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APOSTILA DE FILOSOFIA – COC CASCAVÉL
A Evolução da Pólis Grega
A EVOLUÇÃO DA PÓLIS GREGA E A RAZÃO
A história de civilização ocidental começa com a história de civilização grega. Apesar de
sua geografia dispersa, a Grécia antiga tem uma vida cultural relativamente homogênea, expressa
no idioma comum e em formas de organização política e crenças religiosas semelhantes. Essa
unicidade resulta da união de várias culturas, trazidas por povos que invadiram a Grécia,
misturando-se aos habitantes mais antigos.
A origem da polis a partir do século VIII a.C., com o renascimento do comércio, acaba
com o isolamento das aldeias. A sociedade torna-se mais complexa. As cidades sofrem mudanças
radicais. O local mais importante da cidade passa a ser a “ágora", a praça pública, onde o comércio
se desenvolve e as discussões sobre a vida e a sociedade acontecem. A democracia contribuiu para
que “todos” tivessem acesso à ágora, de modo que cidadania passou a ser um direito dos homens
adultos e que não fossem estrangeiros ou escravos.
A pólis é uma criação dos cidadãos e não dos deuses. Essa nova forma de organização
social e política foi fundamental para o desenvolvimento do pensamento humano. Na pólis, com
os “cidadãos” em igualdade, é vitorioso quem sabe convencer, quem utiliza o raciocínio e a
exposição precisa das idéias, não só em relação à política, mas a tudo que se referia à vida dos
gregos.
SUPERAÇÃO DA MITOLOGIA
Essa nova forma de pensar a partir da formação da pólis é o oposto ao pensamento mítico.
É como se o homem grego do século VI a.C. tivesse se libertado das fantasias da religião e da
mitologia para evoluir racionalmente.
A pólis grega, criação da vontade dos homens, estabelece o desaparecimento da vontade
divina e celestial de todo um conjunto de relações, quer dos homens entre si, quer dos homens com
a natureza. A mitologia apenas narra uma sucessão de fenômenos divinos, naturais e humanos. Ela
é, então, substituída pela Filosofia na compreensão desses fenômenos. Co isso, ao utilizar a razão,
o homem busca uma explicação para entender a relação entre o caos e a ordem do mundo.
A “DEMOCRACIA” E A PRODUÇÃO CULTURAL
Os pesquisadores revelam que a cidade de Atenas tinha por volta de 300 mil habitantes.
Apenas 40 mil eram considerados “cidadãos”, isto é, filhos de pais e mães atenienses. Atenas
possuía, na passagem do século VI para o século V a.C., cerca de 100 mil trabalhadores escravos.
A democracia ateniense atingia somente 40 mil cidadãos. Os benefícios políticos e sociais
oferecidos pela legislação de Clístenes não chegavam à outras classes sociais.
Na época de Péricles, existiam em Atenas três escravos para cada dois cidadãos livres. Os
escravos eram empregados em atividades domésticas, comércio, artesanato e agricultura. Com
isso, os cidadãos podiam contar com um tempo livre muito grande. Esse tempo livre era dedicado
às atividades físicas e culturais, que caracterizavam a cultura grega, mas que eram um privilégio
de um grupo de cidadãos proprietários rurais, que desfrutavam das vantagens de uma vida urbana
avançada.
Relacionar escravidão e democracia pode parecer uma contradição, mas não na Grécia
antiga. Apesar de existir nos países do Oriente, a escravidão nunca foi a forma mais importante
para a produção de riquezas necessárias à sociedade. Para os gregos resumiu-se na produção de
bens necessários.
Enfim, foi graças à total ausência de liberdade de uns que uma parcela da população
produziu um das manifestações culturais que mais marcaram a História Ocidental.
