Anexo II – Temas – Concurso de Desenvolvimento de Jogos Concurso de Desenvolvimento de Jogos SEBRAE 1 Sumário Sumário ............................................................................................................. 2 1 - INTRODUÇÃO .............................................................................................. 3 2 1.1 – Propósito ............................................................................................ 3 1.2 – Temas e Subtemas ............................................................................ 3 - CONTEÚDO BASE E FONTES ................................................................ 6 2.1 - Características do comportamento empreendedor...............................6 2.2 - Reflexão estratégica..............................................................................14 2.3 - Marketing...............................................................................................17 2.4 - Produção...............................................................................................23 2.5 - Recursos Humanos...............................................................................24 2.6 - Inovação................................................................................................26 2.7 - Finanças................................................................................................28 2.8 - Financiamento.......................................................................................35 2.9 - Vendas..................................................................................................36 2 1 – INTRODUÇÃO 1.1 – Propósito O desafio proposto aos participantes por meio deste concurso é a criação jogos que tenham por objetivo ajudar o estudante universitário a desenvolver a capacidade gerencial em pequenos negócios e habilidades empreendedoras. Um dos critérios de avaliação dos jogos adotado pela banca julgadora do concurso é a correlação com a Temática do Concurso. O participante deverá informar quais temas e subtemas serão trabalhados em seus jogos e haverá avaliação, por parte da banca julgadora, a fim de constatar se estes tópicos correspondem à temática do concurso e se realmente eles foram aplicados no desenvolvimento do jogo. 1.2 – Temas e Subtemas Neste documento estão contidos os temas para o desenvolvimento de aplicativos. O participante do concurso deverá indicar quais temas e/ou subtemas foram abordados no jogo desenvolvido no descritivo do jogo contido no formulário de inscrição. Tabela I – Temas e subtemas que poderão ser abordados nos jogos. Características do Comportamento Empreendedor 1 Busca de oportunidades e iniciativa Faz as coisas antes de solicitado ou, antes de ser forçado pelas 1.1 circunstâncias; 1.2 Agir para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços; 3 1.3 2 2.1 2.2 2.3 3 Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter financiamento, equipamentos, local de trabalho ou assistência. Correr riscos calculados Avaliar alternativas e calcula riscos deliberadamente; Agir para reduzir os riscos ou controlar os resultados; Colocar-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados. Exigência de qualidade e eficiência 3.1 Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápido ou mais barato; Age de maneira a fazer coisas que satisfaçam ou excedam padrões de 3.2 excelência; Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que atenda a padrões de qualidade previamente 3.3 combinados. 4 Persistência 4.1 Age diante de um obstáculo significativo Age repetidamente ou muda de estratégia a fim de enfrentar um desafio ou 4.2 superar um obstáculo; Faz um sacrifício pessoal ou despende um esforço extraordinário para 4.3 completar uma tarefa. 5 Comprometimento Assume responsabilidade pessoal por solucionar problemas que possam 5.1 prejudicar a conclusão de um trabalho nas condições estipuladas; Colabora com seus empregados ou coloca-se no lugar deles, se necessário, 5.2 para terminar uma tarefa; Esforça-se em manter os clientes satisfeitos e coloca a boa vontade em longo 5.3 prazo acima do lucro em curto prazo. 6 Busca de informações Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores ou 6.1 concorrentes; 6.2 Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço; 6.3 Consulta especialista para obter assistência técnica ou comercial; 7 Estabelecimento de metas Estabelece metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado 7.1 pessoal; 7.2 Tem visão de longo prazo, clara e específica; 7.3 Estabelece objetivos de curto prazo mensuráveis. 8 Planejamento e monitoramento sistemático 8.1 Planeja dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos; Constantemente revisa seus planos levando em conta os resultados obtidos e 8.2 mudanças circunstanciais; 4 8.3 9 9.1 9.2 9.3 10 10.1 Mantém registros financeiros e utiliza-os para tomar decisões Persuasão e rede de contatos Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros; Utiliza pessoas-chave como agentes para atingir seus próprios objetivos; Age para desenvolver e manter relações comerciais. Independência e autoconfiança Busca autonomia em relação a normas e controles de outros; Mantém seu ponto de vista mesmo diante da oposição ou de resultados 10.2 inicialmente desanimadores; 10.3 11 11.1 11.2 11.3 11.4 11.5 11.6 11.7 12 12.1 12.2 12.3 12.4 12.5 12.6 13 13.1 13.2 14 14.1 14.2 14.3 14.4 15 15.1 Expressa confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de enfrentar um desafio Gestão Empresarial Reflexão Estratégica Perguntas Estratégicas Análise Competitiva Cadeia de Valor Análise Ambiental O Modelo SWOT O Modelo de Negócio (Canvas BMGen) O Processo de Estratégia Marketing Modelo dos 4Ps: produto, promoção, ponto e preço. As 8 dimensões da qualidade do produto: Desempenho, Características, Confiabilidade, Conformidade, Durabilidade, Serviços, Estética e Qualidade Percebida. Ciclo de vida do produto Processo produtivo Marca Ciclo de venda Produção Formação de custos Planejamento Recursos Humanos Planejamento Atração de Talentos Retenção Desenvolvimento Inovação Processo de Inovação 5 16 17 17.1 17.2 17.3 18 18.1 18.2 Financiamento Finanças Fluxo de caixa Demonstração do Resultado do Exercício – DRE Balanço Patrimonial Vendas Estratégia comercial Conhecimento do comportamento do cliente 2 – Conteúdo base e fontes Com o objetivo de que o conteúdo didático abordado pelos jogos sejam compatíveis com o conteúdo e materiais didáticos adotados pelo SEBRAE, indicamos algumas referências e fizemos uma breve explicação sobre os macrotópicos, como se segue. 2.1 – Características do comportamento empreendedor São dez as Características de Comportamento Empreendedor (CCEs) associadas ao desempenho de empreendedores bem-sucedidos. Nesta seção 2.1 explicaremos cada uma das características. 