Steady-State Economics versus Growthmania: A Critique of the Orthodox Conceptions of Growth, Wants, Scarcity, and Efficiency Herman E. Daly Ponto de partida • Contradições do pensamento econômico ou economia do crescimento – Crescimento paliativo para a desigualdade – Problemas do crescimento são resolvidos por mais crescimento: não só desigualdade, mas poluição também • A inevitabilidade da segunda lei da termodinâmica – limite físico ao crescimento – lei suprema da natureza • Limites éticos e morais associados à desigualdade A inevitabilidade dos limites • Limite físico – segunda lei da termodinâmica • Limite biológico – associado à segunda lei – sistemas complexos estão sujeitos a limites adicionais – contradição no uso de inseticidas e a cadeia alimentar – Temperatura local crescente quando se utiliza energia afeta sistemas sensíveis à temperatura – Efeitos da poluição sobre a evolução das espécies • Limite social – Tecnologia torna a sociedade mais sensível a mentes perversas – possibilidade de mau uso da energia atômica • Limite econômico – Preço das matérias primas Os Fundamentos da Mania de Crescimento • Dois fundamentos econômicos centrais: – Escassez – Desejos, vontades (necessidades) • Conceito econômico de escassez relativa aos desejos e necessidades • Outro sentido para escassez relativa – escassez de um insumo em relação a outro – define preços relativos, definindo seu uso Escassez Relativa e Absoluta • Escassez relativa implica então a substituição de um recurso por outro – lembrar dos argumentos do Stiglitz • Escassez absoluta define um limite geral de recursos • Escassez relativa ricardiana – qualidade da terra é escassa – escassez absoluta ou malthusiana – não há terra suficiente • Visão econômica de transposição da escassez relativa a partir do progresso técnico – elasticidade da demanda por recursos naturais é inferior a 1 (argumento de Stiglitz) • Discussão sobre necessidades e vontades (moral) – Limite das necessidades – Ilimitadas as vontades – benefício relativo – senso de superioridade • Teoria econômica aponta a escassez como relativa e as vontades como absolutas • Proposta do estado estável: escassez absoluta, vontades relativas • Aumento da importância da escassez absoluta Conceito de Economia em Estado Estável • Definição: economia com estoques constantes de riqueza e pessoas, mantidas em um nível de riqueza desejável e com um fluxo mínimo de insumos e mercadorias – Taxas de mortalidade e de natalidade baixas – Fluxos de produção iguais aos fluxos de depreciação – Longevidade das pessoas e dos artefatos baixa • Fluxo de mercadorias é visto como um custo, não como um produto, que mantém o estoque de bens • Os serviços do estoque de bens é que satisfazem os desejos e as necessidades das pessoas – PNB é, grosso modo, uma medida do fluxo de mercadorias – tem relação com quantidade física Maximizando e minimizando • Maximização do PNB vs minimização do PNC, ou seja, do custo de manutenção do fluxo de serviços que emana dos bens de consumo existentes – Maximização do PNB equivale a maximizar o esgotamento de recursos e a poluição e minimizar a vida útil dos bens – Limites físicos e ecológicos imporão um fim ao processo de maximização do PNB • Economia em estado estável não significa que não há mudança – progresso técnico e moral continuam gerando serviços e possibilidades de melhora nas condições de vida, mas desde que o estoque de capital se mantenha constante O Espírito de Porco Uma economia como essa não pode ter desemprego, portanto, trata-se de uma economia de pleno emprego, como no modelo de Solow Y/L n+d+g K/L K’/L 0+d’+g Se definimos a taxa de crescimento populacional como 0 e uma taxa de depreciação do capital menor, a economia deverá ter uma relação capital produto de equilíbrio maior. Redefinição do Paradigma Econômico • Dotação de fatores, preferências e tecnologia são exógenos – endogenamente, define-se o nível de produção e de consumo – sistema não físico é exógeno e o sistema físico endógeno • Partir do sistema físico como exógeno e definir o sistema não-físico Eficiência • 𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜𝑠 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐. = 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐. Serviços a partir dos estoques Contribuição do fluxo de mercadorias para os estoques Dificuldade de mensuração dos serviços leva o PIB ou PNB a ser medido a partir do fluxo de mercadorias e não a partir dos serviços prestados pelo estoque de bens. De fato, medidas de produtividade, em sua maior parte, relacionam a produtividade com dois tipos de insumos: capital e trabalho, no denominador. O numerador é o fluxo de mercadorias produzidas Deve-se chamar a atenção para iniciativas que levam em consideração todos os insumos, como o KLEMS. O argumento é que os rendimentos do capital e do trabalho são, na verdade, derivados da exaustão de recursos naturais, que acrescentariam o estoque.