aula teórica 9 e 10 respiratorio e cardio vascular

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UPCII M Microbiologia
Teórica 9 e 10
2º Ano
2015/2016
Sumário

Capítulo VI. Microbioma e Desequilíbrios do tracto Respiratório


2
Microbiota indígena das vias aéreas superiores

Condições para colonização e crescimento

Fatores de virulência microbianos

Fatores do Hospedeiro
Principais agentes e infeções do trato respiratório

Streptococcus pneumoniae

Haemophilus influenzae

Neisseria meningitis

Outros
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Microbioma e Desequilíbrios do
tracto Respiratório
As vias respiratórias -habitat microbiano




Factores mais importantes
Zonas estéreis e colonizadas
MI com disseminação
hematogénica
Porta de entrada para agentes
patogénicos estritos
(Mycobacterium tuberculosum
Strep. pyogenes beta,
Pneumocystis carinii jirovecii )
7-10-2015
T9 e 10 MJC
4
As vias respiratórias - habitat microbiano

Factores mecânicos





Factores químicos



Sistema ciliar
Glândulas mucosas e células goblet
Broncoconstrição
tosse
Lactoferrina
Lisozimas

+/-


Adesão
Crescimento
Proliferação
Factores imunológicos


IgA
Sistema de macrófagos específicos dos alvéolos
7-10-2015
T9 e 10 MJC
5
MI mais comum
Gram +
Gram -
Strep. pyogenes
Branhamella catarrhalis
Staph aureus
Haemophilus parainfluenzae
Staph. epiderdimis
Haemophilus influenzae (s/ cápsula)
Propiniobacterium
Haemophilus influenzae tipo B
Micrococcus
6
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Agentes infeciosos mais comuns

Vírus


Bactérias





Rinovirus, Adenovirus, Parainfluenza, Influenza, Coxsackie A e outros
enterovirus, EBV, HSV1 e 2
Strep. pyogenes
Corynebacterium diphterae
Haemophilus influenzae
Mycobacterium tuberculosis
Fungos




Histoplasma capsulatum
Blastomyces dermatiditis
Cryptococcus neoformans
Aspergilosis
7
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Mecanismos de virulência mais comuns





8
Polissacarídeos capsulares
Proteases IgA1
Pneumolisina (hemolisina que actua no tecido
pulmonar específica de Streptococci)
Fímbrias
LPS
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Alterações do MI
Factores
mecânicos
Factores químicos
Factores imunológicos
9



Idade do hospedeiro
Barreira mucosa
Sistema imunitário (IgA,
fagocitose)
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Colonização de zonas estéreis

Aspiração de secreções
Infeção localizada (destruição de tecidos)

Disseminação hematogénica

10
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Infeções mais prevalentes no SR

Vias aéreas superiores




Seios nasais e ouvido médio



Podem ser agudas ou crónicas
Normalmente flora indígena oportunista
Traqueia e Brônquios



Grande morbilidade
Origem virusal
Podem ter implicações sistémicas
Comuns após infecções de origem virusal
Infeções associadas a secreções mucosas
Pulmões

11
Infeções mais graves que podem ser letais.
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Infeções das vias aéreas superiores

Faringites


Faringites bacterianas



Essencialmente virusal pode levar a infecção bacteriana 2ª
Angina pseudomembranosa, branca ou Difteria


Em resultado de faringite bacteriana e com efeito em tecido renal
Constipação comum


Em resultado de faringite bacteriana e com efeito em tecido cardíaco
Glomeronefrite aguda


Strep pyogenes
Pode progredir para amigdalite
Febre reumática


Essencialmente virusal
Corynobacterium diphteriae  exotoxina cardio e neurotóxica
Angina de Vincent

Fusobacteria e espiroquetas


12
Higiene oral e estado nutritivo
Gingivite ulcerativa necrosante
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Infeções dos seios nasais e ouvido médio

Otites

Agudas



Crónicas


Infeção secundária após constipação
Hemophilus influenzae, Strep. pneumoniae e S. pyogenes
Caracterizada por descargas purulentas que podem ser recorrentes
Sinusites

Agudas



Crónicas


13
Infeção secundária após constipação
Hemophilus influenzae, Strep. pneumoniae e S. pyogenes
Além dos agentes da infeção aguda podem também aparecer Staph aureus e
Bacteroides
Associada a sintomas mais severos e pressistentes incluindo cefaleias e
dor de dentes.
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Infeções da traqueia e brônquios

Bronquites




Fibrose quística



Complicação de infeção das vias aéreas superiores
Hemophilus influenzae, Strep. pneumoniae, Branhamella catarrhalis e
Mycoplasma pneumoniae
Pode ser agravada por factores do hospedeiro
Consequência de defeito congénito na produção de muco.
Staphylococcus aureus, Strep. pneumoniae e Pseudomonas
aerugionosa
Tosse convulsa



