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1- Introdução
A presente revisão do CBC não pretende alterar sua concepção ou estrutura. A essência de nossa matriz curricular continua sendo os Conteúdos Básicos
Comuns, elaborados no início dos anos 2000. A versão ora construída, Currículo Básico Comum, conta com o esforço coletivo de inúmeros colegas
professores, analistas da SEE/MG e SRE, especialistas e acadêmicos que participaram de perto de sua construção.
Como professores que somos, sabemos que o tempo traz mudanças e uma proposta curricular, documento vivo, deve se adequar, renovar-se, mesmo que
guardando o essencial de sua proposta e objetivo. O presente instrumento que, à partir dessa reformulação, passa se denominar Currículo Básico Comum, é
fruto das ideias que temos ouvido em inúmeras visitas às escolas e das capacitações que temos realizado e que nos permitiram o contato com colegas por
esse imenso e diverso Estado.
Optamos por não suprir nenhuma habilidade do CBC original. Incluímos o Eixo Temático Ciências e Tecnologia, seus Tópicos e Habilidades, pleiteado nas
avaliações externas e para atender às principais demandas dos professores em exercício. Os conteúdos complementares foram colocados como obrigatórios
por julgá-los importantes à qualidade de ensino do aluno na escola e na perspectiva de enfrentar o mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e
autônomo.
Foram incluídos os campos Orientações Pedagógicas, Conteúdo, Ciclos e Gradação: tais complementos procuram não alterar a proposta original, apenas
ser um instrumento que facilite o trabalho do professor, contribuindo para a aplicação da proposta curricular e, consequentemente, aperfeiçoando o processo
de ensino e aprendizagem.
O campo Orientações Pedagógicas traz sugestões para o professor trabalhar as habilidades referentes a cada tópico. Dentre as principais fontes em que nos
baseamos para construir essas orientações, citamos o CRV – Orientações Pedagógicas (disponível em http://crv.educacao.mg.gov.br), as capacitações
realizadas aos professores pela SEE/MG, Portal do Professor -MEC portal do professor.mec.gov.br. As sugestões ali contidas partiram da experiência de
sala de aula de nossos analistas, professores e de outras fontes. Essas sugestões não pretendem, de forma alguma, esgotar as diversas possiblidades para
se ensinar as habilidades propostas. São apenas indicativos de possibilidades. O professor deve enriquecer o trabalho com as habilidades a partir de sua
experiência, sensibilidade e de acordo com a realidade de cada escola e região.
Ressalta-se que, nessas orientações pedagógicas, além de nossa grande preocupação com o ensino de Ciências e das habilidades a ele relacionadas,
tivemos o cuidado de incentivar a capacidade leitora e escritora de nossos alunos. Portanto, há a indicação frequente do uso do próprio livro didático e de
textos de diversos gêneros textuais e outros recursos que permitam o crescimento de nossos alunos como bons leitores e escritores.
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O campo Conteúdo tem como objetivo relacionar as habilidades dos CBC com os conteúdos de Ciências, em sua forma tradicional, uma vez que, só se
desenvolvem habilidades por meio do trabalho com os conteúdos a elas relacionados. Assim, como nas Orientações Pedagógicas, não tivemos a
preocupação de listar todos os conteúdos implícitos nas habilidades, mas indicar possibilidades, facilitando o trabalho do professor.
Destacamos que, por diversas vezes, sugerimos o trabalho interdisciplinar. Acreditamos que o trabalho conjunto seja uma metodologia significativa para
potencializar o processo de ensino e aprendizagem. Muitos de nossos conteúdos e habilidades guardam interfaces com os demais componentes curriculares
e a construção do trabalho conjunto deve ser uma preocupação permanente de todo o corpo docente da escola. Na reflexão sobre o ensino de Ciências, em
qualquer etapa da escolarização, é necessário, como ponto de partida, olharmos de perto o aluno do ano escolar em questão. Quais são seus interesses, o
que já sabe acerca dos fenômenos relacionados aos conteúdos que serão estudados, que tipo de dificuldades apresenta nessa etapa de sua formação,
quais são suas expectativas nesse ano escolar. E, a partir daí, construir com ele os saberes novos, possibilitar-lhe desenvolver as habilidades
básicas,necessárias ao seu processo de aprendizagem. O professor poderá trabalhar com o livro didático, com textos e atividades diversas, usando a
criatividade de acordo com o assunto proposto. Ele deverá discutir e propor atividades de Ciências que poderão ser desenvolvidas em sala de aula, para que
os alunos sejam capazes de ler e compreender os gêneros textuais específicos na disciplina de Ciências, familiarizando-se com a linguagem científica,
estabelecendo relação entre o que se conhece e o que se lê e produzindo textos.
Finalmente, ao incluirmos a Gradação Introduzir, Aprofundar e Consolidar — I, A, C - para o desenvolvimento das habilidades, ao longo dos anos de
escolaridade, distribuída para cada habilidade/conteúdo, em seu respectivo ano/ciclo de escolaridade, reafirmamos o que já tem sido prática cotidiana dos
nossos colegas professores de anos iniciais. Ao iniciar uma habilidade/conteúdo, introduzir uma habilidade através de novo conhecimento, o professor deve
mobilizar conhecimentos prévios, contextualizando, despertando a atenção e o apreço do aluno para a temática. Em momento seguinte de aprendizagem,
faz-se necessário aprofundar essa habilidade, num trabalho sistematizado, relacionando essas aprendizagens ao contexto e a outros temas próximos.
Finalmente, consolidar aquela aprendizagem, tornando-a um saber significativo para o aluno com o qual ele possa se mobilizar para desenvolver outras
habilidades ao longo de seu processo educacional. Essas definições, já comuns nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a partir das orientações contidas
nos Cadernos de Alfabetização da SEE-MG/CEALE e confirmadas na proposta pedagógica do PACTO — Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa,
que são referências, portanto, para o trabalho de alfabetizadores, nós as adaptamos para o ensino nos anos finais do Ensino Fundamental.
Nesse aspecto, guardadas as particularidades do ensino de Ciências nos Anos Finais do Ensino Fundamental, o importante é que o professor, ao longo do
processo de ensino e aprendizagem, possibilite a seus alunos desenvolver as habilidades, avalie como se deu o processo e faça as retomadas e as
intervenções pedagógicas necessárias para que todos possam avançar numa trajetória de aprendizagem.
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Este documento apresenta a proposta de currículo de Ciências para o Ensino Fundamental - de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Aspectos como o
sentido, as razões da inclusão das Ciências da Natureza no currículo escolar, diretrizes e critérios de seleção dos conteúdos são aqui considerados em
conformidade com a edição dos CBC de 2008 e em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais - Res. CNE nº7 de 14/12/2010 - e Resolução
SEE/MG nº 2197/2012. As sugestões de conteúdos fundamentam-se a partir da sua relevância científica, tecnológica, social e educacional. Além disso, na
orientação de desenvolvimento desses conteúdos são considerados os níveis desejáveis de entendimento, situações de aprendizagem, conhecimentos
prévios, competências (relativas a conceitos, procedimentos, atitudes e valores) e avaliação da aprendizagem.
Esse instrumento se assenta nas bases de um currículo flexível, capaz de se ajustar à realidade de cada escola, de cada região do Estado e às preferências
e estilos de ensino dos professores. Entretanto, ela aponta para alguns conteúdos e competências que, por sua relevância, são considerados essenciais.
Sendo seu ensino obrigatório nas Escolas da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais, o Currículo Básico Comum compõe a matriz de competências
básicas para o ensino, sugere os conteúdos essenciais e os complementares, que devem ser examinados pela equipe de profissionais de cada escola para
compor seu projeto de ensino para a disciplina. O CBC de Ciências estabelece aqueles conteúdos e competências que devem ser desenvolvidos
prioritariamente.
2- O Sentido de ensinar Ciências
Nas últimas décadas, como resultado da universalização do acesso à escola básica e de mudanças na sociedade e no mundo do trabalho, a escola tem sido
chamada a modificar seus conteúdos, objetivos e metodologias de ensino. Antes, projetada para educar uma elite e preparar para estudos posteriores, a
escola está sendo chamada agora para promover a socialização dos estudantes no contexto cultural de que fazem parte. Passada a etapa de expansão do
sistema público de ensino, a questão que se coloca já não é mais a democratização do acesso à educação, mas a da qualificação de suas práticas, da
efetividade enquanto instrumento de desenvolvimento moral e intelectual dos estudantes. Para isso, é preciso repensar os conteúdos escolares e sua
relação com a sociedade e com a vida concreta dos estudantes. Os saberes escolares (nas ciências e em outras áreas de conhecimento) devem estar
comprometidos com o sentido coletivo da vida e do trabalho produzidos com criticidade, inventividade e responsabilidade ambiental e social. A valorização
da Ciência em nossa sociedade e seu papel destacado no desenvolvimento tecnológico não nos isenta da tarefa de justificar sua presença no currículo
escolar. Mesmo porque, ao justificá-la, estaremos definindo que Ciência cabe ensinar e como fazê-lo. Assim, se queremos ensinar ciências, faz-se
necessário perguntar: o que os estudantes do Ensino Fundamental necessitam saber sobre Ciência e Tecnologia?
Dada a importância de ciência e tecnologia em nossa sociedade, espera-se que o ensino de ciências possa promover uma compreensão acerca do que é a
ciência e como o conhecimento científico interfere em nossas relações com o mundo natural, com o mundo construído e com as outras pessoas. Sendo a
ciência uma produção cultural, ela representa um patrimônio cultural da humanidade e, nesse sentido, o acesso à ciência é uma questão de direito. Além
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disso, o ensino de ciências deve estar comprometido com a promoção de uma crescente autonomia dos estudantes, visando seu desenvolvimento pessoal e
provendo-os de ferramentas para o pensar e agir de modo informado e responsável num mundo cada vez mais permeado pela ciência e tecnologia.
Para isso, o ensino de ciências deve abordar princípios científicos mais gerais e, também, aplicações tecnológicas. Os conceitos e teorias científicas não têm
valor em si mesmo como sistemas abstratos de pensamento, mas enquanto instrumentos que nos auxiliam a compreender o mundo em que vivemos de
modo a orientar nossas ações em nível individual e social. O projeto curricular de ciências deve, pois, ser capaz de estabelecer pontes entre fenômenos e
processos naturais ou tecnológicos, de um lado, e conceitos, modelos e teorias científicas, de outro. Por exemplo, para entender a formação dos solos e sua
recuperação em áreas degradadas é importante compreender os modelos de decomposição de matéria orgânica e de ação de micro organismos. Outros
tópicos do currículo envolvem questões de ordem filosófica: Qual é nosso lugar no universo? Do que é formada a matéria? O que é vida?,que parecem estar
mais distantes das vivências dos estudantes.
A interação dos estudantes com um mundo concebido e transformado pela ciência e pela tecnologia apresenta diversos desafios para o ensino. Esses
desafios podem ser traduzidos em quatro questões básicas e envolvem características do conhecimento científico e tecnológico:1. Como são as coisas e do
que são feitas? 2. Como as coisas funcionam? 3. Como sabemos o que sabemos? 4. Como comunicamos o que sabemos?
Como são as coisas e do que são feitas?
Essa primeira questão envolve a capacidade de ampliar nossa visão, a princípio restrita a um mundo percebido, em direção a um mundo concebido e
construído. Deixamos de lado as limitações de nossa percepção espacial e temporal para nos aventurarmos no mundo imaginado sobre o qual elaboramos
hipóteses e conjecturas. A Ciência expande o que concebemos como sendo real e povoa nosso mundo com novas entidades, tais como: vírus, células,
átomos, elétrons, etc. A ideia central é a de que não podemos tocar nem ver tudo o que é real e que as coisas não são sempre o que aparentam ser. Os
modelos científicos nos permitem deduzir consequências e fazer previsões acerca de um determinado fenômeno ou processo. Confrontando as previsões e
os resultados de experimentos ou observações, os modelos científicos vão se tornando mais sofisticados e robustos, capazes de mediar nossa ação sobre
parcelas cada vez maiores de fenômenos do mundo real. Muitas possibilidades de diálogo em sala de aula se abrem quando passamos a tratar os
conteúdos das ciências como modelos e não como verdades prontas a serem repetidas.
Por exemplo, ao longo da história a ciência desenvolveu diversos modelos para explicar por que ficamos doentes: ação bacteriana, virótica, verminoses,
tumores, etc. Além desses, a humanidade desenvolveu outros modelos para explicar as doenças, não necessariamente comprometidos com modos
científicos de pensar: castigos divinos, fluidos negativos, mau-olhado, entre outros. Na ação concreta de prevenção e tratamento de doenças, as pessoas
lançam mão de cada um ou de alguns desses modelos. Aprender ciências envolve aprender a distinguir os modelos científicos de outras formas de
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conhecimento, além de ser capaz de examinar os modelos científicos disponíveis e sua adequação ao contexto da situação problema. Por exemplo: o
tratamento de infecções bacterianas pode envolver procedimentos distintos daqueles que lançamos mão em caso de viroses ou verminoses.
Como as coisas funcionam?
A humanidade, historicamente, busca investigar a causa das coisas, isto é, conectar eventos, prever acontecimentos, explicar por que as coisas ocorrem de
certo modo e não de outro. Entretanto, o ensino de Ciências tem tido uma tradição excessivamente descritiva que converte modelos explicativos em fatos a
serem memorizados. A Proposta Curricular que ora apresentamos busca resgatar o papel dos modelos causais na compreensão da ciência, o que implica
recuperar o papel dos fenômenos como convite às explicações que estão por vir. Por exemplo, não se trata apenas de dizer que os dias e noites resultam da
rotação da Terra em torno do próprio eixo, mas compreender as implicações desse modelo e seu alcance. A construção de explicações causais envolve a
criação de entidades com determinados atributos: a reflexão da luz passa a ser evocada como mecanismo para a formação de imagens em espelhos, o
rearranjo de átomos como mecanismo explicativo das reações químicas, etc. Por outro lado, o desenvolvimento da causalidade no estudante envolve a
superação de perspectivas antropocêntrica, antropomórfica e finalista que estão na base de muitos modelos intuitivos utilizados por crianças e jovens para
explicarem o mundo em que vivemos. A visão antropocêntrica assenta-se na crença de que as coisas acontecem para satisfazer às nossas necessidades,
como: “as plantas produzem oxigênio para que possamos respirar” ou que “a Terra gira para que tenhamos dias e noites”. A visão antropomórfica e finalista
explica os processos naturais como se estes fossem movidos por uma intencionalidade ou ainda pela vontade humana. Essa visão está muito fortemente
arraigada na explicação de processos biológicos: é comum, ouvir dizer que os animais do Ártico possuem pelos e camadas de gordura para se protegerem
do frio. A ideia de adaptação biológica ficaria corretamente enunciada na relação oposta: os animais polares são protegidos do frio porque possuem
camadas de pelos e gordura. Os mecanismos da evolução envolvem causalidade mais complexa: os animais que habitam ambientes polares são aqueles
que desenvolveram, ao longo do tempo, adaptações que permitem sua sobrevivência naqueles habitat. O currículo de ciências deve propiciar o
enriquecimento progressivo dos modelos causais utilizados pelos estudantes.
Como sabemos o que sabemos?
Ao nos determos nessa questão, temos como objetivo promover a compreensão do empreendimento científico enquanto parte da história humana. Como a
Ciência foi e continua sendo possível? Como ocorre e em que se diferencia de outras formas de conhecimento? A ciência desenvolve, também, formas de
investigação que são continuamente renovadas em função de seus propósitos e de sua evolução conceitual. Assim, não há uma resposta simples e singular
à pergunta “como sabemos o que sabemos”. Não há um “método científico” universal e infalível, mas metodologias que são a todo tempo criadas no curso de
uma dada investigação e submetidas às críticas da comunidade científica. A Ciência não é meramente “técnica” nem tampouco “neutra” e solitária. Pelo
contrário, é um empreendimento social e coletivo como qualquer outra atividade humana. Para isso, é preciso resgatar, nas aulas de ciências, a importância
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das perguntas que deram origem aos modelos científicos. Por exemplo, em lugar de apenas dizer aos estudantes que a fotossíntese envolve a síntese de
matéria orgânica a partir de outros materiais - o gás carbônico retirado do ar, a água e os sais minerais que a planta obtém do solo - e do suprimento de
energia solar, podemos iniciar com a pergunta “de onde provém a matéria vegetal” e recuperar a história das ideias da ciência acerca do problema.
Um ensino de Ciências comprometido com a autonomia e com o desenvolvimento intelectual dos estudantes deve propor atividades que lhes permitam
construir evidências para sustentar a adequação e validade de modelos científicos. Assim, é importante não apenas ensinar que a Terra é esférica e que se
move em torno do Sol e de si mesma, mas ainda examinar quais foram as evidências que permitiram à humanidade a construção desse modelo, muito antes
que fosse possível fotografar ou observar a Terra a partir do espaço.
Como comunicamos o que sabemos?
Outro aspecto importante nos currículos de ciências, por vezes esquecido, é o da comunicação. Aprender Ciências envolve, em larga medida, aprender a se
comunicar com as linguagens da ciência. Por isso, é importante que a sala de aula seja um espaço em que os estudantes possam se expressar, confrontar
explicações e examinar pontos de vista. Em contraste com o conhecimento de senso comum, quase sempre implícito e pessoal, o conhecimento científico é
um conhecimento consensual e coletivo, que emerge do trabalho de comunidades científicas que se organizam em torno de determinados objetos de
investigação. Nesse sentido, a comunicação de ideias e argumentos adquirem uma importância fundamental na compreensão da ciência e na aprendizagem
em Ciências.
Aprender a se comunicar com as linguagens da ciência envolve uma apropriação de formas específicas de falar sobre o mundo: a ciência se comunica por
meio de gráficos, tabelas, diagramas, esquemas, equações e definições, cuja leitura não é trivial. É importante, portanto, criar atividades que permitam, aos
estudantes, ir se familiarizando e se apropriando dessas linguagens no contexto de tarefas relevantes. É preciso destacar que as linguagens da ciência são
artefatos para falar sobre o mundo e não uma gramática de uma língua morta, que se justifica por si mesma. A leitura de artigos de jornal e revistas de
divulgação científica pode auxiliar na concretização dessa meta curricular. Do mesmo modo, relatórios de trabalhos de campo ou de trabalhos práticos, com
análise de dados e conclusões, são atividades que apontam para o aprender a se comunicar com as linguagens das ciências.
3- Diretrizes para o ensino de Ciências
Esta proposta para a área de Ciências não pretende homogeneizar as práticas docentes, mas sugerir caminhos que possibilitem a promoção da autonomia
de cada professor no desenvolvimento de seu trabalho. As diretrizes para o ensino dessa área têm como ponto de partida a concepção de que a ciência,
além de ser um modo de pensar, de chegar a conclusões coerentes a partir de proposições, de questionar preconceitos e hipóteses e de propor ideias novas
a partir do que já existe, é também uma construção humana que envolve relações com os contextos cultural, ambiental, socioeconômico, histórico e político.
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Por isso, tais diretrizes têm como meta explicitar escolhas, repensar posturas e sugerir estratégias de ação que promovam a ampliação da noção de
conteúdo, que deve englobar três componentes interdependentes - os conceitos, os procedimentos e os valores e atitudes.
A aprendizagem de conceitos constitui elemento fundamental da aprendizagem das ciências. Os conceitos são os nossos instrumentos de assimilação.
Através deles interpretamos e interagimos com as realidades que nos cercam. Por outro lado, essa ação sobre as realidades a serem interpretadas e
transformadas nos leva a rever constantemente nossos conceitos, ou seja, a acomodá-los às novas circunstâncias que se nos apresentam. Assim, os
conceitos vão se modificando, tanto em extensão quanto em compreensão. O aprendizado de conceitos científicos é um processo lento e difícil, pois as
concepções prévias dos estudantes diferem usualmente dos aspectos centrais das formulações científicas. O ensino de modelos e conceitos científicos
envolve, portanto, um planejamento que permita, ao estudante, ir progredindo de aspectos mais externos aos fenômenos até mecanismos mais abstratos.
Por exemplo: para aprender o conceito de reação química, iniciamos com o reconhecimento, pelos estudantes, de evidências de transformações nos
materiais, o que envolve o reconhecimento de similaridades entre fenômenos que têm aspectos perceptíveis bem diferenciados (como o enferrujamento de
um prego, a combustão de uma vela, o amadurecimento de uma fruta ou a reação de neutralização do vinagre com bicarbonato de sódio). Entretanto, ao
aprender o conceito científico de reação química, os estudantes se deparam com obstáculos. Por isso, ensinar ciências envolve discutir e examinar erros:
muitas vezes os estudantes pensam que a matéria simplesmente se converte em outra, sem conservação de massa; ou que, em reações de combustão, a
matéria do combustível tenha se transmutado em energia. Ao contrário disso, o conceito científico de reação química envolve ir além do percebido, lançando
mão de modelo atômico-molecular: os átomos que compõem a matéria se reorganizam nas reações químicas, originando novos materiais, com conservação
de massa. A conservação de massa é observada desde que tenhamos um sistema fechado, o que quase sempre não ocorre.
Há ainda que se diferenciar o conceito de sua definição. Memorizar uma definição correta não garante a compreensão das relações envolvidas. A
aprendizagem de conceitos é algo muito mais complexo do que o simples estabelecimento de definições consagradas nos textos didáticos. A definição de
um conceito é uma síntese, a formalização de certas relações que já estão, de certo modo, compreendidas por parte de quem a formula. Um dos mais
graves problemas do ensino de ciências é o excesso de definições e termos a serem memorizados, sem que traduzam uma compreensão mais significativa
dos objetos em estudo.
A aprendizagem de procedimentos é inerente à aprendizagem de conceitos. Quando pedimos aos alunos para comparar, analisar, justificar, sintetizar ou
outras operações do gênero, estamos solicitando o uso de procedimentos e de conceitos relativos a um determinado campo de conhecimentos. Em alguns
casos essas operações são solicitadas apenas nas avaliações, mas não são desenvolvidas no cotidiano das situações de aprendizagem em sala de aula. É
preciso dizer, nesses casos, que a aprendizagem de procedimentos implica aprender a fazer, o que impõe a máxima: para aprender a fazer é preciso
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efetivamente fazer. Para aprender a argumentar, é preciso dar espaço para que os alunos possam desenvolver e sustentar ideais,confrontá-las com outras e
examinar sua procedência.
Sendo ciências e tecnologia empreendimentos coletivos, destacam-se aqueles procedimentos que permitem a busca, a comunicação e o debate de fatos e
ideias .Os conteúdos procedimentais devem ser desenvolvido ao longo de todo o processo de escolarização, com uma progressão em relação às abstrações
envolvidas.
A aprendizagem de valores e atitudes é, hoje, uma necessidade formativa inquestionável, se pretendemos um ensino de Ciências que discuta questões
atuais, que reflita sobre os impactos da ciência e da tecnologia na sociedade contemporânea, sobre as questões ambientais ou sobre ações e políticas
destinadas a promover saúde pessoal e coletiva. Esses valores concretizam-se em atitudes de respeito ao outro, de envolvimento e compromisso com o
trabalho, de curiosidade e abertura a novas aprendizagens, de disponibilidade para rever os próprios pontos de vista, etc
Entendemos que esses três tipos de conteúdo - conceituais, procedimentais e atitudinais - são complementares e não excludentes. De fato, se queremos
formar e não apenas informar, é essencial que o estudo dos conceitos venha sempre acompanhado da realização de procedimentos e da reflexão acerca de
valores e atitudes.
