[email protected] Tel: 9999-6558 Suporte básico de vida Suporte básico de vida O SUPORTE BÁSICO DE VIDA COMPREENDE O ATENDIMENTO PRESTADO A UMA VÍTIMA DE MAL SÚBITO OU TRAUMA, VISANDO À MANUTENÇÃO DE SEUS SINAIS VITAIS E À PRESERVAÇÃO DA VIDA, ALÉM DE EVITAR O AGRAVAMENTO DAS LESÕES EXISTENTES, ATÉ QUE UMA EQUIPE ESPECIALIZADA POSSA TRANSPORTÁ-LA AO HOSPITAL E OFERECER UM TRATAMENTO DEFINITIVO. Suporte básico de vida SÃO INÚMERAS AS SITUAÇÕES DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS QUE NECESSITAM DO ATENDIMENTO DE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU DE UM SOCORRISTA ESPECIALIZADO: TRAUMATISMOS, QUEIMADURAS, DOENÇAS CARDIOVASCULARES, PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA, CRISE CONVULSIVA, AFOGAMENTO, INTOXICAÇÕES ETC. PARA CADA CASO ESPECÍFICO, O PROFISSIONAL DEVERÁ ESTAR APTO A PRESTAR UM SOCORRO ADEQUADO E DE QUALIDADE. Segundo o Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM nº 1451/95), “define-se: URGÊNCIA: “A OCORRÊNCIA IMPREVISTA DE AGRAVO À SAÚDE COM OU SEM RISCO POTENCIAL DE VIDA, CUJO PORTADOR NECESSITA DE ASSISTÊNCIA MÉDICA IMEDIATA.” EMERGÊNCIA: É ENTENDIDO COMO “A CONSTATAÇÃO MÉDICA DE CONDIÇÕES DE AGRAVO À SAÚDE QUE IMPLIQUEM EM RISCO IMINENTE DE VIDA OU SOFRIMENTO INTENSO, EXIGINDO, PORTANTO, TRATAMENTO MÉDICO IMEDIATO.” Atendimento pré-hospitalar (APH) O APH TEM COMO OBJETIVOS ESPECÍFICOS PRESERVAR AS CONDIÇÕES VITAIS E TRANSPORTAR A VÍTIMA SEM CAUSAR TRAUMAS IATROGÊNICOS DURANTE SUA ABORDAGEM, COMO, POR EXEMPLO, DANOS OCORRIDOS DURANTE MANIPULAÇÃO E REMOÇÃO INADEQUADA (DO INTERIOR DE FERRAGENS, ESCOMBROS ETC.). O SOCORRISTA DEVE TER COMO PRINCÍPIO BÁSICO EVITAR O AGRAVAMENTO DAS LESÕES E PROCURAR ESTABILIZAR AS FUNÇÕES VENTILATÓRIAS E HEMODINÂMICAS DO PACIENTE. Atendimento pré-hospitalar (APH) UMA ATENÇÃO PRÉ-HOSPITALAR QUALIFICADA É DE SUMA IMPORTÂNCIA PARA QUE A VÍTIMA CHEGUE VIVA AO HOSPITAL. NOS LOCAIS ONDE ESSE SISTEMA É INADEQUADO, A MORTALIDADE HOSPITALAR POR TRAUMA, POR EXEMPLO, É BAIXA, PORQUE OS PACIENTES GRAVES MORREM NO LOCAL DO ACIDENTE, OU DURANTE O TRANSPORTE. O socorrista, ao decidir intervir em determinada ocorrência no ambiente pré-hospitalar, deverá seguir algumas regras básicas de atendimento: 1.AVALIAR CUIDADOSAMENTE O CENÁRIO –QUAL A SITUAÇÃO? OBSERVAR, RECONHECER E AVALIAR CUIDADOSAMENTE OS RISCOS QUE O AMBIENTE OFERECE (PARA VOCÊ, SUA EQUIPE E TERCEIROS – PACIENTE, FAMILIARES, TESTEMUNHAS, CURIOSOS), QUAL O NÚMERO DE VÍTIMAS ENVOLVIDAS, GRAVIDADE ETC. –COMO A SITUAÇÃO PODE EVOLUIR? TENHA SEMPRE EM MENTE QUE O AMBIENTE PRÉ-HOSPITALAR NUNCA ESTÁ 100% SEGURO E UMA SITUAÇÃO APARENTEMENTE CONTROLADA PODE TORNAR-SE INSTÁVEL E PERIGOSA A QUALQUER MOMENTO. PORTANTO, A SEGURANÇA DEVERÁ SER REAVALIADA CONSTANTEMENTE! IDENTIFIQUE AS AMEAÇAS AO SEU REDOR, TAIS COMO RISCOS DE ATROPELAMENTO, COLISÃO, EXPLOSÃO, DESABAMENTOS, ELETROCUSSÃO, AGRESSÕES ETC. NA EXISTÊNCIA DE QUALQUER PERIGO EM POTENCIAL, AGUARDE O SOCORRO ESPECIALIZADO. LEMBRE-SE: NÃO SE TORNE MAIS UMA VÍTIMA! QUANTO MENOR O NÚMERO DE VÍTIMAS, MELHOR. –QUE RECURSOS DEVEM SER ACIONADOS? VERIFIQUE SE HÁ NECESSIDADE DE SOLICITAR RECURSOS ADICIONAIS, TAIS COMO CORPO DE BOMBEIROS, DEFESA CIVIL, POLÍCIA MILITAR, COMPANHIA ELÉTRICA E OUTROS. 2.ACIONAR A EQUIPE DE RESGATE ESPECIALIZADO E AUTORIDADES COMPETENTES, CASO SEJA NECESSÁRIO, CONFORME AVALIAÇÃO ANTERIOR. NÃO DEVEMOS ESQUECER QUE SOLICITAR O SERVIÇO DE SOCORRO PRÉ-HOSPITALAR PROFISSIONAL É TÃO IMPORTANTE QUANTO CUIDAR DA PRÓPRIA VÍTIMA. NA MAIORIA DAS CIDADES BRASILEIRAS, OS PRINCIPAIS NÚMEROS PARA ACIONAR O SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU), SERVIÇO DE SALVAMENTO E RESGATE (CORPO DE BOMBEIROS) E POLÍCIA MILITAR, SÃO RESPECTIVAMENTE: 192, 193 E 190. 3.SINALIZAR O LOCAL: ISSO É ESPECIALMENTE IMPORTANTE EM CASOS DE ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS, PORTANTO NÃO SE ESQUEÇA DE SINALIZAR A CENA E TORNÁ-LA O MAIS SEGURA POSSÍVEL. UTILIZE O TRIÂNGULO DE SINALIZAÇÃO, PISCA-ALERTA, FARÓIS, CONES, GALHOS DE ÁRVORES ETC. 4.UTILIZAR BARREIRAS DE PROTEÇÃO CONTRA DOENÇAS CONTAGIOSAS. AO EXAMINAR E MANIPULAR A VÍTIMA, O SOCORRISTA DEVERÁ TOMAR TODAS AS PRECAUÇÕES PARA EVITAR A SUA CONTAMINAÇÃO POR AGENTES INFECCIOSOS, SANGUE, SECREÇÕES OU PRODUTOS QUÍMICOS. O USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI), TAIS COMO LUVAS DESCARTÁVEIS, ÓCULOS DE PROTEÇÃO, MÁSCARAS E AVENTAIS, É ESSENCIAL PARA A SEGURANÇA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE EM ATENDIMENTO. 5.RELACIONAR TESTEMUNHAS PROTEÇÃO PESSOAL, PROFISSIONAL PRESTADOR DE SOCORRO. PARA SUA PRÓPRIA E LEGAL ENQUANTO 6.ABORDAGEM E AVALIAÇÃO DA VÍTIMA APÓS AVALIAR O AMBIENTE E TOMAR TODAS AS PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO INDIVIDUAIS, O SOCORRISTA DEVERÁ SE IDENTIFICAR E SE APRESENTAR À VÍTIMA DIZENDO: “SOU UM PROFISSIONAL DE SAÚDE. POSSO AJUDAR?” EM SEGUIDA, DEVIDAMENTE AUTORIZADO A PRESTAR AUXÍLIO E OBSERVANDO TODOS OS ASPECTOS PESSOAIS E LEGAIS DA CENA DO ACIDENTE (OU DOENÇA AGUDA), O PROFISSIONAL PODERÁ INTERVIR DIRETAMENTE NO ATENDIMENTO. É FUNDAMENTAL QUE O SOCORRISTA PROFISSIONAL CLASSIFIQUE A VÍTIMA EM ADULTO, CRIANÇA OU BEBÊ, POIS OS PROCEDIMENTOS DE SBV, CASO SEJAM NECESSÁRIOS, SERÃO ADOTADOS RESPEITANDO-SE ESSA CLASSIFICAÇÃO, DE ACORDO COM AS ÚLTIMAS RECOMENDAÇÕES (2010) DA AMERICAN HEART ASSOCIATION. • BEBÊ (“LACTENTE”): DO NASCIMENTO AO PRIMEIRO ANO DE VIDA. • CRIANÇA: DO PRIMEIRO ANO DE VIDA ATÉ O INÍCIO DA PUBERDADE (POR EX: DESENVOLVIMENTO DAS MAMAS EM MENINAS E PELOS AXILARES NOS MENINOS). • ADULTO: A PARTIR DA PUBERDADE. A PRIORIDADE DE ATENDIMENTO É DETERMINADA BASICAMENTE PELA GRAVIDADE DA VÍTIMA, OU SEJA, SERÃO SOCORRIDAS E ATENDIDAS PRIMEIRAMENTE AQUELAS QUE SE ENCONTRAM SUJEITAS A MAIOR RISCO DE MORTE, POIS O OBJETIVO PRINCIPAL DO PRIMEIRO SOCORRO É A PRESERVAÇÃO DA VIDA. O SOCORRISTA DEVERÁ SEGUIR UMA SEQUÊNCIA PADRONIZADA E EXECUTAR AS MEDIDAS DE SOCORRO CONFORME FOR IDENTIFICANDO AS LESÕES DA VÍTIMA. O EXAME É DIVIDIDO EM DOIS TEMPOS PRINCIPAIS: AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA. Avaliação Primária CONSISTE NUMA ANÁLISE DE TODAS AS CONDIÇÕES QUE IMPLIQUEM RISCO IMINENTE DE MORTE, TAIS COMO PERMEABILIDADE DAS VIAS AÉREAS, RESPIRAÇÃO EFICAZ (ANORMAL OU GASPING), ESTABILIDADE CIRCULATÓRIA, CONTROLE DE GRANDES SANGRAMENTOS E ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL. ESSA ETAPA INICIAL DA AVALIAÇÃO DEVERÁ SER COMPLETADA EM 60 SEGUNDOS, NO MÁXIMO E IMEDIATAMENTE CHAMAR OU SOLICITAR ALGUÉM QUE CHAME O SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL, SE DISPONÍVEL NO LOCAL TRAZER O DEA – DESFIBRILADOR AUTOMÁTICO EXTERNO. DURANTE A AVALIAÇÃO PRIMÁRIA, O SOCORRISTA IDENTIFICA E CORRIGE PRONTAMENTE TODOS OS PROBLEMAS QUE AMEAÇAM A VIDA DO DOENTE. AS MEDIDAS DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA SÃO INICIADAS NESSE PRIMEIRO INSTANTE. Avaliação Primária A SEQUÊNCIA ABC FOI ALTERADA PARA CAB, O SOCORRISTA INICIARÁ COM AS COMPRESSÕES CASO A VÍTIMA NÃO APRESENTE PULSO. A MAIOR PARTE DOS PACIENTES QUE SOFREM PCR INICIALMENTE APRESENTOU FIBRILAÇÃO VENTRICULAR – FV OU TAQUICARDIA VENTRICULAR – TV SEM PULSO. DIANTE DISTO AS MEDIDAS IMEDIATAS SÃO COMPRESSÕES E DESFIBRILAÇÃO PRECOCE. SENDO ASSIM A SEQUÊNCIA UTILIZADA ANTERIORMENTE RETARDARIA O INÍCIO DA MASSAGEM CARDÍACA. COM ALTERAÇÃO DA SEQUÊNCIA AS MANOBRAS DE COMPRESSÕES SERÃO INICIADAS SEM ATRASO E A VENTILAÇÃO VERÁ EM SEGUIDA. Avaliação Primária • CIRCULAÇÃO – O PULSO ESTÁ PRESENTE? NÃO SE DEVE DEMORAR MAIS DO QUE 10 SEGUNDOS PARA IDENTIFICAR O PULSO. EXISTE ALGUMA HEMORRAGIA GRAVE? NA AUSÊNCIA DE PULSO INICIAR DE IMEDIATO COM 30 COMPRESSÕES TORÁCICAS, EM UMA FREQUÊNCIA DE NO MÍNIMO 100 VEZES POR MINUTOS, COM A PROFUNDIDADE DE 5 CM. PREVENIR OU TRATAR O ESTADO DE CHOQUE. • VIAS AÉREAS E ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL (EM VÍTIMAS DE TRAUMA, PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE SUSPEITAREM DE TRAUMA REALIZAR ANTERIORIZAÇÃO DA MANDÍBULA) – VER, OUVIR E SENTIR NÃO SE USA MAIS. VERIFICAR SE AS VIAS AÉREAS ESTÃO PÉRVIAS OU SE EXISTEM SINAIS DE OBSTRUÇÃO. • RESPIRAÇÃO – O PACIENTE RESPIRA? NA AUSÊNCIA DA RESPIRAÇÃO REALIZAR 2 VENTILAÇÕES. ESSA RESPIRAÇÃO ESTÁ SENDO EFICAZ? OFERTAR SUPORTE VENTILATÓRIO COM OXIGÊNIO SUPLEMENTAR DE 12 A 15 L/MIN PARA VÍTIMAS DE TRAUMA. Avaliação Primária • AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA – CHAMAR PELA PESSOA. “VOCÊ ESTÁ BEM? POSSO AJUDAR? QUAL O SEU NOME?” UM MÉTODO MUITO SIMPLES PARA DETERMINAR RAPIDAMENTE O ESTADO DE CONSCIÊNCIA É A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA AVDI. A – ACORDADO, ALERTA: O INDIVÍDUO EMITE RESPOSTAS COERENTES (NOME, ENDEREÇO, DETALHES DO ACIDENTE...). GERALMENTE A VÍTIMA MANTÉM CONTATO VISUAL COM O SOCORRISTA E ATENDE NORMALMENTE AOS ESTÍMULOS VISUAIS, AUDITIVOS E TÁTEIS. Avaliação Primária V – VERBAL: NESSE ESTÁGIO A VÍTIMA AINDA ATENDE AO ESTÍMULO VERBAL DADO PELO SOCORRISTA (COMANDO DE VOZ), NO ENTANTO, PODE APRESENTAR-SE CONFUSA E EMITIR PALAVRAS DESCONEXAS. DEVEMOS CONSIDERAR QUE ESSA VÍTIMA PODERÁ PERDER A CONSCIÊNCIA A QUALQUER MOMENTO, PORTANTO ELA DEVE SER ESTIMULADA A MANTER-SE ACORDADA. Avaliação Primária D – DOLOROSO: NESSE ESTÁGIO A VÍTIMA NÃO ATENDE MAIS AOS ESTÍMULOS VERBAIS DO SOCORRISTA, APESAR DE PODER EMITIR SONS OU GEMIDOS, MAS SEM CAPACIDADE DE CONTATO VISUAL DIRETO. REALIZA-SE UM ESTÍMULO DOLOROSO (SOBRE O ESTERNO, TRAPÉZIO OU LEITO UNGUEAL) PARA OBTER QUALQUER RESPOSTA DA VÍTIMA (LOCALIZAR A DOR, REAGIR COM CARETAS, MOVIMENTOS, GEMIDOS...). É BOM LEMBRAR QUE EM MUITOS CASOS, A VÍTIMA ESTARÁ EM UM ESTADO DE SEMICONSCIÊNCIA E PODERÁ ATÉ MESMO OUVIR E SENTIR O QUE ACONTECE AO SEU REDOR. DESSA FORMA, O SOCORRISTA TAMBÉM DEVERÁ ESTIMULAR O RETORNO DA VÍTIMA AO ESTADO DE RESPOSTA VERBAL, INCENTIVANDO A MELHORA DO SEU NÍVEL DE CONSCIÊNCIA. Avaliação Primária I – IRRESPONSIVO OU INCONSCIENTE: NESSE ESTÁGIO O INDIVÍDUO NÃO RESPONDE NEM MESMO AO ESTÍMULO DOLOROSO. ISSO, POR SI SÓ, JÁ CARACTERIZA UMA SITUAÇÃO CRÍTICA. • EXPOSIÇÃO DA VÍTIMA COM CONTROLE DA HIPOTERMIA – RETIRAR OU CORTAR AS VESTES PARA VISUALIZAR MELHOR E TRATAR AS LESÕES DE EXTREMIDADES. EM SEGUIDA, COBRIR A VÍTIMA, PREVENINDO ASSIM A HIPOTERMIA E MINIMIZANDO O CHOQUE. