Apresentação do PowerPoint

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Do Senso Comum ao Senso
Crítico
Aula 2
Professor Rafael Haddad
Filosofia e Senso Comum
• A Filosofia começa dizendo “não” às crenças e
aos preconceitos do senso comum e,
portanto, começa dizendo que não sabemos o
que supúnhamos saber.
Filosofia e Senso Comum
• Não queremos desmerecer a forma de pensar
do homem comum, porém, deixar bem claro
que a primeira fase do conhecimento precisa
ser superado em direção a uma abordagem
crítica e coerente.
Filosofia e Senso Comum
• Esta duplicidade na palavra “saber”
corresponde à distinção entre a simples
opinião e o conhecimento racionalmente bem
fundado.
O que é “Saber”?
• A palavra saber é derivada da língua latina
SAPERE e significa “ter sabor, ter gosto para”.
• A palavra saber está ligada ao sentido do paladar.
• Em um primeiro momento a palavra saber está
ligada à experiência sensível. Logo, o saber do
senso comum é a forma de conhecer a realidade
em que se vive, age, mora, fala, integrando o
homem em seu meio.
O que é “Saber”?
• Para sobreviver, o homem teve que resolver
alguns problemas práticos: como os do frio, calor,
chuva, doença, sexo, amor, medo, morte etc.
• A experiência adquirida no enfrentar esses
problemas produziu uma forma de conhecer o
mundo e de enfrentá-lo. É o conhecimento
empírico.
O que é o saber do senso comum?
• O conhecimento empírico ou do senso comum
não explica o porquê das coisas. É um
conhecimento que se basta a si próprio porque
está ligado à própria experiência humana e
permanece, justamente por isso, porque tem fins
práticos imediatos. Ele não indaga nem investiga,
ao contrário, está baseado na memória,
imaginação e associação.
O que é o saber do senso comum?
• Esse tipo de conhecimento, pelo qual se
organiza a nossa experiência comum do
mundo, em nosso dia-a-dia, é que chamamos
de senso comum. Ele define a maneira como
sentimos o mundo e a nós mesmos dentro
dele.
Características do senso comum
• É um conhecimento natural, sem esforço consciente,
sem intenção, sem intervenção do desejo ou da
vontade.
• É um conhecimento espontâneo e intuitivo. Ele surge
como se não obedecesse a nenhuma determinação
racional da consciência , quase do mesmo modo como
aprendemos a respirar e a andar: é questão de tempo
e a regra é a da intuição e da associação por analogia.
• É um conhecimento prático. Está ligado diretamente às
nossas necessidades vitais.
Características do Senso comum
• É impreciso => conceitos vagos, sem rigor, que
não definem claramente seu conteúdo e seu
alcance.
• É incoerente => associação, num mesmo
raciocínio, de conceitos contraditórios, que se
anulam em termos lógicos.
• É fragmentado => conceitos soltos, que não
abrangem, de modo amplo e sistemático, o
objeto estudado.
Fundamentos do Senso Comum
O senso comum só é possível porque possuímos
duas funções mentais:
A função da memória e da associação
Função da Memória
• Memória: registra as experiências vividas conforme a
capacidade e a disposição estabelecida.
• Elementos constitutivos da Memória
1.
2.
3.
4.
5.
fixação das lembranças = tornar firme estável;
sua conservação = resguardar de danos;
revogação = anular;
o reconhecimento = admitir como legal
a localização = determinar o local de.
Função da Associação
• Associação: é a ligação automática das ideias.
Aristóteles dizia que a associação se dava por:
• Contigüidade = o inverno evoca o frio;
• Semelhança = o tapete verde evoca a campina
• Contraste = o branco evoca o preto.
Resumindo o Senso Comum
• O senso comum é composto de conhecimentos soltos,
superficiais, que não nasceram de reflexões profundas
e abertas. É compartilhado pela maioria das pessoas. É
constantemente marcado pela imprecisão, incoerência,
fragmentação. O senso comum não é refletido, impõese sem críticas ao grupo social. Por ser um conjunto de
concepções fragmentadas, muitas vezes incoerentes,
condiciona a aceitação mecânica e passiva de valores
não-questionados. Com frequência se torna fonte de
preconceitos, quando desconsidera opiniões
divergentes.
