1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS MICHELE DAIANE WOTTRICH RUVER ANÁLISE DA VIABILIDADE DE UM EMPREENDIMENTO DE VENDA DE MÓVEIS Ijuí (RS), 2012 2 MICHELE DAIANE WOTTRICH RUVER ANÁLISE DA VIABILIDADE DE UM EMPREENDIMENTO DE VENDA DE MÓVEIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Contábeis do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (DACEC) para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis junto a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do SulUNIJUÍ. ORIENTADORA: Maria Margarete Baccin Brizolla Ijuí (RS), Dezembro de 2012. 3 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, agradeço a Deus, que me fez chegar até aqui, me guiando com sua luz divina e me protegendo com seu amor eterno. Agradeço a minha família, em especial meus pais Milton e Rosani e meus irmãos, Jean e Greice, pelo amor, carinho e dedicação todos esses anos que convivemos juntos. Ao meu amor Francisco, agradeço todo incentivo, compreensão, amor e cuidado que teve comigo durante a realização deste trabalho e em todos os dias de nossas vidas que compartilhamos juntos. Agradeço a todos os professores do curso que contribuíram para a minha formação e crescimento profissional e pessoal, em especial, agradeço à minha orientadora Maria Margarete, pela disposição, sabedoria e apoio, sempre pronta a me ajudar, me auxiliando nesta etapa tão importante do curso, onde após longos anos de graduação, sonhei muito em chegar. Por fim, agradeço ao meu pai que colaborou com informações e dados que ajudaram a construir este trabalho, a todos familiares, amigos e amigas, colegas do Sicredi, que acreditaram em mim e que de alguma forma contribuíram para que esta etapa fosse concluída. Fica aqui o meu carinho e o meu sincero agradecimento. 4 LISTA DE QUADROS Quadro 01. Payback Original............................................................... 28 Quadro 02. Payback Descontado........................................................ 30 Quadro 03. Investimentos Pré-Operacionais....................................... 44 Quadro 04. Investimentos Fixos.......................................................... 44 Quadro 05. Investimento Inical............................................................ 45 Quadro 06. Custos Variáveis............................................................... 46 Quadro 07. Composição da Receita.................................................... 47 Quadro 08. Depreciação..................................................................... 48 Quadro 09. Pró-labore........................................................................ 49 Quadro 10. Despesas Operacionais.................................................... 49 Quadro 11. Tributação do Simples Nacional....................................... 51 Quadro 12. Projeção do aumento da Receita..................................... 52 Quadro 13. Cálculo do Simples Nacional na Projeção da Receita...... 52 Quadro 14. Projeção das Despesas Operacionais.............................. 52 Quadro 15. Entradas e saídas monetárias da empresa...................... 53 Quadro 16. Payback Simples.............................................................. 55 Quadro 17. Payback Descontado........................................................ 56 Quadro 18. Valor Presente Líquido..................................................... Quadro 19. Taxa Interna de Retorno................................................... 58 Quadro 20. Demonstrativo do Resultado do Exercício........................ 59 Quadro 21. Demonstrativo do Resultado do Exercício Resumido...... 57 61 5 LISTA DE FIGURAS Figura 01. Representação do Investimento Inicial............................... 45 Figura 02. Representação das Despesas Operacionais..................... 50 Figura 03. Payback Simples................................................................ 55 Figura 04. Payback Descontado.......................................................... 56 6 LISTA DAS SIGLAS E ABREVlATURAS IRPJ – Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social PIS/PASEP – Programa de Integração Social CPP – Contribuição Patronal Previdenciária ISS – Imposto sobre Serviços DRE – Demonstrativo do Resultado do Exercício TIR – Taxa Interna de Retorno TMA – Taxa Mínima de Atratividade VAUE – Valor Atual Uniforme Equivalente VPL – Valor Presente Líquido VFL – Valor Futuro Líquido FC – Fluxo de Caixa PB – Payback PBD – Payback Descontado PBS – Payback Simples NBC – Norma Brasileira de Contabilidade IR – Índice de Rentabilidade IL – Índice de Lucratividade I – Investimentos ROI – Retorno sobre o investimento ROL – Receita operacional líquida TCC – Trabalho de Conclusão de Curso TMT – Tempo Máximo Tolerado IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados 7 LISTA DE ANEXOS Anexo A Tabela do Simples Nacional.............................................. 68 Anexo B Imagem poltrona................................................................. 69 Anexo C Imagem cadeira.................................................................. 69 Anexo D Imagem banqueta............................................................... 70 Anexo E Imagem mesa..................................................................... 70 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................. 09 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO .......................................................... 10 1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA ......................................... 10 1.2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ......................................... 11 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ............................................................... 12 1.4 OBJETIVOS ............................................................................................... 12 1.5 JUSTIFICATIVAS ....................................................................................... 13 2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................ 14 2.1 RAMO DE ATIVIDADE .............................................................................. 14 2.2 CONTABILIDADE ..................................................................................... 14 2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL ............................................................... 16 2.4 METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE ................................. 18 2.4.1 Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) .................................... 19 2.4.2 Fluxo de Caixa (FC) ................................................................................. 21 2.4.3 Taxa Interna de Retorno (TIR) ................................................................. 23 2.4.4 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ........................................................ 25 2.4.5 Valor Presente Líquido (VPL) .................................................................. 25 2.4.6 Período de Payback................................................................................. 27 2.4.7 Valor Atual Uniforme Equivalente – VAUE .............................................. 31 2.4.8 Índice de Rentabilidade – IR .................................................................... 31 2.4.9 Índice de Lucratividade – IL ..................................................................... 32 2.5 RECEITAS, DESPESAS E CUSTOS ........................................................ 33 2.5.1 Custo do Investimento ............................................................................. 34 2.5.2 Custos Operacionais ........................................................................... ....35 3 METODOLOGIA ........................................................................................... 36 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ............................................................ 36 3.2 UNIVERSO E AMOSTRA .......................................................................... 40 3.3 COLETA DE DADOS ................................................................................ 41 3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ......................................... 42 4 ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS ......................................................... 43 4.1 INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS ........................................................... 43 4.2 CUSTOS, DESPESAS E RECEITAS ........................................................ 46 4.2.1 Custos dos produtos vendidos ................................................................ 46 4.3 VIABILIDADES ECONÔMICA E FINANCEIRA ........................................ 51 4.3.1 Fluxo de caixa ......................................................................................... 51 4.3.2 Método Payback Simples ........................................................................ 55 4.3.3 Método Payback Descontado.................................................................. 56 4.3.4 Taxa Média de Atratividade – TMA ......................................................... 57 4.3.5 Valor Presente Líquido – VPL ................................................................. 57 4.3.6 Taxa Interna de Retorno – TIR ................................................................ 58 4.4 VIABILIDADE CONTÁBIL ......................................................................... 59 4.4.1 Demonstrativo do Resultado do Exercício – DRE ................................... 59 4.5 ANÁLISE ECONÔMICA FINANCEIRA ..................................................... 61 CONCLUSÃO .................................................................................................. 63 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 65 ANEXOS .......................................................................................................... 68 9 INTRODUÇÃO O aumento do número de imóveis novos com o aquecimento da construção civil tem animado os novos proprietários no investimento interno deste novo lar, seja através da contratação de equipes especializadas em decoração, seja através da aquisição de móveis e ambientes planejados para que o mesmo fique ainda mais aconchegante e habitável e que atenda as necessidades específicas de cada consumidor. Com o aquecimento desse setor, que é muito amplo e atinge de forma indireta o comércio de móveis e objetos de decoração, surgem consequentemente boas oportunidades para estas empresas. Neste contexto, propõe-se um novo empreendimento neste segmento, uma loja de produtos que complementam a venda de móveis sob medida, tornando-se uma referência para os clientes que irão encontrar em um só lugar boa parte do que necessitam para completar o seu lar, otimizando tempo, já que com a correria do dia a dia, as pessoas procuram buscar alternativas que sejam mais rápidas e eficazes. Nesse sentido, o presente trabalho de conclusão de curso, está dividido em quatro capítulos: o primeiro apresenta à contextualização do estudo, a área do conhecimento contemplada, a caracterização da organização, a problematização do tema, os objetivos e a justificativa. No segundo capítulo foi apresentado o referencial teórico, onde foram buscadas as informações para embasar a realização deste trabalho. No capitulo três, consta a metodologia a ser utilizada, contemplando a classificação da pesquisa, coleta e interpretação dos dados. No capitulo quatro apresenta-se o desenvolvimento do estudo prático, o qual foi estruturado com vistas a atender os objetivos gerais e específicos. E por fim, estão as referências bibliográficas que deram o suporte necessário para este estudo. 10 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Diante das grandes oportunidades que o mercado neste segmento vem demonstrando, identificou-se a necessidade de realizar um empreendimento na atividade de comércio de produtos acabados para ambientes, com a finalidade de comercializar a venda de móveis e acessórios para escritórios e residências, além de produtos e ideias para decoração. As pessoas que buscam adquirir seus móveis e opções de decoração, como poltronas (anexo B), cadeiras (anexo C), banquetas (anexo D) e mesas (anexo E), primam pela qualidade e produtos diferenciados. Diante disto, propõe-se a realização de um estudo de viabilidade econômico-financeira para um investimento em novo empreendimento, o qual ficará instalado no mesmo espaço físico apropriado próximo a uma fábrica de móveis sob medida, tendo como finalidade principal atender o cliente na maior amplitude possível. O estudo procura destacar a importância da análise de viabilidade, como uma ferramenta da contabilidade gerencial, capaz de auxiliar o empreendedor nas tomadas de decisões, as quais podem ser decisivas nas possibilidades de sucesso ou insucesso do empreendimento. Muitos gestores não obtêm sucesso em seus negócios, por não haver planejado. Sem planejamento é difícil saber os riscos que o mercado apresenta o que muitas vezes inviabiliza a prosperidade do empreendimento. Os empresários, principalmente os de pequenas empresas, em sua grande maioria, não realizam um estudo prévio sobre a viabilidade de um novo investimento, o que contribui para a frustração de expectativas relacionadas aos negócios. Depois de já estarem em operação com uma empresa, constatam que este não era o ideal e que os resultados não são satisfatórios para dar conta de recuperar o capital e obter retorno. Isto geralmente resulta na descapitalização dos investidores, chegando alguns a falência. 1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA A contabilidade, por ser uma ciência cujo objeto de estudo é o patrimônio das entidades, pode, a partir de ferramentas gerencias, dentre elas a análise de viabilidade, auxiliar o gestor no momento do planejamento para investimento. 