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (complementar): CONSISTE NA SEGUNDA ETAPA DO EXAME, ONDE SERÃO OBSERVADAS TODAS AS LESÕES QUE NÃO IMPLIQUEM RISCO IMEDIATO À VIDA. O SOCORRISTA DEVE BUSCAR REALIZAR ANAMNESE DIRECIONADA, CHECAR A HISTÓRIA DO ACIDENTE OU MAL SÚBITO, IDENTIFICAR OS FERIMENTOS, AFERIR OS SINAIS VITAIS E REALIZAR UM EXAME FÍSICO PADRONIZADO, DA CABEÇA AOS PÉS. ALGUMAS PERGUNTAS E INFORMAÇÕES SÃO FUNDAMENTAIS E DEVEM SER LEVANTADAS, COMO POR EXEMPLO: AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (complementar): • NOME, IDADE, TELEFONE (MENOR DE IDADE – CONTATAR RESPONSÁVEIS). • O QUE ACONTECEU? • ISSO JÁ ACONTECEU ANTES? • ALGUM PROBLEMA DE SAÚDE? • ESTÁ TOMANDO ALGUM REMÉDIO? • ESTÁ FAZENDO ALGUM TRATAMENTO DE SAÚDE? • É ALÉRGICO A ALGUM MEDICAMENTO? • FEZ USO DE ALGUM TIPO DE DROGA? • QUAL O HORÁRIO DA ÚLTIMA ALIMENTAÇÃO? • O QUE VOCÊ ESTÁ SENTINDO? SENTE DOR EM ALGUM LUGAR? Parada Cardiorrespiratória A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) É UMA EMERGÊNCIA RELATIVAMENTE FREQUENTE EM QUALQUER SERVIÇO DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA, E SIGNIFICA A CESSAÇÃO DOS BATIMENTOS CARDÍACOS E DOS MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS. AS CÉLULAS DO ORGANISMO COMEÇAM A MORRER ALGUNS MINUTOS DEPOIS DE CESSADAS AS FUNÇÕES VITAIS. AS CÉLULAS NERVOSAS SÃO AS MAIS FRÁGEIS DO CORPO HUMANO. ELAS NÃO CONSEGUEM SOBREVIVER POR MAIS DE CINCO MINUTOS SEM OXIGÊNIO, SOFRENDO LESÕES IRREVERSÍVEIS. Parada Cardiorrespiratória O SOCORRISTA, AO SE APROXIMAR DA VÍTIMA E CONSTATAR QUE NÃO EXISTE RESPIRAÇÃO E PULSO, NÃO PODE TER CERTEZA SE JÁ EXISTE A MORTE ENCEFÁLICA, PORTANTO A VÍTIMA DEVERÁ RECEBER AS MANOBRAS DE REANIMAÇÃO, A NÃO SER QUE SE ENCONTREM SINAIS CLAROS DE MORTE ÓBVIA. EXISTEM INÚMEROS CASOS CONHECIDOS EM QUE A VÍTIMA FOI REANIMADA COM SUCESSO APÓS LONGO TEMPO DE PARADA CARDÍACA. (FATO RELACIONADO COM AS CAUSAS DA PARADA CARDÍACA E FATORES AMBIENTAIS QUE PODEM PRESERVAR O ENCÉFALO POR UM TEMPO MAIOR QUE OS TRADICIONAIS 4 A 6 MINUTOS PARA QUE A MORTE CEREBRAL SE INICIE). Parada Cardiorrespiratória AS CAUSAS DE PARADA CARDIOPULMONAR PODEM SER DIVIDIDAS EM 2 GRUPOS: PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS PRIMÁRIAS: DEVIDO A UM PROBLEMA DO PRÓPRIO CORAÇÃO, CAUSANDO UMA ARRITMIA CARDÍACA, GERALMENTE A FIBRILAÇÃO VENTRICULAR. A CAUSA PRINCIPAL É A ISQUEMIA CARDÍACA (CHEGADA DE QUANTIDADE INSUFICIENTE DE SANGUE OXIGENADO AO CORAÇÃO). SECUNDÁRIAS: SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DE PCR EM CRIANÇAS E VÍTIMAS DE TRAUMATISMOS. A DISFUNÇÃO DO CORAÇÃO É CAUSADA POR PROBLEMA RESPIRATÓRIO OU POR UMA CAUSA EXTERNA: Parada Cardiorrespiratória 1.OXIGENAÇÃO DEFICIENTE: OBSTRUÇÃO AÉREAS E DOENÇAS PULMONARES; DE VIAS 2.TRANSPORTE INADEQUADO DE OXIGÊNIO: HEMORRAGIAS GRAVES, ESTADO DE CHOQUE E INTOXICAÇÃO PELO MONÓXIDO DE CARBONO; 3.AÇÃO DE FATORES EXTERNOS SOBRE O CORAÇÃO: DROGAS, TRAUMA DIRETO NO CORAÇÃO E DESCARGAS ELÉTRICAS. Parada respiratória A VÍTIMA INTERROMPE OS MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS, MAS O CORAÇÃO PODE CONTINUAR BOMBEANDO SANGUE DURANTE ALGUNS MINUTOS E A CIRCULAÇÃO CONTINUA ENVIANDO OXIGÊNIO DOS PULMÕES PARA OS TECIDOS. SE HOUVER UMA INTERVENÇÃO PRECOCE, É POSSÍVEL REVERTER O QUADRO E PREVENIR A PARADA CARDÍACA. DO CONTRÁRIO, OCORRERÁ INTERRUPÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO CORAÇÃO ENQUANTO BOMBA CARDÍACA, A CIRCULAÇÃO SERÁ SUSPENSA E O QUADRO SE AGRAVARÁ COM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA. Causas da parada respiratória: • ESTADO DE INCONSCIÊNCIA –OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR QUEDA DA LÍNGUA NA FARINGE POSTERIOR; • OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO (OVACE); • AFOGAMENTO; • ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO; • INALAÇÃO DE FUMAÇA; • OVERDOSE DE DROGAS; • TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO ETC. Objetivos das manobras de reanimação cardiopulmonar (MRCP) OXIGENAR E CIRCULAR O SANGUE ATÉ QUE SEJA INICIADO O TRATAMENTO DEFINITIVO; RETARDAR AO MÁXIMO A LESÃO CEREBRAL; PROLONGAR A DURAÇÃO DA FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (MODALIDADE DE PCR MAIS ENCONTRADA NO AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR), IMPEDINDO QUE ELA SE TRANSFORME EM ASSISTOLIA E PERMITIR QUE A DESFIBRILAÇÃO TENHA SUCESSO; REVERTER A PARADA CARDÍACA EM ALGUNS CASOS DE PCR POR CAUSAS RESPIRATÓRIAS. Objetivos das manobras de reanimação cardiopulmonar (MRCP) A RCP NÃO É CAPAZ DE EVITAR LESÃO CEREBRAL POR PERÍODOS PROLONGADOS. COM O TEMPO (MINUTOS) A CIRCULAÇÃO CEREBRAL OBTIDA COM AS COMPRESSÕES TORÁCICAS VAI DIMINUINDO PROGRESSIVAMENTE ATÉ SE TORNAR INEFICAZ. DURANTE A RCP A PRESSÃO SISTÓLICA ATINGE DE 60 A 80MMHG, MAS A PRESSÃO DIASTÓLICA É MUITO BAIXA, DIMINUINDO A PERFUSÃO DE VÁRIOS ÓRGÃOS, ENTRE OS QUAIS O CORAÇÃO. AS PARADAS POR FIBRILAÇÃO VENTRICULAR SÓ PODEM SER REVERTIDAS PELA DESFIBRILAÇÃO (TRATAMENTO DEFINITIVO). Objetivos das manobras de reanimação cardiopulmonar (MRCP) A SOBREVIVÊNCIA À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA DEPENDE DE UMA SÉRIE DE INTERVENÇÕES FUNDAMENTAIS, QUE CORRESPONDEM À “CORRENTE DE SOBREVIVÊNCIA”. O RECONHECIMENTO IMEDIATO DOS SINAIS, O ACIONAMENTO PRECOCE DO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA (ACESSO RÁPIDO), A RCP IMEDIATA, A CHEGADA DA EQUIPE DE ATENDIMENTO (COM A DESFIBRILAÇÃO PRECOCE) E ENTRADA RÁPIDA NO HOSPITAL (SUPORTE AVANÇADO DE VIDA – SAV) SÃO ELOS VITAIS DA CORRENTE PARA GARANTIR A EFICÁCIA DO PROCESSO. A RECUPERAÇÃO DA CIRCULAÇÃO DEVE OCORRER NUM PERÍODO INFERIOR A 4 MINUTOS, CASO CONTRÁRIO PODERÃO SOBREVIR ALTERAÇÕES IRREVERSÍVEIS NO SISTEMA NERVOSO, UM DOS TECIDOS MAIS SENSÍVEIS À FALTA DE OXIGÊNIO A – VIAS AÉREAS A VÍTIMA ENCONTRADA INCONSCIENTE E IRRESPONSIVA DEVERÁ SER POSICIONADA EM DECÚBITO DORSAL SOBRE UMA SUPERFÍCIE DURA, FIRME E PLANA, COM OS MEMBROS SUPERIORES ESTENDIDOS AO LONGO DO CORPO. A CABEÇA DA VÍTIMA NÃO DEVE FICAR MAIS ALTA QUE OS PÉS, PARA NÃO PREJUDICAR O FLUXO SANGUÍNEO CEREBRAL. NAS VÍTIMAS DE TRAUMA COM SUSPEITA DE LESÃO NA COLUNA CERVICAL, O MOVIMENTO DEVE SER CUIDADOSO PARA EVITAR DANOS À MEDULA ESPINHAL. A – VIAS AÉREAS A VENTILAÇÃO PULMONAR (RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL) SÓ PODERÁ SER EXECUTADA COM SUCESSO CASO AS VIAS AÉREAS DA VÍTIMA ESTEJAM ABERTAS, DESOBSTRUÍDAS. NAS VÍTIMAS INCONSCIENTES, A PRINCIPAL CAUSA DE OBSTRUÇÃO É A QUEDA DA LÍNGUA SOBRE A PAREDE POSTERIOR DA FARINGE. COMO A LÍNGUA ESTÁ PRESA À MANDÍBULA, AS MANOBRAS QUE TRACIONAM A MANDÍBULA PARA FRENTE TAMBÉM ELEVAM A LÍNGUA. A MANOBRA DE ABERTURA DAS VIAS AÉREAS PODE SER SUFICIENTE PARA RESTABELECER A RESPIRAÇÃO E PREVENIR A PARADA CARDÍACA. A – VIAS AÉREAS AS PRINCIPAIS MANOBRAS UTILIZADAS PARA DESOBSTRUIR AS VIAS AÉREAS SÃO: INCLINAÇÃO DA CABEÇA COM ELEVAÇÃO DO QUEIXO E MANOBRA DE ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA. PODE SER UTILIZADA TAMBÉM UMA CÂNULA OROFARÍNGEA (DO TIPO GUEDEL) PARA MANTER A PERMEABILIDADE DAS VIAS AÉREAS. INCLINAÇÃO DA CABEÇA E ELEVAÇÃO DO QUEIXO: MANOBRA MAIS UTILIZADA, FÁCIL E EFETIVA. COM UMA DAS MÃOS, PRESSIONAR A TESTA DA VÍTIMA, INCLINANDO A CABEÇA LEVEMENTE PARA TRÁS (HIPEREXTENSÃO DO PESCOÇO). POSICIONE OS DEDOS DA OUTRA MÃO SOBRE O QUEIXO, DESLOCANDO A MANDÍBULA PARA CIMA. NÃO UTILIZAR O POLEGAR E NÃO APLICAR PRESSÃO EXCESSIVA NAS PARTES MOLES SOB O QUEIXO, QUE PODERÃO OBSTRUIR AS VIAS AÉREAS. MANTER A BOCA DA VÍTIMA ABERTA. A – VIAS AÉREAS ELEVAÇÃO DO ÂNGULO DA MANDÍBULA: É A MANOBRA DE ESCOLHA NAS VÍTIMAS COM SUSPEITA DE TRAUMATISMOS NA COLUNA CERVICAL, POIS PODE SER REALIZADA SEM ESTENDER O PESCOÇO. SEGURAR COM AS DUAS MÃOS OS ÂNGULOS DAS MANDÍBULAS, UMA DE CADA LADO, E DESLOCAR ANTERIORMENTE, MANTENDO A CABEÇA FIXA. COM OS POLEGARES, AFASTE OS LÁBIOS INFERIORES. ESSA TÉCNICA DEVERÁ SER ADOTADA APENAS POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE TREINADOS. OBSERVAÇÃO– SOCORRISTAS LEIGOS NÃO DEVEM REALIZAR ESSA MANOBRA, E SIM A ELEVAÇÃO DO QUEIXO. OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPOS ESTRANHOS (OVACE) SE UM CORPO ESTRANHO FOR VISUALIZADO E ESTIVER ACESSÍVEL APÓS A MANOBRA DE ABERTURA DAS VIAS AÉREAS, REMOVA-O COM O DEDO INDICADOR “EM GANCHO”. NO CASO DE LÍQUIDOS, TENTE REMOVÊ-LOS COM OS DEDOS INDICADOR E MÉDIO ENVOLVIDOS POR GAZE. SOMENTE TENTE REMOVER O MATERIAL QUE ESTÁ CAUSANDO A OBSTRUÇÃO SE ELE ESTIVER BEM VISÍVEL E DE FÁCIL ACESSO. OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPOS ESTRANHOS (OVACE) EMBORA A PERDA DE CONSCIÊNCIA SEJA A CAUSA MAIS FREQUENTE DE OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS (PELA QUEDA DA LÍNGUA), A OBSTRUÇÃO POR CORPOS ESTRANHOS PODE PROVOCAR A PERDA DE CONSCIÊNCIA E PARADA CARDIOPULMONAR. A EVENTUALIDADE DE CORPOS ESTRANHOS OBSTRUINDO AS VIAS AÉREAS OCORRE MAIS FREQUENTEMENTE DURANTE AS REFEIÇÕES, MAS OUTRAS CAUSAS DE OBSTRUÇÃO INCLUEM PRÓTESES DENTÁRIAS DESLOCADAS, FRAGMENTOS DENTÁRIOS, SANGUE, SECREÇÕES (SALIVA, VÔMITO), BALAS ETC. EM LACTENTES OU CRIANÇAS, AS CAUSAS MAIS FREQUENTES SÃO ASPIRAÇÃO DE PEQUENOS OBJETOS OU LEITE REGURGITADO. OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPOS ESTRANHOS (OVACE) A OBSTRUÇÃO TOTAL DAS VIAS AÉREAS (ENGASGO REAL) É GERALMENTE RECONHECIDA QUANDO A VÍTIMA ESTÁ SE ALIMENTANDO E, REPENTINAMENTE, FICA INCAPAZ DE FALAR OU TOSSIR. PODE DEMONSTRAR SINAIS DE ASFIXIA, AGARRANDO O PESCOÇO (SINAL CLÁSSICO, UNIVERSAL), APRESENTANDO ESFORÇO RESPIRATÓRIO EXAGERADO E CIANOSE. O MOVIMENTO DE AR PODE ESTAR AUSENTE OU NÃO SER DETECTÁVEL. A VÍTIMA NÃO CONSEGUE FALAR OU TOSSIR COM EFICÁCIA. O PRONTO ATENDIMENTO É URGENTE, PREFERENCIALMENTE ENQUANTO A VÍTIMA AINDA ESTÁ CONSCIENTE. CASO NÃO SEJA INSTITUÍDO TRATAMENTO, A VÍTIMA EVOLUI RAPIDAMENTE PARA INCONSCIÊNCIA, PCR E ÓBITO. Como proceder? APLICAR A MANOBRA DE HEIMLICH ESSA