Sinopse Estácio de Sá – Carnaval 2017 “ É! O moleque desceu o São Carlos, pegou um sonho e partiu com a Estácio!” Setor 1 - O moleque do Morro do São Carlos Era domingo de Carnaval O São Carlos estava em festa O moleque acabou de chegar Acreditava na vida Na alegria de ser Nas coisas do coração Nas mãos, o muito a fazer Havia um fogo em seus olhos Um fogo de não se apagar Pensava que era um guerreiro Com terras e gentes a conquistar Ô, Dina O menino desceu o São Carlos Pegou um sonho e partiu Só quis saber como é Qual é? As respostas estavam nos papéis Que embrulhavam os peixes Com as composições escritas por Pafúncio O vendedor de caranguejos Com ele o moleque então Descobriu a Escola de Samba O que é o Asfalto A passarela das fantasias Pierrot, Arlequim e Colombina. Depois de tanta folia A lama dos sapatos é a medalha Que ele tem pra mostrar Passado é um pé no chão e um sabiá Presente é a porta aberta E futuro é o que virá. Setor 2 - Inchu/ Exú São Joao, Forró É Lembrança de Primavera Tudo agora é flor A flor da primeira poesia Entregue nas mãos do Rei do Baião Não mais pé no asfalto Agora é pé no chão Levanta poeira Pé de serra, Exú*, Onde tudo começou... Luiz respeita Januário Eu vou mostrar pra você Como se dança baião Se quiser aprender É só prestar a atenção É tempo de festa Ela só quer, só pensa em namorar É tempo de fartura Choveu no sertão Floresceu o mandacaru Chegou São João Ascende a fogueira no meu coração Pois minha vida é andar por esse país Pra ver se um dia descaso feliz Porém se a gente vive a sonhar Com alguém que se deseja rever Saudade intonce aí é ruim Eu tiro isso por mim Que vivo doido a sofrer Amargo que nem jiló Pergunto a Deus Porque tamanha judiação Num vendo a luz Assum preto lamenta um cantar de dor Setor 3 – Diretas Já Então cante Que seu canto é minha força pra cantar Nas estradas da vida Caminhos opostos Sem jamais deixar de se olhar Vou sangrando Coração na boca Peito aberto Por favor me entenda Você merece... Você merece... Na boca um gosto amargo de fel Você merece... Você merece... O diploma de bem comportado Eu sei que a vida deveria ser bem melhor Apesar dos pesares Ainda me orgulho de ser brasileiro Ponho fé é na fé da moçada Que não foge da fera E enfrenta o Leão Agita na mesa uma batucada Faz do mundo um bumbo Evoé!** Não deixe acabar com seu carnaval É preciso mais que nunca prosseguir... Setor 4 – O lado mais doce do compositor Ciganas estradas Traçadas nas palmas de suas mãos Pisou firme, onde bate mais forte o coração Com permanente vontade de mudar Seu coração sem limites Voou, amou, sofreu, sangrou, explodiu! Coração agora fragmentado Como pequenas estrelas no céu Brilha na noite da magia Onde a fantasia, acende a luz de uma nova primavera Diga lá! Que é a Estácio de Sá Bailando neste imenso salão apoteótico do recomeço Diga lá pra Dina Ôõ êêa O moleque acabou de chegar Ôõ êêa É nessa cama que ele vai sonhar... Os versos em negrito remetem à composições de Gonzaguinha. Propositalmente, os carnavalescos optaram por destacar tais versos usando letras maiores que os versos sem negrito *Exú : cidade natal de Luiz Gonzaga, pai de Gonzaguinha. ( nome dado pelos indígenas, porque a região era apinhada de um determinado tipo de abelhas conhecida como “inchu”) **Evoé: Grito de felicidade, de alegria; expressão de entusiasmo e exaltação.