Gestalt-terapia

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Visão de mundo:
O conceito de mundo e pessoa funciona como
uma gestalt, como uma relação figura e fundo,
uma configuração a partir da qual, dependendo do
aqui agora do sujeito pensante, ele parte ou do
mundo ou da pessoa para constituir a idéia sobre
ele próprio e/ou sobre o mundo. O conceito de
mundo, portanto não esta pronto em si, como algo
fixo, é algo fluido, dinâmico, mutável e varia de
acordo com a mente teórica de quem observa e
sofre sua influencia.
Cada ser humano é único e tenta o compreender
como um todo, uma unidade indivisível, não há
separação entre o sentir, o pensar e o agir, sua mente,
seu corpo e suas manifestações são parte de um todo,
ou seja, são formas diferentes de expressão daquele ser
humano e estão portanto integrados e contribuído para
a configuração desse todo. Assim se algo muda em
qualquer uma das suas partes, seja um aspecto
emocional, mental, físico ou espiritual, o todo é
reconfigurado, surge uma nova organização uma nova
gestalt.
Conclui-se assim que vê o homem como um todo
para a gestalt não significa que vamos perceber a cada
momento todas as características desse homem “ ao
mesmo tempo”, mas que para cada característica que se
apresenta e se revela existe uma serie de outras com as
quais
ela
possui
relações
e
que
estão
momentaneamente no segundo plano, cabe ressaltar
nesse ponto que a relação entre figura e fundo é fluida
e dinâmica, isto é aquilo que emerge com figura num
dado momento tende a partir da reorganização do
campo voltar a ser fundo, para que uma nova figura
posso emergir assim por diante.
A gestalt terapia não precisaria de uma teoria
de desenvolvimento uma vez que seus
pressupostos não abarcam uma teoria baseada
em estágios seqüenciais de caráter universal e
que entre outras razões procurar uma teoria do
desenvolvimento para gestalt estaria muito mais
ligado a uma crença de que qualquer abordagem
consistente de ser humano deve ser uma teoria
de desenvolvimento.
A GT traz no bojo
na sua teoria uma
critica
a
estas
concepções
de
desenvolvimento
que
reduzem
determinam
e
naturalizam
os
seres humanos.
Personalidade:
A gestalt-terapia foi descrita por Frederik Salomon Perls como uma
terapia existencial, ele insistia que algum individuo, somente pode ser
compreendido através da descrição realizada de maneira direta pela sua
própria pessoa, ou seja, um homem só pode ser compreendido se for
interpretado por si mesmo.
Tal teoria ofereceu uma visão ampla a respeito de diversos campos
sociais, de modo que busca uma compreensão cada vez mais adequada
das inúmeras relações entre o homem, o planeta, os objetos e a natureza
como se tudo fosse parte de um único jogo.
Na gestalt o terapeuta é apenas um
facilitador e não um condicionador do
comportamento psicológico de seus clientes,
assim como Sócrates por meio da dialética
busca fazer com que o seu ouvinte conheça a si
mesmo, assim é a gestalt. O terapeuta faz com
que o seu paciente compreenda a si e se
conscientize descobrindo assim seus pontos
fortes e os seus pontos fracos, a partir daí o seu
bem-estar podem ser garantidos, inclusive o
seu crescimento espiritual e psicológico.
FUNCIONAMENTO SAUDAVEL/NORMAL
Alienação
Contato/ Assimilação
Abre uma gestalt
Para satisfazer a
necessidade
Encontra o que procura
A mudança acontece o organismos cresce, desenvolve o potencial humano.
FUNCIONAMENTO NÃO
SAUDAVEL/ANORMAL (PATOLOGICO)
Todo sintoma é uma forma desesperada, criada pelo
organismo para tentar se auto-regulará, sendo assim um tipo
especial de resistência, não devendo este ser sufocado,
destruído a priori, pois sua função é revelar um aspecto
oculto da totalidade, e é por intermédio deste que poderemos
atingi-lo.
As chamadas resistências, verdadeiros processos de
tentativas de auto regulação e de autopreservação, são
caminhos sutis e racionalizados , onde todo processo começa,
podendo a organização adoecer, na razão em que estes
processos se tornam contínuos, intensos, desconectados de
suas necessidades. Podemos entender conflitos interiores
como conflitos entre a existência do organismo e o social, num
ajuste permanente e criador, visando o reequilíbrio constante
do organismo.
Podemos
entender
conflitos
interiores como conflitos entre a
existência do organismo e o social,
num ajuste permanente e criador,
visando o reequilíbrio constante do
organismo.
