EMF – Cap.4 – Mercado de Câmbios MA 1 4.2.1.Lei do preço único

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EMF – Cap.4 – Mercado de Câmbios
Cap.4
†
MERCADO DE CÂMBIOS e TAXAS de CÂMBIO
MERCADO DE CÂMBIOS NO LONGO PRAZO: A DETERMINAÇÃO
DA TAXA DE CAMBIO NO LONGO PRAZO
1. Princípio do preço único
2. Teoria da Paridade dos Poderes de Compra
3. Factores que influenciam a taxa de câmbio de longo prazo
†
Mercado de Câmbios
e Taxas de Câmbio
MERCADO DE CÂMBIOS NO CURTO PRAZO: A DETERMINAÇÃO
DA TAXA DE CÂMBIO NO CURTO PRAZO
1. Condição da paridade das taxas de juro
2. Equilíbrio no mercado de câmbios
3. Factores que influenciam a taxa de câmbio de curto prazo
†
Margarida Abreu
EMF - ISEG
2
4.1.1. Mercado de cambios:
Troca de divisas ou depósitos bancários denominados em diferentes divisas
4.1.2. Taxas de Câmbios
Definições:
1. Taxa de câmbio das operações á vista (Spot exchange
rate)
2. Taxa de câmbio das operações a prazo (Forward
exchange rate)
3 Apreciação
3.
A
i ã
4. Depreciação
Taxa de Câmbio USD/EUR (cotação ao certo para o euro)
Îum aumento da taxa = apreciação do euro
ÎO mercado cambial funciona tipo mercado de balcão, c/ intermediários financeiros
abilitados que compram e vendem depósitos denominados em divisas
Margarida Abreu
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1. Torna as empresas domésticas menos competitivas
2. Beneficia os consumidores domésticos
Margarida Abreu
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4
4.2.1.Lei do preço único
Lei do preço único
† Definição
† Exemplo:
† Exemplo:
„ Ferro europeu 100 EUR p/tonelada,
„ Ferro japonês 10 000 JPY p/tonelada
† Se a taxa de câmbio iene/euro, cotada ao certo para o euro
for: E = 100 (100 JPY = 1EUR):
† Lei do preço único ⇒ E = 100
„ Ferro europeu 100 EUR p/tonelada,
„ Ferro japonês 10 000 JPY p/tonelada
† S
Se a taxa
t
de
d câmbio
â bi iene/euro,
i
/
cotada
t d ao certo
t para
o euro for: E = 50 (50 JPY = 1EUR):
1 tonelada de
FERRO
Produzido na
área do euro
Produzido no
Japão
1 tonelada de
FERRO
Produzido na
área do euro
Produzido no
Japão
Transaccionado
na área do euro
100€
200€
Transaccionado
na área do euro
100€
100€
Transaccionado
no Japão
5000 JPY
10000 JPY
Transaccionado
no Japão
10000 JPY
10000 JPY
Margarida Abreu
MA
Quando uma divisa se aprecia, preços dos bens
produzidos no país ↑ no exterior, preços dos bens
produzidos no exterior ↓ no país
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Margarida Abreu
EMF - ISEG
6
1
EMF – Cap.4 – Mercado de Câmbios
4.2.2. Teoria da Paridade dos Poderes de
Compra (PPC) (Purchasing Power Parity (PPP))
4.2.2. Teoria da Paridade dos Poderes de
Compra (PPC)
† Definição: aplicação da lei do preço único aos níveis
gerais de preços de diferentes países
† A lei do preço único implica que o
iene se deprecie,
† PPC implica ajustamento tx. cambio:
E 110
E=110
† Exemplo: Ferro Japanês sobe 10% no Japão para 11,000
ienes p/tonelada. Se E = 100
1 tonelada de
FERRO
Produzido na
área do euro
Produzido no
Japão
1 tonelada de
FERRO
Produzido na
área do euro
Produzido no
Japão
Transaccionado
na área do euro
100€
110€
Transaccionado
na área do euro
100€
100€
Transaccionado
no Japão
10000 JPY
11000 JPY
Transaccionado
no Japão
11000 JPY
11000 JPY
Margarida Abreu
EMF - ISEG
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Margarida Abreu
EMF - ISEG
8
Figura 4.1: PPC Área do Euro-EUA
2.2. Teoria da Paridade dos Poderes de
Compra (PPC)
200
180
Problemas com a PPC
