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XII ERIC – (ISSN 1808-6004)
Eixo Temático – Administração e Análise Financeira – sala nº 39 (ARTIGO)
XII ERIC – (ISSN 1808-6004)
ANÁLISE DA FUNÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA DE UMA EMPRESA DE
COMÉRCIO DE BICICLETAS NA CIDADE DE MANDAGUARI - PR UMA
PROPOSTA DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Eliseu Conceição Oracio (FAFIMAN) – [email protected]
Lucas Stadler Silva (FAFIMAN) – [email protected]
Gustavo Caixeta de Melo (FAFIMAN) – [email protected]
Prof.ª Katia Tóffolo (FAFIMAN) – [email protected]
1. INTRODUÇÃO
A Administração Financeira e Orçamentária envolve a alocação, captação e
investimentos de recursos que podem resultar em um desempenho superior a longo
prazo. Com esse estudo, vamos poder trazer como são aplicados os métodos nessa
organização.
Segundo Gitman (1997), Finanças podem ser definidas como "a arte e a ciência de
administrar fundos. Praticamente, todos os indivíduos e organizações obtêm receitas
ou levantam fundos, gastam ou investem. Finança ocupa-se do processo,
instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre
pessoas, empresas e governos". Sendo assim, a análise das finanças fornece
informações que auxiliam o profissional responsável a tomar as decisões de
investimento no momento mais apropriado.
A atividade Financeira e Orçamentária, é o gerenciamento organizado de
informações, para manter uma atividade ou serviço que atenda a alguma
necessidade humana, tendo como meta o lucro.
Para Hoji et al. (1997), uma gestão financeira eficaz, é imprescindível o
conhecimento dos ciclos operacionais e de caixa da empresa, assim como de interrelacionamento entre eles. É muito importante, também, o domínio de conceitos de
matemática financeira, pois esses conhecimentos são imprescindíveis para
profissionais que gerenciam o capital de giro.
Sendo assim, neste trabalho vamos demonstrar como a análise dos resultados
financeiros e o planejamento das ações necessárias são de grande importância para
a empresa se manter no mercado atual, e com base nos dados obtidos propor a
empresa uma viabilidade de projeto.
A escolha do tema tem como finalidade para a empresa, atribuir nosso projeto, pelo
fato de a Bicicleta ser um meio de transporte viável para todas as idades, saudável e
econômico, além de que não polui o meio ambiente. Sendo assim, a intenção é
contribuir com essa organização através desse estudo.
As atividades financeiras da empresa são as operacionais, financiamentos e
investimentos. A Administração Financeira visa obter o lucro para as empresas, por
essa razão atualmente os empresários buscam investir em recursos para que
tenham um retorno satisfatório.
Independentemente de sua área de atuação, a pessoa que está no mercado de
trabalho e tem o conhecimento em Administração Financeira, tem facilidade para
entender melhor o que envolve o departamento Financeiro de uma organização.
Para que as informações sobre o saldo de caixa, valor do estoque das mercadorias,
valor das contas a pagar e a receber, valor das despesas fixas sejam corretas, e
para saber se a empresa está tendo lucro ou prejuízo, saber o valor patrimonial da
empresa, administrar o capital de giro, entre outras coisas, o conhecimento na
Administração Financeira é fundamental. O administrador que controla, analisa,
planeja e toma decisões de maneira correta, com certeza terá um bom resultado e
um bom desempenho de sua organização, podendo até fazer com que a mesma
seja mais competitiva no mercado.
Tendo em vista o aprendizado com esse estudo e que a Administração Financeira e
Orçamentária poderá definir o sucesso e a vantagem competitiva de uma
organização em relação às demais no mercado, tornando a mais eficiente e estável
e tendo sua sobrevivência mesmo em tempos de mudanças é que escolhemos esse
tema.
Como a área / função financeira e orçamentária de uma empresa do setor de
bicicletas da cidade de Mandaguari-PR, encontra-se estruturada, bem como o seu
funcionamento?
Tem como Objetivo Geral, analisar a área / função financeira e orçamentária
de uma empresa do setor de bicicletas da cidade de Mandaguari-PR, afim de
apresentar proposta de viabilidade de projetos.
Os Objetivos Específicos são:
a) Destacar o papel e a importância das finanças para a empresa;
b) Identificar a existência da área / setor voltado aos recursos financeiros, bem como
seu funcionamento; (política das empresas quanto aos recursos);
c) Verificar qual o perfil dos profissionais que atuam com os recursos $ e apresentar
suas atividades; (verificar o cargo e como e feito às atividades financeiras, sexo
idade, escolaridade e quanto tempo está na função);
d) Levantar as necessidades de melhorias na empresa, buscando apresentar
possíveis alternativas.
1. METODOLOGIA
Segundo Prodanov (2013). A metodologia consiste em estudar, compreender e
avaliar os vários métodos disponíveis para a realização de uma pesquisa
acadêmica.
A
aplicação
dos
métodos
possibilita
a
descrição,
coleta
e
processamento de informações, visando resolver os problemas ou questões
investigadas.
Para o autor do ponto de vista dos procedimentos técnicos a pesquisa bibliográfica é
elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros,
revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins,
monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de
colocar o pesquisador em contato direto com o material já escrito sobre o assunto da
pesquisa (PRONADOV, 2013)
A pesquisa de campo procede à observação de fatos e
fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de
dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e
interpretação desses dados, com base numa fundamentação
teórica consistente, objetivando compreender e explicar o
problema pesquisado (FUZZI, 2010)
O estudo de caso também faz parte do procedimento técnico da metodologia.
OLIVEIRA, defini o estudo de caso sendo como um método qualitativo que consiste,
geralme/nte, em uma forma de aprofundar uma unidade individual. Ele serve para
responder questionamentos que o pesquisador não tem muito controle sobre o
fenômeno estudado. O estudo de caso contribui para compreendermos melhor os
fenômenos individuais, os processos organizacionais e políticos da sociedade.
Com a aplicação dos métodos além possibilitar a descrição, coleta e processamento
de informações, com o objetivo de resolver as questões investigadas, também sofre
a intervenções da realidade podendo ser alterada à medida que surgem novos
problemas que a princípio não foram pensados.
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA
A globalização permitiu que as organizações pudessem aproveitar recursos
materiais e humanos mais competitivos existentes em outros países e dessa forma
reduzir custos e despesas. A utilização de tecnologias da informação também tem
ajudado as organizações a otimizarem seus processos permitindo assim a melhor
empregabilidade de seus recursos com isso o mercado tronou-se muito mais
competitivo, ao ponto que este processo possibilita que as organizações em geral
sejam mais eficientes e com isso tenham chances parecidas a partir daqui a
administração financeira e orçamentária em cada organização passa a ser um
importante fator competitivo. O administrador que conseguir controlar, analisar,
planejar e decidir de maneira mais assertiva fará com que sua organização seja
mais competitiva no mercado este precisará garantir que todo o processo realizado
dentro de sua empresa seja o mais eficiente possível, sem falhas e sem perdas,
precisará ter domínio de mercado para analisar as melhoras propostas de crédito
bem como as melhores formas de investimento além de acompanhar os resultados
financeiros, implantando em tempo hábil as ações corretivas e propondo sempre
ações de melhoria em relação ao planejamento, precisará ser assertivo em suas
previsões, considerando fatores como a situação do mercado, a situação atual e o
histórico da empresa, bem como analisar os riscos envolvidos em cada decisão com
uma administração financeira e orçamentária eficiente, a empresa terá informações
históricas e atuais sobre suas finanças e com isso, diante de uma mudança
repentina, o administrador poderá tomar decisões rápidas e seguras, mantendo
assim a organização estabilizada mesmo em momentos de crise está estabilidade
traz confiança aos acionistas e atrai novos investidores, bem como facilita a tomada
de crédito o que possibilita novos investimentos garantindo assim o crescimento da
empresa.
O
objetivo
primário
da administração
financeira
e
orçamentária é
a
maximização do lucro, ou seja, o valor de mercado do capital investido. Não importa
o tipo de empresa, pois em qualquer delas, as boas decisões financeiras tendem a
aumentar o valor de mercado da organização em si. Devido a esse aspecto, a
administração financeira deve se dedicar a avaliar e tomar decisões financeiras que
impulsionem a criação de valor para a companhia. Pode-se dizer que administração
financeira e orçamentária possui alguns objetivos e alguns deles são:
- Maximização do valor de mercado.
- Elaborar Orçamentos operacionais e financeiros de uma empresa.
- Aplicar técnicas de Orçamento de capital e de planejamento financeiro.
- Conhecer fontes de financiamentos.
As áreas mais importantes da administração financeira podem ser resumidas
ao se analisar as oportunidades profissionais desse setor. Essas oportunidades em
geral caem em três categorias interdependentes:
o operacional, os serviços
financeiros e a administração financeira.
Operacional: As atividades operacionais de uma organização existem de
acordo com os setores da empresa. Ela visa proporcionar por meio de operações
viáveis um retorno ensejado pelos acionistas. A atividade operacional também
reflete no que acontece na demonstração de resultados, uma vez que é parte
integrante da maioria dos processos empresariais e caso não demonstra retorno
pode sofrer certo enxugamento.
Serviços Financeiros: Essa é área de finanças voltada à concepção e
prestação de assessoria, como também, na entrega de produtos financeiros a
indivíduos, empresas e governos. Envolve oportunidades em bancos (instituições
financeiras), investimentos, bem imóveis e seguros. É importante ressaltar que, é
necessário o conhecimento de economia para se entender o ambiente financeiro e
assim poder prestar um serviço de qualidade.
Gestão financeira: Trata-se das obrigações do administrador financeiro nas
empresas, ou seja, as finanças corporativas. Questões como, concessão de crédito,
avaliações de investimentos, obtenção de recursos e operações financeiras, fazem
parte dessas obrigações. Reflete principalmente as decisões tomadas diante das
atividades operacionais e de investimentos. Alguns consideram a função financeira
(corporativa) e a contábil como sendo virtualmente a mesma.
A boa administração financeira e orçamentaria propõe que para todo
investimento deve preceder uma análise de viabilidade econômica- financeira, com o
intuito de avaliar as possíveis alternativas ao custo capital, é extremamente
importante que o administrador financeiro procure estudar os custos do ciclo
operacional e do capital de giro, uma vez que suas alternativas são inúmeras. Em
geral a administração financeira e orçamentária é uma ferramenta utilizada para
controlar de forma mais eficaz a concessão de créditos, o planejamento e a análise
de investimentos, a viabilidades financeiras e econômicas das operações e o
equilíbrio do fluxo de caixa da companhia, visando sempre o desenvolvimento por
meio dos melhores caminhos para a boa condução financeira da empresa, além de
evitar os gastos desnecessários e o desperdício de recursos (financeiro e materiais).
Sua finalidade é o alcance do lucro empresaria, através de um controle eficaz da sua
entrada e saída de recursos financeiros.
Os administradores financeiros têm como função coordenar atividades e avaliar as
condições financeiras de todos os tipos de empresas, financeiras ou não financeiras,
privadas ou públicas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos.
Desempenhando várias tarefas, tais como: previsões financeiras, administração do
caixa, administração do crédito, análise de investimentos, captação de fundos e
orçamentos. Para Berti (2010), os orçamentos são as partes principais da maioria
dos sistemas de controle gerencial, e que administrados de forma inteligente, os
orçamentos impelem ao planejamento, incluindo a implementação de planos e
fornecendo critérios de desempenho.
Para Gitman (1997), as atividades do administrador financeiro podem ser
relacionadas às demonstrações financeiras básicas da empresa. Suas atividades
primárias fundamentais são: Realizar análise e planejamento financeiro. Ou seja,
transformar os dados financeiros, de forma que possam ser utilizados para monitorar
a situação financeira da empresa; avaliar a necessidade de se aumentar ou reduzir a
capacidade produtiva e determinar aumentos ou reduções dos financiamentos
requeridos. Além das funções básicas de um administrador, de planejar e controlar
as atividades da empresa, agora o administrador financeiro precisa também prever e
tomar decisões.
O administrador financeiro através da análise dos demonstrativos contábeis e dos
fatores macro e microeconômicos, desenvolve dados adicionais e toma decisões,
assumindo os riscos e utilizando os recursos disponíveis. Para Gropelli e Nikbakht
(1998), os administradores financeiros contam com os contadores para prepararem
os demonstrativos financeiros que fornecem informações sobre a lucratividade
demonstrativa de resultado do exercício e sobre a posição financeira da empresa
balanço patrimonial.
A atividade de tomada de decisões em investimentos é uma atividade que, diz
respeito ao lado esquerdo do balanço. Determinam a combinação e os tipos de
ativos constantes do balanço patrimonial da empresa. Tais decisões são importantes
porque afetam o sucesso da empresa na consecução de seus objetivos.
A atividade de tomada de decisões em financiamentos é uma atividade que, diz
respeito ao lado direito patrimonial e envolve dois aspectos principais. Primeiro,
estabelecer qual melhor opção de financiamento, curto ou longo prazo. Um segundo
aspecto também muito importante, é que fontes individuais de financiamento, fazer
uma análise de quais são as melhores a curto ou em longo prazo, no período em
estudo.
3. RESULTADOS DO ESTUDO
A Ideal Bicicletas é uma empresa que atua no ramo desde 1946 no varejo
abrangendo vendas de bicicletas e concertos em geral. A partir de 1991 entrou
também no atacado onde monta bicicletas de todos os modelos e cores para todas
faixas etárias, atuando no Paraná e Santa Catarina.
A empresa em questão possui como o seu principal ramo de atividade bicicletas e
peças e acessórios para as mesmas.
Atualmente a empresa está localizada em Mandaguari - PR na Rua: Engenheiro
Alceu César, Centro - n°420, no presente momento a natureza da empresa é
microempresa optante pelo simples nacional, sendo sua razão social EVANIR
STADLER & CIA LTDA., e nome fantasia IDEAL BICICLETAS.
A mesma foi constituída no dia 20/01/1950 pelo Srº Jacob Evaldo Stadler, pai do
atual proprietário, filho Evanir Stadler que entrou em 1991 participando na sociedade
incrementando assim mais a empresa. Sendo a segunda mais antiga do Paraná.
Quando a empresa começou as atividades eram dois funcionários, possuindo
apenas um pequeno volume de serviço, tendo como estrutura, apenas um prédio de
Aluguel, algumas ferramentas, peças e bicicletas. No transcorrer dos anos, a
empresa ampliou seu leque de negócios para também motocicletas, atuando nestes
segmentos até 1960. Após esse período, concentrou os negócios somente em
bicicletas e brinquedos e hoje além de bicicletas e brinquedos, também comercializa
bicicletas elétricas possuindo também em sua frota, camionete e caminhão para
entrega das vendas realizadas no atacado para o Paraná e Santa Catarina.
Atualmente a empresa tem em seu quadro treze funcionários. Possuindo máquinas
de pequeno porte para a montagem de bicicletas. Conta hoje com uma área própria
de 750 m² onde são montadas e embaladas as bicicletas. As atividades com capital
social aproximado de R$ 200.000,00. A empresa está sempre prestando pela
qualidade e tradição nestes mais de 65 anos atuando no mercado, buscando a
melhor prestação de serviço e respeito junto aos seus clientes.
A estrutura organizacional da empresa utilizada é composta por sócios proprietários
e funcionários que buscam em primeiro lugar um relacionamento de parceria.
Figura n° 1 Organograma da Empresa
Fonte: Autores (2016)
Na figura n°1 são apresentados às funções existentes nas empresas.
a) Proprietário: O próprio proprietário quem cuida da área financeira. O cargo é
ocupado por ele, que tem a responsabilidade de cuidar da entrada e saída do
dinheiro e tendo a sua contabilidade realizada por contabilistas profissionais.
b) Gerente Geral: Tem como atividades gerenciar a loja de varejo, setor de
compras e vendas do varejo e atacado.
c) Atendentes: Responsáveis diretas pelas vendas na loja de varejo.
d) Montadores: Responsáveis pela separação de peças de montagem e que
também realizam a montagem propriamente dita das bicicletas.
e) Mecânicos: Responsáveis pelo setor de concertos e mão de obra na oficina
mecânica.
f) Motorista: Realizam as entregas de Varejo, bem como as de atacado.
A função financeira é administrada pelo proprietário, através de análises mensais,
onde é verificada a captação dos recursos.
São analisadas as contas a pagar e receber, chegando a um determinado dividendo.
Uma parte do lucro é destinada ao fluxo de caixa e dependendo do resultado é
retirado um determinado valor para aquisição de bens patrimoniais.
Assim variando de um mês para o outro, a empresa nunca deixa de investir.
O proprietário é quem realiza todas as atividades administrativas, inclusive a
financeira onde são analisadas todas as contas a pagar e a receber. O mesmo
possui Ensino Superior completo em Agronomia e exerce a função Administrativa há
25 anos.
A empresa em uma análise interna, verificou a necessidade de um controle
mais rigoroso das atividades. Constatou também a necessidade de maiores
investimentos, o aumento da carteira, para que com isso a mesma se desenvolva
cada dia mais.
Quadro 1: Necessidades a serem implantadas e suas prioridades de realização
ÁREA
NECESSIDADE
RELEVÂNCIA
A – Implantação de sistema para
organização, controle de estoque e 1ª
cadastro de pessoas físicas (clientes);
Produção
Vendas
Produção
/ B – Contratação de mão de obra
especializada para controle dos
estoques e produção na linha de 2ª
montagem;
C – Aquisição de uma máquina para
montagem de rodas.
3ª
Fonte: Os autores (2016)
A empresa Ideal Bicicletas tem a necessidade de implantar um sistema
informatizado para melhorar a organização e controle de Estoques e Cadastros de
Clientes, tornando mais ágil e precisa a produção, com menores custos e facilitando
na hora do recebimento das contas. Outra necessidade é a aquisição de uma
Máquina de Montagem de Rodas, reduzir 2 ou mais funcionários, tendo assim um
menor custo fixo para a empresa e maior agilidade na montagem das rodas.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no estudo realizado, verifica-se que Através da Administração
Financeira e Orçamentária, onde envolve a alocação, captação e investimentos de
recursos, tais estudos podem contribuir com o crescimento da empresa, resultando
em um desempenho superior a longo prazo.
Também vimos que a área/setor financeiro é administrada pelo proprietário sendo
que o mesmo possui Ensino Superior completo em Agronomia e exerce a função
Administrativa há 25 anos.
É verificada a captação dos recursos, através de análises mensais onde uma parte
do lucro é destinada ao fluxo de caixa e dependendo do resultado é retirado um
determinado valor para aquisição de bens patrimoniais.
Nessa análise, foi verificada a necessidade de um controle mais rigoroso das
atividades. Constatou-se também a necessidade de alguns investimentos na área de
vendas e controle de estoques e produção.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERTI, Anélio, et. Al. Gestão e Análise Orçamentária. Curitiba: Juruá, 2010.
FUZZI, Ludimila P. Metodologia da pesquisa de campo. Disponível em:
<http://profludfuzzimetodologia.blogspot.com.br/2010/03/o-que-e-pesquisa-decampo.html > Acesso em: 27 mar. 2016.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Harbra,
1997.
GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, Ehsan. Administração financeira. São Paulo:
Saraiva, 1998.
HOJI, Masakazu; YOSHITAKE, Mariano. Gestão de tesouraria: controle e análise
de transações financeiras em moeda forte. São Paulo: Atlas, 1997.
OLIVEIRA, Emanuelle Estudo de Caso. Disponível: <
http://www.infoescola.com/sociedade/estudo-de-caso/> acesso em: 27 mar. 2016.
PRODANOV, Cleber C., et. al. Metodologia do trabalho cientifico: Métodos e
Técnicas da Pesquisa e do trabalho acadêmico.2ª ed. Rio Grande do Sul: Feevalee,
2013.
XII ERIC – (ISSN 1808-6004)
ANALISE DA AREA/ FUNÇÃO FINANCEIRA E ORCAMENTARIA EM UMA
EMPRESA DO SETOR DE CALÇADOS DA CIDADE DE MANDAGUARI-PARANA.
UMA PROPOSTA DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Cristiane Lucas Evangelista de Sá – FAFIMAN - [email protected]
Drieli Fernanda de Azevedo Rodrigues – FAFIMAN - [email protected]
Prof.ª ME. Kátia Tóffolo – FAFIMAN - [email protected]
1. INTRODUÇÃO
Atualmente devido ao aumento da tecnologia e o aumento da concorrência, os
clientes estão mais informados e exigentes, fazendo com que as empresas busquem
oferecer produtos e serviços de qualidade para se manter no mercado de trabalho.
Obtendo dessa forma a fidelização do cliente.
Para administrar uma pequena empresa é necessário utilizar da melhor forma os
recursos limitados, maximizando o preço das ações de sua empresa mantendo o
risco em baixo nível, determinando dessa forma quais investimentos lhe trarão
lucros com menores risco.
A administração financeira é uma ferramenta indispensável para controlar a vida das
empresas, tendo como principal objetivo controlar os recursos e analisar a situação
financeira, se apoderando de diversas ferramentas para controlar os resultados
alcançados e do retorno de investimento realizados por sócios ou acionistas.
Segundo Gitman (2003):
Administração Financeira preocupa-se com as tarefas do Administrador
Financeiro na empresa. Os administradores financeiros devem gerir
ativamente os assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa,
financeiras e não financeiras privadas e públicas, grandes e pequenas, com
ou sem fins lucrativos. Eles desempenham as mais diversas tarefas
financeiras, tais como planejamento, concessão de crédito a clientes,
avaliação de projetos de investimento e captação de fundos para financiar
as operações da empresa.
O trabalho presente aborda a importância de um sistema financeira em uma
determinada empresa e sua necessidade. A gestão financeira é de extrema
importância e vantajoso para a empresa, seu papel envolve vários recursos nas
tomadas de decisões do controle correto e vitorioso para cada seguimento.
O crescimento de uma empresa nos leva a utilizar os recursos financeiros, que
auxilia e coordena na utilização dos recursos financeiros.
Administração financeira é imprescindível para a continuidade das empresas, sendo
que os resultados econômicos da organização são reflexos das decisões e ações
