Capítulo II - Escola 24 Horas

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Professor(a)
O material desta seção pretende atender suas necessidades diárias e práticas da sala de aula.
Ao selecionar o material, considere o Projeto Pedagógico de sua escola.
Corte, recorte, monte, copie, cole... Enfim, adapte-o à sua realidade!
COMPLEMENTO NOMINAL
Como diz a própria palavra, o complemento nominal é o termo que complementa ou completa o
sentido de um nome – um substantivo (cognato de verbo), um advérbio ou um adjetivo.
– No caso do advérbio e do adjetivo, não há dúvida, o termo que a eles se liga por preposição é,
SEMPRE, complemento nominal. Ofensivo à honra, prejudicial à saúde, útil à coletividade,
desfavoravelmente a nós.
Obs.: É preciso ter cuidado para não confundir o adjunto adnominal com o complemento nominal. O
adjunto adnominal será sempre um substantivo concreto, ao passo que o complemento nominal, um
substantivo abstrato (cognato de um verbo, como dito antes). A invasão da cidade, a certeza da vitória.
Exemplos:
– A invenção de palavras caracteriza o estilo de Guimarães Rosa.
Complemento nominal – o complemento nominal guarda uma idéia de transitividade. Na oração
acima, podemos transformar o substantivo em verbo e fazer a seguinte pergunta: Inventar o quê? A
resposta é: palavras, que é o objeto, o paciente da ação contida no substantivo.
Obs.: tais complementos nominais designam a pessoa ou coisa “como objeto da ação ou sentimento
que o substantivo ou adjetivo significa”: temor do perigo, amor da pátria, execução de uma ordem,
cobiçoso de honras (que significa a temer o perigo, amor a pátria).
– A invenção de Santos Dumont abriu caminho à era interplanetária.
Adjunto adnominal – Já aqui não há a idéia de transitividade que encontramos no complemento
nominal. Santos Dumont não é o objeto ou o paciente da ação de inventar, mas o seu agente. Sempre
que o termo seguido da preposição trouxer a idéia de agente da ação teremos um adjunto adnominal.
– A plantação de cana enriqueceu a economia do país.
Complemento nominal – plantação = substantivo abstrato, o ato de plantar. Pergunta: plantar o quê?
Cana, mas a cana não planta, alguém planta a cana. Logo, a cana é o paciente da ação de plantar.
Por isso, temos nesta oração um complemento nominal.
– Em poucas horas, o fogo destruiu toda a plantação de cana.
Adjunto adnominal – é importante percebermos a situação em que se insere uma palavra. O fogo
destruiu o que estava plantado, portanto a plantação é substantivo concreto, diferente do exemplo
anterior. O que justifica o adjunto adnominal.
Por que não podemos confundir o Complemento Nominal com o Objeto Indireto?
A resposta é clara. O complemento nominal, como já foi dito, completa o sentido de um nome. Já o
objeto indireto é um complemento verbal introduzido por preposição necessária. Se o complemento
nominal completa o sentido do nome, o complemento verbal completa o sentido do verbo. Por isso, não
podemos confundir.
Ex:
– Eu preciso de você.
Objeto Indireto – neste caso, devemos fazer a pergunta ao verbo. Preciso de quê? De você. Logo de
você completa o sentido do verbo. Diferente de todos os exemplos que vimos acima.
Exercícios:
Texto:
“(...)
Eu sonho.
Com uma linguagem composta unicamente
De adjetivos.
Como decerto é a linguagem das plantas e
Dos animais.
Ainda mais:
Eu sonho com um poema
Cujas palavras sumarentas escorram
Como a polpa de um fruto maduro em
Tua boca,
Um poema que te mate de amor
Antes mesmo que saibas o misterioso
Sentido:
Basta provares o seu gosto...”
(Mário Quintana)
1- Indique a função sintática exercida pelos termos em destaque no texto acima:
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Iracema
Capítulo II
“Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da
graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como
seu hálito perfumado.”
2- Os termos grifados exercem a mesma função sintática. Que função exercem?
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3- Que função sintática desempenha os termos grifados?
a) O Brasil anseia a convocação do craque Romário.
b) “Desejar ser cool é o beijo da morte.” (SM)
c) “Os adjetivos são necessários à poesia.” (MQ)
d) Tudo foi somente um abandono de princípios morais.
e) O Modernismo foi o criador de um estado de espírito revolucionário.
f) As convocações de Felipão tem procurado revolta na torcida brasileira.
4- Na charge, que função sintática desempenha os termos sublinhados? Justifique sua resposta.
(Extra, 23.6.2001)
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6- UERJ – 1998
“Quando tua alma ardente abria seus vôos para pairar sobre a vida cheia de amor, que vento de morte
murchou-te na fronte a coroa das ilusões, apagou-te no coração o fanal do sentimento, e despiu-te das
asas da poesia?”
Transcreva da frase acima o termo que o pronome possessivo “seus” retoma. Explique, em uma frase
completa, a relação sintática entre “seus” e “vôos”.
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Professor trabalhe com seus alunos os seguintes pontos fundamentais:
1º - Mostre aos alunos a idéia de TRANSITIVIDADE que há no Complemento Nominal;
2º - Explique o porquê de não podermos confundir o Complemento Nominal com o Objeto Indireto.
3º - Estabeleça a diferença entre o Complemento Nominal e o Adjunto Adnominal.
4º - Crie exercícios para que seus alunos façam a identificação do Complemento Nominal. Você
poderia lhes sugerir que procurassem exemplos de Complemento Nominal, Objeto Indireto e Adjunto
Adnominal nas charges dos jornais e, depois, justificassem as classificações que fizeram em cada
charge.
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