06-53-27-slidesuportebasicodevida

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Suporte básico de
vida
Suporte básico de vida
O SUPORTE BÁSICO DE VIDA COMPREENDE O
ATENDIMENTO PRESTADO A UMA VÍTIMA DE MAL
SÚBITO OU TRAUMA, VISANDO À MANUTENÇÃO
DE SEUS SINAIS VITAIS E À PRESERVAÇÃO DA
VIDA, ALÉM DE EVITAR O AGRAVAMENTO DAS
LESÕES EXISTENTES, ATÉ QUE UMA EQUIPE
ESPECIALIZADA POSSA TRANSPORTÁ-LA AO
HOSPITAL E OFERECER UM TRATAMENTO
DEFINITIVO.
Suporte básico de vida
SÃO INÚMERAS AS SITUAÇÕES DE URGÊNCIAS E
EMERGÊNCIAS
QUE
NECESSITAM
DO
ATENDIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE
OU DE UM SOCORRISTA ESPECIALIZADO:
TRAUMATISMOS,
QUEIMADURAS,
DOENÇAS
CARDIOVASCULARES,
PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA, CRISE CONVULSIVA,
AFOGAMENTO, INTOXICAÇÕES ETC. PARA CADA
CASO ESPECÍFICO, O PROFISSIONAL DEVERÁ
ESTAR APTO A PRESTAR UM SOCORRO
ADEQUADO E DE QUALIDADE.
Segundo o Conselho Federal de Medicina
(Resolução CFM nº 1451/95), “define-se:
URGÊNCIA: “A OCORRÊNCIA IMPREVISTA DE
AGRAVO À SAÚDE COM OU SEM RISCO
POTENCIAL
DE
VIDA,
CUJO
PORTADOR
NECESSITA DE ASSISTÊNCIA MÉDICA IMEDIATA.”
EMERGÊNCIA:
É
ENTENDIDO
COMO
“A
CONSTATAÇÃO MÉDICA DE CONDIÇÕES DE
AGRAVO À SAÚDE QUE IMPLIQUEM EM RISCO
IMINENTE DE VIDA OU SOFRIMENTO INTENSO,
EXIGINDO, PORTANTO, TRATAMENTO MÉDICO
IMEDIATO.”
Atendimento pré-hospitalar (APH)
O APH TEM COMO OBJETIVOS ESPECÍFICOS
PRESERVAR
AS
CONDIÇÕES
VITAIS
E
TRANSPORTAR A VÍTIMA SEM CAUSAR TRAUMAS
IATROGÊNICOS DURANTE SUA ABORDAGEM,
COMO, POR EXEMPLO, DANOS OCORRIDOS
DURANTE
MANIPULAÇÃO
E
REMOÇÃO
INADEQUADA (DO INTERIOR DE FERRAGENS,
ESCOMBROS ETC.). O SOCORRISTA DEVE TER
COMO
PRINCÍPIO
BÁSICO
EVITAR
O
AGRAVAMENTO DAS LESÕES E PROCURAR
ESTABILIZAR AS FUNÇÕES VENTILATÓRIAS E
HEMODINÂMICAS DO PACIENTE.
Atendimento pré-hospitalar (APH)
UMA ATENÇÃO PRÉ-HOSPITALAR QUALIFICADA É
DE SUMA IMPORTÂNCIA PARA QUE A VÍTIMA
CHEGUE VIVA AO HOSPITAL. NOS LOCAIS ONDE
ESSE SISTEMA É INADEQUADO, A MORTALIDADE
HOSPITALAR POR TRAUMA, POR EXEMPLO, É
BAIXA, PORQUE OS PACIENTES GRAVES
MORREM NO LOCAL DO ACIDENTE, OU DURANTE
O TRANSPORTE.
O socorrista, ao decidir intervir em determinada
ocorrência no ambiente pré-hospitalar, deverá
seguir algumas regras básicas de atendimento:
1.AVALIAR CUIDADOSAMENTE O CENÁRIO
–QUAL A SITUAÇÃO? OBSERVAR, RECONHECER E
AVALIAR CUIDADOSAMENTE OS RISCOS QUE O
AMBIENTE OFERECE (PARA VOCÊ, SUA EQUIPE E
TERCEIROS – PACIENTE, FAMILIARES, TESTEMUNHAS,
CURIOSOS), QUAL O NÚMERO DE VÍTIMAS ENVOLVIDAS,
GRAVIDADE ETC.
–COMO A SITUAÇÃO PODE EVOLUIR? TENHA SEMPRE EM MENTE
QUE O AMBIENTE PRÉ-HOSPITALAR NUNCA ESTÁ 100% SEGURO
E UMA SITUAÇÃO APARENTEMENTE CONTROLADA PODE
TORNAR-SE INSTÁVEL E PERIGOSA A QUALQUER MOMENTO.
PORTANTO, A SEGURANÇA DEVERÁ SER REAVALIADA
CONSTANTEMENTE! IDENTIFIQUE AS AMEAÇAS AO SEU REDOR,
TAIS COMO RISCOS DE ATROPELAMENTO, COLISÃO, EXPLOSÃO,
DESABAMENTOS, ELETROCUSSÃO, AGRESSÕES ETC. NA
EXISTÊNCIA DE QUALQUER PERIGO EM POTENCIAL, AGUARDE O
SOCORRO ESPECIALIZADO.
LEMBRE-SE: NÃO SE TORNE MAIS UMA VÍTIMA!
QUANTO MENOR O NÚMERO DE VÍTIMAS, MELHOR.
–QUE RECURSOS DEVEM SER ACIONADOS? VERIFIQUE SE HÁ
NECESSIDADE DE SOLICITAR RECURSOS ADICIONAIS, TAIS COMO CORPO
DE BOMBEIROS, DEFESA CIVIL, POLÍCIA MILITAR, COMPANHIA ELÉTRICA E
OUTROS.
2.ACIONAR A EQUIPE DE RESGATE
ESPECIALIZADO E
AUTORIDADES COMPETENTES, CASO SEJA NECESSÁRIO, CONFORME
AVALIAÇÃO ANTERIOR. NÃO DEVEMOS ESQUECER QUE SOLICITAR O
SERVIÇO DE SOCORRO PRÉ-HOSPITALAR PROFISSIONAL É TÃO
IMPORTANTE QUANTO CUIDAR DA PRÓPRIA VÍTIMA. NA MAIORIA DAS
CIDADES BRASILEIRAS, OS PRINCIPAIS NÚMEROS PARA ACIONAR O
SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU), SERVIÇO DE
SALVAMENTO E RESGATE (CORPO DE BOMBEIROS) E POLÍCIA MILITAR,
SÃO RESPECTIVAMENTE: 192, 193 E 190.
3.SINALIZAR O LOCAL: ISSO É ESPECIALMENTE IMPORTANTE
EM CASOS DE ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS, PORTANTO
NÃO SE ESQUEÇA DE SINALIZAR A CENA E TORNÁ-LA O MAIS
SEGURA POSSÍVEL. UTILIZE O TRIÂNGULO DE SINALIZAÇÃO,
PISCA-ALERTA, FARÓIS, CONES, GALHOS DE ÁRVORES ETC.
4.UTILIZAR BARREIRAS DE PROTEÇÃO CONTRA DOENÇAS
CONTAGIOSAS. AO EXAMINAR E MANIPULAR A VÍTIMA, O
SOCORRISTA DEVERÁ TOMAR TODAS AS PRECAUÇÕES PARA
EVITAR A SUA CONTAMINAÇÃO POR AGENTES INFECCIOSOS,
SANGUE, SECREÇÕES OU PRODUTOS QUÍMICOS. O USO DE
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI), TAIS COMO
LUVAS DESCARTÁVEIS, ÓCULOS DE PROTEÇÃO, MÁSCARAS E
AVENTAIS, É ESSENCIAL PARA A SEGURANÇA DO
PROFISSIONAL DE SAÚDE EM ATENDIMENTO.
5.RELACIONAR TESTEMUNHAS
PROTEÇÃO PESSOAL, PROFISSIONAL
PRESTADOR DE SOCORRO.
PARA SUA PRÓPRIA
E LEGAL ENQUANTO
6.ABORDAGEM E AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
APÓS AVALIAR O AMBIENTE E TOMAR TODAS AS PRECAUÇÕES DE
SEGURANÇA E PROTEÇÃO INDIVIDUAIS, O SOCORRISTA DEVERÁ SE
IDENTIFICAR E SE APRESENTAR À VÍTIMA DIZENDO: “SOU UM
PROFISSIONAL DE SAÚDE. POSSO AJUDAR?”
EM SEGUIDA, DEVIDAMENTE AUTORIZADO A PRESTAR AUXÍLIO E
OBSERVANDO TODOS OS ASPECTOS PESSOAIS E LEGAIS DA CENA
DO ACIDENTE (OU DOENÇA AGUDA), O PROFISSIONAL PODERÁ
INTERVIR DIRETAMENTE NO ATENDIMENTO.
É FUNDAMENTAL QUE O SOCORRISTA PROFISSIONAL CLASSIFIQUE A
VÍTIMA EM ADULTO, CRIANÇA OU BEBÊ, POIS OS PROCEDIMENTOS
DE SBV, CASO SEJAM NECESSÁRIOS, SERÃO ADOTADOS
RESPEITANDO-SE ESSA CLASSIFICAÇÃO, DE ACORDO COM AS
ÚLTIMAS RECOMENDAÇÕES (2010)
DA AMERICAN
HEART
ASSOCIATION.
• BEBÊ (“LACTENTE”): DO NASCIMENTO AO PRIMEIRO ANO DE VIDA.
• CRIANÇA: DO PRIMEIRO ANO DE VIDA ATÉ O INÍCIO DA PUBERDADE
(POR EX: DESENVOLVIMENTO DAS MAMAS EM MENINAS E PELOS
AXILARES NOS MENINOS).
• ADULTO: A PARTIR DA PUBERDADE.
A PRIORIDADE DE ATENDIMENTO É DETERMINADA
BASICAMENTE PELA GRAVIDADE DA VÍTIMA, OU SEJA,
SERÃO SOCORRIDAS E ATENDIDAS PRIMEIRAMENTE
AQUELAS QUE SE ENCONTRAM SUJEITAS A MAIOR RISCO
DE MORTE, POIS O OBJETIVO PRINCIPAL DO PRIMEIRO
SOCORRO É A PRESERVAÇÃO DA VIDA. O SOCORRISTA
DEVERÁ SEGUIR UMA SEQUÊNCIA PADRONIZADA E
EXECUTAR AS MEDIDAS DE SOCORRO CONFORME FOR
IDENTIFICANDO AS LESÕES DA VÍTIMA. O EXAME É
DIVIDIDO EM DOIS TEMPOS PRINCIPAIS: AVALIAÇÃO
PRIMÁRIA E AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA.
Avaliação Primária
CONSISTE NUMA ANÁLISE DE TODAS AS CONDIÇÕES QUE
IMPLIQUEM
RISCO
IMINENTE
DE
MORTE,
TAIS
COMO
PERMEABILIDADE DAS VIAS AÉREAS, RESPIRAÇÃO EFICAZ
(ANORMAL OU GASPING), ESTABILIDADE CIRCULATÓRIA, CONTROLE
DE GRANDES SANGRAMENTOS E ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA
CERVICAL. ESSA ETAPA INICIAL DA AVALIAÇÃO DEVERÁ SER
COMPLETADA EM 60 SEGUNDOS, NO MÁXIMO E IMEDIATAMENTE
CHAMAR OU SOLICITAR ALGUÉM QUE CHAME O SERVIÇO DE
ATENDIMENTO MÓVEL, SE DISPONÍVEL NO LOCAL TRAZER O DEA –
DESFIBRILADOR AUTOMÁTICO EXTERNO. DURANTE A AVALIAÇÃO
PRIMÁRIA, O SOCORRISTA IDENTIFICA E CORRIGE PRONTAMENTE
TODOS OS PROBLEMAS QUE AMEAÇAM A VIDA DO DOENTE. AS
MEDIDAS DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA SÃO INICIADAS NESSE
PRIMEIRO INSTANTE.
Avaliação Primária
A SEQUÊNCIA ABC FOI ALTERADA PARA CAB, O
SOCORRISTA INICIARÁ COM AS COMPRESSÕES CASO A
VÍTIMA NÃO APRESENTE PULSO. A MAIOR PARTE DOS
PACIENTES
QUE
SOFREM
PCR
INICIALMENTE
APRESENTOU FIBRILAÇÃO VENTRICULAR – FV OU
TAQUICARDIA VENTRICULAR – TV SEM PULSO. DIANTE
DISTO AS MEDIDAS IMEDIATAS SÃO COMPRESSÕES E
DESFIBRILAÇÃO PRECOCE. SENDO ASSIM A SEQUÊNCIA
UTILIZADA ANTERIORMENTE RETARDARIA O INÍCIO DA
MASSAGEM CARDÍACA. COM ALTERAÇÃO DA SEQUÊNCIA
AS MANOBRAS DE COMPRESSÕES SERÃO INICIADAS
SEM ATRASO E A VENTILAÇÃO VERÁ EM SEGUIDA.
Avaliação Primária
• CIRCULAÇÃO
– O PULSO ESTÁ PRESENTE? NÃO SE DEVE
DEMORAR MAIS DO QUE 10 SEGUNDOS PARA IDENTIFICAR O PULSO.
EXISTE ALGUMA HEMORRAGIA GRAVE? NA AUSÊNCIA DE PULSO INICIAR
DE IMEDIATO COM 30 COMPRESSÕES TORÁCICAS, EM UMA
FREQUÊNCIA DE NO MÍNIMO 100 VEZES POR MINUTOS, COM A
PROFUNDIDADE DE 5 CM. PREVENIR OU TRATAR O ESTADO DE
CHOQUE.
• VIAS AÉREAS
E ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL (EM
VÍTIMAS DE TRAUMA, PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE SUSPEITAREM DE
TRAUMA REALIZAR ANTERIORIZAÇÃO DA MANDÍBULA) – VER, OUVIR E
SENTIR NÃO SE USA MAIS. VERIFICAR SE AS VIAS AÉREAS ESTÃO
PÉRVIAS OU SE EXISTEM SINAIS DE OBSTRUÇÃO.
• RESPIRAÇÃO
– O PACIENTE RESPIRA? NA AUSÊNCIA DA
RESPIRAÇÃO REALIZAR 2 VENTILAÇÕES. ESSA RESPIRAÇÃO ESTÁ
SENDO EFICAZ? OFERTAR SUPORTE VENTILATÓRIO COM OXIGÊNIO
SUPLEMENTAR DE 12 A 15 L/MIN PARA VÍTIMAS DE TRAUMA.
Avaliação Primária
• AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA – CHAMAR PELA PESSOA.
“VOCÊ ESTÁ BEM? POSSO AJUDAR? QUAL O SEU NOME?”
UM MÉTODO MUITO SIMPLES PARA DETERMINAR
RAPIDAMENTE O ESTADO DE CONSCIÊNCIA É A
UTILIZAÇÃO DO SISTEMA AVDI.
A – ACORDADO, ALERTA: O INDIVÍDUO EMITE RESPOSTAS
COERENTES (NOME, ENDEREÇO, DETALHES DO
ACIDENTE...). GERALMENTE A VÍTIMA MANTÉM CONTATO
VISUAL COM O SOCORRISTA E ATENDE NORMALMENTE
AOS ESTÍMULOS VISUAIS, AUDITIVOS E TÁTEIS.
Avaliação Primária
V – VERBAL: NESSE ESTÁGIO A VÍTIMA AINDA
ATENDE AO ESTÍMULO VERBAL DADO PELO
SOCORRISTA (COMANDO DE VOZ), NO ENTANTO,
PODE APRESENTAR-SE CONFUSA E EMITIR
PALAVRAS
DESCONEXAS.
DEVEMOS
CONSIDERAR QUE ESSA VÍTIMA PODERÁ
PERDER
A
CONSCIÊNCIA
A
QUALQUER
MOMENTO,
PORTANTO
ELA
DEVE
SER
ESTIMULADA A MANTER-SE ACORDADA.
Avaliação Primária
D – DOLOROSO: NESSE ESTÁGIO A VÍTIMA NÃO ATENDE MAIS
AOS ESTÍMULOS VERBAIS DO SOCORRISTA, APESAR DE
PODER EMITIR SONS OU GEMIDOS, MAS SEM CAPACIDADE DE
CONTATO VISUAL DIRETO. REALIZA-SE UM ESTÍMULO
DOLOROSO (SOBRE O ESTERNO, TRAPÉZIO OU LEITO
UNGUEAL) PARA OBTER QUALQUER RESPOSTA DA VÍTIMA
(LOCALIZAR A DOR, REAGIR COM CARETAS, MOVIMENTOS,
GEMIDOS...). É BOM LEMBRAR QUE EM MUITOS CASOS, A
VÍTIMA ESTARÁ EM UM ESTADO DE SEMICONSCIÊNCIA E
PODERÁ ATÉ MESMO OUVIR E SENTIR O QUE ACONTECE AO
SEU REDOR. DESSA FORMA, O SOCORRISTA TAMBÉM DEVERÁ
ESTIMULAR O RETORNO DA VÍTIMA AO ESTADO DE RESPOSTA
VERBAL, INCENTIVANDO A MELHORA DO SEU NÍVEL DE
CONSCIÊNCIA.
Avaliação Primária
I – IRRESPONSIVO OU INCONSCIENTE: NESSE ESTÁGIO O
INDIVÍDUO NÃO RESPONDE NEM MESMO AO ESTÍMULO
DOLOROSO. ISSO, POR SI SÓ, JÁ CARACTERIZA UMA
SITUAÇÃO CRÍTICA.