11 Obtêm-se assim tomadas de decisões mais seguras, respaldadas por estudos prévios a respeito do que se pretende. Entendemos que Contabilidade, como um conjunto ordenado de conhecimentos próprios, leis científicas, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos, regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômica e financeira e, complementarmente, controla, registra e informa situações impactantes de ordem socioambiental decorrentes de ações praticadas pela entidade no ambiente em que está inserida. (BASSO, 2011, p. 26). A necessidade de analisar o resultado contábil, financeiro e econômico para a o novo empreendimento é importante, pois através desse estudo o empresário pode utilizar corretamente os recursos, para que a partir disso possa concentrar esforços gerenciais, a fim de obter sucesso na atividade. Apresenta-se um estudo relativo à contabilidade gerencial com foco especial na análise de investimento, sendo este o tema deste estudo. 1.2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O empreendimento será situado próximo a uma fábrica de móveis sob medida a qual pertence a família , sendo situada na Rua Joaquim Salgado Filho, nº 112, Bairro Thomé de Souza, cidade de Ijuí, região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, tendo como foco os clientes já conquistados por esta fábrica, bem como os novos que irão surgir e que buscam na decoração de ambientes algo diferente, inovador e exclusivo. O empreendimento foi projetado como sendo inicialmente uma empresa de pequeno porte, com opção tributária dentro da modalidade do simples, com a constituição de um novo CNPJ. A ideia partiu de um dos investidores, que conhece amplamente este mercado moveleiro e que com a vasta experiência que possui no setor, viu neste novo empreendimento grandes oportunidades de negócios. Ressalta-se que o empreendimento será formado por dois sócios e no primeiro momento não irá contar com mais colaboradores, no entanto, ao longo do 12 tempo, prevê-se a contratação de pelo menos um para que possa auxiliar no atendimento. 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA O problema pode ser definido como a diferença entre a situação que se tem e a situação desejada. Em termos de conhecimento, problema é a falta dele. Por isso um problema de pesquisa se expressa com uma pergunta. Analisar a viabilidade de um projeto significa identificar as perspectivas de desempenho financeiro, contábil e econômico do produto resultante do projeto. A estimativa de orçamentos para o projeto pode ser elaborado com base na identificação dos produtos e unidades a serem vendidas e servem para trazer uma estimativa dos níveis de acréscimo de custo e de receita dos produtos, permitindo estimar se cobriria os custos envolvidos e em que medida poderia apresentar rentabilidade. A empresa em estudo possui grande potencial de crescimento, conforme atual conjuntura econômica do setor. Diante dessa situação o estudo quer verificar a viabilidade de investir neste novo empreendimento e se o mesmo produzirá o retorno previsto. Visando aproveitar bem os espaços físicos, bem como o potencial de clientes que já possui e do mercado que ainda pode ser explorado, se faz necessário o estudo de viabilidade contábil, econômica e financeira com o que será possível mensurar os resultados gerados pelo investimento a ser feito, bem como apresentar a potencialidade do novo mercado. Diante do exposto tem-se o seguinte questionamento: É Viável Econômica, Financeira e Contabilmente a implantação de uma loja de móveis e acessórios para escritórios e residências? 1.4 OBJETIVOS O TCC possibilita ao acadêmico a oportunidade de aperfeiçoamento na área contábil escolhida como tema, para tanto é necessário definir os objetivos que servirão como instrumento de desenvolvimento do trabalho. 13 1.4.1 Objetivo Geral Avaliar a viabilidade econômica, financeira e contábil de uma loja de móveis e acessórios para escritórios e residências. 1.4.2 Objetivos Específicos • Revisar a literatura pertinente ao tema objeto deste estudo, visando dar embasamento ao projeto proposto; • Levantar os investimentos necessários à implantação do investimento; • Projetar os custos, despesas operacionais e receitas para a atividade pretendida, por período; • Demonstrar se é viável econômica, financeira e contabilmente, a implantação do novo empreendimento pela aplicação das técnicas específicas de analise de viabilidade. 1.5 JUSTIFICATIVAS De acordo com as demandas apresentadas pelo mercado, entende-se como uma alternativa viável a implantação de um novo empreendimento como a loja de móveis e acessórios para lojas e residências. O tema escolhido busca identificar a viabilidade deste investimento, visando à implantação do mesmo no sentido de oferecer mais opções aos clientes e tendo como perspectiva um bom retorno do investimento proposto, justifica-se à medida que serve como suporte ao empreendedor na tomada de decisão relacionada ao investimento. Como aluna concluinte do curso de ciências contábeis, é o momento de aperfeiçoar os conhecimentos desenvolvidos no decorrer do curso, colocando-os em prática, contribuindo para aprofundar uma área de estudo importante na gestão das organizações. Entende-se ainda que este estudo também torna-se oportuno por possibilitar pesquisas futuras a outros interessados no tema ora abordado, tanto para outros alunos do curso, como para a comunidade em geral. 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO O referencial teórico visa à apresentação do embasamento teórico sobre o qual se fundamentará o referido estudo. São os pressupostos que darão suporte ao trabalho, dando uma melhor compreensão dos temas que serão abordados. 2.1 RAMO DE ATIVIDADE A decoração de ambientes com móveis diferenciados e modernos está cada vez mais presente nos lares e espaços de trabalhos, proporcionando a estes recintos bem estar, harmonia e conforto. A alta demanda neste setor mostra que boa parte das pessoas estão investindo no aconchego de suas residências, resgatando este como um lugar pra viver bem com a família e receber amigos. Com o crescimento da nova classe média brasileira, que passou a ter maior poder de compra, acessando bens e serviços que anteriormente eram restritos às classes A e B, é notável dizer que as pessoas estão consumindo o que antes não tinham acesso, buscando no mercado algo diferenciado. Além disso, tem também o boom da construção civil, que contribui muito para o aumento da procura por estes produtos, já que muitos destes novos lares tem seu tamanho reduzido, sendo preciso otimiza-los da melhor forma possível, aproveitando bem todos os espaços (SEBRAE, 2012). Neste sentido, o novo empreendimento apresenta suas ideias inovadoras de decoração, unindo bom gosto, praticidade e modernidade em um local feito para pessoas que buscam algo diferenciado para seu lar, escritório ou área de lazer, oferecendo mesas, cadeiras, poltronas e banquetas de diferentes tamanhos, materiais, cores e modelos, para deixar o ambiente do seu cliente ainda mais aconchegante, unindo beleza e elegância. 2.2 CONTABILIDADE A contabilidade é uma ferramenta que tem a finalidade de fornecer informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela registra todas as movimentações que possam ocorrer no patrimônio de uma empresa, em 15 seguida, resume os dados registrados em forma de relatórios, que auxiliam os gestores a conhecer a situação da empresa e posteriormente tomar as melhores decisões. Crepaldi (2003, p. 20) comenta a respeito da finalidade, onde “a contabilidade, também fornece informações sobre condições de expandir-se, sobre necessidades de reduzir custos ou despesas, necessidades de buscar recursos etc.”. Resumindo, o autor nos apresenta mais uma finalidade da contabilidade, que é o planejamento. Segundo Basso (2011, p. 26) “a contabilidade é uma ciência social, mais especificamente no grupo das ciências econômicas e administrativas, que se utiliza de técnicas específicas para se tornar útil à sociedade e cumprir com as finalidade para que foi concebida”. A contabilidade tem como finalidade básica gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com foco no controle e planejamento. Seu campo de aplicação é o das entidades econômico- administrativas, podendo ser de fins lucrativos ou não, tendo como principais objetivos: controlar, apurar, evidenciar, atentar e fornecer informações que envolvam os elementos patrimoniais e suas variações (IUDÍCIBUS, 2010). Tendo como objeto o patrimônio, pode-se afirmar que o campo da contabilidade é o mais amplo possível, pois onde existir um patrimônio definido e perfeitamente delimitado, pode também estar aí se definindo um campo de aplicação da contabilidade: micros, pequenas, médias e grandes empresas públicas e privadas, entidades sem fins lucrativos de natureza social, cultural, recreativa, desportiva associações e outras, propriedades rurais e pessoas físicas em geral, representam o amplo campo de aplicação da contabilidade. (BASSO, 2011, p. 31). Basso (2011, p. 31) define os principais campos de aplicação da Contabilidade, assim classificado: Contabilidade Comercial; Contabilidade Industrial; Contabilidade Pública; Contabilidade Bancária; Contabilidade Rural (Agrícola ou Agropecuária); Contabilidade de Cooperativas; Contabilidade de Seguradoras; Contabilidade de Fundações; Contabilidade de Construtoras; Contabilidade Hospitalar e Contabilidade de Condomínios, entre outros. A contabilidade é, com toda certeza, uma ferramenta indispensável para informações, auxiliando os gestores na tomada de decisões. Ela deixou de ser vista como uma obrigação, onde a maior parte dos empresários via o contador como o “cobrador de impostos”, e com todos os avanços tecnológicos se tornou ágil e eficaz, 16 passando informações verdadeiras e no momento certo, o que pode determinar o sucesso do empreendimento. Johann (2003, p. 81), define a contabilidade da seguinte forma: Por ser uma ciência social, e pela responsabilidade por processar informações, é sem dúvida uma das áreas co conhecimento humano com maior potencial de contribuição ao crescimento dos indivíduos e organizações, que estão imersos em um mar de alternativas e ao mesmo tempo de muitas dúvidas. Os objetivos, para Basso (2011, p. 29) “revelam a noção da Contabilidade, entendida como centro de controle do patrimônio da entidade, para onde devem ser canalizados todos os documentos comprobatórios de atos e fatos que tenham provocado variações nos seus elementos.” Esta informação tem finalidade de identificar, analisar e avaliar do ponto de vista da legitimidade e legalidade do ato processando-os contabilmente, para gerar informações da nova posição e resultados do patrimônio. Para Crepaldi (2003, p. 16) “contabilidade pode ser definida de diversas formas. Numa visão geral, contabilidade é uma ciência, uma disciplina, um ramo de conhecimento humano, uma profissão que tem por objeto o estudo dos fenômenos patrimoniais”. A contabilidade surgiu da necessidade de controlar o patrimônio. É fato que existem pessoas, entidades e empresas que realizam muitas transações, decorrendo, daí, maior complexidade de controle. Seria impossível controlar um patrimônio, que é o conjunto de bens, direitos e obrigações, sem que houvesse registros organizados sobre todas as mutações ocorridas. (CREPALDI, 2003, p. 19). Segundo Brizolla (2008, p. 14) “a contabilidade é uma atividade fundamental na vida econômica. Mesmo nas economias mais simples ela é necessária para organizar a documentação dos ativos, das dívidas e das negociações com terceiros”. 2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL A contabilidade gerencial é uma ferramenta para a administração e está relacionada com o fornecimento de informações para os administradores, sendo de fundamental importância em todos os procedimentos contábeis, na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira, trazendo informações 17 para aqueles que estão dentro da organização e que são responsáveis pela direção e controle de suas operações. (HORNGREN, 2000). Padoveze (2010, p. 48) diz que: Para se fazer contabilidade gerencial é necessário um sistema de informação contábil gerencial, um sistema de informação operacional, que seja um instrumento dotado de características tais que preencha todas as necessidades informacionais dos administradores para o gerenciamento de sua entidade. Sempre com o foco em produzir valores confiáveis para o fornecimento de informações, de modo a auxiliar os gerentes na tomada de decisões, a contabilidade gerencial possui grande importância para a gestão das organizações, a qual está voltada a administração dos negócios. Ela pode ser contrastada com a contabilidade financeira, que é relacionada com o fornecimento de informações para os acionistas, credores e outros que estão de fora da organização. Segundo Warren, Reeve e Fess (2001), as informações da contabilidade gerencial contemplam dados históricos e projeções usados na condução e no planejamento de operações diárias, futuras e no desenvolvimento de estratégias de negócios integradas. As características da contabilidade gerencial são influenciadas pelas demandas vindas do setor administrativo da organização. “A Contabilidade Gerencial não é um existir, mas um fazer. A Contabilidade Gerencial é ação e não técnicas específicas de contabilidade. Não existe Contabilidade Gerencial. Faz-se ou não se faz Contabilidade Gerencial” (PADOVEZE, 2010, p. 41). Entendemos que a Contabilidade Gerencial existe ou existirá se houver uma ação que faça com que ela exista. Uma entidade tem Contabilidade Gerencial se houver dentro dela pessoas que consigam traduzir os conceitos contábeis em atuação prática. Contabilidade Gerencial significa gerenciamento da informação contábil. Ora, gerenciamento é uma ação, não um existir. Contabilidade Gerencial significa o uso da contabilidade como instrumento da administração (PADOVEZE, 2010, p.40). Levando em consideração a citação do autor, pode-se dizer que a contabilidade gerencial faz uso da informação contábil como ferramenta para os administradores, objetivando a tomada de decisões. Ela procura gerar informações necessárias ao processo decisório, que sejam válidas e efetivas para o 18 empreendedor, estando sempre em tempo hábil e com aspectos relevantes, para que seja sempre tomada a decisão correta. 