a experiência filosófica

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A EXPERIÊNCIA
FILOSÓFICA
PARA QUE SERVE A FILOSOFIA?
• Qual é a “utilidade” da filosofia? – A filosofia não
serve para qualquer alteração imediata de ordem
prática.
• Qual é a necessidade da filosofia? – A filosofia vai
além do imediatismo; possibilita o indivíduo
superar a situação dada e repensar o
pensamento e as ações que ele desencadeia, o
indivíduo abre-se para a mudança; incomoda o
imobilismo; desestabiliza o “status quo”,
confronta-se com o poder; combate o
dogmatismo; é perigosa.
É POSSÍVEL DEFINIR FILOSOFIA?
• O processo do filosofar: Kant – “só é possível
aprender a filosofar” (você mesmo deve
aprender a filosofar, exercer o direito de refletir
por si próprio,de confirmar ou rejeitar as ideias e
os conceitos com os quais se depara.)
• A filosofia é uma atitude diante da vida, tanto no
dia a dia como nas situações-limite, que exigem
decisões cruciais; a filosofia não pode ser vista
como passiva, acabada, mas sim como processo,
reflexão crítica e autônoma a respeito da
realidade.
É POSSÍVEL DEFINIR FILOSOFIA?
• Reflexão filosófica: radical, rigorosa e de
conjunto.
Radical: busca explicitar os conceitos fundamentais;
Rigorosa: busca coerência, evita ambiguidades e
contradições;
De conjunto (reflexão totalizante, interdisciplinar):
examina os problemas relacionando os diversos
aspectos entre si; estabelece o elo entre as
diversas expressões do saber e do agir.
FILÓSOFO - SÓCRATES
• Método Socrático: Dialogava com os jovens; discutia
com os jovens.
Ironia: etapa dos diálogos com o reconhecimento da
ignorância; percepção da ilusão do conhecimento.
Maiêutica (parto de idéias): etapa da explicitação dos
conceitos; centra-se na investigação dos conceitos.
O interessante nesse método é que nem sempre as
discussões levam de fato a uma conclusão efetiva, mas
traz o abandono da opinião, um conhecimento
impreciso e sem fundamento, sem crítica.
FILÓSOFO - SÓCRATES
• “Só sei que nada sei”: Sócrates não é o dono
da verdade; discute na praça pública; constrói
um saber não acabado; questiona tudo; critica
o dogmatismo; não se considera “farol”;
constrói
o
saber
pela
discussão,
intersubjetividade e busca das soluções; é
subversivo, perturbador da ordem.
PARA NÃO CONCLUIR ...
• A FILOSOFIA É A PROCURA, MAS NÃO A
POSSE, DA VERDADE.
• A VERDADE NÃO É DEFINITIVA, MAS SIM
TEMPORÁRIA.
NINGUÉM NASCE
MORAL
APRENDER A AUTONOMIA
• Todos os indivíduos precisam ser educados para a
convivência;
• O processo de aprendizagem supõe o descentramento,
um sair de si mesmo, tanto do ponto de vista da
inteligência como da afetividade ou da moral.
• A descoberta de que o outro é um “outro eu”;
• Autonomia: capaz de decidir por si mesmo (crítica;
com questionamento; ativa; ser sujeito; típica da
maturidade);
• Heteronomia: aceitação das regras dadas
externamente (acrítica; sem questionamento; passiva;
ser objeto; típica da infância).
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE
MORAL
• Ninguém nasce moral: pela educação o indivíduo terá a
chance de constituir sua personalidade moral.
• É o próprio sujeito que indaga sobre suas escolhas de
vida, que tipo de pessoa gostaria de ser, qual a melhor
maneira de relacionar-se com os outros.
• Busca da reciprocidade e do compromisso pessoal.
• O desenvolvimento moral depende de uma política
democrática interessada em dar condições para
ampliar o acesso de todas as crianças à educação.
TEORIA DE PIAGET
• Estágio sensório-motor (de 0 a 2 anos): inteligência
evolui à medida que aprende a coordenar as sensações
e os movimentos; prevalece a indiferenciação;
predomina a anomia.