Senso Comum x Bom Senso
• O senso comum precisa se transformar em
bom senso. Bom senso é a elaboração
coerente do saber e a explicitação das
intenções conscientes dos indivíduos livres.
Segundo o filósofo Gramsci, o bom senso é “o
núcleo sadio do senso comum.”
Saber filosófico x Senso Comum
• Ao contrário do senso comum, a Filosofia é
uma atividade contínua e não algo que
possamos atingir de uma vez por todas. Só
conseguimos alcançar a Filosofia através da
reflexão e da vivência filosófica. A missão da
Filosofia é questionar as coisas estabelecidas,
é problematizar, e muitas vezes tornar
evidente uma realidade (denunciar um fato).
Crenças, Religiosidade popular,
tradição,
Crenças
Crenças: significa conhecimento vulgar, isto é,
opõe-se ao conhecimento com razão de causa.
Religiosidade Popular
• Religiosidade Popular: as manifestações
religiosas em que na sua expressão
encontram-se misturados elementos pagãos e
cristãos e o sagrado e o profano. Ex. pastor,
benzedor, médium. E os lugares: igrejas,
templos etc.
Função da Tradição
• A Função da Tradição: a transmissão de modo
vivo, de geração em geração de um conjunto
de ideias, costumes, usos e sentimentos de
um indivíduo e/ou de um grupo.
Relação entre sabedoria popular e
Ciência
• A Relação Sabedoria Popular e Ciência: os dois
conhecimentos partem do princípio das ideias,
mas, apenas a ciência possui o crivo da razão.
Conhecimento Empírico
• É a escola de Epistemologia (na filosofia ou
psicologia) que avança que todo o
conhecimento é o resultado das nossas
experiências (ver teoria da "Tábula Rasa"
de John Locke).
• O empirismo é um aliado próximo do
materialismo (filosófico) e do positivismo,
sendo oposto ao racionalismo europeu
continental ou intuicionismo (intuitionismo).
Fontes do conhecimento
Experiência e Razão
Dois modos diferentes de conhecer
• Direto
• Indireto
• Muitas das coisas que acreditamos conhecer
são recebidas de outrem, não as
comprovamos. Portanto, temos que submetelas à crítica, pensá-las por nós mesmos,
assegurar-nos de que são verdadeiras.
Como posso conhecer as coisas por
mim mesmo? E comprovar a verdade?
• Para alcançar um conhecimento seguro
temos:
• Experiência – Elabora-se teorias a partir das
experiências que se tem, e depois tentam
comprová-las a partir de outras experiências.
• Pensamento – relacionamos informações,
deduzimos, afirmamos e negamos
enunciados.
• Todos sabem que a terra gira em torno do Sol
e sobre a seleção natural. Mas quando foram
formuladas, as teorias não haviam sido
comprovadas.
Outra forma de conhecimento
• INTUIÇÃO - substantivo feminino
1.faculdade ou ato de perceber, discernir ou
pressentir coisas, independentemente de
raciocínio ou de análise.
"sua i. lhe dizia que era melhor partir“.
2.fil forma de conhecimento direta, clara e
imediata, capaz de investigar objetos
pertencentes ao âmbito intelectual, a uma
dimensão metafísica ou à realidade concreta.
Tipos de Intuição
• Intuição sensível – o que vemos ou tocamos.
• Intuição Ideal – ideias tão seguras produzidas
por meio do intelecto que não deixam dúvidas
quanto a sua veracidade.
Racionalismo x Empirismo
René Descartes – Racionalismo - é uma teoria
filosófica que dá a prioridade à razão,
como faculdade de conhecimento relativamente
aos sentidos.
Francis Bacon , John Locke – Empirismo –
O empirismo é caracterizado pelo conhecimento
científico, quando a sabedoria é adquirida por
percepções; pela origem das idéias por onde se
percebe as coisas, independente de seus objetivos
e significados.
Empirismo/Ceticismo
• David Hume - é um estado de quem duvida
de tudo, de quem é descrente. Um indivíduo
cético caracteriza-se por ter predisposição
constante para a dúvida, para a incredulidade.
• Diferentemente a São Tomé – Não acredita
nem vendo!
FIM
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