2.1.1- Busca de Oportunidade e Iniciativa Uma competência do empreendedor de sucesso é buscar oportunidades e ter iniciativa. Podemos entender que oportunidade é uma situação ou momento favorável, para realizarmos ou aproveitarmos algo que seja conveniente a nossa realização pessoal e profissional. Entretanto, há um ditado popular, que nos lembra de que há três coisas na vida que nunca voltam: a flecha lançada, a palavra pronunciada e oportunidade perdida. Por isso, não 6 podemos perde oportunidades, precisamos ter a iniciativa, de fazer da ocasião ou do momento, o que precisa ser feito antes que outro faça. Quando o empreendedor sonha em abrir seu próprio negócio e não têm muito dinheiro, ele encontra uma forma de fazê-lo com menos recursos. Para isso, aproveita oportunidades fora do comum para começa-lo, mobilizando sua rede de contatos em busca dos recursos necessários para abrir o empreendimento. Um empreendedor de sucesso pensa constantemente em formas de expandir seu negócio para novas áreas, ou até mesmo lançar novos produtos e serviços de acordo com as necessidades de seus clientes. Ele sempre faz algo em pró de seus clientes, sem ser solicitado ou forçado pelas circunstâncias, criando algo novo para facilitar a vida dos clientes, agindo desta maneira, mantêm os seus clientes fiéis aos seus produtos e serviços e, afastados da concorrência. Observamos que oportunidade e iniciativa são complementares, ou seja, não são etapas separadas no processo de empreender ambas são habilidades que todas as pessoas empreendedoras deveriam ter. Caso não as tenha, o empreendedor pode desenvolver com o tempo. 2.1.2 - Correr Riscos Calculados É Sabido que o ato de empreender é arriscado, ou seja, não há negócios sem risco. Mas, é claro que há negócios com diferentes graus de risco, para mais ou para menos. O empreendedor de sucesso corre riscos calculados. Pois, ele calcula todos os riscos envolvidos no negócio, analisando e avaliando todas as possibilidades envolvidas. Em seguida ele age rapidamente listando-os todos e buscando alternativas para reduzi-los ou mesmo controlá-los. 7 Mesmo que haja riscos o empreendedor de sucesso é ousado, pois se coloca sempre em situações de desafios ou riscos moderados, diferenciandose das pessoas comuns. Mas quais são esses riscos? Neste caso, a palavra risco torna-se “sinônimo” da palavra medo. Medo de errar, medo de fracassar, medo de perder etc. Lembrando que o medo por si só, não é ruim, pois ele é um mecanismo de defesa natural. O que as pessoas não devem ter é pânico. Pois o pânico paralisa as ações das pessoas, provocando reação descontrolada. Já o empreendedor de sucesso consegue dominar o medo, planeja, antecipa, avalia, organiza, prepara e segue em frente. 2.1.3 - Exigência de qualidade e eficiência A característica exigência de qualidade e eficiência é considerada como um diferencial determinante para o sucesso do negócio. Pois, fazer somente, não é o suficiente para ter sucesso, é necessário fazer bem feito ou fazer o melhor. Desta forma, o empreendedor de sucesso sempre encontra formas de fazer seus processos, produtos ou serviços melhor, mais barato ou em menos tempo. Para isso, pensa sempre no tripé: custo, tempo e qualidade, entregando sempre valor ao seu cliente. Ele sabe que quando mexe de forma positiva em qualquer um deles, sem piorar os outros, ele terá uma melhoria real no produto ou serviço. A busca continua para satisfazer ou exceder os padrões de excelência de seu cliente, faz parte de seu cotidiano, desenvolvendo e utilizando procedimentos que garanta que os produtos e serviços sejam entregues ou realizados dentro dos prazos previamente acordados com o cliente. 8 2.1.4 – Persistência A persistência é uma das principais virtudes dos empreendedores de sucesso. Persistir é manter-se focado em seus objetivos mesmo que haja grandes dificuldades e obstáculos a ser vencido. O empreendedor de sucesso toma atitudes rápidas para superar obstáculos repentinos. Por exemplo, o fornecedor não entrega a matéria-prima no prazo programado ou até mesmo quando o veículo de entrega, quebra no meio do caminho, e o cliente espera ansiosamente pelos produtos, pois está com as prateleiras da loja vazias. Enquanto muitos focariam no problema, o empreendedor de sucesso age com foco na solução do problema tomando a melhor atitude possível naquele momento, decidindo manter ou mudar de estratégia a fim de atingir os seus objetivos. E por fim, ele faz sacrifícios pessoais e até mesmo despende esforço extraordinário e quando necessários trabalha nos finais de semana ou várias horas após o expediente da empresa para entregar o prometido. 2.1.5 - Comprometimento Se há algo que gera respeito, credibilidade e preferência, por parte dos clientes, fornecedores e colaboradores ao empreendedor é o seu comprometimento com seu negócio. Esta característica de comportamento está diretamente ligada ao sucesso do negócio. Comprometimento é uma habilidade que todo empreendedor de sucesso possuí. Ele assume a responsabilidade pessoal de cumprir aquilo que foi prometido no prazo combinado, mesmo que isso implique aumentar a carga horária de trabalho, diminuir o lucro ou perder horas de sono. O empreendedor de sucesso é comprometido, muitas vezes faz ainda melhor: cumpre além do que foi combinado e antes do cronograma. 9 Para o sucesso do negócio os empreendedores se comprometem de tal forma, que qualquer atividade existente na empresa, ele é capaz de fazer para honrar os prazos e compromissos com os clientes, como por exemplo: caso o motorista falte ao trabalho, ele substitui o empregado realizando as entregas dos produtos aos clientes. Desta forma, o empreendedor se mantêm comprometido com os resultados da empresa. Muitas vezes, ele prefere abandonar o lucro imediato, e investir numa relação duradoura com o cliente. Esse é um traço marcante na conduta dos empreendedores de sucesso. Esforça-se em manter os clientes satisfeitos e coloca a boa vontade em longo prazo acima do lucro em curto prazo. Desta forma, estará passando a imagem de credibilidade de cumpridor de contratos e de quem faz exatamente o que fala. Com isso, estará ganhando a preferência de consumidores de seus produtos e serviços, mesmo com o preço de venda um pouco acima do mercado estará conquistando a preferência dos clientes. 