2.4 METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE Segundo Lapponi (2007) na fase de decisão de investimento na empresa há alguns tipos de projetos, dentre eles o Projeto de Expansão, onde o objetivo da decisão é atender a demanda crescente dos produtos manufaturados e comercializados pela empresa, sendo que o aumento de demanda pode ser provocado de duas formas: aumento natural ou aumento provocado. Na análise de viabilidade que considera o incremento da atividade segundo Lapponi, (2007, p. 04) “o aumento de demanda esperado pelo credenciamento de novos distribuidores e pontos de venda somente será atendido investindo na expansão da capacidade produtiva e de comercialização”. HOJI (2010) enfatiza que as estimativas desse projeto são mais difíceis que as estimativas do aumento natural de demanda, pois não é conhecida a tendência histórica de crescimento, e as estimativas do aumento de vendas serão realizadas sobre áreas pesquisadas, porém desconhecidas. É necessário fazer a prévia avaliação das decisões de investimento, já que esta é considerada uma tarefa imprescindível no ambiente empresarial, escolhendo a opção mais atrativa entre várias, usando práticas metodológicas que melhor se adaptarem ao estudo. Quando se sabe o que a empresa realmente deseja, tendo a percepção dos benefícios que ela vai ter ao realizar esse investimento, fica mais claro e de certa forma mais fácil, desenvolver o planejamento e as formas viáveis de como alcançar os objetivos almejados. De acordo com Souza e Clemente (2009, p. 66): Os indicadores de análise de projetos de investimentos podem ser subdivididos em dois grandes grupos. Indicadores associados à rentabilidade (ganho ou criação de riqueza) do projeto e indicadores associados ao risco do projeto. Na primeira categoria estão o Valor Presente Líquido (VPL); o Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa), a Taxa Interna de Retorno, o Índice Benefício/Custo (IBC) e o Retorno Adicional sobre o Investimento (ROIA). Na segunda categoria estão a Taxa Interna de Retorno (TIR), o Período de Recuperação do Investimento (Payback) e o Ponto Fisher. 19 Para o autor o grande campo de aplicação dessas técnicas está associado ao processo de geração de indicadores, a análise de investimentos é utilizada na seleção de alternativas de investimentos, e na avaliação dos seus impactos. 2.4.1 Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) Segundo Iudícibus e Marion (2009, p. 220) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é “um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período (12 meses). É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo)”. Se destina a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competência, a DRE oferece uma síntese econômica dos resultados operacionais de uma empresa em certo período. A DRE, pode ser utilizada como um excelente indicador no auxílio na tomada de decisões financeiras. Conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) tem como objetivo principal apresentar de forma vertical e resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses. As modificações na DRE estão relacionadas principalmente à eliminação da segregação das receitas e despesas como não operacionais e a contabilização das participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa. Ao extinguir a reserva de prêmio na emissão de debêntures, trouxe a obrigação de esse premio ser tratado como receita na DRE. Essa receita deve ser apropriada por regime de competência e não de forma integral quando recebido em dinheiro. Entrou em vigor em 1º de janeiro de 2007 a Lei no 11.638, que altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. A Demonstração do Resultado do Exercício deve discriminar: 20 I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e despesas não operacionais (redação dada pela Lei nº 9.249, de 1995); V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI – as participações de debêntures, de empregado e administradores, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa (redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007); VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. Para Basso (2011, p. 306) “a Demonstração do Resultado do Exercício é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um determinado período ou exercício social”. A DRE existe com o intuito de demonstrar a formação do resultado final do exercício, ou seja, o lucro ou prejuízo. Ela está estruturada de forma a evidenciar as diversas fases do resultado, iniciando com o valor da receita operacional bruta apurada nas operações de vendas e de prestação de serviços da entidade, passando pela dedução dos encargos tributários, devoluções e abatimentos a ela relativos, bem como dos respectivos custos, apurando-se o lucro operacional bruto. Basso (2011, p. 307) ainda descreve que a DRE deve compreender as receitas e ganhos do período, independente do seu recebimento e os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondentes a esses ganhos 21 e receitas. Não é aconselhável a compensação de receitas, custos e despesas na DRE, que deverá evidenciar minimamente: • as receitas decorrentes da exploração das atividades fins;; • os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos, as devoluções e os cancelamentos; • os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviços prestados; • o resultado bruto do período e os ganhos e perdas operacionais; • as despesas administrativas, com vendas financeiras e outras e as receitas financeiras; • o resultado operacional; • as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes das atividades fins; • o resultado antes das participações e dos impostos; • as provisões para impostos e contribuições sobre o resultado; • as participações no resultado; • o resultado líquido do período. O objetivo do relatório, demonstração das origens e aplicações de recursos, é complementar os dados da movimentação ocorrida no período. Conforme Padoveze (2010, p. 79) “o balanço patrimonial contém toda a informação acumulada dos investimentos efetuados e dos recursos obtidos, mas não deixa claro o quanto de recursos foi requerido no último exercício e onde eles foram aplicados”. Na DRE são encontradas informações gerenciais relevantes e imprescindíveis para a análise do desempenho da organização, podendo avaliar se houve boa correlação entre os tipos de recursos obtidos e suas aplicações, bem como, se houveram investimentos relevantes no capital de giro. Os incrementos do ativo são as aplicações de recursos no período e os incrementos do passivo são as fontes obtidas no período. 2.4.2 Fluxo de Caixa (FC) Segundo Santos (2001, p. 57) “o fluxo de caixa é um instrumento de planejamento financeiro que tem por objetivo fornecer estimativas da situação de 22 caixa da empresa em determinado período de tempo à frente”. Para o autor as projeções de caixa da empresa têm várias finalidades, tendo como a principal delas, fornecer informações quanto à capacidade que a empresa tem para liquidar seus compromissos financeiros a curto e longo prazo. Para Padoveze (2010, p. 83) “é importante lembrar que o fluxo de caixa pode ser elaborado por consulta e reacumulação de dados das contas representativas das disponibilidades, bancos e aplicações financeiras”. O autor divide o fluxo de caixa de duas maneiras: fluxo de caixa diário e fluxo de caixa mensal. O fluxo de caixa diário tem sua necessidade de informação de forma imediata e não pode, esperar tratamento contábil de mais de algumas horas ou de um dia. Já o fluxo de caixa mensal possibilita visão de conjunto e de relevância, que o fluxo de caixa diário dificilmente oferece, é elemento fundamental para acompanhamento e controle dos recursos da empresa, junto com o balanço patrimonial e a demonstração de resultados. Wbatuba, Fortes e Treter (2004, p. 65) analisam que um dos objetivos da Demonstração do Fluxo de Caixa é: Projetar as disponibilidades financeiras da empresa, produzindo informações necessárias para a programação da captação de recursos financeiros, otimização das aplicações de sobras de caixa, gerenciamento de contas a pagar, avaliação do impacto de variações de custos e preços, dentre outras decisões importantes. Ainda, de acordo com Padoveze (2010, p. 84) “seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às demonstrações financeiras tradicionalmente publicadas pelas empresas”. Este relatório pode ser dividido em três áreas: • atividades operacionais: composto em sua totalidade da acumulação dos dados de recebimento e pagamento oriundos da demonstração de resultado; • atividades de investimento: enfoque do ativo como aplicações de recursos; • atividades de financiamento: enfoque do passivo como fonte de recursos. O fluxo de caixa representa as entradas e saídas de caixa. Representa também as projeções das futuras entradas e saídas de caixa, além dos possíveis saldos dentro de um determinado período. Este instrumento, quando usado em conjunto com as demonstrações contábeis e os indicadores produzidos a partir delas, proporciona informações que habilitam os usuários a avaliar as mudanças nos 23 ativos líquidos de uma entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e sua capacidade para alterar os valores e prazos dos fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades (FREZATTI, 2009). Os objetivos do fluxo de caixa para Silva (2005, p. 19) “são muitos, mas o principal é a visão geral de todas as atividades (entradas e saídas) diárias, do grupo do ativo circulante, assim se tem uma visão das disponibilidades, representando o grau de liquidez da empresa”. O autor cita outros objetivos relevantes, como: • planejar as necessidades de captação de recursos de maneira a preservar a liquidez; • fornecer recursos para a realização das transações definidas no planejamento financeiro; • pagar as obrigações dentro do vencimento; • aplicar de forma eficaz os recursos disponíveis, entretanto, sem comprometer a liquidez; • entre outros. As informações sobre os fluxos de caixa são úteis para avaliar a capacidade de a entidade gerar recursos dessa natureza e possibilitam aos usuários desenvolver modelos para avaliar e comparar o valor presente de futuros fluxos de caixa de diferentes entidades. 2.4.3 Taxa Interna de Retorno (TIR) A Taxa Interna de Retorno (TIR) é o percentual que representa o quanto a atividade irá remunerar o capital do investimento realizado de acordo com projeções futuras. Consiste em uma das técnicas mais usadas para avaliação das alternativas de investimentos. Ela iguala o valor presente líquido (VPL) ao investimento inicial referente a um projeto. A TIR é uma das maneiras pelas quais as empresas poderão analisar se o investimento é atrativo ou não, consistindo num ótimo método de análise de investimentos, no qual cada empresa irá se adaptar melhor conforme o tipo de projeto. 24 Do ponto de vista financeiro, a Taxa Interna de Retorno (TIR) de um investimento é o percentual de retorno obtido sobre o saldo do capital investido e ainda não recuperado. Matematicamente, a taxa interna de retorno é a taxa de juros que iguala o valor presente das entradas e caixa ao valor presente das saídas de caixa (SANTOS, 2001, p. 154). O autor ainda explica que quando a TIR for maior que a TMA (Taxa Mínima de Atratividade – assunto que será tratado no próximo item), o investimento é vantajoso. Quando a TIR e a TMA forem iguais, o projeto estará numa situação de indiferença. Quando a TIR for menor que a TMA, o projeto não será economicamente recomendável. Resumindo: o melhor entre os vários projetos de investimentos será aquele que tiver a maior TIR. Lapponi (2007, p. 177) conceitua as vantagens e desvantagens da TIR na análise dos projetos de investimentos em uma empresa. Os Pontos Fortes da TIR: • considera o fluxo de caixa completo do projeto e o valor do dinheiro no tempo; • informa se o projeto simples cria ou destrói valor; • é uma taxa de juro, uma medida relativa, em vez de uma medida absoluta, como o VPL (Valor Presente Líquido). A TIR é fácil de ser comunicada e, aparentemente, pode ser bem compreendida pó muitos. Os Pontos Fracos da TIR: • deve ser aplicado somente na avaliação de projetos com fluxo de caixa com uma única mudança de sinal, denominados projetos do tipo simples ou projeto simples; • é necessário determinar a priori a taxa requerida do projeto; • não tem a propriedade aditiva do VPL de fluxos de caixa de um mesmo projeto; • há a dificuldade em reinvestir os retornos do projeto para garantir a rentabilidade periódica igual à TIR. Para Bueno, Rangel e Santos (2011, p. 122) “as decisões de investimento são tomadas comparando-se a taxa de retorno esperada no investimento com a taxa de juros corrente de mercado”. A taxa de juros representa o custo de oportunidade do investimento, o que quer dizer que a rentabilidade que poderá ser recebida aplicando-se os recursos disponíveis em um ativo financeiro livre de risco. 25 2.4.4 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) De acordo com Souza e Clemente (2009, p. 71) taxa mínima de atratividade é “a melhor taxa, com baixo grau de risco, disponível para aplicação do capital em análise. A decisão de investir sempre terá pelo menos duas alternativas para serem avaliadas: investir no projeto ou Investir na Taxa Mínima de Atratividade”. Ao analisar uma proposta de investimento deve ser considerado o fato de estar perdendo a oportunidade de auferir retornos pela aplicação do mesmo capital em outros objetos. A nova proposta para ser atrativa deve render, no mínimo, a taxa de juros equivalente à rentabilidade das aplicações correntes e de pouco risco. Esta é, portanto, a Taxa Mínima de Atratividade (TMA). (CASAROTTO FILHO e KOPITTKE, 1996, p. 108). A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é considerada uma variável muito importante para os métodos de análise de investimentos, é feita para que a empresa não perca a oportunidade de aplicar seus recursos em projetos que geram maior rentabilidade. Ela leva em conta o custo de oportunidade, o custo do capital próprio da empresa e o custo dos empréstimos, podendo evitar a falência e a perda de valor econômico, sendo que na análise de projetos de investimentos a geração de retorno é a exigência básica para compensar os riscos e custo de capital. 