A LEITURA ATIVA A leitura ativa leva-nos a refletir sobre as ideias estudadas. 3º Passo: Refletir sobre o pensamento, as ideias do autor- reflexão crítica, através de levantamento de objeções e contraexemplos às ideias estudadas. Eis algumas perguntas a fazer durante a leitura ativa: O EXERCÍCIO DA ESCRITA A capacidade para escrever de maneira rigorosa, articulada e organizada aumenta a nossa capacidade para pensar de maneira sofisticada. O exercício da escrita passa por uma articulação com a leitura atenta e a leitura ativa. Como estudar Filosofia LEITURA ATENTA ESCRITA DESCRITIVA e) As ideias do autor são plausíveis? Porquê? f) Quais das ideias do autor são menos plausíveis e porquê? g) As razões apresentadas pelo autor a favor das suas ideias são boas? Porquê? h) Somos capazes de levantar objeções e imaginar contra-exemplos às ideias do autor? Quais? Para fazer a descrição rigorosa das ideias do autor, as suas ideias centrais e a respetiva articulação das ideias no texto podemos usar - Análises - Esquemas - Resumos (cf. Guias de Apoio ao Estudo) Fazer uma objeção inteligente a uma ideia estudada é a melhor expressão da completa compreensão da mesma. LEITURA ATIVA ESCRITA ARGUMENTATIVA/COMENTÁRIO (cf. Guias de Apoio ao Estudo) A construção de objeções e contra-exemplos pode ser muito vantajosa em grupos de discussão e/ ou sala de aula, porque objecções e contra-exemplos que não nos ocorreram na nossa leitura pessoal ativa, poderam ocorrer a outro colega, que as formula oralmente na sala de aula. O esclarecimento oral das leituras e a sua discussão oral ativa permitem duas coisas importantes: - Compreender mais profundamente as leituras; - Ganhar a autonomia inteletual para avaliar ativamente as ideias estudadas. As leituras e o esclarecimento e discussão oral permitem a redacção de textos/ensaios autónomos em que discutimos ou descrevemos ideias de maneira rigorosa e autónoma. As indicações dadas são meras ajudas. Cada pessoa tem de encontrar a forma e o método mais eficiente de estudar. Adaptado de “Como estudar Filosofia” de Desidério Murcho in http://filosofia.paginas.ufsc.br/files/ 2013/04/Como-estudar-filosofia.pdf Professora Bibliotecária: Helena Brissos Junho 2014 5 6 Guia de Apoio ao Estudo LEITURA ATENTA INTRODUÇÃO Este guia complementa o guia de apoio ao estudo “Guia de Filosofia”. Muitas das indicações aqui apresentadas poderão ser aplicadas ao estudo de qualquer área, e não apenas à da Filosofia. A base do estudo é a leitura atenta e ativa de informações em livros ou outros suportes fidedignos, complementada pelo esclarecimento de dúvidas e pelo debate, em grupos ou turma, em aula. Antes de optar por qualquer forma de estudo existem algumas questões essências que devem ser colocadas: - Estudar Filosofia não é repetir ideias à toa sem as compreender; - Estudar Filosofia implica apreender corretamente e rigorosamente a informação que estudamos; - Ao longo do estudo de uma informação/um texto/um livro é importante reconhecer que não percebemos algo ou até muita coisa (, usando a simples pergunta “O que é que esta informação/este texto/este livro quer realmente dizer?”); - Escolher livros/informações adequados/as ao nível dos nossos conhecimentos é fundamental para não desmotivar (por exemplo começar por um texto-resumo numa enciclopédia sobre um dado autor antes de ler o seu livro). Resumindo Sócrates: nas palavras do filósofo - “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.” 2 A leitura atenta é o que nos permite formular com rigor as ideias estudadas. 1ºPasso: Primeira leitura geral, dando particular atenção a títulos, esquemas, ilustrações e frases em destaque no texto. 2º Passo: Através da segunda leitura obter uma descrição rigorosa do pensamento do autor. (Poderá recorrer à criação de esquemas ou resumos – consulte os guias de apoio ao estudo.) Algumas perguntas centrais a fazer na segunda etapa da leitura atenta: a) Quais são as ideias centrais? b) Quais são as ideias secundárias que alimentam as centrais? c) Como se relacionam exactamente os dois tipos de ideias? d) Que razões apresenta o autor a favor das suas ideias? Com estas perguntas poderemos distinguir as diferentes partes do que estamos a ler (secções, capítulos ou partes), e como elas se relacionam entre si. É preciso distinguir cuidadosamente as diferentes partes do que lemos. Umas partes são as ideias defendidas. Outras são as ideias usadas para defende-las. Uma ideia é principal, outra resulta dessa e é secundária. Consultar dicionários Não conhecer certas palavras constitui um obstáculo à compreensão de um texto. Consultar um dicionário geral ou um Dicionário de Filosofia, sempre que se encontrem palavras cujo significado não conhecemos, pode ser útil. 3 INDICADORES Existem alguns instrumentos lógicos elementares que nos permitem distinguir diferentes partes de um texto: - os indicadores de premissa e conclusão - palavras como “não”, “se”, “ou”, “e”, “todos”, “alguns”, “nenhum”, “possível”, “necessário”, “contingente”. Os indicadores de premissa e conclusão são expressões da língua portuguesa que indicam a presença, respetivamente, de premissas e conclusão. Eis alguns exemplos: Indicadores de premissa porque… pois… dado que… visto que… devido a… a razão é que… admitindo que… sabendo-se que… supondo que… Indicadores de conclusão logo… portanto… por isso… por conseguinte… implica que… daí que… segue-se que… infere-se que… consequentemente… 4