OTITE A otite média aguda é uma infecção no ouvido médio causada por um germe (bactéria). É muito comum nas crianças. O ouvido é dividido em 3 partes: externo, médio e interno. O ouvido médio é uma cavidade com ar localizada entre o tímpano e o ouvido interno. A tuba auditiva (trompa de Eustáquio), um canal de comunicação entre ouvido médio e nariz, tem a função de ventilação e limpeza. 1 2 Os principais sintomas são dor e diminuição da audição. A dor costuma ser severa. Outros sintomas podem estar presentes: febre, inquietude, perda de apetite e secreção no ouvido se houver ruptura timpânica (perfuração do ouvido); vômitos e diarréia podem ocorrer nas crianças pequenas. O diagnóstico é feito através da história e do exame otológico com otoscópio (aparelho específico para visualizar o ouvido) e/ou microscópio. Na otoscopia ou microscopia o médico verifica a coloração (timpano opaco e sem brilho) e situação da membrana timpânica, que costuma estar vermelha e abaulada na otite média aguda. 3 PNEUMONIA EM CRIANÇAS A pneumonia aguda é habitualmente uma doença infecciosa que afeta os pulmões, traduzida por uma consolidação dos alvéolos pulmonares ou infiltração do tecido intersticial por células inflamatórias. As pneumonias que afetam as crianças normais, no seu meio habitual, designadas pneumonias da comunidade são aquelas aqui abordadas, uma vez que os recém-nascidos, as crianças imunodeprimidas, com doenças crônicas ou internadas, constituem um grupo à parte, podendo ser infectadas por microorganismos diferentes. 4 CAUSAS Para além das causas infecciosas, existem outras pneumonias provocadas, por exemplo, por aspiração de alimentos ou corpos estranhos, reações de hipersensibilidade ou induzidas por drogas. Os vírus respiratórios são os principais agentes infecciosos (80 a 85%), sendo o vírus sincicial respiratório (VSR), o influenza, o parainfluenza e o adenovírus os mais vezes implicados. O Mycoplasma pneumoniae e bactérias selecionadas, com o pneumococo, o Staphilococos aureus e atualmente menos freqüente o Haemophilus influenza tipo b são outras causas comuns de pneumonia na criança. 5 Os quadros de bronquiolite predominam no 1º ano de vida, enquanto a pneumonia viral tem a máxima incidência entre os 2 e os 3 anos, reduzindo-se a partir de então de uma forma progressiva. Relativamente ao Mycoplasma, a maior incidência ocorre em crianças em idade escolar, sendo responsável por cerca de um terço das pneumonias entre os 5 e os 9 anos e por aproximadamente 70% das pneumonias entre os 9 e 15 anos. 6 DIAGNOSTICO Na pneumonias virais, muitas vezes existem familiares com sintomas respiratórios em casa e durante alguns dias, a criança apresenta pingo no nariz e tosse; entretanto surge febre, que não costuma ser muito elevada e sinais de dificuldade respiratória, mais ou menos intensos. Taquipnéia acima de 60 rpm em menores de 2 meses; acima de 50 rpm entre 2 meses e 1 ano; acima de 40rpm entre 2 e 4 anos. Tosse, dispnéia, esforço, tiragem, batimento de asa de nariz. Cianose; agitação e/ou prostração. 7 O quadro de pneumonia bacteriana é habitualmente mais súbito e exuberante, com febre elevada, tosse e dificuldade respiratória, continuando a ser o pneumococo o agente mais freqüente. O diagnóstico é feito pela clínica, com particular importância para a auscultação pulmonar, por radiografia pulmonar e por análises de sangue. 8 O RX de torax PA e perfil é o exame mais importante para confirmação de pneumonia Os casos graves são os de pneumonia hospitalar; pneumonia de aspiração. Complicações: Pneumotórax, abcessos pulmonares, atelectasias. Complicações pleurais empiema e pneumotórax devem ser drenados em selo d’agua Pequenos derrames podem aspirações por agulha ser tratados com 9 ASMA A asma brônquica é uma doença pulmonar freqüente e que está aumentando em todo o mundo. Esta doença se caracteriza pela inflamação crônica das vias aéreas, o que determina o seu estreitamento, causando dificuldade respiratória. Este estreitamento é reversível e pode ocorrer em decorrência da exposição a diferentes fatores desencadeantes ("gatilhos"). Esta obstrução à passagem de ar pode ser revertida espontaneamente ou com uso de medicações. 