Uso popular e comércio informal de plantas medicinais no

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Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 6, n° 1, 2013, p (1-13), 2013 ISSN 18088597
Uso popular e comércio informal de plantas medicinais no município
de Sanclerlândia, Goiás, Brasil
Anna Carolina MachadoRibeiro, KarllaBeattriz MarquesSousa, LuanaAngélicadePaula,
Sandra Alves de Sousa
1
Trabalho realizado por discentes das FMB para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.
Discentes do curso de Farmácia da Faculdade de Montes Belos.
3
Orientadora do trabalho de conclusão de curso

e-mail: [email protected]
2
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo principal, avaliar o comércio informal
através do trabalho realizado pelo raizeiro de Sanclerlândia-GO, e as principais plantas
utilizadas pela população. A metodologia consistiu na realização de entrevistas do tipo
descritiva, observacional com o raizeiro da cidade, e com a população acima de 30 anos.
Na cidade foi encontrado apenas um “raizeiro”, que atua nessa área há 25 anos e seus
conhecimentos são baseados em estudos e de hereditariamente. Através dos resultados
obtidos, nota-se que a população adquiriu seus conhecimentos sobre as plantas
medicinais pela vivência com parentes (pais, avós) de forma hereditária, sendo que
83,5% dos usuários adquiriram as plantas medicinais por conta própria (quintais,
cerrados, entre outros). A gripe foi à doença com maior número de citação de uso,
seguido de inflamação, estresse/insônia. Em relação à preparação das plantas, observouse a predominância dos chás (54%). É importante ressaltar fatores que podem
representar riscos para os consumidores dessas preparações populares: conhecimento
insuficiente sobre as plantas comercializadas falta de controle de qualidade do material
vegetal e o uso de misturas de plantas sem considerar as suas interações.
Palavras chaves: Fitoterapia. Plantas medicinais.“Raizeiros”.Sanclerlândia.
Popular use and informal trade of medicinal plants in the city of Sanclerlândia, Goias,
Brazil
Abstract: - This study aimed to assess the informal trade through the work done by the
healers Sanclerlândia city –GO state, and the main plants used by the population. The
methodology consisted of interviews descriptive, observational raiser with the city, and
the population over 30 years. In town one ¨raizer¨was found, that operates in this area
for 25 years and his knowledge is based on studies and hereditary ways. Through the
results, we note that the population acquired their knowledge of medicinal plants by
living with relatives (parents, grandparents) and hereditary form, being 83.5% of users
purchased medicinal plants on their own (backyards, closed, among others). The flu is
the disease most number of citation usage, followed by inflammation, stress / insomnia.
Regarding plants´ preparation, there was a predominance of teas (54%). Importantly
factors that may be risks to consumers of these popular preparations is insufficient
knowledge about plants marketed, lack of quality control of plant material and the use
of mixtures of plants without considering their interactions.
Key words: Medicinal plants "healers".Phytotherapy.Sanclerlândia.
Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 6, n° 1, 2013, p (2-13), 2013 ISSN 18088597
1 Introdução
As plantas medicinais há
milhares de anos vêm sendo utilizadas
com finalidades terapêuticas para tratar
diversas patologias. Por volta de 3000
a.C.observam-se relatos do uso desses
recursos naturais, que vêm sendo
repassadas
por várias
gerações,
tornando-se parte da cultura popular
(TUROLLA ET al., 2006).
Segundo o Ministério da saúde
em 2006 cerca de 63% da população
utiliza medicamentos industrializados, e
37% produtos de origem natural,
especialmente as plantas, fonte de
recursos terapêuticos na busca da
melhoria da atenção à saúde (BRASIL,
2006b).
A Organização Mundial de
Saúde (OMS) mantém um registro de
20.000 espécies de plantas medicinais,
distribuídas em 73 países, sendo que no
Brasil são 332 espécies. Para esse
registro, é necessário que a planta seja
descrita como medicinal em pelo menos
cinco países e que constem, pelo menos,
na farmacopeia nacional. Cerca de 4
bilhões de pessoas dependem de plantas
medicinais para o tratamento de suas
doenças, sendo plantas nativas de seu
próprio país as mais utilizadas (FERRO,
2008).
O tratamento com plantas
medicinais nativas mostra-se adequado
em vários municípios brasileiros que
não possuem fácil acesso aos
medicamentos industrializados, mesmo
aqueles
cedidos
pelo
governo.