Para tanto, é necessário criar um ambiente investigativo e dinâmico em que a construção desses conteúdos represente um ponto de chegada de um
processo coletivo de pesquisa, de debate e investigação. As orientações listadas a seguir explicitam posturas e estratégias pedagógicas que podem auxiliar
na criação desse ambiente:
• Reconhecer a importância do conhecimento prévio dos estudantes como elemento fundamental a ser considerado no processo de ensino e aprendizagem;
• Transformar os contextos de vivência, os problemas da contemporaneidade e da prática social dos sujeitos do processo escolar em objetos de estudo,
investigação e intervenção;
• Promover maior comunicação entre os saberes das várias disciplinas que compõem a área das ciências naturais ao tratar dos temas ligados à vivência dos
estudantes;
• Escolher e privilegiar certos conceitos centrais e ideias-chave que estruturam o saber das ciências naturais e promover, de modo progressivo e recursivo,
oportunidades para que os estudantes possam compreendê-los e se apropriar deles;
• Explorar os conceitos e discutir os procedimentos e atitudes sempre a partir de contextos escolhidos estrategicamente por apresentarem um potencial para
o desenvolvimento das competências e habilidades que se deseja formar nos estudantes;
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• Promover reflexões sobre a natureza das ciências e suas relações com a tecnologia e a sociedade contemporânea;• Desenvolver estratégias diversificadas
de ensino sempre considerando os aspectos éticos, sociais, econômicos, históricos, políticos e culturais das construções humanas
4- Critérios para a seleção dos conteúdos do currículo
Organização de conteúdos a partir de temas de estudo
Os estudantes, com frequência, apresentam dificuldades em estabelecer relações entre os conteúdos da ciência escolar e as situações da vida cotidiana.
Além disso, têm dificuldades em fazer inferências e tirar conclusões a partir das contribuições desses conteúdos para se relacionar no mundo e com o
mundo. Desse modo, ao fazermos escolhas de tópicos de conteúdos, é importante temas próximos ao cotidiano dos estudantes e que favoreçam a
compreensão de conceitos básicos de ciências.
A decisão sobre o que ensinar e como ensinar Ciências, no Ensino Fundamental, a partir de eixos temáticos que constituem as diferentes áreas - Física,
Química, Biologia, Astronomia -, possibilita um planejamento de ensino desde uma perspectiva a um só tempo disciplinar e interdisciplinar.
Uma das formas de enfrentar esta questão é a organização dos conteúdos em torno de temas, vinculados à vivência dos estudantes ou ao universo cultural
da humanidade. Os contextos para o desenvolvimento destes temas podem mobilizar a atenção do aprendiz, causando-lhes certa estranheza e exigindo
deles novas formulações e explicações.
Podemos mudar o foco descritivo do ensino da zoologia e da botânica inserindo tópicos desses conteúdos em situações próximas do estudante. Os modos
de vida dos seres vivos, suas características gerais e suas relações com outros seres vivos e com o ambiente podem 20 ser apresentados de forma
integrada. O tema Diversidade da vida, inserida no eixo temático Diversidade se enriquece ao ser contextualizado em um jardim, horta ou lagoa, por
exemplo. Dessa forma estaremos focando nossa atenção nos diferentes modos de adaptação das espécies e não na descrição. É importante considerar
também conteúdos que não são necessariamente próximos da vivência dos estudantes, mas que fazem parte dos interesses da humanidade. Esse é o caso
dos conteúdos sobre os ambientes distantes, como as savanas, desertos, ambientes gelados e outros.
Integração dos saberes disciplinares
Outra preocupação é superar a fragmentação com que vêm sendo tratados os conteúdos das ciências nas quatro últimas séries do Ensino Fundamental.
Nessa perspectiva, é importante estabelecer diálogos e conexões entre as abordagens de conteúdos químicos, físicos e biológicos.
Conceber o ensino de ciências voltado para a aquisição de uma cultura científica básica implica definir objetivos gerais e comuns aos diferentes campos
disciplinares. Assim, é natural que, no Ensino Fundamental, prevaleça a organização por área de conhecimentos e não por disciplinas. Essa organização,
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formalmente já existente, choca-se, no entanto, com a extensão e a fragmentação em que se justapõem conteúdos, em prejuízo das relações entre eles. É
comum separar, por série, o estudo dos ambientes, dos seres vivos, do corpo humano e de tópicos de Física e Química. Essa separação dificulta o
estabelecimento de relações e, portanto, a construção de modelos explicativos. Por exemplo: ao separar, no ambiente, fatores abióticos - água, ar e solo dos fatores bióticos, o currículo tradicional acaba por apresentar o estudo de ambientes sem vida e o estudo da vida dissociada dos ambientes.
A abordagem temática pode ser feita a partir do tratamento de alguns temas que, por sua natureza, requerem diálogo entre saberes de Biologia, Química e
Física e mesmo com outras disciplinas escolares, como a História, a Geografia e a Matemática. É o caso, por exemplo, dos temas Conservação dos
alimentos e Energia nos ambientes.
A interdisciplinaridade deve decorrer do compromisso maior de cada disciplina ou área de conhecimento com a realidade, com o mundo fora da escola. O
estudo das ciências (ou de qualquer outra disciplina escolar) não deve se justificar por si mesmo. Estudamos Ciências para compreender coisas, processos,
eventos do mundo natural e tecnológico em que estamos inseridos. Alguns desses objetos do mundo real nos remetem a estudos que transcendem a lógica
das disciplinas (mas não prescinde delas). Outros objetos ou fenômenos do mundo real remetem a saberes disciplinares, nem por isso menos legítimos e
importantes.
Caráter disciplinar
O tratamento integrado das ciências naturais não é um critério exclusivo e seletivo para o desenvolvimento do currículo.
É inegável que os conteúdos científicos apresentam um caráter disciplinar. É a ele, inclusive, que nos remetemos para identificar os conteúdos básicos da
aprendizagem em ciências. A escolha de temas a partir de conteúdos disciplinares resguarda a especificidade das diversas ciências. Por exemplo: a
tentativa de abordar o conteúdo da eletricidade integrado com Química e Biologia poderia gerar um tratamento demasiadamente complexo para o ensino
fundamental ou mesmo um falso contexto. Contudo, o tratamento disciplinar da eletricidade não exclui, por exemplo, sua inserção em questões da vida
cotidiana e que envolvem segurança pessoal ou o entendimento da distribuição e usos da energia elétrica em nossas residências.
A recursividade dos conteúdos
A recursividade é um instrumento de promoção da aprendizagem e do desenvolvimento progressivo do estudante em seus processos de socialização. A
abordagem de certos conteúdos feita de modo recursivo permite o tratamento de conceitos e habilidades em diferentes níveis de complexidade e em
diferentes contextos, ao longo do processo de escolarização.
A recursividade deve envolver o Currículo Básico Comum
nos conteúdos (CBC) que estão relacionados e distribuídos ao longo deste período de
escolarização. Entretanto, mesmo quando examinamos os conteúdos básicos da proposta, podemos identificar a presença de alguns conceitos perpassando
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vários temas de estudo. É o caso, por exemplo, do conceito de energia, que perpassa os temas Energia nos ambientes, Decomposição dos materiais, A
dinâmica do corpo e Processos de transferências de energia. Outro exemplo é o conceito de adaptação que aparece nos temas A diversidade da vida,
Evolução dos seres vivos e Mecanismos de Herança. Os materiais e suas transformações são abordados nos temas: Diversidade dos materiais,
Conservação e manejo do solo, Decomposição de materiais, Qualidade e tratamento da água, Energia nos ambientes, A dinâmica do corpo e Mundo muito
pequeno.
5- Organização dos conteúdos do currículo
Eixos, tópicos e temas.
A Proposta Curricular de Ciências Naturais se desenvolve em torno de quatro eixos curriculares: Ambiente e Vida; Corpo Humano e Saúde; e Construindo
Modelos e Ciência e Tecnologia. Os eixos definem diretrizes gerais que permitem aglutinar aspectos do currículo. Eles não são estanques e se superpõem
nos temas e tópicos que dele fazem parte. Por exemplo: a presença do homem nos ambientes e dos ambientes na saúde humana é um aspecto importante
do currículo (o tópico “doenças de veiculação hídrica”, por exemplo, é uma interseção entre os dois eixos). Do mesmo modo, o eixo Construindo Modelos
está presente nas temáticas dos demais eixos. Isso porque a ciência desenvolve modelos para tratar de aspectos de inter-relações entre organismos e para
compreender as mudanças nos ambientes, assim como também para entender a causa das doenças e descrever procedimentos para preservar a saúde.
Apesar dessas interseções, procuramos relacionar temas e tópicos com os eixos que se destacam com maior relevância no seu ensino. Assim, fazem parte
do eixo Ambiente e Vida os temas: 1. Diversidade de vida; 2. Diversidade de materiais; 3. Formação e manejo dos solos; 4. Decomposição de materiais; 5.
Qualidade e tratamento da água; 6. Energia e Ambiente; 7. Evolução dos seres vivos. Fazem parte do eixo Corpo Humano e Saúde os temas: 1. A dinâmica
do corpo; 2. Sexualidade; e 3. Interações do corpo com estímulos do ambiente. O eixo Construindo Modelos, envolve a construção de modelos teóricos que
nos permitem fazer previsões e estabelecer relações causais entre acontecimentos. Por exemplo: a ciência nos fornece modelos para explicar por que
ficamos doentes (infecções viróticas e bacterianas, verminoses, tumores, etc.); para descrever as interações e interdependências entre seres vivos em um
dado ambiente; para explicar a diversidade e a diversificação das espécies ao longo do tempo, para explicar como os organismos interagem com fatores
ambientais e reagem a seus estímulos, entre tantos outros.
Podemos generalizar afirmando que o eixo Construindo Modelos perpassa toda e qualquer tema de estudo das ciências naturais. Apesar disso, elegemos
alguns temas para compor esse eixo curricular. São eles: 1. O mundo muito grande; 2. O mundo muito pequeno; 3. Mecanismos de Herança; e 4. Processos
de transferências de Energia. Esses temas lidam fortemente com a construção de entidades e com a imaginação de algo que está além do mundo
diretamente percebido: partículas que compõem a matéria (átomos e moléculas), genes, energia e própria Terra em movimento no espaço são aspectos que
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destacamos, entre tantos outros, para enfatizar essa característica da atividade científica de construir modelos cada vez mais refinados, capazes de nos
auxiliar a interpretar os fenômenos já conhecidos e a produzir outros fenômenos e materiais, antes inexistentes.
Pensando no papel da ciência e tecnologia na vida cotidiana é que acrescentou-se novo Eixo no CBC Ciência e Tecnologia, afim de que os estudantes
compreendam as maneiras como as ciências e tecnologias foram produzidos ao longo da história percebendo a importância da inovações cientificas e
tecnológicas para agricultura, transporte , indústria e outros, desenvolvendo posição crítica em relação ao seus malefícios e benefícios.
Torna-se importante discutir com os alunos que o Conhecimento Científico constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições ou hipóteses têm a
sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação e não apenas pela razão. Compreendendo também que o saber cientifico está sujeito a
mudanças.
No desenvolvimento das habilidades desse tópico, o professor deve possibilitar ao aluno a compreensão de que a crescente evolução e utilização de novas
tecnologias vêm acarretando profundas mudanças no meio ambiente, nas relações e nos modos de vida das pessoas e que representam desafios para a
maioria da população que não está preparada para enfrentar.
Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, os eixos não definem separações rígidas entre conhecimentos biológicos, físicos e químicos. Mesmo que
os conteúdos biológicos sejam predominantes nos temas que fazem parte dos dois primeiros eixos, vários conteúdos químicos e físicos o integram e são
fundamentais para a compreensão que possamos fazer acerca deles. Do mesmo modo, o eixo Construindo Modelos inclui o modelo de herança genética,
organizador do pensamento biológico.
6- Ordenação dos conteúdos
Como todo currículo temático, esta Proposta Curricular pode ser desenvolvida em diferentes sequências. Por exemplo: pode-se optar por desenvolver um
dado eixo curricular ao longo de um dado ano escolar ou, em lugar disso, pode-se distribuir os eixos ao longo dos quatro anos do curso. Uma solução que
nos parece bastante viável é a de incluir, em todos os anos do ciclo, tópicos de cada um dos eixos curriculares. Os temas podem, também ser desenvolvidos
parcialmente em um ano escolar e retomados em outro. É o caso do tema Sexualidade, que pode ser iniciado na 6º ano com as “Mudanças na Adolescência”
(tópico complementar) e retornar na 7º ano com “Reprodução humana: características e ação hormonal” e “Métodos contraceptivos”. Optamos por sugerir a
gradação das habilidades ( Iniciar, Aprofundar, Consolidar) que, de forma didática, ajuda o professor a organizar o seu planejamento, considerando o ano
escolar de sua turma, de forma que nada, nenhuma das habilidade fique sem ser desenvolvida.
A presente Proposta Curricular preserva espaço de autonomia e tomada de decisões por parte dos professores e equipes de professores nas escolas. É
fundamental que cada escola, por meio de decisão da equipe de professores, elabore seus planos plurianuais de curso, evitando que determinados temas do
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currículo sejam trabalhados à exaustão, enquanto outros não são ensinados. É importante, ainda, que a escola decida o ordenamento curricular que melhor
se aproxime das necessidades formativas de seus alunos, das condições da escola e das características de seus professores.
Embora seja legítimo propor muitas diferentes maneiras de organizar o currículo, nem todas elas são igualmente válidas ou compatíveis com a presente
proposta. Por essa razão, sugerimos alguns critérios para que as escolas possam definir seus planos de curso.
O primeiro critério é o da adequação à faixa etária dos estudantes. Nos quatro últimos anos do ensino fundamental, acompanhamos profundas mudanças
nos interesses e habilidades dos jovens estudantes entre 11 e 15 anos de idade. Portanto, o currículo deve ser desenvolvido com uma progressão no nível
de abstração dos temas tratados. Um mesmo eixo curricular - por exemplo, Ambiente e vida - contém temas com diferentes níveis de abstração - por
exemplo, “A diversidade de vida” e “Evolução dos seres vivos”.
Certos tópicos do currículo foram organizados de modo a favorecer uma abordagem recursiva ,dando ao estudante oportunidades de rever conceitos
estruturadores do pensamento científico em vários momentos e em graus progressivos de complexidade. Por exemplo: o conceito de adaptação biológica é
inicialmente apresentado como características e comportamento dos seres vivos que permitem sua sobrevivência e reprodução nos habitats em que vivem.
Essa abordagem mais descritiva, própria dos primeiros anos do ciclo (6ª e 7ª séries), vai dando lugar, nos últimos anos de formação, a uma abordagem mais
abstrata, assentada na Teoria da Evolução e na Genética. Nesse sentido, o conceito de adaptação passa a integrar a noção de transformações evolutivas,
em escala de muitas e muitas gerações, que permitem que determinadas características bem sucedidas dos organismos sejam transmitidas aos
descendentes, em detrimento de outras, por um mecanismo de seleção natural.
O segundo critério é o da inter-relação entre conceitos desenvolvidos em diferentes tópicos do currículo. Por exemplo: uma primeira abordagem das reações
químicas é fundamental para que processos biológicos possam ser compreendidos. Do mesmo modo, é desejável que uma primeira aproximação do
conceito de energia (tópicos “Transformações e Transferências de Energia” e “Obtenção de energia pelos organismos”) seja desenvolvida para que os ciclos
de energia nos ecossistemas possam ser compreendidos. Essa é uma das razões que nos levam a concluir que o adiamento dos tópicos de conhecimento
químico e físico para a última série do Ensino Fundamental empobrece o currículo.
Outro exemplo de inter-relação entre conteúdos da proposta é a aproximação do estudo dos ambientes e o estudo dos seres vivos. Em lugar de trazer esses
dois temas separados, os temas do currículo lidam com a vida nos ambientes, focando as inter-relações entre fatores bióticos e abióticos do ambiente e a
interdependência entre organismos. Várias dessas proposições estão exemplificadas em Roteiros de Atividades publicados no Centro de Referência Virtual
do Professor.
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7- Avaliação da aprendizagem
A avaliação da aprendizagem é importante na medida em que nos oferece um retorno sobre o desenvolvimento do estudante ao longo do processo de
escolarização. Ela pode ser feita de diferentes formas, utilizando-se de diferentes instrumentos e em vários momentos e não apenas ao final do processo.
Realizada sistematicamente, a avaliação pode fornecer informações sobre o processo de ensino-aprendizagem enquanto ele se desenvolve.
A avaliação que se realiza na interação diária com os estudantes pode trazer contribuições ímpares para a organização do trabalho pedagógico. O ambiente
que mais oferece oportunidades para uma avaliação dessa natureza caracteriza-se pelo estabelecimento de uma educação dialógica, que oferece um
repertório diversificado de atividades aos estudantes. Nesse tipo de ambiente, o estudante deixa de ter a postura passiva, faz mais do que copiar o quadro e
o discurso do professor, ou aprender a dar respostas padronizadas a “exercícios de fixação”.
O processo avaliativo precisa contar com instrumentos diversificados de forma que constate diferentes habilidades dos estudantes para: identificar,
descrever, relacionar, inferir, extrapolar, justificar e argumentar. Assim, o professor terá elementos para identificar os diferentes níveis de entendimento de
seus alunos acerca de determinado conteúdo e planejar ações de intervenção pedagógica que permitam aos estudantes avançarem nesses níveis.
Entre algumas atividades avaliativas, os estudantes podem ser chamados a produzir textos que sintetizam discussões realizadas coletivamente ou em
pequenos grupos, a partir da análise de problemas propostos pelo professor ou elaborados com sua ajuda. Podem aprender a investigar fenômenos naturais,
contrastando interpretações propostas para compreendê-los com as evidências apresentadas para sustentar tais interpretações. Podem sofisticar sua
capacidade de argumentar e defender seus pontos de vista, de buscar fontes de informação e de organizar as informações disponíveis.
A observação cotidiana que o professor realiza em momentos de trabalhos coletivo e individuais propicia informações importantes para sustentar a avaliação
processual, inclusive no campo das atitudes e condutas. É importante considerar o respeito pelo outro, o saber ouvir, o posicionamento diante dos debates e
a iniciativa em explicitar ideias, valores, crenças e propostas de intervenção. Com isso, não se pretende normatizar condutas ou comportamentos, mas
permitir sua avaliação, de modo a identificar possíveis intervenções que podem ser realizadas pelo professor e pela escola. Dentro dessa concepção, o
professor atua como um observador formativo, constituindo-se uma referência fundamental para o desenvolvimento moral e intelectual dos estudantes. A
avaliação também pode ser feita por meio de provas e testes que auxiliam na identificação de avanços e dificuldades enfrentadas pelos estudantes.
Conforme estabelece a Resolução SEE/MG nº 2197/2012,
Art. 69 A avaliação da aprendizagem dos alunos, realizada pelos professores, em conjunto com toda a equipe pedagógica da escola, parte integrante da
proposta curricular e da implementação do currículo, redimensionadora da ação pedagógica, deve:
I - assumir um caráter processual, formativo e participativo;
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II - ser contínua, cumulativa e diagnóstica;
III - utilizar vários instrumentos, recursos e procedimentos;
IV - fazer prevalecer os aspectos qualitativos do aprendizado do aluno sobre os quantitativos;
V - assegurar tempos e espaços diversos para que os alunos com menor rendimento tenham condições de ser devidamente atendidos ao longo do ano
letivo;
VI - prover, obrigatoriamente, intervenções pedagógicas, ao longo do ano letivo, para garantir a aprendizagem no tempo certo;
VII - assegurar tempos e espaços de reposição de temas ou tópicos dos
Componentes Curriculares, ao longo do ano letivo, aos alunos com frequência insuficiente;
VIII - possibilitar a aceleração de estudos para os alunos com distorção idade ano de escolaridade.
Prevê-se que a avaliação inclua os diversos instrumentos, além das provas, as observações e registros dos professores, atividades em grupos e individuais,
permitindo acompanhar através de fichas individuais o desenvolvimento das habilidades de raciocínio, o processo de construção de cada aluno, assim como
incentivar a construção pelos alunos de trabalhos (portfólios, memorial) que propiciem a formação da autonomia e reflexão sobre o processo de construção
do saber histórico e do sentido desse conhecimento para suas vidas. Como evidencia a Resolução 2.197/12:
Art. 70 Na avaliação da aprendizagem, a Escola deverá utilizar procedimentos, recursos de acessibilidade e instrumentos diversos, tais como a observação,
o registro descritivo e reflexivo, os trabalhos individuais e coletivos, os portfólios, exercícios, entrevistas, provas, testes, questionários, adequando-os à faixa
etária e às características de desenvolvimento do educando e utilizando a coleta de informações sobre a aprendizagem dos alunos como diagnóstico para as
intervenções pedagógicas necessárias.
Parágrafo único. As formas e procedimentos utilizados pela Escola para diagnosticar, acompanhar e intervir, pedagogicamente, no processo de
aprendizagem dos alunos, devem expressar, com clareza, o que é esperado do educando em relação à sua aprendizagem e ao que foi realizado pela
Escola, devendo ser registrados para subsidiar as decisões e informações sobre sua vida escolar.
A nova proposta de avaliação apresenta-se para professores e alunos, como um instrumento de aprendizagem, de investigação, de diagnóstico da
aprendizagem, de subsídio para a intervenção pedagógica e de formação contínua, e isso representa uma mudança significativa na cultura e práticas
escolares.
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As questões de uma avaliação cumprem um duplo objetivo: contemplar os diversos elementos dos conteúdos abordados e solicitar diferentes operações
intelectuais e cognitivas por parte dos estudantes. Ao conceber uma questão, é necessário definir o que se pretende avaliar para que se possa interpretar o
desempenho dos estudantes. Assim, por exemplo, fica mais fácil avaliar o que pode estar associado ao “fracasso” e ao “sucesso” do estudante na avaliação.
A avaliação pode ser usada como modo de o professor conhecer as ideias dos estudantes acerca de um determinado assunto que ainda será desenvolvido.
Esse momento é importante para levantar as ideias prévias do estudante e propiciar o estabelecimento de um diálogo entre essas ideias e o conteúdo a ser
trabalhado. Por exemplo: a discussão sobre a queima de uma vela pode iniciar o estudo das transformações dos materiais. “Qual o material que está sendo
queimado em uma vela? Para que serve o pavio de uma vela? O que você acha que aconteceu com os materiais que constituíam a vela?”. Essas são
perguntas que podem fornecer informações sobre as ideias dos estudantes acerca dos processos envolvidos nas transformações dos materiais, servindo
como diagnóstico para o professor planejar as intervenções pedagógicas subsequentes.
Atividades experimentais, análises de ilustrações e textos, também podem ser usadas para fazer esse diagnóstico das ideias dos estudantes.
Uma questão dissertativa, por exemplo, oferece ao estudante a oportunidade de se colocar em um processo de diálogo com o professor ou com qualquer
leitor potencial do texto que está a produzir. Ela pode ser elaborada de diversas formas. Uma dessas formas é pedir que o estudante produza seu texto a
partir de outros gêneros textuais, como poemas, músicas, textos jornalísticos, entrevistas, etc. Nesse caso, é preciso fornecer orientações para o aluno se
colocar em situação de diálogo com o texto apresentado e produzir seu texto também numa perspectiva dialógica.
Uma questão de múltipla escolha pode fornecer informações úteis acerca do processo de ensino aprendizagem. As alternativas podem identificar os
diferentes tipos de raciocínio sustentados pelo uso de diferentes tipos de noções e conceitos. Veja um exemplo de questão de múltipla escolha que pode ser
usada para investigar noções e raciocínios dos estudantes sobre a pressão exercida pelo ar.
A figura abaixo ilustra um experimento no qual um balãozinho de borracha encontra-se no interior de uma grande seringa de plástico. A ponta da seringa é
tampada, de modo a evitar que qualquer quantidade de ar possa entrar ou sair enquanto o êmbolo é comprimido (veja a figura).
