Slide 1 - Paulo Margotto

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CASO CLÍNICO
BRONQUIOLITE
Coordenação: Dra. Carmen Lívia
Professor Orientador: Carmen Lívia
Internato de Pediatria
Apresentação: NATÁLIA PIERDONÁ
BRUNO OLIVEIRA LEITE
Faculdade de Medicina da Universidade Católica de
Brasília
Brasília, 16 de março de 2017
www.paulomargotto.com.br
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Bebê de quatro meses de idade foi levado à
emergência de um hospital público, por
apresentar febre baixa, cansaço, chiado no peito,
e dificuldade respiratória.
 A mãe informa que ele iniciou com um resfriado
há cinco dias, e notou piora da tosse e surgimento
de cansaço que deixou ele com os lábios
arroxeados e com dificuldade para mamar.

CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Ao exame físico apresentava-se gemente, com
batimento de asa de nariz, acianótico, com
tiragem intercostal e retração subcostal,
estertores grosseiros esparsos e sibilos
expiratórios disseminados. FR: 66 irpm, FC: 145
bpm e T:37,3° C e SaO2=90%.
 Peso:6kg.

CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Anamnese:
Lactente de 4 meses
Resfriado há cinco dias + piora da tosse + cianose
em lábios + dificuldade para mamar + febre baixa
+ cansaço + sibilos + dispneia
Exame físico:
Gemência + batimento de asa nasal + tiragem
intercostal + retração subcostal + estertores
grosseiros esparsos + sibilos expiratórios
disseminados + taquipneia + hipóxia
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
CONDUTA:
1-Oxigênio por cateter nasal- 2l/min
2- Mantido em observação
3- Suspender aleitamento materno
4- NBZ-3ml de soro fisiológico e Berotec (5 gotas) de
20/20 minutos em uma hora
5- Solicitado Rx de tórax PA/Perfil
6- Solicitado hemograma
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Reavaliação após o ciclo de nebulização:
Criança manteve-se cansada e com sibilância.
SaO2-95%(com O2 nasal).
Ausculta respiratória inalterada.
Conduta:
-Repetir o ciclo de NBZ
-Prescrito prednisolona-2ml VO
-Mantido O2 nasal
-Mantido em observação e dieta zero
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Exames
 Rx
de tórax: rebaixamento das cúpulas
diafragmáticas e hiperinsuflação bilateral
 Hemograma: inespecífico.
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Reavaliação após o 2º ciclo de NBZ:
-
-
-
-
-
Criança com melhora discreta do cansaço, mas
ainda com sibilância importante, FC:160bpm.
SaO2-96% (com O2 nasal).
Conduta:
Internação
NBZ com Berotec (5 gotas (de 4/4horas)
Prednisolona - 2ml VO de 12/12horas
Amoxicilina - VO-50mg/kg/dia- dividida em 3 doses
por dia.
liberada amamentação
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Explique sucintamente a fisiopatologia da
doença.
 Qual a faixa etária mais prevalente da doença?
 Qual o agente etiológico mais prevalente?
 Qual o agente etiológico está relacionado com a
evolução para bronquiolite obliterante?
 Suspender a amamentação foi correto?
Justifique.

BRONQUIOLITE
DEFINIÇÃO:
Infecção das vias aéreas inferiores que
caracteristicamente provoca o primeiro episódio de
sibilância em uma criança com menos de 2 anos de
idade, associado a sinais e sintomas de uma
infecção viral.
BRONQUIOLITE
FISIOPATOLOGIA:
•Infecção viral VA Sup...
•Aspiração de partículas virais/ célula-célula
•VA Inf.: necrose do ep. Bronquiolar  infiltração
linfocitária peribronquilar
•Obstrução e diminuição do calibre da via
•raio – resistencia ao fluxo aéreo = sibilancia
•Espiração
INFECÇÃO
(VSR)
INFLAMAÇÃO
(EDEMA, ACÚMULO
DE MUCO, FIBRINA E
RESTOS CELULARES)
RESTRIÇÃO/
OBSTRUÇÃO
RESTRIÇÃO/
OBSTRUÇÃO
ALTERAÇÃO
V/P
RESISTÊNCIA
HIPOXEMIA
HIPERCAPNIA
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
SIBILOS
HIPERINSUFLAÇÃO
ATELECTASIAS
INFECÇÕES OPORT.
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Explique sucintamente a fisiopatologia da
doença.
 Qual a faixa etária mais prevalente da doença?
 Qual o agente etiológico mais prevalente?
 Qual o agente etiológico está relacionado com a
evolução para bronquiolite obliterante?
 Suspender a amamentação foi correto?
Justifique.

