Professor(a) O material desta seção pretende atender suas necessidades diárias e práticas da sala de aula. Ao selecionar o material, considere o Projeto Pedagógico de sua escola. Corte, recorte, monte, copie, cole... Enfim, adapte-o à sua realidade! COMPLEMENTO NOMINAL Como diz a própria palavra, o complemento nominal é o termo que complementa ou completa o sentido de um nome – um substantivo (cognato de verbo), um advérbio ou um adjetivo. – No caso do advérbio e do adjetivo, não há dúvida, o termo que a eles se liga por preposição é, SEMPRE, complemento nominal. Ofensivo à honra, prejudicial à saúde, útil à coletividade, desfavoravelmente a nós. Obs.: É preciso ter cuidado para não confundir o adjunto adnominal com o complemento nominal. O adjunto adnominal será sempre um substantivo concreto, ao passo que o complemento nominal, um substantivo abstrato (cognato de um verbo, como dito antes). A invasão da cidade, a certeza da vitória. Exemplos: – A invenção de palavras caracteriza o estilo de Guimarães Rosa. Complemento nominal – o complemento nominal guarda uma idéia de transitividade. Na oração acima, podemos transformar o substantivo em verbo e fazer a seguinte pergunta: Inventar o quê? A resposta é: palavras, que é o objeto, o paciente da ação contida no substantivo. Obs.: tais complementos nominais designam a pessoa ou coisa “como objeto da ação ou sentimento que o substantivo ou adjetivo significa”: temor do perigo, amor da pátria, execução de uma ordem, cobiçoso de honras (que significa a temer o perigo, amor a pátria). – A invenção de Santos Dumont abriu caminho à era interplanetária. Adjunto adnominal – Já aqui não há a idéia de transitividade que encontramos no complemento nominal. Santos Dumont não é o objeto ou o paciente da ação de inventar, mas o seu agente. Sempre que o termo seguido da preposição trouxer a idéia de agente da ação teremos um adjunto adnominal. – A plantação de cana enriqueceu a economia do país. Complemento nominal – plantação = substantivo abstrato, o ato de plantar. Pergunta: plantar o quê? Cana, mas a cana não planta, alguém planta a cana. Logo, a cana é o paciente da ação de plantar. Por isso, temos nesta oração um complemento nominal. – Em poucas horas, o fogo destruiu toda a plantação de cana. Adjunto adnominal – é importante percebermos a situação em que se insere uma palavra. O fogo destruiu o que estava plantado, portanto a plantação é substantivo concreto, diferente do exemplo anterior. O que justifica o adjunto adnominal. Por que não podemos confundir o Complemento Nominal com o Objeto Indireto? A resposta é clara. O complemento nominal, como já foi dito, completa o sentido de um nome. Já o objeto indireto é um complemento verbal introduzido por preposição necessária. Se o complemento nominal completa o sentido do nome, o complemento verbal completa o sentido do verbo. Por isso, não podemos confundir. Ex: – Eu preciso de você. Objeto Indireto – neste caso, devemos fazer a pergunta ao verbo. Preciso de quê? De você. Logo de você completa o sentido do verbo. Diferente de todos os exemplos que vimos acima. Exercícios: Texto: “(...) Eu sonho. Com uma linguagem composta unicamente De adjetivos. Como decerto é a linguagem das plantas e Dos animais. Ainda mais: Eu sonho com um poema Cujas palavras sumarentas escorram Como a polpa de um fruto maduro em Tua boca, Um poema que te mate de amor Antes mesmo que saibas o misterioso Sentido: Basta provares o seu gosto...” (Mário Quintana) 1- Indique a função sintática exercida pelos termos em destaque no texto acima: ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ Iracema Capítulo II “Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.” 2- Os termos grifados exercem a mesma função sintática. Que função exercem? ___________________________________________________________________________________ 3- Que função sintática desempenha os termos grifados? a) O Brasil anseia a convocação do craque Romário. b) “Desejar ser cool é o beijo da morte.” (SM) c) “Os adjetivos são necessários à poesia.” (MQ) d) Tudo foi somente um abandono de princípios morais. e) O Modernismo foi o criador de um estado de espírito revolucionário. f) As convocações de Felipão tem procurado revolta na torcida brasileira. 4- Na charge, que função sintática desempenha os termos sublinhados? Justifique sua resposta. (Extra, 23.6.2001) ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 6- UERJ – 1998 “Quando tua alma ardente abria seus vôos para pairar sobre a vida cheia de amor, que vento de morte murchou-te na fronte a coroa das ilusões, apagou-te no coração o fanal do sentimento, e despiu-te das asas da poesia?” Transcreva da frase acima o termo que o pronome possessivo “seus” retoma. Explique, em uma frase completa, a relação sintática entre “seus” e “vôos”. ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ Professor trabalhe com seus alunos os seguintes pontos fundamentais: 1º - Mostre aos alunos a idéia de TRANSITIVIDADE que há no Complemento Nominal; 2º - Explique o porquê de não podermos confundir o Complemento Nominal com o Objeto Indireto. 3º - Estabeleça a diferença entre o Complemento Nominal e o Adjunto Adnominal. 4º - Crie exercícios para que seus alunos façam a identificação do Complemento Nominal. Você poderia lhes sugerir que procurassem exemplos de Complemento Nominal, Objeto Indireto e Adjunto Adnominal nas charges dos jornais e, depois, justificassem as classificações que fizeram em cada charge.