Considerando essas condições iniciais, assinale a alternativa que melhor representa o que ocorrerá com o balãozinho:
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a) Mesmo antes de o êmbolo se aproximar suficientemente do balãozinho, esse último começa a se deformar, tornando-se achatado.
b) Mesmo antes de o êmbolo se aproximar suficientemente do balãozinho, esse último começa a diminuir de tamanho, mantendo, todavia, seu formato
inicial.
c) Enquanto o êmbolo não estabelece contato direto com o balãozinho, esse último não sofre qualquer de formação.
d) O balãozinho não sofre nenhuma deformação, pois o ar preso no interior da seringa impede que o êmbolo se mova.
A alternativa correta é a letra (b). Ao marcar essa letra, o estudante admite a existência de ar no interior da seringa e demonstra compreender que esse ar é
capaz de exercer pressão, simultaneamente, sobre toda a superfície externa do balãozinho.
Ao marcar a alternativa incorreta (a), o estudante demonstra admitir a existência do ar. Todavia, a ação exercida pelo ar sobre o balãozinho é entendida
como um mero efeito da transferência da ação exercida pela mão sobre o êmbolo. O estudante ignora que a ação exercida pelo ar depende das
propriedades do ar.
Ao marcar a alternativa incorreta (c), o estudante demonstra ignorar a existência do ar ou desconhecer a capacidade do ar comprimido de exercer pressão
sobre a superfície externa do balãozinho.
Ao marcar a alternativa incorreta (d), o estudante demonstra admitir a existência do ar, mas supervaloriza a capacidade do ar em resistir à pressão exercida
pelo êmbolo. Além disso, ele ignora a tendência apresentada pelo ar de exercer maior pressão sobre o balãozinho, quando uma pressão maior é aplicada
pelo êmbolo.
De modo geral, os objetivos de todas as questões precisam estar relacionados tanto com a manifestação da compreensão de certas ideias, quanto com a
capacidade de utilizá-las ou operar com elas em contextos específicos. Os contextos construídos no enunciado das questões podem ser entendidos como
um conjunto de informações a partir das quais o estudante é levado a se imaginar em um ambiente ou situação que lhe permita mobilizar seus
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conhecimentos prévios e os conhecimentos dos quais se apropriou no trabalho em sala de aula, de modo a responder a uma determinada pergunta ou
desafio.
A escolha de contextos adequados é uma tarefa complexa. Contextos idênticos àqueles que foram utilizados nas situações de ensino-aprendizagem avaliam
pouco a capacidade do estudante em generalizar os conhecimentos produzidos e a utilizá-los na análise de novas situações. Isso não quer dizer, entretanto,
que ao lidar com contextos já explorados ou conhecidos estejamos avaliando apenas a capacidade de memorização dos estudantes. Não se “memorizam”
raciocínios completos ou operações intelectuais e cognitivas, pois esses raciocínios e operações não podem ser apenas retidos na memória.
Por outro lado, novos contextos e situações propostos no momento da realização de uma prova devem ter características especiais para poderem avaliar a
compreensão de noções, raciocínios e conceitos desenvolvidos em sala de aula. A análise de situações novas, não discutidas em sala de aula, não é uma
tarefa fácil para os estudantes. Costumamos enfrentar maus resultados nas avaliações ao subestimar a dificuldade dos estudantes em utilizar, em situações
novas, conceitos, modelos e teorias propostas pela ciência escolar.
Pesquisas no campo do ensino e aprendizagem de conceitos apontam dificuldades inerentes ao processo de transferência para novos contextos de recursos
cognitivos que os estudantes aprenderam a utilizar em situações específicas. Os estudantes normalmente não usam os mesmos procedimentos que nós,
professores e especialistas, utilizamos ao nos depararmos com novas situações a serem interpretadas. Frente a novos problemas, partimos de conceitos,
teorias e modelos gerais, buscando estabelecer relações entre contextos distintos. Tais relações são abstratas e, em certa medida, arbitrárias. Os
estudantes, normalmente, não seguem esses procedimentos. Mais comumente, examinam aspectos específicos de cada contexto e acabam por estabelecer
diferentes soluções para problemas que, do ponto de vista científico, são similares.
Por exemplo: o raciocínio usado na questão do balãozinho colocado no interior da seringa envolve comparação entre a pressão do ar dentro do balão e fora
dele, além das variações de pressão decorrente da variação do volume ocupado por certa quantidade de gás (quanto maior o volume, menor a pressão). O
mesmo raciocínio se aplica quando tentamos explicar porque um desentupidor de pias fica preso a uma superfície quando pressionado contra ela. Nesse
caso, o procedimento didático consiste em, havendo desenvolvido uma ideia (comparação entre pressão interna e pressão externa), apresentar outras
situações em que a mesma ideia se aplica e orientar os estudantes na identificação dessas similaridades não aparentes.
Seja a avaliação constituída por observação, acompanhamento, por instrumentos informais, por questões escritas, dissertativas ou de múltipla escolha, é
importante que a avaliação esteja embasada no trabalho desenvolvido em sala de aula e que seu nível de complexidade seja adequado ao nível de
entendimento que é esperado dos estudantes nas diferentes etapas de escolarização.
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8- Conteúdo curricular
Eixo Temático I – Ambiente e Vida
O Eixo Temático I – Ambiente e Vida – busca promover um estudo integrado sobre a vida nos ambientes. Nesse sentido, pretende romper com uma tradição
do ensino de ciências em tratar separadamente os estudos de morfologia e classificação de seres vivos (próprios da zoologia e botânica) e a iniciação ao
estudo dos ambientes. Ao contrário disso, a orientação para o estudo dos temas relacionados a esse eixo é de se examinar a diversidade da vida como
resultado de adaptações e co-evoluções dos organismos em seus habitats. Procura-se aqui considerar a dinâmica e interdependência entre seres vivos e
como a vida se processa em diferentes espaços e tempos. Os ambientes são vistos tanto em sua dinâmica interna quanto nas consequências de
intervenções humanas nestes.
O desenvolvimento desse eixo curricular deve se dar de maneira integrada aos estudos de saúde e corpo humano, uma vez que as condições de saúde
dependem fortemente das relações entre as comunidades humanas e o ambiente em que vivem. De modo semelhante, o Eixo Temático II – Ambiente e Vida
– possui interfaces com o eixo curricular que trata da “Construção de Modelos”. Um exemplo disso é a retomada das discussões de energia, iniciadas no
tema “Energia nos Ambientes”, que trata de fluxos de energia nos ecossistemas, e no tema “Processos de Transferência de Energia”, em que se estudam os
impactos ambientais decorrentes do uso intensivo de energia na sociedade.
Fazem parte desse Eixo os seguintes Temas:
1. Diversidade da Vida nos Ambientes
2. Diversidade dos Materiais
3. Formação e Manejo dos Solos
4. Decomposição de Materiais
5. Qualidade da Água e Qualidade de Vida
6. Energia nos Ambientes
7. Evolução dos Seres Vivos
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Tema 1 – Diversidade da Vida nos Ambientes
Esse tema possibilita a compreensão das adaptações dos seres vivos, da importância das interações na manutenção da vida, e as consequências das ações
humanas no equilíbrio do ambiente. O enfoque é predominantemente ambiental e evolutivo, destacando-se as adaptações dos organismos aos diferentes
ambientes. O objetivo é contribuir para que os estudantes compreendam o conceito de evolução biológica, abordado de modo recursivo ao longo do
currículo. Os estudantes já trazem, dos primeiros anos do ensino fundamental, noções básicas sobre os seres vivos e algumas descrições de ambientes.
Essas noções devem ser ampliadas para a compreensão e o aprofundamento das ideias sobre o papel dos fatores abióticos, suas relações com as
características dos seres nos ambientes e algumas interações que explicam a manutenção do equilíbrio dinâmico.
Iniciar o estudo das ciências com o eixo temático Diversidade tem algumas vantagens, pois permite introduzir as ciências por seus aspectos macroscópicos,
ou seja, considerando elementos observáveis de fenômenos e processos próximos da vivência dos estudantes. Essa é uma alternativa que apresenta
grandes vantagens em relação à abordagem tradicional que inicia o estudo da química pelo átomo e o estudo da biologia pela célula. Ao contrário disso, o
eixo temático Diversidade convida os estudantes a lançarem um novo olhar sobre o mundo à sua volta, reconhecendo nele novos padrões e processos. Essa
abordagem macroscópica no início da segunda etapa do ensino fundamental proporciona maiores possibilidades de engajamento dos estudantes,
favorecendo, assim, a aprendizagem em ciências.
Optamos por escolher critérios de agrupamento de seres vivos que sejam compreensíveis para estudantes dessa faixa etária. Em lugar de critérios clássicos,
que envolvem o conhecimento de características relacionadas ao tipo de organização celular e ao desenvolvimento embrionário, optamos por critérios de
classificação relacionados a características mais próximas da observação dos estudantes, como: modos de nutrição, de obtenção de oxigênio, de
reprodução e tipo de sustentação do corpo. O tratamento muito extenso de características estruturais de grupos de seres vivos, fora do contexto da vida nos
ambientes, deve ser evitado.
Prioridades de aprendizagem
No desenvolvimento do tema Diversidade da vida nos ambientes, é importante que os estudantes:
• Entendam a influência da luz, da água, da temperatura e dos alimentos nos diversos ambientes;
• Saibam descrever algumas teias alimentares e o processo de decomposição, como transformação dos materiais;
• Identifiquem algumas características adaptativas dos seres vivos e as relacionem com a sobrevivência da espécie;
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• Compreendam algumas características que permitem destacar agrupamentos de seres vivos, e identificar laços de parentesco entre eles (ex. mamíferos,
aves, peixes e répteis, incluídos no grande grupo dos vertebrados).
Ideias prévias
Pesquisas realizadas na área de ensino de biologia têm identificado que, geralmente, os estudantes apresentam as seguintes ideias sobre a diversidade dos
seres vivos:
• Tendem a pensar a adaptação como modificação dos seres em resposta às alterações ambientais;
• Relacionam as plantas como fonte de oxigênio, mas não como fonte de alimento;
• Apresentam dificuldades no entendimento do processo de decomposição e sua importância para a manutenção do ciclo dos materiais;
• Não identificam a fotossíntese, a respiração e a decomposição como processos que envolvem transformação de materiais
Linguagem das ciências
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem ter oportunidades de utilizar corretamente e compreender palavras e frases que descrevam
ambientes como, por exemplo: produtores, consumidores, decompositores, biodiversidade, teia alimentar, equilíbrio e desequilíbrio de um ecossistema,
poluição, vertebrados, invertebrados, espécies.
Ideias-chave
Funcionamento dos ambientes; os participantes da teia alimentar e o papel da decomposição. Conceitos de habitat, comunidade, ecossistema e adaptação.
Importância da diversidade da vida. Ações humanas que interferem na biodiversidade. Adaptações dos seres vivos aos ambientes. Critérios de classificação
de seres vivos: modo de nutrição, modo de obtenção de oxigênio, modo de reprodução e tipo de sustentação do corpo.
Tema 2 – Diversidade dos Materiais
O Tema 2 – Diversidade dos Materiais – permite ao estudante a compreensão da importância da química no cotidiano, das propriedades dos materiais e de
suas transformações. Esse tema é de fundamental importância no currículo de ciências e permite responder questões como: do que são constituídas as
coisas? De onde vieram? Como são produzidas? Como podemos reconhecer os materiais? Como eles se transformam? O tema pode ser desenvolvido no
nível elementar nos primeiros anos do Ciclo Intermediário, permitindo assim que outros temas do currículo, como a ciclagem de materiais, a fotossíntese, a
respiração celular e a fermentação, possam ser compreendidos.
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Prioridades de aprendizagem
No estudo do tema Diversidade dos materiais é importante que os estudantes reconheçam:
• algumas características físico-químicas dos materiais;
• alguns processos de separação de misturas;
• as transformações dos materiais.
Ideias prévias e linguagem das ciências
É comum os estudantes considerarem que a maioria dos materiais é encontrada na forma pura; pensam, por exemplo, que os fabricantes adicionam os
minerais na água. Os estudantes confundem, ainda, o conceito de mistura e composto. Na construção do conceito de densidade em que se requer o
estabelecimento de relação entre massa e volume, atributos como leve/ pesado e grande/ pequeno são usados para identificar materiais mais densos e o
menos denso.
Os alunos devem acompanhar e nomear evidências de transformações químicas, à medida que identificam novas propriedades nos materiais. Pesquisas
realizadas com o intuito de investigar ideias dos estudantes sobre fenômenos envolvendo reações químicas têm identificado que os estudantes interpretam
incorretamente tais fenômenos. Um primeiro erro frequente consiste em não se considerar os produtos da reação, mas apenas o ‘desaparecimento’ de
alguma substância (como, a parafina consumida na queima da vela ). Nem sempre os fenômenos de reação química são interpretados pelos estudantes
como tais: no enferrujamento do ferro é comum ouvirmos que se trata de uma espécie de fungo que está no ar e se deposita no material. Em outros
fenômenos, o desprendimento de bolhas é incorretamente interpretado como resultado de mudança de estado físico e não como evidência da ocorrência de
uma reação química.
Como professores, o reconhecimento desses conceitos alternativos dos estudantes é importante para que possamos intervir de maneira mais adequada e,
ainda, no planejamento de atividades. Por exemplo, é importante saber que os estudantes têm dificuldade com a ideia de conservação da massa nas
transformações, ainda mais porque, normalmente, as reações ocorrem em sistemas abertos. O conceito científico de reação química envolve a ideia de
rearranjo de partículas, ou seja, o dinamismo das interações entre partículas com rompimento e formação de novas ligações. Qualquer mudança na forma e
aparência do material é, então, identificado como resultado de evidência de reação química.
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Ideias-chave
A química como ciência dos materiais e sua presença no cotidiano; misturas e substâncias; processos de separação de componentes de misturas;
propriedades dos materiais como conjunto de características específicas relacionado à sua identificação e usos; propriedades específicas dos materiais
(densidade, temperaturas de fusão e ebulição, solubilidade); propriedades, origem e usos de alguns materiais (metais, borracha, fibras, vidros e plásticos);
reconhecimento e descrição de transformações dos materiais; reação de combustão.
Tema 3 – Formação e Manejo dos Solos
O estudo de solos amplia o conhecimento sobre o ambiente e seus problemas e a compreensão de que ambientes diferentes possuem elementos comuns.
Estudos comparativos de diferentes tipos de solos resultando em diferentes paisagens podem ser feitos com aprofundamento no conhecimento da dinâmica
dos ambientes. Comparações de ambientes de jardim ou horta com parque ou terreno baldio podem evidenciar a interferência do ser humano na
transformação do solo, como técnicas de preparação para o cultivo, controle de erosão, controle de pragas e manejo de água.
Ideias prévias
No estudo dos solos, muitos estudantes pensam que as plantas apenas se dissolvem (ou desmancham) no solo e não compreendem a decomposição como
resultado da ação de micro-organismos. Interpretações errôneas são feitas acerca das queimadas e sua ação no solo, como se as cinzas aumentassem a
sua fertilidade. Embora as cinzas resultantes das queimadas promovam uma maior disponibilidade de alguns minerais, o que torna o solo mais fértil por um
curto período de tempo, o fogo destrói os microrganismos responsáveis pela decomposição, o que resulta na perda de minerais, compactação e erosão.
Linguagem das ciências
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes terão oportunidades de utilizar corretamente e compreender palavras e frases relacionadas à formação
e constituição dos solos, como, por exemplo: intemperismo, microrganismos, textura, permeabilidade, curvas de nível, desertificação.
Ideias-chave
Formação e características do solo. Interações que ocorrem nos solos: micro-organismos e vida vegetal; degradação e conservação dos solos; fertilizantes,
compostagem e correção de solos; poluição por agrotóxicos e metais pesados; ciclos dos materiais nos ecossistemas; papel dos seres vivos no ciclo dos
materiais.
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Tema 4 – Decomposição de Materiais
Esse tema envolve simultaneamente questões de tecnologia e saúde e questões relacionadas ao eixo curricular Ambiente e vida. Nele iremos tratar da
conservação dos alimentos, produção de alimentos e ciclagem de materiais. Ao abordar tais processos, é oportuno discutir questões sociais relacionadas ao
desperdício de alimentos.
O tema retoma os conceitos de mistura e pureza, tratados no tema “Diversidade de materiais”. No desenvolvimento do tema, alguns contextos como
produção de pães, de iogurte e de coalhada ajudam os estudantes a entenderem melhor a ação de fungos e do calor na transformação dos materiais que
ocorre no preparo desses alimentos.
Prioridades de aprendizagem
Algumas ideias-chave tratadas nesse tema, como transformação, conservação, ciclo, são fundamentais para a compreensão de diferentes fenômenos
naturais. Essas ideias são tratadas em outros temas, devido à sua importância e complexidade, exigindo construções elaboradas por parte dos estudantes.
No desenvolvimento do tema, deve ser priorizado o estudo sobre as propriedades dos materiais, conceitos de pureza e purificação e diferenciação entre
transformação nos materiais e dos materiais, sem que isso signifique propor classificações em fenômenos físicos e químicos.
Ideias prévias
É importante estar atento aos significados que os estudantes atribuem às palavras: substância mistura, composto, materiais e elementos. O significado que
eles atribuem a essas palavras nem sempre coincidem com a conceituação científica. Não se espera que, numa primeira abordagem, os estudantes
dominem esses termos, mas sim que consigam perceber que significam coisas diferentes.
As explicações científicas geralmente não estão presentes nas práticas cotidianas de produção e conservação de alimentos e, por isso, o fato de os fungos
agirem ora favoravelmente ( na produção de alguns tipos de alimentos ) ora negativamente (na decomposição), leva a ideias de utilidade ou não dos seres
vivos. Esta discussão pode levar à superação dessa visão simplista e utilitarista dos seres vivos. Sobre os fatores que alteram a rapidez das reações,
podemos salientar o problema com o reconhecimento da ideia de superfície de contato e da diferença entre catalisadores orgânicos ou enzimas (fermentos
biológicos) e inorgânicos (fermentos químicos).
Linguagem das ciências
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem ter oportunidades de utilizar corretamente e compreender palavras e frases relacionadas ao
tema Conservação de alimentos, tais como: mistura, substância, microrganismo, conservante, decomposição, fermentação.
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Ideias-chave
Fermentos químicos e biológicos. Processos utilizados na conservação de alimentos. Educação do consumidor: Validade de alimentos, condições de
embalagem e estocagem. Fatores envolvidos na conservação de alimentos. Ação do ar e das enzimas na transformação de alimentos. Transformação dos
materiais no processo de composição do lixo.
Tema 5 – Qualidade da Água e Qualidade de Vida
O tema sugere uma abordagem dos aspectos físico-químicos e biológicos da água em contextos de seu uso e distribuição para a população. Ao abordar o
ciclo da água no planeta, pretende-se tratar das consequências da intervenção humana sobre a sua disponibilidade.
Linguagem da ciência
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem ter oportunidades de utilizar corretamente e compreender palavras e frases relacionadas à
qualidade e ao tratamento de água, como: solidificação, ebulição, fusão, condensação, vaporização, precipitação, evapotranspiração, água potável,
desidratação, decantação, filtração, flotação, sedimentação, presença de organismos patogênicos, indicadores de qualidade de água.
Ideias-chave
No estudo do tema, algumas ideias em destaque são: ciclo da água, distribuição, qualidade e usos da água, tratamento da água, solubilidade de sais e gases
na água, função da água nos organismos, distribuição de água no planeta, acesso e disponibilidade da água. Ao tratar das mudanças de estado físico, é
preciso estar atento à abordagem de transferência de energia envolvida nos processos e às diferenças entre ebulição e evaporação. A discussão do tema
(qualidade de água) deve incluir a importância do tratamento de água e de esgoto para a saúde da população.
Tema 6 – Energia nos Ambientes
Energia é um conceito unificador e estruturador do campo das ciências naturais. Portanto, devemos dar a esse tópico um tratamento destacado e recursivo.
Ele será retomado adiante (tema “Processos de Transferência de Energia” no eixo Construindo Modelos) e está presente, de maneira marcante, em todo o
currículo: no estudo de mudanças de estado físico, nas transformações químicas, nos processos de decomposição da matéria, nos fluxos de energia nos
ecossistemas, na fotossíntese e respiração celular, nos processos metabólicos orgânicos, nos fenômenos térmicos e luminosos, nos equipamentos elétricos
e de comunicação, nos movimentos dos corpos. Nessa primeira abordagem do tema, apresentamos o conceito de energia a partir de situações simples,
destacando a diversidade de manifestações de energia e o fato de que a energia não surge do nada: sempre que uma forma de energia se manifesta, outra
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forma de energia, em igual quantidade, diminui. Além dessa apresentação inicial do conceito, examinamos nesse tema como os seres vivos obtêm energia e
como se dão os fluxos de energia nos ambientes.
Prioridades de aprendizagem
Desenvolver ideias fundamentais do conceito científico de energia: transformação, transferência, armazenamento, conservação e degradação de energia. As
duas primeiras são mais simples e devem merecer maior atenção do currículo no ensino fundamental: reconhecer as transformações de um tipo de energia
em outro, como, por exemplo, energia potencial química em energia térmica e luminosa na queima de álcool em uma lamparina - e transferências de energia
de um objeto a outro – por exemplo, a energia cinética da água sendo transferida para as pás de uma turbina em uma usina hidrelétrica. A ideia de
armazenamento implica considerar sistemas que ‘guardam’ energia que pode ser, a qualquer momento, novamente disponibilizada (como um elástico
esticado de um brinquedo infantil; um objeto erguido, a uma certa altura, no campo gravitacional; certos compostos químicos). A energia armazenada é
denominada ‘potencial’, podendo ser potencial elástica, potencial gravitacional ou potencial química. Essas ideias de transformação, transferência e
armazenamento de energia preparam o conceito mais abstrato e difícil de que a quantidade total de energia sempre se conserva nas transformações, foco
do estudo do conceito de energia no ensino médio. A degradação da energia significa que, em cada transformação, uma parte da energia se dissipa na
forma de calor.
Ideias prévias
Muitas são as ideias de senso comum que permeiam o pensamento dos estudantes acerca da energia. Muitos confundem energia com os combustíveis e
dizem, por exemplo, que a energia algumas vezes é visível como o gás, o carvão ou o Sol. Usam indiscriminadamente as palavras força e energia dizendo: a
força do motor, a força do vento. Tendem, a considerar que apenas seres vivos têm energia ou que a energia dos seres vivos é algo completamente
diferente da energia em máquinas. Outros consideram que apenas corpos em movimento têm energia e não consideram, a energia armazenada em uma
grande quantidade de água represada a certa altura acima do leito de um rio. A energia é, ainda, para alguns estudantes, como uma espécie de material ou
ingrediente contido em ‘coisas energéticas’, como uma barra de chocolate.
Quanto aos fluxos de energia em ecossistemas, os estudantes têm dificuldades em compreender que, nos vegetais, a energia provém do Sol e não de
nutrientes do solo ou da água. Há uma compreensão limitada que reduz a fotossíntese às trocas gasosas que a planta realiza com o meio. Os estudantes
não reconhecem as diferenças entre nutrição animal e vegetal. O modelo que prevalece é o de que as plantas obtêm seu alimento diretamente do solo,
através das raízes. Ao contrário disso, o modelo científico de fotossíntese afirma que a planta produz seu próprio alimento a partir da energia do Sol e de
materiais provenientes do ar (gás carbônico) e do solo (água e sais minerais). Muitas vezes, respiração e fotossíntese são considerados processos inversos
e excludentes. A ideia que prevalece no pensamento espontâneo é de que a planta só respira durante a noite, quando não faz a fotossíntese. Verifica-se,
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ainda, um conceito vitalista de energia, específica para os processos biológicos e não integrado a processos físicos e químicos envolvidos. Nesse caso, não
há relação entre o conceito de energia e a identificação de fatores necessários para a ocorrência da fotossíntese.