BRONQUIOLITE
Especialmente
Pico
menores de 2 anos de idade
de ocorrência entre 2 e 6 meses
Surtos
comunitários
Sazonalidade:
Outono/ Inverno
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Explique sucintamente a fisiopatologia da
doença.
 Qual a faixa etária mais prevalente da doença?
 Qual o agente etiológico mais prevalente?
 Qual o agente etiológico está relacionado com a
evolução para bronquiolite obliterante?
 Suspender a amamentação foi correto?
Justifique.

BRONQUIOLITE
AGENTE ETIOLÓGICO:
Vírus sincicial respiratório (VSR) – 50%
Outros:
Rinovírus
Parainfluenza
Metapneumovírus
Bocavírus
Adenovírus
Influenza
Coronavírus
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Explique sucintamente a fisiopatologia da
doença.
 Qual a faixa etária mais prevalente da doença?
 Qual o agente etiológico mais prevalente?
 Qual o agente etiológico está relacionado com a
evolução para bronquiolite obliterante?
 Suspender a amamentação foi correto?
Justifique.

BRONQUIOLITE
COMPLICAÇÃO:
** Bronquiolite obliterante (BOOP):
DEFINIÇÃO: Doença pulmonar crônica caracterizada pela
obliteração de bronquíolos terminais, bronquíolos
respiratórios e ductos alveolares.
Após um insulto inflamatório inicial, que pode ser causado
por infecção, doença inflamatória ou inalação tóxica, ocorre
um processo de regeneração tecidual anormal, com
proliferação de fibroblastos dentro dos alvéolos e bronquíolos.
AGENTE ETIOLÓGICO: adenovírus (principal).
BRONQUIOLITE
DIAGNÓSTICO:
 Clínica: Reaparecimento de tosse, produção de
escarro, dispneia, febre, cianose após melhora
inicial.
 Espirometria: Doença obstrutiva
 Definitivo: biópsia pulmonar.
TRATAMENTO: não específico.
 Uso de corticoide oral por mais de um ano para
pacientes com doença sintomática e progressiva.
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Explique sucintamente a fisiopatologia da
doença.
 Qual a faixa etária mais prevalente da doença?
 Qual o agente etiológico mais prevalente?
 Qual o agente etiológico está relacionado com a
evolução para bronquiolite obliterante?
 Suspender a amamentação foi correto?
Justifique.

BRONQUIOLITE
Foi correto suspender a amamentação?
Sim
- Evitar alimentação oral em lactentes com
desconforto acentuado – risco de broncoaspiração
- Taquidisneia moderada – sonda orogástrica
- Casos graves – dieta zero, hidratação
parenteral
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Os exames solicitados foram bem indicados?
Justifique.
 A imagem radiológica foi compatível com a
doença?
 O antibiótico foi bem indicado? Justifique.
 Qual a evolução e tempo de internação
esperados?
 Existe alguma profilaxia para a doença?Explique.

DIAGNÓSTICO: CLÍNICO!!!
QUADRO CLÍNICO:
Pródromos
catarrais
Rinorreia,
 Espirros,
 Temperatura normal ou elevada (38,5 – 39ºC).

Piora
progressiva:
Tosse,
 Dispneia,
 Irritabilidade,
 Taquipneia.

DIAGNÓSTICO: CLÍNICO!!!
EXAME FÍSICO:
Taquipneia/apneia
(prematuros e <2meses)
Sibilos
AP:
estertores, tempo expiratório prolongado
Sinais de desconforto respiratório:
Tiragens,
 Cianose.