14
Baixa mortalidade mas potencial morbilidade
Existe vacina
Bordetella pertussis
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Infeções dos pulmões

Pneumonia

lobular






Broncopneumonia


Só um dos pulmões é afectados
Agente de origem externa ao doente (Pneumococcus) mas Staph aureus e Haemophilus influenzae podem
estar implicados.
Competição com células do pulmão por nutrientes
Produção de pneumolisinas
Resistência a fagocitose devido às cápsulas de pneumococci.
Semelhante à anterior
Atípica

Não é causada pelos mesmos microrganismos



Doença de legionário




Mycoplasma
Vírus
Além dos sintomas respiratórios podem aparecer confusão, falhas renais e gastroenterite.
Legionella pneumophila e outras legionellas
Microrganismo dessiminado pelo AC e águas estagnadas
tuberculose


15
Interesse recente devido a imunosupressão e multiresistência a antibióticos
Mycobacterium tuberculosis
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Streptococcus pneumoniae

Idade do hospedeiro
 5-70% em adultos
 20-40% crianças

Estirpes diferentes (cápsulas)

Estação do ano
Infeções virais que danificam o epitélio das vias aéreas
superiores
Prevenção de infeção



16
Vacinação
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Streptococcus pneumoniae
Pneumococcus
 Catalase e
oxidase (-)
 Hemólise alfa
 90 serótipos
 Polissacáridos C (tecóico) e
F (lipotecóico)


Factores de virulência principais
 Cápsula (90) e fagocitose
 Adesão
 Hialouridase
 Neuroaminase
 Pneumolisina (Citoplasmática)
inibidor ciliar, da quimiotaxia dos
neutrófilos, da proliferação dos linfócitos e
síntese de acs. Imunogénica




17
Autolisina (parede celular)
Inflamação/resistência a
fagocitose
Hemólise alfa
IgA1ase
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Haemophilus influenzae




G (-)
Pleiomórfico
Fe  Agar chocolate
Estirpes encapsuladas (a-f)
Tipo b é o mais importante
(poliribosil ribitol fosfato)



50-80% não encapsulados
3-5% encapsulados
18
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Haemophilus influenzae (fatores de virulência)








Cápsula
HMW1 e 2
Fimbrias
Alterações fenotípicas e antigénicas
LPS
Protease IgA1
Camada epitelial debilitada
Infeção facilitada por




Entrada a partir do trato respiratório
Infeção viral antecedente
SI eficaz por anticorpos e baço
Prevenção por vacinação Hib
19
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Neisseria meningitis







Diplococco G(-)
Aeróbio (5-8%CO2)
Agar de Sangue e chocolate, TSA, M-H
Produz autolisinas
Cápsula (13 serótipos 8 patogénicas)
Maioria da população tem serótipos s/ cápsula
Alguns têm c/cápsula mas são assintomáticos
20
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Neisseria meningitis (fatores de virulência)






Cápsula
LPS e LOS com variação antigénica
Adesinas fimbrilares
Opa (Adesão ao epitélio)
Proteases de IgA1
Meningite




21
Rápida e fulminante
Fim do Inverno e início da primavera
Endémica até aos 5 anos
Epidémica 5-19 anos (A,B e C)
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Neisseria meningitis







Na mucosa não causa problemas
Endotoxina (hemodinâmica, extravasamento capilar e
coagulopatia intravascular)
Pouco resistente à ação de anticorpos (6m-2anos)
Diagnóstico precoce importante
Penicilina IV
Prevenção por vacinação (A,C,Y e W-135)
Pacientes sem baço ou SI deficitário
22
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Resumo
23
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Sumário

Capítulo VII. Desequilíbrios do sistema cardiovascular





24
Bacterémia, septicémia e sepsis
Infecções do coração
Profilaxia das infecções do sistema cardiovascular
Próteses
Infecções veiculadas pelo sistema circulatório
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Bacterémia, Sépticémia e Sepsis



Assintomática, transitória.
Provoca febre, hipotensão e tremores devidos à
multiplicação dos microrganismos na corrente sanguínea.
Resposta sistémica a produtos microbianos mediada por
citocinas.
25
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Bacterémias por G(+)

Muito comuns antes dos antibióticos:


Agora são mais comuns as provocadas por:


Staphylococccus e Streptococcus
Pseudomonas aeruginosa, Bacteroides, Klebsiela, Proteus,
Enterobacter
O diagnóstico é feito por cultura de amostras de sangue,
catéters, urina que devem estar estéreis.
26
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Factores de predisposição para septicémia



