PROVA TEÓRICA RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 – HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA BRASILEIRA – FILIAL DO PARANÁ – 04 de novembro de 2014. NOME: ______________________________________________________________________________ _____________________________________________ Assinatura do candidato 1- Paciente de 45 anos, sexo masculino, assintomático, sem história de comorbidades, vícios ou história familiar de doença cardiovascular, veio para primeira consulta com objetivo de “check-up”. Ao exame físico, não apresentava alterações dignas de nota, exceto por pressão arterial de 160/100mmhg, confirmada em 3 aferições, com intervalo de 1 minuto entre elas.Sobre o diagnóstico e conduta deste caso, assinale a correta: 3 Sobre as intervenções nãofarmacológicas para o controle da HAS, assinale a incorreta: a) O paciente apresenta-se com hipertensão estágio 2 e devido ao risco de complicações deve iniciar tratamento farmacológico. b) Apesar do diagnóstico de hipertensão estágio 2, pode-se optar por orientar medidas nãofarmacológicas e reavaliar o paciente em um prazo de 6 meses. c) O diagnóstico de hipertensão não pode ser confirmado, o paciente deve ser tranquilizado e nova avaliação clínica deve ser feita em um prazo de 6 meses. d) Pode-se considerar o uso de MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial) ou de MRPA (monitorização residencial da pressão arterial) em um prazo de 1 mês, para confirmação diagnóstica. e) Apesar do diagnóstico não confirmado, este paciente deve receber intervenção medicamentosa imediata até confirmação ou reavaliação em 1 semana. a) É fundamental manter o peso corporal o mais próximo possível da faixa normal ( IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m2) b) O controle do estresse com meditação, musicoterapia e yoga pode ser útil. c) Téc c “ ç o ” m mo o resultados favoráveis no controle da PA e pode ser considerada com adjuvante. d) Bebidas alcoólicas tem efeito deletério em altas concentrações, porém existem evidências de benefícios em baixas doses. Por esta razão, o consumo de bebidas com até 30g de etanol, como uma taça de vinho, são recomendadas como adjuvante no controle da PA. e) Não só a redução de sal na dieta, mas também a adoção de frutas e alimentos com baixa densidade calórica e baixo teor de gorduras podem contribuir para o controle da PA. oArqBrasCardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51. 2- Sobre o comportamento da pressão arterial (PA) em adultos, assinale a incorreta: a) “ o o J co co” se caracteriza por níveis elevados de PA no consultório e níveis normais de PA ao MAPA. b) “No mo o v ” c c o níveis normais de PA no consultório e ao MAPA. c) “ o m c ” -se aos pacientes com PA elevada no consultório, porém comportamento mascarado ao MAPA. d) O “E o o j co b co” o oco m indivíduos sabidamente hipertensos e isso deve ser levado em conta durante o tratamento. e) O paciente que se apresenta normotenso durante a vigília, porém com descenso noturno inadequado ao MAPA, pode ser portador da síndrome de apnéia/hipopnéia obstrutiva do sono. o ArqBrasCardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51. Ref.: VI Diretrizes Brasileiras de i e te s o ArqBrasCardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51. 