que são tomadas. Quando o administrador tem controle eficiente dos recursos
financeiros da empresa garante maior estabilidade das operações da organização
não ocorre falta de controle interno dos profissionais no momento de planejar.
Tendo em vista que área de administração financeira é uma ferramenta fundamental
para que os pequenos empresários possam sobreviver diante de uma economia tão
inconstante, onde a concorrência aumenta a cada dia, se não houver um controle
financeiro dificilmente conseguira se manter no seu mercado atuante.
No Brasil existe um alto índice de empresas que abrem falecia por falta de
orientação na área financeira, muita não sobem elaborar a formação de preços de
seus produtos, e acabam não conseguindo obter lucro para pagar os tributos e
despesas básicos para sua sobrevivência.
Este trabalho tem a finalidade mostrar a importância da administração financeira
para a organização. Se manter no mercado de trabalho, onde o administrador para
manter sua organização sempre competitiva no mercado, deverá ser assertivo ao
controlar, analisar, planejar, garantindo que todo o processo realizado dentro de sua
empresa não ocorra falhas ou perdas sendo mais eficiente possível.
O presente assunto apresentado mostra a grande importância de uma empresa ter a
área financeira, pois ela nos traz vários benefícios com a utilização das ferramentas
da gestão financeira em busca de resultados positivos para a empresa.
A área financeira são processos importantes para uma empresa, sua função de
controlar movimentação de caixa, de contas a receber e a pagar, movimentação
bancaria. Seu principal objetivo é auxiliares administradores financeiros.
O objetivo geral é Analisar a Área/ Função financeira e Orçamentária de uma
empresa do setor de calçados da cidade de Mandaguari PR, a fim de apresentar
proposta de viabilidade de projetos.
Os objetivos específicos são:
a) Destacar o papel e a importância das Finanças para a empresa;
b) Identificar a existência da área/ setor voltado aos recursos Financeiros, bem como
seu funcionamento;
c) Verificar qual o perfil dos profissionais que atuam com os recursos Financeiros e
apresentar suas atividades;
d) Levantar as necessidades de melhorias na empresa, buscando apresentar
possíveis alternativas;
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O setor financeiro é o principal setor de uma empresa, se ele não for bem
administrado a organização não apresentara um crescimento desejado e autosuficiente.
Segundo Portal Administração: “A Administração Financeira e Orçamentária é uma
área que trata dos assuntos relacionados as operações financeiras das
organizações, tais como as operações de fluxo de caixa, transações financeiras,
operações de credito, pagamentos, etc.”
Seu principal objetivo é a maximização de lucro e capital investido, boas decisões
tendem a aumentar o valor do mercado da organização além disso deve se dedicar
e avaliar e tomar decisões financeiras. Esse profissional é o responsável por
administrar negócios financeiros de qualquer tipo de empresa, seja ela pequena ou
grande, público ou privado, com ou sem fins lucrativos.
De acordo com Clovis (2010):
A base da controladoria operacional é o processo de planejamento e
controle orçamentário, também denominado de planejamento e controle
financeiro ou planejamento e controle de resultados. O orçamento é a
ferramenta de controle por excelência de todo o processo operacional da
empresa, pois envolve todos os setores da companhia.
A área de Administração Financeira e Orçamentária é amplo e dinâmico, afeta a vida
de todas as pessoas e as organizações.
Segundo Gitman (2010): “O campo de Finanças está intimamente associado ao da
teoria econômica. ”
Os administradores financeiros, dever e precisam saber ou entender da economia
que está ligado para as consequências variáveis da atividade econômica e das
mudanças política econômica.
Como Gitman (2010) descreve:
As principais atividades do administrador financeiro além do envolvimento
constante com a análise e o planejamento financeiro, as principais
atividades do administrador financeiro, são tomadas decisões de
investimento e de financiamento.
Quadro 1: Funções da Administração Financeira
Fonte: Kuhn (2012, p. 13)
Os profissionais especializados em tesouraria e controladoria dão apoio ao
administrador financeiro. Os responsáveis por essas duas áreas recebem o nome de
tesoureiro e controller. O tesoureiro se responsabiliza pelo planejamento, controle e
movimentação de recursos finanças e o controller se responsabiliza no controle e
análise das operações, planejamento e investimento.
Chenço (2012) menciona que:
Para a maioria dos autores a gestão financeira é definida como um conjunto
de ações e procedimentos administrativos que envolvem planejamento,
análise e controle de todas as atividades financeiras empresariais, para que
se obtenha uma maximização dos resultados econômico-financeiros
próprios de suas atividades operacionais.
Quadro 2: Atividades básicas do administrador financeiro
Fonte:Gitman (2004)
A atividade básica de um gestor financeiro é realizar as atividades de analise
financeiro e planejamento financeiro, obtendo os dados financeiros da organização,
verificar os investimentos as tomadas e decisões de investimento e tomar decisão
de financiamento.
Segundo Hoji (2009, p. 07),
A Administração Financeira de uma empresa é exercida por pessoas ou
grupos de pessoas que podem ter diferentes denominações, como: vicepresidente de finanças, diretor financeiro, controller e gerente financeiro.
O Administrador Financeiro deve ter uma ampla visão dos negócios da empresa e
conhecimentos técnicos para conduzir as atividades operacionais, sempre focando
nos lucros da empresa.
Dentre as principais atividades do Administrador Financeiro e orçamentário estão:
- Análise e Planejamento Financeiro, através dos relatórios financeiros a empresa
participa ativamente das decisões estratégicas, coordenando, monitorando e
avaliando todas as atividades da empresa.
- As decisões de investimentos tratam da destinação dos recursos financeiros para
aplicações em ativos correntes (circulantes) e não correntes (realizáveis em longo
prazo e ativos permanentes), levando em consideração adequada de risco e de
retorno dos capitais investidos, ou seja, analisam as decisões que envolvem custos
e benefícios distribuídos ao longo do tempo.
Devido à grande concorrência, a qualquer momento poderá surgir no mercado um
produto melhor e com menor custo, e melhor forma de enfrentar esses contratempos
é manter-se atualizado e estar pronto para desenvolver novos projetos, pois uma
decisão mal tomada no momento de investir pode comprometer de maneira drástica
o futuro da empresa.
- As decisões de financiamento são de responsabilidade do administrador financeiro,
onde as decisões de financiamento tendem a montar a estrutura financeira
apropriada às operações normais e aos novos projetos a ser introduzidos na
empresa, onde deve ser avaliado qual mercado é mais favorável para financiar o
projeto ou atividade específica para determinada empresa que precisa de recursos.
Uma empresa não se mantém investindo apenas em suas próprias ações.
- Decisões relativas a destinação do lucro, onde o lucro alcançado em cada
exercício social representa a remuneração do investimento dos proprietários da
empresa.
O principal ponto para a decisão de distribuição de lucros, é o conceito de
manutenção do capital para a empresa se manter no mercado, é preciso um volume
de investimento maior do que havia no início.
O administrador financeiro pode exercer algumas funções características ao atuar
em cargos exclusivos, dependendo do tamanho e necessidade da empresa, como:
- Analista Financeiro: é o profissional responsável por verificar as contas a receber e
a pagar, anotando de forma exata a transferência de ativos e encerrando os livros
corretamente, se relacionando com toda a área financeira de uma empresa.
- Gerente de orçamento de capital, tem a função de calcular, recomendar as
propostas de investimentos em ativos, verificando se trará resultados positivos ou
negativos no aspecto financeiro;
- Gerente de Projetos e Financiamentos, conseguem financiamentos para
investimentos em ativos, elaboram projetos que estabelecem como financiar os
ativos desejados, comparando alternativas como comprar à vista ou a prazo, ou
ainda realizar um leasing, dependendo de cada situação;
-Gerente de caixa, responsável por manter e controlar os saldos diários do caixa da
empresa, geralmente cuida das atividades de cobrança e desembolso do caixa e
investimentos em curto prazo;
- Analista ou Gerente de Credito, gerencia as políticas de credito da empresa,
avaliando as solicitações de credito, extensão, monitoramento e cobrança de contas
a receber;
- Gerente de Fundos de Pensão, supervisiona a administração de ativos e passivos
do fundo de pensão dos empregados, economizando e investindo o dinheiro para
atender metas de longo prazo.
O papel do gerente de controladoria (controller) no sucesso da empresa.
O controller é o profissional que planeja, coordena, direciona e controla as atividades
de curto, médio e longo prazo, nas áreas de controladoria, finanças e planejamento.
É o controller quem cuida das áreas administrativas, financeira e contábil, sempre
acompanhando as ações realizadas na empresa, se os objetivos estabelecidos
estão sendo seguidos, e se os resultados esperados estão sendo alcançados.
Segundo Catelli (2001, p. 294-295),
O papel da etapa controle é assegurar, por meio de correção de “rumos”,
que os resultados planejados sejam efetivamente realizados. O produto
obtido consiste em ações corretivas, por meio de um processo de
identificação das transações realizadas, de comparação dos resultados
realizados com os planejados, de identificação das transações realizadas,
de comparação dos resultados realizados com os planejados, de
identificação das causas dos desvios e da decisão quanto as ações a serem
implementadas.
Desta forma, o gerente de controladoria (controller) tem a função de identificar
pontos deficientes que possam trazer riscos para a empresa, obter informações
relevantes que possam ser decisivas para a tomada de decisão.
3. METODOLOGIA
A elaboração deste artigo se fundamentou em pesquisa bibliográfica e pesquisa de
campo na área de administração financeira e em livros técnicos de administração.
Segundo Demo (2000),
A proposta atual da metodologia tem com pressuposto crucial a convicção
de que o aprendizado pela pesquisa e especialização mais própria da
educação escolar e acadêmica e da necessidade de fazer da pesquisa
atitude cotidiana para professor e aluno.
Metodologia
é
um
conjunto
de
procedimentos
utilizados
para
absorver
conhecimentos, além de avaliar e analisar a caraterística de vários métodos
disponível, ainda nos mostra os caminhos ao processo cientifico.
Odelia (2005), “define o estudo de campo:
A pesquisa de social detém-se na observação do contexto no qual é
detectado um fato social (problemas) que o princípio passa a ser examinado
e, posteriormente encaminhando para explicações por meio dos métodos e
técnicas especificas.
Para Vergara (1998): “O estudo de caso é o circunscrito a uma ou poucas unidades,
tendo caráter de profundidade e detalhamento, podendo ou não ser realizado em
campo.”
4. RESULTADOS OBTIDOS NA PESQUISA
A loja Isa Calçados, situada à rua: Alonso Peres Munhoz, lote312H – Parque
Industrial l, Mandaguari – Paraná – Cep 86975-000, fone (44) 3233-1480,
cadastrada no CNPJ 11959325/0001-12, tendo como proprietária Deise Dayane
Vernillo.
Tudo teve início em uma fábrica de botinas de seu próprio irmão, quando devido à
grande procura no varejo e ao volume de estoque existente na fábrica, notou-se a
necessidade de abrir um ponto comercial, para que houvesse maior giro de seus
produtos se está sempre atualizando os modelos que estavam na moda.
A loja é destinada a venda de calçados femininos e masculinos, bolsas, cintos,
carteiras e acessórios. Com a abertura da loja, obteve bastante sucesso e procura
por produtos femininos, sendo necessário à procura de novos fornecedores para
comercialização de novos produtos.
Por durante 5 anos a loja obteve sucesso nesse perfil de clientela. Por ser
uma loja de pequeno porte e sem perspectiva de ampliação da estrutura, o
financeiro não conseguiu atender a demanda, voltando a atender apenas com os
produtos de fabricação próprio, como botas femininas e masculinas e botinas, que
hoje se tornou é o ponto forte da loja.
A loja conta com 3 funcionários, sendo um Gerente/Caixa que acumula suas
atividades, não tendo pessoas especificas para cada área. A Contabilidade é
terceirizada em escritório externo que faz todos os lançamentos de notas, para
cumprir os compromissos de impostos aos governos. Tendo em seu interior 2
vendedores treinados e capacitados para realizar a venda e organização da loja. Por
ser uma loja de pequeno porte a Gerente/Caixa também realiza a administração
geral e financeira da empresa onde emite os pedidos de compras gerencia o
estoque da loja.
A empresa não possui a área Financeira, mas exerce a função sendo
centralizada na pessoa da administração Maria Nelma Rodrigues, não tendo uma
pessoa especializada em finanças e controle financeiro.
Para a captação de recursos a organização realiza a antecipação de
recebimentos, como a troca de cheques pré-datados e boletos, recebendo uma taxa
de desconto em bancos onde já são clientes.
Por se uma loja de pequeno porte a Proprietária destina uma boa parte de
seus lucros para a futura ampliação da Loja Isa Calçados, deixando o restante para
as demais despesas e mantém seu estoque.
A proprietária após realizar a ampliação da loja pretende também atuar no
ramo do vestuário feminino e masculino.
A proprietária Nelma, sexo feminino, idade 43 anos, ensino médio completo, casada,
residente a Rua Santos Dumont Nº 550 Jardim Esplanada – Mandaguari – Paraná.
Atuando há 5 anos no ramo de lojista é quem gerencia a loja, sendo responsável por
toda movimentação do caixa.
As 2 vendedoras são responsáveis pelo atendimento ao cliente, inicia o
processo de venda dos produtos, demonstra os produtos e presta informações do
produto, transmitindo confiabilidade e carisma sempre zelando pelo bom
atendimento ao cliente e mantendo a limpeza e organização do estabelecimento.
A proprietária terceiriza a parte contábil da empresa, tais como livros fiscais, cálculos
de impostos, controle dos encargos salariais, ficando responsável de prestar conta
de todas as informações necessárias para registro contábil (lançamentos das notas
fiscais, controles exigidos pela receita federal).
-Área de vendas
- Aquisição de um computador;
- Aquisição de uma máquina móvel de cartão.
Figura 1: Organograma da Loja Isa Calçados
Fonte: As autoras (2016)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no estudo nota-se que o controle Financeiro é indispensável dentro de
uma empresa seja ela de pequeno ou grande porte. Sendo este trabalho realizado
em uma empresa de pequeno porte, o principal objetivo é mostrar a importância do
controle financeiro para que se manter no mercado sempre competitivo, a
importância de haver um sistema informatizado onde possam ser utilizadas as
planilhas de Excel para melhor controle Financeiro, onde se tem todas as
informações importantes, pode-se saber o momento certo de investir, através de
informações confiáveis e precisas. A importância de se ter um espaço adequado
para melhor organizar os produtos e profissionais qualificados, oferecendo um
melhor atendimento aos clientes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
CATELLI, Armando, Controladoria: Uma abordagem de Gestão Econômica. São
Paulo: Atlas, 2001.
CHENÇO, Edson Carlos. Fundamento em finanças. 1. Ed. ver. Curitiba, PR:
IESDE Brasil, 2012.
DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento cientifico. São Paulo: Atlas, 2000.
FACHIN, Odelia. Fundamentos de metodologia. 5º ed., São Paulo: Saraiva,2005.
GITMAN, Lawrence J. Princípios da Administração Financeira. 10. Ed., Pearson.
Education do Brasil: São Paulo, 2003.
GITMAN, Lawrence J. Princípios da Administração Financeira. 10. Ed., Pearson.
Addilson Wesley: São Paulo, 2004.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 12. Ed., São
Paulo: Pearson, 2010.
HOJI, Masakazu. Administração Financeira Orçamentária. 8 ed. São Paulo: Atlas,
2009.
KUHN, Ivo Ney. Gestão financeira. Ijuí: Ed. Unijuí, 2012. – 126 p. – (Coleção
educação à distância. Série livro-texto).
VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São
Paulo: Atlas, 1998. 2ª edição.
XII ERIC – (ISSN 1808-6004)
ANALISAR A QUALIDADE NO ATENDIMENTO E SATISFAÇÃO DOS CLIENTES
EM RELAÇÃO OS SERVIÇOS PRESTADOS PELOS SUPERMERCADOS
CAMILO NA CIDADE DE MANDAGUARI-PARANÁ
Cristiane Lucas Evangelista de Sá – FAFIMAN - [email protected]
Drieli Fernanda de Azevedo Rodrigues – FAFIMAN - [email protected]
Prof.ª ME. Kátia Tóffolo – FAFIMAN - [email protected]
1. INTRODUÇÃO
Atualmente a maior preocupação das empresas está em oferecer para seus
clientes produtos com qualidade, pois a cada dia que passa ele se torna mais
exigente em relação aos produtos que estão adquirindo. As empresas na busca de
sua sobrevivência não têm poupado esforços para se adaptar as exigências de seus
clientes. Esta preocupação também ocorre no setor de mercado, onde os
funcionários fazem curso de auto-atendimento, abordagem ao cliente, a melhor
maneira de expor seus produtos, sempre visando a satisfação do cliente.
Segundo Neves (2006, p. 75), acredita-se que, na luta pela sobrevivência, as
organizações têm buscado oferecer qualidade em produtos e serviços. Mas, diante
da concorrência que oferece os mesmos produtos, o atendimento ao cliente é o
principal fator de vantagem competitiva entre as organizações.
As empresas estão cada vez mais competitivas, isso faz que haja
necessidade de inovar, saber qual seu público alvo para atender melhor forma
possível, garantindo qualidade no atendimento oferecido e no serviço prestado, se
mantendo competitivo no mercado. No que se refere ao sucesso empresarial, o foco
de estar voltado totalmente ao cliente, onde a sua satisfação é a principal questão
para as organizações que almejam se destacar no mercado.
Hoje em dia, uma das maiores preocupações das empresas que envolve o
atendimento ao cliente é a auto qualidade na hora do atendimento, isso é o
diferencial de uma empresa para resultados positivos, a questão da qualidade hoje é
uma exigência para a sobrevivência no mercado, pois temos muitos exemplos hoje
de empresas que não se dão importância com essa exigência e acabam ouvindo
reclamações, perdendo cliente e vendas e ainda acabam fechando as portas.
As organizações do momento têm que focar na necessidade e a importância
do auto-atendimento com qualidade, hoje o mercado está cheio de concorrentes dos
mesmos produtos e quando falamos em atendimento é uma ferramenta essencial
para a empresa que atenda ao público as necessidades do cliente permaneça
atendendo sempre no mercado. O atendimento é o cartão de visita de uma
organização, e com isso bem-sucedido a fidelização com o cliente. A empresa que
tem que conhecer as necessidades do cliente e suas expectativas na hora do
atendimento, buscar surpreende-lo para que assim garantindo a fidelização do
cliente e gerando também uma imagem positiva ao público e assim acabar trazendo
mais cliente até sua empresa.
Segundo Kotler (2010) “ as empresas estão percebendo que perder um
cliente significa perder mais do que uma venda. Significa perder o valor de todas as
compras que um cliente faria ao longo de uma vida inteira de fidelidade ’’.
Com base neste assunto é um tema de grande importância, o setor de
mercados vem passando por diversas mudanças e buscam a perfeição na prestação
de seus serviços e tentado atrair cada vez mais novos clientes.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com a figura 1 é apresentado o mapeamento teórico do conteúdo
abondado neste capítulo, que envolve a abordagem da qualidade no atendimento
aos clientes e a satisfação dos clientes em relação os serviços prestados.
Figura 1: Mapeamento de conteúdo da fundamentação teórica
Qualidade
zzzzz
Clientes
Atendimento
Qualidade no
Atendimento ao
Cliente
Satisfação
Retenção e
Fidelização
Qualidade para Retenção e Fidelização
dos Clientes
Fonte: As Autoras (2016)
Ao analisar a figura nota-se que a qualidade é o fator principal em relação ao
cliente onde um bom atendimento traz satisfação, no processo de retenção e
fidelização do cliente.
2.1 Qualidade
O tema qualidade tem sido explorado no meio acadêmico, pesquisa de
mercado e seminários de treinamentos. A palavra qualidade possui diversos
significados, tudo depende de como ela é utilizada. O cliente é o principal se
considerando como o ponto de partida para definir a qualidade.
As organizações operam em um ambiente extremamente competitivo e
dinâmico e a qualidade é uma forte vantagem estratégica na conquista de mantem
seus clientes e na conquista de novos clientes.
O termo qualidade pode ser interpretado de várias formas, onde pode
determinar o sucesso ou fracasso de uma organização. Para que uma empresa
obtenha sucesso ela precisa oferecer produtos com qualidade, que atenda as reais
necessidades e expectativas do consumidor, garantindo satisfação e fidelização do
cliente.
Qualidade é um atributo de produtos, de serviços, mas pode se referir a tudo
que é feito pelas pessoas. Quando se fala que alguma coisa foi feita com qualidade;
entretanto não é fácil definir com presteza o que seja essa qualidade. É costume
falar em: Qualidade de conformação (maior ou menor grau em que um produto,
serviço ou atividade é feito com um padrão ou especificações estabelecidas;
ausência de defeitos em relação ao padrão ou à especificação); Qualidade de
projeto (diz respeito às características particulares do projeto de um produto).
(DEMING,1990, p. 26).
O papel da Administração da Qualidade é de garantir a satisfação do cliente
e ao mesmo tempo, garantir também os interesses econômicos da empresa. Para a
obtenção da qualidade é preciso o apoio e participação das pessoas.
A maioria das pessoas concorda que qualidade é aquilo que produz
satisfação, que está relacionado a um preço justo, a um produto que
funciona corretamente e a um serviço prestado de forma a superar as
expectativas de quem dela faz uso. (VERGUEIRO, 2002. p. 52.).
Para que um produto ou serviço tenha qualidade satisfatória é preciso saber
a quem ele se destina e qual a sua expectativa. A qualidade de uma organização,
depende do qual de satisfação dos clientes com relação aos produtos e aos serviços
prestados pela organização.
2.2 Cliente
Cliente é a pessoa que compra produtos das empresas para o consumo
próprio ou distribuição do mesmo. O cliente sem dúvida é a pessoas mais importante
em qualquer tipo de negócio, o cliente não depende de nós e sim nós dependemos
deles.
É comum dizemos que o cliente é rei. Sim é importante que seja, pois ele é o
essencial para a sobrevivência das organizações no mercado. Há vários tipos de
clientes, o qual cada organização necessidade identificar-se nos clientes, em suas
necessidades como consumidor. É ele que recebe os produtos resultantes de um
processo, no intuito de satisfazer a suas necessidades e cabe a ele a aceitação da
sobrevivência de quem os oferecem.
De acordo com Nickels e Wood (1999, p.06):