2.4.5 Valor Presente Líquido (VPL) Para Santos (2001, p. 155) “O valor Presente Líquido (VPL) de um investimento é igual ao valor presente do fluxo de caixa líquido, sendo, portanto, um valor monetário que representa a diferença entre as entradas e saídas de caixas trazidas a valor presente”. Ainda de acordo com o autor, quando o VPL é maior que zero, quer dizer que o investimento é vantajoso, já que o valor presente das entradas e saídas de caixa é maior do que o valor presente das saídas de caixa, e também indica que a taxa interna de retorno do projeto é maior do que a TMA da empresa. Já para um VPL igual a zero, quer dizer que o investimento está numa situação de indiferença e para um VPL menor que zero, quer dizer que o investimento não é economicamente atrativo. Nestas comparações, o melhor será aquele que tiver o maior VPL. 26 O Valor Presente Líquido é a fórmula capaz de determinar o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o custo do investimento inicial. É o cálculo de quanto os futuros pagamentos somado a um custo inicial estariam valendo atualmente. O resultado do VPL depende do custo inicial, dos retornos e suas datas de ocorrência, e da taxa requerida ajustada ao nível de risco do projeto. De outra maneira, o VPL é função da configuração do fluxo de caixa e da taxa requerida do projeto (LAPPONI, 2007, p. 131). Algumas vantagens e desvantagens do VPL. Começando pelos Pontos Fortes: • considera todo o fluxo de caixa do projeto; • considera o valor do dinheiro no tempo com a taxa requerida que inclui o risco do projeto; • informa e mede o valor criado (ou destruído) pelo projeto; • pode ser aplicado na avalização de projetos com qualquer tipo de fluxo de caixa. Pontos Fracos do método VPL: • necessidade de determinar a priori a taxa requerida do projeto; • é um valor monetário em vez de uma taxa de juro ou, de outra maneira, uma medida absoluta em vez de uma medida relativa; • é possível reinvestir os retornos do projeto com a mesma taxa requerida para garantir o VPL. O VPL é um método alternativo para a tomada de decisão, este modelo é utilizado para a comparação entre mais de um investimento, sendo aceito o que apresentar o maior valor presente líquido. Quando o VPL for positivo, o projeto deverá ser aceito, pois o mesmo está proporcionando um retorno à empresa superior ao seu custo de capital. Ele vai demonstrar a contribuição que o investimento gerará para a empresa. 27 2.4.6 Período de Payback É o período decorrido entre o investimento inicial e o momento no qual o lucro líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento. O payback mede o tempo necessário para obter de volta todo o investimento feito. A ideia geral é que, quanto menor o tempo para receber de volta o investimento, menor o risco envolvido. Com um tempo maior para receber de volta o investimento, mais sujeito a mudanças nas condições de mercado estará o investimento, portanto, mais risco envolvido. (BUENO, RANGEL e SANTOS, 2011, p. 146) Trata-se de uma das técnicas de análise de investimento alternativas ao método do Valor Presente Líquido. Sua principal vantagem em relação ao VPL é o payback leva em conta prazo de retorno do investimento e, consequentemente, é mais apropriado em ambientes de riscos elevados. Investimento implica saída imediata de dinheiro, em contrapartida, espera-se receber fluxos de caixa que compensem essa saída ao longo do tempo. O payback consiste no cálculo desse tempo necessário a recuperação do investimento realizado. (WIKIPÉDIA, 2012) Este método, segundo (WIKIPÉDIA, 2012), tem como principais vantagens: • ser bastante simples na sua forma de cálculo e de fácil compreensão; • fornece uma ideia do grau de liquidez e de risco do projeto; • em tempo de grande instabilidade e pela razão anterior, a utilização deste método é uma forma de aumentar a segurança dos negócios da empresa; • adequado à avaliação de projetos em contexto de risco elevado; • adequado à avaliação de projetos com vida limitada. Bueno, Rangel e Santos (2011) comenta que há duas formas de medir o payback. Uma delas é simplesmente adicionar os fluxos de caixa nominais e medir o tempo que leva para que os fluxos recebidos igualem os investimentos realizados, Outra, é os fluxos de caixa serem adicionados após serem trazidos a valor presente. 2.4.6.1 Payback Simples (PBS) Payback, em análise de investimento, trata-se de um conceito importante que revela o período de recuperação do capital. Para Bueno, Rangel e Santos (2011, p. 146) “o payback deve ser tomado como medida de risco na escolha entre diferentes 28 projetos de investimento. Entre dois projetos com igual retorno, devemos escolher o de menor risco, isto é, aquele de menor payback”. Se aplicarmos o procedimento de cálculo do PBD com taxa requerida igual a zero temos o tempo necessário PBS para recuperar somente o capital inicial, procedimento denominado payback simples. Enquanto no procedimento de cálculo do PBD é considerada a remuneração do custo inicial, no procedimento do PBS apenas se mede o tempo de recuperação do custo inicial. (LAPPONI, 2007, p. 242). Ainda segundo Lapponi (2007, p. 245) nos mostra como decidir com o método do PBS, onde “para aplicar o método PBS é necessário estabelecer o tempo máximo tolerante do TMT para recuperar o custo inicial, verificar que o primeiro capital do fluxo de caixa seja um desembolso e que o fluxo de caixa do projeto apresente uma única mudança de sinal”. O autor comenta como decidir se o projeto dever ser aceito, o PBS deve ser comparado com o valor de referência TMT (Tempo Máximo Tolerado). Para Kassai et al (2000, p. 85) “o payback original, ou prazo de recuperação do capital, é encontrado somando-se os valores dos fluxos de caixa negativos com os valores dos fluxos de caixa positivos, até o momento em que essa soma resulta em zero”. É usado como uma medida de risco, pois o projeto que apresentar menor payback indica que este possui menor grau de risco. O autor apresenta um exemplo de payback original analisando em quanto tempo o capital de R$ 25.000 será recuperado. Quadro 01 - Payback Original Ano Investimento R$ 0 1 2 3 4 5 25.000 Lucro R$ 12.000 11.000 10.000 9.000 24.000 Fonte: Adaptado de Kassai et al (2000, p. 85) Saldo a Recuperar R$ -25.000 -13.000 -2.000 8.000 17.000 41.000 29 Analisando o quadro acima pode-se observar que o capital investido será recuperado no terceiro ano. Para saber o prazo exato, é preciso fazer uma conta simples de regra de três: Dinheiro Tempo (ano) Falta recuperar R$ 2.000,00 x Recuperado R$ 10.000,00 1 Onde x = 0,2 Portanto o capital investido será recuperado em 2,2 anos, ou dois anos, dois meses e doze dias. Sendo ao mesmo tempo de fácil identificação e interpretação, porém com deficiências graves para decisões de longo prazo. Este método é comumente usado pelas empresas para decisões que representem menor impacto e, portanto, com características menos importantes, relativas a pequenos procedimentos gerenciais necessários para o funcionamento do dia-a-dia da empresa, com enfoque maior no controle e avaliação do desempenho dos administradores. Este método irá medir o prazo de recuperação do capital investido no projeto. A partir da análise dos fluxos de caixa gerados pelo investimento. 2.4.6.2 Payback Descontado (PBD) Para Lapponi (2007, p. 241) “à medida que as estimativas dos retornos do projeto se distanciam da data do custo inicial, a incerteza do projeto aumenta. Quanto maior o PBD, tanto pior para o projeto e, vice-versa, quanto menor o PBD, tanto melhor”. O autor ainda complementa que desta forma, o risco do tempo de recuperação do custo inicial pode ser controlado e limitado, definindo o tempo máximo tolerado de forma apropriada. No payback simples ou contábil, não se leva em consideração o valor do tempo em dinheiro no tempo, isto é, as receitas são somadas e confrontadas com o valor do investimento sem se atribuir um custo de oportunidade às mesas. O payback descontado procura sanar essa deficiência, descontando as receitas pelo custo de oportunidade do capital, ou seja, pela taxa de juros. (BUENO, RANGEL e SANTOS, 2011, p. 148). Lapponi (2007) faz um levantamento dos pontos fortes e pontos fracos do PBD. Apesar de não ser recomendado como método único de avaliação do projeto, 30 o método do PBD é utilizado na avaliação de projetos simples pelos seguintes pontes fortes: • o método do PBD é fácil de ser aplicado, embora o procedimento de cálculo seja um pouco trabalhoso; • o resultado do PBD é de fácil interpretação, quanto menor for o PBD, tanto melhor para o projeto; • dá uma noção da liquidez e do risco do projeto. Os pontos fracos do método do PBD são: • o PBD não considera todos os capitais do fluxo de caixa do projeto e, a definição de tempo máximo tolerado é arbitrária. Avaliando somente com o método do PBD, a empresa tenderá a aceitar projetos de curta maturação e menor rentabilidade, e tenderá a rejeitar projetos de maior maturação e maior rentabilidade; • o PBD não é uma medida de rentabilidade do projeto; • não deve ser aplicado; • quando o desembolso do custo inicial for realizado em mais de um ano; por exemplo, desembolsos no ano zero e no final do primeiro ano e dos seguintes; • quando o projeto não for do tipo simples; • para selecionar o melhor de um grupo de projetos mutuamente excludentes, ou grupo de projetos independentes sob restrição orçamentária. O projeto com menor PBD poderá não ser o melhor projeto, pois não considera todo o fluxo de caixa, e o tempo máximo tolerado (TMT) é uma referência arbitrária. Quadro 02 - Payback Descontado Ano 0 1 2 3 4 5 Investimento R$ 25.000 Lucro R$ 12.000 11.000 10.000 9.000 24.000 Fonte: Kassai et al (2000, p. 87) Valores Descontados R$ -25.000 10.435 8.318 6.575 5.146 11.932 Saldo a Recuperar R$ -25.000 -14.565 -6.247 328 5.474 14.406 31 Os dados do quadro foram utilizados com base no cálculo do payback original, onde os valores foram trazidos ao período zero por uma TMA de 15%, ou seja, o cálculo se baseia em valores descontados. Neste caso o prazo de recuperação do investimento ocorreu no terceiro ano, da mesma forma que o primeiro, só que mais próximo ao final do ano, em 2,95 anos, ou seja, dois anos, onze meses e doze dias. O Payback descontado mede o prazo de recuperação do capital investido, levando em consideração o custo de capital, a taxa de juros e o fato de que nem sempre os fluxos esperados são constantes. Assim uma análise mais apurada do mercado deve levar essa taxa em conta. 2.4.7 Valor Atual Uniforme Equivalente – VAUE Kassai et al (2000, p. 81) valor anual uniforme equivalente, é um método que “consiste em obter um valor médio periódico dos fluxos de caixa positivos e compará-lo com o valor médio dos fluxos de caixa negativos”. Mostrando um resultado equivalente em bases periódicas. O VAUE pode-ser entendido como um lucro médio por período, ao longo da vida útil de um projeto. O autor nos diz que esse método pode ser dimensionado da seguinte forma: VAUE = PMT (Fluxos Positivos; TMA) – PMT (Fluxos Negativos; TMA). Esse método é mais uma ferramenta na análise de investimentos, o VAUE é um lucro médio, por período, que auxilia na aceitação do projeto, ou na escolha entre projetos. Para Casarotto Filho e Kopittke (1996, p. 107) o método do valor anual uniforme equivalente “consiste em achar a série uniforme anual equivalente ao fluxo de caixa dos investimentos à TMA, ou seja, acha-se a série uniforme equivalente a todos os custos e receitas para projeto utilizando-se a TMA”. Para o autor, o melhor projeto é o que tiver o maior saldo positivo. 2.4.8 Índice de Rentabilidade – IR Para Braga (2010, p. 30) “pode-se conceituar rentabilidade como grau de êxito econômico obtido por uma empresa em ralação ao capital nela investido”. 32 Para Padoveze (2000, p. 158) “os indicadores de rentabilidade tendem a propiciar análises e conclusões de caráter mais generalizante e de comparabilidade com terceiros”. Referem-se a taxa encontrada a partir da divisão do lucro liquido do exercício pelo investimento. Morante (2009, p. 420) descreve que “os indicadores de rentabilidade possibilitam apresentar esta medida sob vários ângulos, na expectativa de que todos, em seu conjunto, consigam responder à tarefa de bem remunerar o dono do negócio”. Levando em consideração que todo o negócio deve render, aos sócios, o reembolso referente ao capital empregado, dimensionando aos mesmos a lucratividade do empreendimento. 2.4.9 Índice de Lucratividade – IL Para Santos (2001, p. 238) “a análise do lucro tem um campo maior de utilização porque sua utilização não está restrita à própria empresa. Credores, parceiros comerciais e investidores também necessitam analisar o resultado da empresa”. O resultado apurado segundo os princípios contábeis aceitos é denominado de lucro contábil. Denominamos de lucro econômico o resultado apurado segundo os conceitos de mensuração não atrelados ao custo original como base de valor e, sim, em valores de realização ou de fluxo futuro de benefícios, decorrente da abordagem das atividades para mensuração do lucro. (PADOVEZE, 2010, p. 588). Ainda segundo Padoveze (2010) o lucro econômico é gerado, portanto, assim que exista um aumento no patrimônio líquido. Por outro lado, para mensurar o lucro como incremento do patrimônio líquido é necessária a avaliação de todos os ativos da empresa, com base nos recebimentos líquidos futuros esperados. O lucro é mensurado pelo crescimento do patrimônio liquido, originado pela manipulação dos ativos. Lapponi (2007) fala sobre o índice de lucratividade onde o mesmo “é definido como resultado de dividir o lucro do período projetado pelas receitas liquidas do período projetado. IL = Lucro Líquido Receitas Líquidas 33 Os índices de Lucratividade e Rentabilidade procuram evidenciar a condição da atividade gerar retornos, os quais possam evidenciar ou não a viabilidade da empresa. 