Linguagem das ciências
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem ter oportunidades de utilizar corretamente e compreender palavras e frases relacionadas com a
energia nos ambientes como: conservação, armazenamento, transferência e transformação de energia, energia cinética, energia potencial (química,
gravitacional ou elástica), energia radiante ou luminosa, calor.
Linguagem das ciências
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem ter oportunidades de utilizar corretamente e compreender palavras e frases relacionadas com a
energia nos ambientes como: conservação, armazenamento, transferência e transformação de energia, energia cinética, energia potencial (química,
gravitacional ou elástica), energia radiante ou luminosa, calor.
Ideias-chave
Energia envolvida na transformação de alimentos e combustíveis; alimentos como fonte de energia; tipos e transformações de energia; energia cinética;
energia potencial gravitacional; transformação de energia térmica em energia de movimento; atrito e calor como processos de transferência e transformação
de energia; energia armazenada nos alimentos; transformação dos materiais nos vegetais; o Sol como fonte básica da energia na Terra; cadeias e teias
alimentares; fotossíntese e a nutrição dos vegetais.
Tema 7: Evolução dos Seres Vivos
Embora complexo, o conceito de evolução é fundamental de ser construído, pois é estruturante para o conhecimento biológico, de modo geral. Destacamos
a importância desse conteúdo como síntese dos estudos sobre diversidade e vida no Ensino Fundamental, pois ajuda o estudante na construção de
argumentações sobre preservação dos seres vivos.
Ao longo dos trabalhos, é importante situar algumas questões essenciais ao entendimento do processo evolutivo que se fundamentam na “teoria sintética” da
evolução. São eles:
• A evolução atua sobre a população e não sobre o indivíduo;
• A evolução é produto da interação meio ser em um determinado período de tempo;
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• A evolução é um processo de transformações contínuas, e que podem ser transmitidas hereditariamente;
Prioridades de aprendizagem
No tema Evolução dos seres vivos, o foco são as transformações que ocorrem em nosso planeta através dos tempos, e o estudo sobre as teorias da
evolução. É interessante uma abordagem histórica desse tema, uma vez que permite a discussão de algumas das explicações dadas por diferentes
naturalistas, em diferentes épocas, aos processos de transformação dos organismos, ao longo do tempo evolutivo. Esse enfoque histórico possibilita, ainda,
promover uma discussão a respeito da construção do conhecimento científico. Ao entrar em contato com ideias conflitantes e novas explicações que
implicam mudanças de teoria pela comunidade científica, o estudante está tendo oportunidade de perceber o caráter provisório do conhecimento científico.
No estudo sobre evolução, são importantes as ideias de adaptação, diversidade e das transformações em nosso planeta através dos tempos. Nesse eixo
temático pode-se contemplar a discussão sobre: a) o que são características adaptativas; b) como as características herdáveis passam dos pais para os
filhos através dos gametas; c) as relações entre reprodução, sobrevivência, variabilidade genética e seleção natural.
Recomenda-se especial atenção, aos valores religiosos e culturais, de modo a respeitar as diferenças, mas, ao mesmo tempo, esclarecer que as explicações
produzidas pela ciência são uma das maneiras de explicar o mundo em nossa sociedade.
Ideias prévias
A ideia de evolução é, muitas vezes, de difícil compreensão para os estudantes. Por isso, sugere-se que ela deva ser tratada em contextos e em momentos
diferentes da educação científica escolar. É comum, no cotidiano, o estudante usar a palavra evolução no sentido de progresso, melhoria, aprimoramento.
Porém, o conceito de evolução biológica não corresponde ao sentido cotidiano dado à palavra. Daí a necessidade de uma atenção especial às concepções
prévias dos estudantes.
Pesquisas realizadas na área de ensino de Biologia têm identificado que os estudantes entendem o processo de evolução e adaptação como resposta de um
ser vivo à mudança do ambiente. Para muitos estudantes, os seres se modificam para se adaptarem ao ambiente. A noção de que os animais e plantas se
modificam como resposta ao meio é mais intuitiva e parece ser mais facilmente aceita pelos estudantes do que a explicação científica baseada em evolução
e seleção natural. No cotidiano, a palavra adaptação é usada para indicar aclimatação ou adequação a novos ambientes. Nesse caso, estamos falando de
adaptação fisiológica e individual, como, por exemplo, uma pessoa de pele clara aumenta a produção de melanina e, por isso, fica com a pele mais escura
quando se expõe sistematicamente ao Sol. Entretanto, os filhos dessa pessoa bronzeada não nascerão bronzeados por causa disso. A palavra adaptação
relacionada a processos evolutivos tem significado diferente. São consideradas características adaptativas aquelas que possibilitam a reprodução e, nesse
sentido, todas aquelas que permitem a sobrevivência do indivíduo até a idade reprodutiva. Estas características são herdáveis, isto é, passam dos pais para
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os filhos. Outro aspecto a considerar no trabalho em sala de aula é a ideia de tempo. Entre os estudantes é comum a ideia de que os dinossauros e os
homens conviveram num mesmo espaço e tempo. A dificuldade dos estudantes em situar-se num mundo em que não tenham vivido pode ser tão grande
quanto a de compreender o tempo, independente de sua experiência pessoal.
Linguagem das ciências
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem ter oportunidades de utilizar corretamente e compreender palavras e frases relacionadas à
evolução biológica, tais como adaptação, tempo geológico, seleção natural.
Ideias-chave
Evidências de transformações da vida e do ambiente da Terra; história geológica e ecológica da vida na Terra; processo de fossilização, deriva continental;
origem das espécies; evolução do homem; teorias de Lamarck, de Darwin e Wallace.
Eixo Temático II – Corpo Humano e Saúde
Esse eixo curricular orienta a concepção de corpo humano como um sistema integrado com outros sistemas. Nosso corpo interage com o ambiente e reflete
a história de vida de cada indivíduo. É importante que o estudante conheça o próprio corpo para adotar hábitos saudáveis e se responsabilizar pela sua
saúde. O estudo do corpo humano é mais uma das oportunidades para desenvolver nos estudantes atitudes de respeito à vida e de auto-estima. Nesse
sentido, é imprescindível a identificação do estudante com seu próprio corpo em atividades de auto observação e autoconhecimento.
Fazem parte deste eixo curricular os seguintes temas:
1. A Dinâmica do Corpo;
2. Sexualidade;
3. Interação do Corpo com Estímulos do Ambiente.
Tema 1 – A Dinâmica do Corpo
Para que o aluno compreenda a integridade do corpo, é importante estabelecer relações entre os vários processos vitais. Por isso é importante a seleção de
conteúdos que possibilitem a compreensão do corpo como um todo. Atividades de discussão que promovam valores de apreço pelo corpo e de autoestima,
como questões relacionadas à saúde, alimentação, dietas, automedicação, entre outras, também devem ser exploradas.
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A abordagem aqui se diferencia do tratamento tradicional de iniciar com o estudo de células. Ao adotarmos uma abordagem mais integrada do corpo
humano, estamos rompendo, em parte, com a visão descritiva da biologia que é tanto criticada pelos alunos e por nós mesmos. De nada adianta o aluno
memorizar as diferentes estruturas celulares, os diferentes tipos de tecidos, ou classificar seres vivos, se eles não conseguirem usar estas informações como
ferramentas para compreender e explicar o mundo.
O conceito de célula, no ensino fundamental, não deve ser considerado como ponto de partida, mas como conceito em construção. É suficiente, nessa
etapa, considerar a célula como unidade de vida e deixar estudos de citologia e organelas celulares para o ensino médio.
Prioridades de aprendizagem
Compreensão da integração dos processos envolvidos com as funções de nutrição, tais como digestão, distribuição e absorção e excreção. Avaliação da
própria dieta e as consequências das carências nutricionais. Fatores que concorrem para a manutenção do equilíbrio do corpo. Manifestação e modos de
prevenção de doenças comuns na comunidade.
Ideias prévias
Pesquisas indicam que, ao final do ensino fundamental, os estudantes ainda possuem uma visão fragmentada e desarticulada dos sistemas do corpo. Eles
compreendem o corpo desprovido de interação com o ambiente, constituído de sistemas interdependentes e sem história biológica e cultural. É comum os
estudantes não estabelecerem relação entre o próprio corpo e aquele estudado nos livros nem associarem os cuidados corporais com a fisiologia humana.
Linguagem das ciências
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem ter oportunidades de utilizar corretamente e compreender palavras e frases relacionadas ao
tema, como, por exemplo: hormônios, metabolismo, dieta equilibrada, calorias, sistemas, equilíbrio, saúde e doença.
Ideias-chave
Relações entre sistemas circulatório, respiratório, digestório e excretor e os órgãos que fazem parte desse sistema; noções básicas da respiração celular:
respiração celular como um processo que envolve transformação de energia e formação de novos materiais no organismo; composição do ar que inspiramos
e expiramos; doenças do sistema respiratório e circulatório.
Tema 2 – Sexualidade
O tema Sexualidade é pleno de significado na vida de todos nós. Na vida dos adolescentes, sobretudo, o tema ganha grande dimensão. A orientação sexual
é recomendada pelos PCN como tema transversal às disciplinas escolares. Entretanto, muitas vezes, é o professor de ciências que desencadeia discussões
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em torno desse tema, em função da natureza de sua disciplina e da proximidade do tema com os conteúdos de Biologia. A abordagem do tema envolve
aspectos biológicos, sociais e culturais. Atenção especial deve ser dada a problemas como ‘sexo seguro’ e gravidez não planejada. Aproveitar histórias de
vida permite ao educador conhecer o conjunto de ideias que os estudantes trazem do convívio social e possibilita o desencadeamento de discussões sobre
os diferentes valores culturais, comportamentais e éticos relativos ao corpo.
O estudo da sexualidade humana pode, ainda, se relacionar aos estudos de adaptações reprodutivas dos seres vivos (eixo Ambiente e Vida, tema Evolução
dos Seres Vivos) no que se refere, por exemplo, a rituais de corte e cuidados com a prole.
Prioridades de aprendizagem
Influência dos hormônios no crescimento, amadurecimento sexual durante a puberdade. Possibilidade de gravidez decorrente do ato sexual associada a
eventos da ejaculação e do ciclo menstrual, bem como a utilização dos preservativos. Doenças sexualmente transmissíveis e formas de prevenção e
valorização do sexo seguro e da gravidez planejada.
Ideias prévias
O conhecimento que os alunos têm sobre o próprio corpo e aspectos de reprodução e sexualidade é bastante variado, mas, em geral, pouco confiável. É
muito comum, por exemplo, a confusão entre período fértil e menstruação.
Linguagem das ciências
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem ter oportunidades de utilizar corretamente e compreender palavras e frases próprias da
sexualidade, como por exemplo: gametas (óvulo e espermatozóide), testículos, ovários, período fértil, contraceptivos.
Ideias-chave
Mudanças físicas e psicológicas na adolescência. Cuidados com a saúde; alimentação, exercícios físicos e higiene corporal; sexualidade e reprodução;
órgãos do sistema reprodutor masculino e feminino, Gravidez: desenvolvimento fetal e parto; métodos contraceptivos; doenças sexualmente transmissíveis.
Tema 3 – Interações do Corpo com Estímulos do Ambiente
O tema trata de ideias relacionadas com o que acontece com o organismo humano quando ele reage a alguns tipos de estímulos e mudanças do ambiente.
Ele envolve conhecimentos de fisiologia, relativos ao sistema nervoso e órgãos dos sentidos e, ainda, modelos físicos para a luz.
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O estudo das drogas e seus efeitos no organismo é contexto para o estudo da fisiologia do sistema nervoso. O uso de drogas traz inúmeros transtornos
sociais, principalmente na escola, para famílias e órgãos de saúde. Ao contrário do que muitos pensam, a droga não é um problema exclusivo de jovens
pobres, delinquentes ou de famílias desestruturadas. Os jovens de classe média, também, podem ser usuários, assim como atuar no tráfico. O envolvimento
com as drogas está relacionado a diferentes fatores e motivos: dinheiro, saúde, sexo, desemprego, problemas sociais, curiosidade e vontade de viver novas
emoções, entre outros. Muitos são os modelos adotados na sociedade para prevenir o uso de drogas. Alguns usam de artifícios morais, amedrontamento,
vigilância, controle, punição, divulgação científica de informações, etc. Atualmente, entre outras abordagens em desenvolvimento, têm se mostrado eficazes
aquelas que incentivam jovens a participar de atividades esportivas, culturais e políticas. Enfim, programas que combinam diferentes aspectos, entre os
quais os efetivos e outros, voltados para hábitos saudáveis de vida.
A escolha do tópico Luz e visão como tópico exemplar dessa temática se justificam por duas razões. Em primeiro lugar, ele tipifica reações do organismo em
resposta a estímulos do ambiente e o processamento complexo de informações daí resultante, que nos permite perceber o ambiente de um certo modo.
Respostas fisiológicas aos estímulos luminosos são, portanto, decorrentes da existência de estruturas especializadas. Em segundo lugar, o estudo do tópico
permite tratar da luz como entidade que se propaga no espaço e como participa do processo de formação de imagens. O modelo de luz e visão - segundo o
qual a luz proveniente de fontes luminosas é refletida pelos objetos, penetra em nossa pupila, formando imagem na retina e estimulando processos no
cérebro – é fundamental para compreensão dos fenômenos luminosos, dando base para estudos posteriores no ensino médio. Como tema complementar,
sugerimos o estudo da propagação e percepção de sons.
Prioridades de aprendizagem
Além de aspectos de fisiologia humana, ligados ao funcionamento do sistema nervoso, o tema “Drogas e seus Efeitos no Organismo” envolve a dimensão
sócio-afetiva ao avaliar riscos na tomada de decisão pessoal e no papel da educação em ciências para informar nossas ações.
Pode ser dada especial atenção, no estudo do tema Visão e fenômenos luminosos, a certos aspectos como: a luz é uma entidade que se propaga em linha
reta com velocidade elevada, mas finita; que a maior parte dos objetos que nos rodeiam não emite luz própria, absorvem parte da luz que incide sobre eles e
refletem outra parte em todas as direções. A parte refletida pelo objeto está relacionada com sua cor e que o enxergamos quando a luz por ele refletida
atinge nossos olhos.
Ideias prévias
As concepções prévias dos estudantes, respaldadas por amplo espectro de pesquisas, indicam a existência de modelos alternativos utilizados por eles para
interpretarem fenômenos relacionados à luz e ao processo de visão. Os estudantes costumam usar alguns modelos para explicar a visão de objetos à nossa
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volta. O primeiro modelo, denominado de “modelo olho”, sustenta a ideia de que o olho é ativo no processo de visão. Segundo esse modelo, a luz não
participa do processo de visão, sendo apenas necessário que o ambiente esteja “claro” para que o olho, ao mirar o objeto, seja capaz de enxergá-lo. O
segundo modelo, denominado “modelo sol”, destaca a importância da luz vindo da fonte no processo de visão, mas não considera que parte da luz, além de
iluminar o objeto, deve ser refletida por ele e penetrar em nossos olhos para que o vejamos. Finalmente, o “modelo físico” ou científico atribui ao olho uma
função de receptor da luz refletida pelo objeto.
Linguagem das ciências
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem ter oportunidades de utilizar corretamente e compreender: Palavras e frases relativas ao estudo
do sistema nervoso e drogas: drogas psicoativas, neurotransmissor, neurônios, concentração de substâncias, efeitos do uso de drogas e efeitos sociais.
Palavras e frases próprias relativas ao estudo de visão e fenômenos luminosos: propagação da luz, reflexão da luz, reflexão difusa e reflexão especular,
sombra, imagem, cor dos objetos, partes e estruturas do olho, lente convergente.
Ideias-chave
Tópico As drogas e seus efeitos no sistema nervoso: Corpo humano como sistema em equilíbrio; Estrutura do sistema nervoso; Transmissão de impulsos
nervosos; Drogas que alteram o sistema nervoso; Consequências do uso de drogas no convívio social; Composição do álcool: Teor alcoólico de bebidas;
Reações no sistema nervoso.
Tópico Luz e visão: Modelo atômico-funcional do olho humano; processo de visão ocorre no cérebro; adaptações dos aparelhos visuais de diferentes
animais; propagação retilínea da luz e a formação de sombras; reflexão da luz e as cores dos objetos; modelo físico do processo de visão.
Eixo Temático III – Construindo Modelos
Esse eixo curricular envolve temas que exemplificam como a atividade científica envolve elaboração de modelos, ou seja, representações que fazemos sobre
o mundo, de modo a prever e explicar fenômenos. Esses modelos, sempre provisórios, vão sendo revistos e refinados de modo a ajustar-se ao
comportamento do mundo natural que pretendem explicar. Os modelos científicos criam entidades (elétrons, genes, galáxias, energia, entre outras) e
atribuem propriedades a essas entidades de modo a explicar o funcionamento do mundo natural.
Quando tratamos de modelos, é importante estabelecer vínculos entre eles e os fenômenos e os processos que eles pretendem representar. No processo de
produção da ciência, o uso de modelos destaca as seguintes características: a ciência combina imaginação, observação e experimentação; as ideias da
ciência vão muito além do que é observável; a ciência não apenas descreve os fenômenos, mas produz teorias para explicar fenômenos conhecidos e prever
outros ainda não observados; a ciência não é imutável e seus modelos são constantemente revistos e examinados à luz de novas ideias, observações e
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experimentos; os modelos em ciências constituem um modo organizado e estruturado de compreender a realidade. Um modelo científico, então, não é um
sistema de proposições lógicas que se basta em si mesmo. Ele só faz sentido se o compreendermos como uma ferramenta para interpretar o mundo, e para
extrair consequências dessa interpretação que possam ser examinadas empiricamente.
Rigorosamente todos os tópicos do currículo de ciências envolvem, em maior ou menor medida, a presença de modelos e atividades de modelagem de
fenômenos. Os tópicos relacionados a esse eixo são aqueles em que essa construção teórica é mais evidente.
Fazem parte deste eixo curricular os seguintes temas:
1. O Mundo Muito Grande
2. O Mundo Muito Pequeno
3. Mecanismos de Herança
4. Processos de Transferência de Energia
Tema 1 – O Mundo Muito Grande
Esse tema envolve modelos simples para o cosmo, permitindo ao estudante explicar os modelos heliocêntrico e geocêntrico; a esfericidade da Terra; a
gravidade como uma força que age a distância, a rotação da Terra e seus movimentos.
O movimento da Terra coloca outras questões relacionadas ao movimento dos objetos em sua superfície. Essa é a razão pela qual o tema se desdobra no
tópico “Força e Inércia”. Podemos entender a física proposta por Galileu, Newton e outros, como a construção de uma nova física (em oposição à física de
Aristóteles) para a Terra em movimento.
Ideias prévias
Os estudantes acreditam nas posições “em cima” “em baixo”; pensam que a Terra é um disco plano rodeado por céu esférico ou que a Terra é apenas um
astro no céu e nada tem a ver com o lugar onde vivemos; outros ainda acreditam que moramos no interior da Terra e não em sua superfície. Quando
admitem a esfericidade da Terra, podem ainda não ter compreendido o problema da queda dos corpos. Embora até possam admitir que a Terra se move,
têm dificuldade em argumentar a favor dessa ideia.
O conceito de força é, muitas vezes, entendido pelos estudantes como uma propriedade dos corpos e não como interação entre corpos. Além disso, os
estudantes (e mesmo nós, adultos) costumam pensar que existe sempre uma força na direção do movimento de um corpo (o que nem sempre é verdadeiro)
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e que uma força resulta em velocidade, e não em aceleração (variação da velocidade) de um corpo. Intuitivamente, estamos mais próximos da física de
Aristóteles (do repouso como condição absoluta) do que da física de Galileu e Newton (que introduz a relatividade dos movimentos e o conceito de inércia).
Linguagem das ciências
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem ter oportunidades de utilizar e compreender corretamente palavras e frases a ele relacionadas,
tais como: gravidade, relatividade de movimento, geocentrismo, heliocentrismo, força e inércia.
Ideias-chave
Modelos propostos para o cosmo. Noções de força gravitacional como ação a distância e efeitos da gravidade no movimento dos corpos; Evidências da
esfericidade da Terra e construção histórica desse modelo de Terra; O Sol como uma estrela e sua relação com outras estrelas no céu; Relatividade de
movimentos; Força e Inércia.
Tema 2 – O Mundo Muito Pequeno
Esse eixo temático aborda estudos sobre a constituição dos materiais. Tais estudos exigem uma maior capacidade do estudante em estabelecer relações
entre os fenômenos e seus modelos explicativos. Por esse motivo, os contextos de abordagem são importantes, pois facilitam a construção de relações.
Prioridades de aprendizagem
Espera-se que os estudantes possam explicar fenômenos macroscópicos – como dissolução, dilatação, difusão, mudanças de estado físico, eletrização e
condução elétrica entre outros –, valendo-se de modelos microscópicos. Para isso, é preciso conceber o mundo a partir de entidades submicroscópicas, que
têm propriedades distintas dos objetos macroscópicos com os quais lidamos diariamente: átomos e moléculas não dilatam, não têm cor ou cheiro, não
apresentam atrito, e assim por diante.
Ideias prévias
Os estudantes apresentam dificuldades em utilizar de maneira efetiva e significativa modelos microscópicos para interpretar os processos. Geralmente
evitam recorrer aos modelos e apenas descrevem o que observam. Atribuem propriedades macroscópicas às partículas, como admitir que o açúcar
“desaparece” quando dissolvido em água. Outra ideia é de que as partículas aumentam de tamanho quando o material sofre expansão. Diferentemente, a
ciência explica que o que aumenta são os espaços vazios entre elas.
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Linguagem das ciências
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem ter oportunidades de utilizar corretamente e compreender palavras e frases relacionadas a
modelos de constituição de materiais, tais como: partículas, movimento térmico, difusão, dilatação térmica, estado de agregação, elétrons, transferências de
elétrons, eletrização, entre outras.
Ideias-chave
Modelo cinético de partículas, aplicado à interpretação da dissolução, do crescimento de cristais, da difusão, das propriedades específicas dos materiais e
das reações químicas. Existência de espaço vazio entre as partículas que compõem os materiais, Introdução ao conceito de átomo. Propriedades
específicas dos materiais: temperaturas de fusão e de ebulição, condutividade térmica e dilatação. Modelo cinético de partículas aplicado à interpretação da
dilatação e das mudanças no estado físico dos materiais. Evidências da existência de carga elétrica nos materiais. Dois tipos de carga elétrica e dois
sentidos possíveis para a força eletrostática. Condutores e isolantes elétricos. As partículas que constituem os átomos e como elas se organizam.
Tema 3 – Mecanismos de Herança
Os conceitos de genética a serem tratados no ensino fundamental buscam promover uma aproximação inicial com algo que seja percebido e vivenciado
pelos estudantes, de modo a contribuir para a elaboração da ideia central de herança biológica. Embora complexas, consideramos que estas ideias devem
ser introduzidas já no ensino fundamental, pois elas contribuem para a compreensão da diversidade da vida, herança e evolução dos seres vivos. Além
disso, os conhecimentos da área da biologia celular e molecular vêm sofrendo um processo de popularização através da mídia escrita e falada, e nossos
estudantes precisam estar preparados para uma avaliação crítica dessas informações.
Para o desenvolvimento do tema não consideramos necessário um aprofundamento ou detalhamento das estruturas celulares e do material genético. Os
estudantes devem reconhecer meiose e mitose como diferentes modos de divisão celular sem, entretanto, um detalhamento desses modelos. Para este nível
de ensino, basta compreender que existem células que sofrem divisões conservando o número de cromossomos, e outras que reduzem esse número à
metade.
Prioridades de aprendizagem
As seguintes ideias devem ser apresentadas e discutidas em um nível mais geral e introdutório: diferenciação entre características hereditárias e adquiridas;
diferença entre mitose e meiose em relação ao produto final; o papel dos gametas na herança .