4 - Sobre o tratamento farmacológico hipertensão arterial, assinale a correta: da a) O início da terapêutica pode utilizar praticamente qualquer classe de droga, respeitando as indicações e contra-indicações específicas. Os vasodilatadores diretos (hidralazina), por exemplo, são excelentes opções para coronariopatas em monoterapia. b) Em pacientes com HAS estágio 2 e 3 e nos pacientes com alto risco cardiovascular, prefere-se utilizar a combinação dois antihipertensivos de classes diferentes, em doses mais baixas. c) A combinação de inibidores da enzima conversora da angiotensiva (IECA) com inibidores do receptor da angiotensiva (BRA) tem se mostrado uma excelente opção, com redução adicional da mortalidade cardiovascular e baixo risco de efeitos colaterais. d) O uso de diuréticos de alça em monoterapia pode ser de baixa efetividade. A adição de diuréticos tiazídicos pode potencializar seu efeito, além de diminuir o risco de hipocalemia. e) O tratamento da HAS em gestantes deve levar em conta a segurança materno-fetal. Os inibidores da enzima conversora da angiotensina são drogas seguras e que diminuem a proteinúria nessas pacientes, diminuindo a incidência de pré-eclâmpsia e eclâmpsia. II. III. Ref.: VI Diretrize oArqBrasCardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51. 5 - Sobre a doença coronariana estável, é correto afirmar: I. Em pacientes de alta probabilidade clínica de doença e sintomáticos, o uso do Escore Cálcio pela Tomografia Coronária a) b) c) d) e) representa uma alternativa ao cateterismo cardíaco. A intervenção coronariana percutânea em pacientes uniarteriais não representa benefícios em relação a mortalidade e nem no controle da angina nos pacientes sintomáticos já em tratamento clínico otimizado. A intervenção coronariana percutânea com uso de stents farmacológicos, em pacientes sintomáticos com lesão significativa em tronco de coronária esquerda (>50%), com baixa complexidade anatômica (lesões em óstio e corpo), pode ser uma alternativa à cirurgia de revascularização, especialmente em pacientes de alto risco cirúrgico. Apenas I está correta. Apenas I e II estão corretas Apenas III está correta. Apenas I e III estão corretas. Todas estão incorretas. o ç oo E v ArqBrasCardiol 2014; 103(2Supl.2): 1-59. 6 - Paciente masculino, 50 anos, hipertenso, admitido com dor torácica retroesternal opressiva, de forte intensidade, início súbito durante caminhada. Admitido no pronto socorro, com 3h do início da dor. Ao exame físico, PA 85/50mmHg, FC 90 bpm, perfusão regular tecidual regular e asculta cardíaca e pulmonar normais. O ECG da admissão, incluindo as derivações V7, V8, V3R e V4R, está ilustrado a seguir. Sobre este caso, é correto afirmar: a) As medidas iniciais para este caso incluem o uso de AAS, oxigênio além do uso de nitratos, morfina e betabloqueadores, que podem ser utilizados com segurança e benefício clínico comprovado. b) Os exames complementares, além do ECG, incluem Rx tórax e dosagem dos marcadores de necrose miocárdica, que definirão uma estratégia invasiva (cateterismo de emergência) ou conservadora inicial. c) O tratamento da hipotensão com hipoperfusão tecidual, neste caso, deve ser realizado com drogas vasopressoras inicialmente, já que a uso de volume (solução fisiológica) pode precipitar edema agudo de pulmão pelo provável acometimento do ventrículo direito. d) O paciente deve receber uma terapia de reperfusão, preferencialmente invasiva, logo após estabilização inicial, pois trata-se de uma síndrome coronariana aguda com supra-desnivelamento do seguimento ST, com provável envolvimento de artéria coronária direita dominante. e) Nenhuma da afirmativas anteriores está correta. Ref.: IV Diretriz da Sociedade Brasileira de C oo ob T m o o o o o oc v o m o T - ArqBrasCardiol 2009; 93(6 Supl. 2): e179-e264. o com 7- Paciente do sexo masculino, 28 anos, apresenta-se no pronto-socorro com dor torácica lancinante, irradiação para dorso, associada a palidez mucocutânea e sudorese, início após atividade física. Ao exame, PA 90/60 mmHg, pectuscarinatum, bulhas