O cliente é “um indivíduo ou organização que compra ou troca alguma coisa
de valor pelos produtos vendidos”. Cliente é a pessoa que adquire produtos
e serviços, para consumo próprio ou distribuição, tornando-se muito
importante em qualquer tipo de negócio, onde a empresa depende
totalmente, pois sem eles não gera lucros e, consequentemente,
investimentos. Por isso, precisa ser tratado com dedicação e respeito, para
que ele considere o valor dos produtos e serviços adquiridos justo,
encantando-o e receber a divulgação de sua marca.
De acordo com o site Ideias de Marketing (2013). Não há uma fórmula de
como agir com cada cliente, mas podemos mapear algumas ações que
servem como facilitadores nesta gestão. Compartilho alguns tipos de clientes e
como atendê-los:
- Cliente decidido: Sabe o que quer e tem conhecimento do produto/serviço.
Já sondou os concorrentes e muitas vezes está pronto para fechar um acordo.
- Cliente indeciso: Busca informações que subsidiem sua decisão de
compra. Compara diferentes condições oferecidas pela concorrência.
- Cliente confuso: Tem uma vaga noção de seus desejos e necessidades.
Mostra-se indeciso diante de muitas opções.
- Cliente apressado: Dá monstras de agitação e impaciência, consultando
muitas vezes o relógio.
- Cliente sem pressa: É metódico. Raramente compra por impulso e costuma
pensar duas vezes antes de tomar qualquer decisão.
- Cliente comunicativo: Deseja apenas estabelecer um simples contato
social.
- Cliente não-comunicativo: Dificilmente procura estabelecer qualquer tipo de
comunicação verbal.
- Cliente atento: Costuma prestar muita atenção no que o funcionário diz.
Tem o costume de fazer também muitas perguntas.
- Cliente desatento: Costuma chegar acompanhado de crianças impacientes
ou estar preocupado com algum outro problema. Difícil prender sua atenção.
- Cliente que só diz sim: Deseja ser socialmente aceito e frequentemente
está disposto a gastar algum dinheiro com quem o receba bem.
- Cliente “estrela”: Gosta de atrair as atenções para si mesmo. Faz pedidos
absurdos e tentando demonstrar mais conhecimento do que realmente possui.
- Cliente negociador: Deseja sentir que está ganhando alguma vantagem
extra com a compra.
O cliente em uma negociação pode “passear” por vários dos tipos
mencionados, cabe saber interpretar cada momento e agir da melhor forma,
buscando sempre o relacionamento entre as partes.
Com o aumento da concorrência cada vez mais os mercados devem se
aprimorar para obter sucesso, os clientes devem sentir-se encantados com produtos
de qualidade e preços acessíveis, tornando-se clientes defensores.
O cliente diante tantas opções do mercado, ele irá escolher aquela que lhe
chamar mais atenção em seus produtos oferecidos ou seus serviços, começando
sempre por um bom atendimento ao cliente que é a chave para o sucesso, o bom
atendimento é a chave do sucesso.
Conforme Chiavenato (2005):
Clientes são os elementos quem compram ou adquirem os produtos ou
serviços, ou seja, absorvem as saídas e os resultados da organização. Os
clientes podem ser chamados de usuários, consumidores, contribuintes ou,
ainda, patrocinadores.
É necessário e de suma importante a empresa saiba quem são seus clientes
internos e externos, buscar sempre entendê-los e os compreende-los, satisfazer
suas necessidades e comunicar seus valores além de sua missão, manter um
relacionamento positivo para a satisfação entre ambos.
Identificação
dos
clientes
é
muito
importante
para
identificar
as
circunstâncias e entender, analisar problemas e informações, a fim de conquistar
possibilidades.
É necessário que as organizações sabem a tomar e identificar medidas no
atendimento, satisfazer rapidamente as necessidades e solucionar problemas que
podem ocorrer, evitar assumir compromissos que não possa assumir. Estabelecer
feedback, por em pratica formas de supervisionar e valorizar as preocupações,
problemas e grau de satisfação dos clientes e assim prever sua necessidade.
Em uma organização para melhor atender seu cliente, é preciso manter o
espírito de equipe e a mente aberta, reconhecer que os melhores resultados veem e
são alcançados quando trabalhamos juntos em um só objetivo.
Um dos pontos fundamentais é o cliente satisfeito não é somente um cliente
satisfeito para sempre, mas sim um cliente que ajuda a vender a imagem de sua
organização para os próximos.
Um cliente insatisfeito é considerado um cliente perdido e dificilmente
recuperado para volta até você, e com isso a imagem negativa da empresa é um
caminho aberto a outras empresas concorrentes. A qualidade em serviços tem tudo
a ver com a satisfação das expectativas dos clientes.
2.3 Atendimento ao cliente
Segundo Chiavenato (2005, p. 209):
No negócio, o atendimento ao cliente é um dos aspectos mais importante,
sendo que o cliente é o principal objetivo do negócio, [...] que todo negócio
deve ser voltado ao cliente, sendo que só permanecera se o cliente estiver
disposto a continuar comprando o produto/serviço.
As organizações devem estar sempre buscando se aprimorar, oferecendo
aos seus funcionários cursos de capacitação, para melhor atender os clientes que
estão cada vez mais exigentes, pois um cliente satisfeito sempre retorna e divulga o
bom atendimento que lhe foi prestado.
É preciso criar um bom relacionamento com os clientes, ouvir suas
necessidades, conhecer bem os produtos que está oferecendo, na busca de atender
as expectativas do cliente, sendo eficiente e dedicado.
No entanto, é necessário sempre manter uma postura que mostre
disposição e interesse, pois ninguém gosta de relacionar com uma pessoa que
parece estar cansada, desinteressada, mal-humorada ou com baixo-astral, é
importante saber separar os problemas pessoais dos profissionais focando em seu
melhor desempenho.
2.4 Satisfação do cliente
De acordo com Moutella (2003, p.01):
A satisfação se mede através da relação entre o que o cliente recebeu ou
percebeu e o que esperava ter ou ver (percepção x expectativa). Se a
percepção é maior do que a expectativa, o cliente fica muito mais satisfeito
do que esperava. Mas se for menor, frustra-se e não registra positivamente
a experiência.
A satisfação deve ser um processo contínuo para isso os vendedores
precisam estar bem preparados, é sempre importante lembrar que cada pessoa tem
seus gostos, culturas, hábitos diferentes, por isso é muito importante entender o que
o cliente está procurando, deixando-o satisfeito para que sempre volte vindo a ser
um cliente fiel.
Kotler (2001):
Afirma que os clientes que estiverem apenas satisfeitos poderão mudar
quando surgir uma oferta melhor. Aqueles plenamente satisfeitos estarão
menos propensos a mudar e outros altamente satisfeitos criam afinidade
emocional com a marca e/ou organização. Logo, o resultado será a
fidelização do cliente. Ou seja, para chegar a excelência, é necessário
colocar em prática, atitudes que gerem resultados.
A qualidade do serviço e a satisfação do cliente não devem ser analisadas
como algo adquirido em definitivo, ao contrário, é um processo sem fim. Um dos
meios mais eficazes para se medir a qualidade do serviço prestado é colocar-se no
lugar do cliente (DÓCOLAS, 2004).
De acordo com Talaska (2008):
Qualidade em serviços pode ser determinada como o grau em que as
expectativas do cliente são atendidas por sua percepção do serviço
oferecido. Podendo haver diferenças entre as expectativas do cliente e a
qualidade percebida durante a prestação do serviço.
Os clientes são capazes de impulsionar ou derrubar um negócio. Um cliente
pode ser uma organização, uma empresa, um usuário dos produtos/serviços ou um
consumidor final. É quem compra os produtos/serviços oferecidos pela empresa na
ponta final da cadeia de transações. É ele quem determina direta ou indiretamente
se o negócio será bem-sucedido ou não. Por essa razão, o cliente deve ser
encarado como o principal patrimônio da empresa (CHIAVENATO, 2007, p.207).
“A satisfação do cliente começa com o presidente servindo de modelo falando, ouvindo, respondendo, respeitando, criando e vivendo o ambiente e
deixando a porta aberta para todos os funcionários em todos os momentos”
(DESANTNICK, 1995).
Segundo Aaker et al (2001, p. 700):
Acredita-se que 96% dos clientes insatisfeitos jamais fazem qualquer
reclamação; 60% a 90% desses consumidores “silenciosamente”
insatisfeitos não voltarão a ser seus clientes outra vez; 90% daqueles que
fazem reclamações também não serão mais seus clientes. Portanto é
fundamental que toda empresa tenha um programa de satisfação de
clientes.
As organizações devem estar sempre atentas aos seus clientes, na busca
de mantê-los satisfeitos ou encantados, pois são eles quem determinará seu
sucesso ou fracasso.
2.5 Retenção e fidelização do cliente
Ao atingir a satisfação do cliente a empresa consegue retê-lo, pois é muito
mais caro atrair um novo cliente, dessa forma as empresas estão sempre
procurando manter, reter e fidelizar os clientes.
De acordo com Kotler (2000):
Existe também os cinco níveis de investimentos para reter os clientes 1.
Marketing básico – simplesmente vende o produto; 2. Marketing reativo –
vende o produto e encoraja o cliente a ligar, para falar bem ou mal do
produto adquirido; 3. Marketing responsável – quando se telefona para o
cliente, após a venda para verificar a expectativa; 4. Marketing pró-ativo –
entra em contato com os clientes de tempos em tempos; 5. Marketing de
parceria – trabalha em conjunto com o cliente.
Para Brown (2001, p.53):
A fidelidade do cliente é o resultado real de uma organização criando
benefícios para um cliente, para que ele mantenha ou aumente suas
compras junto à organização. A fidelidade do cliente é criada, quando ele se
torna um defensor da organização, sem incentivo para tal.
A fidelidade se conquista a longo onde o cliente deve estar satisfeito com o
atendimento, produtos e serviços que lhe é oferecido.
Um cliente fiel pensará duas vezes antes de comprar na concorrência.
As empresas devem oferecer para o cliente aquilo que ele realmente
procura, e não o que estão preparados para oferecer.
Se manter sempre atento nas atividades de seus concorrentes.
A base principal para manter a fidelização do cliente é sempre oferecer
produtos e serviços de qualidade.
Segundo Kotler (2003, p.73):
“À fidelidade à marca se reflete aproximadamente na taxa de retenção dos
clientes. [...]. Contudo, taxas de retenção elevadas podem significar
outras coisas além da fidelidade à marca. Alguns clientes não vão embora
por inércia ou indiferença e, não raro, por serem reféns de contratos de
longo prazo.
Um cliente satisfeito com seus produtos e serviços sempre recomendarão
sua empresa para outras pessoas.
O processo de encantar o cliente passa pelo estabelecimento de laços de
amizade que podem fidelizar clientes por meio de diversas atividades, tais como:
chamar o cliente pelo nome, facilidade de pagamento, crediário e cobrança, rapidez
de entrega, opções de escolha, entre outras vantagens, com o propósito final de
exceder as expectativas (ANSELMO, 2010).
A fidelização tem como objetivo reter os clientes, tornando-os fieis aos seus
produtos, marca ou serviços, evitando que eles migrem para a concorrência. Para
isso é preciso conhecer bem os clientes, seus desejos e necessidades, estabelecer
um elo de confiança, mantê-lo encantado.
2.6 Qualidade no atendimento ao cliente
A busca pelo atendimento com qualidade não é mais um diferencial, e sim
uma necessidade de sobrevivência do mercado, onde o atendimento causa grande
impacto no sucesso de uma empresa.
Muitas empresas oferecem produtos de altíssima qualidade, mas se
esquecem o essencial, o atendimento muitas vezes não atende as expectativas do
cliente, devido ao mau atendimento, falta de interesse e atitudes negativas.
Sabe-se que o cliente é a peça principal de uma organização onde o
atendimento com qualidade é um fator essencial.
Na visão de Stefano (2008):
Medir a qualidade em serviços, a partir da percepção dos clientes com os
serviços que eles recebem, origina informações formidáveis para as
empresas, manifestadas em benefícios. Uma vez que uma percepção mais
positiva dos clientes à empresa provedora de serviços; a disponibilização de
informações precisas e modernas das obrigações dos clientes; o acréscimo
da confiança ampliada nas transações cliente-provedor do serviço em uma
proximidade entre as partes; o estabelecimento das relações de fidelidade;
e, uma satisfação cumulativa com a qualidade dos serviços recebidos, por
parte dos clientes, podem ser indicadores seguros e fundamentais do
desempenho atual e futuro de uma empresa.
Alguns fatores analisados por Fitzsimmons e Fitzsimmons (2005) mostram
que a avaliação da qualidade aparece ao longo do processo da prestação do
serviço, cada contato com o cliente é mencionado como sendo um momento de
verdade, uma ocasião de agradar este ou não. A satisfação do cliente com a
qualidade do serviço pode ser determinada pela comparação da percepção do
serviço oferecido com as expectativas do serviço almejado.
Para um bom atendimento deve-se evitar a demora, tanto no atendimento
pessoal, como no caso de telefone, sendo que neste último meio de comunicação da
empresa com o seu consumidor é precioso evitar deixá-lo na linha de espera. Isto
porque o telefone é um excelente instrumento de comunicação com os clientes, mas
deve ser utilizado de forma adequada, pois um atendimento ruim pode fazer com
que o cliente passe para a concorrência (GODRI, 1994).
É importante lembrar que todas as empresas precisam oferecer um
atendimento de qualidade, com o objetivo de satisfazer seus clientes e permanecer
ativa no mercado, pois a qualidade no atendimento é a principal fonte de satisfação
do cliente e, cabe a organização trabalhar para que esta satisfação seja alcançada.
Para Las Casas (1997):
Quando uma empresa oferece o melhor atendimento para os seus clientes,
ela quer que seu atendimento seja eficiente e seja excelente aos olhos dos
clientes. Como o cliente passou a ter mais acesso ao consumo ele se
tornou mais exigente e busca mais atenção por parte das empresas.
Atendimento com qualidade é aquele que traz satisfação para o cliente,
fazendo com que se mantenha sempre fiel.
Para atender bem o cliente é necessário conhecer suas preferências, estar
sempre pronto para ouvir o que ele tem a dizer, oferecer tratamento personalizado,
buscar soluções para os problemas que possam surgir e mantê-lo satisfeito.
2.7 O papel da qualidade para o sucesso no processo de retenção,
fidelização e satisfação do cliente;
Nos dias atuais as empresas têm que se adequar as necessidades de seus
clientes, pois só assim conseguirá retê-los.
Em um mercado de grande concorrência sai na frente quem oferece
atendimento, produtos e serviços de qualidade, sempre visando à satisfação do
cliente, pois clientes satisfeitos são fiéis.
Conforme Gianesi e Corrêa (1994):
A qualidade em serviços pode ser definida como o grau em que as
expectativas do consumidor são atendidas/excedidas por sua percepção do
serviço prestado. Pode haver diferenças entre as expectativas do cliente e a
qualidade percebida durante a prestação do serviço.
Outro importante fator que pode potencializar a qualidade no atendimento ao
cliente é a motivação dos funcionários da empresa.
Ao contrário do que muita gente pensa, a motivação é intrínseca, ou seja,
ela vem de dentro para fora. O paradigma de dizer que a empresa tem que
motivar foi quebrado e faz muito tempo. Apesar de sabermos que o meio
pode interferir diretamente na motivação, jamais haverá satisfação sem
aguardar atitudes de uma organização em motivar, sempre terá algo a
necessitar, pois é da natureza do ser humano a busca contínua por
necessidades (MONGE, 2012, p. 58).
Um funcionário satisfeito e motivado representa muito para a empresa, pois
realiza o trabalho com qualidade e satisfação, sempre com o objetivo de alcançar as
metas.
3. METODOLOGIA
Tendo como objetivo principal descrever a importância do planejamento
financeiro para a sobrevivência das empresas, mostrar que a maior dificuldade
encontrada pelos donos de empresas no processo decisório é a falta de informação,
pois muitos não utilizam os dados financeiros por acharem muitos complexos.
A elaboração deste artigo se fundamentou em pesquisa bibliográfica e
pesquisa de campo na área de administração financeira e em livros técnico de
administração.
Odelia (2005), “define o estudo de campo:
A pesquisa de social detém-se na observação do contexto no qual é
detectado um fato social (problemas) que o princípio passa a ser examinado
e, posteriormente encaminhando para explicações por meio dos métodos e
técnicas especificas.
Segundo Demo (2000),
A proposta atual da metodologia tem com pressuposto crucial a convicção
de que o aprendizado pela pesquisa e especialização mais própria da
educação escolar e acadêmica e da necessidade de fazer da pesquisa
atitude cotidiana para professor e aluno.
Metodologia é um conjunto de procedimentos utilizados para absorver
conhecimentos, além de avaliar e analisar a caraterística de vários métodos
disponível, ainda nos mostra os caminhos ao processo cientifico.
Para o desenvolvimento do trabalho foi utilizado material bibliográfico, com o
propósito de analisar sobre a qualidade no atendimento e satisfação dos clientes,
onde será aplicado um questionário composto por questões objetivas que serão
aplicadas a clientes e funcionários do supermercado. Onde serão analisadas todas a
fontes bibliográficas levantadas sobre o assunto e agrupadas a resposta do
questionário para fins de análise e conclusão.
4. RESULTADOS PARCIAIS DA PESQUISA
O presente trabalho buscou mostrar a importância da qualidade no
atendimento e satisfação do cliente, em um supermercado. Para desenvolver o
trabalho foram estipulados alguns objetivos específicos, como: a importância da
qualidade no atendimento ao cliente, retenção e fidelização do cliente, nível de
satisfação dos clientes.
Durante a elaboração deste trabalho, os autores nos mostram que a
busca pela qualidade e o bom atendimento está se intensificando cada vez mais,
onde a qualidade de um serviço é fator essencial para que a empresa alcance o
sucesso.
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XII ERIC – (ISSN 1808-6004)
ANÁLISE DA ÁREA / FUNÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA EM UMA
EMPRESA DO SETOR DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL DA CIDADE DE
MANDAGUARI – PR, UMA PROPOSTA DE VIABILIDADE DE PROJETOS
Débora da Silva Cruz (FAFIMAN) [email protected]
Karen Larissa da Silva (FAFIMAN) [email protected]
Kátia Tóffolo Simino (FAFIMAN) [email protected]
1. INTRODUÇÃO
Uma Organização tem como objetivo maximizar lucros e executar decisões que
maximizam o valor da empresa no mercado, ou seja, que aumente a riqueza dos
seus acionistas, por isso a importância da Administração Financeira.
A Administração Financeira lida com as obrigações do administrador financeiro
na empresa. É uma ferramenta utilizada para controlar de forma mais eficaz a
concessão de crédito, a análise de investimentos e viabilidade financeira, visando
sempre o desenvolvimento e a melhor gestão financeira da empresa.
O objetivo da empresa é tomar e executar decisões que
tenham impacto relevante sobre a maximização do preço das
ações da empresa no mercado. (MATHUR, 1979, p. 5).
Finanças é uma área que trata dos assuntos relacionados às operações
financeiras das empresas, entre elas está o fluxo de caixa, transações, operações
de crédito, entre outras. Nem sempre em uma organização será encontrada a área
anexa a função financeira e orçamentária, isto porque geralmente nas pequenas
empresas existe a função financeira desempenhada pelo departamento de
contabilidade que na maioria das vezes é terceirizado, mas à medida que a empresa
cresce, podemos encontrar a função em um departamento separado e ligado
diretamente ao presidente, e com supervisão do diretor ou administrador financeiro.
Atualmente as empresas tem se preocupado muito com sua atuação e
também com os seus valores alcançados. Com isso, é de total importância ter um
departamento para cuidar da parte financeira da empresa, para fazer seus
planejamentos, análises e controles relacionados as atividades financeiras.
Segundo Mathur (1979, p. 4) Qualquer Organização tem seus objetivos,
sendo elas com ou sem fins lucrativos, formais ou informais. Uma grande questão a
ser identificada em relação as finanças, são quais espécies de objetivos as
empresas devem seguir. Uma típica resposta é “maximizar lucros”, que embora se
apresente como o motivo mais óbvio, é apenas um dos motivos que medem o
desempenho da Organização. A administração Financeira e Orçamentária, tem
como objetivo gerenciar e analisar as questões financeiras, visando sempre na
maximização dos lucros da empresa e em aumentar o Patrimônio, através do Capital
investido, sendo assim, a Administração Financeira é essencial para a Organização.
O propósito também deste projeto é acrescentar conhecimento teórico e prático
da área em nossas vidas enquanto acadêmicos e profissionais. Além disso,
proporcionar através das análises e pesquisas realizadas, propostas de melhorias
para a empresa em questão.
As decisões tomadas em relação a área de Administração Financeira, tendem
a aumentar não somente o lucro como também a riqueza da Organização em si,
porém é preciso ser considerado que o objetivo de maximizar lucro deve ser visto
em conjunto com as decisões que poderão gerar riscos a organização. Para isso
busca-se: destacar o papel e a importância das Finanças para a empresa; identificar
a existência da área/setor voltados aos recursos financeiros, bem como seu
funcionamento; verificar qual o perfil dos profissionais que atuam com os recursos
financeiros e apresentar suas atividades; levantar as necessidades de melhorias na
empresa, buscando apresentar possíveis alternativas.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Administração Financeira e Orçamentária é considerada como a arte e a
ciência da gestão do dinheiro, é uma área que trata dos assuntos financeiros
relacionados às operações financeiras de uma organização. A área de Finanças é
extremamente importante para as organizações.
Segundo Gitman (2011, p.4), “a área de Finanças é ampla e dinâmica. Afeta
diretamente a vida de todas as pessoas e organizações.
A finalidade principal da Administração Financeira é a obtenção de lucro, ou
seja, serve para manusear da melhor forma possível os recursos financeiros a fim de
se ter uma posição competitiva no mercado. Sua função depende do tamanho da
empresa, em empresas maiores há um departamento especifico para a
Administração Financeira, uma área própria para essa tarefa, já em empresas
menores a Administração Financeira pode ser gerida pelo próprio departamento de
contabilidade da empresa. Já o processo orçamentário é fundamental para o
controle das finanças da empresa, auxilia os gestores no processo de tomada de
decisões e serve como uma ferramenta dinâmica para medir o desempenho da
empresa.
Segundo Braga (1989), o planejamento financeiro de uma empresa
compreende a programação dos planos financeiros e sua integração e coordenação
com os demais planos organizacionais.
As atividades mais importantes relacionadas a área financeira são: o
operacional, os investimentos e os financiamentos.
Podemos perceber que a Administração Financeira possui
algumas funções que auxiliam as empresas, no planejamento