2.1.6 – Busca de informações O empreendedor de sucesso dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores ou concorrentes. Ele investiga, observa, faz pesquisa, e procura atentamente conhecer o processo de fabricação e comercialização de um produto ou da prestação do serviço. Quando visita um concorrente, aproveita à oportunidade e observar atentamente quais são os produtos encalhados na loja, a forma como são vendidos e também dá importância em conhecer as necessidades e a opinião dos clientes que estão consumindo os produtos e serviços. Não fica intimidado quando não conhece do segmento que irá atuar, busca apoio de consultores e técnicos especializados no segmento de atuação. Caso ele não conheça do processo fabril, o mesmo coloca a mão na massa. Como exemplo, quando o empreendedor deseja abrir uma padaria, mas nunca 10 colocou a mão na massa para fazer pão, precisa investigar e aprender como fazer. Por fim, pesquisado informações e aprendendo como faz o seu produto e falando com especialista, com certeza o empreendedor saberá como garantir o seu sucesso. 2.1.7 – Estabelecimento de metas A característica mais marcante do empreendedor que realmente consegue resultados efetivos é o estabelecimento de metas. Estes empreendedores têm claro onde querem chegar, ou seja, possuem uma visão de longo prazo. Ele consegue escrever o que quer para daqui a 20 anos. Seus objetivos de curto prazo são mensuráveis e os de longo prazo são claros e específicos. Suas metas são sempre desafiantes e possuem um significado pessoal. Elas não podem ser tão fácil que o empreendedor desanime no meio do caminho ou tão difícil que seja impossível de alcança-la. O significado pessoal é aquilo que dá brilho aos olhos ou aumenta o palpitar do coração do empreendedor, toda vez que ele se lembra dela. O empreendedor de sucesso acredita na importância de escrever o que é preciso fazer este mês, este ano para eu atingir a sua visão daqui a 20 anos. Por isso, suas metas são escritas no papel para que seja acompanhadas e mensuradas. 2.1.8 - Planejamento e monitoramento sistemático Planejamento e monitoramento são muito importantes para o sucesso do empreendedor. Desta maneira, o empreendedor pega as tarefas de grande porte e dividi-as em subtarefas, criando assim, um plano de ação a qual lista 11 todas as atividades necessárias para realizar os objetivos propostos com prazos bem definidos. Ele conhece claramente quais são os seus objetivos a serem alcançados, a médio e longo prazo. Por isso, o empreendedor de sucesso sabe que um bom planejamento tem que ser revisado mensalmente, sabendo da importância ajustar os planos de acordo com os resultados obtidos e as mudanças circunstanciais de mercado. Além disso, sabe também da importância de manter todos os registros financeiros em ordem para tomada de decisões quando necessário. 2.1.9 - Persuasão e rede de contatos É de suma importância o empreendedor construir uma rede de contatos e saber usar de persuasão em seu favor. Um empreendedor está sempre em contato com muitas pessoas: clientes, fornecedores, concorrentes, técnicos, especialistas de diversas áreas. Muitas vezes, são pessoas que não estão diretamente ligadas ao negócio, mas que, a qualquer momento, podem ser muito úteis. É preciso desenvolver e manter boas relações comerciais e ficarem atento às oportunidades que os contatos podem trazer para formar boas parcerias, sempre planejando e se utilizando de estratégias para alcançar seus objetivos. O empreendedor planeja e lista todas as estratégias para convencer alguém, além de utilizar pessoas chave que podem coloca-lo em contato com um potencial cliente ou até mesmo realizar uma venda. Mas, para convencer alguém, é preciso ter bons argumentos, é preciso que estejam de acordo com os interesses da pessoa que está sendo convencida. 12 É importante usar a rede contatos de forma positiva para todos os envolvidos, ligando sempre para seus contatos, mesmo quando não precisa de algum favor. 2.1.10 – Independência e autoconfiança A independência e autoconfiança é aquela capacidade que o empreendedor tem de acreditar em si mesmo, e nas suas decisões para o futuro do seu empreendimento. Ele expressa confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de enfrentar desafios. Desta forma, ele é autônomo, age por si mesmo, não fica esperando por quem não quer fazer e não terceiriza suas decisões. Contudo, a autoconfiança é diferente de arrogância. Muito cuidado, pois autoconfiança excessiva pode levar à arrogância. Mesmo com a sua capacidade de tomar decisões mais importantes rapidamente, o empreendedor procura ouvir outras pessoas envolvidas no processo e procura saber o que elas têm a dizer. Para o empreendedor mesmo que os resultados iniciais sejam desanimadores ele continua em sua trajetória, mas sempre praticando e mantendo todas as outras características anteriores. Você pode saber mais sobre o assunto acessando: http://blog.df.sebrae.com.br/responde/?p=180 http://extra.globo.com/emprego/empreendedorismo-faca-eaconteca/empreendedor-deve-buscar-informacoes-1938235.html http://portal.rn.sebrae.com.br/pagina.php?id=19 http://portal.rn.sebrae.com.br/noticia.php?id=77 13 http://www.brasiliahostel.com.br/viajanteempreendedor/caracteristicas.ht ml http://www.youtube.com/watch?v=LMRCktHv3L0 http://www.administradores.com.br/artigos/economia-efinancas/caracteristicas-do-comportamento-empreendedor/28152/ http://www.papodeempreendedor.com.br/empreendedorismo/sobre-ocomportamento-empreendedor/ 2.2 Reflexão Estratégica A reflexão estratégica é um processo estruturado de elaborar e tentar responder perguntas sobre “o que fazer para colher resultados hoje e o que plantar para preparar a colheita de amanhã”. Desta forma, é necessário pensar na formulação da estratégia empresarial, pensando nas alterações tanto do ambiente externo como interno, mantendo enfoque sistêmico e elaborando possíveis cenários de atuação, agindo desta forma, é possível tomar decisões importantes para o futuro da organização. 2.2.1 Perguntas Estratégicas Muitas perguntas devem ser respondidas no desenho de uma estratégia de negócio. Por exemplo: 2.2.2 Sobre o mercado • Quem são os potenciais (ou atuais) clientes? • O que eles desejam, precisam ou podem passar a desejar se conhecerem ou experimentarem? • Que razões eles têm para escolher meu produto frente às demais opções? 14 • Como posso/devo comunicar ao mercado minhas vantagens? Sobre seu posicionamento • Como busco conquistar e manter meus clientes? • Praticando preços baixos, oferecendo descontos, prêmios e promoções, cobrindo o desconto dos concorrentes? • Oferecendo algo mais do que o usual, projetando e incorporando inovações periodicamente, garantindo e melhorando a qualidade de produtos e serviços? 2.2.3 Análise Competitiva Segundo o consultor norte americano, Michael Porter, uma empresa pode sobreviver e ter sucesso no longo prazo se ela desenvolver eficazmente estratégias para enfrentar cinco forças competitivas que definem a estrutura da competição em seu ramo de atividade. Estas forças são as seguintes: rivalidade de concorrentes dentro de seu ramo de atividade, ameaça de novos concorrentes, ameaça de produtos substitutos, poder de barganha dos clientes e poder de barganha dos fornecedores. 