rítmicas com sopro diastólico 3+/6 foco aórtico, asculta pulmonar normal, pulsos reduzidos simétricos. ECG mostra supra-desnivelamento do segmento ST em D2, D3 e aVF. Rx de tórax com alargamento do mediastino. Qual sua suspeita diagnóstica e conduta. b) c) d) a) IAM com supra-desnivelamento do segmento ST inferior. Proceder com trombólise imediata. b) Aneurisma dissecante de Aorta. Realizar angiotomografia de tórax e avisar equipe cirúrgica. c) IAM com supra-desnivelamento do segmento ST inferior. Realizar angioplastia de emergência. d) Insuficiência aórtica aguda por provável endocardite infecciosa. Realizar Ecocardiogramatranstorácico. e) Miopericardite aguda. SolcitarEcocardiogramatranstorácico. Ref.: BRAUNWALD TRATADO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES 9E – Ed Elsevier 2013. 8- Em relação às síndromes coronarianas agudas sem supra-desnivelamento do segmento ST (SCASST), assinale a alternativa incorreta. a) Pacientes com dor torácica aguda, cuja etiologia isquêmica não pode ser descartada, mesmo com ECG de repouso normal, devem ser considerados como potenciais portadores de SCASST. b) A estratificação de risco inclui história clínica, exame físico, ECG seriados e coleta de marcadores de necrose miocárdica. c) Pacientes com IAM podem ter resultados normais de marcadores de necrose miocárdica na admissão. d) Pacientes em uso de AAS que desenvolvem SCASST tem melhor prognóstico do que aqueles não faziam uso. e) Todos os pacientes com SCASST confirmada devem receber dupla anti-agregação plaquetária (AAS + derivado tienopiridínico) por 12 meses após o evento agudo, salvo contra-indicações. Ref.: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST (II Edição, 2007) – Atualização 2013/2014 - ArqBrasCardiol 2014; 102(3Supl.1):1-61. 9- Sobre o tratamento farmacológico dislipidemias, assinale a correta. das a) As estatinas são as drogas mais eficazes em redução do LDL colesterol, porém seu é limitado pelas taxas elevadas de miopatia e e) v toxicidade hepática (incidência acima de 40%). A ezetimiba inibe a absorção intestinal de colesterol e seu benefício clínico, em termos de redução eventos cardiovasculares maiores, é igual ao das estatinas. Ao dobrar a dose de uma estatina, conseguimos efeito adicional de redução do LDL próximo de 50%. Esta estratégia é mais eficaz do que trocar a estatina por outra de maior potência, em pacientes com dificuldade em atingir metas. Em pacientes com dislipidemia mista e triglicerídeos acima de 100mg/dl, a droga de escolha passa a ser fibrato, por possuir benefício clínico comparável em diminuir eventos cardiovasculares maiores e atuar melhor na redução dos triglicerídeos. As estatinas representam a classe de escolha para tratamento da hipercolesterolemia, com melhores evidências clínicas de redução de eventos cardiovasculares. ç o m o c o -ArqBrasCardiol. 2013; 101(4Supl.1): 1-22. 10- Paciente do sexo feminino, 68 anos, diabética tipo 2, hipertensa, admitida no pronto socorro por palpitações taquicárdicas. As queixas se iniciaram há 6 meses, porém piora nas últimas horas, enquanto realizava trabalhos domésticos. Ao exame, PA 135/85, FC 130bpm (média), bulhas arrítmicas sem sopros, asculta pulmonar normal. ECG com ritmo de fibrilação atrial, sem outras alterações dignas de nota. Sobre este caso, qual a melhor conduta na sala de emergência: a) Tentar cardioversão química com amiodarona e, se insucesso, cardioversãoelétrica, devido ao risco de instabilização. b) Iniciar AAS e tentar cardioversão química com adenosina, pois paciente está estável. c) Iniciar anticoagulação com heparina e controle da frequência cardíaca com cronotrópicos negativos (betabloqueadores, digitais ou bloqueadores do canal de cálcio), devido ao início >48h da arritmia e risco de eventos embólicos. A estratégia de controle de frequência ou ritmo será definida após avaliação de cardiopatia estrutural e exclusão de trombo no átrio esquerdo. d) Cardioversão elétrica, uma vez que o controle do ritmo é melhor que o controle da frequência. A anticoagulação está contraindicada pelo risco de sangramento. e) Massagem do seio carotídeo para tentar reverter para ritmo sinusal. Ref.: BRAUNWALD TRATADO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES 9E – Ed Elsevier 2013. 11- Sobre a insuficiência cardíacacrônica (IC), é incorreto afirmar: a) Dentre as etiologias identificáveis, a causa hipertensiva e isquêmica predominam em nosso país, apesar de ainda existirem regiões endêmicas de doença de Chagas. b) Pode ocorrer em pacientes com função sistólica preservada (FE>50%), porém com alterações do relaxamento ventricular. c) A má-aderência ao tratamento é uma das principais causas de descompensação. d) Pacientes sem cardiopatia estrutural, porém com fatores de risco, como hipertensão e diabetes, são considerados como estágio A de IC e necessitam de controle agressivo destas comorbidades. e) Os pacientes com alterações estruturais, porém assintomáticos (estágio B), não necessitam de terapia farmacológica. In c c ç o c c - 2012. ArqBrasCardiol 2012: 98(1 supl. 1): 1-33. 12- Sobre o tratamento da insuficiência cardíaca crônica (IC), é incorreto afirmar: a) Medidas não farmacológicas, como restrição de sódio e água, vacinaçãoanti-pneumocócica e anti-influenza e reabilitação cardíaca, são indicadas para todos os pacientes com alterações estruturais, salvo contraindicações. b) Os inibidores da enzima conversora da angiotensina e algunsbeta-bloqueadores são drogas que modificam a história natural da doença. c) Os digitais não apresentam mais utilidade clínica no tratamento da IC, pois não diminuem mortalidade. d) Os diuréticos são importantes para controle dos sintomas de congestão. e) Na presença de contra-indicações para uso dos inibidores da enzima conversora da angiotensiva, pode-se utilizar os bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA), salvo contra-indicações destes. c c ç o c c - 2012. ArqBrasCardiol 2012: 98(1 supl. 1): 1-33. 13- Paciente de 59 anos, sexo feminino, sem história de comorbidades ou vícios, admitida com dor torácica típica após estresse emocional intenso (morte do filho). Exame físico sem particularidades. ECG com supradesnivelamento do Segmento ST de até 2mm na parede anterior. Optado por cateterismo de emergência, que mostrou coronárias sem lesões obstrutivas e ventriculografia esquerda com hipocinesiaânteroapical, apical e ínfero-apical, contratilidade das porções basais preservada (balonamento apical). Marcadores de necrose miocárdica coletados na admissão elevados. Dentre os abaixo, qual o diagnóstico mais provável? a) Pericardite aguda. b) Síndrome de Takotsubo. c) Instabilização de placa vulnerável com IAM tipo 1. d) Doença de Kawasaki e) Tromboembolismo pulmonar. BRAUNWALD TRATADO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES 9E – Ed Elsevier 2013. 14- Sobre o pulso paradoxal é incorreto afirmar: a) É a queda da pressão arterial sistólica >10mmHg durante a inspiração. b) Pode ocorrer no tamponamento cardíaco e pericardite constritiva. c) O nome paradoxal se deve ao fato de que, na fisiologia normal, a pressão arterial sistólica se eleva na inspiração. d) Pode ocorrer no DPOC e asma graves. e) Geralmente, quanto maior a diferença da PAS na inspiração e expiração, maior a gravidade da patologia subjacente. BRAUNWALD TRATADO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES 9E – Ed Elsevier 2013. 