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Ideias prévias
É preciso levar em conta que temas de genética e evolução estão presentes no cotidiano dos estudantes, seja em noticiários, filmes, experiências familiares
com doenças de origem hereditária ou em programas de TV. Além disso, esses temas são frequentemente associados a ideias e tabus disseminados na
sociedade. São comuns, por exemplo, entre os estudantes, as ideias de que “a herança está no sangue” ou de que “o homem dá uma ‘sementinha’ que se
transforma em bebê no útero da mãe”. Os estudantes também tendem a explicar a adaptação em termos finalistas. Afirmam, por exemplo, que determinadas
estruturas do corpo se desenvolveram para resolver algum problema. É comum ouvirmos dizer que manchas na pele ou algum aspecto da fisionomia de uma
criança são decorrentes de uma vontade não atendida durante a gravidez da mãe. É importante, portanto, estar atento a estas e outras concepções, e
trabalhar a partir delas.
Como professores, temos papel importante no processo ensino-aprendizagem, e não podemos simplesmente desconsiderar essas pré-concepções e
apresentar as ideias científicas. O universo dos estudantes precisa ser tomado como ponto de partida para o aprendizado. As suas ideias devem ser
entendidas em profundidade e debatidas através de atividades didáticas planejadas.
Linguagem das ciências
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem ter oportunidades de utilizar corretamente e compreender palavras e frases relacionadas com as
ideias da genética: reprodução, herança, fenótipo, genótipo, característica herdada, característica adquirida, mitose, meiose, gametas, núcleo celular,
cromossomo, variabilidade genética.
Ideias-chave
Características fenotípicas dos seres vivos e evidências de traços de hereditariedade, diversidade e herança, divisão celular e número de cromossomos,
características influenciadas pelo ambiente.
Tema 4 – Processos de Transferências de Energia
O estudo de energia, já iniciado no eixo “Ambiente e Vida” (Tema Energia nos Ambientes), é aqui retomado para a compreensão de fluxos de energia em
equipamentos e circuitos elétricos e em fenômenos térmicos. Essa discussão permite não apenas retomar o conceito científico de energia, assim como
também tratar de problemas sociais e ambientais ligados à produção e ao consumo de energia elétrica.
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Prioridades de aprendizagem
O estudo de Energia é aqui retomado procurando-se destacar suas qualidades fundamentais: energia é uma quantidade que se conserva (mantém constante
nas transformações), se transforma de um tipo em outro, pode ser transferida de um lugar a outro, pode ser armazenada em alguns sistemas e é degradada
na forma de calor no curso das transformações. No ensino fundamental, a ideia de conservação de energia é introduzida, mas uma ênfase maior é dada ao
reconhecimento de outras características do conceito, como o entendimento do fluxo de energia entre sistemas e das formas pelas quais a energia é
transferida de um lugar a outro.
O tópico Calor, temperatura e equilíbrio térmico, apresenta um modelo bastante útil e generalizável para o estudo dos fenômenos térmicos: o calor é uma
forma de energia que se transfere de um ponto a outro sempre que houver diferenças de temperatura entre eles. Em geral, o resultado dos fluxos de calor é
o aumento de temperatura do corpo que recebe calor e a redução de temperatura do corpo que cede calor. Entretanto, isso nem sempre ocorre: nas
mudanças de estado físico, ocorrem fluxos de calor e a temperatura do sistema se mantém estável. Nesse caso, a energia não é utilizada para aumentar a
energia das partículas do material, mas para alterar o estado de agregação das partículas.
Como visto no tópico Energia nos ambientes, o conceito de energia não é estranho aos estudantes. Entretanto, a concepção de energia na vida cotidiana
difere em muitos aspectos do conceito científico de energia. A principal razão é de que a concepção cotidiana de energia é, fundamentalmente, nãoconservativa: energia é um bem que pagamos para consumir e que se acaba depois de certo tempo. Ao contrário disso, a ciência afirma que energia é uma
quantidade que se conserva nas transformações, isto é, não aumenta nem diminui.
Quanto às ideias dos estudantes sobre calor e temperatura, é comum tratar esses conceitos a partir das sensações térmicas e, assim, muitos estudantes
interpretam o frio e o quente como “qualidades opostas do calor”. Entretanto, do ponto de vista físico, não existem duas entidades, calor e frio, como
quantidades físicas separadas, mas sensações de quente e frio, que são produzidas por fluxos de calor. Esse é um ponto de conflito entre as concepções
prévias dos estudantes e os conhecimentos da física. Do ponto de vista científico, calor é forma de transferência de energia que ocorre entre objetos a
diferentes temperaturas. O fluxo de calor entre esses objetos tende a modificar a sua temperatura, conduzindo a uma igualdade final de temperaturas a que
denominamos equilíbrio térmico.
Linguagem das ciências
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem ter oportunidades de utilizar corretamente e compreender palavras e frases relacionadas com as
ideias relacionadas com energia nos ambientes como: conservação, armazenamento, transferência e transformação de energia, geradores, dissipação,
calor, temperatura, equilíbrio térmico.
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Ideias-chave
Transformações e transferências de energia. Calor como processo de transferência de energia entre sistemas a diferentes temperaturas, transferências de
energia em circuitos elétricos simples, geração de energia elétrica, fontes de energia e impactos ambientais associados. Modelo de calor como transferência
de energia entre sistemas a diferentes temperaturas; propriedades térmicas dos materiais; interpretação da temperatura e das transferências de calor em
termos do modelo cinético de partículas.
Eixo Temático IV – Ciências e Tecnologia
Torna-se importante discutir com os alunos que o Conhecimento Científico constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições ou hipóteses têm a
sua veracidade ou falsidade conhecida por meio da experimentação e não apenas pela razão. Compreendendo também que o saber cientifico está sujeito a
mudanças e da provisoriedade dos saberes da Ciências.
Prioridades de aprendizagem
No estudo das Ciências e tecnologias reconheçam:
- O papel da ciência e da tecnologia na vida humana
- Impactos ambientais causados pela tecnologia, relacionando a reciclagem e a preservação ambiental e extinção de espécies
- A utilização da tecnologia nos processos de transformação e transferência de energia
Tema – Energia nos ambientes
O tema trata da Ciências e tecnologia considerando o conhecimento cientifico e suas aplicações na vida e na sociedade. Desenvolvendo habilidade que
possibilita ao aluno a compreensão de que a crescente evolução e utilização de novas tecnologias vêm acarretando profundas mudanças no meio ambiente,
nas relações e nos modos de vida das pessoas e que representam desafios para a maioria da população.
Ideias Prévias
Pensando no papel das ciências e tecnologia na vida cotidiana é que acrescentou-se novo Eixo no CBC Ciência e Tecnologia, afim de que os estudantes
compreendam as maneiras como as ciências e tecnologias foram produzidos ao longo da história percebendo a importância da inovações cientificas e
tecnológicas para agricultura, transporte , indústria e outros, desenvolvendo posição crítica em relação ao seus malefícios e benefícios.
45
Linguagens das Ciências
Nas atividades de estudos desse tema, os alunos terão a oportunidade de pesquisar sobre o uso da tecnologia e seus impactos ambientais, compreendendo
a importância da tecnologia para o desenvolvimento da ciência.
Ideia Chave
Utilizar a tecnologia no processo de tratamento da água e no cultivo do solo, Inovações cientificas e tecnológicas para a agricultura, transporte , industrias
desenvolvendo posições críticas em relação aos seus benefícios e malefícios.
46
EIXO TEMÁTICO I – AMBIENTE E VIDA
TEMA 1 – DIVERSIDADE DA VIDA NOS AMBIENTES
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
CONTEÚDOS
INTERMEDIÁRIO
6º
1.0. Identificar ambientes
brasileiros aquáticos e
terrestres, a partir de
características de animais
e vegetais presentes
nesses ambientes.
1. A vida nos
ecossistemas
brasileiros
1.1. Reconhecer a
importância da água, do
alimento, da temperatura
e da luz nos ambientes.
1.2. Associar as
estruturas e
comportamentos de
adaptação dos seres
vivos e as chances de
sobrevivência nesses
ambientes.
É importante que o professor promova discussões com os alunos
acerca
dos
ecossistemas
brasileiros,
possibilitando-lhes
o
desenvolvimento de habilidades e de conceitos pertinentes aos temas
indicados. Para isso, arredores da escola, jardins, hortas, parques,
podem se explorados pelos alunos como espaços de identificação da
fauna, flora e dos fatores abióticos que caracterizam estes ambientes
etc. O professor poderá também solicitar dos alunos um levantamento
com gravuras e imagens de animais e plantas e também pesquisar em
livros didáticos suas características. Organizar um mural com todo esse
material é uma estratégia para que o aluno possa perceber e
reconhecer as diferenças e semelhanças entre os ecossistemas
brasileiros e os fatores que determinam essas diferenças. Reconhecer o
modo de viver desses seres vivos, sua diversidade e as condições
climáticas locais. É um bom momento para que os alunos identifiquem,
que nos vários ambientes, encontram-se diversos seres que
representam os grandes reinos com suas adaptações o que garante sua
sobrevivência. O registro das observações pode ser feito por meio de
relatórios com desenhos e fotos de modo a permitir que os alunos
façam comparações com seus colegas, de tais registros.
A utilização de vídeos sobre o tema, é interessante e atrativo ao
proporcionar aos alunos a compreensão das relações existentes entre
clima, solo e a diversidade da vida. O trabalho interdisciplinar é sempre
recomendável, como por exemplo a Geografia que permite ampliar os
conceitos de Biomas, (Agenda 21, Eco 92, Rio+20,) Sustentabilidade,
entre outros.
O emprego de estratégias como aulas teóricas e experimentais, o site
CRV (crv.educação.mg.gov.br), com seus roteiros e módulos didáticos;
reportagens educativas, como do Nacional Geographic, Globo Repórter,
são boas medidas para promover a aprendizagem dos alunos.
O professor poderá ainda trabalhar com o livro didático explorando
textos, exercícios de perguntas e respostas, desafios e observações
científicas, usando sua criatividade, de acordo com o assunto proposto.
É importante que o professor possibilite ao aluno familiarizar-se com a
linguagem científica, e o conhecimento científico
7º
DA CONSOLIDAÇÃO
8º
9º
A/C
O Mundo dos
Seres Vivos
Biosfera
Os Seres Vivos e
suas Interações
Obtenção de
energia para a
Sobrevivência dos
seres
I/A/C
Adaptação das
espécies
Biomas brasileiros
A/C
47
2.0. Compreender os
modos adotados pela
Ciência para agrupar os
seres vivos.
2.1. Utilizar como
características para
agrupamento dos seres
vivos os seguintes
critérios: modo de
nutrição, modo de
obtenção de oxigênio,
modo de reprodução e
tipo de sustentação do
corpo.
2.Critérios de
classificação
de seres vivos.
2.2. Ideia geral sobre os
grandes reinos: Monera,
Protista, Fungi, Plantae,
Animalia e Vírus.
2.3. Reconhecer alguns
padrões adaptativos de
grandes grupos de seres
vivos por meio de
exemplares, com ênfase
nas relações entre as
estruturas adaptativas e
suas funções nos modos
de vida do ser vivo em
seu ambiente.
O professor poderá orientar seus alunos a preparem uma coletânea de
gravuras, de seres vivos de modo a levá-los a. perceberem as
diferenças e semelhanças entre os seres selecionados, utilizando de
critérios da classificação, dos seres em Reinos Monera, Protista, Fungi,
Plantae, Animalia e Vírus. E que estas classificações se baseiam nas
características evolutivas das espécies de seres vivos.
Sugerimos ao professor aulas com vídeos disponíveis em;
http://www.youtube.com/watch?v=q7ycUozsGZY. Em alguns desses
vídeos, são destacados aspectos históricos da elaboração dos
diferentes sistemas de classificação dos seres vivos, com base nos
trabalhos de Aristóteles, Lineu e Darwin. Série Educação Ambiental.
Realização: pró art Cine Vídeo São Paulo; Interconnection vídeos
educativos. 15min.
São apresentados diversos animais, filmados em seu habitat natural,
ilustrando o sistema taxonômico que os cientistas usam para classificálos.
O professor poderá, também, propor aos alunos a observação e
identificação de seres vivos em visita a zoológico, jardins e hortas,
cultivo de fungos em laboratório, seguido da produção de relatórios
para posterior discussão coletiva sobre o que foi percebido e aprendido.
No caso de plantas, pedir que pesquisem duas espécies com nome
científico e popular, fotografia, desenho, ou mesmo com exemplar vivo e
que apresentem em sala para seus colegas. Para complementar as
orientações objetivando o desenvolvimento das habilidades abordadas
no CBC, nas aulas teóricas e em experimentos de laboratório, o
professor poderá utilizar do site CRV (crv.educação.mg.gov.br), os
roteiros e módulos didáticos.
Sites:www.youtube.com.br
www.saudeanimal.com.br
www.discoverybrasil.uol.com.br
www.zoologico.sp.gov.br
www.fiocruz.com.br
Livro: Sobrevivendo à Grande Extinção – Dinossauros – Iris Stern.
Filmes: Procurando Nemo e O Som do Trovão.
A/C
I/A/C
Seres Vivos:
Diversidade e
classificação
Características
Gerais dos Seres
Vivos
I/A/C
Níveis de
organização dos
Seres vivos
Os Grandes Reinos
I/A/C
48
EIXO TEMÁTICO I – AMBIENTE E VIDA
TEMA 2 – DIVERSIDADE DOS MATERIAIS
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
CONTEÚDOS
INTERMEDIÁRIO
6º
3.0. Identificar
os
conhecimentos
químicos
presentes em
atividades do
cotidiano
3. Materiais e
suas
propriedades
3.1. Identificar
as propriedades
específicas dos
materiais,
densidade,
solubilidade,
temperaturas de
fusão e
ebulição, em
situações de
reconhecimento
de materiais e
de processos,
separação de
misturas e
diferenciação
entre misturas e
substâncias.
Os alunos deverão aprender a diferenciar uma substância de uma mistura, por meio de
experimentos simples, em sala ou laboratório. É importante que eles identifiquem que
as substâncias apresentam fórmulas e nomes, enquanto as misturas são a reunião de
duas ou mais substâncias diferentes em um mesmo material ou produto.
O professor pode propor aos alunos pesquisar atividades diárias de um dia em que
reconheçam o papel que a química desempenha no cotidiano. Sugerir que testem,
experimentem receitas, como de pães e bolos, e verifiquem a mistura das substâncias
(ingredientes) e os efeitos desse processo Os alunos poderão também ler a composição
dos produtos nos rótulos e observar a composição desses e de outros produtos que
utilizamos, como xampus, sabonetes, gasolina, sal de cozinha, sucos em geral, etc.
As propriedades dos materiais podem ser discutidas, explorando o caso específico de
panelas que são feitas de diferentes materiais e que, por isso, são diferentemente
utilizadas. Uma panela de pedra, por exemplo, é bastante utilizada para fazer e servir
feijoada, enquanto que um simples ovo pode ser rapidamente frito em uma frigideira de
alumínio e, de preferência, para não agarrar, que seja recoberta por teflon.
É recomendado que os processos de separação de misturas sejam trabalhados por
meio de atividades teórico-práticas. Pode-se fazer isso, desafiando os estudantes a
encontrar formas de purificar água barrenta até que ela se torne potável, construindo
com eles um filtro. Quando possível, vale visitar o centro de tratamento e distribuição de
água da cidade e entrevistar os profissionais que aí atuam sobre todo o processo.
É importante, para realização de um experimento, que o professor possibilite o
levantamento de hipóteses, a experimentação, a observação, e a discussão para chegar
a conclusões. A elaboração de relatório faz parte da prática nas aulas de Ciências e
deve ser uma aprendizagem incentivada, orientada e garantida pelo professor.
Sugerimos que seja feita uma seleção de produtos, como anéis, moedas, borracha,
plásticos, para que seja analisado o material utilizado em sua produção, comparando-se
as propriedades desse material entre si e com outros. O professor poderá explorar o
caso específico de objetos que são produzidos de diferentes materiais conforme a sua
utilização.
Nos processos de separação de misturas sugerimos que o professor desenvolva, por
meio de atividades teórico-prática, por exemplo, separar algumas misturas como limalha
de ferro com areia, água com areia e outras mais.
Sugerimos a leitura do livro paradidático: Químico em casa de Breno Pannia Espósito,
assistir a filmes como X Ciências, Bússola Escolar e Tá chovendo hambúrguer.
DA CONSOLIDAÇÃO
7º
8º
9º
AI
A
A/C
A Química
no Cotidiano
Matéria e
Suas
Propriedades
Substâncias
e Misturas
Separação
de Misturas
A/C
49
4. Reações
químicas:
ocorrência,
identificação e
representação.
4.0. Reconhecer
a ocorrência de
uma reação
química por
meio de
evidências e da
comparação
entre sistemas
inicial e final.
4.1. Reconhecer
a conservação
da massa nas
reações
químicas.
O tema permite que o aluno tenha a compreensão da importância da química no seu
cotidiano, identificando as reações químicas, suas propriedades e transformações dos
reagentes e o produto da reação. Em experimentos simples, desenvolvidos em sala de
aula, laboratório ou em outros espaços da escola, o professor pode demonstrar a
transformação de algumas reações, como por exemplo, utilizar a equação da
fotossíntese e respiração celular para trabalhar a equação química. Pode também usar
bolinhas de isopor de cores diferentes, ou outros materiais como tampinhas de garrafa
pet, para representar os átomos na equação química. Entre outros exemplos de reação
química, temos também o enferrujamento do ferro, a parafina consumida na queima da
vela, desprendimento de bolhas de gás ao adicionar açúcar no refrigerante, entre outros
exemplos. Todas as observações feitas podem ser registradas em relatório feito pelos
alunos.
É importante, para a realização de qualquer experimento, que o professor incentive o
levantamento de hipótese, a experimentação, a observação, a discussão, o descarte ou
confirmação das hipóteses, para que a turma chegue às conclusões esperadas e se
construa o conhecimento.
O professor não pode se esquecer de que seus alunos trazem conhecimentos prévios e
que é preciso transformá-los em conhecimentos científicos.
5.0. Compreender o ar
atmosférico como
mistura de gases.
5.O ar –
propriedades e
composição
5.1. Reconhecer a
presença de
componentes do ar
atmosférico em
reações químicas
como a combustão,
fermentação,
fotossíntese e
respiração celular.
5.2. Reconhecer que o
ar exerce pressão em
todas as direções nos
objetos nele inseridos.
5.3. Explicar
fenômenos diversos
envolvendo a pressão
atmosférica e pressão
em líquidos.
O professor poderá realizar práticas simples como a experiência da vela: acender
uma vela e tampá-la em seguida. Com isso o aluno poderá perceber a
importância do gás oxigênio para alimentar a chama da vela e a liberação de
gases durante as queimas, reconhecendo assim o papel das plantas no processo
de purificação do ar e no processo da fotossíntese.
Realizar pesquisas no livro didático, sobre uso da pressão atmosférica no dia a
dia. Fazer demonstrações em sala, utilizando, por exemplo, canudinho e um copo
de suco, percebe-se que o liquido sobe, porque a pressão interna fica menor que
a pressão exercida pela atmosfera.
Após o experimento, o aluno poderá fazer os registros por meio de relatório,
desenhos, etc. É importante, para a realização de qualquer experimento, que o
aluno apresente suas hipóteses,e proponha uma solução para o problema que
está sendo investigado.
Sugerimos o uso do filme que fala da importância do oxigênio para o corpo
humano.
Respiração; Os caminhos do ar – Produção: Discovery Channel, 1995
(Superinteressante Coleções; Corpo Humano, v .10.
Por meio de práticas simples, é possível provarmos a presença de gases que
compõem o ar, sua importância nas combustões, na respiração, na fotossíntese e
na pressão do ar. Contudo é importante que o aluno conclua a importância do ar
em nosso dia a dia, testando, por exemplo, a pressão atmosférica, com a
experiência do canudinho: o líquido sobe, porque a pressão interna fica menor
que a pressão exercida pela atmosfera.
Reações
Químicas
I
A
A
I
Conservação
das massas
em uma
Reação
Química
Fotossíntese
e respiração
I/A/C
A/C
Ar, Mistura
de Gases
O Ar,
Composição
e
propriedades
I
A
A
C
Atmosfera
Pressão
atmosférica e
pressão em
líquidos
I/A/C
I
A/C
50
EIXO TEMÁTICO I – AMBIENTE E VIDA
TEMA 3 – FORMAÇÃO E MANEJO DOS SOLOS
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
6.0. Associar a
formação dos
solos com a
ação do
intemperismo e
dos seres vivos.
6.1. Relacionar
a presença de
húmus com a
fertilidade dos
solos.
6. Solos:
formação,
fertilidade e
conservação
6.2. Relacionar
as queimadas
com a morte
dos seres vivos
do solo e com a
perda de
fertilidade.
6.3. Analisar a
permeabilidade
do solo e as
consequências
de sua alteração
em ambientes
naturais ou
transformados
pelo ser
humano.
6.4. Analisar
ações humanas
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
O estudo de solos amplia o conhecimento sobre o ambiente, seus problemas e a
compreensão de que ambientes diferentes podem possuir elementos comuns.
Nas atividades de estudo desse tema, os alunos terão a oportunidade de
compreender a constituição dos solos, sua textura, seu nível de permeabilidade, a
ação do intemperismo, da presença de microrganismos, a importância da curva de
nível nas culturas e outros.
O professor poderá programar com maquetes, o estudo comparativo de diferentes
tipos de solos, de ambientes de jardins ou hortas com ambientes de parque ou
terreno baldio, evidenciando a interferência do ser humano na transformação do
solo, como o emprego de técnicas de preparação para o cultivo, controle de erosão,
de pragas e manejo de água.
É uma boa oportunidade para o professor trabalhar com seus alunos, além da
formação e das características do solo, as interações que ocorrem nesse ambiente,
como a presença de micro-organismos, de vida vegetal, a situação de degradação e
de conservação dos solos; o uso de fertilizantes, compostagem e correção de solos;
poluição por agrotóxicos e metais pesados; ciclos de materiais nos ecossistemas;
papel dos seres vivos no ciclo de materiais.
A sugestão é que o professor realize, junto com sua turma, visita a diversos
ambientes e a coleta de diferentes tipos de solo como de jardins, hortas, parques,
terrenos baldios etc., discutindo a interferência do ser humano na transformação do
solo, como o uso de técnica de preparação para o cultivo, controle de erosão e de
pragas e manejo de água.
É um bom momento para o professor trabalhar além da formação e características
do solo, as interações que ocorrem nesse ambiente como micro-organismos, vida
vegetal, degradação, conservação dos solos ,fertilizantes, compostagem e correção
de solos; poluição por agrotóxicos e metais pesados; ciclos de materiais nos
ecossistemas; papel dos seres vivos no ciclo de materiais.
O professor poderá realizar pesquisas de campo, entrevistando agricultores da
região para verificar como realizam a conservação do solo e suas práticas agrícolas.
É importante que o professor trabalhe o tema de forma interdisciplinar com
Geografia. O filme A Vida Secreta das Plantas pode ser usado para ampliar os
conceitos dessa unidade.
Para complementar as orientações das habilidades abordadas nos CBC, nas aulas
teóricas e nos experimentos de laboratório, o professor deverá utilizar sites como
CONTEÚDOS
O Solo Terrestre
e Subsolo
INTERMEDIÁRIO
6º
7º
I/A
A/C
I/A
A/C
I/A
A/C
I/A
A/C
I/A
A/C
DA CONSOLIDAÇÃO
8º
9º
Formação do
solo
Tipos de solo
Intemperismo
Solo e
fertilidade
Queimadas e
fertilidade
Permeabilidade
Técnicas de
Conservação do
Solo
- Curva de Nível
- Rotação de
Cultura
- Adubação
Verde
Erosão do solo
51
e efeitos de
intemperismo à
erosão do solo.