• EXPOSIÇÃO DA VÍTIMA COM CONTROLE DA
HIPOTERMIA – RETIRAR OU CORTAR AS VESTES PARA
VISUALIZAR MELHOR E TRATAR AS LESÕES DE
EXTREMIDADES. EM SEGUIDA, COBRIR A VÍTIMA,
PREVENINDO ASSIM A HIPOTERMIA E MINIMIZANDO O
CHOQUE.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (complementar):
CONSISTE NA SEGUNDA ETAPA DO EXAME, ONDE SERÃO
OBSERVADAS TODAS AS LESÕES QUE NÃO IMPLIQUEM
RISCO IMEDIATO À VIDA. O SOCORRISTA DEVE BUSCAR
REALIZAR ANAMNESE DIRECIONADA, CHECAR A
HISTÓRIA DO ACIDENTE OU MAL SÚBITO, IDENTIFICAR OS
FERIMENTOS, AFERIR OS SINAIS VITAIS E REALIZAR UM
EXAME FÍSICO PADRONIZADO, DA CABEÇA AOS PÉS.
ALGUMAS
PERGUNTAS
E
INFORMAÇÕES
SÃO
FUNDAMENTAIS E DEVEM SER LEVANTADAS, COMO POR
EXEMPLO:
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (complementar):
• NOME, IDADE, TELEFONE (MENOR DE IDADE – CONTATAR
RESPONSÁVEIS).
• O QUE ACONTECEU?
• ISSO JÁ ACONTECEU ANTES?
• ALGUM PROBLEMA DE SAÚDE?
• ESTÁ TOMANDO ALGUM REMÉDIO?
• ESTÁ FAZENDO ALGUM TRATAMENTO DE SAÚDE?
• É ALÉRGICO A ALGUM MEDICAMENTO?
• FEZ USO DE ALGUM TIPO DE DROGA?
• QUAL O HORÁRIO DA ÚLTIMA ALIMENTAÇÃO?
• O QUE VOCÊ ESTÁ SENTINDO? SENTE DOR EM ALGUM LUGAR?
Parada Cardiorrespiratória
A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) É UMA
EMERGÊNCIA RELATIVAMENTE FREQUENTE EM
QUALQUER
SERVIÇO
DE
ATENDIMENTO
DE
EMERGÊNCIA, E SIGNIFICA A CESSAÇÃO DOS
BATIMENTOS CARDÍACOS E DOS MOVIMENTOS
RESPIRATÓRIOS.
AS CÉLULAS DO ORGANISMO COMEÇAM A MORRER
ALGUNS MINUTOS DEPOIS DE CESSADAS AS
FUNÇÕES VITAIS. AS CÉLULAS NERVOSAS SÃO AS
MAIS FRÁGEIS DO CORPO HUMANO. ELAS NÃO
CONSEGUEM SOBREVIVER POR MAIS DE CINCO
MINUTOS SEM OXIGÊNIO, SOFRENDO LESÕES
IRREVERSÍVEIS.
Parada Cardiorrespiratória
O SOCORRISTA, AO SE APROXIMAR DA VÍTIMA E
CONSTATAR QUE NÃO EXISTE RESPIRAÇÃO E PULSO,
NÃO PODE TER CERTEZA SE JÁ EXISTE A MORTE
ENCEFÁLICA, PORTANTO A VÍTIMA DEVERÁ RECEBER AS
MANOBRAS DE REANIMAÇÃO, A NÃO SER QUE SE
ENCONTREM SINAIS CLAROS DE MORTE ÓBVIA. EXISTEM
INÚMEROS CASOS CONHECIDOS EM QUE A VÍTIMA FOI
REANIMADA COM SUCESSO APÓS LONGO TEMPO DE
PARADA CARDÍACA. (FATO RELACIONADO COM AS
CAUSAS DA PARADA CARDÍACA E FATORES AMBIENTAIS
QUE PODEM PRESERVAR O ENCÉFALO POR UM TEMPO
MAIOR QUE OS TRADICIONAIS 4 A 6 MINUTOS PARA QUE A
MORTE CEREBRAL SE INICIE).
Parada Cardiorrespiratória
AS CAUSAS DE PARADA CARDIOPULMONAR PODEM SER
DIVIDIDAS EM 2 GRUPOS: PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS
PRIMÁRIAS: DEVIDO A UM PROBLEMA DO PRÓPRIO
CORAÇÃO, CAUSANDO UMA ARRITMIA CARDÍACA,
GERALMENTE A FIBRILAÇÃO VENTRICULAR. A CAUSA
PRINCIPAL É A ISQUEMIA CARDÍACA (CHEGADA DE
QUANTIDADE INSUFICIENTE DE SANGUE OXIGENADO AO
CORAÇÃO).
SECUNDÁRIAS: SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DE PCR EM
CRIANÇAS E VÍTIMAS DE TRAUMATISMOS. A DISFUNÇÃO
DO
CORAÇÃO
É
CAUSADA
POR
PROBLEMA
RESPIRATÓRIO OU POR UMA CAUSA EXTERNA:
Parada Cardiorrespiratória
1.OXIGENAÇÃO DEFICIENTE: OBSTRUÇÃO
AÉREAS E DOENÇAS PULMONARES;
DE
VIAS
2.TRANSPORTE
INADEQUADO
DE
OXIGÊNIO:
HEMORRAGIAS GRAVES, ESTADO DE CHOQUE E
INTOXICAÇÃO PELO MONÓXIDO DE CARBONO;
3.AÇÃO DE FATORES EXTERNOS SOBRE O CORAÇÃO:
DROGAS, TRAUMA DIRETO NO CORAÇÃO E DESCARGAS
ELÉTRICAS.
Parada respiratória
A
VÍTIMA
INTERROMPE
OS
MOVIMENTOS
RESPIRATÓRIOS, MAS O CORAÇÃO PODE CONTINUAR
BOMBEANDO SANGUE DURANTE ALGUNS MINUTOS E A
CIRCULAÇÃO CONTINUA ENVIANDO OXIGÊNIO DOS
PULMÕES PARA OS TECIDOS. SE HOUVER UMA
INTERVENÇÃO PRECOCE, É POSSÍVEL REVERTER O
QUADRO E PREVENIR A PARADA CARDÍACA. DO
CONTRÁRIO,
OCORRERÁ
INTERRUPÇÃO
DO
FUNCIONAMENTO DO CORAÇÃO ENQUANTO BOMBA
CARDÍACA, A CIRCULAÇÃO SERÁ SUSPENSA E O
QUADRO
SE
AGRAVARÁ
COM
PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA.
Causas da parada respiratória:
• ESTADO DE INCONSCIÊNCIA –OBSTRUÇÃO DE VIAS
AÉREAS POR QUEDA DA LÍNGUA NA FARINGE
POSTERIOR;
• OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO
(OVACE);
• AFOGAMENTO;
• ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO;
• INALAÇÃO DE FUMAÇA;
• OVERDOSE DE DROGAS;
• TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO ETC.
Objetivos das manobras de reanimação
cardiopulmonar (MRCP)
OXIGENAR E CIRCULAR O SANGUE ATÉ QUE SEJA
INICIADO O TRATAMENTO DEFINITIVO; RETARDAR AO
MÁXIMO A LESÃO CEREBRAL; PROLONGAR A DURAÇÃO
DA FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (MODALIDADE DE PCR
MAIS ENCONTRADA NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR),
IMPEDINDO QUE ELA SE TRANSFORME EM ASSISTOLIA E
PERMITIR QUE A DESFIBRILAÇÃO TENHA SUCESSO;
REVERTER A PARADA CARDÍACA EM ALGUNS CASOS DE
PCR POR CAUSAS RESPIRATÓRIAS.
Objetivos das manobras de reanimação
cardiopulmonar (MRCP)
A RCP NÃO É CAPAZ DE EVITAR LESÃO CEREBRAL POR
PERÍODOS PROLONGADOS. COM O TEMPO (MINUTOS) A
CIRCULAÇÃO
CEREBRAL
OBTIDA
COM
AS
COMPRESSÕES
TORÁCICAS
VAI
DIMINUINDO
PROGRESSIVAMENTE ATÉ SE TORNAR INEFICAZ.
DURANTE A RCP A PRESSÃO SISTÓLICA ATINGE DE 60 A
80MMHG, MAS A PRESSÃO DIASTÓLICA É MUITO BAIXA,
DIMINUINDO A PERFUSÃO DE VÁRIOS ÓRGÃOS, ENTRE
OS QUAIS O CORAÇÃO. AS PARADAS POR FIBRILAÇÃO
VENTRICULAR SÓ PODEM SER REVERTIDAS PELA
DESFIBRILAÇÃO (TRATAMENTO DEFINITIVO).
Objetivos das manobras de reanimação
cardiopulmonar (MRCP)
A SOBREVIVÊNCIA À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA DEPENDE DE
UMA
SÉRIE
DE
INTERVENÇÕES
FUNDAMENTAIS,
QUE
CORRESPONDEM
À
“CORRENTE
DE
SOBREVIVÊNCIA”.
O
RECONHECIMENTO IMEDIATO DOS SINAIS, O ACIONAMENTO
PRECOCE DO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA (ACESSO RÁPIDO), A RCP
IMEDIATA, A CHEGADA DA EQUIPE DE ATENDIMENTO (COM A
DESFIBRILAÇÃO PRECOCE) E ENTRADA RÁPIDA NO HOSPITAL
(SUPORTE AVANÇADO DE VIDA – SAV) SÃO ELOS VITAIS DA
CORRENTE PARA GARANTIR A EFICÁCIA DO PROCESSO. A
RECUPERAÇÃO DA CIRCULAÇÃO DEVE OCORRER NUM PERÍODO
INFERIOR A 4 MINUTOS, CASO CONTRÁRIO PODERÃO SOBREVIR
ALTERAÇÕES IRREVERSÍVEIS NO SISTEMA NERVOSO, UM DOS
TECIDOS MAIS SENSÍVEIS À FALTA DE OXIGÊNIO
A – VIAS AÉREAS
A VÍTIMA ENCONTRADA INCONSCIENTE E IRRESPONSIVA
DEVERÁ SER POSICIONADA EM DECÚBITO DORSAL
SOBRE UMA SUPERFÍCIE DURA, FIRME E PLANA, COM OS
MEMBROS SUPERIORES ESTENDIDOS AO LONGO DO
CORPO. A CABEÇA DA VÍTIMA NÃO DEVE FICAR MAIS ALTA
QUE OS PÉS, PARA NÃO PREJUDICAR O FLUXO
SANGUÍNEO CEREBRAL. NAS VÍTIMAS DE TRAUMA COM
SUSPEITA DE LESÃO NA COLUNA CERVICAL, O
MOVIMENTO DEVE SER CUIDADOSO PARA EVITAR DANOS
À MEDULA ESPINHAL.
A – VIAS AÉREAS
A VENTILAÇÃO PULMONAR (RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL) SÓ
PODERÁ SER EXECUTADA COM SUCESSO CASO AS VIAS
AÉREAS DA VÍTIMA ESTEJAM ABERTAS, DESOBSTRUÍDAS.
NAS VÍTIMAS INCONSCIENTES, A PRINCIPAL CAUSA DE
OBSTRUÇÃO É A QUEDA DA LÍNGUA SOBRE A PAREDE
POSTERIOR DA FARINGE. COMO A LÍNGUA ESTÁ PRESA À
MANDÍBULA, AS MANOBRAS QUE TRACIONAM A
MANDÍBULA PARA FRENTE TAMBÉM ELEVAM A LÍNGUA. A
MANOBRA DE ABERTURA DAS VIAS AÉREAS PODE SER
SUFICIENTE PARA RESTABELECER A RESPIRAÇÃO E
PREVENIR A PARADA CARDÍACA.
A – VIAS AÉREAS
AS PRINCIPAIS MANOBRAS UTILIZADAS PARA DESOBSTRUIR AS VIAS
AÉREAS SÃO: INCLINAÇÃO DA CABEÇA COM ELEVAÇÃO DO QUEIXO
E MANOBRA DE ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA. PODE SER UTILIZADA
TAMBÉM UMA CÂNULA OROFARÍNGEA (DO TIPO GUEDEL) PARA
MANTER A PERMEABILIDADE DAS VIAS AÉREAS.
INCLINAÇÃO DA CABEÇA E ELEVAÇÃO DO QUEIXO: MANOBRA MAIS
UTILIZADA, FÁCIL E EFETIVA. COM UMA DAS MÃOS, PRESSIONAR A
TESTA DA VÍTIMA, INCLINANDO A CABEÇA LEVEMENTE PARA TRÁS
(HIPEREXTENSÃO DO PESCOÇO). POSICIONE OS DEDOS DA OUTRA
MÃO SOBRE O QUEIXO, DESLOCANDO A MANDÍBULA PARA CIMA.
NÃO UTILIZAR O POLEGAR E NÃO APLICAR PRESSÃO EXCESSIVA
NAS PARTES MOLES SOB O QUEIXO, QUE PODERÃO OBSTRUIR AS
VIAS AÉREAS. MANTER A BOCA DA VÍTIMA ABERTA.
A – VIAS AÉREAS
ELEVAÇÃO DO ÂNGULO DA MANDÍBULA: É A MANOBRA DE ESCOLHA
NAS VÍTIMAS COM SUSPEITA DE TRAUMATISMOS NA COLUNA
CERVICAL, POIS PODE SER REALIZADA SEM ESTENDER O PESCOÇO.
SEGURAR COM AS DUAS MÃOS OS ÂNGULOS DAS MANDÍBULAS,
UMA DE CADA LADO, E DESLOCAR ANTERIORMENTE, MANTENDO A
CABEÇA FIXA. COM OS POLEGARES, AFASTE OS LÁBIOS
INFERIORES. ESSA TÉCNICA DEVERÁ SER ADOTADA APENAS POR
PROFISSIONAIS DE SAÚDE TREINADOS.
OBSERVAÇÃO– SOCORRISTAS LEIGOS NÃO DEVEM REALIZAR
ESSA MANOBRA, E SIM A ELEVAÇÃO DO QUEIXO.
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR
CORPOS ESTRANHOS (OVACE)
SE UM CORPO ESTRANHO FOR VISUALIZADO E
ESTIVER ACESSÍVEL APÓS A MANOBRA DE
ABERTURA DAS VIAS AÉREAS, REMOVA-O COM O
DEDO INDICADOR “EM GANCHO”. NO CASO DE
LÍQUIDOS, TENTE REMOVÊ-LOS COM OS DEDOS
INDICADOR E MÉDIO ENVOLVIDOS POR GAZE.
SOMENTE TENTE REMOVER O MATERIAL QUE
ESTÁ CAUSANDO A OBSTRUÇÃO SE ELE
ESTIVER BEM VISÍVEL E DE FÁCIL ACESSO.
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR
CORPOS ESTRANHOS (OVACE)
EMBORA A PERDA DE CONSCIÊNCIA SEJA A CAUSA MAIS
FREQUENTE DE OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS (PELA QUEDA DA
LÍNGUA), A OBSTRUÇÃO POR CORPOS ESTRANHOS PODE
PROVOCAR
A
PERDA
DE
CONSCIÊNCIA
E
PARADA
CARDIOPULMONAR. A EVENTUALIDADE DE CORPOS ESTRANHOS
OBSTRUINDO AS VIAS AÉREAS OCORRE MAIS FREQUENTEMENTE
DURANTE AS REFEIÇÕES, MAS OUTRAS CAUSAS DE OBSTRUÇÃO
INCLUEM PRÓTESES DENTÁRIAS DESLOCADAS, FRAGMENTOS
DENTÁRIOS, SANGUE, SECREÇÕES (SALIVA, VÔMITO), BALAS ETC.
EM LACTENTES OU CRIANÇAS, AS CAUSAS MAIS FREQUENTES SÃO
ASPIRAÇÃO DE PEQUENOS OBJETOS OU LEITE REGURGITADO.
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR
CORPOS ESTRANHOS (OVACE)
A OBSTRUÇÃO TOTAL DAS VIAS AÉREAS (ENGASGO REAL) É
GERALMENTE RECONHECIDA QUANDO A VÍTIMA ESTÁ SE
ALIMENTANDO E, REPENTINAMENTE, FICA INCAPAZ DE FALAR OU
TOSSIR. PODE DEMONSTRAR SINAIS DE ASFIXIA, AGARRANDO O
PESCOÇO (SINAL CLÁSSICO, UNIVERSAL), APRESENTANDO
ESFORÇO RESPIRATÓRIO EXAGERADO E CIANOSE. O MOVIMENTO
DE AR PODE ESTAR AUSENTE OU NÃO SER DETECTÁVEL. A VÍTIMA
NÃO CONSEGUE FALAR OU TOSSIR COM EFICÁCIA. O PRONTO
ATENDIMENTO É URGENTE, PREFERENCIALMENTE ENQUANTO A
VÍTIMA AINDA ESTÁ CONSCIENTE. CASO NÃO SEJA INSTITUÍDO
TRATAMENTO,
A
VÍTIMA
EVOLUI
RAPIDAMENTE
PARA
INCONSCIÊNCIA, PCR E ÓBITO.
Como proceder? APLICAR A
MANOBRA DE HEIMLICH
ESSA TÉCNICA TEM COMO OBJETIVO EXPULSAR O CORPO
ESTRANHO POR INTERMÉDIO DA ELIMINAÇÃO DO AR RESIDUAL DOS
PULMÕES, CRIANDO UMA ESPÉCIE DE “TOSSE ARTIFICIAL”
• VERIFIQUE SE É UM ENGASGO REAL. PERGUNTE À VÍTIMA: “VOCÊ
ESTÁ ENGASGADO (A)?”