15- Em qual das condições abaixo pode-se encontrar um sopro holossistólico com hipofonese da primeira bulha? a) b) c) d) e) Insuficiência aórtica. Estenose tricúspide. Estenose mitral. Insuficiência mitral. Nenhuma das anteriores. Diretriz Brasileira de Valvopatias – ArqBrasCardiol 2011; 97(5 supl.1):1-67. 16- Paciente de 78 anos, previamente hipertenso, admitido com queixa de tontura e síncope. mmHg. O ECG a seguir representa a derivação D2. Qual o diagnóstico. PA 80/50 a) b) c) d) e) Bloqueio Sino-atrial Bloqueio Atrio-ventricular de segundo grau, Mobitz 1. Bloqueio Atrio-ventricular de segundo grau, Mobitz 2. Bloqueio Atrio-ventricular total. Arritmia sinusal. ç o E oc o m 17- Qual a conduta mais apropriada para o caso anterior? a) Atropina em infusão continua até implante do marca-passo definitivo. b) Marca-passo transcutâneo, seguido de marcapasso transvenoso, até implante do marcapasso definitivo. c) Cateterismo cardíaco imediato para excluir etiologia isquêmica, antes de qualquer medida. d) Infusão de volume estabilizar a pressão arterial antes de realizar qualquer procedimento invasivo. e) Encaminhar para implante cirúrgico de marcapasso definitivo imediatamente. c ç o o mo o ov c Em c Sociedade Brasileira de Cardiologia -ArqBrasCardiol: 2013; 101, (2 Supl. 3): 1-221. 18 - Você, profissional de saúde, vê um adulto caído na rua e, após checar a segurança do local, se aproxima da vítima e identifica ausência de responsividade e respiração. Qual a conduta mais apropriada a seguir: a) b) c) d) Iniciar imediatamente 2 ventilações. Avaliar o pulso. Iniciar compressões torácicas. Solicitar ajuda (acionar serviço de emergência, solicitar desfibrilador/DEA) e) Realizar compressão abdominal devido a possibilidade de engasgo e obstrução de vias aéreas. c ç o o mo o ov c Em c Sociedade Brasileira de Cardiologia -ArqBrasCardiol: 2013; 101, (2 Supl. 3): 1-221 19- Paciente do sexo feminino, 38 anos, admitida no pronto-socorro com confusão mental, FC 180 bpm, PA 70/40mmHg. Eletrocardiograma mostra taquicardia, regular, com QRS estreito (<120ms) e frequência de 180bpm. Qual a conduta mais apropriada: a) b) c) d) e) Realizar manobra vagal. Adenosina 6mg EV em bolo. Amiodarona 300mg EV em bolo. Cardioversão elétrica sincronizada imediata. Verapamil ou Diltiazem EV. c o ov c ç o o Em mo c o o- ArqBrasCardiol volume 80, (suplemento II), 2003. Sociedade Brasileira de Cardiologia -ArqBrasCardiol: 2013; 101, (2 Supl. 3): 1-221. 20 - Sobre a terapia anticoagulante em pacientes com fibrilação atrial, é incorreto afirmar. a) A dabigatrana foi avaliada em grandes estudos e pode ser utilizada como alternativa a varfarina em FA não-valvar, quanto terapia anticoagulante está indicada. b) A rivaroxabana pode ser utilizada como alternativa a varfarina em pacientes com FA crônica, incluindo aqueles com próteses valvares mecânicas. c) A terapia com apixabana foi avaliada pelo estudo ARISTOTLE, que mostrou superioridade desta droga em relação a varfarina, tanto em eficácia quanto em segurança, para pacientes com FA não-valvar e pelo um fator de risco para AVC. d) A decisão de anticoagulação na FA deve levar em conta o risco de eventos embólicos (CHADS-VASc) e o risco de sangramento (HAS-BLED) sendo, portanto, individualizada. e) Pacientes com CHADS-VASc = 0, podem ser tratado com AAS 81-300mg ou nenhuma terapia. o co m Cardiologia ArqBrasCardiol. 2013; 101(3Supl.3): 193. 21- Para um paciente considerado de alto risco pelo ERF e para um portador de aterosclerose significativa, as metas de LDL – colesterol será respectivamente: a) b) c) d) e) < 130mg/dl e < 70mg/dl. <100mg/dl e < 100mg/dl. <100mg/dl (opcional < 70mg/dl) e 70mg/dl. <130mg/dl e <100mg/dl. <70mg/dl e <100mg/dl. Referência: Diretrizes SBC – Perguntas e respostas comentadas 2009 1º Edição. 