Reconhecendo esta realidade em 2006,
o governo brasileiro aprovou a “Política
Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares no Sistema Único de
Saúde (SUS)” através da Portaria n. 971
(03/05/2006) incluindo a fitoterapia
entre outros, como práticas que devem
ser oferecidas pelo sistema público
determinando ainda diretrizes para que
estas práticas sejam estabelecidas
(BRASIL, 2006a).
Leva-se, em conta que os
princípios ativos das plantas medicinais
são substâncias químicas e que
apresentam atividade farmacológica,
sobre o organismo, verifica-se que
podem também apresentar efeitos
secundários,
contra
indicações,
toxicidade e interações com os fármacos
convencionais, utilizados em inúmeros
tratamentos. (MONTEIRO, 2008).
Como exemplo de ação toxica
observamos a babosa (Aloe vera L.)
muito utilizada no Brasil e que tem
ação:
cicatrizante,
antibacteriana,
antifúngica e antivirótica pela presença
das
antraquinonas
como:alonina,
barbaloína e isobarbaloína em sua
composição química, mas que em doses
altas por via oral pode ter ação
nefrotóxica e causar severa crise de
nefrite aguda (SILVEIRA et al., 2008).
A
utilização
de
plantas
medicinais para o tratamento de
doenças é chamada de fitoterapia que é
o estudo das plantas medicinais e suas
aplicações na cura das doenças. Os
fitoterápicos são medicamentos obtidos
empregando-se
exclusivamente
matérias-primas ativas vegetais (extrato,
tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e
outros). Devem oferecer garantia de
qualidade, ter efeitos terapêuticos
comprovados, composição padronizada
e segurança de uso para a população
(BRASIL,
2004c).
As
plantas
medicinais são consideradas espécies
vegetais, cultivadas ou não, utilizadas
com propósitos terapêuticos (BRASIL,
2010a).
A farmacognosia é de extrema
importância, pois envolve o estudo de
plantas medicinais
e de seus
componentes ativos que compõem a
identificação de drogas vegetais por
caracteres morfológicos e anatômicos, o
estudo de sua origem e formas de
produção, controle da sua qualidade,
composição química e conhecimento
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das propriedades físico-químicas das
substâncias ativas, bem como o estudo
de suas propriedades farmacológicas e
toxicológicas (RATES et al., 2001).
A população ainda utiliza
plantas medicinais adquiridas através de
"raizeiros", (pessoas consagradas pela
cultura
popular) nos
quais
comercializam plantas medicinais e
preparados líquidos, orientando como
usá-las e com a intenção de curar as
mais diversas doenças, apesar de não
terem, em geral, um conhecimento
muito
profundo
sobre
os
verdadeirosusos dos vegetais que
comercializam seus efeitos adversos e
interações medicamentosas (ALVES et
al.,2007).
A população recorre a estes
recursos devido à falta de assistência
médica, condições financeiras, ou até
mesmo por opinião própria. Entre as
formas que as plantas medicinais são
preparadas, estão os xaropes, chás,
cápsulas e garrafadas, cujos solventes
utilizados geralmente são: bebidas
alcoólicas, vinho branco, água, entre
outros. (DANTAS et al., 2008).
O trabalho foi realizado no
município de Sanclerlândia, situado no
Estado de Goiás e que está localizado
no Centro oeste goiano. A economia da
cidade é baseada na agropecuária e na
indústria. Possui aproximadamente
7.563 mil habitantes, uma área de
aproximadamente 496,83 km² e cuja
região predomina o clima cerrado. Por
ser uma cidade pequena têm poucos
profissionais na área da saúde, fazendo
com que a população procure terapias
alternativas, e a utilização de plantas
medicinais preparadas por raizeiros é
uma das mais procuradas (IBGE, 2007).
O objetivo desse estudo é avaliar
o perfil de uso popular e comércio
informal de plantas medicinais pela
população
no
município
de
Sanclerlândia,
verificando
a
porcentagem da população que utilizam
plantas medicinais, analisar o perfil do
“raizeiro”, e a incidência de plantas
medicinais utilizadas.