6.5. Explicar
técnicas de
conservação
dos solos, como
plantação em
curva de nível,
rotação de
cultura e de
pastagem,
correção do
solo, adubação
verde e outras.
CRV (crv.educação.mg.gov.br), reportagens educativas, notícias de jornais, vídeos
como os do TV Escola.
O professor poderá realizar experimentos em sala com o objetivo de identificar os
tipos de solo, permeabilidade e fertilidade. Confeccionar com os alunos uma
maquete com diferentes tipos de solo e com as técnicas de conservação (curva de
nível, rotação de cultura, adubação verde) e os efeitos causados pela ação das
chuvas, explicando a importância do reflorestamento para o meio ambiente. Esse
trabalho deve ser exposto na escola, com apresentação dos alunos.
Espera-se que os alunos relacionem a cobertura vegetal com a proteção do solo
contra a erosão, levando em consideração que a ação erosiva das chuvas é maior
em terrenos inclinados. Para isso, é importante que o professor proponha aos alunos
ações, como pesquisar sobre erosão, desmatamento e queimadas, entrevistar
agricultores ou mesmo agrônomos sobre as práticas de plantio, conservação e
recuperação do solo, processo de queimada e desmatamento na região.
Como produto desse estudo, é significativo que o professor proponha a seus alunos
a elaboração, em grupo, de panfletos e cartilhas sobre as técnicas de plantio e de
conservação do solo, sob a orientação de agrônomos ou outros especialista na área,
com divulgação desse material produzido junto aos pais e comunidade escolar.
I/A
A/C
EIXO TEMÁTICO I – AMBIENTE E VIDA
TEMA 4 – DECOMPOSIÇÃO DE MATERIAIS
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
CONTEÚDOS
INTERMEDIÁRIO
6º
7. Ação de
microrganismo
s na produção
de alguns
alimentos
7.0. Relacionar os
fatores: presença
de ar, luz, calor e
umidade com o
desenvolvimento
de microrganismos,
e a ação dos
microrganismos
com
transformações dos
alimentos, como
produção de pães,
coalhadas, iogurte,
queijos e outros.
Para o desenvolvimento dessa habilidade, pode-se propor aulas práticas,
verificando com os alunos que muitos fatores podem alterar a matéria, trazendo
malefícios ou benefícios. Essas e outras questões são exemplares para justificar
a importância desse tópico de conteúdo no ensino de Ciências. Outro aspecto
importante a explicitar é o fato de o tema "Conservação dos Alimentos" ser
potencialmente rico para desenvolver o estudo das propriedades dos materiais e
de suas transformações, como também para formar comportamento e atitude
com relação ao uso adequado dos alimentos.
O professor poderá realizar com os alunos uma visita à cozinha, à dispensa da
escola, para observar como é feita a conservação dos alimentos, comparando os
métodos usados antigamente com os atuais.
Entrevistas com merendeiras e nutricionista sobre essa temática, como também a
realização de palestras com profissionais da saúde favorecem a formação de
conceitos e de atitudes. Boa estratégia é realizar experimentos simples, como,
7º
DA CONSOLIDAÇÃO
8º
9º
Microrganismos
e sua ação nos
alimentos
Fermentação
alcoólica e
láctea
I/A/C
Ação do
fermento
biológico nos
alimentos
52
7.1. Reconhecer,
através da
comparação entre
sistemas, fatores
que alteram a
rapidez das
reações químicas,
como: temperatura,
superfície de
contato e
catalisadores
orgânicos e
inorgânicos.
por exemplo, acompanhar a fermentação do pão, do leite dentre outras
experiências que demonstrem as reações químicas.
I/A/C
EIXO TEMÁTICO I – AMBIENTE E VIDA
TEMA 5 – QUALIDADE DE AGUA QUALIDADE DE VIDA
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
CONTEÚDOS
INTERMEDIÁRIO
6º
8.0. Identificar em textos
e em esquemas a
natureza cíclica das
transformações da água
na natureza.
8.Disponibilida
de e qualidade
de água
8.1. Reconhecer as
mudanças de estado da
água em situações reais.
8.2. Associar a
importância da água às
suas propriedades
específicas, como, por
exemplo, a presença de
água no estado líquido à
temperatura ambiente e
como solvente.
O tema sugere uma abordagem dos aspectos físico-químicos e
biológicos da água, em contextos de seu uso e distribuição para a
população. Ao abordar o ciclo da água no planeta, o professor poderá
promover uma discussão em sala com os alunos sobre as
consequências da intervenção humana na qualidade e distribuição da
água e sua disponibilidade no ambiente.
Nas atividades de estudo desse tema, os estudantes devem
compreender a qualidade, tratamento da água e as mudanças dos
estados físicos, como por exemplo, solidificação, ebulição, fusão,
condensação, vaporização, precipitação, desenvolvendo os
experimentos com o professor em sala de aula, laboratório, cozinha da
escola, exemplificando esses processos.
Visitar o Sistema de Abastecimento de Água de sua cidade, participar
de palestras realizadas por profissionais do setor são ações que
poderão proporcionar uma melhor compreensão da importância do
saneamento básico para a qualidade de vida de uma população.
É fundamental que o professor apresente situações-problema para os
estudantes discutirem e, só depois, construírem as respostas, sob sua
7º
DA CONSOLIDAÇÃO
8º
9º
Água
A água no Planeta
Terra
A/C
O Ciclo da água na
Natureza
A/C
Mudanças de estado
físico da água
Propriedades da
água
Importância e
tratamento da água,
do solo e esgoto
A/C
53
8.3. Reconhecer a
importância da água para
os seres vivos.
8.4. Descrever as etapas
de tratamento, origem
(captação), tipo de
tratamento, reconhecendo
a importância da
qualidade da água para
consumo humano.
orientação teórica.
Sugestão de sites:
Universidade das Águas: www.uniagua.org.br Agência Nacional das
Águas: www.ana.gov.br
Movimento de cidadania pelas águas:
www.creaes.org.br/movimentocidadaniapelaagua.aspx
Livro Paradidático: Água: Vida e Energia de Eloci Peres Rios.
Filme: Rango.
Práticas para
conservação do solo,
ar e os problemas na
atmosfera
A
A/C
A/C
EIXO TEMÁTICO I – AMBIENTE E VIDA
TEMA 6 – ENERGIA NOS AMBIENTES
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
CONTEÚDOS
INTERMEDIÁRIO
6º
10.0. Identificar o Sol como
fonte básica de energia na
Terra, a presença de
vegetais no início das teias
alimentares.
10. Obtenção
de energia
pelos seres
vivos:
fotossíntese,
respiração
celular e
fermentação.
10.1. Relacionar produção
de alimento (glicose) pela
fotossíntese com
transformação de energia
luminosa e de transformação
de materiais (água, gás
carbônico e sais).
10.2. Identificar o alimento
como fonte de energia.
10.3. Relacionar respiração e
fermentação com processos
de obtenção de energia a
partir de alimentos.
O professor pode propor para turma a realização de alguns
experimentos, como envolvendo uma planta em saco plástico
transparente, para observar a transpiração do vegetal, explicando a
função da água no processo da fotossíntese. A execução de
pequenos procedimentos é importante, pois mobiliza a participação
dos alunos e serve como exercícios que estimulam a elaboração
de hipóteses e a interpretação de dados experimentais.
Nessa etapa de ensino, o professor pode também direcionar a
discussão para a importância da produção da matéria orgânica
pelos organismos autótrofos. Confeccionar cartazes e maquetes
sobre cadeias/teias alimentares e o ciclo do carbono permite ao
aluno exercitar essas aprendizagens
Sugerimos também que os alunos construam mural com cadeias e
teias alimentares, utilizando gravuras de revistas, jornais e livros,
fazendo uma exposição dos trabalhos na escola.
O professor pode propor à turma a realização de experimentos
envolvendo os processos de respiração celular e fermentação. É
importante, para realização de qualquer experimento, que o
professor permita o levantamento de hipótese, a experimentação, a
observação, a discussão e a conclusão. Toda prática experimental
deverá ser acrescida de relatório científico elaborado pelos alunos.
7º
DA CONSOLIDAÇÃO
8º
9º
Fonte Natural de
Energia
A/C
Obtenção de energia
pelos seres vivos
Transformação da
energia luminosa
Fotossíntese
I/A
A/C
Respiração
Fermentação
I/A/C
Método de
conservação de
alimentos
Cadeia e Teia
Alimentar
I
A
A/C
54
EIXO TEMÁTICO I – AMBIENTE E VIDA
TEMA 7 – EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS
CICLOS
TÓPICOS
11. Fósseis
como
evidências
da
evolução
12. A
Seleção
natural
HABILIDADES
11.0. Relacionar
informações
obtidas através
do estudo dos
fósseis a
características
da Terra no
passado, seus
habitantes e
ambientes.
12.0. Comparar
as explicações
de Darwin e
Lamarck sobre
a evolução.
12.1. Associar
processos de
seleção natural
à evolução dos
seres vivos, a
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
O professor pode iniciar a discussão apresentando e lendo um conto de determinada
cultura sobre a criação do mundo. Ele pode perguntar se os alunos conhecem outras
explicações para a formação do mundo e dos seres vivos. O professor, então, com o
auxílio de ilustrações, de reconstrução de ambientes e de seres vivos extintos ou de
ecossistemas pré-históricos, poderá solicitar à classe que fale sobre essas figuras e
essas etapas da vida no Planeta. Ele poderá abordar esse tema fazendo de forma
interdisciplinar com o professor de História.
Recomendamos, quando possível, visitas, dirigidas pelo professor, a sítios pré-históricos,
a museus de História Natural, análise de pedras cortadas (ardósia, São Tomé e outras)
que permitem a visualização de fósseis, construção com os alunos de pequeno museu
natural-científico com referências pesquisadas, exploração de filmes, de documentários,
vídeos (TV Escola), dentre outras alternativas pedagógicas que possam enriquecer o
desenvolvimento dessa unidade que já traz implícita a magia do desconhecido e, por isso,
desperta a curiosidade.
Como sugestão para o trabalho com as unidades desse eixo, apresentamos filmes como:
A origem das espécies de Charles Darwin, a série Jurassic Park e Indiana Jones, A
Guerra do Fogo e os livros paradidáticos: A Fascinante Aventura da Vida e A Evolução
dos Seres Vivos, de Neide Simões de Mattos e Suzana Facchini
Granato.,www.youtube.com.br, dentre outras.
É preciso lembrar que a Arte Audiovisual, a Pintura, a Escultura e a Literatura são ricas
em obras que exploram essa temática e devem ser trabalhadas também nas aulas de
Ciências.
O professor pode iniciar o estudo, em uma perspectiva histórica, sobre as teorias
evolutivas de Lamarck e Darwin. Esse estudo das teorias evolutivas pode começar com
uma aula expositiva em que o professor apresente as ideias desses dois teóricos. Propor
aos alunos que analisem casos de adaptação de organismos e que eles formulem dois
tipos de explicação, uma inspirada nas ideias de Lamarck e outra nas ideias de Darwin.
De posse dessas explicações díspares, o professor deve discutir com os alunos em que
elas se distanciam e quais são os critérios que fazem com as ideias darwinianas sejam
privilegiadas pelos cientistas, em suas pesquisas sobre a evolução dos seres vivos.
A seleção natural pode gerar questionamentos sobre a evolução humana, o professor
deve abordar o tema, evidenciando que existem ainda muitas dúvidas sobre esse
assunto. Os vestígios de hominídeos são poucos e ainda existem muitas controvérsias
CONTEÚDOS
INTERMEDIÁRIO
6º
7º
I/A
A/C
DA CONSOLIDAÇÃO
8º
9º
Evolução dos
seres vivos
Estudo dos
fósseis
Seleção
natural
Teorias de
Darwin e
Lamarck
I/A/C
I/A/C
55
partir de
descrições de
situações reais.
13.0.
Compreender o
papel da
reprodução
sexuada na
evolução e
diversidade das
espécies.
13.
Adaptações
reprodutiva
s dos seres
vivos
13.1. Diferenciar
reprodução
sexuada e
assexuada.
13.2.
Reconhecer
diferentes
comportamento
s de localização
e atração de
parceiros,
compreendendo
sua importância
evolutiva para a
espécie.
entre os pesquisadores da área.
O professor deve apresentar que, atualmente, diferentes explicações científicas são
propostas sobre a evolução humana e que todas têm em comum a afirmação da
ancestralidade comum entre símios e humanos. O professor poderá abordar esse tema
de forma interdisciplinar com o professor de História.
Sugerimos a leitura de textos, de pequenos trechos do Livro: Darwin e o Pensamento
Evolucionista - Marco Braga, Andréia Guerra, José Cláudio Rei.
O professor poderá trazer, para a sala de aula, exemplares de flores, frutos e sementes e
fazer a análise dos mesmos para entender as partes da flor, sua função e o processo de
reprodução das plantas. O professor poderá pedir aos alunos exemplares de plantas que
se reproduzem assexuadamente como, por exemplo, cebolinha, rosa, violeta etc; e outras
que se reproduzem de forma sexuada, como laranja, feijão, abacate e outros
Nessa etapa, a exibição de um vídeo sobre micro-organismos (bactérias, fungos e
protozoários) pode ser uma estratégia para apresentar as diversas formas de reprodução
assexuada. É necessário abordar os diferentes tipos de comportamento apresentados
pelos animais. Esse assunto pode ser trabalhado com auxílio de textos, reportagens. As
dramatizações podem ser outra forma de evidenciar essas formas de aproximação e
conquista dos seres humanos. É um bom momento de trabalhar a sexualidade para evitar
o preconceito e a discriminação sexual.
Outra forma de trabalhar e sexualidade nesse ano de escolaridade é pedir para os alunos
desenharem um menino e uma menina quando nascem e a partir daí construir um diálogo
sobre as diferenças entre eles; e também dialogarem sobre meio de propagação das
espécies/reprodução e sexualidade.
Convidar um profissional da saúde para trabalhar a sexualidade e as transformações do
corpo na adolescência, dando ênfase à saúde sexual e aos cuidados com o corpo.
Reprodução
dos Seres
Vivos
I/A/C
Sexuada
Assexuada
I/A/C
Sexualidade e
Vida
Adolescência
I/A/C
Saúde e
Sexualidade
56
EIXO TEMÁTICO II – CORPO HUMANO E SAÚDE
TEMA 8 – A DINÂMICA DO CORPO
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
CONTEÚDOS
INTERMEDIÁRIO
6º
14.0. Reconhecer a
organização celular
como característica
fundamental das formas
vivas.
14. Sistemas
do corpo
humano e
suas
integrações.
14.1. Identificar alguns
sistemas ou órgãos do
organismo humano em
representações
figurativas.
14.2. Analisar
mecanismos de
integração de sistemas
em situações cotidianas.
15. Funções
de nutriçãono
corpo humano
15.0. Reconhecer a
importância da
passagem de nutrientes
e água do tubo
digestório para os
capilares sanguíneos.
O professor poderá trabalhar o conceito de célula como a unidade básica de
qualquer ser vivo e possibilitar aos alunos compreender a integridade do
corpo, estabelecendo relações entre vários processos vitais. Para melhor
compreensão desse tópico, o professor poderá utilizar peças e mapas
anatômicos em sala de aula ou no laboratório.
Promover discussão em sala com os alunos sobre o funcionamento do corpo e
a importância da integração entre os sistemas. Construção de maquete que
demonstre a integração dos sistemas com as estruturas anatômicas de cada
um.
Montar maquetes sobre células, suas organelas e sistemas do corpo humano
com material reciclável ou massa de modelar, fazendo exposições dos
trabalhos na escola. Sugerimos a análise comparativa do desempenho dos
sistemas do corpo humano, durante uma atividade física, como corridas,
verificando os sistemas que estão envolvidos, a ação e a reação do sistema
nervoso e etc.
É importante trabalhar em parceria com professor de Educação Física para
auxiliar nas observações dessas ocorrências. É um bom momento para
trabalhar as doenças relacionadas aos sistemas, podendo convidar
profissionais da saúde para abordagem do assunto na escola.
Sugerimos ainda consulta aos sites:
www.brasilescola.com/biologia/sistema-respiratorio
www.doencasrespiratorias.dgs.pt www.yutube.com/watch?v=NefK1bWzdOl
www.yutube.com/watch?v=DG7t_Tvx7-0sistemaurinariowww.ocorpohumano.com.br
www.sbn.br/videos/mundo_dos_rins_int.mpg- drauziovarella.com.br
Fantastico-Males da Alma - g1.globo.com/fantastico/quadros/males-da-alma/#.
O professor poderá trabalhar as funções de vida vegetativa: nutrição,
respiração, circulação, através de uma discussão em sala sobre o equilíbrio
dinâmico do corpo, como refazer as perdas diárias do organismo e a energia
de que necessita para suas atividades vitais. Pesquisar, em livros didáticos e
em outras fontes, sobre a importância da água para a regulação da
temperatura corporal e eliminação de resíduos através da urina e do suor. É
7º
DA CONSOLIDAÇÃO
8º
9º
A/C
Composição
da célula e
dos seres
vivos
Tecido
A/C
Função de
Nutrição
Digestão
Respiração
Tabela
Periódica
I/A
A/C
Como
funciona a
integração dos
sistemas
Circulação
Excreção
A/C
Integração
entre os
57
15.1. Reconhecer a
importância do
transporte e da
absorção dos nutrientes
na nutrição humana.
importante utilizar vídeos educativos para melhor compressão desses
processos, promover palestras com agentes de saúde para desenvolver o
assunto abordado.
E um bom momento para o professor utilizar o caderno sugerido pela SEE : ‘
Caderno de aulas praticas do E.F. dos anos finais para a sala de aula e
laboratório.
Sistemas
A/C
15.2. Reconhecer que o
sangue é composto,
principalmente, por
água, onde se
encontram dissolvidos
materiais nutritivos e
resíduos metabólicos.
I/A/C
15.3. Associar a
manutenção das
condições internas do
corpo com a eliminação
de resíduos através da
urina e do suor.
16.0. Identificar as
doenças humanas
comuns veiculadas pela
água, solo e ar.
16. Doenças
infecciosas
parasitárias
16.1. Relacionar os
modos de evitar
algumas doenças, como
verminoses,
protozooses e
bacterianas com o
saneamento ambiental.
A/C
O professor, além das aulas expositivas, com a utilização de mapas
anatômicos, de vídeos, da leitura de textos, poderá realizar pesquisas,
juntamente com os alunos, sobre as doenças provocadas pela falta de
saneamento, pelo uso de água sem filtragem, pela ingestão de alimentos sem
lavar, pela falta de higiene, que ocorrem em sua localidade, associando essa
ocorrência à época do ano em que apresentam maior frequência e também às
condições ambientais da região. Propor pesquisas no livro didático sobre
doenças veiculadas pelo ar, água e solo - agente causador, ciclo biológico,
profilaxia. Para melhor abordagem, é importante convidar um profissional da
saúde para falar do assunto, através de debates e palestra na escola. O
professor poderá construir panfletos informativos para realizar campanhas
educativas sobre as doenças vinculadas a água, ar e solo/cuidados e
prevenção. Distribuição do material na própria escola.
Pesquisar na comunidade local as doenças que mais afetam a população e
construir gráficos mostrando essa incidência.
Doenças
relacionadas
com a água, ar
e solo
Prevenção de
doenças
infecciosas e
parasitárias
A
A
A/C
A
C
58
EIXO TEMÁTICO II – CORPO HUMANO E SAUDE
TEMA 9 – SEXUALIDADE
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
CONTEÚDOS
INTERMEDIÁRIO
6º
17.0. Reconhecer os
fatores de risco
associados às
doenças circulatórias
e formas de
prevenção.
17.1. Reconhecer
fatores ambientais
(fumo e poluição) em
doenças do sistema
respiratório.
17.2. Identificar
hábitos alimentares
saudáveis.
17. Saúde
preventiva
17.3. Examinar
problemas no
sistema excretor,
formas de tratamento
e cuidados de
prevenção.
17.4 Relacionar o
funcionamento
hormonal com o
aparecimento de
doenças
O professor poderá realizar pesquisas com os alunos em livros didáticos, revistas,
internet, sobre as doenças que atingem o sistema cardiovascular, associando a
ocorrência com o tipo de alimentação, sedentarismo, stress, uso de fumo, álcool e
outros. As discussões, com depoimento de pessoas que venceram o vício do
cigarro, do álcool e de outras drogas, palestras com profissionais da saúde, a
utilização de vídeos, sempre, em todas as práticas sugeridas, ressaltando a
importância da prevenção, a prática de hábitos saudáveis e os cuidados com a
saúde, são ações importantes para o desenvolvimento das habilidades que
compõem essa unidade.
Sugerimos ao professor realização de campanhas educativas através de
cartazes, de cartilhas e panfletos produzidos pelos alunos, buscando
conscientizar a população quanto aos perigos do uso do cigarro tanto para o
usuário como para o fumante passivo.
Sugerimos pesquisas no site do Instituto Nacional do Câncer www.inca.gov.br,
buscando informações sobre os malefícios à saúde causados pelo fumo.
Confecção de cartazes que alertem ou façam refletir sobre o uso do cigarro e
sobre o quanto o seu uso prejudica a saúde.
Trechos dos filmes: Uma Prova de Amor Aos Treze.
O professor poderá organizar palestras com nutricionista ou alguém da saúde
sobre hábitos alimentares saudáveis que garantem a qualidade de vida das
pessoas. Outra atividade prática é analisar com os alunos o cardápio usado pela
escola, pesquisando sobre o valor nutritivo dos alimentos e sua adequação a uma
alimentação saudável.
Vale, como sugestão, promover:
- visita à feira local para conhecimento dos alimentos produzidos e mais
consumidos na comunidade e, em seguida, com a ajuda do professor, produzir
uma tabela contendo o valor calórico e nutritivo desses alimentos;
- visita à cantina da escola para análise de alimentos naturais e industrializados,
analisando os conservantes químicos utilizados nos alimentos;
- elaborar caderno de receitas com alimentos alternativos;
- realizar amigo oculto com frutas e, na culminância da brincadeira, apresentar o
valor nutritivo da fruta ofertada e uma receita utilizando o alimento;
- pesquisar sobre os agrotóxicos e conservantes usados nos alimentos,
discutindo os malefícios que causam à saúde humana.
7º
DA CONSOLIDAÇÃO
8º
9º
A/C
Saúde
preventiva
Doenças
Circulatórias/
Prevenção
Fatores
ambientais
que interferem
no sistema
respiratório/
Fumo e
poluição
Hábitos
alimentares
saudáveis
A/C
A/C
I/A/C
Sistema
excretor e
saúde
Rins, estrutura
e função
I/A/C
59
Para trabalhar Sistema Excretor e Saúde, Rins: estrutura e funcionamento, o
professor poderá utilizar mapas anatômicos e vídeos sobre o tema para
compreensão do funcionamento dos rins e, a partir daí, construir maquete,
demonstrando a estrutura dos rins e das vias urinárias. Poderá realizar pesquisas
em livros e internet sobre hemodiálise, as doenças relacionadas ao sistema
excretor e a importância da água para o bom funcionamento desse sistema.
Sugerimos alguns sites para pesquisas:
www.youtube.com/watch?v=DG7t_Tvx7-0sistemaurinariowww.ocorpohumano.com.br
www.sbn.br/videos/mundo_dos_rins_int.mpg18.0. Identificar os
órgãos do sistema
reprodutor no corpo
humano.
18.1. Diferenciar o
sistema reprodutor
masculino do
feminino em relação
aos órgãos e suas
funções.
18.
Reprodução
humana:
características
e ação
hormonal
18.2. Associar
mudanças
hormonais ao
amadurecimento
sexual durante a
puberdade,
surgimento de
características
sexuais secundárias
e possibilidade de
gravidez.
18.3. Caracterizar o
ciclo menstrual
regular; conhecendo
sua duração média e
os principais eventos
durante a ovulação e
a menstruação.