A DEMOCRACIA GREGA E ARISTÓTELES
Há, na espécie humana, indivíduos tão inferiores a outros como o corpo o é em relação à
lama, ou a fera ao homem; são os homens nos quais o emprego da força física é o melhor que deles
se obtêm. Partindo dos nossos princípios, tais indivíduos são destinados, por natureza, à
escravidão; porque, para eles, nada é mais fácil que obedecer. Tal é o escravo por instinto: pode
pertencer a outrem (também lhe pertence ele de fato), e não possui razão além do necessário para
dela experimentar um sentimento vago; não possui a plenitude da razão. Os outros animais dela
desprovidos seguem as impressões exteriores... A ciência do amo consiste no emprego que ele faz
dos seus escravos; ele é senhor, não tanto porque possui escravo, mas porque deles se serve. Esta
ciência do amo nada tem, aliás, de muito grande ou muito elevado; ela se reduza a saber mandar o
que o escravo deve saber fazer. Também todos a que ela pode se furtar deixam os seus cuidados a
um mordomo, e vão-se entregar à Política ou à Filosofia.
ARISTÓTELES. Política II, 13-23. 14. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d.
A DEMOCRACIA GREGA E PLATÃO
A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de
seus interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e em seus ódios;
confiar-lhe o poder é aceitar a tirania de ser um incapaz da menor reflexão e do menor rigor.
Quando a massa designa seus magistrados, ela o faz em função das competências que
acredita ter constatado – em particular, as qualidades no uso da palavra – e disso infere
irrefletidamente a capacidade política. Quanto às pretensas discussões na Assembléia, são apenas
disputas contrapondo opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem
bastante bem o seu carácter insuficiente.
Em suma, a democracia é ingovernável...
PLATÃO, apud. CHATELET, F. História das idéias políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997. p. 17.
RECORDANDO HISTÓRIA
Civilização Grega – Atenas
- Transforma-se em pólis aristocrática:
1. Drácon: leis escritas (rígidas)
2. Sólon: abolição da escravidão por dívidas
3. Clístenes: pai da democracia
4. Péricles: consolidou a democracia
5. Democracia, cultura, filosofia, comércio.
- Liga de Delos: hegemonia ateniense
- Guerra do Peloponeso: Esparta x Atenas
- Decadência grega: invasão estrangeira (macedônicos)
- Fim das cidades-estado gregas independentes
A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA PARA A DEMOCRACIA
Com o desenvolvimento das cidades, Atenas tornou-se o centro da vida social, política e
cultural da Grécia, vivendo seu período de esplendor durante o século V a.C., conhecido como
Século de Péricles.
A democracia grega possuía, entre outras, duas características de grande importância para
o futuro da Filosofia. Em primeiro lugar, ela afirmava a igualdade de todos os homens adultos
perante as leis e o direito de todos de participar diretamente do governo da cidade, da pólis. Em
segundo lugar, a democracia, que era indireta e não previa a eleição de representantes, garantia aos
cidadãos a participação no governo, concedendo a eles o direito de discutir e defender suas
opiniões sobre as decisões que a cidade deveria tomar. Surgia, assim, a figura política do cidadão.
Ora, pra conseguir que sua opinião fosse aceita nas assembléias, o cidadão precisava saber
falar e ser capaz de persuadir.
Quando não havia democracia, mas dominavam as famílias aristocráticas, senhoras das
terras, o poder lhes pertencia. Essas famílias criaram um padrão de educação próprio dos
aristocratas. Esse padrão afirmava que o homem ideal ou perfeito era o guerreiro belo e bom.
Quando, porém, a democracia se instala e o poder vai sendo retirado dos aristocratas, esse
ideal educativo ou pedagógico vai sendo substituído por outro. O ideal da educação do Século de
Péricles é a formação do cidadão.
Ora, qual é o momento em que o cidadão mais aparece e mais exerce sua cidadania?
Quando opina, discute, delibera e vota nas assembléias. Assim, a nova educação estabelece como
padrão ideal a formação do bom orador, isto é, aquele que sabe falar em público e persuadir os
outros na política.
Para dar aos jovens essa educação, surgiram na Grécia os sofistas, dos quais os mais
importantes foram: Protágoras de Abdera, Górgias de Leontini e Sócrates de Atenas. Eles diziam
que os ensinamentos dos filósofos cosmologistas (aqueles que buscavam uma explicação racional
e sistemática sobre a origem e transformação da natureza e do homem) estavam repletos de erros
e contradições e que não tinham utilidade para a vida da pólis. Apresentavam-se como mestres de
oratória ou de retórica, afirmando ser possível ensinar aos jovens tal arte para que fossem bons
cidadãos. Que arte era essa? A arte da persuasão.