TÉCNICA TEM COMO OBJETIVO EXPULSAR O CORPO ESTRANHO POR INTERMÉDIO DA ELIMINAÇÃO DO AR RESIDUAL DOS PULMÕES, CRIANDO UMA ESPÉCIE DE “TOSSE ARTIFICIAL” • VERIFIQUE SE É UM ENGASGO REAL. PERGUNTE À VÍTIMA: “VOCÊ ESTÁ ENGASGADO (A)?” • POSICIONE-SE ATRÁS DA VÍTIMA, ABRAÇANDO-A EM TORNO DO ABDOME. ESTANDO A VÍTIMA EM PÉ, AMPLIAR SUA BASE DE SUSTENTAÇÃO, AFASTANDO AS PERNAS, E POSICIONAR UMA PERNA ENTRE AS PERNAS DA VÍTIMA (PARA EVITAR QUE ELA CAIA, CASO VENHA PERDER A CONSCIÊNCIA). Como proceder? APLICAR A MANOBRA DE HEIMLICH • LOCALIZAR O UMBIGO. • COLOCAR A MÃO FECHADA 1 DEDO ACIMA DO UMBIGO. A MÃO DO SOCORRISTA EM CONTATO COM O ABDOME DA VÍTIMA ESTÁ COM O PUNHO FECHADO E O POLEGAR VOLTADO PARA DENTRO. A OUTRA MÃO É COLOCADA SOBRE A PRIMEIRA. • APLICAR 5 COMPRESSÕES DIRECIONADAS PARA CIMA. ABDOMINAIS SUCESSIVAS, • CONFERIR SE A VÍTIMA VOLTOU A RESPIRAR EXPELINDO O OBJETO. • SE NECESSÁRIO, REPOSICIONAR E REPETIR OS CICLOS DE 5 COMPRESSÕES, ATÉ QUE O OBJETO DESOBSTRUA AS VIAS AÉREAS, OU A VÍTIMA PERCA A CONSCIÊNCIA. Como proceder? APLICAR A MANOBRA DE HEIMLICH SE A VÍTIMA FICOU INCONSCIENTE, APOIÁ-LA CUIDADOSAMENTE ATÉ O SOLO E INICIAR MANOBRAS DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (30 COMPRESSÕES TORÁCICAS E 2 VENTILAÇÕES. REAVALIAR A CADA 2 MINUTOS (5 CICLOS) OU SE A VÍTIMA MOSTRAR SINAIS DE DESOBSTRUÇÃO, RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA E CIRCULAÇÃO). ATENÇÃO! A MANOBRA DE HEIMLICH É PERIGOSA E PODERÁ PROVOCAR LESÕES INTERNAS GRAVES. AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES SÃO LESÕES DE VÍSCERAS ABDOMINAIS COMO O FÍGADO E O BAÇO E A REGURGITAÇÃO DE MATERIAL DO ESTÔMAGO COM BRONCOASPIRAÇÃO. SEMPRE ENCAMINHE A VÍTIMA AO MÉDICO APÓS A APLICAÇÃO DA MANOBRA DE HEIMLICH Como proceder? APLICAR A MANOBRA DE HEIMLICH OBSERVAÇÃO– SEGUNDO A AMERICAN HEART ASSOCIATION, A MANOBRA DE HEIMLICH COM COMPRESSÕES ABDOMINAIS É RECOMENDADA APENAS PARA CRIANÇAS MAIORES DE 1 ANO E ADULTOS. DICA– PARA A DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM BEBÊS, MULHERES GRÁVIDAS E PESSOAS OBESAS, REALIZAR COMPRESSÕES TORÁCICAS, E NÃO COMPRESSÕES ABDOMINAIS. NOS BEBÊS (LACTENTES), INTERCALAR 5 TAPOTAGENS COM AS 5 COMPRESSÕES TORÁCICAS, ATÉ QUE O OBJETO SEJA EXPULSO OU O BEBÊ PERCA A CONSCIÊNCIA. CASO ISSO OCORRA, CONSIDERAR A CRIANÇA EM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E INICIAR IMEDIATAMENTE MANOBRAS DE RCP. B – BOA VENTILAÇÃO APÓS A DESOBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA POR CORPO ESTRANHO DEVESE OBSERVAR SE A VÍTIMA TEM RESPIRAÇÃO NORMAL OU GASPING. O PROCEDIMENTO DE VERIFICAÇÃO DA RESPIRAÇÃO NÃO DEVE LEVAR MAIS DO QUE 3 A 5 SEGUNDOS. RESPIRAÇÃO DIFÍCIL, RUIDOSA E COM ESFORÇO RESPIRATÓRIO PODE INDICAR OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS, OU RESPIRAÇÃO AGÔNICA QUE ANTECEDE A PARADA CARDÍACA. O SOCORRISTA DEVE ESTAR ATENTO. AO CONSTATAR QUE A VÍTIMA NÃO ESTÁ RESPIRANDO, INICIAR IMEDIATAMENTE A VENTILAÇÃO ARTIFICIAL (“SOPRO DA VIDA” OU 2 VENTILAÇÕES DE RESGATE). B – BOA VENTILAÇÃO ABRIR A VIA AÉREA COM MANOBRA DE INCLINAÇÃO DA CABEÇA OU ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA; PINÇAR AS NARINAS DA VÍTIMA COM A MESMA MÃO QUE INCLINA A CABEÇA; APLICAR SUA BOCA SOBRE A DA VÍTIMA, VEDANDO-A COMPLETAMENTE. EFETUAR DUAS VENTILAÇÕES, COM DURAÇÃO DE 1 A 2 SEGUNDOS (CADA SOPRO), OBSERVANDO O MOVIMENTO DO PEITO E SENTINDO O AR EXPIRADO DA VÍTIMA (VENTILAÇÕES MAIS RÁPIDAS CAUSAM DISTENSÃO DO ESTÔMAGO); MANTER UM SOPRO A CADA 5 OU 6 SEGUNDOS (NO ADULTO, FREQUÊNCIA DE APROXIMADAMENTE 12 RESPIRAÇÕES/MIN) B – BOA VENTILAÇÃO OBSERVAÇÃO – SE A VÍTIMA ESTIVER INCONSCIENTE, MAS APRESENTAR RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA, DEVERÁ SER MANTIDA EM POSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO (DECÚBITO LATERAL ESQUERDO). ESSA POSIÇÃO É PARTICULARMENTE IMPORTANTE, POIS PERMITE QUE SEJA REDUZIDO O RISCO DE ASPIRAÇÃO PARA OS PULMÕES, EM CASO DE VÔMITO OU EXCESSO DE SANGUE NAS VIAS AÉREAS. A POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA (POSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO) É UTILIZADA NOS MOMENTOS EM QUE A VÍTIMA DEVERÁ SER LATERALIZADA PARA DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS OU QUANDO SEU ESTADO EXIGIR DESCANSO. C – CIRCULAÇÃO APÓS AS DUAS VENTILAÇÕES INICIAIS, O PRESTADOR DE SOCORRO DEVE VERIFICAR O PULSO DA VÍTIMA. O PROCEDIMENTO DE VERIFICAÇÃO DO PULSO NÃO DEVE DEMORAR MAIS QUE 5 A 10 SEGUNDOS. A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA É RECONHECIDA PELA AUSÊNCIA DE PULSO NAS GRANDES ARTÉRIAS DE VÍTIMAS INCONSCIENTES. NOS ADULTOS E NAS CRIANÇAS MAIORES DE 1 ANO A ARTÉRIA UTILIZADA É A CARÓTIDA. ESSA ARTÉRIA PODE SER PALPADA FACILMENTE NO PESCOÇO (NOS DOIS LADOS). EM LACTENTES, A ARTÉRIA DE ESCOLHA PARA VERIFICAR A PRESENÇA DE PULSO É A BRAQUIAL. Atenção! VERIFICAR O PULSO NAS CARÓTIDAS, POR 5 A 10 SEGUNDOS DE CADA LADO. NO ENTANTO, NÃO VERIFICAR O PULSO NOS DOIS LADOS AO MESMO TEMPO, POIS PODERÁ INDUZIR A VÍTIMA A UMA BRADICARDIA (DIMINUIÇÃO DOS BATIMENTOS CARDÍACOS), POR COMPRESSÃO DOS BARORRECEPTORES LOCALIZADOS PRÓXIMOS DO PONTO CORRETO DE VERIFICAÇÃO. C – CIRCULAÇÃO CASO O PULSO PRESENTE, MAS A VÍTIMA ESTIVER EM PARADA RESPIRATÓRIA, A VENTILAÇÃO ARTIFICIAL DEVERÁ SER MANTIDA. LEMBRETE– VÍTIMA QUE RESPIRA NÃO ESTÁ EM PARADA CARDÍACA! A REALIZAÇÃO DE COMPRESSÕES TORÁCICAS EM PACIENTES ADULTOS COM PULSO PRESENTE PODE CAUSAR COMPLICAÇÕES SÉRIAS. SE CONFIRMADA A AUSÊNCIA DE PULSO NAS GRANDES ARTÉRIAS (CARÓTIDA OU FEMORAL), INICIAR IMEDIATAMENTE AS COMPRESSÕES TORÁCICAS. C – CIRCULAÇÃO • A VÍTIMA DEVE ESTAR EM DECÚBITO DORSAL (DE COSTAS) EM UMA SUPERFÍCIE DURA, TOMANDO-SE O CUIDADO PARA QUE A CABEÇA NÃO ESTEJA ELEVADA ACIMA DO NÍVEL DO CORAÇÃO. O SOCORRISTA SE MANTÉM AJOELHADO, AO LADO DO TÓRAX DA VÍTIMA. • A IDENTIFICAÇÃO CORRETA DA METADE INFERIOR DO ESTERNO É MUITO IMPORTANTE. • COM A MÃO, LOCALIZAR A MARGEM INFERIOR DO REBORDO COSTAL DA VÍTIMA. • PERCORRER O REBORDO COSTAL ATÉ IDENTIFICAR O APÊNDICE XIFÓIDE. • COLOCAR DOIS DEDOS ACIMA DO APÊNDICE XIFÓIDE SOBRE O ESTERNO. ATUALMENTE É PRECONIZADO ENCONTRAR UM PONTO ENTRE OS MAMILOS SOBRE O ESTERNO. • APOIAR A PALMA DE UMA DAS MÃOS SOBRE A METADE INFERIOR DO ESTERNO. C – CIRCULAÇÃO • COLOCAR A OUTRA MÃO SOBRE A PRIMEIRA, DE FORMA QUE AMBAS FIQUEM PARALELAS. PODE ENTRELAÇAR OS DEDOS OU MANTÊ-LOS ESTENDIDOS, MAS NÃO APOIÁLOS SOBRE A CAIXA TORÁCICA. O OBJETIVO É IMPEDIR QUE A FORÇA DE COMPRESSÃO SEJA EFETUADA SOBRE AS COSTELAS, PODENDO FRATURÁ-LAS. • ALINHAR OS OMBROS SOBRE O ESTERNO DA VÍTIMA, MANTENDO OS COTOVELOS ESTENDIDOS. A FORÇA DE COMPRESSÃO DEVE SER PROVIDA PELO PESO DO TRONCO DO SOCORRISTA E NÃO PELA FORÇA DE SEUS BRAÇOS. C – CIRCULAÇÃO • EXERCER PRESSÃO VERTICAL, COMPRIMINDO A PARTE INFERIOR DO ESTERNO COM PROFUNDIDADE DE 5CM (ADULTOS E CRIANÇAS). AS COMPRESSÕES DEVEM SER REGULARES E ININTERRUPTAS, SEGUIDAS DE RELAXAMENTO COM O MESMO TEMPO DE DURAÇÃO DE CADA COMPRESSÃO. O IDEAL É VERIFICAR SE A COMPRESSÃO EFETUADA É SUFICIENTE PARA GERAR UM PULSO CAROTÍDEO PALPÁVEL. • A COMPRESSÃO DEVE SER ALIVIADA COMPLETAMENTE (FASE DE RELAXAMENTO), SEM QUE O PRESTADOR DE SOCORRO RETIRE SUAS MÃOS DO TÓRAX DA VÍTIMA, PARA QUE NÃO SEJA PERDIDA A POSIÇÃO CORRETA DAS MÃOS. C – CIRCULAÇÃO • APÓS 5 CICLOS (2 MIN) DE COMPRESSÃO E VENTILAÇÃO (30:2), A VÍTIMA DEVE SER REAVALIADA. –PULSO AUSENTE: TORÁCICAS. REINICIAR RCP PELAS COMPRESSÕES –PULSO PRESENTE: VERIFICAR RESPIRAÇÃO; SE A VÍTIMA ESTIVER RESPIRANDO – MONITORIZAR OS SINAIS VITAIS E COLOCÁ-LA EM POSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO. –RESPIRAÇÃO AUSENTE: MANTER VENTILAÇÃO ARTIFICIAL (1 SOPRO A CADA 5 OU 6 SEGUNDOS) E MONITORIZAR O PULSO. Principais considerações e recomendações sobre as últimas diretrizes 2010 de reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo automático (DEA). 1.INICIAR A RCP COM AS COMPRESSÕES TORÁCICAS E MINIMIZAR AS INTERRUPÇÕES, OTIMIZANDO A FUNÇÃO CARDIOPULMONAR E PERFUSÃO DOS ÓRGÃOS. 2.COMPRIMIR O TÓRAX A UMA FREQUÊNCIA DE 100 COMPRESSÕES POR MINUTO, PARA TODAS AS VÍTIMAS. 3.A PROPORÇÃO DE COMPRESSÃO/VENTILAÇÃO PARA QUALQUER FAIXA ETÁRIA (EXCETO RECÉM-NASCIDO) É DE 30:2 (30 COMPRESSÕES PARA 2 VENTILAÇÕES), COM 1 SOCORRISTA. Principais considerações e recomendações sobre as últimas diretrizes 2010 de reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo automático (DEA). 4.EM LACTENTES E CRIANÇAS, NA PRESENÇA DE 2 SOCORRISTAS, EFETUAR 15 COMPRESSÕES PARA 2 VENTILAÇÕES. 5.NA RCP REALIZADA POR 2 SOCORRISTAS, ASSIM QUE UMA VIA AÉREA AVANÇADA ESTIVER EM POSIÇÃO (INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL), OS SOCORRISTAS NÃO DEVEM MAIS APLICAR CICLOS DE COMPRESSÃO COM PAUSAS PARA VENTILAÇÃO. UM SOCORRISTA REALIZA COMPRESSÕES ININTERRUPTAMENTE E O OUTRO SOCORRISTA APLICA AS VENTILAÇÕES, EM UMA FREQUÊNCIA DE 8 A 10 VENTILAÇÕES POR MINUTO (1 VENTILAÇÃO A CADA 6 A 8 SEGUNDOS). 6.COMPRIMIR COM FORÇA, RÁPIDO E SEM PARAR. Principais considerações e recomendações sobre as últimas diretrizes 2010 de reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo automático (DEA). 7.PERMITIR QUE O TÓRAX RETORNE TOTALMENTE APÓS CADA COMPRESSÃO (RETORNE À POSIÇÃO NORMAL) E UTILIZAR APROXIMADAMENTE O MESMO TEMPO PARA COMPRESSÃO E RELAXAMENTO. 8.CADA VENTILAÇÃO DE RESGATE DEVE TER A DURAÇÃO DE 1 SEGUNDO E PRODUZIR ELEVAÇÃO VISÍVEL DO TÓRAX. 9.EVITAR APLICAR UM NÚMERO EXCESSIVO DE VENTILAÇÕES, OU VENTILAÇÕES MUITO LONGAS E FORÇADAS. 10.DESFIBRILAR COM CHOQUE ÚNICO, SEGUIDO DE RCP IMEDIATA. Principais considerações e recomendações sobre as últimas diretrizes 2010 de reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo automático (DEA). 11.REINICIAR IMEDIATAMENTE, APÓS A DESFIBRILAÇÃO, AS MANOBRAS DE COMPRESSÃO, SEM CHECAR O PULSO. O PULSO SOMENTE SERÁ REAVALIADO APÓS 2 MINUTOS (OU REALIZAÇÃO DE 5 CICLOS DE RCP). 