GEOPOLÍTICA PROFESSOR JHONNY O Estado Islâmico Nome Oficial Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Jordânia, Israel, Palestina, Líbano, Chipre e Hatay – Sul da Turquia) O que é? Grupo radical sunita (um dos ramos do islamismo) criado a partir do braço iraquiano da Al-Qaeda, a conhecida rede responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Como funciona Com maior capacidade de recrutamento, mais estrutura e com um território conquistado entre o Iraque e a Síria, o EI tem atraído milhares de jovens do mundo todo. O EI segue uma leitura radical das escrituras islâmicas e tem uma visão sectária antixiita. A sharia, lei islâmica, é seguida de forma rígida e práticas como a decapitação de inimigos e a pena de morte a homossexuais são amplamente usadas. Pagamento aos Combatentes Outra inovação em relação à Al-Qaeda é o pagamento para os combatentes. Segundo uma reportagem da revista "The Economist", cada guerrilheiro que luta em nome do grupo recebe um salário de US$ 400 mensais, valor bem superior ao que grupos jihadistas iraquianos ou que o Exército sírio paga a seus combatentes. Além de uma contribuição mensal, em caso de casamento, para ajudá-los a começar uma família. Violência Entre as diferenças que causaram a separação dos dois grupos estão a apropriação de territórios e a formação de um califado. O EI também usa a violência generalizada contra muçulmanos xiitas - além de não islâmicos, que eles chamam de "infiéis". O Observatório Sírio dos Direitos Humanos estima que mais de 2.600 pessoas foram executadas pelo EI desde a proclamação do seu califado. Mídias Sociais O uso das ferramentas de mídia ocidentais - como a divulgação de vídeos em canais do YouTube e Twitter - é uma das apropriações do EI. As gravações são feitas com equipamento profissional e mudam de acordo com o público-alvo. Vídeos de decapitações de ocidentais mostram os reféns com roupas laranjas - que lembram os detentos da prisão americana de Guantánamo - e face serena. Califado Depois da morte do profeta Maomé, em 632, seus seguidores concordaram com a criação do califado, que significa sucessão em árabe, como um novo sistema de governo. O califa é literalmente o sucessor do profeta como chefe da nação e líder da 'umma', comunidade de muçulmanos, e tem o poder de aplicar a lei islâmica (sharia) na terra do Islã. O EI é regido pelo autoproclamado califa Abu Bakr alBagdadi, dois vices e alguns conselheiros, que auxiliam com questões de diferenças religiosas, execuções e assuntos políticos. Financiamento A principal fonte de recursos do EI vem do petróleo. O grupo se apropriou de campos de produção e vende, segundo a organização Council on Foreign Relations (CFR), 48 mil barris por dia (44 mil dos campos sírios e 4 mil dos iraquianos). A venda do combustível rende US$ 1 a 3 milhões por dia. Ainda de acordo com o CFR, o regime do ditador Bashar al-Assad, os turcos e os curdos iraquianos - todos conhecidos inimigos do EI - são alguns dos clientes. Outras fontes de renda são a pilhagem, extorsão e cobrança de impostos nas regiões em que controlam. Expansão do EI