QUANDO DIZEMOS QUE EMPREGAMOS A
FENOMENOLOGIA COMO MÉTODOS
ESTAMOS DIZENDO:
1. Que vemos a realidade, a observamos com atenção,
a descrevemos fielmente e a explicamos de modo
cuidadoso (a interpretamos no sentido lato do
termo). Estes são os momentos do encontro.
2. Que trabalhamos o aqui e agora. Estamos atentos á
temporalidade e á espacialidade na qual a pessoa se
movimenta e que se revela na vida como na terapia.
A totalidade ocorre no aqui e agora. Só se tem
acesso real á pessoa quando se tem acesso á sua
totalidade possível .
3. Que trazemos para o aqui e agora as emoções e
sentimentos vividos pelos clientes ,porque uma
das finalidades da psicoterapia é a recuperação
do emocional é reexperienciar passado e futuro
com a força da energia do presente.
4. Que estamos atentos á pessoa como um todo :
ao verbal e ao não-verbal ,estamos atento a um
perfume , ao balançar espontâneo e
despercebido dos pés,ao estilo da roupa. As
mudanças físicas, como um corte de cabelo, o
cortar uma barba de longos anos. Tudo no ser
humano é fecundado de significados. Não é o
sintoma que está em terapia, é a pessoa como
um todo.
5. Que evitamos interpretações, porque trabalhamos
com o sentido imediato das coisas trazido pelo
cliente, que deve sempre ser acreditado, mesmo
quando as aparências parecem dizer o contrario. A
interpretação pode envolver juízos de valor.
6. Que entendemos que o sintoma é apenas a ponta
do iceberg e, por isso , trabalhamos
prioritariamente com os processos que os mantém ,
mais do que com eles em si mesmos. O sintoma
implica desvio de uma energia que originalmente
era saudável. Não podemos não ver o sintoma,
mas não podemos ficar parado ali. O sintoma é o
lugar onde o trem descarrilou, o lugar de chegada
e mais além.
7. Que aceitamos e trabalhamos a experiência
imediata do sujeito porque a consciência nunca
é consciência do nada, ela é sempre consciência
do nada,ela e sempre cônscia de alguma coisa ,
e por mais tênues que sejam os sinais ,é sempre
uma pista que o corpo dá.
8. Que os experimentos são uma riqueza imensa e
podem ser de grande valia, quando realizados
cuidadosamente. Gestalt-terapia ,como diz
Joseph Zinker, é permissão para criar.
9.
Que o psicoterapeuta esta incluído na
totalidade da relação cliente-mundo, e que sua
experiência pessoal e imediata, vivida na sua
relação com o cliente, não pertence a ele, e sim,
a relação. Esta experiência pode e, as
vezes,deve ser co-dividida com o cliente.
10. Que estes pressupostos se aplicam não apenas
a parte clínica da Gestalt, mas a uma
abordagem mais geral da Gestalt, no que diz
respeito as instituições.
TIPOS DE TÉCNICAS:
- Desenho livre
- Desenho dirigido
- Vivências de fantasias
- Fantasia da roseira
- Recursos artísticos: tinta, massa, argila, cola,
água
- Histórias e poesias
- Livros Infantis
- Dramatização
Testes projetivos: TPO – Teste projetivo Ômega,
CAT –Teste de apercepção temática para
crianças, Rorschach – Teste psicodiagnóstico
de Hermann Rorschach e outros
- Jogos
- Técnicas de grupo
Outras técnicas que podem ser utilizadas como
recurso terapêutico no trabalho com grupos:
- A experiência da laranja
- Fantasia de ser um livro
Pode concluir-se que a terapia visa
autonomia do paciente, o terapeuta age como
um facilitador como um processo de auto
conhecimento e conscientização.
O método é descritivo e não explicativo,
ou seja, procura investigar o que está
acontecendo e como esta acontecendo,
focalizando naquilo que o paciente manifesta
no momento, no aqui e agora. A partir do
presente muda-se o futuro e a percepção do
passado.
- COREY, Gerald et alli. Técnicas de grupo. Rio de
Janeiro: Zahar Editores, 1983.
- OAKLANDER, Violet. Descobrindo Crianças. São
Paulo: Summus Editorial, 1980.
- RIBEIRO, Jorge Ponciano. Gestaltterapia:
Refazendo um caminho. São Paulo: Summus
Editorial, 1985.
Ribeiro, Jorge Ponciano - O ciclo de contato :
temas básicos na abordagem gestaltica. ; 2 ed.,
ver. E ampl.- São Paulo : Summus, 1997.
Ribeiro, Jorge Ponciano – Conceito de mundo e de
pessoa em Gestalt-Terapia: revisando um
caminho- São Paulo :Summus, 2011
- Site: http://www.igestalt.psc.br/psicogest.htm
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