2.5 RECEITAS, DESPESAS E CUSTOS Para a Iudícibus et al (2010, p. 65) receita nada mais é que “a entrada de elementos para o ativo, sob a forma de dinheiro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, de produtos ou à prestação de serviços”. Os autores ainda comentam que ela também pode derivar de: juros sobre depósitos bancários, aluguéis e outros. Entende-se por receita a variação que provoca a entrada de elemento no ativo sob forma de dinheiro ou de direitos a receber, provenientes da realização das atividades principais ou secundárias da entidade, e que geralmente correspondem a venda de mercadorias, produtos e bens, ou à prestação de serviços. Uma receita pode, entretanto, também derivar de rendas sobre títulos, juros de poupanças e outros ganhos eventuais. (BASSO, 2011, p. 85). Segundo Bornia (2002, p. 40) “despesa é o valor dos insumos consumidos com o funcionamento da empresa e não identificados com a fabricação. A despesa é geralmente dividida em administrativa, comercial e financeira”. As despesas diferem dos custos no sentido de que os custos são incorporados aos produtos, enquanto as despesas são lançadas diretamente na DRE. Despesa é o consumo de bens e serviços, que direta ou indiretamente, auxilia a produzir uma receita. Diminuindo o ativo ou aumentando o passivo, uma despesa é realizada com a finalidade de se obter uma receita. Entende-se por despesa o “custo” do uso dos bens ou serviços que, direta ou indiretamente, deverão produzir uma receita. A característica básica da despesa é que ela se constitui num gasto que não se materializa, isto é, são gastos que se consomem na sua realização. (BASSO, 2011, p. 85). Lapponi (2007, p. 332) faz uma análise dos custos descrevendo que “os custos relevantes relacionados com a produção e vendas em geral não são difíceis de detectar e medir, sejam eles fixos ou variáveis. Os custos relevantes relacionados com outras áreas podem ser mais difíceis de detectar e medir”. 34 A contabilidade de custos nasceu da contabilidade financeira quando havia a necessidade de avaliar os estoques na indústria mais especificamente na revolução industrial. Anteriormente, os produtos eram fabricados por artesãos sendo que estes eram constituídos por pessoas jurídicas e esses poucos se preocupavam com os custos de seus produtos. Com o incremento da indústria havia necessidade de calcular os custos para a formação do estoque. (LEONE, 2000, p. 30). Para Bornia (2002, p.36) “os sistemas de custos podem ajudar a gerência da empresa basicamente de duas maneiras: auxiliando o controle e as tomadas de decisões”. No controle, os custos podem indicar onde podem estar ocorrendo problemas, e na questão de tomadas de decisões, ela deixou de ser meramente o a determinação contábil do resultado do período, sendo uma importante ferramenta no auxilio da gestão empresarial, quando as informações geradas pelo sistema de custos são utilizadas para apoiar o processo decisório da empresa. 2.5.1 Custo do Investimento Os investimentos fixos financiam os custos das instalações, e os investimentos circulantes ou de giro, financiam o funcionamento da empresa e remuneram os recursos necessários ao próprio processo de produção, podendo ocorrer por períodos bem grandes, nos projetos de maior porte. A projeção dos investimentos abrange as estimativas de gastos com compra de direitos de utilização de marca, terrenos, construção civil, montagem de instalações comerciais ou industriais, além da aquisição de máquinas e equipamentos (SANTOS, 2001, p. 147). Bornia (2002, p.41) defende que “investimento é o valor dos insumos adquiridos pela empresa não utilizados no período, mas que poderão ser empregados em períodos futuros”. Para Bertó e Beulke (2006, p. 06) “o uso do custo é decisivamente importante na análise de investimentos. Nesse sentido, está relacionada com o cálculo da taxa de retorno e a viabilidade, em termos de volumes mínimos necessários para justificar o investimento”. 35 2.5.2 Custos Operacionais Segundo Casarotto e Kopittke (1996, p. 199) “os custos operacionais normalmente são subdivididos em custos de produção e despesas gerais. Os custos de produção são aqueles que ocorrem até a fabricação do produto. Como exemplo tem-se o custo das matérias primas ou o custo de manutenção”. Os custos operacionais normalmente são subdivididos em custos de produção e despesas gerais. Os custos de produção são aqueles que ocorrem até a fabricação do produto. Podem dividir-se em diretos e indiretos. Diretos são utilizados diretamente na fabricação dos produtos e variam de acordo com a quantidade de produção. Ex: mão de obra direta, consumo de energia elétrica. E os indiretos, que não variam proporcionalmente a quantidade de produção. Ex: mão de obra indireta, seguros, aluguel do prédio. As despesas gerais ocorrem ao término da fabricação até a complementação da venda e são divididas em dois grupos: as variáveis e as fixas, e só incidem após a fabricação do produto. Despesas gerais variáveis são os impostos, despesas com vendas e as financeiras operacionais. E despesas gerais fixas são as despesas administrativas, e impostos municipais. 36 3 METODOLOGIA Metodologia é o conjunto de etapas seguidas para um determinado processo. É a explicação minuciosa sobre um determinado tema, de como o estudo foi efetuado para chegar a determinado ponto. O método nada mais é, que o caminho a ser percorrido para alcançar o objetivo proposto. Segundo Oliveira (2003, p. 135) “entende-se por métodos os procedimentos mais amplos de raciocínio, enquanto técnicas são procedimentos mais restritos que operacionalizam os métodos mediante emprego de instrumentos adequados”. Como a ciência, a Contabilidade apresenta as seguintes características: tem objeto de estudo próprio; utiliza-se de métodos racionais; estabelece relações entre os elementos patrimoniais, válidas em todos os espaços e tempos; apresenta-se em constante evolução; possui leis, normas e princípios; evidencia seus conteúdos buscando generalizações; tem caráter preditivo; está relacionada aos demais ramos do conhecimento científico; está amparada pela construção lógica do pensamento e fundamenta as ideias que ensejam os conteúdos das doutrinas (OLIVEIRA, 2003, p. 52). Este item consiste em explanar como o trabalho foi desenvolvido e quais os métodos utilizados para realização do mesmo. 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA Para Oliveira (2003, p. 62) “a pesquisa científica é a realização de um estudo planejado, sendo o método de abordagem do problema o que caracteriza o aspecto científico da investigação”. Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que possa ser adequadamente relacionada ao problema (GIL, 2002, p. 17). O autor ainda diz que os critérios para a classificação dos tipos de pesquisa podem variar de acordo com o enfoque, sendo os principais tipos de pesquisa: básica ou fundamental, aplicada, histórica, descritiva, experimental, individual, grupal, bibliográfica, de ciência da vida e física, social, tecnológica ou aplicada, mono e interdisciplinar. No entanto, ela pode ser classificada em três grandes 37 grupos: exploratórias, descritivas e explicativas e ainda, do ponto de vista de sua natureza, do ponto de vista de seus objetivos, do ponto de vista dos procedimentos técnicos e ainda quanto à abordagem do problema. Independente do tipo de pesquisa a ser utilizada, é fundamental a elaboração do planejamento da pesquisa, que envolve as seguintes etapas: preparação da pesquisa, definição dos elementos de pesquisa, execução da pesquisa e confecção do relatório da pesquisa. a) Do Ponto de Vista de sua Natureza Do ponto de vista da natureza, uma pesquisa pode ser classificada em: pesquisa básica e pesquisa aplicada. O presente estudo caracteriza-se como pesquisa aplicada, pois está ligado diretamente à área da contabilidade, que tem como característica gerar conhecimentos de aplicação na prática, com foco na solução de problemas e com o objetivo de realizar um estudo de viabilidade. A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de contato com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu desenvolvimento, todavia, tem como caracterização fundamental à aplicação, utilização e consequências práticas dos conhecimentos. (GIL, 1999, p. 43). b) Do ponto de Vista de seus Objetivos Quanto aos objetivos, o estudo classifica-se como: pesquisas exploratórias, pesquisas descritivas e pesquisas explicativas. Segundo Gil (2002, p. 43) “a classificação das pesquisas em exploratórias, descritivas e explicativas é muito útil para o estabelecimento de seu marco teórico, ou seja, para possibilitar uma aproximação conceitual”. As pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento das ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. (GIL, 2002, p. 41). 38 O estudo que está sendo realizado se enquadra como exploratório, pelo fato de ser o primeiro a ser realizado na empresa, não existindo estudos de viabilidade anteriores a este para a realização do investimento proposto. As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre varáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este titulo e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. (GIL, 2002, p. 42). O presente estudo caracteriza-se como descritivo, descreve e mensura as variáveis principais envolvidas num investimento, tais como custos e despesas de aplicações em ativos fixos e em ativos circulantes, custos e despesas operacionais, quantidades de vendas. As pesquisas explicativas têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Esse é tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso mesmo, é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. (GIL, 2002, p. 42). Considera-se o estudo explicativo, enquanto se pretende esclarecer, justificar por que e em que medida o investimento proposto é econômica e financeiramente viável. c) Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos Gil (2002, p. 43) define dois grandes grupos dentro dos procedimentos técnicos: em um grupo estão à pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental e em outro, a pesquisa experimental, a pesquisa ex-post facto, o levantamento e o estudo de caso. A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. (GIL, 2002, p. 44). 39 O estudo classifica-se como pesquisa bibliográfica, em sua fundamentação teórica, pois teve como base, material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos que possibilitam a avaliação da viabilidade econômica do investimento proposto. A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental valese de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos de pesquisa. (GIL, 2002, p. 45). Também trata-se de uma pesquisa documental, por recorrer a registros e outros documentos existentes na empresa, para a obtenção de informações que permitam elaborar os orçamentos de investimentos principalmente em ativo circulante e em volumes de vendas e margens sobre os custos dos produtos vendidos. Quanto ao modelo de pesquisas através de levantamento, segundo Gil (2002, p. 50) “as pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer”. São solicitadas informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, posteriormente, mediante análise quantitativa, chegar às conclusões que correspondem aos dados coletados. Foi efetuado o levantamento de dados junto ao proprietário da empresa, e junto a fornecedores, com base em documentos e também a realização de entrevistas sobre as principais variáveis do projeto. Por fim, dentro dos procedimentos técnicos, tem-se o estudo de caso, que também segundo o autor Gil (2002, p. 54) “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento”. Caracteriza-se como estudo de caso, pois se refere unicamente ao caso do empreendimento em estudo. 40 d) Quanto à Forma de Abordagem do Problema Existem dois tipos de pesquisa segundo a natureza dos dados: a pesquisa quantitativa e a pesquisa qualitativa. Na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste último. (BEUREN, 2010, p. 92). O presente trabalho se enquadra como pesquisa qualitativa pelo fato de não serem utilizados métodos estatísticos na coleta e análise de dados. Conforme se pode descrever, os dados e informações serão coletados na empresa em questão e serão interpretados e analisados pelo pesquisador de acordo com seus conhecimentos. 3.2 UNIVERSO E AMOSTRA Para Oliveira (2003, p. 82) “o desenvolvimento de uma pesquisa compreende a coleta de dados e de informações, os quais devem ser analisados e interpretados para a correta utilização”. Com base na escolha do tipo de empreendimento pode-se viabilizar a obtenção de dados necessários para o estudo objetivado. Após a escolha do assunto, nem sempre há condições de pesquisar o universo, pois o processo de busca de informações sobre uma ou várias características de um universo é, numerosas vezes, de grandes proporções. Isso torna praticamente impossível a investigação do todo, em virtude do grande volume de recursos necessários para o levantamento de dados desse tipo. Consequentemente, estuda-se uma parte desse grupo. (OLIVEIRA, 2003, p. 82). A empresa em estudo será de pequeno porte, optante do simples nacional, no ramo de comércio de móveis, a qual irá contar com dois sócios investidores. 41 3.3 COLETA DE DADOS Nesta etapa do estudo foram descritos os métodos utilizados para a obtenção de dados, informações que foram relevantes para a continuidade da pesquisa. a) Instrumentos de Coleta de Dados Os procedimentos utilizados para a realização da coleta de dados são vários, no entanto, para este estudo foram utilizados dois instrumentos: da observação e da entrevista, os quais serão brevemente conceituados. A observação constitui elemento fundamental para a pesquisa. Desde a formulação do problema, passando pela construção de hipóteses, coleta, análise e interpretação dos dados, a observação desempenha papel imprescindível no processo de pesquisa. (GIL, 1999, p. 110). Segundo Oliveira (2003, p. 67) “a observação é uma técnica de coleta de dados para obter informações, com a utilização dos sentidos na captação de dados sobre determinados aspectos da realidade”. Para se ter um bom resultado neste instrumento, é preciso focar o objeto a ser observado, adicionalmente permite a evidência de dados não constantes do roteiro de entrevistas ou questionários. A técnica da observação pode ser subdividida em: • assistemática ou sistemática; • não participante ou participante; • individual ou em equipe; • na vida real ou em laboratório. Para Gil (1999, p. 117) a entrevista pode ser definida “como a técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objetivo de obtenção dos dados que interessam à investigação.” Para Oliveira (2003, p. 68) “a entrevista é uma técnica de pesquisa e coleta de dados extremamente importante, que deve ser bem planejada, considerando-se, entre outros fatores, a escolha do entrevistado, local, data e perguntas a serem formuladas”. 