1 PERFIL NUTRICIONAL, SOCIAL, ECONÔMICO E DEMOGRÁFICO DA POPULAÇÃO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL DA CIDADE DE SANTA VITÓRIAMG SILVEIRA, Mellina Brito da (Unitri) [email protected] ARAÚJO, Ana Cristina Tomaz (Unitri) [email protected] Resumo A hipertensão arterial é um grande problema de saúde pública por sua magnitude, risco e dificuldade no seu controle. A identificação dos fatores influencia nas medidas preventivas e terapêuticas dos altos índices pressóricos, que possibilita a determinação dos tratamentos farmacológicos e/ou não-farmacológicos. Este trabalho teve como objetivo conhecer o perfil social, econômico, demográfico e de saúde dos pacientes hipertensos da cidade de Santa Vitória-MG, com intuito de diagnosticar as razões de adesão ou desistência ao tratamento medicamentoso e nutricional, assim traçar diretrizes a fim de amenizar as possíveis complicações da HAS. Foram entrevistados 98 pacientes, por meio de um questionário semiestruturado, com questões gerais sobre dados pessoais, de saúde e de tratamento medicamentoso e nutricional. Os resultados mostraram que a maioria dos hipertensos da amostra tinham mais de 6 anos de diagnóstico, com obesidade como comorbidade prevalente, com um baixo nível de escolaridade e renda familiar, 93,87% utilizam a medicação continuamente conforme prescrição médica e 87,76 % receberam orientações dietéticas gerais de médicos e enfermeiros, sendo que ainda utilizam alguns temperos industrializados. confirmam que medicamentoso, os hipertensos, porém em Os dados referentes a esta pesquisa apresentam relação ao boa tratamento adesão dietético ao tratamento precisam de acompanhamento nutricional essencial para adesão do paciente e eficácia da terapêutica não medicamentosa. Palavras-chave: Perfil Nutricional; Hipertensão Arterial; Estado Nutricional. 1 - Introdução A hipertensão arterial, definida pela Organização Mundial de Saúde (1978) como sendo “uma doença caracterizada por elevação crônica da pressão arterial 2 (PA) sistólica e/ ou diastólica”, é um grande problema de saúde pública por sua magnitude, risco e dificuldade no seu controle (LOLIO, 1990, 425-32). Alguns estudos epidemiológicos têm demonstrado o aumento da prevalência da hipertensão quando associado mais de um fator de risco, como a hereditariedade, a idade, o gênero, o grupo étnico, o nível de escolaridade, dados sócio-econômicos, a obesidade, o etilismo, o tabagismo e os hábitos alimentares. A identificação de tais fatores influencia nas medidas preventivas e terapêuticas dos altos índices pressóricos, que possibilita a determinação dos tratamentos farmacológicos e/ou não-farmacológicos (PASSOS,2006; ZAITUNE, 2006; JARDIM,2007). Sempre que possível, o paciente deve ser inserido em grupos com assistência multiprofissional para terapia combinada, pois o tratamento farmacológico, apesar de eficaz na redução dos valores pressóricos, da morbidade e da mortalidade, pode apresentar alto custo e efeitos colaterais, o que conduz ao abandono do tratamento (ZAITUNE, 2006; PERROTI, 2007). Segundo o Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial (1999) os princípios gerais da terapia dietética para a redução do peso corporal compreendem o respeito a dieta balanceada, evitando o jejum ou as dietas “milagrosas”; substituir gorduras animais por óleos vegetais (mono e poliinsaturados); reduzir o consumo de sal a menos de 6g/dia (1 colher de chá); evitar açúcares e doces; preferir ervas, especiarias e limão para temperar os alimentos; ingerir alimentos cozidos, assados, grelhados; utilizar alimentos fonte de fibras (grãos, frutas, cereais integrais, hortaliças e legumes, preferencialmente crus) (JUNIOR, 1999, 257-286). O presente trabalho teve por objetivo conhecer o perfil social, econômico, demográfico e de saúde dos pacientes hipertensos da cidade de Santa Vitória-MG, com intuito de diagnosticar as razões de adesão ou desistência ao tratamento medicamentoso e nutricional, assim traçar diretrizes a fim de amenizar as possíveis complicações da HAS. 2 - Métodologia Foi realizado um estudo transversal, descritivo no qual foram investigados hipertensos de ambos os sexos, que estiveram presentes nas unidades de PSF do Sistema público de saúde. 3 O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Uberlândia. Todos os participantes após esclarecimentos dos propósitos da pesquisa e do seu consentimento através da assinatura do Termo de Compromisso Livre Esclarecido. Os critérios de seleção foram pacientes de ambos os sexos, com idade superior de 20 anos, sem deficiências físicas ou mentais e sem seqüelas neurológicas. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado com questões gerais sobre dados pessoais, de saúde e de tratamento medicamentoso e nutricional. As variáveis incluídas no presente estudo foram: • Socioeconômicas e demográficas: sexo, raça, idade, escolaridade, renda familiar mensal, casa própria. • Antropométricas: todas as medidas antropométricas foram realizadas de forma padronizada. O índice de massa corporal (IMC) foi obtido a partir dos dados do peso (em quilogramas) dividido pela altura (em metros) ao quadro. • Tempo de diagnóstico de hipertensão; comorbidades; tratamento medicamentoso e possível medicação sem orientação médica; tratamento dietético (presença de orientação por profissional em relação à dieta destinada a hipertensão e avaliação da freqüência de consumo de alimentos ricos em sódio). 3 - Resultados A amostra estudada foi composta por 98 pacientes, sendo 33 do sexo masculino e 65 do sexo feminino, com idade média de 61 anos. Em relação aos fatores sócio-econômicos e demográficos obtivemos os seguintes resultados 52,04 % dos pacientes eram brancos, 44,9 % negros e 3,06% pardos; no que tange a escolaridade 51,02% são analfabetos, 40,82% tem 1°grau incompleto e 8,16% apresenta 2º grau completo, sendo que existe entre os homens maior prevalência das variáveis analfabetismo e 1°grau incompleto. A renda familiar apresentou que 12,24 % recebiam menos de 1 salário, 80,61% de 1 a 2 salários, 6,12% recebiam de 3 a 4 salários e 1,02 % mais de 5 salários. A pesquisa sobre possuir casa própria, mostra que 77,55 % responderam sim e 22,45 % não. 4 Quanto ao IMC, entre os homens apresentou maior incidência de sobrepeso e entre as mulheres a incidência foi dos diferentes graus de obesidade, sendo que ao analisar toda a amostra existe maior prevalência de indivíduos em sobrepeso (Tabela 1). Tabela 1 – Classificação do IMC, de acordo com o gênero e resultados totais. Classificação IMC Baixo peso Masculino Feminino Total 0,00 % 1,54 % 1,02 % Eutrofia 21,21 % 18,46 % 19,39 % Sobrepeso 42,42 % 29,23 % 33,67 % Obesidade I 24,24 % 32,31 % 29,59 % Obesidade II 6,06 % 12,31 % 10,20 % Obesidade III 6,06 % 6,15 % 6,12 % Total 100,00 % 100,00 100,00 % No gráfico 1, abaixo, está demonstrando o tempo de diagnóstico de hipertensão dos indivíduos entrevistados, onde podemos observar que a maioria apresentava diagnóstico com mais de 5 anos. Gráfico 1 – Tempo de diagnóstico de HAS Com relação as comorbidades, houve maior prevalência de 8,16% de diabetes; 16,32% de diabetes e obesidade; 17,35% obesidade; 14,28% obesidade (AVC, dislipidemia, IAM); e 24,49% não apresentavam outra patologia, como demonstra o gráfico 2. 5 Gráfico 2 – Porcentagem de comorbidades entre os indivíduos da amostra Os medicamentos mais utilizados foram, hidroclotiazida (21,93%), propanolol (17,11%) e captopril (13,37%). Quando questionado aos indivíduos se todos os medicamentos utilizados continuamente eram prescritos por médico, 93,87% responderam que sim, sendo que 6,13% responderam que não, os quais fazem uso de automedicação, além de indicação de amigos e farmacêuticos. Em relação à medicação para hipertensão, 85,71% fazem uso diário das medicações e 14,29% apresentam variações no seu uso, como demonstrado na tabela 2. Tabela 2 – Variação no uso do medicamento para hipertensão Variação no uso do medicamento Total Com pressão normal, não toma 1,02% Medicamento em falta na farmácia 1,02% Não toma porque se esquece 1,02% Por não buscar na farmacinha 1,02% Quando sai à rua, não toma 1,02% Quando apresenta sintomas (dor de cabeça, dormência, taquicardia, tontura) 7,14% No levantamento de dados pertinente ao tratamento dietético12,24% não receberam orientações dietéticas e 87,76% receberam, sendo 73,47% realizadas por médicos e 11,22% por médicos e enfermeiros. As orientações dietéticas mais prevalentes foram 47,96% para diminuir o consumo de sal e 18,37% para diminuir uso de sal e gordura. Além disso, foram coletadas informações a respeito da frequência do consumo de alimentos com alto teor de sódio onde verificamos que a maioria dos pacientes hipertensos não faz uso 6 desses alimentos frequentemente, com excessão dos caldos de carne e galinha, e a margarina com sal. 4 – Discussão O presente estudo realizado no município de Santa Vitória – MG observou que na amostra analisada existe maior prevalência de mulheres hipertensas em relação aos homens, embora CONCEIÇÃO et al, 2006, fala que no Brasil, não existem dados consistentes sobre a prevalência da hipertensão arterial, sendo estimados valores entre 15% e 47,8% entre os homens, e 15% e 41,1% entre as mulheres. A exemplo de inúmeros estudos populacionais, a idade constitui um dos principais fatores de risco para HAS, com prevalência crescente com o avançar da mesma (JARDIM et al, 2007), resultado também encontrado neste estudo. Maiores prevalências entre negros foram relatadas em todos os estudos brasileiros que incluíram raça (LESSA et al, 2006), entretanto neste estudo a minoria dos indivíduos eram negros, havendo maior incidência de pacientes brancos. Observou-se que os hipertensos