A Revolução Francesa (1789)

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A REVOLUÇÃO FRANCESA
(1789-1799)
Prof. Elaine Angela Bogo Pavani
FRANÇA PRÉ-REVOLUCIONÁRIA
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A França era basicamente agrária e semifeudal, assolada por
catástrofes naturais. O comércio e as manufaturas estavam estagnados.
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Com a propagação das ideias iluministas na França, o Absolutismo e a
Teoria do Direito Divino dos reis eram questionados pelos pensadores.
A sociedade francesa era estamental e
dividida em:
1º Estado (clero)
2º Estado (nobreza)
3º Estado (burguesia, sans culottes,
camponeses).
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O 1º. E o 2º. Estado não pagavam
impostos, ficando toda a carga tributária
para o 3º. Estado.
CAUSAS
Luís XVI envolveu a França em duas
guerras onerosas:
- a Guerra dos Sete Anos (1756-1763)
- a Guerra de Independência das Treze
Colônias (1776).
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A França estava falida e a solução seria
uma reforma tributária. O ministro
Brienne, chegou a propor que os nobres e
o clero também pagassem impostos o que
gerou grande confusão na sessão da
Assembleia dos Notáveis e a demissão do
ministro.
O novo ministro, Jacques Necker solicitou a Luis XVI a convocação dos
Estados Gerais, reunião que não acontecia desde 1614. O rei acatou a
ideia e convocou a reunião para maio de 1789.
ASSEMBLEIA DOS ESTADOS GERAIS
Reunião dos representantes dos três estados
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1º estado (291 deputados), 2º estado (270) e o 3º estado (578)
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O voto era por estado e não por individual o que gerou indignação e
calorosos debates durantes as sessões.
Os representantes do Terceiro Estado invadiram
a sala do jogo de péla que existe no Palácio de
Versalhes
e
se
auto-proclamaram
em
Assembleia
Nacional
Constituinte,
prometendo sair da sala apenas quando fosse
votada uma nova constituição para a França.
AS FASES DA REVOLUÇÃO
Luis XVI resolveu tomar medidas mais drásticas: demitiu Necker e tentou
impedir a realização da Assembleia Constituinte. Foi em vão, pois uma
revolta popular nas ruas de Paris espalhou-se por muitas outras cidades
francesas e nas regiões rurais. A revolta se generalizava e nos dias
seguintes ocorreram:
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A criação de uma Guarda Nacional financiada pela burguesia contra o
rei
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A queda da Bastilha em 14/07/1789
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O Grande Medo – reação camponesa contra os privilégios da
aristocracia, invadiram, saquearam e incendiaram propriedade rurais.
“ Em tempos de revolução, nada é
mais poderoso do que a queda de
símbolos. A queda da Bastilha, que
fez do dia 14 de julho a festa
nacional francesa, ratificou a queda
do despotismo e foi saudada em
todo o mundo como o princípio da
libertação.”
Eric Hobsbawm. A era das revoluções.
No campo as pessoas saqueavam
e incendiavam castelos (GRANDE
MEDO) o que provocou a fuga de
nobres amedrontados (nobres
emigrados). A burguesia tomava a
frente
nas
organizações
municipais e campesinas e novas
milícias eram montadas.
ASSEMBLEIA CONSTITUINTE (1789-1792)
A Assembleia aprovou a Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão,
documento que estabelecia a igualdade de
todos perante a lei, e garantia o direito à
propriedade privada e a resistência à
opressão.
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Foi aprovada também a Constituição
Civil do Clero que determinou o confisco
dos bens do clero, a suspensão do dízimo e
a subordinação ao Estado francês.
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Os privilégios feudais também abolidos.
A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO
Instituiu a monarquia parlamentar: o rei exerceria o poder
executivo e o poder legislativo seria exercido pelos deputados
eleitos pelo voto censitário, ou seja: de acordo com as rendas
individuais.
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Luis XVI não aceitou se
submeter à Constituição e
decidiu fugir da França mas
foi capturado em Varrenes.
Luis XVI inicialmente foi
absolvido pela Assembleia,
que neste momento ainda
desejava
manter
a
monarquia.
Os países europeus vizinhos da França e que ainda tinham monarquias
absolutistas, temendo este avanço revolucionário por toda a Europa,
assinaram a Declaração de Pillnitz, que previa uma intervenção na
França, nem que fosse pela via militar. Nobres emigrados aliados aos
países conservadores (Áustria e Prússia) e que não desejavam a
continuidade da Revolução, marchou sobre a França rumo a Paris.