2.2.4 Cadeia de Valor O modelo Cadeia de Valor pode ser usado como uma metodologia de análise ou como ferramenta para implantar mudanças organizacionais. O modelo apresenta uma sequencia de etapas que, partindo dos insumos, vai agregando valor até chegar ao produto ou serviço final. Cada atividade relevante ao processo produtivo é considerada com os recursos necessários para sua realização do produto e/ou serviço até a entrega ao cliente. Realizando esta análise é possível levantar os principais itens de custo fundamentais para a posterior análise financeira do negócio. 2.2.5 Análise do Ambiente 15 A análise do ambiente constitui uma das principais etapas da administração estratégica, pois o seu monitoramento pode identificar ameaças e oportunidades para a empresa. Com o monitoramento é possível levantar informações do ambiente com o qual empresa interage: clientes, concorrentes, fornecedores, governos, sociedade, mudanças culturais e tecnológicas etc. 2.2.6 Modelo SWOT O modelo de análise SWOT é uma ferramenta muito útil às empresas na organização do planejamento estratégico. Por intermédio dela pode-se relacionar metodicamente quais são os pontos fortes (Strengths) e fracos (Weaknesses), as oportunidades (Opportunities) e as ameaças (Threats) às empresas. Desta forma, ela permite que as empresas adotem uma estratégia adequada para alcançarem seus objetivos. 2.2.7 Modelo de Negócio Um Modelo de Negócios descreve a lógica de criação, entrega e captura de valor por parte de uma organização. 2.2.8 Processo de Estratégia O processo de estratégia está relacionado à maneira como se concebe a estratégia. Olhar na perspectiva de futuro na qual as decisões são formuladas antecipadamente, ou seja, o que se pretende fazer ou, ao contrário, pelo padrão das ações que ao longo do tempo assume, isto é, o que foi feito. Assim, compreender os processos que originam as estratégias é tão importante quanto à compreensão das definições de estratégia. Você pode saber mais sobre o assunto acessando: http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/595BCC6AE4D3D89E8 3256F8E00516A70/$File/NT000A3352.pdf http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/7ff4db7574e364c80325 6ebc004add8c/6c3e74397dd8e37b83256f8d004d6d10/$FILE/NT000A3272.pdf 16 https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chromeinstant&rlz=1C1SAVI_enBR524BR524&ion=1&ie=UTF8#q=reflex%C3%A3o+estrat%C3%A9gica+sebrae&hl=ptBR&rlz=1C1SAVI_enBR524BR524&ei=4PlIUcmdIo7O9ATarYC4CQ&sqi=2&sta rt=10&sa=N&bav=on.2,or.r_cp.r_qf.&bvm=bv.43828540,bs.1,d.eWU&fp=6b8ae cf852db961f&ion=1&biw=1137&bih=501 http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/reflexaoestrategica/10137/ http://www.odoscaminhos.com.br/reflexao-estrategica http://www.ideiasedesafios.com/?tag=reflexao-estrategica 2.3 Marketing Podemos entender Marketing, como uma orientação que deve ser entendida e praticada por todos dentro da empresa, para que a organização busque atender os desejos e satisfação dos seus clientes, encantá-los e buscar sua fidelidade. Desta maneira, a finalidade do marketing é criar valor e satisfação no cliente, gerindo relacionamentos lucrativos para ambas as partes. Fazendo isso, a empresa estará praticando o Marketing operacional. Por outro lado, as empresas adotam a estratégia de marketing, que definirá como atingir seus objetivos e metas e gerenciará seus relacionamentos com o mercado de maneira que obtenha vantagens sobre a concorrência. 2.3.1 Os 4 Ps do Marketing O Composto de Marketing pode ser definido como a combinação de elementos variáveis que compõe as atividades de Marketing, para se alcançar as estratégias relacionadas ao mercado. Também conhecidos internacionalmente como “Os 4 Ps do Marketing”. Atualmente, é considerado 17 como base fundamental para o Marketing operacional. Dessa forma, os 4 Ps são: Produto, Preço, Promoção e Praça (ou Ponto-de-Venda). 2.3.1.1 Produto Produto ou serviço é algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo de seus clientes, superando a concorrência. 2.3.1.2 Preço Preço é o valor monetário aplicado ao produto, conforme a percepção de valor que o cliente atribui a ele. Quanto maior o benefício percebido do produto para a satisfação de sua. 2.3.1.3 Promoção Promoção refere-se ao composto de elementos promocionais que divulgam e comunicam o produto ao mercado-alvo, como publicidade, propaganda, promoção de vendas, relações públicas e outros. 2.3.1.4 Praça (Ponto-de-venda) Praça é o local aonde as empresas vendem aos seus clientes produtos e serviços. Envolve a logística e a distribuição, que tornam os produtos e serviços acessíveis aos clientes. Esses quatro elementos permitem uma divisão das áreas, para as quais as estratégias devem ser formuladas e as ações de marketing executadas. Através deles o empreendedor pode estimular o comportamento do cliente. Os 4 Ps do Marketing são inter-relacionados, assim sendo, decisões em uma área afetam ações em outra. 2.3.2 Qualidade do produto A qualidade do produto pode ser desmembrada em oito dimensões ou categorias, a saber: Desempenho; Características; Confiabilidade; Conformidade; Durabilidade; Atendimento; Estética; Qualidade percebida. 18 Estas dimensões são distintas, porém podem estar inter-relacionadas. Observemos cada uma delas: a) Desempenho: trata das características básicas de um produto ou serviço. Nesta dimensão está a capacidade do produto de ser eficaz e eficiente, ou seja, efetivo. b) Características: são as especificações do produto ou serviço conforme definido por quem o fornece. Existem também as características secundárias, que suplementam o funcionamento do produto e, embora não sejam sempre descritas, têm o poder de alterar as percepções do cliente com relação ao produto ou serviço. c) Confiabilidade: reflete a probabilidade de mau funcionamento do produto, como tempo de falha, possibilidade de defeitos etc. Deste ponto de vista, quanto maior for o índice de confiabilidade de um produto ou serviço, menor a possibilidade de frustrar a expectativa do cliente. A expressão “preciso como um relógio suíço” reflete bem este conceito, pois é usada para designar algo com alta confiabilidade. d) Conformidade: reflete o grau em que um projeto e as características de um produto ou serviço estão de acordo com padrões pré-estabelecidos, com sua especificação. e) Durabilidade: já foi uma das principais dimensões da qualidade, e expressa a vida útil de um produto. Tecnicamente, podemos definir durabilidade como o tempo pelo qual um produto mantém suas características e perfeito funcionamento, em condições normais de uso. f) Atendimento: é a mais empírica das dimensões da Qualidade, e tem grande poder de afetar a percepção do cliente. Rapidez no atendimento, cortesia e facilidade de ter um problema solucionado encantam o cliente, pois eles não se preocupam somente com a possibilidade de terem problemas com um produto ou serviço, mas também com a eficiência do fornecedor em sanar esses eventuais problemas. 