2 Revisão bibliográfica
2.1. Plantas medicinais
O conhecimento sobre a ação
dos vegetais vem sendo utilizado pelo
homem desde seus primórdios até os
dias atuais, e a utilização de plantas
medicinais tornou-se uma prática
cotidiana na medicina popular. Além
disso, o conhecimento sobre tais
representam muitas vezes oúnico
recurso
terapêutico
de
várias
comunidades e grupos étnicos. Até hoje
se observa a comercialização em feiras
livres, nas regiões mais pobres do país e
até mesmo nas grandes cidades
brasileiras e podendo serencontradas
nos
quintais
residenciais
(TRESVENZOL et al., 2006).
Devido à falta de assistência
médica, de condições financeiras a
população recorre a alternativas
diferentes, como as preparações caseiras
produzidas por conhecedores leigos.
Entre as formas que as plantas
medicinais são preparadas, estão as
garrafadas, cujo solvente utilizado é
geralmente bebidas alcoólicas ou vinho
branco e raramente água (DANTAS et
al., 2008).
É importante ressaltar que com o
progresso da indústria farmacêutica, o
conhecimento
sobre
asplantas
medicinais
declinou,
mas
não
desapareceu, e no fim do século XX
acentuava-se cada vez mais a tendência
a buscar outra vez nas plantas a cura de
muitos males (MONTEIRO et al.,
2008).
Dentro do contexto de uso de
plantas medicinais, destaca-se a figura
do “raizeiro”, pessoa já consagrada pela
cultura popular, no que diz respeito ao
conhecimento
sobre
o
preparo,
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indicação e comercialização de plantas
medicinais (TRESVENZOL et al.,
2006).
Para que o uso de plantas
medicinais seja considerado seguro, as
mesmas devem ter o mínimo de
qualidade. Os produtos preparados por
raizeiros muitas vezes não envolve o
uso seguro e nem o controle físicoquímico e microbiológico, o que pode
tornar esta terapia ineficiente (RIBEIRO
et al., 2005).
Diversos trabalhos sobre a
utilização de plantas medicinais têm
sido desenvolvidos nos municípios
brasileiros, um deles é o estudo de
Tresvenzol (2006), que faz um
panorama sobre o comércio de plantas
medicinais no município de Goiânia.
2.2 Fitoterapia (Fitoterápicos)
A Fitoterapia consiste no
tratamento através da utilização de
medicamentos fitoterápicos que são
medicamentos obtidos empregando-se
exclusivamente matérias-primas ativas
vegetais.
É
caracterizado
pelo
conhecimento da eficácia e dos riscos
de seu uso, assim como pela
reprodutibilidade e constância de sua
qualidade.
Não
se
considera
medicamento fitoterápico aquele que,
na sua composição, inclua substâncias
ativas isoladas, de qualquer origem,
nem as associações destas com extratos
vegetais (BRASIL, 2004a).
A RDC n. 48 de 2004 faz
definições importantes para o uso de
fitoterápicos. Segundo ela, droga
vegetal é uma planta medicinal ou suas
partes, após processos de coleta,
estabilização e secagem, podendo ser
íntegra,
rasurada,
triturada
ou
pulverizada. E o princípio ativo do
medicamento
fitoterápico
são
substâncias, ou classes químicas (ex:
alcaloides, flavonoides, ácidos graxos,
etc.), quimicamente caracterizada, cuja
ação farmacológica é conhecida e
responsável, total ou parcialmente,
pelos
efeitos
terapêuticos
do
medicamento fitoterápico (BRASIL,
2004c).
O Brasil possui grande potencial
para
o
desenvolvimento
dessa
terapêutica,
como
as
maiores
diversidades vegetais do mundo, amplas
sociodiversidade, usam de plantas
medicinais vinculado ao conhecimento
tradicional e tecnologia para validar
cientificamente esse conhecimento. O
interesse popular e institucional vem
crescendo no sentido de fortalecer a
fitoterapia no SUS. A partir da década
de 80, diversos documentos foram
elaborados, enfatizando a introdução de
plantas medicinais e fitoterápicos na
atenção básica no sistema público
(BRASIL, 2006a).
A resolução n. 89, de 16 de
março de 2004 dispõe sobre a lista de
registro simplificado de fitoterápicos,
contendo 34 tipos de fitoterápicos com
as
respectivas
especificações:
nomenclatura botânica, nome popular,
parte usada, padronização/marcador,
formas de uso, indicações / ações
terapêuticas, dose diária, via de
administração e restrição de uso. Esta
lista tem como objetivo padronizar o
uso de fitoterápicos de utilização já
consagrada (BRASIL, 2004b).