apresentavam baixa escolaridade, pois 51,02% eram analfabetos e 40,82% tinham 1°grau incompleto e segundo CONTIERO et al ( 2009, 62-70), a baixa escolaridade entre hipertensos tem sido identificada em vários estudos, inclusive constituindo fator que dificulta um controle eficaz da pressão arterial. Encontrou-se que a prevalência de hipertensão arterial maior entre indivíduos com inserção sócio-econômica desfavorável, ocorrência confirmada em pesquisas, que estes estariam mais propensos à depressão e ao estresse crônico causados pelas dificuldades cotidianas, aumentando os níveis de catecolaminas e, conseqüentemente, a freqüência cardíaca e a pressão arterial (ZAITUNE et al, 2006). A III Diretriz Brasileira de Obesidade diz que a prevalência de obesidade e sobrepeso aumenta na população brasileira, e a projeção dos resultados de estudos realizados nas últimas três décadas indica um comportamento epidêmico. O excesso de massa corporal é um fator predisponente para a hipertensão, podendo ser responsável por 20% a 30% dos casos de hipertensão arterial; 75% dos homens e 65% das mulheres apresentam hipertensão diretamente atribuível a sobrepeso e obesidade, segundo a V Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial Sistêmica (2006). 7 Em nosso trabalho, 45,91% eram obesas e 33,67% estavam em sobrepeso, sendo assim a obesidade é seguramente um dos fatores responsáveis pela HAS. O tempo de diagnóstico encontrado na maioria dos hipertensos é de mais de 5 anos, e segundo SIMONETTI et al. (2002), existem evidências suficientes sobre o benefício do tratamento precoce da hipertensão arterial, o qual pode ser baseado em medidas não farmacológicas ou farmacológica tendo como finalidade prevenir a morbidade e a mortalidade e, como objetivo, a redução lenta e progressiva da pressão arterial para aliviar os sintomas e diminuir as complicações. As comorbidades de maior prevalência neste estudo foram diabetes e obesidade, dados confirmados por TRINDADE et al (1998,127-130) que enfatiza a associação positiva da HAS com a obesidade e o diabetes mellitus. Conforme Informes Técnicos Institucionais da Secretaria de Políticas Públicas/MS (2001), foram definidos três medicamentos a serem distribuídos gratuitamente na rede pública de saúde para o tratamento de pessoas identificadas como portadoras de hipertensão: captopril 25 mg, hidroclorotiazida 25 mg e propranolol 40 mg, fato que justifica a maior utilização pelos pacientes da amostra, das medicações anteriormente citadas. A prevalência e os fatores associados à automedicação têm sido amplamente estudados em países desenvolvidos. Nesses estudos, foram encontradas prevalências de automedicação variando entre 30% e 90%, todavia apenas 6,13% dos pacientes responderam que não tomavam medicação apenas sob prescrição médica, os quais fazem uso de automedicação. Adesão ao tratamento é um fator importante para o controle efetivo da pressão arterial, cerca de 40% a 60% dos pacientes em tratamento não fazem uso da medicação anti-hipertensiva (BARBOSA, 2006, 35-38), porém a adesão dos hipertensos santavitorienses apresenta correlação positiva a essa variável, pois 85,71% fazem uso diário das medicações e 14,29% apresentam variações no seu uso. Na coleta de dados fica explícito que a variação mais acentuada do uso da medicação, foi quando o paciente apresentava sintomas, sendo que CONTIERO et al ( 2009, 62-70) descreve que a hipertensão arterial raramente apresenta algum sintoma ou desconforto físico, e isso pode contribuir para o portador não se comprometer com o tratamento correto e adequado, necessário ao seu controle. 8 Em relação ao tratamento dietético 73,47% das orientações eram realizadas apenas por médicos, que prestavam alguns aconselhamentos gerais, como reduzir o consumo de sal e gorduras, hipótese também levantada por SANTOS (2007). Além disso, seria fundamental orientar esses pacientes quanto ao consumo de alimentos industrializados com alto teor de sódio como os identificados neste estudo. 5 – Conclusão O perfil dos pacientes hipertensos da cidade de Santa Vitória-MG, diante dos resultados apresentados é mais prevalente em idosos do sexo feminino, brancos, de baixa renda e menor escolaridade, com sobrepeso ou obesidade. O atendimento prestado na atenção básica oferece bom suporte para a saúde através de prescrição e fornecimento dos medicamentos necessários para manter os níveis pressóricos favorecendo as terapias prescritas e incentivando à adesão ao tratamento. No que se refere aos hábitos alimentares, constataram-se algumas mudanças gerais, como redução na adição de sal e gorduras. A ausência, no entanto, do acompanhamento nutricional inviabiliza o tratamento dietético individualizado, essencial para melhor adesão do paciente e eficácia da terapêutica nãomedicamentosa. 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