42 O trabalho foi desenvolvido através da busca de dados, com entrevistas e observações junto ao proprietário da empresa de móveis sob medida em estudo, bem como junto a fornecedores e concorrentes, fazendo assim, análise dos custos e despesas gerais para implantar a nova atividade. 3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Depois de compilados os dados e obtidos os resultados, o próximo passo é analisar e interpretar os dados. Para Oliveira (2003, p. 76) “análise é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores. A elaboração da análise é realizada em três níveis: interpretação, explicação e especificação”. O autor conceitua cada um dos níveis, onde a interpretação é a verificação das relações entre as variáveis independente e dependente e da variável interveniente a fim de ampliar os conhecimentos; a explicação é o entendimento da relação etre a variável dependente e a variável acendente e a especificação qualifica as relações estabelecendo até que ponto as relações entre as variáveis são válidas. Os dados coletados foram analisados e interpretados por meio de gráficos, tabelas, planilhas eletrônicas, onde se possa analisar a viabilidade econômica e financeira do comércio de móveis e acessórios sob medida junto junto a fábrica de móveis sob medida. 43 4 ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS Este capítulo do estudo objetiva analisar a viabilidade de implantação de um novo empreendimento, uma loja que irá vender móveis. Com o intuito de atingir o propósito do estudo ora proposto, este capítulo é dividido em três itens: a) investimentos necessários para implantação do empreendimento; b) levantamento das projeções dos custos, despesas e receitas; e c) cálculo da viabilidade econômica, financeira e contábil do novo empreendimento. 4.1 INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS Para iniciar as atividades de qualquer empreendimento é necessário um investimento inicial, seja através de recursos próprios, seja através de recursos de terceiros. O espaço para construção da loja já existe, ou seja, como a fábrica de móveis sob medida fica mais ao fundo do terreno, o projeto é que a loja fique a frente da fábrica e que a mesma tenha um novo CNPJ, sendo assim, a fábrica permanece como está hoje e a loja, se viável, será constituída. Para a construção do novo empreendimento será necessário recursos para despesas pré-operacionais, investimentos fixos, e muito provavelmente, capital de giro para dar continuidade a mesma. Após ter sido realizado um levantamento de todo o investimento necessário à instalação da loja de móveis prontos e analisando o espaço do terreno que ainda tem, concluiu-se que a área a ser construída para o novo empreendimento será de 14m x 8m x 2,80m, em alvenaria, com pré-laje, orçado em R$ 300,00 o metro quadrado, tem-se a estimativa para a construção desta infraestrutura em R$ 33.600,00. O Quadro 03 apresenta, além do investimento na infra estrutura, os outros investimentos pré-operacionais necessários para o início do empreendimento, como abertura de empresa, alvará municipal, elaboração e registro da logomarca, totalizando o valor de R$ 36.856,77. representatividade nos investimentos infraestrutura que compreenderá a loja. Dentre os itens citados, o que tem maior pré-operacionais é a construção da 44 Quadro 03: Investimentos Pré-Operacionais INVESTIMENTOS PRÉ-OPERACIONAIS Descrição Valor (R$) Abertura de empresa % 545,00 1,48 61,77 0,17 Elaboração de logo marca 1.500,00 4,07 Registro de marca 1.150,00 3,12 Alvará municipal Infraestrutura 33.600,00 91,16 Total de investimentos Pré-operacionais de Instalação Fonte: Dados conforme pesquisa 36.856,77 100 Quanto aos investimentos fixos tem-se os itens conforme descrito no quadro 04, subdivididos em máquinas/equipamentos e móveis/utensílios, totalizando R$ 9.287,00 em investimentos fixos. Quadro 04: Investimentos Fixos INVESTIMENTOS FIXOS Descrição Quantidade Máquinas e equipamentos Valor (R$) 5.427,00 Climatizador 12000 BTUS 1 1.500,00 Bebedouro d'água 1 375,00 Note book 1 1.500,00 Impressora 1 198,00 Aparelho Celular 1 199,00 Aparelho Telefone Fixo 1 75,00 Programa Corel Draw 1 1.500,00 Móveis e utensílios 4.400,00 Mesa para Atendimento 1 700,00 Cadeira Grande 1 500,00 Poltronas 2 600,00 Armário 1 800,00 Persianas 2 500,00 Sofá 02 lugares 1 900,00 Tapete 1 400,00 Total do Investimento fixo Fonte: Dados conforme pesquisa 9.827,00 O capital total a ser investido integralizado pelos sócios em moeda corrente nacional será de R$ 74.683,77, sendo R$ 36.856,77 investimentos pré-operacionais, R$ 9.827,00 investimentos fixos e R$ 28.000,00 de capital de giro, o que corresponderá a aproximadamente quatro meses das despesas operacionais mais o primeiro mês com custo das mercadorias vendidas. Posterior a este levantamento de 45 dados, chega-se se então ao investimento total inicial, que é o mesmo integralizado pelos sócios em R$ 74.683,77. Na sequência o quadro 05 e a figuram 01 expressam de forma mais clara os investimentos iniciais iniciai necessários. Quadro 05:: Investimento Inicial INVESTIMENTO INICIAL Descrição Valor (R$) Investimentos fixos % 9.827,00 13,16 Investimentos pré - operacionais 36.856,77 49,35 Capital de Giro 28.000,00 37,49 Total de investimento (Capital próprio) Fonte: Dados conforme pesquisa 74.683,77 100 13,16% 37,49% Investimentos fixos Investimentos pré - operacionais Capital de Giro 49,35% Figura 01: Representação do Investimento Inicial Fonte: Dados conforme pesquisa A maior parte do capital representa a necessidade de investimentos préoperacionais no valor de R$ 36.856,77 ou 49,35% do capital inicial. Os investimentos fixos foram de R$ 9.827,00 9 827,00 representando 13,16% do capital e o valor restante de R$ 28.000,00 para capital capital de giro representando 37,49% do capital que consiste num valor a ser utilizado para as necessidades no início da atividade, principalmente no que se refere as despesas operacionais provisionadas para quatro meses mais custo da mercadoria vendida - CMV. 46 4.2 CUSTOS, DESPESAS E RECEITAS O objetivo de toda organização geralmente é crescer seu patrimônio e gerar lucro. Assim, para realizar suas atividades, ela terá despesas e custos, com objetivo de tornar os resultados obtidos em receitas. Horngren (2000, p. 381) define “receitas são, em geral, acréscimos brutos gerados pela entrega de produtos ou pela prestação de serviços”. Para tanto, os próximos tópicos irão discorrer sobre os custos dos produtos que serão vendidos pelo empreendimento, às despesas e as receitas que o mesmo irá gerar. 4.2.1 Custos dos produtos vendidos Os custos dos produtos vendidos, referem-se as aquisições de mercadorias para revenda, bem como aos impostos recuperáveis, fretes e seguros, estes variam conforme as vendas realizadas no mês. Sendo assim, o quadro a seguir demonstra as projeções de vendas para seis anos, onde, estima-se que mensalmente a empresa venda 24 cadeiras, ao custo unitário de R$ 242,00, totalizando R$ 5.808,00 no mês, 16 banquetas, ao custo unitário de R$ 143,00, total mensal de R$ 2.288,00, 10 poltronas ao custo de R$ 330,00 cada, total no mês de R$ 3.300,00 e 04 mesas, custo unitário de R$ 418,00, total mensal neste item de R$ 1.672,00. Total de vendas no mês R$ 13.068,00. O total de vendas no primeiro ano é de R$ 156.816,00, projetando um crescimento de 8% para os próximos cinco anos, dados melhor representados no quadro que segue: Quadro 06: Custos Variáveis CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS NO ANO Produtos Valor Quantidade Valor un (R$) mês(R$) Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Cadeiras 24 242,00 5.808,00 69.696,00 75.271,68 81.293,41 87.796,89 94.820,64 102.406,29 Banquetas 16 143,00 2.288,00 27.456,00 29.652,48 32.024,68 34.586,65 37.353,58 40.341,87 Poltronas 10 330,00 3.300,00 39.600,00 42.768,00 46.189,44 49.884,60 53.875,36 58.185,39 Mesas 4 418,00 1.672,00 20.064,00 21.669,12 23.402,65 25.274,86 27.296,85 29.480,60 13.068,00 156.816,00 169.361,28 182.910,18 197.543,00 213.346,44 230.414,15 Fonte: Dados conforme pesquisa 47 4.2.2 Receitas Entende-se por receitas o resultado obtido com a prestação de serviços. No caso do empreendimento em estudo, as receitas são obtidas através da venda de móveis, como cadeiras, banquetas, poltronas e mesas. Os valores de cada item que se pretende vender na loja foram pesquisados em empresas que vendem estes produtos através de representantes e catálogos, sendo que no preço por unidade já estão incluídos os custos com frete e também IPI. O valor de cada cadeira ficou na média em R$ 335,00, onde se projeta vender 24 unidades no mês, chegando a uma receita mensal de R$ 8.040,00, com a maior representatividade na composição da receita, com 38,65%. Quanto as banquetas, se estima que seja vendidas 16 unidades, preço unitário de R$ 230,00, receita mensal de R$ 3.680,00 neste item, representando 17,69% da receita. As poltronas, a estimativa é de vender 10 unidades no mês, ao preço de R$ 640,00 cada uma, total de R$ 6.400,00 no mês, com a segunda maior representatividade da receita, em 30,77%. Por fim, tem-se as mesas, com o preço unitário mais elevado dentre os itens, no valor de R$ 670,00, totalizando R$ 2.680,00 no mês, representando 12,88% da receita com vendas. Total da receita mensal com vendas em R$ 20.800,00, receita anual de R$ 249.600,00. Também já foram projetadas as vendas à vista e a prazo, sendo de 40% e de 60%, respectivamente, conforme bem demonstra o quadro 07. Quadro 07: Composição da receita Composição da Receita Produtos Unidades Preço Unidade (R$) Cadeiras 24 335,00 8.040,00 38,65 96.480,00 38.592,00 57.888,00 Banquetas 16 230,00 3.680,00 17,69 44.160,00 17.664,00 26.496,00 Poltronas 10 640,00 6.400,00 30,77 76.800,00 30.720,00 46.080,00 Mesas 4 670,00 2.680,00 12,88 32.160,00 12.864,00 19.296,00 20.800,00 100,00 249.600,00 99.840,00 149.760,00 Total Fonte: Dados conforme pesquisa Receita Mensal (R$) % Receita Anual (R$) À vista (R$) À prazo (R$) 48 4.2.3 Despesas Operacionais As despesas operacionais representam o consumo de bens ou serviços no processo de obtenção de receita, ou seja, são despesas aquelas pagas ou incorridas para vender serviços e administrar a empresa, como exemplo de despesas fixas temos depreciação, pró-labore, salários e encargos, energia elétrica, telefone, internet, entre outros. O valor da depreciação tem por base o custo de aquisição subtraído o valor residual, que poderá ser recuperado ao fim de sua vida útil. Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar o valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Usamos o método da linha reta, que resulta em despesa constante durante a vida útil do ativo. O Quadro 08 apresenta de forma individualizada o cálculo da depreciação dos móveis e utensílios da empresa de acordo com a vida útil dos referidos bens. Quadro 08: Depreciação Descrição Valor do Bem (R$) DEPRECIAÇÃO Valor Valor a ser Taxa de Residual (R$) Deprec. (R$) Deprec. (%) Deprec. Anual (R$) Deprec. Mensal (R$) Máquinas e equipamentos Climatizador 12000 BTUS 1.500,00 0,00 1.500,00 20% 300,00 25,00 375,00 0,00 375,00 33% 125,00 10,42 1.500,00 0,00 1.500,00 50% 750,00 62,50 Impressora 198,00 0,00 198,00 20% 39,60 3,30 Aparelho Celular 199,00 0,00 199,00 50% 99,50 8,29 75,00 0,00 75,00 50% 37,50 3,13 1.500,00 0,00 1.500,00 50% 750,00 62,50 2.101,60 175,13 Bebedouro d'água Note book Aparelho Telefone Fixo Programa Corel Draw Total depreciação Máquinas e Equipamentos 5.347,00 5.347,00 Móveis e utensílios Mesa para Atendimento 700,00 70,00 630,00 10% 63,00 5,25 Cadeira Grande 500,00 50,00 450,00 20% 90,00 7,50 Poltronas 600,00 60,00 540,00 20% 108,00 9,00 Armário 800,00 80,00 720,00 10% 72,00 6,00 Persianas 500,00 - 500,00 33% 166,67 13,89 Sofá 02 lugares 900,00 90,00 810,00 20% 162,00 13,50 Tapete Total depreciação Móveis e Utensílios 400,00 - 400,00 33% 133,33 11,11 400,00 350,00 4.050,00 795,00 66,25 2.896,60 241,38 Total da despesa de Depreciação Fonte: Dados conforme pesquisa 49 Estima-se que a depreciação do grupo máquinas e equipamentos mensal seja de R$ 175,13 e o grupo móveis e utensílios de R$ 66,25 por mês. Assim, deve-se mensalmente proceder com a contabilização de despesa com depreciação do imobilizado, no montante de R$ 241,38, totalizando no ano R$ 2.896,60. Quanto ao pró-labore, refere-se aos dois sócios da empresa, com retirada mensal de R$ 1.500,00 cada, totalizando R$ 3.000,00 mensais, conforme demonstra o quadro 09. Quadro 09: Pró-labore PRÓ-LABORE Pró-labore (R$) 1.500,00 Fonte: Dados conforme pesquisa Quantidade Total mês (R$) Total ano (R$) 2 3.000,00 36.000,00 As despesas consideradas operacionais do empreendimento são aquelas fixas, ou seja, aquelas que não variam em decorrência do volume de vendas, sendo elas: luz, telefone, internet, honorários contábeis, despesas bancárias, material de expediente, material de escritório, material de higiene e limpeza, retirada de prólabore e depreciação, chegando ao total mensal de R$ 3.759,26, com percentual concentrado no pró-labore, o que corresponde a 79,80%. O total anual é de R$ 45.111,16, conforme melhor demonstra o quadro 10. Quadro 10: Despesas operacionais DESPESAS OPERACIONAIS MENSAIS Descrição Luz Valor (R$) % Valor no ano (R$) 80,00 2,13 960,00 Telefone 100,00 2,66 1.200,00 Internet 59,00 1,57 708,00 Honorários contábeis 150,00 3,99 1.800,00 Despesas bancárias 18,88 0,50 226,56 Material de expediente 70,00 1,86 840,00 Material de escritório 20,00 0,53 240,00 Material de higiene e limpeza 20,00 0,53 240,00 3.000,00 79,80 36.000,00 241,38 6,42 2.896,60 3.759,26 100,00 45.111,16 Retirada de pró-labore Depreciação Total Fonte: Dados conforme pesquisa 50 Na figura 02 podemos visualizar melhor como fica dividida percentualmente as despesas operacionais, sendo que já foi foi citada a concentração no pró-labore pró em 79,80%, seguida pela depreciação 6,42%, honorários contábeis 3,99%, telefone 2,66%, luz 2,13%, material de expediente 1,86%, internet 1,57%, material de escritório e higiene/limpeza 0,53% cada e por último despesas bancárias de 0,50%. Na sequência tem-se se a figura 02 que demonstra claramente a composição das despesas operacionais. 