No Brasil, a Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares
no Sistema Único de Saúde regulamenta
a implantação e incorporação no SUS,
em todo o País, de práticas de saúde
como a fitoterapia, acupuntura e
homeopatia, contemplando as terapias
alternativas e práticas populares, sendo
que o Ministério da Saúde deve
incentivar a fitoterapia na assistência
farmacêutica. Envolve abordagens que
buscam estimular os mecanismos
naturais de prevenção de agravos e
recuperação da saúde por meio de
tecnologias eficazes e seguras, com
ênfase na escuta acolhedora, no
desenvolvimento do vínculo terapêutico
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e na integração do ser humano com o
meio ambiente e a sociedade (BRASIL,
2006a).
Com base em toda essa política
foi criada em 2009 a Relação Nacional
de Plantas Medicinais de Interesse ao
SUS (RENISUS) que apresenta plantas
medicinais que possui potencial para
gerar produtos de interesse ao SUS. A
finalidade da lista é orientar estudos e
pesquisas que possam subsidiar a
elaboração da relação de fitoterápicos
disponíveis para uso da população, com
segurança e eficácia para o tratamento
de determinada doença (BRASIL,
2009).
Buscando
regulamentar
e
normatizar, a RDC n. 14, de 31 de
março de 2010 possui o objetivo de
estabelecer os requisitos mínimos para o
registro de medicamentos fitoterápicos.
A norma atualiza os procedimentos,
para o registro de produtos nacionais, de
produtos importados, das alterações
pós-registro, e da renovação do registro.
Com as exigências, as empresas deverão
apresentar, no momento do registro
desses produtos, testes para avaliação de
toxinas e testes físico – químicos dos
extratos
vegetais
usados
nos
medicamentos fitoterápicos (BRASIL,
2010a).
Os fitoterápicos são utilizados
através de diferentes preparações como
extratos, tinturas e macerados. Os
extratos possuem uma consistência
líquida, sólida ou intermediária, obtidas
a partir do material vegetal ou animal.
São preparados por percolação,
maceração ou outro método adequado e
validado, utilizando como solvente
álcool etílico, água ou outro solvente
adequado após a extração (SIMÕES et
al., 2002).
As tinturas são preparações
líquidas, assim como os extratos são
obtidas, normalmente, de substâncias de
origem vegetal ou animal.
São
usualmente obtidas utilizando uma parte
da droga, baseadas na ação solubilizante
do álcool etílico ou da glicerina sobre o
pó seco da droga (planta), ao qual se
pode agregar água em quantidade
necessária para diminuir a concentração
alcoólica (VICENTINO et al., 2007).
Maceração é um processo
extrativo em que a planta fresca ou seca
é deixada em contato com o líquido
extrator em um recipiente fechado por
um tempo determinado, sob agitação. O
método da maceração oferece a
vantagem de que os sais minerais e as
vitaminas das ervas são aproveitados
(BRASIL, 2005).
A
utilização
de
plantas
medicinais baseado em conhecimentos
populares, aliado à crença de que, por
ser natural não causa reações adversas é
um fator que compromete a segurança e
eficácia, além disto, sabe-se que muitas
apresentam substâncias que podem
desencadear reações tóxicas. O uso
contínuo ou prolongado de plantas
medicinais e a contaminação por
agrotóxicos podem causar toxicidade,
levando em consideração que ainda há
dificuldades em se estabelecer os testes
mais adequados para os fitoterápicos
(TUROLLA et al., 2006).
O uso seguro e eficaz de
fitoterápicos envolve análises físicoquímicas e microbiológicas de matériasprimas e do produto acabado, como
etapa preliminar para alcançar um
padrão de qualidade necessário a um
produto. O controle físico-químico
engloba desde a identificação botânica
da planta até o doseamento dos
princípios ativos, e o controle
microbiológico,
até
analise
de
contaminação por microrganismos
(bactérias e fungos) que podem trazer
diversos prejuízos à saúde do
consumidor. A análise do teor dos
principais componentes biologicamente
ativos é uma etapa essencial para a
segurança e eficácia de sua utilização na
elaboração de produtos farmacêuticos
(RIBEIRO et al., 2005).