22- Na angina instável, pode haver o aparecimento de hipoxemia. Qual das alternativas abaixo está incorreta? a) Independente de episódios prolongados de isquemia miocárdica. b) Pode ser devido a alterações da relação ventilação-perfusão. c) Pode ser secundária a shunt arteriovenoso pulmonar conseqüente ao aumento da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo. d) Pode ser por formação de edema intersticial e/ou alveolar pulmonar. e) A hipoxemia, por sua vez, agrava a isquemia miocárdica, aumentando a lesão miocárdica. Referência: Diretrizes SBC – Perguntas e respostas comentadas 2009 1º Edição. 23 - Como deve ser feito o diagnóstico de hipertensão arterial? a) Pela medida da pressão arterial, por médicos ou profissionais de saúde devidamente capacitados, observando-se todos os cuidados recomendados pelas V Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial. b) Pela MAPA. c) Pela MRPA. d) B e C estão corretas. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. Referência: Diretrizes SBC – Perguntas e respostas comentadas 2009 1º Edição. 24 - Em relação às síndromes isquêmicas miocárdicas instáveis (SIMI) podemos afirmar que: a) Todas as dores torácicas devem ser enquadradas nas SIMI, e, portanto ser realizado a estratificação de risco. b) As SIMI devem ser diferenciadas quanto a presença ou não do supradesnível do segmento ST; na ausência desta alteração do ECG o diagnóstico passa a ser angina instável ou IAM sem supradesnível do segmento ST. c) A elevação dos marcadores bioquímicos de dano miocárdico não define a diferença entre angina instável e IAM sem supra ST, necessitando do complemento eletrocardiográfico. d) Na ocorrência de quadro anginoso típico e alteração eletrocardiográfica (sobrecarga ventricular esquerda e infradesnívelamento do segmento ST) define-se o diagnóstico de angina instável. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Referência: Diretrizes SBC – Perguntas e respostas comentadas 2009 1º Edição. 25 - Quanto ao uso de anticoagulante e antiagregantes plaquetários na insuficiência cardíaca não é possível afirmar: a) Pacientes com insuficiência cardíaca sistólica e ritmo sinusal não necessitam receber anticoagulante oral. b) Pacientes com insuficiência cardíaca sistólica em fibrilação atrial devem receber anticoagulante oral independente do escore CHADS2. c) Aspirina está contraindicada de rotina na insuficiência cardíaca. d) O escore CHADS2 está estratificado de risco baseia-se em: insuficiência cardíaca ou fração de ejeção de ventrículo esquerdo < 35%, hipertensão arterial, idade >75 anos, diabetes e acidente vascular cerebral. e) Heparina profilática deve ser recomendada para todos os pacientes hospitalizados com insuficiência cardíaca sistólica, desde que sem contra-indicação. Referência: Diretrizes SBC – Perguntas e respostas comentadas 2009 1º Edição. 26 - A intervenção coronária percutânea primária na vigência do infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST pode ser recomendada até um retardo com limite superior de: a) 60 minutos em infarto com <12 horas de início dos sintomas. b) 90 minutos em infarto com > 12 horas de início dos sintomas. c) 180 minutos em infartos transferidos de um centro de atenção diagnóstica primária. d) 90 minutos de infarto com > 12 horas de início dos sintomas. e) 60 minutos de infarto com > 12 horas de início dos sintomas. Referência: Diretrizes SBC – Perguntas e respostas comentadas 2009 1º Edição. 