privada. Assim, quem completou 65 anos até 31 de janeiro de 2011 tem direito ao benefício pelos 12 meses (de fevereiro em diante ele é proporcional). Em 2011 o limite não foi igual para o ano todo. É que foram usados dois limites de isenção: um de janeiro a março (R$ 1.499,15) e outro de abril a dezembro (R$ 1.566,61). Os aposentados que completaram 65 anos até o final de janeiro terão direito ao limite anual de até R$ 20.163,55, incluído o 13º salário (esse é o valor máximo lançado na linha 06 da ficha Rendimentos Isentos e Não Tributáveis). O valor que superar o limite será lançado na ficha Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ pelo Titular. DOENÇAS GRAVES Os rendimentos de aposentadoria e reforma, desde que motivadas por acidente em serviço, e os recebidos pelos portadores de diversas moléstias profissionais são isentos do IR. A isenção inclui complemento recebido de entidade privada. As doenças são: Aids, alienação mental, cardiopatia grave, cegueira, contaminação por radiação, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), doença de Parkinson, esclerose múltipla, espondiloartrose anquilosante, fibrose cística (mucoviscidose), Hanseníase, hepatopatia grave, nefropatia grave, neoplasia maligna, Tuberculose ativa e paralisia irreversível e incapacitante. (MC) FOLHA DE S. PAULO - SP | SAÚDE ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 09/04/2012 Veja a matéria no site de origem Instituição é referência e tem fila por vaga DA ENVIADA ESPECIAL A BARRETOS Premiado pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado da Saúde como uma das melhores instituições de alta complexidade, o Hospital de Câncer de Barretos se destaca entre as unidades que só atendem ao SUS. Tem hotelaria e tratamento comparados aos dos melhores hospitais de São Paulo. Há três semanas, abriu uma unidade infantil com apoio de duas referências em câncer, o MD Anderson e o Saint Jude Children"s Hospital. No ano passado, passou a sediar, na América Latina, uma filial do Ircad, instituto francês referência mundial em pesquisa e treinamento em cirurgias laparoscópicas e robóticas. O hospital atende 12 mil novos casos de câncer por ano e, com a unidade infantil, pretende triplicar o atendimento de crianças e adolescentes (hoje em 200 casos novos por ano). O custeio da instituição é de R$ 16 milhões por mês. Pouco mais da metade desse valor vem do governo federal. Outros R$ 2,5 milhões vêm do governo estadual. Ações como doações de artistas e leilões de gado rendem mais R$ 3 milhões mensais. "Ainda assim, fica faltando R$ 1 milhão todos os meses", diz Henrique Prata, presidente do hospital. O tempo médio de espera por uma vaga é de 60 dias. "Todos os dias os médicos perguntam quem devem priorizar. É uma angustia, tudo tem fila." (CC) O GLOBO | SEGUNDO CADERNO ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 09/04/2012 Veja a matéria no site de origem Perfis LGBTS (Gente Boa) Carlos Tufvesson é um dos entrevistados de "Toda maneira de amor vale a pena", coletânea de perfis LGBTs, que Bety Orsini está lançando pela Sextante. Diz que não quer ter filhos: "Tenho uma vida louca. Imagine chegar em casa e meu filho chamar a babá de papai! Vou viver à base de Rivotril." AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 08/04/2012 Veja a matéria no site de origem 08/04/2012 - País precisa formar o dobro de médicos para atingir meta governamental de 2,5 profissionais para cada mil habitantes, destaca O Globo O Brasil precisará mais do que dobrar o número de médicos formados anualmente para cumprir a meta do governo de elevação do número desses profissionais até 2020. Os Ministérios da Saúde e da Educação trabalham com a ideia de atingir uma taxa de 2,5 médicos para cada mil habitantes no fim desta década, embora o martelo ainda não tenha sido batido. Em 2011, o índice era de 1,95, segundo o Conselho Federal de Medicina. O Ministério da Saúde projeta que serão formados 14.660 médicos este ano. Considerando o crescimento populacional, o Brasil precisaria ter 520 mil profissionais em exercício em 2020 para atingir a marca de 2,5 médicos por mil habitantes. Em 2011, eram 371 mil. Isso exigiria diplomar cerca de 228 mil profissionais nesta década, já que é necessário também substituir quem se aposenta, abandona a profissão ou morre. Um dos obstáculos é que a abertura de uma faculdade só dá resultado seis anos depois, quando começam as formaturas. Projeções do Ministério da Saúde