da empresa para que seja suficiente para a sua sobrevivência
no ramo o qual esta inserida na sociedade. Logo, as
organizações possuem como funções financeiras: os
planejamentos, controles, orçamentos, previsões, fluxo de
caixa, investimentos, financiamentos, crédito, cobrança,
câmbio, operações bancárias e gerenciamento de risco.
Exercendo todas estas atividades o administrador financeiro,
procura se envolver com os mais diversos tipos de decisões
financeiras dentro da organização. (LEMES, 2002,p. 5).
Figura 1: Organograma Simplificado da Área Financeira
Fonte: PORTAL ADMINISTRAÇÃO (2016)
O termo Finanças pode ser considerado como uma ciência que cuida da
gestão dos ativos financeiros, tornando se assim um campo de estudo de mercados
financeiros, instituições financeiras, de sistemas financeiros dentro de algumas
empresas, e até mesmo no mercado internacional.
O Mercado Financeiro é voltado para transferência de recursos entre os
agentes econômicos, é o setor da economia responsável pela captação de recursos
entre investidores para financiar atividades ou gerar lucros para quem empresta
dinheiro. É divido em: Mercado de Crédito, Mercado de Câmbio, Mercado Monetário
e Mercado de Capitais. Mercados financeiros geram um fórum no qual fornecedores
e tomadores de recursos podem fazer negócios diretamente.
A Administração Financeira também está ligada a outras áreas, assim como a
Economia e a Contabilidade, e se vale dos conceitos da macroeconomia e da
microeconomia.
A macroeconomia estuda os agregados, como o consumo, o emprego, a
moeda, o nível de preços, a produção ou renda e o comercio internacional. Já a
microeconomia estuda os consumidores (seus comportamentos), e também estuda
os aspectos relacionados ao funcionamento da empresa, que são extraídos vários
conceitos da teoria da microeconômica que são envolvidos nas estratégias de
maximização do lucro, relações de oferta e demanda.
A Contabilidade dentro da Administração Financeira permite apoiar todas as
decisões de planejamento e controle de uma empresa, o que permite uma maior
competitividade. Quanto mais os administradores souberem sobre contabilidade,
estarão cada vez mais capacitados para tomar decisões de planejamento e controle
dentro de uma empresa.
Segundo Chiavenato (2011), o Administrador Financeiro é muito mais que um
supervisor de atividades de negócio, tomando como base as oportunidades e as
ameaças que possam surgir em torno do negócio.
O Tesoureiro e o Controller são subordinados ao Diretor financeiro. O
Tesoureiro é considerado como o maior administrador financeiro, é responsável pela
gestão de atividades financeiras como por exemplo: Planejamento Financeiro,
Captação de Fundos, entre outros. Já o Controller, é considerado como contador
chefe, é responsável pelas atividades Contábeis, gestão de assuntos Contábeis,
Contabilidade Financeira e Contabilidade de Custos. (SILVA, 2008).
O Administrador Financeiro e de Orçamento gerencia as questões financeiras
de diversos tipos de negócios, financeiros e não-financeiros, privados e públicos,
pequenos e grandes, com ou sem fim lucrativo. Suas atribuições na empresa são
variadas, como análise e planejamento financeiro, as tomadas de decisões de
investimento e financiamento, administração da estrutura dos ativos da empresa e
administração da estrutura financeira da empresa, funções essas desempenhadas
com o objetivo de maximizar o Patrimônio Líquido da empresa, ou seja, maximizar a
riqueza de seus acionistas, e o seu valor de mercado.
Além do envolvimento constante com a análise e o
planejamento financeiro, as principais atividades dos
administradores financeiros são tomar decisões de
investimento e financiamento. As decisões de investimento
determinam a combinação e os tipos dos ativos que a
empresa detém. As de financiamento determinam a
combinação e os tipos de financiamento por ela usados.
(GITMAN, 2010, p. 11).
Os
administradores
financeiros
precisam
estar
atentos
às
atividades
econômicas e as mudanças de política, pois esses fatores influenciam diretamente
nos resultados.
O princípio econômico mais importante usado no
gerenciamento de finanças é a análise marginal, na qual as
decisões financeiras devem ser tomadas e as ações
executadas somente quando os benefícios adicionais
excederem os custos somados. (GITMAN, 2001, P. 39).
Para o administrador financeiro, sua tarefa consiste em proporcionar fluxos de
caixa necessários para atingir as metas da empresa.
Segundo Gitman (2001), os administradores financeiros devem possuir muito
conhecimento da área no qual está envolvido, para que saibam desenvolver seus
projetos e planos, de modo que auxiliaremos empresários na tomada de decisão da
organização.
O Administrador Financeiro possui um grande espaço de trabalho, pode
trabalhar como: Gerente Financeiro, Gerente de Projetos, Controller, Coordenador
de Planejamento e Controle Financeiro, Tesoureiro, entre outros.
O profissional que atua à frente da gestão financeira de uma empresa nem
sempre possui a formação desejada em Administração, Contabilidade ou Economia,
mas possui experiências e conhecimentos específicos.
3. METODOLOGIA
A pesquisa a ser realizada neste trabalho pode ser considerada como
bibliográfica. A pesquisa bibliográfica é o primeiro passo na construção de um
trabalho acadêmico, auxilia na investigação do tema apontado, abordando o que já
tem registrado e produzido sobre o tema escolhido.
A pesquisa auxilia no método que é mais apropriado para o conhecimento da
pesquisa, influenciando no desenvolvimento do trabalho.
Durante a pesquisa bibliográfica foram selecionados livros e artigos como
material de apoio, para auxilio no trabalho, levando em consideração o tema
abordado. A partir desse ponto através de resumos e observações feitas sobre o
conteúdo estudado, foi possível desenvolver o projeto.
Estudo de Caso é um instrumento pedagógico que apresenta um problema
mal estruturado. É aquele que não tem solução pré-definida, exigindo empenho do
aluno para identificar o problema.
De acordo com Fidel (1992), o estudo de caso é um método especifico para
pesquisa de campo. Estudo de campo são investigações de fenômenos à medida
que ocorre, sem qualquer interferência significativa do investigador.
4. RESULTADO DA PESQUISA
A empresa objeto de estudo foi a Foco Soluções Empresariais e Comerciais
Ltda, da cidade de Mandaguari-PR. Sua missão é proporcionar serviços de
atendimento e consultoria com qualidade aos nossos clientes, fornecendo assim a
ferramenta para a solução em problemas de inadimplência.
Tem como visão alcançar todo o território nacional sendo a melhor representação de
uma das maiores empresas de bureau de crédito do Brasil, prezando sempre a
satisfação dos nossos clientes.
Atua como Representante Autorizado no fornecimento de serviços e produtos
para análise de crédito e negativação de devedores.
A empresa Foco Soluções Empresariais e Comerciais Ltda, é uma empresa
que se destaca como representante comercial autorizado SPC Brasil. Iniciou suas
atividades em fevereiro de 2009 na cidade de Mandaguari – PR para responder as
necessidades das empresas locais e do Paraná em obter ferramentas e consultoria
voltadas para a diminuição da inadimplência.
O sócio e administrador Sr. Guilhermy, um jovem iniciante no curso de
Administração de Empresas, foi quem começou a pesquisar um ramo de negócio
para sua família, negocio este no qual ele exerceria na prática a gestão aprendida
em seu curso de graduação. Cresceu vendo seu pai, Sr. Roberto, por inúmeras
vezes buscar seu próprio negócio, na tentativa de crescer, abrir e fechar várias
empresas, devido as condições sociais, políticas e também de saúde familiar. Sr.
Roberto tem uma vasta experiência com empresas, pois já foi dono de empresa de
produtos químicos, espuma para colchoes, transportes de pessoas, algumas tiveram
vida razoável, outras nem sobreviveram para cobrir os custos, mesmo assim ele
nunca desistiu, e já cansado e velho em idade, apostou todas as suas fichas nos
estudos e potencial de seu filho para que a sua sorte fosse diferente e claro, mais
próspera.
Empresa fundada e sediada em Mandaguari – PR, possui um capital social
segundo a Receita Federal de R$ 10.000,00, hoje, 7 anos após seu nascimento,
atende todo o Paraná e investe em tecnologia e qualificação de sua equipe para
futuramente atender todo o Brasil.
No início de suas atividades a empresa representava uma multinacional que
atua no fornecimento de produtos e serviços para análise de crédito e contava
apenas com o Sr. Roberto fazendo vendas externas e o Sr. Guilhermy nas
atividades de atendimento telefônico. Com o passar dos tempos, contrataram várias
funcionárias que exercia a função de call center, e assim sucedeu até o ano de
2014. Com a chegada da forte crise financeira, e mudanças na Diretoria da S.A, a
Foco Representações teve seu contrato encerrado, e com isso deixou de
representar oficialmente a multinacional, fez demissões de funcionários mantendo
apenas uma para atender os clientes da carteira.
Mas isso não foi motivo para desanimo, pelo contrário, em meio a dificuldade
os proprietários encontraram alternativas de crescimento dentro do mesmo ramo de
atividade. Como são experientes no mercado corporativo e mundo dos negócios, no
fim de 2015 a Foco foi convidada a trabalhar representado oficialmente uma das
maiores empresas de bureau de crédito do Brasil e forte concorrente da
multinacional. As atividades com a nova parceria se deu início em Junho/2016.
O cenário atual é de uma funcionária que desempenha as funções de vendas
internas, atendimento corporativo e consultoria à clientes da carteira, prospecção de
novos clientes no mercado, auxiliar de processos administrativos e contratuais. A
contabilidade da empresa é terceirizada, realizada por um escritório, a gerencia,
financeiro, decisões de investimentos são tarefas exercidas pelo Sr. Guilhermy.
Foi identificada que na empresa objeto do estudo de caso as funções são
realizadas com a área específica, até porque não se trata de indústria, mas sim de
um escritório de representação comercial. O quadro de funcionário é enxuto e várias
atividades são desenvolvidas pela Diretoria.
Figura 2: Estrutura Organizacional da Empresa Foco Soluções
Empresariais e Comerciais Ltda.
Fonte: As Autoras (2016)
A empresa Foco Soluções apresenta uma estrutura pequena, e nesse modelo
é possível ver inclusive que o sócio é responsável por função/tarefa dentro da sua
área específica. O cargo Presidencial é compartilhado pelo dois sócios (pai e filho), e
o Sr. Guilhermy também é responsável pela Gerencia financeira da empresa, é ele
quem capta recursos, faz os investimentos necessários, também as tomadas de
decisões, admite e demite pessoas, realiza os pagamentos de salários e gerencia as
vendas da empresa.
O Gerente de Vendas também sócio da empresa, apenas dá o suporte
(backoffice) para a gerente de contas (vendedora), ele não interage diretamente com
o cliente. Já a funcionária é quem faz as negociações e gerencia a carteira de
clientes, ela é responsável pelo lucro da empresa. Tem seu equipamento de
atendimento e telefonia em um espaço destinado apenas para esta função.
A Contabilidade é feita por um escritório terceirizado, não existe uma área ou
quem desempenhe essa função na empresa.
A Administração Financeira é fundamental para a empresa, trata dos
assuntos financeiros como captação, alocação de recursos e investimentos para o
crescimento e melhoria da empresa. Seu objetivo é maximizar o lucro a fim de que a
empresa cresça em valor de mercado e se mantenha competitiva frente aos seus
concorrentes.
Na FOCO existe a área financeira e as funções são desempenhadas de forma
cautelosa, os sócios identificam as necessidades ou traçam metas e buscam os
recursos financeiros para melhorias. A empresa não trabalha com estoque de
produtos, é um sistema online que mediante a solicitação do cliente, é gerado no
sistema códigos de acesso e senhas iniciais. A empresa está muito bem estabilizada
financeiramente, é claro que deixou de ter mais entradas no período de crise, mas
continuou a receber os contratos antigos, os sócios fizeram menos retiradas de prólabore, e isso ajudou a cobrir todos os custos de aluguel, agua, luz, despesa com
funcionário, encargos e impostos, etc.
O profissional responsável pela área/função financeira é o próprio sócio.
Possui formação acadêmica em Administração de Empresas e está cursando
Direito. É empresário há 7 anos, e juntamente com seu pai, toma frente em várias
situações na empresa, inclusive para captação dos recursos financeiros.
O
profissional da área/função
Financeira
e
Orçamentária deve
ter
conhecimento em Finanças, Economia, Controladoria para saber gerir a empresa,
principalmente nas tomadas de decisões. É responsável por gerenciar as questões
financeiras, análise e planejamento financeiro, toma decisões quanto aos
investimentos e financiamentos.
Com base na pesquisa foram identificadas necessidades de melhorias e
mudanças na empresa para as áreas de Vendas e Recursos Humanos.
As mudanças e necessidades no setor de Vendas, refere-se à aquisição de
mais equipamentos e eletrônicos para o departamento de vendas, como a empresa
visa crescimento será necessário a troca de alguns equipamentos para o benefício
dos envolvidos e melhor desenvolvimento do trabalho.
Os recursos são telefones com fones individuais e telefones sem fio com
base, também impressora multifuncional, são equipamentos que vão agregar, pois a
demanda no último mês e nos próximos tende a aumentar. Com estes equipamentos
os resultados tendem a ser bem melhores, mais agilizados e eficazes.
Já no setor de Recursos Humanos, as mudanças e necessidades, refere-se à
contratação de novos funcionários, como a empresa pretende expandir-se
novamente, e temos um extenso mercado para trabalhar, uma equipe maior seria
viável aos negócios e lucro da empresa, pois haveria maior produção.
De início seria necessários mais 2 funcionários para auxiliar no BackOffice e
vendas, mas a empresa não pode ter custos altos de encargos com salários, no
momento a empresa reserva recursos financeiros para o futuro, projetos ainda não
concretizados pelos sócios.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como resultado, identificou-se que o objetivo deste trabalho foi analisar a
estrutura financeira e orçamentária da organização, apontando se existe a área e
função financeira na mesma, e como ela é executada. Após uma análise interna,
constatou-se a necessidade de melhorias em alguns setores, onde estes projetos
serão apresentados aos gestores para verificar a viabilidade de implantação, já que
são os responsáveis por gerir e administrar a organização.
Com tudo, entende-se a importância da área e/ou função financeira em uma
organização e a boa gestão, para a captação de recursos, alocação e investimentos,
de modo que a empresa atinja seus objetivos e mantenha competitiva no mercado.
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XII ERIC – (ISSN 1808-6004)
ANÁLISE DA ÁREA / FUNÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA EM UMA
EMPRESA DO SETOR TÊXTIL DA CIDADE DE MANDAGUARI – PR
Lucila Alves da Silva (FAFIMAN) [email protected]
Elen Rezende de Jesus Costa (FAFIMAN) [email protected]
Kátia Toffolo (FAFIMAN) [email protected]
1. INTRODUÇÃO
As medidas financeiras são fundamentais para preservação da empresa no
mercado
de
trabalho, a
globalização,
aumento da
competitividade
e concorrência, vem exigindo que o setor financeiro da empresa esteja estruturado e
organizado, bem como é essencial que se tenha um planejamento financeiro.
Esse planejamento é feito pelo departamento financeiro, que pode ter
variação de acordo com a empresa, pode ser organizado em setores, normalmente
utilizada em empresas de médio e grande porte ou até mesmo desenvolvido
pelo proprietário da empresa em caso de empresas menores.
De grande a pequeno porte, é imprescindível para a empresa que as
finanças sejam geridas de forma a elevar valor e estabilizar a empresa mesmo em
tempos de crise econômica, para isso deve ser organizada e planejada, ter suas
funções bem delimitadas para obter melhor desempenho tanto em alocar, captar e
investir recursos.
A finalidade deste projeto é fazer Análise da Área e função Financeira e
Orçamentária de uma empresa do setor têxtil de Mandaguari-PR e através desse
estudo, identificar e as funções desse setor bem como sua importância para
a empresa em questão.
Este tema de Análise da Área e Função Financeira e Orçamentária é
importante para que possamos identificar as áreas e funções de Finanças de uma
empresa têxtil da cidade de Mandaguari - Pr. Como sabemos o setor financeiro é
considerado o "coração " de qualquer Organização, pois ele fornece os recursos
para tornar versátil e exatas as decisões sobre aplicação de capital, com
a administração financeira que a Organização conseguirá alcançar seus objetivos e
metas.
Finanças pode
ser
entendida como "Estudo dos
problemas
financeiros. 5Dir Orçamento preventivo pelo qual são autorizadas as despesas e
calculada a receita do Estado. 6 A ciência que ensina o manejo dos dinheiros
públicos. 7 O dinheiro de que se dispõe."(MICHAELIS, 2009).
Nesse
contexto,
é
importante
salientar
que
a
função
dos
profissionais
da área financeira tem como objetivo, gerenciar tudo a que se refere a valores na
organização.
De acordo com Gropelli e Nikbakht (1998), Finanças "é a aplicação de uma
série de princípios econômicos para maximizar a riqueza ou valor total de um
negócio", ou seja, é vital para o andamento e desenvolvimento da empresa pois
abrange todos os setores.
De acordo com Gitman (1997), Finanças pode ser definida como "a arte e a
ciência de administrar fundos. Praticamente, todos os indivíduos e organizações
obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem. Finanças ocupa-se do
processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de
fundos entre pessoas, empresas e governos".
A Análise financeira por meio de acompanhamento dos fatos e respostas,
assim como o planejamento de novos fatos e respostas devem tornar-se um ato
gerencial estratégico frequente do Administrador. Gitman (1997, p.588), discorre que
"o processo de planejamento financeiro se inicia com a projeção de planos
financeiros a longo prazo, ou estratégicos, que por sua vez direcionam a formulação
de planos e orçamentos operacionais a curto prazo".
Por meio desse estudo, busca - se conhecer as funções das variáveis desse
setor, bem como identificar possíveis projetos com o intuito de melhorias para o
setor
em
questão
para melhor desempenho.
Buscamos
alcançar
conhecimento teórico dessas funções para também gerar suporte para profissionais
da área. Nesse sentido apresentamos o estudo a seguir.
Este projeto será desenvolvido como parte da avaliação da disciplina de
Estágio Supervisionado II e a Análise da Área e função Financeira e Orçamentária
de uma empresa Têxtil de Mandaguari – Pr, contribuirá para nosso conhecimento
profissional e também para melhorias na empresa.
O motivo de ter escolhido este tema, foi devido a importância da
Área/Função financeira e Orçamentária para as empresas.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Administração Financeira é a Ciência que aborda assuntos pertencentes à
administração de Finanças de Organizações e Empresas: Fluxo de Caixa,
pagamentos, transações, etc.
De acordo com Hoji (2001, p. 21):
Para administração Financeira, o objetivo econômico maximização de seu
valor de mercado a longo prazo, pois dessa forma estará sendo
aumentada a riqueza de seus proprietários (acionistas de sociedades
por ações ou sócios de outros sociedade).
Para um resultado eficiente a Administração Financeira conta com
alguns recursos, como:
A) O Capital de Giro
O conhecimento sobre Capital de Giro é de suma importância para
Administração Financeira, pois toda empresa necessita de resgatar os custos e
despesas que foram registradas no decorrer do período operado e alcançar o lucro
desejado.
"O capital de giro é conhecido também como capital circulante e
corresponde aos recursos aplicados em ativos circulantes, que transformam – se
constantemente dentro do ciclo operacional."(HOJI, 2001, p.109).
B) TESOURARIA
A Tesouraria não é responsável pela obtenção de lucro, mas pode contribuir
para gerar lucro, através da administração de disponibilidades como Fluxo de Caixa,
Operações de Câmbio, Crédito e Cobrança, Contas a pagar, contas a receber,
captação e aplicação de recursos.
"A Tesouraria é uma das áreas mais importantes em uma empresa, pois
praticamente, todos recursos financeiros que giram na empresa transitam por ela".
(HOJI, 2001, p. 137).
Portanto, seu principal objetivo é garantir os recursos financeiros
indispensáveis para melhor atingir os objetivos da empresa.
Para que ocorra com precisão é utilizado o fluxo de caixa, que são as
disponibilidades da empresa.
As principais contas patrimoniais operacionais que exercem forte impacto no
caixa são: contas a receber, estoques, contas a pagar. (HOJI. 2001, p. 113).
C) CONTROLADORIA
A Controladoria é uma ferramenta de extrema importância para as Empresas
em geral, pois auxilia as Empresas em todos os setores, tanto financeiro como
humano na tomada de decisão.
A Controladoria é ciência e, na realidade, é o atual estágio evolutivo da Ciência
Contábil. Como bem conceituou Glautier, a Contabilidade saiu nas últimas duas ou
três décadas, da teoria do lucro (mensuração, comunicação de informação) para a
teoria da decisão (modelos de decisão e produtividade). Com isso unindo esses
conceitos, podemos entendê – la como ciência e como forma de acontecer a
verdadeira função contábil. (PADOVESE, 2003, p.6)
A Controladoria como ramo de conhecimento caminha junto as vertentes teóricas
que apoiam a gestão de uma empresa, entendendo as causas e as
consequências da forma como as empresas são administradas, de suas estruturas
física, financeira, operacional e humana. Esse conhecimento a mune de recurso
para atuar como área administrativa em uma empresa. (NASCIMENTO,2010, p.
24)
A Controladoria tem a função de controlar toda a Organização, desde a
tomada de decisão até o resultado final, em todas as áreas: chão de fábrica,
comercial, financeiro, etc.
O principal objetivo da Controladoria é garantir a continuidade da
Organização, tendo uma visão holística, pois ela que vai decidir estrategicamente o
caminho que a Organização deve seguir, garantindo sua continuidade na
sociedade.
A Controladoria é a ferramenta que une todas as áreas com a função de
basear – se no aprimoramento da resolução econômica da organização, ou seja, da
eficiência empresarial através de um suporte ao processo de gestão (PELEIAS,
2002, p. 16).
A principal causa para descontinuidade das empresas está relacionada a
falta de dados financeiros precisos com relação ao Balanço patrimonial da
empresa e alguns problemas resultantes do departamento financeiro." A geração de
lucros e caixa contribui para que uma empresa moderna cumpra suas funções
sociais".
D) BALANÇO PATRIMONIAL
Balanço Patrimonial é um resumo contábil no qual constata a situação
econômica e financeira de uma Organização.
Segundo Matarazzo (1998, p.43), é a demonstração que apresenta todos os
bens e direitos da empresa – Ativo –, assim como as obrigações - Passivo Exigível –
em determinada data".
Matarazzo (1998, p.46), retrata um exemplo de Balanço Patrimonial:
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE

Disponibilidade.

Direito realizáveis no curso do exercício social seguinte.

Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
ATIVO REÁLIZAVEL A LONGO PRAZO

Direitos realizáveis após o termino do exercício seguinte.

Direitos derivados de adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas
ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que
não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
ATIVO PERMANENTE
Investimentos

Participações permanentes em outras sociedades e direitos e qualquer
natureza, não classificáveis no Ativo Circulante, ou realizável a Longo Prazo que
não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou empresa.
Imobilizado

Direitos que tenham por objetivo bens destinados à manutenção das
atividades da companhia ou empresa, ou exercícios com essa finalidade,
inclusive os de propriedade comercial ou industrial.
Diferido

Aplicação de recursos em despesas que contribuirão para a formação do
resultado de mais um exercícios social, inclusive juros pagos ou creditados aos
acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais.
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE

Obrigação da companhia, inclusive financiamentos para a aquisição de
direitos do Ativo permanente quando vencerem no exercícios seguinte.
PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO

Obrigações vencíveis em prazo maior do que o exercícios seguinte.
RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS

Receitas
de exercícios
futuros
diminuídas
dos
custos
e
despesas
correspondentes.
PATRIMÔNIO LIQUIDO
Capital social

Montante do capital subscrito e, por dedução, parcela não realizada.
Reserva de Capital

Ágio na emissão de ações ou conversão de debêntures e parte beneficiárias.

Produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição.

Prêmios recebidos na emissão de debêntures, doações e subvenções para
investimentos.

Correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizada.
Reservas de Reavaliação

Contrapartida do aumento de elementos do Ativo em virtudes de novas
avaliações, documentos por laudo técnico.
Reservas de Lucros

Contas constituídas a partir de lucros gerados pela companhia.
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Lucros gerados pela companhia, que ainda não receberam destinação especifica.
Segundo Assaf Neto (2002, p. 48):
A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis
fornecidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que
determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras. Em outras
palavras, pela análise de balanços extraem-se informações sobre a posição
passada, presente e futura (projetada) de uma empresa.
O Administrador Financeiro deve ter uma visão holística e uma capacidade
de análise para identificar as ameaças e as oportunidades que possa surgir.
Segundo Hoji "as funções básicas do administrador financeiro de uma empresa são:
análise, planejamento, e controle financeiro; tomadas de decisões de investimentos;
tomadas de decisões de financiamentos".
.
3. METODOLOGIA
Metodologia é o estudo dos métodos utilizados para melhor conhecimento
em uma determinada área.
A Metodologia deve ajudar a explicar não apenas os produtos da
investigação científica, mas principalmente seu próprio processo, pois suas
exigências não são de submissão estrita a procedimentos rígidos, mas antes da
fecundidade na produção dos resultados. (BRUYNE, 1991 p. 29).
A metodologia a ser utilizada será um estudo de caso, através de
uma análise financeira em uma empresa Têxtil da cidade de Mandaguari – Pr.
O estudo de caso caracteriza-se pela análise profunda e
exaustiva de
um ou de poucos objetos, pressupondo-se, a fortiori, que
a investigação desse(s) objeto(s) possibilita(m) a compreensão
da generalidade do mesmo ou o estabelecimento de bases para
uma investigação posterior, mais sistemática e precisa. O propósito
do estudo de caso é o de proporcionar uma visão global do problema ou
identificar possíveis fatores que o influenciam ou são por ele influenciados
(GIL,2000).
Outro método que será utilizado é um questionário, “é um conjunto ordenado
e consistente de perguntas a respeito de variáveis, e situações, que se deseja medir,
ou descrever” (MARTINS E LINTZ, 2009, p.38).
A
importância
de
utilizar
um
método
já
testado
certifica
o
valor
do estudo e juntamente com a pesquisa permitirá respostas mais precisas.
A pesquisa de conhecimentos será feita através de quaisquer materiais
bibliográficos referente ao tema de Finanças, livros, projetos, artigos, Para coleta de
dados dentro da empresa teremos que levar em consideração as variáveis de
suma importância para o bom funcionamento da área de Finanças.
Segundo Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.61), a pesquisa bibliográfica
“constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se
busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema.”.
De acordo com Gil (1999, p. 43)
Pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver,
esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação
de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos
posteriores. [...] envolvem levantamento bibliográfico e documental,
entrevistas não padronizadas e estudos de caso.
4. RESULTADOS DA PESQUISA
De acordo com o site da empresa Fitaflex 2015:
"A Fitaflex é uma empresa jovem e dinâmica, que ao completar sua primeira
década de existência já figurava entre as maiores do país no segmento de
produtos elásticos e fitilhos para as indústrias moveleiras e de confecções.
Instalada em Mandaguari, região Noroeste do Paraná, a Fitaflex ocupa uma área
de 12 mil m2.
Nesse espaço são desenvolvidos os processos administrativos e de produção que
contam os mais modernos recursos tecnológicos e mão de obra altamente
qualificada para este tipo de atividade. Esses diferenciais conferem à empresa a
condição de manter uma vasta linha de produtos fabricados em série e oferecem a
possibilidade de desenvolver materiais personalizados para atender as mais
diferentes necessidades dos clientes, principalmente nas linhas de fitilhos para
colchões e elásticos para confecções".
Iniciada no ano de 2001, pelos seus sócios, tem aproximadamente 260
colaboradores e 60 representantes comerciais. Maior fábrica do Brasil no segmento
de percintas, sendo a 1ª certificada do país.
No ano de 2009 transferiu sua sede para um local mais amplo, para que
pudessem atender melhor seus clientes e colaboradores, implementando mais
tecnologias. A fábrica esta projetada para garantir agilidade na entrega e suporte
para seus clientes, a mão-de-obra especializada é constantemente treinada para
aprimorar o processo de produção. Esta sendo projetada uma nova fábrica, num
local mais amplo, onde possa ser oferecido refeitório, espaço adequado para as
máquinas e espaço de lazer para os colaboradores.
Organograma é o gráfico da estrutura hierárquica de uma empresa, pode ser
representado por área ou função.
Segundo Chiavenato
(2001,
p.251)
"o
organograma
éo
gráfico que
representa estrutura formal da empresa".
Segue Organograma de uma empresa têxtil da cidade de Mandaguari – PR
Figura Nº 1: Estrutura Organizacional Fitaflex
iavenato
(2001, p.251), “organograma é o gráfico que representa estrutura formal da emprea”
p.251), “orgnograma é o gráfico que representa e
Fonte: As autoras (2016)
O Organograma é um clássico, chamado de Organograma Vertical, ele é
usado para melhor identificar a hierarquia dentro da empresa, ou seja Organograma
pode ser considerado um desenho da empresa, onde o departamento de Recursos
Humanos pode claramente identificar os departamentos.
O setor na empresa é denominado como Financeiro, assim como nas
demais empresas, o departamento é um dos mais importantes, pois ele que
administra todo o dinheiro, tanto o que entra quanto o que sai, para
melhor administra-lo o departamento é subdividido em algumas funções como:

Contas a receber

Contas a pagar
A captação de recursos da empresa é realizada somente através das
vendas das mercadorias produzidas internamente.
Alocação
de
recursos é
feita
em
Aplicações bancárias
e
os
Investimentos em Frota própria e Aquisição de maquinários, visando o aumento da
capacidade fabril.
É realizado no departamento financeiro o Acompanhamento dos processos
de Importação, fechamento de câmbio, sendo assim necessário o acompanhamento
do valor do dólar para melhor investimento em matéria-prima.
Na empresa do setor têxtil da cidade de Mandaguari – PR, não possui um
departamento formalizado como Controladoria ou Tesouraria, mas é designado
ao departamento Financeiro todas as tarefas relacionadas.
O profissional responsável pelo departamento Financeiro, justamente é
o respondente que tem o cargo de Gerente Financeiro, sendo uma mulher de 44
anos, graduada em Administração de Empresas e pós-graduação em Controladoria
e Gestão Financeira, trabalha na empresa a 12 anos na mesma função. Suas
tarefas são:

Captação e alocação de recursos.

Fazer relatórios mensais.

Fluxo de caixa.

Conferência do Caixa diário

Acompanhamento dos contas a pagar e contas a receber.
Contas a receber é executado por uma assistente administrativa, 32 anos,
que trabalha a 4 anos nesta função, tecnóloga em Marketing e Administração.
Suas tarefas são:

Comunicação com sistema, que é verificação de títulos liquidados, cartão de
crédito e cartão BNDES.

Acompanhamento
de títulos baixados,
com entrada
em
cartório
e títulos protestados.

Verificação de depósitos efetuados, cheques devolvidos e reapresentados.

Cobrança através de telefone, e-mail ou whatsApp.

Análise de crédito e acompanhamento do limite de crédito.

Manutenção dos títulos bancários, como alteração, sustação ou baixa de
título.
O profissional de contas a pagar é uma assistente administrativa, 29 anos
que está cursando administração, que trabalha na empresa a 1 ano e 4 meses nesta
função.
Suas tarefas são:

Baixa de retorno e envio de remessa de títulos para os bancos.

Emissão dos extratos bancários diários.

Conciliação dos cheques compensados.

Efetivar os pagamentos e dar baixa no sistema.

Fazer o Caixa diário.

Conferência de notas de entrada no sistema.

Envio de documentos para contabilidade.