12.ALTERNAR OS REANIMADORES A CADA 2 MINUTOS, PARA EVITAR A FADIGA E MANTER A QUALIDADE DAS MANOBRAS DE RCP. 13.ABRIR AS VIAS AÉREAS É UMA PRIORIDADE, MESMO NA VÍTIMA DE TRAUMA COM POSSÍVEL LESÃO CERVICAL. CASO A ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA SEM A EXTENSÃO DO PESCOÇO NÃO ABRA A VIA AÉREA, OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DEVEM UTILIZAR A MANOBRA DE INCLINAÇÃO DA CABEÇA E ELEVAÇÃO DO QUEIXO. Principais considerações e recomendações sobre as últimas diretrizes 2010 de reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo automático (DEA). 14.APLICAR SE A VÍTIMA NÃO ESTIVER RESPIRANDO, MAS TIVER PULSO, 10 A 12 VENTILAÇÕES DE RESGATE POR MINUTO, PARA UMA VÍTIMA ADULTA (1 VENTILAÇÃO A CADA 5 OU 6 SEGUNDOS). PARA LACTENTES OU CRIANÇAS, AMPLIAR DE 12 A 20 VENTILAÇÕES POR MINUTO (APROXIMADAMENTE 1 VENTILAÇÃO A CADA 3 A 5 SEG.). 15.INICIAR AS COMPRESSÕES TORÁCICAS, SE A FREQUÊNCIA CARDÍACA DO LACTENTE OU DA CRIANÇA FOR INFERIOR A 60BAT/MIN, COM SINAIS DE PERFUSÃO SISTÊMICA INADEQUADA. 16.USAR 1 OU 2 MÃOS PARA APLICAR AS COMPRESSÕES TORÁCICAS EM CRIANÇAS. COMPRIMIR SOBRE O ESTERNO NA LINHA DOS MAMILOS. PARA LACTENTES, PRESSIONAR SOBRE O ESTERNO, IMEDIATAMENTE ABAIXO DA LINHA DOS MAMILOS. principais considerações e recomendações sobre as últimas diretrizes 2010 de reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo automático (DEA). 17.NA RCP DE LACTENTES REALIZADA POR 2 SOCORRISTAS, UTILIZAR A TÉCNICA DOS DOIS POLEGARES PARA REALIZAR AS COMPRESSÕES TORÁCICAS. 18.USAR O DEA PARA CRIANÇAS ACIMA DE 1 ANO DE IDADE (ABAIXO DE UM ANO UTILIZAR O DESFIBRILADOR MANUAL). 19.O SOCO PRECORDIAL FOI ABOLIDO EM ATENDIMENTOS PRÉ-HOSPITALARES. Urgências e Emergências Neurológicas A VERTIGEM É UMA FALSA SENSAÇÃO DE MOVIMENTO OU DE ROTAÇÃO OU A IMPRESSÃO DE QUE OS OBJETOS SE MOVEM OU RODAM. GERALMENTE, ELA É ACOMPANHADA POR NÁUSEA E PERDA DO EQUILÍBRIO. SOMENTE A TONTURA VERDADEIRA – A QUE OS MÉDICOS DENOMINAM VERTIGEM – CAUSA UMA SENSAÇÃO DE MOVIMENTO OU DE ROTAÇÃO. A VERTIGEM PODE DURAR APENAS ALGUNS INSTANTES OU PODE PERSISTIR POR HORAS OU MESMO DIAS. Urgências e Emergências Neurológicas A VERTIGEM DEVERÁ SER VISTA COMO UM AVISO DE QUE O ORGANISMO DA VÍTIMA ESTÁ DEBILITADO. OS SINTOMAS PODEM SER: ALTERAÇÕES DA VISÃO, DIFICULDADE DE ANDAR, DEBILIDADE PASSAGEIRA NAS PERNAS, DESORIENTAÇÃO NO ESPAÇO, ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO ATÉ A INCONSCIÊNCIA COMPLETA. ESSAS ALTERAÇÕES PODERÃO ESTAR ASSOCIADAS A HIPOGLICEMIA, HIPOTENSÃO, ENTRE OUTROS PROBLEMAS DE SAÚDE. Como proceder? SENTAR A VÍTIMA, COLOCAR SUA CABEÇA ENTRE AS PERNAS, COM OS BRAÇOS CAÍDOS NA LATERAL DO CORPO. PEDIR A ELE QUE EMPURRE A CABEÇA PARA CIMA, ENQUANTO O SOCORRISTA A FORÇA PARA BAIXO. ESSA MANOBRA AUMENTA O FLUXO SANGUÍNEO PARA O CÉREBRO, MELHORANDO O QUADRO DO PACIENTE. LEVAR A VÍTIMA A PROCURAR ATENDIMENTO MÉDICO OU ORIENTÁ-LA PARA ISSO. Síncope (Desmaio) A SÍNCOPE, POPULARMENTE CONHECIDA COMO DESMAIO, É UMA PERDA SÚBITA E TRANSITÓRIA DA CONSCIÊNCIA. É UM SINAL DE APORTE INADEQUADO DO OXIGÊNIO E DE OUTROS NUTRIENTES AO CÉREBRO, QUE GERALMENTE É PROVOCADO POR UMA DIMINUIÇÃO TEMPORÁRIA DO FLUXO SANGUÍNEO. Atenção! A SÍNCOPE QUE OCORRE SUBITAMENTE COM PERDA DA CONSCIÊNCIA E SE REPETE COM FREQUÊNCIA É SUGESTIVA DE ARRITMIAS CARDÍACAS OU ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS (TIPO PEQUENO MAL EPILÉTICO). Sinais e sintomas A SÍNCOPE PODE SER PRECEDIDA DE ALGUNS SINAIS E SINTOMAS, ANTES DO DESMAIO PROPRIAMENTE DITO (PERDA DA CONSCIÊNCIA), COMO POR EXEMPLO: FRAQUEZA, TONTURA, RELAXAMENTO MUSCULAR, ESCURECIMENTO DA VISTA, PALIDEZ E SUDORESE, PELE FRIA, NÁUSEAS, PULSO RÁPIDO E FRACO. Como proceder? IMPEDIR QUE O VÍTIMA CAIA, PARA QUE NÃO SE MACHUQUE; DEITÁ-LA EM DECÚBITO DORSAL, ELEVANDO OS MEMBROS INFERIORES CERCA DE 30 CM DO CHÃO, MONITORAR OS SINAIS VITAIS, AFASTAR OS CURIOSOS, VENTILAR O AMBIENTE E AFROUXAR AS SUAS ROUPAS, SE NECESSÁRIO; NÃO DAR TAPAS NO ROSTO DA VÍTIMA NEM FAZÊ-LA CHEIRAR AMÔNIA OU ÁLCOOL. SE ELA NÃO ACORDAR EM ALGUNS MINUTOS, CHAMAR SOCORRO. A SÍNCOPE NÃO É UMA DOENÇA, MAS UM SINAL DE QUE ALGO NÃO ESTÁ BEM NO ORGANISMO DA PESSOA. PORTANTO, MESMO QUE ELA RECOBRE A CONSCIÊNCIA ESPONTANEAMENTE, ORIENTE-A A PROCURAR UM SERVIÇO MÉDICO. Como proceder? UMA CONVULSÃO É A RESPOSTA A UMA DESCARGA ELÉTRICA ANORMAL NO CÉREBRO. O TERMO CRISE CONVULSIVA DESCREVE VÁRIAS EXPERIÊNCIAS E COMPORTAMENTOS E NÃO É O MESMO QUE UMA CRISE EPILÉTICA, EMBORA OS TERMOS SEJAM ÀS VEZES UTILIZADOS COMO SINÔNIMOS. QUALQUER COISA QUE IRRITE O CÉREBRO PODE PRODUZIR UMA CRISE CONVULSIVA. DOIS TERÇOS DOS INDIVÍDUOS QUE APRESENTAM UMA CRISE CONVULSIVA JAMAIS A APRESENTAM NOVAMENTE. UM TERÇO DOS INDIVÍDUOS CONTINUARÃO A APRESENTAR CRISES CONVULSIVAS RECORRENTES (TRANSTORNO NEUROLÓGICO DENOMINADO EPILEPSIA). Como proceder? O QUE OCORRE EXATAMENTE DURANTE UMA CONVULSÃO DEPENDE DA PARTE DO CÉREBRO QUE É AFETADA PELA DESCARGA ELÉTRICA ANORMAL. A DESCARGA ELÉTRICA PODE ENVOLVER UMA ÁREA MÍNIMA DO CÉREBRO, FAZENDO APENAS COM QUE O INDIVÍDUO PERCEBA UM ODOR OU SABOR ESTRANHO E TENHA CRISES DE AUSÊNCIA (CRISE CONVULSIVA DE “PEQUENO MAL”), OU PODE ENVOLVER GRANDES ÁREAS, ACARRETANDO UMA CONVULSÃO (ABALOS E ESPASMOS MUSCULARES GENERALIZADOS E DESCOORDENADOS – CONVULSÃO DE “GRANDE MAL”). Como proceder? PROTEGER A VÍTIMA PARA QUE NÃO SE MACHUQUE, EVITANDO SUA QUEDA OU PROTEGENDO PRINCIPALMENTE SUA CABEÇA; AFASTAR OS CURIOSOS E OBJETOS QUE POSSAM CAUSAR LESÕES, NÃO SEGURÁ-LA E PERMITIR QUE A CRISE OCORRA. EM CASO DE VÔMITO, LATERALIZAR A SUA CABEÇA; DESOBSTRUIR SUAS VIAS AÉREAS COM GAZE OU PANO LIMPO, NÃO COLOCAR NADA NA BOCA DA VÍTIMA DURANTE O ATAQUE, NÃO “PUXAR A LÍNGUA” NEM JOGAR ÁGUA NO SEU ROSTO. CESSADA A CRISE, ELA PODERÁ ENCONTRARSE SONOLENTA E DESORIENTADA. MANTENHA-A EM REPOUSO, EM UM AMBIENTE CALMO, SILENCIOSO E EM OBSERVAÇÃO CONSTANTE ATÉ A RECUPERAÇÃO COMPLETA, MONITORANDO OS SINAIS VITAIS. ENCAMINHE-A AO HOSPITAL OU AGUARDE O SERVIÇO DE EMERGÊNCIA. Urgências e Emergências Obstétricas MÉDICOS E ENFERMEIROS DEVEM ESTAR PREPARADOS PARA PRESTAR ASSISTÊNCIA A UMA PACIENTE EM PROCESSO DE GESTAÇÃO, PARTO E PUERPÉRIO, RECONHECENDO OS SINAIS DA GESTAÇÃO DE ALTO RISCO, ENCAMINHANDO PARA ATENDIMENTO ESPECIALIZADO QUANDO NECESSÁRIO E PRESTANDO ORIENTAÇÕES QUANTO À SAÚDE REPRODUTIVA, PLANEJAMENTO FAMILIAR E ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL, ALÉM DE UM ATENDIMENTO HUMANIZADO E DE QUALIDADE AO PARTO. Assistência ao parto normal PRIMEIRAMENTE, É PRECISO REALIZAR UMA ANAMNESE E EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO, BUSCANDO INFORMAÇÕES SOBRE A GESTAÇÃO ATUAL, REALIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL, PARIDADE (NÚMERO DE PARTOS), INTERCORRÊNCIAS EM GESTAÇÕES ANTERIORES, PROBLEMAS DE SAÚDE ETC. Assistência ao parto normal O INÍCIO DO TRABALHO DE PARTO É DESENCADEADO POR FATORES MATERNOS, FETAIS E PLACENTÁRIOS, QUE SE INTERAGEM. O SOCORRISTA PODERÁ IDENTIFICAR O TRABALHO DE PARTO PELA PRESENÇA DE SINAIS COMO: DISCRETO SANGRAMENTO VAGINAL, PERDA DE TAMPÃO MUCOSO, ELIMINAÇÃO DE LÍQUIDO AMNIÓTICO (EM CONDIÇÕES NORMAIS, APRESENTA-SE CLARO, TRANSLÚCIDO E COM PEQUENOS GRUMOS SEMELHANTES A PEDAÇOS DE LEITE COALHADO); CONTRAÇÕES UTERINAS INICIALMENTE REGULARES, DE PEQUENA INTENSIDADE, COM DURAÇÃO VARIÁVEL DE 20 A 40 SEGUNDOS, PODENDO CHEGAR A DUAS OU MAIS EM DEZ MINUTOS; DESCONFORTO LOMBAR; ALTERAÇÕES DA CÉRVICE (COLO UTERINO) COM AMOLECIMENTO E DILATAÇÃO PROGRESSIVA (O EXAME CERVICAL DEVE SER REALIZADO POR MÉDICO OU ENFERMEIRO OBSTETRA). Assistência ao parto normal O CONTROLE DOS BATIMENTOS FETAIS DEVE SER REALIZADO A CADA HORA DO TRABALHO DE PARTO, DURANTE E APÓS A CONTRAÇÃO UTERINA. DESSA FORMA, NA AVALIAÇÃO DA DINÂMICA UTERINA, SEMPRE DEVE SER FEITA A AUSCULTA DO CORAÇÃO DO FETO. NA PRESENÇA DE COMPLICAÇÕES (ACELERAÇÕES, DESACELERAÇÕES OU MECÔNIO), A AUSCULTA NECESSITA SER VERIFICADA A CADA 5, 10 OU 15 MINUTOS, DEPENDENDO DA SITUAÇÃO. O parto é dividido em quatro períodos clínicos, a saber. 1.DILATAÇÃO: O PERÍODO DEFINIDO CLINICAMENTE DE PRIMEIRO ESTÁGIO, PERÍODO DE DILATAÇÃO, TEM INÍCIO COM A INSTALAÇÃO DAS CONTRAÇÕES REGULARES QUE INDUZEM DUAS IMPORTANTES MUDANÇAS NA CÉRVICE (COLO UTERINO): • APAGAMENTO COMPLETO DO CANAL CERVICAL, QUE CONSISTE NA INCORPORAÇÃO DELE AO SEGMENTO INFERIOR DO CORPO UTERINO, OCORRENDO GRADUALMENTE DURANTE O PERÍODO DE DILATAÇÃO; • DILATAÇÃO TOTAL DA CÉRVICE. 2.Expulsão fetal: O PERÍODO DE EXPULSÃO INICIA-SE COM A COMPLETA DILATAÇÃO DO COLO UTERINO E TERMINA COM O NASCIMENTO COMPLETO DO BEBÊ. (EM OUTRAS PALAVRAS: A TOTAL DILATAÇÃO DA CÉRVICE CARACTERIZA O INÍCIO DO SEGUNDO PERÍODO DO PARTO – EXPULSÃO – QUE TERMINA COM O NASCIMENTO DA CRIANÇA). AO FINAL DO PRIMEIRO PERÍODO DO TRABALHO DE PARTO, O SANGRAMENTO AUMENTA COM A LACERAÇÃO DOS CAPILARES NO COLO UTERINO. 2.Expulsão fetal: O CORDÃO UMBILICAL SÓ DEVE SER PINÇADO E LAQUEADO QUANDO O RECÉM-NASCIDO ESTIVER RESPIRANDO. (O CORDÃO UMBILICAL É PINÇADO EM DOIS LUGARES E SECCIONADO ENTRE AS PINÇAS, PARA EVITAR O SANGRAMENTO EM QUALQUER UMA DAS EXTREMIDADES). 2.Expulsão fetal: É IMPORTANTE MANTER O RECÉM-NASCIDO AQUECIDO, COBRINDOO COM UM LENÇOL/CAMPO – O QUE PREVINE A OCORRÊNCIA DE HIPOTERMIA. A MULHER DEVE SER INCENTIVADA A INICIAR A AMAMENTAÇÃO NOS PRIMEIROS MINUTOS APÓS O PARTO, POIS ISSO FACILITA A SAÍDA DA PLACENTA E ESTIMULA A INVOLUÇÃO DO ÚTERO, DIMINUINDO O SANGRAMENTO PÓS-PARTO, ALÉM DE PROMOVER VÍNCULO PRECOCE COM O BEBÊ. O CORDÃO UMBILICAL QUE SE ESTENDE DO UMBIGO À SUPERFÍCIE FETAL DA PLACENTA, TEM EM MÉDIA 55CM E UM DIÂMETRO QUE OSCILA ENTRE 1 E 2,5CM. É UMA ESTRUTURA QUE LIGA O FETO À PLACENTA, SENDO VITAL AO FETO. 3.Dequitação: TAMBÉM CHAMADO DE SECUNDAMENTO OU DELIVRAMENTO, ESSE PERÍODO TEM INÍCIO APÓS A EXPULSÃO DO FETO E TERMINA COM A SAÍDA DA PLACENTA E SEUS ANEXOS (MEMBRANAS – CÓRION E ÂMNIO). NESSE MOMENTO, A PARTURIENTE EXPERIMENTA UM PERÍODO DE BEM-ESTAR E ALEGRIA, DEVIDO AO REPOUSO FISIOLÓGICO DO ÚTERO PELO TÉRMINO DAS CONTRAÇÕES UTERINAS. COMO JÁ FOI VISTO, A APROXIMAÇÃO PRECOCE ENTRE A MÃE E O RECÉM-NASCIDO FORTALECE O VÍNCULO AFETIVO E A MATERNIDADE. 