indicam que, em 2014, deverão se formar 16.240 médicos no país. Para atingir a meta, seria necessário formar mais de 30 mil médicos nos últimos anos desta década. Ou seja, mais do que o dobro do previsto para 2012. Fonte: O Globo AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS 08/04/2012 Veja a matéria no site de origem 08/04/2012 - Vacina mostra-se promissora na busca por uma prevenção eficaz da aids, informa o Correio Braziliense Já faz 30 anos que a comunidade científica descobriu que o HIV é o vírus causador da Aids. Em todo esse tempo, no entanto, esteve muito longe de encontrar uma vacina eficaz contra o agente infeccioso. Por isso, são motivo de comemoração os resultados obtidos por uma vacina desenvolvida em parceria pelo Exército americano e o Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid) dos Estados Unidos. A RV144 mostrou uma eficiência de 31% na prevenção em testes em grande escala. Apesar de a taxa de proteção não ser ainda expressiva o suficiente para aplicar a substância em toda a população mundial, os cientistas descobriram importantes pistas no RV144 que podem conduzir a uma vacina 100% efetiva. Vítima de uma severa epidemia de Aids nos anos 1990, a Tailândia foi um dos primeiros países do mundo a criar um plano nacional contra a doença. Um dos objetivos desse programa era promover pesquisas em parceria com grupos internacionais. Foi então que o Niaid e o Exército americano entraram em cena, em 2003. Mais de 16 mil pessoas, com diferentes perfis e formas de exposição ao vírus, se inscreveram para participar dos testes da vacina. Fonte: Correio Braziliense RCM PHARMA | POLÍTICA DE SAÚDE ASSUNTOS RELACIONADOS À DST/AIDS E HEPATITES 09/04/2012 Veja a matéria no site de origem Dia Mundial da Saúde: ministro dedica data aos doentes mentais O Ministro da Saúde chamou este sábado a atenção para as pessoas que estão dependentes e alertou para a necessidade de encontrar mais respostas no plano da saúde mental, proporcionando a sua reinserção na comunidade. Paulo Macedo quis dedicar o Dia Mundial da Saúde, assinalado este sábado, aos doentes mentais que se encontram internados em instituições, visitando a Casa de Saúde da Idanha, onde há pessoas internadas há mais de 50 anos. Durante a visita, o ministro fez questão de cumprimentar os doentes, que lhe retribuíram com sorrisos e até uma canção. "No Dia Mundial da Saúde - dedicado ao envelhecimento activo - quisemos chamar a atenção para as pessoas que estão dependentes", disse o ministro à Agência Lusa no final da visita. "Se hoje em dia temos cada vez mais interiorizado que o envelhecimento deve ser feito de uma forma activa, integrada e autónoma na sociedade, também devemos chamar a atenção para aqueles que não têm autonomia e que cabe ao Estado proporcionar-lhes um apoio", sustentou. Na Casa de Saúde da Idanha, fundada em 1894 e que pertence às Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, estão internadas pessoas com diferentes graus de dependência mental. Tem uma capacidade de 500 camas que está completa. Há vários casos de pessoas que ali "residem" há mais de 50 anos como observou Paulo Macedo, lembrando que este apoio também é proporcionado pelo Serviço Nacional de Saúde. "Esta é uma outra realidade do envelhecimento e outra realidade do Serviço Nacional de Saúde, que tem sido um apoio consistente ao longo do tempo e se mantém", frisou. Paulo Macedo salientou a importância desta instituição, que "há mais de 100 anos se dedica ao apoio às pessoas dependentes no campo da saúde mental", e salientou a aposta no programa de saúde mental para ajudar estas pessoas. O plano de saúde mental, disse, é um dos oito programas que o Ministério irá continuar a desenvolver e dar uma atenção especial, sublinhando que as circunstâncias levam "a existir mais pessoas que necessitam de apoio nesta conjuntura". Numa altura de crise, aumentam os problemas de saúde mental e, nesse sentido, o ministro referiu a necessidade de apoiar instituições como estas e de criar novas unidades no campo dos cuidados continuados na área da saúde mental. Outra aposta passa por, sempre que possível, inserir estas pessoas na comunidade, acrescentou. Para um envelhecimento activo, o ministro afirmou que a aposta passa, sobretudo, por "uma maior permanência no mercado de trabalho", mas também por as pessoas apostarem mais na sua saúde, com uma boa alimentação, exercício físico e menos consumo de bebidas alcoólicas e sem fumo de tabaco.