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É importante ressaltar as
diferenças entre plantas medicinais e os
fitoterápicos. As plantas medicinais são
todas aquelas, silvestres ou cultivadas,
que se utilizam como recursos para
prevenir, aliviar, curar ou modificar um
processo
fisiológico
normal
ou
patológico, ou como fonte de fármacos
e de seus percussores, enquanto que
fitoterápicos são produtos medicinais
acabados
e
etiquetados,
cujos
ingredientes ativos são formados por
partes aéreas ou subterrâneas de plantas,
ou outro material vegetal, ou
combinações destes, em estado bruto ou
em formas de preparações vegetais
(RATES et al., 2001).
3 Material e métodos
O estudo realizado foi do tipo
descritivo
observacional
com
a
população da cidade de Sanclerlândia,
GO. Foram incluídos na pesquisa uma
população constituída de 73 pessoas
acima de 30 anos, os quais foram
entrevistadas,
responderam
o
questionário corretamente e assinaram o
termo de consentimento, de acordo com
a resolução 196/96 CONEP.
Entrevistou-se
também
um
comerciante de plantas medicinais para
conhecer a procura desses produtos. As
informações foram obtidas através de
entrevistas, sempre em local e horário
aleatórios, de forma que não
atrapalhasse o entrevistado em suas
atividades
e
possibilitasse
o
desenvolvimento das entrevistas.
Para a coleta de dados
utilizamos os questionários (ANEXO II)
complementados por entrevistas livres e
conversas informais. Realizamos as
entrevistas de acordo com a resolução
196 do CONEP, sempre respeitando os
valores culturais, sociais, morais,
religiosos e éticos, bem como os hábitos
e costumes quando as pesquisas
envolvessem comunidades.
Os dados
obtidos
foram
analisados através de leitura cuidadosa
dos
questionários
buscando
a
categorização das informações obtidas.
Foi utilizado o programa Microsoft
Excel 2007 para a confecção de Figuras
e Tabelas.
4 Resultado e discussão
Foram feitas 100 entrevistas
aleatoriamente, sendo que 73 pessoas
relataram o uso de plantas medicinais
em algum momento da vida. No grupo
entrevistado 51 pessoas eram do sexo
feminino e 22 do sexo masculino. Notase um maior uso de plantas medicinais
pelas mulheres comparando-se com aos
homens entrevistados isso se deve pelo
falto de que as mulheres têm um maior
cuidado com a saúde (Tabela 1).
Tabela1- Entrevistados usuários e não
usuários
em
relação
ao
sexo
A faixa etária dos entrevistados
selecionados encontra-se acima de 30
anos, pois às pessoas mais jovens
ocorrerem em menor quantidade ao uso
de plantas medicinais, sendo assim
pouco relevante para os estudos
programados. Contudo a maioria dos
participantes se encontrava na faixa
etária entre 30 e 60 anos (Tabela 2),
resultando em 72 pessoas entrevistadas.
Essa faixa de idade apresentou idades
com largo intervalo de grandeza
porquea maioria das pessoas entrevistas
foi em escolas, educação de jovens e
adultos
(EJA).
E
as
pessoas
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entrevistadas acima de 61 anos, deve-se
em grande parte as entrevistas em
programas realizados pela prefeitura do
Programa Melhor Idade.
Nota-se que a maioria dos
entrevistados pertence à classe de baixo
poder aquisitivo. Demonstrando que
estas pessoas têm um menor acesso aos
serviços básicos de saúde, recorrendo,
no entanto ao tratamento com plantas
medicinais (Tabela 3).
Tabela 2-Entrevistados em relação a
idade
e
sexo
Tabela 4- Nível de escolaridade dos
entrevistados
No total 47% dos entrevistados
usuários afirmaram que os conhecimentos
sobre as plantas medicinais, assim disposto
na Figura 1, foram adquiridos pela vivência
com parentes (pais, avós) de forma
hereditária, que as empregavam em uso
próprio ou para curar outras pessoas. Em
outra pergunta realizada no questionário
descobriu - se que 83,5% adquiriram as
plantas medicinais por conta própria
(quintais, cerrados, entre outros).
Figura 1: - Como adquiriu informações
sobre
plantas
medicinais
Tabela 3- Renda mensal de usuários e
não usuários de plantas medicinais.
Com relação ao grau
de
escolaridade dos entrevistados, pode se
observar que 11% são analfabetos, 9% sabe
ler e escrever, 21% estudou até a 4º série do
ensino fundamental, apenas 6% concluíram
1º grau do ensino fundamental, a maioria
dos entrevistados atingiu o ensino médio
completo ou incompleto sendo 31%, e 22%
apresentavam curso superior completo.