19 g) Estética: outra dimensão bastante empírica está diretamente relacionada ao ponto de vista do cliente ou do público alvo. É a aparência de um produto, o sentimento ou sensação que ele provoca a imagem. h) Qualidade percebida: é a dimensão mais ligada à “reputação” de um fornecedor. Acreditamos que quem produz algo de qualidade reconhecida, seja capaz de manter esse nível em outros produtos ou serviços. Está diretamente relacionada com a confiabilidade, que comentamos acima. 2.3.3 Ciclo de vida do produto O ciclo de vida de um produto é um conceito (ou modelo) que descreve a evolução de um produto ou serviço no mercado dividindo-a em quatro fases, cada uma das quais com características específicas e, por isso, com orientações estratégicas diferentes: a) Introdução - Na fase de introdução de mercado as empresas buscam estimular a demanda do produto investindo fortemente em campanhas publicitárias, sendo que o maior foco é no mercado primário. Nesse momento, geralmente, há pouca concorrência no setor e as promoções são voltadas basicamente aos consumidores/compradores adotantes iniciais de inovações. b) Crescimento – Na fase de crescimento ocorre um aumento significativo no volume de vendas do produto como consequência do investimento feito anteriormente em propaganda. Diferente da fase introdutória, a ênfase é na demanda secundária. Na fase de crescimento acirra-se a competição, já que a crescente penetração do produto no mercado e da sua exposição na mídia desperta o interesse da concorrência em disputar o mercado desse produto, o que fará com que produtos similares sejam lançados no mercado. c) Maturidade – Já na maturidade, o grau de acirramento da concorrência encontra-se no seu nível máximo, sendo que a oferta no mercado desse produto passa a ser maior que a própria demanda. Nessa 20 fase começam as guerras de preços e queda dos lucros em todo o setor, devido à baixa dos preços justamente por causa do excesso de oferta do produto pelas diversas empresas concorrentes. d) Declínio - No estágio de declínio acontece diminuição vertiginosa das vendas e lucros cada vez menores ou ausência de lucratividade. Geralmente, no período declinante, surgem novas tecnologias e/ou produtos que passam a substituir o produto em questão. 2.3.4 Marca Marca é um nome, termo, sinal, símbolo, design ou uma combinação destes que visa identificar bens ou serviços de uma empresa ou grupo de empresas e diferenciá-los daqueles de outras empresas. Essa identificação pode ser obtida por várias formas significantes: - Nome da empresa em sua forma gráfica escrita ou sonora (falada); - Símbolo visual – figurativo em emblemático; - Logotipo – representação gráfica do nome, em letras de traçado específico e característico; - Conjunto desses símbolos, numa só composição gráfica, permanente e características constituídas pelo nome, símbolo e logotipo. Neste caso surge a marca corporativa, também conhecida de logomarca. Uma marca deve atender os seguintes objetivos: transmitir uma mensagem clara, reforçar a credibilidade, fazer uma conexão emocional com os clientes potenciais, motivar o comprador, reforçar a lealdade do cliente. Para saber mais sobre o assunto acesse: http://www.sebrae.com.br/momento/quero-melhorar-minhaempresa/entenda-os-caminhos/marketing http://www.clickmarketing.sebrae.com.br/ 21 http://www.aprendamarketing.com.br/plano-de-marketing-sebrae/ http://www.sebraemg.com.br/Geral/VisualizadorConteudo.aspx?cod_are aconteudo=1876&navegacao=TENHO.. http://www.youtube.com/watch?v=0X2W1PgrMsA http://exame.abril.com.br/pme/dicas-de-especialista/noticias/como-fazerum-plano-de-marketing http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/4_Ps_do_Marketing.htm http://www.portalgerenciais.com.br/composto-de-marketing---4ps.php http://melhore.me/artigo/1254 http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/63066F8C12B99CC203 256FE700411DBB/$File/NT000A69AE.pdf http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/ociclo-de-vida-de-um-produto/11009/ http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Ciclo%20de%20Vida%20do %20Produto.htm http://blogs.pr.sebrae.com.br/portal/site/BlogsProd/template.PAGE/marke ting/resolver.vcarp/?javax.portlet.ctx_vca=month%3D3%26year%3D2011%26a ppmodes%3Dlistarticles%26blog%3D1.11.2411%26apptypes%3Dblog&javax.p ortlet.tpst=aa73e2974f47126365a219961160d0a0&javax.portlet.begCacheTok= com.vignette.cachetoken&javax.portlet.endCacheTok=com.vignette.cachetoken http://www.sebraemg.com.br/BibliotecaDigital/ComoElaborarumPlanode Vendas.aspx 22 2.4 Produção A produção de uma empresa pode ser representada por um fluxo que interliga as principais etapas do processo de negócio. Tudo começa com o fornecimento de insumos de produção pelos fornecedores. A escolha de insumos e fornecedores deve levar em conta o equilíbrio entre qualidade e preço. Entretanto, a economia exagerada, buscando insumos de qualidade duvidosa pode comprometer a qualidade do produto entregue aos clientes e, em decorrência, provocar perda de vendas e comprometimento da imagem da empresa. 2.4.1 Formação de custos Custos são todos os dispêndios que uma empresa acaba tendo para gerar a receita de vendas, a qual acumulará lucros em um período de tempo. Se a receita de venda for menor que os custos envolvidos para sua geração, então a empresa não terá lucro, mas prejuízo. Algumas denominações servem para classificar os vários dispêndios da geração de receitas: Custo Direto é todo dispêndio envolvido diretamente na obtenção do bem ou serviço que se vende. Despesas Variáveis são todos os dispêndios que somente ocorrem com a ação de vender, tal que, se não houver venda não haverá despesas variáveis. Já as Despesas Fixas são todos os dispêndios que ocorrem pelo fato da empresa existir, independentemente de haver ou não os demais dispêndios, haver ou não produção, haver ou não vendas. 