27- No paciente com IAMCST as afirmações abaixo são corretas, exceto: a) Uso em longo prazo de anticoagulantes no paciente com infarto somente se justifica no portador de risco elevado para embolismo sistêmico. b) Antiagragação plaquetária dupla (AAS e tienopirídinico) em longo prazo está justificada em todos os pacientes. c) Betabloqueadores devem ser utilizados no pós-infarto, indefinidamente, exceto se o paciente apresentar contra-indicações próprias para o seu emprego. d) Estatinas são recomendadas precocemente após o IAM. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Referência: Diretrizes SBC – Perguntas e respostas comentadas 2009 1º Edição. 28- São contra-indicações absolutas ao uso de fibrinolíticos, exceto: a) b) c) d) Gravidez. AVC isquêmico nos últimos 3 meses. Suspeita de dissecção de aorta. Sangramento ativo ou diástese hemorrágica (exceto menstruação). e) Nenhuma das alternativas. Referência: Diretrizes SBC – Perguntas e respostas comentadas 2009 1º Edição. 29- A avaliação recomendada para: do escore de cálcio é a) Seguimento de paciente que teve exame prévio para nova avaliação da evolução da doença. b) Paciente com sintoma típico de doença coronária com alta probabilidade da doença pelos fatores de risco. c) Paciente com antecedente familiar positivo para doença coronariana precoce e fatores de risco com probabilidade intermediária de doença coronariana. d) Paciente assintomático com teste de esforço negativo e baixa probabilidade de doença coronariana. e) Mulheres menopausadas em uso de terapia de reposição hormonal (TRH) para decisão de manutenção ou suspensão da TRH. Referência: Diretrizes SBC – Perguntas e respostas comentadas 2009 1º Edição. 30- Ausência de ondas P, linha de base irregular, R-R variáveis sugerem: a) b) c) d) e) Taquicardia atrial. Flutter atrial. Fibrilação atrial. Taquicardia sinusal. Todas as alternativas estão corretas. Referência: Diretrizes SBC – Perguntas e respostas comentadas 2009 1º Edição. 31 - Em virtude de seu ritmo caracteristicamente irregular, a fibrilação atrial, dentre outras características, impõem uma dificuldade nos cálculos da frequência cardíaca a partir do ECG. Num traçado eletrocardiográfico que mostre 14 intervalos RR no espaço de 15 cm, a frequência cardíaca corresponderia aproximadamente: a) b) c) d) e) 130 140 150 160 170 Referências: Série Clínicas Brasileiras de Arritmias Cardíacas – SOBRAC. 32 - Dentre os distúrbios da condução intraventricular, aquele que é mais característico da cardiopatia chagásica é: a) Bloqueio do ramo direito. b) Bloqueio do ramo esquerdo. c) Bloqueio do ramo esquerdo + bloqueio divisional ântero-superior do ramo esquerdo. d) Bloqueio do ramo direito + bloqueio divisional ântero-superior do ramo esquerdo. e) Bloqueio trifascicular. Referências: Série Clínicas Brasileiras de Arritmias Cardíacas – SOBRAC. 33- Na abordagem da fase aguda do IAM, podemos encontrar um ritmo cardíaco característico da reperfusão miocárdica que recebe o nome de: a) b) c) d) e) Torsades Des Pointes. Ritmo idioventricular acelerado. Taquicardia ventricular polimórfica. Taquicardia ventricular monomórfica Bloqueio atrioventricular total. Referências: Série Clínicas Brasileiras de Arritmias Cardíacas – SOBRAC. 34- Com relação às extra-sístoles ventriculares, seria correto afirmar: a) b) c) d) e) São menos comuns que as atriais. Só ocorrem em indivíduos cardiopatas. A associação com pior prognóstico é regra. A cafeína é um dos fatores relacionados. Mesmo as assintomáticas devem ser tratadas. Referências: Série Clínicas Brasileiras de Arritmias Cardíacas – SOBRAC. 