Pode - se observar que o nível de
escolaridade foi variado não podendo, então
estabelecer uma relação entre a utilização
de fitoterápicos e o nível de escolaridade.
Ao realizar o questionário percebeu
- se que a preferência pela população foi
por chás, considerando a facilidade da
preparação. Deve ser considerado na Figura
2 que alguns usuários utilizam mais de um
tipo de preparação.
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Figura 2- Tipos de preparações de
plantas
medicinais
utilizadas.
Entre os entrevistados usuários
nota-se que o objetivo do tratamento
com plantas medicinais mais utilizados
foi para gripe e em segundo lugar para
inflamações. Foram usadas também
para outros recursos atendendo a
necessidade clínica dos usuários.
Observando que os usuários utilizam
para mais um tipo de patologia, o maior
número de espécies citadas foi para o
tratamento da gripe concordando com
Medeiros et al. (2004) devido à
facilidade de acesso, preparação, e ao
grande índice dessa patologia, sendo o
tratamento para inflamação o segundo
grupo (Figura 3).
cidreira(31,5%),
Boldo(8,3%)
e
Hortelã(7,3%).
A erva cidreira (Melissa
officinalis) possui ação Terapêutica
como:
Ulceras
gástricas,
antiespasmódico, calmante, e digestivo.
Atua no combate à insônia e estimulante
da secreção biliar. As Folhas frescas ou
secas são as partes usadas (BARBOSA
et al.,2012).
O boldo (Coleus barbatus
Benth. L.) pode ser usado na forma de
chá/macerado atuando em problemas
estomacais, hepáticas e cólicas. E a
hortelã (Mentha piperitaL.) utilizada na
forma de chá para vermes, doenças
infantis, febre, cólicas e como
calmantes (HANAZAKI et al.,1996).
Tabela 5 - Plantas mais utilizadas pela
população. *Indicações segundo a
população loca
Figura 3– Objetivo do tratamento com
plantas
medicinais.
Em
geral
muitas
plantas
minimizam, aumentam ou se opõem aos
efeitos dosmedicamentos alopáticos
(Tabela 5). Em particular atuam como
ansiolítico (terapia anti - depressiva),
anti -convulsivante,anti - coagulante,
anti - plaquetário, anti - arrítmico,
hipotensivo, hipocalemia, tratamento do
câncer entreoutros (SILVEIRA et
al.,2008).
Entre as plantas medicinais mais
utilizadas
pela
população
de
Sanclerlândia-GO destaca-se as: Erva
Entre os 73 entrevistados
usuários deplantas medicinais, 24
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pessoas afirmaram que utilizam
medicamentos de uso continuo (Tabela
6). Não foram encontrados dados
referentes as interações entre os
medicamentos e as plantas medicinais
relatados pelos entrevistados. São
necessários estudos sobre as interações
farmacocinéticas entre as plantas
medicinais e fármacos citados pelos
entrevistados, assim como foi realizado
no trabalho de Cordeiro (2005) sobre
interações
medicamentosas
de
fitoterápicos e fármacos: Hypericum
perforatum e Piper methysticum.
Tabela 6: - Medicamentos de uso
contínuo por usuários de plantas
medicinais.
participou da autoria de dois livros
(Saúde da Mulher e Farmacopeia do
cerrado).
Segundo relatos do mesmo, ele
atende cerca de 10 a 15 pessoas por dia
sendo a maioria do sexo feminino,
fazendo a indicação das plantas
conforme os relatos do paciente. A
orientação realizada de forma verbal
esomente com relação ao modo de uso.
Suas matérias primas são adquiridas
principalmente no cerrado, na região do
entorno
de
Sanclerlândia,
são
preparadas em sua própria casa, na
forma de xaropes, cápsulas, garrafadas,
e pó para preparação de chás e
infusões.A maior procura pelos seus
serviços, segundo o mesmo, e em casos
de
infecção,DST
e
problemas
ginecológicos.
Na Tabela 7 são encontradas as
principais
plantas,
relatas
pelo
“raizeiro”.
Tabela 7- Principais plantas medicinais
comercializadas em Sanclerlândia.