Câmbio.
O departamento Financeiro também possui um Assistente administrativo, 41
anos, Ensino Médio Completo, trabalha 2 anos nesta função, que auxilia nos
lançamentos contábeis.
Além dessas quatro funções no departamento, a Empresa do setor Têxtil de
Mandaguari-PR, possui uma Jovem Aprendiz, 16 anos, que está concluindo o
Ensino Médio, trabalha na empresa a 8 meses, ela auxilia a todos do
departamento, alimentando o sistema, com previsões, despesas e também um
responsável em alimentar o sistema de acordo com os extratos bancários para que o
fluxo de caixa reflita a realidade econômica da empresa, auxilia no envio de 2ª via de
boleto, cobrança e demais tarefas que são delegadas durante o trabalho.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto o profissional da Área de Finanças da empresa do setor têxtil da
cidade de Mandaguari é responsável por todas as atividades financeiras exercidas
dentro do departamento. Projetos propostos para análise de implementação são a
Aquisição de Impressora com scanner para área de Recursos Humanos e a
aquisição de Fragmentadoras para área de Finanças, Recursos Humanos e
Gerência Industrial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque
econômico-financeiro comércio e serviços, industriais, bancos comerciais e
múltiplos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; DA SILVA, Roberto. Metodologia
Científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro, 2001.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Harbra,
1997.
HOJI, Masakazu. Administração
financeira:
uma
abordagem
prática:
matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, análise, planejamento
e controle financeiro. São Paulo: Atlas, 2001.
MARTINS, Gilberto. LINTZ, Alexandre. Guia para elaboração de monografia e
trabalhos de Conclusão de Curso. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. Abordagem Básica
e Gerencial. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1998.
NASCIMENTO, Auster Moreira. Controladoria Instrumento de Apoio ao processo
decisório. Editora Atlas S.A, São Paulo, 2010.
PADOVEZE.
Clóvis Luís. Controladoria
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
estratégica
e
operacional. São
XII ERIC – (ISSN 1808-6004)
AS ESPECIFICIDADES DO EMPREENDEDOR VERSUS ADMINISTRADOR
Elen Rezende -Acadêmica do Curso de Administração da FAFIMAN
[email protected]
Lucila Alves da Silva -Acadêmica do Curso de Administração da FAFIMAN
[email protected]
Katia Toffolo -Orientadora do Curso de Administração da FAFIMAN –
[email protected]
1. Introdução
O presente artigo pretende abordar as especificações do empreendedor
versus administrador, englobando a importância do papel de cada um dentro de
uma organização. Relacionado com o profissionalismo do empreendedor que
arriscou e abriu seu negocio ou empreendimento. A situação é complexa, pois neste
cenário há vários casos, e variáveis. O que seria correto então?
Seria ingenuidade pensar que a empresa será próspera sem algum tipo de
gestão, ou que a mesma prosperará apenas se tiver um gestor qualificado. Surge
então a duvida, e acredita-se que seria interessante, se o empreendedor alçasse
novos conhecimentos referentes a toda empresa.
A viabilidade da situação acima necessita de compreensão, pois se trata de
um assunto importante para durabilidade e estabilidade da empresa.
Visando demonstrar todos os aspectos, a pesquisa chegou a um tramite que
leva a novos conceitos.
2. Fundamentação Teórica
Empreendedorismo é um termo antigo que surgiu no século XVII na França,
designando as pessoas que assumem o risco de um novo empreendimento. Foi
definido por alguns autores de forma diferenciada, Gartner (1990) definiu como uma
atividade que permite criar, manter, e fazer crescer uma empresa lucrativa”, Gartner
também relaciona o empreendedorismo ao comportamento que leva a criação de
uma nova empresa, e outros ainda remetem o termo empreendedorismo a inovação
ou a um processo inovador.
Desta forma destaca-se que em um mundo capitalista, a cada dia surgem
novos empreendimentos, pois para Julien (2010) devido a vontade de um indivíduo
obter sua independência, obter maiores rendimentos, liberdade para gerir um
negocio, isso tudo incentivado por benefícios que o próprio governo concede com
finalidade de fomentar o crescimento da economia.
No Brasil de acordo com Dornelas (2001) foi a partir dos anos 90 que o termo
se
intensificou
ainda
mais,
a
globalização
contribuiu
para
que
novos
empreendedores se arriscassem na abertura de novos negócios, diversificando e
acirrando a economia e a concorrência, pois, o empreendedor muitas vezes
aprimora um produto ou serviço já existente, promovendo assim a movimentação
econômica.
Qualquer criação ou desenvolvimento de empresa tem impacto
não apenas sobre ela mesma, mas também sobre o mercado
local e possivelmente nacional e internacional[...], o
empreendedorismo cria, portanto, uma estrutura diferente entre
os diversos atores econômicos do território; isso porque a
chegada de uma nova empresa ou mudanças em empresas
existentes provocam novos ajustes e a criação de novas
empresas, além de estimular a mudança. JULIEN (2010, p.17)
De acordo com Dornelas (2001) empreendedorismo é a identificação de
novas oportunidades de negócio, independentemente dos recursos que se
apresentam disponíveis ao empreendedor, ou seja, é um processo em que uma
pessoa desenvolve seu próprio empreendimento, isto é, transforma uma ideia em
negócio. Para Dornelas (2005) o termo empreendedorismo, nos dias atuais, vem
sendo utilizado de forma abrangente, referindo-se a ações inovadoras e dinâmicas
em busca de resultados concretos.
Empreendedor é uma pessoa que cria novo negócio em face de risco e
incerteza, com propósito de conseguir lucro e crescimento, mediante identificação de
oportunidades de mercado e agrupamentos dos recursos necessários para
capitalizar sobre suas oportunidades. Na literatura americana existem pesquisas
relacionadas ao tema, em que procuram estabelecer qual é o perfil do
empreendedor. Uma vez que o perfil do empreendedor brasileiro tenha alguma
semelhança, convém tomar conhecimento de seus aspectos.
Dornelas (2005), afirma que a personalidade empreendedora transforma a
condição mais insignificante numa excepcional oportunidade. O empreendedor é
visionário dentro de nós.
De acordo com Mendes (2009), todos são empreendedores por natureza, e
tem-se pouca consciência de todas as possibilidades, mas busca-se empreender
após uma experiência negativa no mercado de trabalho, após receber uma herança,
ou até mesmo como um estimulo positivo. O grande desafio é realmente diferenciar
o empreendedor legitimo dos demais que se arriscam.
O sucesso do empreendimento de acordo com Lozinsky (2010) depende de
alguns fatores como: personalidade, habilidade, emoções e comportamento, isto
tudo aliado, forma uma visão empresarial de liderança e capacidade para criar e
gerir bons negócios.
A diferença entre os que reúnem essas características e os que não possuem
é que define o porquê de alguns alcançarem o objetivo e outros não. Os que não as
têm, primeiro devem reconhecer que possuem deficiências, e então buscar o
conhecimento específico para poder empreender de forma consistente, alcançando
assim maiores chances de sucesso.
Segundo IBRACON (Instituto dos auditores independentes do Brasil), a taxa
de mortalidade de pequenas empresas até setembro de 2014 foi de 52,18%, e esse
número pode aumentar. Para Roberto Nogueira, presidente da CNC, somente os
empreendedores preparados profissionalmente terão condições para sobreviver ao
cenário econômico atual.
Para responder quem são os administradores é necessário falar antes sobre
a administração, para Chiavenato (2003) hoje vivemos em uma sociedade onde
todas as atividades de produção de bens e serviços são planejadas, dirigidas,
coordenadas, essas organizações utilizam se de recursos humanos (pessoas) e não
humanos
(físicos,
materiais, financeiros e
tecnológicos),
para
que
essas
organizações possam ser administradas é importante que sejam estudadas e
analisadas.
Os administradores para Chiavenato (2003, p. 2) “é a pessoa que desenvolve
as estratégias, efetua diagnósticos dimensiona recursos, planeja sua aplicação, gera
inovação e competitividade”
O Administrador segundo Chiavenato (2003), é o profissional apto a trabalhar
desde o nível de supervisão de primeira linha ou como dirigente máximo de uma
organização, esse profissional esta sempre na busca de métodos que sejam
eficazes e eficientes, buscando a cooperação dos seus subordinados, esta tarefa
administrativa deve ser aplicada em todos os tipos de organizações sejam elas
pequenas ou grandes.
De acordo com Maximiano (2006) administração é uma palavra antiga,
associada a outras que se relacionam com o processo de tomar decisões sobre
recursos e objetivos, ainda diz que administração é um conjunto de princípios,
normas e funções que têm por fim ordenar os fatores de produção e controlar sua
produtividade e eficiência, para se obter determinado resultado.
O movimento do empreendedorismo no Brasil segundo Dornelas (2001)
começou a tomar forma no final da década de 1990, quando surge a necessidade da
diminuição da mortalidade das pequenas empresas, passou a ter uma atenção
especial por parte do governo, que buscava a estabilização da economia. Deve-se
também ao aumento de desemprego, o que fez com que ex-funcionários dessas
empresas se arriscassem em novos empreendimentos, mesmo sem as experiências.
O empreendedorismo no Brasil, de acordo com Dornelas (2001), tem uma
relação com a criação de programas do governo federal como o “Brasil
Empreendedor”, com a meta de capacitar 1 milhão de empreendedores, dados do
SEBRAE mostram que de 1990 a 1999 foram constituídas no Brasil 4,9 milhões de
empresas
das
quais
2,7
milhões
são
microempresas,
concebidas
de
microempresários que não possuem conceito de gestão de negócios, atuando de
forma empírica e sem planejamento, o que reflete em uma alta taxa de mortalidade
que chega a 73% no terceiro ano de existência (pesquisa SEBRAE, 1999).
O empreendedorismo para Dornelas (2001), ganha mais força e incentivo na
deca de 90 com a criação de entidades como Sebrae (Serviços Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas) e Softex ( Sociedade Brasileira para Exploração de
Software). O ambiente político e econômico do país não eram propícios, e o
empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-lo na jornada
empreendedora. A criação do SEBRAE foi para dar suporte ao pequeno empresário
brasileiro através de consultoria, a Softex criada para ajudar os desenvolvedores de
software brasileiro a levar seus produtos ao mercado externo.
O empreendedorismo, gradativamente, vem se firmando como uma grande
possibilidade de opção profissional, junto com a atuação dos profissionais em
grandes organizações e na área pública, assim atualmente, procura-se estimular o
fomento e geração de novos empreendimentos.
A profissão Administração de Empresas, é um tanto nova no Brasil, pois
surgiu na década de 40, com as companhias de navegações Americanas, que
tinham no seu comando profissionais formados em Administração de Empresas.
Mas foi por volta de 1960 que administração começou a ser reconhecida,
conquistando espaço, importância e status na atividade profissional, com ênfase no
governo de Getúlio Vargas, que veio valorizar a ciência, suprindo suas necessidades
de aprimoramento na Administração Pública Federal, com ordenação de mudanças,
e reformas administrativas e sociais.
A profissão foi regulamentada e aprovada no dia 9 de setembro de 1965, dia
em que se comemora o dia do administrador, no governo do então presidente
Castelo Branco. Com o desenvolvimento do país houve a necessidade de ocupar
profissionais qualificados em administração, sendo que até então as empresas eram
administradas apenas por seus próprios donos.
Segundo o CFA (Conselho Federal de Administração) a profissão começa a
se acentuar a partir da década de 40 com o surgimento da necessidade de mão-deobra qualificada, com a finalidade de promover a formação de pessoal para o
suporte a questões econômicas e administrativas, devido a transição da sociedade
agrária para a industrialização. O profissional deveria ser apto para atender o
processo de industrialização.
É importante destacar segundo o CFA, o surgimento da Fundação Getúlio
Vargas (FGV) e da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de
São Paulo (USP) contribuíram para o desenvolvimento econômico do país e
ocuparam uma posição de dominante no ensino de administração, com o objetivo de
criar um novo tipo de intelectual capaz de atuar nas áreas estratégicas, com o tempo
foi se aprimorando o ensino e novas faculdades foram surgindo, em 1966 o conselho
federal de educação fixa um currículo mínimo para o curso, fixando como diretrizes
as seguintes disciplinas: matemática, estatística, contabilidade, teoria econômica,
economia brasileira, psicologia aplicada à administração, sociologia aplicada à
administração, instituições de direitos publico e privado, legislação social, legislação
tributaria, teoria geral da administração, administração de pessoal, administração de
material.
A administração de um negócio vai além da simples capacidade de assumir
os riscos, ela está relacionada com a capacidade de utilizar as ferramentas
administrativas, que estão disponíveis aos administradores. Nem sempre o
empreendedor consegue utilizá-las ou têm conhecimento das mesmas. De Acordo
com Mendes (2009), cada empreendedor é único e sua utilidade não pode ser
percebida pelos insensíveis, ele sempre apresenta soluções adequadas aos
problemas, sendo visto como sábio, gênio, porém, só é dotado da arte de pensar,
mas alguns não possuem essa característica, não conseguem desenvolver a
resiliência quando o negócio apresenta se frágil. Nesses casos o espírito
empreendedor estava presente somente no momento de lampejos, levando seu
negocio a sucumbir diante das dificuldades do mercado.
A esse tipo de empreendedor, faltou o conhecimento adquirido pelo
administrador, que muitas vezes pode avaliar as opções que o mercado oferece,
desenvolvendo um planejamento estratégico, buscando novas oportunidades.
Alguns empreendedores simplesmente são herdeiros de empresas familiares,
segundo Mendes (2009), as empresas familiares administradas por herdeiros se
tornaram sinônimos de fracasso generalizado em duas fases distintas, na década de
70 com a crise do petróleo, 1994 com a criação do Plano Real e a finalização da
“ciranda Financeira”, que incentivava a transferência dos recursos produtivos para o
financeiro.
O empreendedor deve possuir características de administrador, para Dornelas
(2001, p. 28) “Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador
para obter sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor
O especialista domina profundamente um assunto, uma
tecnologia ou um método. Mais do que isso, ele não apenas
conhece a teoria associada a sua especialização, mas possui
uma experiência pratica onde aplicou esses conhecimentos, o
que o coloca em posição ainda mais destacada para solucionar
problemas que tenha relação com sua área de atuação.
LOZINSKY (2010, p.81)
O empreendedor administrador está a cada dia em busca de novos
conhecimentos da sua área de atuação, com o objetivo de não ficar obsoleto, pois
novos métodos, novas formar e novos indicadores surgem a cada dia.
Há alguns tipos típicos de empreendedor, o inapto, o adquirido e o construído,
todos buscam sempre a independência, a auto-realização e o reconhecimento da
sociedade.
Segundo Dornelas (2005) quando se compara o papel e função do
administrador com a do empreendedor, encontra-se muita semelhança entre ambos,
isto é, o empreendedor é um administrador mais com alguns pontos convergentes
em relação a média dos gerentes ou executivos, pois os empreendedores são mais
visionários do que a maioria dos gerentes comuns.
O administrador se enquadra no mundo corporativo. Ele está mais
relacionado aos processos gerenciais, à solução de conflitos e de circunstâncias
desfavoráveis para a empresa. Enquanto que, o empreendedor nem sempre se faz
presente nas corporações. Ele é uma pessoa que tem coragem para ousar. Talvez
abrir um novo empreendimento, fazer algo ou criar uma ideia nunca vista antes.
O empreendedor vai além das tarefas normalmente relacionadas aos
administradores, tem uma visão mais abrangente e não se contenta em apenas
fazer o que deve ser feito.
Eles se diferenciam também na maneira com que trabalham: o administrador
trabalha em base de diretrizes, cultura, paradigmas e outros fatores na empresa que
trabalha e o empreendedor trabalha mais com a criatividade, aprendizado e outros
fatores no ambiente de mercado.
“[...] as diferenças entre os domínios empreendedor e
administrativo podem ser comparadas em cinco
dimensões distintas de negócio: orientação estratégia,
análise das oportunidades, comprometimento dos
recursos, controle dos recursos e estrutura gerencial [...]”.
(DORNELAS, 2001, p. 31)
Stewart (1982) acreditava que o trabalho dos administradores é semelhante
ao dos empreendedores, já que compartilham três características principais:
demandas, restrições e alternativas.
Hampton (1991) diz que os administradores diferem em dois aspectos: o nível
que ocupam na hierarquia, que define como os processos administrativos são
alcançados e o conhecimento. Em relação aos níveis, o trabalho administrativo pode
ser identificado como: de supervisão, médio e alto.
De modo geral Dornelas (2001), o administrador tem a formação para o
planejamento e o controle, e é centrado em como melhorar os processos, controles,
informações, análises e qualidade. Já o empreendedor, é focado no mercado, nas
oportunidades, na inovação e na criatividade, e está associado nos negócios do
presente e do futuro.
Dornelas (2005) menciona que um fator que diferencia o empreendedor de
sucesso do administrador comum é o constante planejamento a partir da visão de
futuro. Afirma ainda que esse talvez seja o grande paradoxo a ser analisado, visto
que o ato de planejar é considerado uma das funções básicas de administrar.
"Os administradores, mesmo os de sucesso, em geral,
apresentam características como pessoalidade, bom uso do
relacionamento interpessoal, com foco nas organizações e
ações conjuntas, além da utilização da estrutura hierárquica. E
empreendedores de sucesso, por outro lado, são visionários,
sabem tomar decisões, fazem a diferença sabendo explorar ao
máximo as oportunidades. Eles são determinados, dinâmicos,
dedicados, otimistas e apaixonados pelo que fazem. São
independentes e proativos, consequentemente, ricos, com
muita capacidade de planejamento, liderança e organização.
São bem relacionados, possuem conhecimento, assumem
risco calculado, além de criar valor para a sociedade".
(DORNELAS, 2005, p. 33)
O empreendedor para Dornelas (2001) é aquele que faz as coisas
acontecerem, que cria algo novo com valor, é aquele que tem a visão do negócio
como um todo, direciona e dedica todos os seus esforços na busca de recursos para
transformá-lo em um negocio lucrativo e competitivo, transforma seus sonhos em
realidade, direciona o seu foco mais para as oportunidades do mercado e fica
atendo as mudanças, inova e é criativo. Existe um ditado que diz que empreendedor
não é administrador, mais todo administrador é um empreendedor. De acordo com
Dornelas (2001), o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma
posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica
oportunidades na ordem presente.
O administrador possui uma visão mais ampla da empresa é orientado mais
para o planejamento, controle, resolve problemas em várias situações, possui
espírito de liderança. Maximiano (2006) afirma que administração é uma palavra
antiga, associada a outras que se relacionam com o processo de tomar decisões
sobre recursos e objetivos, ainda diz que administração é um “conjunto de
princípios, normas e funções que têm por fim ordenar os fatores de produção e
controlar sua produtividade e eficiência para se obter determinado resultado”.
Dornelas (2005) fala que quando se compara o papel e função do administrador com
o do empreendedor vê se muita semelhança entre eles, isto é, o empreendedor é
um administrador mais com alguns pontos convergentes em relação á média dos
gerentes ou executivos, pois os empreendedores são mais visionários do que a
maioria dos gerentes comuns. Ressaltando que, mesmo com a linha de raciocínio
que os diferenciam, cada um tem o seu valor, e são fundamentais dentro do
processo da empresa, possuem habilidades que são essenciais na gestão
estratégica do negócio.
Segundo Chiavenato (2014), a tarefa básica da administração é a de fazer as
coisas por meio das pessoas. Seja nas indústrias, no comércio, nas organizações de
serviços públicos, nos hospitais, nas universidades, nas instituições militares ou em
qualquer outra forma de empreendimento humano, a eficácia com que as pessoas
trabalham em conjunto para conseguir objetivos comuns depende principalmente da
capacidade daqueles que exercem função administrativa.
Pode-se citar 5 características e similaridades do empreendedor que poderão
ser comparadas com as características do administrador segundo o site
administradores.com:
1 - O empreendedor tem iniciativa e fica atendo as oportunidades, o administrador
guia-se pelos critérios de desempenho;
2 - Quanto a analise de oportunidades: o empreendedor toma decisões rápidas, o
administrador vê mais a redução dos riscos;
3 - Quanto a alocação de recursos financeiro e de mão de obra: o empreendedor
prioriza a eficiência, o administrador vai pelo planejamento formal;
4 - Quanto ao controle de recursos: o empreendedor é flexível, o administrador
valoriza o poder, o “status” e a recompensa;
5 - Quanto à estrutura gerencial: o empreendedor é informal, o administrador é
formal e segue a cultura organizacional;
Diante da descrição do perfil do empreendedor comparado com o do
administrador, pode se afirmar que é de extrema importância à pesquisa de mercado
antes de se montar um negócio, principalmente no mercado atual tão competitivo. O
mercado muda muito rápido, a necessidade de novos produtos e serviços, mão de
obra qualificada, novas tecnologias, qualificação contínua do profissional, enfim,
novas estratégias de gestão que fazem com que as empresas se adeque a essa
nova realidade, sejam essas novas estratégias utilizadas pelo empreendedor e pelo
administrador.
De acordo com Mendes (2009), são posicionados alguns conhecimentos
básicos em relação as características e qualidades pouco ensinadas nas escolas, e
que são necessárias e cobradas no dia-a-dia do negócio. Ser líder por excelência,
socialmente responsável, e conseguir equilibrar a vida pessoal e profissional para
evitar a degradação dos negócios, podem ser tornar pontes de comportamento
viáveis para o firmamento no mercado atual.
Algumas
modificações
necessárias
em
suas
estruturas
contando
principalmente com o Empreendedor ser o topo da pirâmide pode se tornar a
organização sólida isto significa superar; falta de apoio, capital de giro e falta de
credito no mercado, incentivo, pressão familiar e social, déficit no conhecimento do
assunto, e ausência familiar com os conceitos da Gestão e do principal o
planejamento estratégico. Talvez, o olhar seja como uma duvida; que não faça parte,
ou que sua cultura não esta inserida neste contexto, mas, uns dos fatores que levam
nós sermos verdadeiramente empreendedores está composta em apreciar valores
como felicidade, liberdade, plenitude ou excelência, pois, antes do constituir um
pensamento organizacional, estará uma figura humana, consciente com a realidade
de sua sociedade. Isto nos esclarece, porque valores e virtudes são características
que impulsionam o sucesso ou fracasso do empreendedor. Seu modelo como
relaciona com as pessoas (amigos, clientes, fornecedores, funcionários) determinam
uma parte da imagem dentro e fora do empreendimento. Se o trabalho que faz é
honesto, útil e importante para todos, sua imagem e valores estará sendo reflexo de
tudo isso. Com base nisto, o empreendedor sendo integro (autoridade moral), e
tendo sustentação da liderança ética é bem aceito por sua sociedade, como um ser
integral.
Valores universais do empreendedor: Felicidade; Liberdade; Plenitude;
Excelência; Autonomia e Independência; Sentido de Realização/ Reconhecimento.
Virtudes do empreendedor: Responsabilidade; Disciplina; Honestidade;
Humildade; Integridade; Respeito; Equanimidade; O não julgamento;
Atitudes empreendedoras:
Procure honrar seus compromissos perante fornecedores, colaboradores e
cliente; Seja honesto consigo mesmo e com os outros sem medo de expressar sua
verdade mais profunda;Respeite os diferentes pontos de vista mesmo quando não
concorda com eles; Pratique o não julgamento ou o julgamento com base somente
nos resultados; Utilize toda sua experiência de vida (erros e acertos) como uma
oportunidade de aprendizado constante; Mantenha o equilíbrio emocional perante as
adversidades; Apóie o crescimento pessoal e profissional de todos aqueles que
fazem parte do seu círculo de relacionamentos; Pratique a excelência e
empenhando todos os esforços para a construção de um mundo melhor para a
família e a sociedade através do seu empreendimento. Faça o melhor esforço
possível; Lembre-se de que os fins não justificam os meios, portanto, pratique a
integridade, ou seja, a correspondência entre os seus valores e sua conduta.
Na construção de uma definição de empreendedor, Filion (1999,) cita que o
empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer e
atingir objetivos, mantém alto nível de consciência do ambiente em que vive,
usando-a para detectar oportunidade de negócios.
Administrar é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços
realizados pelos membros da organização e o uso de todos os outros recursos
organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos.
3. METODOLOGIA
O presente trabalho adota como procedimento metodológico a pesquisa
bibliográfica, que segundo Lakatos (2007), permite compreender que, se de um lado
a resolução de um problema pode ser obtida através dela, por outro, tanto a
pesquisa de laboratório quanto à de campo exigem, como premissa, o levantamento
do estudo da questão que se propõe a analisar e solucionar. A pesquisa bibliográfica
pode, portanto, ser considerada também como o primeiro passo de toda pesquisa
científica.
E para Cervo e Bervian (2007), a pesquisa bibliográfica constitui o
procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio
do estado da arte sobre determinado tema.
Foi realizada uma breve pesquisa com base na seleção de informações
seguindo um valor de conhecimento maior aos já conhecidos, como definição do
tema, especificações, pontos convergentes, virtudes, visões e a colocação dos
cargos sobre as organizações junto a comparações de seus desenvolvimentos e a
construção que os mesmos podem realizar, assim busca colocar novos dados por
meio de pesquisas, leituras e conclusões.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a realização do estudo parcial desse projeto é possível afirmar que é de
suma importância ambos os cargos, sendo empreendedor ou administrador, pois
estão influenciando positivamente o desenvolvimento econômico das organizações.
O
surgimento
do
empreendedorismo,
passando
pelas
definições
e
comparações com os conceitos administrativos, até o entendimento do processo
empreendedor, é abordado de forma objetiva, por serem um fenômeno universal no
mundo moderno, fazendo-se entender que são profissões que apresentam um
crescimento constante e que sozinhas podem seguir, mas que com a especialização
e o entendimento de ambas, uma organização pode alcançar o sucesso mais
rapidamente, pois a união das mesmas apresentam inúmeros benefícios, pelo fato
