Economia Internacional

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25/10/2011
Economia Internacional
Arilton Teixeira
[email protected]
2011
1
Bibliografia
• Krugman, P. e Murice Obstfeld (2000), caps 13.
• Grabbe (1996), cap 1.
Arranjos Monetários Internacionais
• Como evolui o sistema de pagamentos
internacionais ao longo do tempo?
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1
25/10/2011
Evolução do Sistema Monetário
Internacional
•
•
•
•
•
Bimetalismo (pré 1875).
Padrão ouro clássico (1875-1914).
Período entre guerras (1915-1944).
Sistema de Bretton Woods (1945-1972).
Regime de câmbio flexível (1973-presente).
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O Padrão Ouro Clássico
• Durante esse período, observaram-se os seguintes
itens nos principais países:
– Somente o ouro tinha cunhagem irrestrita.
– Existia dupla convertibilidade entre o ouro e a moeda
nacional a uma taxa estável.
– Ouro podia ser livremente exportado ou importado.
• A taxa de câmbio entre dois países era determinada
pela razão entre os seus conteúdos de ouro.
5
O Padrão Ouro Clássico
Por exemplo, se o preço do ouro nos EUA é US$ 30
por onça e o preço do ouro na Inglaterra é £$ 6
por onça, a taxa de câmbio dólar/libra é igual a
US$ 5 por £$1.
6
2
25/10/2011
O Padrão Ouro Clássico
• As taxas de câmbio praticamente estáveis
proporcionaram um ambiente favorável a
comércio e investimento internacionais.
• Desalinhamentos cambiais e desequílibro no
balanço de pagamentos eram
automaticamente corrigidos pelo mecanismo
de ‘price-specie-flow’.
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Mecanismo de ‘Price-Specie-Flow’
• Suponha que, temporariamente, o Brasil exporte mais
para o resto do mundo do que o resto do mundo para o
Brasil
• Isto não pode persistir no padrão ouro, pois:
– O superávit brasileiro determinará um influxo de ouro para o
Brasil.
– Tal influxo levará a um aumento na quantidade de moeda em
circulação no Brasil.
– Haverá inflação no Brasil e deflação no resto do mundo.
– Essa mudança nos preços relativos determinará uma queda no
saldo comercial brasileiro.
8
O Padrão Ouro Clássico
• Problema: a oferta de “ouro novo” é tão
limitada que o crescimento de comércio e
investimento internacionais podem ser
prejudicados pelo pequeno crescimento da
oferta monetária.
9
3
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O Período entre Guerras
• Taxas de câmbio oscilavam e países utilizavam a
desvalorização de suas moedas como meio de se
tornarem competitivos no mercado internacional.
• Houve tentativas fracassadas de retornar para o
padrão ouro. Participantes não estavam dispostos a
seguir a “regra do jogo.”
• Comércio e investimento internacionais foram
severamente prejudicados.
10
O Acordo de Bretton Woods
• Antes do fim da guerra, USA e UK começam a
negociar acordos para preparar o arranjo
institucional do pós-guerra.
• Os USA são representados por Dexter White e
o UK por John Maynard Keynes.
• As diretrizes defendidas pelos americanas são:
• Regimes cambiais fixos (Bretton Woods e FMI);
• Cooperação internacional (ONU);
• Expansão do comércio (GATT)
• Estes princípios foram colocados nos acordos
assinados na cidade de Bretton Woods (New
Hampshire, USA).
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Bretton Woods
• FMI: fundo criado para ajudar os países a estabilizar
as taxas de câmbio.
• Dolar: definido como reserva de valor e como meio
de troca internacional (padrão ouro-dolar)
• Cada membro do FMI deveria fixar sua paridade com
o dolar.
• Cada membro só poderia mudar sua taxa de câmbio
com permissão do Fundo.
• O preço do ouro foi fixo em dolar: U$ 35 por onça.
• Cada membro só poderia mudar sua taxa de
câmbio com permissão do Fundo.
• O preço do ouro foi fixo em dolar: U$ 35 por
onça.
• Após um período de transição todas as moedas
deveria se tornar conversíveis
Guerra Fria
• Os americanos inicialmente mantiveram a
postura isolacionista.
• A crescente tensão entre os aliados europeus
levam os USA a abandonar esta postura:
• “European Recovery Plan” (Plano Marshall): proposto
pelo secretario de estado Marshall in 1947.
• OECD
• USA da suporte a liberalização comercial bilateral na
Europa: criação da Comunidade Economica Européia.
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Escassez de Dólar
• Ate o ano de 1958, este período na Europa é
conhecido como de escassez de dólar (excassez
de capital);
• A escassez de dólares era fruto da elevada
demanda por bens de capital e bens
intermediários necessários a reconstrução
européia.
• Em 1958 as principais moedas a conversão das
moedas é reintroduzida.
Conversão
• Moedas estrangeiras poderiam ser compradas e
vendidas livremente desde que associadas ao
comércio internacional de bens e serviços
(liberalização da conta corrente do balanço de
pagamentos).
• Após liberalização, países europeus que tinham
acumulado muitas reservas poe fim a idéia de
escassez de dólares.
• A quantidade de reservas em dolar indicavam
também a necessidade de aumento do preço do
ouro (desvalorização do dólar).
Déficit do Balanço de Pagamentos
• O continuo déficit do BP mantido pelos
americanos (particularmente após a
conversibilidade), levava ao acúmulo de
reservas pelos Europeus.
• Devido ao sistema de câmbio fixo, havia
exportação da inflação americano para os
parceiros europeus.
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Restrições Americanas
• Para tentar conter os deficits do BP
americanos que geravam incertezas quanto a
paridade ouro dolar, restrições são importas:
• Julho/1963 é introduzido o IET (interest equalization
tax): aplicado a qualquer compra pelos americanos de
titulos estrangeiros.
• Fev/1965 introduzido o FCRP (Foreign Credit Restraint
Program): são estabelecidas quotas para os
empréstimos dos bancos americanos a multinacionais
americanas engajadas em investimento estrangeiro.
Desenvolvimento do Euromercado
• É o depósito em moeda estrangeira num banco
fora do país onde a moeda é utilizada.
• Eurodólar: deposito em dólar em bancos fora dos
USA.
• Com isto, as restrições são superadas. Os bancos
e as empresas são capazes de emprestar e tomar
emprestado na moeda que desejarem.
Colapso de Bretton Woods
• A sustentabilidade de Bretton Woods dependia das
políticas monetária e fiscal americana.
• Durante os anos 60 estas políticas se mostraram
incompatíveis com a manutenção da paridade
dólar/ouro e a conversibilidade.
• Agosto/1971: conversibilidade dólar-ouro é
abandonada.
• Fev/1973 Bretton Woods é abandonado.
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Taxa de Câmbio e Bretton Woods
4.5
4
3.5
Marcos/U$
3
2.5
2
1.5
Abandono do Sistema
de Taxas Fixas
1
0.5
1998.03
1996.08
1995.01
1993.06
1991.11
1990.04
1988.09
1987.02
1985.07
1983.12
1982.05
1980.10
1979.03
1977.08
1976.01
1974.06
1972.11
1971.04
1969.09
1968.02
1966.07
1964.12
1963.05
1961.10
1960.03
1958.08
1957.01
0
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Variação Cambial: Marco/Dollar
10
8
6
2
1998.03
1996.08
1995.01
1993.06
1991.11
1990.04
1988.09
1987.02
1985.07
1983.12
1982.05
1980.10
1979.03
1977.08
1976.01
1974.06
1972.11
1971.04
1969.09
1968.02
1966.07
1964.12
1963.05
1961.10
1960.03
1958.08
0
-2
1957.01
Variacao % do Marco/Dollar
4
-4
-6
-8
Abandono do Sistem Fixo
-10
-12
Fonte: Ipeadata
23
A Crise Mexicana de 1994
• Em 20/12/1994 o governo mexicano anunciou um
plano de desvalorizar o peso em 14%.