2,13% 2,66% 1,57% 3,99% 6,42% Luz 0,50% 1,86% 0,53% 0,53% Telefone Internet Honorários Contábeis Despesas Bancárias Material de expediente Material de escritório 79,80% Material de higiene e limpeza Retirada de Prólabore Depreciação Figura 02: Representação das despesas operacionais Fonte: Dados conforme pesquisa As despesas diretas são s aquelas que estão ligadas diretamente com o valor e volume de vendas, é o caso dos tributos que incidem sobre a receita. O empreendimento em estudo se enquadrará no regime de tributação do Simples Nacional, acional, onde para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta uta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração conforme rme mostra a tabela do Anexo A referente a Lei Complementar nº 139 de 10 novembro de 2011 com vigência a partir de 01/01/2012 (anexo I). Conforme a tabela do Simples Nacional, as alíquotas poderão variar de 4% a 11,61%, conforme faturamento dos últimos 12 meses da mesma 51 Quadro 11: Tributação do Simples Nacional Alíquota (%) Receitas 249.600,00 Impostos devidos Simples Nacional 5,47% Total de impostos devidos Fonte: Dados conforme pesquisa 13.653,12 No quadro 11 são apresentadas as despesas decorrentes dos impostos a serem recolhidos através da tributação pelo Simples Nacional, que resultaram em uma despesa com tributo federal anual de R$ 13.653,12, utilizando a segunda faixa de faturamento, de R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00, com alíquota de 5,47%. 4.3 VIABILIDADES ECONÔMICA E FINANCEIRA Neste tópico apresenta-se a análise econômica e financeira do empreendimento, considerando sua atividade de vendas de móveis, onde a partir do Fluxo de caixa calculou-se a TIR (taxa interna de retorno) o VPL (valor presente liquido), payback simples e descontado. 4.3.1 Fluxo de caixa A elaboração de um fluxo de caixa tem como principal objetivo representar as entradas e saídas monetárias referentes a um determinado período, sendo um instrumento indispensável para a análise de desempenho financeiro do empreendimento. Baseada na previsão da receita para os próximos 5 anos (ano 2 ao ano 6), utilizando como métrica crescimento acima da inflação, que conforme pesquisa realizada no ano de 2011 foi de 6,5%, o empreendimento pretende crescer 8% ao ano. Os dados estão representados no quadro 12, que relaciona também às vendas a vista, permanecendo em 40% e as vendas a prazo em 60%. O que projeta-se é que ao final do 6º ano empresa tenha como receita anual total o valor de R$ 366.744,29. 52 Quadro 12: Projeção do aumento da receita Descrição: ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 8% 8% 8% 8% 8% Taxa de Crescimento Valores de Venda à Vista Valores de Venda à Prazo 99.840,00 107.827,20 116.453,38 125.769,65 135.831,22 146.697,72 149.760,00 161.740,80 174.680,06 188.654,47 203.746,83 220.046,57 Total das Receitas: 249.600,00 269.568,00 291.133,44 314.424,12 339.578,04 366.744,29 Fonte: Dados conforme pesquisa O quadro 13 mostra os valores do Simples Nacional de acordo com as alíquotas apresentadas anteriormente. As alíquotas foram calculadas de acordo com a receita prevista os próximos anos, sendo que apenas no 6º ano a alíquota muda de 5,47% para 6,84%. Quadro 13: Cálculo do Simples Nacional na projeção da receita Período Receitas Alíquotas Valor do Simples Nacional Ano 1 249.600,00 5,47% 13.653,12 Ano 2 269.568,00 5,47% 14.745,37 Ano 3 291.133,44 5,47% 15.925,00 Ano 4 314.424,12 5,47% 17.199,00 Ano 5 339.578,04 5,47% 18.574,92 Ano 6 366.744,29 6,84% 25.085,31 Total: 1.831.047,89 105.182,72 Fonte: Dados conforme pesquisa Nas despesas operacionais estima-se a mesma taxa de crescimento de 8%, seguindo a taxa utilizada na projeção do aumento da receita. O quadro 14 demonstra esta projeção, chegando ao final do ano 6 com o total projetado para despesas operacionais em R$ 66.283,09. Quadro 14: Projeção das despesas operacionais ESTIMATIVA DA PREVISÃO DAS DESPESAS OPERACIONAIS Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Descrição 8% 8% 8% 8% 8% Luz 960,00 1.036,80 1.119,74 1.209,32 1.306,07 Telefone 1.200,00 1.296,00 1.399,68 1.511,65 1.632,59 Internet 708,00 764,64 825,81 891,88 963,23 Honorários Contábeis 1.800,00 1.944,00 2.099,52 2.267,48 2.448,88 Despesas Bancárias 226,56 244,68 264,26 285,40 308,23 Material de expediente 840,00 907,20 979,78 1.058,16 1.142,81 Material de escritório 240,00 259,20 279,94 302,33 326,52 Material de higiene e limpeza 240,00 259,20 279,94 302,33 326,52 Retirada de Pró-labore 36.000,00 38.880,00 41.990,40 45.349,63 48.977,60 Depreciação 2.896,60 2.896,60 2.896,60 2.896,60 2.896,60 TOTAL: 45.111,16 48.720,05 52.617,66 56.827,07 61.373,24 Fonte: Dados conforme pesquisa Ano 6 8% 1.410,55 1.763,19 1.040,28 2.644,79 332,89 1.234,24 352,64 352,64 52.895,81 2.896,60 66.283,09 53 O quadro a seguir, demonstra as entradas e saídas monetárias da empresa, ou seja, demonstra a movimentação dos recursos financeiros da empresa em um período de seis anos, levando em consideração que para o Fluxo de Caixa não são utilizadas as despesas com depreciação por não representarem desembolso, ou seja, somente são consideradas as transações que efetivamente ocasionam ingressos ou consumo de caixa. Quadro 15: Entradas e saídas monetárias da empresa ENTRADAS E SAÍDAS MONETÁRIAS DA EMPRESA 1. Ingresso 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 8% 37.767,45 8% 40.788,85 8% 8% 8% Saldo inicial 0 74.683,77 2.270,35 48.774,28 98.998,53 Valores de Venda à Vista 99.840,00 107.827,20 116.453,38 125.769,65 135.831,22 146.697,72 161.740,80 174.680,06 188.654,47 203.746,83 220.046,57 - 249.600,00 269.568,00 291.133,44 314.424,12 339.578,04 366.744,29 156.816,00 169.361,28 182.910,18 197.543,00 213.346,44 230.414,15 156.816,00 169.361,28 182.910,18 197.543,00 213.346,44 230.414,15 Despesas operacionais 55.867,68 60.337,09 65.164,06 70.377,19 76.007,36 82.087,95 Simples 13.653,12 14.745,37 15.925,00 17.199,00 18.574,92 20.060,91 960,00 1.036,80 1.119,74 1.209,32 1.306,07 1.410,55 1.200,00 1.296,00 1.399,68 1.511,65 1.632,59 1.763,19 708,00 764,64 825,81 891,88 963,23 1.040,28 1.800,00 1.944,00 2.099,52 2.267,48 2.448,88 2.644,79 Despesas Bancárias 226,56 244,68 264,26 285,40 308,23 332,89 Material de expediente 840,00 907,20 979,78 1.058,16 1.142,81 1.234,24 Material de escritório Material de higiene e limpeza 240,00 259,20 279,94 302,33 326,52 352,64 240,00 259,20 279,94 302,33 326,52 352,64 36.000,00 38.880,00 41.990,40 45.349,63 48.977,60 52.895,81 Taxa de Crescimento Valores de Venda à Prazo Total dos ingressos (receitas) 2. Desembolsos no período Custos de Mercadorias Vendidas Custos de Mercadorias Vendidas Total dos Investimentos Capital de Giro Total do Investimento fixo Despesas PréOperacionais Abertura de empresa Alvará municipal 149.760,00 9.827,00 36.856,77 545,00 61,77 Registro de marca 1.150,00 Telefone Internet Honorários Contábeis Retirada de Pró-labore ANO 6 28.000,00 1.500,00 Luz ANO 5 - 74.683,77 Elaboração de logo marca Infraestrutura ANO 4 33.600,00 54 Total dos desembolsos 3. Diferença do Período ( 1-2 ) 4. Saldos Anteriores ou Inicial 5.Disponibilidade Acumulada (+/- 3 + 4) 6. Saldo Final Caixa Realizado Período de Retorno Efetivo do Capital payback simples Período de Retorno Efetivo do Capital payback descontado Saldo Anual Caixa Saldo Anual de Caixa TMA: 13% aa VPL - Valor Presente Líquido 212.683,68 229.698,37 248.074,24 267.920,18 289.353,80 312.502,10 39.869,63 43.059,20 46.503,93 50.224,25 54.242,19 - 80.658,47 - 40.788,85 2.270,35 48.774,28 98.998,53 - 74.683,77 36.916,32 74.683,77 37.767,45 37.767,45 -74.683,77 - 40.788,85 2.270,35 48.774,28 98.998,53 153.240,71 - 40.788,85 2.270,35 48.774,28 98.998,53 153.240,71 37.767,45 - 40.788,85 2.270,35 48.774,28 98.998,53 153.240,71 -74.683,77 42.014,46 - 10.790,70 19.051,49 47.573,22 74.832,93 100.886,45 -74.683,77 36.916,32 39.869,63 43.059,20 46.503,93 50.224,25 54.242,19 -74.683,77 32.669,31 31.223,77 29.842,18 28.521,73 27.259,71 26.053,53 100.886,45 TIR 50,75% Fonte: Dados conforme pesquisa O quadro 15 demonstra que a estimativa de saldo inicial é de R$ 74.683,77. No decorrer do ano estima-se que a empresa obtenha recebimentos de vendas a vista e a prazo o montante de R$ 249.600,00 no 1º ano, R$ 269.568,00 no 2º ano, R$ 291.133,44 no 3º ano, R$ 314.424,12 no 4º ano, R$ 339.578,04 no 5º ano e R$ 366.744,29 no 6º ano. Em relação às saídas de caixa, estima-se que no 1º ano totalizem R$ 212.683,68, 2º ano R$ 229.698,37, 3º ano R$ 248.074,24, 4º ano R$ 267.920,18, 5º ano R$ 289.353,80, 6º ano R$ 312.502,10. Subtraindo o total de entradas do total de saídas chegamos ao saldo final de caixa, o qual já é positivo no primeiro ano com um valor de R$ 37.767,45, com isso, constata-se que o empreendimento recupera o capital investido sem considerar o custo de capital, no primeiro ano de atividade. Sabe-se que a TMA refere-se a taxa mínima desejada de remuneração do capital investido pelo empreendedor, neste sentido para trazer a valor presente os Fluxos de Caixa utilizou-se uma TMA de 13% a.a. a recuperação também ocorre no primeiro ano de atividade com um caixa positivo de R$ 100.886,45, como observado no quadro 15. 55 4.3.2 Método Payback Simples O Payback é o espaço de tempo entre o início do projeto e o momento em que o fluxo de caixa acumulado torna-se positivo, ou seja, é o período de recuperação do investimento inicial. Para determinação do período de Payback Simples, foram elencados os fluxos de caixas gerados ano a ano, o saldo inicial e final de cada período, sem considerar no cálculo o custo do dinheiro no tempo, de modo que a recuperação do investimento de R$ 74.683,77, necessário para o início das atividades da empresa ocorra já no segundo ano de atividade do empreendimento, conforme demonstra o quadro abaixo: Quadro 16: Payback Simples PAYBACK SIMPLES Payback Simples R$ Ano Fluxo de Caixa gerado R$ 0 -74.683,77 1 36.916,32 2 39.869,63 3 43.059,20 4 46.503,93 5 50.224,25 6 54.242,19 Fonte: Dados conforme pesquisa -37.767,45 2.102,18 45.161,37 91.665,30 141.889,55 196.131,73 Para facilitar o entendimento da recuperação do capital no decorrer do tempo, através do método Payback Simples, apresenta-se o gráfico na figura 3. 250000 200000 150000 Payback simples R$ 100000 Ano 50000 0 1 2 3 -50000 Figura 3: Payback Simples Fonte: Dados conforme pesquisa 4 5 6 7 56 4.3.3 Método Payback Descontado Ao contrário do método Payback Simples que mede o prazo necessário para a recuperação do investimento realizado, o método Payback descontado informa quando se dará a recuperação do capital inicial investido considerando o custo do dinheiro no tempo, ou seja, uma Taxa Mínima de Atratividade, que neste caso é de 13% ao ano. Com esse propósito, o método apresenta, nos primeiros anos, valores negativos, no entanto, no terceiro ano o valor passa a ser positivo no valor de R$ 19.051,49 como mostra o quadro 15. Quadro 17: Payback Descontado PAYBACK DESCONTADO Ano Fluxo de caixa gerado R$ Valor Presente FC R$ Payback descontado R$ 0 -74.683,77 -74.683,77 1 36.916,32 32.669,31 -42.014,46 2 39.869,63 31.223,77 -10.790,70 3 43.059,20 29.842,18 19.051,49 4 46.503,93 28.521,73 47.573,22 5 50.224,25 27.259,71 74.832,93 6 54.242,19 Fonte: Dados conforme pesquisa 26.053,53 100.886,45 Na sequência, a figura 04 demonstra através de um gráfico a recuperação do capital inicial considerando o custo do investimento no tempo. 120000 100000 80000 60000 40000 Ano 20000 Payback descontado R$ 0 -20000 1 2 3 -40000 -60000 Figura 4: Payback Descontado Fonte: Dados conforme pesquisa 4 5 6 7 57 Desta forma percebe-se que o empreendimento gerará rendimentos suficientes para pagar o custo do investimento inicial, e que a recuperação ocorrerá em um período de tempo aceitável, demonstrando a viabilidade e atratividade do negócio. 4.3.4 Taxa Média de Atratividade – TMA A Taxa Média de Atratividade é determinada por outras oportunidades existentes no mercado no qual o investidor poderia aplicar seu capital ao invés de investir na atividade em estudo. Neste estudo foi considerada TMA de 13% ao ano, considerando a inflação em torno de 7% ao ano, mais a remuneração da poupança que ocorre em torno de 6% a.a. Considerando a taxa de 13% ao ano, demonstra-se um saldo anual de caixa positivo já no segundo ano no valor de R$ 32.669,31. 4.3.5 Valor Presente Líquido – VPL Com relação ao Valor presente líquido (VPL), cabe salientar que sempre que for positivo (maior que o investimento), significa que o empreendimento terá retorno acima do custo de oportunidade da empresa (TMA). Consiste em converter o valor dos investimentos e do fluxo de caixa em valores equivalentes à data atual, através da TMA. O VPL do empreendimento em estudo está demonstrado no quadro 18. Quadro 18: Valor Presente Líquido VALOR PRESENTE LÍQUIDO Ano TMA Fluxo de caixa (R$) Fluxo de caixa descontado R$ 0 13% -74.683,77 -74.683,77 1 13% 36.916,32 32.669,31 2 13% 39.869,63 31.223,77 3 13% 43.059,20 29.842,18 4 13% 46.503,93 28.521,73 5 13% 50.224,25 27.259,71 6 13% 54.242,19 26.053,53 Fluxo de Caixa Acumulado (VPL) Fonte: Dados conforme pesquisa 100.886,45 58 Assim conforme mostra o quadro16, no sexto ano de atividade a empresa terá gerado um fluxo de caixa descontado acumulado de R$ 100.886,45, ou seja, superior ao valor do investimento inicial, ficando claro a atratividade do negócio, mesmo com uma alta Taxa Mínima de Atratividade de 13% ao ano. 4.3.6 Taxa Interna de Retorno – TIR A Taxa Interna de Retorno (TIR) está relacionada com o Valor Presente Líquido, representando a taxa efetiva de juros que iguala o VPL de um determinado projeto à zero. No quadro 19, pode-se observar na primeira coluna o período da análise, na segunda a taxa efetiva de 50,75%, ou seja, a TIR deste empreendimento. Na terceira coluna apresenta-se os valores de fluxos de caixa gerados pelo empreendimento e na quarta coluna informa-se o valor dos fluxos de caixa trazidos a valor presente com uma taxa de 50,75%, considerando o custo do dinheiro no tempo, gerando um VPL nulo, igual a zero. Quadro 19: Taxa Interna de Retorno (TIR) TAXA INTERNA DE RETORNO Tempo TIR Fluxo de Caixa (R$) VPL (R$) 0 50,75% -74.683,77 -74.683,77 1 50,75% 36.916,32 24.489,13 2 50,75% 39.869,63 17.544,94 3 50,75% 43.059,20 12.569,87 4 50,75% 46.503,93 9.005,53 5 50,75% 50.224,25 6.451,91 6 50,75% 54.242,19 4.622,39 Total de Fluxos Descontados 74.683,77 Total do Investimento Inicial -74.683,77 Valor Presente Líquido Fonte: Dados conforme pesquisa 0,00 Sendo assim, fica claro que o rendimento do empreendimento paga o investimento inicial quando considerado o VPL nos seis primeiros anos de atividade, de modo que se estima que a TIR seja de 50,75% ao ano, sendo bem superior a TMA de 13% ao ano, comprovando assim, que a estimativa de retorno do investimento é superior ao retorno mínimo esperado pelos sócios. 