O professor poderá trabalhar a sexualidade humana com atividades que
permitam a identificação e diferenciação dos sistemas reprodutores masculinos e
femininos, com cartazes, vídeos, mapas, modelos anatômicos e outros. É
essencial a participação dos alunos dessa unidade. Assim, o professor poderá
promover discussões sobre alterações físicas e psicológicas típicas do período da
puberdade e adolescência, associando-as a mudanças hormonais, caracterização
do ciclo menstrual, evidenciando eventos como ovulação e menstruação. É
importante atentar para a possibilidade de gravidez precoce e seus riscos para
saúde física e mental da mãe adolescente, para a responsabilização do pai
adolescente, o conhecimento, a valorização do corpo e a desmistificação de
estereótipos. A discussão sobre métodos contraceptivos também tem espaço
nessa unidade.
Sugerimos uso de maquetes, abordando o tema sexualidade, a realização de
oficinas onde o aluno confecciona modelos anatômicos com massas de modelar
ou material alternativo, fazendo exposições. O professor pode recolher as
perguntas que mais intrigam os seus alunos, e realizar um painel com alguns
profissionais da saúde e da educação para discussão e respostas às perguntas.
O professor pode dividir a turma em grupos e orientá-los a desenvolver
dramatizações de situações relacionadas à sexualidade como: gravidez não
planejada, abusos sexuais, virgindade, aborto, e orientação sexual. O professor
deve pedir que os alunos tragam de casa calendários para que todos juntos
possam acompanhar simulações de ciclos menstruais regulares.
A turma deve ser incentivada a ler livros que tenham a temática que envolve essa
unidade, como: Menina Mãe de Maria da Glória Cardia de Castro - Editora
Moderna, Grávida aos 14 anos? - de Guilia Azevedo - Editora Scipione, Uma
argola no umbigo de Alexandre Honrado - Editora Planeta.
O professor pode ler trechos e discutir com seus alunos ou então realizar
seminários em que os grupos vão ler e se preparar para apresentação dos
capítulos do livro A Sexualidade e o Uso de Drogas na Adolescência de Caio
Feijó – Editora Novo Século.
Proporcionar aos alunos assistir a filmes, como Meninas - de Sandra Werneck,
Juno - dirigido por Jason Reitman.
A/C
Sistema
Reprodutor
masculino e
feminino /
Estrutura e
função
A/C
Ação dos
hormônios nos
caracteres
sexuais
A/C
Gravidez/
Prevenção e
cuidados
Menstruação
Ciclo
menstrual
I/A/C
60
19. Métodos
contraceptivos
19.0. Identificar os
principais métodos
contraceptivos
relacionando-os às
doenças
sexualmente
transmissíveis e à
AIDS.
O professor poderá proporcionar palestras e debates em salas, com a presença
de profissionais da saúde sobre atitudes e comportamentos e métodos
contraceptivos.
Também é importante desenvolver atividades e pesquisas sobre os diferentes
tipos de prevenção à gravidez, à AIDS e às DST, tais como preservativo
(camisinha) masculino e feminino, espermicidas, diafragma, anticoncepcionais
orais (pílulas) e injetáveis, implantes dérmicos, DIU (dispositivo intrauterino),
métodos de verificação da fertilidade (muco cervical, temperatura basal,
calendário ou tabelinha), métodos cirúrgicos (laqueadura de tubas uterinas e
vasectomia).
Sugerimos uma pesquisa de campo na própria comunidade, para conhecer quais
métodos contraceptivos e de prevenção às DST são usados pelos jovens, ou se
não há uso desses métodos, elaborando gráficos.com os dados coletados.
É importante orientar os alunos para a necessidade de procurar serviços
especializados em saúde da família para obtenção de informações, caso desejem
iniciar sua vida sexual. É importante alertar para o uso correto do preservativo,
como método contraceptivo, que evita tanto a gravidez não planejada como as
DST.
O professor pode em aulas expositivas apresentar os diferentes métodos
contraceptivos. É adequado que o professor leve exemplares desses métodos
para que os alunos possam manipulá-los. Ainda, na apresentação, é importante
que o professor demonstre como é o uso do preservativo masculino e feminino,
evidenciando seu uso correto. Sugerimos também a elaboração de panfletos
informativos sobre assuntos como métodos contraceptivos, doenças sexualmente
transmissíveis, planejamento familiar, aleitamento materno e a importância do
pré-natal, para serem distribuídos pelos alunos na escola.
Filmes: Juno, Philadelphia - o filme e Anjos do Sol.
DST /
prevenção
Métodos
Contraceptivos
A/C
AIDS/
prevenção
Adolescência
20.0. Reconhecer e
discutir mudanças
físicas e psicológicas
na adolescência.
20. Mudanças
na
adolescência
20.1. Reconhecer e
valorizar hábitos de
saúde relacionados ä
alimentação,
exercícios físicos e
higiene corporal.
O professor poderá dividir a turma em grupos para montagem e apresentação de
dramatizações de textos que retratem garotos com mudanças próprias da
adolescência, como psicológicas, de humor e de comportamento, em diferentes
contextos familiares e na escola, apresentando também as modificações e
valores de uma geração para outra.
Poderá realizar palestras educativas, teatros, murais etc., sobre fatores
relacionados à saúde, como alimentação natural e equilibrada, higiene alimentar
e corporal como também a importância das atividades físicas para o indivíduo.
Fazer um levantamento das necessidades calóricas que devem ser adquiridas
pelo aluno no dia a dia, comparando com as calorias consumidas em uma
alimentação mal orientada a base de sanduíches, lanches, refrigerantes, doces.
Mudanças
físicas e
psicológicas
A
A/C
A
A/C
Alimentação e
saúde
Higiene
corporal
I
Atividade
física
61
EIXO TEMÁTICO II – CORPO HUMANO E SAÚDE
TEMA 10 – INTERAÇÃO DO CORPO COM ESTÍMULOS DO AMBIENTE
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
CONTEÚDOS
INTERMEDIÁRIO
6º
21.0. Compreender a
estrutura do sistema
nervoso e sensorial
21.1. Explicar a
transmissão de
impulsos nervosos.
21.2. Relacionar o
efeito das drogas
com a alteração do
funcionamento do
sistema nervoso.
21. Drogas e
sistema
nervoso
21.3. Identificar
drogas que alteram o
sistema nervoso.
21.4. Avaliar as
consequências do
uso das drogas no
convívio social.
O professor poderá promover discussões em sala sobre os efeitos das drogas
psicoativas no sistema nervoso, os possíveis fatores que desencadeiam o uso
das drogas, as drogas e o limite das ciências, as drogas permitidas (álcool e
fumo), os efeitos alarmantes dessas e das demais drogas no organismo.
Podem ser utilizados filmes, como: Bicho de Sete Cabeças, Christiane F,Vício
Maldito - DaysofWineand Roses, Profissão de Risco, Blow, entre outros.
Sugerir a leitura de livros: Que Droga É Essa? Autores Aidan Macfarlane,
Magnus Macfarlane, Philip Robson, “Álcool, cigarro e drogas, de Jairo Bouer ;
“De repente, pai adolescente”, de Betinha Cordeiro Fernandes (Editora Bagaço).
O professor pode ainda montar com seus alunos um mural com cartazes
elucidativos sobre o fumo, o álcool e outras drogas.
Convidar e entrevistar pessoas especializadas na recuperação de alcoólicos e
de outros tipos de toxicômanos, promovendo palestras e debates na escola.
Exibir filmes: Uma Onda no Ar ; Obrigada por Fumar, Vídeos: Drogas e
Prevenção a Cena e a Reflexão - Antônio Carlos Egypto, Ana Lúcia Ferreira
Cavalieri.
O professor poderá trabalhar o assunto através de vídeos, reportagens e relatos
que tratem do efeito do uso das drogas no organismo.
Sugerimos o site
http://www.antidrogas.com.br,http://www.monografias.brasilescola.com,e outros,
para mostrar aos alunos que as drogas atingem todas as classes sociais, ao
contrário do que muitos pensam, a droga não é um problema exclusivo de
jovens pobres, delinquentes ou de famílias desestruturadas. Os jovens de
classe média, também, podem ser usuários, assim como atuar no tráfico. O
envolvimento com as drogas está relacionado a diferentes fatores e motivos:
dinheiro saúde, sexo, desemprego, problemas sociais, curiosidades e outros.
Uma das formas mais eficazes usadas para a prevenção das drogas é
incentivar os jovens a participar de atividades esportivas, culturais, políticas. O
professor de Ciências, junto com o professor de Matemática, pode promover a
análise de tabelas, e gráficos, com professor de Educação Física, promover
torneios, com professores de Ensino Religioso, Língua Portuguesa e História,
promover palestras, debates e teatros que possibilitem conscientizar os alunos
sobre as consequências das drogas no convívio escolar, familiar e social.
7º
DA CONSOLIDAÇÃO
8º
9º
I/A/C
I/A/C
Sistema
Nervoso/Estrutu
ra e função
A/C
Neurônios
Impulsos
Nervosos
A/C
Alterações no
funcionamento
sistema nervoso
Drogas/
Consequências
Sentidos
A/C
62
22.0. Associar a
formação de
sombras com a
propagação retilínea
da luz.
22. Luz e
visão
22.1. Associar a
reflexão da luz com
as cores dos objetos
e com a formação de
imagens em
espelhos.
22.2. Analisar o
processo de visão
como resultado da
reflexão da luz pelos
objetos, da ação da
retina quando
estimulada por luz, e
do processamento e
coordenação das
informações pelo
cérebro.
23.0. Identificar a
presença de
vibração em
fenômenos de
produção de sons.
23. Produção
e percepção
de sons.
23.1. Utilizar o
modelo ondulatório
para descrever a
propagação de sons.
23.2. Reconhecer as
qualidades dos sons
(altura, intensidade e
timbre) e associá-las
a características do
modelo ondulatório
I/A/C
Luz
O professor poderá realizar experimentos que possibilitem aos alunos a
compreensão das reações dos organismos em respostas a estímulos do
ambiente e do processamento complexo das informações, dando ao indivíduo a
capacidade de perceber o ambiente.
O modelo luz e visão poderá ser explicado aos alunos de forma prática, em
experimentos na sala, no laboratório, com “olhos de boi” e também, através das
aulas que estão no site http://fisicaolhohumanond.blogspot.com.br,
mostrando como a luz proveniente de fontes luminosas é refletida pelos objetos,
penetra em nossa pupila, formando imagens na retina e estimulando o processo
no cérebro que é fundamental para a compreensão dos fenômenos luminosos.
Propagação da
luz
I/A/C
Sombras
Espelhos
Lentes
Visão
I/A
O professor poderá possibilitar ao aluno percepção de que vivemos rodeados
de ondas sonoras, luminosas, de rádio, dentre outras.
Sugerimos
o
site
(http://blogdefisica2010.blogspot.com.br/2010/04/blog-post_15.html),que explica
o funcionamento do ouvido e a relação com as ondas sonoras e como essa
relação nos permite assistir à TV, ouvir rádio, aquecer um alimento no forno
micro-ondas, utilizar o celular e outros. O professor pode também fazer
experimentos em sala com o objetivo de verificar os diferentes meios de
propagação do som, para isso, poderá fazer uso do site:
(http://www.ensinodefisica.net/2_Atividades/anee_Ondas_Sonoras.pdf,) fazendo
com que o aluno perceba a qualidade dos sons como, por exemplo, quando
uma orquestra toca, distinguindo a variedade de sons e suas características
como a intensidade, altura, e timbre que podem ser percebidas pela audição.
Através de mapas anatômicos o professor pode trabalhar as estruturas do
ouvido e o seu funcionamento. Realizar pesquisas sobre a frequência do som
sensível ao ouvido humano e os fatores externos que ocasionam as perdas
auditivas. Os professores de Ciências e Educação Física podem trabalhar de
forma articulada, discutindo com os alunos, nesse momento, a utilização
A/C
Som e Ondas
Propagação do
som Qualidades
do som
Modelo
Ondulatório
I/A/C
I/A/C
FenômenosOnd
ulatório/
Reflexão e
Refração
Cores dos
Objetos
I/A/C
63
(frequência,
amplitude e forma de
onda);
adequada dos aparelhos eletrônicos.
Formação de
imagens
Audição
23.3. Descrever
estruturas e
funcionamento do
ouvido humano.
Estrutura e
funcionamento
do ouvido
I/A/C
Audição e
saúde
23.4. Discutir o
problema de perdas
auditivas
relacionadas à
exposição a ruídos.
I/A/C
EIXO TEMÁTICO III: CONSTRUINDO MODELOS
TEMA: 11. O MUNDO MUITO GRANDE
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
CONTEÚDOS
INTERMEDIÁRIO
6º
24.0. Compreender que
vivemos na superfície de uma
Terra que é esférica e se situa
no espaço.
24. A Terra no
espaço
24.1. Reconhecer a força
gravitacional como causa da
queda dos objetos
abandonados nas
proximidades da superfície da
Terra em direção ao seu
centro.
24.2. Diferenciar os modelos
geocêntrico e heliocêntrico do
Universo e reconhecê-los
como modelos criados a partir
de referenciais diferentes.
O professor poderá confeccionar com os alunos um modelo de globo
terrestre, com material alternativo, para demonstrar que vivemos na
superfície de um planeta que é esférico e se situa no espaço. Com
uma lanterna acesa fazer demonstrações dos movimentos que a
Terra faz em torno Sol, com os registros das observações feitas
pelos alunos. Utilizar textos históricos, relatando como os antigos
concluíram que a Terra é esférica e usar modelo do globo terrestre
para explicar a formação dos dias e noites, as fases da lua e as
estações do ano. As aulas podem ser preparadas com consultas aos
sites: http://historiaoitavo.blogs.sapo.pt/13863.html,
http://www.planetseed.com/pt-br/sciencelanding/ar-e-espaco
http://fisicaprofneivaldolucio.blogspot.com.br/2009/10/aula-11-lei-dagravitacao-universal-de.html
http://www.pascal.com.br/wpcontent/uploads/2012/03/caderno_de_exercicios_cinematica.pdf).
Livros: Os segredos do universo - Paulo Sérgio Bretones. Os
segredos do sistema solar - Paulo Sérgio Bretones.
A Terra no
universo
7º
DA CONSOLIDAÇÃO
8º
9º
A/C
Força
gravitacional
Sistema Solar
Modelo
Geocêntrico e
Heliocêntrico
I/A/C
A terra e a Lua
Fases da Lua
I
I/A/C
Noção de Peso
dos Objetos
64
24.3. Explicar as evidências e
argumentos usados por
Galileu a favor do
heliocentrismo (noção de
inércia e observações ao
telescópio da aparência da
Lua, fases do planeta Vênus e
satélites de Júpiter).
25.0. Compreender inércia
como tendência dos corpos
em prosseguir em movimento
em linha reta e velocidade
constante ou em repouso.
25. Força e
inércia
25.1. Identificar força enquanto
ação externa capaz de
modificar o estado de repouso
ou movimento dos corpos.
Fatores que
Influenciam o
Peso.
Nesse tópico, o professor poderá discutir com os alunos sobre a
inércia e que por causa dela existe uma tendência de os corpos
prosseguirem em movimento, em linha reta e velocidade constante
ou de permanecerem em repouso se já exibem essa condição inicial.
Para tanto o professor pode recorrer ao site
(http://marista.edu.br/piox/files/2010/05/leis-de-newton.pdf),que
disponibiliza atividades que vão contribuir para o desenvolvimento
das aulas. O professor poderá preparar experimentos retirados
desse site (http://www.cienciatube.com/2012/09/experimentos-defisica.html) para que os alunos identifiquem a força, como sendo
toda ação externa capaz de modificar o estado de repouso ou as
características que definem, num dado instante, o movimento de um
corpo (velocidade, direção e sentido).
Desenvolver nos alunos a compreensão para utilizar os conceitos de
força e inércia, em um dado conjunto de situações, façam
experimentos e discussões sobre o assunto, mediante fotos, vídeos
ou ilustrações que podem servir de contextos para que o professor
apresente e compartilhe com os estudantes o significado dos
conceitos de força e inércia.
O professor poderá pedir aos alunos para observar os corpos que
estão parados ou os que estão em movimento, lembrando que os
carros se movimentam nas ruas, barcos deslocam-se nos rios e nos
mares, pássaros voam, pessoas circulam nos locais de trabalho, nas
ruas e que, na natureza, nenhum corpo é totalmente imóvel. Para
verificar se um corpo está ou não em movimento, é preciso ver se a
sua posição muda em relação a outros corpos que o rodeiam.
Quando um corpo se move, ele ocupa sucessivamente diversas
posições. Através de situações práticas do cotidiano, o professor
poderá abordar esse assunto e também utilizar pesquisas na
internet: http://www.youtube.com/watch?v=NVbptS5gYfA,
http://www.professorgomes.com.br/arquivos/Leis%20de%20Newton
%20e%20Suas%20Aplicacoes.pdf), em livros e em outros
instrumentos de consulta.
I/A/C
I/A/C
Força e sua
medida
Inércia
Repouso
Movimento
Atrito
Leis de Newton
I/A/C
65
EIXO TEMÁTICO III: CONSTRUINDO MODELOS
TEMA: 11. O MUNDO MUITO PEQUENO
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
CONTEÚDOS
INTERMEDIÁRIO
6º
26.0. Relacionar os
estados físicos da matéria
ao modelo cinético
molecular: movimento,
distância e organização
das partículas.
26. Modelo
cinético
molecular
26.1. Reconhecer os
seguintes aspectos do
modelo de partículas e
utilizá-los para interpretar
fenômenos: a matéria é
feita de muitas partículas e
espaço vazio entre elas; as
partículas estão em
constante movimento em
todas as direções; as
partículas interagem umas
com as outras.
26.2. Explicar fenômenos
diversos: como dissolução,
crescimento dos cristais,
difusão, transferências de
calor, dilatação e
mudanças de estados
físicos, usando o modelo
cinético de partículas.
27. O
comportamento elétrico da
matéria
27.0. Interpretar carga
elétrica como propriedade
essencial de partículas que
compõem a matéria
(elétrons e prótons).
7º
DA CONSOLIDAÇÃO
8º
9º
I/A/C
Modelo Cinético
Através de experimentos em sala e no laboratório, o professor poderá
trabalhar os estados físicos da matéria, com exemplo de materiais no
estado sólido, líquido e gasoso.
Discutir com os alunos a constituição da matéria, desde o átomo até as
moléculas.
O professor pode preparar suas aulas utilizando o Livro Didático, os
vídeos do TV Escola, os materiais da Biblioteca e pesquisando sites
como:
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/documentos/md/ef/ciencias/20
10-08/md-ef-ci-44.pdf
http://www.bioblogbrasil.com.br/wp-content/uploads/2012/04/modelocinetico-molecular.pdf
http://www.slideshare.net/claudiarocosta/cronograma-interveno-hist-9ano-ciencias entre outros.
Molecular
Estados físicos
da matéria
Átomo/ estrutura
I/A/C
Modelos
atômicos
Molécula
Eletrosfera e
Níveis
Energéticos
I/A/C
O professor poderá realizar com os alunos atividades que possam ajudálos a compreender fenômenos macroscópicos – como dissolução,
dilatação, difusão, mudanças de estado físico, podendo participar de
experimentos em que aconteçam, solidificação, ebulição condensação e
outros como, eletrização e condução elétrica entre outros.
Partículas do
átomo
I/A/C
Prótons e
elétrons
66
27.1. Interpretar fenômenos
eletrostáticos simples como
resultado
de transferência de
elétrons entre materiais.
28.0. Identificar e
caracterizar as partículas
constituintes do átomo e
sua organização.
28.1. Reconhecer
elementos químicos como
constituintes básicos dos
materiais.
28. Introdução
ao conceito de
átomo
28.2. Identificar, por meio
de consulta à tabela
periódica, elementos
químicos e seus
respectivos números
atômicos e número de
massa.
28.3. Explicar as diferenças
entre condutores e
isolantes elétricos como
resultado da mobilidade de
cargas elétricas nos
condutores (elétrons livres
nos metais e íons em
solução).
Sugerimos sites como:
http://exercicios.brasilescola.com/quimica/exercicios-sobre-particulas-umatomo.htm
http://tecciencia.ufba.br/o-atomo/atividades.
Nas atividades de estudo dos conteúdos relativos a esse tópico, os
estudantes devem ter oportunidades de utilizar corretamente e
compreender palavras e frases relacionadas a modelos de constituição
de materiais, tais como: partículas, movimento térmico, difusão, dilatação
térmica, estado de agregação, elétrons, transferências de elétrons,
eletrização, entre outras.
Sugerimos também experimentos simples que poderão ser feitos em sala
como, por exemplo, a comprovação da eletrização realizada com um
pente de cabelo e papel picado; produção de corrente elétrica utilizando
pilhas, lâmpadas, fios e outros. Sugerimos também a leitura do livro ou de
trechos de: Viagem ao interior da matéria - Valdir Monatanari.
I/A/C
I/A/C
O professor deve disponibilizar atividades que ajudem os alunos a
compreender que átomo tem um núcleo composto por partículas que são
prótons, nêutrons e uma região chamada eletrosfera que contém outras
partículas, os elétrons. A ideia de átomo pode ser compreendida e
desenvolvida através de experimentos, atividades, pesquisas em sites
como: http://atividadesrespondidas.blogspot.com.br/2012/07/cienciass-9ano-atividades-e-respostas
http://www.youtube.com/watch?v=YoNpHYolwLg,http://www.youtube.com/
watch?v=gPgUGPXsO1I vídeos do acervo TV Escola e retirados na
internet.
Para a visualização da relação dos elementos químicos, o professor deve
instigar seus alunos a compreender e utilizar a tabela
periódica,associando esses elementos aos símbolos, números atômicos
e número de massa. É importante também possibilitar aos alunos
compreender a organização da tabela periódica, que se processa a partir
de uma ordem crescente de números atômicos que identificam elementos
que têm propriedades químicas e físicas: cada elemento apresenta o seu
número específico. Todo aluno deve ter sempre em mão a sua tabela
periódica, para consulta, quando necessário.
Partículas do
átomo
Prótons e
elétrons
I/A/C
Elemento
químico e sua
classificação
periódica
I/A/C
Eletrosfera e
níveis
energéticos
Eletricidade
Carga elétrica
Corrente elétrica
I/A/C
67
EIXO TEMÁTICO III – CONSTRUINDO MODELOS
TEMA 13 – MECANISMO DE HERANÇA
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
CONTEÚDOS
INTERMEDIÁRIO
6º
29.0. Compreender que o
meio ambiente pode alterar
o fenótipo de um indivíduo.
29.1. Associar o processo
da hereditariedade com a
transmissão de
características de pais para
seus filhos.
29.
Características
herdadas e as
influênciasdo
ambiente.
29.2. Analisar o trabalho de
Mendel, sobre a
transmissão dos caracteres
hereditários e a
possibilidade de sua
manifestação em gerações
alternadas (1ª Lei de
Mendel).
O professor poderá propor discussões em sala com os alunos sobre a
constituição genética do indivíduo e como o ambiente interfere na
manifestação dessas características. Elaborar a árvore genealógica é um
bom começo para discutir as marcas físicas da hereditariedade presentes
em cada aluno, fazendo com que os alunos discutam entre si essas
marcas.
Sugerimos, para tornar as aulas mais significativas, a utilização de vídeos
e de sites como:
http://www.youtube.com/watch?v=wS7Ssf35waU&list=PLACB1C1F7FF31
1F5E
http://www.youtube.com/watch?v=HfpNXRv6kbs,
http://www.youtube.com/watch?v=gyGWN_Vk2ps
O professor deve promover discussões com os alunos e o levantamento
de hipóteses sobre a origem de suas características físicas e/ou
comportamentais compartilhadas ou não com seus familiares. Tendo
como base para estas explicações os estudos realizados por Gregor
Mendel, o professor deve introduzir a ideia de uma herança genética.