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4.2.3. Factores que influenciam a taxa
de câmbio E no longo prazo
Resposta da taxa de câmbio E
Alteração do factor
(Cotação
ao certo da moeda nacional)
Aumento do nível de preços doméstico
Diminuição da taxa de câmbio
Aumento das barreiras alfandegárias às
i
importações
Aumento da taxa de câmbio
Aumento da preferência por bens
importados
Diminuição da taxa de câmbio
Aumento da preferência por bens
domésticos
Aumento da taxa de câmbio
Aumento da produtividade
Aumento da taxa de câmbio
Príncipio básico: Se o factor aumenta a procura dos bens
nacionais relativamente aos bens produzidos no exterior, E ↑
Margarida Abreu
MA
140
120
100
80
60
40
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20
0
19
60
19
62
19
64
19
66
19
68
19
70
19
72
19
74
19
76
19
78
19
80
19
82
19
84
19
86
19
88
19
90
19
92
19
94
19
96
19
98
20
00
20
02
20
04
20
06
1. Custos de transporte e barreiras alfandegárias podem
ser importantes
2. Nem todos os bens são idênticos entre os países
3. Muitos bens e serviços não são transaccionáveis
Margarida Abreu
Índice (1960=100)
160
PPC ⇒ Nível de Preços internos ↑ 10%, moeda nacional ↓
10%
1. Aplicação da lei do preço único aos níveis de preços
2. Funciona no longo prazo, não no curto prazo
Deflator consumo Zona Euro/deflator Consumo EUA
Margarida Abreu
USD por EUR
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4.3. Determinação da Tx. e Câmbio
no Curto Prazo
† Condição da paridade das taxas de juro
† Equilíbrio no mercado de câmbios
† Factores que influenciam a taxa de câmbio de curto
prazo
1. Deslocações da curva de rendimento esperado das
aplicações em moeda estrangeira:
1. Alteração da taxa de juro externa
2. Alteração da expectativa de taxa de câmbio
2. Deslocações da curva de rendimento esperado das
aplicações em moeda nacional:
1. Alterações da taxa de juro doméstica
2. Alterações na oferta de moeda
3. Sobre-ajustamento da taxa de câmbio
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Margarida Abreu
EMF - ISEG
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2
EMF – Cap.4 – Mercado de Câmbios
Retorno esperado de um investimento
em depósitos em euros para um
investidor não residente na área euro
Retorno esperado de um investimento em
depósitos em euros para um investidor não
residente na área euro
J. Smith decide investir em depósitos em euros.
a) Por cada libra investida obtem 1/Et euros (Et é
cotação ao certo para o euro relativamente á
libra esterlina)
b) Os euros que adquiriu rendem (1/Et)(1+iD) euros,
euros
no final do ano
c) No final do ano, irá converter este montante que
recebeu na sua moeda (libra): (1/Et)(1+iD) Et+1
Mas como J.Smith hoje desconhece essa taxa, a
expectativa que tem hoje do retorno deste
investimento, em libras, é:
1
(1 + i D ) Ete+1 − 1 =
Et
= (1 + i D )
1
≈ iD +
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Re Relativo
E
Margarida Abreu
Expectativas de Retorno e
Paridade das taxas de juroRe
Depósito em D
Depósito em F
Investidor nacion.(D)
(Retorno unidades de D)
iD
iF – (Eet+1 – Et)/Et
iD – iF + (Eet+1 – Et)/Et
iD – iF + (Eet+1 – Et)/Et
Condição da paridade das taxas de juro (Interest
Rate Parity Condition):
Se existe LCC e Depósitos em F e D são substitutos
perfeitos: RD = RF
Se iD = 10% e a expectativa de apreciação de D, (Eet+1– Et)/Et, = 5%
⇒
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− Et
Et
MA
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Ete+1 − Et
Et