23 2.4.2 Planejamento da produção Podemos definir planejamento como a ação de definir antecipadamente o que será produzido, quanto, quando, como e por quem. Mas não é só, num planejamento empresarial, define-se ainda, quanto vai custar quanto vai render e por quanto tempo este processo poderá realizado. Você pode saber mais sobre o assunto acessando em: http://portal2.pr.sebrae.com.br/PortalInternet/Destaques/Melhorandominha-empresa/Gest%C3%A3o-da-produ%C3%A7%C3%A3o-e-qualidade http://conceito.de/processo-de-producao http://www.administradores.com.br/_resources/files/_modules/academics /academics_2602_20100228182711df0b.pdf http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/administracao-daproducao/25634/ 2.5 – Recursos Humanos Tradicionalmente chama-se de gestão de RH, ou recursos humanos, a área ou função da empresa responsável por administrar o pessoal. Mais recentemente, no Brasil, tem prevalecido o termo Gestão de Pessoas para denominar o processo de planejar, atrair, desenvolver e reter os recursos humanos (empregados e demais colaboradores) da empresa. 2.5.1 Planejamento O planejamento decorre da reflexão estratégica e do modelo de negócio da empresa. A partir da definição das competências e das atividades definidas no modelo de negócio, deve-se definir a equipe necessária para gerir e operar o negócio, detalhando suas competências - chave e as funções a serem desempenhadas. 24 2.5.2 -Atração de Talentos A atração de talentos envolve o recrutamento e a seleção de profissionais. O recrutamento visa à geração de um conjunto amplo de candidatos potenciais para viabilizar uma melhor escolha. Os candidatos podem ser externos à empresa ou internos abrindo oportunidade para aqueles que almejam uma mudança de área ou de atividade na mesma empresa. A seleção busca combinar o interesse da empresa por um candidato com o interesse deste pela função e pela empresa. O processo seletivo pode envolver análise de currículo, entrevistas pelo RH, testes de conhecimentos, testes de aptidão cognitiva, funcional, emocional e/ou física, exames médicos, período de experiência, entrevistas na área contratante e contratação. 2.5.3 Retenção A retenção envolve a determinação de salários, benefícios ou comissões que serão pagos a cada profissional com base na definição das atribuições e da experiência requerida em cada função frente à formação e à experiência de cada indivíduo. Uma empresa deve estabelecer um plano de cargos e salários equitativo de forma que pessoas com capacidades, funções, experiência e responsabilidades equivalentes ganhem salários equivalentes. É importante reconhecer o direito de organização sindical dos empregados, bem como, saber como lidar com os processos de negociação coletiva e com o direito de greve. Outro fator de retenção (e atração) de talentos é o pacote de benefícios oferecido pela empresa, que pode contemplar plano de saúde, complementação da aposentadoria, plano de capacitação e desenvolvimento de carreira, apoio para formação escolar. Além destes pontos, é importante preparar os empregados que se aposentam e os que são demitidos por justa causa ou durante eventuais programas de demissão voluntária. 25 2.5.4 Desenvolvimento O desenvolvimento é o pilar do processo de geração de capital intelectual da empresa e abrange planos de treinamento e de educação continuada para o desenvolvimento de competências técnicas, gerenciais, relacionais e culturais. A avaliação periódica de desempenho é importante para mensurar e expressar o casamento de expectativas mútuas entre empregados e gestores, possibilitando revisão de atitudes, identificação de pontos de melhoria e repactuação de compromissos. As avaliações podem ser formais ou informais, pode ser hierárquicas ou multilaterais (por exemplo, a avaliação em 360 graus), possibilitando aferir níveis de desempenho, identificar os merecedores de aumento ou promoção e identificar necessidades de treinamento e orientação (tutoria). Você pode saber mais sobre o assunto acessando: http://www.sebraemg.com.br/BibliotecaDigital/ComoElaborarumPlanejam entodeRecursosHumanos.aspx http://www.sebrae.com.br/uf/distrito-federal/sebraeonline/como_elaborar/Planejamento%20de%20Recursos%20Humanos http://www.webartigos.com/artigos/recursos-humanos-conceitosdefinicoes-e-planejamento/49371/ http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-enegocios/recursos-humanos-conceitos-definicoes-e-planejamento/48930/ 2.6 - Inovação Inovação é um processo que envolve aprendizagem e interação entre os atores do ambiente de negócios e da sociedade. 26 A estratégia tecnológica e de inovação da empresa depende de uma série de decisões interligadas: • Quais são as tecnologias e os conhecimentos essenciais para o negócio; • Que tecnologias e conhecimentos a equipe já domina e quais ainda devem ser desenvolvidos, complementados por parcerias ou adquiridos por contratos de transferência de tecnologia; • Que conhecimentos são críticos para as principais atividades da empresa; • Como a empresa poderá desenvolver a segunda geração de tecnologia do produto antes que a atual atinja o ponto de obsolescência. Caso a empresa tenha nascido em função de uma nova tecnologia desenvolvida em um laboratório de uma universidade ou de um centro de pesquisa, é importante negociar um contrato de cooperação tecnológica que garanta o acesso a novos desenvolvimentos e a novas gerações da tecnologia e que regule a remuneração justa dos inventores, dos laboratórios e da empresa. 2.6.1 Processo de Inovação O processo de inovação alimenta-se nas fontes de informação e nas fontes de cooperação. As fontes de informação e cooperação podem ser os clientes, fornecedores, concorrentes, parceiros, universidades, centros de pesquisa, incubadoras e parques tecnológicos e centros de capacitação e de assistência técnica. Além destas, são fontes de informação os eventos e as feiras especializadas, bibliotecas e bases bibliográficas, bancos de patentes, as publicações especializadas e, cada vez mais, a Internet. Uma mesma instituição pode desempenhar ambos os papéis, por exemplo, uma universidade pode ser fonte de informação quando possibilita que a empresa acesse cursos, palestras, publicações e bibliotecas e é fonte de 27 cooperação quando desenvolve projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento, colabora na busca de financiamento e fomento, possibilita o acesso a laboratórios para atividades de desenvolvimento, testes e ensaios, presta assessoria e consultoria tecnológica. O empreendedor deve identificar quem dentre seus contatos pode se constituir em fonte de informação e/ou cooperação para a inovação no negócio e definir o que espera obter com estas fontes, de que forma e a que custo. Você pode saber mais sobre o assunto em: http://www.sebrae.com.br/customizado/inovacao http://www.sebrae.com.br/inovacao http://www.sebraesp.com.br/index.php/40-noticias/inovacao/7735conheca-10-caracteristicas-inovadoras http://inova.sebraesp.com.br/index_1024.html http://inova.sebraesp.com.br/historico.html http://www.youtube.com/watch?v=ZJ5LyvhUbNU http://inventta.net/radar-inovacao/a-inovacao/ http://www.rededeinovacao.com.br/sobreinovacao/Paginas/QueInovacao .aspx 2.7 - Finanças Toda a empresa que pretende sobreviver e manter-se competitiva precisa controlar muito bem suas finanças. Por isso, é importante manter foco na saúde financeira da empresa. Para isso o gestor conta com relatórios que são de grande valia e, se bem analisados, podem indicar movimentos de curto, médio e longo prazo. 