É importante que, para o desenvolvimento dessas habilidades, os alunos
realizem atividades que os aproximem das ideias iniciais da genética e da
evolução, como, por exemplo, a experiência que Mendel realizou com
ervilhas, a partir de linhagens diferentes. Essas ideias são importantes
para a compreensão de conceitos, como:
- diversidade da vida e herança biológica,
- identificação da relação entre o núcleo celular e o material hereditário,
- associação do processo da hereditariedade com a transmissão de
características de pais para filhos,
- compreensão da importância do ambiente na manifestação das
características genéticas,
- o conhecimento das principais inovações biotecnológicas e o
desenvolvimento de uma postura de avaliação crítica dessas tecnologias.
Sugestões de atividades que facilitarão o entendimento dos alunos
podem ser encontradas em:
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/documentos/md/ef/ciencias/20
7º
DA CONSOLIDAÇÃO
8º
9º
I/A/C
I/A/C
Hereditariedade
Genótipo
Fenótipo
Genética
Leis de Mendel
Transmissão
dos Caracteres
hereditários
I/A/C
68
10-08/md-ef-ci-62.pdf
http://jucienebertoldo.wordpress.com/category/atividades-de-ciencias-ef.
Também a leitura do livro ou de trechos de DNA e Engenharia Genética Breno Pannia Espósito, como também assistir a
filmes, como: Gattaca - Experiência Genética, são ações que ampliam
essas aprendizagens.
EIXO TEMÁTICO III:CONSTRUINDO MODELOS
TEMA: 14. PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
CONTEÚDOS
INTERMEDIÁRIO
6º
30.0. Descrever o
funcionamento de usinas
hidro e termoelétricas em
termos de transformações
e transferências de
energia.
30. Produção
de energia
elétrica: custos
ambientais e
alternativas
30.1. Discutir e comparar
impactos ambientais de
usinas geradoras de
energia elétrica.
30.2. Associar impactos
ambientais ao uso intensivo
de energia e examinar
alternativas energéticas
disponíveis.
O professor poderá realizar discussões, em sala, sobre a importância da
energia na vida das pessoas e conhecimento de seu processo de
produção. Conhecer as formas de produção de energia torna-se
significativo quando associado à ideia de transformação e de
transferência de energia. É importante direcionar a compreensão dos
alunos, para as ações humanas no processo de produção de energia,
considerando que o homem tem, como responsabilidade, a preservação e
a conservação ambiental.
É importante refletir com os alunos sobre ageração de energia, no
mundo, que está resumida, em sua grande maioria, às fontes tradicionais
como petróleo, carvão mineral e gás natural. Tais fontes são poluentes e
não renováveis e seu emprego é discutível. Há controvérsias sobre o
tempo da duração dos combustíveis fósseis. Devido as energias limpas e
renováveis como biomassa, energia hidroelétrica, energia eólica e
energia maremotriz e sanções como as do Protocolo de Quioto, que
cobra de países industriais um nível menor de emissões de poluentes
(CO2) na atmosfera, as energias alternativas se tornam um novo modelo
de produção de energias econômicas e saudáveis para o meio ambiente.
Fontes de energias renováveis
Energia renovável é aquela originária de fontes naturais que possuem a
capacidade de regeneração (renovação), ou seja, não se esgotam.
Exemplos
Como exemplos de energia renovável, podemos citar: energia solar,
energia eólica (dos ventos), energia hidráulica (dos rios), biomassa
(matéria orgânica), geotérmica (calor interno da Terra) e mareomotriz
(das ondas de mares e oceanos).
7º
DA CONSOLIDAÇÃO
8º
9º
I/A
A/C
I/A
A/C
I/A
A/C
Energia elétrica
Usinas Hidro e
termoelétricas
Transformações
e transferências
de energia
Formas
alternativas de
energia.
Produção de
energia e
Impacto
Ambiental
69
Vantagens do uso
Ao contrário dos combustíveis não renováveis (como os de origem fóssil,
por exemplo), as fontes de energias renováveis, no geral, causam um
pequeno impacto (poluição, desmatamento) ao meio ambiente. Portanto,
são alternativas ao sistema energético tradicional, principalmente numa
situação de luta contra a poluição atmosférica e o aquecimento global.
Sugerimos pesquisas em livros, internet, reportagens em jornais e
revistas e outros meios sobre: Formas de energia, histórias de
transformações e transferências de energia, energia cinética e energia
potencial gravitacional, transformações e transferências de energia em
processos mecânicos, transformações de energia em usina hidrelétrica.
Impactos ambientais decorrentes do uso intensivo de energia, fontes
alternativas de energia, uso racional de energia elétrica também são
temas importantes para pesquisa e discussão com a turma. O professor
pode proporcionar aos alunos oportunidade de entrevista e de palestras
com profissionais do serviço público ligados a esse setor, para que os
alunos tenham a possibilidade de discutir sobre o uso responsável da
energia. Outras sugestões de atividades podem ser extraídas em sites
como:
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/minicursos/ciencias/cap_proce
ssos.htm
31.0. Diferenciar calor e
temperatura e estabelecer
relação entre esses
conceitos.
31.
Temperatura,
calor
e.equilíbrio
térmico
31.1. Explicar a ocorrência
de equilíbrio térmico como
resultado de transferências
de calor.
31.2. Identificar materiais
como bons e maus
condutores de calor na
análise de situações
práticas e experimentais.
31.3. Identificar algumas
propriedades térmicas da
água e sua importância na
regulação do clima e da
temperatura corporal.
O professor poderá desenvolver aulas experimentais para que o aluno
perceba as sensações de quente e frio e diferencie calor e temperatura,
utilizando textos e atividades que discutam o conceito de equilíbrio
térmico, possibilitando a compreensão de que só há transmissão de calor
entre sistemas ou corpos que estão em diferentes temperaturas. Quando
há diferença de temperatura entre sistemas ou corpos em “comunicação”,
estabelecem-se diversos processos de transferência de energia, até que
se tenha atingido uma mesma temperatura. Após esse “equilíbrio
térmico”, cessam-se a transmissão de calor e os efeitos por ela
provocados. Sugestão de atividades, livros e sites:
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/documentos/md/ef/ciencias/20
10-08/md-ef-ci-49.pdf,
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.aspx?ID_OBJETO=4271
0&tipo=ob&cp=996633&cb=&n1=&n2=Roteiros%20de%20Atividades&n3
=Fundamental%20%206%C2%BA%20ao%209%C2%BA&n4=Ci%C3%AAncias&b=s,http://tc
etpipe.blogspot.com.br/2012/10/exercicios.html
http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol9/Num2/a09.pdf
Pode-se trabalhar o equilíbrio, calor e temperatura juntamente com o
professor de Educação Física, relacionando corpo com atividades físicas
e gasto de energia e temperatura corporal.
I/A/C
Calor
I/A/C
Propagação e
condução do
calor
Temperatura
I/A/C
Sensação
Térmica
I
A/C
70
32.0. Reconhecer circuitos
elétricos simples,
identificando o que é
necessário para que a
corrente elétrica se
estabeleça num circuito.
32.1. Compreender as
instalações elétricas de
nossas casas como um
grande circuito,
identificando os principais
dispositivos elétricos
utilizados.
32.
Eletricidade
em nossas
casas
32.2. Reconhecer o
significado da potência de
aparelhos elétricos em
situações práticas
envolvendo avaliação de
consumo de energia
elétrica.
O professor poderá desenvolver atividades que possibilitem aos alunos:
- compreender as instalações elétricas de nossas casas como um grande
circuito, identificando os principais dispositivos elétricos utilizados,
- reconhecer o significado da potência de aparelhos elétricos em
situações práticas, envolvendo avaliação de consumo de energia elétrica,
- reconhecer o risco de choques elétricos no corpo humano, identificando
materiais condutores e isolantes e como utilizá-los com segurança.
O estudo dos circuitos é importante para que os alunos entendam que a
corrente elétrica não é consumida. A apresentação dos circuitos elétricos
como um caminho fechado entre uma fonte e um consumidor de energia
destaca as transferências de energia nesse circuito.
O professor pode mostrar aos alunos o funcionamento de uma lâmpada
incandescente para que eles compreendam que para uma lâmpada
funcionar, é necessário que haja um caminho metálico para a circulação
da corrente elétrica. Pode tomar como referência circuitos simples
compostos por pilhas, fios e lâmpadas, que podem ser manipulados pelos
estudantes.
Podem ser estudados os seguintes assuntos:
-lâmpadas elétricas incandescentes;
-estrutura e funcionamento e gasto de energia, circuito elétrico simples;
-ligando lâmpada em um circuito, interruptores, fusíveis e curto circuito;
-cuidados e riscos no uso da eletricidade, uso racional e desperdício de
energia: medida do consumo de energia elétrica.
O professor poderá utilizar uma conta de luz, para análise do consumo,
especificando as alternativas usadas para diminuir o consumo de energia.
É um bom momento para abordar o horário de verão, as vantagens e
desvantagem dessa estação sobre os gastos com energia.
Pesquisar em livros sobre o choque elétrico, que é o efeito que se
manifesta no organismo humano quando é percorrido por uma corrente
elétrica “a intensidade de corrente que pode começar a causar efeitos
indesejáveis ao organismo humano”. É válido para que comportamentos
cuidadosos e preventivos sejam construídos.
O professor pode ainda, orientar seus alunos para pesquisar em livros,
revistas, jornais, internet, sobre o que pode ser feito para prevenção de
choques elétricos, apresentar e testar com os alunos materiais isolantes
de eletricidade e condutores como: ferros, vidros, borrachas e outros.
Sugestão de sites e atividades:
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/documentos/md/ef/ciencias/20
10-08/md-ef-ci59.pdf,,http://aprendendocienciasfundamental.blogspot.com.br/2012/04/9ano-atividade-da-eletricidade-em.html
http://blogs.ua.pt/energizate/?page_id=83,http://revistaescola.abril.com.br/
fundamental-1/como-energia-eletrica-chega-nossas-casas-690661.shtml
I/A/C
I/A/C
Carga elétrica
Circuito elétrico
Resistência
elétrica
Corrente elétrica
Potência elétrica
Choques
elétricos/
prevenção
Isolantes
térmicos
‘
I/A/C
71
33.0. Identificar fluxos de
energia entre os
organismos e o ambiente:
energia proveniente dos
alimentos, energia gasta no
metabolismo, calor
dissipado no ambiente e
trabalho realizado.
33. Regulação
de
temperatura
nos seres
vivos
33.1. Identificar alterações
no corpo de aves e
mamíferos que permitem
manter a temperatura
corporal em diferentes
condições de temperatura
ambiente.
O professor poderá realizar experimentos que proporcionem aos
estudantes a compreensão de que seja calor, temperatura e equilíbrio
térmico. O professor pode propor aos alunos pesquisar sobre os
processos de transferência de energia entre sistemas, as diferentes
temperaturas dos corpos, transferências de energia em circuitos elétricos
simples, geração de energia elétrica, fontes de energia e impactos
ambientais.
Sugestão de sites:
http://www.slideshare.net/nunocorreia/bg27-regulao-nos-seres-vivostermorregulaoexerccios,http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula
=20816.
http://biotic.no.sapo.pt/u3s1t3_1.html,
Para esse trabalho, o professor pode também usar livros didáticos e
textos de enciclopédias e de revistas científicas para complementar as
orientações que os conteúdos que favorecem o desenvolvimento dessas
habilidades requerem, tanto nas aulas teóricas como nos experimentos
de laboratório. O professor pode, para enriquecer as aulas desse tópico,
utilizar vídeos do TV Escola, roteiros, módulos didáticos do site CRV
(crv.educação.mg.gov.br); reportagens educativas do Nacional
Geographic, do Fantástico, do Globo Repórter (globotv.globo.com,
g1.globo.com/fantástico, www.youtube.com.br).
I/A
A/C
Fluxos de
energia entre os
seres vivose o
meio ambiente
Fontes de
energia
Temperatura
I/A/C
EIXO TEMÁTICO IV – CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
TEMA 16 – ENERGIA NOS AMBIENTES
CICLOS
TÓPICOS
HABILIDADES
34.0. Compreender a ética
que monitora a produção
do conhecimento científico.
34. Ciência e
Tecnologia
34.1. Considerar o impacto
do progresso pelo
conhecimento científico e
suas aplicações na vida, na
sociedade e na cultura de
cada pessoa.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Para introduzir esse tema é necessário realizar discussões, em sala, com
os alunos sobre a ética e o conhecimento técnico-científico Para isso,
pode sugerir a utilização de reportagens, pesquisas, análise de ambientes
próximo da escola, para que, juntos, professor e alunos, possam refletir,
de acordo com a “realidade”, se a ética está presente no meio em que
vivem.
O professor poderá levar, para a sala de aula, textos reflexivos sobre a
atual revolução tecnológica, suas mudanças na economia, na cultura e os
impactos causados na sociedade, uma vez que, vivemos em uma
sociedade do conhecimento.
CONTEÚDOS
Saber Científico:
Mudanças e
permanências
do saber
científico
INTERMEDIÁRIO
DA CONSOLIDAÇÃO
6º
7º
8º
I
A
C
9º
Produção de
CC e suas
implicações
para a
72
34.2. Compreender que o
saber científico está sujeito
a mudanças.
34.3. Conhecer a natureza
da ciência entendendo
como os conhecimentos
são produzidos e suas
implicações para a
humanidade e o meio
ambiente.
34.4. Perceber o papel das
ciências e das tecnologias
na vida cotidiana,
compreendendo a maneira
como as ciências e as
tecnologias foram
produzidas ao longo da
história.
34.5. Reconhecer a
importância das inovações
científico-tecnológicas para
a agricultura, transporte/
trânsito e indústria,
desenvolvendo posição
crítica em relação aos seus
benefícios e malefícios.
34.6. Identificar os recursos
tecnológicos utilizados no
tratamento da água e no
cultivo do solo.
34.7. Reconhecer que é
possível utilizar a energia
encontrada na natureza.
34.8. Compreender
informações básicas sobre
clonagem e transgênicos,
considerando implicações
Sugerimos os sites para consulta:
www.portal.mec.gov.br
www.grupoa.com.br, e os filmes:
A Ilha - de Michael Bay,A Coragem de uma Raça - dirigido por Shohei
Imamura,
Torna-se importante discutir com os alunos que o Conhecimento
Científico constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições
ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da
experimentação e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento
filosófico. É sistemático, já que se trata de um saber ordenado
logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não
conhecimentos dispersos e desconexos. Possui a característica da
verificabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que não
podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência.
Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo e,
por este motivo, é aproximadamente exato: novas proposições e o
desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria
existente. O conhecimento é fluente.
“A investigação científica se inicia quando se descobre que os
conhecimentos existentes, originários quer das crenças do senso
comum, das religiões ou da mitologia, quer das teorias filosóficas ou
científicas, são insuficientes e imponentes para explicar os problemas e
as dúvidas que surgem". (Lakatos, 1991).
Nesse sentido, iniciar uma investigação científica é reconhecer a crise de
um conhecimento já existente e tentar modificá-lo, ampliá-lo ou substituílo, criando um novo que responda à pergunta existente.
No desenvolvimento das habilidades desse tópico, o professor deve
possibilitara o aluno a compreensão de que a crescente evolução e
utilização de novas tecnologias vêm acarretando profundas mudanças no
meio ambiente, nas relações e nos modos de vida da população, que
representam desafios para a maioria da população que não está
preparada para enfrentar.
Uma forma de fazer com que nossos alunos percebam como a Ciência
está influenciando o meio ambiente é possibilitar a eles conhecer
ambientes que foram modificados pelo homem e sua tecnologia, através
de reportagens científicas, pesquisas na internet, e pesquisas de campo,
comparação entre fotos antigas da cidade e fotos atuais, entre outros
recursos.
Proporcionar aos alunos embasamentos teóricos e reflexões, através de
leituras de textos científicos e literários, filmes, que possibilitem a
compreensão de como os conhecimentos científicos e tecnológicos são
usados: muitos servem somente às atividades diretamente ligadas à
Ciência, mas outros são úteis e têm aplicabilidade geral na vida
humanidade e
meio ambiente
A/C
Papel das
ciências e da
Tecnologia na
vida cotidiana
A/C
Inovações
científicas e
tecnológicas:
sua importância
para a
agricultura e
Indústria.
Benefícios e
malefícios
A/C
A/C
A/C
A/C
Utilização dos
recursos
tecnológicos no
tratamento da
água e do
cultivo do solo
Utilização da
energia
encontrada na
natureza
Ciências e
Tecnologia ao
longo da
históriaprocessos de
clonagem
transgênicos
A/C
A/C
A/C
I/A/C
73
éticas e ambientais
envolvidas.
cotidiana. Pesquisar sobre como surgiram algumas tecnologias, suas
utilizações e, consequentemente, as facilidades e benefícios para a vida
do homem. Essas ações pedagógicas também ajudam na compreensão
do mundo, na tomada de decisões como consumidor, na formação de
opiniões políticas e sociais e no ambiente de trabalho. Sugestão de
atividades:
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/eja/propostacurricular/segundo
segmento/vol3_ciencias.pdf.
O professor deve proporcionar ao aluno conhecimento para que
compreenda que a tecnologia tem grande contribuição na agricultura,
transporte/trânsito, saúde e indústria, mas é necessário, sobretudo,
possibilitar aos alunos a construção de pensamento crítico quanto às
mudanças que acontecem na sociedade, impactando de forma positiva
ou negativa a vida das pessoas. Para a construção deste pensamento e
compreensão da tecnologia, é necessário levar para os alunos textos
científicos, criticas, reportagens para que seu conhecimento seja
ampliado.
Para o desenvolvimento das habilidades desse tópico, o professor deve
também oportunizar aos alunos a identificação dos recursos que são
utilizados para o tratamento da água como filtro, tanques de decantação,
etc. e recursos utilizados no cultivo do solo desde os mais simples, como
a enxada, aos de maior tecnologia, como tratores e outros. Isso pode ser
feito através de entrevistas com profissionais das diversas áreas,
palestras, visitas a ambientes em que essas práticas são desenvolvidas,
para observação e entrevistas, pesquisas no livro didático ou internet
sobre os recursos tecnológicos, dentre outras possibilidades.
O desenvolvimento dessas habilidades permite também o
reconhecimento de que podemos encontrar fontes de energia na natureza
e relacionar as atividades cotidianas com o tipo de energia utilizada para
executá-las. Verificar, durante as visitas,as formas de energia
encontradas na natureza e as diferentes formas de utilização amplia a
visão de mundo e compromete o aluno com esse universo.
Proporcionar compreensão dos alunos sobre clonagem e como a
tecnologia possibilita avanços nesta área implica em trabalho escolar
para a compreensão dos conceitos de DNA, células, e tipos de
reproduções. Esse tema é instigante e favorece, pela curiosidade que
desperta, o desenvolvimento de projetos interdisciplinares com a
Geografia e com Língua Portuguesa, com leituras literárias e científicas,
análise de filmes, realização de experimentos científicos. Os recursos
podem ser internet, livros, e outros. Sugerimos filmes como: Planeta dos
Macacos: a Origem, Mutação, Os Meninos do Brasil, Alien – A
Ressurreição, O Sexto Dia, Epidemia. Como livro literário, sugerimos o
clássico A Metamorfose, de Franz Kafka.
74
35. Impactos
ambientais e
extinção de
espécies.
35.0. Interpretar
informações de diferentes
fontes sobre
transformações nos
ambientes provocadas pela
ação humana e o risco de
extinção de espécies.
36.0. Relacionar a
reciclagem dos materiais
com a preservação
ambiental.
36.
Reciclagem e
preservação
ambiental
37. Ação de
microrganismo
s na ciclagem
de materiais
36.1. Identificar aspectos
relacionados com
consumo, embalagem e
estocagem de alimentos.
37.0. Relacionar o lixo com
o papel dos microorganismos e de uma
ampla fauna (vermes,
larvas, insetos, moluscos)
na decomposição de
alimentos, restos de seres
vivos e outros materiais.
37.1. Examinar o problema
do lixo nas sociedades
O professor poderá separar a turma em grupos para realizar pesquisa de
campo, analisando, filmando e fotografando espaços, vegetação, seres
humanos, animais, isto é, flora e fauna de sua região, e ambientes vários
em que possam perceber e analisar os efeitos das ações humanas e das
intempéries, reforçando os conceitos de depredação ambiental e extinção
de espécies. Com esse material, os alunos poderão produzir
documentários, galeria de fotos, construção de murais folhetos
educativos. Realizar pesquisas científicas que fortaleçam os conceitos
vai permitir aos alunos embasamento teórico para o trabalho a ser
realizado.
O professor poderá desenvolver atividades sobre reciclagem e
conservação ambiental. Levar os alunos a pensar no consumo com
consciência, dando prioridade para alimentos que possam ser estocados
em embalagens que podem ser recicladas, vai dar condição aos alunos
de se posicionarem como ser atuante no processo de preservação. O
professor poderá levar os alunos a centros de compostagem e reciclagem
para compreenderem a importância da coleta seletiva do lixo.
É importante que o professor proponha aos alunos pesquisar qual
destino tem o lixo na cidade, produzir cartilhas orientadoras para a escola
e a comunidade sobre os cuidados com o lixo e com o ambiente.
Desenvolver também campanhas de conscientização da coleta seletiva
do lixo produzido na escola, incentivando a comunidade escolar a realizar
a mesma prática em sua residência.
O professor pode também realizar atividades na sala de aula ou no
laboratório com reciclagem de materiais e utilização dos produtos
reciclados em atividades de arte, em trabalho interdisciplinar com o
Professor de Arte.
Trabalhar com os alunos documentários como Lixo Extraordinário de Vik
Muniz, A vida no lixão, produzido por NUPIC Vídeos, e filmes como Walle
filme de animação, produzido por Andrew Stanton.
No desenvolvimento dessas habilidades, o professor deverá proporcionar
ao aluno compreender que o lixo deve ser tratado pela sociedade e pelos
governantes de formar séria e comprometida.
Visando ao bem de todos os seres, exemplificando para os alunos que a
falta de planejamento por parte das políticas públicas e a falta de
comprometimento da sociedade podem causar muitos prejuízos para
todos, o professor pode propor aos alunos a realização de um fórum
envolvendo escola, comunidade e poder público, para discutir, formar
opinião e buscar alternativas para resolver essas questões. Enriquece o
evento e as conclusões a participação de um representante das políticas
públicas para discutir sobre reciclagem de materiais, preservação
Implicações
éticos e
ambientais
I/A/C
I/A
A/C
I/A/C
I
A/C
I
A/C
75
38.
Transformações e
transferências
de energia
modernas e discutir as
alternativas.
ambiental e as ações das políticas públicas em saneamento básico e na
melhoria da qualidade de vida da população.
38.0. Descrever fenômenos
e processos em termos de
transformação e
transferência de energia.
O professor deverá estimular seus alunos a pesquisarem sobre a energia
e suas transformações. A energia pode ser transformada em cinética,
potencial, mecânica, elétrica, sonora, luminosa, térmica eólica e outras,
que cada uma dessas energias passa por um processo de transformação
e de captação diferentes.
Pesquisar sobre as diversas formas de energia e sobre como ela é
transformada, desde os tempos mais remotos até os dias atuais.
Sugestão de atividades:
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/documentos/md/ef/ciencias/20
10-08/md-ef-ci-20.pdf
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.aspx?ID_OBJETO=4270
6&tipo=ob&cp=996633&cb=&n1=&n2=Roteiros%20de%20Atividades&n3
=Fundamental%20%206%C2%BA%20ao%209%C2%BA&n4=Ci%C3%AAncias&b=s.
38.1. Reconhecer energia
armazenada em sistemas
(energia potencial
gravitacional, energia
potencial elástica, energia
potencial química).
I/A/C
Implicações
éticas e
ambientais.
I/A/C
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