Fígado
e baço palpáveis (decorrente da
hiperinsuflação)
AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR

EXAMES LABORATORIAIS
Leucograma: normal ou elevado
 Gasometria arterial: hipoxemia e aumento na PCO2


RADIOGRAFIA DE TÓRAX

IDENTIFICAÇÃO VIRAL
Diagnóstico definitivo
 Pesquisa do VSR em secreções respiratórias (aspirado
da secreção nasofaríngea)
 Métodos: cultura, detecção do RNA ou pesquisa de
antígenos virais

RADIOGRAFIA DE TÓRAX
ACHADOS:
30% das crianças internadas: RX normal
70%: hiperinsuflação, espessamento
peribrônquico, infiltrados intersticiais, áreas de
atelectasia.
Consolidação lobar ou segmentar e derrame
pleural: pneumonia bacteriana.
 NÃO há recomendação de solicitarmos
rotineiramente o exame em crianças que não
apresentam complicações aparentes.
BRONQUILITE
Os exames foram bem indicados?
Não!
Diagnóstico clínico!!!
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Os exames solicitados foram bem indicados?
Justifique.
 A imagem radiológica foi compatível com a
doença?
 O antibiótico foi bem indicado? Justifique.
 Qual a evolução e tempo de internação
esperados?
 Existe alguma profilaxia para a doença?Explique.

BRONQUIOLITE
Imagem radiológica compatível com a
doença?
Sim!
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Os exames solicitados foram bem indicados?
Justifique.
 A imagem radiológica foi compatível com a
doença?
 O antibiótico foi bem indicado? Justifique.
 Qual a evolução e tempo de internação
esperados?
 Existe alguma profilaxia para a doença?Explique.

TRATAMENTO:


Internação
 (se sinais de desconforto respiratório importante ou
maior risco de evoluir com doença grave: <12 semanas,
prematuros, comorbidades)
SUPORTE:
 Oxigenoterapia (90 – 92%)
 Cabeceira elevada a 30º (pescoço em extensão)
 Alimentação/hidratação
 Broncodilatadores ?
 Solução salina hipertônica (nebulização)
Não usar: Corticoides: em crianças previamente hígidas
Fisioterapia respiratória
BRONQUIOLITE
O antibiótico foi bem indicado?
NÃO!
- RX dentro do esperado
- Exames laboratoriais normais
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Os exames solicitados foram bem indicados?
Justifique.
 A imagem radiológica foi compatível com a
doença?
 O antibiótico foi bem indicado? Justifique.
 Qual a evolução e tempo de internação
esperados?
 Existe alguma profilaxia para a doença?Explique.

BRONQUIOLITE
PROGNÓSTICO:
Período
mais crítico: primeiras 48-72h após o
surgimento da tosse e da dispneia
Duração média dos sintomas: 12 dias.
BRONQUIOLITE
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Asma;
Malformações
congênitas;
Aspiração de corpo estranho;
Refluxo gastroesofágico;
Fibrose cística;
PNM bacteriana.
CASO CLÍNICO BRONQUIOLITE
Os exames solicitados foram bem indicados?
Justifique.
 A imagem radiológica foi compatível com a
doença?
 O antibiótico foi bem indicado? Justifique.
 Qual a evolução e tempo de internação
esperados?
 Existe alguma profilaxia para a doença?Explique.

BRONQUIOLITE
PROFILAXIA:
Anticorpo monoclonal para VSR (palivizumabe)
(15mg IM, mensalmente)
ou
Imunoglobulina intravenosa específica (IgIV-VSR):
Indicada para:
- RN prematuros < 28sem de IG e < 1ano de idade pós
natal, após alta hospitalar
- <2 anos, portadores de cardiopatia congênita com
repercussão hemodinâmica importante ou com doença
pulmonar crônica da prematuridade que necessitaram
tratamento nos 6 meses anteriores ao período de
sazonalidade do VSR.
BIBLIOGRAFIA



Ancona FL, Campos DJ. Tratado de Pediatria –
Sociedade Brasileira de Pediatria. 1ª edição.
Amaral JJF, Cunha AJLA, Silva MAFS. Manejo
de Infecções Respiratórias Agudas em Crianças.
Brasília: Ministério da Saúde; 2000;
Kliegman et al. Nelson Textbook of Pedriatics. 18ª
edição;
OBRIGADO!!!
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