28 Você pode saber mais sobre o assunto em: http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/planeje-suaempresa/financas http://www.sebraefinancas.com.br/ http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/CFA73F7AC570BAD18 3256F8A00038189/$File/NT000A317E.pdf http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/planeje-suaempresa/financas http://www.sebraemg.com.br/Geral/VisualizadorConteudo.aspx?cod_con teudo=5550&cod_areaconteudo=1872&navegacao=TENHO_UMA_EMPRESA/ Finan http://portal2.pr.sebrae.com.br/PortalInternet/V%C3%ADdeosSebrae/Cr%C3%A9dito-e-finan%C3%A7as http://www.sebraemg.com.br/BibliotecaDigital/ComoElaborarControlesFi nanceiros.aspx 2.7.1 - Fluxo de caixa Fluxo de caixa é o instrumento que permite ao administrador financeiro: planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros de uma empresa num determinado período. Portanto, é uma ferramenta de controle que tem como objetivo básico, a projeção das entradas e saídas de recursos financeiros para determinado período, visando prognosticar a necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa nas operações mais rentáveis para a empresa. O Fluxo de Caixa serve basicamente para planejarmos quanto vamos gastar e quanto vamos receber a cada dia ou semana. É uma ferramenta de planejamento. 29 O Fluxo de Caixa também é importante para que o empreendedor saiba quanto vai precisar de capital de giro no seu negócio. Toda empresa tem gastos que não podem esperar as vendas começarem a acontecer para serem pagos. Para pagar essas contas, você precisa de uma quantia inicial, até que o saldo das vendas comece a contribuir efetivamente com as finanças do negócio. Capital de giro - é o valor que a empresa necessita para cobrir seus gastos, antes da entrada dos recursos provenientes das vendas. É uma ferramenta de planejamento financeiro que serve para o registro de entradas e saídas de dinheiro na empresa, cuja análise indica as decisões a serem tomadas na sobra ou falta de recursos. Vejam a estrutura de um Fluxo de Caixa diário dentro de um mês. Neste exemplo, foram utilizados apenas cinco dias; porém, na montagem da planilha, vocês podem acrescentar os 30/31 dias do mês. Saldo inicial (SI) - Valores em moeda corrente disponíveis no caixa + valores em moeda corrente disponíveis no(s) bancos(s), apurados no primeiro dia do fluxo. Entradas (E) - Valores monetários previstos para recebimentos em cada dia do período. Saídas (S) - Valores monetários previstos para pagamentos em cada dia do período. Saldo final (SF) - Resultado líquido do período de apuração do fluxo Segue abaixo uma fórmula para calcular o saldo final: SF = SI + (E – S) A estrutura do fluxo de caixa é mostrada a seguir: 30 Conheça cinco benefícios do uso do Fluxo de Caixa, que fazem essa ferramenta ser tão importante para o gerenciamento de um negócio: 1 - Permite a projeção das necessidades de Capital de Giro de um negócio. Para pagar essas contas, a empresa precisa de uma quantia inicial até que o saldo das vendas comece a contribuir efetivamente com as finanças do negócio. 2 - Possibilita ao empreendedor se antecipar a qualquer falta de recursos. Agindo antecipadamente, o empreendedor negocia uma nova data para um boleto que vencerá naquela data. 3 - Permite a antecipação de pagamentos obtendo descontos e condições favoráveis. Antecipando pagamentos, o empreendedor reduz os compromissos de curto prazo e aumenta o lucro da empresa. 4 - Favorece ações estratégicas nas vendas. Você pode saber mais sobre o assunto em: http://www.sebrae.com.br/uf/goias/para-minha-empresa/controlesgerenciais/fluxo-de-caixa 31 http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/E6E540CA403C017B03 256F9E00497B57/$File/NT000A387E.pdf 2.7.2 Demonstração do Resultado do Exercício – DRE A Demonstração de Resultado de Exercício – DRE é basicamente um resumo das operações financeiras (receitas e despesas) da empresa em um determinado período de tempo. Normalmente, abrange o período de um ano encerrado em uma data específica, em geral 31 de dezembro do ano calendário. Neste relatório anual são apresentados os resultados da empresa de forma gerencial, com as projeções de crescimento, custos e etc., como de forma fiscal, demonstrando os impostos e taxas recolhidas durante o ano. Por fim, por meio deste demonstrativo é possível saber no fechamento ano, se a empresa obteve lucro ou prejuízo. A Demonstração de Resultados é o procedimento para a apuração de resultados de um negócio, um resumo ordenado das receitas e despesas totais da empresa, dentro de um determinado período. Ela é apresentada de forma dedutiva (vertical, conforme mostrou o quadro anterior), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo). A estrutura de um demonstrativo de resultados é mostrada a seguir: 32 2.7.3 Balanço Patrimonial A principal função do balanço patrimonial é fornecer um quadro preciso da contabilidade e situação financeira da empresa em certo período, geralmente o balanço é feito sobre o período de um ano. O balanço patrimonial é considerado uma das principais declarações financeiras de uma empresa, pois faz parte de um conjunto de relatórios que compõem as demonstrações contábeis da mesma. Inicialmente o balanço patrimonial é dividido em três categorias principais: Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido. 2.7.3.1 Ativo Representa todos os bens e direitos que a empresa tem no dia do balanço, tais como: a) Disponibilidades: Representa os valores monetários tais como: dinheiro, saldo em conta corrente em bancos, aplicações financeiras etc. b) Duplicatas a Receber: Representa o valor total das duplicatas a receber decorrentes das vendas a prazo, vencidas e a vencer. c) Estoques: Representa o valor dos estoques das mercadorias para serem vendidas, pelo valor de aquisição. d) Imobilizado: Representa o valor dos ativos fixos, tais como equipamentos, moveis e utensílios, veículos, etc, pelo valor de aquisição menos o valor da respectiva depreciação. 2.7.3.2 Passivo Representa todas as dívidas que a empresa tem no dia do balanço, tais como: a) Fornecedores: Representa o valor das duplicatas a pagar, decorrentes das compras a prazo, vencidas e a vencer. 