Cat. 95 Nome científico Família Nome vulgar Espécime Dimensão Origem Abrus precatorius L. Fabaceae Jequiriti, Tento, Fruta-de-conta, Fruta-conteira Sementes 6 x 5 x 5 mm Índia oriental Scientific name Family Common name Specimen Dimension Origin Abrus precatorius L. Fabaceae Jequirity bean, also called rosary pea, or Indian liquorice Seeds 6 x 5 x 5 mm Eastern India 252 Abrus precatorius L. Trata-se de uma planta tropical, trepadora, de folhas alternas, compostas, com flores numerosas vermelho-pálidas e vagens alongadas, tendo cada uma 4 ou 5 sementes esféricas, lisas, duras, vermelho-brilhantes com uma pequena mancha negra. Encontra-se em florestas tropicais, em geral a baixa altitude. Nas regiões temperadas é por vezes usada em jardins, como planta ornamental. O nome vulgar “Jequiriti” é a versão portuguesa do vocábulo “jekiriti”, que em Tupi-Guarani significa vagem da sorte. É uma das plantas utilizadas na medicina indiana e, tal como o Alcaçuz, a raiz contém glicirrizina, uma substância edulcurante 50 vezes mais doce que o açúcar comum. Contém também compostos tóxicos, eméticos, que levam a que o seu uso seja evitado. As folhas, muito doces, são mastigadas para acalmar tosses secas e gargantas inflamadas. Parece serem eficazes em problemas de asma, doenças intestinais e cardíacas e hemorragias. Uma pasta feita com as sementes trituradas é empregada contra a dor ciática, alopécia e outras afecções nervosas. As sementes devem ser manuseadas com cuidado, e só por especialistas experi mentados, por serem extremamente venenosas quando a sua capa externa é removida. Uma só semen- 253 te pode ser fatal. As sementes de A. precatorius são tradicionalmente utilizadas na Índia para pesar pedras preciosas (1 semente = 1,75 g = 1 carat). O famoso diamante Kohinoor terá sido pesado desta maneira. Na América do Sul e Caraíbas as crianças usam colares de sementes como protecção contra doenças. Extremamente atractivas, o seu uso para a confecção de contas de rosários e colares foi muito vulgarizado. Daí a origem do seu nome científico a palavra grega abrus significa “delicado”, numa alusão aos seus folíolos, e a palavra latina precatorius quer dizer “aquele que reza”, referindo-se à sua utilização em contas de rezar ou terços. Existe um exemplar desta espécie no Jardim Botânico. This is a tropical climber, with alternate compound leaves, numerous pale red flowers and long pods each bearing 4 or 5 smooth. round, hard, bright red seeds baring a small black spot. It is found in tropical forests, generally at low altitudes. In temperate regions it is sometimes used in gardens as an ornamental. The common name, Jequirity, is a rendering of “jekiritt”, the Tupi-Guarani word for lucky-pod. It is one of the plants used in Indian medicine and, like the liquorice plant, the root contains gliciride, a sweetener 50 times sweeter than common sugar. It also contains toxic, emetic compounds that lead to its use being avoided. The very sweet leaves are chewed to soothe dry coughs and sore throats. They seem to be effective in problems involving asthma, intestinal sickness and cardiac and haemorrhagic illnesses. A paste made from the crushed seeds is used for sciatic pains, alopecia and other nervous disorders. The seeds should be handled with care, and only by experienced specialists since they are extremely poisonous when their outer cover is removed. A single seed can be fatal. The seeds of A. precatorius are traditionally used in India to weigh precious stones (1 seed = 1.75 g = 1 carat). The famous Kohinoor diamond was weighed in this manner. In South America and the Caribbean children wear necklaces made of the seeds as protection against sickness. Extremely attractive, their use in making rosary beads is very widespread. This gave rise to its scientific name the Greek word abrus means “delicate”, an allusion to its folioles, and the Latin word precatorius means “he who prays”, referring to their use in rosaries. There is a specimen of this species in the Botanical Garden.