Grupo: João Paulo Fernandes Paulo Jorge Rodrigo Apolinário Ferreira Wellington Firmino O termo silicose, empregado pela 1ª vez por Visconti, em 1870, é o nome dado à fibrose pulmonar causada pela inalação de poeira contendo sílica cristalina, sendo a mais frequente das pneumoconioses. • Composto natural formado pelos 2 elementos químicos mais abundantes na crosta terrestre, o oxigênio e o silício. • Quando combinadas com metais e óxidos dão origem a silicatos como o talco, feldspato, caulim e mica. • A inalação de poeira com sílica está associada à ocorrência de silicose, doença pulmonar obstrutiva crônica. • A sílica é considerada um agente CANCERÍGENO. • É uma doença de origem tipicamente ocupacional. É uma doença pulmonar fibrótica crônica, progressiva, irreversível e incurável. • É causada pela inalação da poeira da sílica. A exposição à sílica e ao silicato acontece em quase todas as operações de mineração, de obras e túneis. • As fábricas de vidro, o corte de pedras, a produção de abrasivos e metais e o trabalho em fundições são outras ocupações com risco de exposição. • A doença se manifesta após oito a dez anos de exposição ao mineral. • A Silicose é considerada uma doença ocupacional que causa graves transtornos de saúde ao trabalhador, determinando incapacidade para o trabalho, invalidez ou morte, motivou a OMS e a OIT a lançarem em 1995, conjuntamente, um programa de erradicação da Silicose. Cada grão de sílica que chega aos pulmões provoca uma pequena cicatriz e fica preso lá. De grão em grão, o pulmão vai endurecendo. Na radiografia (chapa) dos pulmões começarão a aparecer imagens brancas que vão ficando cada vez maiores. A silicose costuma surgir depois de alguns anos de trabalho. • Construção civil (perfuração de túneis e poços, corte de azulejos); • Cerâmicas (para construção, artística e refratários); • Indústria naval (jateamento); • Fundições, indústria metalúrgicas e siderurgia (jateamento, rebarbação, moldagem, sinterização); • Fabricação de vidro, abrasivos e massas e adesivos para vedação; • Beneficiamento de areia monozítica; • Ainda: construção e demolição de fornos, certas operações com fibras de vidro, rebolos e outros tipos de abrasivos. • Mineração (minas e pedreiras); Brasil: Atualmente, o nº aproximado de trabalhadores potencialmente expostos a sílica é superior a 6 milhões, sendo cerca de 4 milhões na construção civil, 500 mil em mineração e garimpo e acima de 2 milhões em ind. de transformação de minerais, metalurgia, indústria química, de borracha, cerâmicas e vidros. MG e a BA são os estados de maior prevalência de casos de Silicose, sendo que MG fica em 1º lugar nos casos diagnosticados e registrados no Ministério do Trabalho. A China é o país com mais casos da doença diagnosticados no mundo. Nos países desenvolvidos, a prevalência da doença foi reduzida com a substituição da sílica e controle das condições de trabalho, situação inexistente em países subdesenvolvidos. É perfeitamente possível trabalhar sem ter que respirar sílica. Para isso as empresas devem: • Substituir os materiais que têm sílica por outros (Ex: jateamento de areia e de água); • Umidificar (molhar) a perfuração das rochas, torneamento, lixamento e outras operações a seco, impedindo que a poeira fique no ar; • Lavar ou limpar com aspirador: não limpar piso, máquinas e bancadas com vassouras ou ar comprimido; • Instalar exaustores para capturar a poeira no ponto em que ela se forma e impedir que o pó se espalhe pelo ar; • Separar com paredes e vedações os locais que produzem poeira dos demais setores; • Isolar a máquina ou aquela parte onde se produz poeira do resto do local de trabalho. Estudos apontam que os equipamentos usados, frequentemente, não apresentam boa vedação ou acomodação na face do usuário, além de ficarem depositados no chão. "Isso indica a falta de percepção do risco pelos trabalhadores, consequência da falta de treinamento dado pelas empresas em relação à utilização e manutenção dos EPIs”, segundo pesquisadores do Depto. de Eng. de Minas e de Petróleo, da USP. • A Lei Nº 1.670 de 1999 PROÍBE O JATEAMENTO com areia em qualquer material em todo o país. • A Portaria nº 43 de 11 de março de 2008, do Ministério do Trabalho e Emprego, PROÍBE MÁQUINAS QUE CORTAM OU FAZEM ACABAMENTO DE PEDRA A SECO. Todas devem ter água acoplada. • A Portaria nº 777 de 28 de abril de 2004 do Ministério da Saúde exige que O MÉDICO NOTIFIQUE os casos de Silicose e de câncer decorrente do trabalho no SUS. • O trabalhador tem direito de ter o registro da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) reconhecida como doença profissional (B91) no INSS. • O limite de tolerância da legislação é de 0,1mg/m³, que significa ambiente insalubre. NÃO QUER DIZER QUE SEJA SEGURO. Pelo contrário, trabalhar neste nível de exposição por 30 anos pode causar silicose em até 10% dos trabalhadores. Se houver muita hora extra este risco pode aumentar muito. • SILICOSE NÃO PASSA DE UMA PESSOA PARA OUTRA. • A DOENÇA SÓ ATINGE QUEM TRABALHA EM LOCAIS COM POEIRA DE SÍLICA. • AS MÁSCARAS PERMITEM QUE MUITAS PARTÍCULAS DE SÍLICA CHEGUEM AOS PULMÕES. SÃO UMA FALSA PROTEÇÃO. Procure o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) do SUS de seu Município ou do Estado. Ou ligue para o Ministério da Saúde 0800 61 1997 Tratamento pioneiro com célula-tronco para silicose pulmonar é eficaz Primeiro resultado conclusivo de pesquisa da UFRJ mostrou melhora de 5% no funcionamento pulmonar A silicose pulmonar, quando em estágio avançado, reduz drasticamente a capacidade respiratória do paciente, fazendo necessário o uso de respiradores artificiais. O uso de células-tronco para o tratamento de pacientes com silicose se mostrou eficiente em barrar a progressão da doença em um ano de acompanhamento. A inserção dessas células por broncoscopia consegue ainda melhorar em 5% o funcionamento das áreas do órgão que não foram afetadas pela sílica. O resultado do estudo foi apresentado durante a Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE).