México Características gerais Juntamente com o Brasil e a Argentina, o México é um dos países mais industrializados da América Latina. Sua economia talvez seja hoje a maior da América Latina, e sua população de mais de 107 milhões de habitantes é inferior apenas à do Brasil.O crescimento demográfico do México foi um dos mais elevados do mundo até o início da década de 1980. Apesar de ter diminuído, esse crescimento ainda é relativamente alto (1,7% ao ano) e maior que o do Brasil (1,6%). Quanto ao aspecto físico,o México possui um formato afunilado, mais largo ao norte, estreitando-se ao sul. Banhado pelo oceano Atlântico a leste e pelo Pacífico a oeste, seu território apresenta inúmeras áreas montanhosas com altiplanos na parte central, onde vive a maioria da população. Apresenta também duas importantes penínsulas, uma do lado ocidental (Califórnia) e outra do lado oriental (lucatã). Observe no mapa. O clima em geral é tropical:ameno nos altiplanos, seco e desértico em amplas áreas ao norte do país. Sua porção norte apresenta traços de relevo, clima e vegetação que se assemelham aos dos Estados Unidos da América. No entanto, ao sul da península de lucatã as características desse território se parecem mais com as de Guatemala, Honduras e Nicarágua. Por isso muitos geógrafos e cartógrafos sempre tiveram dúvida ao classificar o México. Afinal, ele pertence à América do Norte ou à América Central? A população e as cidades A população mexicana é extremamente diversificada do ponto de vista étnico. Os colonizadores espanhóis encontraram nesse território inúmeras sociedades pré-colombianas, que foram dominadas e escravizadas por meio da astúcia ou das armas. É o caso dos astecas, maias, nahuas, zaapotecas, otomis, etc. Com o passar dos séculos, a miscigenação entre os espanhóis e esses povos - e entre esses próprios povos - intensificouse. Como conseqüência, hoje 55% da população mexicana é constituída de mestiços e mais de 25% se constitui de grupos indígenas. Os brancos correspondem a apenas 15% e as minorias étnicas africanas e asiáticas compõem menos de 5% da população. As cidades mexicanas, especialmente a metrópole constituída pela Cidade do México e outras cidades próximas a ela, são exemplos típicos dos grandes centros urbanos dos países subdesenvolvidos e, em especial, da América Latina. Nesses grandes aglomerados urbanos a qualidade de vida vem decaindo. Como reflexo dessa queda, é cada vez maior o número de assaltos e a violência, inclusive policial. Cresce também o número de excluídos - subempregados, mendigos e menores abandonados, entre outros. A economia e a dívida externa Além do turismo, importante fonte de renda, o México possui uma vida econômica diversificada, com inúmeras atividades industriais, agrícolas e mineradoras. O petróleo é, desde a década de 1970, o principal produto de exportação. Mas o México também produz e exporta açúcar, feijão, café, milho, sorgo, frutas cítricas, automóveis, fluorito, zinco e prata. A prata é extraída do subsolo mexicano desde a época da colonização e ainda hoje o México é o maior produtor mundial desse metal. Até as primeiras décadas do século XX, as atividades econômicas do México eram essencialmente agrícolas e de mineração. Só por volta de 1950 a industrialização mexicana se acelerou, em parte por causa dos investimentos estrangeiros, com a instalação de empresas multinacionais voltadas para a produção de automóveis, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, etc. Já as atividades rurais,embora tenham passado recentemente por uma relativa mecanização, ainda são executadas de forma tradicional. Ao lado de outros problemas, como a má distribuição da renda, a pobreza absoluta de milhões de pessoas e os elevados índices de desemprego, uma das grandes questões atuais do México é a dívida externa. O México é um dos maiores devedores dos bancos e das instituições financeiras internacionais. Na época da "crise do petróleo" (1973-1974), o governo tomou emprestadas enormes somas de dólares dos bancos internacionais e permitiu que as empresas obtivessem empréstimos semelhantes. Mas os preços do produto acabaram se estabilizando e até caindo na década de 1980. Diante dessa situação, o México fez vários acordos com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e conseguiu diminuir o valor das parcelas anuais e ampliar o prazo final de pagamento da dívida. Em contrapartida, o governo mexicano precisou adotar uma série de medidas para tentar corrigira economia, como o controle dos salários e dos gastos públicos. Para isso teve de reduzir os empréstimos internos e o número de empregos públicos, gerando aumento da inflação e do desemprego, com forte arrocho salarial (os salários subiram menos que a inflação). Em 1991 a inflação mexicana começou a ser controlada e o Estado privatizou muitas empresas estatais. ATIVIDADES 1. Porque há dúvidas sobre a inclusão do México na América Central ou na América do Norte? 2. Quais são os principais aspectos físicos do México do ponto de vista do relevo e do clima? 3. Como é a população mexicana do ponto de vista étnico?Compare-a com a população brasileira. 4. Explique a decadência da qualidade de vida nos grandes aglomerados urbanos do México. 5. Quais são as principais atividades econômicas do México? 6. Porque o México é um dos maiores devedores dos bancos e das instituições financeiras internacionais?