de cada uma apresentar inúmeros pontos positivos como um exímio identificador de
oportunidades, a implementação de ações com total comprometimento, o senso de
liderança, o planejamento de cada movimento de seu negócio, a tomada de
decisões, a coordenação de múltiplas atividades, a condução de pessoas, a
avaliação
de
desempenho,
obtenção
e
alocação
de
recursos
e
assim
sucessivamente, auxiliam no crescimento e estabilidade das organizações, e
evitando que sejam mais uma sobre o índice de mortalidade das empresas.
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08 de Agosto de 2016.
XII ERIC – (ISSN 1808-6004)
Planejamento Tributário: importâncias na gestão empresarial
BUENO, Marilda da Silva – [email protected]
DAVID, Jonas Eduardo - [email protected]
FERRARI JÚNIOR, Edson - [email protected]
GONÇALVES, Constantino de Gaspari – [email protected]
SILVA, Tatiane Batista Dambroski - [email protected]
RESUMO
O estudo versa sobre o Planejamento Tributário enfocando suas importâncias na
gestão empresarial. Trata de uma pesquisa exploratória que aborda o tema
destacando vantagens que oferece para tomadas de decisões empresariais,
considerando que o impacto tributário proporciona diferenças significativas nos
resultados econômicos e financeiros. Realizado por meio de pesquisa bibliográfica e
comparações entre os regimes tributários em vigor no país, tem por objetivo
incentivar a pesquisa no meio acadêmico, apresentando contribuições da ciência
contábil para esse assunto, que pode ser considerado como uma das grandes
preocupações na gestão de empreendimentos, independente do segmento
explorado. Apresenta os regimes tributários existentes no Brasil e as diferenças
entre eles, suas vantagens e desvantagens, esclarecendo sobre as possibilidades
de optar entre um e outro.
Palavras-chave: planejamento tributário, regimes tributários e gestão empresarial.
1. INTRODUÇÃO
A incidência tributária nasceu com a compra e venda de mercadorias, de
maneira que o pagamento de impostos sempre esteve entre os gastos significativos
das pessoas e principalmente das empresas. Quer seja neste aspecto como nos
demais que envolvem a apuração de resultados econômicos, aumentar receitas e
minimizar custos e despesas para maximizar lucros tem sido um grande desafio para
os profissionais das áreas de gestão.
No Brasil, a carga tributária sempre foi elevada e nos últimos tempos tem
sido, dentre outros, um dos principais fatores responsáveis pelo sucesso ou não de
uma empresa, já que os tributos representam desembolsos de maiores proporções
quando comparados com os demais. Neste contexto, o planejamento tributário
tornou-se indispensável, inclusive pelo fato de que a legislação tributária brasileira é
muito complexa, às vezes até confusa devido a constantes modificações que
dificultam a interpretação por parte de seus usuários.
Este estudo busca pesquisar a respeito dos regimes tributários que vigoram
no país, na intenção de orientar sobre a importância de avaliar a melhor opção de
enquadramento, e a partir desta, minimizar a incidência de impostos e alcançar
melhores resultados econômicos.
2. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: CONCEITOS E OBJETIVOS
Planejar é preparar algo para o futuro estabelecendo metas que deverão
ser atingidas em um determinado período. Sendo assim, planejamento tributário é
um trabalho preventivo com o objetivo de encontrar a melhor opção de regime
tributário para a empresa, evitando os reflexos negativos da carga de impostos. Ele
é um conjunto de critérios ou sistemas legais que buscam diminuir de maneira legal
a carga tributária vigente.
De acordo com Fabretti (2006, p. 32), planejamento
tributário é tido como,
o estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo,
pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais
menos onerosas, denomina-se Planejamento Tributário, que exige antes de tudo,
bom senso do planejador.
Então, planejamento tributário significa ter uma visão futura de lucro,
como consequência das tomadas de decisão feitas no presente, portanto, é bom
entender que:
planejamento tributário é como uma técnica gerencial que visa projetar as
operações industriais, os negócios mercantis e as prestações de serviços, visando
conhecer as obrigações e os encargos fiscais inseridos em cada uma das
respectivas alternativas legais pertinentes para, mediante meios e instrumentos
legítimos, adotar aquela que possibilita a anulação, redução ou adiantamento do
ônus fiscal. (BORGES, 2002, p. 152).
Quanto ao objetivo, entende-se que seja determinar o regime tributário
que melhor enquadra a realidade da empresa, promovendo formas de diminuir a
carga tributária, sem desobedecer a legislação vigente.
2.1.
Importâncias do planejamento tributário
O planejamento tributário visa o estudo dos tributos, para que o
empreendedor possa encontrar o regime tributário que melhor se enquadra para sua
organização, isto é, a forma menos onerosa, isso não significa agir de forma ilícita,
pois está garantido na Constituição Federal 1988 conforme o Art. 153. “o
administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o
cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na
administração de seus próprios negócios”.
Segundo Fabretti (2006, p.33), “o planejamento tributário preventivo
produz a elisão fiscal, ou seja, a redução da carga tributária dentro da legalidade”.
Sendo assim, conhecendo a empresa e quais tributos incidem sobre a atividade
explorada, o empreendedor poderá diminuir sua carga tributaria de forma lícita, ou
seja, dentro do que é imposto pelo legislador, de maneira que um estudo do
planejamento tributário proporcionará uma visão positiva de suas atividades,
elevando o desenvolvimento empresarial.
2.2.
Regimes Tributários no Brasil
Regime tributário é um conjunto de leis capaz de reger e indicar os
tributos que uma empresa deve pagar ao governo. Atualmente no Brasil existem três
opções de regimes tributários que são o Lucro Real, Lucro Presumido e Simples
Nacional.
2.2.1. O lucro real
Nesta opção de tributação, para realizar a apuração do Imposto de Renda
Pessoa Jurídica (IRPJ) e também da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSSLL) calcula-se estes impostos com base no lucro contábil, acrescido de ajustes,
podendo ser estes positivos ou negativos que sejam requeridos pela legislação
fiscal. O lucro real é apurado por meio da confrontação das receitas com as
despesas, ajustados pelas adições e exclusões ocorridas. Sendo assim, optando por
está forma de tributação, os impostos serão calculados sobre o lucro liquido. Caso
não ocorra lucro no período no período fiscal que pode ser (trimestral / anual), a
empresa não terá que pagar estes impostos, por esta razão muitas delas
escolherem trabalhar com uma margem de lucro pequena, ou até mesmo com
prejuízo, mas optam pelo lucro real por considerar mais vantajoso.
Silva e Rodrigues (2006, p.01) dizem que o “Lucro Real é o lucro liquido
do período, apurado com observância das normas das legislações comercial e
societária, ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas pela
legislação do Imposto de Renda”. De acordo com www.fazenda.gov.br, no momento
estarão obrigadas a apurar o resultado pelo Lucro Real as pessoas jurídicas, que:
a) cuja receita total, no ano-calendário anterior, tenha excedido o limite de R$ 78.000.000,00
(setenta e oito milhões de reais) ou de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais)
multiplicados pelo número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses;
b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de
títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas
de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização e entidades de previdência privada aberta;
c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção
ou redução do imposto;
e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto de
renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, de
1996;
f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a
pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou
de prestação de serviços ( factoring ).
O lucro real pode ser apurado trimestralmente ou apurado em período
anual, no entanto, feito a opção será irretratável para todo o ano-calendário. As
exigências quanto a esta questão estão expostas a seguir.
Na apuração trimestral, como o próprio nome sugere, o imposto será
calculado a cada três meses, (31/Março, 30/junho, 30/setembro e 31/dezembro). A
prática desta opção começa com a elaboração do balanço em março, referente ao
período de janeiro à março, incluindo os ajustes necessários (adições, exclusões e
compensações). Sobre o Lucro Tributável encontrado será pago o Imposto de
Renda Pessoa Jurídica e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
Na apuração anual a empresa deverá recolher os mesmos impostos junto
ao fisco, no dia 31 de dezembro de cada ano ou na data da sua extinção, conforme
Art. 17 da IN SRF nº 11/1996, e ao longo de cada mês, fará uma antecipação dos
impostos. Também aos optantes deste regime a atual legislação permite abater
valores destinados ao PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura, PAT Programa de Alimentação ao Trabalhador, doações aos Fundos dos Direitos da
Criança e do Adolescente,
Atividades Culturais ou Artísticas e Atividade
Audiovisual. Tais abatimentos incidirão diretamente no valor dos impostos
calculados com base no Lucro Real. Segundo a Lei 1.598/77, art. 6:
§ 3º - na determinação do lucro real poderão ser excluídos do lucro líquido do
exercício:
a) os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não
tenham sido computados na apuração do lucro líquido do exercício;
b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na
apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam
computados no lucro real;
c) os prejuízos de exercícios anteriores, observado o disposto no artigo 64.
As exclusões são incentivos fiscais que são também de interesse do
governo por ser uma forma de empresas investirem em programas sociais e
culturais, programas esses que na verdade, são de responsabilidade do governo,
mas que o mesmo não cumpre com efetividade.
2.2.2. O lucro presumido
O lucro presumido é conceituado como “(...) uma forma de tributação
simplificada para determinação da base de cálculo do Imposto de Renda e da CSLL
das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do
lucro real” (BRASIL, 2000, p. 1). Ao tratar do conceito de lucro presumido é importante
observar que há restrições para a opção deste regime tributário. Andrade Filho, (2012,
p. 584) explica a respeito dizendo:
a expressão lucro presumido é ambígua, isto é, designa mais de uma coisa. Ela
serve para fazer referência a um regime de tributação ao qual algumas pessoas
podem aderir como sujeitos passivos do Imposto de Renda e serve também
para designar a base de cálculo do Imposto de Renda devido pelas pessoas
que vierem a aderir a essa sistemática de tributação.
Os dizeres de Andrade Filho alertam sobre a importância que toda
empresa deve dar a questão, independente da área de atividade explorada, desde
que possua fins lucrativos, pois é interessante a elas conhecer como funciona
qualquer regime de recolhimento de tributos, tendo como base no que pretende
atingir de lucro em espaços previamente estabelecidos.
O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para resolução da
base de cálculo do imposto de renda e da CSLL (Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido) das pessoas jurídicas que não estiverem sujeitas, no anocalendário, à apuração do lucro real. O imposto de renda é devido
trimestralmente. (MAIA et. all., 2009, p.13).
Os autores mostram que é necessário conhecimento para escolher o regime
que mais se adapta a realidade da empresa. Isso implica em análise no momento da
empresa escolher e colocar em prática o regime que pretende implantar e cumprir, sem
deixar de levar em conta o suporte legal a seu favor e contra, ou seja, proibindo a
liberdade plena de opção. Para Cruz, ( 2013, p. 1),
o Lucro Presumido, segundo a legislação de regência, pode ser determinado
com base no regime de caixa ou de competência, ao talante do contribuinte;
ocorre que a opção por uma dessas alternativas pode trazer, por consequência,
em situações idênticas, resultados diferentes no quantum apurado do lucro. No
entanto, quando o valor distribuído é o encontrado na escrituração contábil,
mesmo sendo superior ao valor apurado com base nas regras fiscais, não
incide tributos nessa distribuição.
O autor destaca certos pontos e assim cabe à área de contabilidade da
empresa analisar e optar por uma forma que seja ao mesmo tempo legal e mais
econômica. É necessário considerar neste regime os impostos sobre a arrecadação
que são calculados com base no lucro real que foi obtido por elas. Foi buscando
simplificar o cálculo dos tributos sobre o lucro que é consideravelmente complexo na
maioria dos casos que o governo criou o conceito de “lucro presumido”, que devido a
sua característica e forma de apuração, presume qual será o lucro da empresa
baseado nas atividades que ela exerce. Segundo Pina, ( 2015, p. 3), os requisitos
para aderir ao lucro presumido são:
- Faturamento menor que R$78 milhões anuais;
-Não atuantes no mercado financeiro (bancos comerciais, bancos de investimento,
corretoras, etc.);
- Não tenham rendimentos de capital oriundos do exterior
- Não usufruam de benefícios fiscais;
- Empresas de pequeno e médio porte, pois proporciona uma relação custo benefício
(simplicidade x custo) melhor que o Simples e o Regime do Lucro Real
(especialmente importante para pequenas e médias prestadoras de serviço, pois os
principais custos estão na folha de pagamento)
A opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido ocorrerá
mediante o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido
correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário.
A pessoa jurídica que iniciar atividades a partir do segundo trimestre
manifestará a opção com o pagamento da primeira ou única quota do imposto
devido relativa ao período de apuração do início de atividade. A opção pela
apuração do imposto de renda com base no lucro presumido é irretratável para
o ano-calendário (Lei nº 9.718, de 1998, art. 13, § 1º) (BRASIL, 2000, p. 2).
Conforme estabelecido, existe regulamentação especial para a aplicação do
lucro presumido. Trata-se de uma norma que garante segurança para as partes,
respeitando-se princípios que as protege, seja ao pagador ou recebedor.
2.2.3. O Simples Nacional
O simples Nacional tem sua origem a partir do surgimento da forma jurídica
das micro e pequenas empresas com o objetivo de organizar este segmento da
economia, que tinha há tempos um importante papel no desenvolvimento do país.
Historicamente, às micro e pequenas empresas surgiram no Brasil
de maneira
formalizada na década de 1980 quando já havia um predomínio numérico delas,
mas sem atendimento diferenciado em relação às grandes empresas.
Na época, as definições estatutárias desta nova visão de empresa só viria
ser estabelecida pela Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999, sob a forma inicialmente
de medida provisória estabelecendo benefícios fiscais às micro e pequenas empresas.
Neste contexto que foi criado um novo sistema tributário pelo qual o microempresário
pode optar por pagar os impostos como antes ou por pagar um imposto único.
As medidas adotadas para este regime de tributação visam estimular a
legalização das inúmeras microempresas que atuavam na clandestinidade, além da
formação de novos negócios e a geração de empregos. Ao criar este sistema de
pagamento de impostos, o Governo Federal não considerou que esses benefícios
fiscais viessem diminuir a arrecadação, pelo contrário, acreditou que poderia ocorrer
aumento na arrecadação pelo crescimento do número de contribuintes, tanto que agora,
o Governo está pressionando os Governos Estaduais para que adotem sistemas
tributários semelhantes. Com base na Constituição Federal,
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às
microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei,
tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de
suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou
pela eliminação ou redução destas por meio de lei (BRASIL, 1988, p. 119).
Estima-se que existam no Brasil 2,5 milhões de empreendimentos que se
enquadram como micro e pequenas empresas, também foram ela que ocuparam boa
importância na economia a partir da primeira metade do século XX, razão que levou o
governo a tomar providências no sentido de fortalecer as vantagens principalmente de
ordem tributária, nas três esferas do poder.
(...) regime especial de tributação por estimação objetiva, constituído em
microssistema tributário, material, formal e processual, que unifica a
fiscalização, o lançamento e a arrecadação de determinados impostos e
contribuições da competência da União, Estados, Municípios e Distrito Federal,
aplicável opcionalmente às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte,
com o escopo de garantir a estes contribuintes tratamento fiscal diferenciado e
favorecido, em caráter parcialmente substitutivo ao regime geral e
compulsório (MARINS e BERTOLDI, 2007, p. 68).
Da forma como o Simples Nacional funciona, atualmente ele é um regime
jurídico simplificado e favorecido, tendente a reduzir a burocracia e a carga tributária
a que estão submetidas às microempresas e empresas de pequeno porte do País.
Pode-se afirmar que o Simples Nacional é um regime tributário especial, já
que excepciona o geral, e não se aplica a todo o universo de pessoas
jurídicas de direito privado nacional; tem o propósito de operacionalizar, na
área fiscal, os princípios de tratamento diferenciado e favorecido às micro e
pequenas empresas, e não se restringe apenas à desoneração financeira
dos contribuintes, mas também a simplificação administrativa, tanto para os
contribuintes quanto para os entes tributantes. (ALEXANDRE, 2010, p. 664).
Completando 10 anos em 2016, o Simples Nacional (também conhecido
como Super Simples) foi um marco para o empreendedorismo no Brasil, sua revisão é
fundamental para ampliar o acesso ao programa e desafogar empreendedores que
contribuem, hoje, com uma carga de impostos muito alta. A proposta que já está
tramitando possui o seguinte teor:
a principal alteração do Simples Nacional em 2016, com a revisão proposta
do Simples Nacional, a principal alteração seria:- Ampliação dos limites de
faturamento: o teto máximo de faturamento permitido para continuar no
Simples passa de R$3,6 milhões/ano para R$14,4 milhões/ano.
Em 2017, estão previstas as seguintes alterações do Simples Nacional 2017:
Redução das tabelas de alíquotas: serão instituídas apenas 4 tabelas
(comércio, indústria, serviços, serviços especializados) com alíquotas entre 4%
e 29,7%.- Ampliação do limite de faturamento dentro da faixa inicial: o
faturamento máximo permitido para alíquota inicial (a menor alíquota em cada
tabela) passa de R$ 180.000 para R$ 225.000 na soma dos últimos 12 meses.
Redução da alíquota de imposto: isto mesmo, haverá redução da alíquota
de impostos para prestadores de serviços especializados (CONTABILIZEI,
2016, p. 1).
Acredita-se que todas as empresas optantes pelo Simples Nacional irão se
beneficiar desta alteração por meio dessa proposta que chegará em forma de uma Lei
Complementar. Estima-se que as novas medidas e
tabelas para pagamento dos
impostos pelo Simples Nacional proposta em 2016 para vigorar em 2017 irá incentivar
as empresas que estão no Lucro Presumido em solicitar o enquadramento no
programa Simples Nacional. É possível que mais de 76 mil empresas do Lucro
Presumido venham a ser enquadradas no Simples Nacional, reduzindo sua carga
tributária e facilitando o pagamento de seus impostos.
Como o Simples Nacional é um programa unificado de pagamento de
impostos, unindo tributos municipais, estaduais e federais, qualquer alteração impacta
na máquina pública e o equilíbrio dessa arrecadação pode diminuir a dependência dos
municípios e estados quanto aos repasses federais.
2.2.4. Como optar pelo regime tributário adequado?
A escolha do regime tributário em qualquer tipo de negócio é muito
importante tanto para os empreendedores que vão começar seu negócio como para
aqueles que já estão a algum tempo no mercado, pois é esta opção que define o quanto
de impostos serão pagos durante o ano, esta escolha poder levar a sobrecarga
tributária e até mesmo a problemas com os órgãos fiscalizadores como a Receita
Federal, Estadual e outros. Para fazer a opção, é preciso considerar aspectos
importantes expostos a seguir.
As pessoas jurídicas que desejarem optar pelo LUCRO REAL precisam
também conhecer as características deste regime de pagamento de impostos sobre o
lucro, pois, o lucro Real é o lucro líquido do período, apurado segundo os critérios do
regime e com observância das normas das legislações comercial e societária, ajustado
pelas adições, exclusões ou compensações prescritas pela legislação do Imposto de
Renda.
De
acordo
com
www.previsa.com.br/regime-tributario-sera-que-minha-
empresa-esta-no-mais-adequado?, o lucro real,
é o regime tributário que qualquer empresa pode optar, porém, normalmente é
adotado por empresas de grande porte e com reduzidas margens de lucro.
Recebe esse nome pois para o cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição
Social utiliza como base o lucro apurado em balanço pela contabilidade. Com
relação ao PIS e COFINS nesse regime, o cálculo é feito sobre as receitas
(1,65% para o PIS e 7,6% para o COFINS), mas é possível obter credito de
algumas despesas (Regime não cumulativo). Sendo assim a vantagem desse
regime seria em momentos onde a empresa tem grandes despesas, que
resultam em pouco lucro ou em prejuízo, pagando assim valores menores de
imposto.
Com relação às vantagens da escolha do regime de lucro real para o
recolhimento de tributos “uma delas é que ele é o único regime de tributação que
permite o gozo dos diversos incentivos fiscais estabelecidos pela legislação do
Imposto de Renda” (SOUZA; PAVÃO, 2012, p. 6). Sendo assim, o Lucro Real é o
lucro líquido do período, apurado com observância das normas das legislações
comercial e societária, ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas
pela legislação do Imposto de Renda.
O outro regime que as empresas podem optar é o do LUCRO
PRESUMIDO, que segundo www.previsa.com.br/regime-tributario-sera-que-minhaempresa-esta-no-mais-adequado?,
é o regime tributário onde o valor do lucro é presumido através da aplicação de
alíquotas para o cálculo de Imposto de renda e Contribuição Social. Com
relação ao PIS e COFINS as alíquotas são menores que no lucro real (0,65%
para o PIS e 3% para o COFINS), porém, não se pode tomar crédito sobre
suas despesas (Regime Cumulativo). O principal impedimento para se optar
por esse regime é o faturamento que não pode exceder 78 milhões no ano.
Este regime tem suas vantagens e desvantagens para as empresas que o
adota, pois a lógica aponta seus prós e contras em aspecto como a burocracia para
a sua aplicação. Deve-se considerar que o processo de presumir, por mais seguro
que seja, quando se trata de economia, não há como garantir totalmente a
possibilidade de alcançar metas.
A tributação com base no lucro presumido é, sempre, uma opção. O
contribuinte, nos casos em que a lei faculta o seu acesso a esse regime,
pode ingressar a qualquer momento e pode sair se desejar e se for
obrigado. De fato, existem duas espécies de normas que restringem o
acesso a esse regime a certas pessoas jurídicas. Algumas pessoas
jurídicas estão impedidas de optar por esse regime em virtude da atividade
que desempenham como é o caso típico das instituições financeiras.
(ANDRADE FILHO, 2012, p. 586).
As pessoas jurídicas que desejarem optar pelo SIMPLES NACIONAL
devem entender que se trata de um regime tributário que costuma ser mais vantajoso
pelas suas alíquotas dinâmicas/ progressivas que geram menos impostos quando se
tem uma receita menor e à medida que esta receita aumenta paga-se o valor
proporcional a apuração do faturamento.
O Simples Nacional está demonstrando que é possível a gestão e a atuação
integrada entre a Receita Federal do Brasil, os Estados e Municípios,
representando um verdadeiro exemplo de federalismo. Além de significar
uma verdadeira reforma tributária para as microempresas e empresas de
pequeno porte, o Simples Nacional está apontando caminhos para a
reforma tributária das demais empresas, a partir da nossa experiência.
(SANTIAGO, 2011, p. 3).
Outro fator positivo é o fato de ser simples e menos burocrática a apuração
dos impostos, basta gerar uma única guia que corresponde aos diversos impostos
que devem recolhidos. Para Ramos (2016, p. 1),
outro benefício trazido para as microempresas e empresas de pequeno porte é
que elas são dispensadas da entrega da apresentação da DCTF (Declaração
de Débitos e Créditos de Tributos Federais) e do DACON (Demonstrativo de
Apuração das Contribuições Federais). As empresas sem movimento há mais
de três anos poderão solicitar a baixa nos registros dos órgãos públicos
federais, estaduais e municipais, independentemente do pagamento de débitos
tributários, taxas ou multas devidas pelo atraso na entrega das respectivas
declarações nesses períodos.
Há também vantagens sobre as licitações, o Simples Nacional determina
que os governos estaduais, municipais e federais são obrigados a destinar uma parcela
das licitações públicas para as pequenas e médias empresas da maioria dos setores
comerciais. Segundo Ramos, (2016, p. 3),
o ingresso no Simples Nacional é realizado a partir do enquadramento na
definição de microempresa ou empresa de pequeno porte, do cumprimento
dos requisitos previstos na legislação e da formalização da opção pelo
Simples Nacional. Os optantes pelo regime anterior à nova lei migrarão
automaticamente para o novo sistema, desde quer não possuam restrições
e débitos na Receita Federal. A adesão ao Simples Nacional é facultativa,
e, depois de realizada, poderá ser excluída, entretanto é obrigatoriamente
válida para todo o ano-calendário.
Para optar por este regime, as microempresas e empresas de pequeno porte
devem estar enquadradas na faixa de faturamento permitida pelo regime, saber em qual
faixa de faturamento mensal ficam para depois saber qual alíquota de impostos
recolher. Também
é preciso observar os ramos de atividades permitidos para tal
enquadramento. O Simples Nacional por suas características e atualizações contínuas
pode considerado o mais funcional dentre os três regimes.
Ao tratar do assunto da pesquisa que enfoca regimes tributários, é
necessário citar a questão do Microempreendedor Individual (MEI), para qual o teto
de faturamento passará de R$ 60 mil para R$ 81 mil. O MEI entrou, efetivamente,
para reduzir a informalidade de mão de obra no Brasil e tem proporcionado
condições a pequenos empreendedores para iniciar seus negócios saindo da
informalidade.
No momento podem se inscrever como micro empreendedor individual os
empreendedores informais ou não, que faturam até R$ 60 mil por ano e que
possuem no máximo um funcionário. Geralmente se enquadram no MEI
cabeleireiros, fotógrafos, pequenos comerciantes, pedreiros, donos de lanchonetes e
outros., desde que não tenham participação em outra sociedade. Os benefícios são
vários, o empreendedor individual pode contar com o recolhimento para
aposentadoria e auxílio-doença, além da possibilidade de participar de licitações
públicas.
Sendo assim, para escolher o melhor regime, além de conhecer os requisitos
de cada um é preciso enquadrar-se no escolhido e para isto é necessário analisar a
condição da empresa, seu porte e suas tendências, assim como as de mercado para