59 4.4 VIABILIDADE CONTÁBIL Neste tópico evidencia-se o resultado contábil do exercício do empreendimento e a sua distribuição no período que compreende os seis anos de análise. 4.4.1 Demonstrativo do Resultado do Exercício – DRE A projeção de demonstração do resultado foi elaborada considerando os itens usados no fluxo de caixa, ou seja, todas as informações trabalhadas até o momento. Os custos variáveis e despesas operacionais são de acordo com os quadros citados anteriormente. Também é importante lembrar que ao contrário do Fluxo de Caixa, as despesas com depreciação são utilizadas para apuração do resultado. Os valores que compõem a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) são regidos pelo princípio de competência, o qual reconhece as receitas, custos e despesas no período em que ocorreram. As receitas com vendas são recebidas sob duas formas, à vista e a prazo. Quadro 20: Demonstrativo do Resultado do Exercício – DRE DRE - DEMOSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ANOS Discriminação 1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA Receita de vendas à vista e à prazo 2. DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA SIMPLES 3. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 1 2 3 4 5 6 Média 249.600,00 269.568,00 291.133,44 314.424,12 339.578,04 366.744,29 305.174,65 249.600,00 269.568,00 291.133,44 314.424,12 339.578,04 366.744,29 305.174,65 13.653,12 14.745,37 15.925,00 17.199,00 18.574,92 25.085,31 17.530,45 13.653,12 14.745,37 15.925,00 17.199,00 18.574,92 25.085,31 17.530,45 235.946,88 254.822,63 275.208,44 297.225,12 321.003,13 341.658,98 287.644,20 4. CUSTOS DE MERCADORIAS VENDIDAS 156.816,00 169.361,28 182.910,18 197.543,00 213.346,44 230.414,15 191.731,84 Custos de Mercadorias Vendidas 156.816,00 169.361,28 182.910,18 197.543,00 213.346,44 230.414,15 191.731,84 5. LUCRO OPERACIONAL BRUTO 79.130,88 85.461,35 92.298,26 99.682,12 107.656,69 111.244,83 95.912,35 6. DESPESAS Luz Telefone 45.111,16 48.488,32 52.135,66 56.074,79 60.329,04 68.798,02 55.156,17 960,00 1.036,80 1.119,74 1.209,32 1.306,07 1.410,55 1.173,75 1.200,00 1.296,00 1.399,68 1.511,65 1.632,59 1.763,19 1.467,19 60 Internet 708,00 764,64 825,81 891,88 963,23 1.040,28 865,64 1.800,00 1.944,00 2.099,52 2.267,48 2.448,88 2.644,79 2.200,78 Despesas Bancárias 226,56 244,68 264,26 285,40 308,23 332,89 277,00 Material de expediente 840,00 907,20 979,78 1.058,16 1.142,81 1.234,24 1.027,03 Material de escritório Material de higiene e limpeza 240,00 259,20 279,94 302,33 326,52 352,64 293,44 240,00 259,20 279,94 302,33 326,52 352,64 293,44 36.000,00 38.880,00 41.990,40 45.349,63 48.977,60 52.895,81 44.015,57 2.896,60 2.896,60 2.896,60 2.896,60 2.896,60 6.770,98 3.542,33 34.019,72 36.973,03 40.162,60 43.607,33 47.327,65 42.446,81 40.756,19 34.019,72 36.973,03 40.162,60 43.607,33 47.327,65 42.446,81 40.756,19 Honorários Contábeis Retirada de Pró-labore Depreciação 7. RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 8. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Fonte: Dados conforme pesquisa Na Demonstração do Resultado do Exercício, apresentada no quadro 20, observa-se inicialmente a Receita Operacional Bruta obtida a partir da venda dos produtos. Em seguida são apresentadas as deduções desta receita, ou seja, os impostos incidentes sobre a venda num sistema único de arrecadação, o Simples Nacional. Depois das deduções dos impostos tem-se os custos variáveis para alcançar o Lucro Operacional Bruto. A partir do Lucro Operacional Bruto calcula-se o Lucro Operacional Líquido através da subtração das despesas operacionais e depreciação. Assim chega-se ao Resultado Líquido do Exercício, que foi positivo em todos os anos projetados. Da mesma forma, apresenta-se uma lucratividade positiva em todos os anos, com uma média de 14,23% nos seis anos de estudo. A seguir no quadro 21 a demonstração de resultado resumido dos seis anos com as análises de retorno dos investimentos, o qual apresenta seis anos de análise, percebe-se que o mesmo apresenta resultado positivo a partir do primeiro ano, com uma lucratividade média de 14,23%. Em relação ao retorno médio de investimento, representado pela relação do Lucro líquido pelo capital investido, apresenta-se uma média de 54,57%. 61 Quadro 21: Demonstrativo do Resultado do Exercício Resumido – DRE DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO RESUMIDO ANOS 0 Descrição 1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA Receita vendas à vista e à prazo 2. DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA 2 3 4 5 6 Média 249.600,00 269.568,00 291.133,44 314.424,12 339.578,04 366.744,29 305.174,65 249.600,00 269.568,00 291.133,44 314.424,12 339.578,04 366.744,29 305.174,65 SIMPLES 3. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 13.653,12 14.745,37 15.925,00 17.199,00 18.574,92 25.085,31 17.530,45 13.653,12 14.745,37 15.925,00 17.199,00 18.574,92 25.085,31 17.530,45 235.946,88 254.822,63 275.208,44 297.225,12 321.003,13 341.658,98 287.644,20 4. CUSTOS DE MERCADORIAS VENDIDAS Custos de Mercadorias Vendidas 5. LUCRO OPERACIONAL BRUTO 156.816,00 169.361,28 182.910,18 197.543,00 213.346,44 230.414,15 191.731,84 156.816,00 169.361,28 182.910,18 197.543,00 213.346,44 230.414,15 191.731,84 6. DESPESAS 7. RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 8. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO LUCRATIVIDADE Retorno do investimento no período Retorno do investimento acumulado Tempo de retorno do capital investido 1 79.130,88 85.461,35 92.298,26 99.682,12 107.656,69 111.244,83 95.912,35 45.111,16 48.488,32 52.135,66 56.074,79 60.329,04 68.798,02 55.156,17 34.019,72 36.973,03 40.162,60 43.607,33 47.327,65 42.446,81 40.756,19 34.019,72 36.973,03 40.162,60 43.607,33 47.327,65 42.446,81 40.756,19 14,42% 14,51% 14,59% 14,67% 14,74% 12,42% 14,23% 45,55% 49,51% 53,78% 58,39% 63,37% 56,84% 54,57% 45,55% 95,06% 148,83% 207,22% 270,59% 327,43% 182,45% 1,83 Fonte: Dados conforme pesquisa O retorno do investimento acumulado apresenta uma média de 182,45%. Desta forma, estabelece-se um tempo de retorno contábil do capital investido, onde divide-se o percentual investido que representa 100% pela rentabilidade média que é de 54,57%, obtém assim o tempo que é de 1,83 anos, ou seja, um ano e nove meses. 4.5 ANÁLISE ECONÔMICA FINANCEIRA Assim, através de todas as análises realizadas neste estudo percebe-se a viabilidade do empreendimento. Iniciando pelo fluxo de caixa, observa-se que a partir do terceiro ano o caixa passa a ser positivo. Partindo para a análise do Valor Presente Líquido (VPL) dos fluxos de caixa aplicados a uma Taxa Mínima de Atratividade (TMA) de 13% ao ano, é possível verificar que o empreendimento gera 62 um excedente de R$ 100.886,45 (cem mil, oitocentos e oitenta e seis reais e quarenta e cinco centavos). Isso significa que o investimento no período de análise de 06 (seis) anos consegue retornar o capital investido, devidamente remunerado a uma TMA estipulada pelos investidores e ainda gerar um ganho. A Taxa Interna de Retorno (TIR) que anula o VPL ou iguala o valor atual líquido dos fluxos de caixa a zero e que representa a rentabilidade gerada pelo investimento é de 50,75% ao ano. Para o investidor, qualquer valor de retorno do investimento igual ou superior a TMA, lhe trará um resultado satisfatório. Sendo assim, se no presente estudo de caso a taxa de retorno do investimento (TIR) pelos investidores fosse acima de 13%, que é a TMA, este deve ser aceito. Analisando os cálculos do Payback Simples (PBS) e Descontado (PBD), observa-se que o investimento pode ser recuperado no período estudado. Nos cálculos do PBS e PBD a recuperação do valor do investimento inicial é dada no 2º (segundo) ano e 3º (terceiro) ano, respectivamente. É importante ressaltar que no PBS o tempo necessário para recuperar o valor inicial do projeto não contempla a atualização dos fluxos de caixa e o PBD considera o valor temporal do dinheiro nos fluxos de caixa. Analisando a DRE - Demonstração do Resultado do Exercício é possível perceber que a partir do 1º ano o resultado já é positivo e cada ano que passa, de forma gradual, vem aumentando seu valor. As receitas, os custos e as despesas operacionais aumentaram nas proporções estabelecidas pelos investidores. Em relação à lucratividade do empreendimento, apresentou uma média de 14,23% e quanto a rentabilidade uma média de 54,57%. Ainda é importante lembrar que o tempo de retorno do capital investido foi de 1,83 anos, estando dentro do prazo de expectativa dos investidores. De forma geral, é possível apontar com base nos cálculos do VPL, da TIR, do Payback, do Fluxo de Caixa e da DRE com seus indicadores de lucratividade, rentabilidade e tempo de retorno contábil, que o investimento é viável e deve ser aceito dentro das condições analisadas neste estudo. 63 CONCLUSÃO Considerando que o mercado consumidor mudou de forma significativa nos últimos anos, principalmente no que se refere à nova classe média brasileira, com maior poder de compra, a qual tem tido acesso a bens e serviços que anteriormente eram restritos às classes A e B, é notável dizer que as pessoas estão consumindo o que antes não tinham acesso, buscando além de bom atendimento e preço justo, algo diferenciado. É neste novo contexto que o empreendimento proposto neste estudo se insere, oferecendo móveis que contemplam vários ambientes. O aumento da construção civil tem ajudado a impulsionar esta procura, já que os novos proprietários estão cada vez mais ansiosos por incrementar os ambientes, seja do novo lar, escritório ou área de lazer. Não só os novos proprietários, como também aqueles que desejam remodelar os espaços onde vivem ou trabalham. A elaboração do presente estudo deu evidência à utilização da análise de viabilidade econômica e financeira como ferramenta importante e indispensável num momento posterior à tomada de decisão de implantar o empreendimento, pois contempla o total a ser investido, prevendo dificuldades de tesouraria e apresentando a rentabilidade do negócio. O estudo de viabilidade projeta para um período de seis anos todo o comportamento do negócio, incluindo a fase pré-operacional, com todos os investimentos pré-operacionais necessários a implantação do mesmo até o detalhamento da projeção anual do resultado. Cabe salientar, que o planejamento do empreendimento foi elaborado dentro de um cenário provável, baseado nos dados obtidos nas pesquisas e entrevistas realizadas durante o estudo. Destaca-se que os objetivos deste estudo foram alcançados ao longo do capitulo quatro, visando responder a questão de pesquisa ora proposta. Utilizandose das técnicas de análise de investimentos citadas no estudo, comprovou-se a viabilidade do investimento neste novo empreendimento, que apresentou bons indicadores de desempenho econômico e de rentabilidade sobre o capital investido. O estudo realizado contribuirá para auxiliar os investidores no acompanhamento das atividades operacionais e também proporcionará ao gestor um relatório confiável das 64 operações de entradas e saídas de recursos financeiros da empresa, permitindo com a devida antecedência, tomar decisões para enfrentar a escassez ou o excesso de recursos. Após a conclusão deste estudo pode-se afirmar com base nos dados usados neste estudo que o projeto de implantação de empreendimento na área de comércio de móveis, é viável econômica, contábil e financeiramente, o que foi comprovado ao longo do capítulo quatro deste trabalho de conclusão de curso, onde os métodos de avaliações aplicados obtiveram resultados positivos. Desta forma, pode-se concluir que o estudo proporcionou embasamento suficiente para definir o quão importante é a contabilidade gerencial, já que forneceu informações para o empreendedor então planejar, coordenar e acompanhar a implantação e o desenvolvimento do empreendimento, auxiliando-o a definir estratégias a fim de enfrentar a competitividade, bem como as tendências de mercado. 65 REFERÊNCIAS BASSO, Irani Paulo. Contabilidade geral básica. 4 ed. Ijuí: Unijuí, 2011. BERTÓ, José Dalvio; BEULKE, Rolando. Gestão de custos. São Paulo: Saraiva, 2006. BEUREN, Ilse Maria, organizadora e colaboradora; Colaboradores André Andrade Longaray, Fabiano Maury Raupp, Marco Aurélio Batista de Sousa, Romualdo Douglas Colauto, Rosimere Alves de Bona Porton. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. 3 ed. 5 reimpr. São Paulo: Atlas, 2010. BORNIA, Cezar Antonio. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. Porto Alegre: Bookman, 2002. BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 2010. BUENO, Rodrigo de Losso da Silveira; RANGEL, Armênio de Souza; SANTOS, José Carlos de Souza. Matemática financeira moderna. São Paulo: Cengage Learning, 2011. BRIZOLLA, Maria Margarete Baccin. Contabilidade gerencial. Ijuí: Ed Unijuí, 2008. (Coleção educação à distância. Série livro texto). CASAROTTO FILHO, Nelson; KOPITTKE, Bruno Hartmut. Análise de investimentos: matemática financeira, engenharia econômica, tomada de decisão, estratégia empresarial. 7 ed. 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Acessado em 03/07/2012. 68 ANEXOS Anexo A – Tabela do Simples Nacional Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% Fonte: Lei complementar nº 139/2011 Anexo I 69 ANEXO B – Imagem poltrona ANEXO C – Imagem cadeira 70 ANEXO D – Imagem banqueta ANEXO E – Imagem mesa