No município de SanclerlândiaGO foi encontrado apenas um
“raizeiro”, atuando nessa área a 25 anos,
seus conhecimentos foram adquiridos
de maneira hereditária devido ser
descendente de família indígena, tem
como principal ocupação a profissão de
lavrador, para ajudar na sua renda
mensal. O comerciante entrevistado
possui o ensino médio completo, tendo
como adicional, dois cursos técnicos em
manipulação de plantas (UCG) e Curso
de Botânica (UFG) realizado entre
1992-2000. Segundo relatos do mesmo,
Observa-se que o comércio de
plantas feito pelo “raizeiro” acontece
sem nenhuma orientação ao paciente
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quanto aos aspectos de utilização
racional de medicamentos, como
acondicionamento adequado, modo de
preparo, orientações escritas e legíveis,
identificação das plantas em rótulos,
sendo estes fatores, uma preocupação
das autoridades de saúde com relação à
contaminação do produto, sua eficácia e
segurança.
Dentre os usuários entrevistados
apenas uma pessoa relatou apresentar
alergia com uso de uma garrafada
comercializada pelo “raizeiro” da
região, relatando não conhecer a sua
composição.
No trabalho de Moraiset al.,
(2005) foramrelatadas algumas plantas
que não dispunhamde dados tóxicofarmacológicos, dentre elas quatro
citadas no trabalho que são: Bugre
(Rudgea
viburnoides
Benth),
Douradinha
(Palicourea
coriácea
Schum) Pé de perdiz (Crotonanty
siphiliticus Mart.), Velame Branco
(Macrosiphonia velame (A. St. Hill.).
Mull. Arg. Também não dispunham de
dados as plantas: algodãozinho,
barbatimão, douradão, pacovar, sangra
d‟água, sofre do rim e quem quer.
Com relação aos estudos
realizados de toxicidade apenas duas
plantas foram encontrados estudos
como
Mamacadela
(Brosimum
gaudichaudii Trécul) e Noni (Morinda
citrifolia).
De acordo com o trabalho
realizado por Leãoet al., (2005), a
„mamacadela‟ (Brosimum gaudichaudii
Trecul) é popularmente empregada no
tratamento de combate ao vitiligo,
sendo responsável pelo efeito da
repigmentação.
Nos
estudos
toxicológicos pré-clínicos, realizado em
pacientes portadores de vitiligo para
verificação toxicológica, notou-se baixa
toxicidade do extrato de raiz da planta.
No livro “O fruto tropical de
101 aplicações medicinais” encontram
– se relatos de uma pesquisa realizada
com 10.000 pessoas que tomaram o
noni, e que menos de 3% dos
entrevistados sofreram efeitos colaterais
como gases estomacais, diarreia, ou
alergia ao noni, com erupção cutânea
leve. E 78%tiveram benefício de
alguma forma, inclusive no combate ao
câncer, doenças cardíacas, desordens
digestivas, entre outras (SOLOMON,
2012).
Entretanto há relatos de dois
casos de hepatoxicicidade no suco do
Noni. Um homem de 20 anos de idade,
com hepatite tóxica prévia associada a
pequenas doses de paracetamol
desenvolveu insuficiência hepática após
o consumo de 1,5 L de suco de Noni ao
longo de três semanas, e necessitou de
transplante de fígado com urgência. E,
uma mulher de 62 anos de idade sem
evidências de doenças hepáticas prévia
desenvolveu um episódio de hepatite
aguda após o consumo de 2L de suco de
Noni distribuídos no período de abril a
julho de 2003 (FRANCHI et al.,2008).
5 Conclusões
Deve
ser
respeitado
o
conhecimento do “raizeiro” para a
população, principalmente as de baixo
poder aquisitivo, que muitas vezes não
tem acesso aos serviços básicos de
saúde, e ressaltar que o conhecimento
popular é extremamente importante para
o avanço científico da fitoterapia, mas é
necessária uma regularização deste
comércio, visando à segurança dos
pacientes.
Em relação aos usuários nota-se
que grande parte da população faz uso
de plantas medicinais, mas que o
conhecimento
sobre
as
plantas
utilizadas ainda é pequeno. Alertasepara o fato de que o uso
indiscriminado dessas preparações
torna-se relativamente perigoso, uma
vez que, por pleno desconhecimento,
muitas pessoas acreditam que tais não
acarretam perigo algum, o que não é
verdade, visto que podem ocorrer sérias
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consequências,
efeitos
colaterais,
interações e intoxicações ao longo do
tempo.
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