chegar à conclusão de qual deles será o melhor.
2.2.5. Importâncias do planejamento tributário na gestão empresarial
Ao tratar da gestão de empresas, é preciso considerar que o
administrador tem o dever moral e a obrigação de zelar pela redução de custos e
despesas inerentes a atividade explorada pela organização que está sob sua
responsabilidade administrativa. Sendo assim, tem a responsabilidade de zelar
também para que haja um planejamento tributário de forma lícita e preventiva. Para
que isso ocorra, os dirigentes empresariais precisam buscar soluções dentro da lei
para permanecer no mercado competitivo. A Lei das Sociedades Anônimas orienta
que:
o administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções,
o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na
administração de seus próprios negócios. [e que] deve exercer as atribuições
que a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e no interesse da
companhia (LEI 6.404/76, ART. 153 e 154).
A necessidade administrativa de diminuir gastos por meio de um
planejamento tributário não deve ser confundida com sonegação fiscal, pois planejar
é escolher entre duas ou mais opções lícitas, aquela que possa trazer melhores
resultados para o empreendimento. Sonegar é o oposto, é utilizar-se de meios
ilegais para deixar de recolher tributos devidos, o que caracteriza a fraude, a
simulação ou a dissimulação. Nesta visão, tal atitude é considerada como omissão
dolosa com o propósito de impedir ou retardar a obrigação fiscal.
A sobrevivência de uma empresa depende de uma boa gestão e a
tributação é um dos fatores de grande impacto no sucesso ou insucesso da
atividade explorada, eis aí a importância do planejamento tributário na gestão
empresarial.
Cabe
ao
gestor
as
responsabilidades
de
analise
da
relação
custo/beneficio para a empresa, escolhendo as medidas viáveis, de acordo à
classificação da empresa, se de pequeno, médio ou grande porte. Nessa visão, o
planejamento tributário é o único que pode resultar em real economia para as
empresas na questão do pagamento de tributos, sem a preocupação com
posteriores complicações com o Fisco. Porém, para isso ocorra de forma satisfatória,
é indispensável que ela tenha uma contabilidade fidedigna capaz de seguir as
normas e princípios contábeis estabelecidos pela legislação contábeil em vigor.
3. Conclusões
O estudo sobre planejamento tributário com enfoque nas suas
importâncias na gestão empresarial esclarece a respeito das oportunidades que
existem para empresas quanto as posibilidades de escolha
entre os regimes
tributários existentes no país. Trata de um assunto complexo e minucioso, mas
indispensável para a sustentabilidade financeira da empresa.
As diferenças entre um regime e outro podem significar a possibilidade da
continuidade ou não da empresa no mercado, mas é preciso levar em conta que
ambos possuem vantagens e desvantagens, realidade que exige profisisonais
preparados para analisar a melhor opção em cada caso.
Quanto a importancia do planejamento tributário na gestão empresarial,
destaca-se que toda atividade exige conhecimentos, não será possível sucesso na
gestão quando algo falhar, principalmente em pontos que acarretam perdas maiores,
como o caso da tributação, que além de perdas, gera outros problemas ligados às
questões legais da empresa perante o governo. Sendo assim, muito se tem a
estudar sobre o tema, pois todo estudo contribui com novas ideias e novas
conquistas.
REFERÊNCIAS
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planejamento tributário visando a redução dos custos nas organizações.
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https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-idvol_19_1346771456.pdf. Acesso em:
17 junho/2016.
XII ERIC – (ISSN 1808-6004)
ANÁLISE DA ÁREA/FUNÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA EM UMA EMPRESA DO SETOR QUÍMICO DA CIDADE DE ROLÂNDIA – PR, A FIM DE
APRESENTAR UMA PROPOSTA DE VIABILIDADE DE PROJETO.
Mateus Francisco Klagenberg – FAFIMAN - [email protected]
Prof.ª ME. Kátia Tóffolo – FAFIMAN - [email protected]
1.INTRODUÇÃO
Nos últimos anos mudanças nos ambientes econômico, competitivo e
regulamentador aumentaram a importância e a complexidade nas tarefas do
administrador financeiro. Segundo Gitman (2010), A Administração financeira diz
respeito
às
atribuições
dos
administradores
financeiro
na
empresa.
Os
administradores financeiros são responsáveis pela gestão de negócios financeiros
das organizações de todo os tipos, financeiras ou não, aberto ou fechadas, grandes
ou pequenas, com ou sem fins lucrativos, eles realizam as mais diversas tarefas
financeira, tais como planejamento, concessão de credito a clientes, avaliação de
propostas que envolvem grandes desembolsos e captação de fundos para financiar
as operações da empresa. O administrador financeiro de hoje, esta mais ativamente
envolvido com o desenvolvimento e a implantação de estratégias empresariais, que
tem por objetivo, o “crescimento da empresa” e a melhoria de sua posição
competitiva. Por isso muitos altos executivos vêm da área financeira.
Todas as funções financeiras são atribuídas ao setor Financeiro onde são
controladas as finanças da empresa, planejando entradas e saídas dos recursos, de
forma que são divididos entre contas a pagar e a receber. Para Michael (2011), A
Administração Financeira, precisa de um projeto financeiro: A empresa elabora
previsões de demonstrações financeiras com versões alternativas do plano
operacional para analisar os efeitos de diferentes procedimentos operacionais sobre
lucros projetados e índices financeiros, ela determina o montante de capital que será
necessário para financiar o plano, ou seja, verifica quanto custarão os novos ativos
necessários para atingir a meta de vendas, uma vez que, sem capital suficiente, o
plano obviamente não poderá ser realizado, A empresa estima o caixa que será
gerado internamente. Se os fluxos de caixa internos forem insuficientes para cobrir o
novo investimento exigido, a empresa deve identificar fontes das quais o capital
externo possa ser levantado, levando em conta restrições por conta de dispositivos
de títulos que limitam seu índice de endividamento e outros índices financeiros, A
empresa estabelece um sistema de remuneração da administração baseada em
desempenho que te recompensa os funcionários por criar valor para o acionista,
Finalmente a administração deve monitorar as monitorações após a implementação
do plano para identificar qualquer desvio e tomar ações corretivas.
Dentro de uma instituição é fundamental desenvolvimento de projetos
Financeiros pela área financeira e quando não existe é substituída pela função, onde
ambos têm a responsabilidade da captação de recursos, alocação dos recursos e
investimentos necessários para o sucesso de uma instituição. A área è responsável
a controlar e caso necessário a busca de recursos externos para investimento ou
saldar dívidas.
A escolha do tema deve se à exigência do Curso de graduação de
Administração, e que vem de encontro ao estudo de Administração Financeira e
Orçamentaria dentro da empresa, visando o estudo das Finanças a ser aplicada em
orçamento.
Administração Financeira e Orçamentaria mostram aos empresários onde
capitar e alocar seus recursos e investimentos dentro da sua empresa, sendo
analisados através de registros e históricos contábeis de determinada áreas,
conhecendo as áreas e quem exerce essa função financeira dentro da empresa.
Conforme havia dito na introdução, é um tema que convivemos a todo o
momento no dia a dia, seja em casa ou no trabalho. É preciso administrar uma casa,
uma empresa, para não haver dividas que não possam ser pagas.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para Junior, Rigo e Cherobim (2002) A Administração Financeira objetiva
maximizar a riqueza dos acionistas da empresa. O administrador financeiro é o
principal responsável pela criação de valor da empresa e, para isso, se envolve cada
vez mais com os negócios da empresa como um todo. Suas atividades abrangem
decisões estratégicas, como a seleção de alternativas de investimentos e as
decisões de financiamento de longo prazo, além das operações de curto prazo,
como a gestão do caixa, o gerenciamento do risco e tantas outras. Sua área de
abragência é ampla, ocupando-se do processo financeiro, dos mercados e das
instituições financeiras, dos instrumentos financeiros e das finanças pessoais,
governamentais e corporativas.
A
Administração
Financeira
pode
ser
exercida
nas
mais
diversas
organizações indústria, comércio ou serviços; empresas estatais ou privadas;
voltadas ou não para lucros; governo, escolas, hospitais, clubes recreativos e outras.
Suas funções principais são: Planejamento, controle, orçamento, previsões, fluxo de
caixa, investimentos, financiamentos, crédito, cobrança, câmbio, operações
bancárias e gerenciamento de risco.
Uma das atividades financeiras de maior relevância é a intermediação de
recursos financeiros. No âmbito empresarial, os recursos originam-se das atividades
operacionais: da venda de produtos e prestações de serviços; do aporte de recursos
dos proprietários, acionistas; ou ainda de recursos tomados emprestados ás
instituições financeiras. Esses recursos são utilizados nas atividades operacionais
ou em projetos de investimento. No âmbito externo á empresa, no mercado
financeiro e de capitais, diferentemente, as instituições atuam como intermediários
financeiros ou como facilitadores dos negócios no mercado mobiliário.
A captação de recursos financeiros envolve a emissão e venda de papéis no
mercado de capitais, sob a forma de ações e debêntures no longo prazo e comercial
papéis no curto prazo. Essas operações ocorrem no mercado de capitais através de
instituições financeiras como as corretoras de valores, as distribuidoras de valores e
os bancos de investimentos; ou no mercado financeiro.
As funções financeiras podem ser de curto ou longo prazo. As funções
financeiras de curto prazo envolvem a administração do caixa, do crédito e das
contas a receber e a pagar, dos estoques e dos financiamentos de curto prazo. A
empresa precisa dispor de recursos suficientes para saldar os compromissos com
fornecedores, salários, tributos e demais contas. Para tanto, os recebimentos das
vendas ou prestação de serviços aos clientes precisam ocorrer simultaneamente aos
compromissos. Quando existem prazos diferentes entre os recebimentos e os
pagamentos, na maioria das vezes a empresa precisa buscar recursos no mercado
financeiro; por meio de empréstimos, ou aplicados recursos excedentes. A
administração financeira de curto prazo também é chamada de administração do
capital circulante (ou do capital de giro). No curto prazo, o administrador financeiro
preocupa-se ainda com os planejamentos financeiros e tributários.
Conforme
Gitman
(2010),
profissionais
de
todas
as
áreas
de
responsabilidades em cada empresa precisam interagir com os procedimentos de
finanças para desempenhar suas tarefas, e para que os administradores financeiros
possam fazer previsões e tomar decisões úteis. A função da administração
financeira pode ser descrita por meio de seu papel na organização, de sua relação
com a teoria econômica e as ciências contábeis e das principais atividades do
administrador financeiro.
O planejamento financeiro, no entendimento de Gitman (2010), procura 5
definir previamente os padrões, os princípios, o processo de elaboração e os
métodos de avaliação, bem como conhecer as atividades necessárias para que
sejam alcançadas as metas estabelecidas. Quanto ao controle financeiro, o objetivo
é realizar o acompanhamento permanente em relação ao desempenho dos planos,
das políticas, dos objetivos e das metas fixadas à empresa. O administrador
financeiro sempre deve agir no sentido de realizar os objetivos dos proprietários,
seus acionistas.
Conforme Gitman (2010), o objetivo da empresa é sempre maximizar o lucro.
Em vista disso, o administrador financeiro somente pratica atos que tendem a fazer
uma grande contribuição para os lucros totais da empresa. Dentre cada conjunto de
alternativas considerado, o administrador financeiro escolheria o que devesse
resultar em maior resultado monetário possível. Gitman (2010, p. 13) também afirma
que “o objetivo da empresa, e, portanto de todos os seus administradores, consiste
em maximizar a riqueza dos proprietários”.
Gitman (2010) descreve que o planejamento financeiro é importante porque
irá indicar antecipadamente as necessidades de numerários para o atendimento dos
compromissos que a empresa costuma assumir, considerando os prazos para serem
saldados. Gitman (2010) comenta que o planejamento financeiro fornece um mapa
para a orientação, a coordenação e o controle dos passos que a empresa dará para
atingir seus objetivos.
Segundo Brigham (2000) o planejamento financeiro envolve a realização de
projeções de vendas, renda e ativos baseados em estratégias alternativas de
produção e de marketing, seguidas pela decisão de como atender as necessidades
financeiras previstas. No processo de planejamento financeiro, os gerentes também
deveriam avaliar os planos e identificar as mudanças nas operações que pudessem
melhorar os resultados. Gropelli (2010, p. 319) assim define planejamento financeiro:
Planejamento financeiro é o processo por meio do qual se calcula quanto de
financiamento é necessário para dar continuidade às operações de uma companhia
e se decide quando e como a necessidade de fundos será financiada. Sem um
procedimento confiável para estimar as necessidades de financiamento, uma
companhia
pode
acabar não
tendo
fundos suficientes para
pagar
seus
compromissos. Uma empresa fica inadimplente se não for capaz de saldar suas
obrigações contratuais. Portanto a falta de um planejamento financeiro sólido pode
causar falta de liquidez e, por isso a falência.
Para Morante e Jorge (2012), o administrador financeiro age sobre o ativo
circulante do negócio, dimensionando adequadamente os investimentos que serão
realizados na sua operação, financiando clientes, investindo estoques, tanto de
matérias primas e materiais auxiliares, como estoque de produtos acabados.
Tem-se, portanto, em uma síntese, que o papel do administrador financeiro é
exercido tanto sobre os recursos próprios aqueles que configuram o patrimônio
líquido de negócios, como capital integralizado, reservas e lucros retidos como sobre
de recursos de terceiros, aqueles que compreendem as contas do passivo circulante
e do exigível em longo prazo. São recursos permanentes quando provenientes de
recursos próprios ou de dívidas de longo prazo e constituem recursos temporários
quando se referirem a compromissos e dividas em curto prazo.
Morante e Jorge (2012), continua nos dizendo que os objetivos do
administrador financeiro são: Análise e planejamento de todas as informações de
cunho financeiro que possam se relacionar, direta ou indiretamente, com as
operações da organização e mesmo com a expansão do negócio frente às
oportunidades e mesmo ameaças derivadas do ambiente externo, isto é, do macro
ambiente e, sobretudo, do ambiente setorial, no processo de administração
estratégica do empreendimento.
A administração da estrutura dos ativos da empresa e de que forma tais
ativos implicam em obtenção de recursos financeiros para a sua aquisição e
operacionalização, coerentemente com as possibilidades de geração de caixas
destes ativos;
Administração da estrutura financeira da empresa, ai entendidos os aspectos
relacionados com a composição mais adequada de financiamento a curto, médio e
longo prazo, dada as suas implicações com a liquidez e rentabilidade do negócio, e
também na própria determinação das melhores fontes de financiamento a curto,
médio e longo prazo para suprimento das necessidades de capital de giro e recursos
financeiros destinados á composição do ativo fixo da empresa.
A Administração Financeira se vale dos conceitos compreendidos tanto na
macroeconomia quanto na microeconomia. São dois ramos teóricos da mesma
ciência. A microeconomia estuda comportamento dos consumidores e, por outro
lado, certos aspectos relacionados ao funcionamento das empresas, no tocante a
custos e produção de bens e serviços e, também, a receita e fatores produtivos.
Em relação à Contabilidade a Administração Financeira dela se utiliza para
uma visão acurada da posição financeira da organização. O contador, utilizando de
certos princípios padronizados e geralmente aceitos, prepara demonstrações
financeiras com base na premissa de que as receitas devem ser reconhecidas por
ocasião das vendas. Por sua vez, as despesas devem ser reconhecidas por ocasião
das vendas. Por sua vez, as despesas devem ser reconhecidas quando incorridas,
isto é, na sua geração. Este método é geralmente chamado de regime de
competência dos exercícios contábeis. Por este método o valor da venda
comprovado por uma nota fiscal de venda emitida hoje, será recebido no mês
seguinte, deve ser registrado já neste mês. Por seu turno, uma despesa comprovada
para uma determinada nota fiscal de fornecimento ou prestação de serviço com data
de hoje deve ser assumida hoje, independentemente de ter seu pagamento
realizado, por exemplo, daqui a um mês. Mas, para o administrador financeiro, sua
tarefa consiste em proporcionar os fluxos de caixa necessários para atingir as metas
da empresa.
A partir os registros contábeis são elaborados as demonstrações financeiras,
que irão proporcionar ao administrador financeiro uma avaliação, o desenvolvimento
de dados adicionais e posteriores decisões com base em análises subsequentes,
com vista ao equilíbrio entre as entradas e saídas de recursos e, sobretudo com
vistas á maximização do valor do empreendimento, conforme já visto.
Padoveze (2005) nos diz que a geração de caixa é o objetivo que suporta a
missão das empresas, efetivando financeiramente os lucros necessários á
remuneração do capital investidos, com isso permitindo a sua continuidade sua
existência por tempo indeterminado. A compreensão da movimentação financeira,
portanto é fundamental para o entendimento das operações da empresa e para a
avaliação da viabilidade e retorno do investimento.
As empresas nascem a partir de investimentos nas operações necessárias
para produzir e vender os produtos e serviços escolhidos. Esses investimentos são
destinados aos diversos ativos necessários a essas operações, ativos esses que,
movimentados pelas pessoas, produzem e comercializam os produtos e serviços
gerando os lucros necessários para dar o retorno esperado pelos investidores. O
retorno necessário denominado criação de valor.
As operações para produzir e vender produtos e serviços exigem recursos,
que, por sua vez, tem que ser pago em dinheiro. O recebimento de dinheiro pela
venda desses produtos e serviços é a contrapartida pelos esforços realizados. A
diferença entre os valores pagos pelos recursos utilizados e os valores recebidos
pelas vendas dos produtos e serviços é a geração operacional de caixa que decorre
do lucro gerado por esses produtos e serviços.
Fluxo financeiro ou de caixa essa movimentação básica, de recursos
acoplado ás movimentações financeiras de investimento e entradas de capital,
temos o fluxo financeiro geral do empreendimento. Assim, o fluxo financeiro ou de
caixa pode ser definido como um conjunto de movimentações financeiras decorrente
do pagamento e recebimento dos eventos econômicos das operações da empresa e
das atividades de captação de recursos e investimento de capital.
O fluxo operacional compreende basicamente: a saída da caixa para
aquisição de estoques de mercadorias (comercio) e matérias-primas e componentes
(indústria). Conforme evidenciado no fluxo, é comum que essa saída de caixa não
seja de imediato, uma vez que, de um modo geral, os fornecedores de mercadorias
e materiais dão um prazo para operacionalizar o pagamento de entregas. Assim,
essa saída de caixa corresponde ao pagamento a fornecedores, por meio da
quitação das duplicatas originadas de suas faturas emitidas contra a empresa.
A saída de caixa para pagamento das despesas gerais necessárias para
manutenção e operação de todas as atividades empresariais, de produção,
comercialização e administração. As despesas compreendem os gastos com mão
de obra e seus encargos sociais, obrigatórios e espontâneos, e os gastos diversos
com energia, viagens, aluguem seguros, fretes etc. são todas as despesas
departamentais.
A entrada de caixa pelas vendas efetuadas de mercadorias, produtos ou
serviços, por meio de recebimento das duplicatas dos clientes, originadas das
faturas emitidas pela empresa. Observe, no fluxo, que o evento que antecede o
recebimento das duplicatas dos clientes é a venda. A empresa que tem condições
de vender a vista (supermercado, por exemplo) não tem o tempo de espera para
realizar financeiramente a venda, contudo a maior parte das empresas vende a
prazo, para dar tempo aos seus clientes de escriturarem as faturas e providenciar o
pagamento.
A saída de caixa para o pagamento dos impostos devidos ao governo, em
suas diversas esferas e modalidades. Os impostos são gerados pelas vendas, pelo
lucro, por movimentação financeira e outros fatos geradores, contidos basicamente
nas operações da empresa.
Ehrhardt e Brigham (2012) Instituições financeiras, quando se levanta capital,
transferências diretas de fundo de indivíduos a empresa são mais comuns para
pequenas empresas ou economias em que os mercados e instituições financeiras
não estão bem desenvolvidas. As empresas em economias desenvolvidas
normalmente acham mais eficiente contar com os serviços de uma ou mais
instituições financeiras para levantar capital. A maioria das instituições financeiras
não é concorrente apenas em uma linha de negócios. Em vez disso, elas oferecem
uma ampla gama de serviços e produtos dentro e fora do país. As seções a seguir
descrevem os principais tipos de instituição e serviços financeiros, mas lembre-se de
que as linhas divisórias entre eles muitas vezes são indeterminadas. Além disso,
observe que a crise econômica mundial atual está mudando a estrutura de nossas
instituições financeiras e, com certeza, as novas regulamentações afetarão as que
restarem. As finanças dos dias de hoje são, no mínimo, dinâmica!
Os bancos de investimentos ajudam as empresas a levantar capital. Essas
organizações coordenam ofertas de ações, o que significa que elas aconselham as
sociedades anônimas com relação ao projeto e ao preço das novas ações, compram
essas ações da sociedade emitente e revendam-nas aos investidores. Embora as
ações sejam vendidas duas vezes, esse processo é, na realidade, uma transação de
mercado primário, sendo o banco de investimentos um facilitador que ajuda a
transferir o capital dos poupadores ás empresas.
O responsável pela administração financeira e orçamentaria é o proprietário,
que tem como responsabilidade:
-Efetuar os pagamentos de contas, tais como agua, energia elétrica, aluguel,
telefone, folha de pagamento, honorários do contador e os tributos, conforme guias
emitidas pelo contador;
- Elaboração de orçamento referente ao pagamento de fornecedores e
investimentos futuros.
A formação desejada para atuar na área, é ter formação superior em
administração ou ciências contábeis, ter no mínimo um ano de experiência na área e
conhecimentos com informática.
3. METODOLOGIA
O trabalho foi realizado em uma empresa de distribuição de produtos para
tratamento de água e efluente, localizada em Rolândia. Se utilizou além da análise
vivencial, livros de autores de Administração Financeira como apoio ao trabalho, e
fontes da Empresa, para o estudo de aprofundamento do assunto teórico e prático
utilizando organogramas, planilhas, orçamentos e outros métodos que for útil em
uma empresa.
Neste trabalho foi adotado o tipo de pesquisa bibliográfica tais como livros,
artigos, jornais, trabalhos de conclusão de curso e etc. De acordo com Figueiredo
(2009, p 83) a pesquisa bibliográfica é a revisão que permite uma compreensão
adequada de qual estado atual e o que já tem sido feito na área de sua pesquisa.
A pesquisa de campo é aquela que valorizam o aprofundamento das
questões propostas e como consequência seu planejamento apresenta maior
flexibilidade podendo ocasionar uma reformulação de seus objetivos ao longo da
pesquisa. O estudo de campo tende a utilizar muito mais técnicas de observação do
que interrogação. A pesquisa é desenvolvida basicamente por meio da observação
direta das atividades do grupo estudado e de entrevista com informantes a fim de
captar explicações e interpretações a respeito do que ocorre no grupo (Figueiredo,
2009, p.105) Pesquisa de campo na empresa RCJ Comércio de Produtos Saneantes
Ltda., analisando captação de recursos financeiros e alocação recursos financeiros.
Diagnostico da empresa referente fluxo de caixa. Desenvolvimento de projetos, tais
como, compra de novo ativos, mudanças de prédios e etc.
4. RESULTADOS OBTIDOS NA PESQUISA
A RCJ Comércio de Produtos Saneantes Ltda. Tem como nome fantasia
Politec, situada na Av. Ouro, 256 – Vila Oliveira CEP 86600-000 Rolândia/Pr, tendo
como sócio Roni Carlos.
A empresa surgiu no dia 13 de Setembro de 2007, na cidade de Rolândia
Paraná, localizada na Av. Ouro, 256, Vila Oliveira. As atividades se iniciaram a partir
do único proprietário da empresa, onde o mesmo era encarregado no período da
noite e no período matutino realizava as vendas e entregas dos produtos químicos.
Em torno de seis anos após, o proprietário decidiu se desligar da empresa onde
trabalhava e ficar somente com a venda e entrega dos produtos químicos.
Com o decorrer dos anos as vendas aumentaram, com isto houve a
necessidade de contratação de um funcionário para efetuar as entregas.
Como o proprietário ficou somente a cargo das vendas, o número de clientes
se elevou, sendo assim a empresa efetuou a contratação de mais três funcionários,
sendo um para a parte administrativa e financeira da empresa, um para efetuar a
assistência técnica aos clientes e um químico para formular os produtos para cada
cliente.
Figura nº 1:
ORGANOGRAMA
CONTADO
R
Fonte: Autor (2016)
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este Trabalho foi realizado para aprimorar e mudar a Organização de forma a
atrair melhores resultados Projeto de mudança se faz necessário para melhor
localização da RCJ Comércio de Produtos Saneantes Ltda.
O Sócio Administrador será envolvido em todo o projeto de mudança. O
treinamento do Sócio Administrador e do Assistente Administrativo se faz necessário
para capacitação e atualização de novos mercados da atualidade, tendo em vista
que os treinamentos só foram feitos na pratica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.
GITMAN, LAURENCE J. Princípios de Administração Financeira: 12ª Edição. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
EHRHARDT, MICHAEL C.; BRIGHAM, EUGENE F. Administração Financeira:
Teoria e pratica. 13ª Edição. São Paulo: Cegage, 2012.
FIGUEIREDO, NEBIA MARIA ALMEIDA, Método e Metodologia na Pesquisa
Cientifica. 3 º Edição. São Caetano do Sul/SP: Yendis, 2009.
JUNIOR, ANTONIO B.L.; RIGO, CLAUDIO MIESSA; CHEROBIM, ANA PAULA M.S.
Administração Financeira: Princípios, Fundamentos e Praticas Brasileira. 3ª Tiragem.
Rio de Janeiro: Editora Campus, 2002. Pag. 5 – 28.
GROPPELLI, Angélico A; NIKBAKHT, Ehsan; Administração financeira, São Paulo,
3. tir.ed., Saraiva, 2001. P 134 á 145.
MORANTE, ANTONIO SALVADOR; JORGE, FAUZI TIMACO Administração
Financeira: Decisões de Curto Prazo, Decisões de Longo Prazo e Indicadores de
Desempenho. 1ª Edição. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2012. Pag. 1 – 52.
PADOVEZE, CLOVIS LUIS Introdução à Administração Financeira: São Paulo:
Pioneira Thomson, 2005 Pág. 3 – 39.
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