10 As pessoas asmáticas reagem demais e facilmente ao contato com qualquer "gatilho" (estímulo). Dentre estes, os mais comuns são: Alterações climáticas, o contato com a poeira doméstica, mofo, pólen, cheiros fortes, pêlos de animais, gripes ou resfriados, fumaça, ingestão de alguns alimentos ou medicamentos. 11 A mucosa brônquica, que é o revestimento interno das vias aéreas, está constantemente inflamada por causa da hiper-reatividade brônquica (sensibilidade aumentada dos brônquios). Nas crises de asma, esta hiper-reatividade brônquica aumenta ainda mais e determina o estreitamento das vias aéreas. Este fenômeno leva à tosse, chiado no peito e falta de ar. 12 Cerca de um terço de todos os asmáticos possui um familiar (pais, avós, irmãos ou filhos) com asma ou com outra doença alérgica. Alguns asmáticos têm como "gatilho" o exercício. Ao se exercitarem, entram numa crise asmática com tosse, chiado no peito (sibilância) ou encurtamento da respiração. 13 TRATAMENTO Broncodilatadores Todo asmático deverá utilizar um broncodilatador. É um medicamento, como o próprio nome diz, que dilata os brônquios (vias aéreas) quando o asmático está com falta de ar, chiado no peito ou crise de tosse. Antiinflamatórios Os corticóides inalatórios são, atualmente, a melhor conduta para combater a inflamação, sendo utilizados em quase todos os asmáticos(BECLOMETASONA, BUDESONIDA, FLUNISOLIDA). Só não são usados pelos pacientes com asma leve intermitente (que têm sintomas esporádicos). 14 Tanto os broncodilatadores quanto os antiinflamatórios podem ser usados de várias formas: por nebulização, nebulímetro ("spray" ou "bombinha"), comprimido, xarope 15 CRIANÇA TRAQUEOSTOMIZADA 16 POR QUE FAZER? A razão mais comum para a realização de uma traqueostomia é a obstrução das vias aéreas superiores, o que não permite a chegada do ar oxigenado aos pulmões. É uma maneira de restabelecer a passagem do ar e permitir uma respiração próxima da normal. A incisão é feita sobre a segunda, a terceira e a quarta cartilagens da traquéia. Logo a seguir, uma cânula de traqueostomia, com o diâmetro correto e munida do respectivo mandril, é introduzida com cuidado, observando-se sua curvatura. Após a retirada do mandril o paciente é ventilado com bolsa de ressuscitação (Ambu). Então, com o posicionamento correto confirmado, o tubo é fixado. 17 ASPIRAÇÃO DE TRAQUEOSTOMIA SINAIS DE NECESSIDADE DE ASPIRAÇÃO tosse freqüente e formação de bolhas de secreção no orifício da cânula traqueal; ansiedade, cansaço ou choro demasiados; sinais de respiração desconfortável, com esforço batimento de asa de nariz, tiragens, intercostal ou diafragmática; boca, lábios e ponta dos dedos pálidos, azuis ou roxos (palidez/cianose); dificuldade para comer (inapetência); dificuldade para tossir e/ou eliminar secreções. 18 TROCA DA FIXAÇÃO É importante manter a área em volta do orifício limpa para prevenir infecções. Então, deve-se trocar a fixação todos os dias ou sempre que estiver molhada ou suja. Durante a troca da fixação, uma pessoa deve segurar o tubo no lugar enquanto outra remove a fixação antiga e coloca uma nova. NUNCA amarre a fixação da traqueostomia com um nó. A fixação deve ser amarrada com um laço, o que facilitará a sua retirada. 19 20 Você saberá se a fixação foi bem colocada se couber exatamente o seu dedo indicador entre a fixação e o pescoço. 21 DRENO DE TÓRAX INSERÇÃO DO DRENO INSTALAÇÃO DO SISTEMA (ASPIRAÇÃO CONTINUA) TROCA DO COLETOR DE DRENAGEM RETIRADA DO DRENO DE DRENAGEM 22