O filósofo Sócrates, considerado o patrono da Filosofia, rebelou-se contra os sofistas,
dizendo que eles não eram filósofos, pois não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela
verdade, defendendo qualquer idéia, se isso fosse vantajoso. Corrompiam o espírito dos jovens,
pois faziam o erro e a mentira valerem tanto quanto a verdade.
Sócrates concordava com os sofistas em um ponto: por um lado, a educação antiga do
guerreiro belo e bom já não atendia às exigências da sociedade grega, e, por outro, os filósofos
cosmologistas defendiam idéias tão contrárias entre si que também não eram uma fonte segura
para o conhecimento verdadeiro.
Sócrates propunha que, antes de conhecer a natureza e de querer persuadir os outros, cada
um deveria, primeiro, conhecer-se a sim mesmo. A expressão “conhece-te a ti mesmo”, gravada
no pórtico do templo de Apolo, deus da sabedoria, tornou-se a divisa de Sócrates.
Esse filósofo andava pelas ruas de Atenas, pelo mercado e pela assembléia indagando a
cada um: “Você sabe o que é isso que está dizendo? Você sabe o que isso em que você acredita?”
“Você diz que a coragem é importante, mas o que é a coragem? Você acredita que a justiça é
importante, mas o que é a justiça? Você crê que seus amigos são a melhor coisa que você tem, mas
o que é a amizade?”
As perguntas de Sócrates deixavam os interlocutores embaraçados, irritados, curiosos,
pois, quando tentavam responder ao célebre “o que é?, descobriam que não sabiam responder a
essa questão e que nunca tinham pensado em suas crenças, seus valores e suas idéias.
A consciência da própria ignorância é o começo da Filosofia. O que procurava Sócrates?
Procurava a definição daquilo que uma coisa, uma idéia, um valor é verdadeiramente. Procurava
a essência verdadeira da coisa, da idéia, do valor. Procurava o conceito, e não a mera opinião que
temos de nós mesmos, das coisas, das idéias e dos valores.
Ora, as perguntas de Sócrates se referiam a idéias, valores práticas e comportamentos que
os atenienses julgavam certos e verdadeiros. Ao fazer suas perguntas e suscitar dúvidas, Sócrates
os fazia pensar não só sobre si mesmos, também sobre a pólis. Aquilo que parecia evidente acaba
sendo percebido como duvidoso e incerto.
Sabemos que os poderosos têm medo do pensamento, pois o poder é mais forte se ninguém
pensar. Para os poderosos de Atenas, Sócrates tornara-se um perigo, pois fazia a juventude pensar.
Por isso, eles o acusaram de desrespeitar os deuses, corromper os jovens e violar as leis. Diante da
assembléia, à qual foi levado, Sócrates não se defendeu e foi condenado a tomar um veneno – a
cicuta – e obrigado a suicidar-se.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1987.
TESTES DE VESTIIBULAR
(CEFET) Texto-base para as questões 01 e 02
“A filosofia é menos difícil do que se imagina. Se parece difícil, é por uma razão simples:
ela é um gênero à parte. Conhecê-la é aprender a ler de um modo diferente. Ela tem pontos comuns
com a ciência e com a literatura, mas se distingue de ambas. Como a ciência, ela procede com
rigor e costuma ter, no horizonte, uma idéia de verdade. Mas a ciência se atualiza sempre e descarta
seu passado. A filosofia não. Como a arte ou a literatura, ela preserva seu passado como um
patrimônio irrenunciável. (...)
Nos últimos 20 anos, aumentou muito a demanda por filosofia. Quem diria que, em 1968,
quando “l definitiva noche se abría sobre Latinoamérica”, a filosofia viria a ser sucesso de público?
Nos colégios, aposentava-se a escrita em favor das provas com cruzadinhas. A filosofia era acusada
de perigosa, pelas ditaduras, ou de inútil, pela tecnocracia. Mas isso mudou. A edição de filosofia,
está em franca expansão.