• Esse anunciou afetou as expectivas sobre o futuro
valor do peso.
• Investidores agiram como uma manada. Em
conseqüência das massivas ordens de venda de peso,
a moeda mexicana chegou a cair 40%.
• Queda do PIB em 1995: 6,2% (fonte: INEGI)
24
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A Crise Mexicana de 1994
• Essa crise foi talvez a primeira marcada
principalmente pela fuga para o exterior de capital
financeiro.
• Duas lições:
– Pode ser desejável ter um “rede de segurança
internacional” para resguardar o sistema financeiro
mundial do “contágio”.
– Um influxo de capital estrangeiro pode determinar uma
excessiva apreciação da moeda doméstica.
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Crise Mexicana e o Brasil
70
60
México
50
40
R$/U$
30
20
10
19
94
.0
19 6
95
.0
19 1
95
.0
19 8
96
.0
19 3
96
.1
19 0
97
.0
19 5
97
.1
19 2
98
.0
19 7
99
.0
19 2
99
.0
20 9
00
.0
20 4
00
.1
20 1
01
.0
20 6
02
.0
20 1
02
.0
20 8
03
.0
20 3
03
.1
20 0
04
.0
20 5
04
.1
20 2
05
.0
20 7
06
.0
20 2
06
.0
20 9
07
.0
20 4
07
.1
20 1
08
.0
6
0
-10
-20
-30
26
A Crise Asiática de 1997
• Em 02/07/1997 a moeda tailandesa, que
estava até então ‘pegged’ ao dólar, foi
subitamente desvalorizada.
• Aquilo que parecia ser um problema restrito à
Tailândia atingiu rapidamente outros países da
região. Diversos países não asiáticos também
foram afetados.
27
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A Crise Asiática de 1997
• Em termos de “contágio” e desaceleração da
economia, essa crise foi ainda mais séria que a crise
mexicana de 1994.
• Várias firmas com dívida em moeda estrangeira
foram à bancarrota.
• Quedas % dos PIB’s em 1998: Hong Kong 5,3; Malásia
7,4; Indonésia 13,1; Coréia do Sul 6,7 e Tailândia 10,2
(fonte: Jorge R. Sandes).
28
Crise Asiática e o Brasil
70
60
México
Ásia
50
40
R$/U$
30
20
10
19
94
.0
19 6
95
.0
19 1
95
.0
19 8
96
.0
19 3
96
.1
19 0
97
.0
19 5
97
.1
19 2
98
.0
19 7
99
.0
19 2
99
.0
20 9
00
.0
20 4
00
.1
20 1
01
.0
20 6
02
.0
20 1
02
.0
20 8
03
.0
20 3
03
.1
20 0
04
.0
20 5
04
.1
20 2
05
.0
20 7
06
.0
20 2
06
.0
20 9
07
.0
20 4
07
.1
20 1
08
.0
6
0
-10
-20
-30
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A Crise da Rússia e a Crise do Brasil
70
60
México
Ásia
Rússia
50
40
20
10
Brasil
0
19
94
.0
19 6
95
.0
19 1
95
.0
19 8
96
.0
19 3
96
.1
19 0
97
.0
19 5
97
.1
19 2
98
.0
19 7
99
.0
19 2
99
.0
20 9
00
.0
20 4
00
.1
20 1
01
.0
20 6
02
.0
20 1
02
.0
20 8
03
.0
20 3
03
.1
20 0
04
.0
20 5
04
.1
20 2
05
.0
20 7
06
.0
20 2
06
.0
20 9
07
.0
20 4
07
.1
20 1
08
.0
6
R$/U$
30
-10
-20
-30
30
10
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