• POSICIONE-SE ATRÁS DA VÍTIMA, ABRAÇANDO-A EM TORNO DO
ABDOME. ESTANDO A VÍTIMA EM PÉ, AMPLIAR SUA BASE DE
SUSTENTAÇÃO, AFASTANDO AS PERNAS, E POSICIONAR UMA PERNA
ENTRE AS PERNAS DA VÍTIMA (PARA EVITAR QUE ELA CAIA, CASO
VENHA PERDER A CONSCIÊNCIA).
Como proceder? APLICAR A
MANOBRA DE HEIMLICH
• LOCALIZAR O UMBIGO.
• COLOCAR A MÃO FECHADA 1 DEDO ACIMA DO UMBIGO. A MÃO DO
SOCORRISTA EM CONTATO COM O ABDOME DA VÍTIMA ESTÁ COM O
PUNHO FECHADO E O POLEGAR VOLTADO PARA DENTRO. A OUTRA
MÃO É COLOCADA SOBRE A PRIMEIRA.
•
APLICAR
5
COMPRESSÕES
DIRECIONADAS PARA CIMA.
ABDOMINAIS
SUCESSIVAS,
• CONFERIR SE A VÍTIMA VOLTOU A RESPIRAR EXPELINDO O OBJETO.
• SE NECESSÁRIO, REPOSICIONAR E REPETIR OS CICLOS DE 5
COMPRESSÕES, ATÉ QUE O OBJETO DESOBSTRUA AS VIAS AÉREAS,
OU A VÍTIMA PERCA A CONSCIÊNCIA.
Como proceder? APLICAR A
MANOBRA DE HEIMLICH
SE A VÍTIMA FICOU INCONSCIENTE, APOIÁ-LA CUIDADOSAMENTE ATÉ
O SOLO E INICIAR MANOBRAS DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
(30 COMPRESSÕES TORÁCICAS E 2 VENTILAÇÕES. REAVALIAR A
CADA 2 MINUTOS (5 CICLOS) OU SE A VÍTIMA MOSTRAR SINAIS DE
DESOBSTRUÇÃO, RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA E CIRCULAÇÃO).
ATENÇÃO! A MANOBRA DE HEIMLICH É PERIGOSA E PODERÁ
PROVOCAR
LESÕES
INTERNAS
GRAVES.
AS
PRINCIPAIS
COMPLICAÇÕES SÃO LESÕES DE VÍSCERAS ABDOMINAIS COMO O
FÍGADO E O BAÇO E A REGURGITAÇÃO DE MATERIAL DO ESTÔMAGO
COM BRONCOASPIRAÇÃO.
SEMPRE ENCAMINHE A VÍTIMA AO MÉDICO APÓS A APLICAÇÃO DA
MANOBRA DE HEIMLICH
Como proceder? APLICAR A
MANOBRA DE HEIMLICH
OBSERVAÇÃO– SEGUNDO A AMERICAN HEART ASSOCIATION, A
MANOBRA DE HEIMLICH COM COMPRESSÕES ABDOMINAIS É
RECOMENDADA APENAS PARA CRIANÇAS MAIORES DE 1 ANO E
ADULTOS.
DICA– PARA A DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM BEBÊS,
MULHERES
GRÁVIDAS
E
PESSOAS
OBESAS,
REALIZAR
COMPRESSÕES TORÁCICAS, E NÃO COMPRESSÕES ABDOMINAIS.
NOS BEBÊS (LACTENTES), INTERCALAR 5 TAPOTAGENS COM AS 5
COMPRESSÕES TORÁCICAS, ATÉ QUE O OBJETO SEJA EXPULSO OU
O BEBÊ PERCA A CONSCIÊNCIA. CASO ISSO OCORRA, CONSIDERAR
A CRIANÇA EM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E INICIAR
IMEDIATAMENTE MANOBRAS DE RCP.
B – BOA VENTILAÇÃO
APÓS A DESOBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA POR CORPO ESTRANHO DEVESE OBSERVAR SE A VÍTIMA TEM RESPIRAÇÃO NORMAL OU GASPING.
O PROCEDIMENTO DE VERIFICAÇÃO DA RESPIRAÇÃO NÃO DEVE LEVAR
MAIS DO QUE 3 A 5 SEGUNDOS.
RESPIRAÇÃO DIFÍCIL, RUIDOSA E COM ESFORÇO RESPIRATÓRIO PODE
INDICAR OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS, OU RESPIRAÇÃO AGÔNICA QUE
ANTECEDE A PARADA CARDÍACA. O SOCORRISTA DEVE ESTAR ATENTO.
AO CONSTATAR QUE A VÍTIMA NÃO ESTÁ RESPIRANDO, INICIAR
IMEDIATAMENTE A VENTILAÇÃO ARTIFICIAL (“SOPRO DA VIDA” OU 2
VENTILAÇÕES DE RESGATE).
B – BOA VENTILAÇÃO
ABRIR A VIA AÉREA COM MANOBRA DE INCLINAÇÃO DA
CABEÇA OU ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA; PINÇAR AS
NARINAS DA VÍTIMA COM A MESMA MÃO QUE INCLINA A
CABEÇA; APLICAR SUA BOCA SOBRE A DA VÍTIMA,
VEDANDO-A
COMPLETAMENTE.
EFETUAR
DUAS
VENTILAÇÕES, COM DURAÇÃO DE 1 A 2 SEGUNDOS
(CADA SOPRO), OBSERVANDO O MOVIMENTO DO PEITO E
SENTINDO O AR EXPIRADO DA VÍTIMA (VENTILAÇÕES
MAIS RÁPIDAS CAUSAM DISTENSÃO DO ESTÔMAGO);
MANTER UM SOPRO A CADA 5 OU 6 SEGUNDOS (NO
ADULTO, FREQUÊNCIA DE APROXIMADAMENTE 12
RESPIRAÇÕES/MIN)
B – BOA VENTILAÇÃO
OBSERVAÇÃO – SE A VÍTIMA ESTIVER INCONSCIENTE,
MAS APRESENTAR RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA, DEVERÁ
SER MANTIDA EM POSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO
(DECÚBITO LATERAL ESQUERDO). ESSA POSIÇÃO É
PARTICULARMENTE IMPORTANTE, POIS PERMITE QUE
SEJA REDUZIDO O RISCO DE ASPIRAÇÃO PARA OS
PULMÕES, EM CASO DE VÔMITO OU EXCESSO DE
SANGUE NAS VIAS AÉREAS. A POSIÇÃO LATERAL DE
SEGURANÇA (POSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO) É UTILIZADA
NOS MOMENTOS EM QUE A VÍTIMA DEVERÁ SER
LATERALIZADA PARA DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS
RESPIRATÓRIAS OU QUANDO SEU ESTADO EXIGIR
DESCANSO.
C – CIRCULAÇÃO
APÓS AS DUAS VENTILAÇÕES INICIAIS, O PRESTADOR DE SOCORRO
DEVE VERIFICAR O PULSO DA VÍTIMA. O PROCEDIMENTO DE
VERIFICAÇÃO DO PULSO NÃO DEVE DEMORAR MAIS QUE 5 A 10
SEGUNDOS.
A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA É RECONHECIDA PELA AUSÊNCIA
DE PULSO NAS GRANDES ARTÉRIAS DE VÍTIMAS INCONSCIENTES.
NOS ADULTOS E NAS CRIANÇAS MAIORES DE 1 ANO A ARTÉRIA
UTILIZADA É A CARÓTIDA. ESSA ARTÉRIA PODE SER PALPADA
FACILMENTE NO PESCOÇO (NOS DOIS LADOS). EM LACTENTES, A
ARTÉRIA DE ESCOLHA PARA VERIFICAR A PRESENÇA DE PULSO É A
BRAQUIAL.
Atenção!
VERIFICAR O PULSO NAS CARÓTIDAS, POR 5 A 10
SEGUNDOS DE CADA LADO. NO ENTANTO, NÃO
VERIFICAR O PULSO NOS DOIS LADOS AO
MESMO TEMPO, POIS PODERÁ INDUZIR A VÍTIMA
A
UMA
BRADICARDIA
(DIMINUIÇÃO
DOS
BATIMENTOS CARDÍACOS), POR COMPRESSÃO
DOS
BARORRECEPTORES
LOCALIZADOS
PRÓXIMOS
DO
PONTO
CORRETO
DE
VERIFICAÇÃO.
C – CIRCULAÇÃO
CASO O PULSO PRESENTE, MAS A VÍTIMA ESTIVER EM
PARADA RESPIRATÓRIA, A VENTILAÇÃO ARTIFICIAL
DEVERÁ SER MANTIDA.
LEMBRETE– VÍTIMA QUE RESPIRA NÃO ESTÁ EM PARADA
CARDÍACA!
A
REALIZAÇÃO
DE
COMPRESSÕES
TORÁCICAS EM PACIENTES ADULTOS COM PULSO
PRESENTE PODE CAUSAR COMPLICAÇÕES SÉRIAS. SE
CONFIRMADA A AUSÊNCIA DE PULSO NAS GRANDES
ARTÉRIAS
(CARÓTIDA
OU
FEMORAL),
INICIAR
IMEDIATAMENTE AS COMPRESSÕES TORÁCICAS.
C – CIRCULAÇÃO
• A VÍTIMA DEVE ESTAR EM DECÚBITO DORSAL (DE COSTAS) EM UMA
SUPERFÍCIE DURA, TOMANDO-SE O CUIDADO PARA QUE A CABEÇA NÃO
ESTEJA ELEVADA ACIMA DO NÍVEL DO CORAÇÃO. O SOCORRISTA SE
MANTÉM AJOELHADO, AO LADO DO TÓRAX DA VÍTIMA.
• A IDENTIFICAÇÃO CORRETA DA METADE INFERIOR DO ESTERNO É MUITO
IMPORTANTE.
• COM A MÃO, LOCALIZAR A MARGEM INFERIOR DO REBORDO COSTAL DA
VÍTIMA.
• PERCORRER O REBORDO COSTAL ATÉ IDENTIFICAR O APÊNDICE XIFÓIDE.
• COLOCAR DOIS DEDOS ACIMA DO APÊNDICE XIFÓIDE SOBRE O ESTERNO.
ATUALMENTE É PRECONIZADO ENCONTRAR UM PONTO ENTRE OS
MAMILOS SOBRE O ESTERNO.
• APOIAR A PALMA DE UMA DAS MÃOS SOBRE A METADE INFERIOR DO
ESTERNO.
C – CIRCULAÇÃO
• COLOCAR A OUTRA MÃO SOBRE A PRIMEIRA, DE FORMA
QUE AMBAS FIQUEM PARALELAS. PODE ENTRELAÇAR OS
DEDOS OU MANTÊ-LOS ESTENDIDOS, MAS NÃO APOIÁLOS SOBRE A CAIXA TORÁCICA. O OBJETIVO É IMPEDIR
QUE A FORÇA DE COMPRESSÃO SEJA EFETUADA SOBRE
AS COSTELAS, PODENDO FRATURÁ-LAS.
• ALINHAR OS OMBROS SOBRE O ESTERNO DA VÍTIMA,
MANTENDO OS COTOVELOS ESTENDIDOS. A FORÇA DE
COMPRESSÃO DEVE SER PROVIDA PELO PESO DO
TRONCO DO SOCORRISTA E NÃO PELA FORÇA DE SEUS
BRAÇOS.
C – CIRCULAÇÃO
• EXERCER PRESSÃO VERTICAL, COMPRIMINDO A PARTE INFERIOR
DO ESTERNO COM PROFUNDIDADE DE 5CM (ADULTOS E CRIANÇAS).
AS COMPRESSÕES DEVEM SER REGULARES E ININTERRUPTAS,
SEGUIDAS DE RELAXAMENTO COM O MESMO TEMPO DE DURAÇÃO
DE CADA COMPRESSÃO. O IDEAL É VERIFICAR SE A COMPRESSÃO
EFETUADA É SUFICIENTE PARA GERAR UM PULSO CAROTÍDEO
PALPÁVEL.
• A COMPRESSÃO DEVE SER ALIVIADA COMPLETAMENTE (FASE DE
RELAXAMENTO), SEM QUE O PRESTADOR DE SOCORRO RETIRE
SUAS MÃOS DO TÓRAX DA VÍTIMA, PARA QUE NÃO SEJA PERDIDA A
POSIÇÃO CORRETA DAS MÃOS.
C – CIRCULAÇÃO
• APÓS 5 CICLOS (2 MIN) DE COMPRESSÃO E VENTILAÇÃO (30:2), A
VÍTIMA DEVE SER REAVALIADA.
–PULSO AUSENTE:
TORÁCICAS.
REINICIAR
RCP
PELAS
COMPRESSÕES
–PULSO PRESENTE: VERIFICAR RESPIRAÇÃO; SE A VÍTIMA ESTIVER
RESPIRANDO – MONITORIZAR OS SINAIS VITAIS E COLOCÁ-LA EM
POSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO.
–RESPIRAÇÃO AUSENTE: MANTER VENTILAÇÃO ARTIFICIAL (1
SOPRO A CADA 5 OU 6 SEGUNDOS) E MONITORIZAR O PULSO.
Principais considerações e recomendações
sobre as últimas diretrizes 2010 de reanimação
cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo
automático (DEA).
1.INICIAR A RCP COM AS COMPRESSÕES TORÁCICAS E MINIMIZAR
AS INTERRUPÇÕES, OTIMIZANDO A FUNÇÃO CARDIOPULMONAR E
PERFUSÃO DOS ÓRGÃOS.
2.COMPRIMIR O TÓRAX A UMA FREQUÊNCIA DE 100 COMPRESSÕES
POR MINUTO, PARA TODAS AS VÍTIMAS.
3.A PROPORÇÃO DE COMPRESSÃO/VENTILAÇÃO PARA QUALQUER
FAIXA ETÁRIA (EXCETO RECÉM-NASCIDO) É DE 30:2 (30
COMPRESSÕES PARA 2 VENTILAÇÕES), COM 1 SOCORRISTA.
Principais considerações e recomendações sobre
as últimas diretrizes 2010 de reanimação
cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo
automático (DEA).
4.EM LACTENTES E CRIANÇAS, NA PRESENÇA DE 2 SOCORRISTAS,
EFETUAR 15 COMPRESSÕES PARA 2 VENTILAÇÕES.
5.NA RCP REALIZADA POR 2 SOCORRISTAS, ASSIM QUE UMA VIA AÉREA
AVANÇADA ESTIVER EM POSIÇÃO (INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL), OS
SOCORRISTAS NÃO DEVEM MAIS APLICAR CICLOS DE COMPRESSÃO
COM PAUSAS PARA VENTILAÇÃO. UM SOCORRISTA REALIZA
COMPRESSÕES ININTERRUPTAMENTE E O OUTRO SOCORRISTA APLICA
AS VENTILAÇÕES, EM UMA FREQUÊNCIA DE 8 A 10 VENTILAÇÕES POR
MINUTO (1 VENTILAÇÃO A CADA 6 A 8 SEGUNDOS).
6.COMPRIMIR COM FORÇA, RÁPIDO E SEM PARAR.
Principais considerações e recomendações sobre
as últimas diretrizes 2010 de reanimação
cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo
automático (DEA).
7.PERMITIR QUE O TÓRAX RETORNE TOTALMENTE APÓS CADA
COMPRESSÃO
(RETORNE
À
POSIÇÃO
NORMAL)
E
UTILIZAR
APROXIMADAMENTE O MESMO TEMPO PARA COMPRESSÃO E
RELAXAMENTO.
8.CADA VENTILAÇÃO DE RESGATE DEVE TER A DURAÇÃO DE 1 SEGUNDO E
PRODUZIR ELEVAÇÃO VISÍVEL DO TÓRAX.
9.EVITAR APLICAR UM NÚMERO EXCESSIVO DE VENTILAÇÕES, OU
VENTILAÇÕES MUITO LONGAS E FORÇADAS.
10.DESFIBRILAR COM CHOQUE ÚNICO, SEGUIDO DE RCP IMEDIATA.
Principais considerações e recomendações sobre
as últimas diretrizes 2010 de reanimação
cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo
automático (DEA).
11.REINICIAR IMEDIATAMENTE, APÓS A DESFIBRILAÇÃO, AS MANOBRAS
DE COMPRESSÃO, SEM CHECAR O PULSO. O PULSO SOMENTE SERÁ
REAVALIADO APÓS 2 MINUTOS (OU REALIZAÇÃO DE 5 CICLOS DE RCP).
12.ALTERNAR OS REANIMADORES A CADA 2 MINUTOS, PARA EVITAR A
FADIGA E MANTER A QUALIDADE DAS MANOBRAS DE RCP.
13.ABRIR AS VIAS AÉREAS É UMA PRIORIDADE, MESMO NA VÍTIMA DE
TRAUMA COM POSSÍVEL LESÃO CERVICAL. CASO A ELEVAÇÃO DA
MANDÍBULA SEM A EXTENSÃO DO PESCOÇO NÃO ABRA A VIA AÉREA,
OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DEVEM UTILIZAR A MANOBRA DE
INCLINAÇÃO DA CABEÇA E ELEVAÇÃO DO QUEIXO.
Principais considerações e recomendações sobre
as últimas diretrizes 2010 de reanimação
cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo
automático (DEA).
14.APLICAR SE A VÍTIMA NÃO ESTIVER RESPIRANDO, MAS TIVER PULSO, 10
A 12 VENTILAÇÕES DE RESGATE POR MINUTO, PARA UMA VÍTIMA ADULTA (1
VENTILAÇÃO A CADA 5 OU 6 SEGUNDOS). PARA LACTENTES OU CRIANÇAS,
AMPLIAR DE 12 A 20 VENTILAÇÕES POR MINUTO (APROXIMADAMENTE 1
VENTILAÇÃO A CADA 3 A 5 SEG.).