Por isso, até eu, que crítico a ênfase excessiva que os cursos de filosofia dão aos autores
(em detrimento das questões propriamente filosóficas), recomendo começar por eles. Filosofar é
caminhar por isso, é tão importante o caminhante solitário de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
(...).
O maior erro de quem quiser conhecer filosofia será acreditar que cada conceito tem um
sentido exato, e um só. O leitor verá que cada autor lhe dá um significado diferente? E esse
significado só cabe no pensamento desse autor. Assim, os dicionários de filosofia são úteis, mas
não demais. Nenhum deles substitui a freqüentação direta de uma obra. (...)
Não tenha medo jargão filosófico. Toda disciplina tem seu rigor próprio, e na filosofia ele
é decisivo. Mas penso que ela só adota jargão bem técnico ao ser ministrada nas universidades –
o que acontece no fim da Idade Média, com a escolástica, e, modernamente, desde Emmanuel Kant
(1724-1804). Ela então se torna mais difícil ao leigo, mas retirando esses 500 anos mais técnicos,
restam pelo menos dois milênios de filosofia feita, em larga medida, para um público nãoacadêmico.
Filósofo, diz a etimologia, é o amigo do saber (do grego “filia”, “amizade”, e “Sofia”,
“saber”). A filosofia começa, na Grécia do século VI a.C., sob o signo da modéstia. O Oriente
conhecia a figura do sábio; ora, os gregos repudiavam a pretensão a serem sábios, isto é,
proprietários do saber. Eles eram apenas (apenas?) amigos do conhecimento. Não queriam ser
donos da verdade.”
RIBEIRO, Renato Janine, Folha de S. Paulo, 26 ago. 2003. Caderno Sinapse. (Adaptado)
01- Observe as proposições abaixo, elaboradas a partir do texto:
IAs dificuldades para se estudar filosofia devem-se à especificidade do gênero, às
poucas obras de introdução e ao jargão filosófico.
IIA filosofia apresenta pontos em comum tanto com a literatura como com a ciência. Da
primeira, guarda relação com o passado; da segunda, a pretensão à verdade.
IIIApesar do descrédito com a filosofia no final dos anos 60, por conta das ditaduras, seu
prestígio continua alto e em ascensão.
IVO autor recomenda o estudo da filosofia por temas e/ou questões filosóficas em
detrimento do estudo dos autores.
a)
b)
c)
d)
e)
Estão corretas somente as proposições:
I e II.
II e III.
I e IV.
I e III.
II e IV.
02- Das alternativas a seguir, assinale a que NÃO se pode atribuir ao texto;
a) Uma recomendação dada pelo autor é o cuidado que se deve ter com os dicionários de
filosofia que, apesar de úteis, não dispensam a consulta direta e uma obra.
b) Dicionários de filosofia têm uso restrito, pois um conceito só pode ser interpretado a partir
do pensamento de cada autor.
c) A filosofia, ao contrário de outras disciplinas, apresenta um jargão próprio que se torna
mais técnico após a Idade Média e fora dos círculos acadêmicos.
d) Na etimologia da palavra filosofia encontra-se a intenção dos gregos em relação a essa área
do conhecimento.
e) Ao contrário dos orientais, que valorizavam a figura do sábio, os gregos não pretendiam
apoderar-se do saber.
03- “No ano 500 a.C., os gregos viviam em pequenos Estados independentes que consistiam em
uma cidade e propriedades agrícolas à sua volta: as cidades-Estados como eram chamadas. No
centro da cidade havia um espaço aberto, chamado ágora. A palavra ágora, inicialmente,
significava reunião. Mas os gregos começaram a usá-la para significar a praça pública da cidade,
pois era ali que eles se encontravam para discutir os assuntos importantes da cidade-Estado”.
COLEÇÃO Povos do Passado, Os Gregos. São Paulo: Melhoramentos, 1992. p.8.
A cidade-Estado de Atenas destacou-se pelo seu regime democrático, tornando-se um
exemplo para muitas cidades gregas e passou a ser o centro político e cultural da Grécia no séc.
V a.C.
Leia as seguintes afirmações sobre a democracia ateniense:
IEra o regime no qual toda a população podia se fazer ouvir na ágora.
IIAo povo pertenciam apenas os que tinham direitos políticos e eram considerados,
por isso, cidadãos atenienses.
