1 – Em relação ao texto “Os Pré-Socráticos e a Ciência” de Rubens Alves, faça uma análise crítica do texto e responda as quatro questões abaixo.(1,5pontos) OS PRÉ-SOCRÁTICOS E A CIÊNCIA A ciência se inicia com problemas. Um problema significa que há algo errado ou não resolvido com os fatos. O seu objetivo é descobrir uma ordem invisível que transforme os fatos de enigma de conhecimento[...]. Aqui somos forçados a viajar séculos para trás, para tempos em que nossos pais, os gregos, começaram a pensar o mundo e a se fazerem perguntas com que os cientistas lutam até hoje. Porque as perguntas que eles fizeram não admitem uma resposta única e final. Eram como portas que, uma vez abertas, vão dar em uma outra porta, muito maior., é verdade que por sua vez dá em outra, indefinitivamente. E aqui estamos nós abrindo portas com perguntas que geraram as outras chaves. Vamos seguir o pensamento: Você já notou que a nossa experiência cotidiana, o que vemos, ouvimos, sentimos, é um fluxo permanente de impressões que n ao se repete nunca? “Tudo flui, nada permanece. Não se pode entrar duas vezes nas águas de um mesmo rio” dizia Heráclito de Èfeso. A despeito disso - e aqui está algo que é muito curioso - nós somos capazes de falar sob re as coisas, de ser entendidos, de ter conhecimentos. Nunca haverá nuvens idênticas àquelas que produziram o temporal de ontem. A despeito disso serei capaz de identificar nuvens como nunca existiram ontem e dizer que delas a chuva virá. Também nunca mais terei laranjeiras como aquela que morreu de velhice. Mas serei capaz de identificar uma outra da mesma qualidade e de prever quanto tempo levará para começar a dar seus frutos. Como explicar que meu discurso sobre as coisas que não fique colado às aparências? Parece que, o falar, eu sou capaz de enunciar verdades escondidas, ausentes do visível, expressivas de uma natureza profunda das ciosas. Tanto assim, quando falo, pretendo que estou dizendo a verdade não apenas sobre aquele momento transitório, mas também sobre o passado e o futuro. Laranjas são doces, a água mata a sede, as estrelas giram em torno da Terra, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos catetos: estas são afirmações sobre o sensório imediato. Eles têm pretensões universais. Esta foi a grande obsessão da filosofia grega: estabelecer um discurso que falasse da natureza íntima das coisas, que permanece a mesma em meio à multiplicidade. De suas manifestações[...]. A leitura da filosofia grega introduz, passo a passo, às diferentes fases desta busca, a partir dos filósofos milesianos que achavam que as coisas mantinham sua unidade em meio aa multiplicidade porque, lá no fundo, todos reduziram a um mesmo suco, uma mesma essência. Progressivamente houve uma passagem desta posição, que explica a unidade em termos de substância, para uma outra que considera que a questão fundamental são as relações e funcões. Rubens Alves Filosofia da ciência 2006 p.1 Responda: O que tem de ambíguo, em relação as texto de Rubem Alves quando o mesmo aponta baseado nas palavras de Heráclito de Éfeso, “Tudo flui, nada permanece. Não se pode entrar duas vezes nas águas de um mesmo rio” com a letra de Lulu Santos e Nelson Motta “Como uma Onda no Mar”. Resposta: A mensagem, o sentido, o tema central da questão (vida e morte), aparece em ambos os textos: A irrealidade do que parece real, tudo na vida, é mutável e transitório. Questões que colocam a existência humana de forma questionável na procura de sentido e verdades absolutas, a eterna busca do princípio e fundamento da vida.Na frase “Tudo flui, nada permanece”, explica o movimento que as coisas têm, no sentido de transformação, de mudança constante.Em “Não se pode entrar duas vezes nas águas de um mesmo rio”, é uma alusão ao tempo que decorre indiferente da nossa vontade, o tempo passa e nos modificamos internamente adquirindo experiências, através das nossas vivências. O se e o não ser, o tudo e o nada, essas fusões dessas contradições resultam no movimento da vida e da morte. Da mesma forma, na letra do Lulu Santos, vemos esse universo de idéias exposto de forma intimista, subjetivamente. COMO UMA ONDA (Lulu Santos/ Nelson Motta) Nada do que foi será De novo do jeito que já foi um dia Tudo passa Tudo sempre passará A vida vem em ondas Como um mar Num indo e vindo infinito Tudo que se vê não é Igual ao que a gente viu há um segundo Tudo muda o tempo todo no mundo Não adianta fugir Nem mentir pra si mesmo.Agora Há tanta vida lá fora Aqui dentro, sempre. Como uma onda no mar!