15.INICIAR AS COMPRESSÕES TORÁCICAS, SE A FREQUÊNCIA CARDÍACA DO
LACTENTE OU DA CRIANÇA FOR INFERIOR A 60BAT/MIN, COM SINAIS DE
PERFUSÃO SISTÊMICA INADEQUADA.
16.USAR 1 OU 2 MÃOS PARA APLICAR AS COMPRESSÕES TORÁCICAS EM
CRIANÇAS. COMPRIMIR SOBRE O ESTERNO NA LINHA DOS MAMILOS. PARA
LACTENTES, PRESSIONAR SOBRE O ESTERNO, IMEDIATAMENTE ABAIXO DA
LINHA DOS MAMILOS.
principais considerações e recomendações sobre
as últimas diretrizes 2010 de reanimação
cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo
automático (DEA).
17.NA RCP DE LACTENTES REALIZADA POR 2 SOCORRISTAS,
UTILIZAR A TÉCNICA DOS DOIS POLEGARES PARA REALIZAR
AS COMPRESSÕES TORÁCICAS.
18.USAR O DEA PARA CRIANÇAS ACIMA DE 1 ANO DE IDADE
(ABAIXO DE UM ANO UTILIZAR O DESFIBRILADOR MANUAL).
19.O SOCO PRECORDIAL FOI ABOLIDO EM ATENDIMENTOS
PRÉ-HOSPITALARES.
Urgências e Emergências
Neurológicas
A VERTIGEM É UMA FALSA SENSAÇÃO DE MOVIMENTO OU DE
ROTAÇÃO OU A IMPRESSÃO DE QUE OS OBJETOS SE MOVEM
OU RODAM.
GERALMENTE, ELA É ACOMPANHADA POR NÁUSEA E PERDA
DO EQUILÍBRIO. SOMENTE A TONTURA VERDADEIRA – A QUE
OS MÉDICOS DENOMINAM VERTIGEM – CAUSA UMA
SENSAÇÃO DE MOVIMENTO OU DE ROTAÇÃO. A VERTIGEM
PODE DURAR APENAS ALGUNS INSTANTES OU PODE
PERSISTIR POR HORAS OU MESMO DIAS.
Urgências e Emergências
Neurológicas
A VERTIGEM DEVERÁ SER VISTA COMO UM AVISO DE
QUE O ORGANISMO DA VÍTIMA ESTÁ DEBILITADO. OS
SINTOMAS PODEM SER: ALTERAÇÕES DA VISÃO,
DIFICULDADE DE ANDAR, DEBILIDADE PASSAGEIRA NAS
PERNAS, DESORIENTAÇÃO NO ESPAÇO, ALTERAÇÕES
DO EQUILÍBRIO ATÉ A INCONSCIÊNCIA COMPLETA.
ESSAS ALTERAÇÕES PODERÃO ESTAR ASSOCIADAS A
HIPOGLICEMIA,
HIPOTENSÃO,
ENTRE
OUTROS
PROBLEMAS DE SAÚDE.
Como proceder?
SENTAR A VÍTIMA, COLOCAR SUA CABEÇA ENTRE
AS PERNAS, COM OS BRAÇOS CAÍDOS NA
LATERAL DO CORPO. PEDIR A ELE QUE
EMPURRE A CABEÇA PARA CIMA, ENQUANTO O
SOCORRISTA A FORÇA PARA BAIXO. ESSA
MANOBRA AUMENTA O FLUXO SANGUÍNEO PARA
O CÉREBRO, MELHORANDO O QUADRO DO
PACIENTE. LEVAR A VÍTIMA A PROCURAR
ATENDIMENTO MÉDICO OU ORIENTÁ-LA PARA
ISSO.
Síncope (Desmaio)
A SÍNCOPE, POPULARMENTE CONHECIDA
COMO DESMAIO, É UMA PERDA SÚBITA E
TRANSITÓRIA DA CONSCIÊNCIA. É UM
SINAL DE APORTE INADEQUADO DO
OXIGÊNIO E DE OUTROS NUTRIENTES AO
CÉREBRO,
QUE
GERALMENTE
É
PROVOCADO POR UMA DIMINUIÇÃO
TEMPORÁRIA DO FLUXO SANGUÍNEO.
Atenção!
A SÍNCOPE QUE OCORRE SUBITAMENTE
COM PERDA DA CONSCIÊNCIA E SE
REPETE COM FREQUÊNCIA É SUGESTIVA
DE
ARRITMIAS
CARDÍACAS
OU
ALTERAÇÕES
NEUROLÓGICAS
(TIPO
PEQUENO MAL EPILÉTICO).
Sinais e sintomas
A SÍNCOPE PODE SER PRECEDIDA DE
ALGUNS SINAIS E SINTOMAS, ANTES DO
DESMAIO PROPRIAMENTE DITO (PERDA DA
CONSCIÊNCIA), COMO POR EXEMPLO:
FRAQUEZA, TONTURA, RELAXAMENTO
MUSCULAR, ESCURECIMENTO DA VISTA,
PALIDEZ E SUDORESE, PELE FRIA,
NÁUSEAS, PULSO RÁPIDO E FRACO.
Como proceder?
IMPEDIR QUE O VÍTIMA CAIA, PARA QUE NÃO SE
MACHUQUE; DEITÁ-LA EM DECÚBITO DORSAL, ELEVANDO
OS MEMBROS INFERIORES CERCA DE 30 CM DO CHÃO,
MONITORAR OS SINAIS VITAIS, AFASTAR OS CURIOSOS,
VENTILAR O AMBIENTE E AFROUXAR AS SUAS ROUPAS,
SE NECESSÁRIO; NÃO DAR TAPAS NO ROSTO DA VÍTIMA
NEM FAZÊ-LA CHEIRAR AMÔNIA OU ÁLCOOL. SE ELA NÃO
ACORDAR EM ALGUNS MINUTOS, CHAMAR SOCORRO. A
SÍNCOPE NÃO É UMA DOENÇA, MAS UM SINAL DE QUE
ALGO NÃO ESTÁ BEM NO ORGANISMO DA PESSOA.
PORTANTO, MESMO QUE ELA RECOBRE A CONSCIÊNCIA
ESPONTANEAMENTE, ORIENTE-A A PROCURAR UM
SERVIÇO MÉDICO.
Como proceder?
UMA CONVULSÃO É A RESPOSTA A UMA DESCARGA
ELÉTRICA ANORMAL NO CÉREBRO. O TERMO CRISE
CONVULSIVA DESCREVE VÁRIAS EXPERIÊNCIAS E
COMPORTAMENTOS E NÃO É O MESMO QUE UMA CRISE
EPILÉTICA, EMBORA OS TERMOS SEJAM ÀS VEZES
UTILIZADOS COMO SINÔNIMOS. QUALQUER COISA QUE
IRRITE O CÉREBRO PODE PRODUZIR UMA CRISE
CONVULSIVA. DOIS TERÇOS DOS INDIVÍDUOS QUE
APRESENTAM UMA CRISE CONVULSIVA JAMAIS A
APRESENTAM NOVAMENTE. UM TERÇO DOS INDIVÍDUOS
CONTINUARÃO A APRESENTAR CRISES CONVULSIVAS
RECORRENTES
(TRANSTORNO
NEUROLÓGICO
DENOMINADO EPILEPSIA).
Como proceder?
O QUE OCORRE EXATAMENTE DURANTE UMA
CONVULSÃO DEPENDE DA PARTE DO CÉREBRO QUE É
AFETADA PELA DESCARGA ELÉTRICA ANORMAL. A
DESCARGA ELÉTRICA PODE ENVOLVER UMA ÁREA
MÍNIMA DO CÉREBRO, FAZENDO APENAS COM QUE O
INDIVÍDUO PERCEBA UM ODOR OU SABOR ESTRANHO E
TENHA CRISES DE AUSÊNCIA (CRISE CONVULSIVA DE
“PEQUENO MAL”), OU PODE ENVOLVER GRANDES ÁREAS,
ACARRETANDO UMA CONVULSÃO (ABALOS E ESPASMOS
MUSCULARES GENERALIZADOS E DESCOORDENADOS –
CONVULSÃO DE “GRANDE MAL”).
Como proceder?
PROTEGER A VÍTIMA PARA QUE NÃO SE MACHUQUE, EVITANDO SUA
QUEDA OU PROTEGENDO PRINCIPALMENTE SUA CABEÇA; AFASTAR
OS CURIOSOS E OBJETOS QUE POSSAM CAUSAR LESÕES, NÃO
SEGURÁ-LA E PERMITIR QUE A CRISE OCORRA. EM CASO DE
VÔMITO, LATERALIZAR A SUA CABEÇA; DESOBSTRUIR SUAS VIAS
AÉREAS COM GAZE OU PANO LIMPO, NÃO COLOCAR NADA NA BOCA
DA VÍTIMA DURANTE O ATAQUE, NÃO “PUXAR A LÍNGUA” NEM JOGAR
ÁGUA NO SEU ROSTO. CESSADA A CRISE, ELA PODERÁ ENCONTRARSE SONOLENTA E DESORIENTADA.
MANTENHA-A EM REPOUSO, EM UM AMBIENTE CALMO, SILENCIOSO
E EM OBSERVAÇÃO CONSTANTE ATÉ A RECUPERAÇÃO COMPLETA,
MONITORANDO OS SINAIS VITAIS. ENCAMINHE-A AO HOSPITAL OU
AGUARDE O SERVIÇO DE EMERGÊNCIA.
Urgências e Emergências
Obstétricas
MÉDICOS E ENFERMEIROS DEVEM ESTAR PREPARADOS PARA
PRESTAR ASSISTÊNCIA A UMA PACIENTE EM PROCESSO DE
GESTAÇÃO, PARTO E PUERPÉRIO, RECONHECENDO OS
SINAIS DA GESTAÇÃO DE ALTO RISCO, ENCAMINHANDO PARA
ATENDIMENTO ESPECIALIZADO QUANDO NECESSÁRIO E
PRESTANDO ORIENTAÇÕES QUANTO À SAÚDE REPRODUTIVA,
PLANEJAMENTO FAMILIAR E ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL, ALÉM
DE UM ATENDIMENTO HUMANIZADO E DE QUALIDADE AO
PARTO.
Assistência ao parto
normal
PRIMEIRAMENTE, É PRECISO REALIZAR
UMA ANAMNESE E EXAME FÍSICO
OBSTÉTRICO, BUSCANDO INFORMAÇÕES
SOBRE A GESTAÇÃO ATUAL, REALIZAÇÃO
DO PRÉ-NATAL, PARIDADE (NÚMERO DE
PARTOS),
INTERCORRÊNCIAS
EM
GESTAÇÕES ANTERIORES, PROBLEMAS
DE SAÚDE ETC.
Assistência ao parto
normal
O INÍCIO DO TRABALHO DE PARTO É DESENCADEADO POR FATORES
MATERNOS, FETAIS E PLACENTÁRIOS, QUE SE INTERAGEM. O
SOCORRISTA PODERÁ IDENTIFICAR O TRABALHO DE PARTO PELA
PRESENÇA DE SINAIS COMO: DISCRETO SANGRAMENTO VAGINAL, PERDA
DE TAMPÃO MUCOSO, ELIMINAÇÃO DE LÍQUIDO AMNIÓTICO (EM
CONDIÇÕES NORMAIS, APRESENTA-SE CLARO, TRANSLÚCIDO E COM
PEQUENOS GRUMOS SEMELHANTES A PEDAÇOS DE LEITE COALHADO);
CONTRAÇÕES UTERINAS INICIALMENTE REGULARES, DE PEQUENA
INTENSIDADE, COM DURAÇÃO VARIÁVEL DE 20 A 40 SEGUNDOS,
PODENDO CHEGAR A DUAS OU MAIS EM DEZ MINUTOS; DESCONFORTO
LOMBAR;
ALTERAÇÕES
DA CÉRVICE
(COLO
UTERINO)
COM
AMOLECIMENTO E DILATAÇÃO PROGRESSIVA (O EXAME CERVICAL DEVE
SER REALIZADO POR MÉDICO OU ENFERMEIRO OBSTETRA).
Assistência ao parto
normal
O CONTROLE DOS BATIMENTOS FETAIS DEVE SER
REALIZADO A CADA HORA DO TRABALHO DE PARTO,
DURANTE E APÓS A CONTRAÇÃO UTERINA. DESSA
FORMA, NA AVALIAÇÃO DA DINÂMICA UTERINA, SEMPRE
DEVE SER FEITA A AUSCULTA DO CORAÇÃO DO FETO.
NA PRESENÇA DE COMPLICAÇÕES (ACELERAÇÕES,
DESACELERAÇÕES OU MECÔNIO), A AUSCULTA
NECESSITA SER VERIFICADA A CADA 5, 10 OU 15
MINUTOS, DEPENDENDO DA SITUAÇÃO.
O parto é dividido em quatro períodos
clínicos, a saber.
1.DILATAÇÃO:
O PERÍODO DEFINIDO CLINICAMENTE DE
PRIMEIRO ESTÁGIO, PERÍODO DE DILATAÇÃO, TEM INÍCIO COM A
INSTALAÇÃO DAS CONTRAÇÕES REGULARES QUE INDUZEM DUAS
IMPORTANTES MUDANÇAS NA CÉRVICE (COLO UTERINO):
• APAGAMENTO COMPLETO DO CANAL CERVICAL, QUE CONSISTE NA
INCORPORAÇÃO DELE AO SEGMENTO INFERIOR DO CORPO
UTERINO, OCORRENDO GRADUALMENTE DURANTE O PERÍODO DE
DILATAÇÃO;
• DILATAÇÃO TOTAL DA CÉRVICE.
2.Expulsão fetal:
O PERÍODO DE EXPULSÃO INICIA-SE COM A COMPLETA
DILATAÇÃO DO COLO UTERINO E TERMINA COM O
NASCIMENTO COMPLETO DO BEBÊ. (EM OUTRAS
PALAVRAS:
A
TOTAL
DILATAÇÃO
DA
CÉRVICE
CARACTERIZA O INÍCIO DO SEGUNDO PERÍODO DO
PARTO – EXPULSÃO – QUE TERMINA COM O
NASCIMENTO DA CRIANÇA).
AO FINAL DO PRIMEIRO PERÍODO DO TRABALHO DE
PARTO, O SANGRAMENTO AUMENTA COM A LACERAÇÃO
DOS CAPILARES NO COLO UTERINO.
2.Expulsão fetal:
O CORDÃO UMBILICAL SÓ DEVE SER
PINÇADO E LAQUEADO QUANDO O
RECÉM-NASCIDO ESTIVER RESPIRANDO.
(O CORDÃO UMBILICAL É PINÇADO EM
DOIS LUGARES E SECCIONADO ENTRE AS
PINÇAS, PARA EVITAR O SANGRAMENTO
EM QUALQUER UMA DAS EXTREMIDADES).
2.Expulsão fetal:
É IMPORTANTE MANTER O RECÉM-NASCIDO AQUECIDO, COBRINDOO COM UM LENÇOL/CAMPO – O QUE PREVINE A OCORRÊNCIA DE
HIPOTERMIA. A MULHER DEVE SER INCENTIVADA A INICIAR A
AMAMENTAÇÃO NOS PRIMEIROS MINUTOS APÓS O PARTO, POIS
ISSO FACILITA A SAÍDA DA PLACENTA E ESTIMULA A INVOLUÇÃO DO
ÚTERO, DIMINUINDO O SANGRAMENTO PÓS-PARTO, ALÉM DE
PROMOVER VÍNCULO PRECOCE COM O BEBÊ.
O CORDÃO UMBILICAL QUE SE ESTENDE DO UMBIGO À SUPERFÍCIE
FETAL DA PLACENTA, TEM EM MÉDIA 55CM E UM DIÂMETRO QUE
OSCILA ENTRE 1 E 2,5CM. É UMA ESTRUTURA QUE LIGA O FETO À
PLACENTA, SENDO VITAL AO FETO.
3.Dequitação:
TAMBÉM
CHAMADO
DE
SECUNDAMENTO
OU
DELIVRAMENTO, ESSE PERÍODO TEM INÍCIO APÓS A
EXPULSÃO DO FETO E TERMINA COM A SAÍDA DA
PLACENTA E SEUS ANEXOS (MEMBRANAS – CÓRION E
ÂMNIO).
NESSE MOMENTO, A PARTURIENTE EXPERIMENTA UM
PERÍODO DE BEM-ESTAR E ALEGRIA, DEVIDO AO
REPOUSO FISIOLÓGICO DO ÚTERO PELO TÉRMINO DAS
CONTRAÇÕES UTERINAS.
COMO JÁ FOI VISTO, A APROXIMAÇÃO PRECOCE ENTRE A
MÃE E O RECÉM-NASCIDO FORTALECE O VÍNCULO
AFETIVO E A MATERNIDADE.
3.Dequitação:
APÓS OS SINAIS POSITIVOS DE DESCOLAMENTO
PLACENTÁRIO
(SANGRAMENTO
AUMENTADO),
O
PROFISSIONAL QUE ASSISTE AO PARTO DEVE REALIZAR
A MANOBRA DE ROTAÇÃO NO SENTIDO HORÁRIO PARA A
RETIRADA DA PLACENTA, DENOMINADA MANOBRA DE
JACOBS, LEVANDO, AS MEMBRANAS A SE DESCOLAREM
E A SE DESPRENDEREM.
APÓS A DEQUITAÇÃO, EXAMINA-SE O CANAL VAGINAL, O
COLO UTERINO E A REGIÃO PERINEAL, PARA A
IDENTIFICAÇÃO DE RUPTURAS E LACERAÇÕES; CASO
TENHA SIDO REALIZADA EPISIOTOMIA (CORTE NO
PERÍNEO), PROCEDER À SUTURA.