3.Dequitação: APÓS OS SINAIS POSITIVOS DE DESCOLAMENTO PLACENTÁRIO (SANGRAMENTO AUMENTADO), O PROFISSIONAL QUE ASSISTE AO PARTO DEVE REALIZAR A MANOBRA DE ROTAÇÃO NO SENTIDO HORÁRIO PARA A RETIRADA DA PLACENTA, DENOMINADA MANOBRA DE JACOBS, LEVANDO, AS MEMBRANAS A SE DESCOLAREM E A SE DESPRENDEREM. APÓS A DEQUITAÇÃO, EXAMINA-SE O CANAL VAGINAL, O COLO UTERINO E A REGIÃO PERINEAL, PARA A IDENTIFICAÇÃO DE RUPTURAS E LACERAÇÕES; CASO TENHA SIDO REALIZADA EPISIOTOMIA (CORTE NO PERÍNEO), PROCEDER À SUTURA. 3.Dequitação: A PLACENTA DEVERÁ SER CUIDADOSAMENTE EXAMINADA COM RELAÇÃO À SUA INTEGRIDADE (DEVE ESTAR COMPLETA), TIPO DE VASCULARIZAÇÃO E LOCAL DE INSERÇÃO DO CORDÃO, BEM COMO VERIFICAÇÃO DO NÚMERO DE VASOS DELE (2 ARTÉRIAS E 1 VEIA), PRESENÇA DE NÓS E TUMORAÇÕES. O PROFISSIONAL DEVE FICAR ATENTO PARA AS PERDAS SANGUÍNEAS, QUE NÃO PODEM SER SUPERIORES A 500 ML, E AS CONDIÇÕES GERAIS DA PACIENTE. DEVE, TAMBÉM, REGISTRAR O HORÁRIO DE SAÍDA DA PLACENTA. POSTERIORMENTE, A PLACENTA DEVERÁ SER PESADA E TER O REGISTRO DO SEU PESO DEVIDAMENTE ANOTADO. 4.Período de Greenberg: DEFINIDO COMO A PRIMEIRA HORA APÓS A SAÍDA DA PLACENTA, QUANDO PODEM ACONTECER AS GRANDES HEMORRAGIAS E COMPLICAÇÕES QUE SOLICITEM HABILIDADE E CONHECIMENTO DA EQUIPE DE SAÚDE. A ASSISTÊNCIA ATIVA NESSE PERÍODO E A VIGILÂNCIA AO LADO DA PACIENTE SURPREENDEM E CORRIGEM OPORTUNAMENTE QUAISQUER DESVIOS DO MECANISMO FISIOLÓGICO. 4.Período de Greenberg: NESSA FASE, O PROFISSIONAL DE SAÚDE DEVE OBSERVAR RIGOROSAMENTE OS LÓQUIOS (SANGRAMENTO PÓS-PARTO) E AVALIAR A INVOLUÇÃO E CONTRAÇÃO UTERINA, ESTANDO PREPARADO PARA INTERVIR EM QUALQUER ANORMALIDADE. OS SINAIS VITAIS DEVEM SER VERIFICADOS COM ATENÇÃO, ESPECIALMENTE A PRESSÃO ARTERIAL E FREQUÊNCIA CARDÍACA, QUE SE MANIFESTAM ALTERADAS EM QUADROS HEMORRÁGICOS. São sinais indicativos de possíveis complicações materno-fetais: • SANGRAMENTO ANORMAL DURANTE A GESTAÇÃO OU TRABALHO DE PARTO PODEM INDICAR UMA PLACENTA PRÉVIA (PLACENTA BAIXA) OU DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA (DPP). NESSA ÚLTIMA PATOLOGIA, A HEMORRAGIA É ACOMPANHADA DE DOR SÚBITA E ENRIJECIMENTO DA PAREDE ABDOMINAL. A GESTANTE DEVERÁ SER ENCAMINHADA COM URGÊNCIA AO HOSPITAL PARA AVALIAÇÃO E CONDUTA; • PRÉ-ECLÂMPSIA–PACIENTE COM ELEVAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL, PRESENÇA DE EDEMA E PROTEINÚRIA. São sinais indicativos de possíveis complicações materno-fetais: MONITORAR ATENTAMENTE A PRESSÃO ARTERIAL E BATIMENTOS CARDÍACOS FETAIS. A GESTANTE DEVERÁ SER MANTIDA EM DECÚBITO LATERAL ESQUERDO E ENCAMINHADA PARA ACOMPANHAMENTO EM SERVIÇO DE GESTAÇÃO DE ALTO RISCO. NA ECLÂMPSIA OCORREM CRISES CONVULSIVAS, ALÉM DOS SINAIS DESCRITOS NA PRÉ-ECLÂMPSIA; • VÔMITOS EXCESSIVOS (HIPEREMESE GRAVÍDICA) • EXCESSO DE LÍQUIDO AMNIÓTICO (POLIDRÂMNIO). • REDUÇÃO DO LÍQUIDO AMNIÓTICO (OLIGODRÂMNIO). São sinais indicativos de possíveis complicações materno-fetais: • PRESENÇA DE LÍQUIDO AMNIÓTICO COM MECÔNIO. • PROLAPSO DE CORDÃO UMBILICAL– A PARTURIENTE DEVERÁ SER COLOCADA EM POSIÇÃO GENUPEITORAL E O CORDÃO ENVOLVIDO COM UMA COMPRESSA ESTÉRIL UMIDIFICADA COM SORO FISIOLÓGICO. O CORDÃO UMBILICAL NÃO DEVERÁ SER COLOCADO PARA DENTRO DO CANAL VAGINAL, E A CESÁREA É INDICADA IMEDIATAMENTE; São sinais indicativos de possíveis complicações materno-fetais: UMA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL DE QUALIDADE PODE PREVENIR GRANDE PARTE DAS COMPLICAÇÕES SURGIDAS NO CICLO GRAVÍDICO-PUERPERAL, REDUZINDO SIGNIFICATIVAMENTE A MORBIMORTALIDADE MATERNA E/OU FETAL. A EQUIPE DE SAÚDE DEVE TRABALHAR CONJUNTAMENTE E DE FORMA HUMANIZADA PARA PROMOVER A SAÚDE DO BINÔMIO MÃE – FILHO E ESTAR APTA A LIDAR COM AS INTERCORRÊNCIAS E DIFICULDADES DO PROCESSO GESTACIONAL. Intoxicações Exógenas e Acidentes com Animais Peçonhentos O SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES TÓXICOFARMACOLÓGICAS (SINITOX) DIVULGOU QUE, NO ANO 2005, FORAM REGISTRADOS 477 ÓBITOS DO TOTAL DE 84.456 CASOS DE INTOXICAÇÃO HUMANA, REVELANDO UM AUMENTO DE 18% EM RELAÇÃO AOS ÓBITOS DO ANO ANTERIOR. DAS 477 MORTES REGISTRADAS, 159 FORAM PROVOCADAS POR USO INADEQUADO DE AGROTÓXICOS, 84 POR INTOXICAÇÕES MEDICAMENTOSAS E OS DEMAIS ÓBITOS FORAM ATRIBUÍDOS A AGENTES COMO RATICIDAS, ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS E OUTRAS SUBSTÂNCIAS TÓXICAS. Intoxicações Exógenas e Acidentes com Animais Peçonhentos UMA SUBSTÂNCIA TÓXICA PODE PENETRAR NO ORGANISMO POR DIVERSOS MEIOS OU VIAS DE ADMINISTRAÇÃO. • INGERIDA: MEDICAMENTOS, DERIVADOS DE PETRÓLEO, AGROTÓXICOS, RATICIDAS, PLANTAS, ALIMENTOS CONTAMINADOS ETC. • INALADA: GASES TÓXICOS. EX: MONÓXIDO DE CARBONO, AMÔNIA, AGROTÓXICOS, COLA À BASE DE TOLUENO (COLA DE SAPATEIRO), ACETONA, BENZINA, ÉTER, GÁS DE COZINHA, FLUIDO DE ISQUEIRO E OUTRAS SUBSTÂNCIAS VOLÁTEIS, GASES LIBERADOS DURANTE A QUEIMA DE DIVERSOS MATERIAIS (PLÁSTICOS, TINTAS) ETC. Intoxicações Exógenas e Acidentes com Animais Peçonhentos • ABSORVIDA: INSETICIDAS, AGROTÓXICOS E OUTRAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS QUE PENETREM NO ORGANISMO PELA PELE OU MUCOSAS. • INJETADA: TOXINAS DE DIVERSAS FONTES, COMO COBRAS, ARANHAS, ESCORPIÕES OU DROGAS INJETADAS COM SERINGA E AGULHA. Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação são variados, dependendo da substância) • SUDORESE • SIALORREIA E LACRIMEJAMENTO • ALTERAÇÕES PUPILARES: MIDRÍASE OU MIOSE • QUEIMAÇÃO NOS OLHOS E MUCOSAS • CEFALEIA • ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação são variados, dependendo da substância) • CONVULSÕES • QUEIMADURAS OU MANCHAS AO REDOR DA BOCA • DIFICULDADE PARA DEGLUTIR • NÁUSEAS E VÔMITOS • DISTENSÃO E DOR ABDOMINAL • ALTERAÇÕES NA PELE: PALIDEZ, HIPEREMIA OU CIANOSE Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação são variados, dependendo da substância) • ODORES CARACTERÍSTICOS: NA RESPIRAÇÃO, ROUPA, AMBIENTE • ALTERAÇÕES NA FREQUÊNCIA (TAQUICARDIA, BRADICARDIA E ARRITMIAS) CARDÍACA • RESPIRAÇÃO ANORMAL (TAQUIPNEIA, BRADIPNEIA OU DISPNEIA) • CHOQUE E ÓBITO Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação são variados, dependendo da substância) ABORDAGEM E PRIMEIRO ATENDIMENTO À VÍTIMA DE ENVENENAMENTO VERIFIQUE SE O LOCAL ESTÁ SEGURO, PROCURE IDENTIFICAR A VIA DE ADMINISTRAÇÃO E O VENENO EM QUESTÃO. ABORDE A VÍTIMA COMO DE COSTUME, IDENTIFIQUE-SE E FAÇA O EXAME PRIMÁRIO; ESTEJA PREPARADO PARA INTERVIR COM MANOBRAS PARA LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS E DE RCP, CASO SEJA NECESSÁRIO. PROCEDA AO EXAME SECUNDÁRIO E REMOVA A VÍTIMA DO LOCAL. HÁ SITUAÇÕES EM QUE A VÍTIMA DEVE SER REMOVIDA IMEDIATAMENTE PARA DIMINUIR A EXPOSIÇÃO AO VENENO E PRESERVAR A SEGURANÇA DA EQUIPE. Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação são variados, dependendo da substância) DE ACORDO COM AS ÚLTIMAS DIRETRIZES PARA O TRATAMENTO DE INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTO, PROPOSTAS PELA AMERICAN HEART ASSOCIATION E A CRUZ VERMELHA AMERICANA, A VÍTIMA INTOXICADA NÃO DEVE BEBER NADA (NEM MESMO ÁGUA OU LEITE). OS SOCORRISTAS NÃO DEVEM OFERECER CARVÃO ATIVADO OU XAROPE DE IPECA PARA A VÍTIMA, A NÃO SER QUE SEJA RECOMENDADO PELO CENTRO DE CONTROLE DE INTOXICAÇÃO. Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação são variados, dependendo da substância) NÃO INDUZIR O VÔMITO SE A VÍTIMA INGERIU DERIVADOS DE PETRÓLEO (COMO QUEROSENE E GASOLINA) OU SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS E CÁUSTICAS (ÁCIDO OU BASE). TAMBÉM NÃO PROVOCAR O VÔMITO SE A VÍTIMA ESTIVER COM ALTERAÇÕES DE CONSCIÊNCIA. GUARDE AS EMBALAGENS DE PRODUTOS, RESTOS DE SUBSTÂNCIAS OU CONTEÚDOS VOMITADOS, PARA FACILITAR A IDENTIFICAÇÃO DO VENENO E TRATAMENTO ADEQUADO. EM CASO DE CONTATO COM A PELE E/OU OLHOS, LAVE A REGIÃO ATINGIDA COM BASTANTE ÁGUA CORRENTE E LIMPA. Sinais e sintomas mais comuns de intoxicação são variados, dependendo da substância) O MELHOR A SER FEITO É REMOVER A VÍTIMA PARA O HOSPITAL O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. O ENVENENAMENTO É UM DOS CASOS EM QUE O SOCORRISTA PODERÁ REMOVER A VÍTIMA RAPIDAMENTE PARA O HOSPITAL SEM AGUARDAR O SUPORTE AVANÇADO DE VIDA (SAV). LIGUE PARA O CENTRO DE INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS (CIT) E OBTENHA MAIORES INFORMAÇÕES SOBRE A SUBSTÂNCIA EM QUESTÃO. Acidentes com Animais Peçonhentos ANIMAL PEÇONHENTO É AQUELE QUE POSSUI GLÂNDULA PRODUTORA DE VENENO QUE SE COMUNICA COM DENTES OCOS, FERRÕES OU AGUILHÕES POR ONDE A PEÇONHA PASSA ATIVAMENTE. EX: CASCAVEL, ARANHA MARROM, ESCORPIÕES, ABELHAS ETC. ANIMAIS VENENOSOS SÃO AQUELES QUE PRODUZEM VENENO, MAS NÃO POSSUEM UM APARELHO INOCULADOR PARA INJETÁ-LO. PROVOCAM O ENVENENAMENTO POR CONTATO (EX: LAGARTAS), COMPRESSÃO (EX: SAPO) OU INGESTÃO (EX: PEIXE BAIACU). Acidentes com Animais Peçonhentos SEMPRE QUE ESTIVERMOS DIANTE DE UM POSSÍVEL CASO DE ENVENENAMENTO CAUSADO POR ANIMAL PEÇONHENTO, DEVEMOS TENTAR CAPTURÁ-LO PARA IDENTIFICAÇÃO, SEM CORRER MAIORES RISCOS OU PERDER TEMPO COM ESSE PROCEDIMENTO. A IDENTIFICAÇÃO CORRETA PERMITIRÁ A ADMINISTRAÇÃO ANTIVENENO ESPECÍFICO. DO SORO Acidentes com Animais Peçonhentos É IMPORTANTE RESSALTAR QUE OS SINAIS E SINTOMAS DO ENVENENAMENTO VARIAM DE ACORDO COM A ESPÉCIE QUE CAUSOU O ACIDENTE, A QUANTIDADE DE VENENO INOCULADO, PESO E IDADE DA VÍTIMA, AS CONDIÇÕES DE NUTRIÇÃO E O ATENDIMENTO RECEBIDO. Acidente ofídico MORDIDAS DE COBRAS NÃO PEÇONHENTAS NÃO SÃO CONSIDERADAS SÉRIAS E GERALMENTE SÃO TRATADAS COMO FERIMENTOS LEVES; APENAS AS MORDIDAS DE COBRAS PEÇONHENTAS SÃO CONSIDERADAS URGÊNCIAS MÉDICAS. OS SINAIS E SINTOMAS APARECEM DE FORMA IMEDIATA EM SOMENTE UM TERÇO DOS CASOS DE MORDIDAS DE COBRAS PEÇONHENTAS E A MAIORIA DAS PESSOAS NÃO APRESENTA SINTOMAS, NORMALMENTE PORQUE O VENENO NÃO FOI INJETADO. É MUITO IMPORTANTE SABER IDENTIFICAR SE O ACIDENTE FOI CAUSADO POR UMA SERPENTE PEÇONHENTA OU NÃO. PARA ISSO, OBSERVAMSE CARACTERÍSTICAS DO LOCAL DA MORDIDA, ASSIM COMO AS CARACTERÍSTICAS DA SERPENTE QUE CAUSOU O ACIDENTE. Acidente ofídico NO BRASIL EXISTEM DUAS FAMÍLIAS DE SERPENTES CONSIDERADAS PEÇONHENTAS E DE INTERESSE MÉDICO: • FAMÍLIA VIPERIDAE (VIPERÍDEOS): DESTACA-SE A SUBFAMÍLIA CROTALINAE, A QUE PERTENCEM OS GÊNEROS CROTALUS (CASCAVEL), BOTHROPS (JARARACA) E LACHESIS (SURUCUCU). • FAMÍLIA