• Estágio intuitivo ou simbólico (dos 2 aos 7 anos): a
inteligência intuitiva não se separa da experiência
vivida; presença do egocentrismo; presença dos
“monólogos coletivos”; introjeção das regras de
convívio social; início da fase heteronômica (adultos
permanecem heterônomos quando estão submissos à
tradição e ao conformismo).
TEORIA DE PIAGET
• Estágio das operações concretas (de 7 a 12 anos): estão
baseados nos objetos; presença da reversibilidade;
presença de construções lógicas mais aprimoradas;
diminuição da força do egocentrismo; distanciamento
das explicações mitológicas; aumento dos laços de
companheirismo; afirmação da heteronomia.
• Estágio das operações formais (a partir da
adolescência): o pensamento lógico atinge o nível das
operações formais ou abstratas; superação do
egocentrismo; aprendizagem da cooperação e da
reciprocidade; desenvolvimento da reflexão, da crítica,
da subjetividade; desenvolvimento da autonomia;
desenvolvimento da discussão, da individualidade.
TEORIA DE KOHLBERG
• Nível pré-convencional: moralidade heterônoma;
predomínio do egocentrismo; início do
descentramento; busca-se estabelecer trocas e
acordos.
• Nível convencional: reconhecimento do outro; grupo
acima dos indivíduos; garantia do desempenho do
papel de “bom menino” e “boa menina”; os indivíduos
esperam que os outros façam o que eles fazem;
respeito às instituições.
• Nível pós-convencional: começa a percepção dos
conflitos entre as regras e o sistema; reconhecimento
dos princípios. (Exemplo: Martin Luther King).
POLÍTICA: PARA QUÊ?
• Política: arte de governar, de gerir o destino da cidade.
• Poder: capacidade ou possibilidade de agir, de produzir
efeitos desejados sobre indivíduos ou grupos humanos;
supõe dois polos – o de quem exerce o poder e o
daquele sobre o qual o poder é exercido.
• Poder – Gérard Lebrun: numa democracia, um partido
tem peso político porque tem força para mobilizar um
certo número de eleitores (força não significa
necessariamente a posse de meios violentos de
coerção, mas de meios que me permitam influir no
comportamento de outra pessoa).
POLÍTICA: PARA QUÊ?
• Uma reflexão sobre a democracia:
Conflito: divergir é inerente à sociedade pluralista; a
democracia respeita o pensamento divergente; é
trabalhado pela discussão.
Abertura: circulação livre da informação e da
cultura; ampla extensão da educação.
Rotatividade: o poder na democracia não privilegia
grupo ou classe, mas permite que todos os
setores da sociedade sejam legitimamente
representados.
POLÍTICA: PARA QUÊ?
• Fragilidade da democracia: aceitar a
diversidade de opiniões, o desafio do conflito,
a grandeza da tolerância, a visibilidade plena
das decisões é exercício de maturidade
política.
POLÍTICA: PARA QUÊ?
• Democracia Grega: mulheres, estrangeiros e
escravos não possuíam nenhum direito
político; a lei é a mesma para todos os
cidadãos (homens - gregos - de pais
atenienses).
POLÍTICA: PARA QUÊ?
• O avesso da democracia - totalitarismo e autoritarismo:
identificação do governante com determinada pessoa
ou grupo, o poder personalizado não é legitimado pelo
consentimento da maioria e depende do prestígio e da
força dos que o possuem;trata-se da usurpação do
poder, que perde o seu lugar público quando é
incorporado na figura do governante; interferência do
Estado em todos os setores; não existe pluralismo
partidário; disciplina exaltada; chefe mistificado; poder
executivo é o supremo; concentração dos meios de
propaganda; censura; polícia política; presença da
educação heterônoma; cerceamento das liberdades;
utilização do medo; burocracia estatal.
POLÍTICA: PARA QUÊ?
• Absolutismo (avesso à democracia): controle
social; poder político absoluto; presença de
súditos; ausência de liberdade; presença da
censura; presença da força policial;
inexistência do poder legislativo e judiciário;
presença da intolerância.
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