3.Dequitação:
A PLACENTA DEVERÁ SER CUIDADOSAMENTE EXAMINADA COM
RELAÇÃO À SUA INTEGRIDADE (DEVE ESTAR COMPLETA), TIPO DE
VASCULARIZAÇÃO E LOCAL DE INSERÇÃO DO CORDÃO, BEM COMO
VERIFICAÇÃO DO NÚMERO DE VASOS DELE (2 ARTÉRIAS E 1 VEIA),
PRESENÇA DE NÓS E TUMORAÇÕES.
O PROFISSIONAL DEVE FICAR ATENTO PARA AS PERDAS
SANGUÍNEAS, QUE NÃO PODEM SER SUPERIORES A 500 ML, E AS
CONDIÇÕES GERAIS DA PACIENTE. DEVE, TAMBÉM, REGISTRAR O
HORÁRIO DE SAÍDA DA PLACENTA. POSTERIORMENTE, A PLACENTA
DEVERÁ SER PESADA E TER O REGISTRO DO SEU PESO
DEVIDAMENTE ANOTADO.
4.Período de Greenberg:
DEFINIDO COMO A PRIMEIRA HORA APÓS A SAÍDA
DA PLACENTA, QUANDO PODEM ACONTECER AS
GRANDES HEMORRAGIAS E COMPLICAÇÕES
QUE SOLICITEM HABILIDADE E CONHECIMENTO
DA EQUIPE DE SAÚDE. A ASSISTÊNCIA ATIVA
NESSE PERÍODO E A VIGILÂNCIA AO LADO DA
PACIENTE
SURPREENDEM
E
CORRIGEM
OPORTUNAMENTE QUAISQUER DESVIOS DO
MECANISMO FISIOLÓGICO.
4.Período de Greenberg:
NESSA FASE, O PROFISSIONAL DE SAÚDE DEVE
OBSERVAR RIGOROSAMENTE OS LÓQUIOS
(SANGRAMENTO PÓS-PARTO) E AVALIAR A
INVOLUÇÃO E CONTRAÇÃO UTERINA, ESTANDO
PREPARADO PARA INTERVIR EM QUALQUER
ANORMALIDADE. OS SINAIS VITAIS DEVEM SER
VERIFICADOS COM ATENÇÃO, ESPECIALMENTE A
PRESSÃO ARTERIAL E FREQUÊNCIA CARDÍACA,
QUE SE MANIFESTAM ALTERADAS EM QUADROS
HEMORRÁGICOS.
São sinais indicativos de possíveis
complicações materno-fetais:
• SANGRAMENTO ANORMAL DURANTE A GESTAÇÃO OU
TRABALHO DE PARTO PODEM INDICAR UMA PLACENTA
PRÉVIA (PLACENTA BAIXA) OU DESCOLAMENTO PREMATURO
DA PLACENTA (DPP). NESSA ÚLTIMA PATOLOGIA, A
HEMORRAGIA É ACOMPANHADA DE
DOR SÚBITA E
ENRIJECIMENTO DA PAREDE ABDOMINAL. A GESTANTE
DEVERÁ SER ENCAMINHADA COM URGÊNCIA AO HOSPITAL
PARA AVALIAÇÃO E CONDUTA;
• PRÉ-ECLÂMPSIA–PACIENTE COM ELEVAÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL, PRESENÇA DE EDEMA E PROTEINÚRIA.
São sinais indicativos de possíveis
complicações materno-fetais:
MONITORAR ATENTAMENTE A PRESSÃO ARTERIAL E BATIMENTOS
CARDÍACOS FETAIS. A GESTANTE DEVERÁ SER MANTIDA EM
DECÚBITO
LATERAL
ESQUERDO
E
ENCAMINHADA
PARA
ACOMPANHAMENTO EM SERVIÇO DE GESTAÇÃO DE ALTO RISCO. NA
ECLÂMPSIA OCORREM CRISES CONVULSIVAS, ALÉM DOS SINAIS
DESCRITOS NA PRÉ-ECLÂMPSIA;
• VÔMITOS EXCESSIVOS (HIPEREMESE GRAVÍDICA)
• EXCESSO DE LÍQUIDO AMNIÓTICO (POLIDRÂMNIO).
• REDUÇÃO DO LÍQUIDO AMNIÓTICO (OLIGODRÂMNIO).
São sinais indicativos de possíveis
complicações materno-fetais:
• PRESENÇA DE LÍQUIDO AMNIÓTICO COM MECÔNIO.
• PROLAPSO DE CORDÃO UMBILICAL– A PARTURIENTE
DEVERÁ SER COLOCADA EM POSIÇÃO GENUPEITORAL E
O CORDÃO ENVOLVIDO COM UMA COMPRESSA ESTÉRIL
UMIDIFICADA COM SORO FISIOLÓGICO. O CORDÃO
UMBILICAL NÃO DEVERÁ SER COLOCADO PARA DENTRO
DO CANAL VAGINAL, E A CESÁREA É INDICADA
IMEDIATAMENTE;
São sinais indicativos de possíveis
complicações materno-fetais:
UMA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL DE QUALIDADE PODE
PREVENIR GRANDE PARTE DAS COMPLICAÇÕES SURGIDAS
NO
CICLO
GRAVÍDICO-PUERPERAL,
REDUZINDO
SIGNIFICATIVAMENTE A MORBIMORTALIDADE MATERNA
E/OU FETAL.
A EQUIPE DE SAÚDE DEVE TRABALHAR CONJUNTAMENTE E
DE FORMA HUMANIZADA PARA PROMOVER A SAÚDE DO
BINÔMIO MÃE – FILHO E ESTAR APTA A LIDAR COM AS
INTERCORRÊNCIAS E DIFICULDADES DO PROCESSO
GESTACIONAL.
Intoxicações Exógenas e
Acidentes com Animais Peçonhentos
O SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES TÓXICOFARMACOLÓGICAS (SINITOX) DIVULGOU QUE, NO ANO
2005, FORAM REGISTRADOS 477 ÓBITOS DO TOTAL DE
84.456 CASOS DE INTOXICAÇÃO HUMANA, REVELANDO
UM AUMENTO DE 18% EM RELAÇÃO AOS ÓBITOS DO ANO
ANTERIOR. DAS 477 MORTES REGISTRADAS, 159 FORAM
PROVOCADAS
POR
USO
INADEQUADO
DE
AGROTÓXICOS,
84
POR
INTOXICAÇÕES
MEDICAMENTOSAS E OS DEMAIS ÓBITOS FORAM
ATRIBUÍDOS A AGENTES COMO RATICIDAS, ACIDENTES
COM ANIMAIS PEÇONHENTOS E OUTRAS SUBSTÂNCIAS
TÓXICAS.
Intoxicações Exógenas e
Acidentes com Animais Peçonhentos
UMA SUBSTÂNCIA TÓXICA PODE PENETRAR NO ORGANISMO POR
DIVERSOS MEIOS OU VIAS DE ADMINISTRAÇÃO.
• INGERIDA: MEDICAMENTOS, DERIVADOS DE PETRÓLEO, AGROTÓXICOS,
RATICIDAS, PLANTAS, ALIMENTOS CONTAMINADOS ETC.
• INALADA: GASES TÓXICOS. EX: MONÓXIDO DE CARBONO, AMÔNIA,
AGROTÓXICOS, COLA À BASE DE TOLUENO (COLA DE SAPATEIRO),
ACETONA, BENZINA, ÉTER, GÁS DE COZINHA, FLUIDO DE ISQUEIRO E
OUTRAS SUBSTÂNCIAS VOLÁTEIS, GASES LIBERADOS DURANTE A
QUEIMA DE DIVERSOS MATERIAIS (PLÁSTICOS, TINTAS) ETC.
Intoxicações Exógenas e
Acidentes com Animais Peçonhentos
• ABSORVIDA: INSETICIDAS, AGROTÓXICOS E
OUTRAS
SUBSTÂNCIAS
QUÍMICAS
QUE
PENETREM NO ORGANISMO PELA PELE OU
MUCOSAS.
• INJETADA: TOXINAS DE DIVERSAS FONTES,
COMO COBRAS, ARANHAS, ESCORPIÕES OU
DROGAS INJETADAS COM SERINGA E AGULHA.
Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação
são variados, dependendo da substância)
• SUDORESE
• SIALORREIA E LACRIMEJAMENTO
• ALTERAÇÕES PUPILARES: MIDRÍASE OU MIOSE
• QUEIMAÇÃO NOS OLHOS E MUCOSAS
• CEFALEIA
• ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA
Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação
são variados, dependendo da substância)
• CONVULSÕES
• QUEIMADURAS OU MANCHAS AO REDOR DA BOCA
• DIFICULDADE PARA DEGLUTIR
• NÁUSEAS E VÔMITOS
• DISTENSÃO E DOR ABDOMINAL
• ALTERAÇÕES NA PELE: PALIDEZ, HIPEREMIA OU CIANOSE
Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação
são variados, dependendo da substância)
• ODORES CARACTERÍSTICOS: NA RESPIRAÇÃO, ROUPA,
AMBIENTE
•
ALTERAÇÕES
NA
FREQUÊNCIA
(TAQUICARDIA, BRADICARDIA E ARRITMIAS)
CARDÍACA
• RESPIRAÇÃO ANORMAL (TAQUIPNEIA, BRADIPNEIA OU
DISPNEIA)
• CHOQUE E ÓBITO
Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação
são variados, dependendo da substância)
ABORDAGEM E PRIMEIRO ATENDIMENTO À VÍTIMA DE
ENVENENAMENTO VERIFIQUE SE O LOCAL ESTÁ
SEGURO,
PROCURE
IDENTIFICAR
A
VIA
DE
ADMINISTRAÇÃO E O VENENO EM QUESTÃO. ABORDE A
VÍTIMA COMO DE COSTUME, IDENTIFIQUE-SE E FAÇA O
EXAME PRIMÁRIO; ESTEJA PREPARADO PARA INTERVIR
COM MANOBRAS PARA LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS E
DE RCP, CASO SEJA NECESSÁRIO. PROCEDA AO EXAME
SECUNDÁRIO E REMOVA A VÍTIMA DO LOCAL. HÁ
SITUAÇÕES EM QUE A VÍTIMA DEVE SER REMOVIDA
IMEDIATAMENTE PARA DIMINUIR A EXPOSIÇÃO AO
VENENO E PRESERVAR A SEGURANÇA DA EQUIPE.
Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação
são variados, dependendo da substância)
DE ACORDO COM AS ÚLTIMAS DIRETRIZES PARA
O
TRATAMENTO
DE
INTOXICAÇÕES
E
ENVENENAMENTO, PROPOSTAS PELA AMERICAN
HEART ASSOCIATION E A CRUZ VERMELHA
AMERICANA, A VÍTIMA INTOXICADA NÃO DEVE
BEBER NADA (NEM MESMO ÁGUA OU LEITE).
OS SOCORRISTAS NÃO DEVEM OFERECER
CARVÃO ATIVADO OU XAROPE DE IPECA PARA A
VÍTIMA, A NÃO SER QUE SEJA RECOMENDADO
PELO CENTRO DE CONTROLE DE INTOXICAÇÃO.
Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação
são variados, dependendo da substância)
NÃO INDUZIR O VÔMITO SE A VÍTIMA INGERIU DERIVADOS
DE PETRÓLEO (COMO QUEROSENE E GASOLINA) OU
SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS E CÁUSTICAS (ÁCIDO OU
BASE). TAMBÉM NÃO PROVOCAR O VÔMITO SE A VÍTIMA
ESTIVER COM ALTERAÇÕES DE CONSCIÊNCIA.
GUARDE AS EMBALAGENS DE PRODUTOS, RESTOS DE
SUBSTÂNCIAS OU CONTEÚDOS VOMITADOS, PARA
FACILITAR A IDENTIFICAÇÃO DO VENENO E TRATAMENTO
ADEQUADO.
EM CASO DE CONTATO COM A PELE E/OU OLHOS, LAVE A
REGIÃO ATINGIDA COM BASTANTE ÁGUA CORRENTE E
LIMPA.
Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação
são variados, dependendo da substância)
O MELHOR A SER FEITO É REMOVER A VÍTIMA
PARA O HOSPITAL O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. O
ENVENENAMENTO É UM DOS CASOS EM QUE O
SOCORRISTA PODERÁ REMOVER A VÍTIMA
RAPIDAMENTE
PARA
O
HOSPITAL
SEM
AGUARDAR O SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
(SAV).
LIGUE PARA O CENTRO DE INFORMAÇÕES
TOXICOLÓGICAS (CIT) E OBTENHA MAIORES
INFORMAÇÕES SOBRE A SUBSTÂNCIA EM
QUESTÃO.
Acidentes com Animais
Peçonhentos
ANIMAL PEÇONHENTO É AQUELE QUE POSSUI GLÂNDULA
PRODUTORA DE VENENO QUE SE COMUNICA COM DENTES
OCOS, FERRÕES OU AGUILHÕES POR ONDE A PEÇONHA
PASSA ATIVAMENTE. EX: CASCAVEL, ARANHA MARROM,
ESCORPIÕES, ABELHAS ETC.
ANIMAIS VENENOSOS SÃO AQUELES QUE PRODUZEM
VENENO, MAS NÃO POSSUEM UM APARELHO INOCULADOR
PARA INJETÁ-LO. PROVOCAM O ENVENENAMENTO POR
CONTATO (EX: LAGARTAS), COMPRESSÃO (EX: SAPO) OU
INGESTÃO (EX: PEIXE BAIACU).
Acidentes com Animais
Peçonhentos
SEMPRE QUE ESTIVERMOS DIANTE DE UM
POSSÍVEL CASO DE ENVENENAMENTO CAUSADO
POR ANIMAL PEÇONHENTO, DEVEMOS TENTAR
CAPTURÁ-LO
PARA
IDENTIFICAÇÃO,
SEM
CORRER MAIORES RISCOS OU PERDER TEMPO
COM ESSE PROCEDIMENTO. A IDENTIFICAÇÃO
CORRETA
PERMITIRÁ A ADMINISTRAÇÃO
ANTIVENENO ESPECÍFICO.
DO
SORO
Acidentes com Animais
Peçonhentos
É IMPORTANTE RESSALTAR QUE OS SINAIS
E
SINTOMAS
DO
ENVENENAMENTO
VARIAM DE ACORDO COM A ESPÉCIE QUE
CAUSOU O ACIDENTE, A QUANTIDADE DE
VENENO INOCULADO, PESO E IDADE DA
VÍTIMA, AS CONDIÇÕES DE NUTRIÇÃO E O
ATENDIMENTO RECEBIDO.
Acidente ofídico
MORDIDAS DE COBRAS NÃO PEÇONHENTAS NÃO SÃO
CONSIDERADAS SÉRIAS E GERALMENTE SÃO TRATADAS COMO
FERIMENTOS LEVES; APENAS AS MORDIDAS DE COBRAS
PEÇONHENTAS SÃO CONSIDERADAS URGÊNCIAS MÉDICAS. OS
SINAIS E SINTOMAS APARECEM DE FORMA IMEDIATA EM SOMENTE
UM TERÇO DOS CASOS DE MORDIDAS DE COBRAS PEÇONHENTAS E
A MAIORIA DAS PESSOAS NÃO APRESENTA SINTOMAS,
NORMALMENTE PORQUE O VENENO NÃO FOI INJETADO. É MUITO
IMPORTANTE SABER IDENTIFICAR SE O ACIDENTE FOI CAUSADO
POR UMA SERPENTE PEÇONHENTA OU NÃO. PARA ISSO, OBSERVAMSE CARACTERÍSTICAS DO LOCAL DA MORDIDA, ASSIM COMO AS
CARACTERÍSTICAS DA SERPENTE QUE CAUSOU O ACIDENTE.
Acidente ofídico
NO
BRASIL
EXISTEM
DUAS
FAMÍLIAS
DE
SERPENTES
CONSIDERADAS PEÇONHENTAS E DE INTERESSE MÉDICO:
• FAMÍLIA VIPERIDAE (VIPERÍDEOS): DESTACA-SE A SUBFAMÍLIA
CROTALINAE, A QUE PERTENCEM OS GÊNEROS CROTALUS
(CASCAVEL), BOTHROPS (JARARACA) E LACHESIS (SURUCUCU).
• FAMÍLIA ELAPIDAE (ELAPÍDEOS): ENGLOBA O GÊNERO MICRURUS
(CORAIS VERDADEIRAS).
AS SERPENTES PEÇONHENTAS EM NOSSO PAÍS GERALMENTE
APRESENTAM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:
Acidente ofídico
1.CABEÇA TRIANGULAR E DESTACADA DO CORPO, ESCAMAS PEQUENAS
E ÁSPERAS, PUPILA EM FENDA VERTICAL (ELÍPTICA), CAUDA BEM
DESTACADA DO CORPO, PRESENÇA DE GUIZO OU CHOCALHO NO FINAL
DA CAUDA (CASCAVEL);
2.PRESENÇA DE FOSSETA LOREAL (COM EXCEÇÃO DA CORAL
VERDADEIRA): ÓRGÃO TERMOSSENSORIAL SITUADO ENTRE O OLHO E A
NARINA, QUE PERMITE À SERPENTE DETECTAR VARIAÇÕES MÍNIMAS DE
TEMPERATURA NO AMBIENTE, OU SEJA, PERCEBER A PRESENÇA DE
ANIMAIS DE SANGUE QUENTE (HOMEOTÉRMICOS);
3.PRESENÇA DE PRESAS INOCULADORAS DE VENENO;
4.HÁBITO NOTURNO, MOVIMENTOS LENTOS E VAGAROSOS.