35 - Assinale a alternativa que apresenta a característica da síncope que a faz ser considerada de origem cardíaca: a) Presença de pródromos autonômicos. b) Síncope que ocorreu em ortostatismo ou em posição sentada prolongados. c) Síncope durante o esforço d) Se o episódio ocorreu com dor ou procedimento médico. e) Todas as alternativas estão corretas. Referências: Série Clínicas Brasileiras de Arritmias Cardíacas – SOBRAC. 36 - Todas as alternativas a seguir sobre o trauma cardíaco penetrante são corretas, exceto: a) O ventrículo direito é a câmara cardíaca mais freqüentemente lesada pelo trauma penetrante. b) As lesões penetrantes do átrio se associam à pior sobrevida do que as lesões dos ventrículos. c) A ruptura do septo interventricular é uma complicação tardia potencial. d) Na lesão cardíaca penetrante com suspeita de tamponamento, a pericardiocentese é uma intervenção obrigatória. e) Fazem parte do tamponamento cardíaco bulhas abafadas, distensão da veia jugular e hipotensão. Referências: BRAUNWALD TRATADO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES 8º EDIÇÂO – Ed Elsevier 2010. 37 - A morte súbita cardíaca por taquiarritmias ventriculares é uma complicação estabelecida de cada uma das seguintes alternativas, exceto: a) b) c) d) e) Sarcoidose. Miocardite de células gigantes. Doença de chagas. Miocardiopatia dilatada idiopática. Hipertireoidismo. Referências: BRAUNWALD TRATADO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES 8º EDIÇÂO – Ed Elsevier 2010. 38 - Qual das seguintes afirmativas com relação às etiologias da estenose aórtica( EA) está correta? a) Em pacientes com menos de 70 anos de idade, a febre reumática é a causa mais comum de EA que requer tratamento cirúrgico. b) Em pacientes com mais de 70 anos de idade, a febre reumática é a causa mais comum de EA que requer tratamento cirúrgico. c) Não existem fatores de risco claros para o desenvolvimento de EA degenerativa calcificada. d) A válvula aórtica bicúspide é a malformação cardíaca congênita mais comum encontrada em adultos. e) A deformidade reumática da válvula aórtica, sem envolvimento da válvula mitral, é comum em adultos. Referências: BRAUNWALD TRATADO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES 8º EDIÇÂO – Ed Elsevier 2010. 39 - A radioterapia em doenças malignas pode afetar o coração de todas as formas a seguir, exceto: a) b) c) d) e) Pericardite. Doença arterial coronariana. Estenose Valvular. Anormalidades de Condução. Hipertrofia septal assimétrica. Referências: BRAUNWALD TRATADO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES 8º EDIÇÂO – Ed Elsevier 2010. 40 - Um homem de 44 anos de idade com diagnóstico recente de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) chega ao seu consultório com queixa de dispnéia. Ele refere dois meses de fadiga progressiva e dispnéia aos esforços. Sua contagem de CD4 é 500 células/mm³ (normal + 500 a 1.500 células/mm³) e ele continua usando a terapia antirretroviral altamente ativa. O ecocardiograma transtorácico mostra coração dilatado com fração de ejeção do ventrículo esquerdo(VE) de 15% e pequeno derrame pericárdico. Qual das seguintes afirmativas é verdadeira? a) Cinquenta por cento dos indivíduos infectados pelo HIV desenvolverão disfunção sintomática do VE. b) O tamponamento pericárdico é a manifestação cardíaca mais comum na infecção pelo HIV. c) Em indivíduos infectados pelo HIV, a disfunção do VE tem pouca influência sobre a taxa de mortalidade em um ano. d) A doença arterial coronariana de evolução rápida é incomum em indivíduos infectados pelo HIV. e) O tratamento com inibidor da protease está associado a risco aumentado de Infarto do Miocárdio (IM). Referências: BRAUNWALD TRATADO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES 8º EDIÇÂO – Ed Elsevier 2010.