Quer um emprego? Estude engenharia!

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ID: 41290118
16-04-2012 | Emprego & Universidades
Tiragem: 22956
Pág: 2
País: Portugal
Cores: Preto e Branco
Period.: Semanal
Área: 26,79 x 33,71 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 4
EMPREGO
Quer um emprego?
Estude engenharia!
Possibilidade de uma carreira internacional e salários elevados são alguns dos atractivos de
seguir um curso de engenharia ou tecnologias. Só a Bélgica tem oito mil vagas disponíveis.
A
Bélgica procura portugueses para ocuparem os
cerca de oito mil empregos disponíves para engenheiros e profissionais
de Ciência e Tecnologia
(C&T) que há nas empresas da região flamenca.
“Só para engenheiros há cerca de três mil vagas, mas, se juntarmos os profissionais do sector da Ciência e Tecnologia, as vagas chegam às
oito mil”, explicou Gert de Buck, responsável
pelo recrutamento internacional da agência
de emprego da comunidade flamenga na Bélgica, ao Diário Económico. Dominar o inglês é
o suficiente para concorrer a muitos dos empregos, mas depois convém aprender o flamengo. “Em muitas das empresas de Investigação e Desenvolvimento (I&D), o inglês é a
língua comum”, esclarece Ludo Froyen, reitor
da Faculdade de Engenharia da Universidade
Católica de Lovaina. E não faltam exemplos.
“Há uma empresa, a IMICOR, que tem um
centro de I&D com mais de 300 engenheiros
de várias nacionalidades e todos falam inglês e
todos os relatórios são feitos em inglês. Hoje as
companhias não se preocupam com a nacionalidade dos trabalhadores, mas com a qualidade”, acrescenta. Em termos de rendimento poderá contar com “um salário limpo de 1.800 a
2.000 euros no início de carreira, mais extras:
carro, telemóvel e computador”, assegura Ludo Froyen. Mas rapidamente se consegue ganhar mais, porque a profissão de engenheiro
na Bélgica garante “uma progressão salarial
muito mais rápida” do que outras áreas.
Porque está com dificuldade em preencher as
vagas no sector das engenharias e tecnologias, a
Bélgica decidiu começar a contratar em países
onde há diplomados desempregados nestas
áreas como Portugal, Espanha e Grécia. Para se
candidatar a estes lugares pode enviar o seu currículo em inglês ou francês para [email protected].
Ou então contactar directamente as dezenas de
empresas que vêm a Portugal participar na Feira
de Emprego para engenheiros que se realiza nos
próximo dia 10 e 11 de Maio, nas instalações do
Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
(ISEL). A iniciativa, organizada pelo Instituto de
Emprego e Formação Profissional, trará a Por-
OPORTUNIDADES
Um salário limpo de dois mil
euros, mais carro, telemóvel
e computador. São estas as
condições oferecidas a um
diplomado em engenharia
na Bélgica,em início de
carreira. E a progressão
salarial é muito rápida,
garante Ludo Froyen,
director da Faculdade de
Engenharia da Universidade
de Lovaina.
Esta escola quer aumentar
em cerca de 30% os
estudantes nos seus cursos e
está a convidar estudantes
portugueses a frequentar o
2º ciclo. Se vierem do IST
entram sem qualquer
limitação. Neste momento, já
há 25% de estudantes
estrangeiros neste nível de
ensino, mas gostariam de ter
mais. A propina é de 600
euros por ano, mais baixa
que a cobrada em Portugal.
A maioria dos estudantes
consegue emprego mesmo
antes de terminar o curso.
2.000 euros
tugal dezenas de empresas que procuram engenheiros também da Noruega, Suécia, Reino Unido e Dinamarca.
“É a primeira vez que se realiza esta iniciativa, mas se tiver sucesso poderá ser repetida”, sublinha o responsável pelo recrutamento internacional no instituto de emprego belga. Até porque o país precisa de mais 30% de
engenheiros. A falta de profissionais nestas
áreas está a provocar a deslocalização de empresas. “Há uma empresa belga que recentemente foi para China porque não conseguia
encontrar engenheiros suficientes no país”,
sublinha o responsável pela Faculdade de Engenharia da Universidade de Lovaina. A taxa
de desemprego nesta área é de 4%, muito
abaixo da média nacional que se situa nos
10%. Também na Alemanha existe uma falta
de engenheiros.
Muitas vezes, a dificuldade está em saber
onde encontrar as vagas disponíveis nestes países. Para além das ofertas de emprego que poderá encontrar na rede Eures, há hipóteses de emprego no portal da Associação Europeia dos Estudantes de Tecnologia (Best) em best.eu.org.
Engenheiros portugueses com porta
aberta para os mercados internacionais
Apesas de ser uma área com elevado empregabilidade, os efeitos da crise já se começam a
sentir em Portugal. “Já há casos de desemprego e sub-emprego com salários mais baixos,
por causa da paragem brusca da actividade de
construção e com empresas a fechar” , sublinha Pedro Lourtie, professor do Instituto Superior Técnico, que coordena o relatório
“Atrair estudantes para ciência, tecnologia e
engenharia” do projecto Attract.
Este projecto foi criado por oito das melhores escolas europeias para atrair mais estudantes para as áreas de engenharia e tecnologias. Entrar num curso de engenharia ou tecnologia é abrir as portas para uma carreira internacional. “Quando não há emprego em Portugal, há sempre hipóteses no estrangeiro”.
Ser engenheiro é uma profissão global que
“abre a possibilidade de poder trabalhar em todo
o mundo”, afirma Mats Hanson da KTH na Suécia. Até porque “o inglês é a língua oficial dos engenheiros”, sublinha. ■ Madalena Queirós, em Lovaina
EXEMPLOS DE PAÍSES
5.000
Cerca de quatro a cinco mil euros brutos por mês é o salário
médio de um engenheiro na Suécia. Um país “que está a
contratar engenheiros de outros países” e que está disponível
para receber portugueses, afirma Mats Hanson, da
Universidade KTH da Suécia. Para concorrer a estas vagas
basta falar inglês, porque na maioria das empresas que
contrata engenheiros esta é a língua oficial.
25.000
Um salário médio bruto de 25 mil euros por ano é o que espera
um recém-diplomado em engenharia que entre no mercado
de trabalho irlândes. Mas a verdade é que cerca de 34% dos
engenheiros conseguem um salário médio que varia entre
os 29 mil e os 33 mil euros por ano. Apesar da crise, a Irlanda
está a contratar engenheiros, garante Kelly Kevin,
do Trinity College de Dublin.
ID: 41290118
16-04-2012 | Emprego & Universidades
Tiragem: 22956
Pág: 3
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 18,08 x 32,64 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 4
Infografia: Marta Carvalho | [email protected]
ID: 41290118
16-04-2012 | Emprego & Universidades
Tiragem: 22956
Pág: 1
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 25,02 x 20,09 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 3 de 4
Bélgica procura
portugueses
para oito mil
vagas em
engenharia
e tecnologias
Francois Lenoir/Reuters
Um salário limpo de dois mil euros, em início
de carreira, e rápida progressão salarial
são as condições oferecidas. P.2/3
ID: 41290118
16-04-2012 | Emprego & Universidades
Tiragem: 22956
Pág: 1 (Principal)
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Semanal
Área: 9,93 x 23,25 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 4 de 4
Saiba como
se candidatar
a oito mil
empregos
na Bélgica
Os sectores de engenharia e tecnologia no país
querem profissionais portugueses para ocupar
as vagas disponíveis. Condições incluem salário
limpo de dois mil euros. ➥ SUPLEMENTO
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