ELAPIDAE (ELAPÍDEOS): ENGLOBA O GÊNERO MICRURUS (CORAIS VERDADEIRAS). AS SERPENTES PEÇONHENTAS EM NOSSO PAÍS GERALMENTE APRESENTAM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS: Acidente ofídico 1.CABEÇA TRIANGULAR E DESTACADA DO CORPO, ESCAMAS PEQUENAS E ÁSPERAS, PUPILA EM FENDA VERTICAL (ELÍPTICA), CAUDA BEM DESTACADA DO CORPO, PRESENÇA DE GUIZO OU CHOCALHO NO FINAL DA CAUDA (CASCAVEL); 2.PRESENÇA DE FOSSETA LOREAL (COM EXCEÇÃO DA CORAL VERDADEIRA): ÓRGÃO TERMOSSENSORIAL SITUADO ENTRE O OLHO E A NARINA, QUE PERMITE À SERPENTE DETECTAR VARIAÇÕES MÍNIMAS DE TEMPERATURA NO AMBIENTE, OU SEJA, PERCEBER A PRESENÇA DE ANIMAIS DE SANGUE QUENTE (HOMEOTÉRMICOS); 3.PRESENÇA DE PRESAS INOCULADORAS DE VENENO; 4.HÁBITO NOTURNO, MOVIMENTOS LENTOS E VAGAROSOS. Acidente ofídico OBSERVAÇÃO– EXISTEM EXCEÇÕES E NEM TODAS AS SERPENTES PEÇONHENTAS SE ENQUADRAM NAS CARACTERÍSTICAS DESCRITAS ACIMA. EX.: A CORAL VERDADEIRA NÃO POSSUI CABEÇA TRIANGULAR NEM FOSSETA LOREAL MAS É PEÇONHENTA. JÁ A JIBÓIA POSSUI CABEÇA TRIANGULAR E CAUDA AFINANDO BRUSCAMENTE, MAS NÃO É PEÇONHENTA. Acidente ofídico O VENENO TEM AÇÃO PROTEOLÍTICA, COAGULANTE E HEMORRÁGICA, COM MANIFESTAÇÕES LOCAIS (DE INSTALAÇÃO PRECOCE E CARÁTER EVOLUTIVO) E SISTÊMICAS. A MORDIDA PROVOCA MUITA DOR IMEDIATA, VERMELHIDÃO, SANGRAMENTO NO LOCAL, EDEMA, BOLHAS E NECROSE. AS MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS INCLUEM NÁUSEAS, VÔMITOS, SUDORESE, HIPOTERMIA, HIPOTENSÃO ARTERIAL, CHOQUE, HEMORRAGIAS À DISTÂNCIA (EPISTAXE, GENGIVORRAGIA, SANGRAMENTO DIGESTIVO, HEMATÚRIA ETC.) E INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA. Tratamento: SORO ANTIBOTRÓPICO, VIA ENDOVENOSA, DE ACORDO COM A SINTOMATOLOGIA APRESENTADA E CLASSIFICAÇÃO DO ACIDENTE EM LEVE, MODERADO OU GRAVE. Tratamento: MENOS AGRESSIVAS QUE AS JARARACAS, SÃO RESPONSÁVEIS POR CERCA DE 8 A 11% DOS ACIDENTES OFÍDICOS; NO ENTANTO O OFIDISMO (ENVENENAMENTO CAUSADO POR MORDIDA DE COBRA) COSTUMA SER DE MAIOR GRAVIDADE DEVIDO À FREQUÊNCIA COM QUE EVOLUI PARA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA). Tratamento: AS MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS E NEUROLÓGICAS SÃO AS MAIS IMPORTANTES E PERIGOSAS: NÁUSEA, PROSTRAÇÃO, SONOLÊNCIA, CEFALEIA, DIPLOPIA E VISÃO TURVA, MIDRÍASE, PTOSE PALPEBRAL (“FÁCIES MIASTÊNICA” – FÁCIES NEUROTÓXICA DE ROSENFELD), DIFICULDADE PARA DEGLUTIR, MIALGIA GENERALIZADA E DE APARECIMENTO PRECOCE, FRAQUEZA MUSCULAR, URINA ESCURA (AVERMELHADA E POSTERIORMENTE MARROM, DEVIDO À MIOGLOBINÚRIA) E INSUFICIÊNCIA RENAL. Tratamento: DICA– O INDIVÍDUO INTOXICADO PARECE ESTAR EMBRIAGADO, TEM A FALA ARRASTADA E DIFICULDADE PARA ABRIR OS OLHOS, FRANZINDO A TESTA NUMA TENTATIVA DE MANTER OS OLHOS ABERTOS. Tratamento: A CORAL É A SERPENTE DO BRASIL QUE TEM O VENENO MAIS POTENTE, PORÉM, COMO JÁ VIMOS, NÃO É A MAIOR RESPONSÁVEL PELOS ACIDENTES OFÍDICOS. ESSAS SERPENTES PEÇONHENTAS NÃO POSSUEM FOSSETA LOREAL (ISTO É UMA EXCEÇÃO), CABEÇA TRIANGULAR, NEM UM APARELHO INOCULADOR DE VENENO TÃO EFICIENTE QUANTO O DAS JARARACAS E CASCAVÉIS. O VENENO É INOCULADO POR MEIO DE PRESAS PEQUENAS E FIXAS. O QUE CHAMA ATENÇÃO É O SEU PADRÃO COLORIDO, COM ANÉIS VERMELHOS, BRANCOS E PRETOS. NA PRÁTICA, É DIFÍCIL DIFERENCIAR UMA CORAL VERDADEIRA DE UMA CORAL FALSA, ENTÃO, COMO REGRA E MEDIDAS DE SEGURANÇA, CONSIDERA-SE TODA SERPENTE QUE POSSUA OS REFERIDOS ANÉIS COLORIDOS COMO SENDO CORAL VERDADEIRA. PORTANTO, É MELHOR MANTER DISTÂNCIA, POIS ESTAMOS DIANTE DA SERPENTE PEÇONHENTA QUE POSSUI O VENENO MAIS TÓXICO EXISTENTE AQUI NO BRASIL. Acidente aracnídico NORMALMENTE, A PICADA SERÁ TRATADA COMO QUALQUER FERIMENTO. O AUXÍLIO MÉDICO SÓ É NECESSÁRIO SE O PRURIDO OU DOR DURAREM MAIS DE 2 DIAS, HOUVER SINAIS DE INFECÇÃO NO LOCAL, DESENVOLVIMENTO DE REAÇÃO ALÉRGICA OU SE O ARACNÍDEO PERTENCER A UM DOS TRÊS GÊNEROS DE ARANHAS PEÇONHENTAS E DE IMPORTÂNCIA MÉDICA QUE EXISTEM NO BRASIL: PHONEUTRIA SPP (ARANHA ARMADEIRA, VÁRIAS ESPÉCIES), LOXOSCELES (ARANHA MARROM, VÁRIAS ESPÉCIES) E LATRODECTUS (VIÚVA-NEGRA, 3 ESPÉCIES OCORRENDO NO BRASIL, SENDO A LATRODECTUS CURACAVIENSIS A MAIS COMUM). Acidente aracnídico A ARMADEIRA É RESPONSÁVEL PELO MAIOR NÚMERO DE ACIDENTES NO BRASIL, POR SER UMA ARANHA MUITO COMUM E EXTREMAMENTE AGRESSIVA. NÃO FAZ TEIA, É ENCONTRADA EM BANANEIRAS, FOLHAGENS, ENTRE MADEIRAS, PEDRAS EMPILHADAS E NO INTERIOR DAS RESIDÊNCIAS. TEM COLORAÇÃO MARROMESCURA OU ACIZENTADA, COM MANCHAS CLARAS FORMANDO PARES NO DORSO DO ABDOME E ATINGE ATÉ 12 CM DE DIÂMETRO. Acidente aracnídico NOS ACIDENTES COM ARMADEIRAS (“FONEUTRISMO”) PREDOMINAM AS MANIFESTAÇÕES LOCAIS. A DOR É IMEDIATA E GERALMENTE INTENSA, PODENDO IRRADIAR PARA A RAIZ DO MEMBRO ACOMETIDO. OCORRE EDEMA, VERMELHIDÃO, SENSAÇÃO DE ANESTESIA E SUDORESE (TRANSPIRAÇÃO) NO LOCAL DA PICADA, ONDE PODEM SER ENCONTRADAS DUAS MARCAS EM FORMA DE PONTOS. NOS CASOS GRAVES, GERALMENTE RESTRITOS ÀS CRIANÇAS, REGISTRAM-SE SUDORESE, NÁUSEAS, VÔMITOS, DIARREIA, PRIAPISMO (EREÇÃO INVOLUNTÁRIA E DOLOROSA DO PÊNIS), HIPERTONIA MUSCULAR, HIPOTENSÃO ARTERIAL, CHOQUE E EDEMA AGUDO DE PULMÃO. Acidente aracnídico A ARANHA MARROM É PEQUENA (4CM), POSSUI HÁBITOS NOTURNOS E TEM COMPORTAMENTO POUCO AGRESSIVO. É ENCONTRADA EM PILHAS DE TIJOLOS, TELHAS E NO INTERIOR DAS RESIDÊNCIAS, ATRÁS DE MÓVEIS, CORTINAS E EVENTUALMENTE EM ROUPAS. A PICADA GERALMENTE OCORRE QUANDO A ARANHA É COMPRIMIDA CONTRA O CORPO DA VÍTIMA, QUANDO ELA SE VESTE OU SE DEITA. NÃO PRODUZ DOR IMEDIATA E O LOCAL DA PICADA É QUASE SEMPRE IMPERCEPTÍVEL. NO ENTANTO, POSTERIORMENTE, EVOLUI COM UMA FERIDA DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO, NECESSITANDO, MUITAS VEZES, DE CORREÇÃO CIRÚRGICA (ENXERTO). O ACIDENTE LOXOSCÉLICO REPRESENTA A FORMA MAIS GRAVE DE ARANEÍSMO NO BRASIL, OCORRENDO PARTICULARMENTE NO PARANÁ E SANTA CATARINA. Acidente aracnídico O VENENO DA VIÚVA-NEGRA É DE ELEVADA TOXICIDADE, O MECANISMO DA SUA PEÇONHA É NEUROTÓXICO. ALÉM DOS SINAIS E SINTOMAS GERAIS DAS PICADAS, PODEMOS ENCONTRAR OUTROS SINAIS E SINTOMAS IMPORTANTES: PEQUENAS MARCAS VERMELHAS DE PRESAS, ESPASMOS MUSCULARES GRAVES (ESPECIALMENTE NOS OMBROS, NAS COSTAS, NO PEITO E NO ABDOME, QUE SE INICIAM DENTRO DE 1 A 4 HORAS APÓS A PICADA), FEBRE E CALAFRIOS, DOR DE CABEÇA E TONTURA, NÁUSEAS E VÔMITOS, IRRITABILIDADE, INSÔNIA, AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL, PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ETC. Acidente aracnídico O VENENO DA VIÚVA-NEGRA É DE ELEVADA TOXICIDADE, O MECANISMO DA SUA PEÇONHA É NEUROTÓXICO. ALÉM DOS SINAIS E SINTOMAS GERAIS DAS PICADAS, PODEMOS ENCONTRAR OUTROS SINAIS E SINTOMAS IMPORTANTES: PEQUENAS MARCAS VERMELHAS DE PRESAS, ESPASMOS MUSCULARES GRAVES (ESPECIALMENTE NOS OMBROS, NAS COSTAS, NO PEITO E NO ABDOME, QUE SE INICIAM DENTRO DE 1 A 4 HORAS APÓS A PICADA), FEBRE E CALAFRIOS, DOR DE CABEÇA E TONTURA, NÁUSEAS E VÔMITOS, IRRITABILIDADE, INSÔNIA, AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL, PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA ETC. Acidente aracnídico O TRATAMENTO CONSISTE NA ADMINISTRAÇÃO DA SOROTERAPIA ESPECÍFICA, USO DE ANALGÉSICOS SISTÊMICOS, SEDATIVO, MONITORIZAÇÃO DOS SINAIS VITAIS E SUPORTE CARDIORRESPIRATÓRIO, SE NECESSÁRIO. OS DEMAIS PROCEDIMENTOS SÃO UTILIZADOS DE ACORDO COM A SINTOMATOLOGIA Acidente escorpiônico OS ACIDENTES COM ESCORPIÕES SÃO MENOS FREQUENTES DO QUE COM ARANHAS, POIS ELES SÃO POUCO AGRESSIVOS (PICAM PARA SE DEFENDER) E TÊM HÁBITOS NOTURNOS. A VISÃO É POUCO DESENVOLVIDA, ORIENTAM-SE PELA VIBRAÇÃO DO AR E DO SOLO E LOCALIZAM SUAS PRESAS PELO TATO. SÃO FACILMENTE ENCONTRADOS EM PILHAS DE MADEIRA, SOB CASCAS DE ÁRVORES, PEDRAS, TRONCOS, TIJOLOS, CUPINZEIROS, ENTULHOS, DENTRO DAS RESIDÊNCIAS, NO INTERIOR DE SAPATOS E BOTAS. Acidente escorpiônico O VENENO É POTENTE E NEUROTÓXICO. O QUADRO CLÍNICO DO ESCORPIANISMO MANIFESTA-SE POR DOR LOCAL DE INTENSIDADE VARIÁVEL (PODE CHEGAR A SER INSUPORTÁVEL), EM QUEIMAÇÃO OU AGULHADA, IRRADIANDO PARA O MEMBRO AFETADO. PARESTESIA (SENSAÇÃO DE FORMIGAMENTO OU DORMÊNCIA) TAMBÉM É REFERIDA NO LOCAL DA PICADA. NOS ACIDENTES MODERADOS E GRAVES, PRINCIPALMENTE EM CRIANÇAS, PODEM SURGIR MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS, TAIS COMO: SUDORESE PROFUSA, TONTURA, VISÃO TURVA, TREMORES, ESPASMOS MUSCULARES, CONFUSÃO MENTAL, HIPER OU HIPOTERMIA, SIALORREIA, NÁUSEAS, VÔMITOS, DOR ABDOMINAL, DIARREIA, PRIAPISMO (EREÇÃO DOLOROSA E INVOLUNTÁRIA DO PÊNIS) E CONVULSÕES. PODEM OCORRER AINDA ARRITMIAS CARDÍACAS, HIPERTENSÃO OU HIPOTENSÃO ARTERIAL, INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA, TAQUIPNEIA, DISPNEIA, EDEMA AGUDO DE PULMÃO, CHOQUE, COMA, PARADA RESPIRATÓRIA E CARDÍACA. Queimaduras e Choque Elétrico AS QUEIMADURAS REPRESENTAM UM TIPO DE TRAUMA COMUMENTE ENCONTRADO, ENVOLVENDO PRINCIPALMENTE AS CRIANÇAS E O AMBIENTE DOMICILIAR. AS LESÕES SÃO PRODUZIDAS POR AÇÃO DE AGENTES FÍSICOS TÉRMICOS (CALOR OU FRIO), TAIS COMO FOGO, VAPORES, ELETRICIDADE, GELO; POR IRRADIAÇÃO (EX.: RAIOS SOLARES); OU AGENTES QUÍMICOS, COMO ÁCIDOS OU SOLUÇÕES BÁSICAS FORTES (EX.: SODA CÁUSTICA). Queimaduras e Choque Elétrico A PROFUNDIDADE DA QUEIMADURA DEPENDE DO ELEMENTO QUE A CAUSOU E DO TEMPO QUE A VÍTIMA FICOU EXPOSTA. QUALQUER QUEIMADURA, MESMO A MAIS SIMPLES QUEIMADURA SOLAR, PODERÁ COMPLICAR E ATÉ LEVAR A VÍTIMA A UM ESTADO DE CHOQUE, PORTANTO MERECE TRATAMENTO CUIDADOSO. UMA DAS FORMAS DE CLASSIFICAR AS QUEIMADURAS É VERIFICANDO O GRAU DE DESTRUIÇÃO CELULAR PRODUZIDO (PROFUNDIDADE). SÃO ELAS: QUEIMADURA DE 1º GRAU A LESÃO OCORRE APENAS NA CAMADA MAIS EXTERNA DA PELE, OU SEJA, A EPIDERME. É O TIPO MAIS COMUM DE QUEIMADURA E PODE SER CAUSADA POR UMA SIMPLES EXPOSIÇÃO PROLONGADA AO SOL. OS SINAIS E SINTOMAS INCLUEM EDEMA E VERMELHIDÃO DA PELE, HIPERSENSIBILIDADE E ARDOR, QUE SE INICIAM QUASE QUE IMEDIATAMENTE NO CASO DE AGENTES FÍSICOS SEREM SUA CAUSA, PODENDO SE INTENSIFICAR ATÉ 12 A 48 HORAS, PELA AÇÃO DE AGENTES INFLAMATÓRIOS. Como proceder? AFASTE A VÍTIMA DE PERTO DA FONTE CAUSADORA DA QUEIMADURA, RESFRIE O LOCAL COM ÁGUA FRIA OU PANO ÚMIDO E PROTEJA O LOCAL