SI pouco
competente
Instrumentação
ou cirurgia
Sépsis localizada
27
Factor
Agente
Sépsis Abdominal
Enterobacteria
Bacteroides fragilis
Streptococcus fecalis
Feridas e queimaduras
infectadas
Staphylococcus aureus
Streptococcus pyogenes
Enterobacteria
Osteomilite
Pneumonias
Staphylococcus aureus
Streptococcus pneumoniae
Próteses intravasculares
Staphylococcus aureus
Staphylococcus epiderdimis
Enterobacteria
Intoxicação alimentar
Salmonella
Campylobacter
Meningite
Streptococcus pneumoniae
Neisseria meningitidis
Haemophilus influenzae
Imunosupressão
Enterobacteria
T9 e 10 Staphylococcus
MJC 7-10-2015aureus, etc
Patologia reumática
Infeção por Streptococci beta-hemoliticos.
28
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Infecções do coração




Aortite
Miocardite
Endocardite infeciosa
Pericardite
29
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Etiologia

Turbulência  Plaquetas e Fibrina (trombos)  Adesão
microbiana  Êmbolos  Sintomas clínicos
30
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Fatores de predisposição








31
Doença reumática
Válvulas cardíacas prostéticas
Patologia cardíaca congénita (alterações das válvulas)
Defeitos do septo cardíaco
História prévia de endocardite
Cirurgia cardíaca prévia (by-pass coronário)
Transplantados
Utilizadores de drogas por via IV
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Características clínicas de endocardite




Infecção das válvulas
Embolização de órgãos
Bacteremia
Circulação de factores
imunogénicos  resposta
inflamatória






32
Febre
Murmúrio cardiaco
Êmbolos
Manifestações dérmicas
(ptéquias)
Aumento do baço
(esplenomegália)
Complicações sépticas
(meningite, pneumonia)
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Microbiologia da Endocardite infeciosa
Grupo
Espécies
OBS
Viridans Strep. oralis, S.
sanguinis, S. mitis, S. gordonii e
S. parasanguis
40-50% casos.
De onde são característicos?
Enterococcus fecalis
Após infecção genitourinária
Strep. bovis
Após infecção gastrointestinal
Strep.pyogenes
Raro
Staph. aureus
Frequente. Infeção rápida e letal.
Staph. Coagulase negativos
Depois de cirurgia cardiaca
Fungos
Candida albicans
Válvulas prostéticas e UDI
Outros
Rickettsia burnetti
Anaeróbios
Raro
Streptococci
Enterococci
Staphylococci
7-10-2015
T9 e 10 MJC
T-15
33
Factores de virulência dos MO associados

Produção de exopolissacárido extracelular


Produção de proteínas de adesão à matriz extracelular:


Strep. mutans
Enterococcus fecalis
Estímulo de agregação plaquetária


34
Acumulação de colagénio,  Activação do factor de Willebrandt  acumulação das plaquetas
Gspb/HSA à superfície de Streptococci ligam-se ao ácido siálico da superfície das plaquetas (Ib) levando à activação do factor
Willebrandt
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Factores de virulência dos MO associados

Adesão à fibronectina


Adesão ao fibrinogénio



FnBPA e FnBPB em Staph aureus
ClfA em Staph. aureus
Libertação de TFA que leva à produção de trombina que converte fibrinogénio em fibrina
Proteínas ligadoras de iões metálicos (FimA, SloA, ScaA)

35
Streptococci do grupo viridans
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Diagnóstico Microbiológico

Cultura



Antibioterapia
Serológico
Molecular
36
T9 e 10 MJC
7-10-2015
37
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Prevenção da endocardite infeciosa


Manutenção de saúde oral
Profilaxia antimicrobiana
Profilaxia quando:
 Há válvulas prostéticas
Não fazer profilaxia quando há:
× Radiografia intraoral
 Há defeitos congénitos não corrigidos × Lesões com sangramento dos lábios ou
ou com correcção há < 6 meses
mucosa oral
 Em transplantados cardíacos com
patologia valvular
× Colocação e manutenção de aparelhos
prostéticos ou ortodônticos
 Há história prévia de Endocardite
Infecciosa
× Exfoliação de dentes decíduos
× Anestesia por injecção em tecidos não
infectados
38
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Próteses


Próteses internas sejam elas intra vasculares ou
articulares requerem sempre cuidados adicionais e
constituem risco para EI
São factores de endotelização, formação de coágulos e
êmbolos que propiciam a adesão microbiana.
39
T9 e 10 MJC
7-10-2015
A utilização da profilaxia depende de:

Risco associado ao paciente:
40
T9 e 10 MJC
7-10-2015
A utilização da profilaxia depende de:

Risco associado ao procedimento:
41
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Nos tratamentos dentários ....
42
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Antes de intervenções cardiacas ou vasculares
43
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Microbiologia no diagnóstico de EI
44
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Infeções do Sistema circulatório e linfático
45
T9 e 10 MJC
7-10-2015
Bibliografia
Capítulo 24
Capítulo 18
Atualização das guidelines para profilaxia da endocardite infeciosa na pasta do Molar
46
T9 e 10 MJC
7-10-2015
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