Acidente ofídico
OBSERVAÇÃO– EXISTEM EXCEÇÕES E NEM
TODAS AS SERPENTES PEÇONHENTAS SE
ENQUADRAM
NAS
CARACTERÍSTICAS
DESCRITAS ACIMA. EX.: A CORAL VERDADEIRA
NÃO POSSUI CABEÇA TRIANGULAR NEM
FOSSETA LOREAL MAS É PEÇONHENTA. JÁ A
JIBÓIA POSSUI CABEÇA TRIANGULAR E CAUDA
AFINANDO
BRUSCAMENTE,
MAS
NÃO
É
PEÇONHENTA.
Acidente ofídico
O VENENO TEM AÇÃO PROTEOLÍTICA, COAGULANTE E
HEMORRÁGICA, COM MANIFESTAÇÕES LOCAIS (DE
INSTALAÇÃO PRECOCE E CARÁTER EVOLUTIVO) E
SISTÊMICAS. A MORDIDA PROVOCA MUITA DOR IMEDIATA,
VERMELHIDÃO, SANGRAMENTO NO LOCAL, EDEMA,
BOLHAS E NECROSE. AS MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS
INCLUEM NÁUSEAS, VÔMITOS, SUDORESE, HIPOTERMIA,
HIPOTENSÃO ARTERIAL, CHOQUE, HEMORRAGIAS À
DISTÂNCIA (EPISTAXE, GENGIVORRAGIA, SANGRAMENTO
DIGESTIVO, HEMATÚRIA ETC.) E INSUFICIÊNCIA RENAL
AGUDA.
Tratamento:
SORO
ANTIBOTRÓPICO,
VIA
ENDOVENOSA, DE ACORDO COM A
SINTOMATOLOGIA APRESENTADA E
CLASSIFICAÇÃO DO ACIDENTE EM
LEVE, MODERADO OU GRAVE.
Tratamento:
MENOS AGRESSIVAS QUE AS JARARACAS,
SÃO RESPONSÁVEIS POR CERCA DE 8 A
11% DOS ACIDENTES OFÍDICOS; NO
ENTANTO O OFIDISMO (ENVENENAMENTO
CAUSADO POR MORDIDA DE COBRA)
COSTUMA SER DE MAIOR GRAVIDADE
DEVIDO À FREQUÊNCIA COM QUE EVOLUI
PARA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA).
Tratamento:
AS MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS E NEUROLÓGICAS SÃO
AS MAIS IMPORTANTES E PERIGOSAS: NÁUSEA,
PROSTRAÇÃO, SONOLÊNCIA, CEFALEIA, DIPLOPIA E
VISÃO TURVA, MIDRÍASE, PTOSE PALPEBRAL (“FÁCIES
MIASTÊNICA” – FÁCIES NEUROTÓXICA DE ROSENFELD),
DIFICULDADE PARA DEGLUTIR, MIALGIA GENERALIZADA E
DE APARECIMENTO PRECOCE, FRAQUEZA MUSCULAR,
URINA ESCURA (AVERMELHADA E POSTERIORMENTE
MARROM, DEVIDO À MIOGLOBINÚRIA) E INSUFICIÊNCIA
RENAL.
Tratamento:
DICA– O INDIVÍDUO INTOXICADO PARECE
ESTAR EMBRIAGADO, TEM A FALA
ARRASTADA E DIFICULDADE PARA ABRIR
OS OLHOS, FRANZINDO A TESTA NUMA
TENTATIVA DE MANTER OS OLHOS
ABERTOS.
Tratamento:
A CORAL É A SERPENTE DO BRASIL QUE TEM O VENENO MAIS POTENTE,
PORÉM, COMO JÁ VIMOS, NÃO É A MAIOR RESPONSÁVEL PELOS
ACIDENTES OFÍDICOS. ESSAS SERPENTES PEÇONHENTAS NÃO POSSUEM
FOSSETA LOREAL (ISTO É UMA EXCEÇÃO), CABEÇA TRIANGULAR, NEM UM
APARELHO INOCULADOR DE VENENO TÃO EFICIENTE QUANTO O DAS
JARARACAS E CASCAVÉIS. O VENENO É INOCULADO POR MEIO DE PRESAS
PEQUENAS E FIXAS. O QUE CHAMA ATENÇÃO É O SEU PADRÃO COLORIDO,
COM ANÉIS VERMELHOS, BRANCOS E PRETOS. NA PRÁTICA, É DIFÍCIL
DIFERENCIAR UMA CORAL VERDADEIRA DE UMA CORAL FALSA, ENTÃO,
COMO REGRA E MEDIDAS DE SEGURANÇA, CONSIDERA-SE TODA
SERPENTE QUE POSSUA OS REFERIDOS ANÉIS COLORIDOS COMO SENDO
CORAL VERDADEIRA. PORTANTO, É MELHOR MANTER DISTÂNCIA, POIS
ESTAMOS DIANTE DA SERPENTE PEÇONHENTA QUE POSSUI O VENENO
MAIS TÓXICO EXISTENTE AQUI NO BRASIL.
Acidente aracnídico
NORMALMENTE, A PICADA SERÁ TRATADA COMO QUALQUER
FERIMENTO. O AUXÍLIO MÉDICO SÓ É NECESSÁRIO SE O
PRURIDO OU DOR DURAREM MAIS DE 2 DIAS, HOUVER SINAIS
DE INFECÇÃO NO LOCAL, DESENVOLVIMENTO DE REAÇÃO
ALÉRGICA OU SE O ARACNÍDEO PERTENCER A UM DOS TRÊS
GÊNEROS DE ARANHAS PEÇONHENTAS E DE IMPORTÂNCIA
MÉDICA QUE EXISTEM NO BRASIL: PHONEUTRIA SPP
(ARANHA ARMADEIRA, VÁRIAS ESPÉCIES), LOXOSCELES
(ARANHA MARROM, VÁRIAS ESPÉCIES) E LATRODECTUS
(VIÚVA-NEGRA, 3 ESPÉCIES OCORRENDO NO BRASIL, SENDO
A LATRODECTUS CURACAVIENSIS A MAIS COMUM).
Acidente aracnídico
A ARMADEIRA É RESPONSÁVEL PELO MAIOR
NÚMERO DE ACIDENTES NO BRASIL, POR SER
UMA ARANHA MUITO COMUM E EXTREMAMENTE
AGRESSIVA. NÃO FAZ TEIA, É ENCONTRADA EM
BANANEIRAS, FOLHAGENS, ENTRE MADEIRAS,
PEDRAS EMPILHADAS E NO INTERIOR DAS
RESIDÊNCIAS. TEM COLORAÇÃO MARROMESCURA OU ACIZENTADA, COM MANCHAS
CLARAS FORMANDO PARES NO DORSO DO
ABDOME E ATINGE ATÉ 12 CM DE DIÂMETRO.
Acidente aracnídico
NOS ACIDENTES COM ARMADEIRAS (“FONEUTRISMO”)
PREDOMINAM AS MANIFESTAÇÕES LOCAIS. A DOR É
IMEDIATA E GERALMENTE INTENSA, PODENDO IRRADIAR
PARA A RAIZ DO MEMBRO ACOMETIDO. OCORRE EDEMA,
VERMELHIDÃO, SENSAÇÃO DE ANESTESIA E SUDORESE
(TRANSPIRAÇÃO) NO LOCAL DA PICADA, ONDE PODEM SER
ENCONTRADAS DUAS MARCAS EM FORMA DE PONTOS. NOS
CASOS GRAVES, GERALMENTE RESTRITOS ÀS CRIANÇAS,
REGISTRAM-SE SUDORESE, NÁUSEAS, VÔMITOS, DIARREIA,
PRIAPISMO (EREÇÃO INVOLUNTÁRIA E DOLOROSA DO
PÊNIS), HIPERTONIA MUSCULAR, HIPOTENSÃO ARTERIAL,
CHOQUE E EDEMA AGUDO DE PULMÃO.
Acidente aracnídico
A ARANHA MARROM É PEQUENA (4CM), POSSUI HÁBITOS NOTURNOS E
TEM COMPORTAMENTO POUCO AGRESSIVO. É ENCONTRADA EM PILHAS
DE TIJOLOS, TELHAS E NO INTERIOR DAS RESIDÊNCIAS, ATRÁS DE
MÓVEIS, CORTINAS E EVENTUALMENTE EM ROUPAS. A PICADA
GERALMENTE OCORRE QUANDO A ARANHA É COMPRIMIDA CONTRA O
CORPO DA VÍTIMA, QUANDO ELA SE VESTE OU SE DEITA. NÃO PRODUZ
DOR IMEDIATA E O LOCAL DA PICADA É QUASE SEMPRE IMPERCEPTÍVEL.
NO ENTANTO, POSTERIORMENTE, EVOLUI COM UMA FERIDA DE DIFÍCIL
CICATRIZAÇÃO, NECESSITANDO, MUITAS VEZES, DE CORREÇÃO
CIRÚRGICA (ENXERTO). O ACIDENTE LOXOSCÉLICO REPRESENTA A
FORMA MAIS GRAVE DE ARANEÍSMO NO BRASIL, OCORRENDO
PARTICULARMENTE NO PARANÁ E SANTA CATARINA.
Acidente aracnídico
O VENENO DA VIÚVA-NEGRA É DE ELEVADA TOXICIDADE,
O MECANISMO DA SUA PEÇONHA É NEUROTÓXICO. ALÉM
DOS SINAIS E SINTOMAS GERAIS DAS PICADAS,
PODEMOS ENCONTRAR OUTROS SINAIS E SINTOMAS
IMPORTANTES: PEQUENAS MARCAS VERMELHAS DE
PRESAS,
ESPASMOS
MUSCULARES
GRAVES
(ESPECIALMENTE NOS OMBROS, NAS COSTAS, NO PEITO
E NO ABDOME, QUE SE INICIAM DENTRO DE 1 A 4 HORAS
APÓS A PICADA), FEBRE E CALAFRIOS, DOR DE CABEÇA
E TONTURA, NÁUSEAS E VÔMITOS, IRRITABILIDADE,
INSÔNIA, AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL, PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA ETC.
Acidente aracnídico
O VENENO DA VIÚVA-NEGRA É DE ELEVADA TOXICIDADE, O
MECANISMO DA SUA PEÇONHA É NEUROTÓXICO. ALÉM DOS
SINAIS E SINTOMAS GERAIS DAS PICADAS, PODEMOS
ENCONTRAR OUTROS SINAIS E SINTOMAS IMPORTANTES:
PEQUENAS MARCAS VERMELHAS DE PRESAS, ESPASMOS
MUSCULARES GRAVES (ESPECIALMENTE NOS OMBROS,
NAS COSTAS, NO PEITO E NO ABDOME, QUE SE INICIAM
DENTRO DE 1 A 4 HORAS APÓS A PICADA), FEBRE E
CALAFRIOS, DOR DE CABEÇA E TONTURA, NÁUSEAS E
VÔMITOS, IRRITABILIDADE, INSÔNIA, AUMENTO DA PRESSÃO
ARTERIAL, PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ETC.
Acidente aracnídico
O
TRATAMENTO
CONSISTE
NA
ADMINISTRAÇÃO
DA
SOROTERAPIA
ESPECÍFICA, USO DE ANALGÉSICOS
SISTÊMICOS, SEDATIVO, MONITORIZAÇÃO
DOS
SINAIS
VITAIS
E
SUPORTE
CARDIORRESPIRATÓRIO, SE NECESSÁRIO.
OS
DEMAIS
PROCEDIMENTOS
SÃO
UTILIZADOS
DE
ACORDO
COM
A
SINTOMATOLOGIA
Acidente escorpiônico
OS ACIDENTES COM ESCORPIÕES SÃO MENOS
FREQUENTES DO QUE COM ARANHAS, POIS ELES
SÃO POUCO AGRESSIVOS (PICAM PARA SE
DEFENDER) E TÊM HÁBITOS NOTURNOS. A VISÃO É
POUCO
DESENVOLVIDA,
ORIENTAM-SE
PELA
VIBRAÇÃO DO AR E DO SOLO E LOCALIZAM SUAS
PRESAS
PELO
TATO.
SÃO
FACILMENTE
ENCONTRADOS EM PILHAS DE MADEIRA, SOB
CASCAS DE ÁRVORES, PEDRAS, TRONCOS, TIJOLOS,
CUPINZEIROS,
ENTULHOS,
DENTRO
DAS
RESIDÊNCIAS, NO INTERIOR DE SAPATOS E BOTAS.
Acidente escorpiônico
O VENENO É POTENTE E NEUROTÓXICO. O QUADRO CLÍNICO DO
ESCORPIANISMO MANIFESTA-SE POR DOR LOCAL DE INTENSIDADE
VARIÁVEL (PODE CHEGAR A SER INSUPORTÁVEL), EM QUEIMAÇÃO OU
AGULHADA, IRRADIANDO PARA O MEMBRO AFETADO. PARESTESIA
(SENSAÇÃO DE FORMIGAMENTO OU DORMÊNCIA) TAMBÉM É REFERIDA NO
LOCAL DA PICADA. NOS ACIDENTES MODERADOS E GRAVES,
PRINCIPALMENTE EM CRIANÇAS, PODEM SURGIR MANIFESTAÇÕES
SISTÊMICAS, TAIS COMO: SUDORESE PROFUSA, TONTURA, VISÃO TURVA,
TREMORES, ESPASMOS MUSCULARES, CONFUSÃO MENTAL, HIPER OU
HIPOTERMIA, SIALORREIA, NÁUSEAS, VÔMITOS, DOR ABDOMINAL, DIARREIA,
PRIAPISMO (EREÇÃO DOLOROSA E INVOLUNTÁRIA DO PÊNIS) E
CONVULSÕES. PODEM OCORRER AINDA ARRITMIAS CARDÍACAS,
HIPERTENSÃO OU HIPOTENSÃO ARTERIAL, INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
CONGESTIVA, TAQUIPNEIA, DISPNEIA, EDEMA AGUDO DE PULMÃO, CHOQUE,
COMA, PARADA RESPIRATÓRIA E CARDÍACA.
Queimaduras e Choque Elétrico
AS QUEIMADURAS REPRESENTAM UM TIPO DE
TRAUMA
COMUMENTE
ENCONTRADO,
ENVOLVENDO PRINCIPALMENTE AS CRIANÇAS E O
AMBIENTE
DOMICILIAR.
AS
LESÕES
SÃO
PRODUZIDAS POR AÇÃO DE AGENTES FÍSICOS
TÉRMICOS (CALOR OU FRIO), TAIS COMO FOGO,
VAPORES, ELETRICIDADE, GELO; POR IRRADIAÇÃO
(EX.: RAIOS SOLARES); OU AGENTES QUÍMICOS,
COMO ÁCIDOS OU SOLUÇÕES BÁSICAS FORTES
(EX.: SODA CÁUSTICA).
Queimaduras e Choque Elétrico
A PROFUNDIDADE DA QUEIMADURA DEPENDE DO
ELEMENTO QUE A CAUSOU E DO TEMPO QUE A VÍTIMA
FICOU EXPOSTA. QUALQUER QUEIMADURA, MESMO A
MAIS
SIMPLES
QUEIMADURA
SOLAR,
PODERÁ
COMPLICAR E ATÉ LEVAR A VÍTIMA A UM ESTADO DE
CHOQUE,
PORTANTO
MERECE
TRATAMENTO
CUIDADOSO.
UMA DAS FORMAS DE CLASSIFICAR AS QUEIMADURAS É
VERIFICANDO O GRAU DE DESTRUIÇÃO CELULAR
PRODUZIDO (PROFUNDIDADE). SÃO ELAS:
QUEIMADURA DE 1º GRAU
A LESÃO OCORRE APENAS NA CAMADA MAIS
EXTERNA DA PELE, OU SEJA, A EPIDERME. É O TIPO
MAIS COMUM DE QUEIMADURA E PODE SER CAUSADA
POR UMA SIMPLES EXPOSIÇÃO PROLONGADA AO
SOL. OS SINAIS E SINTOMAS INCLUEM EDEMA E
VERMELHIDÃO DA PELE, HIPERSENSIBILIDADE E
ARDOR, QUE SE INICIAM QUASE QUE IMEDIATAMENTE
NO CASO DE AGENTES FÍSICOS SEREM SUA CAUSA,
PODENDO SE INTENSIFICAR ATÉ 12 A 48 HORAS, PELA
AÇÃO DE AGENTES INFLAMATÓRIOS.
Como proceder?
AFASTE A VÍTIMA DE PERTO DA FONTE
CAUSADORA DA QUEIMADURA, RESFRIE O
LOCAL COM ÁGUA FRIA OU PANO ÚMIDO E
PROTEJA O LOCAL ATINGIDO. OFEREÇA
LÍQUIDOS À VÍTIMA.
QUEIMADURA DE 2º GRAU
ATINGE A EPIDERME E A DERME, SENDO MAIS DOLORIDA
E FACILMENTE IDENTIFICADA, PORQUE PROVOCA A
FORMAÇÃO DE FLICTENAS (BOLHAS).
OS SINAIS E SINTOMAS MAIS IMPORTANTES SÃO A DOR
(HIPERSENSIBILIDADE), PRESENÇA DE FLICTENAS,
EDEMA E UMIDADE. NA OCORRÊNCIA DE MUITAS BOLHAS
OU LESÕES EXTENSAS, PODERÁ HAVER A PERDA
IMPORTANTE DE LÍQUIDO E PLASMA NESSAS ÁREAS,
PODENDO HAVER TAMBÉM A FORMAÇÃO DE CICATRIZES.
O TRATAMENTO DERMATOLÓGICO DEVERÁ SER
CONSIDERADO.
Como proceder?
UTILIZAR ÁGUA FRIA EM ABUNDÂNCIA, PARA RESFRIAR APENAS O LOCAL
AFETADO.