ATINGIDO. OFEREÇA LÍQUIDOS À VÍTIMA. QUEIMADURA DE 2º GRAU ATINGE A EPIDERME E A DERME, SENDO MAIS DOLORIDA E FACILMENTE IDENTIFICADA, PORQUE PROVOCA A FORMAÇÃO DE FLICTENAS (BOLHAS). OS SINAIS E SINTOMAS MAIS IMPORTANTES SÃO A DOR (HIPERSENSIBILIDADE), PRESENÇA DE FLICTENAS, EDEMA E UMIDADE. NA OCORRÊNCIA DE MUITAS BOLHAS OU LESÕES EXTENSAS, PODERÁ HAVER A PERDA IMPORTANTE DE LÍQUIDO E PLASMA NESSAS ÁREAS, PODENDO HAVER TAMBÉM A FORMAÇÃO DE CICATRIZES. O TRATAMENTO DERMATOLÓGICO DEVERÁ SER CONSIDERADO. Como proceder? UTILIZAR ÁGUA FRIA EM ABUNDÂNCIA, PARA RESFRIAR APENAS O LOCAL AFETADO. NÃO FURAR AS BOLHAS PORQUE ELAS PROTEGEM O LOCAL CONTRA INFECÇÃO E ACELERAM O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO. NÃO TENTAR RETIRAR COISA ALGUMA QUE ESTEJA GRUDADA À PELE (POR EXEMPLO, ROUPAS). NÃO APLICAR POMADAS, LÍQUIDOS, CREMES, PASTAS DENTAIS OU QUALQUER OUTRA SUBSTÂNCIA SOBRE A QUEIMADURA. PROTEGER O LOCAL ATINGIDO E ENCAMINHAR A VÍTIMA AO ATENDIMENTO MÉDICO O MAIS BREVE POSSÍVEL. QUEIMADURA DE 3º GRAU OCORRE A DESTRUIÇÃO DE TODAS AS CAMADAS DA PELE, ATINGINDO TAMBÉM GORDURA, MÚSCULOS, TENDÕES E ATÉ ÓRGÃOS INTERNOS, PODENDO TRAZER RISCO IMINENTE DE MORTE. ESSE TIPO DE QUEIMADURA EXIGE EXTREMA ATENÇÃO E CUIDADOS POR PARTE DO PROVEDOR DE SAÚDE. QUEIMADURA DE 3º GRAU OS SINAIS E SINTOMAS INCLUEM A DESTRUIÇÃO DA EPIDERME, DERME E TECIDO SUBCUTÂNEO, PODENDO APRESENTAR COLORAÇÃO BRANCA, AVERMELHADA, ESCURA OU CARBONIZADA (NECROSE). É INDOLOR, PORQUE A QUEIMADURA DESTRÓI OS RECEPTORES E TERMINAÇÕES NERVOSAS NAS ESTRUTURAS AFETADAS, SENDO DOLOROSA A ÁREA CIRCUNDANTE QUE SOFRE QUEIMADURA DE SEGUNDO OU PRIMEIRO GRAU. Como proceder? SIGA AS MESMAS REGRAS PARA AS QUEIMADURAS DE 2º GRAU. SE A VÍTIMA ESTIVER COM AS ROUPAS EM CHAMAS, ABAFE O FOGO COM UM COBERTOR OU ALGO SIMILAR; DEITE A VÍTIMA, COLOCANDO A CABEÇA E O TÓRAX MAIS BAIXOS QUE O CORPO. CUBRA O LOCAL ATINGIDO COM PANO LIMPO, DE PREFERÊNCIA COMPRESSA OU GAZE ESTÉRIL, EMBEBIDA EM VASELINA ESTÉRIL. MONITORE OS SINAIS VITAIS E TRANSPORTE A VÍTIMA PARA O HOSPITAL O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. QUEIMADURAS ELÉTRICAS LESÕES INDUZIDAS PELA PASSAGEM DE CORRENTE ELÉTRICA PELO CORPO DE UMA PESSOA QUE, DEPENDENDO DA INTENSIDADE DA CORRENTE, DA RESISTÊNCIA, DA VOLTAGEM E DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO, PODEM SER MAIS, OU MENOS GRAVES. ALGUMAS LITERATURAS CLASSIFICAM A QUEIMADURA PRODUZIDA POR CORRENTE ELÉTRICA COMO SENDO DE QUARTO GRAU. QUEIMADURAS ELÉTRICAS OS SINAIS E SINTOMAS DEPENDEM DO TIPO DA LESÃO E DAS CIRCUNSTÂNCIAS, PODENDO SURGIR FERIMENTOS INCISIVOS ISQUÊMICOS, CARBONIZADOS, DEPRIMIDOS OU AMARELOESBRANQUIÇADOS. O FERIMENTO DE ENTRADA DA CORRENTE GERALMENTE É PEQUENO E MASCARA UMA LESÃO TECIDUAL PROFUNDA. O FERIMENTO DE SAÍDA PODE SER DO TAMANHO DO DE ENTRADA OU MAIOR. Como proceder? EVITE O CONTATO DIRETO COM A VÍTIMA SE ELA AINDA ESTIVER SOFRENDO O CHOQUE ELÉTRICO; PROCURE DESLIGAR A FONTE DE ENERGIA E SE NÃO FOR POSSÍVEL, AFASTE-A DA FONTE DA CORRENTE, UTILIZANDO UM MAU CONDUTOR DE ENERGIA, COMO MADEIRA, PEDAÇOS DE TECIDOS FORTES, LUVAS. MANTENHA A VÍTIMA DEITADA. Como proceder? EVENTUALMENTE A VÍTIMA SOFRE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA, PORTANTO ESTEJA PREPARADO PARA INICIAR AS MANOBRAS DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA. SE NÃO FOR O CASO, MONITORE OS SINAIS VITAIS E PROCEDA AOS CUIDADOS PARA QUEIMADURAS E PREVENÇÃO DO ESTADO DE CHOQUE. ENCAMINHE A VÍTIMA PARA O HOSPITAL O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. QUEIMADURAS QUÍMICAS SÃO LESÕES TECIDUAIS RESULTANTES DE CONTATO QUÍMICO, GERALMENTE RELACIONADO AO AMBIENTE DE TRABALHO OU DOMÉSTICO. ESSAS QUEIMADURAS PODEM SE TORNAR SIGNIFICATIVAMENTE GRAVES ATÉ QUE O PRODUTO SEJA INATIVADO OU SUA AÇÃO INTERROMPIDA. AS QUEIMADURAS QUÍMICAS PODEM SER ÁCIDAS OU ALCALINAS (BÁSICAS) E OS SINAIS E SINTOMAS VARIAM DE ACORDO COM A SUBSTÂNCIA AGRESSORA. QUEIMADURAS QUÍMICAS AMBAS AS QUEIMADURAS CAUSAM DOR, MAS, DE UM MODO GERAL, AS QUEIMADURAS ÁCIDAS CAUSAM NECROSE DE COAGULAÇÃO, PRODUZINDO ESCARAS E ÚLCERAS. AS QUEIMADURAS ALCALINAS SÃO MAIS GRAVES PORQUE PENETRAM PROFUNDAMENTE NA PELE E PERMANECEM ATIVAS POR LONGO PERÍODO. EXEMPLO DE PRODUTO QUÍMICO BÁSICO: HIDRÓXIDO DE SÓDIO – NAOH (SODA CÁUSTICA). Como proceder? REMOVA TODA A ROUPA OU OBJETOS CONTAMINADOS DE PERTO DA VÍTIMA. LEMBRE-SE DA SUA SEGURANÇA PESSOAL, AO TOCAR NA VÍTIMA. DEPENDENDO DA SUBSTÂNCIA QUÍMICA, PODERÁ SER FEITA A LAVAGEM DA REGIÃO AFETADA COM ÁGUA ABUNDANTE E CONTÍNUA. EM CASOS DE CONTATO COM PRODUTOS QUÍMICOS EM PÓ, LIMPE A PELE ANTES DE MOLHÁ-LA, PARA EVITAR A ATIVAÇÃO DA SUBSTÂNCIA. DE ACORDO COM AS ORIENTAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUEIMADURAS, NO CASO DE QUEIMADURAS PRODUZIDAS POR LÍQUIDOS É RECOMENDÁVEL LAVAR A ÁREA COM ÁGUA CORRENTE E ABUNDANTE POR PELO MENOS 30 MINUTOS. Como proceder? MONITORE OS SINAIS VITAIS, PROCURE IDENTIFICAR A SUBSTÂNCIA CAUSADORA E ENCAMINHE A VÍTIMA IMEDIATAMENTE PARA UM SERVIÇO DE PRONTO ATENDIMENTO. JAMAIS TENTE NEUTRALIZAR A SUBSTÂNCIA, PORQUE A NEUTRALIZAÇÃO DE UMA SUBSTÂNCIA É UMA REAÇÃO QUE PRODUZ CALOR, PODENDO CAUSAR DANOS ADICIONAIS À VÍTIMA. OUTRA FORMA DE CLASSIFICAR AS QUEIMADURAS É EM RELAÇÃO À SUPERFÍCIE CORPORAL QUEIMADA (SCQ). EXISTEM VÁRIAS CLASSIFICAÇÕES PARA O CÁLCULO DA ÁREA TOTAL DE SUPERFÍCIE CORPORAL QUEIMADA (ATSQ), SENDO A “REGRA DOS NOVE”, PROPOSTA POR WALLACE, A MAIS EMPREGADA. Afogamento DEFINE-SE POR AFOGAMENTO A ASPIRAÇÃO DE LÍQUIDO NÃO CORPORAL POR SUBMERSÃO OU IMERSÃO. UMA SUFOCAÇÃO (ASFIXIA) APÓS IMERSÃO EM MEIO LÍQUIDO. O AFOGAMENTO É A TERCEIRA CAUSA MAIS COMUM DE MORTE ACIDENTAL; 40% OCORREM COM CRIANÇAS ABAIXO DE QUATRO ANOS DE IDADE. ENTRE ELAS, OS LOCAIS MAIS COMUNS DE AFOGAMENTO SÃO AS PISCINAS E BANHEIRAS. Afogamento DIVERSAS CAUSAS LEVAM AO ACIDENTE DE SUBMERSÃO: INDIVÍDUO QUE NÃO SABE NADAR E SE VÊ EM SITUAÇÃO QUE ENVOLVA MEIO LÍQUIDO, QUE CANSA OU TEM CÂIMBRAS, INDIVÍDUO CARDIOPATA QUE TEM INFARTO; O QUE USA ÁLCOOL ANTES DE ENTRAR NA ÁGUA; O EPILÉPTICO QUE TEM CRISE CONVULSIVA NA ÁGUA E O QUE MERGULHA EM ÁGUAS RASAS, ENTRE OUTRAS. Afogamento • GRAU I: PACIENTE LÚCIDO, APRESENTANDO TOSSE SECA. INICIALMENTE O PACIENTE ESTÁ TAQUICÁRDICO E TAQUIPNEICO, MAS MELHORA RAPIDAMENTE À MEDIDA QUE SE ACALMA. NÃO HÁ ASPIRAÇÃO PULMONAR SIGNIFICATIVA. O TRATAMENTO NA CENA DO ACIDENTE CONSISTE EM REPOUSO, AQUECIMENTO DA VÍTIMA E OFERECIMENTO DE OXIGÊNIO. • GRAU II: LUCIDEZ OU AGITAÇÃO. ELEVAÇÃO MODERADA DAS FREQUÊNCIAS RESPIRATÓRIA E CARDÍACA. VÍTIMA COM TAQUIPNEIA, SEM GRANDE DIFICULDADE RESPIRATÓRIA. HÁ PRESENÇA DE TOSSE E VÔMITOS. EXISTE PEQUENA QUANTIDADE DE ESPUMA NA BOCA E NO NARIZ. ÓBITO EM 0,6% DOS CASOS. Afogamento • GRAU III: VÍTIMA AGITADA E POUCO COLABORATIVA DEVIDO À FALTA DE OXIGÊNIO. FREQUÊNCIA CARDÍACA E VENTILATÓRIA ELEVADAS E GRAVE DIFICULDADE RESPIRATÓRIA, MUITAS VEZES COM CIANOSE. OCORRE TOSSE COM ESPUMA ESBRANQUIÇADA OU RÓSEA EM QUANTIDADE. A MORTALIDADE ACONTECE EM CERCA DE 5,2% DOS CASOS. • GRAU IV: SEMELHANTE AO GRAU III, PORÉM O PULSO RADIAL ESTÁ FRACO OU AUSENTE (SINAIS DE CHOQUE). ÓBITO EM 19,4% DOS CASOS. Afogamento • GRAU V: PRESENÇA DE PARADA RESPIRATÓRIA. ÓBITO EM 44% DOS CASOS. • GRAU VI: PRESENÇA DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA. ÓBITO EM 93% DOS CASOS. Salvamento O SALVAMENTO DEVERÁ SER REALIZADO, DE PREFERÊNCIA, SEM A ENTRADA DO PRESTADOR DE SOCORRO NA ÁGUA. ELE DEVE JOGAR ALGUM OBJETO PARA A VÍTIMA (CONSCIENTE) SE APOIAR: CORDA, BOIA, COLETE SALVA-VIDAS, PRANCHA DE SURFE, BOLA DE FUTEBOL, PNEU, REMO, GALHO, TOALHA, OU OUTRO OBJETO RESISTENTE, QUE NÃO IRÁ SE ROMPER. UMA VEZ QUE A VÍTIMA TENHA AGARRADO O OBJETO, DEVE SER PUXADO PARA A MARGEM. SE A VÍTIMA ESTIVER INCONSCIENTE OU LONGE DEMAIS PARA SER ALCANÇADA COM UMA CORDA, O PRESTADOR DE SOCORRO DEVERÁ IR ATÉ ELA. Salvamento ATENÇÃO! O PRESTADOR DE SOCORRO APENAS ENTRA NA ÁGUA SE SOUBER NADAR MUITO BEM, OU TENHA RECEBIDO TREINAMENTO EM TÉCNICAS DE RESGATE AQUÁTICO; SE ESTIVER VESTINDO EQUIPAMENTO PESSOAL DE FLUTUAÇÃO; SE ESTIVER ACOMPANHADO POR OUTROS SOCORRISTAS. O SOCORRISTA DEVE ESTAR PREPARADO PARA O SALVAMENTO DE VÍTIMAS EM PÂNICO. LEMBRE-SE DA SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR. SE O SOCORRISTA NÃO ESTIVER APTO, DEVE MARCAR O LUGAR DO AFOGADO E PROCURAR SOCORRO. SOMENTE EM ÚLTIMO CASO, DEVE-SE TENTAR IR ATÉ A VÍTIMA! Salvamento NO CASO DE POSSÍVEL LESÃO MEDULAR, O OBJETIVO É SUSTENTAR AS COSTAS DA VÍTIMA E ESTABILIZAR A CABEÇA E O PESCOÇO ENQUANTO OUTROS CUIDADOS SÃO ADMINISTRADOS. SEMPRE DEIXAR A CABEÇA E O PESCOÇO NO MESMO NÍVEL DAS COSTAS. SE NÃO HOUVER SUSPEITA DE LESÃO MEDULAR, COLOCAR A VÍTIMA EM POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA, DE MODO QUE ÁGUA, VÔMITO E SECREÇÕES POSSAM SER DRENADAS DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES. EXECUTAR A AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E DAR INÍCIO AO A, B E C. NA AUSÊNCIA DE RESPIRAÇÃO, DESOBSTRUIR AS VIAS AÉREAS IMEDIATAMENTE E COMEÇAR A RESPIRAÇÃO DE SALVAMENTO. Salvamento OBSERVAÇÃO – 1. ÁGUA NAS VIAS AÉREAS PODE CAUSAR RESISTÊNCIA À RESPIRAÇÃO. APÓS A VERIFICAÇÃO DA AUSÊNCIA DE CORPOS ESTRANHOS NAS VIAS AÉREAS, APLICAR A RESPIRAÇÃO DE SALVAMENTO COM MAIS FORÇA ATÉ VER O TÓRAX DA VÍTIMA SUBIR E DESCER. Salvamento SE NÃO HOUVER PULSO, COMEÇAR IMEDIATAMENTE AS COMPRESSÕES TORÁCICAS (RCP). PROSSEGUIR COM A REANIMAÇÃO ATÉ A CHEGADA DA EQUIPE DE EMERGÊNCIA, OU A RECUPERAÇÃO DA VÍTIMA. CASO A VÍTIMA ESTEJA INCONSCIENTE, MAS COM RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA PRESENTE, COLOCÁ-LA EM POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA, A FIM DE EVITAR BRONCOASPIRAÇÃO, ESPECIALMENTE SE APRESENTAR VÔMITOS. Salvamento AQUEÇER A VÍTIMA, SECANDO-A E COBRINDO-A COM COBERTORES OU TOALHAS. TODAS AS VÍTIMAS DE AFOGAMENTO, MESMO AQUELAS QUE SÓ NECESSITARAM DE MÍNIMO AUXÍLIO, DEVEM SER SUBMETIDAS À AVALIAÇÃO MÉDICA, MESMO QUANDO SE ACREDITA QUE O PERIGO JÁ PASSOU. ÀS VEZES A LESÃO PULMONAR OCORRE HORAS APÓS O EPISÓDIO DE SUBMERSÃO, E A VÍTIMA PODERÁ MORRER EM ATÉ 3 OU 4 DIAS APÓS O ACIDENTE (APROXIMADAMENTE 15% DAS MORTES POR AFOGAMENTO OCORREM POR COMPLICAÇÕES SECUNDÁRIAS). Considerações sobre o Trauma A VIOLÊNCIA INTERPESSOAL, OS ACIDENTES DE TRÂNSITO, AS QUEDAS E OS ACIDENTES DE TRABALHO CONSTITUEM AS CAUSAS MAIS COMUNS DE MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS (TRAUMA) ENTRE A AMPLA FAIXA ETÁRIA DE 1 A 44 ANOS DE IDADE, SENDO OS HOMENS ADULTOS JOVENS OS MAIS VULNERÁVEIS A SOFREREM TRAUMATISMOS, ESPECIALMENTE EM RELAÇÃO ÀS AGRESSÕES. O TRAUMA OCUPA HOJE A TERCEIRA CAUSA GERAL DE MORTE NA POPULAÇÃO BRASILEIRA, SUPERADO APENAS PELAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES E NEOPLASIAS. Considerações sobre o Trauma A INSTABILIDADE HEMODINÂMICA NA VÍTIMA DE TRAUMA É GERALMENTE OCASIONADA POR UMA PERDA SANGUÍNEA SIGNIFICATIVA E, PORTANTO, O SOCORRISTA DEVERÁ IDENTIFICAR E TRATAR PRONTAMENTE A HEMORRAGIA EXTERNA. PARA O DOENTE QUE APRESENTA HEMORRAGIA INTERNA, NADA PODERÁ SER FEITO NO ATENDIMENTO PRÉHOSPITALAR, NO SENTIDO DE ESTANCAR O SANGRAMENTO. A VÍTIMA NECESSITARÁ SER ENCAMINHADA RAPIDAMENTE AO HOSPITAL DE REFERÊNCIA EQUIPADO COM RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS, POIS O CONTROLE DA HEMORRAGIA É POTENCIALMENTE CIRÚRGICO. Hemorragia A HEMORRAGIA EXTERNA PODE SER CLASSIFICADA EM TRÊS TIPOS. 