UCB - EAD – Letras – Português/Inglês Disciplina: Introdução à Filosofia Profª.: Leila Mara Pereira da Silva Melo Turma: B Aluna: Ana Paula Lopes dos Santos – Matrícula: 2007014053 Resposta – Tutoria 1 OS PRÉ-SÓCRÁTICOS E A CIÊNCIA A ciência se inicia com problemas. Um problema significa que há algo errado ou não resolvido com os fatos. O seu objetivo é descobrir uma ordem invisível que transforme os fatos de enigma de conhecimento [...]. Aqui somos forçados a viajar séculos para trás, para tempos em que nossos pais, os gregos, começaram a pensar o mundo e a se fazerem perguntas com que os cientistas lutam até hoje. Porque as perguntas que eles fizeram não admitem uma resposta única e final. Eram como portas que, uma vez abertas, vão dar em uma outra porta, muito maior, é verdade, que por sua vez dá em outra, indefinitivamente. E aqui estamos nós abrindo portas com perguntas que geraram as nossas chaves. Vamos seguir o pensamento. Você já notou que a nossa experiência cotidiana, o que vemos, ouvimos, sentimos, é um fluxo permanente de impressões que não se repete nunca? “Tudo flui, nada permanece. Não se pode entrar duas vezes nas águas de um mesmo rio” dizia Heráclito de Èfeso. A despeito disso – e aqui está algo que é muito curiosos – nós somos capazes de falar sobre as coisas, de ser entendidos, de ter conhecimentos. Nunca haverá nuvens idênticas àquelas produziram o temporal ontem. A despeito disso serei capaz de identificar nuvens como nunca existiram ontem e dizer que delas a chuvaq virá. Também nunca mais terei laranjeiras como àquela que morreu de velhice. Mas serei capaz de identificar uma outra da mesma qualidade e de prever quanto tempo levará para começar a dar seus frutos. Como explicar que meu discurso sobre as coisas que não fique colado às aparências? Parece que, o falar, eu sou capaz de enunciar verdades escondidas, ausentes do visível, expressivas de uma natureza profunda das coisas. Tanto assim que, quando falo, pretendo que estou dizendo a verdade não apenas sobre aquele momento transitório, mas também sobre o passado e o futuro. Laranjas são doces, a água mata a sede, as estrelas giram em torno da Terra, o quadrado da hipotenusa é igual a soma dos catetos: estas não afirmações sobre o sensório imediato. Eles têm pretensões universais. Esta foi a grande obsessão da filosofia grega: estabelecer um discurso que falasse da natureza íntima das coisas, que permanece a mesma em meio a multiplicidade. De suas manifestações [...]. A leitura da filosofia grega introduz, passo a passo, às diferentes fases desta busca, a partir dos filósofos milesianos que achavam que as coisas mantinham sua unidade em meio à multiplicidade porque, lá no fundo, todos reduziam a um mesmo suco, uma mesma essência. Progressivamente houve uma passagem desta posição, que explica a unidade em termos de substância, para uma outra que considera que a questão fundamental são as relações e funções. Rubens Alves Filosofia da ciência, p. 40-1 COMO UMA ONDA (Lulu Santos / Nelson Motta) Nada do que foi será De novo do jeito que já foi um dia Tudo passa Tudo sempre passará A vida vem em ondas Como um mar Num indo e vindo infinito Tudo que se vê não é Igual ao que a gente viu há um segundo Tudo muda o tempo todo no mundo Não adianta fugir Nem mentir pra si mesma. Agora Há tanta vida lá fora Aqui dentro, sempre. 1/2 Como uma onda no mar! Responda: O que tem em comum, em relação aos textos, a seguir, de Rubem Alves e de Lulu Santos e Nelson Motta quando Rubens Alves baseado nas palavras de Heráclito de Éfaso afirma que “Tudo flui nada permanece. Não se pode entrar duas vezes nas águas de um me smo rio.” Em relação ao “Com Tudo passa. Tudo sempre passará A vida vem em ondas Como um mar Num indo e vindo infinito”, de Lulu Santos e Nelson Motta? 1 – Em comum entre as afirmativas cabe ressaltar a certeza de que tudo no universo está em constante mudança e/ou movimentação que leva a mudança, portanto, “panta rei”, isto é, tudo flui, nada jamais permanecerá o mesmo, temos apenas a noção daquilo que é de fato, só identificamos aquilo que é pela sua essência, somente a essência nos permite identificar o sendo, o vemos é puro devir, nunca é o mesmo, tudo passa sem jamais voltar. 2/2