33 b) Empréstimos: Representa o valor dos empréstimos a pagar, inclusive os respectivos juros, obtidos junto aos bancos, vencidos e a vencer. c) Contas a Pagar: Representa o valor de outras contas a pagar, tais como impostos a recolher, salários a pagar, etc. 2.7.3.3 Patrimônio Líquido Representa o valor que pertence aos sócios da empresa, tais como: a) Capital Social b) Lucros Acumulados Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo Isto significa que, se o empresário vender/receber todos os seus ativos e pagar todo o seu passivo (dívidas), o que sobra efetivamente é igual ao valor do patrimônio líquido. O Balanço Patrimonial é uma “fotografia” da situação econômicofinanceira da Empresa. Através do Balanço Patrimonial o gestor financeiro poderá avaliar se houve crescimento ou não da riqueza da empresa, que é representada pelo valor do Patrimônio Líquido: Se a empresa obteve lucro em suas operações, o valor do Patrimônio Líquido aumenta nesse valor. Por outro lado, em caso de negociação, o valor do Patrimônio Líquido representa o valor-base da empresa. São objetivos do balanço patrimonial: 1. Apurar o valor do patrimônio líquido da empresa, o que indica a “riqueza” dos sócios. 2. Indicar a destinação do lucro líquido obtido na realização das operações. 34 Você pode saber mais sobre o assunto em: http://www.sebraesp.com.br/mwginternal/de5fs23hu73ds/progress?id=lHvMp+Dly6 2.8 – Financiamento As possíveis fontes de recursos para financiar um negócio são: dinheiro do cliente (encomendas), capital próprio, empréstimo bancário, recursos não reembolsáveis, capital de risco. A melhor fonte de recursos é o dinheiro do cliente, pois não implica em compromisso de pagamentos futuros e sim na entrega do produto/serviço contratado. Investir o capital próprio (dos sócios, seus familiares ou amigos) tem como vantagem o baixo custo do dinheiro, mas representa um maior risco em caso de negócios inovadores ou com alto grau de incerteza. Empréstimo bancário exige garantias dos tomadores e é contraindicado em ambientes com altas taxas de juros e economias sujeitas a choques externos. O capital de risco adequado a empresas emergentes é chamado capital semente (“seed money”). O capital semente tem esse nome por ser um recurso destinado ao nascimento do negócio, sendo investido por investidores privados (chamados “angels”) ou por fundos de capital semente. Há ainda outras modalidades de capital de risco voltadas a empresas em crescimento ou a grandes empresas. Todas as modalidades de capital de risco têm como desvantagens a aquisição pelo investidor de uma parcela do capital acionário da empresa investida e, muitas vezes, a perda de governança por parte dos fundadores. Você pode saber mais sobre o assunto em: 35 http://www.sebraesp.com.br/index.php/133-biblioteca/audios/6713-dicassebrae-como-obter-financiamento-para-capital-de-giro http://www.portalempresarial.com.br/data/Pages/LUMIS3EC89D03PTBR NN.htm http://www.sebrae.com.br/uf/alagoas/CARTILHA%20-%20FINAL.pdf http://exame.abril.com.br/pme/noticias/5-fontes-financiamentospequenas-empresas-558098 http://exame.abril.com.br/pme/noticias/onde-conseguir-dinheiro-paraabrir-um-negocio 2.9 – Vendas Podemos definir vendas como a ação e o ato de vender, ou seja, venda é o efeito de vender ou transferir a propriedade de algo para outra pessoa mediante o pagamento de um preço estipulado. O termo é usado tanto para fazer referência à transação em si como à quantidade de coisas que se vendem. Portanto, a venda de produtos e/ou serviços constitui a base das operações das empresas. Por intermédio destas vendas, as empresas obtêm lucro. As vendas devem ser analisadas sob a ótica de uma atividade alinhada com o propósito principal da organização, seja para uma grande empresa ou para um pequeno negócio. As vendas são importantes para atrair e fidelizar os clientes. Quando falamos em vendas, queremos muito mais que dar o desconto, tirar o pedido, faturar o produto e alcançar a meta do mês. Queremos elaborar uma estratégia de vendas que, de fato, aumente o valor da empresa, exigindo muito mais planejamento, iniciativa e visão de mercado, demandado ferramentas internas e externas. 36 2.9.1 – Estratégia Comercial A estratégia comercial tem como objetivo aumentar a eficácia do processo comercial da empresa. Dessa forma, a estratégia comercial deve responder às seguintes questões: o foco comercial do modelo de negócio deve ser pela liderança em custo ou em diferenciação? O que fazer para atrair o cliente potencial? O que fazer para conseguir que este cliente potencial compre da empresa? O que fazer para quem comprar da empresa volte a comprar? Qual a política de preço e de pagamento apoiará mais adequadamente as ações acima? O ponto de partida para uma boa estratégia comercial é a definição dos objetivos comerciais corretos. A partir daí, parte-se para a elaboração de um plano de ação comercial. Também é importante desenvolver conhecimento diferenciado para: a) compreender e distinguir as necessidades de valor dos diversos clientes; b) compreender e distinguir as diversas estratégias do comprador (business to business); c) selecionar e utilizar alternativas estratégicas comerciais viáveis (economicamente), e adequadas à estratégia e necessidade do comprador; d) utilizar estratégias de relacionamento comercial adequadas ao novo ambiente de compras, e ; e) aumentar a produtividade do processo de vendas; 2.9.2 – Conhecimento do comportamento do cliente Para definir uma estratégia de venda eficaz, é importante entender porque o consumidor compra, consome ou descarta um determinado produto. 37 Nesse sentido, é essencial buscar e conhecer de forma minuciosa o comportamento do consumidor, ou seja, as variáveis ambientais que influenciam o comportamento do consumidor, antes, durante e após o consumo. Além disso, é imprescindível ter esse conhecimento para aplicação no marketing, em diversas situações que exigirem estratégias criativas para conquistar e satisfazer o consumidor em sua plenitude. Não podemos esquecer que o comportamento do consumidor pode variar de acordo com a idade, o gênero, o estilo de vida e outras variáveis do consumidor. Nesse sentido, é relevante destacar que os grupos-referência, ou seja, amigos, família, colegas de trabalho, exercem influência tanto direta quanto indiretamente nas atitudes e nos comportamentos dos consumidores. Levando em consideração todos esses fatores, a estratégia comercial de vendas deve ser construída de forma a satisfazer e manter a clientela de determinado produto ou estabelecimento. Você pode saber mais sobre o assunto em: http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/A15B930602D0F96783 2573D900489A03/$File/NT00037492.pdf http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/0189F2E7F8ACF81C83 2573D90040826F/$File/NT0003748A.pdf 38