IIIA democracia fez com que o poder, antes dominado pelos eupátridas, passasse a ser
exercido pelos pequenos proprietários, artesãos e comerciantes.
IVAs reformas de Clístenes limitavam o poder do arcontado e do areópago,
concentrando o poder na assembléia popular (Eclésia).
Pode-se afirmar que estão corretas somente:
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) II e IV.
DESAFIO
01- (UnB) A peça Édipo-Rei de Sófocles permite diversas interpretações. Talvez a mais famosa
seja a de Freud, que propõe o desenrolar dramático da peça – a descoberta pelo filho de que
assassinara seu pai e casara com a mãe – como a realização do desejo inconsciente comum a quase
todos os homens. Como afirma Jocasta a Édipo na peça: “Não tenhas medo da cama da tua mãe:
quantas vezes em sonho um homem dorme com a mãe! É bem mais fácil a vida para quem dessas
coisas não cogita. “Há uma segunda leitura, provavelmente menos sutil, que resgata Édipo-Rei
como uma das primeiras histórias de mistério conhecidas. Trata-se de um drama policial em que
o responsável pela identificação do culpado de um assassinato descobre ser ele mesmo o assassino.
LISBOA, Marcos de Barros. Um país de pobres. Valor, 13 fev. 2002. Caderno Eu&Fim de Semana. (Adaptado).
Com o auxílio do texto acima, julgue os itens que se seguem:
01- ( ) Tragédia e comédia eram os gêneros básicos do teatro grego, uma das grandes criações
culturais da civilização helênica. Sófocles, o autor de Édipo-Rei, entre outras peças
marcantes. É considerado o maior tragediógrafo grego.
02- ( ) O surgimento do teatro ocidental na Grécia antiga integra um contexto cultural tão
amplo quanto expressivo, em que o antropocentrismo comanda as mais diversas formas de
expressão cultura, daí decorrendo o desenvolvimento da Filosofia, da História e das
técnicas da arquitetura e da escultura.
03- (
) Citado no texto como autor da “talvez mais famosa” interpretação de Édipo-Rei,
Sigmund Freud é figura central da História contemporânea: seu livro A interpretação do
sonhos inaugura um inovador caminho de análise do ser humano, a partir da valorização
do inconsciente.
04- ( ) O “drama policial” de que fala o texto é um gênero literário que encontrou as melhores
condições para se desenvolver com as mudanças verificadas na sociedade contemporânea
a partir da Revolução Industrial e a acentuada urbanização dela decorrente.
Os Pré-Socráticos
OS PRÉ-SOCRÁTICOS – OS FILÓSOFOS DA NATUREZA
Denominamos de pré-socráticos os filósofos que antecederam os três grandes ícones da
filosofia ocidental: Sócrates, Platão e Aristóteles.
TALES DE MILETO – A AGUA – (623 – 546 a.C)
ANAXIMANDRO DE MILETO – O INFINITO – (610 – 547 a.C)
Segundo ele, não é possível considerar uma única substância como o princípio de todos
os seres. Entende que algo “ilimitado” deu origem ao mundo e ao universo – o “ápeiron”.
ANAXIMENES DE MILETO – O AR – (588 – 524 a.C)
Tentou conciliar as concepções de Tales e Anaximandro. Para ele, o “ar” é o princípio de
todas as coisas. O “ar” é invisível, é a própria vida.
HERÁCLITO DE ÉFESO – A ETERNA MUDANÇA – (entre 500 – 400 a.C)
É um dos maiores filósofos pré-socráticos. De acordo com esse pensador, a realidade é
dinâmica, está em permanente transformação. Todas as coisas se opõem umas às outras. A
diversidade e a contradição produzem a unicidade e a transformação do mundo.
PITÁGORAS DE SAMOS – O CULTO À MATEMÁTICA – (570 – 490 a.C)
TESTES DE VESTIBULAR
01- (UEL) “Entre os físicos da Jônia, o caráter positivo invadiu de chofre a totalidade do ser. Nada
existe que não seja natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo formam um universo
unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os aspectos de uma só e mesma
physis que põem em jogo, por toda parte, as m...
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