1.HEMORRAGIA CAPILAR: CAUSADA POR ESCORIAÇÕES QUE LESAM MINÚSCULOS VASOS CAPILARES SITUADOS ABAIXO DA SUPERFÍCIE DA PELE. O SANGRAMENTO É MÍNIMO E GERALMENTE TERÁ CESSADO ANTES MESMO DA CHEGADA DA EQUIPE DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR. Hemorragia 2.HEMORRAGIA VENOSA: O SANGRAMENTO É DE COLORAÇÃO VERMELHO-ESCURO (POR SER POBRE EM OXIGÊNIO E RICO EM GÁS CARBÔNICO) E NORMALMENTE É CONTROLADO MEDIANTE UMA COMPRESSÃO MODERADA NO LOCAL DO FERIMENTO. EM GERAL NÃO AMEAÇA A VIDA, A NÃO SER QUE A LESÃO SEJA GRAVE OU O SANGRAMENTO NÃO SEJA CONTROLADO. Hemorragia 3.HEMORRAGIA ARTERIAL: O SANGRAMENTO CAUSADO PELO ROMPIMENTO DE UMA ARTÉRIA É O MAIS IMPORTANTE E TAMBÉM O MAIS DIFÍCIL DE SER CONTROLADO. CARACTERIZA-SE POR UM SANGUE DE COLORAÇÃO VERMELHO-VIVO E QUE OCORRE EM JATOS COMPASSADOS COM O RITMO CARDÍACO (O SANGUE JORRA DA FERIDA A CADA BATIMENTO DO CORAÇÃO). Hemorragia NO CASO DE SUSPEITA DE HEMORRAGIA INTERNA, OS SINAIS E SINTOMAS SÃO EVIDENCIADOS PELA SÍNDROME DO CHOQUE HEMORRÁGICO. O PACIENTE ENCONTRA-SE MUITAS VEZES ANSIOSO (SINAL DE HIPÓXIA CEREBRAL) E COM OUTRAS ALTERAÇÕES DE CONSCIÊNCIA, APRESENTA TAQUICARDIA, TAQUIPNEIA, HIPOTENSÃO ARTERIAL, PALIDEZ CUTÂNEA (DEVIDO À INTENSA VASOCONSTRIÇÃO PERIFÉRICA), ENCHIMENTO CAPILAR LENTO OU AUSENTE, HIPOTERMIA, SEDE ETC. A VÍTIMA DEVE SER TRATADA COMO EM ESTADO DE CHOQUE, TER MONITORADOS OS SINAIS VITAIS E SER LEVADO, PARA O HOSPITAL IMEDIATAMENTE, POIS SE TRATA DE UMA EMERGÊNCIA GRAVE. Hemorragia NO CONTROLE DA HEMORRAGIA EXTERNA, COMO PRIMEIRA OPÇÃO, O SOCORRISTA DEVERÁ APLICAR PRESSÃO MANUAL DIRETA SOBRE O FERIMENTO (COMPRESSÃO LOCAL), DE PREFERÊNCIA UTILIZANDO UMA GAZE, COMPRESSA ESTÉRIL OU PANO LIMPO. ATENÇÃO! SE A COMPRESSA ESTIVER MUITO ENCHARCADA, COLOCAR OUTRA POR CIMA DA PRIMEIRA E CONTINUAR MANTENDO A PRESSÃO. (O OBJETIVO DE NÃO REMOVER AS PRIMEIRAS COMPRESSAS É EVITAR A REMOÇÃO DOS COÁGULOS FORMADOS E, COM ISSO, AUMENTAR NOVAMENTE O SANGRAMENTO). Estado de Choque O CHOQUE É UMA CONDIÇÃO POTENCIALMENTE LETAL QUE SE CARACTERIZA POR REDUÇÃO SIGNIFICATIVA DA PERFUSÃO TECIDUAL, RESULTANDO EM INADEQUADA OFERTA DE OXIGÊNIO AOS TECIDOS. OS TIPOS MAIS COMUNS DE CHOQUE SÃO: • HIPOVOLÊMICO • CARDIOGÊNICO • SÉPTICO • NEUROGÊNICO Estado de Choque O PACIENTE, QUE ESTÁ CHOCADO POR HIPOVOLEMIA, APRESENTA OS SEGUINTES SINAIS E SINTOMAS: AGITAÇÃO, ANSIEDADE (SINAIS DE HIPÓXIA CEREBRAL), POSTERIORMENTE CANSAÇO, SONOLÊNCIA, CONFUSÃO MENTAL, TAQUICARDIA E PULSO FILIFORME, RESPIRAÇÃO CURTA, RÁPIDA E SUPERFICIAL, HIPOTENSÃO ARTERIAL, NÁUSEA, SEDE, SUDORESE, PELE FRIA, PÁLIDA E ÚMIDA, CÂIMBRAS, MUCOSAS ESBRANQUIÇADAS, ENCHIMENTO CAPILAR LENTO (PERFUSÃO PERIFÉRICA MAIOR QUE 2 SEGUNDOS) OU AUSENTE, HIPOTERMIA, TREMORES, PERDA GRADUAL DA CONSCIÊNCIA, COMA E MORTE. Como proceder? TRANQUILIZAR A VÍTIMA, CONTROLAR HEMORRAGIAS EXTERNAS, PREVENIR A HIPOTERMIA COMO USO DE COBERTOR TÉRMICO, ELEVAR AS PERNAS DA VÍTIMA CERCA DE 30 CM DO CHÃO, MONITORAR OS SINAIS VITAIS, NÃO OFERECER LÍQUIDOS E PROVIDENCIAR A REMOÇÃO PARA O HOSPITAL MAIS PREPARADO PARA RECEBER O DOENTE. Evisceração É A PROTRUSÃO DE VÍSCERAS PARA FORA DA CAVIDADE ABDOMINAL, COMO CONSEQUÊNCIA DE INCISÃO ABDOMINAL ENTREABERTA OU PÓS-TRAUMA. É UM TRAUMA RELATIVAMENTE COMUM, OCASIONADO POR ARMAS BRANCAS E ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS. O SOCORRISTA REALIZARÁ UM CURATIVO DO TIPO OCLUSIVO, DA SEGUINTE MANEIRA: IRRIGAR UMA COMPRESSA ESTÉRIL COM SORO FISIOLÓGICO E COLOCÁ-LA POR CIMA, COBRINDO AS VÍSCERAS EXPOSTAS. EM SEGUIDA, APLICAR UMA BANDAGEM OU PLÁSTICO PROTETOR, FIXANDO-O NO LUGAR COM ESPARADRAPO. É IMPORTANTE ESSA PREVENÇÃO DE CONTAMINAÇÃO, COM A PROTEÇÃO ADEQUADA DOS ÓRGÃOS EVISCERADOS. EVITE A MANIPULAÇÃO DAS VÍSCERAS OU REINTRODUZI-LAS PARA DENTRO DA CAVIDADE ABDOMINAL, POIS ESSE PROCEDIMENTO SERÁ FEITO DURANTE O ATO CIRÚRGICO. Objeto Empalado SE O TRAUMATIZADO TIVER ALGUM OBJETO TRANSFIXADO EM SEU CORPO (GERALMENTE MADEIRA OU METAL), DEVE-SE REALIZAR CURATIVO COMPRESSIVO APLICANDO PRESSÃO EM UM DOS LADOS DO OBJETO, E NÃO SOBRE O OBJETO. O OBJETIVO É CONTROLAR O SANGRAMENTO E ESTABILIZAR O OBJETO NO LOCAL. JAMAIS REMOVA O OBJETO, COM RISCO DE AUMENTAR SIGNIFICATIVAMENTE A HEMORRAGIA, LESIONAR ESTRUTURAS INTERNAS (COMO OS NERVOS) E AGRAVAR AINDA MAIS O ESTADO DA VÍTIMA. O CORPO ESTRANHO EMPALADO SERÁ RETIRADO POSTERIORMENTE, EM CENTRO CIRÚRGICO. Fratura EMBORA SEJAM COMUNS NO PACIENTE TRAUMATIZADO, AS LESÕES DE EXTREMIDADES RARAMENTE APRESENTAM RISCO DE MORTE IMEDIATO. QUANDO LEVA À ACENTUADA PERDA SANGUÍNEA, O TRAUMA DE EXTREMIDADES PODE PÔR EM RISCO A VIDA DO PACIENTE. TODO POLITRAUMATIZADO DEVE SER IMOBILIZADO EM PRANCHA LONGA E O MAIS PRÓXIMO POSSÍVEL DA POSIÇÃO ANATÔMICA. Fratura NA FRATURA FECHADA, A PELE ENCONTRA-SE ÍNTEGRA, POIS NÃO FOI ROMPIDA PELO OSSO FRATURADO. JÁ NA FRATURA EXPOSTA (ABERTA), COMO O PRÓPRIO NOME DIZ, A INTEGRIDADE DA PELE FOI ROMPIDA PELA EXTREMIDADE ÓSSEA QUE PERFUROU A PELE. O SOCORRISTA DEVE CONSIDERAR QUALQUER FERIMENTO PRÓXIMO DE UMA POSSÍVEL FRATURA COMO SENDO UMA FRATURA EXPOSTA E TRATÁ-LA COMO TAL. Como proceder? 1.REALIZAR EXAME PRIMÁRIO. 2.REALIZAR HEMOSTASIA HEMORRAGIAS). (CONTROLE DAS 3.TRATAR O CHOQUE. 4.NO EXAME SECUNDÁRIO, EXAMINAR OS PULSOS, COLORAÇÃO DA PELE, FUNÇÃO MOTORA E SENSIBILIDADE DO MEMBRO COM SUSPEITA DE FRATURA. Como proceder? 5.IMOBILIZAR ADEQUADAMENTE TODO O MEMBRO, USANDO TALAS OU OUTROS MATERIAIS RÍGIDOS (A IMOBILIZAÇÃO AJUDA A CONTER A HEMORRAGIA E PROPORCIONA ALÍVIO DA DOR). 6.APÓS A IMOBILIZAÇÃO, APLICAR BOLSA DE GELO OU COMPRESSA FRIA NO LOCAL PODE AJUDAR A REDUZIR A DOR E O EDEMA. 7.MOVIMENTAR O MEMBRO LESADO O MÍNIMO POSSÍVEL. Como proceder? 8.NA MAIORIA DAS VEZES, A FRATURA É IMOBILIZADA NA POSIÇÃO EM QUE É ENCONTRADA. SE O MEMBRO ESTIVER SEM PULSO, OU O PACIENTE NÃO PUDER SER TRANSPORTADO POR CAUSA DA POSIÇÃO INCOMUM DO MEMBRO, O SOCORRISTA PODE TENTAR REALINHÁ-LO DELICADAMENTE, TRAZENDO O MEMBRO À POSIÇÃO ANATÔMICA. SE HOUVER RESISTÊNCIA OU DOR INTENSA, A TENTATIVA DEVERÁ SER ABANDONADA. É IMPORTANTE RESSALTAR QUE O FATO DE IMOBILIZAR O MEMBRO NA POSIÇÃO NORMAL MELHORA A DOR E A CIRCULAÇÃO. Como proceder? 9.O SOCORRISTA NÃO DEVE TENTAR “RECOLOCAR OS OSSOS NO LUGAR”, ESPECIALMENTE QUANDO SE TRATA DE FRATURAS EXPOSTAS. 10.COBRIR COM CURATIVO ESTÉRIL EXTREMIDADES ÓSSEAS EXPOSTAS. AS FERIDAS ABERTAS OU 11.REMOVER JOIAS E RELÓGIOS (ESSES OBJETOS PODEM PREJUDICAR A CIRCULAÇÃO, QUANDO O EDEMA AUMENTAR). 12.VERIFICAR PULSO, SENSIBILIDADE E COR DO MEMBRO, ANTES E APÓS REALIZAR A IMOBILIZAÇÃO. Traumatismo Craniano O TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE) OU LESÃO CEREBRAL TRAUMÁTICA (LCT) CONTRIBUI SIGNIFICATIVAMENTE PARA A MORTE DE VÍTIMAS DE TRAUMA. AS COLISÕES AUTOMOBILÍSTICAS CONTINUAM SENDO A PRINCIPAL CAUSA DESSE TIPO DE LESÃO EM PESSOAS COM IDADE INFERIOR A 65 ANOS. JÁ NO IDOSO, AS QUEDAS SÃO RESPONSÁVEIS PELA PRINCIPAL CAUSA DE TCE. Traumatismo Craniano AS FRATURAS CRANIANAS PODEM LESAR ARTÉRIAS E VEIAS, PROVOCANDO SANGRAMENTO NOS ESPAÇOS EM TORNO DO TECIDO CEREBRAL. O LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LÍQUOR), QUE CIRCULA ENTRE O CÉREBRO E AS MENINGES, PODE SAIR PELO NARIZ (LIQUORREIA) OU PELO OUVIDO (OTORREIA). OCASIONALMENTE, POR MEIO DESSAS FRATURAS, OCORRE INVASÃO DE BACTÉRIAS NO CRÂNIO, CAUSANDO INFECÇÃO E LESÃO CEREBRAL GRAVES. Sinais de reconhecimento do TCE: FERIMENTO NA CABEÇA, EXPOSIÇÃO ÓSSEA OU DE MASSA ENCEFÁLICA, ALTERAÇÕES DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA (AGITAÇÃO, CONFUSÃO MENTAL, DESORIENTAÇÃO, SONOLÊNCIA E COMA), CEFALEIA, PERDA DE LÍQUOR E/OU SANGUE PELO NARIZ E OUVIDO (RINORREIA E OTORREIA, RINORRAGIA E OTORRAGIA), DOR, NÁUSEA E VÔMITO EM JATO (DEVIDO À HIPERTENSÃO INTRACRANIANA), EDEMA E HEMATOMA PERIORBITAL (“SINAL DE GUAXINIM”), HEMATOMA RETROAURICULAR (“SINAL DE BATTLE”), HIPO OU HIPERTERMIA, PADRÕES RESPIRATÓRIOS IRREGULARES, ALTERAÇÕES PUPILARES (ANISOCORIA), POSTURAS ANORMAIS (DECORTICAÇÃO OU DESCEREBRAÇÃO), POSSÍVEL INCONTINÊNCIA URINÁRIA OU FECAL, DISTÚRBIOS VISUAIS, ALTERAÇÕES DA FALA E DA MARCHA, HEMIPARESIA, CONVULSÃO ETC. Sinais de reconhecimento do TCE: DICA: “TODO POLITRAUMATIZADO É UM PORTADOR DE LESÃO NA COLUNA CERVICAL, ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO!” OU SEJA, IMOBILIZAÇÃO COMPLETA É IMPRESCINDÍVEL (PRANCHA LONGA RÍGIDA, USO DO COLAR CERVICAL E IMOBILIZADOR LATERAL DE CABEÇA). A VÍTIMA DEVERÁ SER MANIPULADA POR EQUIPE ESPECIALIZADA, COM AS DEVIDAS TÉCNICAS E PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO AO TRAUMATIZADO. O SOCORRISTA DEVERÁ MONITORAR OS SINAIS VITAIS E NÍVEL DE CONSCIÊNCIA E, CASO EXISTA EXTRAVASAMENTO DE FLUIDOS PELO NARIZ E/OU BOCA (SANGUE OU LÍQUOR), NÃO DEVE TENTAR CONTÊ-LOS. Obrigada!