Cot. Certo (Aumento=Apreciação
da moeda nacional)
Equilíbrio
RD = RF em E*
Se Et > E*,
RF > RD,
vende D, Et ↓
Derivação de RD
Margarida Abreu
EMF - ISEG
3.2. Equilíbrio no mercado de câmbios
Assume iF = 10%, Eet+1 = 1
Pontos
A:Se Et = 0.95, RF = .10 – (1 – 0.95)/0.95 = .048 = 4.8%
B Se Et = 1.00,
B:
1 00 RF = .10
10 – (1 – 1.0)/1.0
1 0)/1 0 = .100
100 =10.0%
10 0%
C:Se Et = 1.05, RF = .10 – (1 – 1.05)/1.05 = .148 = 14.8%
F
Curva R liga estes pontos e tem declive positivo porque quando Et é
elevado, aumenta a expectativa de apreciação de F, RF ↑
Points B, D, E, RD = 10%: a curva é vertical
Margarida Abreu
RF = iF −
e
t +1
E
iF = 15%
RD = iD
3.2. Equilíbrio no mercado de câmbios
(Et; Re)
RF = iF −
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Exemplo:
D; moeda nacional (ou doméstica)
F; moeda estrangeira (divisa)
E: tx. Câmbio entre D e F, cotação ao certo de D
Derivação de RF
EMF - ISEG
Paridade das taxas de juro
Investidor Estrang.(F)
(Retorno unidades de F)
iD + (Eet+1 – Et)/Et
iF
Margarida Abreu
− Et
= tx. juro doméstica + expectativa tx. apreciação
Et
e
t +1
moeda nacional
(1/Et)(1+iD) Eet+1-1
Margarida Abreu
Ete+1
Ee
E e − Et
− 1 = i D t +1 + t +1
Et
Et
Et
{
RD = iD
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Se Et < E*,
D,
RF < RMargarida
Abreu
compra D, Et ↑
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Retorno Esperado (moeda
nacional)
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3
EMF – Cap.4 – Mercado de Câmbios
RD = iD
3.3.1. Deslocação de RF
RF = iF −
RD = iD
E
3.3.2. Deslocação de RD
RF = iF −
Ete+1 − Et
Et
Cot. Certo (Aumento=Apreciação
da moeda nacional)
Cot. Certo (Aumento=Apreciação
da moeda nacional)
RF desloca-se para a
direita
1. iF ↑: porque RF ↑ para
cada Et
2. Eet+1 ↓: porque
expectativa apreciação
de F ↑ para cada Et e
RF ↑
Ocorre Eet+1 ↓:
1) P Internos↑
2) Barreiras
Alfandegárias ↓
3) Importações ↑
4) Exportações ↓
Margarida
Abreu
5) Produtividade
↓
− Et
Et
e
t +1
RD desloca-se para a direita
quando
1. iD ↑; porque RD ↑ para
cada Et
(Assume que πe interna
permanece inalterada, pelo que
taxa de juro real interna ↑)
Retorno Esperado (moeda
nacional)
EMF - ISEG
Retorno Esperado (moeda
nacional)
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Margarida Abreu
EMF - ISEG
20
Respostas a i ↑ porque
πe
RD = iD
↑
RF = iF −
Ete+1 − Et
Et
Cot. Certo (Aumento=Apreciação
da moeda nacional)
Factores
que
afectam
RF e RD
1 πe ↑,
1.
↑ Eet+1 ↓,
↓ expectativa
apreciação de F ↑,
F
R desloca-se p/direita
2. πe ↑, iD ↑, RD desloca-se p/
direita
Margarida Abreu
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Cot. Certo (Aumento=Apreciação
da moeda nacional)
MA
Retorno Esperado (moeda
nacional)
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Porquê forte volatilidade das
taxas de câmbio?
Resposta a Ms ↑
1. Ms ↑, P ↑, Eet+1 ↓,
expectativa de depreciação
de D ↑, RF desloca-se p/
direita
2. Ms ↑, iD ↓, RD desloca-se p/
esquerda
Vai para ponto 2 e Et ↓
3. No longo prazo, iD
retorna ao ponto inicial,
RD retorna pos. inicial, vai
para ponto 3
Sobre-depreciação da taxa de
câmbio (Exchange Rate
Margarida Abreu
Overshooting)
No entanto porque quando
πe ↑ o efeito s/ Eet+1 > efeito
s/ iD ⇒
RF resultante > RD resultante
e Et ↓ Margarida Abreu
1. Expectativas de Eet+1 flutuam
2. Sobre-ajustamento da taxa de
Câmbio
Retorno Esperado (moeda
nacional)
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Margarida Abreu
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