ASSEMBLEIA NACIONAL
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Polarização política: jacobinos x girondinos
Os girondinos que representavam a grande burguesia e defendia seus
interesses econômicos acima de qualquer outra coisa ficavam à direita, na sala
da Assembleia.
Os jacobinos ocupavam a parte mais alta do salão de reuniões à esquerda. Eram
mais radicais e defendiam os interesses do povo.
No centro ficavam aqueles deputados
sem posição política definida. Na
maioria eram membros da pequena
burguesia. Ficaram conhecidos como
planície ou pântano.
Os jacobinos proclamaram que a
pátria estava em perigo e armaram a
população. Foi o começo da Comuna
Insurrecional de Paris.
CONVENÇÃO NACIONAL (1792-1795)
A Batalha de Valmy foi vencida pelos franceses às portas de Paris, sob a
liderança de Robespierre, Marat e Danton, e os emigrados foram
expulsos definitivamente da França ou mortos. Luis XVI foi julgado como
traidor e teve sua cabeça guilhotinada em praça pública em 21 de janeiro
de 1793.
Em 2 de julho de 1793 os
jacobinos, apoiados pelos
sans-culottes, tomaram a
Convenção e mandaram
prender os girondinos.
Hébert, Danton, Saint-Just,
Marat e Robespierre
assumiram o poder, dando
início à Convenção
Montanhesa.
REPÚBLICA JACOBINA
Ainda em 1793 foi aprovada a Constituição do
Ano I que determinava:
 A abolição da escravidão nas colônias
francesas
 A Lei do Máximo que tabelava os preços
 Educação básica gratuita
 Calendário revolucionário
Foram criados:
 Comitê de Salvação Pública responsável pela organização do país e
pela defesa externa da França.
 Comitê de Salvação Nacional, cuidando da segurança interna
 Tribunal Revolucionário que julgava os opositores da revolução.
TERROR JACOBINO
As medidas estabelecidas na Convenção provocaram forte reação da alta
burguesia. Uma onda de crimes, assassinatos e conspirações foi
desencadeada pelos girondinos. Em julho de 1793, Marat foi assassinado.
Em resposta aos atentados cometidos pelos girondinos, os jacobinos
deram início a uma fase de violência conhecida como Terror.
Na ânsia de deter os adversários
políticos, muitas perseguições,
julgamentos e execuções foram
cometidos. Calcula-se que
tenham morrido
aproximadamente 45 mil
pessoas na guilhotina.
GOLPE DO 9 TERMIDOR
Em 27 de julho de 1794 ocorreu o golpe do 9
Termidor, quando girondinos que sobreviveram
ao Terror, em uma rápida manobra política,
destituíram Robespierre, acabaram com a
Comuna de Paris e colocaram o Partido Jacobino
na ilegalidade
Robespierre e seus apoiadores foram sumariamente
executados na guilhotina. A pequena burguesia deixava
o poder, enquanto os girondinos voltavam ao comando,
dando início à Convenção.
DIRETÓRIO (1795 – 1799)
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Domínio dos girondinos – alta burguesia
5 membros exerciam o poder executivo
As conquistas populares foram anuladas e a nova constituição adotou
o voto censitário
A crise econômica agravava-se a cada dia, a corrupção aumentava e
faltavam alimentos o que causou levantes populares como a
Conspiração dos Iguais – liderado por Graco Babeuf.
Externamente a França obtinha
vitórias
contra
as
forças
absolutistas
da
Espanha,
Holanda, Prússia e reinos da
Itália (Segunda Coligação), sob
a
liderança
do
general
Napoleão Bonaparte.
18 BRUMÁRIO
Com a França imersa no caos, e sob a ameaça de ataques internos e
externos, a burguesia articulou entregar o poder a alguém influente e
poderoso: Napoleão Bonaparte.
Em novembro de 1799, Napoleão
assume o poder como 1º. Cônsul
CONSULADO (1799-1804)
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O governo do consulado era republicano e controlado por militares.
Três cônsules chefiavam o poder executivo (Napoleão, Roger Ducos e
Sieyés)
O poder na prática concentrou-se nas mãos de Napoleão;
Período marcado pela consolidação das conquistas burguesas, pela
recuperação econômica e pela reorganização jurídica e administrativa
da França.
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