NÃO FURAR AS BOLHAS PORQUE ELAS PROTEGEM O LOCAL CONTRA
INFECÇÃO E ACELERAM O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO.
NÃO TENTAR RETIRAR COISA ALGUMA QUE ESTEJA GRUDADA À PELE
(POR EXEMPLO, ROUPAS).
NÃO APLICAR POMADAS, LÍQUIDOS, CREMES, PASTAS DENTAIS OU
QUALQUER OUTRA SUBSTÂNCIA SOBRE A QUEIMADURA. PROTEGER O
LOCAL ATINGIDO E ENCAMINHAR A VÍTIMA AO ATENDIMENTO MÉDICO O
MAIS BREVE POSSÍVEL.
QUEIMADURA DE 3º GRAU
OCORRE A DESTRUIÇÃO DE TODAS AS
CAMADAS DA PELE, ATINGINDO TAMBÉM
GORDURA, MÚSCULOS, TENDÕES E ATÉ
ÓRGÃOS INTERNOS, PODENDO TRAZER
RISCO IMINENTE DE MORTE. ESSE TIPO DE
QUEIMADURA EXIGE EXTREMA ATENÇÃO E
CUIDADOS POR PARTE DO PROVEDOR DE
SAÚDE.
QUEIMADURA DE 3º GRAU
OS SINAIS E SINTOMAS INCLUEM A DESTRUIÇÃO DA
EPIDERME, DERME E TECIDO SUBCUTÂNEO,
PODENDO APRESENTAR COLORAÇÃO BRANCA,
AVERMELHADA,
ESCURA
OU
CARBONIZADA
(NECROSE). É INDOLOR, PORQUE A QUEIMADURA
DESTRÓI OS RECEPTORES E TERMINAÇÕES
NERVOSAS NAS ESTRUTURAS AFETADAS, SENDO
DOLOROSA A ÁREA CIRCUNDANTE QUE SOFRE
QUEIMADURA DE SEGUNDO OU PRIMEIRO GRAU.
Como proceder?
SIGA AS MESMAS REGRAS PARA AS QUEIMADURAS DE 2º
GRAU. SE A VÍTIMA ESTIVER COM AS ROUPAS EM
CHAMAS, ABAFE O FOGO COM UM COBERTOR OU ALGO
SIMILAR; DEITE A VÍTIMA, COLOCANDO A CABEÇA E O
TÓRAX MAIS BAIXOS QUE O CORPO. CUBRA O LOCAL
ATINGIDO COM PANO LIMPO, DE PREFERÊNCIA
COMPRESSA OU GAZE ESTÉRIL, EMBEBIDA EM VASELINA
ESTÉRIL. MONITORE OS SINAIS VITAIS E TRANSPORTE A
VÍTIMA PARA O HOSPITAL O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL.
QUEIMADURAS ELÉTRICAS
LESÕES
INDUZIDAS
PELA
PASSAGEM
DE
CORRENTE ELÉTRICA PELO CORPO DE UMA
PESSOA QUE, DEPENDENDO DA INTENSIDADE DA
CORRENTE, DA RESISTÊNCIA, DA VOLTAGEM E DO
TEMPO DE EXPOSIÇÃO, PODEM SER MAIS, OU
MENOS
GRAVES.
ALGUMAS
LITERATURAS
CLASSIFICAM A QUEIMADURA PRODUZIDA POR
CORRENTE ELÉTRICA COMO SENDO DE QUARTO
GRAU.
QUEIMADURAS ELÉTRICAS
OS SINAIS E SINTOMAS DEPENDEM DO TIPO DA
LESÃO E DAS CIRCUNSTÂNCIAS, PODENDO
SURGIR FERIMENTOS INCISIVOS ISQUÊMICOS,
CARBONIZADOS, DEPRIMIDOS OU AMARELOESBRANQUIÇADOS. O FERIMENTO DE ENTRADA
DA CORRENTE GERALMENTE É PEQUENO E
MASCARA UMA LESÃO TECIDUAL PROFUNDA. O
FERIMENTO DE SAÍDA PODE SER DO TAMANHO
DO DE ENTRADA OU MAIOR.
Como proceder?
EVITE O CONTATO DIRETO COM A VÍTIMA
SE ELA AINDA ESTIVER SOFRENDO O
CHOQUE ELÉTRICO; PROCURE DESLIGAR
A FONTE DE ENERGIA E SE NÃO FOR
POSSÍVEL, AFASTE-A DA FONTE DA
CORRENTE,
UTILIZANDO
UM
MAU
CONDUTOR DE ENERGIA, COMO MADEIRA,
PEDAÇOS DE TECIDOS FORTES, LUVAS.
MANTENHA A VÍTIMA DEITADA.
Como proceder?
EVENTUALMENTE A VÍTIMA SOFRE PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA, PORTANTO ESTEJA
PREPARADO PARA INICIAR AS MANOBRAS DE
SUPORTE BÁSICO DE VIDA. SE NÃO FOR O
CASO, MONITORE OS SINAIS VITAIS E
PROCEDA
AOS
CUIDADOS
PARA
QUEIMADURAS E PREVENÇÃO DO ESTADO
DE CHOQUE. ENCAMINHE A VÍTIMA PARA O
HOSPITAL O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL.
QUEIMADURAS QUÍMICAS
SÃO LESÕES TECIDUAIS RESULTANTES DE
CONTATO QUÍMICO, GERALMENTE RELACIONADO
AO AMBIENTE DE TRABALHO OU DOMÉSTICO.
ESSAS QUEIMADURAS PODEM SE TORNAR
SIGNIFICATIVAMENTE
GRAVES
ATÉ
QUE
O
PRODUTO SEJA INATIVADO OU SUA AÇÃO
INTERROMPIDA. AS QUEIMADURAS QUÍMICAS
PODEM SER ÁCIDAS OU ALCALINAS (BÁSICAS) E OS
SINAIS E SINTOMAS VARIAM DE ACORDO COM A
SUBSTÂNCIA AGRESSORA.
QUEIMADURAS QUÍMICAS
AMBAS AS QUEIMADURAS CAUSAM DOR, MAS, DE
UM MODO GERAL, AS QUEIMADURAS ÁCIDAS
CAUSAM NECROSE DE COAGULAÇÃO, PRODUZINDO
ESCARAS
E
ÚLCERAS.
AS
QUEIMADURAS
ALCALINAS SÃO MAIS GRAVES PORQUE PENETRAM
PROFUNDAMENTE NA PELE E PERMANECEM ATIVAS
POR LONGO PERÍODO. EXEMPLO DE PRODUTO
QUÍMICO BÁSICO: HIDRÓXIDO DE SÓDIO – NAOH
(SODA CÁUSTICA).
Como proceder?
REMOVA TODA A ROUPA OU OBJETOS CONTAMINADOS DE
PERTO DA VÍTIMA. LEMBRE-SE DA SUA SEGURANÇA
PESSOAL, AO TOCAR NA VÍTIMA. DEPENDENDO DA
SUBSTÂNCIA QUÍMICA, PODERÁ SER FEITA A LAVAGEM DA
REGIÃO AFETADA COM ÁGUA ABUNDANTE E CONTÍNUA. EM
CASOS DE CONTATO COM PRODUTOS QUÍMICOS EM PÓ,
LIMPE A PELE ANTES DE MOLHÁ-LA, PARA EVITAR A
ATIVAÇÃO DA SUBSTÂNCIA. DE ACORDO COM AS
ORIENTAÇÕES
DA
SOCIEDADE
BRASILEIRA
DE
QUEIMADURAS, NO CASO DE QUEIMADURAS PRODUZIDAS
POR LÍQUIDOS É RECOMENDÁVEL LAVAR A ÁREA COM ÁGUA
CORRENTE E ABUNDANTE POR PELO MENOS 30 MINUTOS.
Como proceder?
MONITORE OS SINAIS VITAIS, PROCURE IDENTIFICAR A SUBSTÂNCIA
CAUSADORA E ENCAMINHE A VÍTIMA IMEDIATAMENTE PARA UM SERVIÇO
DE PRONTO ATENDIMENTO.
JAMAIS TENTE NEUTRALIZAR A SUBSTÂNCIA, PORQUE A NEUTRALIZAÇÃO
DE UMA SUBSTÂNCIA É UMA REAÇÃO QUE PRODUZ CALOR, PODENDO
CAUSAR DANOS ADICIONAIS À VÍTIMA.
OUTRA FORMA DE CLASSIFICAR AS QUEIMADURAS É EM RELAÇÃO À
SUPERFÍCIE
CORPORAL
QUEIMADA
(SCQ).
EXISTEM
VÁRIAS
CLASSIFICAÇÕES PARA O CÁLCULO DA ÁREA TOTAL DE SUPERFÍCIE
CORPORAL QUEIMADA (ATSQ), SENDO A “REGRA DOS NOVE”, PROPOSTA
POR WALLACE, A MAIS EMPREGADA.
Afogamento
DEFINE-SE POR AFOGAMENTO A ASPIRAÇÃO DE
LÍQUIDO NÃO CORPORAL POR SUBMERSÃO OU
IMERSÃO. UMA SUFOCAÇÃO (ASFIXIA) APÓS
IMERSÃO EM MEIO LÍQUIDO.
O AFOGAMENTO É A TERCEIRA CAUSA MAIS COMUM
DE MORTE ACIDENTAL; 40% OCORREM COM
CRIANÇAS ABAIXO DE QUATRO ANOS DE IDADE.
ENTRE ELAS, OS LOCAIS MAIS COMUNS DE
AFOGAMENTO SÃO AS PISCINAS E BANHEIRAS.
Afogamento
DIVERSAS CAUSAS LEVAM AO ACIDENTE DE
SUBMERSÃO: INDIVÍDUO QUE NÃO SABE NADAR
E SE VÊ EM SITUAÇÃO QUE ENVOLVA MEIO
LÍQUIDO, QUE CANSA OU TEM CÂIMBRAS,
INDIVÍDUO CARDIOPATA QUE TEM INFARTO; O
QUE USA ÁLCOOL ANTES DE ENTRAR NA ÁGUA;
O EPILÉPTICO QUE TEM CRISE CONVULSIVA NA
ÁGUA E O QUE MERGULHA EM ÁGUAS RASAS,
ENTRE OUTRAS.
Afogamento
• GRAU I: PACIENTE LÚCIDO, APRESENTANDO TOSSE SECA. INICIALMENTE O
PACIENTE ESTÁ TAQUICÁRDICO E TAQUIPNEICO, MAS MELHORA
RAPIDAMENTE À MEDIDA QUE SE ACALMA. NÃO HÁ ASPIRAÇÃO PULMONAR
SIGNIFICATIVA. O TRATAMENTO NA CENA DO ACIDENTE CONSISTE EM
REPOUSO, AQUECIMENTO DA VÍTIMA E OFERECIMENTO DE OXIGÊNIO.
• GRAU II: LUCIDEZ OU AGITAÇÃO. ELEVAÇÃO MODERADA DAS FREQUÊNCIAS
RESPIRATÓRIA E CARDÍACA. VÍTIMA COM TAQUIPNEIA, SEM GRANDE
DIFICULDADE RESPIRATÓRIA. HÁ PRESENÇA DE TOSSE E VÔMITOS. EXISTE
PEQUENA QUANTIDADE DE ESPUMA NA BOCA E NO NARIZ. ÓBITO EM 0,6%
DOS CASOS.
Afogamento
• GRAU III: VÍTIMA AGITADA E POUCO COLABORATIVA
DEVIDO À FALTA DE OXIGÊNIO. FREQUÊNCIA CARDÍACA E
VENTILATÓRIA ELEVADAS E GRAVE DIFICULDADE
RESPIRATÓRIA, MUITAS VEZES COM CIANOSE. OCORRE
TOSSE COM ESPUMA ESBRANQUIÇADA OU RÓSEA EM
QUANTIDADE. A MORTALIDADE ACONTECE EM CERCA DE
5,2% DOS CASOS.
• GRAU IV: SEMELHANTE AO GRAU III, PORÉM O PULSO
RADIAL ESTÁ FRACO OU AUSENTE (SINAIS DE CHOQUE).
ÓBITO EM 19,4% DOS CASOS.
Afogamento
• GRAU V: PRESENÇA DE PARADA
RESPIRATÓRIA. ÓBITO EM 44% DOS
CASOS.
• GRAU VI: PRESENÇA DE PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA. ÓBITO EM 93%
DOS CASOS.
Salvamento
O SALVAMENTO DEVERÁ SER REALIZADO, DE PREFERÊNCIA,
SEM A ENTRADA DO PRESTADOR DE SOCORRO NA ÁGUA. ELE
DEVE JOGAR ALGUM OBJETO PARA A VÍTIMA (CONSCIENTE) SE
APOIAR: CORDA, BOIA, COLETE SALVA-VIDAS, PRANCHA DE
SURFE, BOLA DE FUTEBOL, PNEU, REMO, GALHO, TOALHA, OU
OUTRO OBJETO RESISTENTE, QUE NÃO IRÁ SE ROMPER. UMA
VEZ QUE A VÍTIMA TENHA AGARRADO O OBJETO, DEVE SER
PUXADO PARA A MARGEM.
SE A VÍTIMA ESTIVER INCONSCIENTE OU LONGE DEMAIS PARA
SER ALCANÇADA COM UMA CORDA, O PRESTADOR DE
SOCORRO DEVERÁ IR ATÉ ELA.
Salvamento
ATENÇÃO! O PRESTADOR DE SOCORRO APENAS ENTRA NA
ÁGUA SE SOUBER NADAR MUITO BEM, OU TENHA RECEBIDO
TREINAMENTO EM TÉCNICAS DE RESGATE AQUÁTICO; SE
ESTIVER VESTINDO EQUIPAMENTO PESSOAL DE FLUTUAÇÃO;
SE ESTIVER ACOMPANHADO POR OUTROS SOCORRISTAS. O
SOCORRISTA DEVE ESTAR PREPARADO PARA O SALVAMENTO
DE VÍTIMAS EM PÂNICO. LEMBRE-SE DA SEGURANÇA EM
PRIMEIRO LUGAR. SE O SOCORRISTA NÃO ESTIVER APTO, DEVE
MARCAR O LUGAR DO AFOGADO E PROCURAR SOCORRO.
SOMENTE EM ÚLTIMO CASO, DEVE-SE TENTAR IR ATÉ A VÍTIMA!
Salvamento
NO CASO DE POSSÍVEL LESÃO MEDULAR, O OBJETIVO É SUSTENTAR AS
COSTAS DA VÍTIMA E ESTABILIZAR A CABEÇA E O PESCOÇO ENQUANTO
OUTROS CUIDADOS SÃO ADMINISTRADOS. SEMPRE DEIXAR A CABEÇA E O
PESCOÇO NO MESMO NÍVEL DAS COSTAS.
SE NÃO HOUVER SUSPEITA DE LESÃO MEDULAR, COLOCAR A VÍTIMA EM
POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA, DE MODO QUE ÁGUA, VÔMITO E
SECREÇÕES POSSAM SER DRENADAS DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES.
EXECUTAR A AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E DAR INÍCIO AO A, B E C. NA AUSÊNCIA
DE RESPIRAÇÃO, DESOBSTRUIR AS VIAS AÉREAS IMEDIATAMENTE E
COMEÇAR A RESPIRAÇÃO DE SALVAMENTO.
Salvamento
OBSERVAÇÃO – 1. ÁGUA NAS VIAS AÉREAS
PODE
CAUSAR
RESISTÊNCIA
À
RESPIRAÇÃO. APÓS A VERIFICAÇÃO DA
AUSÊNCIA DE CORPOS ESTRANHOS NAS
VIAS AÉREAS, APLICAR A RESPIRAÇÃO DE
SALVAMENTO COM MAIS FORÇA ATÉ VER O
TÓRAX DA VÍTIMA SUBIR E DESCER.
Salvamento
SE NÃO HOUVER PULSO, COMEÇAR IMEDIATAMENTE
AS COMPRESSÕES TORÁCICAS (RCP). PROSSEGUIR
COM A REANIMAÇÃO ATÉ A CHEGADA DA EQUIPE DE
EMERGÊNCIA, OU A RECUPERAÇÃO DA VÍTIMA.
CASO A VÍTIMA ESTEJA INCONSCIENTE, MAS COM
RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA PRESENTE, COLOCÁ-LA
EM POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA, A FIM DE
EVITAR BRONCOASPIRAÇÃO, ESPECIALMENTE SE
APRESENTAR VÔMITOS.
Salvamento
AQUEÇER A VÍTIMA, SECANDO-A E COBRINDO-A COM
COBERTORES OU TOALHAS. TODAS AS VÍTIMAS DE
AFOGAMENTO,
MESMO
AQUELAS
QUE
SÓ
NECESSITARAM DE MÍNIMO AUXÍLIO, DEVEM SER
SUBMETIDAS À AVALIAÇÃO MÉDICA, MESMO QUANDO SE
ACREDITA QUE O PERIGO JÁ PASSOU. ÀS VEZES A LESÃO
PULMONAR OCORRE HORAS APÓS O EPISÓDIO DE
SUBMERSÃO, E A VÍTIMA PODERÁ MORRER EM ATÉ 3 OU
4 DIAS APÓS O ACIDENTE (APROXIMADAMENTE 15% DAS
MORTES
POR
AFOGAMENTO
OCORREM
POR
COMPLICAÇÕES SECUNDÁRIAS).
Considerações sobre o Trauma
A VIOLÊNCIA INTERPESSOAL, OS ACIDENTES DE TRÂNSITO, AS
QUEDAS E OS ACIDENTES DE TRABALHO CONSTITUEM AS
CAUSAS MAIS COMUNS DE MORTALIDADE POR CAUSAS
EXTERNAS (TRAUMA) ENTRE A AMPLA FAIXA ETÁRIA DE 1 A 44
ANOS DE IDADE, SENDO OS HOMENS ADULTOS JOVENS OS
MAIS
VULNERÁVEIS
A
SOFREREM
TRAUMATISMOS,
ESPECIALMENTE EM RELAÇÃO ÀS AGRESSÕES.
O TRAUMA OCUPA HOJE A TERCEIRA CAUSA GERAL DE MORTE
NA POPULAÇÃO BRASILEIRA, SUPERADO APENAS PELAS
DOENÇAS CARDIOVASCULARES E NEOPLASIAS.
Considerações sobre o Trauma
A INSTABILIDADE HEMODINÂMICA NA VÍTIMA DE TRAUMA É
GERALMENTE OCASIONADA POR UMA PERDA SANGUÍNEA
SIGNIFICATIVA E, PORTANTO, O SOCORRISTA DEVERÁ
IDENTIFICAR E TRATAR PRONTAMENTE A HEMORRAGIA
EXTERNA. PARA O DOENTE QUE APRESENTA HEMORRAGIA
INTERNA, NADA PODERÁ SER FEITO NO ATENDIMENTO PRÉHOSPITALAR, NO SENTIDO DE ESTANCAR O SANGRAMENTO.
A VÍTIMA NECESSITARÁ SER ENCAMINHADA RAPIDAMENTE
AO HOSPITAL DE REFERÊNCIA EQUIPADO COM RECURSOS
HUMANOS E MATERIAIS, POIS O CONTROLE DA HEMORRAGIA
É POTENCIALMENTE CIRÚRGICO.
Hemorragia
A HEMORRAGIA EXTERNA PODE SER CLASSIFICADA
EM TRÊS TIPOS.
1.HEMORRAGIA
CAPILAR:
CAUSADA
POR
ESCORIAÇÕES QUE LESAM MINÚSCULOS VASOS
CAPILARES SITUADOS ABAIXO DA SUPERFÍCIE DA
PELE. O SANGRAMENTO É MÍNIMO E GERALMENTE
TERÁ CESSADO ANTES MESMO DA CHEGADA DA
EQUIPE DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR.
Hemorragia
2.HEMORRAGIA VENOSA: O SANGRAMENTO É
DE COLORAÇÃO VERMELHO-ESCURO (POR
SER POBRE EM OXIGÊNIO E RICO EM GÁS
CARBÔNICO)
E
NORMALMENTE
É
CONTROLADO MEDIANTE UMA COMPRESSÃO
MODERADA NO LOCAL DO FERIMENTO. EM
GERAL NÃO AMEAÇA A VIDA, A NÃO SER QUE A
LESÃO SEJA GRAVE OU O SANGRAMENTO
NÃO SEJA CONTROLADO.
Hemorragia
3.HEMORRAGIA ARTERIAL: O SANGRAMENTO
CAUSADO PELO ROMPIMENTO DE UMA
ARTÉRIA É O MAIS IMPORTANTE E TAMBÉM O
MAIS
DIFÍCIL
DE
SER
CONTROLADO.
CARACTERIZA-SE POR UM SANGUE DE
COLORAÇÃO VERMELHO-VIVO E QUE OCORRE
EM JATOS COMPASSADOS COM O RITMO
CARDÍACO (O SANGUE JORRA DA FERIDA A
CADA BATIMENTO DO CORAÇÃO).
Hemorragia
NO CASO DE SUSPEITA DE HEMORRAGIA INTERNA, OS SINAIS
E SINTOMAS SÃO EVIDENCIADOS PELA SÍNDROME DO
CHOQUE HEMORRÁGICO.
O PACIENTE ENCONTRA-SE MUITAS VEZES ANSIOSO (SINAL
DE HIPÓXIA CEREBRAL) E COM OUTRAS ALTERAÇÕES DE
CONSCIÊNCIA, APRESENTA TAQUICARDIA, TAQUIPNEIA,
HIPOTENSÃO ARTERIAL, PALIDEZ CUTÂNEA (DEVIDO À
INTENSA VASOCONSTRIÇÃO PERIFÉRICA), ENCHIMENTO
CAPILAR LENTO OU AUSENTE, HIPOTERMIA, SEDE ETC. A
VÍTIMA DEVE SER TRATADA COMO EM ESTADO DE CHOQUE,
TER MONITORADOS OS SINAIS VITAIS E SER LEVADO, PARA O
HOSPITAL IMEDIATAMENTE, POIS SE TRATA DE UMA
EMERGÊNCIA GRAVE.
Hemorragia
NO CONTROLE DA HEMORRAGIA EXTERNA, COMO PRIMEIRA
OPÇÃO, O SOCORRISTA DEVERÁ APLICAR PRESSÃO MANUAL
DIRETA SOBRE O FERIMENTO (COMPRESSÃO LOCAL), DE
PREFERÊNCIA UTILIZANDO UMA GAZE, COMPRESSA ESTÉRIL
OU PANO LIMPO.
ATENÇÃO! SE A COMPRESSA ESTIVER MUITO ENCHARCADA,
COLOCAR OUTRA POR CIMA DA PRIMEIRA E CONTINUAR
MANTENDO A PRESSÃO. (O OBJETIVO DE NÃO REMOVER AS
PRIMEIRAS COMPRESSAS É EVITAR A REMOÇÃO DOS
COÁGULOS FORMADOS E, COM ISSO, AUMENTAR NOVAMENTE
O SANGRAMENTO).
Estado de Choque
O CHOQUE É UMA CONDIÇÃO POTENCIALMENTE LETAL QUE SE
CARACTERIZA POR REDUÇÃO SIGNIFICATIVA DA PERFUSÃO TECIDUAL,
RESULTANDO EM INADEQUADA OFERTA DE OXIGÊNIO AOS TECIDOS.
OS TIPOS MAIS COMUNS DE CHOQUE SÃO:
• HIPOVOLÊMICO
• CARDIOGÊNICO
• SÉPTICO
• NEUROGÊNICO
Estado de Choque
O PACIENTE, QUE ESTÁ CHOCADO POR HIPOVOLEMIA,
APRESENTA OS SEGUINTES SINAIS E SINTOMAS: AGITAÇÃO,
ANSIEDADE (SINAIS DE HIPÓXIA CEREBRAL), POSTERIORMENTE
CANSAÇO, SONOLÊNCIA, CONFUSÃO MENTAL, TAQUICARDIA E
PULSO
FILIFORME,
RESPIRAÇÃO
CURTA,
RÁPIDA
E
SUPERFICIAL,
HIPOTENSÃO
ARTERIAL,
NÁUSEA,
SEDE,
SUDORESE, PELE FRIA, PÁLIDA E ÚMIDA, CÂIMBRAS, MUCOSAS
ESBRANQUIÇADAS, ENCHIMENTO CAPILAR LENTO (PERFUSÃO
PERIFÉRICA MAIOR QUE 2 SEGUNDOS) OU AUSENTE,
HIPOTERMIA, TREMORES, PERDA GRADUAL DA CONSCIÊNCIA,
COMA E MORTE.
Como proceder?
TRANQUILIZAR
A
VÍTIMA,
CONTROLAR
HEMORRAGIAS EXTERNAS, PREVENIR A
HIPOTERMIA COMO USO DE COBERTOR
TÉRMICO, ELEVAR AS PERNAS DA VÍTIMA
CERCA DE 30 CM DO CHÃO, MONITORAR OS
SINAIS VITAIS, NÃO OFERECER LÍQUIDOS E
PROVIDENCIAR A REMOÇÃO PARA O HOSPITAL
MAIS PREPARADO PARA RECEBER O DOENTE.
Evisceração
É A PROTRUSÃO DE VÍSCERAS PARA FORA DA CAVIDADE ABDOMINAL, COMO
CONSEQUÊNCIA DE INCISÃO ABDOMINAL ENTREABERTA OU PÓS-TRAUMA. É
UM TRAUMA RELATIVAMENTE COMUM, OCASIONADO POR ARMAS BRANCAS
E ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS.
O SOCORRISTA REALIZARÁ UM CURATIVO DO TIPO OCLUSIVO, DA SEGUINTE
MANEIRA: IRRIGAR UMA COMPRESSA ESTÉRIL COM SORO FISIOLÓGICO E
COLOCÁ-LA POR CIMA, COBRINDO AS VÍSCERAS EXPOSTAS. EM SEGUIDA,
APLICAR UMA BANDAGEM OU PLÁSTICO PROTETOR, FIXANDO-O NO LUGAR
COM ESPARADRAPO. É IMPORTANTE ESSA PREVENÇÃO DE CONTAMINAÇÃO,
COM A PROTEÇÃO ADEQUADA DOS ÓRGÃOS EVISCERADOS. EVITE A
MANIPULAÇÃO DAS VÍSCERAS OU REINTRODUZI-LAS PARA DENTRO DA
CAVIDADE ABDOMINAL, POIS ESSE PROCEDIMENTO SERÁ FEITO DURANTE O
ATO CIRÚRGICO.
Objeto Empalado
SE O TRAUMATIZADO TIVER ALGUM OBJETO TRANSFIXADO EM
SEU CORPO (GERALMENTE MADEIRA OU METAL), DEVE-SE
REALIZAR CURATIVO COMPRESSIVO APLICANDO PRESSÃO EM
UM DOS LADOS DO OBJETO, E NÃO SOBRE O OBJETO. O
OBJETIVO É CONTROLAR O SANGRAMENTO E ESTABILIZAR O
OBJETO NO LOCAL. JAMAIS REMOVA O OBJETO, COM RISCO
DE AUMENTAR SIGNIFICATIVAMENTE A HEMORRAGIA,
LESIONAR ESTRUTURAS INTERNAS (COMO OS NERVOS) E
AGRAVAR AINDA MAIS O ESTADO DA VÍTIMA. O CORPO
ESTRANHO EMPALADO SERÁ RETIRADO POSTERIORMENTE,
EM CENTRO CIRÚRGICO.
Fratura
EMBORA
SEJAM
COMUNS
NO
PACIENTE
TRAUMATIZADO, AS LESÕES DE EXTREMIDADES
RARAMENTE APRESENTAM RISCO DE MORTE
IMEDIATO. QUANDO LEVA À ACENTUADA PERDA
SANGUÍNEA, O TRAUMA DE EXTREMIDADES PODE PÔR
EM RISCO A VIDA DO PACIENTE.
TODO POLITRAUMATIZADO DEVE SER IMOBILIZADO
EM PRANCHA LONGA E O MAIS PRÓXIMO POSSÍVEL DA
POSIÇÃO ANATÔMICA.
Fratura
NA FRATURA FECHADA, A PELE ENCONTRA-SE
ÍNTEGRA, POIS NÃO FOI ROMPIDA PELO OSSO
FRATURADO. JÁ NA FRATURA EXPOSTA (ABERTA),
COMO O PRÓPRIO NOME DIZ, A INTEGRIDADE DA
PELE FOI ROMPIDA PELA EXTREMIDADE ÓSSEA
QUE PERFUROU A PELE. O SOCORRISTA DEVE
CONSIDERAR QUALQUER FERIMENTO PRÓXIMO
DE UMA POSSÍVEL FRATURA COMO SENDO UMA
FRATURA EXPOSTA E TRATÁ-LA COMO TAL.
Como proceder?
1.REALIZAR EXAME PRIMÁRIO.
2.REALIZAR
HEMOSTASIA
HEMORRAGIAS).
(CONTROLE
DAS
3.TRATAR O CHOQUE.
4.NO EXAME SECUNDÁRIO, EXAMINAR OS PULSOS,
COLORAÇÃO
DA PELE,
FUNÇÃO
MOTORA E
SENSIBILIDADE DO MEMBRO COM SUSPEITA DE
FRATURA.
Como proceder?
5.IMOBILIZAR ADEQUADAMENTE TODO O MEMBRO,
USANDO TALAS OU OUTROS MATERIAIS RÍGIDOS (A
IMOBILIZAÇÃO AJUDA A CONTER A HEMORRAGIA E
PROPORCIONA ALÍVIO DA DOR).
6.APÓS A IMOBILIZAÇÃO, APLICAR BOLSA DE GELO OU
COMPRESSA FRIA NO LOCAL PODE AJUDAR A REDUZIR A
DOR E O EDEMA.
7.MOVIMENTAR O MEMBRO LESADO O MÍNIMO POSSÍVEL.
Como proceder?
8.NA MAIORIA DAS VEZES, A FRATURA É IMOBILIZADA NA
POSIÇÃO EM QUE É ENCONTRADA. SE O MEMBRO
ESTIVER SEM PULSO, OU O PACIENTE NÃO PUDER SER
TRANSPORTADO POR CAUSA DA POSIÇÃO INCOMUM DO
MEMBRO, O SOCORRISTA PODE TENTAR REALINHÁ-LO
DELICADAMENTE, TRAZENDO O MEMBRO À POSIÇÃO
ANATÔMICA. SE HOUVER RESISTÊNCIA OU DOR
INTENSA, A TENTATIVA DEVERÁ SER ABANDONADA. É
IMPORTANTE RESSALTAR QUE O FATO DE IMOBILIZAR O
MEMBRO NA POSIÇÃO NORMAL MELHORA A DOR E A
CIRCULAÇÃO.
Como proceder?
9.O SOCORRISTA NÃO DEVE TENTAR “RECOLOCAR OS OSSOS NO LUGAR”,
ESPECIALMENTE QUANDO SE TRATA DE FRATURAS EXPOSTAS.
10.COBRIR COM CURATIVO ESTÉRIL
EXTREMIDADES ÓSSEAS EXPOSTAS.
AS
FERIDAS
ABERTAS
OU
11.REMOVER JOIAS E RELÓGIOS (ESSES OBJETOS PODEM PREJUDICAR A
CIRCULAÇÃO, QUANDO O EDEMA AUMENTAR).
12.VERIFICAR PULSO, SENSIBILIDADE E COR DO MEMBRO, ANTES E APÓS
REALIZAR A IMOBILIZAÇÃO.
Traumatismo Craniano
O TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE)
OU LESÃO CEREBRAL TRAUMÁTICA (LCT)
CONTRIBUI SIGNIFICATIVAMENTE PARA A
MORTE DE VÍTIMAS DE TRAUMA. AS COLISÕES
AUTOMOBILÍSTICAS CONTINUAM SENDO A
PRINCIPAL CAUSA DESSE TIPO DE LESÃO EM
PESSOAS COM IDADE INFERIOR A 65 ANOS. JÁ
NO IDOSO, AS QUEDAS SÃO RESPONSÁVEIS
PELA PRINCIPAL CAUSA DE TCE.
Traumatismo Craniano
AS FRATURAS CRANIANAS PODEM LESAR ARTÉRIAS E
VEIAS, PROVOCANDO SANGRAMENTO NOS ESPAÇOS
EM TORNO DO TECIDO CEREBRAL.
O LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LÍQUOR), QUE
CIRCULA ENTRE O CÉREBRO E AS MENINGES, PODE
SAIR PELO NARIZ (LIQUORREIA) OU PELO OUVIDO
(OTORREIA). OCASIONALMENTE, POR MEIO DESSAS
FRATURAS, OCORRE INVASÃO DE BACTÉRIAS NO
CRÂNIO, CAUSANDO INFECÇÃO E LESÃO CEREBRAL
GRAVES.
Sinais de reconhecimento do TCE:
FERIMENTO NA CABEÇA, EXPOSIÇÃO ÓSSEA OU DE MASSA
ENCEFÁLICA, ALTERAÇÕES DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
(AGITAÇÃO, CONFUSÃO MENTAL, DESORIENTAÇÃO, SONOLÊNCIA
E COMA), CEFALEIA, PERDA DE LÍQUOR E/OU SANGUE PELO NARIZ
E OUVIDO (RINORREIA E OTORREIA, RINORRAGIA E OTORRAGIA),
DOR, NÁUSEA E VÔMITO EM JATO (DEVIDO À HIPERTENSÃO
INTRACRANIANA), EDEMA E HEMATOMA PERIORBITAL (“SINAL DE
GUAXINIM”), HEMATOMA RETROAURICULAR (“SINAL DE BATTLE”),
HIPO
OU
HIPERTERMIA,
PADRÕES
RESPIRATÓRIOS
IRREGULARES,
ALTERAÇÕES
PUPILARES
(ANISOCORIA),
POSTURAS ANORMAIS (DECORTICAÇÃO OU DESCEREBRAÇÃO),
POSSÍVEL INCONTINÊNCIA URINÁRIA OU FECAL, DISTÚRBIOS
VISUAIS, ALTERAÇÕES DA FALA E DA MARCHA, HEMIPARESIA,
CONVULSÃO ETC.
Sinais de reconhecimento do TCE:
DICA: “TODO POLITRAUMATIZADO É UM PORTADOR DE LESÃO
NA COLUNA CERVICAL, ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO!”
OU SEJA, IMOBILIZAÇÃO COMPLETA É IMPRESCINDÍVEL
(PRANCHA LONGA RÍGIDA, USO DO COLAR CERVICAL E
IMOBILIZADOR LATERAL DE CABEÇA). A VÍTIMA DEVERÁ SER
MANIPULADA POR EQUIPE ESPECIALIZADA, COM AS DEVIDAS
TÉCNICAS
E
PROTOCOLOS
DE
ATENDIMENTO
AO
TRAUMATIZADO. O SOCORRISTA DEVERÁ MONITORAR OS
SINAIS VITAIS E NÍVEL DE CONSCIÊNCIA E, CASO EXISTA
EXTRAVASAMENTO DE FLUIDOS PELO NARIZ E/OU BOCA
(SANGUE OU LÍQUOR), NÃO DEVE TENTAR CONTÊ-LOS.
Obrigada!
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